entrevista com marco manzano

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Entrevista Especial “Temos muito para ensinar. Mas o que temos para aprender com estes povos é algo bem grande também”. Entrevista com Marco Manzano, diretor do Departamento de Projetos Sociais da Base de Manaus (AM) e dentista missionário de Asas de Socorro. ASAS – Como Asas de Socorro apóia pessoas e comunidades localizadas na Amazônia e em outros locais de difícil acesso? Manzano O apoio tem sido através de clínicas móveis com consultas médicas, tratamento odontológico, ações de enfermagem, ações de educação em saúde, instalação de filtros de água, treinamento e apoio aos líderes locais. O enfoque é tanto curativo como preventivo. O testemunho e pregação do Evangelho permeiam todas as atividades. ASAS – Qual a importância deste trabalho? Manzano As comunidades têm conhecido o amor de Deus de forma prática.Vidas tem sido transformadas pela Luz da Palavra. Muitos problemas de saúde têm sido resolvidos, minimizados e/ou evitados. O senso de valor pessoal e algumas vezes até o senso comunitário tem sido resgatado. Por outro lado, muitos missionários estão isolados nas matas onde o avião faz toda diferença, em suas vidas e ministérios. ASAS – Quais são as características principais dessas comunidades de difícil acesso? Manzano Uma forte característica é o senso comunitário. Outra característica é a petição diante de Deus para que sua comunidade melhore em todos os aspectos: saúde e educação em espe- cial. Esta esperança de que Deus responderá suas petições é marcante. ASAS – Quais são as dificuldades deste tra- balho? Manzano Sem dúvida são de ordem espiritual. Muitas vezes perdemos isso de vista. As lutas se apresentam das mais diversas formas: desânimo, falta de recursos, falta de obreiros, mas especialmente a falta de fé; fé num Deus realmente todo poderoso que é capaz de resolver todos nossos problemas. Tenho aprendido que muitas vezes o grande entrave para nosso trabalho somos nós mesmos, e quando não atrapalhamos, a obra do Senhor cresce. www.asasdesocorro.org.br Redação: Rita Santos Edição: 27 de agosto de 2012

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Missionário de Asas de Socorro na Amazônia relata o cotidiano dos ribeirinhos e fala sobre sua visão do trabalho.

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Page 1: Entrevista com marco Manzano

Entrevista Especial

“Temos muito para ensinar. Mas o que temos para aprender com estes povos é algo bem grande também”.

Entrevista com Marco Manzano, diretor do Departamento de Projetos Sociais da Base de Manaus (AM) e dentista missionário de Asas de Socorro.

ASAS – Como Asas de Socorro apóia pessoas e comunidades localizadas na Amazônia e em outros locais de difícil acesso?

Manzano – O apoio tem sido através de clínicas móveis com consultas médicas, tratamento odontológico, ações de enfermagem, ações de educação em saúde, instalação de �ltros de água, treinamento e apoio aos líderes locais. O enfoque é tanto curativo como preventivo. O testemunho e pregação do Evangelho permeiam todas as atividades.

ASAS – Qual a importância deste trabalho?

Manzano – As comunidades têm conhecido o amor de Deus de forma prática.Vidas tem sido transformadas pela Luz da Palavra. Muitos problemas de saúde têm sido resolvidos, minimizados e/ou evitados. O senso de valor pessoal e algumas vezes até o senso comunitário tem sido resgatado. Por outro lado, muitos missionários estão isolados nas matas onde o avião faz toda diferença, em suas vidas e ministérios.

ASAS – Quais são as características principais dessas comunidades de difícil acesso?

Manzano – Uma forte característica é o senso comunitário. Outra característica é a petição diante de Deus para que sua comunidade melhore em todos os aspectos: saúde e educação em espe-cial. Esta esperança de que Deus responderá suas petições é marcante.

ASAS – Quais são as di�culdades deste tra- balho?

Manzano – Sem dúvida são de ordem espiritual. Muitas vezes perdemos isso de vista. As lutas se apresentam das mais diversas formas: desânimo, falta de recursos, falta de obreiros, mas especialmente a falta de fé; fé num Deus realmente todo poderoso que é capaz de resolver todos nossos problemas. Tenho aprendido que muitas vezes o grande entrave para nosso trabalho somos nós mesmos, e quando não atrapalhamos, a obra do Senhor cresce.

www.asasdesocorro.org.br

Redação: Rita SantosEdição: 27 de agosto de 2012

Page 2: Entrevista com marco Manzano

Tenho aprendido a ser otimista. Di�culdades são oportunidades para criar maior dependên-cia do Senhor. Quanto maior a di�culdade maior será a ação sobrenatural do Senhor. Nada que uma noite restauradora na presença do Senhor para enxergar uma situação complicada de modo diferente. Além disso, precisamos nos lembrar que seguramente temos muito para ensinar, porém o que temos que aprender com estes povos é algo bem grande também.

ASAS – Como podemos ajudar?

Manzano – A melhor forma para ajudar sem dúvida nenhuma é a oração. Orar move céus e terra. Deus se agrada da oração dos seus �lhos. E o grande “problema” da oração é que Deus responde! Sabemos disso, mas custamos muitas vezes a crer neste princípio elementar e básico. A partir deste compromisso o Senhor tudo faz mover.

ASAS – Num tempo onde tudo é digital, on line, conectado, como é trabalhar com comu-nidades de difícil acesso?

Manzano – É um paradoxo triste: num mundo globalizado em que a informação corre o mundo em segundos, morre-se muito nestas comuni-dades de �lariose, de malária, de verminose, de desnutrição. Apesar de algumas comunidades isoladas possuírem antena parabólica, a informa-ção que recebem não propriamente muda os hábi-tos para algo melhor e mais digno. A Organização Mundial de Saúde de�ne saúde como o completo bem estar físico, psíquico e social. Esta de�nição é muito mais completa se incluirmos bem estar espiritual. E a Igreja é o único organismo que pode fazer isso. Jesus fez isso. Temos um grande

trabalho em nossas mãos. Temos o desejo de estar cada vez mais próximos de Igrejas e de outras instituições evangelizadoras para somarmos esforços.

FIM.

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