entrevista armando de negri filho, da rede de cooperação ... · pdf...

8
Ribeirão Preto Debate no Simesp sobre violência motiva adesão da Secretaria da Saúde a programa da Cruz Vermelha Seus direitos Quantas aposentadorias pode ter um médico? É mesmo possível ter um benefício por vínculo público e outro por privado? Guarulhos Reunião de servidores municipais com gestor da Saúde resulta em comissão permanente para melhorias nas políticas públicas Pág. 4 Pág. 5 Pág. 6 Jornal do Simesp Nº 21 Publicação mensal do SIMESP Sindicato dos Médicos de São Paulo • abril 2017 Entrevista Armando De Negri Filho, da Rede de Cooperação em Emergências: “Espera por leito é violação dos direitos humanos” Pág. 7 Pág. 3 Chapa 1 vence eleição do Simesp para a gestão 2017-2020 Confira a composição da diretoria. A posse está prevista para junho

Upload: ngokien

Post on 07-Feb-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Entrevista Armando De Negri Filho, da Rede de Cooperação ... · PDF fileComunicação e Imprensa Coordenadora de comunicação ... Ederli Marialva de Azevedo ... Serviço de Controle

Ribeirão PretoDebate no Simesp sobre

violência motiva adesão da Secretaria da Saúde a programa

da Cruz Vermelha

Seus direitosQuantas aposentadorias

pode ter um médico? É mesmo possível ter um benefício por vínculo

público e outro por privado?

GuarulhosReunião de servidores municipais

com gestor da Saúde resulta em comissão permanente para

melhorias nas políticas públicas

Pág. 4 Pág. 5 Pág. 6

Jornal do SimespNº 21 • Publicação mensal do SIMESP Sindicato dos Médicos de São Paulo • abril 2017

Entrevista Armando De Negri Filho, da Rede de Cooperação em Emergências: “Espera por leito é violação dos direitos humanos” Pág. 7

Pág. 3

Chapa 1 vence eleição do Simesp para a gestão 2017-2020Confira a composição da diretoria. A posse está prevista para junho

Page 2: Entrevista Armando De Negri Filho, da Rede de Cooperação ... · PDF fileComunicação e Imprensa Coordenadora de comunicação ... Ederli Marialva de Azevedo ... Serviço de Controle

DIRETORIAPresidente Eder Gatti [email protected]

Em tempos de crise econômica e política, direitos sociais são coloca-dos em xeque no Brasil. O governo aprovou a lei que permite a tercei-rização de todas as atividades das empresas, tanto atividades-meio quanto atividades-fim. O retroces-so causará diminuição salarial e maior volatilidade nas relações de emprego.

No meio médico já vivemos diversas ações de terceirização, seja em hospitais privados e or-ganizações sociais que contratam por pessoa jurídica, por vezes com contratos verbais, ou mesmo no programa Mais Médicos, que paga profissionais por bolsas de estudos. O marco legal vigente, entretanto, nos permite fazer valer na Justiça do Trabalho os direitos aviltados. A lei da terceirização, como foi aprovada, fragiliza trabalhadores frente aos empregadores em todas as áreas, indistintamente.

Não é a única perda que nos foi imposta. A Emenda Constitucio-nal 95, que congelou os gastos da Saúde por 20 anos, vai precarizar ainda mais o Sistema Único de Saúde (SUS). Se o cenário já é de terra arrasada, entre outros mo-tivos, por financiamento insufi-ciente, o que acontecerá diante do aumento da população e do desen-volvimento científico - com novas e por vezes mais caras tecnologias - a serem incorporados na Saúde?

Nos avizinha ainda a “refor-ma”, que na verdade é desmonte da Previdência. A proposta poupa a casta formada por parlamenta-

res, magistrados, militares de alta patente e outros do alto escalão da República e não poupa a maioria da população trabalhadora. Para um médico que entra no mercado de trabalho, em geral, perto dos 30 anos, será exigido o mínimo de 40 anos de contribuição ininterrupta para se aposentar.

O Simesp não se furta nem se furtará de enfrentamentos. Ao lado dos médicos e consonante à justa reivindicação da sociedade por acesso aos serviços de saúde, fazemos o contraponto não só no plano das ideias, mas no dia a dia nas negociações com sindicatos patronais e com gestores públicos que insistem em repassar para quem trabalha – em particular aos médicos –, a responsabilidade sobre a situação de caos na Saúde.

Em Guarulhos, por exemplo, o Simesp iniciou ao lado dos médi-cos os trabalhos numa comissão permanente, criada para acom-panhar e cobrar melhorias pro-metidas pela Secretaria Munici-pal de Saúde. Os profissionais vão participar das discussões sobre as políticas públicas da Saúde. Em Ri-beirão Preto, um debate promovi-do pelo Simesp e outras entidades médicas sobre violência em uni-dades de saúde motivou a adesão da Secretaria da Saúde a um pro-grama da Cruz Vermelha. São lu-tas que interessam aos médicos e à população. Nos locais de trabalho, municípios, estados, até Brasília, seguimos em defesa dos médicos e de nosso trabalho.

SECRETARIASGeralDenize Ornelas P. S. de Oliveira Comunicação e Imprensa Gerson Salvador AdministraçãoEderli M. A. Grimaldi de CarvalhoFinançasJuliana Salles de CarvalhoAssuntos JurídicosGerson MazzucatoFormação Sindical e SindicalizaçãoMarly A. L. Alonso Mazzucato Relações do TrabalhoJosé Erivalder Guimarães de OliveiraRelações Sindicais e AssociativasOtelo Chino Júnior

EQUIPE DO JORNAL DO SIMESPDiretorGerson Salvador Coordenadora de comunicaçãoFlávia MartinelliReportagem e revisãoLeonardo Gomes Nogueira Nádia MachadoNicolli OliveiraFotosOsmar Bustos Relações-PúblicasJuliana Carla Ponceano Moreira IlustraçãoCélio Luigi

Todas as matérias publicadas terão seus direitos resguardados pelo Jornal do Simesp e só poderão ser publicadas (parcial ou integralmente) com a autorização, por escrito, do Sindicato.

A versão digital desta publicação está disponível no site do Simesp. Caso não queira receber a edição impressa, basta mandar e-mail para [email protected]

2 • Jornal do Simesp

Redação e administraçãoRua Maria Paula, 78, 3° andar 01319-000 – SP – Fone: (11) 3292-9147 [email protected]

PROJETO GRÁFICOMed Idea - Design para médicosOscar Freire, 2189, Pinheiros São Paulo/SP 05409-011 Fone: (11) [email protected] www.medidea.com.brEditor de arte e diagramaçãoIgor Bittencourt

Tiragem: 15 mil exemplaresCirculação: Estado de São Paulo

Diretoria do Simesp

Editorial

União e perseverança

Page 3: Entrevista Armando De Negri Filho, da Rede de Cooperação ... · PDF fileComunicação e Imprensa Coordenadora de comunicação ... Ederli Marialva de Azevedo ... Serviço de Controle

Jornal do Simesp • 3

Confira a composição da diretoria. A posse está prevista para junho

Capa

Chapa 1 vence eleição do Simesp para a gestão 2017-2020

Presidência:

Eder Gatti Fernandes

Graduou-se em Medicina pela

Universidade Federal de Mato

Grosso do Sul (UFMS) em 2006.

Fez a residência em Infectologia

no Instituto de Infectologia Emílio

Ribas (IIER), São Paulo, de 2008

a 2011. Conquistou o título de

Mestre em Saúde Coletiva pela

Faculdade de Ciências Médicas da

Santa Casa de São Paulo em 2013

e cursa o doutorado em medicina

preventiva pela Faculdade de Me-

dicina da USP. Trabalha como mé-

dico infectologista no Instituto de

Infectologia Emílio Ribas e na Di-

visão de Imunização do Centro de

Vigilância Epidemiológica “Prof.

Alexandre Vranjac”. Foi coorde-

nador do Diretório Central dos Es-

tudantes (DCE-UFMS), diretor da

Associação dos Médicos Residen-

tes do Estado de São Paulo (AME-

RESP) e presidente da Associação

dos Médicos Residentes do IIER. É

o atual presidente do Simesp.

Secretaria de Finanças:

Diângeli Soares

Graduada em Medicina pela Uni-

versidade de Caxias do Sul (2011) e

Especialista em Medicina de Familia

e Comunidade pela AMB/SBMFC

(2015). Preceptora do Programa de

Residência Médica em Medicina de

Familia e Comunidade do Município

de São Bernardo do Campo.

Secretaria de Comunicação e Imprensa:

Gerson Sobrinho Salvador de Oliveira

Infectologista graduado pela USP.

Atua no Hospital Universitário (USP) e

no Instituto de Reabilitação Lucy Mon-

toro. Delegado do Cremesp, foi presi-

dente do Centro Acadêmico Oswado

Cruz e da associação dos residentes

da FMUSP e diretor da Ameresp.

Secretaria de Administração:

Ederli Marialva de Azevedo Grimaldi de Carvalho

Supervisora Médico Pericial do INSS,

médica do Trabalho, perita judicial

oficial, Presidente da Associação

Brasileira de Medicina Legal e Perí-

cias Médicas (SP) e coordenadora

pedagógica de pós-graduação em

Perícias Médicas da Unicastelo.

Secretaria de Relações Sindicais

e Associativas:

Otelo Chino Júnior

Formado pela Escola Paulista de Me-

dicina, é especialista em clínica mé-

dica e endocrinologia pela mesma

instituição. Trabalha no Hospital do

Servidor Público Estadual. É diretor

do Simesp e conselheiro do Cremesp.

Presidiu a Amiamspe sete vezes.

Secretaria de Assuntos Jurídicos:

Juliana Salles de Carvalho

Formada pela UnB, é especialista

em infectologia pelo IIER. Atua no

Serviço de Controle de Infecção

Hospitalar do Hospital de Vila Alpi-

na e é delegada do Cremesp. Coor-

denou o Centro Acadêmico de Me-

dicina Gilberto de Freitas e dirigiu

a associação de residentes do IIER.

Secretaria de Formação Sindical

e Sindicalização:

Ademir Lopes Junior

Formado pela USP, com residência

e preceptoria em Medicina de Fa-

mília e Comunidade. Presidente do

Centro Acadêmico Oswaldo Cruz e

coordenador de relações interna-

cionais da Denem/IFMSA. Membro

da Câmara Técnica do Cremesp.

Secretaria de Relações do Trabalho:

José Erivalder Guimarãesde Oliveira

Especialista em Medicina do Tra-

balho pela USP e em Medicina

Legal e Pericia Médica. Presidiu

o Simpesp de 1996 a 2005. É

diretor da FMB e presidente da

Associação dos Médicos Peritos

do DPME/SP.

Secretaria Geral:

Denize Ornelas Pereira Salvador de Oliveira

Formada pela Universidade Federal

Fluminense, especialista em Medici-

na de Família e Comunidade (MFC),

é coordenadora do Programa de

Residência Médica em MFC de São

Bernardo do Campo e médica do

C.S. Vila Mariana-SP. Foi coordena-

dora geral da Denem e membro do

Conselho Nacional de Saúde.

Confira a composição da nova diretoria:

DIRETORIA EXECUTIVA

A votação para a gestão 2017-2020 do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) aconteceu entre os dias 10 e 13 de abril. Concorreram duas chapas, Simesp Independente (Chapa 1) e Muda Simesp (Cha-pa 2). A apuração foi encerrada dia 18 de abril. A Chapa 1 foi eleita com 71% dos votos válidos. A posse da nova diretoria está prevista para junho.

Secretaria Geral: Diretora: Gabriela Cerqueira Caldas Pinto - Diretor Adjunto: Luiz Gonzaga F. de Assis Barros D’ Elia Zanella - Secretaria de Finanças: Diretor:

Carlos Alberto Grandini Izzo - Diretor Adjunto: José Augusto Barreto - Secretaria de Assuntos Jurídicos: Diretora: Márcia Affonso Fernandes - Diretor Adjunto:

Luiz Frederico Hoppe - Secretaria de Administração: Diretora: Mayara Tiemi Ayres Sakuma - Diretor Adjunto: Thiago Eugênio Gouveia Herbst - Secretaria de

Comunicação: Diretor: Rafael Conceição dos Santos- Diretor Adjunto: Pedro Bonequini Júnior - Secretaria de Formação Sindical: Diretora: Stela Maris da Silva

Grespan - Diretor Adjunto: Antonio Carlos da Cruz Junior - Secretaria de Relações do Trabalho: Diretor: Antonio Carlos Barbosa Cintra de Souza - Diretor Ad-

junto: Cristovão Canedo Gomes- Conselho Fiscal: Efetivos: Aizenaque Grimaldi de Carvalho, Eurípedes Balsanufo Carvalho, Jane de Oliveira Gonzaga Teixeira

Suplentes: Cid Célio Jayme Carvalhaes, Djalma Silva Júnior, Marcos Tadeu Moreira de Moraes.

Page 4: Entrevista Armando De Negri Filho, da Rede de Cooperação ... · PDF fileComunicação e Imprensa Coordenadora de comunicação ... Ederli Marialva de Azevedo ... Serviço de Controle

4 • Jornal do Simesp

São Paulo

Contra a precarização da carreira e os planos de saúde populares

O presidente do Simesp, Eder Gatti, compôs mesa em dois debates no Conselho Regional de Medicina do Es-tado de São Paulo (Cremesp). O primeiro abordou o tema precarização do trabalho médico. O outro discorreu sobre a falácia dos planos de saúde populares.

Ribeirão Preto

Debate do Simesp sobre violência motiva adesão da Secretaria da Saúde a programa da Cruz Vermelha

A onda de violência em unidades de saúde de Ribeirão Preto - só neste ano foram sete assaltos - motivou o Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) e o Conselho Regional de Psicologia de Ribeirão Preto (CRP) a realizarem um debate sobre o tema. Com a participação de es-pecialistas e a presença do secre-tário de Saúde da cidade, Sandro Scarpelini, foram discutidas pro-postas e soluções para a questão: “Violência em unidades de saúde e outros estabelecimentos públi-cos: como podemos enfrentá-la?”.

Diante das propostas discuti-das, o secretário de Saúde sinali-zou a intenção de adotar no mu-nicípio o Programa Acesso Mais

Seguro do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, apresentado pela palestrante Débora Silva Teixeira. Novos encontros foram agendados para analisar a impla-tação do programa. O debate ain-da contou com o apoio do Núcleo Regional de Medicina de Família e Comunidade de Ribeirão Preto.

Troca de experiências Débora fez o relato sobre a im-plantação do programa nas unidades de saúde do Rio de Ja-neiro. Também implantado em Florianópolis, a iniciativa ajuda os profissionais da saúde a lida-rem com a violência ao redor do seu local de trabalho a partir de parâmetros capazes de classifi-car riscos nos locais de trabalho.

A sinalização verde representa risco leve (permite visita domici-liar aos pacientes), a cor amarela traduz risco moderado (mantém o trabalho apenas interno) e a vermelha risco grave (sugere o fechamento da unidade de saú-de). Oficinas, cartilha, grupos de suporte, sistema de notificações e sala de situação (onde repre-sentantes da secretaria de Saúde discutem com líderes regionais dados e estratégias) fazem parte da estratégia.

Para o palestrante Genival Torres Dantas, defensor público que atua na área de segurança em equipamentos públicos, au-mentar o número de policiais nas unidades de saúde não é so-lução. “É preciso pensar numa

polícia comunitária que conhe-ça a o dia a dia do bairro e aju-de a integrar a segurança com a população.” Representando o CRP, o psicólogo Adriano Go-suen reforçou a ideia de engajar a comunidade no projeto.

A delegada do Simesp na Re-gional de Ribeirão Preto, Hele-na Lugão, que também é médi-ca na Unidade Básica de Saúde (UBS) Ipiranga, foi assaltada em dezembro de 2016, explicou que o Sindicato está mobiliza-do, realizando assembleias com propostas de protocolo de aco-lhimento e fluxo dos pacientes e funcionários. Helena ressal-tou que a ideia não é restringir o acesso da população às unida-des de saúde.

Sobre precarização, Gatti abordou a pulverização de vín-culos de trabalho (CLT; estatu-tário; contrato de emergência; e contrato de pessoa jurídica). “As esferas municipais, estaduais e federal fizeram com que muitos colegas abrissem empresas, com um único profissional prestando serviço, como forma de esconder

uma relação trabalhista.”Já na plenária sobre pla-

nos de saúde populares, Eder denunciou que a proposta vai precarizar o trabalho do mé-dico. “O baixo custo vai colo-car em risco a condução dos pacientes, já que esses planos não garantem a integralidade na assistência.”

Encontro reuniu especialistas e promoveu discussão sobre assaltos que ocorrem em unidades de saúde da cidade. Secretário de pasta, Sandro Scarpelini, sinalizou revisão das estratégias de combate à violência

O Simesp protocolou pedido ad-ministrativo exigindo o paga-mento de três meses de remu-neração em atraso de médicos demitidos pela Prefeitura de São Carlos. Trata-se do salário de 95 profissionais contratados de forma precária por meio de RPA (Recibo de Pagamento Au-tônomo) que precisam receber valores referentes aos meses de novembro e dezembro de 2016 e janeiro deste ano. O pedido foi protocolado em março jun-to ao gabinete do prefeito e do secretário de Saúde. O Sindica-to aguarda resposta e acompa-nhará a evolução da situação, lutando sempre contra a pre-carização do trabalho médico e em prol do atendimento da população.

São Carlos

Salários atrasados

Simesp participa de importantes discussões no Cremesp

Mar

i Ros

a

Com

info

rmaç

ões d

o Cr

emes

p

> Débora, da entidade internacional: compartilhando boas práticas no evento

Page 5: Entrevista Armando De Negri Filho, da Rede de Cooperação ... · PDF fileComunicação e Imprensa Coordenadora de comunicação ... Ederli Marialva de Azevedo ... Serviço de Controle

Jornal do Simesp • 5

FMB

Posse

O Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) recebeu a reunião do Conselho Deliberativo da Federação Médica Brasileira (FMB), entre os dias 16 e 17 de março. No encontro, os representantes debateram temas como as reformas da previ-dência e trabalhista e celebraram a publicação do Registro Sindical da FMB.

O presidente do Simesp, Eder Gatti, participou da cerimônia de posse da nova diretoria da Associação Medicina de Itanhaém (AMI) para a gestão 2016-2019. O evento foi realizado em 12 de março e teve a presença de representantes de várias entidades. “É oportuno unir forças nesse momento para defesa da nossa profis-são e da saúde pública de qualidade”, ressaltou Gatti.

Diante da crise na área da Saúde de Guarulhos, representantes dos médicos servidores munici-pais e do Simesp realizaram au-diência com o secretário de Saú-de Roberto Lago. O objetivo foi criar uma comissão permanente de negociação com a Prefeitura para encaminhar problemas, buscar soluções e acompanhar as políticas públicas da pasta.

No começo do ano, o secretá-rio e o prefeito da cidade, Gusta-vo Henric Costa (Guti), fizeram visitas a hospitais e constran-geram profissionais. Em vez de investigar as causas da falta de atendimento de casos não ca-racterizados como urgência e emergência, a ação acabou por culpabilizar médicos pela péssi-ma estrutura das unidades.

Diálogo constanteO episódio motivou os profissio-nais e o Simesp a apresentarem aos gestores os reais problemas da área da Saúde de Guarulhos: falta de insumos, de equipe de limpeza e segurança, déficit de leitos, ambulâncias e até falta de pagamento de médicos.

Todos esses pontos foram dis-cutidos e se firmou uma agenda de reuniões da comissão com o gestor público a cada dois meses. A comissão conta com profis-sionais de diversas unidades de saúde do município, entre eles médicos da urgência e emergên-cia e de Medicina da Família e Comunidade.

“Ao estabelecer a comissão de diálogo permanente com a Pre-feitura, estamos não só lutando pelos interesses dos médicos, mas promovendo melhoria na prestação de serviços como um todo”, diz o presidente do Simesp, Eder Gatti. “É uma maneira de interferir positivamente na saú-

Com o objetivo de qualificar e ampliar o conhecimento de preceptores que atuam na Me-dicina de Família e Comunida-de (MFC), foi realizado em São Paulo, na sede do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), entre os dias 30 a 01 de abril, o curso Leonardo Euract. O curso foi organizado pela Associação Paulista de Medicina de Família

Cerca de 700 médicos brasileiros contratados no último edital do Programa Mais Médicos estão trabalhando desde fevereiro sem receber. O Ministério da Saúde

Guarulhos

Audiência com secretário de Saúde resulta em comissão para melhorias

de pública de forma negociada e constante”, completa.

O diálogo resultou em pro-vidências imediatas e de médio prazo. O secretário se compro-meteu a quitar dívidas salariais até o próximo encontro com a comissão. A gratificação dos mé-dicos de Família e Comunidade também passou a ser incorpora-da ao salário. “Antes, o benefício era integralmente cancelado por critérios arbitrários como, por exemplo, um atraso de cin-co minutos no trânsito”, explica Cristóvão Canêdo Gomes, presi-dente da Regional do Simesp em Guarulhos. Agora, em uma situ-ação assim, o valor será descon-tado proporcionalmente. Além disso, o secretário de Saúde fir-mou acordo com os médicos de Família e Comunidade sobre a participação destes especialis-tas na definição de políticas na Atenção Primária à Saúde.

Acordos firmadosSobre a falta de insumos, o se-cretário reconheceu que houve atrasos no fornecimento e se comprometeu a recompor em poucos dias o estoque nas uni-dades de urgência e emergência. Nos equipamentos de atenção primária, o gestor solicitou pra-zo de dois a três meses. Também informou que há licitação de aluguel de ambulâncias para transporte de pacientes graves e reconheceu a necessidade de ampliação da retaguarda hospi-talar. Soluções práticas para as demandas por leitos e seguran-ça serão discutidas na próxima reunião. O Simesp, juntamente com os representantes dos médi-cos, estará atento ao andamento de todo o processo e acompanha-rá o desempenho da Secretaria da Saúde.

Em reunião do Simesp e servidores municipais com gestor público foram definidas providências imediatas para falta de pagamentos, insumos e segurança nas unidades

Mar

ina

Bust

osA

scom

AM

I

Governo Federal

Falta de pagamento no Mais Médicos

> Voltado para preceptores, método oferece técnicas de ensino

Formação

Curso Euract na sede do Simesp

e Comunidade (APMFC), jun-to com a representação oficial do Euract no Brasil, professor José Mauro Ceratti Lopes, com o apoio do Simesp.

Criado na Europa, o curso oferece ferramentas para co-ordenar o plano de ensino dos residentes e métodos que faci-litam o aprendizado e a trans-missão de conhecimento.

diz que houve erro de dados ca-dastrais. O caso é alarmante e o Simesp é contrário à contratação por bolsa. Todos devem ter con-tratos regulares de trabalho.

Page 6: Entrevista Armando De Negri Filho, da Rede de Cooperação ... · PDF fileComunicação e Imprensa Coordenadora de comunicação ... Ederli Marialva de Azevedo ... Serviço de Controle

Plantão Médico

6 • Jornal do Simesp

Rafael do Santos foi uma liderança na luta pelo reajuste dos residentes do ano passado. Sua sindicalização representa não só uma escolha pessoal, como um chamamento aos médicos para a importância das lutas coletivas

Aos médicos, professores e outros detentores de cargos técnicos e científicos é permitido o acúmulo de dois cargos, empregos ou funções. E, portanto, pode-se ter direito a dois ou até a três proventos de aposentadoria

Número de aposentadorias

Quantas aposentadorias o médi-co pode ter? Embora a regra geral proíba a acumulação de cargos públicos, existem algumas exceções que permitem o acúmulo, em deter-minadas situações, desde que não haja incompatibilidade de horários. Uma das exceções diz respeito aos médicos, professo-res e detentores de cargos téc-nicos e científicos. Para esses, é permitido acumulação de dois cargos, empregos ou funções ou dois proventos de aposentadoria, no máximo. Não é permitido o acúmulo de mais de dois víncu-

los públicos ou mais de um vín-culo com proventos de aposen-tadoria concedida por Regime Próprio de Previdência Social e nem mais de duas aposenta-dorias concedidas por Regime Próprio, assim, o médico pode-rá ter no máximo dois vínculos públicos ativos, ou um vínculo ativo e uma aposentadoria de Regime Próprio ou duas aposen-tadorias de Regime Próprio. Vale lembrar que essa possibilidade não se estende ao acúmulo do cargo de médico com outro me-ramente administrativo. Além disso, mesmo em gozo de licença

> O que você gostaria de ler na próxima edição? Mande suas sugestões: [email protected] <

Direitos dos médicos

sem vencimentos, o profissional não poderá tomar posse em ou-tro cargo se já tiver acumulan-do dois cargos ou um cargo com proventos de aposentadoria.

Posso ter uma aposentaria por vínculo público e outra concedida pelo INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social), proveniente

Nicolli Oliveira

A importância da união para o jovem médico

Rafael Santos, R2 do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medici-na da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), foi um dos líderes do movimento dos residentes na luta pelo reajuste da bolsa-auxí-lio no ano passado. O profissio-nal foi, muitas vezes, porta-voz dos médicos nas ações que resul-taram na inclusão do aumento da bolsa no orçamento público estadual de 2017.

“O Simesp teve um papel fun-damental no nosso movimento. Trouxe apoio logístico, como o fornecimento de ônibus de trans-

porte, por exemplo, para que os médicos comparecessem em ma-nifestações. Ofereceu até mate-rial de imprensa e também apon-tou caminhos e estratégias para a gente perseverar e organizar a mobilização”, diz. Para Rafael, to-das essas iniciativas resultaram em maior união da categoria.

“A disponibilidade do Sindi-cato acaba gerando uma reflexão sobre a nossa própria atuação.” E, assim, o posicionamento in-dividual, que também oferece benefícios ao médico, encontra eco nas conquistas coletivas. “Isso

ajuda até na organização de no-vas instituições de residentes.” Além disso, ele ressalta o papel do sindicato como espaço para discussões e ações que só terão eficácia com a participação dos profissionais cientes de sua re-presentatividade como categoria.

“A medicina passa por um processo de precarização muito grande. Temos intermediários, como os planos de saúde, e no fim das contas nós somos funcioná-rios precarizados. Isso sem con-tar a nossa relação com o Estado na busca por um SUS igualitário.”

Sobre a escolha da psiquia-tria como área de atuação, Ra-fael acredita que essa especia-lidade resgata o vínculo entre médico e paciente. “Sempre tive um interesse pela área humana de um modo geral. Minha mãe é assistente social, trabalhou muito tempo com pacientes psi-quiátricos e eu sabia de todas as dificuldades da saúde mental no Brasil. Foi uma decisão tam-bém movida pelo desafio do psi-quiatra diante de patologias que impactam em todo a vida do pa-ciente.”

Célio

Lui

gi

de um vínculo de trabalho da ini-ciativa privada?Sim. É importante esclarecer que a aposentadoria concedi-da pelo INSS não é considerada para fins de acúmulo, assim, o médico poderá ter até três apo-sentadorias: duas concedidas por Regime Próprio e outra ori-ginária do Regime Geral/INSS.

> “Ações só terão eficácia com profissionais cientes de sua representatividade”

Page 7: Entrevista Armando De Negri Filho, da Rede de Cooperação ... · PDF fileComunicação e Imprensa Coordenadora de comunicação ... Ederli Marialva de Azevedo ... Serviço de Controle

Jornal do Simesp • 7

> “É preciso dignificar esse espaço e levar esse tema à toda a sociedade”

Entrevista

A Política Nacional de Aten-ção às Urgências nasceu em 2002. Mas será que ela foi, de fato, instituída?É uma legislação que ainda está sendo implementada, com muitas dificuldades. A nossa Atenção Básica evo-luiu enormemente. Imagina se não tivesse ocorrido essa expansão da Atenção Básica quanta gente acorreria ainda aos prontos-socorros. Mas a questão é que a nossa estrutu-ra de prontos-socorros ainda é desproporcionalmente pe-quena frente ao volume popu-lacional.

Qual o tamanho desse déficit? Nós temos um número de lei-tos hospitalares que é muito, muito escasso. Hoje os leitos totais do SUS (Sistema Único de Saúde) perfazem 1,48 leito por mil habitantes. O neces-sário seria em torno de 4 por mil. Nós estamos falando de um déficit nominal de 350 mil leitos, pelo menos. Esse défi-cit explica nós termos pesso-as nos prontos-socorros não esperando por atendimento ambulatorial, elas estão espe-rando pra serem hospitaliza-das. O que realmente caracte-riza a congestão da atenção à urgência no país, criando so-bremortalidade, ou seja, mais mortes do que seria esperado, e gerando mais custos na pró-

pria hospitalização prolongada, decorrência do tempo de espera, é o paciente que espera a hospi-talização. E desde 1992 o número de leitos no Brasil vem caindo sistematicamente. Sem Aten-ção Básica não existe sistema de saúde, mas também sem hospi-tais não há sistema de saúde.

Como enfrentar o fato de que hoje a maioria de profissionais que atendem nas urgências, mé-dicos, enfermeiros etc, não estão preparados para essa função? Eles chegam ali porque é mais uma maneira de conseguir um trabalho, que permite trabalhar em regime de plantão, comple-menta salário... O fato é que exis-te uma desprofissionalização. É um campo que necessitaria, no mínimo, de uma profissionali-zação complementar, pra poder atuar de forma efetiva.

A RBCE considera a longa espe-ra enfrentada pelas pessoas nas urgências e emergências uma violação aos direitos humanos?Exato. A gente tomou isso como uma questão central pra incluir no debate. Porque isso está to-talmente naturalizado. A gente precisa romper essa lógica. É preciso recuperar uma exigên-cia ética. E pensar numa ética coletiva a partir do respeito aos direitos humanos. Tem um es-tudo muito interessante do rela-tor especial da ONU (Organiza-

ção das Nações Unidas) contra a tortura e tratamento desumano, cruel ou degradante, que é um advogado argentino (o professor de direito Juan E. Méndez). Ele es-creveu sobre serviços de saúde, sobre a urgência como espaço de violação de direitos e o fato de os pacientes ficarem espe-rando com dor nos serviços. Ele diz: 59% dos casos de dor severa no mundo ocorrem nos países do sul global, mas esses países só consomem 6% da morfina mundial. O grau de desumani-zação dessas urgências lotadas faz com que não se considere a dor um elemento urgente. É de uma degradação total. É impos-sível que o trabalhador colocado nessas circunstâncias também não se degrade. São espaços que precisam ser dignificados. E aí o olhar dos direitos humanos e sociais permite que a gente co-loque esse tema para o conjun-to da sociedade. Não é um tema técnico, médico, é um tema de direitos que afetam a todos.

Qual sua opinião sobre a Emen-da Constitucional 95, já em vi-gor, que congela os gastos públi-cos por 20 anos em áreas como saúde e educação?Eu acho que vale o que David Stuckler (professor de política econômica e sociologia da Uni-versidade de Oxford e coautor do livro “A Economia Desumana”) e outros já têm estudado no caso

europeu. Veja, na Europa, onde o nível de proteção é in-finitamente mais alto que no Brasil, as medidas de auste-ridade, onde a nossa famosa emenda se inscreve, já tiveram um efeito dramático com re-duções muito menores do que nós vamos ter aqui. Nós esta-mos começando num ponto de subfinanciamento brutal. Nosso sistema ainda é um sis-tema em expansão buscando o equilíbrio. Esses investimen-tos deveriam ser sustentados por largos períodos para po-der construir infraestrutura, dotação de pessoal... Toda uma coisa, de fato, estruturante. Estamos fazendo um “auste-ricídio”, como alguns dizem. É uma política que vai matar as pessoas. É isso o que vai acon-tecer. E já está acontecendo. Nós temos inúmeras evidên-cias, serviços que reduziram a capacidade de atendimento, tiveram que cortar pessoal, fechar leito. Agora, eu estou convicto que esse negócio não tem futuro. A pressão social vai ser brutal. Quando, de fato, os efeitos aparecem na sua plenitude, não vai ter governo que segure isso. Até porque há muita controvérsia jurídica sobre como pode um governo, ademais este governo, aprovar uma coisa dessas que constrói uma camisa de força para os próximos eleitos.

Para o médico Armando De Negri Filho, coordenador-geral da Rede Brasileira de Cooperação em Emergências (RBCE), a principal explicação para a superlotação de prontos-socorros é o escasso número de leitos hospitalares. Ele entende a longa espera de um paciente por uma vaga como uma violação aos direitos humanos e a emenda constitucional que congelou gastos públicos por 20 anos na Saúde como uma política assassina: “Ela vai matar as pessoas”

Leonardo Gomes Nogueira

Emergências: “Não é um tema médico, é um tema de direitos”

Page 8: Entrevista Armando De Negri Filho, da Rede de Cooperação ... · PDF fileComunicação e Imprensa Coordenadora de comunicação ... Ederli Marialva de Azevedo ... Serviço de Controle

Cultura

8 • Jornal do Simesp

Mais CulturaConcurso da Sociedade Bra-sileira de Médicos Escritores de São Paulo tem inscrição até 30 de junhoSe você é estudante de medicina

ou já se formou e escreve ficção,

talvez tenha interesse em parti-

Serviço:

Até 30/07. Quintas e sextas-feira,

às 21h; sábados, às 16h e às 21h;

e domingos, às 15h e às 20h.

Ingressos: de R$ 25 a R$ 330.

Local: Teatro Renault (av. Briga-

deiro Luís Antônio, 411, Bela Vis-

ta, São Paulo – SP)

Estacionamento: O teatro não

possui estacionamento próprio.

Menores de 12 anos devem es-

tar acompanhados dos pais ou

responsáveis legais.

Teatro

Essa é a segunda vez que a

história sobe aos palcos do Te-

atro Renault, a primeira produ-

ção original de Les Misérables

marcou a reabertura do espaço

cultural, em 2001, que estava

fechado desde 1969, após um

incêndio. Atração à parte, o edi-

fício é de 1929, tem arquitetura

da área externa em Art Nouveau

(expressão francesa para “arte

nova”, estilo europeu muito

usado antes da primeira Guerra

Mundial) e foi o primeiro cine-

ma sonoro da América Latina.

Sua história também foi

marcada pelo Festival de Mú-

sica Popular Brasileira, trans-

mitido pela TV Record, nos

anos 1960, época na qual era

chamado de Cineteatro Para-

mount.

Cinema

O musical também inspirou

o filme de mesmo nome, de

2012, dirigido por Tom Hooper

e estrelado por Hugh Jackman

no papel de Jean Valjean, Russel

Crowe como Javet e Anne Ha-

thaway como Fantine, que, in-

clusive, ganhou o Oscar de Me-

lhor Atriz Coadjuvante, por sua

interpretação. O filme também

levou Oscar de Melhor Mixagem

de Som e Melhor Maquiagem.

Les Misérables: o musical completo

> A história acontece entre 1815 e 1832 mas é atemporal: não são exclusividades do passado a pobreza e as mazelas humanas

Os sonhos, as desilusões amo-rosas e políticas, o sacrifício e a redenção fazem parte do enre-do do musical Les Misérables, em cartaz no Teatro Renault. O espetáculo, baseado na obra de Victor Hugo, de 1862, traz a narrativa das vidas sofridas de personagens em meio aos conflitos militares da França, no século 19, sob o comando de Napoleão Bonaparte, que per-deu a guerra para os exércitos da Inglaterra e da Prússia.

A história acontece entre 1815 e 1832, mas o espetáculo é atemporal. Afinal, não são exclusividades do passado as mazelas humanas nem, tam-pouco, a extrema pobreza, a falta de empregos, o trabalho precário e a instabilidade e descontentamento social.

O personagem principal é Jean Valjean, um ex-prisioneiro que carrega consigo o fardo de seu passado, por ter roubado um pão para alimentar sua família. Considerado perigoso por sua força, ele é obrigado a assumir outra identidade para fugir da prisão. Como forma de remissão pessoal, segue tentando ajudar outras pessoas em situação de miséria.

A melodia forte e imponente transmitida pela orquestra, sob a regência de Paulo Nogueira, faz que com que o espectador imer-ja na dor dos personagens em busca da sobrevivência e contra a soberania.

Esta versão, dos diretores Alain Boublil e Claude-Michel Schönberg, está em cartaz desde 2010, quando estreou em Londres

e quebrou recordes de bilheteria. Desde então, a produção passou por EUA, Austrália, Ásia, Cana-dá, Dubai, França e Espanha.

O musical é dos mais antigos do mundo. Já foi visto por mais de 70 milhões de pessoas, em 44 países e traduzido para 22 lín-guas ao redor do globo.

Nádia Machado

Um dos espetáculos mais presgitiados do mundo chega ao Brasil em longa temporada. O clássico vale a pena pelo enredo, pela estética e até pela visita ao teatro Renault

Foto

: Mar

cos M

esqu

ita

cipar da primeira Intermed Literária

Paulista, concurso promovido pela

regional de São Paulo da Sociedade

Brasileira de Médicos Escritores

(Sobrames-SP).

O concurso, que faz parte da pro-

gramação da XIV Jornada Médico-Li-

terária Paulista, a ser realizada na

cidade de São Paulo entre os dias 24

e 26 de Agosto, irá premiar os três

primeiros colocados em duas cate-

gorias: prosa e poesia. Cada parti-

cipante pode se inscrever com, no

máximo, um texto por categoria.

A iniciativa tem como objetivo,

de acordo com a própria Sobrames,

“descobrir novos escritores no meio

médico e incentivá-los a participar

de atividades e eventos literá-

rios”. A inscrição para o concurso,

que é gratuita, deve ser feita por

e-mail (sobramessp21@gmail.

com) até 30 de junho.

Para mais informações

sobre o concurso, acesse:

goo.gl/XkxSmR