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do início de 1976, por compartilharmos o sonho de dotar as nossas cidades de portes urbanos de Brasília, dividia seu tempo, esmerando-se nos desenhos do maneira, para não ficar um bate-papo impessoal, coletamos comentários de ami- um estudo, autorizados que fomos pelo próprio presidente do GEIPOT, Cloraldino Ary e Renata Falzoni ajudaram a descrever a personalidade e profissionalismo de gos e pessoas ligadas à Miranda para elaborarmos uma introdução sobre o 42 BIKEACTIONTRANSCRIPT
Para realizar a seguinte entrevista com Antônio Miranda, Presidente da UCB e
consultor em Planejamento e Projetos Cicloviários, por motivos logísticos, con-
versamos através de questionário enviado por correio eletrônico (e-mail). Desta
maneira, para não ficar um bate-papo impessoal, coletamos comentários de ami-
gos e pessoas ligadas à Miranda para elaborarmos uma introdução sobre o
recém-eleito presidente da UCB. Sendo assim, Giselle Xavier, José Carlos Aziz
Ary e Renata Falzoni ajudaram a descrever a personalidade e profissionalismo de
um dos maiores especialistas sobre política cicloviária do Brasil.
"Conheci o Miranda em 1975, quando cheguei ao GEIPOT - Grupo de Estudos de
Integração da Política de Transportes. Já havia na empresa um grupo de jovens
técnicos formados há pouco tempo. Suas idades giravam em torno de 25 anos e
Miranda era um deles. Fizemos naquele ano o Curso de Especialização em
Transportes Urbanos, que o órgão ministrava para seus próprios técnicos”, lem-
brou José Carlos Aziz Ary. “Tivemos a oportunidade de trabalhar juntos a partir
do início de 1976, por compartilharmos o sonho de dotar as nossas cidades de
condições seguras e agradáveis para os ciclistas. Começamos então a elaborar
um estudo, autorizados que fomos pelo próprio presidente do GEIPOT, Cloraldino
Soares Severo, com quem tivemos, no final de 1975, uma conversa tensa sobre
o assunto. Iniciamos por uma viagem a São Paulo, Curitiba e Joinville e, nos seis
meses seguintes, canalizamos nossos esforços em busca desse objetivo. Por
fim, foi editado o primeiro manual das bicicletas que se chamou de “Planeja -
men to Cicloviário: uma Política para as Bicicletas”. O documento surpreendeu
pelo inusitado e ousadia de suas propostas, em confronto com a mentalidade
‘rodoviarista’ que predominava (e predomina) em nosso país. Mas, sem dúvida,
muito contribuiu para o seu sucesso a qualidade gráfica, cujo responsável era o
Miranda. Embora ele integrasse simultaneamente a equipe dos estudos de trans-
portes urbanos de Brasília, dividia seu tempo, esmerando-se nos desenhos do
Manual", revela Aziz Ary.
Ainda na visão de Aziz Ary, Antônio Miranda carrega outras qualidades que o cre-
denciam e capacitam a ocupar o cargo para o qual foi eleito. "Miranda, arquiteto
sobejamente conhecido e membro do cicloativismo, desde aquela época dedi-
cou-se ao assunto e hoje é o mais procurado e gabaritado projetista, sobretudo
ENTREVISTA
PRESIDENTE DA UCB - UNIÃO DOS CICLISTAS DO BRASIL
E CONSULTOR EM PLANEJAMENTO E PROJETOS CICLOVIÁRIOS
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