entre tons e cores conheça as técnicas utilizadas …§ão e departamento comercial associação...
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Entre tons e cores
Conheçaas técnicas
utilizadasna pinturaem vidros
Abravidro
Ano 51 Novembro 2008Edição 431
Sumário
3edição 431
Nossa capa
Pintura em vidro: conheça,
em detalhes, as técnicas
existentes
Página 26Página 26Página 26Página 26Página 26
Veja nesta edição
4
5
8
37
57
60
63
66
70
51 Evento
Fesqua e Fenavid: vidros
em diversos perfis
13 Opinião
Cebrace anuncia a
construção de mais um
forno para float no Brasil
20 Direto da Abravidro
Circuito ABD: profissionais
(re)descobrem o vidro
45 Vidro em obra
Arquiteto gaúcho privilegia
produto em seus projetos
Dario de Freitas
Divulgação
Dario de Freitas
Dario de Freitas
Aqui na redaçãoAqui na redaçãoAqui na redaçãoAqui na redaçãoAqui na redaçãoUm exemplar especial parasua coleção
EditorialEditorialEditorialEditorialEditorialCom crise ou sem ela, vamoscrescendo
Palavra do leitorPalavra do leitorPalavra do leitorPalavra do leitorPalavra do leitor
Mundo do vidroMundo do vidroMundo do vidroMundo do vidroMundo do vidroAqui, você fica por dentro dasnovidades do setor
Falando em normasFalando em normasFalando em normasFalando em normasFalando em normasVidros automotivos passampor revisão
Vidro em diaVidro em diaVidro em diaVidro em diaVidro em diaConfira os principais eventos
Para o seu negócioPara o seu negócioPara o seu negócioPara o seu negócioPara o seu negócio‘E-mail’: comunique primeiro,explique depois
Ache fácilAche fácilAche fácilAche fácilAche fácilEncontre quem você procura
Índice de anunciantesÍndice de anunciantesÍndice de anunciantesÍndice de anunciantesÍndice de anunciantes
Cris
tiane
Mar
tins
Car
ratu
Aqui na redação
4 o vidroplano 2008novembro
Um exemplar especialpara sua coleção
Do vidroplano
Revista mensal da Associação Brasileirade Distribuidores e Processadores
de Vidros Planos (Abravidro)
Fundada pelo Sindicato do Comércio Atacadista de Vidro Plano,Cristais e Espelhos do Rio de Janeiro, em 1957
Registrada no INPI em 14-6-95 • ISSN 1518-4773
Entidade Responsável AbravidroPresidente Wilson José Farhat Júnior
Primeiro-vice-presidente João Antônio MagdalenaSegundo-vice-presidente Roberto Ferreira da SilvaTerceiro-vice-presidente Roberto Menedin
DiretoresAldo Machado SimõesAlexandre PestanaCarlos HeinenJosé Carlos Labate De DonatoRonaldo Bittencourt FilhoConselho FiscalTitularesDario Abrahão FarhatJoão Alves ParreiraWalter Luis Araújo GuarinoConselho FiscalSuplentesCelso de Almeida MagalhãesRosemari Bremm Oliveira GermanoSamir Cardoso
Entidades AssociadasAssociação Brasiliense de Vidraçarias (Abravid)Presidente: Ronaldo Bittencourt FilhoAssociação Catarinense das Empresas Vidreiras (Ascevi)Presidente: Samir CardosoAssociação dos Distribuidores e Processadores de Vidros do Paraná(Adivipar)Presidente: Rosemari Bremm Oliveira GermanoAssociação Mineira do Comércio Atacadista, Varejista e dosBeneficiadores do Vidro (Amvid)Presidente: Alexandre PestanaSindicato das Indústrias de Beneficiamento e Transformação deVidros e Cristais Planos do Estado de São Paulo (Sinbevidros)Presidente: Roberto MenedinSindicato do Comércio Varejista de Material de Construção, Maquinismos,Ferragens, Tintas, Louças e Vidros da Grande São Paulo (Sincomavi)Presidente: Reinaldo Pedro CorreiaSindicato do Comércio Atacadista de Vidro Plano, Cristais e Espelhosdo Estado de São Paulo (Sincavesp)Presidente: Celso de Almeida MagalhãesSindicato do Comércio Atacadista de Vidro Plano, Cristais e Espelhosdo Estado do Rio de Janeiro (Sincavidro)Presidente: Roberto Ferreira da SilvaSindicato das Indústrias de Vidros, Cristais, Espelhos, Cerâmica deLouça e Porcelana no Estado do Rio Grande do Sul (Sindividro-RS)Presidente: Carlos Heinen
Corpo EditorialDiretor Wilson Farhat Júnior
Editora e Jornalista-responsável Celina Araújo – MTb 29.080Reportagem e Redação Geisa Araújo Barbosa
Colaboradora Beatriz Strawinsky Preparador de Texto Amorim Leite
Editoração Eletrônica Cristiane Martins Carratu Assistente de Arte Guilherme Nunes
Redação e Departamento ComercialAssociação Brasileira de Distribuidores e Processadores
de Vidros Planos (Abravidro)Rua Monte Alegre, 61, 11º andar, Perdizes, 05014-000
São Paulo, SP, Tel: (11) 3873-9908, fax: 3873-9910www.ovidroplano.com.br - [email protected]
Produção Editorial e GráficaEdições Amorim Leite
Rua Gama Lobo, 2.141, 04269-001, Ipiranga, São Paulo, SPTel. (11) 5068-3502
Leonardo FreitasPriscila ÁureaVictor Bianchin
Secretaria-adjuntaDiretores-titularesComitê de Ação RegionalJúlio Sérgio NakanoComitê de Assuntos TributáriosRicardo OliveiraComitê de LaminadoresLuiz Carlos MossinComitê do Setor MoveleiroÉmerson ArcênioComitê de TemperadoresFernando Pires do Valle
ia desses, ao conversar com um leitor,
comentei que, graças ao seu conteúdo
técnico, O Vidroplano era uma revista
de colecionador. Boa parte das pessoas guarda os
exemplares em ordem cronológica, para consultas
quando vão desenvolver algum trabalho especí-
fico. É por isso que a ferramenta “Ache fácil”, em
nosso portal na Internet, é tão útil: como se fosse
o “Google do vidro”, ela ajuda a pesquisar o con-
teúdo da revista, a partir de outubro de 2005, com
links para o arquivo eletrônico da publicação. Para
quem tem o exemplar impresso, a consulta fica
ainda mais prazerosa.
Mas, voltando ao início, tenho certeza de que, por
várias razões, esta edição irá se destacar na sua co-
leção. Como mostra nossa capa, trazemos uma
matéria completa sobre os processos de pintura
em vidros, produto que vem tendo um mercado
cada vez mais amplo, principalmente no segmento
de decoração.
Em entrevista exclusiva, em primeira mão, os dire-
tores executivos da Cebrace, Carlos Henrique Me-
deiros e Renato Holzheim, detalham a visão da
empresa ao anunciar a quinta unidade de fabrica-
ção de float no Brasil, assim como suas expecta-
tivas de mercado. Vale a pena conferir, pois o as-
sunto certamente contribuirá com a formação da
estratégia de negócios da sua empresa.
Mas não é só isso: em um trabalho que cresce ano
a ano, a Abravidro fecha 2008 tendo levado infor-
mações sobre nosso produto a mais de 1.100 pro-
fissionais do design de sete capitais do Brasil! Veja
os detalhes a partir da página 20.
Grande abraço,
Celina Araujo
Editora
Fale com o presidente!
AbravidroTel.: (11) [email protected]
Editorial
5edição 431
Com crise ousem ela, vamoscrescendo
E
Dario de Freitas
Wilson Farhat JúniorPresidente da Abravidro
stamos vivendo um marco no mercado de vidros planos no Bra-
sil. Não me lembro de outra época em que tenhamos assistido à
divulgação de tantos investimentos em um espaço de tempo tão
curto. Nos últimos meses, todas as usinas vidreiras anunciaram aumentos
significativos em sua capacidade produtiva, tanto de vidro float como de
impresso.
No caso do float, em apenas seis meses, espera-se que passemos das
atuais 3 mil t para 4.200 t de vidro por dia, quando ocorrer o início de pro-
dução da unidade da Guardian em Tatuí (SP) e a ampliação de um dos
fornos da Cebrace em Jacareí, no mesmo Estado.
Para o ano seguinte, com o início de operação da nova unidade da Ce-
brace, a capacidade produtiva nacional de vidro float deve saltar para
5.100 t diárias, ou seja, se tudo ocorrer dentro do previsto, em menos de
24 meses registraremos crescimento de 70% na produção interna de vidros
planos.
Além dessa ampliação de capacidade, a expectativa é que aumentemos
também a fabricação nacional dos produtos de maior valor agregado, tais
como os vidros de alta performance solar e os baixo-emissivos.
Com a maior oferta de matéria-prima, acredito que contaremos com re-
quisito essencial para um sólido crescimento do mercado nacional. Da
parte dos processadores, essas novidades nos proporcionam maior con-
fiança para continuação dos altos investimentos que vêm sendo realizados
em tecnologia e instalações.
Enfim, com crise ou sem crise, o mercado vidreiro nacional dá mostras
de que permanecerá crescendo a taxas acima do PIB nacional, como te-
mos visto nos últimos anos.
Dúvidas sobre especificação
Projetei um rasgo grande (6 X 0,80 m) em um forro de
gesso reforçado para receber um vidro jateado (divi-
dido em quatro partes), mas o vidraceiro enviou vi-
dros temperados de 4 mm em vez de laminados como
solicitei. Pergunto: 1) existe laminado de 4 mm?; 2) é
correto fazer o vitral com vidro temperado em vez de
laminado?; 3) o jateamento do vidro temperado não
compromete sua eficiência?; e 4) quais as normas que
devo pesquisar para a correta especificação de vidro?
Isac Martins Gonçalves
Arquiteto
São Paulo, SP
Quanto à sua primeira pergunta, a resposta é sim.
Com relação à segunda, depende de onde ele será co-
locado. Se for utilizado na vertical, abaixo de 1,10 m
em relação ao piso, na parte interna ele deve ser tem-
perado ou laminado ou aramado. Se estiver acima do
pavimento térreo e aplicado como uma fachada, ele
deve ser laminado ou aramado, assim como no caso
de cobertura, onde apenas os laminados ou aramados
são adequados. O jateamento causa um desbaste na
superfície do vidro, o que pode diminuir a resistência
mecânica do material (vidro) ou até fragilizá-lo. Por
esse motivo, esse beneficiamento é recomendado ape-
nas para aplicações decorativas e tem sido substituído
por serigrafia, acidação ou até laminação com PVB
especial. Seguem algumas normas que devem ser con-
sultadas quando o vidro for utilizado em função de
sua aplicação: Construção civil – NBR 7199 (Projeto,
execução e aplicações de vidros na construção civil); e
Moveleiro – NBR 14488 (Tampos de vidro para mesa)
e NBR 14564 (Vidros para sistemas de prateleiras).
Silvio Ricardo Bueno de Carvalho
Coordenador de Normalização do ABNT/CB-37 e CSM 21
Remy Dufrayer
Engenheiro de Aplicação de Produto da Cebrace
Palavra do leitor
elementoO quinto
Cebrace anuncia a construção de mais
uma linha de ‘float’ em Jacareí
Opinião
Q Fotos: Dario de Freitas
13edição 431
uem esteve na Glasstec,
feira realizada em ou-
tubro deste ano, na
Alemanha, ouviu, em primeira mão,
um dos grandes anúncios de 2008
para o setor vidreiro: a construção
da C5, nova planta da Cebrace,
que irá instalar sua quinta linha
nacional de produção de vidro
float na cidade de Jacareí, interior
de São Paulo.
O anúncio pegou todo mundo
de surpresa, já que o vultoso in-
vestimento – 145 milhões de eu-
ros, ou seja, mais de 400 milhões
de reais – vinha em um momento
delicado na economia mundial,
com as bolsas fragilizadas por cau-
sa da crise econômica.
Para trazer informações em pri-
meira mão sobre esse tema, a edi-
tora de O Vidroplano, que tam-
bém estava em Düsseldorf no mo-
mento da divulgação, foi até Jaca-
reí entrevistar, com exclusividade,
os diretores-executivos Renato
Holzheim e Carlos Henrique Me-
deiros. Na conversa, a dupla trans-
mite, como mensagem principal, o
otimismo da companhia em rela-
ção ao mercado, apesar da anun-
ciada crise global.
O Vidroplano – Como vocês vêem o
mercado brasileiro atual?
Carlos Henrique – Como existem
muitas incertezas sobre o que vai
acontecer com a economia mun-
dial, qualquer um que se disponha
a fazer uma previsão concreta tem
uma chance muito alta de se equi-
vocar. Nós não sabemos exata-
mente o que vai acontecer. O que
nós achamos, é que em algum
Renato e Carlos Henrique:otimistas em relação aomercado vidreiro, osdiretores-executivos daCebrace divulgam novosdetalhes sobre aconstrução da C5
momento a situação deverá se res-
tabelecer. Esperamos que seja
num curto espaço de tempo, em
menos de um ano. Mas a conclu-
são é que, até o momento, esta-
mos mantendo os nossos planos.
Aquilo que dissemos em Düssel-
dorf algumas semanas atrás conti-
nua valendo: estamos aprontando
essa fábrica para 2010.
O Vidroplano – Mas a crise não
muda a crença no mercado na-
cional?
Renato – A expectativa e o objeti-
vo a longo prazo estão claros, os
grupos acreditam fortemente no
Brasil. Os altos e baixos da eco-
nomia mundial vão acontecer tam-
bém no Brasil. Mas o consumo de
vidro ainda é muito baixo no País
e o mercado tem se profissiona-
lizado muito. Estou no ramo de
me de caminhões tanto na entrada
de matéria-prima como na saída
do vidro. Dentro da localização do
mercado, esse centro merece e
comporta mais uma planta.
O Vidroplano – A C5 será implan-
tada com a intenção de aumentar
o volume de exportações ou será
focada no mercado interno?
Renato – Sempre que se faz um
projeto de uma linha dessa nature-
za, o principal foco é o mercado
interno, pois uma planta desse ca-
libre não se justifica ser 100% vol-
tada para exportação. O grande
foco é o mercado interno. A dis-
ponibilidade para exportação vai
existir desde o início, mas irá de-
crescer ao longo do tempo, à me-
dida que o mercado interno for
aumentando sua demanda.
Carlos Henrique – É sempre as-
sim. Parte da produção vai para a
exportação, mas isso vai decrescen-
do ao longo do tempo. Foi assim
com a C3 e a C4, vai ser assim com
o Vidro Andino, que estamos cons-
truindo na Colômbia, e vai ser assim
com o C5. Há sempre essa tônica.
Renato – Vale lembrar também,
para complementar, que o Brasil é
o grande responsável pela organi-
zação das empresas na América
do Sul. Então, ao pensarmos no
C5 como um objetivo principal no
País, analisamos de maneira glo-
bal a região inteira.
O Vidroplano – Em relação ao de-
sempenho de mercado da compa-
vidros planos há menos de dois
anos e percebemos um profissio-
nalismo muito grande e uma pe-
netração cada vez maior do vidro.
A economia pode ter alguns per-
calços pelo meio, mas a necessi-
dade de uma outra planta e nosso
posicionamento de liderança e de
acreditar no vidro no País são
muito sérios. Essa planta não vai
ficar parada.
O Vidroplano – A Cebrace já pos-
sui a C1 e a C3 em Jacareí e agora
também irá abrir a C5 por lá. Por
que essa nova aposta na cidade?
Renato – O grande apelo, em ter-
mos de investimento, foi a possi-
bilidade de ter uma equipe única
cuidando de três floats. E o grande
desafio realmente é a capacidade
de logística da região, de compor-
tar mais uma movimentação enor-
o vidroplano 2008novembro14
“ A economia pode ter algunspercalços pelo meio, mas anecessidade de uma outraplanta e nosso posicionamentode liderança e de acreditar novidro no País são muito sérios”Renato
“O Sudeste é o eixo motriz,por isso fundamenta nossadecisão de instalar a C5nesta região”Carlos Henrique
nhia em 2007 e 2008, foi observa-
do um ritmo de crescimento maior
em alguma região específica?
Carlos Henrique – O Sudeste
continua sendo o principal pólo
de atividade no Brasil. Acredito
que o mercado cresce na mesma
proporção que o PIB de cada uma
das regiões. O Sudeste é a região
mais relevante pelo tamanho do
seu mercado, seguido pelo Sul.
O Vidroplano – Proporcionalmen-
te, o Nordeste não está um pouco
mais aquecido?
Carlos Henrique – Em termos
absolutos, o peso ainda é menor
em relação ao todo. O Sudeste é o
eixo motriz. Fizemos a C4 fora do
Sudeste porque o objetivo era dis-
ponibilizar vidro para uma região
que vinha crescendo com veloci-
dade diferenciada, a região Sul.
Com a C4 lá, essa demanda está
plenamente atendida.
Renato – Ainda existe uma grande
economia de utilidades na planta.
As próprias equipes acabam fa-
zendo bastante diferença, pois não
temos que duplicá-las. Temos um
padrão muito elevado na região,
em termos de qualidade, capaci-
dade de atendimento e logística.
O Vidroplano – Fala-se muito do
consumo de vidro por quilo per ca-
pita no Brasil. Esse crescimento de
mercado se reflete também nesse
indicador?
Renato – O consumo per capita
ainda está mais perto dos 5 kg. E o
potencial é que gera a confiança
de fazer a C5, com a profissiona-
lização do mercado, com os vidros
laminados crescendo, com a ten-
dência também para o vidro du-
plo. Enfim, devemos partir pra ou-
tros patamares.
O Vidroplano – Qual a expectativa
da Cebrace?
Carlos Henrique – A longo pra-
zo, o que esperamos é algum dia
chegar a níveis similares aos da
Península Ibérica, que tem um
consumo da ordem de 9 a 10 kg.
Mas precisamos de muito cresci-
mento para chegar a esse índice. A
questão é: se, por um lado, o mer-
cado cresceu, por outro, a popu-
lação brasileira continua aumen-
tando. Então, quando olhamos o
indicador específico do consumo
por habitante, ele não mudou tan-
to nos últimos anos. Porém, o
mercado está crescendo realmen-
te. Ao se olhar a base para isso,
que são os processadores e distri-
buidores, em todos eles se nota o
profissionalismo. Eles estão se
equipando, estão melhorando sua
gestão, estão trabalhando de for-
ma muito mais focada no negócio
do que uma década atrás.
O Vidroplano – A nova unidade
terá mesmo uma capacidade de
produção de novecentas toneladas
de vidro por dia?
Renato – Sim. As atuais produzem
em torno de seiscentas toneladas
diárias. Ou seja, essa nova unida-
de já nascerá com capacidade 50%
maior que as atuais. Mas é impor-
tante lembrar que a C1 também
15edição 431
“A longo prazo, o queesperamos para o Brasilé algum dia chegar aníveis similares aos daPenínsula Ibérica, quetem consumo da ordemde 9 a 10 kg de vidro percapita”Carlos Henrique
“Essa nova unidade jánascerá com capacidade50% maior que as atuais– 900 mil t por dia. Mas éimportante lembrar que aC1 também seráampliada”Renato
será ampliada. Ela passará de seis-
centas para as novecentas tonela-
das de vidro por dia em abril ou
maio. São dois saltos que vão acon-
tecer na capacidade da Cebrace.
O Vidroplano – Na avaliação para
instalação da C5, a construção
civil estava em um momento de
euforia. Se continuássemos naque-
le ritmo, qual seria a expectativa?
Renato – Nós continuamos nesse
ritmo. Se se conversar com o seg-
mento, de maneira geral, a reper-
cussão da crise é mínima em ter-
mos de negócios. A pergunta é: se
a crise chegar e quando chegar,
qual será o impacto? Mas nós con-
tinuamos bastante otimistas. Acho
que um outro ano com 14% ou
Divulgação
Vista aérea do parque fabril da Cebrace, em Jacareí, São Paulo:empresa aposta na mesma cidade para a construção da C5
15% de crescimento, como se pre-
vê para 2008 em relação a 2007, é
sonhar um pouco demais. Acredi-
tamos em crescimento. Não dá pa-
ra dizer se é 5% ou se é 8%, mas
acreditamos.
O Vidroplano – O que o cliente da
Cebrace pode esperar para os pró-
ximos meses com relação a forne-
cimento?
Carlos Henrique – Não vai faltar
nada, vamos ter tudo na quantida-
de que eles precisam, sem maio-
res problemas. Estamos agindo pa-
ra garantir o que o mercado e os
nossos clientes precisam. Isso, tan-
to em termos de organização e pla-
nejamento, como em análise de
mercado e abastecimento.
O Vidroplano – Qual mensagem
vocês gostariam de deixar para os
leitores?
Carlos Henrique – Em momentos
como esse, temos todos de manter
a calma e seguir trabalhando com
bastante afinco, pois são nos mo-
mentos de crise que surgem as
oportunidades. Acreditamos que o
mercado brasileiro tem muito a
crescer.
Renato – Nossa mensagem é ain-
da de otimismo. Acredito que o
mais importante é a confiança no
Brasil e no profissionalismo do
mercado. Nosso compromisso é
imutável. Estamos aí para garantir
o crescimento dos nossos clientes.
A nossa parte faremos.
Fale com eles!
CebraceTel. (12) 3955-8110
C5 em números
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO:900 toneladas por dia
FUNCIONÁRIOS: Entre 130 e140 apenas para operar o forno
ATENDIMENTO: Área dearquitetura, com vidros nascores incolor, cinza e bronze
INVESTIMENTO: 145 milhõesde euros
INAUGURAÇÃO: 2010
(re)descobrem o vidroCircuito ABD 2008 percorre sete capitais e leva
conhecimento a ‘designers’ de interiores
Direto da Abravidro
O
Profissionais
o vidroplano 2008novembro20
Fotos: Dario de Freitas
rganizado pela Associação Brasileira de
Designers de Interiores (ABD) em par-
ceria com a Associação Brasileira de Dis-
tribuidores e Processadores de Vidros Planos (Abravi-
dro), o Circuito ABD 2008 percorreu sete capitais do
Brasil neste ano, atraindo mais de 1.100 profissionais.
Com o tema Ambientes que se transformam e surpre-
endem os clientes, Salvador e Vitória iniciaram o ciclo
de palestras no mês de agosto. Em setembro, foi a vez
José Ricardo: mais de 1.100profissionais do designassistiram à sua palestra
21edição 431
de Belo Horizonte e Rio de Janeiro receberem o cir-
cuito (saiba mais nas edições 429 e 430 de O Vidro-
plano).
Porto Alegre, Curitiba e São Paulo foram as últimas
capitais desta edição do evento, que levou arquitetos,
designers e decoradores a (re)descobrirem o universo
vidreiro.
No Sul do Brasil
Em Porto Alegre, o Circuito ABD contou com o apoio
do Sindicato das Indústrias de Vidros, Cristais, Espe-
lhos, Cerâmica de Louça e Porcelana no Estado do Rio
Grande do Sul (Sindividro) e reuniu, em 28 de outu-
bro, cerca de cem participantes muito interessados e
ávidos por informações relacionadas ao vidro.
A palestra-eixo do circuito, Vidro: valorize o seu
projeto com soluções inovadoras, sempre ministrada
por José Ricardo D´Araújo Martins, ex-presidente da
Abravidro e atual diretor do Sindicato do Comércio
Atacadista de Vidros Planos, Cristais e Espelhos do Rio
de Janeiro (Sincavidro), surpreendeu também o públi-
co paranaense dois dias depois. Cerca de 180 profis-
sionais compareceram ao Bourbon Convention Hotel,
em Curitiba, para conferir a programação, que contou
com o apoio da entidade do vidro regional, a Associa-
ção dos Distribuidores e Processadores de Vidro do
Paraná (Adivipar).
São Paulo
A maior capital do Brasil no ramo de negócios foi a
escolhida para o encerramento do Circuito ABD 2008.
Com o apoio do Sindicato das Indústrias de Beneficia-
mento e Transformação de Vidros e Cristais Planos do
Estado de São Paulo (Sinbevidros), o evento foi reali-
zado no Senac Consolação, em São Paulo, e deu es-
paço ainda a diversos apoiadores vidreiros para expor
seus produtos durante o welcome coffee. Ali, os parti-
cipantes tiraram suas dúvidas sobre aplicação, função
e diferencial do vidro em relação a outros materiais.
Ampliando horizontes
Ao participar do Circuito ABD, muitos profissionais
tiveram a oportunidade de aprender a utilizar melhor
Porto Alegre: auditório cheio e públicodisposto a aprender
Edição do circuito em Curitiba atraiu cercade 180 participantes
Fale com eles!
AbravidroTel. (11) 3873-9909www.abravidro.org.br
ABDwww.abd.org.br
o vidro, oferecendo opções de segurança, estética e
conforto. “Agora, sei aplicar melhor o vidro em meus
trabalhos”, declara a arquiteta Tânia Maluf, participan-
te do evento em São Paulo.
Além da palestra da Abravidro, representantes da
Associação Brasileira dos Fabricantes de Chapas para
Drywall (Drywall) e do Instituto Nacional para Desen-
volvimento do Acrílico (Indac), mostraram as vanta-
gens de seus produtos à platéia.
Encerramento do circuito, em São Paulo: exposiçãode vidros antecedeu palestras
como ele adquire cor?Vidro pintado:
Técnicas utilizadas não competem entre si.
Cada uma tem sua particularidade
Capa
Cristiane Martins Carratu
o vidroplano 2008novembro26
Se um pinguinho de tinta cai num peda-
cinho azul de papel, num instante imagino
uma linda gaivota a voar no céu...”, diz a
música de Toquinho e Vinícius de Moraes. E se esse
“pinguinho” cair num vidro (grande ou pequeno),
pode-se imaginar, da mesma maneira que no pa-
pel, um pássaro voando no céu?
Claro que sim. Colorido, inusitado e não-
convencional, o vidro pode levar impressas a
cor e a imagem desejadas. As técnicas de
pintura em vidro são várias e algumas
dúvidas sobre o processo que en-
volve tons e tintas pairam no
ar. Qual a diferença entre
pintura a quente e
“
27edição 431
serigrafia, por exemplo? Questões como essa, tão co-
mum entre os profissionais do setor vidreiro, serão
respondidas nesta reportagem. Comecemos pelas três
formas mais usuais de aplicação da tinta no vidro: seri-
grafia, rolo e pistola de ar. Todas podem ser usadas
tanto para pintura a frio como para pintura a quente,
embora seja menos comum, por exemplo, usar pistola
para pintura a quente.
Serigrafia
É um processo secular de impressão em que a tinta
é vazada através de uma tela de tecido sintético furado
até chegar no substrato. Moldando os espaços furados
dessas telas em diferentes formatos, é possível criar di-
ferentes ilustrações. Coloca-se o vidro na máquina,
baixa-se a tela por cima dele e aplica-se nela a tinta.
Se esse processo for manual, a tinta é forçada com
pressão física do próprio operário. No processo semi-
automático, a tinta é colocada fora da área de vazão e
espalhada com um rodo de borracha, o que garante
uma aplicação homogênea sobre o vidro. Já no pro-
cesso automático, a máquina faz tudo sozinha, do po-
sicionamento da tela à impressão.
Tudo isso independe de a pintura ser a quente ou a
frio. O processo de serigrafia é sempre esse. Ocorre
que, no setor vidreiro, popularizou-se o termo “seri-
grafado” para definir os vidros pintados a quente, mes-
mo que a técnica de aplicação da tinta tenha sido ou-
tra, como a pintura por meio de rolos ou de pistolas.
Rolo
Nesse caso, a máquina é equipada com um sistema
interno de cilindros. Um deles, metálico, espalha a tin-
ta sobre outro, que é recoberto de material embor-
rachado. É esse último cilindro que terá contato com o
vidro, encarregando-se de aplicar a tinta no substrato.
Segundo Mauro Nardi, gerente-comercial da fabricante
de equipamentos Cefla, é possível produzir entre 800
e 900 m2 de vidro pintado por dia com uma máquina
de rolo. Nesse sistema, a marca do rolo fica visível no
lado de trás do vidro pintado. Isso ocorre porque o ci-
lindro puxa parte da tinta que aplicou ao se afastar do
vidro, da mesma forma que acontece com um rolo de
Tá na tela
Segundo Luiz Lanzellotti, coordenador de Marketingda Sefar, fabricante de telas serigráficas, 95% dasmatrizes são retangulares. “Aplicações podem exigirformatos diferenciados, mas apenas para situaçõesmuito específicas”, diz ele. O material de fabricaçãotambém varia. “As matrizes normalmente são de alu-mínio e utilizam tecidos sintéticos, como poliéster oupoliamida”, explica Lanzellotti. “No entanto, as telascom tecido metálico apresentam maior resistência àabrasão e ao atrito do que as telas com tecidos sin-téticos.”
Exemplo de tela de serigrafia usada para aplicaçãode banda negra em pára-brisas de carros
Div
ulga
ção
Sef
ar
o vidroplano 2008novembro28
pintura em paredes. Quando isso ocorre, deixam-se pe-
quenas ranhuras na parte de trás do material.
Pistola
Trata-se de uma pistola com um compressor de ar, uti-
lizada para aplicar manualmente a tinta sobre o vidro.
Para que a pintura seja homogênea, é preciso montar
um esquema de passadas equilibrado e que seja seguido
com disciplina. Marcelo Jauch, diretor da fabricante de
tintas MHJ, adota um sistema com aplicação de 160 ml
de tinta por m2 de vidro, duas demãos de tinta cruzadas
e movimento da pistola sempre no mesmo sentido. “Dá
para produzir cerca de 100 m2 por dia de vidro pinta-
do”, calcula ele. Na pintura a frio, o tempo de secagem
dos vidros fica entre três e quatro horas.
Qual é a sua demanda?
As pinturas a rolo e com pistola são para aplicações
chapadas e monocromáticas, enquanto a serigrafia é vol-
tada para a aplicação de formas e desenhos e pintura
com mais de uma cor. Na pintura com pistola, também é
possível aplicar mais de uma cor, mas o processo é todo
manual: utilizando uma plotter (máquina de recorte),
produzem-se diferentes peças de papel contact nas for-
mas desejadas. O operador, então, recobre o vidro com
o papel contact na posição correta e aplica tinta nas ou-
tras áreas (como em um estêncil). Nessa área que ficou
coberta e não recebeu tinta, é possível aplicar outra cor.
Com esse esquema, podem-se fazer diversas divisões
em um mesmo vidro e lançar mão de diferentes cores e
formas. Na serigrafia, esse efeito é obtido utilizando-se
uma tela separada para cada forma.
A serigrafia é mais adequada para trabalhos volumo-
sos, com muitas peças de vidro a serem pintadas. Se a
empresa for trabalhar com vidros muito grandes, a se-
rigrafia deixa de ser uma boa opção, mesmo em larga
escala, já que, quanto maior a tela, mais cara ela é. Se-
gundo Rodrigo Guerrero, diretor-técnico da Cyberglass,
processadora de vidros, um quadro de 3,4 x 2,2 m pode
custar de R$ 600 a R$ 1.600 – a complexidade do de-
senho da tela também encarece o produto. Para traba-
lhos com poucas unidades, a pistola se apresenta como
a alternativa mais viável.
Div
ulga
ção
Cef
la
Divulgação Criavidros
Após a pintura, no processo a quente, os vidros sãoencaminhados para o forno de secagem
Prédio com vidro pintado por impressão digital:nova tecnologia convive com processostradicionais como serigrafia e pintura a rolo
29edição 431
Pintura a quente
As tintas para pintura a quente, chamadas de cerâ-
micas ou “fritas”, são uma mistura de pó de vidro, pig-
mento e veículo (solvente). “Sua aplicação pode ser
feita com uma tela de serigrafia ou utilizando-se rolos
especiais”, explica Geraldo Romano, sócio-proprietá-
rio da Pacaembu. Para secagem da tinta os vidros ain-
da passam por estufas que atingem temperaturas entre
120 e 180 graus. Depois são encaminhados a um forno
de têmpera. Lá, durante o processo, que ocorre a tem-
peraturas em torno de 600 graus, a tinta cerâmica irá
se fundir ao vidro, tornando-se parte dele. Com isso,
quando o vidro sai do forno, é impossível remover a
pintura.
Antes de receber a tinta, o vidro precisa ser muito
bem limpo. “A máquina precisa ter pré-lavagem e la-
vagem com três pares de escovas, água quente e se-
cagem de alta potência”, adverte Eric Saler, diretor da
Todas as imagens da pintura a frio com pistola de ar foram feitas na empresa MHJ
Depois de limpar com álcool o vidro, co-loque fita crepe para proteger sua bordalateral. Isso impedirá que a tinta res-pingue nela
Após a pintura, retire a fita crepe dasbordas que não foram pintadas. Em se-guida, leve o vidro para secagem. Eleestará pronto em alguma horas
Aplique a tinta movendo a pistola sem-pre no mesmo sentido
A quantidade de demãos de tinta fica aseu critério. No exemplo, foram dadasduas demãos em cada direção (hori-zontal e vertical)
4 5
Fotos: Dario de Freitas
1
3
Cris
tiane
Mar
tins
Car
ratu
Pacaembu:serigrafia
simulandopele de zebra
Com o estilete, descubra a parte fileta-da do vidro que também precisa ser pin-tada
2
Pintura a frio
com pistola
de ar
o vidroplano 2008novembro30
Glastronic e colaborador da fabricante de equipamen-
tos Maclinea. O ambiente também precisa ser limpo e
com temperatura e umidade controladas, para manter
as características das tintas.
Como a fixação da tinta depende do processo de
têmpera, só é possível trabalhar com vidros lapidados
ou filetados. A maior desvantagem desse processo é
que, como o vidro está temperado, ele não poderá mais
ser processado (cortado, furado...) depois da pintura.
Por outro lado, a tinta a quente só precisa ser mistu-
rada a um diluente, e não a um catalisador. Paulo Cé-
sar Carvalho, gerente de Produtos da Glass System, di-
visão da fabricante de tintas Ferro Enamel, cita ainda
uma vantagem no emprego do sistema a quente: pre-
ço. Segundo ele, a tinta é, em média, 30% mais barata
que as utilizadas no processo a frio.
Pintura a frio
O diferencial da pintura a frio é que o vidro não
passa pelo processo de têmpera. Isso implica dois fa-
tos: o processo permite colorir qualquer tipo de vidro,
inclusive o temperado, e, dependendo da qualidade
da tinta e do tipo de vidro trabalhado, permite-se o
corte mesmo após a pintura. Em relação à técnica de
aplicação da tinta, podem ser utilizadas a serigrafia,
pistola ou rolo.
A tinta utilizada antes de ser aplicada precisa ser
misturada não apenas ao diluente, mas também a um
catalisador, para atingir a aderência necessária. Isso
significa que o operador deve misturar a tinta na quan-
tidade exata que irá utilizar – o excedente, por ter sido
misturado ao catalisador, perderá suas propriedades.
“Dependendo da tinta, temos de duas a quatro horas
para utilização”, afirma Guerrero. “Depois disso, ela
começa a endurecer e já não espalha no vidro, começa
a empastar”, diz. Segundo ele, o rolo é um material
emborrachado, muito sensível. Não se pode esfregá-
lo, pois qualquer coisa que marcar o equipamento sai-
rá impresso no vidro depois.
No processo de pintura a frio, os vidros não pre-
cisam passar por uma estufa para realizar a cura (se-
cagem) da tinta: ela pode ser seca em temperatura am-
biente.
Fidelidade de corUm dos grandes desafios dos fabricantes de vidroscoloridos é a manutenção da fidelidade de cor, prin-cipalmente em peças para reposição.A explicação para isso é vasta: mesmo mantendo-se omesmo fabricante da tinta, com a mesma “receita” nacomposição da cor (caso ela tenha sido misturada), ovidro incolor também pode sofrer alterações durante afabricação.“O problema de qualquer vidro pintado é o lote do vi-dro”, explica Marcelo Jauch, da MHJ. “Toda vez queuma fábrica de vidro fabrica um lote com determinadaespessura, ele sai de uma cor. A composição delenunca é a mesma. Imagine que a fábrica faz um lotede 4 mm e depois vai para 6, 8, 10 mm, e então voltapara os 4 mm. Os dois lotes de 4mm não são da mes-ma cor”, argumenta ele, concluindo que, mesmo utili-zando a mesma tinta, a pintura no vidro não resultaráem cores iguais devido a essas mudanças na compo-sição química do material.
Dario de Freitas
Vidros pintados a quente na entrada do fornode têmpera: processo é necessário para que atinta seja fundida ao vidro
31edição 431
Com um rodo, espalhe a tinta sobre atela em um movimento vaivém
Com luvas, retire o vidro do forno de se-cagem e leve-o para a têmpera
Coloque o vidro sob a máquina. Impor-tante: a tinta deverá ser aplicada sem-pre do lado contrário ao do estanho
Após baixar a tela sobre o vidro, des-peje a tinta na parte de cima da máquina
Retire o vidro pintado e encaminhe-opara o forno de secagem
Comece a aplicação. Ao ativar a máqui-na, o rodo sobe e começa a espalhar atinta. A pressão dos rodos é igual em to-das as áreas da tela
A área amarela da tela tem furinhos mi-núsculos para permitir a passagem detinta; a verde não permite vazão
Com o desenho da tela reproduzido emsi, o vidro vai para a secagem e, em se-guida, para a têmpera
Prepare a máquina para a aplicação datinta, fixando a tela
Despeje a tinta no topo da tela, fora daárea de vazão (marcada em amarelo)
Todas as imagens dos processos de serigrafia manual e semi-automático foram feitas na empresa Cyberglass
Pintura a quente
no processo
de serigrafia
manual
Pintura a quente
no processo
de serigrafia
semi-automático
1 2
3 4 5
1 2
3 4 5
Fotos: Dario de Freitas
Impressão digitalAs técnicas de pintura em vidro devem sofrer uma revolução nos próximos anos, como desenvolvimento de novas tecnologias. É o caso da impressão digital, ramo da in-dústria gráfica que agora começa a investir em maquinário para vidro.Desde o começo deste ano, a Criavidros, que representa no Brasil a fabricante israe-lense Dip Tech, comercializa em território nacional a impressora digital Glassjet. Amáquina imprime em vidro da mesma forma que uma impressora comum imprime empapel sulfite. “Na impressão digital, as máquinas trabalham com cabeças de impres-são que, de forma automática, misturam uma quantidade limitada de cores (de qua-tro a doze) para formar todas as outras”, explica Jean Paul Clément, proprietário daCriavidros. No caso da Glassjet, podem-se imprimir até cinco cores simultanea-mente. A tinta aplicada é a cerâmica e os vidros impressos pela Glassjet têm de pas-sar pelo forno de têmpera ou de curva-tura para a vitrificação da tinta.
VitraisOutra novidade tecnológica trazida pela Criavidros é uma aplicadora de resina com-putadorizada, da Criative Resins, que permite a pintura no vidro para simulação devitrais. A máquina é digital e, a partir de arquivos gráficos de computador, aplica umaresina de dois componentes no vidro, fazendo a moldura desejada. Depois, uma pessoaaplica a tinta manualmente, com uma espécie de conta-gotas industrial, nos espaçosentre as linhas da moldura. Essa tinta de preenchimento também é feita de resina.A máquina trabalha com qualquer tipo de vidro e garante uma pintura longeva (vinteanos de garantia), já que a resina polimeriza em cima do vidro, aderindo a ele forte-mente. Essa aplicação é voltada ao setor de decoração e é ideal para divisórias, por-tas, janelas, tetos de vidro e afins.
Porta de vidro com vitralsimulado impresso em resina
Div
ulga
ção
Cria
vidr
os
Fale com eles!
CeflaTel.: (41) 3608-1249
CriavidrosTel.: (11) 3719-0114
CyberglassTel.: (11) 2914-7211
Ferro EnamelTel.: (19) 21-08-9900
GlastronicTel.: (11) 4192-4566
MHJTel.: (11) 2579-8305
PacaembuTel.: (11) 4221-1999
SefarTel.: (11) 4390-6300
Mistura de tintas
Uma dúvida comum entre as pessoas que lidam
com pintura em vidro é se as tintas são miscíveis, ou
seja, se podem ser misturadas. A resposta é: nem sem-
pre. Essa condição varia de fabricante para fabricante
e, em alguns casos, a empresa responsável pela tinta
orienta expressamente seus clientes a não misturar os
pigmentos. Mesmo nos casos em que é possível, a
mistura entre tintas pode não ser um bom negócio,
pois a procura por um determinado tom requer tempo
e paciência, além de gastar material.
Aplicações
O vidro pintado é utilizado nas áreas de decoração
e indústria moveleira – como em pés e tampos de me-
sa, forrações de paredes e portas –, mas também está
amplamente presente na construção civil em fachadas,
vitrinas, divisórias e afins. Pode ser visto ainda na in-
dústria automotiva – aquela faixa preta dégradé nos
pára-brisas dos carros.
Para ambientes externos, a pintura a frio não é re-
comendada, pois, como ela não se funde ao vidro,
corre-se o risco de descascar ou se soltar com a ação
de ventos, chuvas e, principalmente, dos raios ultra-
violeta emitidos pelo Sol. Seja qual for a aplicação de-
sejada, o importante é avaliar bem o processo de pin-
tura e de aplicação da tinta. Para não correr riscos, su-
gere-se conversar com fornecedores e ter noção bem
clara do trabalho que deseja executar.
No mundo do vidropor Beatriz Strawinsky
37edição 431
Vidro também é arte
A artista plástica Débora Musz-
kat, criadora do Projeto Fusões,
está ministrando, no Centro da Cul-
tura Judaica (CCJ), na capital pau-
lista, workshops e oficinas sema-
nais. Os participantes aprendem
várias técnicas de manuseio de vi-
dro, como corte, colagem, pintura,
modelagem do cristal e fusão.
Débora explica que o Projeto
Fusões surgiu para aproveitar resí-
duos industriais, ambientais e na-
turais – principalmente, as emba-
lagens de vidros que são descarta-
das (alimentos e produtos de hi-
giene, entre outros).
Especializada em arte vidreira
na Grã-Bretanha (Inglaterra), Dé-
bora, em parceria com a Secretaria
Globo: criada apartir de frascode perfume eferro, a bola devidro foi“costurada” porDébora com“macarrão”de plástico epode ser vistano Museu deArteContemporânea,em São Paulo
de Estado da Cultura de São Pau-
lo, expõe seus projetos da Oficina
de Vidro no Brasil e no exterior.
Atualmente tem duas obras expos-
tas no CCJ.
As próximas oficinas estão agen-
dadas para os dias 1, 13 e 15 de
dezembro. As vagas são limitadas
e sujeitas à lotação do espaço.
Mais informações:
(11) 3065-4333
www.culturajudaica.org.br
No Paraná:
palestra e final de ano
No dia 7 de novembro, em Gua-
rapuava, Centro-oeste do Paraná,
o último encontro da Associação
dos Distribuidores e Processadores
de Vidros do Paraná (Adivipar)
deste ano reuniu 150 vidraceiros.
A palestra, a exemplo dos even-
tos anteriores centrou-se no tema
segurança. Complementando a
mensagem, o grupo Arte e Manha
apresentou de maneira muito di-
vertida a peça Depende de Nós.
Em 2008, ao todo, foram rea-
lizados sete encontros, sendo um
em Londrina, Maringá, Cascavel e
Guarapuava e três em Curitiba. Ro-
semari Bremm, presidente da en-
tidade vidreira, revela que o ano
foi muito produtivo. “Consegui-
mos aumentar o número de par-
ticipantes em nossos eventos gra-
ças à credibilidade que alcança-
mos nesses cinco anos de atuação,
mas ainda há muito a ser feito em
prol da profissionalização do vi-
draceiro.”
De acordo com Rosemari, em
2009 a Adivipar focará suas ativi-
dades no vidraceiro, com treina-
mentos, participação das fábricas
vidreiras e explicações técnicas.
“Esperamos que nossas ações re-
sultem no aumento do consumo
de vidros no Paraná”, finaliza.
Mais informações: (41) 3346-4617
Foto
s: d
ivul
gaçã
o
A Linha GA tem três modelos –
GA 90-160 kW, GA 110-160 kW e
132-160 kW VSD. Este último vem
com um conversor de freqüência
variable speed drive (VSD), que
permite ao equipamento operar
em velocidades variáveis, de acor-
do com a demanda por ar pressu-
rizado – grande parte dos com-
pressores no mercado só opera
com 100% da capacidade (o ar ex-
cedente e a energia elétrica usada
para pressurizá-lo são desperdi-
çados).
No mundo do vidro
o vidroplano 2008novembro38
Do pistão ao parafuso
A Linha GA, informa a Atlas, é
toda desenvolvida com a tecnolo-
gia de compressão de ar por meio
de parafusos. Nesse sistema, dois
parafusos rodam engrenados um
ao outro, movidos a energia elé-
trica. Eles recebem o ar sem pres-
são e, em seu movimento de rota-
ção, devolvem pressurizado para a
máquina, que faz o transporte da
energia por meio de tubos.
Ainda segundo a fabricante, es-
se sistema surgiu na indústria para
substituir os compressores à base
de pistão. As ferramentas mais an-
tigas funcionavam como uma bom-
ba de bicicleta, com o ar sendo
comprimido conforme um êmbolo
era empurrado por energia elé-
trica. A tecnologia de compresso-
res a pistão, surgida nos anos
1950, vem sendo substituída pela
de parafusos nos últimos anos,
pois consome menos eletricidade.
De acordo com Paulo Pereira, ge-
rente de Marketing de Produto da
Linha GA, os gastos com energia
do sistema de parafusos são 30%
inferiores aos dos compressores
com pistão. “Hoje em dia, 90% dos
compressores de ar industriais uti-
lizam parafuso”, diz ele. A produ-
ção do GA começou em novem-
bro, na fábrica da Atlas de Barueri
(SP), onde a empresa já manufatu-
ra suas máquinas há 53 anos.
Mais informações:
www.atlascopco.com.br
A Atlas Copco, fabricante e de-
senvolvedora de máquinas para
produção industrial, anunciou, em
outubro, o lançamento de sua no-
va linha de compressores de ar: a
GA. Trata-se de uma atualização
da antiga linha, de 2005, mas ago-
ra com economia de energia cerca
de 11% maior. O produto atende
os diversos setores industriais, in-
cluindo o de vidro, que utilizam
compressores de ar para a alimen-
tação de máquinas de lapidação,
corte e acabamento, entre outros.
Close do sistema decompressão: dois parafusosrodam engrenados um ao outro
Novidade para osegmentovidreiro: GA, novocompressor de arda Atlas, prometemais eficiênciaenergética
Novo compressor para máquinas de vidro
39edição 431
Vidro curvo... e de luxo
A mais nova loja do estilista Carlos Miele – proprietário das
griffes Carlos Miele, Miele e M.Officer –, instalada no piso térreo
do shopping Parque Cidade Jardim, em São Paulo tem 32,85 m2
de vidro incolor laminado.
Curvo e de 6 mm de espessura, o material foi fornecido e
instalado pela Energy do Brasil. Projeto do próprio Miele, a loja é
o resultado de seu lado “arquiteto”. Resultado: tem-se ali uma
vitrina à altura do centro comercial em que está instalada. “Se ele
não encontrasse algo que o agradasse, importaria da Espanha”,
conta Melissa Cruz Nogueira, diretora da Energy, empresa que
declara possuir o maior forno de curvação no Brasil – suas peças
podem chegar a 3,50 x 1,45 m.
Mais informações: (11) 3427-5662
seguem cores e pa-
drões pre-estabeleci-
dos, mas são esmalta-
dos manualmente, o que rende às
peças um aspecto artesanal.
A aplicação pode ser feita com
argamassa própria para vidro ou,
para preservar a transparência das
peças, com silicone, fita dupla fa-
ce e cola UV. Os Tozetos podem
ser instalados diretamente em al-
venarias, móveis, janelas de vidro
e divisórias. “A linha foi desenha-
da para o público que busca dife-
rencial e sofisticação em matéria
de acabamento”, explica Michaela.
“Os Tozetos são criados e de-
senvolvidos em coleções de ma-
neira que o cliente possa mesclar
Para
revestimento
Acaba de chegar
ao mercado a Linha
Tozetos para reves-
timento de vidro, de autoria da
arquiteta Michaela Striker. A no-
vidade complementa a Linha de
Painéis de Vidro, lançada por Mi-
chaela no primeiro semestre do ano.
A Tozetos,
indicada para
revestimentos
de paredes e
criação de deta-
lhes nesse tipo
de produto, es-
tá disponível em
quatro séries: Traços, Quadrado,
Círculo e Vegetal. Nos tamanhos 6
x 6 cm e 10 x 10 cm, os desenhos
e crie sua própria palheta”, afirma
a arquiteta. Mais informações:
MKL Arquitetura (11) 3045-6290
No mundo do vidro
o vidroplano 2008novembro40
Acontece
M
R
Casa Cor na Bahia
De 19 de setembro a 26 de outubro, os baianos puderam conferir de
perto as novidades da edição Casa Cor Bahia, evento que compõe a tra-
dicional mostra de decoração brasileira Casa Cor. A 14ª edição da expo-
sição baiana apresentou cinqüenta ambientes diferentes. Em vários proje-
tos, os visitantes puderam conferir aplicações especiais de vidro.
A Guardian é uma das empresas que marcaram presença no mostra
baiana. Quem visitou a exposição viu de perto suas peças da linha Dia-
mondGuard criadas pela designer Jacqueline Terpins. O Espelho Dia-
mondGuard apareceu em dois ambientes diferentes: no Estúdio do Desig-
ner de Jóias, de Flávio Moura, e no Vestíbulo, de Adélia Estevez. Para o Li-
ving Bar, os arquitetos Gilvan Acciolli e Wesley Lemos escolheram o Cris-
tal DiamondGuard.
O vidro também pôde ser visto em outros projetos. Os arquitetos res-
ponsáveis pelos ambientes Quarto da executiva internacional, Cozinha
experimental, Livraria e Home apostaram no material fornecido pela em-
presa Alufil para compor seus espaços. Na Galeria oeste, Suíte da filha,
Vestíbulo e Brinquedoteca, o destaque ficou por conta dos vidros da De-
sign Vidros. Mais informações: Alufil (71) 3359-5539; Casa Cor Bahia (71)
3345-4360; Design Vidros (71) 3353-8349; e Guardian (24) 3355-9000.
No ‘Living bar’: mesas com EspelhoDiamondGuard, da Guardian Xi
co D
iniz
ais uma vez, a revista
O Vidroplano deu um
show de cobertura na Glass-
tec, a maior feira mundial do
setor vidreiro, realizada no fi-
nal de outubro deste ano em
Düsseldorf, Alemanha. Se ain-
da não se atualizou sobre as
novidades apuradas por nos-
sa editora, Celina Araújo, dê
uma olhada no portal da Abra-
vidro, na Internet. A cobertu-
ra completíssima você confe-
re na edição de dezembro,
especial sobre a feira. Um
verdadeiro presente de Natal
da revista para nossos leitores.
egistramos aqui o nos-
so ‘muito obrigada’ pa-
ra Daniel Leicand (Abrasipa),
que, gentilmente, trouxe pa-
ra o Brasil a mala de catálo-
gos e outros materiais coleta-
dos na feira. Daniel também
fez o favor de entregar a en-
comenda na sede da Abravi-
dro, em São Paulo. Nota 10!
arabéns para a trans-
portadora Grecco Lo-
gística! A empresa, bastante
atuante no setor de vidros pla-
nos, conquistou, em setem-
bro, o 2º lugar como Desta-
que do Ano no evento Quem
É Quem, realizado anual-
mente pelo Diário do Gran-
de ABC. Além dessa conquis-
ta, a Grecco acaba de adqui-
rir a Ioma Transportes, em-
presa de São Bernardo do
Campo, no ABC Paulista.
P
das quatro paredesMuito além
Arquiteto gaúcho ousa com o vidro para criar
ambientes diferentes e convidativos
M
Vidro em obra
Foto
s: d
ivul
gaçã
oo
ais do que eficien-
tes, os ambientes vol-
tados ao público de-
vem ser, em primeiro lugar, con-
fortáveis e convidativos. Essa é
uma das premissas do arquiteto
Gilberto Sibemberg, proprietário
da Sibemberg Arquitetos, empresa
instalada em Porto Alegre. Admi-
rador dos espaços clean e agra-
dáveis, ele utiliza o vidro em larga
escala em seus projetos.
O novo ginásio do Centro de
Convenções do Hotel Armação,
em Porto de Galinhas (PE),
por exemplo, é um
projeto em que
Sibem-
berg apostou na luz natural e no
contato com o mundo exterior.
Inaugurado no início de novem-
bro deste ano, o local, que deverá
ser utilizado para palestras e even-
tos, além de ser capaz de abrigar
torneios esportivos em sua qua-
dra, tem nove painéis de vidro
temperado de 1,5 x 7 m recobrin-
do suas laterais. Os vidros foram
fornecidos pela Metalglass, parcei-
ra do arquiteto em Pernambuco.
45edição 431
Novo ginásiodo Centro deConvençõesdo HotelArmação: vidroproporciona‘contato’ como exterior
Em ação: o vidro
Somados, os painéis compõem
uma área de 150 m2. “O uso do
vidro visa a aproveitar a grande
luminosidade e a visão do céu”,
explica o arquiteto. “Todo partici-
pante de congresso, mesmo se es-
tiver numa atividade enfadonha, es-
tará vislumbrando, por meio desses
vidros, o céu, o exterior. Há uma
permeabilidade muito grande en-
tre interior e exterior que só o vidro
permite”, define Sibemberg. Devi-
do à utilização do vidro, a ilumi-
nação interna do ginásio vaza pa-
ra o exterior durante a noite, fa-
zendo parecer que sua estrutura é
totalmente aberta – “em termos
estéticos, é bem bonito”, avalia o
profissional. Além disso, o vidro
serve como proteção contra ven-
tos e chuvas, mas sem cortar a co-
municação com o exterior. “Com
esse sistema, permite-se a climati-
zação do ambiente.”
A opção pelo vidro temperado
se deve ao fato de que, devido
aos eventos esportivos, os painéis
precisavam ser resistentes a im-
pactos. “O temperado é um vidro
que não quebra facilmente”, lem-
bra o arquiteto. De acordo com
ele, o projeto do ginásio – ade-
quado às práticas de vôlei, bas-
quete e futsal – não inclui nenhum
outro tipo de vedação contra pos-
síveis boladas, o que reforça a im-
portância desse tipo de vidro.
Caixinha de jóias
Outro projeto recém-concluído
de Sibemberg também abusa do
vidro em seu design. A nova uni-Loja em formato de caixinha de jóias: projetada porSibemberg para a Enielys
o vidroplano 2008novembro46
Gilberto Sibemberg:arquiteto gaúchoutiliza o vidro emlarga escala em
seus projetos
dade da loja Enielys, especializada
em jóias de prata, no Shopping
Bourbon Country, em Porto Ale-
gre, foi projetada para se asseme-
lhar a uma caixinha de jóias envi-
draçada e possui fachada de vidro.
O material, fornecido pela Encaixe
Box, parceira local da Sibemberg
Arquitetos, pode ser visto também
no interior da loja.
Na fachada, são 52 m2 feitos
com vidros planos e curvos cristal
temperados de 10 mm. Por moti-
vos de segurança, o shopping exi-
ge a adoção de vidro temperado
ou laminado, mas a idéia do vidro
curvo vem de Sibemberg. “O vidro
na fachada, por ser curvo, chama
a atenção pelos reflexos que ele
forma”, explica. “No vidro curvo, a
cada passo, a cada deslocamento,
os reflexos mudam. E isso é muito
interessante. Já que não se podem
usar luzes ou movimentos, o cur-
vo proporciona naturalmente esse
movimento de reflexo de luzes.”
O efeito alcançado pelo vidro
curvo não tem função apenas es-
tética. Segundo Sibemberg, como
os produtos comercializados pela
loja são pequenos, eles não cha-
mam atenção à distância. O refle-
xo diferente do vidro curvo acaba
virando um artifício para que o
consumidor perceba a loja.
E dá certo? Tem funcionado,
responde o arquiteto: como a loja
fica perto do cinema, o público
que passa por ali pára, tem a aten-
ção atraída pela loja e se aproxima
para ver o produto. Dentro da uni-
dade, a estratégia se mantém. As
jóias da Enielys estão expostas em
Fale com eles!
Encaixe Box(51) 3342-9377
Metalglass(81) 3462-5528
Sibemberg ArquitetosTel.: (51) 3338-0440www.sibemberg.com.br
Vitrina lateral da loja da Enielys: vidro temperado garante a segurança
Peças protegidas: jóias da loja estão sob redomas de vidro cristaltemperado com 6 mm de espessura
47edição 431
redomas de vidro cristal tempera-
do de 6 mm, projetadas para se-
rem não apenas boas vitrinas, mas
também dispositivos de seguran-
ça. Como era preciso levar em con-
ta a proteção das jóias, o vidro per-
mite que se mostre o produto sem
deixar que as pessoas mexam nele.
51edição 431
diversos perfisVidros em
Fesqua e Fenavid se unem e apresentam o
produto em opções variadas
D
Evento
Fotos: Dario de Freitas
e 15 a 18 de outubro, a 7ª Feira Interna-
cional de Esquadrias, Ferragens, Compo-
nentes e Produtos de Serralheria (Fesqua)
recebeu cerca de 18 mil visitantes segundo os organi-
zadores. No Centro de Exposições Imigrantes, em São
Paulo, a feira se montou junto à 9ª Feira Nacional do
Vidro, Alumínio e Cia. (Fenavid).
Em comparação à sua última edição, a Fesqua cres-
ceu 50% e reuniu mais de duzentos expositores. Confi-
ra, a partir desta página, os detalhes da exposição. “Não
existe janela sem vidro e, para o setor vidreiro, os fa-
bricantes de esquadrias estão entre seus grandes consu-
midores”, afirma Cesar Tavares, organizador da mostra.
Diversidade, o destaque
No espaço da Cebrace (1), o visitante pôde ver uma
demonstração do Eco Lite, vidro de controle solar e
térmico. O produto reduz em até 52% a passagem de
calor para o ambiente interno. O Reflecta Float, com
alto índice de redução na passagem de calor (60%), foi
outro destaque da companhia. Além de bloquear a en-
trada de raios ultravioleta (UV), o produto impede que
a luz solar prejudique móveis e outros objetos.
A Saint-Gobain Glass (2) lançou o padrão SGG Mas-
ter-Shine, da linha SGG Masterglass. Criado pela uni-
dade alemã da companhia e com espessuras 4, 6 ou 8
mm, o vidro possui gravação de miniesferas – elas dão
um aspecto orvalhado à peça, especialmente com a
incidência de luz. Com dimensões de até 2,04 x 3,30
m, o produto foi apresentado nos caixilhos acústicos
de resina da empresa Atenua Som, parceira da Saint-
Gobain Glass durante a Fesqua.
Segurança foi a palavra-chave da Conlumi (3) para
compor seu estande de vidros blindados. As peças,
que suportam projéteis de artilharia leve a pesada, co-
mo munição antiaérea, possuem cinco níveis de resis-
tência e espessuras de até 78 mm.
1
3
2
o vidroplano 2008novembro52
A Divinal (4) destacou o vidro insulado. A peça
media 3,6 x 2,4 m e era composta por duas camadas
de laminado incolor 8 mm intercalados por uma câ-
mara de 20 mm. Com controle térmico e acústico, os
insulados podem ser usados em áreas externas e inter-
nas e até mesmo em coberturas. Porém, nesse último
caso, diversos fatores devem ser verificados, como as
condições do local e os caixilhos a serem utilizados.
Para todos os gostos
Outras empresas também levaram tecnologias para
a feira. A PKO mostrou sua linha de laminados com
PVB acústico em diferentes cores, tamanhos e espes-
suras. A Energy do Brasil debutou sua participação em
feiras e destacou suas divisões internas de vidro: a Ocean
Glass (mercado náutico) e a BlindTech (blindados).
A Unifix (5) aproveitou a feira para lançar o fixa es-
pelhos Unifix Cola Tudo. O produto não precisa de
calço ou qualquer outro acessório para fixação e possui
resistência que permite uso profissional e doméstico.
A Europvc levou suas esquadrias de policloreto de
vinila (PVC) para portas e janelas, adequadas para
vidros com espessuras acima de 4 mm. A companhia
deu destaque também ao perfil para vidro duplo com
câmara de ar de 4 mm, ideal para residências, escri-
tórios e veículos.
No estande da 3M (6), as novidades foram os perfis
de alumínio para janelas de correr que utilizam vidros
com o sistema glazing. A empresa também reforçou a
divulgação de sua fita VHB para envidraçamento es-
trutural.
A Gaxetas e Perfis do Brasil (GPB) (7) apresentou
aos visitantes o kit para boxe, conjunto de perfis de
PVC que, quando montado, vira um boxe de banheiro
– fica faltando apenas o vidro, que deve ter 6 ou 8 mm
de espessura. Segundo a empresa, existe um modelo
específico para boxes curvos.
Ferragens
Elas tiveram papel importante na Fesqua. A Idéia
Glass (8) expôs o boxe Elegance com roldanas apa-
rentes e batente superior de zamac (liga de zinco, alu-
mínio, magnésio e cobre). No espaço da Metalúrgica
4
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7
8
Torres (9), os visitantes encontraram o boxe articulado
de vidro. A peça aproveita 80% do espaço e não pos-
sui trilhos inferiores, facilitando, assim, a passagem de
cadeirantes em residências, hospitais e hotéis, pois
pode ser utilizada, também, como porta ou divisória
de ambientes. A companhia apresentou ainda a junta
de PVC siliconado, que substitui a famosa cortiça na
aplicação de ferragens em vidros.
Sem deixar de lado as tradicionais fechaduras e pu-
xadores que representam a marca, a Dorma (10) ex-
pôs o SealProtect, uma massa para molas de portas de
vidro temperado de fechamento automático. O pro-
duto, inodoro e atóxico, além de não causar nenhum
dano à saúde, aumenta a durabilidade das ferragens
de um para três anos, diminuindo, assim, a corrosão
causada pela água e produtos de limpeza. Com alto
poder de adesão e rápida cura, o SealProtect é reco-
mendável para pisos de hospitais, clubes, restaurantes
e áreas externas em geral.
Isolamentos acústico e solar
A Atenua Som (11) levou para a Fesqua a tela Bla-
ckout, que pode ser sobreposta a uma janela ou porta
existente. O produto também pode integrar a estrutura
de uma nova janela anti-ruído, que permite tanto a
sobreposição como a colocação no vão. Para quem se
incomoda com a claridade, a tecnologia é perfeita:
proporciona 100% de vedação da luz. Além de blo-
quear 100% da luminosidade, o blackout ajuda a dimi-
nuir a absorção de calor, contribuindo para a econo-
mia de ar-refrigerado ou aquecido.
No estande da AluService (12), o público conferiu
a linha ScreenLine com o comando magnético externo
Slim. Trata-se de uma persiana fixada entre duas ca-
madas de vidro e manipulada por meio de um contro-
le magnético (com botão) ou manual (com cordas) do
lado de fora, com espessura de 18 mm e fácil remoção.
Ferramentas e automação
Entre os principais destaques da Glass Vetro (13)
na Fesqua estava a régua T com roletes para corte de
vidro, que permite cortar várias peças (com espessuras
de até 12 mm) de uma só vez, além dos cortadores
53edição 431
9
10
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12
13
individuais da fabricante japonesa Toyo, da qual a
Glass Vetro é distribuidora oficial no Brasil. Os outros
produtos que chamaram a atenção foram as molas
GDS 8000 (de piso) e GDS 4000 (aérea) para portas e
a linha de colas italiana Loxeal UV, voltada para cola-
gens entre dois vidros ou entre vidro e metal.
A Fábrica de Automatizadores e Sistema de Segu-
rança (Fass) exibiu duas ferramentas para automatiza-
ção para portas sociais. Com tecnologia 100% nacio-
nal, os sistemas recebem vidro temperado de 10 mm,
mas caixilhos de madeira e alumínio também podem
ser utilizados. No sistema Línea, para portas deslizan-
tes, a estrutura de alumínio anodizado possui uma ve-
locidade média de abertura de 0,5 m por segundo
(uma folha) e 1 m por segundo (duas folhas).
Para portas pivotantes, a Fass tem o sistema Supre-
ma. Dotado de fotocélula, ele possibilita a abertura da
porta sempre que acionada. Há diversas formas de
abertura – com controle remoto, sensor de presença e
botão abre/fecha. O sistema permite largura máxima
14
15
de 1 m, possui velocidade máxima de 0,8 segundo pa-
ra abertura em 90 graus e é indicado para ambientes
internos. Todos os modelos possuem entrada para ba-
teria em caso de queda de energia e sistema antiesma-
gamento.
Reforçando a marca
Entidades de classe também aproveitaram a Fesqua
para reforçar suas marcas em estandes institucionais. A
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT),
por exemplo, distribuiu exemplares de sua publicação,
o Boletim ABNT. A Associação Brasileira do Alumínio
(Abal) levou dois painéis interativos ilustrando apli-
cações do alumínio na construção civil. O espaço da
Associação Nacional de Fabricantes de Esquadrias
de Alumínio (Afeal) (14) contou com vários estandes in-
ternos de empresas associadas, como a Stamp Spu-
mas, que apresentou sua fita de polietileno expandido
para vedação de vidros, e a Dow Corning (15), que le-
vou três selantes de silicone de cura neutra para vidros.
Fale com eles!3MTel. 0800-0132333
AbalTel. (11) 5904-6450
ABNTTel. (11) 3017-3600
AfealTel. (11) 3221-7144
AluServiceTel. (11) 2197-1400
Atenua SomTel. (11) 3382-3060
CebraceTel. 0800 72 84376
ConlumiTel. (11) 6827-7255
Divinal VidrosTel. (11) 2827-2966
DormaTel. (11) 4689-9283
Dow CorningTel. (11) 3563-4395
Energy do BrasilTel. (11) 4735-1704
EuropvcTel. (11) 3947-2680
FassTel. (14) 3471-5344
Glass VetroTel. (11) 2195-0505
GPBTel. (11) 3804-3877
Idéia GlassTel. (11) 3569-9181
Metalúrgica TorresTel. (11) 2302-0803
PKOTel. (11) 4798-1122
Saint-Gobain GlassTel. 0800-125125
Stamp SpumasTel. (19) 3749-8737
UnifixTel. (11) 3796-6100
passam por revisãoVidros automotivos
Falando em normas
O
Obrigatoriamente, produtos deverão atender
nova regulamentação do Inmetro
ESTAMOS TRABALHANDO
ABNT/CB-37 – COMITÊ BRASILEIRODE VIDROS PLANOS
Vidros e suas aplicaçõesna construção civil
• Revisão NBR 7199 – Projeto, exe-cução e aplicações de vidro na cons-trução civilO texto está sendo analisado para serenviado para consulta nacional.
• Revisão NBR 14207 – Projeto, insta-
lação e materiais utilizados em bo-xes de banheiro fabricados com vidrode segurança temperado
O resultado da consulta nacional estásendo analisado pela comissão deestudo
• Revisão NBR 14696 – Espelhos de
prata O texto foi enviado para a ABNT para ser
publicado como norma.
• Projeto 37:000.03-005 – Vidro insulado A comissão de estudo está em contato
com diversos laboratórios para avaliarem que local os ensaios poderão serrealizados
• Projeto 37:000.03-007 - Vidros paracontrole solar
A comissão de estudo está analisandoquais as adequações necessárias noprojeto que utiliza como base as nor-mas européias.
• Projeto 00:001.45-002 – Sistemas de
portas automáticas – Métodos deensaio e classificação
A comissão de estudo está avaliando os en-saios a serem contemplados no projeto.
Vidros e suas aplicaçõesna indústria moveleira
• Revisão NBR 14355 – Vidros para
móveis – Terminologia, classificaçãoe defeitos
A comissão de estudo está avaliandoquais as atualizações necessárias.
• Revisão NBR 14488 – Tampos de vi-
dro para mesa – Requisitos A comissão de estudo está avaliando
quais as atualizações necessárias.
• Revisão NBR 14564 – Vidros parasistemas de prateleiras – Requisi-tose métodos de ensaio
A comissão de estudo está avaliandoquais as atualizações necessárias.
Vidros e suas aplicações emveículos de transporte
• Projeto 37:000.04-001 – Vidros au-
tomotivos – Reparação de pára-bri-sas – Danos e requisitos para repa-ração – ClassificaçãoO projeto está em consulta nacionalaté 02 de janeiro de 2009
• Projeto 37:000.04-002 – Vidros au-
tomotivos – Sistemas de reparo depára-brisas – Métodos de ensaioO projeto está em consulta nacionalaté 02 de janeiro de 2009
CSM 21 – COMITÊ SETORIALMERCOSUL DE VIDROS PLANOS
Projetos que estão sendodesenvolvidos no Mercosul:
• PNM 21:00-0006 – Vidro temperado A comissão de estudo está analisando
quais são as adequações necessáriaspor ser um projeto de Norma Mercosul.
• PNM 21:00-0007 – Vidro laminado A comissão de estudo está analisando
quais são as adequações necessáriaspor ser um projeto de Norma Mercosul.
57edição 431
s vidros automotivos
representam parte im-
portante do mercado
de vidros planos. Só na cidade de
São Paulo, por exemplo, entre ja-
neiro e julho deste ano, de acordo
com o Departamento Estadual de
Trânsito de São Paulo (Detran), o
aumento da frota de veículos foi
de quase 240 mil unidades. Esse
crescimento demonstra a prefe-
rência por esse meio de transporte
em grandes metrópoles.
Os vidros automotivos são re-
gidos por normas que determinam
condições de resistência e segu-
rança, garantindo, assim, sua efi-
ciência no dia-a-dia dos consumi-
dores.
O Instituto Nacional de Metro-
logia, Normalização e Qualidade
Industrial (Inmetro) estabeleceu
recentemente uma regulamenta-
ção para vidros automotivos. Até
então, para comercializar esse pro-
duto no Brasil, era obrigatório que
a empresa tivesse certificação na-
cional, americana ou européia. Com
a nova regulamentação, a certifi-
cação nacional passa a ser obriga-
tória para todos os vidros automo-
tivos.
Revisão
Em função dessa nova regula-
mentação, o Comitê Brasileiro de
Vidros Planos (ABNT/CB-37) re-
quisitou a revisão das normas que
tratam de vidro automotivo. Uma
comissão específica para veículos
de transporte dentro do comitê
conduzirá essa revisão e ouvirá as
empresas do setor na formulação
das mudanças.
O processo de certificação con-
sistirá na realização de ensaios pa-
ra comprovar se os vidros aten-
dem aos requisitos necessários.
São testes como, por exemplo, o
de ensaio de radiação de vidro la-
minado, que verifica sua quanti-
dade de radiação acumulada após
certo tempo de exposição aos
Normas a serem revisadas
NBR 9491:1986 – Vidros de segurança para veículos rodoviários
NBR 9492:1986 – Vidros de segurança – Determinação da visibilidade após rup-
tura e segurança contra estilhaços
NBR 9493:1986 – Vidros de segurança – Determinação da resistência ao impac-
to com Phantom
NBR 9494:1986 – Vidros de segurança – Determinação da resistência ao impac-
to com esfera
NBR 7334:1982 – Vidros de segurança – Determinação dos afastamentos quan-
do submetidos à verificação dimensional
NBR 9497:1986 – Vidros de segurança – Determinação da separação da ima-
gem secundária
NBR 9498:1986 – Vidros de segurança – Ensaio de abrasão
NBR 9499:1986 – Vidros de segurança – Ensaio de resistência à alta tempe-
ratura
NBR 9501:1986 – Vidros de segurança – Ensaio de radiação
NBR 9502:1986 – Vidros de segurança – Determinação da resistência à umidade
NBR 9503:1986 – Vidros de segurança – Determinação da transmissão luminosa
NBR 9504:1986 – Vidros de segurança – Determinação da distorção óptica
Silvio Ricardo Bueno deCarvalho, coordenador deNormalização do ABNT/CB-37 e CSM 21
Dario de Freitas
Fale com eles!AbravidroTel. (11) [email protected]
ABNTwww.abnt.org.br
Mais informaçõessobre normas técnicas,no site da revista:www.ovidroplano.com.br
raios ultravioleta. Outras verifica-
ções previstas são as de impacto,
para saber se a têmpera do vidro
foi bem-feita, e as de distorção óp-
tica, que objetivam prevenir pro-
blemas de visibilidade causados
pelo material.
As empresas que atuam no seg-
mento de vidros automotivos po-
dem participar do processo de re-
visão das normas comparecendo
às reuniões do comitê ou envian-
do sugestões e observações para o
e-mail [email protected].
Evento Período O que é Local / Contato
Vidro em dia
DEZEMBRO
o vidroplano 2008novembro60
Consulte a agenda completa de eventos do setor acessando o site www.abravidro.org.br
7ºCONSTRUBUSINESS
1/12 O 7º ConstruBusiness – Seminário da In-dústria Brasileira da Construção reúne re-presentantes e empresários da constru-ção civil para debater a situação atual dosetor e discutir soluções. Com o tema Pla-nos nacionais para a construção do cres-cimento, o objetivo central do evento éidentificar os parâmetros gerais para aimplementação de políticas que viabilizema construção de um ambiente comum àexecução do Plano Nacional de Habitação(PlanHab). Durante o encontro, que contacom o apoio institucional da AssociaçãoBrasileira de Distribuidores e Processa-dores de Vidros Planos (Abravidro), a Fe-deração das Indústrias do Estado de SãoPaulo (Fiesp), organizadora do evento,apresentará um projeto de base do PlanoNacional de Infra-estrutura (Planinfra).
Edifício-sede da FiespAvenida Paulista, 1.313São Paulo, SP
Fiesp - Departamento da Indústriada Construção (Deconcic)Tels. (11) 3549-4261 e [email protected]/construbusiness
MARÇO2009
KITCHEN &BATH EXPO
24 a 27/3 Designers, arquitetos, decoradores, enge-nheiros, construtores e lojistas encontra-rão na 4ª Kitchen & Bath Expo o que háde mais moderno no quesito produtos eacessórios para cozinhas e banheiros. Amostra será editada paralelamente à 7ªFeira Internacional de Revestimentos(Revestir). Em sua última edição, em 2008,a Kitchen & Bath atraiu aproximadamente13 mil visitantes de mais de cinqüenta paí-ses. A Revestir 2008 reuniu 175 exposi-tores que apresentaram as tendênciasmundiais em texturas, tamanhos e tecno-logias para vários tipos de revestimento,incluindo o vidro.
Transamérica Expo CenterAvenida Dr. Mário Villas-BoasRodrigues, 387Santo Amaro, São Paulo, SP
www.kitchenbathexpo.com.br
FEICON 24 a 27/3 Parque AnhembiAvenida Olavo Fontoura, 1.209SantanaSão Paulo, SP
www.feicon.com.br
A 17ª edição da Feira Internacional daIndústria da Construção (Feicon Batimat)receberá arquitetos, engenheiros, decora-dores e construtores em busca de produ-tos e lançamentos de empresas do setorde acabamento e construção em geral.Em 2008, a feira contou com mais de 160mil visitantes vindos de várias partes doBrasil e do exterior.
Foto
s: D
ario
de
Frei
tas
primeiro, explique depois‘E-mail’: comunique
Excesso de retórica e demora na transmissão
comprometem boa comunicação. Por Regina Giannetti
N
Para o seu negócio
63edição 431
Ilust
raçã
o: A
ndré
Oliv
eira
a teoria, todo mundo sabe que o e-mail
sobre questões de trabalho precisa ser obje-
tivo, claro e enxuto. Mas, na prática, muita
gente se enrola para escrever quando o assunto é um
pouquinho mais complexo ou precisa explicar alguma
coisa. Um típico exemplo disso foi o e-mail que recebi
de um escritório de contabilidade tempos atrás.
Respire fundo antes de ler, você vai precisar. Lá vai.
A MP nº 351/07, divulgada no DOU em 22-1-2007,
alterou o prazo de recolhimento da GPS do dia 2 para
o dia 10 do mês seguinte à competência.
O Art. 62, § 3º, da Constituição Federal/88 estabelece
que as medidas provisórias perderão a eficácia, desde
sua edição, caso não sejam convertidas em lei no prazo
de sessenta dias, prorrogável uma vez por igual período.
Como até o momento não foi publicada a conversão
da referida MP, e na falta de uma norma que venha a
estabelecer novo prazo de vencimento da GPS,
vigorarão as disposições anteriores à Medida Provisó-
ria, ou seja, o prazo de vencimento do INSS voltará pa-
ra o dia 2 do mês seguinte ao da competência como
determina a legislação (Art. 216 do Decreto nº 3048/99
e Art.94 da IN nº 3/05).
Com base no exposto, recomenda-se que as empre-
sas, com base na CF/88 e de maneira preventiva, pa-
guem suas contribuições da competência maio no dia
2/junho, evitando-se possíveis penalidades caso venham
recolher no dia 10 conforme previsão na MP nº 351/07.
É bem provável que você tenha ficado confuso com
a mensagem. Ou será que nem teve paciência de che-
gar ao final? Quanto a mim, confesso que o e-mail dei-
xou o “Tico” e o “Teco”, meus dois neurônios, à beira
de um ataque de nervos. MP, parágrafo da Constitui-
ção Federal, DOU... Socorro!
Mas sabe o que achei pior? Depois de ter tido certo
trabalho para decifrar siglas e entender o que estava
acontecendo, encontrei a informação que realmente
interessava no último parágrafo, que eu traduzi como
“desconsidere o que foi dito anteriormente e continue
pagando seu carnê do INSS no mesmo dia de sempre”.
Tanto detalhe e informação e, no final das contas, o
mais importante eram as três linhas finais da mensa-
gem. Esse e-mail bem que poderia ser assim:
Recomendamos que a Contribuição para a Previ-
dência Social (GPS) referente ao mês de maio seja
paga no dia 2 de junho.
Embora esteja tramitando no Congresso Nacional
uma Medida Provisória que altera a data desse recolhi-
mento do dia 2 para o dia 10, ela até agora não foi
convertida em lei. Assim, permanece, por enquanto, a
data atual.
Que tal agora? O e-mail melhorou um bocado, não?
Observe que a informação mais importante para quem
recebe, que é o que fazer, já vai logo no começo da
mensagem. Em segundo lugar, ficou toda aquela ex-
plicação, o porquê fazer, mas bem resumida, sem de-
talhes que só servem para confundir e desviar o foco
do que realmente interessa.
Lembre-se de que vivemos em um mundo globa-
lizado que gira em alta velocidade. A agilidade na
troca de informações tem de acompanhar esse ritmo e,
por isso, as mensagens devem ser objetivas, claras e
precisas. Se o e-mail é longo ou confuso, quem o re-
cebe não entende direito e manda uma pergunta. E aí
você manda uma resposta... E enquanto se fica nesse
pingue-pongue, nada acontece.
Fale com eles!
Regina Giannetti é jornalista, consultora de ProjetosEditoriais e facilitadora da escola Academia do Pales-tranteTel. (11) 3884-6558www.academiadopalestrante.com.br
Observe estas dicas
1. Antes de começar a escrever um e-mail, pergunte asi mesmo “que resultado desejo obter com essa men-sagem?” ou “o que desejo que o leitor faça?”. Inicieseu e-mail com a informação que levará o leitor afazer o que você deseja.
2. Deixe as explicações ou justificativas para segundoplano. Seja sintético: procure explicar-se resumida-mente, sem entrar em muitos detalhes. Escreva o queé essencial e da maneira mais simplificada possível.
3. Evite o uso de termos técnicos, expressões ou siglasque podem não ser conhecidos pelo destinatário damensagem. Caso seja necessário usá-los, expliqueo que significam.
Ache fácil
66 o vidroplano 2008novembro
Al Puxadores e FerragensFerragens com tecnologia, qualidadee facilidade na instalação.São Bernardo do CampoTel. (11) 4101-6800, Fax: [email protected]
Alpex AlumínioPerfis de alumínio para vidro temperado,Kit Box 6 e 8 mm, Kit Engenharia 8 e 10 mm.São PauloTel. (11) 2215-8844, Fax: [email protected]
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Belga MetalFerragens com preço, qualidade eprazo de entrega confiáveis.São PauloTel. (11) 4392-2944, Fax: [email protected]
Casa Castro � Ferreira NamesMais de 1000 itens em acessórios,máquinas, ferragens, etc.São PauloTel. (11) 3228-7444, Fax: [email protected]
DormaMolas, barras antipânico, puxadores,ferragens, portas automáticas.BarueriTel. (11) 4689-9218, Fax: [email protected]
GlasspeçasFerragens e acessórios paravidros temperados.São PauloTel. (11) 5677-1334, Fax: [email protected]
Good GoodsCOLA UV para vidros, lâmpadas, ventosase acessórios em geral.São PauloTel. (11) 5181-0800, Fax: [email protected]
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Vitral Vidros PlanosVidros laminados, temperados, distribuiçãode vidros planos, impressos e espelhos.GoiâniaTel. (62) 3240-2400, Fax: [email protected]
MATO GROSSO DO SUL
DouraglassVidro temperado de 4 a 19mm, Box,espelhos, tampos.DouradosTel. (67) 3424-0099; Fax: [email protected]
LM Vidros LtdaVidros temperados, laminados,refletivos e duplosCampo GrandeTel. (67) 3303-2433, Fax: [email protected]
MINAS GERAIS
Bend GlassVidros acústicos, multilaminados,coloridos, temperados e espelhos.ContagemTel. (31) 3361-5599, Fax: [email protected]
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