entorse-de-tornozelo
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Entorse de tornozeloEntorse de tornozelo
Apoena TorresVanessa LustosaFrancisco Pires
Camila Carvalho Laís Sousa
Samila Sâmea
AnatomiaAnatomia⊱A articulação do tornozelo propriamente dita
é um gínglimo (dobradiça) : ܀ extremidade distal da tíbia e fíbula e o tálus.
⊱A estabilidade do tornozelo se dá através de ligamentos;
⊱Os ossos são ligados:Cápsula articular܀܀ Ligamentos: deltóide, talofibular anterior,
talofibular posterior e calcaneofibular.
⊱Articulação tibio-fibular distal (sindesmose):܀ Ligamento Tibio-fibular Anterior - Ligamento Tibio-fibular
Posterior - menor do que o anterior, está disposto de modo semelhante da face posterior da sindesmose.
܀ Ligamento Transverso Inferior - situa-se anteriormente ao ligamento posterior, e é um feixe grosso e robusto de fibras amareladas, que se dirigem transversalmente do maléolo lateral para a borda posterior da face articular da tíbia.
܀ Ligamento Interósseo - consiste de numerosos feixes fibrosos, curtos e robustos, que passam entre a superfície rugosa contínua da tíbia e da fíbula e constituem o principal laço de união dos entre os ossos.
AnatomiaAnatomia
⊱Cápsula Articular - recobre a articulação.
⊱Ligamento Deltóide - é um feixe triangular, robusto e achatado. Consta de dois feixes de fibras: superficial (fibras tibionaviculares, calcaneotibiais e talotibiais posteriores) e profundo (fibras talotibiais anteriores).
⊱Ligamento Talofibular Anterior - dirige-se anterior e medialmente da margem anterior do maléolo fibular para o talo, anteriormente à sua faceta articular lateral.
AnatomiaAnatomia
AnatomiaAnatomia
⊱Ligamento Talofibular Posterior - Corre quase horizontalmente da depressão na parte medial e posterior do maléolo fibular para um tubérculo proeminente na face posterior do talo, imediatamente lateral ao sulco para o tendão do flexor longo do hálux.
⊱Ligamento Calcaneofibular - É um cordão estreito e arredondado que corre do ápice do maléolo fibular para um tubérculo na face lateral do calcâneo.
Vista medial Vista medial
Vista LateralVista Lateral
Introdução Introdução ⊱A entorse do tornozelo é uma lesão dos
ligamentos (tecido elástico e resistente que conecta os ossos entre si) do tornozelo;
⊱Resulta do estiramento/rotura de ligamentos, por serem sujeitos a uma distensão excessiva devida a torção do pé.
⊱Os ligamentos frouxos do tornozelo, os músculos da perna fracos, as lesões dos nervos da perna, determinados tipos de calçados (p.ex., aqueles com saltos muito altos e finos) e certas formas de marcha tendem a provocara rotação do pé para fora, aumentando o risco de um entorse.
⊱Correspondem 15% de todas as lesões do esporte;
⊱31% das lesões em futebol;⊱45% das lesões em basquete;⊱≈ 10000 pessoas/dia⊱60 a 70% ligamento talofibular anterior⊱20% ligamento calcâneofibular
Introdução Introdução
Mecanismo de lesãoMecanismo de lesão
Classificação das entorsesClassificação das entorses
⊱Ligamentos possuem elasticidade reduzida e não se alongam;
⊱As rupturas podem ser parciais( ligamento mais longo) ou totais(bordas irregulares);
⊱Em relação ao tratamento podem ser agudas ou crônicas;
⊱As agudas se dividem em três graus;
Lesões agudasLesões agudas⊱Grau I: ruptura de poucas fibras, dor
acompanhada de alívio, sem limitação de atividades, pouco ou nenhum edema e aos testes o tornozelo é estável;
⊱Grau II: ligamento alongado, dor ininterrupta, dificulta e impede as AVD’s, edema moderado e perda parcial da estabilidade;
⊱Grau III: entorse grave, ruptura total de um ou mais ligamentos, dor contínua, hematoma e edema, perda da capacidade de deambular e instabilidade;
⊱Lesões crônicas resultam da falta ou insucesso no tratamento das lesões agudas;
⊱Podem resultar em doenças articulares, que enfraquecem os ligamentos e são classificadas em:܀ Instabilidade funcional: tornozelo que desloca,
entorses de repetição, resulta de danos às terminações nervosas causando deficiência proprioceptiva;
Lesões crônicasLesões crônicas
܀ Instabilidade mecânica: movimento anormal na articulação, limites de movimentos fisiológicos, testes de instabilidade positivo devido laxidão ligamentar;
DiagnósticoDiagnóstico
⊱História e exame clínico minucioso
⊱Palpação à ponta do dedo (pontos dolorosos)
⊱Mecanismo do trauma, ponto doloroso, momento em que começou o edema, capacidade funcional após acidente
DiagnósticoDiagnóstico
⊱Exame feito logo após lesão → maior precisão
⊱Testes podem ser controversos:܀ Teste de gaveta, ܀ Teste de estresse em varo, ܀ Teste de estresse em valgo
Teste de Gaveta
Estresse em varo
DiagnósticoDiagnóstico
⊱Exames:RX (fratura associada)܀܀ TCRM܀
SeqüelasSeqüelas
⊱Instabilidade permanente: lesão mal tratada, paciente indisciplinado
⊱Artrose prematura: função articular deficiente leva a patologia degenerativa
⊱Calcificações periarticulares: surgem por lesões recidivas em pacientes crônicos
TratamentoTratamento⊱Há controvérsias quanto à indicação
cirúrgica⊱À princípio, o tto é conservador⊱Lesões de grau I e II: programa de
tratamento funcionalRepouso, gelo, compressão, elevação܀܀ Exercícios ativos܀ Fortalecimento ܀ Propriocepção܀ Proporciona cura mais rápida
TratamentoTratamento
⊱Lesões de grau III:Ruptura ligamentar → instabilidade܀܀ Imobilização (4 a 6 sem)܀ Tratamento funcional܀ Tratamento cirúrgico: indicado em rupturas
graves, principalmente esportistas• vantagem: menor instabilidade residual
FISIOTERAPIAFISIOTERAPIA
Entorses levesEntorses leves
⊱Objetivo: ↓ edema e dor.⊱Bandagem elástica deve ser mantida até o
desaparecimento da sintomatologia.⊱Elevação da extremidade;⊱Crioterapia em toda articulação;⊱Massagens rotatórias suáveis (cubo de
gelo) nos pontos de dor.⊱Laser ou US;
⊱Deambulação:܀ Em descarga ou com carga parcial durante
alguns dias para evitar aumento de edema e dor
܀ Antes de iniciar atividades desportivas deve-se colocar uma bandagem tipo Strapping
Entorses moderadas e gravesEntorses moderadas e graves
⊱Divide-se em 4 fases:܀ FASE DE IMOBILIZAÇÃO܀ FASE DE PÓS-IMOBILIZAÇÃO܀ FASE DE RECUPERAÇÃO FUNCIONAL܀ FASE DE RESOLUÇÃO
Fase de imobilizaçãoFase de imobilização
⊱Objetivo: aliviar as seqüelas de imobilização
⊱Elevação da extremidade e mobilização ativa e freqüente dos dedos, do joelho e do quadril. (facilitar o retorno venoso)
⊱Fortalecimento das extremidades superiores
Fase de pós-imobilizaçãoFase de pós-imobilização
⊱Objetivo: evitar o edema pós-imobilização e aumentar o arco articular.
⊱Uso de bandagem elástica para prevenção de edema.
⊱Crioterapia;⊱Eletroterapia;⊱Mobilização ativo-assistida da articulação
tibiotársica;⊱Massagens circulatórias.
Fase de recuperação funcionalFase de recuperação funcional⊱Objetivo: ganho de toda a amplitude articular,
fortalecimento da musculatura e melhora da coordenação
⊱Massagens transversa profunda nos pontos de dor e aplicação de termoterapia (ondas curtas);
⊱Mobilização das articulações tibiotársica, subtalar e mediotársica;
⊱Mecanoterapia com pedais;
⊱Subida e descida de rampas e escadas;
⊱Deambulação nas paralelas na ponta dos pés e nos calcanhares;
⊱Fortalecimento da musculatura envolvida (triceps, tibiais, fibulares, extensor comum dos dedos);
⊱Kabat.
Fase de resoluçãoFase de resolução
⊱Objetivo: reincorporação do paciente á vida ativa, profissional e desportiva.
⊱Treinar marcha rápida e corrida no tapete de marcha;
⊱Trabalhar equilíbrio.
⊱Nesta fase o médico autoriza a prática
do esporte habitual.
Referência bibliográficaReferência bibliográfica
⊱SIZINIO et al. Ortopedia e Traumatologia: Princípios e Prática. 3º Ed. São Paulo: Artmed, 2003.