ensino magazine 159

28
MAIO 2011 /// 01 pub Maio 2011 Director Fundador João Ruivo Director João Carrega Publicação Mensal Ano XIV K N o 159 Distribuição Gratuita www.ensino.eu Assinatura anual: 15 euros Cespu apoiou peregrinos a Fátima C P 6 UNIVERSIDADE IPCB C P 11 Autorizado a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização n.º DE03052011SNC/GSCCS Simone de Oliveira lamenta que os can- tores e os compositores mais categori- zados se tenham demitido de participar no Festival da Canção. A voz do mítico tema «A desfolhada», acredita que os portugueses, a avaliar pelos que foram de férias na Páscoa, ainda não interiori- zaram o endurecimento das dificuldades no seu dia-a-dia. Politécnico de Leiria dá passaporte C P 13 NOVAS OPORTUNIDADES PROJECTO NACIONAL Tomar é parceiro do SOS-Azulejo A crise só agora vai começar C P 2 A 4 Direitos Reservados H Energias renováveis são novo curso SUPLEMENTO UBI Suede com pequenos passos de bebé Direitos Reservados H A banda Inglesa regressou aos palcos após sete anos de interregno. No rescaldo da Queima das Fitas do Porto, onde actuaram, os Suede afir- mam estar a trabalhar “com peque- nos passos de bebé”. C P 17 C P 8 C P 16 pub ENTREVISTA AMOR ELECTRO NO ENSINO JOVEM C P 22 JOãO TORDO EM ENTREVISTA “Os romances são como a vida“ SIMONE DE OLIVEIRA EM ENTREVISTA

Upload: rvj-editores

Post on 13-Mar-2016

248 views

Category:

Documents


9 download

DESCRIPTION

Edição em papel digital de Maio de 2011 do Ensino Magazine

TRANSCRIPT

Page 1: Ensino Magazine 159

MAIO 2011 /// 01

pub

Maio 2011Director Fundador

João Ruivo

DirectorJoão Carrega

Publicação Mensal Ano XIV K No159

Distribuição Gratuita

www.ensino.euAssinatura anual: 15 euros

Cespu apoiou peregrinos a Fátima

C p 6

universiDaDe

ipCB

C p 11

Autorizado a circular em invólucro fechado de plástico.Autorização n.º DE03052011SNC/GSCCS

Simone de Oliveira lamenta que os can-tores e os compositores mais categori-zados se tenham demitido de participar no Festival da Canção. A voz do mítico tema «A desfolhada», acredita que os portugueses, a avaliar pelos que foram de férias na Páscoa, ainda não interiori-zaram o endurecimento das dificuldades no seu dia-a-dia.

politécnico de Leiria dá passaporte

C p 13

novas oportuniDaDes

projeCto naCionaL

tomar é parceiro do sos-azulejo

a crise sóagora vai começar

C p 2 a 4 Direitos reservados H

energias renováveis são novo curso

supLeMento uBi

suede com pequenos passos de bebé

Direitos Reservados H

A banda Inglesa regressou aos palcos após sete anos de interregno. No rescaldo da Queima das Fitas do Porto, onde actuaram, os Suede afir-mam estar a trabalhar “com peque-nos passos de bebé”.

C p 17

C p 8

C p 16

pub

entrevista

aMor eLeCtro no ensino joveM

C p 22

joão torDo eM entrevista

“os romances são como a vida“

siMone De oLiveira eM entrevista

Page 2: Ensino Magazine 159

02 /// MAIO 2011

«quem faz um filho, fá-lo por gosto». Naquela altura não se dizia isto, era quase subversivo, até tive um po-lícia à perna para me pren-der, mas o Ary dos Santos e o Nuno Nazareth Fernandes tiveram a coragem de fazer a letra para a minha voz. Agradeço-lhes por isso. Mas depois disso a minha carreira prosseguiu, gravei bastante e, provavelmente pouca gente saiba, fiz mui-to teatro de revista – traba-lhei em todos os teatros de Lisboa.

teve três momentos es-pecialmente difíceis na sua vida, aos 19 anos uma de-pressão, perdeu a voz em 1969 e o cancro de mama, em 1992. É essa sua vonta-de de viver e de ultrapas-

Ficará para sempre as-sociada à «Desfolhada». Consegue explicar o suces-so da canção tantos anos depois?

Serei eternamente a cantora da «Desfolhada». Mesmo depois de já terem passado 42 anos é a minha imagem de marca. Muitos se esquecem que quando ganhei esse festival da can-ção já tinha 12 anos de car-reira. A «Desfolhada» ficou para sempre por ser um marco, uma revolta e por estar associada aos movi-mentos políticos do Maio de 68. Ainda hoje os putos cantam a «Desfolhada» porque as mães e as avós cantavam, ficou a frase do

Completa 53 anos de uma carreira multifaceta-da, no teatro, na canção, no cinema e, mais recen-temente, nas telenovelas. em qual destes palcos se sente “como peixe na água”?

Como disse, sou mul-tifacetada. Gosto de fazer tudo o melhor que posso e sei. E, acima de tudo, com muita paixão.

A vida deu-me uma «enxada» principal que foi cantar, até ao dia em que perdi a voz, em 1969. Durante algum tempo pro-curei alternativas, outras «enxadinhas», como con-versar, escrever, represen-tar, etc.

6 Simone de Oliveira não esconde a sua indig-nação pela escolha dos Homens da Luta para re-presentarem Portugal no Festival da Eurovisão e lamenta que os cantores e os compositores mais categorizados se tenham demitido de participar num evento que perdeu o prestígio granjeado ao lon-go de décadas. A voz do mítico tema «Desfolhada», vencedora do certame em 1969, acredita que os por-tugueses, a avaliar pelos que foram de férias na Páscoa, pelo parque au-tomóvel de luxo e pelas dívidas acumuladas em cartões de crédito, ainda não interiorizaram o endu-recimento das dificuldades no seu dia-a-dia.

onde estão os músicos e os poetas do meu país?

siMone De oLiveira, artista

sar as adversidades marcas da simone de oliveira que os portugueses conhecem?

Acredito que sim. Foram todas situações dos diabos, mas ao mesmo tempo re-cordo que tive uma vida cheia, muito preenchida. Na primeira, aos 19 anos, procurei libertar-me de uma depressão (como eu costumo dizer por graça, não havia terapias de gru-po, nem o “Prozac”, nem o “Xanax”) refugiando-me no mundo das canções e da representação, eu que nunca tinha sonhado se-guir este rumo. Matriculei-me no Centro de Prepara-ção de Artistas da Emissora Nacional e ao fim de três meses estava a cantar na

rádio, nos programas do Motta Pereira. Passei para a televisão, onde fiz tudo o que havia para fazer em diversos programas. Par-ticipei nos festivais da Fi-gueira da Foz onde ocupei todos os lugares do pódio. Depois ganho o festival da canção em 1965 com o «Sol de inverno» e em 1969 com a «Desfolhada». Pelo meio fiz muito teatro de revista. Era um prazer representar, os teatros estavam sempre cheios. Depois da «Des-folhada» perdi a voz, por excesso de trabalho e por voz mal colocada. Voltei a cantar depois com um tom mais grave, pois perdi os agudos. Hoje, até agradeço ter perdido a voz, porque tive oportunidade de cantar outro tipo de músicas, pois

Publicidade

Page 3: Ensino Magazine 159

MAIO 2011 /// 03

simone de oliveira afirma que os portugueses sempre gostaram de quem mande

caso contrário tinha eternamente ficado como a «menina dos festivais». Virei jor-nalista, apresentei o certamente de «miss» Portugal, fui locutora de continuidade, fiz revista e comédia. Como se costuma dizer, virei os pés para a cabeça.

em 1998 revela que teve um cancro de mama. uma doença na altura pouco co-nhecida do grande público. sente que foi a bandeira de uma luta pela prevenção que agora, por via do aumento do número de casos, está mais generalizada?

O público apenas soube 6 anos depois num programa do Herman José.”Só” fiz radioterapia. Mas a melhor atitude, para começar, foi aceitar, sem raiva. Não estou a dizer que não tive medo e que não cho-rei, mas à partida, aceitei. Fiz mastectomia total de um peito, tinha 50 anos. Oito dias depois da operação estava na televisão a fazer o «Piano Bar». Tirando uns amigos mais próximos, ninguém soube. Tenho sido a bandeira e a cara desta luta e de vez em quando vou a título privado a hospitais falar com pessoas que se debatem com o mesmo problema. Há quatro anos, 21 anos depois e num exame de rotina, tive uma reincidência que me apanhou o outro pei-to. Foi outro abalo. Voltei à radioterapia e ao mesmo tempo estava na novela «Tu e Eu». Ninguém soube. Mas as adversida-des não se ficam por aqui. Há 7 anos fiz uma prótese total da anca, mas também ninguém soube. Felizmente a minha força de viver tem-me dado ânimo para superar as adversidades. Considero-me uma mu-lher sinceramente feliz. A família, nome-adamente os filhos e os netos maravilho-sos que tenho, são um apoio fantástico. Como figura pública que sou, muito falada e muito comentada, aproveito para dizer que não concordo que se tirem fotografias com familiares para jornais ou revistas. Abri uma excepção quando fiz 50 anos de carreira e com o devido consentimento dos meus mais chegados.

Mudando de assunto. tem expressado a sua crítica pelos moldes em que têm de-corrido os festivais da canção, o nacional e o da eurovisão. o que é que a indigna?

Tudo. Para começar não têm orquestra. As canções que concorrem são de segunda ou terceira categoria. O que eu pergunto é o seguinte: Onde estão os músicos e os poetas do meu país? Há tantos novos va-lores a despontar, mas falta-lhes coragem para concorrer. Querem canções do nível da «Tourada» ou da «Desfolhada», peçam ao Paulo de Carvalho, ao Fernando Tordo ou ao Carlos Alberto Moniz. Confesso que nós, os mais velhos, temos um bocado de responsabilidade, porque demitimo-nos do festival. Ninguém quer ficar em último lugar e foi um certame que perdeu todo o prestígio que tinha. Houve uma fase de música mais popular, mas este ano voltá-mos ao pior do que podia existir. O que é estranho é que durante o ano ouvimos músicas com valor do João Pedro Pais, do Pedro Abrunhosa, da Amélia Muge, etc. Basicamente, nesta altura, o festival é um grande espectáculo de televisão.

o facto de o festival da eurovisão ter sido aberto a países não apenas europeus, quase do atlântico aos urais, descaracteri-zou o certame?

Confesso que isso não me choca. O que me importa é se as canções são bem ou mal interpretadas. A canção dos Homens da Luta é de cariz político/popular e está apropriada para uma manifestação na Avenida da Liberdade. O problema é que aquilo não é uma canção. É de muito mau gosto e, pior do que isso, apresentámos na Alemanha algo que não nos dignifica a nível de povo. Se os Homens da Luta ficam bem classificados, dá-me um treco…(NDR: A entrevista foi realizada antes da semi-final que eliminou os Homens da Luta).

o que é que pensa da política cultural do nosso país?

Vou ser muito directa e dar-lhe dois exemplo do que eu penso: há três anos e meio eu fiz 50 anos de carreira. A televisão do Estado, a RTP, que comprou os direitos do espectáculo para transmissão poste-

riormente, só pagou uma semana depois, quando todos os músicos e actores envol-vidos receberam o que estava contratado no próprio dia, à excepção da Dulce Pontes que não aceitou receber.

Mas há mais: três semanas antes do espectáculo foram enviados os convites de carácter institucional, como manda o protocolo. No dia seguinte ao espectácu-lo, estávamos a desmontar os adereços do palco, recebo um telefonema da secretária do ministro da Cultura de então (NDR: Pin-to Ribeiro), a informar-me que ele não ia poder estar presente por razões de agen-da, quando o espectáculo já tinha aconte-cido na véspera…É elucidativo e responde à sua pergunta. Eu faço parte de uma cul-tura popular deste país que não é apoiada em coisa nenhuma. Os artistas não têm sindicato, não têm contrato de trabalho, trabalhámos a vida toda a recibos verdes. Nós próprios é que descontamos para a Se-gurança Social. No fundo, também somos os precários à rasca. O grande problema é que os artistas não são capaz de se unir. É verdade que também ganhamos mais do que outras profissões, mas no fundo te-mos uma estabilidade mínima em termos de protecção social. Eu pago anualmente um seguro de saúde que é uma fortuna para ter uma certa segurança, caso con-

trário ia para a porta dos hospitais às 6 da manhã levantar uma senha como o co-mum dos portugueses, que é uma coisa que continuo a não perceber.

a falta de solidariedade da classe ex-plica tudo?

É fundamental. Repare que nos pro-gramas da manhã das televisões, todos recebem, menos os cantores que lá vão e que são as únicas pessoas que fazem com que o programa aconteça. Infeliz-mente, ninguém se mobiliza a sério e diz «ninguém vai!», até porque sempre há os que pedem para ir e até pagam para lá estar. Contra isto não há nada a fazer. Eu vou mais longe: Em Espanha, todas as entrevistas que se dão às revistas cor-de-rosa, com grandes produções fotográ-ficas, são todas pagas. Aqui, fazem o que querem e quem dá a cara não recebe um cêntimo.

apoiar a cultura não dá votos?

Há sempre dinheiro para comprar jo-gadores de futebol…Mas se alguém pedir 100 ou 200 mil euros para levar à cena uma peça de teatro dizem que está doi-do. O problema é que o teatro não tem retorno imediato, ao contrário da aposta nos Mourinhos e nos Cristianos Ronaldos, como fazem algumas das nossas entida-des bancárias em publicidade. Onde es-tão os tais mecenas? Boné na mão e «por favor, empreste-me dinheiro para fazer um disco». Agora até os convites das câ-maras municipais vamos perder, devido aos constrangimentos económicos do poder local. Mas a realidade é esta: o governo que ganhar as eleições tem de governar cumprindo as regras impostas pela “troika”. Os portugueses sempre gostaram de quem mande, mas falta-nos a mística que nos seja transmitida por um líder, seja homem ou mulher. Alguém que nos leve a acreditar que vai valer a pena fazer estes gigantescos sacrifí-cios. Precisávamos que isso aconteces-se para terminarmos com a barbaridade de despesas que foram feitas. Por parte do Estado e de particulares. Acabava já com as fundações e os institutos todos. No outro dia vi um senhor na televisão, com três filhos, que ganhava 5 mil euros por mês e tinha uma dívida acumulada em cartões de crédito de 400 mil euros. Como é que isto é possível? Chocou-me, eu que só uso cartão de débito, os car-tões de crédito que o banco me atribui estão nas mãos de uma amiga minha. Mas nós somos isto, se o vizinho tem…Nas recentes férias da Páscoa o Algarve estava cheio. Expliquem-me! Eu que não vivo mal, a única vez que fiz férias do meu bolso fui até Natal, no Brasil, 8 dias.

existe um facilitismo desregrado que está enraizado no modo de vida nacional e que ninguém quer abdicar?

Especialmente nos últimos 10 anos os portugueses viveram à larga, muito à custa do acumular de dívidas nos cartões de cré-

Page 4: Ensino Magazine 159

04 /// MAIO 2011

Cara Da notÍCia

6 Simone de Oliveira nasceu em Lisboa, a 11 de Fevereiro de 1938. Tem uma longa e bem sucedida carreira na canção, no teatro e na televisão. Ficará para sempre recordada como a cantora de «Desfolhada», canção com que ganhou o festival da canção em 1969. A década de 60 foi o período da sua confirmação como artista, tendo ficado célebre a sua rivalidade com outra grande cantora da sua geração, Madalena Iglésias. Quatro anos antes, vencera o mesmo certame com «Sol de Inverno». Foi eleita a «rainha da rádio», ganhou prémios de imprensa, representou Portugal no Festival da OTI, cantou centenas de músicas e letras compostas invariavelmente por compositores nacionais de primeira linha. Teve uma longa incursão pelo teatro de revista, nos tempos áureos destas peças. Participou em «Passa por Mim no Rossio» e «Maldita Cocaína» de Filipe La Féria. Em 1998 apresenta o programa de TV, «Piano Bar», na RTP. Na sua mais recente incursão pelas telenovelas esteve na nova versão de «Vila Faia», «Roseira Brava», «Vidas de Sal», «Filhos do Vento», «Senhora das Águas», todas na RTP, «Podia Acabar o Mundo», na SIC e «Morangos Com Açúcar», «Tu e eu» e «Eclipse» na TVI. Em 2008 realizou o espectáculo dos seus 50 anos no Coliseu dos Recreios, onde estiveram presentes diversas personalidades, entre os quais o Presi-dente da República, Cavaco Silva. K

dito. Quando houve “vacas gordas” tudo foi permitido, quero ver agora como se vai fazer com “vacas esqueléticas”. Os está-dios de futebol para os grandes jogos es-tão repletos e os espectáculos dos princi-pais artistas que tocam em Lisboa esgotam com semanas de antecedência. O parque automóvel de luxo é outra das coisas que me faz confusão. Eu que adoro automóveis e tenho um carro com 8 anos, que está pago, agora mandei pintá-lo e colocar dois pneus. Neste momento estou a trabalhar 8 meses numa novela na TVI e depois?

o estado não é o melhor modelo de virtudes, tendo promovido várias obras sumptuárias de regime. o exemplo que vem de cima não é o mais moralizador?

Também não percebo. Parece que aca-bou o TGV, mas fizemos 12 estádios de fute-bol, obras que critiquei em devido tempo, estando alguns deles ao abandono. Outra ponte, para quê? Outra auto-estrada? Já temos vias boas e suficientes. O dinheiro que a Região Autónoma da Madeira deve é de deitar as mãos à cabeça. São demasia-dos disparates.

no outro dia ouvi alguém dizer que so-mos um povo que tem um desempenho excepcional em tarefas complexas e exi-gentes, mas no dia-a-dia arrastamos com a barriga. Concorda?

Deve estar no nosso ADN. Pela frente, somos um povo de brandos costumes, ca-tólicos, apostólicos e romanos, por trás so-mos mentirosos e fazemos tudo à socapa. Vícios privados, virtudes públicas, é assim a nossa «cara». O português é um povo que eu amo, capaz de dar a camisa em situações de emergência, mas no dia-a-dia deixa muito a desejar.

Aqui vai mais um exemplo: A minha amiga Luísa-Castel Branco tem um restau-rante e precisava de uma copeira. Con-correram 60 ou 70 pessoas, ficou uma de-las, mas resistiu apenas 1(!!!) dia. Estava muito cansada e tinha muitos pratos para lavar, justificou a criatura. É verdade que não ganhava mais do que 500 euros, mas têm direito a jantar. É triste ouvir isto de um país que teve uma emigração brilhan-te que trabalhou lá fora excepcionalmente bem. Eu digo aos meus netos para irem daqui para fora trabalhar. Pirem-se! Temos tão bons valores, é pena.

voltando ao que está a fazer neste mo-

mento na tvi, a novela «remédio santo». a aposta do canal de Queluz nas telenove-las deu emprego a muitos actores e fideli-zou as audiências. É uma boa notícia para quem vive da representação…

Tudo o que seja ficção nacional de qualidade é sempre bem-vindo. Acho o «Conta-me Como Foi», exibido na RTP, um dos melhores projectos que vi nos últimos tempos. Quanto à TVI, sei que vai passar a produzir duas em vez de três novelas, mas é óptimo que os bons projectos portugue-ses existam e que empreguem actores na-cionais, etc. A vida não é só feita de triste-zas, há também alegrias para partilhar. Até porque acho que os portugueses deixaram de olhar para o lado e uns para os outros. Passámos a ter amigos no Facebook, que é uma coisa que não terei nunca, porque gosto de lhes olhar nos olhos e tocar-lhes em carne e osso. Aos amigos e à família, obviamente, ainda para mais tenho uma filha e netos a viverem no estrangeiro. Tive a sorte de todos eles terem tido um de-sempenho irrepreensível na escola. Nunca perderam um ano, nem sequer precisaram de um explicador. No meio das minhas intempéries tenho sido uma mulher com muita sorte.

Como responde aos que dizem que a sociedade actual é fruto de uma política educativa falhada?

Respondo com algo tão básico, todos se esqueceram de dizer «se faz favor» e «muito obrigada». Quando saio à noite chamo um táxi e sempre que entro no vei-culo faça questão de dizer «boa noite» e «com licença», simplesmente porque es-tou a entrar na «casa» do motorista. E não sei fazer de outra forma. Ensinaram-me as-sim. Perderam-se coisas tão básicas como as boas maneiras. Os lugares à mesa das refeições, não ver televisão ao jantar, dizer boa noite quando alguém se vai deitar. Os valores da família degradaram-se. Trata-se de um esteio que está em crise e que deve ser reavivado, seja ou não monoparental. Há ali uma base. Claro está que a indisci-plina dentro de casa transmite-se para a sala de aula. K

nuno Dias da silva _ Direitos reservados H

Publicidade

Page 5: Ensino Magazine 159

MAIO 2011 /// 05

6 O projecto Agenda dos Cida-dãos, desenvolvido nas actividades do Laboratório de Comunicação e Conteúdos Online (Labcom), na Universidade da Beira Interior, pro-move um seminário internacional para analisar as mais recentes in-vestigações neste domínio, que decorre a 19 e 20 de Maio, no Anfi-teatro da Parada.

João Carlos Correia, responsá-vel pela Agenda dos Cidadãos: Jor-nalismo e participação cívica nos media portugueses, explica que “este é um tema clássico das Ciên-cias da Comunicação, mas aquilo que vai estar em análise é o tema da esfera pública transposto para a actualidade, sobretudo no caso da esfera pública europeia e como as instituições contactam umas com as outras”. O docente da UBI e in-vestigador do Labcom lembra que “este é um tema muito em voga, sobretudo no que diz respeito à União Europeia, que está a pedir aos seus povos projectos para esta temática”.

A iniciativa acolhe vários pai-

néis de discussão e apresentação de investigações. “Temos já garan-tida a presença de seis convidados internacionais de grande relevo científico e muitos investigadores de todo o mundo, desde a África do Sul ao Brasil, todos com o ob-jectivo de debater o mesmo tema”, atesta Correia. Nesse sentido “é um grande acontecimento científi-co, que além do mais conta com o apoio da European Communication and Education Research Associa-tion (Ecrea), o organismo europeu

que congrega a investigação eu-ropeia de comunicação, um apoio conseguido através da secção de Media e Democracia”, acrescenta.

Durante os dois dias vão assim ser analisadas diferentes correntes científicas na área do que é a esfe-ra pública, o jornalismo, a interacti-vidade, a retórica, as identidades e os novos desafios europeus nesta matéria. “A esfera pública, qual o papel dos novos meios, o aumento da participação dos cidadãos são alguns dos tópicos. K

sieMens na CoviLhã

T A empresa alemã Siemens esteve representada na Universida-de da Beira Interior, a 4 de Maio, no âmbito das iniciativas do Gabinete de Saídas Profissionais, apresen-tando aos alunos as suas áreas de negócios e a sua forma de recruta-mento. Cerca de meia centena de alunos esclareceu algumas dúvidas relativas ao funcionamento da em-presa alemã. José Conceição e Tiago Ramos, da empresa Siemens, fo-ram os oradores que fizeram uma apresentação que incluiu algumas propostas da Siemens para o futuro de Portugal, que passam pela sus-tentabilidade, carros eléctricos, cui-dados de saúde, centros de compe-tência e crescimento sustentado. K paLestras aeronáutiCas

T O Núcleo de Engenharia Ae-ronáutica da Universidade da Beira Interior organizou, a 28 de Abril, o colóquio Sistemas de Controlo de Voo: Princípios e Projectos Aeronáu-ticos, onde foram abordados temas como os vários parâmetros de sis-temas de controlo de voo, e siste-mas automáticos que controlam a rota e a dinâmica de voo. A palestra teve uma adesão bastante positiva por parte dos alunos do curso, que quase encheram o anfiteatro 8.1 do pólo das engenharias. K

Direitos huManos na uBi

T Democracia, Direitos Huma-nos e Observação Eleitoral foram os temas a abordar numa confe-rência que decorreu, a 12 de Maio, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade da Beira Interior, a partir das 14H30. Fernan-da Ribeiro, assessora jurídica do Mi-nistério dos Negócios Estrangeiros, e João Pedro Campos, investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, foram os oradores convidados. Conferência, de entrada livre, foi organizada por Ana Cristina Pinto e Cláudia Martins, docentes do Departamento de Ges-tão e Economia da Universidade da Beira Interior. K

aCesso espeCiaL a MeDiCina

T O concurso especial para acesso ao ciclo de estudos integra-do conducente ao grau de mestre em Medicina, para titulares do grau de licenciado ou equivalente, encontra-se aberto na Universida-de da Beira Interior e decorrerá até 18 de Maio. Foram estabelecidas

21 vagas destinadas a titulares do grau de licenciado ou equivalente nos domínios a que se refere o res-pectivo regulamento. K

eConoMia Do aMBiente na uBi

T Despertar os estudantes da disciplina de Economia do Ambien-te, outros estudantes da academia e a sociedade civil para a oportuni-dade de usufruírem de um evento formativo, dinâmico e interactivo, sensibilizar o meio envolvente do sentido de participação e susten-tabilidade da região (País e Mun-do), são, entre outros, alguns dos objectivos d‘ “Os Dias da Econo-mia do Ambiente” que terminam, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, a 26 de Maio. No último dia decorre a conferência Recursos Energéticos, Conflitos Internacio-nais e Sustentabilidade: Desafios e Perspectivas, com as presenças de Pedro Almeida, docente da Univer-sidade da Beira Interior, e Ângelo Correia, presidente do Conselho de Administração do Grupo Fomentin-vest. A entrada é livre. K

uBi eM viseu e MÉDio tejo

T A Universidade da Beira Interior acaba de assinar um pro-tocolo com o Centro Hospitalar do Médio Tejo e Hospital de São Te-otónio – Viseu, vendo assim alar-gada a sua rede de hospitais para o ensino do mestrado integrado em medicina. À semelhança do que acontece com as unidades de saúde em articulação com a FCS, que recebem anualmente cerca de 400 alunos, os protoco-los que agora vão ser assinados irão permitir aos alunos da UBI a frequência de unidades curricula-res no Centro Hospitalar do Mé-dio Tejo (Abrantes e Torres Novas) e no hospital de Viseu. K

CisCo na CoviLhã

T A Universidade da Bei-ra Interior criou recentemente a Academia Cisco, que irá funcio-nar como um centro de formação especializado em redes de comu-nicação. A Academia está apta a realizar cursos de formação com vista à Certificação Cisco Certified Network Associate, que constitui o primeiro passo para uma cer-tificação de competências em networking, através da aprendi-zagem e administração de equi-pamentos como Routers e Swi-tches em redes multi-protocolo, sejam elas de áreas local (LANs) ou alargada (WANs). K

novo jornalismo na uBinovas ForMas De CoMuniCação

6 No próximo mês de Junho, a Universidade da Beira Interior vai receber um grupo de 12 alunos de Design de Moda na Parsons School for Design, que vão estar na Covilhã durante três semanas, a desenvol-ver trabalho no Departamento de Ciências e Tecnologias Têxteis. Para o ano será a vez de alunos da UBI poderem trabalhar na escola norte-americana, em Nova Iorque.

A ligação com a escola nova-ior-quina surge no seguimento de uma política de promoção de abertura e actividades conjuntas. Rui Miguel, director do Departamento de Ciên-

cias e Tecnologia Têxtil, refere que “foi traçada uma estratégia, a par-tir deste ano, que vai no sentido de prepararmos os cursos, quer de licenciatura, quer de mestrado, na área do Design de Moda, para que fossem mais competitivos, do ponto de vista do interesse das empresas e da formação dos nossos estu-dantes”. Uma aposta que implica a remodelação dos cursos, com um reforço claro na área do design de moda, “nunca esquecendo ou me-nosprezando toda uma formação de base cultural, humanista e outra, que é indispensável para se fazer

alunos vêm de nova iorqueMoDa Da uBi

6 O primeiro Provedor do Es-tudante da Universidade da Beira Interior foi reconduzido no cargo e considera que “o trabalho realizado ao longo dos últimos dois anos foi positivo”, pois permitiu algumas conquistas, “como por exemplo ser a UBI a primeira universidade a possibilitar aos alunos de medici-na a fazerem unidades curriculares externas, terem visto o número de prescrições ser reduzido através de uma formula interna, a dilatação

dos prazos no pagamento das pro-pinas e o não pagamento da pri-meira prestação de propina logo no

acto da matrícula”.Esta recondução no cargo “sig-

nifica que temos a nossa própria auto-avaliação e auto-crítica, a qual se pressupunha positiva”. Pe-dro Pombo conseguiu uma votação superior a 91 por cento, “quando os alunos representam apenas 13 pontos percentuais. Ou seja, hou-ve aqui uma grande abrangência e uma clarificação por parte dos conselheiros na minha votação”, remata.K

provedor reconduzido na uBi

um bom designer”.Rui Miguel adianta que este tipo

de formação avançada tem como objectivo “proporcionar aos nossos estudantes do curso de mestrado, uma ligação maior ao mercado de trabalho. O segundo ano do mestra-do está assim dirigido, fundamen-talmente a essa área e também à investigação”.

A visita de alunos norte-ame-ricanos à UBI deverá depois ser retribuída com a realização de um semestre lectivo, na escola nova-iorquina, por duas alunas portugue-sas. K

Page 6: Ensino Magazine 159

06 /// MAIO 2011

Cespu apoia peregrinosMais De 150 voLuntários

6 Mais de 150 voluntários da CESPU - Cooperativa de Ensino Su-perior Politécnico e Universitário, sedeada em Paredes, prestaram apoio aos milhares de peregrinos que caminharam até Fátima para as cerimónias do 13 de maio.

Com vários postos fixos de atendimento junto às estradas do Norte do país, o objetivo da CESPU passou por “minimizar as lesões e agressões nos pés que, muitas ve-zes, impedem os peregrinos de le-var as suas promessas até ao fim”, explicou fonte da CESPU.

Já em 2010 os docentes e alu-

nos do curso de Podologia desta cooperativa de ensino ajudaram os peregrinos nas suas caminhadas até Fátima, realizando cerca de três mil atos podológicos.

Com um percurso que ronda, aproximadamente, os 40 quilóme-tros diários, “as bolhas, hemato-mas, mialgias e contraturas (dores musculares), alterações dérmicas, entorses, fasceítes plantares, ede-mas, alergias, insolações, vascu-lites e úlceras”, são os principais problemas detetados.

Nesta ação foram montados postos fixos de atendimento po-

dológico em vários locais, onde normalmente os peregrinos pernoi-tam, mas também prestado apoio em locais de paragem para descan-so, durante o dia.

Nestes espaços foram pres-tados cuidados diferenciados e gratuitos. O apoio aos peregrinos decorreu entre os dias 4 e 12 de maio, em sete locais, entre as 9 e as 20 horas, e contou com a par-ceria da Associação Portuguesa de Podologia que disponibilizou a sua Unidade Móvel. K

Este texto foi escrito ao abrigo do

novo Acordo Ortográfico _

Ferreira de oliveira honoris Causa

universiDaDe tÉCniCa De LisBoa

6 A Universidade Técnica de Lis-boa acaba de atribuir o Grau de Dou-tor Honoris Causa a Manuel Ferreira de Oliveira, presidente Executivo da Galp Energia. O reconhecimento re-flecte a importância que, ao longo da sua vida profissional, Ferreira de Oliveira tem dedicado à relação en-tre as empresas e as instituições de investigação e desenvolvimento das universidades, bem como ao papel desempenhado como profissional e gestor no sector energético.

Da enorme importância que tem atribuído à relação Universidade-Empresa destacam-se o programa

de Doutoramento em Refinação, Petroquímica e Química Industrial, com o envolvimento de cinco uni-versidades portuguesas, entre elas, a Universidade Técnica de Lisboa, bem como o programa anual de bolseiros Galp 20-20-20 na área da eficiência energética, envolvendo igualmente esta universidade.

A atribuição deste grau de Dou-tor Honoris Causa resulta de pro-posta do Conselho Científico do Instituto Superior Técnico e da Co-missão Permanente do Senado para os Assuntos Científicos da Universi-dade Técnica de Lisboa. K

utaD recebe prémio prestígioatriBuÍDo peLa assoCiação De MuniCÍpios portugueses Do vinho

6 A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (Utad) acaba de ver reconhecido o seu traba-lho nos domínios da viticultura e da enologia, ao ser agraciada com o Prémio Prestígio 2010 pela Associação de Municípios Portu-gueses do Vinho (AMVP) no âm-bito das celebrações do seu 4º aniversário.

A cerimónia teve lugar no pas-sado dia 30 de Abril, na Quinta das Pratas, no Cartaxo, integrada na XXIII Festa do Vinho do Carta-xo, com a presença do ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, António Ser-rano. A receber o Prémio da Utad esteve presente o Magnífico Reitor, Carlos Sequeira.

A celebração contou ainda com as presenças do Presidente do Conselho Directivo da AMPV e da

Câmara do Cartaxo, Paulo Caldas, do Secretário-geral da AMPV, José Arruda, de representantes dos mu-nicípios associados, das entidades e organismos regionais e nacio-nais, bem como de individualida-des ligadas ao meio empresarial,

académico e vitivinícola. Refira-se que os Prémios Pres-

tígio 2010 contemplaram a UTAD (Prémio da Entidade do Vinho 2010) e o Director da Revista de Vinhos, Luís Lopes (Prémio Perso-nalidade do Vinho 2010). K

Publicidade

Coimbra investigaevitar Doenças respiratórias nos atLetas

6 Uma equipa de investiga-dores da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra está a trabalhar com atletas de alta com-petição de modalidades de gran-de exigência física, no sentido de confirmar cientificamente a maior propensão destes desportistas para contrair certas doenças respi-ratórias e desenvolver estratégias e métodos de treino que minimizem essa predisposição.

“Estas modalidades obrigam os seus praticantes a ir aos limi-tes da resistência humana, sendo caracterizadas por um treino muito intenso e muito prolongado. Nós conseguimos demonstrar que es-

tes factores fragilizam os atletas e contribuem para uma maior preva-lência de sintomas do trato respi-ratório superior, como sejam tosse, corrimento nasal ou dor de gargan-ta, denunciadores de processos infecciosos e/ou inflamatórios”, re-fere o investigador Luis Rama, ex-

plicando ainda que o aparecimento destas doenças é particularmen-te prejudicial no contexto da alta competição, “porque pode colocar em causa todo um programa de treinos que tenha sido desenhado para permitir a obtenção dos me-lhores resultados desportivos”.

O objectivo dos investigadores é agora recolher mais dados sobre este tipo de intervenção no trei-no, direccionando e aperfeiçoando esta abordagem. Até ao momento, foram já recolhidos dados junto de um pequeno grupo de triatletas, perspectivando-se a realização de um estudo mais alargado, em que serão simuladas situações de com-petição. K

Page 7: Ensino Magazine 159

MAIO 2011 /// 07

www.ensino.eu

psiCoLogia no aLgarve

T O X Encontro de Psicologia no Algarve decorre, a 18 e 19 de Maio, no Anfiteatro Teresa Júdice Gamito, na Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, no Campus de Gambelas. A edição deste ano terá como tema central Os Desa-fios na intervenção psicológica em situação de crise, abordando quatro áreas: Psicologia Clínica e da Saúde, Psicologia Social e das Organizações, Neurociências e Neuropsicologia, Psicologia Edu-cacional. Além das conferências, decorrerão ainda dois workshops, um na área da Psicologia Clínica e da Saúde e outro na área da Psicologia Educacional. K uCranianos De visitaao aLgarve

T A Universidade do Algar-ve recebeu no dia 16 de Maio, a visita de uma Delegação Ofi-cial Ucraniana, que contou com as presenças do Embaixador da Ucrânia em Portugal, Oleksandr Nykonenko, do Chefe da Admi-nistração Estatal da Província de Ivano, Mykhailo Vyshyvaniuk, do Vice-Reitor da Universidade Nacional Carpatiana Vassyl Ste-fanyk, Igor Tsependa, e de ou-tras 6 individualidades da área empresarial da Ucrânia. Esta visita teve como principais objectivos a assinatura de um Protocolo Geral de Cooperação entre a Universidade do Algarve e a Universidade Nacional Car-patiana Vassyl Stefanyk e o es-treitamento de relações para um futuro entendimento entre as duas Universidades, no que diz respeito ao ensino de línguas e ao ensino à distância. K

enContro no piaget aLMaDa

T O Campus Universitário de Almada do Instituto Piaget orga-nizou uma Mesa Redonda, a 10 de Maio, subordinada ao tema O perfil dos Animadores Sociocul-turais. O objectivo desta inicia-tiva foi o de reforçar a ligação entre a academia e o mundo profissional, contribuindo tam-bém para o desenvolvimento das condições de empregabilida-

de dos alunos. Os intervenientes foram empregadores de diver-sos sectores de actividades que debateram as contingências do mercado de trabalho, desafios, oportunidades e as exigências com que se deparam os recém-licenciados. K

prÉMio para o Minho

T A investigadora Henedina Antunes, do Instituto de Inves-tigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da Universidade do Minho, foi distinguida com a Bolsa Pierre Fabre, prémio para a melhor publicação da Socie-dade Portuguesa de Pediatria (SPP). O seu estudo “Etiology of bronchiolitis in a hospitalized pediatric population: prospecti-ve multicenter study”, publicado no “Journal of Clinical Virology”, conclui que “ainda se medica demais na bronquiolite”, quan-do “o único tratamento é o oxi-génio se o bebé tiver baixo teor de oxigénio”. K

ForMação De gestão no ispa

T O Departamento de Formação Permanente do ISPA – Instituto Universitário iniciou este mês a primeira Formação em Gestão de Informações nas Organizações do Século XXI, que terá continui-dade a 16 e 18 de Maio. O curso, dirigido maioritariamente a ad-ministradores, directores gerais e altos quadros, pretende acres-centar valor às organizações, orientando-as para as melhores práticas e para uma maior capa-cidade de resiliência. K

s. FranCisCo Faz 60 anos

T A Escola Superior de Enfer-magem S. Francisco das Mise-ricórdias realiza a cerimónia de encerramento da comemoração dos seus 60 anos a 18 de Maio, pelas 14 horas, na Casa Provin-cial da Irmãs Franciscanas Mis-sionárias de Maria (no Campo Pequeno), em Lisboa. A par des-ta Cerimónia serão ainda divul-gados os vencedores do Concur-so de Fotografia “Enfermagem é Cultura”. K

Minho prepara sítio internetutiLização Do MagaLhães no 1.º CiCLo

6 Os professores do 1.º Ciclo já têm um portal para saber como melhor utilizar o computador Maga-lhães em contexto educativo. O site pigafetta.ie.uminho.pt foi criado no âmbito do projecto Pigafetta, que a Universidade do Minho tem vindo a desenvolver para o Ministério da Educação. Este projecto visa identi-ficar, caracterizar e sistematizar as várias formas de exploração e uti-lização educativa do computador portátil no ensino básico. O portal inclui ainda notícias, eventos, fó-rum, desafios didácticos, programas de segurança online e redes sociais associadas. Prevê-se para breve uma área de conteúdos para a sala de aula, com vídeos, imagens, jo-gos, propostas de trabalho e testes, em actualizações quinzenais.

“O principal objectivo é aju-dar os professores a aproveitar ao máximo as potencialidades de um recurso que foi colocado nas mãos das crianças. Partimos do princípio que as novas tecnologias, neste caso o PC portátil, são algo de muito útil para as crianças, qual

canivete suíço digital para comple-mentar a acção das mãos e do cé-rebro”, explica o professor António Osório, coordenador do projecto e professor do Instituto de Educação da Universidade do Minho. Esta instituição estuda as tecnologias no sistema educativo há mais de duas décadas.

O Pigafetta deve o nome ao re-lator da primeira viagem de circum-navegação ao mundo, comandada por Fernão de Magalhães no século XVI. Pretende de uma forma geral

Curso internacional de verãouniversiDaDe De Évora

6 A Escola de Ciências Sociais da Universidade de Évora vai or-ganizar, de 5 a 14 de Setembro de 2011, o I Curso Internacional de Verão. O curso vai abordar temáticas de interesse cultural e científico, ligadas essencialmente à cultura portuguesa, às culturas lusófonas, ao turismo, património, arqueologia e às relações interna-cionais.

O curso dirige-se aos seguin-tes destinatários: Grupos de recru-tamento de docência do Ensino Básico e Secundário (2.º Ciclo do Ensino Básico e 3.º Ciclo do Ensi-no Básico e Ensino Secundário); Profissionais, técnicos e técnicos superiores das áreas da Cultura; Alunos da Universidade de Évora e de outras Instituições do Ensino Superior; Público em Geral.

No âmbito do congresso vai realizar-se também, nos dias 9 e 10 de Setembro, o Congresso In-ternacional “Tópicos Transatlânti-cos: emergência da lusofonia num mundo plural”.

Segundo Silvério Cunha, Direc-tor do Curso de Verão e Coorde-nador do Congresso, o principal objectivo do congresso é “esta-belecer um diálogo intercultural capaz de superar os obstáculos práticos e as dificuldades teóricas

que se verificam num tempo onde os processos objectivos de inte-gração tecnoeconómica são, em simultâneo, confrontados com as manifestações - umas evidentes e outras intangíveis - de particularis-mo identitário”.

Assim, e segundo aquele res-ponsável, a lusofonia revela a con-creta natureza cultural do homem “que se expandiu para as Améri-cas, África e Oriente e se mesclou com outras culturas, produzindo um novo arquipélago histórico-cultural, possuindo actualmente

uma grande relevância geopolí-tica e geocultural. Na verdade, em tempos de globalização o tri-ângulo luso-afro-brasileiro exibe potencialidades que podem, não apenas exprimir-se nos planos político e económico, mas ainda enquanto instrumento de diálogo para a construção de uma Civiliza-ção do Universal”.

Para mais informações sobre o Curso e o Congresso consulte http://www.civ.uevora.pt/. K

noémi Marujo _

caracterizar as funções desempe-nhadas pelo computador na sala de aula, na escola, em casa e na comunidade, descrever os modos de interacção entre as crianças e o computador, caracterizar as ati-tudes e necessidades de alunos, professores e encarregados de educação face ao uso individual do computador e, ainda, estudar as suas implicações nos serviços de apoio à escola e nos sistemas de formação inicial e contínua dos docentes. K

Page 8: Ensino Magazine 159

08 /// MAIO 2011

energias renováveis no ipCBnovos Cursos aprovaDos

6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco viu aprovadas, pela Agência de Acreditação e Avaliação, as propostas dos cursos de licen-ciatura em Energias Renováveis e em Administração Pública e Gestão Autárquica, aguardando agora a aprovação da licenciatura em artes visuais e artes digitais.

A aprovação daquelas duas li-cenciaturas permitirá ao Instituto Politécnico de Castelo Branco, no entender do presidente do IPCB, captar novos públicos para a ins-tituição. “O objectivo é adequar a oferta formativa com o novo con-texto do ensino superior”, refere Carlos Maia.

A licenciatura em energias re-nováveis vai ser ministrada pelas escolas superiores de Tecnologia e Agrária. “Este curso é uma aposta muito forte do Instituto Politécnico, que em anos anteriores já tinha sido proposto. Será sem dúvida um curso âncora do nosso instituto”.

O presidente do IPCB lembra que o distrito de Castelo Branco é um exemplo nacional no que res-peita a energias renováveis, sobre-tudo na produção de energia eóli-

ca. “Esse facto é muito importante e esteve na base da proposta que nós fizemos. Temos todos os ingre-dientes no distrito para dar uma resposta muito positiva aos nossos alunos”.

Carlos Maia lembra que está a funcionar um Curso de Especiali-zação Tecnológica nesta área. “Por

isso agora ficamos com ciclo com-pleto”.

Com a aprovação dos novos cursos, o presidente do Politécnico diz que “vão ter que ser tomadas decisões. Habitualmente atribuem-nos 1022 vagas, pelo que teremos que decidir, pois teremos que apresentar 30 licenciaturas”. K

Publicidade

engenharias é na estCasteLo BranCo

6 A Escola Superior de Tecnolo-gia do Instituto Politécnico de Caste-lo Branco (EST) abriu as suas portas à comunidade e ao tecido empresa-rial durante o mês de Maio. De 3 a 5 de Maio promoveu a Semana das Engenharias. E de 17 a 19 do mesmo mês realizou mais uma edição do Fórum da Informática e das Novas Tecnologias.

Carlos Maia, presidente da insti-tuição, revela que o objectivo “das iniciativas foi promover aquilo que se faz dentro da escola e, ao mes-mo tempo, aproximar a academia do mercado de trabalho”.

Fernando Reinaldo, sub-director da escola, sublinhou o facto dos dois eventos “permitirem a troca de saberes e a aproximação dos alunos ao tecido empresarial”. Além disso, afirma, “queremos que a escola se aproxime da comunidade envolven-te, pelo que teremos a visita de alu-nos das escolas secundárias”.

A Semana das Engenharias teve início com as Jornadas de Enge-nharia Industrial, no dia 3 de Maio. Paulo Gonçalves, responsável pelo evento, revela que “a conjectura da crise mundial que atravessamos,

faz-nos pensar com mais cuidado, qual o futuro que queremos, é nes-se sentido que procurámos trazer às jornadas temas tais como o empre-endedorismo, fábricas do futuro, e a internacionalização, entre outros”.

As Jornadas de Engenharia Elec-trotécnica prosseguiram o progra-ma, a 4 de Maio, seguindo-se as jor-nadas de Engenharia Civil as quais integraram um concurso maquetes de pontes em madeira, sendo pre-miados os trabalhos mais imagina-

tivos”, disse Helder Martins, um dos responsáveis das jornadas.

Finalmente, o Fórum da Infor-mática e das Novas Tecnologias de-correu de 17 a 19 de Maio. A inicia-tiva que se realiza desde 2008 teve como tema a máxima “Abraçando desafios, criando realidades”. Vasco Soares, da organização, adiantou que a grande novidade foi a pales-tra “Empreendedorismo”, cujo ora-dor é o conhecido “stand up come-dian” Nilton. K

escola de saúdefaz exames grátis

CasteLo BranCo

6 A Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias (Esald), do Instituto Politécnico de Castelo Branco, está a realizar, desde o passado dia 2 de Maio, um conjunto de programas de tratamentos gratuitos à população, nas áreas de Dor no Joelho, Exercí-cios e Diabetes; Hidrotoperapia para maiores de 55 anos; Classes de mo-vimento para maiores de 65 anos; Olhe pelas suas pernas - Osteoartro-se Anca e Joelho.

Os interessados em participar nestes programas, devem contactar a escola (272340560), no Campus da Talagueira e fazer uma pré-inscrição num dos programas de tratamento que os alunos estão a promover sob a orientação dos docentes de fisio-terapia.

De acordo com a Esald, o progra-ma de tratamento “Dor no joelho” tem a duração de duas semanas e destina-se a aumentar a força mus-cular, a amplitude de movimento, diminuir a dor, melhorar a funcio-nalidade e equilíbrio e a qualidade de vida.

Já o programa “Exercício e Dia-betes” é uma actividade específica para indivíduos com diabetes Tipo2 e decorrerá na ESALD e no Centro de Saúde de S. Miguel (junto à Rotunda Europa), terças, quartas e quintas-

feiras. Esta actividade destina-se a controlar e minimizar as compli-cações da Diabetes. A este progra-ma junta-se, também a actividade “Classes de Movimento para maio-res de 65 anos” a decorrer nas duas instituições e que visa aumentar a mobilidade, o equilíbrio e diminuir o risco e medo de quedas.

O programa de “Hidroterapia para maiores de 55 anos” será de-senvolvido na piscina de tratamen-tos da ESALD e tem por objectivo não só “melhorar a mobilidade, o equilíbrio e o estado de saúde geral, como diminuir o risco de quedas e o medo de cair.

Se tem varizes, cãibras, pés in-chados, dor nas pernas, pernas can-sadas ou sensação de peso pode ter Doença Venosa Crónica pelo que o programa de sensibilização “Olhe pelas suas pernas” irá fazer a ava-liação e tratamento para indivíduos com esses problemas. Esta activida-de decorre na ESALD e nos Centros de Saúde São Tiago e São Miguel.

O programa de aconselha-mento e exercício “Osteoartrose Anca e Joelho” é adaptado para indivíduos com sinais de osteo-artrose nas ancas e/ou joelhos e vai decorrer na ESALD e no Centro de Saúde de S. Miguel. K

www.ensino.eu

Page 9: Ensino Magazine 159

MAIO 2011 /// 09

6 A primeira edição da Agro-Agrária, uma feira de agricultura promovida por um grupo de alu-nos da Escola Superior Agrária de Castelo Branco, envolveu 60 expositores e constituiu um bom ensaio para futuras iniciativas se-melhantes.

Duarte Domingues, presidente da Associação de Estudantes (uma das entidades que deu apoio ao evento), revela que “apesar de se realizarem muitos eventos nes-te fim-de-semana, a Agro-Agrária permitiu divulgar as actividades desenvolvidas na nossa escola e ao mesmo tempo relançar para a opinião pública o tema da agricul-tura”.

No entender daquele respon-sável “o regresso ao campo e à actividade agrícola poderá ser um caminho a seguir para se ultrapas-sar a crise”.

O presidente da Associação de Estudantes sublinha a iniciativa dos alunos da escola, a qual permi-tiu a realização do evento. “Houve um grande espírito de entreajuda dos alunos. Conseguimos ter cerca de 60 expositores de várias áreas, desde produtores, a empresas re-lacionadas com o sector”.

Além dos expositores, a feira

contou com uma mostra de ani-mais (ovinos, caprinos, equinos, bovinos e suínos), máquinas e alfaias agrícolas, material para ve-dações, rega e ordenha.

Duarte Domingues adianta que “a realização da Agro-Agrária foi um bom ensaio para a orga-nização de um evento de maior dimensão. Houve expositores que não estiveram presentes porque estavam na Ovibeja, que coincidiu com a nossa feira. Ainda assim, o balanço é positivo e penso que esta é uma iniciativa que poderá continuar”.

O presidente da Associação

de Estudantes adianta que “para o certame ganhar uma outra di-mensão deverá ter outro tipo de apoios”.

Além dos expositores, o even-to teve uma parte recreativa, de onde se destacam as actuações dos Bombos da Lardosa, do Ran-cho Folclórico de Oleiros, Banda Filarmónica de Oleiros e da tuna académica da Escola Superior de Gestão do IPCB. Duarte Domingues sublinha em todo este processo os apoios das Câmaras de Castelo Branco e Idanha-a-Nova, da Pro-tecção Civil e de alguns professo-res da Escola Superior Agrária. K

agricultura contra criseagro-agrária

Maiores de 23com segunda fase

ipCB

6 A segunda fase de inscri-ções para o Concurso Maiores de 23 anos vai ser lançada pelo Ins-tituto Politécnico de Castelo Bran-co, de 16 de Maio a 3 de Junho de 2011. Este concurso permite a todas as pessoas com mais de 23 anos (mesmo não tendo concluí-do o ensino secundário) candida-tarem-se ao ensino superior.

O Instituto Politécnico de Cas-telo Branco disponibiliza, para este concurso, 32 cursos de li-cenciatura nas áreas científicas Artes, Comunicação e Multimédia, Ciências Empresariais e de Direito, Ciências Biológicas e Alimentares, Saúde e Protecção Social, Educa-ção e Formação de Professores, Engenharias e Informática, Turis-

mo, Desporto e Serviços.Para acederem ao ensino su-

perior os candidatos terão que se inscrever nas provas de acesso, entre os dias 16 de Maio e 3 de Junho. As provas realizam-se até 9 de Junho e as entrevistas com os candidatos serão efectuadas entre 13 de Junho a 13 de Julho.

De acordo com o IPCB, “atra-vés do Concurso Maiores de 23 anos todos os indivíduos que não são possuidores da habilitação tradicional para aceder ao Ensino Superior têm a possibilidade de demonstrar que possuem capa-cidade para o frequentar, cons-tituindo uma oportunidade para continuarem a sua aprendizagem e valorização ao longo da vida”. K

6 A Cultura Politécnica, ciclo cultural do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), volta a apresentar um programa diversifi-cado, envolvendo todos os cursos ministrados na Escola Superior de Artes Aplicadas (ESART).

Carlos Maia, presidente do IPCB, sublinha a importância do evento, o qual pretende diversi-ficar a oferta cultural da cidade. “Por isso, no próximo trimestre queremos envolver diferentes personalidades nesta iniciativa”, disse.

Do programa destaca-se a ópe-ra Viúva Alegre, no dia 2 de Junho, que também está integrada no Pri-mavera Musical, e que no entender de José Filomeno Raimundo, direc-tor da ESART, tem “todos os condi-mentos para ser um sucesso”.

Aquele responsável revelou, em conferência de Imprensa, que “a ópera contará com a presença da orquestra, coro e solistas, num total de 40 personagens. Além dis-so, a sua produção envolve todos os cursos da ESART”.

O Desfile de Moda, que este ano se realiza no Nercab, no próxi-

mo dia 20 de Maio, constitui outra das mais valias do programa e vai apresentar os coordenados dos alunos da escola.

Filomeno Raimundo revela que a programação da Cultura Politéc-nica está assente em três factores, a saber: “público, qualidade dos espectáculos e aspectos pedagógi-cos. Daí termos muito cuidado na elaboração do programa, para que a arte possa representar novas sensações”, disse.

A participação da ESART na Cul-

tura Politécnica volta a estar em destaque, como o demonstra as actuações da Orquestra de Cordas da Esart, no dia 29 de Maio, na Sé Concatedral, do Quarteto de Clari-netes (dia 8 de Junho, no Governo Civil), dirigido por Carlos Alves, o Recital de Guitarra Clássica (dia 14 de Junho, Serviços Centrais do IPCB), com a direcção de Miguel Carvalhinho, ou o espectáculo de Música Electrónica, sob a direcção de Rui Dias (21 de Junho, também nos serviços centrais). K

ópera na cidadeCuLtura poLitÉCniCa

alunos fazemexposição de moda

na esaCB e esart

6 A Biblioteca da ESACB/ESART do Instituto Politécnico de Castelo Branco, na Quinta da S. de Mércules, tem patente 9 a 27 de Maio, uma exposição dos coordenados apresentados pelos alunos da licenciatura em Design de Moda e Têxtil, da ESART, no Desfile Fashion 5, que teve lugar em Fevereiro de 2011.

Aquele evento decorreu na Alfândega do Porto, integrado na Modtíssimo e resulta de uma iniciativa de parceria entre várias instituições de ensino superior: Instituto Politécnico de Castelo Branco/ESART, Universidade Téc-nica de Lisboa/FA, Universidade da Beira Interior e Universidade do Minho.

Nessa iniciativa as alunas Joana Lopes, Elena Musteata, Matilde Albino, Rosária Morais e Solange Lucas apresentaram os

seus coordenados. A participação da Esart no evento constitui mais uma oportunidade para os alunos da escola, já que o evento marca a mudança na forma como o ensi-no superior de moda em Portugal se posiciona face aos desafios da globalização e da mudança dos paradigmas económico-sociais com que as sociedades contem-porâneas se confrontam.

O Fashion 5 resulta da coope-ração entre as Escolas no domí-nio de I&D Moda, e no qual cada instituição apresentou trabalhos de 5 alunos recém-graduados ou de 2º ciclo. Este evento revestiu-se do maior interesse para as empresas da indústria de moda nacional, em particular, e para o público, em geral, contribuindo para estimular a qualidade e cria-tividade do Design de Moda em Portugal. K

Publicidade

Valdemar Rua

ADVOGADOAv. Gen. Humberto Delgado,

70 - 1ºTelefone: 272321782

6000 CASTELO BRANCO

www.ensino.eu

Page 10: Ensino Magazine 159

010 /// MAIO 2011

publicidade

na rota da saúdejornaDas soBre teCnoLogia e saúDe

6 As IV Jornadas Nacionais so-bre Tecnologia e Saúde realizaram- -se no Instituto Politécnico da Guar-da (IPG) no dia 29 de Abril,

Esta iniciativa, à semelhança das edições anteriores, teve por objectivo divulgar os mais recentes projectos na área da tecnologia apli-cada à saúde e aprofundar o diálogo entre investigadores e profissionais/estruturas de saúde (médicos, en-fermeiros, técnicos, profissionais e estudantes das áreas da saúde e da tecnologia).

A aposta feita neste evento co-locou já o IPG no calendário nacio-nal e internacional das realizações congéneres ou das áreas temáticas aqui apresentadas.

“Temos assistido a um crescen-te interesse por parte de investiga-dores, docentes, profissionais de saúde e estudantes das áreas em debate; interesse aliás visível no significativo número de comunica-ções que temos recebido, oriundas quer do território nacional, quer de outros países”, afirmou o presiden-te do Instituto Politécnico da Guar-da, Constantino Rei, na sessão de abertura destas Jornadas.

Aludindo ao facto de os traba-

lhos estarem a ser transmitidos, em tempo real, pela Internet, o presidente do IPG sublinhou que o evento podia ser, assim, acom-panhado em “qualquer parte do mundo”.

Constantino Rei evidenciou o interesse em ser privilegiado o envolvimento directo das Escolas Superiores que integram este Insti-tuto, “isto tendo em conta a con-solidação da matriz destas Jornadas e sobretudo a importância da divul-gação daquilo que existe de mais expressivo ao nível das tecnologias aplicadas à saúde. Consideramos de grande importância o diálogo entre investigadores e profissionais de saúde, bem com as estruturas/insti-

tuições a que estão ligados”.O presidente do Politécnico re-

forçou a ideia de ser “fundamental a divulgação de projectos, de solu-ções informáticas concebidas nas instituições de ensino superior, de forma a aprofundar-se a desejada interacção entre este nível de en-sino e as empresas vocacionadas para a área das tecnologias aplica-das à saúde”.

Constantino Rei anunciou, en-tretanto, a data para a realização das V Jornadas Sobre Tecnologia e Saúde, dia 28 de Abril de 2012. “Em breve estará disponível o seu sítio na Internet, de forma que os interessados possam planear a sua presença”. K

Mestrado em simpósioCoMputação MóveL na guarDa

6 A Escola Superior de Tec-nologia e Gestão do Instituto Poli-técnico da Guarda vai realizar, no próximo dia 4 de Junho, o I Simpó-sio do Mestrado em Computação Móvel.

A iniciativa tem por objectivo a apresentação e discussão de al-guns dos trabalhos científicos que têm sido realizados pelos alunos do Mestrado em Computação Móvel.

O programa inclui no período da manhã (a partir das 10.00), a apresentação de comunicações sobre “Carpool - Portal de Partilha

de Carros Baseado em Rastos GPS” (por Paulo Brás), “HTML5, Estado da Arte” (Nelson Monteiro), “API Google Maps e Serviços Baseados em Localização Para a Platafor-ma Android”, (Mateus Victorelli), “Mobile Web Ubíqua” (Pedro Fi-gueiredo) e “Avaliação em Mobile Websites” (Paulo J. F. Santos).

No período da tarde os traba-lhos iniciam-se pelas 14 horas. Em destaque vão estar temas como “iRain - Sistema de Informação e Gestão Inteligente de Rega de Jardins” (Filipe Caetano), “Plata-

forma Móvel de Visualização e Gestão para um Sistema Domótico Baseado na Norma KNX” (Pedro Pinto), “Sistemas Inteligentes de Controlo de Iluminação Pública Baseados em Redes Wireless” (Jú-lio Freitas), “iDog – Um Gadget que é um Cão de Guarda” (Rolando Rocha), “Segurança em Bluetoo-th para Dispositivos Móveis (João Alfaiate) “Sistema de Notificação de Emergência Médica” (Paulo J. A. Santos) e “Seguidor Solar Inteli-gente com Monitoria” (Guilherme Pereira). K

ipg no CoLóQuio Da LusoFonia

T A directora da Escola Su-perior de Turismo e Hotelaria, Anabela Sardo, e duas docentes do Instituto Politécnico da Guar-da, Isa Severino e Zaida Ferreira, participaram, recentemente, no XV Colóquio da Lusofonia que teve o alto patrocínio do Insti-tuto Politécnico de Macau, onde decorreu.

Este evento contou com a participação da directora da que apresentaram comunicações no âmbito de temáticas ligadas à lu-sofonia. No Colóquio debateu-se o estado da lusofonia e da língua portuguesa na Ásia e em Macau, a cultura e a literatura lusófonas, o novo acordo ortográfico, entre outros assuntos. Os oradores re-presentaram diferentes países da CPLP e de regiões do mundo onde se fala e ensina a língua portu-guesa: Alemanha, Angola, Austrá-lia, Bélgica, Brasil, Bulgária, Cana-dá, Espanha, EUA, Galiza, Polónia, Portugal, Reino Unido, Macau, R P da China e Moçambique. K Marketing verDeeM Livro

T O livro Marketing Verde da autoria de Teresa Paiva (IPG) e Reinaldo Proença acaba de ser apresentado em Lisboa. O livro pretende dar uma visão do que é o consumo verde, como perceber quem são e o querem este tipo de consumidores e ajudar as em-

presas a desenvolverem as suas estratégias de marketing numa perspectiva verde integrando com eficácia e reflexo no merca-do este tipo de preocupações.

“Hoje a importância desta te-mática e a urgência de alterações de comportamentos a este nível torna imperativo que se conheça melhor o que se passa na forma no mercado e como as empresas actuam”, considera. Teresa Paiva, ex-directora da ESTG/IPG e actual directora da UDI, do Instituto Po-litécnico da Guarda. K

vivaCi reCeBepoLitÉCniCo Da guarDa

T O centro comercial VIVA-CI está a promover até ao dia 23 de Maio a «Festa dos Cursos» do Instituto Politécnico da Guarda (IPG). O objectivo principal des-ta iniciativa é dar a conhecer ao público algumas das mais recen-tes investigações e actividades desenvolvidas no IPG. Estarão representadas as quatro escolas do IPG e o programa é extenso e variado. K

aCção soBre suporte BásiCo De viDa

T Com o intuito de fornecer competências nesta área o Institu-to Politécnico da Guarda, através do Gabinete de Formação Cultura e Desporto, e conjuntamente com a Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto, vai rea-lizar uma acção de formação so-bre Suporte Básico de Vida no dia 26 de Maio de 2011 no Auditório da Escola Superior de Tecnologia e Gestão da Guarda.

O Suporte Básico de Vida en-volve uma série de procedimentos e técnicas a realizar, que visam garantir que as funções vitais se mantenham estáveis ou pelo me-nos atrasem o tempo em que os danos se tornem irreversíveis. K

Page 11: Ensino Magazine 159

MAIO 2011 /// 011

6 Passaporte para o Futuro é o mote da conferência internacio-nal que se realiza no próximo dia 27 de Maio, no Instituto Politécni-co de Leiria (IPL). Organizada pelo Centro de Investigação em Polí-ticas e Sistemas Educativos (CIP-SE), do IPL, com a colaboração do Centro de Novas Oportunidades (CNO), esta conferência tem como objectivo reflectir sobre o papel dos Centros Novas Oportunidades e o seu contributo para a Educa-ção e Formação de Adultos em Portugal, no presente e no futuro;

A conferência visa ainda de-bater os desafios actuais sobre as práticas de Aprendizagem ao Longo da Vida em Portugal e na Europa, reflectir sobre as novas tendências de projectos educa-tivos para adultos, conhecer di-ferentes realidades de educação de adultos e promover o suces-so, contrariando a desistência e o abandono em Reconhecimento, Validação e Certificação de Com-petências (RVCC).

O programa desta conferência internacional está dividido por

diversas temáticas, das quais se salientam a formação ao longo da vida, a realidade nacional e as perspectivas internacionais, os projectos e as práticas e ainda qualificar para novas oportunida-des: desafios e limites.

Destaque para a presença de Luís Capucha da Agência Nacional para a Qualificação e Richard Thorn do Institute of Technology, da Irlanda, entre outros responsáveis por centros de centros de novas oportuni-dades nacionais. K

ipL na eMprega

T O Instituto Politécnico de Leiria (IPL) vai estar presente na Emprega 2011, II Feira de Ensino, Formação e Emprego, entre os dias 19 e 22 de Maio, na Expoeste, Cal-das da Rainha. Esta feira, integrada na 17.ª Feira de Actividades Econó-micas, é organizada pela Ponto de Ajuda, Santa Casa da Misericórdia das Caldas da Rainha e tem entra-da gratuita. De entre as sessões temáticas destacam-se algumas dinamizadas por colaboradores do IPL. Eduardo Batalha, represen-tante do Centro de Formação para Cursos de Especialização Tecnológi-ca (For.CET) apresentará, na tarde do dia 19 de Maio, o painel com o tema “A relação entre os CET/Li-cenciaturas e Posto de Trabalho”. Já na manhã do dia 20 de Maio, Ana Marta Santos, representante do Projecto Bolsa de Emprego e Luís Filipe, psicólogo do Serviço de Apoio ao Estudante do IPL, estarão presentes no painel “A Importância da Procura Activa de Emprego: Es-tratégias e Apoios”. K prÉMio para Leiria

T David José Mourato, finalis-ta do curso de Som e Imagem, da Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha, do Institu-to Politécnico de Leiria (IPL), con-quistou o Prémio Fundador Teixei-ra Barroca. Atribuído pelo Rotary Clube das Caldas da Rainha e pela Fundação Rotária Portuguesa, este prémio de mérito tem como ob-jectivo distinguir o estudante com melhor média, inscrito na ESAD.CR, no ano lectivo 2009/2010. Da-vid Mourato recebeu, um Diploma e um Prémio de Mérito no valor de 500 euros. K

psiCoLogia CriMinaL eM DeBate

T “Psicologia Criminal – Dife-rentes Olhares” é o tema da con-ferência prevista para o dia 20 de Maio, pelas 9h30, na sala 18 do ISLA. A iniciativa está integrada no âmbi-to da 3ª edição da Pós-graduação em Psicologia Criminal e Formação em Cidadania, promovida pelo ISLA Leiria. Proporcionar uma abordagem científica a esta complexa temática é o objectivo fulcral desta conferên-cia, que conta com a participação de especialistas de renome: Carlos Poiares, que abordará o tema da Psicologia Criminal, e Pinto da Cos-ta, que intervirá com uma aborda-gem à Medicina Legal. A conferência será moderada por Mapril Bernar-des, Advogado e por Gil Vicente Car-

doso da Silva, Juiz. A entrada é livre com inscrição prévia. K

seMinário eM Leiria

T Escolas, pais, professores e administradores escolares: re-flexões em torno dos casos portu-guês, brasileiro e norte-americano é o tema do seminário que de-corre, a 17 de Maio, a partir das 18 horas, no Auditório 1 da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria. A entrada é livre. A organi-zação está a cargo da Escola Supe-rior de Educação e Ciências Sociais (IPL) e do Centro de Investigação Identidade(s) e Diversidade(s) (IPL). K

CoiMBra e Leiria CoM prÉMio

T Luís Neves, docente do Ins-tituto Politécnico de Leiria e os do-centes da iniciativa Energia para a Sustentabilidade da Universidade de Coimbra Luís Dias (FEUC), Carlos Henggeler Antunes (DEEC-FCTUC) e António Gomes Martins (DEEC-FCTUC) receberam o Prémio Isabel Themido na sessão de abertura do 15º Congresso da Sociedade Portu-guesa de Investigação Operacional (APDIO), no passado dia 18 de Abril.

O prémio Isabel Themido 2011, destinado a galardoar o melhor ar-tigo de Investigação Operacional publicado em 2009 ou 2010 por as-sociados da APDIO foi atribuído ao trabalho “Structuring an MCDA mo-del using SSM: A case study in Ener-gy Efficiency”, European Journal of Operational Research, Vol. 199, No. 3, 834-845, 2009. K

viana CoM Festa Da FaMÍLia

T Divertir-se em família, aju-dando as crianças, é o mote da acção conjunta que o Instituto Po-litécnico de Viana do Castelo, em parceria com a instituição Berço, organiza a 14 de Maio, com início às 15 horas, na Escola Superior de Edu-cação. “Cada instituição socialmen-te responsável deve estar atenta à comunidade onde se insere e ao meio onde actua” refere Rui Teixei-ra, presidente da instituição. “Trata-se de uma acção que integra uma das missões a que se propõe este Politécnico, enquanto instituição de ensino superior. É importante estar atento a organizações de solidarie-dade, contribuindo com acções do género que devem fazer parte in-tegrante da actuação de cada orga-nização socialmente responsável” defende ainda Nuno Brito, vice-Pre-sidente do Politécnico. K

ipL dá passaportenovas oportuniDaDes

6 José Ribeiro Vieira é o novo presidente do Conselho Geral do Instituto Politécnico de Leiria (IPL), eleito em reunião daquele Conselho no dia 29 de Abril de 2011. Empresário e Presidente da NERLEI, é natural de Cortes, Leiria. Engenheiro Electrotécnico (IST/UTL) é administrador da Movicor-

tes, empresa fundada em 1983, que detém a maioria do capital num grupo de empresas onde se incluem a Livraria Arquivo e a Jorlis (Jornal de Leiria). Filho de agricultores, mantém hoje uma expressiva actividade no sector da viticultura no Alentejo e em Cortes - Leiria

ribeiro veiga presideConseLho geraL Do ipL

6 Analisar e debater a expe-riência portuguesa na área dos Cursos de Especialização Tecnoló-gica (CET) e as suas perspectivas de evolução, é o principal objec-tivo da conferência “O Ensino Su-perior de Curta Duração: Os CET e o Futuro”, que se realiza no pró-ximo dia 17 de Junho, no Instituto Politécnico de Leiria (IPL).

Esta conferência pretende fazer um ponto de situação em termos nacionais e internacio-

nais sobre os CET e sobre mo-dalidades de formação similares, além de debater o impacto dos CET no panorama da formação profissional em Portugal. Tem ainda como objectivo reflectir sobre a importância desta tipolo-gia de formação no contexto das Instituições de Ensino Superior, conhecer experiências de diplo-mados e analisar as potenciali-dades de evolução dos CET para Short Cycle Higher.

Magda Kirsch da Agência Edu-Consulte e Sylvie Bonichon, Perita do Processo de Bolonha, ambas de Bruxelas fazem parte das in-dividualidades convidadas para esta conferência. A organização está a cargo do Centro de Inves-tigação em Políticas e Sistemas Educativos do IPL e do Centro de Formação para Cursos de Espe-cialização Tecnológica, unidade orgânica do Instituto responsável pelos CET. K

ipL discute os Cet e o Futuroensino superior De Curta Duração

Foi vereador da Câmara Mu-nicipal de Leiria entre 79 e 82, membro da Assembleia Municipal de Leiria entre 1985 e 1987, bem como mandatário distrital da re-candidatura do General Eanes à Presidência da República em 1980 e da candidatura de Cavaco Silva, em 1996, ao mesmo cargo. K

Page 12: Ensino Magazine 159

012 /// MAIO 2011

portal iMarketing lançadoportaLegre

6 A Escola Superior de Tecnolo-gia e Gestão, em Portalegre, acaba de ser palco de um evento organi-zado pelos alunos do curso de Ad-ministração de Publicidade e Marke-ting denominado por Cocktail dos Idiotas, que teve como objectivos principais a despedida dos alunos finalistas de Administração de Pu-blicidade e Marketing, que estão a concluir as suas licenciaturas, bem como a apresentação do novo portal de marketing desenvolvido por Naí-de Neves e Paulo Pintor, alunos do referido curso.

Participaram neste evento Sara Andrade e Máximo Borges, diploma-dos do curso de Administração de Publicidade e Marketing, onde con-taram os seus percursos pós ensino superior, elucidando os presentes dos desafios que se impõem aos jovens quando chegam ao mercado

politécnicos com ideias inovadoras

ConCurso naCionaL

6 Projetos para criar um ‘bio-pesticida’ de combate ao nemá-todo do pinheiro ou para produ-zir ‘pellets’ a partir de biomasssa contam-se entre os quatro me-lhores premiados em Coimbra no Concurso Regional de Ideias de Negócios.

O concurso distinguiu as qua-tro melhores ideias de negócios dos Institutos Politécnicos de Castelo Branco, Coimbra, Guarda e Viseu, atribuindo a cada uma destas equipas um prémio de 1.250 euros.

A iniciativa da Câmara do Comércio e Indústria do Centro (CCIC), Associação Nacional de Jovens Empresários e União das Associações Empresariais da Re-gião Norte distinguiu com o pri-meiro lugar, no Politécnico de Castelo Branco, uma ideia para integrar têxteis na construção de automóveis.

No Instituto Superior Politéc-nico da Guarda, o melhor projeto diz respeito a um produto (‘Cut ostomy’) para doentes ostomi-zados e em Viseu foi premiado o ‘BioPellets’, que visa produzir ‘pellets’ a partir de biomassa.

Já no Politécnico de Coimbra a melhor ideia de negócio é o ‘Agro&Biotec, solutions and trai-ning’, que visa desenvolver no-vos produtos biopesticidas (pes-ticidas de origem biológica) para controlo da traça da batata ou do nemátodo do pinheiro, entre ou-tros problemas.

O objetivo é desenvolver um produto “ecológico, amigo do ambiente, inócuo para a saúde humana e fácil de obter”, ex-plicou à agência Lusa Cristina

Galhardo, docente da Escola Su-perior Agrária de Coimbra, que integra esta equipa.

A este concurso regional de ideias concorreram 63 candidatu-ras de alunos dos quatro institu-tos politécnicos envolvidos, pro-motores de projetos de criação de empresas com características inovadoras e exequíveis, com ida-des compreendidas entre os 18 e os 35 anos.

Fomentar a elaboração de planos de negócios sólidos e con-sistentes, premiar ideias inova-doras, dar visibilidade aos seus resultados, envolver potenciais empreendedores, incubadoras de empresas, comunidade em-presarial, investigadores e inves-tidores, foram objetivos deste concurso, segundo uma nota de imprensa.

”Podem vir ter connosco. Te-mos um conjunto de instrumen-tos, de apoios, que vos podem ajudar a ultrapassar as dificul-dades e a encontrar caminhos e soluções para as vossas ideias, para elas se constituírem como empresas”, afirmou, na sessão, o presidente da CCIC, José Couto.

Numa sessão, que decorreu hoje no Museu da Água, foram anunciados também os premia-dos em segundo e terceiro lugar em cada um dos quatros institu-tos.

“Queremos estimular os jo-vens a serem inovadores e em-preendedores”, refere Nuno Nas-cimento, diretor geral da Câmara do Comércio e Indústria do Cen-tro. K

Este texto foi escrito ao abrigo do

novo Acordo Ortográfico _

Congresso em portalegreFaMÍLia, eDuCação e DesenvoLviMento

6 O I Congresso Internacio-nal - Família, Educação e Desen-volvimento no séc. XXI decorre a 3 e 4 de Junho, no Centro de Congressos da Câmara Municipal de Portalegre, numa organização conjunta da Escola Superior de Educação de Portalegre e o Cen-tro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais - Gru-po Saúde, Cultura e Desenvolvi-mento - Universidade Aberta.

Este congresso tem como objectivo reflectir e partilhar saberes e experiências que con-tribuam para o desenvolvimen-to científico e para a qualidade das práticas profissionais e das estratégias políticas. Visa tam-bém promover o intercâmbio de conhecimentos interdisciplinares entre profissionais provenientes de diferentes domínios do saber e do agir. Finalmente, pretende criar um espaço de debate in-

terdisciplinar e intercultural nas áreas da Família, Educação e De-senvolvimento.

A iniciativa destina-se a profissionais, investigadores e estudantes de diferentes domí-

nios, em particular, de Educação, Psicologia, Sociologia, Serviço social, Educação Social, Enfer-magem, Animação Sociocultural, Terapia da fala, Ocupacional e Fi-sioterapia. K

Publicidade

de trabalho.O portal iMarketing visa o es-

tabelecimento de uma ponte entre o curso de APM e a comunidade académica bem como com a comu-

nidade geral. O portal disponibiliza informações e curiosidades quer so-bre o mundo do marketing quer so-bre actualidade académica do Ins-tituto Politécnico de Portalegre. K

www.ensino.eu

Page 13: Ensino Magazine 159

MAIO 2011 /// 013

politécnico de tomar apoia projecto sos-azulejo

10 MuniCÍpios envoLviDos

6 Dez municípios de norte a sul do país vão transformar-se em ‘escolas de arte’ para os mais novos fazerem reconsti-tuições de azulejos furtados de praças e largos públicos, numa iniciativa do projeto SOS-Azulejo, a qual tem a parceria do Institu-to Politécnico de Tomar.

Este é um projeto da Escola de Polícia Judiciária, e além do IPT, tem a parceria da Associa-ção Nacional de Municípios Por-tugueses, do Instituto de Ges-tão do Património Arquitetónico (IGESPAR), PSP, GNR, e Rede Te-mática de Estudos de Azulejaria e Cerâmica João Miguel Santos Simões.

O programa tem por objetivo combater a delapidação de azu-lejos por furto, vandalismo ou falta de conservação.

Depois de iniciativas visando a proteção do azulejo, o projeto avança com esta ‘escola’ junto

de alunos do 1.º e 2.º ciclos do ensino básico.

Segundo informação disponi-bilizada pela organização, o ob-jetivo é “sensibilizar” os alunos para a importância dos azulejos enquanto património cultural.

Para que, por sua vez, sen-sibilizem toda a sociedade, os alunos vão reconstituir azulejos furtados para transmitir uma mensagem: “Urge conservar e proteger os azulejos: é inadiável que não deixemos danificar ou

Publicidade

roubar mais azulejos da nossa terra”.

A ação decorrerá em 20 es-colas e envolverá perto de mil participantes.

Crianças e outros participan-tes vão atapetar praças e painéis das suas escolas com cópias de azulejos furtados, aprender a pintar azulejos e outras técnicas de execução e ainda inaugurar os painéis executados.

Com estas atividades, a ini-ciativa SOS-Azulejo quer a de-núncia do problema de “furto, incúria e vandalismo” e a neces-sidade de valorização.

Os doze municípios envolvi-dos são Beja, Celorico de Bas-to, Faro, Figueira da Foz, Lagos, Miranda do Corvo, Oliveira de Azeméis, Palmela, Sintra, Porto, Trofa e Viseu. K

Este texto foi escrito ao abrigo do

novo Acordo Ortográfico _

toMar Faz aCorDoCoM o BrasiL

T O Instituto Politécnico de Tomar acaba de celebrar um acordo de cooperação com o Instituto Bioa-tlântica (IBio) do Rio de Janeiro que visa a colaboração em projectos, programas e actividades de gestão do território em Portugal, no Brasil ou em países terceiros.

O IBio é uma associação sem fins lucrativos que tem como objec-tivo a conservação da Mata Atlân-tica e ecossistemas associados, in-tegrando grandes empresas como a Conservação Internacional, Aracruz Celulose, Petrobras, Veracel Celu-lose, Nature Conservancy, Furnas Centrais Eléctricas, Cerning, Grupo Lorentzen, MPX Energia, Plantar e Usiminas. K

olhares – fotografia online H

Page 14: Ensino Magazine 159

014 /// MAIO 2011

www.ensino.eupublicidade

aluna de viseu ganhaBoLsa FuLBright

6 Daniela Maia, aluna do Curso de Licenciatura em Educação Básica da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viseu (IPV), foi uma das cinco candidatas nacio-nais selecionadas para o “Summer Institutes for European Student Le-aders” 2011, um programa do De-partamento de Estado dos Estados Unidos da América (EUA) destinado aos alunos do ensino superior que estejam a frequentar o 1º ou o 2º ano de licenciatura.

A aluna do IPV vai ser integrada num grupo restrito de estudantes europeus que vai frequentar um programa académico intensivo de cinco semanas nos EUA numa das quatro universidades participantes no programa. Vai frequentar o Insti-

ao sabor dos trópicosespeCtáCuLo eM viseu

6 O Instituto Politécnico de Viseu organizou, a 11 de Maio, um espectáculo lusófono deno-minado “Ao Sabor dos Trópicos, que decorre no âmbito das activi-dades desenvolvidas pelo Núcleo de Apoio ao Estudante Estrangei-ro do Espaço Lusófono, NAEL, a funcionar na esfera de influência do Departamento de Comunica-ção, Cultura e Relações Externas.

Com uma duração aproxima-da de duas horas, o espectácu-lo esteve estruturado em quatro partes distintas: Poesia e Prosa, Música, Teatro e Dança. O Tea-

tro da Academia assegurou as vertentes da Poesia e do Teatro, sendo que, ainda neste âmbito, esteve presente o grupo Viseu em Andamento, com uma pequena peça em crioulo. A Música este-ve a cargo de João Pedro Simões, finalista do concurso Operação Triunfo. A Prosa foi apresentada por um aluno angolano da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu. Para encerrar com cha-ve de ouro, a Dança foi apresen-tada por dois grupos de alunos oriundos de países do espaço lusófono. K

tute for 21st Century Education, no período compreendido entre 16 de Julho e 19 de Agosto. A Bolsa Fulbri-

ght financia na totalidade a partici-pação dos estudantes. K

joaquim amaral _

Cultura avieira em debateii Congresso naCionaL eM santarÉM

6 O II Congresso Nacional da Cultura Avieira decorre a 17 e 18 de Junho, na Escola Superior Agrária de Santarém, com a apresentação de quatro painéis temáticos de deba-te de ideias e de propostas para o desenvolvimento regional e para a apresentação da proposta de candi-datura da cultura Avieira a patrimó-nio nacional.

O dia 18 de Junho será dedicado ao conhecimento da cultura Aviei-ra e da Rota turística dos Avieiros. Neste dia realizar-se-á um passeio fluvial no Tejo, com visita às aldeias da Palhota e do Escaroupim, a que se seguirá um almoço no Polo Só-cio-Cultural de Benfica do Ribatejo, com gastronomia Aviera e com a apresentação de danças e cantares Avieiros, pelo Rancho Folclórico de Benfica do Ribatejo. Será também dado a conhecer o valioso espólio etnográfico daquele Polo cultural, que dignifica a região.

O II Congresso Nacional será continuado ao longo dos próximos meses de 2011, neles ocorrendo uma evocação de Alves Redol, de-dicado ao centenário do seu nasci-

mento, prevendo-se a reedição do seu romance “Avieiros”, pela Edio-rial Caminho, assim como uma ses-são temática dedicada à investiga-ção sobre os problemas do rio Tejo.

Neste contexto, serão também realizadas duas exposições temáti-cas – a primeira será dedicada ao rio Tejo e ocorrerá na Santa Casa da Misericórdia de Santarém a partir de 1 de Junho; e a segunda será uma exposição de pintura a óleo dedi-

cada aos Avieiros, do pintor José Manuel Soares, entre os dias 14 e 30 de Junho, em local a anunciar brevemente no programa definitivo.

Por fim ir-se-á organizar, tam-bém no contexto do II Congresso, mas no decurso de 2012, o 1º Festi-val Internacional de Cinema de San-tarém, dedicado aos rios e às po-pulações ribeirinhas, na perspectiva da sustentabilidade, com o lema “Povos&Rios”. K

projecto Cultura avieira H

agricultura é em santarémDe 4 a 12 De junho

6 O Centro Nacional de Expo-sições, em Santarém, realiza, de 4 a 12 de Junho, a 48ª Edição da Feira Nacional de Agricultura (58ª Feira do Ribatejo), que terá como tema central “A Floresta, no âm-bito das comemorações do Ano Internacional das Florestas.

Apesar da conjuntura econó-mica, a edição do Certame deste ano contará com uma maior área de maquinaria e maior número de expositores, o que demonstra a importância deste evento que, nos últimos anos, tem vindo a crescer e a consolidar-se, atrain-do cada vez mais visitantes e proporcionando aos profissionais do sector a realização de negó-cio.

A Feira Nacional de Agricul-tura destina-se não só aos agri-cultores, mas também a consu-midores que poderão provar e comprar produtos de qualidade. Durante os nove dias da FNA/FR irão decorrer vários seminários entre os quais se destacam: “Fu-turo da PAC”, “O Programa Leader no quadro da PAC pós 2013”, o

“Futuro dos Jovens Agricultores no Quadro da PAC pós 2013”, a “Valorização dos subprodutos da Fileira do Azeite”, “Florestas: al-terações aos apoios”, “Montado e Cortiça”.

Este evento nacional apre-senta ainda diversas iniciativas características do Ribatejo liga-das ao cavalo e ao touro; caso do Derby de Atrelagem e Jorna-das do Campeonato Nacional de Equitação (dias 4 e 5 de Junho), Escola de Toureio (dias 4, 9 e 12 de Junho), Prova de Condução de Cabrestos (dias 4 e 10 de Junho), VII Concurso Morfológico da Raça Charolesa (dia 5 de Junho), entre outros.

De destacar a realização este ano do 1º Concurso Nacional da Égua Afilhada da Raça Lusitana. No dia 8 de Junho decorrerá o XII Concurso Morfológico Nacional de Suínos da Raça Bísara. Também neste dia irão ter lugar as “Jor-nadas do Porco Bísaro”. No dia 10 de Junho realiza-se o XIV Concur-so Morfológico Nacional do “Por-co da Raça Alentejana”. K

Page 15: Ensino Magazine 159

MAIO 2011 /// 015

politécnico na ovibejainovação e eMpreenDeDorisMo

6 O Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) esteve uma vez mais presente na Ovibeja, que decorreu de 4 a 8 de Maio, no Parque de Feiras e Exposições de Beja. Sob o lema, “Qualidade, Empregabilidade, Inovação e Empreendedorismo”, o IPBeja deu a con-hecer na Grande Feira do Sul aquilo que de melhor se faz no Instituto Politécnico ao nível de inovação e empreendedorismo.

Durante os cinco dias do certame, o pa-vilhão do IPBeja serviu de montra para a di-vulgação de vários projectos de sucesso de antigos alunos, nomeadamente a empresa Paladares e Aventuras (curso de Turismo), que se dedica à organização de eventos, ca-tering e animação turística, a empresa Puff Power (curso de Artes Plásticas e Multimé-dia) – reutilização de lonas de publicidade para fabrico de puffs e malas –, o projecto gastronómico Pão com Bacalhau (curso de Engenharia Alimentar), que desenvolveu um pão saudável cujos principais ingredientes são o azeite e o bacalhau, e ainda a empresa de Publicidade e Marketing, Al Capote (curso de Educação e Comunicação Multimédia).

Para além destes projectos, o curso de Saúde Ambiental promoveu durante a fei-ra uma campanha de sensibilização sobre

Publicidade

posturas de trabalho e um flash mob, o Curso de Animação Sociocultural promoveu, durante vários dias, a “Hora do Conto” e os Jogos Tradicionais, os alunos de Artes Plásti-cas e Multimédia animaram um videoclip, Engenharia Civil e Engenharia Informática apresentaram os seus cursos no stand, o curso de Desporto levou a cabo várias ac-tividades desportivas e, por fim, os alunos da Licenciatura em Educação e Comunica-ção Multimédia realizaram uma reportagem televisiva no local.

No dia inaugural, 4 de Maio, o IPBeja realizou também, no auditório do NERBE, um seminário sobre “Investigação Aplicada ao Desenvolvimento Regional e Nacional: Projectos e Estudos realizados no IPBeja”, organizado pelo Centro de Transferência e Conhecimento, pelo Pró-presidente para a Investigação e Conhecimento, João Paulo Barros, e pelo Centro de Estudos e Desen-volvimento do IPBeja – Vasco da Gama.

Durante a feira, também não faltou a animação cultural. Pelo pavilhão do IPBeja passaram a Tuna Académica de Enferma-gem de Beja, a Tuna Académica Semper Te-sus, a Ma’ESTIG’ama Tuna, a Tuna Moça e a Tuna Feminina Universitária de Beja. K

turisMo De Beja eM retrospeCtiva no ipB

T O Instituto Politécnico de Beja (IP-Beja) vai receber no próximo dia 24 de Maio, às 17h30, o evento “Retrospectiva do Lazer e do Turismo em Beja no século XX”. A iniciativa, a ter lugar no auditório da Escola Superior Agrária (ESA), está in-serida nas comemorações do Centenário do Turismo em Portugal. K DorMir CoM históriasno poLitÉCniCo De Beja

T O Instituto Politécnico de Beja (IP-Beja) está a levar a cabo durante o mês de Maio a acção PromL “Dormir com Histórias”, uma iniciativa inserida no âm-bito da participação do IPBeja na Rede de Universidades Leitoras, a que pertence desde Novembro de 2010. A actividade consiste na leitura de histórias a crianças em situação de acolhimento temporário naquelas instituições, à hora de ador-mecer. Esta iniciativa tem como objec-tivo o desenvolvimento de competências na área das literacias nos estudantes do curso de Educação Básica, realizada em parceria com o Centro de Acolhimento Temporário “A Buganvília” e a Fundação Manuel Gerardo de Sousa e Castro e com o apoio do GAPP – Gabinete de Apoio Psi-co-Pedagógico do IPBeja. K

serviço soCiaLeM Beja

T A construção do Conhecimento em Serviço Social” é o nome do Seminário que o Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) vai receber, no dia 20 de Maio, no Auditório da Escola Superior de Educação. O evento foi organizado pela Comissão Técnico Cientí-fica e Pedagógica do Curso de Serviço So-cial da ESSE/IPBeja. Os objectivos do semi-nário passam por “Promover a partilha de experiências investigação em Serviço So-cial; reflectir e debater a formação, a inves-tigação e a intervenção em Serviço Social e contribuir para a construção do conhe-cimento em Serviço Social”, adianta a or-ganização. A iniciativa destinou-se a todos os alunos, docentes, assistentes sociais e outros profissionais da área. K

LaB uBineteM Beja

T O Lab UbiNET – “Segurança Informáti-ca e Cibercrime” do Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) organizou dia 12 de Maio, o IIº Simpósio de Segurança Informática e Ciber-crime – SimSIC 2011.

O eventodecorreu no Auditório dos Ser-viços Comuns do IPBeja e destinou-se a pro-fissionais de Segurança Informática, da Área Jurídica do Cibercrime, assim como a toda a comunidade académica. K

Page 16: Ensino Magazine 159

016 /// MAIO 2011

interioridades de um Colégio singularCoLÉgio Da torre Dona ChaMa

6 Falar de interioridade nos dias que cor-rem, debater assimetrias regionais, defender o desenvolvimento integrado das diversas áreas geográficas do nosso país, são aspectos chave de uma área temática interessante em termos de discussão política, mas é pouco tangível o impacto dessa discussão na realidade dos cidadãos que mais sentem a interioridade nos seus quotidianos.

Com o intuito de dar resposta a uma ne-cessidade premente de oferta educativa na pequena vila de Torre de Dona Chama, no distrito de Bragança, foi criado em 1977, o então Externato da Torre de Dona Chama, hoje Colégio da Torre Dona Chama. Teve, assim, iní-cio uma nobre missão de formar gerações e gerações de jovens, ao longo de mais de três décadas. Promovendo o Ensino e a Educação em níveis de ensino onde nenhuma institu-ição pública o fazia. Nada mudou até hoje. A interioridade continua a ser combatida por quem a vive. Na terra.

Vinte anos volvidos, em 1997, o colégio torna-se membro da Rede de Escolas Associa-das da UNESCO, por considerar fulcral o reforço de uma formação integral dos seus discentes, e a construção de uma escola voltada para um ideário de princípios e valores de promoção e

valorização do Ser Humano. Desde então, grandes partes das dinâmi-

cas do colégio estão ligadas aos projectos UNESCO. Estes projectos de cariz marcada-mente inter e transdisciplinar envolvem, nor-malmente, toda a comunidade escolar, facto que contribui, obviamente, para um ainda maior estreitamento de laços entre os seus membros.

Neste momento, os nossos alunos trabal-ham nas vertentes do Património Material e

Imaterial da sua região – Projecto Patrimónios em Rede – e dedicam-se à discussão da temática do Tráfico de Seres Humanos – Pro-jecto Quebrar o Silêncio. Estes dois projectos cumprem de forma extraordinária o objectivo da construção de cidadãos conscientes da sua cultura e do espólio do qual são herdeiros, na valorização de características culturais autóctones por um lado e; por outro lado, o objectivo da formação de pessoas conscien-tes dos valores fundamentais e inalienáveis

de qualquer Ser Humano, valorizado na sua existência, independentemente da sua ori-gem. A dimensão alargada dos vários países participantes nestes projectos, a uma escala transnacional, confere aos nossos discentes uma visão mais eclética do seu mundo e uma abertura de espírito que contrariam as limita-ções decorrentes da sua localização geográ-fica.

O desafio? Continuar a crescer. Abrir ainda mais as nossas portas a todos os que quei-ram integrar a nossa família escolar. Recusar a apatia, o pessimismo e o derrotismo. Usar a nossa tenacidade para vencer a interioridade que parece estar vaticinada como algo que irremediavelmente expulsa as pessoas mais jovens das suas origens.

O Colégio da Torre Dona Chama continuará a sua missão. K

Magda Borges _Coordenação do Projecto UNESCO

Publicidade

Page 17: Ensino Magazine 159

MAIO 2011 /// 017

pequenos passos de bebésueDe eM entrevista

6 Os Suede, que regressaram ao ativo em 2010 depois de sete anos de interreg-no, estão a trabalhar com “pequenos pas-sos de bebé” e é ainda uma incógnita se um novo álbum de originais pode advir da reunião do grupo.

“Estamos a dar pequenos passos de bebé e a tentar garantir que se mantém a singularidade (da banda), garantir que é um regresso fora do normal. Mas de mo-mento está tudo a correr bem”, revelou a banda em entrevista, no dia em que atuou na Queima das Fitas do Porto.

Para o vocalista Brett Anderson e o baixista Mat Osman, um eventual novo disco só surgirá se as canções fizerem justiça ao passado do grupo e forem “in-spiradoras” como têm sido os concertos de regresso, que têm surpreendido a banda na disparidade da audiência: “Temos miú-dos de 18 anos nos concertos e público da nossa idade também, na casa dos 40”, afiança Mat Osman.

Os Suede, que surgiram em 1989, atu-aram até ao momento em Portugal por oito vezes, tendo o primeiro concerto decorrido em 1997 e o último em 2003, ambas no Festival Sudoeste, o festival que a banda recorda com mais carinho das passagens

Milhares nas ruasQueiMa eM CoiMBra

6 Milhares de universitários percorre-ram, no passado dia 8, as ruas de Coimbra, entre a Alta e Baixa, celebrando a Quei-ma das Fitas da academia com um cortejo marcado pelas críticas à actual situação política, incluindo os problemas do ensino superior.

Concentrados durante várias horas entre a Faculdade de Letras da Universi-dade de Coimbra (UC) e o Largo D. Dinis, os primeiros carros começaram a andar pouco passava das 15:00, entre milhares de pessoas que se acotovelavam para par-ticiparem ou, pelo menos, assistirem aos festejos. Segundo a organização, houve umas centenas de carros alegóricos a in-tegrar o cortejo, o que corresponde a 2500 estudantes a participar dentro das viaturas enfeitadas com flores de papel com as co-res das faculdades e institutos. K

pelo país.“Guiámos durante quatro horas até

lá. Foi daqueles concertos em que pensa-mos que vai correr mal, sem saber para onde vamos, e depois chegamos ao local e há tendas por todo o lado e é como um

pequeno mundo alternativo”, recordou o baixista do grupo, destacando a atuação de 1997, onde partilharam o palco com nomes como Blur ou Marilyn Manson.

Depois do concerto na noite de 6 de maio, no Porto, o grupo atuou no sábado

seguinte num festival em Murcia, Espanha, e no final do mês tem agendados três con-certos em Londres, onde interpretará na íntegra os três primeiros discos de origi-nais – “Suede”, “Dog Man Star” e “Coming Up”, momentos que Brett Anderson ante-cipa como “especiais” e para os quais a banda tem ensaiado afincadamente.

“Temos de nos recordar do ambiente de cada álbum quando o tocarmos. Que-remos dar justiça às canções. Quando to-carmos o ‘Dog Man Star’, por exemplo, não estaremos aos saltos e aos gritos”, disse o icónico vocalista do grupo, recordando que este é um disco “mais intenso” e menos pop que, por exemplo, “Coming Up”, ainda hoje o disco comercialmente mais bem su-cedido do quinteto londrino.

O último álbum de originais da banda, “A New Morning”, data de 2002, um ano antes do grupo ter decidido separar-se.

A reunião do grupo, que teve o seu primeiro tomo num espetáculo “mágico” num evento de solidariedade, fez-se sem o guitarrista da formação original, Bernard Butler. K

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

Fotouniversia já começouConCurso

6 A segunda edição do concurso de fo-tografia do Universia (FotoUniversia), dirigido aos estudantes e professores das instituições de ensino superior, já arrancou e decorre até 15 de Julho. O FotoUniversia tem um cariz internacional, pelo que o concurso apresenta duas fases distintas, uma nacional e outra internacional onde participam os 23 países constituintes da rede Universia. A fase na-cional decorre até 15 de Julho em http://foto.

universia.pt e o tema é livre, podendo cada participante concorrer com um número ilimi-tado de fotografias. Na etapa nacional, as 20 fotografias mais votadas on-line serão poste-riormente avaliadas pelo júri, que elegerá as cinco melhores incluindo a fotografia vence-dora. Estas fotografias irão competir depois na fase internacional, a decorrer entre 6 e 27 de Outubro, com as fotos seleccionadas nos restantes 22 países. K

haja saúde na cidade!ipCB eM MoviMento

6 Uma mini maratona, uma marcha solidária contra o cancro da mama, e a realização de rastreios e exames gratuitos aos participantes, fazem parte do Programa Haja Saúde que a Associação de Estudantes da Escola Superior de Saúde do Instituto Po-litécnico de Castelo Branco realizou no pas-sado dia 15. Para o presidente do IPCB, Car-los Maia, esta é uma actividade importante

desenvolvida por jovens, o que “demonstra que esta geração tem muito valor”. Carlos Maia aproveitou a conferência de Imprensa para lembrar que durante o mês de Maio, o Instituto Politécnico tem em curso um con-junto de “iniciativas que vão desde a sema-na das engenharias, ao Infotec, passando ainda pelo mês do coração, ou pela feira na Escola Superior Agrária”. K

Page 18: Ensino Magazine 159

018 /// MAIO 2011

a escola pública e estado democráticoeDitoriaL

7 A democracia parlamentar e a escola de massas, que convergiu na escola pública, constituíram-se como dois dos grandes mitos ide-ológicos forjados no seio das mais avançadas sociedades industriais do século passado.

À primeira era conferida a missão de criar uma sociedade fra-terna, totalmente baseada na igual-dade dos cidadãos. Á segunda foi pedido que também ela se democ-ratizasse, abrindo as suas portas a todas as crianças e jovens que a quisessem frequentar.

São, ainda hoje, dois projectos de uma generosidade indiscutível e que, apesar das fragilidades com que muitas vezes se defrontam, não encontraram ainda melhor al-ternativa, no respeito pela liberdade de escolha e no pleno exercício da cidadania.

Porém, temos que admitir que a democracia parlamentar não impe-diu que a riqueza se concentrasse em cada vez menos mãos e que o fosso entre os mais ricos e os po-bres fosse cada vez maior. Como não conseguiu erradicar a maior das chagas sociais que nos envergonha:

a da exclusão social, que engrossa a fileira dos que têm fome, dos que não têm abrigo, dos que não têm direito à saúde e dos que viram ne-gado o direito a um trabalho.

E também temos que reconhec-er que a escola de massas, a verda-deira escola pública, ainda não con-seguiu que a igualdade do acesso se transformasse numa igualdade de sucesso; assim como tarda a que a escolaridade seja por todos vista como um valor de promoção social e de meritocracia.

O professor, que é simultanea-mente cidadão e educador, vê-se confrontado, nesta segunda déca-da do século XXI, com esse duplo dilema: o de ajudar a construir uma sociedade mais justa e o de erguer uma escola gratificante para quan-tos nela trabalham e nela se revêem: alunos, docentes, funcionários, pais e membros da comunidade local.

Confrontados entre o desejo de realizar cada vez mais e a míngua dos resultados alcançados, sentem frustrados e menorizados na sua profissionalidade. Sentem-se as-sim, não por incúria, mas porque são profissionais responsáveis e de

dedicação para lá dos limites do imaginável.

Mas sentem-se assim também porque tardam em perceber que o seu desencanto é a medida resul-tante de uma indirecta e subjectiva avaliação das políticas educativas e dos responsáveis da educação que as protagonizaram.

Os professores são intelectuais livres. É certo. Mas num aparelho de Estado centralizador, como o é o nosso, também são chamados a serem dóceis funcionários execu-tores de medidas de política educa-tiva, das quais por vezes discordam e para as quais só episodicamente são chamados a opinar.

Daí resulta um estranho equívo-co: muitos docentes assumem como derrota profissional a falência desta ou daquela medida de gov-erno. Entendem que foram o prob-lema, quando, de facto, os normati-vos burocrático-administrativos não os deixaram ir em busca da solução.

Se querem que os professores assumam, em plenitude, toda a re-sponsabilidade do que ocorre na es-cola, então revela-se indispensável que eles a si chamem a gestão in-

tegral dos destinos das instituições educativas. Não há responsabilidade total sem completa autonomia. Não deve ser exigida a prestação de con-tas a quem não foi autor dos objec-tivos a contratualizar e da missão a cumprir.

Por isso, antes de se julgar e avaliar os professores, antes de jul-gar e divulgar o ranking das escolas, urge avaliar e classificar as medi-das educativas que estes e aquelas foram obrigados a protagonizar, muita das vezes contra natura.

O Estado e as famílias demitem-se todos os dias de objectivos edu-cativos que só a eles deviam ser remetidos e dos quais contratual e socialmente se responsabilizaram.

Alguns jovens são levados a acreditar que a escola é terra de nin-guém. Onde a ética e a deontologia fica à porta da sala de aula e onde todo o individualismo exacerbado pode substituir o trabalho honesto e colaborativo.

Muitos professores são apanha-dos em curvas mais apertadas da sua profissão porque são induzidos a julgar que foram formados para serem exclusivamente gestores de

conflitos numa arena que, em al-gumas escolas, resvala o limite do bom senso e da decência.

O Estado e as famílias pedem à Escola que os substituam. E apon-tam o dedo acusador quando a máquina falha por excesso de carga profissional, emocional ou adminis-trativa.

Assim não! É que mais cedo do que a razão aconselharia talvez haja muitos professores que já tenham percebido que mais vale pronto re-cusar que falso prometer. K

joão ruivo [email protected]

www.ensino.eu

6 Os portugueses não são exi-gentes, os pais não exigem das escolas nem dos filhos e os estu-dantes não exigem de si próprios nem dos estabelecimentos de en-sino, defendeu o ex-ministro Edu-ardo Marçal Grilo.

O ex-ministro da Educação, que falava no seminário “Partici-pação dos Pais na Escola”, que decorreu, no passado dia 10, no Conselho Nacional de Educação (CNE), em Lisboa, afirmou que o povo português “protesta, mas não é verdadeiramente exigente nos locais próprios”.

“Os pais não são exigentes

em relação aos filhos, os pais e fi-lhos não são exigentes em relação à escola e não há exigência dos estudantes em relação a si pró-prios”, disse o atual administrador da Fundação Calouste Gulbenkian.

Marçal Grilo, como outros es-pecialistas que participam no se-minário, salientou a importância e necessidade de envolver os pais na vida da escola e dos alunos.

Apesar de reconhecer “a vida infernal de muitos pais”, Marçal Grilo não deixou de referir que “há muitos que não têm problemas de horários e não estão disponíveis” e, neste contexto, a escola “tem

um papel importante na mobiliza-ção dos pais”.

E, quando existem problemas, o diálogo continuado entre pais e professores é fundamental para enfrentar as situações, apontou.

Para o ex-ministro, “os exem-plos têm de vir de cima e pais e professores devem ser referência” para os mais jovens.

“Os professores têm de as-sumir-se como referência” para os alunos, disse ainda o espe-cialista. K

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

Falta exigência aos alunosex-Ministro eDuarDo MarçaL griLo aFirMa

expresso H

6 A Universidade Técnica de Lisboa (UTL) realiza, pela primei-ra vez, o ‘Verão na Técnica’, uma iniciativa destinada aos jovens dos 10º e 11º anos do Ensino Secundário que visa proporcio-nar-lhes a oportunidade de con-hecer e experimentar o ritmo e o espírito da vida académica. As actividades decorrem de 4 a 8 de Julho ou de 11 a 15 do mesmo mês. As inscrições nos program-as são limitadas e encontram-se abertas até 3 de Junho em http://www.tecnicajovem.utl.pt/.

A UTL preparou um conjunto de actividades que lhes permitirá descobrir as diferentes Esco-las da UTL, os cursos que estas oferecem, a investigação que ali se desenvolve e a ciência que se produz em benefício da so-ciedade. Durante uma semana, poderão tornar-se verdadeiros veterinários, agrónomos, econo-mistas/gestores, engenheiros, especialistas das ciências soci-

ais, politólogos, atletas ou arqui-tectos. Existem sete programas de uma semana à escolha numa das Escolas da UTL, com muitas actividades de carácter científico, lúdico e desportivo.

Os jovens poderão descobrir como tratar o seu animal de esti-mação, conhecer o hospital veter-inário, perceber como se produz aquilo que comem e conhecer os jardins da Tapada da Ajuda. Ou ainda como criar e gerir a sua fortuna pessoal! Poderão ainda ver como se constroem edifícios e pontes, fazer robots ou lançar foguetes, conhecer Lisboa e a sua multiculturalidade, aprender como se forma um atleta de alta competição ou visitar um ateliê de arquitectura.

A participação no Verão na Técnica tem um custo de 75 euros por participante sendo que se ne-cessitarem de alojamento acresce mais 75 euros, ficando num total de 150 euros. K

verão é na técnicautL organiza

Page 19: Ensino Magazine 159

MAIO 2011 /// 019

o factor família na hora de decidirpriMeira CoLuna

7 A entrada no ensino su-perior, a escolha do curso e da instituição certa, é um processo que deve merecer por parte dos alunos, e cada vez mais das fa-mílias, elevada ponderação. Hoje, mais que nunca, importa saber decidir, analisando os prós e os contras da opção a tomar.

A credibilidade e qualidade das instituições, as saídas pro-fissionais que os cursos podem conferir, a investigação desen-volvida pelas universidades e politécnicos, o meio envolvente e as infra-estruturas disponíveis (na sua globalidade, residências de estudantes incluídas), a pro-ximidade e a vertente económi-ca, são alguns dos factores que merecem ser avaliados. A estes juntar-se-á a vontade e o desejo do estudante.

Para que essa decisão seja acertada é importante que se co-nheçam as instituições de ensino. Em épocas de crise, as escolhas recaem cada vez mais nas famí-lias. São elas que vão suportar os custos de uma licenciatura que, se sabe, será apenas o primeiro passo para outro tipo de forma-ções pós-graduadas que acompa-nharão os alunos e diplomados uma grande parte das suas vidas.

O ensino não tem fronteiras e competitividade faz-se à esca-la global. Não há mais o empre-go para toda a vida. Nem o facto de se possuir um curso significa emprego, ou trabalho, imediato. Uma boa decisão, ou em muitos casos, a decisão possível, condi-cionará o futuro de quem vai en-trar no ensino superior.

Os factores atrás descritos,

aos quais naturalmente se pode-rão juntar outros, como a interna-cionalização das instituições (e, no caso concreto dos estudantes, a possibilidade de poderem vir a frequentar estabelecimentos de ensino superior estrangeiros), só podem ser avaliados com o conhecimento daquilo que são as universidades e politécnicos. Neste contexto o Ensino Magazi-ne tem desempenhado um papel importante. Durante todo o ano ligamos a escola à sociedade, in-formamos sobre as actividades desenvolvidas nas instituições de ensino superior portuguesas, es-panholas e dos Palop’s. A leitura atenta, em cada uma das edições do nosso jornal, permite que o leitor conheça um pouco mais cada uma delas, de uma forma isenta, objectiva e sem custos.

E se é bem verdade que os jo-vens estudantes são nativos digi-tais (nasceram e aprendem com as novas tecnologias), no caso das suas famílias nem sempre assim é. Em muitos casos nem poderemos falar em imigrantes digitais, pois a sua relação com as novas tecnologias é fraca.

Por isso, e atentos a esse fac-tor, o Ensino Magazine continua a aumentar o seu número de leitores na sua edição impressa, tendo vindo a reforçar a sua dis-tribuição nas escolas (de ensino básico, secundário e superior) e a participar activamente nos prin-cipais eventos de divulgação dos cursos (na Futurália, em Lisboa, na Qualific@, no Porto, e no Eno-ve+, em Elvas, foram distribuídos mais de 40 mil exemplares do nosso jornal). Lançámos ainda o

suplemento Ensino Jovem, o qual se destina a um público mais jo-vem.

Mas para os nativos digitais ou para aqueles que já domi-nam o mundo virtual, apostamos num portal na internet inovador (www.ensino.eu), actualizado ao minuto.

Deste modo, acreditamos es-tar a contribuir para que o futuro das novas gerações possa ser de-cidido em consciência, mas tam-bém em termos objectivos. K

joão Carrega [email protected]

Cartas desde la ilusión

CróniCa

7 Querido amigo:Ante todo, ya has visto que he

vuelto a comentarte algo sobre lo que mi mente está continuamente “en estado de alerta”: el proble-ma de la (des)motivación de los profesores. La razón de esta re-petición es mi constatación diaria del desánimo del profesorado en los centros educativos. Parece que los educadores deberíamos estar siempre en guerra contra algo o alguien que se nos antoja intangi-ble y que provoca la continuación de la lucha sin saber ni cómo, ni por qué, ni a dónde vamos a aca-bar… Reconocerás conmigo que los profesores necesitamos, pre-cisamente, lo contrario: tranquili-dad, serenidad, estado de ánimo equilibrado, ambiente de trabajo relajado… para poder conseguir aquello que creemos que nues-tros alumnos tienen que llegar a alcanzar: su nivel de competencia más alto posible.

La justificación de esta necesi-dad de los profesores es muy sim-ple: la comunidad de aprendizaje nos llevará a conseguir avances significativos en la adaptación de la enseñanza a los alumnos, ter-minada más rápidamente que en los centros educativos tradiciona-

les.Como puedes ver, el reto es

doble: por una parte, tenemos que adaptar nuestra enseñanza a los alumnos, y, por otra, tene-mos que conseguir que los “pro-gramas” finalicen con más éxito y más pronto que en los centros educativos tradicionales.

El primero de los retos, es de-cir, la adaptación del proceso de enseñanza/aprendizaje a nues-tros alumnos, supone un cambio radical de actitud. No podemos seguir dependiendo de los libros de texto, ni de la metodología del “profesor como transmisor de co-nocimientos”, ni de los exámenes de lápiz y papel al final del pe-ríodo de evaluación, ni del trabajo exclusivamente individualizado de los alumnos, ni del estableci-miento de normas disciplinarias ligadas a la sanción, ni del aisla-miento de los profesores en su actuación educativa, ni de la he-tero-motivación como motor único de la actividad de los alumnos… Es necesario, e imprescindible, un cambio radical que dé un vuelco a todo lo anterior y nos lleve a un enfoque auténtico y real sobre el desarrollo de las competencias de nuestros alumnos.

Ahora bien, mi pregunta, en este momento, es, asimismo, muy sencilla: “¿Somos y nos sentimos los profesores competentes para promover auténtica y realmen-te las competencias de nuestros alumnos? Esta pregunta sencilla implica, al menos, otras más que la explicitan y pueden guiar nues-tra reflexión: ¿Estamos preparados para ello? ¿Necesitamos más for-mación, o necesitamos una forma-ción “distinta”?

No voy a responder a estas preguntas, pero mi impresión al respecto es, más bien, pesimista, y acompañada de un agravante: no se ven “movimientos” en favor del cambio educativo en nuestra sociedad. Por eso sigo pensando que si no cambiamos a las per-sonas, difícilmente conseguire-mos hacer algo por el sistema educativo de nuestro país. Las leyes no cambian al mundo; son las personas las que cambian al mundo. Ésa es mi convicción y te invito a que reflexiones serena-mente sobre ello. Para ayudarte, te ofrezco este pequeño relato de Gabriel García Márquez que te es-cribo a continuación. Creo que es muy instructivo y nos puede hacer pensar.

Un científico, que vivía preocu-pado con los problemas del mun-do, estaba resuelto a encontrar los medios para aminorarlos. Pasaba días en su laboratorio en busca de respuestas para sus dudas.

Cierto día, su hijo de 7 años invadió su santuario decidido a ayudarlo a trabajar. El científico, nervioso por la interrupción, le pidió al niño que fuese a jugar a otro lado. Viendo que era imposi-ble sacarlo, el padre pensó en algo que pudiese darle con el objetivo de distraer su atención. De repen-te se encontró con una revista, en donde había un mapa con el mundo, justo lo que precisaba. Con unas tijeras recortó el mapa en varios pedazos y junto con un rollo de cinta se lo entregó a su hijo diciendo: como te gustan los puzzles, te voy a dar el mundo todo roto para que lo repares sin ayuda de nadie.

Entonces calculó que al pe-queño le llevaría 10 días com-poner el mapa, pero no fue así. Pasadas algunas horas, escuchó la voz del niño que lo llamaba cal-madamente.

- Papá, papá, ya hice todo, conseguí terminarlo.

Al principio el padre no creyó

en el niño. Pensó que sería im-posible que, a su edad hubiera conseguido recomponer un mapa que jamás había visto antes. Des-confiado, el científico levantó la vista de sus anotaciones con la certeza de que vería el trabajo digno de un niño. Para su sor-presa, el mapa estaba completo. Todos los trozos habían sido co-locados en sus debidos lugares.

¿Cómo era posible? ¿Cómo el niño había sido capaz?

De esta manera, el padre pre-guntó con asombro a su hijo:

- Hijito, tú no sabías cómo era el mundo, ¿cómo lo lograste?

- Papá, respondió el niño; yo no sabía cómo era el mundo, pero cuando sacaste el mapa de la revista para recortarlo, vi que del otro lado estaba la figura de un hombre. Así que di vuelta los recortes y comencé a recompo-ner al hombre, que sí sabía cómo era. “Cuando conseguí arreglar al hombre, di vuelta la hoja y vi que había arreglado al mundo”.

Como siempre, salud y felici-dad. K

juan a. Castro posada [email protected]

Page 20: Ensino Magazine 159

020 /// MAIO 2011

acciones afirmativas en la universidad

CróniCa saLaManCa

6 La revista “Plurais. Revista multidisciplinar da Universidade do Estado da Bahia-UNEB”, pu-blica en uno de sus números del año 2010 un monográfico muy sugerente que aborda el título “Universidade: açoes afirmati-vas e inclusao social”. Bajo esa cobertura ofrece al lector varios trabajos científicos sobre dife-rentes cuestiones relacionadas con el acceso y la presencia en la universidad y en la educación superior de afrodescendientes y población negra, india, mestiza, mulata y otras minorías étnicas. En especial se detiene en el aná-lisis de la población negra y sus éxitos (o fracasos) en el ámbito de la educación superior brasile-ña, muy acorde en esta ocasión con las condiciones demográficas particulares del Estado de Bahía, y la ciudad de Salvador de Bahía.

Las reformas constitucionales de principios del siglo XXI que se han producido en Brasil, concre-tadas en programas de acción social y educativa de profundo calado por medio de la actuación política de Lula y su gobierno, han hecho posible una considera-ble mejora social y educativa en el conjunto de la federación bra-sileña, beneficiando a millones de personas de todas las edades y condición social. Es este un re-conocimiento obvio al gobierno que todo el mundo pone sobre la mesa, sin discusión alguna. Es también una de las razones por las que el expresidente Lula va a ir mereciendo continuos aplausos y honores (por ejemplo, el Doc-torado Honoris Causa por parte de la Universidad de Salamanca, como hace poco ha aprobado su

Claustro de Doctores).Una de las consecuencias

visibles de este gran proyec-to socioeducativo renovador es la apreciación en el seno de las universidades de propuestas in-clusivas, y de apoyo a las llama-das acciones afirmativas. De esa forma, se trata de apoyar que algunos colectivos étnicos, secu-larmente excluidos de los bienes de la educación superior, tengan mejores oportunidades para lo-grar acceder y beneficiarse de lo que representan los saberes y las ciencias en la universidad. Nos parece un ejemplo decidido, y muy representativo.

Sin duda que es una expre-sión de la búsqueda de sentido contrahegemónico de las uni-versidades. Es decir, frente a las pautas y prácticas elitistas, do-minantes y hegemónicas que se han observado en las universida-des a lo largo de toda su historia, hasta nuestros días, y en todos los países del mundo, ahora en algunas universidades de Brasil se apuesta por otro modelo de universidad, aunque sea a con-tracorriente. Estas acciones afir-mativas reflejan las ausencias y negligencias sufridas por amplios sectores sociales, y en concreto determinados grupos étnicos y colectivos con identidad suficien-te. Es una manera diferente de compensar desigualdades, con-cediendo oportunidades en las universidades a quienes tengan condiciones suficientes, y estén en su derecho. Ya no cabe la ex-clusión sin más por razones de raza, de origen social, proceden-cia religiosa y otros.

Es evidente que este gran

proyecto de acciones afirmativas en la universidad choca de plano con la tendencia hoy dominante en el mundo. Las universidades consideradas como punteras (ante todo en la producción cien-tífica aplicada, y según los mis-mos baremos que ellas deciden establecer como canon mundial de evaluación), no destacan por la docencia de cada día, por la formación de sus alumnos, y sí por los avances que logran sus equipos de investigación en bio-medicina, química, aplicaciones tecnológicas, lo que les permite lograr reconocimientos tan des-tacados como los premios Nobel. Recordemos que estos premios sólo se conceden para algunas disciplinas, o campos del saber, pero no para otros (por ejemplo, en Pedagogía o Psicología, por poner un par de ejemplos, nun-ca podremos lograr un premio de esta clase, simplemente porque no se otorgan).

Pero esas llamadas univer-sidades punteras tampoco des-tacan por atender a conciencia otros programas de atención social, o formas de ayuda y se-lección de sus estudiantes e in-vestigadores del tipo que hoy comentamos, al referirnos a esas acciones afirmativas de las uni-versidades brasileñas, al menos de algunas de ellas.

Conviene llamar la atención de quien corresponda sobre el sentido no elitista y selectivo que debe caracterizar la educación su-perior de nuestro tiempo. Misión de la universidad es difundir co-nocimiento y saber a la sociedad, además de formar profesionales y crear novedades científicas. De

lo contrario volveremos a regre-sar a un modelo ultraselectivo y elitista de universidad del que pensábamos que ya casi no exis-tía. Pero no es así, más bien al contrario, en este pulso de reac-ción tecnocrática y neocapitalista que recorre como un fantasma todo el mundo, toda Europa, bus-cando la desactivación y destruc-ción de todo aquello que suene a proximidad, igualdad, derechos del hombre, espacios de libertad.

Frente a este reino de inte-reses terriblemente injustos que han organizado los banqueros y el capital, proyectos universi-tarios de acciones afirmativas como los de Brasil representan un aliento de esperanza, por pe-queño que sea. Otra universidad sigue siendo posible, para cada etapa histórica, cada país, cada sector social. Y ello nos ayuda a sentirnos más convencidos del significado constructivo de esas iniciativas de orientación afirma-tiva y democrática, y de una uni-versidad próxima a la sociedad a la que se debe. K

josé Maria hernández Díaz_ Universidad de Salamanca

[email protected]

Publicação Periódica nº 121611Dep. Legal nº 120847/98

Redacção, Edição, AdministraçãoAv. do Brasil, 4 R/C

Apartado 262Telef./Fax: 272324645

6000-909 Castelo [email protected]

Director FundadorJoão Ruivo [email protected]

DirectorJoão Carrega [email protected]

EditorVitor Tomé [email protected]

Editor GráficoRui Rodrigues [email protected]

Serviço Reconquista:Agostinho Dias, Vitor Serra, Júlio Cruz, Cristina Mota Saraiva, Artur Jorge, José Furtado e Lídia Barata

Serviço Rádio Condestável: António Reis, José Carlos Reis, Luís Biscaia, Carlos Ri-beiro, Manuel Fernandes e Hugo Rafael.

Guarda: Rui AgostinhoCovilhã: Marisa RibeiroViseu: Luis Costa/Cecília MatosPortalegre: Maria BatistaÉvora: Noémi Marujo [email protected]: Jorge Azevedo [email protected] Nuno Dias da SilvaParis: António NatárioAmsterdão: Marco van Eijk

EdiçãoRVJ - Editores, Lda.Jornal Reconquista

GrafismoRui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda.

SecretariadoEugénia SousaFrancisco Carrega

Relações PúblicasCarine Pires [email protected]

Colaboradores: Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Belo Gomes, Carlos Correia, Car-los Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Elsa Ligeiro, Ernesto Candeias Martins, Fernando Raposo, Flo-rinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mes-quita, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Felgueiras, José Carlos Moura, José Pires, José Pe-dro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Luis Souta, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Ma-ria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faus-tino, Ricardo Nunes, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évo-ra) e Valter Lemos

Contabilidade: Mário Rui Dias

Propriedade:RVJ - Editores Lda.NIF: 503932043Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social)Clube de Amigos/Assinantes: 15 Euros/AnoEmpresa Jornalistica n.º221610Av. do Brasil, 4 r/c Castelo BrancoEmail: [email protected]: 20.000 exemplaresImpressão: Jornal Reconquista - Zona In-dustrial - 6000 Castelo Branco

grupo mayores visita las tortugassaLaManCa

6 Dentro de una visita guiada a la Universidad de Salamanca or-ganizada por el Servicio de Asun-tos Sociales, un grupo de personas mayores de Zamora tuvo la opor-tunidad la semana pasada de con-ocer la Sala de Tortugas, situada en la Facultad de Ciencias.

Durante su visita a diversos edificios e instalaciones de la in-stitución académica salmantina, el grupo tuvo la oportunidad de conocer el Centro de Investigación

del Cáncer y la Biblioteca General Histórica, entre otros. Una de las visitas que más expectación des-pertó fue la realizada a la Sala de las Tortugas de la Facultad de Ciencias, donde los asistentes pudieron observar los restos fósiles de las tortugas Neochelys zamorensis y el pequeño cocodrilo Duerosuchus piscator, característi-cos y hasta ahora exclusivos de la provincia.

De la mano del director de

esta sala y profesor del Departa-mento de Geología Emiliano Jimé-nez, pudieron conocer las fasci-nantes historias sobre las tortugas que fueron cazadas por el gran cocodrilo Asiatosuchus, o sobre el Iberosuchus, el rey de las selvas que había en Salamanca y Zamora hace 40 millones de años.

El grupo de personas mayores que realizó esta visita pudo admi-rar la gran riqueza paleontológica de la región y muchos no descar-

taron realizar próximamente nue-vas visitas para poder disfrutar más tranquilamente de los valio-sos fósiles de esta sala.

La Sala de las Tortugas mues-tra la actividad paleontológica desarrollada desde 1965. Con-tiene importantes colecciones del grupo de vertebrados fósiles que da nombre a la sala, pero tam-bién de cocodrilos, perisodáctilos, artiodáctilos, primates, peces y fósiles indirectos. K

Page 21: Ensino Magazine 159

MAIO 2011 /// 021

o culto do insólitoarQuivo Morto

7 Rolando de Bacqlitte des-cendia, segundo a lenda familiar, de um espadachim gascão, com-panheiro de aventuras militares de Cyrano de Bergerac. Nada mais incerto, mas a existência de um exemplar de “O Outro Mun-do”, assinado, com dedicatória, pelo menestrel de nariz compri-do, servia de comprovativo, um pouco espúrio, diga-se, à alega-da amizade e antiga linhagem. De qualquer modo, o jovem re-bento de cepa minhota e gaule-sa, cedo evidenciou uma verve desbragada e um gosto imode-rado pelo insólito. Nascido na derradeira década do século XIX, teve na infância o seu primeiro contacto com as realidades não-cartesianas, através do convívio com uma trupe de zíngaros, que acampava anualmente na pro-priedade da família. Não se sabe ao certo a origem de tal benesse, mas rumores não confirmados, levam a crer que o patriarca do clã, avô de Rolando, tinha em grande estima o seu homólogo húngaro, de apelido Karposy.

A verdade é que, no peque-no e impressionável Rolando, a marca do convívio perdurou, de tal modo que, chegado à ado-

lescência, sem acne nem édipo, começou a frequentar os meios espiritualistas que faziam furor na então bem pensante socie-dade parisiense. Travou amizade com o doutor Encausse e outros próceres do meio ocultista, mas depressa se desenganou, prefe-rindo a companhia do belo sexo e a rambóia etílica.

Consta que viajou extensa-mente pelo Levante, em busca do fantasma de Gérard de Ner-val, seu herói literário e mentor. É certo que não passeou nenhu-ma lagosta pela trela, mas não desdenhou apresentar-se como domador de pulgas amestradas num “cabaret” do Cairo. Nas le-tras, um dos seus maiores feitos, nunca reconhecido, foi o de tra-duzir “Assim Falava Zaratustra” para esperanto. Também con-cebeu um dispositivo eléctrico-acústico, utilizado com liberali-dade e grande êxito, em sessões de mesa de pé-de-galo. Escapou intacto à carnificina das trinchei-ras, graças ao domínio da biloca-ção. Nas suas “Memórias Aquém Tumba”, relata diversos episódios horripilantes da guerra mundial. E numa das páginas mais pun-gentes, descreve como conheceu,

na terra-de-ninguém, numa noite de trovoada, um soldado lusita-no, o qual, veio a saber depois, era um seu primo distante, por parte da mãe. As horas sombrias passadas na lama, debaixo de fogo da metralha, e das ameaças constantes dos gazes teutónicos, fortaleceram nele o desejo de aprofundar os mistérios da con-dição humana. Findo o conflito, restabelecido da anemia e das nevroses da batalha, viajou para o Hindustão, aconselhado por um tal Larry, um americano que se dizia amigo do escritor inglês Somerset Maugham. Mais tarde descobriu que não passava de um embusteiro, mas a sugestão deu os seus frutos.

Nas referidas “Memórias”, conta-nos como foi acolhido por um faquir afegão, de quem reco-lheu numerosas técnicas do insó-lito. Tal encontro, se há acasos, havia de determinar o resto da sua existência, lançando-o numa carreira internacional de funâm-bulo prático. Muitos desses epi-sódios, segundo o especialista Hervé de Moulinsart, “não pas-sam de pastiches disfarçados” de velhas histórias, mas “nem por isso isentas de um certo en-

canto naif”, pontuados aqui e ali, “por um delicioso sentido de bouffonerie”. Mais tarde, Sèrge Groguevich, um dos mais entu-siastas divulgadores do “ psico-mentalismo”, misto de hipnose e calistenia visual, havia de reivin-dicar “as altas qualidades profilá-ticas” retiradas da leitura de “A Arte da Corda Bamba”, opúsculo sem data, policopiado, atribuído a Bacqlitte. Nada permite afirmar a sua autoria, embora um análi-se semântica empreendida pelo alfarrabista alsaciano Klaus von Bière, aponte no sentido da “con-sistência paradigmática”, e numa “segura implementação biónica”, ou seja, aquilo funcionava, mal-gré tout.

Contudo, a maior contribuição do malogrado Rolando, cifra-se na revitalização da indução de baixa voltagem, enquanto instrumento terapêutico. A sua proficiência, dizem os seus contemporâne-os, em numerosos testemunhos, era mais do que notável. Uma simples aplicação catapultava o receptor para um estado de estupor e, no mesmo movimen-to, devolvia-lhe uma acuidade impressionante. Segundo esses mesmos relatos, André Breton

terá sido um dos experimentado-res, embora o efeito, por razões desconhecidas ou não divulga-das, se tenha extraviado, dando origem a “uma fixação eclesiásti-ca”, daí o subsequente cognome de papa do surrealismo. Outro contemplado foi Antonin Artaud, com resultados ainda mais de-cepcionantes, sem esquecer o trágico destino do montanhista René Daumal, talvez devido à sua anterior dependência quími-ca. Por estas e por outras, o refe-rido método nunca foi publicitado ou impresso. Pesquisas recentes deixam supor a sua possível ori-gem egípcia, ou mesmo caldaica. Nunca o saberemos, hélas. O seu testamento nunca foi encontra-do, nem deixou continuadores. A perda deste notável pesquisador, em tão infausto e revoltante nau-frágio, deixou-nos a todos mais pobres. R.I.P.

( Notícia inserta na “Revista de Estudos Marítimos”, Brest, nº 9, vol. 99, ano de 1949). K

josé guardado Moreira _

em contramãoCróniCa

7 Vejo os telejornais, leio os jornais, à procura de notícias que me elucidem, que me eduquem quanto ao que ocorre de grave e injusto, sobretudo para aqueles que menos fizeram para que o país ande por aí de mão esten-dida, pedindo a quem não dá ou dá singelo por dobrado. Nada: não vejo nada, não oiço nada. Oiço fa-lar duma troika, como poderia ser duma dupla ou duma quadrilha. Mas é uma troika de três, o colec-tivo de sumidades que avaliam o estado em que nos deixou a outra troika, mas esta de partidos, que ao longo das últimas dezenas de anos se têm sentado à mesa do orçamento.

Querem estes convencer-nos agora que são eles os salvadores da pátria, quando na realidade

não passam de farinha do mesmo saco; vendilhões do templo dos tempos modernos.

Espanta-me depois quando leio notícias, artigos, crónicas assinadas, com opiniões cristãs, alertando para o perigo das lutas sociais, das acções de rua, das greves que, segundo estes, são prejudiciais aos mais desfavore-cidos. Perdoai-lhes senhor porque sabem o que dizem! O perigo não está no garrote que o capital finan-ceiro internacional, mais a ganân-cia capitalista, mais as empresas de rating, não, o perigo advirá se os trabalhadores se manifestarem com a sua luta, com a sua unida-de contra este estado de coisas, contra a fome e a miséria, contra a dependência do BCE e do FMI.

É claro que os ex-futuros mi-

seráveis governantes – digo-o com mágoa e cautela – tudo fizeram para que assim fosse, pavonean-do-se, mentindo, vendendo gato por lebre, fazendo pagar o justo pelo pecador. Mas hoje há por aí uns grifos (que me perdoem os bichinhos) a fazer crítica em con-tramão que, se nos distraímos, até parecem de esquerda. Na verdade, são do mais salazarento que há, querendo convencer que tudo se mede com a mesma bi-tola; que tudo a que assistimos se deve, não à cáfila de intrujões armados em democratas de longa data, mas ao Abril que conquis-támos em 74, que justamente se fez para por cobro a muito do mal que a maioria do povo volta hoje a enfrentar. Mais milhão, menos milhão de empréstimo, é desta

forma que, dizem, está a solução para a crise económica. Alguém pagará depois com língua de pal-mo. É a conclusão a que chego quando vejo os que nos condu-ziram em contramão até aqui de olhos fixos no rabo do adversário (adversário, para dizer um nome) e nas cadeiras do poder, acenando com intenções vagas de preocupa-ção social, destinadas ao lixo no dia seguinte às eleições.

Fartos de saber que a solu-ção para o desenvolvimento eco-nómico e social não passa por quem repentinamente se tornou amigo do povo português, mas outrossim com o apoio dos tra-balhadores portugueses, com o incentivo à produção nacional e consequente criação de emprego, nomeadamente para os jovens, e

com a implementação de políticas sociais que beneficiem os sectores da população que têm vindo a so-frer com o degradar das suas con-dições de vida, o desemprego e a ausência de medidas para comba-ter a corrupção e a acumulação de riqueza nas mãos de meia dúzia de figurões da praça. Na verdade, os que se perfilam como salvado-res da pátria, parecem sofrer de autismo e comportam-se como aquele condutor que circula em contramão mas vai comentando com indignação que são todos os outros condutores a conduzir fora de mão. K

joão de sousa teixeira [email protected]

Page 22: Ensino Magazine 159

022 /// MAIO 2011

7 João Tordo pertence à nova geração de escritores portugueses. Venceu o Prémio José Saramago em 2009, com o livro As Três Vidas. Conseguiu mais leitores, ganhou mais confiança mas não se deixou pressionar pelo peso do Prémio. No livro seguinte apostava numa estrutura narrativa completamente di-ferente. Começou no jornalismo, mas a ten-dência era para ficcionar as histórias. Tirou um curso de Escrita criativa nos Estados Uni-dos que acabou por ter menos importância do que a aprendizagem de vida na cidade de Nova Iorque. O seu quinto romance «incide sobre um acontecimento da história portu-guesa, em meados dos anos 50» e está qua-se terminado.

Desde o primeiro romance o Livro dos homens sem Luz (2004) até ao quarto ro-mance o Bom inverno (2010) houve algo que tenha mudado na sua maneira de escrever?

No meu primeiro romance ainda não sa-bia bem o que estava a fazer. Os primeiros romances servem, de certa maneira, para definir a voz do autor. Defini uma voz autoral mas, na maneira de escrever, tenho muda-do muito. O meu primeiro romance é muito mais negro, mais claustrofóbico. Tenho de certa maneira aligeirado um pouco no tom, mas também progredido no que diz respeito à narrativa. Hoje em dia sou muito mais se-guro a escrever. Há coisas que mudam, mas continuo a ser eu, continuam a ser os meus romances. Portanto, é mais o leitor que deve percepcionar isso e não eu.

o curso de Filosofia tem tido um contri-buto importante para a sua escrita?

Há coisas que recordo que aprendi duran-te o curso e vou usando nos meus romances. Quando quero fazer diálogos mais densos, metafísicos, por assim dizer, recorro ao que fui aprendendo durante o curso. As aulas eram muito particulares, dadas por um professor muito carismático. Quando os professores são bons os alunos também aprendem mais, ou fica-lhes mais na memória o que é ensinado nessas aulas. Mas confesso que hoje em dia não leio filosofia. Não é uma matéria que me interesse. Há romancistas que são mais filosó-ficos. Eu provavelmente serei menos.

viveu dois anos em nova iorque onde fez um curso de escrita criativa e trabalhou num bar. Como foi essa vivência americana?

Não foi inesperada. Quando fui para Nova Iorque já tinha vivido dois anos em Londres. São sociedades muito grandes e determina-das culturas aproximam-se. Embora os ame-ricanos sejam pessoas muito diferentes dos ingleses. Os ingleses são pessoas mais fecha-das. Nova Iorque foi uma experiência muito engraçada. Fui lá para tirar o curso e não sa-bia bem o que havia de esperar. Nunca tinha

frequentado um curso de escrita criativa. Foi numa época em que cá não havia todos estes cursos, faz para o ano dez anos. Quando fui estudar para Nova Iorque, queria mesmo ex-perimentar como seria fazer um curso desses.

o curso foi decisivo?

O curso acabou por ter menos impor-tância do que a minha vivência pela cidade. Trabalhei num restaurante, depois trabalhei num bar. Fui fazendo a minha vida um bo-cadinho à margem daquilo que se passava na Faculdade. E às tantas a faculdade dei-xou de me interessar. Interessava-me muito mais experienciar Nova Iorque do que pro-priamente fazer um curso. Sou europeu. Não sou americano. Os Estados Unidos têm essa desvantagem, para se viver nos Estados Uni-dos temos de nos tornar americanos. Isso é uma coisa que nunca quereria fazer. Foi uma experiência de aprendizagem de vida, muito mais do que uma aprendizagem académica.

a decisão de ser escritor é tomada em que capítulo da sua vida?

Não acho que tenha tanto decidido ser escritor como a escrita decidiu que eu tinha de ser dela. Pensava que ia fazer da minha vida o jornalismo. Percebi que não era um mau jornalista, mas também não era o me-lhor jornalista do mundo. Tinha a tendência para querer ficcionar as histórias que ia en-contrando. Quando isso acontece há ali um

chamamento que não é exactamente o cha-mamento do repórter. Comecei a trabalhar como jornalista tinha 21, ou 22 anos, e alguns anos depois percebi que a minha tendência natural, de facto, era ficção. Mas desde miúdo que era a ficção. Só estudei jornalismo porque não me sentia pronto para escrever ficção. A partir dos 25 anos, quando comecei a ter al-guma experiência de vida, é que percebi que não era aquilo o que queria fazer.

escrevia quando era criança?

Escrevia banda desenhada, pequenos contos. Nunca tive muito jeito para o dese-nho, mas lá me esforçava. Até aos 17, 18 anos, sim, escrevia muito. Depois tive uma época em que deixei de escrever ficção, jus-tamente porque não tinha material. Não ti-nha experiência de vida, não tinha mundo. Como um romancista precisa de ter mundo, esperei para poder lançar-me então à escrita.

Co-argumentou, com pedro Marta san-tos, amália, o filme. o que é que o levou a abraçar esse projecto?

Mais uma vez não fui eu que abracei esse projecto, foi o projecto que me abraçou a mim.(Risos). A minha vida tem sido um bocado na voz passiva. Foi o Manuel Fonse-ca, que na altura estava na Carvalho Filmes, que me desafiou. Eles já tinham o argumen-to escrito, chamaram-me para eu reescrever o argumento e dar algumas ideias. Com o

trabalho com Pedro Marta Santos acabamos por chegar a um guião final. É uma experi-ência que já tem uns anos, da qual guardo boas memórias, mas não é exactamente algo que me tenha marcado por ai além. Também fiz guionismo para outras coisas, séries de televisão, etc. O guionismo é uma coisa que gosto de fazer, mas é absolutamente profis-sional. Não tenho a paixão pelo guionismo que tenho pela escrita de romances.

na sua opinião, o que é que um romance precisa de ser para ser um bom romance?

Um bom romance é uma coisa que de-pende de pessoa para pessoa. Se gostamos de romances históricos, tem de ter muita história; se forem policiais, convém que te-nha polícias. No meu caso gosto de roman-ces que me coloquem a viver aquilo que o autor está a contar. Tenho alguma dificulda-de em ler romances que sejam demasiado cerebrais, que querem ser mais inteligentes do que o leitor. Gosto de romances que me ofereçam as melhores palavras possíveis para transmitir as melhores emoções possí-veis. É difícil definir um romance, mas seria mais ou menos isso, um romance que seja uma aventura lê-lo. Quando sentimos que estamos mergulhados numa aventura junto com o escritor, percebo que é um roman-ce que gosto. Agora se é bom ou não? Já li romances que as pessoas diziam que eram maus e eu gostei imenso, e vice-versa. Por-tanto, é difícil de definir.

enquanto escreve tem rotinas, rituais, ou alguma espécie de mania?

Não tenho mania nenhuma. Tenho aque-la obsessão saudável de quando começo um romance querer levá-lo até ao fim o mais de-pressa possível. Ter uma primeira versão para depois poder voltar ao princípio e reescrever tudo, que é o que eu faço. Não tenho rituais. Às vezes começo de manhã, outras vezes co-meço de tarde. Tento é manter um número de palavras razoável por dia, não escrever só um parágrafo. Escrever pelo menos duas páginas, três. Às vezes deixo parágrafos a meio para ser mais fácil retomar o raciocínio. Mas não tenho nenhum tique. Não tenho de estar num sítio ou noutro. Quando estou a escrever não penso no resto das coisas, estou muito con-centrado, ou “concentradíssimo” - como diria o Futre - naquilo que estou a fazer.

o seu romance “as três vidas” venceu o prémio josé saramago em 2009. um prémio traz liberdade ou pressiona o escritor?

Um prémio traz sobretudo mais leitores e isso é importante para o escritor. Passar de um número de leitores pequeno para muito mais leitores, por causa do prémio que cha-ma a atenção das pessoas. Com os leitores vamos ganhando também confiança. No prin-

o português descontraídojoão torDo eM entrevista

Direitos reservados H

Page 23: Ensino Magazine 159

MAIO 2011 /// 023

europa-aMÉriCa. O Milio-nário Preguiçoso, de Marc Fisher. E se para ter sucesso na vida não fosse necessário trabalhar com esforço? E se Leonardo da Vinci ti-vesse razão ao afirmar: «Os génios muitas vezes conseguem mais quando trabalham menos.» Esta é a teoria que Marc Fisher pretende comprovar com este livro.

CavaLo De Ferro. Union Atlantic, de Adam Haslett. Doug Fan-ning regressa a casa após cumprir serviço na marinha dos EUA, durante a guerra do Golfo. Decidido a mudar de vida depressa se torna um jovem banqueiro sem escrúpulos do Union Atlantic. Em véspera da grande cri-se financeira mundial os percurso de Doug e de Charlotte Graves, uma professora de História reformada, en-tram em colisão. Union Atlantic é o grande romance do crash da banca americana. K

howard jacobsongente e Livros

novidades LiteráriaseDições

7 «Bem se pode chamar a isto desproporcionalidade, pensou Tres-love, lembrando-se de algo que Finkler escrevera recentemente acerca de os judeus tirarem dois olhos por cada um que perdiam.(...)

Treslove olhou às sua volta, ad-mirado pelo diferente aspecto que a mesa de Libor tinha da altura em que Malkie era viva, ou mesmo em relação à última vez que ali jantara com Finkler. Havia tantos finklers naquela noite - apesar de não ha-ver Sam Finkler - , tantos alimentos que não reconhecia e tantas pes-soas idosas envolvidas num tipo de oração que nem sempre era fácil distingui-las da tagarelice ou do sono.

E logo a seguir, quando deu por si, estavam a perguntar-lhe, na sua qualidade de rebento masculi-no mais novo presente - Eu?, disse Treslove espantado - , se gostaria de recitar as quatro perguntas.

- Até gostaria, se fosse capaz - respondeu - Na verdade, há mui-to mais que quatro perguntas que gostava de fazer. Mas não sei ler hebreu».

In A Questão Finkler

Escritor britânico de origem ju-daica, Howard Jacobson nasceu a 25 de Agosto de 1942, em Manchester. Estudou literatura em Cambridge e mais tarde, a par da carreira de escritor, ensinou literatura inglesa. Durante três anos foi professor na Universidade de Sidney, antes de voltar para a Inglaterra onde leccio-nou no Wolverhampton Polytechnic e no Selwyn College. Colaborou com

a imprensa escrita e participou em programas televisivos do Canal Bri-tânico Channel 4.

Habituado a escrever sobre a questão judaica com humor é com o livro A Questão Finkler ( 2010) que vence o Man Booker Prize, - o maior prémio literário da língua inglesa – em 2010. A Questão Finkler (Porto Editora) é o primeiro livro do escri-tor com uma tradução portuguesa. O romance tem o mérito de ser dos poucos cuja tónica predominante é o humor a ser galardoado com o Man Booker Prize. Contudo o autor prefere chamar à literatura que faz «comédia séria», pois defende que «O Humor judeu cheira a sangue. É uma maneira de lidar com a desgra-ça mesmo antes de ela acontecer.». A Questão Finkler é um sucesso li-terário difícil de ignorar, a cópia em inglês já vendeu mais de 400 000 mil exemplares e será traduzido para mais de 23 línguas.

Howard Jacobson é autor de vários ensaios e 11 romances, no-meadamente: Coming From Behind (1983); Redback (1986); The Very Model of a Man (1992); No More Mister Nice Guy (1998); Who`s Sorry

Now (2002); The Making of Henry (2004); Kalooky Nights (2008); e The Act of Love (2008).

Ao ser considerado pela crítica como o «Philip Roth inglês» Jaco-bson respondeu que prefere ser conhecido como um «Jane Austen Judeu». Gosta de literatura inglesa, ensinou literatura inglesa e é como escritor inglês que se identifica.

a Questão Finkler. Julian Treslo-ve é um duplo de cinema na casa dos cinquenta anos, pai solteiro de dois filhos de mães diferentes, a atravessar uma crise de identida-de. Os melhores amigos de Treslove são Sam Finkler, o seu colega dos tempos de escola, viúvo e judeu; e Libor Sevcik um velho jornalista, também viúvo e judeu. Mas afinal o que falta a Treslove para ser feliz? Um grande amor que o conduza a uma condição trágica de viúvo, tal como os seus amigos? Falta-lhe so-bretudo ser judeu. Será nessa ob-sessão pelo judaísmo, - a Questão Finkler- que Treslove passa a viver os seus dias.K

página coordenada poreugénia sousa _

7 D. Quixote. Liberdade, de Jonathan Frazen. Patty Berglund é boa dona de casa, excelente mãe, vizinha preocupada; Walter Ber-glund é um advogado ambientalis-ta, homem de família dedicado. A partir da história de um casal tipi-camente americano, e do seu nú-cleo de relações próximas, surge o melhor retrato quotidiano da Amé-rica contemporânea. Primeiro com o romance Correcções e agora com Liberdade, Jonathan Frazen é o au-tor sensação do momento nos EUA.

ânCora. Das Sociedades Hu-manas às Sociedades Artificiais, de Porfírio Silva. Uma investigação em filosofia sobre as ciências do artifi-cial, que vão da Inteligência Artificial à Nova Robótica; e sobretudo sobre aquilo que a humanidade é capaz de fazer, com os meios disponíveis. Segundo as próprias palavras do au-tor, ele tem sido um “Filósofo entre Engenheiros”.

presença. Complexo - Uni-verso Paralelo, a História de Mário e Pedro Patrocínio, de Ricardo Mar-tins Pereira. Entre 2004 e 2007, dois irmãos portugueses filmaram numa das zonas mais violentas do Rio de Janeiro, o Complexo do Alemão. Eles assistiram a tiroteios, conviveram com traficantes de droga e armas e documentaram a miséria dos habi-tantes da favela. Este é o livro do documentário. Complexo – Universo Paralelo foi premiado em Hollywood com o Prémio Melhor Filme Interna-cional de Direitos Humanos no Arti-vist Film Festival.

esFera Dos Livros. Conspi-ração Octopus, de Daniel Estulin. Oc-topus é uma poderosa organização secreta a tentar recuperar os códigos das contas secretas onde escondeu muito dinheiro. Mas o presidente dos EUA também procura esse dinheiro para poder salvar a economia mun-dial. Daniel Estulin, autor do aclama-

do besteseller A Verdadeira História do Clube Bildeberg, lança-se com este livro na escrita de thrillers.

asa. Pequena Abelha, de Chris Cleave. Quando a Pequena Abelha, uma africana refugiada na Inglater-ra, consegue sair do centro de de-tenção para refugiados, tem como único contacto Sarah; Sarah é editora numa revista e está a tentar superar um luto recente: o suicídio do mari-do. Aparentemente tão diferentes, as duas mulheres são sobreviventes: A Pequena Abelha está à fugir à guerra no seu país e às memórias doloro-sas; Sarah às lembranças do casa-mento que terminou de forma trági-ca. A critica internacional rendeu-se a este livro.

Casa Das Letras. A História pelo Buraco da Fechadura, de José Jorge Letria. O livro reúne várias de-zenas de pequenas histórias, epi-sódios e factos curiosos que fazem parte da História nacional e interna-cional. Qual era a alcunha do poeta Luís Vaz Camões? Quem era a verda-deira «Dama das Camélias»? Qual o governante que declarou o chá mais poderoso que as armas? São alguns dos factos da História pelo Buraco da Fechadura.

cípio pressionou. Quando ganhei o prémio fiquei um pouco preocupa-do com o que iria escrever a seguir. Já sabia que o próximo livro ia ser mais olhado “O gajo ganhou o Pré-mio Saramago, agora vamos lá ver o que é ele escreve”. Para alguns críticos correu bem, para outros cor-reu pior. Não se pode agradar a toda a gente.

e para si como é que correu?

Para mim correu bem. Fiz exac-tamente aquilo que queria fazer, e não me deixei levar pelo “peso da coisa”. Podia ter escrito um roman-ce com a mesma estrutura do ante-rior, mas quis escrever algo comple-tamente diferente - e o que estou a escrever agora também é comple-tamente diferente. Embora tenham todos a mesma voz e personagens que vão passando de romance para romance. Percebe-se que é um ro-mance meu. No momento em que me despreocupei foi quando come-çou a correr melhor.

afirmou numa entrevista que não revisitava os seus livros e passo a citar: « estou submerso neles. en-tro neles como se fosse uma aven-tura que me está a acontecer.». É fácil separar-se de um livro quando o termina?

Quando estou a chegar ao fim quero é separar-me dele. São mui-tas páginas, muito trabalho, há cansaço. Depois quando o reescre-vo vou descobrindo várias coisas. É nesse novo combate com a lingua-gem que às vezes se encontram as soluções para os problemas. Não é difícil separar-me dele, mas, quan-do passa algum tempo, às vezes tenho saudades de estar nesse ro-mance. Mas as coisas têm de aca-bar. Os romances são como a vida: começam e acabam; pode-se ter saudades, mas não se pode voltar para o passado.

o seu próximo livro já tem títu-lo?

Tem alguns, mas não posso di-zer ainda. Isso é algo que só falo quando o livro já está na editora.

e pode falar um pouco do livro?

Não gosto de falar dos roman-ces antes de estarem mesmo aca-bados, tenho essa superstição. Mas posso dizer que é um romance que se passa em Portugal e incide sobre um acontecimento pequeno da his-tória portuguesa, em meados dos anos 50. K

texto: eugénia sousa _

Page 24: Ensino Magazine 159

024 /// MAIO 2011

templários invadem castelo eM CasteLo BranCo De 20 a 22 De Maio

3 Se nunca participou numa feira medieval, então tome nota e entre numa aventura divertida, onde os espectáculos e a gastro-nomia o fazem recuar a tempos do antigamente. Os Dias Templários de Castelo Branco têm data marcada para os dias 20, 21 e 22 de Maio, numa iniciativa que envolverá es-pectáculos de fogo, malabarismo, espadas, falcoaria e teatro, um mer-cado medieval, tavernas, gastrono-mia da época e um grande cortejo entre o centro da cidade e o castelo medieval da capital de distrito.

Por dia são esperados mais de seis mil visitantes e o objectivo é

piquillos recheados com novilho, Molho de tomate e Bica de azeite

prazeres Da Boa Mesa

3ingredientes p/ o recheio (5 pax):300 g de Novilho1 Cebola picada5 Dentes de alho1 dl de azeite2 dl de vinho branco1 Cenoura2 Tomates picados ou 1 dl de polpa de tomateQ.B. de sal e pimentaQ.B. de noz-moscada2 Folhas de louro

preparação do recheio:Refogar o alho picado, no azeite, juntar a cebola picada e o louro. Quando refogado adicionar a ce-noura cortada em pequenos cubos.Juntar a carne picada, mexer bem para que a carne fique solta. Adi-cionar o vinho branco, o tomate e os temperos. Deixar cozer lenta-mente mexendo regularmente para não pegar no fundo. Juntar o pão ralado até engrossar um pouco. No final rectificar os temperos e deixa-

se arrefecer.ingredientes p/ o Molho de tomate (5 pax):

400 g Tomate fresco 50 g de Bacon em cubos80g de Cebola50g de Manteiga50g de Cenoura 3 Dentes de Alho Q.B. Sal grosso Q.B. de Açúcar ou Mel 1 Pé de TomilhoQ.B de Pimenta preta

preparação:Puxar o bacon e a manteiga, cortar os legumes em pedaços e juntar ao puxado. Adicionar os dentes de alho esmagados. Refrescar com água e temperar. Deixar ferver e mexendo de vez em quando du-

rante 25 minutos. Triturar e pas-sar pelo chinês fino. Rectificar os temperos.

Publicidade

que a iniciativa constitua uma mar-ca turística de Castelo Branco.

Na cidade são muitos os atrac-tivos. Para além do castelo, poderá visitar o Jardim do Paço, o parque da cidade, a Sé Concatedral ou os museus Cargaleiro e Francisco Ta-vares Proença Júnior, por exemplo. Depois aproveite a área de restau-ração medieval que será instalada na zona do castelo, para degustar comidas e bebidas de outros tem-pos.

A organização pertence à Asso-ciação Cultural Outrem, à Associa-ção Comercial de Castelo Branco, à Ocreza Centro de Investigação e a

outros ingredientes:50g de Alho francês em Juliana fina50g de Cenoura em Juliana finaQ.B. de Azeite para fritarQ.B Bica de AzeiteQ.B. de Maisena15 Pimentos de Piquillo em con-serva

preparação:Rechear os piquillos com a carne. Levar ao forno. Cortar a bica e fri-tar em azeite. Passar as julianas

RVJ - Editores (proprietária do Ensi-no Magazine).

A iniciativa tem os altos patrocí-nios da Câmara de Castelo Branco e do Instituto Português da Juventu-de, e os apoios do Ensino Magazine, Edutopia, e Reconquista. Garantidas estão as presenças das escolas da cidade, as quais participarão com os seus alunos e várias actividades.

Todas as actividades decorrerão no castelo da cidade e na sua zona medieval. A entrada é gratuita e no sábado será realizado um grande desfile, a partir do centro da cidade até ao castelo, com centenas de fi-gurantes vestidos a rigor. K

pela maisena e levar a fritar. K

Chef Mário rui ramos _Chef Executivo

Ô Hotels & Resorts - Termal de Monfortinho

Cartoon: Bruno Janeca HArgumento: Dinis Gardete _

Page 25: Ensino Magazine 159

MAIO 2011 /// 025

sou do FadopeLa oBjeCtiva De j. vasCo

3 No Dia Mundial da Dança fomos ao Olga Cadaval, em Sintra, ver o novo trabalho da Companhia de Dança Contemporânea de Sintra “Sou do Fado” que aproveita para revisitar e promover o “espólio de fados, fazendo jus a outras formas de cantar e sentir (…)”. Com a direcção artística a cargo de Lucília Baleixo, é mais que um espectáculo de dança, já que conta com música ao vivo (guitarras acústicas, viola, percussão e acordeão) e com Lara Afonso na voz. K

press Das Coisas

Loewe inDiviDuaL 3D

3 Na linha dos televisores 3D a Loewe apresen-tou a sua proposta. O Loewe Individual 3 D tem 40” de diagonal de ecrã, retroiluminaçao LED, sistema de processamento de imagem a 400 Hz, reprodução Full HD e de vídeo 3D, neste caso associado à utilização dos óculos Loewe Active Glasses 3D. À semelhança de outras proposta da série individual, o modelo pode ser personalizado com módulos e acabamen-tos, que podem ir desde os módulos com colunas, subwoofers, unidades DVR, ou sistemas para acesso a Internet. Os acabamentos dos painéis laterais tam-bém são opcionais e podem ser cromados espelha-dos ou de cor.

O preço base é de aproximadamente 4200 euros. K

saMsung nexus s

3 Com o lema Connect&Explore a Sam-sung já apresentou o seu smartphone Nexus S. O Nexus S é o primeiro telemóvel com a mais recente versão do Android, o 2.3, ou Gin-gerbread. Tem ecrã de 4”, resolução WVGA, 16 GB de memória, câmara traseira de 5 MP e câmara frontal com resolução VGA. O peso é de 129 gramas.

O contour display é curvado para melhor se adaptar ao rosto do utilizador. K

avriL Lavigne - gooDBye LuLLaBy

3 O single “What the well” edita-do bem no início deste ano de 2011 foi o cartão-de-visita para o novo álbum da carreira de Avril Lavigne.

A jovem Canadiana está de volta com “Goodbye lullaby”.Trata-se do quar-to disco de estúdio da cantora e chegou às lojas no início do mês de Março. Foi em 2002 com o tema “Complicated” que ficámos a conhecer a voz de Avril Lavigne, na altura tinha apenas 19 anos. O novo “Goodbye lullaby” foi produzido por Max Martin e contou com as colaborações de Butch Walker, Detyck e Evan Taubenfeld. A sonoridade das novas canções continuam a utilizar a mesma identidade de cariz rock com algumas baladas pelo meio. Nota-se, sobre-tudo nas letras, uma tentativa de mostrar maturidade e de colocar para segundo plano o seu lado mais rebelde. Este trabalho é francamente melhor que o seu antecessor, as novas composições estão melhor conseguidas e os singles provavelmente vão ter mais sucesso. A fechar o alinhamento do cd, surge como bónus o tema “Alice”, da banda sonora do filme Alice no País das Maravilhas, que foi editado já é 2010. Destaque para o single “What the well” e as faixas “Push”, “Stop standing there” e “Everybody hurts”.

Esperamos que Avril Lavigne coloque Portugal na lista de actuações na tour de promoção do novo trabalho! K

r.e.M. - CoLLapse into now

3 Os veteranos R.E.M. lançaram nes-te o seu 15º álbum de estúdio, que rece-beu o título de “Collapse into now”. Antes da edição do registo foram revelados dois singles: primeiro foi “Discoverer” e algu-mas semana depois foi o tema “ÜBerlin”, que continua a ser o single corrente.

O primeiro tema revelado é franca-mente mau, a sonoridade não é apelativa e a letra é mediana, mas o segundo tema é bem diferente. “ÜBerlin” é um tema com outra dinâmica, dentro do espí-rito rock vibrante a que a banda nos tem habituado. Destaque para o naipe de convidados especiais deste “Collapse into now”, Patty Smith, Peaches e Eddie Vedder, o vocalista dos Pearl Jam, dão a voz em alguns temas. Feliz-mente não se trata de um trabalho de continuidade, o espírito deste trio liderado por Michael Spite demonstra um rejuvenescimento vigoroso, que procura explorar o melhor das suas raízes rock. Apesar de ficarem longe da qualidade de temas como “Losing my religion”, que consagrou a banda no início dos anos 90, neste trabalho as novas composições tentam fazer uma nova abordagem dentro do rock, com letras que falam da actualidade, deixando até com recados para o Presidente Obama. Os temas fortes do álbum são o single “ÜBerlin” e os temas “Oh my heart”, “It hapened today” e “That someone is you”.

Os R.E.M. já passaram a barreira das três décadas de carreira e continu-am em grande forma! K

Cut Copy - zonosCope

3 Mais uma novidade que nos che-ga das terras dos cangurus, bomerangs, e de muito outras coisas interessantes, “Zonoscope” é o novo trabalho da dupla Australiana Cut Copy.

Foi em 2008 que esta dupla ficou conhecida através do tema “Lights and music” que fazia parte do seu primeiro trabalho. Antes da edição do registo fo-ram conhecidos dois singles, ainda em 2010 saiu “Take me over” e mais recentemente foi editado o fantástico “Need you now” que tem conquistado o lugar cativo no cenário radiofónico. É fantástica a evolução criativa desta dupla que muito recentemente visitou o nosso País, e é bem perceptível a ambição e vontade de surpreender até as vozes mais críticas. Os Cut Copy utilizam uma mistura de sonoridades influenciada pelos sons dos anos oitenta, numa toada suave de dança, as suas batidas são bastante melódicas e bem conseguidas. Em alguns temas á uma incursão no universo pop recriando um ambiente sonoro intimista em que os sintetizadores ficam em segundo plano. Trata-se de música de dança servida em doses mais suaves, sem utilizarem as batidas tradicio-nais da vertente comercial da música de dança. Em relação aos melhores temas de “Zonoscope” destaque para os singles “Take me over”, “Need you now” e as faixas “Where im going”, this is all weve got”, e” Hanging onto every heartbeat”. Apresentamos uma interessante proposta para a Prima-vera 2011! K hugo rafael _

MúsiCa

Page 26: Ensino Magazine 159

026 /// MAIO 2011

Clássicos ibéricos estão de voltaMotor

c O Classic Clube de Portu-gal, iniciou a preparação das já tradicionais 24 HORAS de Portugal, prova que levará de novo os apai-xonados pelos Ralis Históricos, às competitivas estradas da Beira In-terior, num percurso dividido en-tre Castelo Branco e a Sertã, para o qual não se esperam grandes facilidades…

Com a edição de 2010 a supe-rar todas as expectativas mais op-timistas, principalmente porque a quantidade de participantes foi realmente fantástica, não restava ao Classic Clube mais do que ten-tar pelo menos repetir o êxito al-cançado, ambicionando claramen-te um “upgrade” geral de um rali, que já tinha merecido os elogios da generalidade dos participantes.

A edição de 2011, vai de novo dividir-se entre os municípios de Castelo Branco e da Sertã, estando marcada para os dias 5 e 6 de No-vembro. Uma prova dividida em três etapas; Castelo Branco / Ser-tã, Sertã / Castelo Branco e, final-mente um último percurso com partida e chegada a Castelo Bran-co, antes da consagração final dos vencedores, na cidade capital da Beira Interior.

O programa geral da prova já

está disponível e pode ser consul-tado em www.classicclube.com, tal como todas as outras informa-ções complementares, incluindo dentro em breve o Boletim de Ins-crição para a prova que abrem no dia 26 de Agosto e encerram a 26 de Outubro.

As 24 HORAS de Portugal 2011,

contam para o Troféu Nacional de Ralis de Regularidade, a Challenge Ibérica 2011 e o 3º Campeonato Extremenho de Regularidad, sen-do por isso uma prova de caracte-rísticas internacionais, que deverá ainda evoluir mais neste sentido, já na edição de 2012.

Como sempre o Classic Clu-

be garantiu a contribuição de muitos patrocinadores apoios e partners técnicos para a prova, o que permite garantir um alto ní-vel de qualidade organizativa aos participantes, que ainda terão no final a justa recompensa para os seus esforços, já que os prémios para os cinco primeiros da geral,

os vencedores da última edição

etaproni Contra a vioLênCia

T Os alunos do primeiro e terceiro ano do Curso de Animador Sociocultural e do Curso de Trata-dor e Desbastador de Equinos da Escola Profissional de Nisa parti-ciparam este mês uma iniciativa de alunos da EB 2/3 S. Prof. Men-des dos Remédios subordinado ao tema: sexualidade e violência no namoro. Neste espaço de forma-ção foi possível expor e debater a sexualidade, nas suas múltiplas dimensões, assim como proble-máticas que lhe estão associadas, tais como a violência e as doenças sexualmente transmissíveis. K

aFonso De paiva nos triLhos De C. BranCo…

T Setenta e seis equipasda Escola Afonso de Paiva, em Cas-telo Branco, participaram, a 4 de Maio, numa actividade de foto-pa-per. A iniciativa terminou no Par-que da Cidade, onde as equipas

ainda tiveram que dar voz a letras, entoando cantigas e finalizando a prova com jogos tradicionais no interior do parque. As fotografias e a prova escrita submetidas a concurso serão classificadas se-gundo os seguintes parâmetros: resposta correcta aos desafios apresentados, criatividade e quali-dade técnica. Carla Nunes K

Lightning taLks no estoriL

T A Escola Superior de Hote-laria e Turismo do Estoril vai or-ganizar a primeira edição de um ciclo de palestras que tem como foco o empreendedorismo em ani-mação turística.

Para tal conta com a partici-pação de seis empresários da re-gião que abarcam diferentes áre-as da animação turística: António Malvar (Ciclonatur), José Dias (Cultideias), Laura Quiroga (Ki-tesurf Adventures), Miguel Con-deço (CooltourLx), Rui Pissarra (Odisseias) e Sofia Fonseca (Fuga Perfeita). K

6 Vinte e quatro alunos do 1º ciclo do ensino básico do Agru-pamento de Escolas Cidade de Castelo Branco receberam, na sua sala de aula, uma casa ecológica em miniatura. A iniciativa pos-sibilitou às crianças adquirirem conceitos de eficiência energéti-ca. Durante 45 minutos os alunos participaram numa aula diferen-te, onde aprenderam as várias formas de poupar energia nas suas casas. A aula foi leccionada, no âmbito do projecto U4energy, pelas docentes Florinda Baptista e Teresa Condeixa, do Clube de Ciências do Agrupamento. O pro-jecto U4energy é uma iniciativa da Comissão Europeia, financiado através do programa Energia Inte-ligente Europa.

A Casa Ecológica foi constru-ída pelo Clube de Ciências do Agrupamento, com a colaboração de professores e funcionários

da escola. Constitui uma réplica de uma casa real, em escala re-duzida, onde são também apre-sentados todos os equipamentos

e mobiliário que compõem uma habitação, com a particularidade de todos eles fomentarem a efici-ência energética. K

Casa ecológica na escolaCrianças expLoraM

são peças únicas de grande valor, produzidas pela Torres Joalheiros, que desde a primeira hora está presente nesta organização.

A partir desta altura todos os interessados têm á sua disposição toda a estrutura do Classic Clube para informações acerca da prova e dentro em breve iremos divul-gando mais alguns detalhes sobre a mesma, á medida que esta vá sendo definida.

Até lá, tal como nós vá-se pre-parando e à sua máquina, pois as 24 HORAS de Portugal já começa-ram! K

paulo almeida _ Direitos reservados H

Page 27: Ensino Magazine 159

MAIO 2011 /// 027

Page 28: Ensino Magazine 159

028 /// MAIO 2011