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ENG.º ANTONIO VICTORINO AVILA, MSc. Custos & Precificação Cap~13~14.doc 160 Antonio Victorino Avila Eng.º Civil, MSc. UNISUL - SENAI Curso de Engenharia de Produção - Tecnólogo Versão – 2.1 Florianópolis - SC 2009

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ENG.º ANTONIO VICTORINO AVILA, MSc. Custos & Precificação

Cap~13~14.doc 1⇒60

Antonio Victorino Avila Eng.º Civil, MSc.

UNISUL - SENAI Curso de Engenharia de Produção - Tecnólogo

Versão – 2.1 Florianópolis - SC

2009

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Apostilha de Custos Industriais

O objetivo desta apostilha é contribuir para que o aluno disponha, antecipadamente, do conteúdo a ser ministrado em sala de aula. Deste modo, tem condições de conhecer, acompanhar a evolução do programa e discutir a matéria durante a sua apresentação. É intenção do autor evitar que o aluno copie conteúdo ou teoria apresentada em quadro negro. Assim sendo, ao findar o curso, o aluno disporá de uma expressão documental contínua e coerente com o que foi discutido, apresentado ou resolvido durante as aulas. Ela não dispensa a consulta e o estudo da bibliografia em referência ou complementar, pois representa simples notas de aula, resumo do conteúdo tratado. O autor recomenda ao aluno resolver os exercícios constantes da apostilha e, refazer, aqueles resolvidos em sala de aula visando a adequada fixação do conteúdo discutido. Florianópolis, janeiro de 2009.

Engenheiro Civil Antonio Victorino Avila, MSc. Versão 2.1*

Copyright do Autor

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Índice

13 - Tributos 4

13.1 – Tipos de Tributos 4 13.2 – Calculo do Tributo e Base de Cálculo 5

13.2.1 – Sistema de enquadramento tributário. 5 13.2.2 – Ramo da Empresa 6 13.2.3 – Base de Calculo do Tributo 6 13.2.4 – Regimes de tributação 7

13.3 – Calculo do tributo. 10 13.4 – Regime do Lucro Real. 10 13.5 – Imposto sobre serviços – ISS. 11 13.6 – O Imposto de Renda. 12 13.7 – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL. 13

13.7.1 – Conceitos e alíquotas 14 13.7.2 – Exercícios de aplicação 15

13.8– COFINS e PIS-PASEP 15 13.8.1 - Regime de incidência cumulativa 16 13.8.2 - Regime de incidência não-cumulativa 16

13.9– O IPI. 16 13.10 – O ICMS. 19

13.10.1 – Do Imposto 19 13.10.2 – Exemplo 21

13.11 – O Lucro Presumido 21 13.11.1 - Percentuais de presunção. 22 13.11.2 - Base de Cálculo com Percentual Favorecido 23 13.11.3 - Conceito de Receita Bruta 24 13.11.4 - Valores Integrantes da Base de Cálculo 24 13.11.5 - Receitas Tributadas na Fonte 26 13.11.6 – Exemplos de Aplicação. 28

13.12 – O Simples Nacional. 31

13.12.1 – Definições. 31 13.12.2 – Calculo do Tributo 32 13.12.3 – Exemplo 33

13.13 – Da Incorporação de Edifícios. 33 13.14 – Construção Civil 33

13.14.1- Composição dos tributos sobre o faturamento. 33 13.14.2 - Análise de Sensibilidade 34

13.15 – Exercícios propostos 38

14 - Encargos Sociais e Trabalhistas. 40

14.1 - Introdução 40 14.2 – Cálculo dos Encargos. 40

14.2.1 – Os Tipos de Encargos 40 14.2.2 – Metodologia. 41 14.2.3 - Horas normais e extraordinárias 41 14.2.4 – Índice de Encargos. 43

14.3 – Definição dos Encargos 44 14.3.1 - Contribuição ao INSS 44 14.3.2 - Encargos Previdenciários Básicos. 44 14.3.3 – Descanso Semanal Remunerado - DSR. 45 14.3.4 - Auxílio-doença. 46 14.3.5 - Encargos mensais sobre 13º Salário. 46 14.3.6 - Encargo mensal sobre Férias. 47 14.3.7 - Reincidência de Encargos Previdenciários. 47 14.3.8 - Multa FGTS – Rescisão sem justa causa 48 14.3.9 – Aviso Prévio Indenizado. 48 14.3.10 - Adicional de Periculosidade. 49 14.3.11 - Adicional da insalubridade. 49 14.3.11 - Salário Família. 50

14.4 – Exemplos de calculo de encargos 51 14.5 – Exercícios 52

14.5.1 – Salário Bruto. 52 14.5.2 – Custo de trabalhador. 52

Referências Bibliográficas. 56

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13 - Tributos. O objetivo deste capítulo é contribuir para que o interessado possa avaliar o impacto dos tributos na composição do custo de produtos e serviços, com decorrência direta na formação dos seus preços. Seu conteúdo abrangerá, apenas, conceitos gerais, os tributos mais comumente utilizados na indústria, no comercio e em serviços, especialmente na construção civil, bem como os regimes de tributação instituídos pela legislação fiscal. Por fugirem do escopo do trabalho, não serão abordadas especificidades da legislação, tais como: isenções tributárias; benefícios fiscais; regimes tributários especiais; etc. Foge da pretensão do autor esgotar o assunto, já que este não é um curso versado em tributação ou direito tributário. Mas, simplesmente, permitir ao interessado avaliar a influencia dos tributos na composição de custos e realizar uma adequada orçamentação de preços. Assim sendo, recomenda-se ao interessado em se aprofundar na matéria, pesquisar e estudar, principalmente, a legislação pertinente. 13.1 – Tipos de Tributos.1

(1) O conteúdo deste item 13.1 e do 13.2 são excertos dos artigos veiculado nos portais: - web HTTP//www.anjut.com.br. Em 15.11.2007.

Por definição, tributo corresponde a todo numerário recolhido aos cofres públicos nos termos da lei. Em seu artigo 145, a Constituição Federal prevê a existência de três tipos de tributos, sejam de competência da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios: os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria. Há, porém, tributaristas e mesmo o entendimento do STF que asseveram serem cinco os tipos de tributos: impostos, taxas, contribuições de melhoria, contribuições e empréstimos compulsórios. Alerta-se, também, quanto à existência de diversas contribuições e fundos que mesmo levando essa denominação tem caráter de imposto. Está pacificado na doutrina e também na jurisprudência o entendimento de que as contribuições especiais têm natureza tributária. (FERREIRA, 2007). Fato este que, acrescido ao acima exposto, demonstra o emaranhado da legislação tributária brasileira e as múltiplas oportunidades que o Estado dispõe para realizar sua arrecadação. Os tributos são criados para preencher diferentes necessidades ou finalidades, podendo ser de caráter geral ou específico. Definindo os tributos:

- http://www.sebraesp.com.br//principal: Quais são os impostos que incidem sobre as atividades operacionais das empresas?. Em 15.11.2007.

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a) Impostos. Imposto corresponde ao tributo cobrado das pessoas e das empresas para que os governos tenham condições de realizar obras e serviços públicos, manutenção da administração bem como o pagamento dos salários das pessoas que trabalhem no governo. Os impostos não têm um motivo ou objetivo único e definido e servem para pagamentos em geral. b) Contribuições. As contribuições são criadas para atender a necessidades específicas. Como exemplo seja a contribuição de melhoria cobrada dos moradores de uma rua quando a mesma é asfaltada, ou uma praça é feita, valorizando os imóveis que estão próximos. Nesse caso, os donos desses imóveis são chamados a pagar uma “contribuição de melhoria” para os cofres da municipalidade, em função da valorização que o serviço realizado causou ao imóvel. c) Taxas. As taxas correspondem a uma série de tributos cobrados diretamente da pessoa quando demanda por um serviço realizado por órgão público. A taxa, portanto é um pagamento específico e direto como contraprestação pela demanda de determinado serviço.

Exemplos de Taxas são as de lixo, a de água e esgoto, a de pedágio. d) Fundos. Os fundos, da mesma forma que as contribuições, são destinados ao desenvolvimento ou implantação de algum serviço específico. Finalizando, os tributos incidentes sobre as atividades operacionais das empresas que atuam em território nacional em operações internas são:

• IR - Imposto de Renda; • CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido; • PIS - Programa de Integração Social; • COFINS - Contribuição Financeira Social; • IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados; • II - Imposto de Importação; • IE – Imposto sobre exportação; • ICMS - Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços; • ISS - Imposto sobre Serviços;

Os sete primeiros tributos acima nomeados são de competência federal. O ICMS é devido ao fisco estadual e o ISS, ao dos municípios. 13.2 – Calculo do Tributo e Base de Cálculo. 13.2.1 – Sistema de enquadramento tributário.

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O cálculo do valor de cada um dos tributos é efetuado após definida a base de calculo. Esta é definida em função de três parâmetros:

• O ramo da empresa; • O regime de tributação; • A base de calculo do tributo;

13.2.2 – Ramo da Empresa. As empresas podem ser enquadradas como atuantes nos ramos: de serviços, comercial, ou industrial. Conforme o ramo em que se enquadra a empresa, os tributos e as alíquotas incidentes sobre produtos e serviços podem ser diferentes, mesmo sendo o mesmo tributo. Ver. Fig. 13.1. Como exemplo, sejam os tributos que incidem sobre o faturamento:

• O PIS e o COFINS são tributos que obrigam a todas as empresas indistintamente;

• O ISS, o ICMS ou o IPI incidirão, respectivamente, sobre o ramo de serviços, comercial ou industrial.

Quanto aos tributos que incidem sobre o lucro, o Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o lucro líquido, incidem indistintamente sobre todas elas. Porém, as alíquotas podem ser distintas conforme o regime de tributação adotado.

ProcessoTributário

Indústria Comércio Serviços

Lucro Real LucroArbitrado

LucroPresumido

SimplesNacional

BaseFaturamento

BaseLucro

BaseFaturamento

ISSICMSPIS

COFINSIPI

I. Import.I. Export.

Imp. RendaCSLL ISS - ICMS

PIS - COFINSIPI

I. Import - I. ExportImp. Renda

CSLL

13.2.3 – Base de Calculo do Tributo. O valor a ser pago por qualquer tributos parte da definição e conseqüente quantificação da base de calculo, base esta que varia segundo o regime de tributação adotado.

Fig. 13.1 – Sistema de Enquadramento Tributário

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O valor do tributo é calculado multiplicando a alíquota pela base de cálculo do imposto ou da contribuição. Genericamente:

TRI = α × BC Conforme o regime de tributação adotado, a base de calculo pode ser:

• O faturamento ou a receita bruta; • O lucro e o faturamento.

13.2.4 – Regimes de tributação. A legislação tributária federal, ora em vigor, prevê a possibilidade de opção pelos seguintes regimes de tributação a serem adotados antes do inicio do ano fiscal:

• O lucro real; • O lucro presumido; • O lucro arbitrado; • E o Simples.

Analisando esses regimes de tributação: a) Regime do Lucro Real. Sob este regime, ocorre incidência de tributos sobre o faturamento e o lucro líquido. É importante notar que a

legislação do imposto de renda considera como sendo o lucro líquido, o lucro antes do imposto de renda, LAIR. Sobre o LAIR segundo estabelecido no DRE, incidem o Imposto de Renda e a CSLL. O LAIR, como já visto, é apurado considerando-se todas as receitas, tributos incidentes sobre o faturamento, taxas, custos de produção, despesas da empresa, atendendo a legislação específica. Sobre o faturamento incidem: o ISS, de natureza municipal; o ICMS, tributo estadual; o PIS-Pasep, o COFINS, o IPI, o Imposto sobe Importações, etc. tributos de cunho federal. A maioria das empresas pode adotar o regime do lucro real. Algumas, porém, são obrigadas pela legislação a adotar este regime. A empresa não sujeita à obrigatoriedade de adotar o regime do lucro real ou que não o desejar fazer, poderá recolher seus tributos sob o regime do lucro presumido ou aderir ao Simples Nacional, caso sejam enquadradas como micro ou pequenas empresas segundo estabelecido na legislação federal. Estão obrigadas à apuração do Lucro Real as pessoas jurídicas (Lei 9.718/98, art. 14): I – cuja receita bruta total, no ano-calendário anterior, seja superior a R$ 48 milhões de reais ou a R$ 4 milhões de reais mensais ( Lei 10.637/2002); II – cujas atividades sejam de: bancos comerciais; bancos de investimentos; bancos de desenvolvimento; caixas econômicas; sociedades de crédito; financiamento e investimento;

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sociedades de crédito imobiliário; sociedades corretoras de títulos; valores mobiliários e câmbio; distribuidora de títulos e valores mobiliários; empresas de arrendamento mercantil; cooperativas de crédito; empresas de seguros privados e de capitalização; e entidades de previdência privada aberta;

III – que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior. Neste caso não se enquadram a venda de produtos ou serviços ao exterior;

IV – que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto;

V – que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, na forma do art. 2 da Lei 9.430/96;

VI – que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring).

Também estão obrigadas ao Lucro Real as empresas imobiliárias, enquanto não concluídas as operações imobiliárias para as quais haja registro de custo orçado (IN SRF 25/99). O custo orçado é entendido como a modalidade de tratamento contábil dos custos futuros de conclusão de obras.

A vantagem do regime do lucro real é, que tanto o IR como a CSLL, poderão ser recolhidos durante o exercício seguinte após aquele em que ocorreu a apuração do lucro e nos valores efetivamente devidos.

b) Lucro Presumido. O lucro presumido é uma forma de tributação simplificada visando a determinação da base de cálculo do imposto de renda e da CSLL das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas, no ano-calendário, à apuração do lucro real. O imposto de renda é devido trimestralmente. O imposto de renda devido, apurado trimestralmente, será pago em quota única, até o último dia útil do mês subseqüente ao do encerramento do período de apuração. (2) O modelo de calculo básico para a definição do valor do tributo, seja no caso do Imposto de Renda ou da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, é definido pela seguinte expressão:

TRIB = αLP × φLP × Receita Bruta Em que:

• αLP corresponde à alíquota do tributo a incidir sobre a base de cálculo;

• φLP corresponde ao percentual a incidir sobre a receita bruta presumida, o que define a base de calculo do tributo.

Base de calculo = φLP × Receita Bruta

(2) Fonte: http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/DIPJ/2005/PergResp2005/pr556a585.htm Em 10.02.2009.

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c) Regime do Simples Nacional. O Simples Nacional, que também leva a denominação de Super Simples, é um regime de tributação que visa simplificar e facilitar recolhimento de tributos federais devidos pelas micro e pequenas empresas utilizando um único documento. Essas empresas poderão recolher os impostos federais, IR, CSLL, PIS, COFINS e IPI de forma unificada, segundo alíquotas especificadas por faixa de receita bruta. Ver item 13.6. d) Lucro arbitrado.(3) O arbitramento de lucro é uma forma de apuração da base de cálculo do imposto de renda utilizada pela autoridade tributária ou pelo contribuinte.

É aplicável pela autoridade tributária quando a pessoa jurídica deixar de cumprir as obrigações acessórias relativas à determinação do lucro real ou presumido, conforme o caso. Quando conhecida a receita bruta, e, desde que ocorrida qualquer das hipóteses de arbitramento previstas na legislação fiscal, o contribuinte poderá efetuar o pagamento do imposto de renda correspondente com base nas regras do lucro arbitrado. Considerando ser este um regime excepcional de tributação e aplicável quando o contribuinte descumpre obrigações fiscais, não serão efetuados maiores comentários sobre o assunto no transcorrer deste capítulo.

(3) Fonte: http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/DIPJ/2005/PergResp2005/pr556a585.htm

Tipo de Imposto Tipo de Atividades Alíquota Base de

Cálculo Observação

IR - Imposto de Renda sobre o Lucro Líquido

Comércio, Indústria e Serviços

15% Lucro líquido

Se o lucro líquido for superior a R$

240.000 por ano, haverá um adicional

de 10% sobre o excedente.

CSLL -Contribuição Social sobre o Lucro

Líquido

Comércio, Indústria e Serviços

9% Lucro Líquido

Sobre o total do mesmo

PIS - Programa de Integração Social

Comércio, Indústria e Serviços

1,65% Valor da Venda

O imposto sobre a venda deverá ser

compensado com o imposto sobre a

compra.

COFINS - Contribuição

Financeira Social

Comércio, Indústria e Serviços

7,6% Valor da Venda

O imposto sobre a venda deverá ser

compensado com o imposto sobre a

compra.

IPI - Imposto Produtos Industrializados Indústria Variável Valor da

Venda

O imposto sobre a venda deverá ser

compensado com o imposto sobre a

compra. II - Imposto de

Importação Importação Variável Valor da Importação

Varia segundo o tipo de produto.

IE - Imposto de Exportação Exportação Variável Valor da

ExportaçãoVaria segundo o tipo

de produto.

ICMS - Imposto de Circulação de Mercadorias e

Serviços

Indústria e Comércio

VariávelDe 0% a 25%

Valor da Venda

O imposto sobre a venda deverá ser

compensado com o imposto sobre a

compra. ISS -

Imposto sobre Serviços

Serviços VariávelDe 2% a 5%

Valor da Venda

Tab. 13.3 – Tributos e Alíquotas incidentes sobre o Lucro Real.

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13.3 – Calculo do tributo. Neste capítulo e no capítulo que trata da precificação, será adotada a seguinte nomenclatura: BC = Base de calculo do tributo; CD = Custo direto dos insumos; CI = Custos indiretos; CT = Custo total orçado; ES = Encargos Sociais Fi = Custo financeiro IRLP = Imposto de renda sob o regime do lucro presumido; IRLR = Imposto de renda sob o regime do lucro real; ML = Lucro expresso em valor monetário - $; MO Valor da mão de obra – folha básica; P = Preço PB = Preço bruto – considera tributos sobre o lucro PL = Preço líquido, preço sem a incidência dos tributos; R = Retirada mensal do profissional liberal, pró-labore. TRI = Tributo, de modo genérico; µ = Margem de lucro, expressa em %; α = Alíquota do tributo - genérica; αSN = Alíquotas do Simples Nacional ΣαFAT = Somatório das alíquotas dos tributos incidentes sobre

o faturamento; ΣαLUCRO = Somatório das alíquotas dos tributos incidentes sobre

o lucro; Σε Índice do total dos Encargos Sociais; O tributo devido é calculado multiplicando a base de calculo pela alíquota do imposto.

TRI = α × BC

Duas são as bases de calculo: o faturamento ou o total da receita, com acréscimos ou deduções permitidas por lei, e o lucro. No caso do lucro ser a base de cálculo, ele corresponde ao lucro real antes da provisão para imposto de renda, o LAIR. 13.4 – Regime do Lucro Real. Sob o regime do lucro real, a apuração do Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido têm como base de calculo o lucro de cada exercício, LAIR, conforme apurado no DRE. Sob o faturamento dessas empresas incidem: o Imposto sobre Serviços – ISS, de competência municipal; o ICMS - Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços, de competência estadual; e, de exigibilidade federal: o IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados; o PIS - Programa de Integração Social; o COFINS - Contribuição Financeira Social; o II - Imposto de Importação, o IE - Imposto sobre Exportação. Na tabela 13.3 – Tributos e Alíquotas incidentes sobre o Lucro Real são relacionados os tributos e a variação das alíquotas dos mesmos. No caso das alíquotas serem variáveis, recomenda-se ao interessado acessar a legislação específica visando determinar o valor das mesmas. Quando a empresa opta pelo regime do lucro real, basicamente, os tributos são calculados seguindo os modelos: a) Base de calculo o valor do faturamento:

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Cap~13~14.doc 11

TRI = αFAT × Faturamento b) Base de calculo o lucro:

TRI = αLUCRO × Lucro

13.5 – Imposto sobre serviços – ISS. O ISS, tributo de competência municipal, tem como objeto a prestação de serviços. Sua competência não atinge empresas comerciais e industriais. A prestação de serviços é entendida como o produto de esforço humano que se apresenta sob forma de bem imaterial, ou no caso de implicar utilização de material preserve a sua natureza no sentido de expressar uma obrigação de fazer, isto é, ter como objeto da prestação a própria atividade. A legislação entende que este imposto deve ser recolhido à municipalidade do local onde o serviço foi prestado, sendo que cada municipalidade dispõe de competência constitucional para estabelecer as alíquotas do mesmo. Matematicamente o valor do tributo é calculado:

ISS = αISS x BC A base de calculo deste tributo pode ser o valor do serviço prestado ou o total de nota fiscal. a) Valor da nota fiscal.

Quando a base de calculo é, simplesmente, o valor da nota fiscal, há municipalidades que distinguem os serviços eminentemente de lavor daqueles em que haja a concorrência de mão de obra e fornecimento de materiais. As alíquotas nesta situação podem ser diferenciadas. Ver Tab.13.14 e 13.15, exemplo da P. M. de Florianópolis - SC mostra que esta municipalidade estabelece em 3% do valor da nota fiscal a alíquota do serviço quando ocorre o fornecimento de material. E, em 5%, para serviços quando este fato não ocorre. b) Valor da Mão de Obra. Ressalta-se que muitas prefeituras recomendam a discriminação em separado, no corpo da nota fiscal, do valor da mão de obra e o valor dos materiais utilizados na elaboração dos serviços. A base de calculo do ISS corresponde ao valor da mão de obra. Em casos de empreitadas com fornecimento de material, há municipalidades que entendem ser o montante da mão de obra equivalente a 30-40% do valor da nota fiscal. Recomenda-se conhecer os procedimentos adotados em cada município antes de se efetuar qualquer orçamento, já que o tributo deve ser recolhido no local onde o serviço foi prestado.

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Cap~13~14.doc 12

13.6 – O Imposto de Renda. A base de calculo do imposto de renda difere quando a empresa opta pelo regime do lucro real, do lucro presumido ou do simples nacional. A definição, nos dois primeiros casos, será efetuada nos sub-itens 13.5.1 e 13.5.2. No caso do Simples Nacional, sua consideração ocorrerá no item 13.11 13.6.1- IR sobre o lucro real. A base de cálculo do tributo, neste caso, é o lucro real líquido apurado no DRE antes da provisão para o Imposto de Renda, ou seja, o LAIR. ( BC=LAIR). O IR quando calculado sob o lucro real, apresenta dois patamares de calculo ( Ver Tab.13.4):

• Uma alíquota de 15% do valor do LAIR; • Uma alíquota adicional de mais 10% sobre o excesso,

ocorrendo um lucro líquido anual superior a R$ 240 mil. O valor do Imposto de Renda devido, então, será calculado sob o seguinte modelo:

IRLR= 0,15 × LAIR + 0,10 × ( LAIR – 240.000,00) Ressalta-se que, o tributo sobre o excesso a pagar, isto é, {0,10 × (LAIR – 240.000,00)}, não pode ser negativo, pois ocorreria uma redução do imposto a pagar, o que é incompatível tributariamente falando.

O tributo sob o regime do lucro real é recolhido ao tesouro nacional após apurado o balanço do exercício de uma única vez ou parcelado, nos termos da legislação do imposto de renda. O regime do lucro real pode ser financeira e economicamente interessante à empresa, pois, além de recolher o tributo durante o exercício seguinte à realização do lucro, o efetua sobre montante do lucro apurado.

Lucro Real

Enquadramento Base de Cálculo Alíquota Excesso

1 – Empresário ou Pessoa Física

Desconta o imposto diretamente na fonte pagadora, segundo a tabela progressiva mensal.

• Até R$ 1.434,59 isento • De 1.434,60 a R$ 2.150,00 7,50% • De 2.150,00 a R$ 2.866,70 15,0% • De 2.866,71 a R$ 3.582,00 22,50% • Acima de R$ 3.582,00 27,5 %

2 - Sociedade

Civil ou Limitada

Lucro Real 15%

Acima de R$240.000

por ano, sobre o excesso, incide mais

10%. Tab. 13.4 - Alíquotas do Imposto de Renda - 2009

13.6.1 – IR sobre o lucro presumido.

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Cap~13~14.doc 13

Da mesma forma que o caso do lucro real, o valor do tributo apresenta dois patamares de tributação, porém em relação à base de cálculo:

• Uma alíquota de 15% do valor da base de cálculo; • Uma alíquota adicional de mais 10% sobre o excesso,

ocorrendo um lucro líquido trimestral superior a R$ 60 mil o que equivale a R$ 240 mil por ano

A base de calculo do imposto, neste caso, corresponde a uma fração, φ LP, da receita bruta presumida.

Lucro Presumido

Enquadramento Base de Cálculo

Alíquota Do IR Excesso

Sociedade Civil ou Limitada

% de presunção da Receita Bruta Conferir item

13.10.1

15%

Acima de R$ 60.000 por trimestre, sobre o

excesso, incide mais

10%. Obs: por ano o excesso é superior a R$ 240.000,00

Tab. 13.5 - Alíquotas do Imposto de Renda A receita bruta presumida equivale ao total das receitas provenientes das vendas somadas aos ganhos de capital e às demais receitas e resultados positivos decorrentes de receitas não-compreendidas na atividade. Da mesma forma que o caso do lucro real, o valor do tributo apresenta dois patamares de tributação, porém em

relação à base de cálculo que é a receita presumida. Ver Tab. 13.5.

• Uma alíquota de 15% incidente sobre a base de cálculo;

• Uma alíquota adicional de mais 10% sobre o excesso, quando ocorrer um lucro líquido trimestral superior a R$ 60 mil o que equivale a R$ 240 mil por ano. (4)

O valor do Imposto de Renda é calculado sob o modelo abaixo em φLP que corresponde ao percentual de presunção da receita bruta presumida, RBP, conforme relatado no item 13.10.1 – Percentuais de Presunção.

IRLP = 0,15 x φ LP x RBP + 0,10 x (φ LP x RBP – 60.000) Sendo: BC = φ LP x RBP, então:

IRLP = 0,15 x BC + 0,10 x ( BC – 60.000) Da mesma forma que o anterior, ressalta-se que, no modelo acima, o excesso { 0,10 x (BC – 60.000)} não pode ser negativo, pois ocorreria uma redução do imposto a pagar. 13.7 – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL. A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido foi instituída pela Lei nº 7.689 de 15.12.1988 e segundo o seu Art. 3º:

4 http://www.cmpcontabil.com.br/lucropresumido.html

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Cap~13~14.doc 14

Este tributo pode ter como base de calculo o lucro ou o faturamento caso a empresa opte, respectivamente, pelo regime do lucro real ou do lucro presumido. Ver. Tab. 13.6. 13.7.1 – Conceitos e alíquotas. I – Lucro Real Quando opta pelo regime do Lucro Real a alíquota do tributo é estabelecida em 9% (nove por cento) incidente sobre a base de calculo. No caso, o lucro bruto antes do imposto de renda.

CSLL(LR) = α CSLL x LAIR

No caso da empresa ter optado pelo regime de tributação sob o lucro real, a base de calculo do tributo é o lucro real apurado no final do exercício fiscal, do mesmo modo que a do Imposto de Renda,

Opção de Tributação Base de Cálculo Alíquota

Lucro Real Lucro Real -LAIR-

Lucro Presumido 12% ou 32% da Receita Bruta

9,00% da

Base de Cálculo

Fonte: RIR/2007 Tab. 13.6 – Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido

Segundo o Art. 2º da Lei anteriormente citada, a base de cálculo da contribuição corresponde ao valor do resultado do exercício, LAIR, antes da provisão para o imposto de renda, com acréscimos e deduções na forma da lei.

II – Lucro Presumido. Quando a pessoa jurídica opta pelo regime do Lucro Presumido, a alíquota da contribuição corresponde a 9% (nove por cento) da base de calculo. Esta base de calculo, por sua vez, corresponde a um percentual do faturamento presumido conforme estabelecido a seguir

CSLL(LP) = α CSLL x φ LP x RB A partir de 01.09.2003, por força do art. 22 da Lei 10.684/2003, a base de cálculo da CSLL, devida pelas pessoas jurídicas optantes pelo lucro passou a ser: • 12% da receita bruta nas atividades comerciais, industriais,

serviços hospitalares e de transporte;

• 32% para: a) prestação de serviços em geral, exceto a de serviços

hospitalares e transporte; b) intermediação de negócios; c) administração, locação ou cessão de bens imóveis,

móveis e direitos de qualquer natureza.

A prestação de serviços de construção civil por empreitada na modalidade total, com fornecimento de todos os materiais indispensáveis à execução da obra, está sujeita ao percentual de 12% na determinação da base de cálculo da CSLL, pela sistemática do lucro presumido. (5) (5)Vera Lúcia Ribeiro Conde. Portal: http://www.empresario.com.br/legislacao/edicoes/2008/irpj_csll_constru_civ_empr.html

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Depois de sancionada a Lei nº 11.196/2005, as receitas financeiras passaram a ser tributadas em 12% quando a empresa é optante do lucro presumido. 13.7.2 – Exercícios de aplicação. Uma empresa apresentou um lucro líquido antes do imposto de renda, LAIR, no montante de R$ 365.780,00. Ela deseja saber qual o percentual do faturamento comprometido com a provisão para o imposto de renda e com a CSLL. a) Provisão para o Imposto de Renda. Nesta situação, o imposto de renda a pagar é de, R$ 67.445,00 conforme abaixo calculado. LAIR:..................................... 365.780,00 R$ Imposto de Renda = 365.780,00 × 0,15 = 54.867,00 R$ Excesso de Imp. Renda = 125.780,00 × 0,10 = 12.578,00 R$ Imposto de Renda a pagar = 54.867,00+12.578,00 = 67.445,00 R$ A alíquota final do Imposto de Renda, então, corresponde a 18,44% do Lucro Real ou LAIR.

%,.

.FAT

IRTOTAL 4418

78036544567

⇒==α

b) Provisão para a CSLL.

$R,..,LAIRCSLL CSLL 2092032780365090 =×=×α=

c) Percentual Total. Considerando que o Imposto de Renda e a Contribuição Social dispõem da mesma base da calculo, a tributação total realizada sobre o lucro líquido antes do imposto de renda, LAIR, correspondem, no caso, a 27,44% do mesmo:

%,.

,..

,.,.LAIR

CSLLIRTOTAL 4427

78036520365100

78036520920320044567

⇒=+

=+

13.8– COFINS e PIS-PASEP. (6) As contribuições para o PIS/PASEP e a COFINS são efetuadas segundo duas regras gerais de apuração, denominadas de incidência cumulativa e incidência não-cumulativa. Sob cada um desses regimes, as alíquotas dos tributos são distintas. Ver. Tab. 13.7. Porém, alerta-se que esses tributos possuem, ainda, diversos regimes especiais de apuração.

Regime/tributo PIS-Pasep COFINS Lucro Real 1,65% 7,60% Lucro Presumido 0,65% 3,00% Fonte: Receita Federal 12/2007.

Tab. 13.7 – Alíquotas PIS-Pasep e COFINS.

(6) Fonte: excertos do site http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/PisPasepCofins/RegIncidencia.htm - Em 15.11.2007. COFINS: LC nº 70 de 1991 – Art. 2º - Lei nº 9718 de 1998 – Art. 8º.

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13.8.1 - Regime de incidência cumulativa. Sob o regime de incidência cumulativa a base de cálculo corresponde ao total das receitas da pessoa jurídica, sem haver deduções relativas a custos, despesas e encargos. Neste regime, as alíquotas da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS são, respectivamente, de 0,65% e de 3%. Ver Tab.13.7. Enquadram-se neste regime as pessoas jurídicas de direito privado, e as que lhe são equiparadas pela legislação do imposto de renda, que apuram o IRPJ com base no lucro presumido ou arbitrado. 13.8.2 - Regime de incidência não-cumulativa. Nesse regime, as alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS são, respectivamente, de 1,65% e de 7,6%. Sob este regime, a apuração da COFINS e do PIS-Pasep a pagar será efetuada depois de deduzido os créditos de 7,6% e 1,65%, respectivamente, incidentes sobre os insumos já adquiridos e os serviços de terceiros contratados de outras pessoas jurídicas. O regime de incidência não-cumulativa da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS foram instituídos em dezembro de 2002 e fevereiro de 2004, respectivamente. O diploma legal

da Contribuição para o PIS/PASEP não-cumulativa é a Lei nº 10.637, de 2002, e o da COFINS a Lei nº 10.833, de 2003. Enquadram-se neste regime as pessoas jurídicas de direito privado, e as que lhe são equiparadas pela legislação do imposto de renda, que apuram o IRPJ com base no lucro real estão sujeitas à incidência não-cumulativa. O enquadramento neste regime exclui:

− As instituições financeiras, − As cooperativas de crédito, − As pessoas jurídicas que tenham por objeto a

securitização de créditos imobiliários e financeiros, − As operadoras de planos de assistência à saúde, − As empresas particulares que exploram serviços de

vigilância e de transporte de valores ( Lei nº 7.102, de 1983),

− E, as sociedades cooperativas. As sociedades cooperativas de produção agropecuária e as sociedades cooperativas de consumo, porém, podem adotar este regime.

Outrossim, alerta-se que alguns tipos de despesas incorridas pela pessoa jurídica, mesmo que sujeitas á incidência não-cumulativa, se submetem à incidência cumulativa. Essas são elencadas no art. 10, VII a XXV da Lei nº 10.833, de 2003. Ver Receitas excluídas do regime de incidência não-cumulativa. Regimes especiais.

13.9– O IPI.

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Cap~13~14.doc 17

O IPI - Imposto Sobre Produtos Industrializados, tributo de competência da União Federal, como o próprio nome sugere, incide sobre operações com produtos industrializados, nacionais e estrangeiros, obedecidas, contudo, as especificações relacionadas na TIPI (tabela de incidência do imposto sobre produtos industrializados). Decreto Nº.4544 de 26 /12 /2002. O fato gerador deste imposto é a industrialização conforme artigo 46, parágrafo único, do Código Tributário Nacional, que considera industrializado o produto que tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe para o consumo.

São obrigados ao pagamento do imposto como contribuinte ou contribuinte autônomo (7):

• O importador, em relação ao fato gerador decorrente do desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira;

• O industrial, em relação ao fato gerador decorrente da saída de produto que industrializar em seu estabelecimento, bem assim quanto aos demais fatos geradores decorrentes de atos que praticar;

• O estabelecimento equiparado a industrial, quanto ao fato gerador relativo aos produtos que dele saírem, bem assim quanto aos demais fatos geradores decorrentes de atos que praticar;

(7) Considera-se contribuinte autônomo qualquer estabelecimento de importador, industrial ou comerciante, em relação a cada fato gerador que decorra de ato que praticar. Fonte: http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/IPI/conceito.htm. 10.10.2008

• Os que consumirem ou utilizarem em outra finalidade, ou remeterem a pessoas que não sejam empresas jornalísticas ou editoras, o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos, quando alcançado pela imunidade prevista na Constituição Federal.

A alíquota do IPI varia conforme o produto, segundo expresso na Tabela de Incidência do IPI – TIPI e o tributo é calculado pelo modelo abaixo:

IPI = CoeficienteIPI × Valor da Nota O Valor do IPI pode variar caso ele integre ou não a base de calculo do ICMS. Nos termos do art. 155, parágrafo 2º, inciso XI, da Constituição Federal, e o art. 13, parágrafo 2º, da Lei Complementar nº. 87/96, o valor do IPI não integra a base de cálculo do ICMS quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado a industrialização ou comercialização, configurar o fato gerador de ambos os impostos. Portanto, segundo as mencionadas disposições, o montante do IPI:

• Não integra a base de cálculo do ICMS quando o produto é destinado à industrialização ou à comercialização;

• Integra a base de cálculo do ICMS quando o produto é destinado a uso ou consumo, independentemente de o destinatário ser ou não contribuinte.

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Cap~13~14.doc 18

Para melhor compreensão e aplicação do acima exposto (8): a) Quando não se inclui o IPI na base de cálculo do ICMS.

Neste caso uma empresa recebe um insumo, transforma e o remete para nova empresa que dará segmento ao processo de industrialização.

Considerando que o valor do tributo é calculado sobre o valor da nota fiscal, o preço final deve ser definido por fora, utilizando o modelo abaixo:

BCIPIIIP×

α−=

11

Alíquota do ICMS - α Coeficientes* 7%

12% 17% 18% 25%

1,07527 1,13636 1,20481 1,21951 1,33333

Tab.13.7 – Alíquotas do ICMS

(8) Extraído do site: Informe B&C em 25.11.2007. http://www.barbacovi.com.br/informes/inf0400.htm#BC

a) Quando se inclui o IPI na base de cálculo do ICMS. Neste caso o produto vai a consumo final, havendo a incidência do ICMS sobre o valor do IPI.

Do mesmo modo que o anterior, o valor do tributo é calculado sobre o valor da nota fiscal. Assim sendo, o preço final deve ser definido por fora, utilizando o modelo abaixo:

( ) BC)(

IPIIIPICMS×

α+×α−=

111

Como exemplo de aplicação, seja o caso de um produto cujo preço líquido, a menos dos tributos, monta a R$ 7.500,00. Calcular o preço final do mesmo sabendo que o mesmo sofre a incidência das seguintes alíquotas: 25% ICMS e 10% IPI. Para um mesmo produto, o seu preço final poderá variar em função da obrigatoriedade, ou não, de incluir na base de cálculo do ICMS o montante relativo ao IPI. O exemplo exposto nas tabelas 13.8 e 13.9, mostra a diferença no preço final do produto, caso ocorra, ou não, a obrigatoriedade de incluir na base de calculo do ICMS o valor do IPI.

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Cap~13~14.doc 19

item Valores em R$

Preço do produto sem o ICMS embutido (líquido) 7.500,00

Coeficiente para determinação do preço do produto com o ICMS embutido 10.344,75

Preço do produto com o ICMS embutido (1,3793 x R$ 7.500,00) 1,3793

IPI (10%) 1.034,48

Valor total 11.379,23

Valor do ICMS (R$ 11.379,23 x 25%) 2.844,81

Tab.13.8 – Exemplo de Calculo de Tributos ICMS e IPI

item IPI incluído na base do

ICMS

IPI não incluído na base do

ICMS

Preço do produto s/ICMS embutido 6.500,00 6.500,00

Coeficiente p/ determinação do preço do produto com o ICMS embutido

1,08178 1,07527

Preço do produto com o ICMS embutido 7.031,57 6.989,26

IPI 8% 562,53 559,14

Valor total da operação 7.594,10 7.548,40

Valor do ICMS (alíquota 7%) 531,59 489,25

Tab.13.9 – Exemplo de variação de preço

Considerando, então, a hipótese de um produto cujo custo orçado foi de R$ 6.500,00 sujeito às seguintes alíquotas: 7% de ICMS e 8% de IPI. Comparando o resultado final (valor total da operação) segundo o apurado neste exemplo, verifica-se que, para o mesmo produto, o seu preço pode ser de R$ 7.594,10 ou R$ 7.548,40.

13.10 – O ICMS. 13.10.1 – Do Imposto. O ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, incide sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre as prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal, de energia e de comunicação. É um tributo de competência dos Estados e do Distrito Federal. (9). Sua regulamentação constitucional está prevista na Lei Complementar 87/1996 (a chamada “Lei Kandir”), alterada posteriormente pelas Leis Complementares 92/97, 99/99 e 102/2000. O imposto é não-cumulativo. Ou seja, compensa-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação com o

(9 ) O item 13.6 foi extraído do site: http://www.portaltributario.com.br/tributos/icms.html

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Cap~13~14.doc 20

montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou por outro Estado. Cada Estado da Federação tem liberdade para adotar regras próprias, e aí se inserem os valores das alíquotas, relativas à cobrança desse imposto, respeitados os requisitos mínimos fixados na Constituição Federal e pelo Código Tributário Nacional. Em decorrência da assertiva acima, alerta-se ao interessado que deve verificar qual a alíquota adequada ao produto ou serviço em orçamento. É assegurado àquela pessoa jurídica que deve recolher o tributo, o direito de creditar-se do imposto anteriormente cobrado em operações de que tenha resultado a entrada de mercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento. Como exemplo desta compensação, seja uma empresa cujo total do ICMS a recolher ao cofre estadual seja de R$ 50.000,00 O valor do imposto anteriormente cobrado, decorrentes de entradas de mercadorias foi de R$ 10.000,00. O valor do ICMS a pagar, então é de:

ICMS = R$ 50.000,00 – R$ 10.000,00 = R$ 40.000,00.

A base de cálculo do ICMS é, regra geral, o preço de venda da mercadoria. É o que determina o art. 13 da Lei Complementar 87/96.

Assim sendo deve-se saber que:

i) nas vendas à vista, a base de cálculo do ICMS é o preço de venda da mercadoria, com as exceções previstas. Não se pode falar em inclusão ou não de juros na referida base de cálculo;

ii) nas vendas financiadas por instituição financeira ou administradora de cartão de crédito, a base de cálculo do imposto não deve, da mesma forma, incluir o montante relativo aos juros;

iii) nas vendas a prazo, por outro lado, deve-se incluir os juros na respectiva base de cálculo do ICMS.

Como falado, a base de calculo deste tributo é o preço de venda da mercadoria ou serviço. Porém, a legislação prevê que o tributo integra a sua base de calculo, nisto decorre ser o valor real da alíquota do tributo superior àquele expresso na letra da lei. Demonstrando a assertiva acima pode-se escrever, matematicamente: Preço Bruto = Preço Líquido + ICMS Considerando que o tributo integra a própria base de cálculo, o imposto a pagar pode ser escrito em função do preço líqüido, PL, sob o seguinte modelo:

ICMS = α (PL + ICMS) ∴ ICMS = α PL + α ICMS

)(PLICMSα−

×α=

1

Da expressão acima se deduz que a alíquota real do ICMS é dada por:

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)(ICMSREAL α−

α=

1

13.10.2 – Exemplo. Seja calcular o preço de venda e o valor do ICMS de um produto sujeito à alíquota de 25%. O preço do produto (preço líquido) já descontado o ICMS foi orçado em R$ 40.000,00. Sendo: Preço Bruto = Preço Líquido + ICMS

Então, PL)(

PLeçoBrutoPr ×α−

α+=

1 ∴

$R,.),(

.,.eçoPr 33333532501

0004025000040 =−×

+=

Ao ser aplicada a alíquota de 25% sobre o preço do produto, tem-se o valor do ICMS, R$ 13.333,33. 13.11 – O Lucro Presumido. O lucro presumido(10) é uma forma de tributação simplificada destinada a determinação da base de cálculo do imposto de renda e da CSLL das pessoas jurídicas que não

(10 ) Fonte do item 13.7: site do Ministério da Fazenda – Receita Federal, em 15.11.2007. http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/DIPJ/2000/Orientacoes/DeterminacaoLucroPresumido.htm#percentuais.

estiverem obrigadas, no ano-calendário, à apuração pelo lucro real. Podem optar pelo regime do lucro presumido as pessoas jurídicas:

a) cuja receita bruta total tenha sido igual ou inferior a R$48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais), no ano-calendário anterior, ou a R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais) multiplicado pelo número de meses em atividade no ano-calendário anterior (Lei nº 10.637, de 2002, art. 46); b) e que não estejam obrigadas à tributação pelo lucro real em função da atividade exercida ou da sua constituição societária ou natureza jurídica.

A base de calculo considerada é a receita bruta total e corresponde às receitas provenientes das vendas somadas aos ganhos de capital e às demais receitas e resultados positivos decorrentes de receitas não-compreendidas na atividade. Ver Tab. 13.6. Como já visto, valor do Imposto de Renda é calculado sob o modelo abaixo em φLP que corresponde ao percentual de presunção da receita bruta e RB a receita bruta ou faturamento:

IRLP = 0,15 x BC + 0,10 x ( BC – 60.000) Ao optar pelo regime do lucro presumido, o imposto de renda, assim como a CSLL, deverá ser apurado

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Cap~13~14.doc 22

trimestralmente e pago em quota única, até o último dia útil do mês subseqüente ao do encerramento do período de apuração. No entanto, o PIS e o COFINS continuam sendo pagos mensalmente. Para haver uma decisão segura entre optar pelo regime de lucro real ou o do lucro presumido, deve ser prevista o percentual de lucro que espera ter em relação ao faturamento bruto, visto ser este a base para o cálculo do imposto. Não importa se ao final do ano calendário for apurado prejuízo ou lucro muito inferior ao previsto. Quando uma empresa explorar mais de uma atividade, por exemplo, venda e serviço, a receita bruta será definida aplicado o percentual relativo a cada faturamento individualmente. No item 13.10.1 estão relacionadas as alíquotas e o enquadramento fiscal para diversas atividades. Hausmann, 2001, comenta que, na maioria dos casos, o regime do lucro presumido mostra-se mais vantajoso que o do lucro real. Porém tal situação deve ser verificada antes do início de cada exercício através de um processo de planejamento tributário, especialmente quando o lucro trimestral previsto ultrapassar, significativamente, o limite de R$ 60.000,00. Pois, acima deste limite incide mais 10% sobre o valor do excesso. A decisão sobre qual dos regimes é o mais benéfico para a empresa requer a realização de simulações, pois caso a empresa disponha de valores consideráveis de despesas dedutíveis para o IRPJ, é muito provável ser o lucro real o mais econômico.

No caso da construção civil ou de empresas que trabalhem sob o regime de empreitada, aumenta a exigibilidade de um criterioso planejamento financeiro visando definir o sistema mais interessante para a empresa dada a sazonalidade do mercado. Além disso, considerando ser comum as empresas atuantes no setor da construção civil assumirem diversas modalidades de contratos, seja por administração, empreitada de material e mão de obra ou, simplesmente, empreitada de “lavor”, há que se efetuar um consistente planejamento tributário, pois sobre cada um deles pode incidir distintas alíquotas quando se opta pelo lucro presumido, fato que torna complexo a sua utilização. 13.11.1 - Percentuais de presunção. A partir do ano-calendário de 1999 (Em vigor em 12/2007), a legislação do Imposto de Renda previa a incidência dos seguintes percentuais de presunção a serem aplicados na definição da base de calculo do tributo: a) 1,6% (um inteiro e seis décimos por cento) sobre a receita bruta mensal auferida na revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural; a) 8% (oito por cento) sobre a receita bruta mensal proveniente:

b.1. Da venda de produtos de fabricação própria; b.2. Da venda de mercadorias adquiridas para revenda;

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Cap~13~14.doc 23

b.3. Da industrialização de produtos em que a matéria-prima, ou o produto intermediário ou o material de embalagem tenham sido fornecidos por quem encomendou a industrialização;

b.4. Da atividade rural; b.5. De serviços hospitalares; b.6. Do transporte de cargas; b.7. De outras atividades não caracterizadas como

prestação de serviços;

c) 16% (dezesseis por cento) sobre a receita bruta mensal auferida pela prestação de serviços de transporte, exceto o de cargas; d) 32% (trinta e dois por cento) sobre a receita bruta mensal auferida com as atividades de:

d1 - Prestação de serviços, pelas sociedades civis, relativos ao exercício de profissão legalmente regulamentada; d.2 - Intermediação de negócios; d.3 - Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis ou direitos de qualquer natureza; d.4 - Construção por administração ou por empreitada unicamente de mão-de-obra (empreitada de Lavor); d.5 - Prestação de qualquer outra espécie de serviço não mencionada anteriormente.

Esclarece-se que as atividades de corretagem (seguros, imóveis, etc) e as de representação comercial são consideradas atividades de intermediação de negócios. No caso da empresa dispor de atividades diversificadas, a definição da base de calculo será efetuada somando o

percentual correspondente sobre a receita proveniente de cada atividade específica. Considerando o caso da construção civil, mais especificamente quando atua sob o regime de empreitada, os percentuais de presunção a serem adotados para a determinação da base de cálculos relativa a diversos tipos de contratos são aqueles listados na Tab. 13.17.

Caso de Construção Civil

Enquadramento Base de Cálculo

Percentual Presunção Excesso

1 - Empreitada Material + M.Obra

2 – Empreitada

de Lavor

3 – Construções por Administração

4 - Projetos

Receita Bruta Receita Bruta Receita Bruta Receita Bruta

8%

32%

32%

32%

o lucro que ultrapassar a R$ 60 mil no trimestre é tributado em mais 10%.

Tab. 13.17 – Percentual de Presunção 13.11.2 - Base de Cálculo com Percentual Favorecido. As pessoas jurídicas exclusivamente prestadoras de serviços em geral mencionadas nas alíneas "d.2" a "d.5" acima, cuja receita bruta anual seja de até R$ 120.000,00, poderão utilizar, para determinação da base de cálculo do imposto de renda trimestral, o percentual de 16% (dezesseis por cento).

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Cap~13~14.doc 24

A pessoa jurídica, cuja receita bruta anual acumulada até determinado trimestre do ano-calendário exceder o limite anual de R$120.000,00 (cento e vinte mil reais), deverá determinar nova base de cálculo do imposto com a aplicação do percentual de 32% (trinta e dois por cento), de acordo com o disposto no § 4° do art. 36 da IN SRF n° 93, de 1997, e apurar a diferença do imposto postergado em cada trimestre transcorrido, no trimestre em que foi excedido o limite. Esta diferença deverá ser paga em quota única, por meio de Darf separado, no código 2089, até o último dia útil do mês subseqüente ao trimestre em que ocorrer o excesso. Após este prazo, a diferença será paga com os acréscimos legais (IN SRF n° 93, de 1997, art. 36, §§ 5° e 6°). 13.11.3 - Conceito de Receita Bruta A receita bruta compreende o produto da venda de bens nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de conta alheia, excluídas as vendas canceladas, as devoluções de vendas, os descontos incondicionais concedidos e os impostos não cumulativos cobrados, destacadamente do comprador ou contratante, e dos quais o vendedor dos bens ou prestador dos serviços seja mero depositário. A pessoa jurídica, optante pelo regime de tributação com base no lucro presumido, poderá adotar o critério de reconhecimento de suas receitas de venda de bens ou direitos ou de prestação de serviços pelo regime de caixa ou de competência, observando-se o disposto na IN SRF n° 104, de 1998.

13.11.4 - Valores Integrantes da Base de Cálculo. O lucro presumido, apurado trimestralmente, será a soma dos seguintes valores:

a) do valor obtido pela aplicação dos percentuais, especificados no subitem percentuais, sobre a receita bruta;

b) dos valores correspondentes aos demais resultados e ganhos de capital, assim considerados:

b.1) os ganhos de capital, nas alienações de bens e direitos, inclusive de aplicações em ouro não caracterizado como ativo financeiro. O ganho corresponderá à diferença positiva verificada, no mês, entre o valor da alienação e o respectivo custo de aquisição, diminuído dos encargos de depreciação, amortização ou exaustão acumulada;

b.2) os ganhos de capital auferidos na alienação de participações societárias permanentes em sociedades coligadas e controladas, e de participações societárias que permanecerem no ativo da pessoa jurídica até o término do ano-calendário seguinte ao de suas aquisições;

b.3) os ganhos de capital auferidos na devolução de capital em bens ou direitos (IN SRF nº 11, de 1996, art. 60, § 1º);

b.4) os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre pessoas jurídicas controladoras, controladas, coligadas ou interligadas;

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Cap~13~14.doc 25

b.5) os ganhos auferidos em operações de cobertura (hedge) realizadas em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão;

b.6) a receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da pessoa jurídica;

b.7) os juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - Selic, para títulos federais, acumulada mensalmente, relativos a impostos e contribuições a serem restituídos ou compensados; b.8) as variações monetárias ativas;

c) dos rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras de renda fixa e de renda variável; d) dos juros sobre o capital próprio auferidos; e) de 2,5% (dois e meio por cento), no mínimo, do saldo do lucro inflacionário acumulado existente em 31/12/1995, caso a pessoa jurídica tenha apurado o imposto com base no lucro presumido nos anos-calendário de 1996, 1997 e 1998; f) dos valores recuperados correspondentes a custos e despesas, inclusive com perdas no recebimento de créditos, salvo se a pessoa jurídica comprovar não os ter deduzido em período anterior no qual tenha se submetido ao regime de tributação com base no lucro real ou tenha optado pela tributação na forma do art. 1º do Decreto-lei nº 2.397, de 1987, ou que se refiram a período no qual tenha se submetido ao regime de tributação com base no lucro presumido ou arbitrado; g) o valor resultante da aplicação dos percentuais, de que trata o subitem 7.2.6.1 – Percentuais, sobre a parcela das receitas

auferidas nas exportações às pessoas vinculadas ou aos países com tributação favorecida que exceder ao valor já apropriado na escrituração da empresa, na forma da IN SRF n° 38, de 1997; h) o valor dos encargos suportados pela mutuária que exceder ao limite calculado com base na taxa Libor, para depósitos em dólares dos Estados Unidos da América, pelo prazo de seis meses, acrescido de três por cento anuais a título de "spread", proporcionalizados em função do período a que se referirem os juros, quando pagos ou creditados a pessoa vinculada no exterior e o contrato não for registrado no Banco Central do Brasil; i) a diferença de receita, auferida pela mutuante, correspondente ao valor calculado com base na taxa a que se refere o inciso anterior e o valor contratado, quando este for inferior, caso o contrato, não registrado no Banco Central do Brasil, seja realizado com mutuária definida como pessoa vinculada domiciliada no exterior; j) as multas ou qualquer outra vantagem recebida ou creditada, ainda que a título de indenização, em virtude de rescisão de contrato; l) a diferença entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos recebidos de instituição isenta, a título de devolução de patrimônio, e o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos que tenha sido entregue para a formação do referido patrimônio (Lei n° 9.532, de 1997, art. 17, § 3°, e art. 81, II).

Atenção:

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1º - O resultado negativo ou perda apurada em uma operação não poderá ser compensado com os resultados positivos auferidos em outras operações. 2º - Consideram-se resultados positivos as receitas auferidas diminuídas das despesas necessárias à sua obtenção, quando efetivamente realizadas. 3º - Quanto a alínea "b.8", a partir do 4° trimestre de 1999, a pessoa jurídica poderá excluir a parcela das receitas financeiras decorrentes da variação monetária ativa dos direitos de crédito e das obrigações, em função da taxa de câmbio, submetida à tributação, segundo o regime de competência, relativa a períodos compreendidos no ano-calendário de 1999, excedente ao valor da variação monetária efetivamente realizada, ainda que a operação tenha sido liquidada (MP n° 1.858-10, de 26 de outubro de 1999, art. 31, parágrafo único, e reedição; MP n° 1.991-12, de 1999, e reedições). 4º - Quanto a alínea "b.8", a partir de 1° de janeiro de 2000, as variações monetárias ativas dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, em função da taxa de câmbio, serão consideradas, para efeito de determinação da base de cálculo, quando da liquidação da correspondente operação. À opção da pessoa jurídica, as variações monetárias poderão ser consideradas na determinação da base de cálculo pelo regime de competência, sendo que a opção aplica-se a todo ano-calendário (MP n° 1.858-10, de 29 de outubro de 1999, art. 30 e reedição; MP n° 1.991-12, de 1999, e reedições). 5º - Quanto à alínea "l", deverão ser aplicadas as normas do inciso I do art. 17 da Lei n° 9.249, de 1995 aos valores

entregues até o final de 1995 (Lei n° 9.532, de 1997, art. 17, § 1°). 6º - A partir de edição do Decreto n° 3.342, de 25 de janeiro de 2000, a pessoa jurídica que optar pelo regime de tributação com base no lucro presumido, durante o período em que submetida ao REFIS, deverá acrescer à base de cálculo o valor correspondente aos lucros, oriundos do exterior, no trimestre em que forem disponibilizados, nos termos do art. 1° da Lei n° 9.532, de 1997. Deverá, ainda, acrescer à base de cálculo o valor correspondente aos rendimentos e ganhos de capital, oriundos do exterior, no trimestre em que forem auferidos (Decreto n° 3.342, de 2000, art. 9° ). 7º - Nas atividades de compra e venda, loteamento, incorporação e construção de imóveis, as variações monetárias ativas a que se refere o art. 9° da Lei n° 9.718, de 1998, serão adicionadas ao próprio lucro, pelo regime de competência ou de caixa, conforme opção do contribuinte, estando o mesmo vedado à opção pelo lucro presumido enquanto não concluídas as operações imobiliárias para as quais haja registro de custo orçado (IN SRF n° 25, de 1999, art. 1° , I, e art. 2° ). 13.11.5 - Receitas Tributadas na Fonte. As importâncias pagas ou creditadas à pessoa jurídica, sujeitas à incidência do imposto na fonte, terão o seguinte tratamento:

a. quando decorrentes da prestação de serviços caracterizadamente de natureza profissional, de comissões, corretagens ou quaisquer outras remunerações pela representação comercial ou pela

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Cap~13~14.doc 27

mediação na realização de negócios civis e comerciais e da prestação de serviços de propaganda e publicidade serão incluídas como receitas de prestação de serviços e o imposto retido na fonte poderá ser compensado com o devido trimestralmente. Para efeito de compensação, o imposto pago ou retido, constante de documento hábil, será compensado pelos valores originais, sem qualquer atualização (art. 75, parágrafo único da Lei nº 9.430, de 1996).

Quando o imposto a compensar for superior ao imposto devido no trimestre, o excesso poderá ser compensado nos trimestres subseqüentes, acrescido dos juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - Selic, para títulos federais, acumulada mensalmente, a partir do primeiro dia do trimestre subseqüente até o mês anterior ao da compensação e de 1% (um por cento) no mês da compensação; b) Os rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa,

renda variável ou juros sobre o capital próprio serão incluídos na base de cálculo e o imposto pago ou retido incidente sobre esses rendimentos poderá ser compensado com o imposto devido trimestralmente. Para efeito de compensação, o imposto pago ou retido, constante de documento hábil, será compensado pelos valores originais, sem qualquer atualização (art. 75, parágrafo único da Lei nº 9.430, de 1996).

c) Serão considerados tributados exclusivamente na fonte

os rendimentos decorrentes de participações societárias, sempre que tais rendimentos sofrerem tributação na fonte

observada a legislação da época em que os mesmos forem gerados

Imposto Tipo de Atividades Alíquota Base de

Cálculo Observação

IR - Imposto de Renda sobre o Lucro Líquido

Comércio, Indústria e Serviços

1,2% Valor da Venda

CSLL -Contribuição

Social sobre o Lucro Líquido

Comércio, Indústria e Serviços

1,08% Valor da Venda

PIS - Programa de Integração

Social

Comércio, Indústria e Serviços

0,65% Valor da Venda

COFINS - Contribuição Financeira Social

Comércio, Indústria e Serviços

3,0% Valor da Venda

IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados

Indústria

Variável

Valor da Venda

O imposto sobre a venda deverá ser

compensado com o imposto sobre a

compra.

II - Imposto de Importação Importação Variável Valor da

Importação

ICMS - Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços

Indústria e Comércio

Variável De 0% a

25%

Valor da Venda

O imposto sobre a venda deverá ser

compensado com o imposto sobre a

compra.

ISS - Imposto sobre Serviços Serviços

Variável de 2% a

5%

Valor da Venda

Tab. 13.11 – Alíquotas dos Tributos - Lucro Presumido.

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13.11.6 – Exemplos de Aplicação. a) Lucro Presumido – trimestral. Seja calcular o montante do IR e da CSLL a ser pago no primeiro trimestre por uma empresa da construção civil que opera sob o sistema de empreitada. A empresa é optante pelo regime do lucro presumido e projetou os seguintes níveis de faturamentos para os dois primeiros semestres do exercício seguinte:

Faturamento Projetado para o Exercício Seguinte Mês Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Faturamento 987 1.250 1.400 1.420 1.420 1.450 R$ mil Base de Cálculo: BC = φLP × RB. Valor do Tributo: IRLP = 0,15 x BC + 0,10 x ( BC – 60.000) a) Imposto de Renda Operação R$ Receita Bruta no trimestre: 987+1250+1400 = 3.637,00 Base de cálculo: 8% RB 0,08 × 3.637 = 290,96 Imposto de Renda 0,15 × 290,96 = 43.644,00 Excesso do imposto = 290,96 - 60 0,10 × 230,96 = 23.096,00 Total do Imposto de Renda 43.644,00+23.096,00 66.740,00 Do quadro acima verifica-se que o imposto de renda devido no trimestre é de R$ 66.740,00. b) CSLL Operação R$ Base de Calculo: 9% RB 0,09 × 3.637.000,00 327.330,00CSLL: 12% BC 0,12 × 327.330,00 39.279,60

Do quadro acima verifica-se que a CSLL devida no trimestre é de R$ 39.279,00 Finalizando, o total de tributo devido no trimestre monta a 106.019,60 R$. b) Alíquota Final. Uma empresa que vende produtos de fabricação própria e optante pelo regime do lucro presumido deseja conhecer a alíquota final ou real a incidir sobre o preço de seus produtos. A empresa presume faturar, no próximo exercício R$ 4.600.000,00. Assim sendo solicita-se: o montante do imposto de renda a pagar no próximo exercício e o percentual do mesmo sobre o faturamento previsto. - Case de cálculo BC = φ LP x RB = 0,08 x 4.600.000,00 BC = 368.000,00

- Imposto de Renda a pagar Como se esta trabalhando em base anual, o valor a deduzir do excesso é de R$ 240.000,00. IRLP = 0,15 x BC + 0,10 x (BC – 240.000) IRLP = 0,15 x 368.000 + 0,10 x ( 368.000 – 240.000) = 68.000,00 R$ - Percentual de tributação:

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Cap~13~14.doc 29

%,,,..

,.oFaturament

IRLP*LP 48101480

0000060040000068

⇒===α

c) Tributação do Excesso. (11) Seja o caso de uma empresa construtora que faturou R$ 4.500.000,00 no trimestre e teve rendimentos de aplicações financeiras de R$ 100.000,00. E, que se enquadra na faixa de 8% quanto ao Lucro Presumido. Quando houver receitas financeiras e outros ganhos de capital deve-se aplicar a alíquota de 15% para o cálculo do Imposto de Renda (IRPJ) e de 12% para a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) sobre o valor bruto destas receitas. Como a empresa apurou "lucro presumido" superior a R$ 60.000,00, no trimestre, deve ainda calcular o valor do Adicional de Imposto de Renda. Aplica-se então a alíquota complementar de 10% sobre o valor que exceder a R$ 60 mil. Assim sendo, haverá um acréscimo adicional no IRPJ de R$ 30 mil e R$ 10 mil, respectivamente, referentes à receita bruta e à receita financeira. É interessante notar que, tanto a CSLL como o IRPJ, e eventual adicional, devem ser pagos trimestralmente, enquanto o PIS e o COFINS tem vencimento mensal (vide agenda de obrigações mensais). 11 Exemplo extraído do portal: http://www.consultorfiscal.com.br/frames/assuntos/federais/federais13.htm Vide Lei nº 11.196 de 2005.

Valores a Pagar - Resumo PIS-PASEP 29.900,00 COFINS 138.000,00 CSLL 60.600,00 IRPJ 69.000,00 Adicional de IRPJ 40.000,00 T O T A L - R$ 337.500,00

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Cap~13~14.doc 30

Receita Valor Lucro

Presumido 8%

Parcela excedente

PIS 0,65%

COFINS 3,0%

CSLL 1,08% 12%

IRPJ 15%

Adicional IRPJ 10%

Receita bruta 4.500.000,00 360.000,00 300.000,00 29.250,00 135.000,00 48.600,00 54.000,00 30.000,00

Receita financeira 100.000,00 100.000,00 100.000,00 650,00 3.000,00 12.000,00 15.000,00 10.000,00

Total 4.600.000,00 460.000,00 400.000,00 29.900,00 138.000,00 60.600,00 69.000,00 40.000,00

Receita Valor Lucro

Presumido 8%

Parcela excedente

PIS 0,65%

COFINS 3,0%

CSLL 1,08% 12%

IRPJ 15%

Adicional IRPJ 10%

Receita bruta 4.500.000,00 360.000,00 300.000,00 29.250,00 135.000,00 48.600,00 54.000,00 30.000,00

Receita financeira 100.000,00 100.000,00 100.000,00 650,00 3.000,00 12.000,00 15.000,00 10.000,00

Total 4.600.000,00 460.000,00 400.000,00 29.900,00 138.000,00 60.600,00 69.000,00 40.000,00

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Cap~13~14.doc 31

13.12 – O Simples Nacional. 13.12.1 – Definições. O Simples Nacional é uma forma especial de tributação, instituída para simplificar o recolhimento de tributos federais e beneficiar micro e pequenas empresas, conforme estabelecido pela respectiva legislação. (Ver Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006.)

Consideram-se microempresas ou empresas de pequeno

porte (12): a sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário (13) devidamente inscritos no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:

I – no caso das microempresas, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais);

(12) Segundo estabelece o Art. 3º da Lei Complementar nº 123. (13) Segundo o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002.

II – no caso das empresas de pequeno porte, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais).

Essas empresas poderão recolher os impostos federais, IR, CSLL, PIS, COFINS e IPI de forma unificada, com alíquotas que variam de 3,0% a 19,65%, segundo atuem no comércio, na indústria ou na prestação de serviço. No caso da empresa se enquadrar, também, como contribuinte do IPI as alíquotas serão acrescidas de 0,5%.

Ressalta-se que o ISS, de competência municipal, e o ICMS, de competência estadual, são devidos e determinados segundo a legislação específica. O Simples Nacional é utilizado apenas para o caso dos tributos federais.

Nem todas as atividades empresariais ou de serviços podem adotar o simples, a exemplo dos profissionais liberais, pelo qual se recomenda consultar o texto da Lei Complementar nº 123.(14)

Estão, também, as micro e pequenas empresas enquadradas no Simples Federal isentas da contribuição ao INSS da parte do Empregador. (SEBRAE-SP. 2007).

Na Tab. 13.12 – Alíquotas do Simples Nacional estão relacionadas às somas das alíquotas relativas aos tributos federais IR, CSLL, PIS, COFINS, IPI, para o caso do comercio, da indústria e da prestação de serviços. E, considerando o somatório das alíquotas para cada nível de faturamento anual.

(14) Para ver toda a Legislação Brasileira, recomenda-se acessar o portal WWW.senado.gov.br.

Micro Empresa < R$ 240.000,00.

Empresa de Pequeno Porte < R$ 2.400.000,00.

Receita Bruta Anual

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Cap~13~14.doc 32

É interessante notar que, segundo os parágrafos 9º e 10º do Art. 3º da LC nº 123, a micro e a empresa de pequeno porte que, no ano-calendário, exceder o limite de receita bruta anual previsto fica excluída, no ano-calendário seguinte, do regime diferenciado e favorecido previsto por esta Lei Complementar.

Simples Nacional

Faturamento Anual Comércio Indústria

Serviços (quando ultrapassar a 30% do

faturamento)

Até R$ 60.000 3,0% 3,5% 5,25%

De R$ 60.000,01 a R$ 90.000

4,0% 4,5% 6,75%

De R$ 90.000,01 a R$ 120.000

5,0% 5,5% 8,25%

De R$ 120.000,01 a R$ 240.000

5,4% 5,9% 8, 85%

De R$ 240.000,01 a R$ 360.000

5,8% 6,3% 9,45%

De R$ 360.000,01 a R$ 480.000

6,2% 6,7% 10,05%

De R$ 480.000,01 a R$ 600.000

6,6% 7,1% 10,65%

De R$ 600.000,01 a R$ 720.000

7,0% 7,5% 11,25%

De R$ 720.000,01 a R$ 840.000

7,4% 7,9% 11,85%

De R$ 840.000,01 a R$ 960.000

7,8% 8,3% 12,45%

De R$ 960.000,01 a R$ 1.080.000

8,2% 8,7% 13,05%

De R$ 1.080.000,01 a R$ 1.200.000

8,6% 9,1% 13,65%

De R$ 1.200.000,01 a R$ 1.320.000 9,0% 9,5% 14,25%

De R$ 1.320.000,01 a R$ 1.440.000 9,4% 9,9% 14,85%

De R$ 1.440.000,01 a R$ 1.560.000 9,8% 10,30% 15,45%

De R$ 1.560.000,01 a R$ 1.680.000 10,20% 10,70% 16,05%

De R$ 1.680.000,01 a R$ 1.800.000 10,60% 11,10% 16,65%

De R$ 1.800.000,01 a R$ 1.920.000 11,00% 11,50% 17,25%

De R$ 1.920.000,01 a R$ 2.040.000 11,40% 11,90% 17,85%

De R$ 2.040.000,01 a R$ 2.160.000 11,80% 12,30% 18,45%

De R$ 2.160.000,01 a R$ 2.280.000 12,20% 12,70% 19,05%

De R$ 2.280.000,01 a R$ 2.400.000 12,60% 13,10% 19,65%

Tributos Federais incluídos : IR, CSLL, PIS, COFINS, IPI Tab. 13.12 – Alíquotas do Simples Nacional

13.12.2 – Calculo do Tributo.

Adotando com nomenclatura: TSN correspondendo ao valor do tributo a ser pago; αSN a alíquota do Simples Nacional

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conforme estabelecido na Tab.13.13; e PV o preço de vendas ou faturamento.

O valor do tributo, TSN, é dado por:

TSN = αSN x PV

13.12.3 – Exemplo. Seja calcular o valor dos tributos devidos sobre uma nota fiscal no valor de R$ 15.200,00. A empresa emissora da nota atua no ramo de serviços e é optante pelo Simples Nacional. O faturamento anual previsto se enquadra na faixa de R$ 120.000,01 a R$ 240.000,00. Nesta situação, a alíquota do Simples Nacional é de 8,85% e o ISS devido à prefeitura da municipalidade de 5%. Considerando, a incidência de dois tributos sobre o valor da nota ou seja, a mesma base de calculo, estas alíquotas incidentes sobre o faturamento devem ser somadas. Então:

TSN = (αSN + αISS) x PB

TSN = (0,085 + 0,05) x 15.200,00 = 2.052,00 R$

13.13 – Da Incorporação de Edifícios. No caso de incorporações imobiliárias realizadas segundo o disposto na Lei de Incorporações e Condomínios, Lei nº 4.591, de 16.12. 1964, e tendo em vista o que dispões a

Lei nº 10.931, de 2.08. 2004 relativa a vinculação do patrimônio de afetação das incorporações imobiliárias e tendo em vista o que reza o art. 111 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005, ficou instituído a unificação dos tributos relativos às receitas vinculadas à incorporação e escrituradas em livro específico para cada obra. Deste modo foi estabelecida uma alíquota única, tendo por base de calculo as receitas mensais da incorporação, no valor de 7% (sete por cento).

Esta alíquota de 7% corresponderá ao pagamento unificado dos seguintes tributos: IRPJ; CSLL; PIS/PASEP; e do COFINS. O pagamento do tributo unificado deverá ocorrer até ao 10º dia do mês subseqüente ao do auferimento da receita. 13.14 – Construção Civil 13.14.1- Composição dos tributos sobre o faturamento. Nas tabelas Fig.13.13 e 13.14, são mostrados dois exemplos de composição dos tributos incidentes sobre o faturamento de empreitadas, caso a empresa tenha optado, respectivamente, pelo regime do lucro real ou do lucro presumido. No caso em pauta, o ISS é o devido à PM de Florianópolis – SC. Esta municipalidade determina duas alíquotas: 3% do valor da nota fiscal quando ocorre fornecimento de material; 5% sobre o valor da nota fiscal para o caso de empreitada eminentemente “de lavor”.

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Empresa de Serviços – Empreitada

Optante pelo lucro real

Imposto – Alíquota Com

fornecimento de material

Sem fornecimento de material

• Imposto s/ Serviços – ISS 3,00% 5,00% • COFINS 7,60% 7,60% • PIS (15) 1,65% 1,65% • CPMF 0,00% 0,00% Total dos Tributos 12,25% 14,25%

Tab. 13.13 – Tributos Incidentes sobre o Faturamento

Empresa de Serviços – Empreitada Optante pelo lucro presumido

Imposto – Alíquota Com

fornecimento de material

Sem fornecimento de

material • Imposto s/ Serviços – ISS 3,00% 5,00% • COFINS 3,00% 3,00% • PIS 0,65% 0,65% • CPMF 0,00% 0,00% • Contribuição Social 0,96% 0,96% Total dos Tributos 7,61% 9,61% Fonte: Receita Federal 2007.

Tab. 13.14 - Tributos Incidentes sobre o Faturamento

(15) Lei nº 11.196 de 21.11.2005 – Art. 46.

Analisando os dois exemplos, constata-se uma variação do somatório dos tributos incidentes sobre o faturamento ocorrendo entre 7,61% a 14,25% do valor da nota fiscal. São valores expressivos a serem adequadamente considerados na formação do preço de venda. Ocorrendo erro ou falta de entendimento quanto à adoção da alíquota correta, pode ocorrer prejuízo, ou redução do lucro esperado, e também perca de competitividade quando adotada uma alíquota superior à devida. 13.14.2 - Análise de Sensibilidade. Seja o caso de uma empresa constituída em cotas de responsabilidade limitada, atuante na indústria da construção civil cujos contratos, predominantemente, são de empreitada de material e mão de obra. O objetivo da análise é definir se a empresa, com um faturamento previsto para o próximo exercício montando a R$ 10,70 milhões, deverá optar pelo regime do lucro real ou do lucro presumido. O estudo de decisão recomenda elaborar o DRE sob diversos cenários, visando verificar qual deles oferece a possibilidade de alcançar o maior lucro do exercício. Cenários propostos: 1º. A empresa considera grande a possibilidade de alcançar a

previsão de receita orçada ( 1º cenário);

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2º. Poderá ocorrer uma redução de faturamento na ordem de 20%, mantidos os custos fixos (2º cenário);

1º Cenário: Neste cenário é desenvolvido o demonstrativo do lucro da empresa, considerando uma receita operacional prevista no montante de R$ 10.700.000,00, calculada sob o regime do lucro real e do lucro presumido. Ver Tab. 13.13 – Caso do Lucro Real e Tab.13.14– Caso do Lucro Presumido, ambas correspondendo à realização de 100% do faturamento previsto. Na definição dos valores do PIS-Pasep e do COFINS, no caso de apuração pelo lucro real, Tab.13.15, foi considerado o regime de incidência não-cumulativa, o que permite o desconto de créditos apurados com base em custos, despesas e encargos já pagos a outros fornecedores. Para efetuar o calculo do desconto de créditos apurados, foi considerado que 25% dos dispêndios efetuados com o custo de produtos vendidos possam ter os valores de PIS e Confins compensados, respectivamente em R$ 17.737,50 e R$ 81.700,00. Ou seja, estes créditos foram calculados do seguinte modo:

COFINS = 4.300.000,00× 0,25 × 0,0165 = 17.737,50 R$ PIS = 4.300.000,00× 0,25 × 0,0760 = 81.700,00 R$

Então, os valores em questão orçados para 2.008 são: PIS-Pasep = 10.700.000,00×0,0165–17.737,00 = 158.813,00 R$

COFINS = 10.700.000,00 × 0,076 – 81.700,00 = 731.500,00 R$ No caso da empresa ser optante pelo lucro real, o cálculo dos tributos: Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido; é realizado como abaixo:

IR = (LAIR × 0,15) + (LAIR – 240.000 ) × 0,10 IR = 639.321,75 R$

Demonstrativo do Resultado do Exercício

Previsão – 200x - 100% Faturamento Item CR$

3.1. Receita Operacional 10.700.000,00 3.2. Deduções

• ISS 3,00% 321.000,00 • COFINS 7,60% - desc 731.500,00 • PIS-Pasep 1,65% - desc 158.813,00 • ICMS - - • IPI - -

3.3. Receita Líquida 9.448.687,00 3.4. Custos de Produtos Vendidos 4.300.000,00 3.5. Lucro Operacional Bruto 5.188.687,00 3.6. Despesas Operacionais 2.535.400,00 - Despesas Administrativas 1.640.400,00 - Despesas de Vendas 360.000,00

- Depreciação 135.000,00 - Encargos Financeiros 400.000,00

3.7. Lucro Operacional ou LAIR 2.653.287,00 3.8. Provisões

• Imp. De Renda 15% + 10% 639.321,75 • CSLL 9% do LAIR 238.795,83

3.9. Lucro do Exercício 1.775.169,42 3.10. Depreciação (+) 135.000,00 3.11 – Geração anual de caixa 1.910.169,42

Tab. 13.15 – Caso do Lucro Real

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Demonstrativo do Resultado do Exercício

Previsão – 200x - 100% Faturamento Item CR$

3.1 – Receita Operacional – Presumida 10.700.000,003.2 – Deduções

• ISS 3,00% 321.000,00• COFINS 3,00% 321.000,00• PIS 0,65% 69.550,00• ICMS - - • IPI - - • Imp. De Renda 8% da Rec. Pré. 856.000,00• CSSL 12% BC × 8% 102.720,00

3.3- Receita Líquida 9.029.730,003.4 – Custos de Produtos Vendidos 4.300.000,003.5 – Lucro Operacional Bruto 4.729.730,003.6 – Despesas Operacionais

• Despesas Administrativas 1.640.400,00• Despesas de Vendas 360.000,00• Depreciação 0,00• Encargos Financeiros 400.000,00

3.7 - Lucro Operacional ou LAIR 2.329.330,003.8 - Provisões -

• Imp. de Renda - - • CSLL - -

3.9. Lucro do Exercício 2.329.330,003.10. Depreciação 0,003.11 – Geração anual de caixa 2.329.330,00

Tab.13.16– Caso do Lucro Presumido

A CSLL é dada por: CSLL = 0,09 X LAIR = 238.795,83 Depois de projetadas as possíveis despesas operacionais, e calculados os lucros previstos, conforme demonstrado nas Tab. 13.15 e Tab.13.16, constata-se uma desvantagem econômica da opção do lucro real em relação à opção do lucro presumido no valor de 419.160,58 R$, pois:

∆VA = LR – LP. ∆VA =1.910.169,42 – 2.329.330,00= - 419.160,58 R$ 2º Cenário: Neste caso foi analisado haver uma frustração do faturamento previsto na ordem de 20%. Com a redução do faturamento foi prevista uma redução nos custos dos produtos vendidos, na mesma ordem. As demais despesas foram mantidas conforme a previsão inicial, a menos dos encargos financeiros. A definição dos valores do PIS-Pasep e do COFINS, no caso de apuração pelo lucro real, foi previsto ocorrer sob regime de incidência não-cumulativa, o que permite o desconto de créditos apurados com base em custos, despesas e encargos já pagos a outros fornecedores. Do mesmo modo que efetuado no Cenário-1, foi considerado que 25% dos dispêndios efetuados com o custo de produtos vendidos possam ter os valores de PIS e Confins compensados, respectivamente, em R$ 14.190,00 (3.440.000 × 0,25 × 0,0165 =14.190,00) e, R$ 65.360,00 (3.440.000 × 0,25 × 0,076 = 65.360,00). Então, os valores em questão orçados para o exercício seguinte foram: COFINS = 8.560.000,00 × 0,076 – 65.360,00 = 585.200,00 PIS-Pasep = 8.560.000,00 × 0,0165 – 14.190,00 = 127.050,00

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Cap~13~14.doc 37

No lucro real, a CSLL corresponde a 9% do LAIR e o Imposto de Renda é calculado como abaixo:

IR = (1.657.550,00× 0,15) + (1.657.550,00 – 240.000 ) × 0,10 IR = 429.555,50 R$

Demonstrativo do Resultado do Exercício Realizado – 2008 - 80% do Faturamento

Item CR$ 3.1 -Receita Operacional (-) 20% 8.560.000,003.2 - Deduções

• ISS 3,00% 256.800,00• COFINS 7,60% - desc 585.200,00• PIS 1,65% - desc 127.050,00 • ICMS - - • IPI - -

3.3 - Receita Líquida 7.590.950,003.4 - Custos de Produtos Vendidos 3.440.000,003.5 - Lucro Operacional Bruto 4.150.950,003.6 - Despesas Operacionais

• Despesas Administrativas 1.640.400,00• Despesas de Vendas 360.000,00• Depreciação 135.000,00• Encargos Financeiros 358.000,00

3.7 - Lucro Operacional ou LAIR 1.657.550,003.8 - Provisões

• Provisão IR 15% + 10% ex 390.387,50• Provisão CSLL 9% do LAIR 149.179,50

3.9 – Lucro do exercício 1.117.983,003.10 – Depreciação (+) 135.000,003. 11 - Geração anual de caixa 1.252.983,00

Tab. 13.17 – Caso do Lucro Real

Demonstrativo do Resultado do Exercício Realizado – 2008 - 80% do Faturamento

Item CR$ 3.0 – Receita Presumida 10.700.000,00 3.1 – Receita Realizada ( -20%) 8.560.000,00 3.2 – Deduções

• ISS 3,00% 321.000,00 • COFINS 3,00% 321.000,00 • PIS 0,65% 69.550,00 • ICMS - - • IPI - - • Imp. De Renda 8% da Rec Pre 856.000,00 • CSSL 12% BC × 8% 102.720,00

3.3 – Receita Líquida 6.889.730,00 3.4 – Custos de Produtos Vendidos 3.870.000,00 3.5 – Lucro Operacional Bruto 3.019.730,00 3.6 – Despesas Operacionais

• Despesas Administrativas 1.640.400,00 • Despesas de Vendas 360.000,00 • Depreciação 0,00 • Encargos Financeiros 358.000,00

3.7 - Lucro Operacional ou LAIR 661.330,00 3.8 - Provisões -

• Provisão IR - - • Provisão CSLL - -

3.9. Lucro do Exercício 661.330,00 3.10. Depreciação 0,00 3.11 – Geração anual de caixa 661.330,00

Tab.13.18– Caso do Lucro Presumido Comparando o resultado da demonstração do lucro obtido nas Tab. 13.17 e Tab.13.18, constata-se uma vantagem econômica da opção do lucro real em relação à opção do lucro presumido no valor de 591.653,00 R$, pois:

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Cap~13~14.doc 38

∆VA = LR - LP

∆VA = 1.252.983,00 – 661.330,00 = 591.653,00 R$ Ocorrendo uma frustração de faturamento, a diferença havida na geração anual de caixa em favor lucro real aumenta significativamente. Ainda mais, os tributos, no caso do lucro presumido, deverão ser recolhidos aos cofres públicos trimestralmente com base na receita presumida, ou seja: R$ 10.700.000,00. Financeiramente, no caso de frustração de receita, a vantagem do lucro real aumenta, pois os tributos sobre o lucro somente serão recolhidos após apurado o lucro real e no exercício seguinte.

Opção Realização Geração de CaixaLucro Real 100% do Faturamento 1.910.169,42 R$ Lucro Presumido 100% do Faturamento 2.329.330,00 R$ Lucro Real 80% do Faturamento 1.252.983,00 R$ Lucro Presumido 80% do Faturamento 661.330,00 R$

Tab.13.19 – Comparando Opções Comparando os quatro resultados obtidos, verifica-se a diferença dos resultados em favor do lucro real ou do lucro presumido conforme a realização da previsão do planejamento. Concluindo, cabe ao gestor acompanhar as oscilações e o comportamento do mercado visando decidir por um sistema de apuração tributária que melhor favoreça a geração anual de caixa.

13.15 – Exercícios propostos a) Percentual Limite. Considerando a análise de sensibilidade realizada no item 13.14.2, efetue um estudo definindo o nível de faturamento em que ocorra indiferença em se optar pelo regime do lucro real ou do lucro presumido. b) Empreiteira de Mão de Obra. Seja o caso de uma pequena empreiteira que atua no ramo da construção civil, mais especificamente oferecendo serviços de recuperação, reforma e impermeabilização de edificações. O preço dos serviços é orçado fazendo incidir um BDI sobre os custos dos materiais e da mão de obra necessária a cumprir os contratos. O seu objetivo é analisar o balanço projetado da empresa para o próximo exercício, visando analisar se ela deve optar pelo regime do lucro real, do lucro presumido ou do simples nacional. Os dados dos custos previstos estão relacionados no DRE em anexo a ser complementado para cada análise.

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Cap~13~14.doc 39

DRE Item R$

1. Faturamento 2.350.000,002. Deduções à Receita 3. Custos Diretos

• Salários 364.000,00• Encargos Sociais 240.000,00• Aluguel de Veículos 32.000,00• Aluguel de equipamentos 60.000,00• Materiais 210.000,00

4. Lucro Operacional Bruto 5. Despesas Gerais e Administrativas

• Pró labore 106.000,00• Salários 36.000,00• Encargos Sociais 25.000,00• Serviços Públicos 24.000,00• Materiais de expediente 8.000,00• Diárias 15.000,00

6. Lucro Operacional Líquido 7. Depreciação 20.400,008. Resultado Financeiro

• Juros pagos – Serv. Bancos 4.500,00• Juros recebidos 31.000,00

9. Lucro Operacional 10. Provisões

• Imposto de Renda • CSLL

11. Lucro Líquido do Exercício

c) Empresa Industrial.

Você atua, profissionalmente, como assistente do superintendente da Efluviol Ltda., empresa que atua no segmento industrial. Transcorria o mês de outubro quando o superintendente lhe atribuiu os seguintes encargos: 1º - Avaliar o nível de faturamento para o próximo exercício. 2º - Verificar qual dos regimes contábeis seria o mais favorável para a empresa. Se o do lucro real ou o do lucre presumido. Isto porque no próximo mês de dezembro, segundo a legislação fiscal, a empresa deveria optar por qual dos regimes a adotar no próximo exercício. Para tanto, você dispõem das seguintes informações: b) Custos totais para o próximo exercício, R$ 850 mil mensais; c) Depreciação legal anual, R$ 375 mil; d) IPI, alíquota de 15%; e) ICMS: na venda 17% e na compra 12%; f) Margem de contribuição de 18%. g) A empresa não é inscrita no ISS.

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Cap~13~14.doc 40

14 - Encargos Sociais e Trabalhistas. 14.1 - Introdução. Sob o título encargos sociais é apropriada uma série de custos sociais e trabalhistas a serem suportados por patrões e empregados. Os empregadores são responsáveis pelo cumprimento de obrigações sociais e trabalhistas. Obrigações ou encargos trabalhistas são aqueles pagos aos empregados além do salário pactuado, mensalmente ou por motivo de rescisão contratual. As obrigações sociais são devidas à seguridade social, o INSS, e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, o FGTS. Ao empregado cumpre, apenas, o pagamento da seguridade social, o INSS.

Alerta-se que os encargos sociais a serem recolhidos ou pagos devem ser calculados para cada empregado isoladamente. Isto porque, numa mesma empresa, as condições de trabalho variam conforme o local de atividade do indivíduo, do nível salarial, do número de horas extras realizadas, do turno de trabalho, do trabalho realizado em área de risco, da opção da empresa em adotar a contabilidade pelo lucro real ou ser optante do Simples, etc. Assim sendo, dois trabalhadores que tenham o mesmo salário hora ou o mesmo salário básico mensal, podem receber importâncias distintas no final do mês. Como rápido exemplo da assertiva acima, seja o caso de pagamento de periculosidade a trabalhadores que atuam em locais ou serviços considerados de risco e que percebem um adicional de 30% sobre o valor do salário. Trabalhadores da mesma empresa que não atuem em área de risco, porém percebam o mesmo salário base, não fazem jus a este percentual. 14.2 – Cálculo dos Encargos. 14.2.1 – Os Tipos de Encargos.

Para o cálculo do custo da mão-de-obra, é necessário

determinar a incidência dos encargos e contribuições sobre a folha salarial e que são:

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Cap~13~14.doc 41

I - Encargos Sociais: o INSS, o FGTS, o salário educação; o SESI; o SENAI; o INCRA e o seguro acidente;

II – Encargos Trabalhistas: horas extras, a provisão de

para pagamento das férias, o abono constitucional (⅓) de férias, o 13º salário, o salário família, o auxílio maternidade, os adicionais de periculosidade e insalubridade, o descanso semanal remunerado, o aprovisionamento para a demissão sem justa causa e o auxilio doença.

Há que se considerar, também, a reincidência do INSS

sobre o valor das férias, do abono de férias, do 13º salário e do descanso semanal remunerado quando o trabalhador é horista.

Somente não ocorre reincidência do INSS sobre

encargos considerados como verbas indenizatórias e procedentes de rescisão imotivada do contrato de trabalho quais sejam: o aviso prévio remunerado; a indenização relativa à dispensa sem justa causa e a indenização de férias.

Existem algumas despesas que são consideradas

encargos sociais provenientes de acordos sindicais ou mesmo liberalidades da empresa a exemplo de: vale transporte; o vale refeição; e as despesas com assistência médica complementar.

Finalizando, recomenda-se efetuar o cálculo dos

encargos do trabalho, dos provisionamentos e dos encargos sociais básicos, partindo do valor unitário da hora normal, seja o trabalhador horista ou mensalista. 14.2.2 – Metodologia.

Sugere-se a seguinte metodologia ao se calcular o montante dos encargos sociais atribuídos a cada empregado:

1º) Definir o valor da hora normal e das extraordinárias; 2º) Calcular os encargos do trabalho – horas extraordinárias; 3º) Calcular os Encargos Sociais Básicos; 4º) Calcular o aprovisionamento de encargos do trabalho; 5º) Calcular o aprovisionamento dos Encargos Sociais; 6º) Calcular a reincidência de encargos sociais sobre os

encargos trabalhistas; 7º) Somar as despesas oriundas de acordos sindicais ou

liberalidades da empresa; 14.2.3 - Horas normais e extraordinárias. O salário mensal ou total é calculado sobre o número de horas trabalhadas durante o mês, computadas como horas normais e extraordinárias seja o empregado horista ou mensalista. Assim sendo, o salário total a ser pago, mensalmente, a um empregado é função do somatório das horas normais trabalhadas e das horas extraordinárias realizadas quais sejam: a hora extra normal; a hora noturna normal; a hora extra cumprida em domingos ou feriados e as horas de sobreaviso. As horas normais correspondem a uma carga de trabalho diurna constitucionalmente estabelecida em 44 horas semanais. Ao trabalhar além desta carga semanal ou em horário noturno, ocorre a incidência de hora extraordinária cujo valor é percentualmente superior ao da hora normal.

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I – Horas Normais. O valor da hora normal do horista é aquela lançada na carteira profissional. Como previsão da carga de trabalho mensal de um trabalhador horista pode-se efetuar o seguinte procedimento:

HH = = 44 x 4,34 = 191 horas por mês. A hora normal do mensalista é definida em função do número mensal de horas trabalhadas. O número mensal de horas estipulado para uma jornada de trabalho de 44 horas semanais é de 220 horas, calculadas como abaixo. (16) A jornada máxima legal é de 44 horas semanais. Dessa forma, se um empregado for admitido para laborar em jornada de 44 horas semanais, o divisor para se encontrar o salário-hora do empregado é de 220 horas. TEFLUS, 20008. • Jornada de 44 horas semanais = 220 horas semanais HM = 44 x 4 (jornada mensal) + 44 (repouso) = 220 horas Caso o mesmo seja admitido para laborar em jornada de 40 horas semanais, esse divisor deverá ser reduzido para 200 horas, que pode ser calculado da seguinte forma: • Jornada de 40 horas semanais = 200 horas mensais HM = 40 x 4 (jornada mensal) + 40 (repouso) = 200 horas

(16) CLT Art. 486 § 3º - Se pago por hora, a indenização apurar-se-á na base de 220 (duzentas e vinte) horas por mês. http://www.teflus.com.br/contabil/informativo.27.11.2008.

II – Horas Extraordinárias.

O valor das horas extraordinárias é calculado como um acréscimo no valor das horas normais seja o empregado horista ou mensalista.

Comentando a avaliação dessas horas: a) A hora noturna apresenta um tempo menor do que a hora

normal, correspondendo a um período de 52’ e 30“. Ver Art. 73 da CLT.

Como exemplo de calculo de remuneração de horas

noturnas, seja o caso um indivíduo trabalhe 2 horas relógio, o que corresponde a 120 minutos. O pagamento dessas horas será efetuado da seguinte maneira:

20% de acréscimo sobre 2 horas noturnas:...... 105 minutos. 20% de acréscimo sobre 0,25 horas:................. 15 minutos.

Total .................................................................. 120 minutos. b) Se o indivíduo trabalhar em horário noturno realizando

hora extra, além das duas horas extras normais, fará juz à soma

• Hora extra normal..........................................50% • Hora noturna normal .....................................20% • Hora extra em domingos e feriados............100% • Sobreaviso.................................. 1/3 hora normal

Horas Extraordinárias

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das horas extras com as horas noturnas, o que perfaz um adicional de 70% ( 50%+20%). (17).

c) Aquele que cumprir hora extra em domingos e feriados

será remunerado cumulativamente. A remuneração das horas nessas condições é de 150% ( 100%+50%) sobre o valor da hora normal.

d) Considera-se em "sobreaviso" o empregado que

permanecer em sua própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço.

Cada escala de "sobreaviso" será, no máximo, de 24 (vinte

e quatro) horas. As horas de "sobreaviso", para todos os efeitos, serão contadas à razão de 1/3 (um terço) da hora relativa ao salário normal. 14.2.4 – Índice de Encargos. Havendo o interesse em estabelecer um índice único de encargos sociais para a empresa como um todo, especialmente quando se deseja compor orçamento de mão de obra, o mesmo pode ser efetuado ao ser adotado o seguinte modelo:

ntohadePagameTotaldaFolosSociaisargcTotaldosEnIES =

(17) HORA EXTRA NOTURNA = Havendo prestação de horas extras no horário noturno, o empregado fará jus aos adicionais noturno e extra (20% + 50%), cumulativamente, conforme Enunciado II da Súmula nº 60 TST: "Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT." Do site: www.buchner.com.br. Em 30.09.2008

No modelo acima, em numerador são agregados todos os encargos sociais incorridos o que corresponde à soma dos encargos pagos aos trabalhadores, sejam horistas ou mensalistas, e aqueles devidos à seguridade social. Em denominador, somente devem ser considerados a soma dos salários segundo o pactuado em carteira de trabalho, ou seja, o salário base do trabalhador. ( Avila & Jungles, 2006). Ao ser calculado o total dos encargos sociais devidos pelo empregador quando este orça custos e preços, alerta-se que não se deve considerar a parte do assalariado, já que este montante é retido. Ao empregador cabe a obrigação legal do recolhimento e o repasse aos cofres da previdência social. Como exemplo, seja uma empresa cuja folha de pagamento básica some 234 mil reais e os encargos sociais de sua atribuição montem a R$ 346.320,00. O índice de encargos sociais, neste caso, é de 1,48, pois:

4810000023400320346 ,,.,.IES ==

A folha básica de pagamentos corresponde o somatório dos salários base. Neste salário base não são computados: os demais encargos decorrentes do trabalho, os encargos sociais, acordos sindicais, a reincidência de encargos sociais sobre os encargos do trabalho, os provisionamentos e outras despesas definidas como liberalidade da empresa. Ao ser calculado o total dos encargos sociais devidos pelo empregador quando este orça custos e preços, alerta-se

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que não se deve considerar a parte do assalariado, já que este montante é retido do salário do empregado. Ao empregador cabe a obrigação legal do recolhimento e o repasse aos cofres da previdência social. 14.3 – Definição dos Encargos (18) 14.3.1 - Contribuição ao INSS

A contribuição ao INSS é devida por empregados e

empregadores. A contribuição do empregado ao INSS é recolhida sobre o

salário total e tem suas alíquotas variando de 8 a 11%, conforme a faixa salarial em que o mesmo estiver enquadrado.

O empregador, por sua vez, responde por uma contribuição de 12% sobre a soma dos salários de todos os empregados, independentemente de faixa salarial. Ver Tab. 14.1 – Contribuição ao INSS.

Faixas Salariais & Alíquotas INSS - 2008

Contribuinte Faixa – R$ Alíquota - % Até 911,70 8,00

911,71 a 1519,50 9,00 Assalariado

1519,51 a 3.038,99 11,00 Empregador s/ salário empregado 12,00

Tab. 14.1 – Contribuição ao INSS.

(18) Este item é um excerto do site http://sindcontagem.com.br/index. Em 13.07.2008. Fonte: Guia Trabalhista. Ver Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. CLT - Consolidação Das Leis Do Trabalho.

Ao orçar o custos de um produto, recomenda-se utilizar somente a alíquota referente a contribuição do empregador. Caso sejam somadas as duas alíquotas, a empresa perde competitividade, já que a contribuição do empregado é retirada do salário do mesmo e este já participa na composição dos custos diretos e indiretos.

14.3.2 - Encargos Previdenciários Básicos.

Os encargos previdenciários básicos são tributos devidos à Seguridade Social e a outras instituições especificadas em lei.

Integram estes encargos: a contribuição devida ao INSS; o

FGTS – Fundo de garantia por Tempo de Serviço; o Salário Educação; os recolhimentos ao SESI, SENAI e INCRA; e, também o Seguro Acidente de Trabalho – SAT.

Os encargos acima relacionados incidem sobre o total da remuneração recebida pelo trabalhador, seja ele horista ou mensalista, a que título for.

Alíquota - % Relação de

Encargos Horistas Mensalistas 1. INSS 2. FGTS 3. Salário Educação 4. SESI 5. SENAI 6. INCRA 7. Seguro Acidente -SAT

12,00 8,00 2,50 1,80 1,30 0,20 3,00

12,00 8,00 2,50 1,80 1,30 0,20 3,00

Total dos Encargos 28,80 28,80 Tab.14.2 – Encargos Sociais Básicos

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Cap~13~14.doc 45

Os encargos suportados pelo empregador e suas alíquotas estão relacionados Tab. 14.2 – Encargos Sociais Básicos.

Alerta-se que, nesta relação, a alíquota do INSS corresponde apenas à contribuição do empregador. O empregador, porém, tem a responsabilidade legal de recolher os encargos sociais de sua atribuição e a dos empregados. O Seguro Acidente de Trabalho, SAT, varia entre 1% e 3% segundo o ramo da indústria. O percentual de cada empresa depende do grau de periculosidade em que é enquadrada, conforme determinado pela legislação trabalhista. Como já comentado, não recebem a incidência desses encargos previdenciários as seguintes verbas indenizatórias: o aviso prévio remunerado; a indenização relativa à dispensa sem justa causa e a indenização de férias. (19)

14.3.3 – Descanso Semanal Remunerado - DSR. O Descanso Semanal Remunerado – DSR é devido, apenas, ao empregado horista e incide sobre o somatório das horas normais e das horas extras trabalhadas no periodo. No caso do trabalhador mensalista, este encargo já integra o salário base. O DSR é calculado arbitrando o número de dias úteis trabalhados e o número de domingos e feriados. Há, porém,

(19) Já existe sumula do TST confirmando este procedimento.

dois procedimentos adotados pelas empresas visando a sua determinação. 1º Procedimento: Por média mensal. Neste caso é considerada a ocorrência de uma média mensal de 25 (vinte e cinco) dias úteis por mês e 5 (cinco) domingos/feriados também por mês. O DSR, então corresponde a 20% das horas pagas.

êsasUteisdoMNúmerodeDiFeriados/gosminTotalDoDSR =

ST%STDSR 20255

⇒=

2º Procedimento: Por fração da semana. Há empresas, porém, que estabelecem, apenas, o domingo como dia de descanso, já que o sábado também é considerado dia de trabalho. Neste caso o DSR é calculado em base semanal. O DSR então é estabelecido como 1/6 do salário devido, ou seja, 16,67%. No entanto, a prática adotada pela maioria é aquela demonstrada no 1º procedimento.

ST%,STDSR 671661

⇒=

Muitas empresas incluem o valor do DSR no valor da hora

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pactuada com o empregado. Neste caso deve-se desconsiderar o percentual de acréscimo referente ao DSR.

14.3.4 - Auxílio-doença.

O auxílio doença é um provisionamento efetuado pelo empregador visando cobrir os custos inerentes ao afastamento do empregado do trabalho, motivado por doença.

E provisionamento, é rateado sobre o total da folha de

pagamentos. No caso do auxílio doença se utiliza a mesma sistemática

do aviso prévio indenizado, ou seja, é necessário que cada empresa saiba quantos dias/ano/empregado foram pagos aos empregados devido a afastamento do trabalho motivado por doença. E, com esta informação calcular, estatisticamente, qual o percentual mensal a ser atribuído a cada empregado.

Exemplo: No ano anterior, uma empresa pagou um total

de 400 dias de atestados/auxílio doença/afastamentos, tendo desembolsado por este motivo um total de R$ 14.800,00 no exercício.

Trabalharam na empresa, no ano em pauta, 200 funcionários, ai considerado os que foram admitidos, os demitidos e aqueles que permaneceram na empresa. O total da folha salários, no ano, foi de R$ 1.530.000,00.

SalarialTotalFolhatomAfastamenDespesascoAD =

Então o "índice" de atestados sobre a folha de pagamentos foi de 0,96732%, que corresponde a dividir R$ 14.800,00 por R$ 1.530.000,00.

Deve-se, então, acrescer a este índice os respectivos

encargos sociais e trabalhistas. 14.3.5 - Encargos mensais sobre 13º Salário. Os encargos mensais incidentes sobre o 13º salário são calculados, diferentemente, para os casos de empregados mensalistas e horistas. a) Trabalhador mensalista.

O 13º salário corresponde a 1/12 da remuneração total recebida durante o ano. Assim sendo, a provisão para o 13º salário deve ser efetuada mensalmente sobre o salário recebido, segundo o modelo:

ST%,STSalárioº 33812113 ⇒×=

b) Trabalhador horista. O calculo dos encargos incidentes sobre o 13º salário do trabalhador horista é efetuado do mesmo modo que o do mensalista, porém acrescido do percentual do DSR.

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Como o DSR é calculado sob duas metodologias, o calculo do 13º deve ser compatível com o procedimento normalmente adotado.

1º Procedimento - média mensal:

ST%ST),,(ST,º 10016700833012200

12113 ⇒×+=×

+=

2º Procedimento – fração da semana:

ST%,ST),,(ST,º 669013300833012160

12113 ⇒×+=×

+=

14.3.6 - Encargo mensal sobre Férias. Os encargos mensais incidentes sobre as férias são calculados, diferentemente, para os casos de empregados mensalistas e horistas. a) Encargo Mensal sobre as férias - mensalista. As férias do trabalhador horista correspondem a 1/12 do salário recebido durante o ano, acrescidas do abono constitucional correspondente a 1/3 do valor do salário de férias.

3121

121 ST

STFM +=

FM = 0,0833 ST + 0,0277 ST = 0,1111 ST

FM = 11,11% x ST. b) O encargo mensal sobre férias - horista.

O calculo deste encargo é efetuado do mesmo modo que o do mensalista, porém acrescido do percentual do DSR. Para este encargo também ocorrem duas situações:

1º Procedimento - média mensal

FH= {11,11% + 0,20 x 11,11% } x ST

FH = 13,33% x ST. 2º Procedimento – fração da semana

FH= {11,11% + 0,1667 x 11,11% } x ST

FH = 12,96% x ST. 14.3.7 - Reincidência de Encargos Previdenciários.

- 13º Salário – Férias- Adicional de Férias – DSR - Os encargos previdenciários básicos devidos ao INSS incidem, também, sobre os seguintes encargos trabalhistas:

− O 13º salário, − As férias;

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− Adicional de férias; − E, o DSR.

O total da reincidência dos encargos previdenciários, REC, segue, então, o seguinte modelo:

REC = 12% × Σ(13º Salário + Férias + ⅓ Férias + DSR ) Tomando como exemplo o caso do item 14.3.4 - Empresa não optante pelo simples, cujo total previdenciário foi calculado em 40,80%, tem-se:

REC = (percentual 13º salário + percentual férias + percentual

DSR) × encargos previdenciários.

REC = (10,00 + 13,33 + 20,00) × 40,80% REC = 43,33% × 40,80%

REC = 17,68%

14.3.8 - Multa FGTS – Rescisão sem justa causa. A rescisão sem justa causa incorre, a partir de 2001, em uma multa calculada sobre o saldo do FGTS e correspondente a 50% (cinqüenta por cento) deste saldo. Considerando que o recolhimento ao FGTS é de 8% (oito por cento) tem-se, matematicamente:

Multa FGTS/Rescisão = percentual da multa x percentual

mensal depositado.

Multa FGTS/Rescisão = 50% x 8%.

Multa FGTS/Rescisão = 4% ST.

Para fazer frente a esta despesa, cabe ser efetuada uma provisão mensal sobre o salário de cada empregado. A provisão é função do percentual de multa e do índice de rotatividade do pessoal na empresa, conforme apresentado no item 14.2.10. Então:

Provisão Multa FGTS = 4% x IRot

14.3.9 – Aviso Prévio Indenizado.

A provisão para o aviso prévio indenizado, API, é efetuada mensalmente sobre um percentual do salário do empregado em função do "índice de rotatividade" da empresa.

IRotSTAPI ×=

É interessante notar que no índice de rotatividade

não devem ser considerados os casos de empregados que se aposentam ou pedem demissão. Nestes dois casos não cabe esta provisão, já que indevida.

O índice de rotatividade pode ser definido de dois

modos: pelo número de demissões realizadas no período ou pelo tempo médio de permanência dos empregados na empresa.

a) Número de Demissões.

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Neste caso considera-se o número de empregados demitidos com relação ao número de empregados da empresa.

EmpregadosºNDemitidosºNIRot =

Como exemplo, seja calcular a provisão para cobertura do aviso prévio indenizado incidente sobre o salário total de R$ 970,00. O trabalhador em pauta atua em uma empresa que dispõe de 250 empregados e no ultimo ano demitiu 30. Então:

$R,,,,IRotSTAPI 40116120009702503000970 =×=×=×=

b) Tempo de Permanência

Neste caso considera-se o tempo médio de permanência

dos empregados na empresa.

diomanenciaMéMesesdePerIRot 1

=

Por exemplo: se a média de permanência dos

empregados na empresa é de 29 meses, então o índice de rotatividade mensal corresponde a IRot = 1/29=0,0345 ou seja 3,45% ao mês.

Finalizando, ressalta-se que sobre o aviso prévio indenizado não cabe a incidência dos encargos sociais básicos por ser ter caráter indenizatório. (20). 14.3.10 - Adicional de Periculosidade. Trabalhadores que atuam em serviços considerados de risco (21) fazem jus a um adicional de periculosidade sobre o valor do salário. Reza o Art. Nº 193 da CLT em seu § 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário.

Per = 0,30 × Σ (Horas normais + horas extras)

O adicional de periculosidade incide também sobre as horas extras, porém não incide sobre gratificações, prêmios ou participações nos lucros realizados pela empresa. Vide Lei nº 6.514, de 22.12.1977. 14.3.11 - Adicional da insalubridade. Trabalhadores que atuam em condições insalubres fazem juz a um adicional sobre o salário. Adicional esse variável segundo a atividade seja classificada de alta, média ou baixa insalubridade.

(20) Sobre o aviso prévio indenizado não há incidência do INSS e IR-Fonte, somente se realiza o recolhimento para o FGTS. Fonte: http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/aviso_previo_calculo.htm. 10.09.2008. (21) Ver Art. nº 193 da CLT Decreto Lei nº 5.452/43 e Lei nº 6.514/77. E, o Art. 68 da Lei nº 8.112.

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Segundo o Art. 189 da CLT, “Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.” ( vide Lei nº 6.514, de 22.12.1977) A definição do nível de insalubridade é estabelecida pelo Ministério do trabalho.

Segundo estabelece a CLT em seu Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional, respectivamente, de: 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977) É interessante notar que “O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho.” (ART. Nº 194 da CLT). 14.3.11 - Salário Família.

O salário família é um benefício previdenciário pago ao trabalhador assalariado ou avulso, entendido como trabalhador de baixa renda, por cada filho que tiver. O valor do salário família corresponderá a 5% do salário mínimo.

Este salário é estabelecido em dois valores (22), a saber:

- O trabalhador que receber até R$ 472,43 fará juz ao valor de R$ 24,23 para cada filho/tutelado com até 14 anos incompletos ou inválido.

- Aquele que ganhar entre R$ 472,44 até R$ 710,08 o valor será de R$ 17,07 para cada filho/tutelado com até 14 anos incompletos ou inválido.

22 - Portaria MT/Previdência Social nº 77, de 12.03.2008.

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14.4 – Exemplos de calculo de encargos.

Seja calcular o índice dos encargos sociais e o custo do trabalhador suportado por uma empresa construtora atuante no setor de terraplenagem, quando contrata um motorista de caminhão.

Considerando que a empresa vai participar de uma

licitação para a construção de uma rodovia e que os empregados são contratados para a duração do contrato, há a seguinte previsão:

a) Salário motorista: 950,00 R$/mês; b) devido ao regime de chuvas e para compensar os dias

inoperantes, mensalmente deverão ser realizadas horas extraordinárias assim distribuídas:

• Domingos 8 - horas normais• Sábados 12 - horas extras• Dias úteis 20 - horas extras

a) Seguro Acidente Trabalho/SAT – Construção Civil: 3%; b) O motorista tem três filhos menores de 14 anos; c) O vale transporte é fornecido, em média, 26 dias por mês,

no valor de R$ 5,50 por dia; d) A empresa fornece vale refeição, ai incluídas refeições

completas e mínimas, no valor de R$ R$9,40 por dia. e) O tempo médio de permanência na empresa é de 20

meses. - Aviso Prévio Indenizado: API = ST x IRot.

%diomanenciaMéMesesdePer

IRot 52011⇒==

Respostas:

É de R$ 2.302,90 o custo total despendido pela empresa para dispor de um motorista cujo salário em carteira é de R$ 950,00;

O índice dos encargos sociais no caso é de 1,42.

42100950

00950903022 ,,

,,.IES =−

=

Calcular Encargos sobre o valor das

Horas Normais

Horistas e Mensalistas

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Cap~13~14.doc 52

Motorista Mensalista – Construção Civil 1 – Encargos Trabalhistas Valor Horas R$ Hora Normal - 4,32 220 950,00Hora Noturna – 20% 5,18 - Hora Extra Normal – 50% 6,48 20+12 = 32 207,36Hora Extra Dom/Fer – 100% 8,64 8 69,12DSR - Comissões - Adicional de Insalubridade - Adicional de Periculosidade 5,62 - Auxilio Maternidade - Salário Família - Outros Encargos - Salário Total ST 1.226,482 – Encargos Sociais Básicos % R$ INSS 12% x ST 147,18FGTS 8% x ST 98,12Demais Encargos Básicos 8,8% x ST 109.93Total dos Encargos Sociais Básicos 353,233 – Provisionamento Mensal de Encargos Anuais. Férias 1/12 ST 102,211/3 de Férias 1/3 Ferias 34,07INSS sobre ( Férias + 1/3 Férias) 12%(102,21+34,07) 16,3513º Salário 1/12 ST 102,21INSS 13º Salário 12% x 13º 12,27Aviso Prévio Indenizado – API IRot x ST 61,32FGTS sobre API 8% x API 4,91Multa FGTS 4% x IRot x ST 2,45Provisionamento Total 335,794 – Despesas fixas Vale transporte 26 x 5,50 143,00Vale refeição 26 x 9,40 244,40Assistência médica complementar Total de Despesas Fixas 387,405 – Total dos Encargos. 2.302,90

14.5 – Exercícios. 14.5.1 – Salário Bruto. Uma empresa aceitou sua proposta de trabalho e lhe pagará, mensalmente, um salário de R$ 3.000,00 líquidos. Pergunta-se: qual deverá ser o seu salário bruto considerando a incidência de Imposto de Renda e da contribuição ao INSS:

Imposto de Renda 2.009 Base de Cálculo – R$ Alíquota Parcela a Deduzir

Até 1.434,59 - - - isento De 1.434,59 a 2.150,00 7,5 107,59 De 2.150,01 a 2.866,70 15 268,84 De 2.866,71 a 3.582,00 22,5 483,84

Acima de 3.582,00 27,5 662,94 14.5.2 – Custo de trabalhador. Seja calcular o valor a ser despendido por uma empresa para dispor de um empregado cujo salário hora foi estabelecido em 5,25 R$, seja ele contratado como trabalhador horista ou mensalista. Informações disponíveis: − É prevista a realização de 16 (dezesseis) horas extras

normais; − Trabalho em 02 (dois) domingos por mês;

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Cap~13~14.doc 53

− Não ocorre trabalho insalubre; − A empresa dispõe de 440 empregados; − No exercício passado 31 foram demitidos sem justa causa. − Vale transporte, R$ 4,20/dia, por 25 dias. − Vale refeição, R$ 9,50/dia, por 25 dias. Analisar o valor solicitado para os seguintes casos:

I) Empregado horista; II) Empregado mensalista; III) Empregado mensalista que não cumpre hora extra

nem trabalha em domingos; IV) Empregado mensalista atuando em área de risco e

recebendo adicional de periculosidade de 30% sobre o salário.

Para cada um dos casos acima, calcular o índice de encargo social:

regadoSalárioEmposSociaisargEncIES =

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Cap~13~14.doc 54

I - Tratorista Horista – Construção Civil

1 – Encargos Trabalhistas Valor Horas R$ Hora Normal - 5,25 191 Hora Noturna – 20% Hora Extra Normal – 50% Hora Extra Dom/Fer – 100% DSR Comissões Adicional de Insalubridade Adicional de Periculosidade Auxilio Maternidade Salário Família Outros Encargos Salário Total ST 2 – Encargos Sociais Básicos % R$ INSS 12% x ST FGTS 8% x ST Demais Encargos Básicos 8,8% x ST Total dos Encargos Sociais Básicos 3 – Provisionamento Mensal de Encargos Anuais. Férias 1/12 ST 1/3 de Férias 1/3 Ferias INSS sobre ( Férias + 1/3 Férias) 12% ( + )13º Salário 1/12 ST INSS 13º Salário 12% x 13º Aviso Prévio Indenizado – API IRot x ST FGTS sobre API 8% x API Multa FGTS 4% x IRot x ST Provisionamento Total 4 – Despesas fixas Vale transporte Vale refeição Assistência médica complementar Total de Despesas Fixas 5 – Total dos Encargos.

II - Tratorista Mensalista – Construção Civil

1 – Encargos Trabalhistas Valor Horas R$ Hora Normal - 5,25 220 Hora Noturna – 20% Hora Extra Normal – 50% Hora Extra Dom/Fer – 100% DSR Comissões Adicional de Insalubridade Adicional de Periculosidade Auxilio Maternidade Salário Família Outros Encargos Salário Total ST 2 – Encargos Sociais Básicos % R$ INSS 12% x ST FGTS 8% x ST Demais Encargos Básicos 8,8% x ST Total dos Encargos Sociais Básicos 3 – Provisionamento Mensal de Encargos Anuais. Férias 1/12 ST 1/3 de Férias 1/3 Férias INSS sobre (Férias + 1/3 Férias) 12% ( + ) 13º Salário 1/12 ST INSS 13º Salário 12% x 13º Aviso Prévio Indenizado – API IRot x ST FGTS sobre API 8% x API Multa FGTS Provisionamento Total 4 – Despesas fixas Vale transporte Vale refeição Assistência médica complementar Total de Despesas Fixas 5 – Total dos Encargos.

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Cap~13~14.doc 55

III - Tratorista Mensalista – Sem Horas Extras– Construção Civil

1 – Encargos Trabalhistas Valor Horas R$ Hora Normal - 5,25 220 Hora Noturna – 20% ------ Hora Extra Normal – 50% ------ Hora Extra Dom/Fer – 100% ------ DSR ------ Comissões ------ Adicional de Insalubridade ------ Adicional de Periculosidade ------ Auxilio Maternidade Salário Família Outros Encargos Salário Total ST 2 – Encargos Sociais Básicos % R$ INSS 12% x ST FGTS 8% x ST Demais Encargos Básicos 8,8% x ST Total dos Encargos Sociais Básicos 3 – Provisionamento Mensal de Encargos Anuais. Férias 1/12 ST 1/3 de Férias 1/3 Férias INSS sobre (Férias + 1/3 Férias) 12% ( + )13º Salário 1/12 ST INSS 13º Salário 12% x 13º Aviso Prévio Indenizado – API IRot x ST FGTS sobre API 8% x API Multa FGTS Provisionamento Total 4 – Despesas fixas Vale transporte Vale refeição Assistência médica complementar Total de Despesas Fixas 5 – Total dos Encargos.

IV - Tratorista Mensalista – Periculosidade – Construção Civil

1 – Encargos Trabalhistas Valor Horas R$ Hora Normal - 5,25 220 Hora Noturna – 20% Hora Extra Normal – 50% Hora Extra Dom/Fer – 100% DSR Comissões Adicional de Insalubridade Adicional de Periculosidade Auxilio Maternidade Salário Família Outros Encargos Salário Total ST 2 – Encargos Sociais Básicos % R$ INSS 12% x ST FGTS 8% x ST Demais Encargos Básicos 8,8% x ST Total dos Encargos Sociais Básicos 3 – Provisionamento Mensal de Encargos Anuais. Férias 1/12 ST 1/3 de Férias 1/3 Férias INSS sobre (Férias + 1/3 Férias) 12% ( + ) 13º Salário 1/12 ST INSS 13º Salário 12% x 13º Aviso Prévio Indenizado – API IRot x ST FGTS sobre API 8% x API Multa FGTS Provisionamento Total 4 – Despesas fixas Vale transporte Vale refeição Assistência médica complementar Total de Despesas Fixas 5 – Total dos Encargos.

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Cap~13~14.doc 56

Referências Bibliográficas.

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WWW.anjut.org.br. 2007.

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Administração da Construção. Gerenciamento na Construção

Civil. Editora ARGOS. Chapecó. SC. 2006.

4. BORNIA, Antonio César. “Análise Gerencial de Custos”.

Bookman. Porto Alegre. 2002.

5. CARVALHAES, Martelene. Contabilidade Gerencial. Revista

Construção Mercado. Editora Pini. São Paulo. SP.

Novembro/2005.

6. CASSIA, Sandra de. “Você Cobra o Preço Certo?”. Revista Meu

Próprio Negócio. On Line Editora. Edição nº. 36. 2006.

7. COGAN, Samuel. “Custos e Preços”. Editora Pioneira. São

Paulo. SP. 1999.

8. FERREIRA, Fabiana F. A natureza tributária e as espécies de

contribuições especiais. Portal Jus Navigandi.

http://jus2.uol.com.br. 2007.

9. FLORENTINO, Américo M. “CUSTOS – Princípios, Cálculo e

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10. HAUSMANN, Nilton. Contabilidade Gerencial em 10 Aulas.

Editora Plus Saber. Florianópolis, SC. 2.001.

11. IUDÍCIBUS, Sergio de. Teoria da Contabilidade. Editora Atlas

S/A. São Paulo. SP. 1980.

12. KLIEMANN NETO, F.J. Custos Industriais – Apostilha de

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Catarina. Florianópolis. SC. 1986.

13. LIMA JUNIOR, João da Rocha. BDI no Preço das Empreitadas:

uma Pratica Frágil. Boletim Técnico da Escola Politécnica da

USP. Departamento de Engenharia de Construção Civil. BT/

PCC/95. São Paulo. SP. 1993.

14. MEGLIORINI, Evandir. “Custos”. Makron Books, São Paulo.

2001.

15. MILONE, Giuseppe & Angelini, Flávio. “Estatística Aplicada”.

Editora Atlas. São Paulo. SP. 1995.

16. NASCIMENTO, Jonilton Mendes. Custos – Planejamento,

Controle e Gestão na Economia Globalizada. Editora Atlas S.A.

São Paulo. SP. 2001.

17. SANTOS, Joel J. “Análise de Custos”. Editora Atlas. São

Paulo.1990.

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Cap~13~14.doc 57

18. SEBRAE – SP. Quais são os impostos que incidem sobre as atividades operacionais das empresas? Portal WWW.sebraesp.com.br. 15.11.2007.

19. ORSSATTO, Maria Taisa C. “Custos para Decisão”. Apostilha

de Custos 2. Não publicada. 2.000.

20. PIZZOLATO, Nélio Domingues. “Introdução À Contabilidade

Gerencial”. Makron Books. São Paulo. 1997.

21. VANDERBECK, Edward J., NAGY, Charles F. “Contabilidade

de Custos”. Editora Thomson-Pioneira. São Paulo. SP. 2.003.

22. WERNKE, Rodney; ORSSATTO, Carlos H.; BORNIA, Antonio

Cézar. “Relatórios Gerenciais para Empresas Varejistas Com

ênfase na Margem de Contribuição”. EPISTEME N.º7/18.

Editora Unisul. Tubarão. SC.1999.

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Cap~13~14.doc 58

Anexo I - Relação de Tributos.

I - Impostos. a) Impostos Federais. II - Imposto sobre a importação de produtos estrangeiros; IE - Impostos sobre a exportação de produtos nacionais ou nacionalizados; IR - Imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza; IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados; IOF - Imposto sobre Operações Financeiras; ITR - Imposto Territorial Rural; IGF - Imposto sobre Grandes Fortunas. b) Impostos Estaduais. ICMS - Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços IPVA - Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores ITD - Imposto sobre Transmissões Causa Mortis e Doações de Qualquer Bem ou Direito Aire - Adicional do Imposto da União sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza c) Impostos Municipais IPTU - Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana ITBI - Imposto sobre Transmissão Inter Vivos de Bens e Imóveis e de Direitos Reais a Eles Relativos IVVC - Imposto sobre Vendas a Varejo de Combustíveis Líquidos e

Gasosos ISS - Impostos sobre Serviços de Qualquer Natureza II - Contribuições. a) Contribuições trabalhistas ou sobre a folha de pagamento.

• INSS (contribuição) • FGTS (contribuição) • PIS/PASEP (contribuição)

b) Contribuições sobre o faturamento ou sobre o lucro.

• COFINS - Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social

• CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

c) Contribuições sobre movimentações financeiras

• CPMF - Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira

d) Contribuições - "Sistema S"

• Contribuição ao Serviço Brasileiro de Apoio a Pequena Empresa (Sebrae) - Lei 8.029/1990

• Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Comercial (SENAC) - Lei 8.621/1946

• Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado dos Transportes (SENAT) Lei 8.706/1993

• Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (SENAI) - Lei 4.048/1942

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Cap~13~14.doc 59

• Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Rural (SENAR) - Lei 8.315/1991

• Contribuição ao Serviço Social da Indústria (SESI) - Lei 9.403/1946

• Contribuição ao Serviço Social do Comércio (SESC) - Lei 9.853/1946

• Contribuição ao Serviço Social do Cooperativismo (SESCOOP)

• Contribuição ao Serviço Social dos Transportes (SEST) - Lei 8.706/1993.

e) Outras contribuições

• Contribuições aos Órgãos de Fiscalização Profissional (OAB, CRC, CREA, CRECI, CORE, CRQ, etc)

• Contribuição á Direção de Portos e Costas (DPC) - Lei 5.461/1968

• Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FNDCT - Lei 10.168/2000

• Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), também chamado "Salário Educação"

• Contribuição ao Funrural • Contribuição ao Instituto Nacional de Colonização e

Reforma Agrária (INCRA) - Lei 2.613/1955 • Contribuição ao Seguro Acidente de Trabalho (SAT) • Contribuição Confederativa Laboral (dos empregados) • Contribuição Confederativa Patronal (das empresas) • Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico – CIDE

Combustíveis - Lei 10.336/2001 • Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública

- Emenda Constitucional 39/2002

• Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional;

• CONDECINE - art. 32 da Medida Provisória 2228-1/2001 e Lei 10.454/2002

• Contribuição Sindical Laboral (não se confunde com a Contribuição Confederativa Laboral, vide comentários sobre a Contribuição Sindical Patronal)

• Contribuição Sindical Patronal (não se confunde com a Contribuição Confederativa Patronal, já que a Contribuição Sindical Patronal é obrigatória, pelo artigo 578 da CLT, e a Confederativa foi instituída pelo art. 8º, inciso IV, da Constituição Federal e é obrigatória em função da assembléia do Sindicato que a instituir para seus associados, independentemente da contribuição prevista na CLT)

• Contribuição Social Adicional para Reposição das Perdas Inflacionárias do FGTS - Lei Complementar 110/2001.

f) Contribuições de melhoria. • Asfalto, calçamento, rede viária; • Esgoto, rede de água, rede de esgoto, etc.

III - Taxas.

• Taxa de Autorização do Trabalho Estrangeiro • Taxa de Avaliação in loco das Instituições de Educação e

Cursos de Graduação - Lei 10.870/2004 • Taxa de Classificação, Inspeção e Fiscalização de produtos

animais e vegetais ou de consumo nas atividades agropecuárias - Decreto Lei 1.899/1981

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Cap~13~14.doc 60

• Taxa de Coleta de Lixo • Taxa de Combate a Incêndios • Taxa de Conservação e Limpeza Pública • Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – TCFA - Lei

10.165/2000 • Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos - Lei

10.357/2001, art. 16 • Taxa de Emissão de Documentos (níveis municipais,

estaduais e federais) • Taxa de Fiscalização CVM (Comissão de Valores

Mobiliários) - Lei 7.940/1989 • Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária Lei 9.782/1999,

art. 23 • Taxa de Fiscalização dos Produtos Controlados pelo

Exército Brasileiro - TFPC - Lei 10.834/2003 • Taxa de Fiscalização e Controle da Previdência

Complementar - TAFIC - art. 12 da MP 233/2004 • Taxa de Licenciamento Anual de Veículo • Taxa de Licenciamento para Funcionamento e Alvará

Municipal • Taxa de Pesquisa Mineral DNPM - Portaria Ministerial

503/1999 • Taxa de Serviços Administrativos – TSA – Zona Franca de

Manaus - Lei 9960/2000 • Taxa de Serviços Metrológicos - art. 11 da Lei 9933/1999 • Taxas ao Conselho Nacional de Petróleo (CNP) • Taxas de Outorgas (Radiodifusão, Telecomunicações,

Transporte Rodoviário e Ferroviário, etc.) • Taxas de Saúde Suplementar - ANS - Lei 9.961/2000, art.

18; • Taxa de Utilização do MERCANTE - Decreto 5.324/2004; • Taxas do Registro do Comércio (Juntas Comerciais);

• Taxa Processual Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE - Lei 9.718/1998.

IV - Fundos. Fundo Aeroviário (FAER) - Decreto Lei 1.305/1974

• Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (FISTEL) - Lei 5.070/1966 com novas disposições da Lei 9.472/1997;

• Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST) - art. 6 da Lei 9998/2000;

• Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização (FUNDAF) - art.6 do Decreto-lei 1.437/1975 e art. 10 da IN SRF 180/2002.

Valor do Ativo

Depreciação Anos 6 5 4 3 2 1 Fig. 8.1 -Fluxo de Documentos – Sistema

O Produção “A”

O Produção

“B” Dep. 1 Dep. 2

Dep. 3

Dep. 5 Dep. 4 Produto

Acabado OP ”A”

Produto Acabado

OP ”B”

Fig. 8.3 - Fluxo de Serviços

Nos Departamen

tos

Fig. 8.4 - Processo

Contábil no Custeio por Ordem de Fabricação

Linha Montagem A Máquina - 1

Linha Montagem

C Máquina - 1

Estoque Produtos Acabados

Linha Montagem B Máquina - 2

Linha Montagem B Máquina - 1

Almoxarifado

Estoque de

Produtos Acabados Custo Final

Estoque de

Matérias Primas

Insumo 1 -

Fig 8.6 - Processo

Contábil no Custeio por Produção

5 - Modelo de ção Contínua

Administr Geral

Contabilid Custos

Engenharia Produção Manutenç. Reparos

Casa de Força-Luz Custo Padrão Custo Real ⇔ Custo Orçado

Fim Custo Receita

Curva do Lucro

CT dq

)q(dCVp T=

CT RT q1 q* q2 q Fig 2 7 –

Conferência e

Arquivo

Contabilidade lança

os document

os

Lançamento dos

Valores em

Contas a

Identificação e

Classificação dos

Document

Contrato de

Vendas

RESUMO dos

DISPÊNDIOS

$ $/q

q* = quantidade ótima

CMg

CM=CTm CMg CVmm Quantidade $/Q CFm Fig. 2.3 - Curvas

Típicas de Custos

Unitários

RT ƒ RT (q) = ƒ CT (q)

Custo Total

Receita Economia de Deseconomia de

Fig. 2.8 – Economia

e Desecono

mia

R$ quantidade Custo - $ Custo - $ q q ▪ ▪ ▪ ▪ ▪ ▪ ▪

▪ ▪ ▪ ▪

Fig. 3.1 - Exemplo de Curvas

Fig. 4.1 – Otimização

da Informação

.

Custo das Informações

Benefício das Informações

Qualidade da

informação

Insumos Produtos em

Elaboração

Produtos Acabados LUCRO = VENDAS – (CUSTOS FIXOS + CUSTOS

• a Débito, os custos de produção incorridos

Produtos

ou serviços

CMg CM $ q q* q INSTALADA q INSTALADA

→ q*

Fig. 2.9 – Capacidade Instalada

$ CM CMg Fig. 2.10 - Expansão

da capacidade

instalada

CUSTO FIXO

CUSTO VARIÁVEL = + Custo Produtos Vendidos

Custo Produtos Acabados

Fig. 4.11 - Fluxo de

custo após venda

Fig. 4.10 - Fluxo das contas de produção

Conta do DRE

-Contas de Encerramen

to-

Conta de Ativo

-Conta Transitória-

Produtos Acabados

Fig. 2.2 – Custo Total

e Custo Variável

$ - custo

O

Nota FDocument

Compra do Insumo

⇓ Dispendio

Fig. 4.14 – Apropriação de produtos prontos

Não participa do

fluxo de custos dos estoques

$ Fig.11.1 – Método da Linha Reta

Σy = n a0 + a1 Σx¹ + a2 Σx2 + a3 Σx3 Σ

Avaliação Execução Controle Contabilidade

Legal

Contabilidade

de Custos

Planejamento

AÇÃO

Fig: 4.5 - Ciclo:

Planejamento - Controle

- Contabilidad

Lucro Maximo

Lucro Maximo Contas

transitórias Contas

definitivas Fig 8.7 -

Lançamento Contábil no Custeio

por

DEPRECIAÇÃO = TAXA

HORÁRIA X HORAS DE

CMg = Cm

Custo Marginal =

Custo

Condições de Mínimo

Custo

Despesas → Lucro

O i

Custos → Lucro Operaci

l

CMg = CVm = Preço

Condições de Otimização

Fig. 2.11 - Capacidade instalada

futura

qINSTALADA Futura

$ CM CMg qINTALADA Atual

q* Ótima

1º. Cal

cula

Facilitando os

Cálculos

Curva do Lucro

Fig.:2.6 - Quantidade Ótima – Lucro Máximo