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  • Selos Mecnicos Protocolos de Comunicao

    Medidores de vazo

    EntrEviSta

    Entenda onde os selos mecnicos so aplicados e as suas principais caractersticas [pag.16]

    Em artigo tcnico saiba quais so os diferentes tipos de medidores de vazo e suas tecnologias (pag.34)

    Ano 1 Nmero 1 2013

    As vantagens de um sitema verdadeiramente aberto [pag.8]

    Celso Atienza fala sobre engenharia de segurana em projetos [pag.46]

  • 2 | engeworld | janeiro 2013

    A Norgren tem mais de 150 anos de experincia no fornecimento de solues de leo & gs e qumica para companhias nacionais e globais desse setor. Dentre suas habilidades principais, a Norgren destaca sistemas de preparao de ar e gs, vlvulas solenides e proporcionais que so comprovadas em Segurana, Confiabilidade e Durabilidade nos ambientes mais difceis e agressivos.

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  • engeworld | janeiro 2013 | 3

    Editorial

    Codinome Engenharia

    Entre o final dos anos 1960 e o incio da dcada de 1980, a engenharia de projetos viveu os seus primeiros anos de glria no Brasil. Era outra poca, verdade, onde as primeiras fases de expanso do setor siderr-

    gico, hidroeltrico e petroqumico se limitavam aplicao da engenharia de detalhe. Mas depois avanou, indo at a oferta de servios como enge-nharia bsica, engenharia conceitual, gerenciamen-to de projetos e estudos de viabilidade. O pouco avano da economia entre os anos 1980 e 2000, entretanto, obrigou grande parte das empresas de engenharia a reduzir o quadro de especialistas, alm de vrias delas fecharem as portas definitivamente, estagnando a expanso da engenharia de projetos no Pas. Com essa dis-perso, o mercado perdeu tambm uma competncia acumulada e que ia muito alm de desenhos, manuais, softwares, blueprints ou outras formas de conhecimento codificado. Perdeu-se sim, e muito, acumulo de conhecimento tcnico, algo que o mercado tenta res-gatar agora, quando a nossa economia volta a crescer por anos consecutivos e o dficit de engenheiros, principalmente os qualificados, assunto de primeira ordem em toda a cadeia da produo brasileira.

    para ajudar a cumprir essa lacuna que nasce a Engeworld, com o grande desafio de ser a primeira revista nacional voltada para o dimensionamento de solues para a engenharia de projetos.

    Nesta primeira edio, o caro leitor ter contato com o nosso estilo textual, bastante volta-do a artigos segmentados e que devem auxiliar no dimensionamento de tecnologias. O esti-lo grfico, que visa ser mais leve do que o habitual em revistas especializadas para mercados tcnicos e de business to business, tambm poder ser apreciado.

    Aqui, mostramos tambm que o nosso leque editorial segmentado, mas ao mesmo tempo extenso no universo da engenharia, pois engloba temas ligados ao desenvolvimen-to, validao e solicitao de projetos em mercados demandantes como os de leo & gs, de minerao, de papel & celulose, de energia, qumico, farmaceutico, e o industrial entre outros mercados.

    Espero que aprecie esta edio e que nos sade com seus comentrios, enviando-os para [email protected]. Eles sero publicados na segunda edio da revis-ta. Em nome da nossa equipe editorial, de publicidade e de arte grfica: Bem vindo Engeworld!

    A Revista Engeworld uma publicao mensal e dirigida aos profissionais de projetos da engenharia brasileira

    Publisher Sandra L. [email protected]

    Editor e Jornalista ResponsvelNelson Valncio (MTB 44.560/SP)[email protected]

    ReportagemNelson Valncio, Rodrigo Conceio Santos e Haroldo Aguiar

    ColunistaCynthia Chazin Morgensztern

    Gerente ComercialAlex MartinTelefone: (11) 5539-1727Celular: (11) [email protected]

    Fernando PolastroTelefone/Fax: (11) 5081-6681Celular: (11) [email protected]

    Direo de ArteEstdio LIA / Vitor Gomes

    EngeworldRua Tamoios, 302 - cj 01Jd. Aeroporto / So Paulo - SPCEP: 04630-000www.engeworld.com.br

    Sandra l. WajchmanPublisher

    Selos Mecnicos Protocolos de Comunicao

    Medidores de vazo

    EntrEviSta

    Entenda onde os selos mecnicos so aplicados e as suas principais caractersticas [pag.16]

    Em artigo tcnico saiba quais so os diferentes tipos de medidores de vazo e suas tecnologias (pag.34)

    Ano 1 Nmero 1 2013

    As vantagens de um sitema verdadeiramente aberto [pag.8]

    Celso Atienza fala sobre engenharia de segurana em projetos [pag.46]

  • 4 | engeworld | janeiro 2013

    notcias

    artigo - mecnica

    artigo - automao

    artigo - eltrica

    manuteno

    o que um selo mecnico?

    as vantagens de um sitema verdadeiramente aberto

    proteo e controle para de redes de baixa tenso

    paradas programadas

    06

    16

    08

    18

    26

  • geofsica

    coluna - rH

    artigo - intrumentao

    entrevista

    infografia

    o controle do processo pela vazo de fluidos

    conhecendo o subsolo para otimizar projetos

    marketing pessoal: eu, no topo!

    segurana em primeiro lugar

    porque precisamos de informaes sobre engenharia de projetos?

    34

    42

    49

    46

    50

    ndice

  • 6 | engeworld | janeiro 2013

    Construtoras firmam paCto trabalhista na obra do Comperj

    Os consrcios de construtoras e demais empresas que prestam servios de engenharia na implantao do Complexo Petroqumico do Rio de Janeiro (Comperj) assinaram, em dezembro, um documento no qual se compro-metem a adotar prticas de contratao de mo de obra negociadas com representantes dos trabalhadores e do governo. Batizado de Compromisso Nacional para o Aperfeioamento das Condies de Trabalho na Indstria da Construo, esse acordo uma resposta aos problemas trabalhistas que para-lisaram recentemente algumas grandes obras de infraestrutura no pas, como a construo da usina de Belo Monte, em Tocantins.

    Entre as condies negociadas, as empresas se comprometem a no utilizar mo de obra informal e contratar o pessoal por meio do Sistema Nacional de Emprego (Sine), para eliminar os intermedirios tambm conhecidos como gatos. Os signatrios do acordo somam 16 empresas, como a Alusa, MPE, Construtora Mello e TKK, alm dos consrcios Pipe Rack (Odebrecht, Mendes Jnior e UTC), TEAG (Techint e Andrade Gutier-rez), QGGI (Queiroz Galvo, Galvo Engenharia e Iesa), SPE (Skanska, Promon e Engevix) e TUC (Toyo, UTC e Odebre-cht). Ao todo, essas empresas respondem pela contratao de 80% dos 20 mil trabalhadores alocados na obra do Comperj.

    notCiaS

    Gs natural reduz Custo de produo na CmpC

    A empresa Celulose Riograndense, controlada pela produtora de papel e celulose chilena CMPC, aprovou um projeto para a converso do forno de cal da sua uni-dade de Guaba (RS), que substituir o leo diesel por gs natural. Com investimentos de R$ 3 milhes, o pro-jeto implicar um consumo adicional dirio de 160 mil m3 de gs e, segundo projees da empresa, permitir uma reduo nos custos de produo de cerca de 10%.

    A instalao desse forno de cal est prevista nos pla-nos da companhia, que pretende inaugurar uma nova linha de celulose branqueada de eucalipto at 2015. O projeto contempla ainda a instalao de uma unidade de gerao de energia eltrica que tornar a empresa au-tossuficiente. A usina dever ter 170 MW de capacida-de, atendendo a toda a demanda da fbrica de celulose, da planta qumica e da fbrica de papel da CMPC.

    setor de leo e Gs se anteCipa era biG data

    O setor de leo e gs dever ser o res-ponsvel pela proliferao no Brasil da

    nova era digital, tambm conhecida como big data, caracterizada pelo intenso trfego de dados em rede e sua anlise constante. A projeo de um estudo produzido pela consultoria IDC, que constatou a duplica-o do universo digital nos ltimos dois anos, atingindo um montante de 2,8 zeta-bytes em dados armazenados no mundo.

    Isso se deve, segundo a consultoria , proliferao de dispositivos como PCs e smartphones em todo o mundo, alm do crescimento do acesso internet nos mercados emergentes e o aumento em dados de mquinas, tais como cmeras de vigilncia ou medidores inteligentes. O

    pioneirismo do setor de leo e gs dever ser impulsionado pela necessidade de pa-dres de anlise de dados que permitam extrair informaes relevantes e fazer pre-dies para explorao da camada pr-sal em guas profundas.

    Segundo esse levantamento do IDC, apenas 0,5% dos dados digitais gerados no mundo so passveis de anlise e acompa-nhamento. Alm das indstrias intensivas, que adotam redes de dados para o con-trole de produo e gesto de ativos, os mercados financeiro e de varejo tambm devero assumir papel de protagonistas na difuso da era big data.

  • engeworld | janeiro 2013 | 7

  • 8 | engeworld | janeiro 2013

    autoMao

    Anecessidade de automao na indstria e nos mais diversos segmentos est associada, entre diversos aspectos, possibilidade de aumentar a velocidade de processamento das informaes, uma vez que as ope-raes esto cada vez mais complexas e variveis, necessitando de um grande nmero de controles e mecanismos de regulao para permitir

    decises mais geis e, portanto, aumentar os nveis de produtividade e eficincia do processo produtivo.

    Por Csar CassiolatoDiretor de desenvolvimento e pesquisa de equipamentos de campo, engenharia de produto e qualidade da Smar Equipamentos.

    VantaGens de um sistema Verdadeiramente aberto

    A automao gera economia de energia, fora de trabalho e matrias-primas, resul-tando em melhor controle de qualidade do produto, maior produtividade e utili-zao da planta. Em essncia, a automao nas indstrias permite elevar os nveis de continuidade e de controle global do pro-cesso com maior eficincia, aproximando ao mximo a produo real capacidade nominal da planta ao reduzir ao mnimo possvel as horas paradas, manutenes corretivas e a falta de matria-prima.

    Com o advento dos sistemas de au-tomao baseados em redes de campo e tecnologia digital, pode-se ter vrios benefcios em termos de manuteno e aumentar a disponibilidade e segurana operacional. Alm disso, eles extrapolam os limites de cho de fbrica, aps o pro-duto acabado, atingindo fronteiras mais

    critrios, sempre em sincronismo com o avano tecnolgico.

    Quanto mais informao oferecer, melhor uma planta pode ser operada, gerando mais produtos e maior lucrativi-dade. A informao digital e os sistemas verdadeiramente abertos permitem que se colete dados dos mais diversos tipos e finalidades de uma planta, de uma forma interopervel e como ningum jamais imaginou. Nesse sentido, com a tecnolo-gia Fieldbus (Foundationfieldbus), Profi-

    bus, HART, Device-Net, Asi, etc. pode transformar precio-sos bits e bytes em um relacionamento lucrativo, obtendo tambm um ganho qualitativo do siste-ma como um todo. No basta apenas pensar em barra-mento de campo, deve-se estar atento aos benefcios gerais

    que um sistema de automao e controle possa proporcionar.

    abrangentes: a automao do negcio.A soluo completa deve prover uma

    metodologia de gesto da indstria de forma transparente e garantir que todos os esforos sejam dire-cionados para se atingir a meta estabelecida, facilitando a tomada de deciso quando h mudanas relevantes quanto ao desempenho dos indicadores ou um desvio em relao ao planejado.

    Usurios e clientes, ento, devem estar atentos escolha e definio de um siste-ma de automao e controle onde esta definio precisa levar em conta vrios

    artigo

  • engeworld | janeiro 2013 | 9

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    segunda-feira, 10 de dezembro de 2012 16:59:12

  • 10 | engeworld | janeiro 2013

    Nveis da pirmide de automao

    ComuNiCao horizoNtalA revoluo da comunicao indus-

    trial na tecnologia da automao est re-velando um enorme potencial na otimi-zao de sistemas de processo e tem feito uma importante contribuio na direo da melhoria no uso de recursos. A tecno-logia da informao (TI) tem sido deter-minante no desenvolvimento da auto-mao, alterando hierarquias e estruturas nos mais diversos ambientes industriais e demais setores da economia, desde as indstrias de processo e manufatura, at prdios e sistemas logsticos.

    A capacidade de comunicao entre dispositivos e o uso de mecanismos pa-dronizados, abertos e transparentes, so componentes indispensveis do concei-to de automao de hoje. A comunica-o vem se expandindo rapidamente no sentido horizontal nos nveis inferiores (field level), assim como no sentido ver-tical, integrando todos os nveis hierr-quicos. De acordo com as caractersticas da aplicao e do custo mximo a ser atingido, uma combinao gradual de diferentes sistemas de comunicao ofe-rece as condies ideais de redes abertas

    em processos industriais.Atualmente, vemos que no nvel de

    atuadores/sensores existem algumas redes industriais, onde podemos citar a AS-Interface (AS-i), cujos sinais bi-nrios de dados so transmitidos por um barramento extremamente simples e de baixo custo, juntamente com a alimentao (24 Vdc) necessria para alimentar estes mesmos sensores e atuadores. Outra caracterstica impor-tante que os dados so transmitidos ciclicamente, de uma maneira extrema-mente eficiente e rpida.

    Nvel 5Gerenciamento

    CorporativoMainframe

    Nvel 4Gerenciamento de planta

    Workstation

    Nvel 3

    Nvel 2

    Nvel 1Dispositivos de campo, sensores e atuadores

    administrao de recursos da empresa. Neste nvel encontram-se softwares para gesto de vendas e financeira

    EthernetTCP/IP | OPCDDE, DCOM

    Fieldbus H1CAM

    Profibus DP, PAHART, AS-I

    EthernetTCP/IP | OPCDDE, DCOM

    Nvel responsvel pela programao e pelo planejamento de produo, realizando o controle, agendamento e a logstica de suprimentos

    permite a superviso e otimizao de pro-cesso. Normalmente possu banco de dados com informaes relativas ao processo

    Nvel onde se encontram os equipamentos que executam o controle automtico centrali-zado ou no das atividades da planta

    Nvel de cho-de-fbrica, mquinas e componentes da planta. Neste nvel tambm se encontram os equipamentos que executam o controle automtico distribudo

    ControlNetEthernet

    Foundation - HSEOPC, Modbus

    Profibus FMS, DP, Profinet

    Superviso Workstation, PC, IHM

    Controle CLP, PC, CNC, SDCD

  • engeworld | janeiro 2013 | 11

    Medidor_Draft04_17_dez_12.indd 1 17/12/12 18:53

    No nvel de campo, a periferia distribu-da, tais como mdulos de entrada/sada (E/S), transduto-res, acionamentos (drives), vlvulas e painis de operao, comunicam-se com sistemas de automa-o por um eficiente sistema de comuni-cao em tempo real (P RO F I B US -D P ou PA, Foundation Fieldbus, HART, etc.). A transmisso de dados do processo e diagnsticos efetuada ciclicamente, enquanto alar-mes, parmetros e tambm diagnsticos

    so transmitidos aciclicamente, somente quando necessrio.

    No nvel de clu-la, os controladores programveis, tais como CLPs e PCs comunicam-se uns com os outros, o que requer grandes pacotes de dados e um grande nmero de funes podero-sas de comunicao. Alm disto, uma in-tegrao eficiente aos

    sistemas de comunicao corporativos existentes tais como intranet, enternet e ethernet um requisito absolutamente

    mandatrio, o que vrias redes podem su-prir. A rede PROFInet, HSE (High Speed Ethernet), ethernet IP suporta disposi-tivos de campo simples e aplicaes de tempo crtico, bem como a integrao de sistemas de automao distribudos base-ados em componentes.

    avaNos No proCessameNtoNos ltimos anos observamos que os

    mercados de instrumentao e automa-o vm demandando equipamentos de campo (transmissores de presso e tem-peratura, conversores, posicionadores, atuadores, controladores etc.) com alta performance, confiabilidade, e disponibi-lidade. O objetivo minimizar consumos, reduzir a variabilidade dos processos,

  • 12 | engeworld | janeiro 2013

    proporcionar a reduo de custos ope-racionais e de manuteno, assim como garantir a otimizao e melhoria continua dos processos.

    Por outro lado, os microproces-sadores/micro -c o n t r o l a d o r e s esto se tornando mais poderosos e baratos e os fornecedores de instr umentao vm responden-do s demandas dos usurios por mais e melhores informaes em seus processos. A tecnologia digital rica no forneci-mento de infor-mao, no so-mente pertinente ao processo, mas em especial dos equipamentos de campo.

    Desta forma, condies de autodiagnose podem poupar custos operacionais e de manuteno, prin-cipalmente em reas classificadas (pe-rigosas) ou mesmo em reas de difcil acesso. Da prpria sala de controle pode-se ter uma viso geral do sistema e ainda com ferramentas baseadas em internet, a qualquer hora e de qualquer lugar. Atravs de um gerenciamento destas informaes vindas do campo, possvel selecionar convenientemen-te os dados para se atingir os objetivos de produo, direcionando as informa-es s pessoas e/ou departamentos

    corretos e agindo de maneira a melho-rar os processos.

    Percebe-se aqui que todas estas evolues tecno-lgicas e a conso-lidao das redes industriais fazem com que os siste-mas de automao e controle, equipa-mentos de campo, controladores e outros dispositi-vos possam assu-mir funes antes i n i m a g i n v e i s . Entre elas esto o controle contnuo e discreto, tempos de varreduras me-nores, arquitetu-ras redundantes, gerenciamento e trfego de infor-mao, disponibi-lidade de informa-es para IHMs, internet, gerao de relatrios, ge-renciamento de

    ativos, altos nveis de segurana etc. Tudo isso, aliado confiabilidade in-dustrial, tanto de hardware quanto de software.

    Atualmente, de-vido demanda das plantas industriais, os CLPs (Controla-dor Lgico Progra-mvel) manipulam tanto o controle discreto quanto malhas analgicas. As atuais funes de controle exis-

    tentes em uma planta industrial so em geral distribudas entre um n-mero de controladores programveis, os quais so montados prximos aos equipamentos a serem controlados. Os diferentes controladores so usu-almente conectados por rede local a um computador supervisrio central, o qual gerencia os alarmes, receitas e relatrios.

    Entramos em uma fase onde a tecno-logia e conectividade industrial eram proprietrias, o que resultava no casa-mento entre cliente e fornecedor. No mercado, apareceram os SDCSs (Siste-mas Digitais de Controle Distribudos).

    GaNhos Com a teCNoloGiaNa dcada de 90, o mundo comeou

    a presenciar enormes avanos na rea tecnolgica, em que os circuitos eletr-nicos passaram a proporcionar maior eficincia, velocidades e funcionali-dades. Tambm promoveram ganhos com o aumento de MTBF (Mean Time Between Failures, que significa maior confiabilidade), a reduo de custos, consumos e espaos fsicos menores. Ao mesmo tempo em que impulsionaram o desenvolvimento de computadores, interfaces e perifri-

    cos mais poderosos, com alta capacidade de processamento e memria e o mais interessante, dando vazo a alta escala de produo com custos reduzidos o que foi uma vanta-gem de forma geral,

    pois aumentou a oferta de micro-controladores, Cis e ASCIs para toda a indstria.

  • engeworld | janeiro 2013 | 13

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  • 14 | engeworld | janeiro 201314 | engeworld | janeiro 2013

    E se no bastasse esta revoluo ele-trnica, os sistemas mecnicos tam-bm passaram e vm passando por inovaes e modificaes conceituais com a incorporao da capacidade de processamento.

    Assim, os sistemas mecnicos tornam--se mais rpidos, eficientes e confiveis, com custos de implementao cada vez menores. Ao longo dos ltimos anos cada vez mais frequente a utilizao de componentes eletrnicos para aciona-mento e controle desses sistemas.

    No resta dvida que hoje no somente a condio de controle que importa. A gesto da informao, a in-

    teligncia da instrumentao, a tecno-logia verdadeiramente aberta e no pro-prietria, os benefcios da tecnologia digital, so fatores que agregam valores ao usurio.

    Que atualizao um sistema conven-cional pode ter nos prximos anos? Que capacidade de expanso vai permitir? O portflio de aplicaes oferecidas pelos fornecedores com um sistema digital aberto aumentou bastante nos ltimos anos, incluindo redes digitais abertas, reas como gerenciamento de ativos, controle baseado em blocos funcionais, otimizao em tempo real, MS (gesto de negcios), ferramentas

    de gerenciamento de performance em tempo real, gerenciamento de alarme e muitas outras.

    sistema abertoAtualmente, o usurio deve estar

    atento e especificar sempre um sistema de automao aberto com possibilida-de de diagnsticos, maior tolerncia a falhas, blocos de funes, FFBs (Blo-cos Flexveis), conectividade OPC e com diversos protocolos. Tambm deve atentar para uma srie de outras caractersticas que o torna um sistema de controle completo e no um sim-ples barramento de comunicao com

    Fuso das reas de automao

  • engeworld | janeiro 2013 | 15 engeworld | janeiro 2013 | 15

    integraes proprietrias. A escolha nas principais plantas industriais deve--se s funes de controle de processo que permitem agregar informaes que possam trazer benefcios nas to-madas de decises, garantindo a exce-lncia operacional.

    Os Sistemas verdadeiramente aber-tos utilizam tecnologias que se integram perfeitamente ao hardware, ao mes-mo tempo em que d liberdade para conectar-se com software e hardware de ou-tros fabricantes. Com isso, os usu-rios tm a liber-dade para escolher os componentes e at mesmo cons-truir o seu prprio sistema.

    A flexibilidade e a capacidade de expanso da ar-quitetura de um sistema aberto e digital possibili-tam reconfigura-es e expanses para atender as novas condies de processo sem grandes reinvestimentos. Tecnologias modernas possibilitam respostas rpidas s mudan-as nas condies de mercado.

    Vale lembrar que todos os segmen-tos industriais vm sofrendo constantes presses para alcanar a excelncia ope-racional, objetivando sua maior competi-tividade. Excelncia operacional significa otimizar e dinamizar os processos atravs da anlise de dados em tempo real, com

    o objetivo de facilitar a tomada de deci-so de forma inteligente, estratgica e em todos os nveis da organizao. Ao usar a tecnologia digital possvel aprimorar os processos, gerenciando de maneira mais eficiente as operaes da planta.

    No mercado atual globalizado, pautado na busca de uma vantagem tecnolgica que permita ao seu usurio competir de

    uma maneira efi-caz, manter-se de uma maneira sus-tentvel, obtendo lucro e reinvestir no seu negcio, a automao indus-trial passou a ser item bsico des-se processo. No ramo da indstria, a otimizao de recursos faz-se im-prescindvel.

    As inovaes na rea de processo em si so poucas, ficando para as reas de controle de processo a res-ponsabilidade na reduo de custos.

    O entendimento dos processos de inova-o na automao com os sistemas digi-tais e de redes abertas podem ajudar a nos situarmos no contexto atual, identifican-do as inovaes que podem agregar va-lor cadeia produtiva. Notadamente nos ltimos anos, com o avano na eletrnica digital passamos a ter novas ferramentas nas reas de controle de processo e ma-nuteno que associadas com sistemas de comunicao baseados em protocolos abertos de redes industriais.

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    CONTEDO PROGRAMTICO

    1. Introduo - projeto de processos qumicos

    2. Balanos de massa

    3. Balanos de energia

    4. Fluxogramas de processo

    5. Fluxogramas de engenharia (P&I Diagrams)

    6. Documentao tpica em projetos industriais

    7. Instrumentao e controle de processo

    8. Tubulao

    9. Bombas

    10. Sistemas de ventilao e de exausto

    industrial

    11. Compressores de gs

    12. Tanques e Vasos de presso para

    estocagem de fludos

    13. Vasos decantadores para separao de fases

    Fabio Alessio Romano Dionisi

    Engenheiro Qumico - Mestre pela EPUSP

    Diretor de Engenharia para a America

    Latinal (Du Pont Amrica Latina)

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  • 16 | engeworld | janeiro 2013

    o que um selo meCniCo?

    Para entendermos o que um selo mecnico ne-cessrio passarmos por alguns pontos-chave. O primeiro deles onde po-

    demos aplicar um selo mecnico? O selo mecnico pode ser utilizado em equipa-mentos rotativos como bombas cen-trfugas responsvel por mais de 90% das aplicaes , compressores, mistu-radores e ventiladores industriais. Pode ser aplicado a diversas indstrias como Qumica, Petrolfera, Papel e Celulose, Siderrgicas, Mineradoras, Txteis, Ali-mentcias, Automobilsticas entre outras.

    Mas pra que realmente serve o selo mecnico?

    Em uma bomba centrfuga assim como nos outros equipamentos o selo mecni-co tem a funo de promover a selagem, a fim de evitar que o fluido seja emitido

    Osvaldo Vieira Cassiano para o meio externo (atmosfera).Os selos mecnicos podem ser aplica-

    dos na maioria dos casos, pois possuem muitas vantagens em relao as gaxetas. Alm disso, so indicados para casos onde os retentores convencionais (gaxetas) no podem ser aplicados, especialmente em casos de altas presso, temperatura, veloci-dade e presena de slidos em suspenso.

    Uma bomba centrfuga composta basicamente por sua carcaa, bocal de suco e descarga, rotor, caixa de sela-gem e caixa de mancal. O fluido bom-beado tende a ocupar todos os espaos da bomba e escapar para atmosfera por todas as aberturas, inclusive pelo eixo.

    Em aberturas que podem ser vedadas estaticamente podemos usar juntas planas, anis O entre outros. J para o eixo pode-mos usar gaxetas ou selos mecnicos.

    Na figura1 podemos notar que o selo mecnico est situado dentro da carcaa da bomba, mais precisamente na caixa

    de selagem. No entanto, existe outra possibilidade de alojamento, em muitos casos mais viveis e s vezes at indis-pensveis, que atravs da utilizao de uma sobreposta. A sobreposta nada mais do que um prolongamento da caixa de selagem e utilizada quando no se tem o espao necessrio para se alojar o selo mecnico, ou ainda nos selos cartu-chos onde a utilizao da sobreposta indispensvel. A unio entre a caixa de selagem e a sobreposta feita por para-fusos prisioneiros.

    O selo mecnico no um projeto complicado. Consiste basicamente de um conjunto rotativo que solidrio ao movimento do eixo do equipamento e um conjunto estacionrio. E, nesses conjuntos, sempre devem existir as faces rotativa e estacionria juntamente com suas respectivas vedaes secundrias. Outras peas do conjunto so mutveis e variam de acordo com a concepo do projeto do selo mecnico.

    Mas afinal como funciona o selo me-cnico? As faces rotativa e estacionria encontram-se perpendiculares ao eixo e uma das faces empurrada contra a outra atravs de mola nica ou mltiplas molas. O contato axial estabelecido pela fora exercida pela mola e a presso do

    bomba CentrfuGa Figura 1

    Figura 2

    Descarga

    Rotor

    Suco Selo

    Eixo

    MancaisCarcaa

    Caixa de selagem

    Sobreposta

    Luva

    MECniCa artigo

  • engeworld | janeiro 2013 | 17

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    selo CartuCho selo no CartuCho

    fluido atuante na caixa de selagem deter-minam o fechamento das faces realizan-do o que chamamos de vedao prim-ria ou dinmica, bloqueando a passagem do fluido para o eixo do equipamento. J a vedao secundria ou esttica feita normalmente por anis O, foles de bor-racha e cunhas em P.T.F.E., impedindo a passagens do fluido pelos interstcios do selo mecnico. As faces do selo so lapidadas, o que confere a elas uma rugo-sidade de trs bandas de luz, aproxima-damente 1m, variando de acordo com o tipo de material das faces.

    Nesta altura voc deve estar se per-guntando se as duas faces em contato, uma girando e a outra parada, no vai gerar um atrito excessivo? Como o selo atua realizando um trabalho de vedao, grande parte dele encontra-se em conta-to com o fluido. Dessa forma, na regio de contato das faces, ocorre formao

    de um filme lquido. Este alm de pro-mover uma lubrificao entre as faces, diminuindo sensivelmente o atrito, ain-da responsvel por obstruir a passagem do fluido. Devido ao movimento da face rotativa em relao estacionria, o fil-me lquido tende a evaporar por efeito do aquecimento e com a sua evaporao outro filme lquido se forma e assim su-cessivamente, sempre propiciando uma lubrificao e vedao ao sistema.

    Este o selo mecnico, simples, efi-ciente e cujo diferencial de um bom funcionamento est na aplicao correta para cada condio de temperatura, pres-so, velocidade e caracterstica do fluido a ser vedado. Portanto, indispensvel contar com um fabricante e um profis-sional experiente e que realmente possa responder pelo produto fornecido, pro-porcionando todo o suporte necessrio, evitando possveis erros de aplicao.

    Figura 3

    Figura 5 Figura 6

    Figura 4

    Conjunto rotativo Conjunto estacionrio

    Face rotativa

    Anel o

    Molas

    Estojo

    FluidoAtmosfera

    Face rotativaFace estacionria

    Filme lquido

    Fluido

  • 18 | engeworld | janeiro 2013

    Os painis eltricos so destinados conexo com sistemas de energia eltrica para o aciona-mento, proteo e con-

    trole de equipamentos. Para cumprir essa funo, a norma NBR 60439-1, da ABNT (Associao Brasileira de Normas Tcnicas), estabelece todas as diretrizes para a instalao e testes dos painis eltricos de baixa tenso, que podem ser configurados em diferentes tipos, como:

    Distribuio para circuitos de ilumi-nao e potncia;

    Sistemas de controle;

    Anderson Pacheco Engenheiro da TSE Energia e Automao Ltda

    Bancos de capacitores; Centros de controle de motores; Acionamentos de drives; Distribuio e sub-distribuio;

    Distribuio para circuitos de iluminao e potncia: nesse caso, os painis so montados com equipa-mentos para proteo, seccionamento e manobra de circuitos de iluminao e fora para aplicaes internas, doms-ticas ou em outros locais onde pessoas no qualificadas tenham acesso. Usado em corrente alternada, com tenso que no exceda a 300V, esse sistema deve ter circuitos de sada com proteo contra

    curto-circuito e a corrente nominal de cada um desses circuitos no pode ex-ceder a 125A, com uma corrente total de entrada de at 250A.

    Painis de Controle: esse tipo de painel montado com equipamentos de controle, como controladores lgi-cos programveis (CLPs) ou contato-res e rels, com a funo de controlar e intertravar um determinado processo ou aplicao. Os painis de controle po-dem estar ou no fisicamente conecta-dos s colunas dos painis que contm equipamentos de potncia.

    Bancos de Capacitores: painis de banco de capacitores so montados com equipamentos de controle e acio-namento de estgios pr-estabelecidos e podem ser manuais ou automticos. Quando automticos, so manobrados automaticamente por uma unidade eletrnica de controle reativo, sensibili-zada por sinais de corrente e tenso da carga a ser corrigida, de forma a manter o fator de potncia do sistema dentro da faixa pr-estabelecida onde esto co-nectados carga e banco.

    proteo e Controle para redes de baixa tensoDiferentes configuraes para cada aplicao

    EltriCa artigo

    CCM INTELIGENTE

  • engeworld | janeiro 2013 | 19

    C

    M

    Y

    CM

    MY

    CY

    CMY

    K

    AF_023_AN_Cordeiro_EW_01_Aprov.pdf 1 12/12/12 16:11

    Cada estgio conta com um ou mais capacitores trifsicos e sua composio definida em funo da necessidade de potncia da instalao. Nesse sistema, cada estgio dever possuir proteo contra curto-circuito. A insero ou retirada dos estgios ser feita atravs

    PAINIS DE CONTROLE COM PLC

    A norma NBR 60439-1,da ABNT, estabelece todas as diretrizes para a insta-lacao e testes dos paineis eletricos de baixa tenso

  • 20 | engeworld | janeiro 2013

    de contatores tripolares, dimensiona-dos de forma a suportar os valores de amplitude e frequncia da corrente de ligamento, sem prejuzo vida til em termos de nmeros de manobras.

    Centro de Controle de Motores: esses painis, conhecidos pelas siglas CCM ou MCC, das iniciais em ingls, so sistemas de manobra e comando de motores eltricos de baixa tenso (at 1.000V) ou mdia tenso (acima de

    1.000V). Os CCMs podem ser acio-nados via I/O ou podem necessitar de comunicao com outros sistemas de controle dotados de rels de proteo, com interface de rede industrial de da-dos em diversos padres como, Ether-net, Profibus, DeviceNet ou Modbus.

    Em ternos de configurao, os CCMs podem ser compartimentados ou no compartimentados, fixos ou extraveis. O CCM no compartimentado, por exemplo, montado em uma placa nica, onde os conjuntos de proteo e manobra de cada carga individual esto todos juntos. J o CCM compartimen-tado aquele cujos equipamentos de proteo e de manobra de cada carga ficam montados em reas separadas dentro do painel.

    Esse ltimo tipo de sistema tambm pode se subdividir em duas categorias: o CCM fixo ou extravel. No primeiro caso, cada compartimento conta com uma placa de montagem no removvel na qual so alocados os equipamentos para proteo e manobra da partida.

    No CCM extravel, por sua vez, cada compartimento conta com uma gave-ta que pode ser removida do painel sem o auxlio de ferramenta. Os equi-pamentos para proteo e manobra da partida so montados dentro das gave-tas, o que reduz os tempos de parada, j que essas gavetas podem ser substi-tudas rapidamente.

    CCM inteligenteAlm dos diferentes tipos de CCMs,

    esses painis podem ser dotados de re-cursos que acionam e protegem os mo-tores, como inversores de frequncia, chaves de partidas (soft-starter) e rels eletrnicos, entre outros dispositivos eletrnicos em rede. Atravs das redes de comunicao industrial (Profibus, DeviceNet, Ethernet e outras), poss-vel ter acesso total potencialidade de diagnsticos, parametrizaes e medi-es oferecidos pelos equipamentos de comunicao.

    As vantagens vo desde a reduo de fiao dentro do painel, em nveis de 80%, at a possibilidade de receber ante-cipadamente um alarme de problemas potenciais, de eliminar desligamentos desnecessrios e isolar falhas de modo a reduzir o tempo de parada, Nesse caso, o sistema tambm permite distribuir ou equalizar as cargas enquanto o proble-ma est sendo solucionado.

    Os CCMs so conjuntos essenciais para a produo, pois com o avano da tecnologia e a necessidade de monito-ramento e controle do processo produ-tivo, a utilizao de redes possibilita re-duzir para alguns minutos uma parada que antes consumiria horas. Alm dis-so, tal configurao proporciona diag-nsticos melhores e mais completos, que localizam com preciso os pontos

    CCM COMPARTIMENTADO EXTRAVEL

    Os CCMs podem ser acionados via I/O ou podem necessitar de comunicao com outros sistemas de controle dotados de rels de proteo

  • engeworld | janeiro 2013 | 21

  • 22 | engeworld | janeiro 2013

    problemticos durante o processo de produo, de modo que se possa saber onde interferir e o que corrigir.

    Painis para acionamentos Drives: so conjuntos montados com equipamentos especficos para o con-trole de velocidade de motores, junto com os equipamentos de alimentao, proteo e controle dos mesmos. Os drives trabalham com altas frequncias internas, sendo um dos grandes emis-sores de poluio eletromagntica e um dos grandes geradores de harmnicas nas redes industriais.

    Outra caracterstica a de necessita-rem de requisitos especficos com re-lao dissipao trmica gerada pelo seu funcionamento. Por este motivo, a instalao de um drive (softstart, inversor de frequncia, conversor de frequncia etc.) precisa seguir uma s-rie de requisitos tcnicos para garantir seu funcionamento correto e minimi-zar as influncias causadas por ele. As caractersticas dos painis para drives no so especificamente relativas es-trutura (chaparia, barramentos ou ou-

    tros), mas sim relacionadas correta aplicao dos conceitos de engenharia para sua utilizao.

    Painis de distribuio e sub--distribuio: trata-se de painis montados que acomodam equipamen-tos para proteo, seccionamento e ma-

    nobra de energia eltrica. So indicados para as mais diversas aplicaes, desde os painis de pequeno porte utilizados nas entradas das residncias, at os de grande porte, como painis autopor-tantes formados por diversas colunas, que integram os sistemas de distribui-o de energia em edifcios residen-ciais, comerciais, industriais, shopping centers e hospitais, entre outros.

    Nas instalaes eltricas de grande porte, comum encontrarmos vrios nveis de painis de distribuio, desde o transformador at as cargas. Muitas vezes existe um painel de distribui-o principal conectado diretamente ao transformador, com o objetivo de alimentar vrios outros painis (sub--distribuio), cuja funo alimentar painis sucessivos at o nvel das cargas.

    A complexidade e o projeto dos

    QGBT NO COMPARTIMENTADO

    QUADRO DE SUB-DISTRIBUIO

    Os drives trabalham com altas frequncias internas, sendo um dos grandes emissores de poluio eletromagntica e um dos grandes geradores de harmnicas nas redes industriais

  • engeworld | janeiro 2013 | 23

  • 24 | engeworld | janeiro 2013

    biblioGraFia abNt: Norma NBR 60439-1 - Conjuntos com Ensaios de Tipo Totalmente Testados (TTA) e Conjuntos com Ensaios de Tipo Parcialmente Testados (PTTA).

    sistemas de distribuio esto direta-mente relacionados com as necessida-des inerentes a cada aplicao ou insta-lao, seja ela industrial ou comercial. Por esse motivo, os painis de distri-buio podem ser configurados em di-ferentes tipos, como os compartimen-tados ou no compartimentados, fixos ou extraveis.

    Na configurao no compartimen-tada, o quadro geral de baixa tenso (QGBT) montado em uma placa ni-ca, na qual os conjuntos de proteo e manobra de cada carga individual ficam instalados todos juntos. J o modelo compartimentado aquele cujos equi-pamentos de proteo e manobra de cada carga esto montados em pontos separados dentro do painel. Esse ltimo modelo de QGBT, por sua vez, pode

    ser fixo ou extravel.Assim como no caso dos CCMs, os

    painis de distribuio e sub-distri-buio fixos se caracterizam pelo fato de seu quadro geral (QGBT) contar com compartimentos nos quais so montadas placas no removveis que alocam os equipamentos para prote-o e manobra da carga. No modelo

    extravel, por sua vez, em cada com-partimento montada uma gaveta que pode ser removida do painel sem o auxlio de ferramenta. Os equipa-mentos para proteo e manobra da carga so montados dentro das gave-tas, o que diminui os tempos de pa-rada, j que sua substituio pode ser realizada rapidamente.

  • engeworld | janeiro 2013 | 25

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  • 26 | engeworld | janeiro 2013

    ManutEno

    paradas proGramadas

    Parada um evento especfico, no rotineiro, portanto, no obje-to da atividade fim de uma empresa, a menos que esta seja uma empreiteira executante ou gerenciadora desse tipo de empreendi-mento. Ainda assim, vale ressaltar que a parada programada de uma instalao industrial possui uma acepo muito mais ampla que o

    termo projeto, pois abrange as etapas de planejamento em campanha, preparao conceitual, preparao detalhada, pr-parada, parada e ps-parada. Por esse moti-vo, cada evento desse tipo ter novas equipes e gerncias, objetivos diversos, pra-zos diferentes, tecnologias diversificadas e outros.

    Quando tudo precisa dar certo

    Julio Cezar Jeronimo Santos (1) e Welerson dos Reis Amaral Melo (2)

    atravs da avaliao do planejamen-to de parada programada, a fim de otimizar os resultados do empreen-dimento nas unidades de processo. Essa otimizao obtida com a me-lhoria da preparao e planejamento prvio, tendo como princpio a quali-dade, segurana, meio ambiente, sa-de e responsabilidade social.

    Fases do planejaMentoO processo de planejamento de paradas

    necessita de um de gerenciamento que, no caso da sistemtica definida para o IPP, subdividido nas sete fases descritas abaixo:

    Fase I: preparao conceitual (18 / 12 meses antes) Fase II: preparao preliminar (12 / 9 meses antes) Fase III: preparao detalhada (9 / 4 meses antes) Fase IV: execuo de pr-parada e final da preparao da parada (nos quatro meses anteriores) Fase V: execuo da parada Fase VI: ps-parada (2 meses aps) Fase VII: planejamento em campa-nha (entre as fases VI e I)

    possvel afirmar que a parada de manuteno o maior evento da vida de uma instalao industrial devido aos seguintes fatores:

    Maior exposio a riscos em termos de segurana, meio ambiente e sade (ele-vada concentrao de mo de obra); Cessao de produo e de faturamento; Grande dispndio de recursos finan-ceiros em curto prazo de tempo; Grande envolvimento de pessoas prprias e contratadas.

    A gesto de paradas deve ter enfoque empresarial, pois influencia fortemente o negcio. Nesse contexto, a rea de planejamento de manuteno tem que ser um centro de excelncia dentro da planta. As especialidades de mecnica, eltrica, instrumentao e produo, por exemplo, devem elevar sua capaci-tao nas ferramentas de planejamento, incluindo paradas.

    O IPP (Indicador da Qualidade do Processo Parada Programada) apurado

  • engeworld | janeiro 2013 | 27

    Cada fase composta de atividades a serem executadas at o final do perodo em questo. Os prazos exemplificados acima se aplicam a paradas tpicas de unidades de processo em refinarias do sistema Petrobras, podendo ser customi-zados para outras instalaes industriais.

    A execuo de cada fase dever ser vali-dada por meio de reunies formais com a participao de todo o grupo gerencial de primeira linha, bem como de representan-tes dos Comits de Parada preconizados.

    Esse esforo tem o objetivo de promo-ver de forma sistematizada a aplicao das boas prticas de paradas com a inte-grao das atividades, para a otimizao de todo o evento. A meta proporcionar uma parada de alta performance focada basicamente na segurana das pessoa e na ausncia de impacto ao meio ambien-te, dentro o menor prazo de execuo e a custo competitivo.

    deliMitao das atividades

    Para a obteno de um bom resulta-do da parada, faz-se necessrio elevar a integrao das equipes e o ndice de previsibilidade dos servios. Isso requer um planejamento organizado realizan-do aes no tempo requerido; otimiza-o do escopo de pr-parada, parada e ps-parada; controle eficiente da exe-cuo; elevada produtividade dos servi-os e garantia do controle de qualidade de servios durante a parada.

    A filosofia de reduo dos servios de parada dever sempre ser mantida, independente da existncia de eventu-

    ais folgas em frentes de trabalhos. Dessa forma, todos os servios viveis e pass-veis de execuo em campanha devero ser deslocados para fora da ocasio de parada da unidade.

    Dentro desse enfoque de escopo limitado de trabalhos em parada, os servios de oportunidade devero ser objeto de criteriosa anlise quanto real necessidade. Tambm devero ser maximizadas a execuo dos planos preventivos de equipamentos em cam-panha e a intensificao de preparativos

    e pr-montagem no perodo de pr-pa-rada. Sempre dever ser feita a anlise de custo/benefcio do reparo versus a troca total ou parcial do equipamento.

    A principal convenincia destas medi-das reside em possibilitar a reduo do efetivo contratado, e consequentemente atenuar os problemas de qualificao, ca-ractersticos nesta mo de obra quando utilizada em grande escala. Alm disso, tais medidas tambm simplificam a ge-rncia e controle da parada em funo da diminuio das frentes de trabalho.

    ara a coordenao e acompanhamento de todos os assuntos e providncias relativas ao planejamento especfico de uma parada, prev-se uma ao

    contnua e integrada dos seguintes comits de parada:

    comit de planejamento em campanha

    Este comit responsvel por iniciar a definio do escopo de servios para a prxima parada, atravs do acompa-nhamento da unidade durante a campa-nha. Ele analisa as ocorrncias e prope solues para a eliminao das causas bsicas, com a finalidade de garantir a prxima campanha com confiabilidade e segurana. Suas atribuies so:

    Acompanhar a campanha da unidade de processo; Implementar as recomendaes de campanha definidas no Relatrio de Fechamento de Parada; Providenciar o estudo de anlise de novos projetos baseando-se em diretrizes tcnicas corporativas ou para bloqueio de causas bsicas de ocorrn-cias em campanha, encaminhando ao

    gerente geral da unidade de negcio o resultado para aprovao; Realizar e coordenar as aes defini-das nas reunies de oportunidades de campanha; Encaminhar as aes definidas ao gerente geral da unidade de negcio para a sua aprovao; Executar as atividades previstas na fase inicial de planejamento da parada.

    comit coordenador de parada

    Este comit responsvel por acom-panhar, coordenar, deliberar e acionar as providncias necessrias para a execuo do planejamento dos servios de parada e de toda a infraestrutura necessria para o atendimento s metas propostas para o evento. Entre suas atribuies esto:

    Definir as diretrizes especficas que

  • 28 | engeworld | janeiro 2013

    nortearo as atividades de planejamen-to da prxima parada; Fixar a data de realizao da prxi-ma parada; bem como o tempo de interrupo da produo, a durao da prxima campanha e o regime de trabalho; Elaborar o cronograma das atividades de planejamento; Elaborar o plano de contratao para a parada; Apreciar e aprovar os servios defi-nidos para a parada, desde que a sua necessidade tenha ocorrido dentro dos prazos previstos; Validar a execuo dos projetos previstos para a parada; desde que a execuo de suas fases tenha ocorrido dentro dos prazos previstos; Analisar as necessidades dos servios solicitados aps o congelamento do escopo, bem como os impactos nos demais processos da parada (con-tratao, fornecimento de materiais, caminho crtico etc) e encaminhar ao gerente geral da unidade para a sua aprovao; Analisar a realizao das fases de execu-o de projetos aps os prazos previstos e os impactos nos demais processos da parada (contratao, fornecimento de materiais, caminho crtico etc) e encaminhar ao gerente geral da unidade de negcio para a sua aprovao; Acompanhar as pendncias relativas

    ao planejamento da parada, a fim de implementar aes corretivas cabveis; Avaliar a situao da elaborao e pro-vidncias para a execuo dos projetos, sobretudo com relao observncia de prazos; Acompanhar a situao dos processos de aquisio de materiais, principal-mente dos itens crticos; Checar o atendimento ao cronogra-ma das atividades de planejamento, corrigindo eventuais desvios; Avaliar o andamento das providncias relativas parada, sobretudo os aspec-tos relativos aos servios crticos, aos contratos e ao suprimento de material, bem como definir as linhas de ao para agilizar as correes de possveis pendncias; Elaborar o organograma organizacio-nal de parada; Elaborar o Relatrio Final de Parada.

    comit de anlise de planejamento de paradas

    Este comit responsvel por ana-lisar e aprovar a organizao, planeja-mento, custos e escopo das paradas, atividades consideradas estratgicas para a empresa. Seus membros tambm definem a parada estratgica, conside-rando o impacto logstico, lucro cessan-te, necessidade de recursos, custo e ris-cos corporativos, dentre outros pontos. Suas atribuies so:

    Definir, em conjunto com instncias corporativas, as paradas consideradas estratgicas para a companhia; Convocar as unidades de negcio para participar da reunio de fechamento da Preparao Preliminar da Parada, na sede da companhia, at nove meses antes da data inicial de interrupo da produo; Analisar e aprovar os objetivos e estratgias da unidade de negcio para o planejamento da parada; o cronograma de atividades de parada; o escopo de manuteno e o respectivo oramento; o plano de SMS (Seguran-a, Meio Ambiente e Sade); o plano de contratao; os projetos previstos no escopo da parada; o organograma das atividades em todas as suas fases; e o plano de Contingncia.

    A gerncia de manuteno e tecnolo-gia corporativa da companhia define os responsveis pelo acompanhamento da parada, que, em conjunto com represen-tantes das unidades de negcio, sero os responsveis pelo cumprimento de todo o processo. A eficincia nas quatro primeiras fases do processo est relacio-nada a procedimentos que podem ser identificados e antecipados nas reunies descritas abaixo, fundamentais para o su-cesso da parada:

  • engeworld | janeiro 2013 | 29

    objetivo loCal partiCipaNtes

    12 meses antes

    Validar a preparao conceitual da parada

    UN

    -Grupo gerencial da UN- Comit coordenador de parada- Gerncia corporativa

    9 meses antes

    Validar a preparao preliminar de parada

    Sede do abastecimento

    - Grupo gerencial da UN- Comit de anlise de planejamento de paradas

    4 meses antes

    Validar a preparao detalhada da parada

    UN

    - Grupo gerencial da UN- Comit coordenador do planejamento-Gerncia corporativa

    2 semanas antes

    Check-list final para validar a realizao da parada

    UN

    - Grupo gerencial da UN- Comit coordenador do planejamento- Gerncia corporativa

    Fase

    iFa

    se ii

    Fase

    iii

    Fase

    iv

  • 30 | engeworld | janeiro 2013

    planejaMento eM CaMpanha

    Esta fase se inicia com a apresentao do relatrio de fechamento de parada que encerra a Fase VI. Nessa oportunida-de, o Comit de Planejamento em Cam-panha conduzir as atividades essenciais para a preparao da prxima parada, que consistem basicamente em:

    Implementar as recomendaes do relatrio de fechamento de parada. Realizar as reunies de oportunida-des para prxima campanha (OPC) Implementar as aes deliberadas nas OPCs Analisar as necessidades de novos projetos para realizao na prxima parada. Consolidar experincias para aprendi-zado contnuo sobre paradas

    preparao ConCeitual da parada

    Chamamos de preparao conceitual da parada a fase de preparao e levanta-mento de dados e insumos necessrios para a organizao e preparao do pla-nejamento. Esta fase ocorre de dezoito a doze meses antes da data prevista de realizao da parada. Sua execuo com-preende as seguintes atividades:

    Definio do plano de implementao das lies aprendidas Definio e identificao das fontes para gerao do escopo Formao do Comit Coordenador da Parada, incluindo a definio de seu coordenador e responsabilidades Definio do cronograma das ativida-des de planejamento Definio do cronograma de implan-tao dos projetos Identificao e deflagrao de compras

    de materiais crticos Definio e comunicao dos objeti-vos, metas e filosofia da parada Estimativa do custo e prazo da parada Definio do plano de contratao

    preparao preliMinar da parada

    Na preparao preliminar da parada, os dados da fase I so processados e organi-zados na forma de um planejamento glo-

    bal que fornecer a dimenso do evento. Esta fase ocorre de doze a nove meses antes da data prevista de realizao da pa-rada e compreende as atividades a seguir:

    Elaborao dos estudos de montagem e manuteno de sistemas crticos Definio do escopo de servios Definio dos caminhos crticos e pr-parada Congelamento do escopo da parada Reviso do custo e prazo da parada Confirmao das datas de entrega dos materiais crticos Reviso do cronograma das atividades de planejamento Definio dos planos de contingncias Definio do plano de infraestrutura na parada Definio do macro planejamento operacional Concluso do detalhamento dos projetos classe A Definio do Macro Planejamento de SMS

    Na preparao preliminar da parada, os dados da fase I so processados e organizados na forma de um planejamento global

  • engeworld | janeiro 2013 | 31

    preparao detalhada da parada

    Trata-se da etapa na qual o macroplane-jamento definido na fase II, se transforma no micro-detalhamento e nos respectivos planos de aes e de implementao do planejamento. Esta fase ocorre de nove a quatro meses antes da data prevista de realizao da parada e compreende as se-guintes atividades:

    Aprovao do planejamento bsico pelo Comit de Anlise de Planejamen-tos de Paradas Definio da sistemtica de planeja-mento e controle da fases de execuo Assinatura dos contratos de execuo Concluso do planejamento de SMS Consolidao do detalhamento dos

    planos de contingncia Concluso do planejamento da pr-parada Confirmao do prazo e custos Consolidao do planejamento opera-cional Concluso do detalhamento dos projetos classe B

    exeCuo da pr-parada e Final de preparao da parada

    Esta considerada a fase de verificao final das aes previstas no planejamento de parada e quando a maioria dos servios de pr-parada so realizados. Ela ocorre a partir de quatro meses antes da data previs-ta de realizao da parada, envolvendo as seguintes atividades:

  • 32 | engeworld | janeiro 2013

    Concluso do detalhamento do plane-jamento de servios de parada Aprovao do planejamento de execu-o das contratadas Mobilizao da fora de trabalho das contratadas Reunies tcnicas de execuo Treinamento especfico, por especiali-dade, em SMS Treinamento dos procedimentos operacionais de parada e partida Concluso da pr-fabricao e pr--parada Confirmao da chegada de materiais Elaborao e divulgao do relatrio do planejamento de parada

    exeCuo da paradaNesta fase acontecem todos os traba-

    lhos de parada e, consequentemente, to-das as aes previstas nas fases anteriores so realizadas. Para que a execuo da parada seja concluda, so necessrias as seguintes atividades:

    Implementao do planejamento Gerenciamento das condies de mudana Realizao das reunies dirias de acompanhamento Cumprimento das prticas de segu-rana Gerenciamento de servios no previstos Gesto diria da parada (anlise de indicadores e replanejamento) Concluso dos servios de Parada

    ps-paradaChamamos de ps-parada a conclu-

    so dos servios e a desmobilizao dos insumos utilizados durante a execuo, portanto com a unidade j em operao. Sua execuo compreende as atividades a seguir:

    Execuo dos servios de ps-parada Desmobilizao das contratadas Elaborao das recomendaes de pro-jeto e inspeo para a prxima parada Relatrio de fechamento da parada

    Com a sistematizao do planejamento e o respectivo sistema de consequncias deste indicador, melhorias esto sendo obtidas por meio de lies aprendidas e compartilhadas com outras unidades

  • engeworld | janeiro 2013 | 33

    biblioGraFia diNsmore, Paul Campbell. Gerenciamento de Projetos. Editora Qualitymark, Rio de Janeiro, 2002.

    NasCiF, Julio & PINTO, Alan Kardec. Manuteno Funo Estratgica. Editora Qualitymark, Rio de Janeiro, 2 edio, 2001.

    petrobras. Sistemtica de Planejamento de Paradas Programadas do Abastecimento. Rio de Janeiro, 2004

    (1) julio Cezar jeronimo santos engenheiro de equipamentos da Gerncia de Manuteno e Suprimento do Abastecimento-Refino da Petrobras e coordenador do processo de parada de manuteno.

    (2) Welerson dos reis amaral melo tcnico mecnico II da Gerncia de Manuteno e Suprimento do Abastecimento-Refino da Petrobras e atua no processo de parada de manuteno.

    avanos obtidosA nota do IPP gerada pela avaliao

    do cumprimento das atividades das fases descritas no item anterior, associada ao de-sempenho obtido em indicadores como o nmero de acidentes com afastamento na parada; a taxa de frequncia de acidentes sem afastamento (TFSA); os custos des-pendidos; a implementao de certificao de pessoal e o atendimento aos prazos pre-vistos, entre outros ndices considerados.

    Atravs desta metodologia, est cada vez vivel a realizao de paradas programadas de alta performance. Com a sistematizao do planejamento e o respectivo sistema de consequncias deste indicador, melhorias esto sendo obtidas por meio de lies aprendidas e compartilhadas com outras unidades de negcio da Petrobras durante as anlises crticas realizadas.

  • 34 | engeworld | janeiro 2013

    o Controle do proCesso pela Vazo de fluidos

    Genildo Marques Gonalves (*)

    introduoOs medidores de vazo so funda-

    mentais estratgica e economicamente nas operaes industriais, pois so uti-lizados para o controle do processo, a anlise e garantia de qualidade e produti-vidade, bem como a segurana, balano de massa e energia. Tambm permitem a anlise de eficincia do processo, de perdas, rendimento e transaes comer-ciais, viabilizando at mesmo as medi-es contbeis, entre outras funes. notvel a importncia da medio de va-zo no mbito operacional, comercial e econmico na medida em que ela torna prtica a interpretao do quanto em di-nheiro convertido em fluido est literal-mente correndo, ou melhor, escoando pelo processo industrial.

    Nesse contexto, a especificao e compra de medidor de vazo para uma determinada aplicao uma tarefa cada vez mais difcil, uma vez que existe uma grande variedade de tipos disponveis no mercado. Essa diversidade de tipos de medidores de vazo consiste em um fator positivo e negativo, j que cada tecnologia disponvel resolve alguns problemas, mas acaba criando algumas dvidas na hora da sua implantao de-vido ao volume de questes tcnicas e comerciais envolvidas.

    A opo por um ou outro tipo de me-didor de vazo tem que levar em consi-

    inStruMEntao

    derao suas caractersticas tcnicas (tec-nologia, princpios de funcionamento, vantagens e desvantagens, restries, par-ticularidades, recursos disponveis etc.). Somado a isso, surge a necessidade do conhecimento de leis fsicas e conceitos cientficos. Conhecer os requisitos e con-dies fsicas operacionais do processo, as exigncias normativas e de confiabilidade e os requisitos de segurana so alguns dos principais parmetros envolvidos na escolha do medidor mais adequado, uma tarefa que fica ainda mais complicada quando se considera seu custo de aquisi-o, instalao e manuteno.

    entendiMento da apliCao

    O primeiro passo para a escolha do medidor identificar qual o objetivo da sua aplicao: controle, medio fiscal ou ambiental, apropriao de produo, transferncia de custdia, contabilidade interna, segurana ou simplesmente monitoramento, indicao ou totaliza-o. Essa anlise inicial permitir defi-nir possveis solues e alternativas de acordo com as diferentes classificaes dos medidores de vazo: os geradores de presso diferencial; os lineares ou no lineares; medidores volumtricos ou mssicos; totalizadores e/ou de vazo instantnea; os de canais abertos; intru-sivo/no intrusivo; medidores especiais;

    com ou sem fator K; os com energia aditiva ou extrativa.

    No caso de aplicaes crticas ou in-comuns, recomenda-se a consulta aos fabricantes para a obteno de maiores detalhes. importante frisar tambm que, em virtude da rpida evoluo tecnolgica dos medidores no que se refere aos recur-sos de alarmes, diagnsticos, comunicao, ajustes de medio, configurao e inteli-gncia embarcada, alguma soluo nova ou desconhecida pode existir e se tornar a pea chave que faltava para a escolha em determinado processo industrial.

    A anlise da aplicao vai alm de entender seu objetivo chave. preciso obter informaes sobre o formato ge-omtrico do meio de transporte do flui-do: cilndrico (tubulao), retangular ou canal aberto. Na maioria das aplicaes industriais tratamos de condutos de seo circular e, nesses casos, preciso identificar qual o material da tubulao, seu dimetro interno, a classe de presso, comprimento de trecho reto e outras in-formaes.

    O conhecimento do tipo de fluido (lquido, gs, vapor) e de suas proprieda-des, bem como as caractersticas de esco-amento, tambm fundamental. Deve--se verificar se o fluido compressvel ou praticamente incompressvel (lquidos) contm particulado slido e, nesse caso, qual o seu percentual. Alm disso, h de

    artigo

  • engeworld | janeiro 2013 | 35

    se observar se o fluido voltil, com-bustvel, alimentcio, radioativo ou sujo; se corrosivo, abrasivo, aderente; se h possibilidade de cavitao e/ou flashing, golpe de arete e incrustao.

    Tambm devem ser conhecidas a presso e tempera-tura mnima, ope-racional e mxima, a densidade, con-dutividade eltrica, composio e visco-sidade devem ser co-nhecidas, bem como a prpria vazo m-nima, operacional e mxima, e se ela ser medida em volume ou massa. No caso de vazo volum-trica, preciso definir se ser medida nas condies de operao, ou base (normalizada ou outra referncia), sen-

    do necessrio especificar as condies de presso e temperatura utilizadas em qualquer um dos dois casos.

    Para gases, vale salientar que se deve es-pecificar sua umidade e se a leitura dever

    ser seca ou mida. No caso de vapor dgua, bastar es-pecificar a presso e a temperatura para vapor superaquecido ou somente a tem-peratura para vapor saturado.

    Conhecer se a vazo laminar, turbulenta, com mudana de estado do fluido, mono ou

    multifsica, so itens de bastante relevn-cia. importante ressaltar que a maioria dos medidores projetada para a medi-o de vazo volumtrica, em regime

    Conhecer se a vazo laminar, turbulenta, com mudana de estado do fluido, mono ou multifsica, so itens de bastante relevncia

  • 36 | engeworld | janeiro 2013

    de escoamento turbulento. este o regi-me mais encontrado nas indstrias, de-vido s altas velocidades e viscosidades relativamente baixas. Deve-se atentar ainda para problemas de variabilidade de presso, temperatura, densidade e vis-cosidade.

    A vazo poder ainda ser subcrtica ou crtica, e tambm pulsante, sendo esta ltima provocada por bombas vo-lumtricas, compressores alternativos, mquinas recprocas, ou at vlvulas de reteno e/ou partes mecnicas mveis devido auto ressonncia. Neste caso a medio torna-se difcil, podendo gerar erros elevados e imprevisveis. Algumas precaues devem ser tomadas, como manter o medidor longe da fonte pul-sante, entre outras, dependendo do mo-delo utilizado.

    Em relao aos re-quisitos de seguran-a associada ao local de instalao, deve--se verificar o grau de proteo (IP) e o nvel de integridade de segurana (SIL Safety Integrity Level) requerido pela aplicao, bem como a classificao do medidor quanto instalaes em reas potencialmente explosivas. fun-damental verificar a necessidade do uso de normas tcnicas, regulamentaes, legislaes e portarias afins na especifi-cao do sistema de medio. Seja qual for a aplicao, deve-se observar que o medidor atenda s exigncias, recomen-daes e requisitos previstos.

    diMensionaMento e espeCiFiCao

    No quesito metrologia, qualidade e confiabilidade, o usurio precisa definir criteriosamente o medidor de vazo ne-cessrio, de acordo com as caractersticas da aplicao, para atendimento faixa de medio, histerese, resoluo, rangeabili-dade, estabilidade, linearidade e desem-penho requerido, entre outros. Para a correta escolha do medidor, indispen-svel saber que existem basicamente trs grandes categorias:

    Medidores cujo dimensionamento definido por normas e que, uma vez con-feridos dimensionalmente, dispensam aferio dinmica: o caso das placas de orifcio, bocais, venturi clssicos, bo-

    cais venturi de pitot (Prandlt) clssicos. Nesse caso, somente h necessidade de certificado de cali-brao dimensional e de presso por par-te dos transmissores de presso diferen-cial.

    Medidores que so objeto de normas voltadas somente para as caractersticas,

    nomenclatura e mtodos especficos de ensaio, mas que no definem o dimen-sionamento das peas e dependem de calibrao. Nesse caso, que envolve os rotmetros, turbinas, medidores magnti-cos e de deslocamento positivo, pode ser necessrio um certificado de calibrao.

    Medidores que ainda no foram objeto de normas e cuja especificao depende da experincia e tecnologia dos fornecedores. Para estes, cada caso deve-

    r ser analisado individualmente no que diz respeito confiabilidade das infor-maes sobre exatido, rangeabilidade e outros dados.

    Aps efetuar todas as anlises tcnicas no que diz respeito ao entendimento global da aplicao, preciso partir para as etapas de dimensionamento e especi-ficaes tcnicas. Obviamente, essa fase exige informaes comuns maioria dos projetos industriais, mas que em alguns casos podem ser bem particulares.

    De forma resumida, as informaes necessrias para o dimensionamento e especificao tcnica do medidor, assim como dos eventuais acessrios, equipa-mentos e instrumentos auxiliares so:

    Propriedades do fluido, seja ele lquido, gs ou vapor: se limpo ou sujo, seco ou mido, seu peso molecular, densidade, condutividade eltrica, viscosidade, composio, percentual de slidos em suspenso, presso de vapor, concentrao de produtos corrosivos, abrasividade etc. Dados fsico/dimensionais da insta-lao: local da instalao, material da tubulao, dimetro, schedule, espao disponvel, comprimento de trecho reto a montante e a jusante, orientao (vertical ou horizontal), posio de montagem, tipos de acidentes no percurso (curvas, vlvulas, reduo etc), vibrao, perda de carga e energia admissvel. Condies de operao: vazo, presso e temperatura, velocidade e regime de escoamento, cavitao, temperatura ambiente, atmosfera corrosiva, vibrao da linha, umidade, presena de campo magntico, se a instalao submersa etc. Desempenho metrolgico e de robus-tez requerido: faixa, exatido, preci-

    fundamental verificar a necessidade do uso de normas tcnicas, regulamentaes, legislaes e portarias afins na especificao do sistema de medio

  • engeworld | janeiro 2013 | 37

    Cidades que consomem menos 30% de energia?

    Certamente.

    Como uma das maiores fornecedoras de solues para a eficincia energtica, a ABB contribui para que se alcancem importantes economias de energia, sem comprometer a performance. Os nossos sistemas de controle de iluminao per-mitem economias de energia em at 50% e os nossos equipamentos de automa-o de edifcios em at 60%. Enquanto todos falam das alteraes climticas, do preo e dos cortes de energia, a ABB age para combater estes problemas, aqui e agora. www.abb.com.br

  • 38 | engeworld | janeiro 2013

    so, histerese, incerteza de medio, rangeabilidade, comunicao, MTBF, disponibilidade e outros.

    De posse dos dados da aplicao e uma vez selecionado o medidor, faz-se a especificao tcnica detalhada, que inclui os principais itens:Mecnicos: dimetro; comprimento;

    classe de presso; tipo e material das porcas, parafusos e tubos de medi-o; partes molhadas; invlucros; suportes; conexo ao processo (rosca, unio, flange, wafer, sanitria); cpsu-las de presso (para transmissores de presso) e outros.

    Eletroeletrnicos: Tipo de sensor (analgico ou digital); tenso de alimentao; dois fios; quatro fios ou bactria (instrumentos wireless); tipo de sinal/protocolo; quantidade e tipo de entradas/sadas de sinais; verso e reviso de drives, firmwares; tipo de conexo eltrica; tipo e comprimento de fios e/ou cabos etc.

    Qumicos: Material do invlucro e das partes molhadas (para aten-der compatibilidade qumica), por exemplo, bem como os diafragmas isoladores e as juntas de vedao das cpsulas de transmissores de presso, os revestimentos e eletrodos para medidores magnticos, entre outros.

    Metrolgicos: Faixa nominal de me-dio, exatido, recursos avanados adicionais de medio etc.

    Segurana: Grau de proteo, certificao para instalao em rea classificada com risco de exploso, SIL requerido e outros.

    Esse processo de dimensionamento e especificao obriga o engenheiro ou tcnico a conhecer detalhadamente os medidores e as diferenciaes entre cada fabricante. Uma nica especificao den-

    Medidor mssico Coriolis

    o medidor por efeito coriolis um dos poucos medidores de vazo mssica de lquidos e gases. Com esse instrumento possvel medir vazo em massa e volumtrica com altas presses e temperaturas inclusive para a transfe-rncia de custdia e medio fiscal para lquidos. Ele tambm mede densidade, temperatura, concentrao e, com o uso de transmissor de presso diferencial, re-aliza ainda a medio de viscosidade.

    Sua exatido, rangeabilidade e estabi-lidade o fazem uma das solues mais confiveis e completas do mercado, com-binado com vrios materiais dos tubos de medio para suportar agresso cor-rosiva e abrasiva. Esse medidor imune a variaes da densidade, viscosidade e presso. Alm disso, ele no necessita de trechos retos, justificando as aplicaes onde o medidor fica logo aps curvas, vlvulas e bombas.

    Ele pode ser aplicado somente como densmetro ou analisador, bastando di-mensionar um medidor de menor di-metro que a linha principal e instal-lo em by-pass para fazer o fluido ser desviado por meio de recursos geradores de presso di-ferencial. Ressalta-se como observao a limitao de dimetros e a perda de carga devido a sua caracterstica construtiva.

    tre as diversas que devem ser feitas pode ser a salvao para atender a uma exign-cia da aplicao. Tambm vale ressaltar que um instrumento dimensionado errado ou a falta de uma especificao tcnica poder resultar em transtornos e at em possveis acidentes.

    avaliao do CustoAps todas as avaliaes tcnicas,

    sempre haver um medidor mais ade-quado para cada aplicao, mas a anli-se comercial e o fator custo so muitas vezes decisivos para a escolha final. No quesito manuteno, deve-se atentar para que o modelo escolhido disponha de peas de reposio e de assistncia tcnica no mercado, seja por meio de representantes do fabricante ou de em-presas especializadas.

    No aspecto custo, podemos citar a famosa frase: O barato sai caro! Pagar menos por uma soluo inadequada, deficiente ou incompleta poder resultar em prejuzos incalculveis, motivo pelo qual a deciso pelo instrumento dever se basear na relao custo x benefcio. A melhor opo, nesse caso, dever se pautar numa anlise crtica dos aspectos tcnicos e econmicos das opes pr--selecionadas.

    Vrias opes e solues de medio de vazo so fornecidas pelos fabricantes. Avanos cientficos e desenvolvimentos tecnolgicos, juntamente com a influ-ncia de padronizaes normativas, tm proporcionado o surgimento e disponibi-lizao de medidores cada vez mais con-fiveis e robustos. Tcnicas mais antigas, como a medio por presso diferencial, tm favorecido o uso em aplicaes de al-tas exigncias metrolgicas e de seguran-a em funo de sistemas de instrumen-tao mais inteligentes combinados com avanos nas normas tcnicas.

  • engeworld | janeiro 2013 | 39

    Medidor magntico

    o medidor magntico aplicado so-mente para lquidos um dos ins-trumentos mais confiveis e robustos, caracterizado pela exatido notvel, alta estabilidade, rangeabilidade e desem-penho. Devido variedade de materiais que podem ser usados em seu reves-timento, como PFA (derivado do Te-flon), poliuretano, borracha, cermica, PTFE, bem como eletrodos em ao ino-xidvel, hastelloy, platina, tntalo e tit-nio, ele pode ser aplicado desde regimes de operao simples, at condies mais agressivas. Nessa categoria se inclui a in-dstria de papel e celulose, por exemplo, onde o desgaste por corroso e abraso elevado. Aplicado em lquidos limpos ou sujos, com baixa condutividade eltrica, ele imune variao de densidade e viscosidade.

    Utilizado em aplicaes submersas, trata-se de um medidor de passagem li-vre (praticamente sem perda de carga), com dimetros que vo de 2,5 mm a at

    2.600 mm. Sua operao otimizada atravs de diagnsticos e alarmes e, de-vido ao princpio de funcionamento, necessrio atentar e conhecer a condu-tividade eltrica do lquido a ser medido.

    Alguns medidores magnticos ope-ram com condutividades de at 0,01 S/cm (micro siemens por centmetro), o que uma condio de desempenho e operao fantstica. Quanto aos lquidos derivados de petrleo, devido s baixas condutividades eltricas, o medidor mag-ntico no pode ser aplicado. Tambm recomendvel ateno com a velocidade do fluido, principalmente se o lquido ti-ver grandes concentraes de slidos em suspenso, para a correta especificao do material do revestimento e do eletrodo.

    A tecnologia permite ainda a espe-cificao de um acessrio de proteo do tipo chapu metlico para evitar a agresso e desestruturao mecnica do revestimento, aumentando assim a vida til do instrumento.

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  • 40 | engeworld | janeiro 2013

    Medidores de presso diferencial

    em todo o mundo, cerca de 45% da medio de vazo de lquidos, gases e vapor realizada por meio de disposi-tivos geradores de presso diferencial utilizando-se elementos de primognios, como placas de orifcio, bocal, venturi, pitot, v-cone, cunha e outros, combinados com transmissores de presso diferencial. Existem vrios tipos de elementos prim-rios, cada um com suas caractersticas e aplicaes, que devem ser conhecidas.

    Trata-se de uma tcnica bastante confi-vel devido literatura tcnica e s normas existentes que proporciona baixo custo de construo, aquisio, instalao, manuten-o e calibrao, alm de permitir a escolha de uma diversidade de materiais (ao ino-xidvel, monel etc.) para atender aos efeitos de corroso. Por outro lado, ela gera proble-mas relacionados perda de carga, baixa rangeabilidade, dependncia da geometria da instalao, do regime e perfil de escoa-mento do fluido, entre outros.

    O sistema de medio por presso dife-rencial que utiliza placas de orifcio um dos poucos autorizados para medies fiscais e transferncia de custdia de gs natural. Para aplicaes mais simples de monitoramento e/ou controle, possvel utilizar transmissores sem fio (wireless) utilizando a norma ISA100 como padro de comunicao wireless em ambiente industrial.

    Medidor vrtex

    o medidor vrtex, por sua vez, tem sido uma soluo para a substitui-o dos tradicionais mtodos de presso diferencial, pois oferece baixa perda de carga, maior rangeabilidade, exatido, menor custo de instalao e manuten-o, medio de vazo volumtrica nor-malizada e/ou mssica, compensao de presso e temperatura. Esse medidor pode ser aplicado com lquidos, gases, vapor saturado e superaquecido, sendo bastante utilizado para a medio de va-zo de utilidades industriais.

    Entre outras caractersticas, ele tam-

    bm permite diversos tipos de confi-guraes, como modelo padro, com reduo de dimetro no corpo (para aumento de velocidade), para aplicao em altas e baixas temperatura e presses, com transmissor/indicador remoto en-com redundncia (para aplicaes que exijam maior disponibilidade/medio em fluxo bidirecional, com dois proto-colos distintos).

    Entretanto, o medidor vrtex no deve ser aplicado com fluidos com viscosidade maior que 4 cP ou com a presena de s-lidos em suspenso e aderentes. Em seu uso, deve ser evitada vazo pulsante e mul-tifsica e recomenda-se garantir a disponi-bilidade de trechos retos adequados e re-gime de escoamento turbulento. Outros cuidados envolvem ateno com vlvulas prximas, com cavitao/flashing, protu-berncias de juntas no medidor, a direo e posio de montagem, bem como ao fato e o dimetro interno do medidor no ser maior que o da tubulao.

    Rotmetro

    os rotmetros ou medidores de rea varivel so medidores de va-zo volumtrica de baixo custo, utiliza-dos para lquidos, gases ou excepcional-mente para vapor. Eles fornecem uma relao linear vazo e so um dos pou-cos medidores que no exigem trecho reto. So muito utilizados em aplicaes locais na rea industrial e em laborat-rios. Como geralmente sua instalao vertical, vlido lembrar que existem modelos prprios para instalao ho-rizontal. Esto disponveis em grande variedade de materiais para as mais di-versas condies do processo e alguns modelos, alm de indicadores, so tam-

    bm transmissores e totalizadores, po-dendo incorporar chaves de fluxo.

    Os rotmetros de vidro ou plstico so limitados pela presso, temperatura e por questes de segurana, mas al-guns modelos confeccionados em me-tal so apropriados para altas presses. Deve-se atentar para as limitaes de dimetros e fluidos sujos, assim como a necessidade de limpeza mais frequente, dependendo do nvel de sujeira, com-patibilidade qumica, presso e tempe-ratura. Para processos com lquidos vis-cosos, j existem alguns modelos que fazem compensao da viscosidade para a melhor determinao da vazo.

  • engeworld | janeiro 2013 | 41

    reFerNCias biblioGrFiCas Manual de medio de vazo. delme G. jean; 3 Edio 2003; Editora Edgard Blcher Ltda.

    Manual de medio de vazo atravs de placas de orifcio, bocais e venturis. Martins N.; 1 Edio 1998; Editora Intercincia.

    3) Medio de vazo. Ribeiro M. Antnio; 6 Edio 2004.

    (*) Genildo Marques Gonalves consultor de engenharia de aplicaes e vendas tcnicas da Invensys para a Amrica Latina.

    ConClusoExistem ainda muitos medidores de

    vazo com os mais diversificados tipos de tecnologia, princpios de funcio-namento e caractersticas individuais, como os do tipo ultrassnico, turbi-na, termal, canal aberto e entre outros. Portanto, podemos afirmar que sempre haver um medidor ou sistema de me-dio mais adequado para as condies e exigncias do processo.

    Sua escolha, entretanto, requer cui-dado, pois o principal problema de medies de vazo mal sucedidas que o comprador no sabe comprar e o vendedor no sabe vender. claro que sempre existir entusiasmo do fabrican-te em relao aos produtos da sua linha, mas este no deve exceder ao ponto de achar que seu instrumento vai resolver aplicaes no previstas.

    Isso exige um levantamento prvio da aplicao, onde o ponto de partida para a escolha o mximo conheci-mento possvel de dados do processo, dos princpios de funcionamento dos medidores disponveis, assim como suas vantagens, limitaes, caractersti-cas tcnicas e econmicas. Dessa ma-neira a escolha ser feita dentro da me-lhor relao custo x benefcio, sempre com foco no desempenho e exigncias da aplicao.

    Dada a complexidade e importncia da medio de vazo, fica evidenciada a importncia da correta seleo dos medidores para a busca da excelncia operacional, qualidade, produtividade, eficincia energtica e sustentabilida-de, sempre com nfase na competi-tividade e lucratividade. No final das contas, medio de vazo sinnimo de medio de fluxo de dinheiro, qua-lidade e economia.

  • 42 | engeworld | janeiro 2013

    gEofSiCa

    ConheCendo o subsolo para otimizar projetos

    A geofsica, conceito que h sculos comeou a ser estudado pelo pri-meiro matemtico grego que a his-tria registra Tales de Mileto, h mais de 500 anos antes de Cristo

    j capaz de auxiliar os processos de engenha-ria. O advento da geofsica para investigao de

    Tecnologias geofsicas, apesar de pouco utilizadas no Brasil, contam com mtodos no destrutivos capazes de mapear o subsolo de forma eficiente para a realizao de projetos arrojados de engenharia

    subsolos em projetos de engenharia permitiu um amplo e rpido reconhecimento das caractersti-cas dos terrenos a serem investigados. Alm disso, otimizou a necessidade de retirar testemunhos por meio de perfuratrizes de sondagem, alm de auxiliar a ao dos equipamentos de sondagem por meio de indicaes corretas dos locais a serem

  • engeworld | janeiro 2013 | 43

    perfurados, sintetiza Luiz Antonio Pe-reira de Souza, gelogo do Centro de Tecnologias Ambientais e Energticas do Instituto de Pesquisas Tecnolgicas do Estado de So Paulo (IPT). O espe-cialista complementa que h diversas tecnologias capazes de mapear o subso-lo. Porm, para engenharia, geralmente tratamos de solues que permitem co-nhecer at 100 metros de profundidade do subsolo, diz ele.

    Entre elas, Souza destaca a ssmica, uma cincia baseada na propagao de ondas acsticas. Geralmente o som emitido por uma fonte acstica que pode ser um martelo, um explosivo, uma cartucheira ou um rompedor hi-drulico. Ento, um sismgrafo mede a velocidade que o sinal demora a chegar a cada um dos sensores, conhecidos

    como geofones e cravados espalhada-mente no terreno ao longo do trecho investigado, diz ele. O clculo entre o tempo de recepo do som e a distncia entre cada geofone e a fonte acstica ir determinar o tipo de material do subso-lo, explica.

    Para o especialista, os mtodos ge-ofsicos baseados na ssmica so, atu-almente, os mais precisos para inves-tigao de subsolo quando se trata de projetos de engenharia, sejam eles em reas secas ou submersas.

    Hugo Cssio Rocha, vice-presidente do Comit Brasileiro de Tneis, corro-bora a avaliao de Souza, mas salienta que esta ainda uma tcnica pouco utilizada no Brasil. Prova disso que estamos procurando uma empresa que execute ssmica de reflexo de alta resoluo e at hoje no conseguimos encontrar, diz. Para ele, o mercado bra-sileiro recuou muito nessa rea durante os anos de represso e aps esse pero-do no acompanhou o desenvolvimen-to mundial.

    Jorge Dequech, diretor comercial

    O clculo entre o tempo de recepo do som e a distncia entre cada geofone e a fonte acstica ir determinar o tipo de material do subsolo

  • 44 | engeworld | janeiro 2013

    da Sondeq, pondera que em termos tecnolgicos o Pas no est atrasado. O que est atrasada a quantidade de utilizao. Hoje s se utilizam mto-dos geofsicos para construir em reas de risco, como em passagens de dutos de leo e gs, mas desconsideram essa soluo para construo em reas com tubulaes pequenas de gua e esgoto, por exemplo, diz ele.

    A Sondeq comercializa solues de investigao subterrnea baseadas em ondas eletromagnticas. O Radiode-tection, sistema que utiliza, , segundo Dequech, a tecnologia mais utilizada para identificao de interferncias em projetos de engenharia no Brasil desde 1994, quando foi introduzida. Ela se aplica na deteco de tubos e cabos me-tlicos enterrados, mas tambm pode ser utilizada para detectar tubulaes no metlicas, por meio de um emissor de sinal introduzido dentro da tubula-o, diz ele, associando a tcnica a um

    cateterismo, no qual o emissor percor-re por todo o trecho da tubulao, en-viando sinais capazes de compor a sua trajetria.

    aps o acidente com o oleoduto da Re-finaria de Duque de Caxias (Reduc), que contaminou grande parte da Baia de Guanabara (RJ) em 2000.

    Souza, do IPT, por sua vez, contrape que o mtodo geofsico escolhido deve levar em considerao o resultado pre-tendido. Para deteco de tubulaes enterradas em maiores profundidades, tecnologias como o Radiodetection realmente oferecem melhor resultado. Porm, para tubulaes mais prximas superfcie, h outras solues mais efi-cientes, como o radar de penetrao de solo (GPR), diz ele.

    O GPR, segundo o especialista, con-siste da emisso de ondas eletromagn-ticas por meio de uma antena. O sinal refletido em materiais existentes no subsolo e recebido por outra antena na superfcie, diz ele. Pode-se usar antenas de frequncias variadas, indo de 25MHz a 2GHz, sendo que a maior freqncia confere melhor resoluo,

    Segundo o especialista, a tecnologia de ondas eletromagnticas foi utilizada pela Petrobras para localizar parte dos seus 10 mil km de redes de tubulaes no Brasil, necessidade que veio tona

    Para deteco de tubulaes enterradas em maiores profundidades, tecnologias como o Radiodetection realmente oferecem melhor resultado

  • engeworld | janeiro 2013 | 45

    mas diminui a profundidade de alcan-ce, complementa.

    Todavia, essa tecnologia no costu-ma ser indicada para detectar tubula-es enterradas a mais de 20 metros, apesar de registros de uso com sucesso desta ferramenta para investigao de at 60 metros.

    Dequech retoma a palavra para complementar que o GPR atua em situaes nas quais o Radiodetection no to prtico: na identificao de interferncias no metlicas. A nica dificuldade que as imagens que essa tecnologia gera no so perfeitas, prin-cipalmente quando tratamos de tubula-es de pequenos dimetros, como um cabo de fibra tica de 2 polegadas, diz.

    Hugo Cssio Rocha, do CBT, com-plementa que a ao por meio de ondas eletromagnticas do GPR prejudica a sua utilizao em prospeco de solos para obras de tneis. Afinal, o solo de re-gies tropicais tm alto teor de minrio

    de ferro e a constante de eltrica emitida pelo radar de penetrao de solo reflete nesse material, confundindo as imagens geradas. Por isso essa tecnologia no costuma ser utilizada para avaliao em grandes profundidades, diz.

    Em obras de tneis, alis, Rocha avalia que solues de deteco eletro-magnticas, como o Radiodetection e o GPR, e as eltricas que nada mais so do que a cravao de eletrodos que emi-tem sinais