engenharia de segurança do trabalho nas artes marciais

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UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO-SENSU EM NÍVEL DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO ROGÉRIO GAMA DE ABREU MACEDO - A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NAS ARTES MARCIAIS - Santos SP Julho / 2010

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Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho. Monografia inédita.

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Page 1: Engenharia de Segurança do Trabalho nas Artes Marciais

UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO-SENSU EM NÍVEL

DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE

SEGURANÇA DO TRABALHO

ROGÉRIO GAMA DE ABREU MACEDO

- A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NAS ARTES

MARCIAIS -

Santos – SP

Julho / 2010

Page 2: Engenharia de Segurança do Trabalho nas Artes Marciais

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UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO-SENSU EM NÍVEL

DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE

SEGURANÇA DO TRABALHO

ROGÉRIO GAMA DE ABREU MACEDO

- A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NAS ARTES MARCIAIS -

- UMA ANÁLISE DA SEGURAÇA DO TRABALHO NOS ESPORTES, ARTES

MARCIAIS, CULTURA E LAZER -

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado como exigência parcial para

obtenção do título de Engenheiro de

Segurança do Trabalho ao Curso de

Pós-Graduação Lato Sensu em

Engenharia de Segurança do Trabalho

da Universidade Santa Cecília

Orientador: Professor Mestre Élio Lopes

dos Santos

Santos – SP

Julho / 2010

Page 3: Engenharia de Segurança do Trabalho nas Artes Marciais

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ROGÉRIO GAMA DE ABREU MACEDO

- A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NAS ARTES MARCIAIS -

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para

obtenção do título de Pós-Graduado (Lato Sensu) em Engenharia de Segurança do

Trabalho à Universidade Santa Cecília, sob a orientação do Prof. Ms/Dr/Dra.

___________________________.

Data da aprovação: ___ / ____ / 2010.

______________________________________________________________________

Prof. Mestre _______________________ (Orientador)

COMENTÁRIO DO(S) AVALIADOR(ES):

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

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DEDICATÓRIA

A todos que quiserem seguir um novo caminho de corpo,

mente e espírito; em um novo despertar!

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AGRADECIMENTOS

Aos meus Pais:

Pedro Macedo e Marília Macedo;

por tudo até hoje! Sem vocês,

nada seria possível!

Aos meus Senseis:

Aikidô – Santos Aikikai – Nelson Wagner;

Kendô – Shinto-Ryu Batto-Do Tsukimoto-Há – Adriano Pereira;

E a todos que fizeram parte desta jornada!

Page 6: Engenharia de Segurança do Trabalho nas Artes Marciais

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EPÍGRAFE

"O Aikidô não é uma técnica para lutar contra um inimigo ou derrotá-lo. É uma

maneira de conciliar as diferenças que existem no mundo e fazer dos

seres humanos uma família. Significa que o segredo do Aikidô

é a busca da harmonia com o Universo, é tornar-nos unos

com o Universo. Seus praticantes devem buscar esse

entendimento por meio de treinamento diário"

Ô Sensei – Morihei Ueshiba – Criador do Aikidô.

Page 7: Engenharia de Segurança do Trabalho nas Artes Marciais

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RESUMO

Através deste trabalho, visa-se à importância de se implantar este novo Nicho de

Mercado dentro dos Esportes, das Artes Marciais, da Cultura e Lazer; pois dentro delas

não existem amparos legais trabalhistas, tanto a acidentes, como em algum respaldo a

quem as leciona. O trabalho se desenrola com uma pequena parte histórica das artes

praticadas pelo autor com grau de instrutor, dando maior conhecimento ao leitor dos

pontos abordados, dentre sua cultura, e suas comparativas à segurança do trabalho e

suas aplicações. Não se esquecendo de associar aos outros esportes em geral, cultura e

lazer; comparativamente, onde os pontos abordados também se enquadram. Para cada

capítulo, se destacarão analises correspondentes as suas devidas questões e os

problemas encontrados. Em final, como proposta para análises futuras de controle, para

melhor qualidade. Para algumas, existem Federações, e para outras, um reconhecimento

como Cultura. Como já foi vencida esta etapa em lei (Lei do Governador Fleury Nº

7370 de 2002), em âmbito principal da Segurança do Trabalho realmente, não existem

profissionais qualificados para tal, seja um Técnico de Segurança, um Enfermeiro do

Trabalho, ou Auxiliar de Enfermagem do Trabalho, ou até mesmo um Engenheiro de

Segurança do Trabalho. Em sua maioria, isso é visto apenas como um Hobbie ou Lazer,

sendo que a verdade não é o caso. Nesse sentido, para quem as pratica, caso algum

acidente ou lesão venha a ocorrer, ou alguma discriminação (pessoal ou profissional),

faz-se necessária uma parte Legal para garantir sua integridade física, moral e

intelectual de todos, para que isso não ocorra fora sua existência no lado Cívil, e sim,

Trabalhista. Dar-se-ia, mais qualidade para todos! Acreditando que realmente é uma

grande oportunidade de trabalho e de suma importância para que sejam reconhecidas e

legalizadas realmente pelo Estado ou Governo, e não só de suas federações,

associações, sejam elas grandes ou pequenas, associados ou independentes.

PALAVRAS-CHAVE: Nicho, Segurança, Legal, Moral, Trabalhista.

Page 8: Engenharia de Segurança do Trabalho nas Artes Marciais

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ABSTRACT

Through this work, the purpose of the importance of deploying this new niche

market within the Sports, Martial Arts, Culture and Recreation, because within them

there are no legal protections labor, both the casualties, as in some support for those

who teaches. The work if uncurls with a small historical part of the arts practised for the

author with degree of instructor, giving bigger knowledge to the reader of the boarded

points, amongst its culture, and its comparative to the security of the work and its

applications. Not forgetting to associate in general with the other sports, culture and

leisure; comparativily, where the boarded points also are fit. For each chapter, its due

questions and the joined problems will be distinguished analyze correspondents. In end,

as proposal for future analyses of control, better quality. For some, Federacies exist, and

for others, a recognition as Culture. As already this stage in law was won (Law of

Governor Fleury Nº 7370 of 2002), in main scope of the Security of the Work really,

does not exist professional qualified for such, either one Technician of Security, a Nurse

of the Work, or Nurse aid of the Work, or even though an Engineer of Security of the

Work. In its majority, this is seen only as a Hobbies or Relax, being that the truth is not

this well. E also, for who practices them, in case that some accident or injury comes to

occur, or some discrimination (personal or professional), becomes necessary a Legal

part to guarantee its physical, moral and intellectual integrity of all, so that this does not

occur except its existence in the Civil side, and yes, Member of labor party. It would be

given, more quality for all! Believing that really it is a great chance of work and utmost

importance so that recognized and the State or Government is legalized really by, and

not only of its federacy’s, associations, they are great or small they, independent

associates or.

KEYWORDS: Niche, Security, Legal, Moral, Labor.

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA I – Ō-Sensei - Morihei Ueshiba.......................................................................16

FIGURA II – Ōtake Risuke Shihan – Fundador do Kashima Shinto..............................18

FIGURA III – Diagrama de Ishikaw...............................................................................46

FIGURA IV – Árvore de Falhas......................................................................................46

FIGURA V – REIGI - Etiqueta.......................................................................................47

FIGURA VI – Hombu Dojo – Tókio – JP.......................................................................58

FIGURA VII – Instituto Takemussu – São Paulo – SP...................................................58

FIGURA VIII – Dojo Tradicional de Kendô...................................................................58

FIGURA IX – Dojo Tradicional de Kyu-Dô...................................................................58

FIGURA X – Organização do Dojo................................................................................59

FIGURA XI – Nikyo.......................................................................................................61

FIGURA XII – Sankyo....................................................................................................62

FIGURA XIII – Yonkyo..................................................................................................63

FIGURA XIV – Kote......................................................................................................63

FIGURA XV – Men........................................................................................................64

FIGURA XVI – Do.........................................................................................................64

FIGURA XVII – Shoiako Suburi....................................................................................65

FIGURA XVIII – Saiá.....................................................................................................84

FIGURA XIX – Tsuba para Katana................................................................................85

FIGURA XX – Tsuba para Bokuto.................................................................................85

FIGURA XXI – Bogu (a)................................................................................................86

FIGURA XXII – Bogu (b)...............................................................................................86

FIGURA XXIII – Yoroi – Armadura Samurai (a)..........................................................86

FIGURA XXIV – Yoroi – Armadura Samurai (b)..........................................................86

FIGURA XXV – Tatames Sintéticos..............................................................................87

FIGURA XXVI – Tatames Orientais em Dojo...............................................................87

FIGURA XXVII – Tatame de Palha de Arroz................................................................87

FIGURA XXVIII – Sala de Chá......................................................................................88

FIGURA XXIX – Obis....................................................................................................89

FIGURA XXX – Embainhando o Katana.......................................................................89

Page 10: Engenharia de Segurança do Trabalho nas Artes Marciais

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FIGURA XXXI – Koshi Nage........................................................................................90

FIGURA XXXII – Shiko – O Andar do Samurai...........................................................91

FIGURA XXXIII – Mobiliário Oriental para Sala de Estudos.......................................91

FIGURA XXXIV – Kamizá – Altar do Dojo..................................................................92

FIGURA XXXV – Shinais – Espadas de Bambu............................................................93

FIGURA XXXVI – Bokutos ou Bokkens.......................................................................94

FIGURA XXXVII – Bastão............................................................................................95

FIGURA XXXVIII – Suporte de Mesa para Katanas.....................................................95

FIGURA XXXIX – Suporte de Parede para Bokutos e Jôs............................................95

FIGURA XXXX – Bokuros – Sacos para Armas...........................................................95

FIGURA XXXXI – Shurikens – Armas de Arremesso...................................................96

FIGURA XXXXII – Kyu-Do – Arco e Flecha Japonês..................................................96

FIGURA XXXXIII – Flechas Japonesas.........................................................................96

FIGURA XXXXIV – Matto – Alvo................................................................................97

FIGURA XXXXV – Suporte e Protetores para Kyu-Do................................................97

FIGURA XXXXVI – Outras Armas...............................................................................97

FIGURA XXXXVII – Kimonos – Vestimenta Oriental.................................................98

FIGURA XXXXVIII – Hakama......................................................................................98

FIGURA XXXXIX – Dogi – Roupa de Treino...............................................................98

FIGURA L – Zouris – Chinelos Japoneses.....................................................................99

FIGURA LI – Bogu e Shinai – Descrição das Partes......................................................99

FIGURA LII – Hombu Dojo – Área para Dogis...........................................................104

FIGURA LIII – Exemplo de Etiqueta com Zouris........................................................104

FIGURA LIV – Banheiros Japoneses...........................................................................105

FIGURA LV – Forja......................................................................................................106

FIGURA LVI – Método Tradicional para Amolar Katanas..........................................106

FIGURA LVII – Desenvolvimento e Polimento do Bokuto com Lixa.........................107

FIGURA LVIII – Cera de Abelha em Pedra.................................................................108

FIGURA LIX – Cera de Carnaúba em Pedra................................................................108

FIGURA LX – Polimento e Acabamento do Bokuto com Cera...................................108

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LISTA DE QUADROS

QUADRO I – Graduações do Aikidô..............................................................................26

QUADRO II – Tempo Mínimo para Exames..................................................................28

QUADRO III – Pirâmide Tradicional Hierárquica.........................................................28

QUADRO IV – Hierarquia Horizontal............................................................................29

QUADRO V – Quadro Oficial de Graduações...............................................................30

QUADRO VI – Pirâmide de Maslow..............................................................................76

QUADRO VII – Comparativo de Evolução que Caracteriza os Danos Específicos

Físicos e Psicológicos......................................................................................................80

LISTA DE TABELAS

TABELA I - Tabela Oficial de Normas e Classificações do Shinai pela IKF................93

LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO I: Shoiako Suburi..........................................................................................66

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...............................................................................................................14

CAPÍTULO 1 – HISTÓRIA............................................................................................16

1.1 Aikidô...............................................................................................................16

1.2 Kendô...............................................................................................................18

1.3 Aos Iniciantes...................................................................................................20

1.4 As Artes Hoje em Dia......................................................................................22

1.5 Federações e Associações................................................................................23

1.6 O “KI”, Ciência e Física Quântica...................................................................31

1.7 Esportes, Lazer e Cultura.................................................................................33

CAPÍTULO 2 – SOBRE A ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO.....35

2.1 O Profissional e o Mercado de Trabalho..........................................................36

2.2 Acidentes e Doenças Ocupacionais.................................................................37

2.3 Técnicas de Identificação.................................................................................42

2.4 Ética..................................................................................................................47

2.5 Legislação........................................................................................................47

2.6 Ministério do Trabalho.....................................................................................55

2.7 Ministério da Previdência Social.....................................................................55

CAPÍTULO 3 – ANÁLISES...........................................................................................57

3.1 Locais de Treino...............................................................................................57

3.2 Riscos de Acidentes.........................................................................................59

3.3 Ruídos, Calor e Frio.........................................................................................59

3.4 Lesões...............................................................................................................60

3.5 Exemplos de Exercícios...................................................................................61

3.6 O Psicológico: Professores e Alunos...............................................................66

3.6.1 Medo.........................................................................................................66

3.6.2 Medo Dentro das Artes Marciais..............................................................69

3.6.3 As Pessoas nos Dojos...............................................................................75

Page 13: Engenharia de Segurança do Trabalho nas Artes Marciais

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3.6.4 O Pós Acidente.........................................................................................78

3.7 Análises das NR’s e as Artes Marciais Abordadas..........................................80

3.7.1 Norma Regulamentadora Nº 2 – Inspeção Prévia....................................80

3.7.2 Norma Regulamentadora Nº 4 – SESMT.................................................81

3.7.3 Norma Regulamentadora Nº 5 – Cipa......................................................82

3.7.4 Norma Regulamentadora Nº 6 - Equipamentos de Proteção Individual..83

3.7.5 Norma Regulamentadora Nº 17 – Ergonomia..........................................88

3.7.6 Norma Regulamentadora Nº 18 - Condições e Meio Ambiente de

Trabalho na Indústria da Construção........................................................................102

3.7.7 Norma Regulamentadora Nº 21 - Trabalhos a Céu Aberto....................103

3.7.8 Norma Regulamentadora Nº 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos

Locais de Trabalho....................................................................................................103

3.7.9 Norma Regulamentadora Nº 26 - Sinalização de Segurança.................108

3.7.10 Norma Regulamentadora Nº 28 - Fiscalização e Penalidades..............109

CAPÍTULO 4 – PROPOSTA........................................................................................110

4.1 Nova Norma Regulamentadora (MTe) ou Portaria (ME)..............................110

CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................115

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................116

ANEXO A – GLOSSÁRIO...........................................................................................118

ANEXO B – DIPLOMAS E CERTIFICADOS............................................................130

ANEXO C – TABELA COMPARATIVA DENTRE O QUESTIONÁRIO

EXECUTADO AOS SENSEIS E ALUNOS................................................................131

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INTRODUÇÃO

Você já se imaginou fazendo o que mais gosta, e de repente ficar impossibilitado

para tal de uma hora para outra? Ou pior... Ficar impossibilitado para a vida toda e não

ter nenhum amparo Legal trabalhista?

Você já se imaginou não ser reconhecido naquilo que mais gosta? Sendo este

reconhecimento tanto pessoal como profissional?

Ou você já se imaginou também, estar num lugar e ser desmoralizado sem

nenhum lugar para poder recorrer e se resguardar?

Hoje, sabemos que a maioria dos espores são regidos por Federações ou

Associações. Mas, e aqueles que são pequenos? Ou, uma aula de Dança ou Yoga em

uma academia?

E mais... Nem mencionando ainda, sobre os deficientes de qualquer espécie!

Onde toda atenção seria redobrada!

Mesmo em grandes como a Formula1 ou a paixão nacional, o Futebol, é

necessário um acompanhamento.

Na Formula1 ou no Futebol, estes possuem seus profissionais qualificados, e até

empresas que trabalham justamente com este nicho de mercado. Onde fornecem

aparelhagens, equipamentos e vestimentas com alta tecnologia para quem os pratica.

Porém, em outros espores, até mesmo olímpicos, é muito difícil um patrocínio

ou um incentivo do governo ou empresas particulares, e até mesmo das federações ou

associações. Outro porém, quando estas federações ou associações não existem? Os

atletas ou tentam se desempenhar e investir por conta própria, ou literalmente ficam

esquecidos e/ou sem serem reconhecidos.

Algumas federações ou associações incentivam atletas mais conhecidos, ou que

conseguiram algum destaque, mas estes já têm que ter uma história de sangue e suor

independentes, seja em eventos, campeonatos ou afins; pois por nossa própria cultura, é

muito difícil realmente vencer nestas áreas.

Mas a pergunta principal: quem cuida da segurança do trabalho nestes?

Page 15: Engenharia de Segurança do Trabalho nas Artes Marciais

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Num time grande de futebol, pode existir essa parte, pois são estes atletas

Registrados como Profissionais, mas mesmo assim. É raro você ouvir falar de um

Engenheiro de Segurança da área, ou um Técnico de Segurança, ou um Enfermeiro do

Trabalho ou Auxiliar de Enfermagem no local. Sim a existência do Profissional de

Educação Física e um Fisioterapeuta. Mas algumas análises precisam ser estipuladas

por outros profissionais qualificados da segurança do trabalho em si.

Num time grande ou pequeno de futebol, por exemplo, os atletas ficam a Céu

aberto constantemente. E mesmo com o acompanhamento dos profissionais existente,

estes podem nunca terem ouvido falar de NR 21, NR 17 ou NR 24. Ou ao menos

saberem do que se trata. Ou, vestiários até dos grandes esportes podem ter uma ótima

condição de higiene, mas seus projetos podem não estar de acordo com a própria NR

correspondente. Teria alguém com fiscalização e acompanhamento para tal?

Até mesmo ao se projetar estas áreas, profissionais que os fazem acabam

desconhecendo normas ou leis que estipulariam as medidas ou normas para tais

projetos.

Pois bem, estes são os pontos que serão abordados neste trabalho. De se criar

não somente um novo Nicho de mercado, mas também de respaldo para qualquer

infortúnio que venhamos a sofrer. De se legalizar e se organizar a parte de Segurança

dos profissionais já existentes e dos alunos, onde estes estejam agindo ou interagindo

como profissionais, ganhando mais qualidade e moralidade para todos.

Boa leitura!

Page 16: Engenharia de Segurança do Trabalho nas Artes Marciais

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FIGURA 1 - O Sensei -

Morihei Ueshiba –

Fonte: www.aikikai.or.jp

CAPÍTULO 1

HISTÓRIA

Segue uma breve história das duas artes marciais que serão abordadas,

praticadas por minha pessoa, e de alguns esportes em geral, onde nestes já se possuem

para alguns, mais infra-estrutura que as artes marciais, dependendo de onde elas se

enquadrem.

1.1 Aikidô ( )

O Aikidô foi criado no Japão em 1942, pelo grande

mestre Morihei Ueshiba. A arte tem suas origens no Daito-Ryu

Aikijiujitsu criado por Yoshimitsu Saburo Shinja o sexto filho do

imperador Seiwa (850-880 DC), pertencente à família Minamoto.

O-Sensei (Figura I) também estudou outras artes marciais,

como o Judô, Arte da Lança, etc. e, seguindo sua linha espiritual,

e pelo pós 2ª guerra mundial, seu nome se tornou muito

conhecido no mundo das artes marciais, dentro e fora do Japão.

Lecionou no exercito japonês, e para instituições governamentais secretas, mas sua real

preocupação sempre foi a união do espírito, da mente e do corpo; o chamado Aiki. Onde

de nome inicial a arte, lhe foi concedida como Aiki-Budô. Mais tarde, com influencia de

Onissaburu Degushi, líder da seita O-Omoto Kyo, e sua elevação espiritual, atingindo a

iluminação em um desafio real a um militar da marinha japonesa, denominou o nome

final da arte para Aikidô, segundo alguns princípios de Kotodama – “O Caminho da

Harmonia e Amor”.

Mas o que é o Aikidô?

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Aikidô é uma arte marcial japonesa baseada no principio da não resistência e da não

violência ativa. É totalmente eficiente como defesa pessoal, pois não requer força física,

nem altura, para aplicá-lo, pois a força do agressor é usada contra ele mesmo.

No Aikidô, ao invés de resistirmos, nós redirecionamos e neutralizamos o ataque

inicial através de movimentos circulares dinâmicos para desorientar e desequilibrar o

agressor, que é então subjugado usando-se uma variedade de técnicas de projeção ou

torções de articulações ao invés dos destrutivos socos e pontapés.

No Aikidô não existe nenhum tipo de competição, o praticante aprende de maneira

cooperativa ora atacando ora defendendo-se numa atmosfera enérgica e compenetrada sem

violência.

A prática do Aikidô melhora não somente o condicionamento físico, a flexibilidade

e a coordenação motora, a lateralidade, mas também desenvolve o condicionamento

mental, a autoconfiança, o equilíbrio físico e emocional, a concentração, os reflexos, a

intuição e o altruísmo.

Os princípios do Aikidô podem e devem ser praticados dentro e fora do Dojo

(local onde se pratica a iluminação). Usamos como filosofia de vida para lidarmos com

o estresse da vida diária e os conflitos que encaramos neste mundo de constante

transformação. Ensina a manter-se em seu caminho, a evitar confrontos desnecessários e

a permanecer calmo e centrado em meio à adversidade.

- Cronologia de Ô-Sensei, o fundador do Aikidô, segundo Shihan Wagner Bull,

1994:

1883 – 14 de Dezembro. Nascimento em Tanabe, província de Wakayama, filho de Yoroku e

Yuki Ueshiba;

1890 – Freqüenta a partir de setembro a escola de um templo da seita Shingon;

1893 – Prática Zen em Homanji;

1895 – Ao ver seu pai membro do conselho municipal ser combatido por adversários, decide

estudar artes marciais;

1897 – Ensina ábaco em uma escola local. Acometido de doença, para de estudar, mas seu

interesse pelo Budo continua.

1901 – Vai a Tókio pretendendo se tornar comerciante. Pratica ao mesmo tempo Kito-Ryu com

Tobari Takisaburo. Volta brevemente para casa acometido de problemas cardíacos;

1902 – Se exercita todos os dias na Montanha, casa-se com Hatsu Itogawa;

1903 – Agora com uma consistência robusta, presta o serviço militar em Wakayama e torna

parte em combates na guerra russo-japonesa;

1903 – 1906 – Em seu tempo livre prática artes marciais;

1906 – Volta ao Japão;

1908 – Estuda Jiujutsu da escola Yagyu sob a direção de Tsuboi Masanosuke;

1911 – Participa de uma missão em Hokkaido como chefe de grupo;

1912 – Encontra pela primeira vez Sokaku Takeda, é agora conselheiro municipal de Shirataki;

1916 – Recebe o Menkyo de Daito-ryu das mãos de Sokaku Takeda, o grande mestre;

1917 – Nascimento de seu filho Takemori Ueshiba;

Page 18: Engenharia de Segurança do Trabalho nas Artes Marciais

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FIGURA 2 – Ōtake Risuke

Shihan – Fundador do

Kashima Shinto - Ryu - Fonte: http://tenshinsho-

den-katori-shinto-ryu.org/

1919 – Seu pai fica gravemente efêmero, e ele encontra pela primeira vez com o reverendo

Dogushi;

1920 – Morte de seu pai. Inicia a prática do Budo com um sentimento espiritual;

1921 – Nascimento de seu filho Kishomaru;

1922 – Utilização do termo “Aiki Bujutsu” ensinando o seu Budo para uma comunidade

agrícola. Sua escola é conhecida como Ueshiba-Ryu Aikibujutsu;

1924 – Ida a Mongólia com Degushi para fundar uma comunidade ideal “Um paraíso” liderado

por Degushi. A expedição é um fracasso quase morrendo por fuzilamento;

1925 – Recebe a iluminação espiritual dentro do Budo. Pratica intensamente a arte da lança no

estilo Hozoin;

1927 – Muda para Tókio com a família e abre um Dojo ensinando a família Imperial. Neste

mesmo ano é visitado por Jigoro Kano, o fundador do Judô, que impressionado com a arte lhe envia três

de seus melhores alunos para aprender a arte;

1931 – Se instala definitivamente no bairro de Shinjuku em Tókio. Seu Dojo recebe o apelido de

“Jigoku Dojo” (“Academia do Inferno”);

1936 – Os nomes de Aikibudo e Aikibujutsu são utilizados, e muitos Dojos são abertos no Japão

e na Manchúria;

1940 – A Kobukai se torna “Zaidanhojin Kobukai”, ou fundação Kobukai. O Aikidô penetra nos

meios militares e na elite dos comerciantes e das universidades;

1941 – Começo da guerra do Pacífico;

1942 – Todas as artes marciais do Japão são agrupadas na Botoku Kai. O-Sensei se retira a

Iwama. Kishomaru Ueshiba, seu filho, dirige o Dojo de Tókio. O nome “Aikidô” é utilizado então pela

primeira vez;

1944 – Fundação do Aiki Jinja (Santuário em Iwama);

1945 – Fundação do Dojo a céu aberto em Iwama e fim da 2ª Guerra Mundial;

1948 – O-Sensei volta a praticar em Tókio;

1952 – A prática do Aikidô se generaliza por todos os lugares do país;

1956 – Primeira demonstração pública de O-Sensei e seus alunos;

1960 – Condecorado pelo Imperador por ter criado o Aikidô;

1961 – Primeira viagem ao exterior após a guerra com demonstrações no Havaí, inaugurando o

Dojo local;

1964 – Condecorado com a Ordem do Mérito Japonês;

1969- Morre a 26 de Abril às 5 horas da manhã. Seus restos mortais se encontram depositados

em cinzas no Kosanji em Tanabe, seus cabelos em Iwama (Aiki Jinja) no Dojo de Kumano em Ayabe

(Centro da Omoto-Kyo) e no Dojo de Tókio.

1.2 Kendô ( )

Kendo, o caminho da espada ou esgrima japonesa. Ele

faz parte do Budo (coletivo dos caminhos marciais

japoneses). Suas origens remontam há mais de 657 anos A.C

(Período YAMATO). Também conhecido por “A Era dos

Deuses”. Assim pode-se dizer que a Arte do Uso da Espada

vem sendo praticada tradicionalmente, e tem longa história e

não se limitava somente à defesa pessoal, ou à sua utilização

em guerras, mas sempre conteve uma inspiração divina que

era a do homem transcender sua condição humana e adquirir

Page 19: Engenharia de Segurança do Trabalho nas Artes Marciais

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o dom dos Deuses. Infelizmente este caminho por diversas épocas conturbadas do Japão

e da humanidade no geral, acabou se desvirtuando.

A pratica de espadas sempre foi considerada em diversos países como uma arte

nobre, no Japão ela alcançou o status de quase religião e digna de culto e reverência,

sendo a espada (TSURUJI) um dos objetos sagrados da Família Imperial (TE NO).

O Kendo é o conjunto de leis e práticas morais e espirituais que regem a ação do

espadachim (KENSHI/KENDOKA), influenciados pelo ZENDO (preceitos do

budismo), o SHINTO (preceitos dos Deuses), o CONFUCIONISMO (filosofia

Humanista Chinesa) e o BUSHIDO (o código dos Samurais) ele surgiu através da

observação de inúmeros mestres que ao praticarem o Kenjutsu sentiram a necessidade

de ir além dos ensinamentos físicos, buscando uma formação espiritual e moral.

As técnicas foram modificadas nos dias atuais diferenciando o Kendo Esportivo

e seus centros de aprendizado (GENDAI DOJO), dos estilos tradicionais antigos

(KORYU DOJO) que preservaram as técnicas antigas do uso do Shinken (espada real),

Nota-se que ambas as formas de ensino são de suma importância para o aprendizado e

formação do aluno. É importante frisar que o atual Kendô Esportivo assim como outras

formas de Budô modernos (Karatê, Judô, Aikidô, etc.), não são verdadeiras artes

Samurai e sim pseudo-samurai, tais formas foram concebidas para serem praticadas pela

população no geral como uma forma de esporte, defesa pessoal ou para ajudar a cultivar

a saúde. As verdadeiras artes de origem Samurai têm seus princípios calcados no Budo

e no Bugei (Artes da Guerra).

Existem ainda centenas de escolas em atividade nos dias atuais, e cada uma

delas praticam uma gama de conhecimentos marciais sobre diversas armas, aspectos

mentais, espirituais e culturais que transformariam seu praticante em um verdadeiro

Iniciado nos caminhos secretos passados de mestre para discípulo de geração em

geração. Outra curiosidade é que muitas vezes uma escola era especializada em combate

corpo a corpo (SHITORYU, SHOTOKAN, DAITORYU, TAKENOUCHIRYU, ETC),

mas também, praticavam várias formas de uso de armas como a espada, o bastão, a

lança entre outras. Portanto é um muito popular achar que uma escola antiga só sabia

fazer uma determinada arte ou forma. Para se ter uma idéia a formação do samurai é

constituída do aprendizado de no mínimo vinte formas de artes (de combate e culturais).

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Por volta do século XVII, o Kenjutsu já era praticado com espadas de madeira

maciças (BOKUTO/BOKEN). Este fato ajudou a estimular e difundir sua prática, pois

permitia melhor contato sem causar ferimentos cortantes, mas não evitava totalmente os

danos e acidentes mortais. A armadura usada nos dias atuais (BOGU) foi desenvolvida

pelos Mestres ONO TADAAKI E TORANISHI KANSHIN, que se inspiraram na

armadura dos Samurais chamada YOROI. Estas invenções permitiram finalmente uma

forma de combate sem causar ferimentos graves ou letais, pois além da espada ser

totalmente flexível e sem pontas ou extremidades aguçadas, o praticante estava

totalmente protegido em seus pontos vitais com uma armadura leve, feita de feltro,

resina e bambu. Este fato permitiu uma forma de contato a golpear o adversário.

Os atuais caminhos marciais modernos (esportivos ou não) também tem uma

grande importância, pois além de permitirem que todo o tipo de Ser Humano possa

treiná-los, são uma excelente introdução e preparo para quem pretende depois,

especializar-se nos estilos antigos. Enquanto que o KORYU seria uma espécie de pós-

graduação e mestrado. Peço desculpas mais foi a única forma de expressar em termos

coloquiais modernos atuais o termo HITO KAMI NO I GEN KORO MICHI (caminho

para divinizar os homens).

O conceito de Kendo ao contrário do que se diz nos dias de hoje, não é uma arte

que descende do Kenjutsu, aliás, dizer que Kendo é descendente do Kenjutsu é uma

corruptela dos ensinamentos dos mestres antigos que preservaram este caminho para o

bem da humanidade. O conceito do Kendo Esportivo é disciplinar o caráter humano

através do estudo da aplicação da espada. Promover atividade esportiva e competitiva

para fins educacionais da sociedade.

1.3 Aos Iniciantes

Ao se ingressar numa atividade física, seja ela uma dança, um esporte, ou uma

arte marcial, pense se realmente sua escolha é o seu caminho. Não se autolimite, e vá

em frente! Tome certos cuidados, sua escolha será seu modo de vida tanto profissional

(às vezes financeiro), como seu particular. Intempéries virão, sejam elas pessoais ou por

terceiros. Não desista! Mas lembre-se de escolher um lugar com profissionais

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competentes e reconhecimento de mercado. Afinal, é a sua vida que estará em jogo e,

dependendo da situação, literalmente!

Dentro das artes marciais, você logo ao iniciar receberá influências de todos os

lados, seja energética e/ou psíquica, tanto dos alunos novos como os mais experientes,

como dos professores, amigos e familiares. Será difícil nos primeiros meses quebrar a

barreira da Constância. Pois você estará em sua Zona de Conforto. Seu corpo, seu ritmo

antigo, seu psicológico, irão falar mais alto. Pode ser que dentre média de 3 (três) a 6

(seis) meses, estará mais habituado para tal, e seu corpo irá estar mais moldado e

preparado. Cada um tem o seu limite, respeite-se acima de tudo! Não faltem as aulas!

Para o Aikidô, ou Kendô, média de uns 6 (seis) meses você já saberá se este é

realmente o seu caminho.

As dores, a moleza, a falta de dinheiro, etc.; serão trocados automaticamente por

perseverança, vontade, ânimo, força física e vigor. Se for fraco, fortalecerás, se for

gordo, fortalecerás também, podendo perder alguns quilos se for o caso. O mais

importante é que ira ganhar energia vital! Fortalecimento em juntas e ligamentos. E não

somente esbelteza por esbelteza.

- Ponto importante: Não deixe seu Ego falar mais alto logo no inicio!

Caso isso ocorra, será muito difícil de vencer-se, pois ira pensar que estaria no

verdadeiro caminho, e não o estará! Aprendera técnicas, seu corpo ficará mais forte, seu

cérebro mais rápido, mas não estará no verdadeiro caminho da arte. Isso poderá lhe

levar a um caminho sem volta, e se manifestara no seu cotidiano sem o seu próprio

perceber. Será apenas a busca de um Poder, Mas não da Verdade. Amigos, família,

trabalho, etc.; irão perceber arrogância e excesso de confiança por sua parte, menos

você. Por isso a importância de uma ótima escola, academia, associação ou federação.

Estude sua história antes. Perceba que todas elas têm suas vantagens e desvantagens.

Não são todos os esportes ou artes marciais que possuem campeonatos ou torneios.

Tenham em vista nos seus objetivos.

Não esqueça!

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1.4 As Artes Hoje em Dia

- O Aikidô:

O primeiro Aikidoka reconhecido no Brasil foi Shihan Kawai, onde este a

divulgou para praticamente todo o País.

Porém, existiu outra pessoa vinda direta do Japão; Kenjiro Kasuga (em 1955),

aluno direto de O-Sensei; podendo se considerar o primeiro a inserir a arte no país. Mas,

ele não a divulgou ou criou Dojos, ou outras formas.

O Dojo principal do Japão, o Hombu Dojo, liderada pelo Shihan Moriteru

Ueshiba, é a sede central da Aikikai, onde praticamente todos os Dojos do mundo estão

ligados a ela, com reconhecimento por seus Shihans espalhados dentro e fora do Japão.

Seu legado é tradicional japonês, com descendência de pai para filho. Shihan Moriteru

Ueshiba é neto de O-Sensei, e seu pai foi Kishomaru Ueshiba, onde teve grande valia na

divulgação do Aikido ao mundo.

Hoje, são inúmeros praticantes da arte no Brasil e no mundo. Sua arte, filosofia e

historia se espalharam. Contribuiu-se e levou-se o homem a um novo nível de vida e

pensamento.

Existem escolas com ensinos diferentes, mas no fundo é tudo a mesma essência,

a mesma fonte. Como somos seres humanos, cada um a enxerga de sua maneira, e isso é

normal.

Seu estilo tradicional de Budo é mantido. A essência da arte marcial japonesa,

sua história e cultura são preservadas e cada qual, adapta-se a seus costumes locais.

- O Kendô:

No Brasil, existe tanto o lado esportivo como o tradicional – a arte como era

treinada em seus primórdios no Japão, em suas origens.

Todas elas buscam sua fonte, ao mais próximo possível de sua origem. Variando

o tipo de treino ao lado tradicional, que é mais rígido e mais forte, e mais regrado a

fonte espiritual.

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1.5 Federações e Associações

No Brasil, existem associações e federações muito bem estruturadas, cada qual

com sua representação oficialmente reconhecida com o Hombu Dojo (sede mundial do

Aikidô) de Tókio, dentre elas:

- Brazil Aikikai – Confederação Brasileira de Aikidô;

- FEBRAI – Federação Brasileira de Aikidô;

- FEPAI – Federação Paulista de Aikidô;

- FIA – Federação Intercultural de Aikidô;

- Instituto Takemussu;

- União Sul Americana de Aikidô.

Existem outras por estados ou cidades, cada qual em sua maioria interligada a

estas mencionadas. Pois para cada representação oficial, pelo sistema oriental da arte, é

necessária a representação de um Mestre (o Shihan) responsável.

Segundo a Brasil Aikikai, seguem algumas premissas:

- Lemas do Aikidô:

1 – Manter a Disciplina;

2 – Não se Enervar;

3 – Não se Entristecer;

4 – Não Possuir Sentimento Hostil;

5 – Ser Compreensivo;

6 – Ser Tranqüilo;

7 – Ser Pacifico;

8 – Manter a Ética;

9 – Fazer Amizade com Todos;

10 – Respeitar a Deus e as Pessoas;

11 – Ser Humilde;

12 – Ser Justo e Honesto;

13 – Conscientizar-se Que o Aikidô é o Caminho de Deus;

14 – Conscientizar-se Que a Prática do Aikidô Tem Por Princípio o Autoconhecimento.

- Comportamentos no DOJO:

1. O DOJO é de responsabilidade de todos que usam seu espaço. Sinta-se em casa para

dar informações a visitantes, arrumar o que estiver desarrumado, limpar o que estiver sujo.

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2. Colabore no que puder para a melhoria do espaço da Academia.

3. Mantenha a higiene pessoal e do seu Dogi.

4. Sempre entre no tatame com pés e mãos limpos e unhas bem aparadas.

5. Não use jóias (anéis, brincos, pulseiras, relógios), perfumes muito fortes ou qualquer

acessório que prejudique o seu treino ou dos seus parceiros.

6. Traga uma toalhinha para enxugar o suor.

7. Não ande pelo Dojo sem estar completamente vestido.

8. Use zori (chinelos) para andar pelas demais dependências da Academia.

9. Não pise calçado no tatame, na madeira ou nos bancos.

10. Não ande descalço fora do tatame.

11. Ao entrar e sair da área de tatames faça reverência em pé ao local.

12. Se chegar com a aula já iniciada, entre no tatame discretamente, pedindo licença ao

professor e iniciando o treino. (Faça uma reverência ao professor, dizendo em voz baixa

ONEGAISHIMASSU, de forma a não atrapalhar o treino).

13. Caso precise realmente sair durante, ou antes do fim do treino peça sempre licença ao professor.

14. Ao treinar pratique a humildade. Tenha iniciativa para convidar seus parceiros a

treinar, dizendo ONEGAISHIMASSU, não espere que venham chamar você.

15. Não recuse a treinar com nenhum parceiro.

16. Ajude a quem precisa, mas jamais corrija o seu parceiro, a não ser que você seja faixa preta.

17. Nunca pense que estará atrapalhando alguém por não saber executar algum

movimento. Todos estamos aprendendo, uns ajudando aos outros.

18. Respeite os alunos mais graduados e jamais discuta se as técnicas estão certas ou erradas.

19. Fale o mínimo possível durante os treinos.

20. Quando o Sensei estiver demonstrando um golpe, fique sentado, em silêncio e atento e

depois curve-se diante do Sensei e de um parceiro e inicie o treino. Caso não tenha compreendido bem, observe os outros, execute o pouco que você percebeu e espere ser corrigido pelo professor.

21. Se for absolutamente necessário perguntar algo ao Sensei, vá até ele, não o chame para

si.

22. Treine exatamente como orientado pelo professor.

23. Nunca argumente com o Sensei, mesmo que outro instrutor tenha dito algo diferente.

Existem várias formas de se executar as técnicas e você deve seguir cada instrutor, em cada aula, no

melhor de sua capacidade.

24. Treine com afinco e energia, mas sempre respeitando a integridade física do colega.

Durante as aulas há sempre pessoas de diferentes sexos, idades e capacidade física. Enquanto o ideal

é sempre treinar tão vigorosamente quanto possível, as capacidades físicas e as metas de treinamento de cada parceiro devem ser levadas em consideração.

25. Ao arremessar seu parceiro, lembre-se de que há outras pessoas treinando no tatame.

26. Esteja consciente do que ocorre ao seu redor. Dose a intensidade dos movimentos à sua

condição física. Tenha responsabilidade sobre você mesmo.

27. Não deixe de fazer nenhuma técnica (a não ser que esteja machucado).

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28. Se estiver com alguma lesão ou incapacidade física comunique-a obrigatoriamente ao professor, antes de iniciar o treino.

29. Evite freqüentar as aulas se estiver com alguma doença transmissível por ar ou contato.

30. Sente-se sempre em Seiza; caso tenha algum problema nos joelhos comunique ao

professor anteriormente e sente-se com as pernas cruzadas. Não sente encostado na parede ou em

outra posição.

31. Mantenha uma boa postura.

32. Antes de entrar na academia, lembre-se de desligar seu celular ou bip.

33. Nunca use o celular dentro da academia durante os horários de treino.

34. É expressamente proibido FUMAR em todas as dependências da academia inclusive vestiários e banheiro.

35. Mesmo estando fora do tatame, mantenha silêncio durante os treinos e não converse

com quem está dentro do tatame.

36. Procure participar dos eventos da academia: demonstrações, limpezas gerais, comemorações, etc.

37. Não atrase nem deixe de pagar as mensalidades, se precisar ausentar-se por algum

tempo dos treinos por viagens ou doença avise ao professor.

- Títulos de Ensino:

- Kyu´s:

Faixas Coloridas até Marrom. São 5 (cinco) Kyu´s (Portas), até se chegar à faixa

preta (Shodan).

- MuKyu – Faixa Branca (Aluno iniciante):

É o título ao aluno que acaba de entrar, ou a faixa branca. Na verdade, até a faixa

Marrom, todos são considerados faixas brancas, ou outra denominação de algumas

escolas, como no Kendô, os Shoshinshas (Alunos Iniciantes). O Quadro I demonstra as

graduações do Aikidô:

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QUADRO I – Graduações do Aikidô

MUKYO Faixa Branca

5º KYO Faixa Amarela

4º KYO Faixa Roxa

3º KYO Faixa Verde

2º KYO Faixa Azul

1º KYO Faixa Marrom

SHODAN Faixa Preta (1º Grau)

NIDAN Faixa Preta (2º Grau)

SANDAN Faixa Preta (3º Grau)

YONDAN Faixa Preta (4º Grau)

GODAN Faixa Preta (5º Grau)

FUKUSHIDOIN Professor Assistente

SHIDOIN Professor

SHIHAN

Mestre

As três últimas classificações são títulos que são atribuídos aos Yudansha. Além de Godan, as

promoções são feitas mais por méritos devidos a trabalhos realizados em prol da arte,

amadurecimento técnico e da personalidade.

Para o Ocidente, foi adotado esta ordem de cores, como as do Arco-Íris;

equivaler-se-ão há etapas até se chegar a Shodan (Faixa Preta), o verdadeiro iniciante na

arte.

Geralmente, as graduações são estipuladas de 6 (seis) em 6 (seis) meses. Para

algumas escolas, dependendo do Sensei responsável; ser considerado como instrutor os

Faixas Marrons. Em outras, no 4º Kyu, este já pode ser considerado.

- SHODAN – Faixa Preta:

Este seria na verdade, o primeiro grau da arte, como é treinado no Japão – faixa

branca o preta. É nele que se começa a aprender a arte com mais eficácia. Subentende-

se que a pessoa já esteja, e tenha passado e adquirido os níveis básicos de todo o seu

Kihon (técnicas para exames de faixas mínimas exigidas) até esta etapa. Este passa a ser

denominado de SENSEI, mas, não é ainda considerado como Professor Oficialmente

pela arte, dependendo de cada escola e arte marcial.

Pós o Shodan, vem-se as próximas etapas denominadas “Dan’s”, onde seriam

etapas da faixa preta, seguindo as denominações e graduações dentro destas a seguir:

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- FUKUSHIDOIN (Professor Assistente):

Este título é à parte dos exames normais de Dan´s. Ele é concedido mediante um

exame de habilitação, onde o candidato deverá não somente comprovar conhecimentos

técnicos e teóricos sobre a arte, mas também demonstrar que tem conhecimentos

didáticos para esta função. Para se poder candidatar, o interessado deverá ter pelo

menos a graduação de Nidan (Faixa Preta 2º Grau). Este Certificado é emitido pela

Confederação e assinado pelo diretor Técnico e Presidente.

- SHIDOIN (Professor Titular):

Este título é concedido mediante um exame de habilitação onde o candidato

deverá não somente comprovar conhecimentos técnicos e teóricos sobre a arte, mas

também demonstrar que tem conhecimentos didáticos para esta função, sendo pessoa

idônea, com liderança e maturidade no ensino da arte comprovados. Para se poder

candidatar, o interessado deverá ter pelo menos a graduação de Yondan (Faixa Preta 4º

Grau). Este Certificado é emitido pela Confederação e assinados pelo Diretor Técnico e

Presidente.

- SHIHAN (Mestre Máximo, PHD):

No passado, até 2002, quando um praticante dava aulas de Aikidô e era

promovido para 6º Dan, ele automaticamente era chamado de SHIHAN, pelo Aikikai

Hombu Dojo, não havia um Certificado específico para este título, embora algumas

pessoas tivessem uns consignados pelo Doshu Kishomaru porque os solicitaram. Após

2002, no entanto, a situação foi regularizada e a partir desta data, foi criado um

Certificado de Shihan que é emitido no Japão. Após completar 6 (seis) anos de ensino

da arte e ser considerado uma pessoa que comprovadamente está formando alunos de

nível internacional. O Aikikai Hombu Dojo, aceita um "application" (pedido) de análise,

feito para a pessoa indicada pertencente à organização oficialmente reconhecida no país

pelo Hombu Dojo. Nos meses de novembro e dezembro uma comissão de alto nível de

confiança do Doshu examina o pedido e o candidato, se aprovado, tem sua graduação

anunciada na festa de Kagami Biraki no começo de janeiro. Ou seja, acaba demorando 7

(sete) anos na prática, o tempo mínimo para se ter esta graduação se tudo estiver de

acordo. Se o pedido for recusado, então a organização que o recomendou para o título,

deve aguardar 2 (dois) anos para entrar com o novo pedido de análise. O candidato

aprovado recebe o Certificado emitido pelo Aikikai Hombu Dojo. O Tempo Mínimo

para Prestação de Exames obedece como descrito no Quadro II:

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QUADRO II – Tempo Mínimo para Exames

QUADRO III – Pirâmide Tradicional

Hierárquica

Para Faixa Amarela 30 aulas

Para Faixa Roxa 50 aulas

Para Faixa Verde 100 aulas

Para Faixa Azul 100 aulas

Para Faixa Marrom 100 aulas

Para Shodan em Diante À Critério do Mestre

Estes tempos poderão ser abreviados em caráter excepcional a critério do mestre e os exames

serão sempre realizados pela Kancho que poderá a seu critério, solicitar a presença de outros

Yudansha (Faixa preta) e atribuir notas, aprovando ou não o candidato.

Seu sistema é hierárquico por sua cultura e costumes, mas hoje na maioria das

empresas, seguem um sistema horizontal. É um ponto a se observar, pois para se

vencer uma cultura, é um assunto de grande cuidado e atenção. Segue dois quadros

comparativos do sistema tradicional e atual, onde estes serão analisados com seus

problemas, nas considerações sobre os alunos e professores. Os Quadro III e Quadro

IV demonstram estas hierarquias:

SENSEIS

KYU´S – FAIXAS COLORIDAS

SHIDOINS

FUKOSHIDOINS

SHIHANS

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QUADRO IV – Hierarquia Horizontal

Ao Kendo, não existem muitas diferenças por sua derivação a uma escola

tradicional, onde os Kyu’s são descritos como no Quadro V:

VICE-

PRESIDENTE

PRESIDENTE

DIRETORES

EMPREGADOS

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QUADRO V – Quadro Oficial de Graduações – Fonte: www.sojobo.biz

Grau Pretendido Tempo Min. de Prática Idade Mínima

1º Kyu + de 1 ano Acima de 13 anos

1º Dan (Shodan) + de 6 meses (após 1º Kyu) + de 14 anos

2º Dan (Nidan) + de 1 ano (após 1º Dan) + de 15 anos

3º Dan (Sandan) - Sensei + de 1 ano (após 2º Dan) + de 18 anos

4º Dan (Yondan) + de 2 anos (após 3º Dan) + de 20 anos

5º Dan (Godan) + de 3 anos (após 4º Dan) + de 23 anos

6º Dan (Rokudan) + de 4 anos (após 5º Dan) + de 27 anos

7º Dan (Nanadan) + de 5 anos (após 6º Dan) + de 32 anos

8º Dan (Hachidan) + de 8 anos (após 7º Dan) + de 48 anos

Renshi (professor sênior) Título dado (após 6º Dan) + de 48 anos

Kyoshi (diretor téc.) Título dado (após 6º Dan) + de 55 anos

Hanshi (Grão Mestre) Somente (após 7º Dan) + de 65 anos

Vale salientar que um praticante que iniciou o treino do Kendo após 18 anos, dificilmente será

indicado para exame de 1º Kyu, com apenas um ano de prática. Normalmente ele prestará exame após

3(três) anos.

Para se inscrever no exame de graduação é necessário que o praticante participe

de uma Associação (Dojo) que esteja filiada á Confederação Brasileira de Kendo e a

Federação oficial de seu Estado. O praticante deverá prestar exame a uma junta de

mestres que irão analisar os seguintes tópicos:

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1. - Tempo de Prática;

2. - Destreza Técnica;

3. - Conhecimentos Teóricos;

4. - Etiqueta;

5. - Elevado Conceito filosófico.

1.6 O “KI” ( ), Ciência e Física Quântica

- O “KI”:

As pessoas têm uma visão às vezes de algo sobrenatural ou mágico quando

dissemos sobre Ki. Existem várias interpretações e sensações desta, e qual seria a certa?

Todas elas.

Seja como energia vital, como energia elétrica, a do átomo, a de Deus para quem

crê; etc. Podemos também considerá-lo como a Atividade do Espírito. Mas, Ki é a

Vibração do Som de da Luz. Luz, trovão, vento, vibração atômica.

É a Essência do Universo, a Energia Criativa de Deus. Ele enche o universo e

tudo existente, existe desde o início de tudo, e é eterno.

Os orientais enxergam e usam como sua simbologia (Kanjis), quando um grão

de arroz esta pronto para sua colheita. Pois quando ele esta pronto, libera uma pequena

fumaça ou vapor, este é o Ki da Vida.

Um exemplo deste Ki da Vida pode ser observado em um documentário da

Discovery Channel sobre artes marciais – Mestres do Combate, onde um dos praticantes

se machuca, e mostra seu inchado na mão à câmera, e comenta sobre ele, pois este

machucado pode lhe atrapalhar em seu treinamento. No exato momento, o Sifu

(Professor Mestre Chinês), ao observar a lesão neste aluno, esfrega suas mãos sem ele

ver; e de repente, ele segura a mão acidentada deste praticante, envolvendo-as com as

suas. A segura por alguns segundos, e literalmente, o machucado desaparece! Fica-se

como se nada tivesse acontecido! Sem nenhum inchaço, ou mancha rocha de sangue

pisado no local, nada!

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Outro exemplo para nosso cotidiano, podemos denominar o Ki como uma

“Força Oculta”, de onde conseguimos fazer coisas emergenciais em sua maioria sem

saber como poderíamos tê-la feito. São atos por instinto, sem pensar, mas que fogem do

“normal” ou razão. Não esquecendo que o Medo, já seria outra parte, descrita mais para

frente.

- Ciência:

O lado mais próximo a se observar este Ki, é o átomo, a luz ou a energia seja ela

elétrica, ou como Einstein a descobriu (E = M.C2).

A vibração das coisas gera energia, o átomo vibra, ou seja, tudo que existe,

animado ou inanimado, esta vivo e em movimento.

A energia pode ser também: Cinética, Solar, Mecânica, Eólica, Térmica,

Radiante, Química, Nuclear, A Queima de Um Recurso Natural, o Próprio Pensamento,

etc.

Energia é potencial exato para se gerar trabalho ou ação.

- Física Quântica:

A descoberta mais utilizada é a de Einstein, onde “E = M.C2” – Energia é igual

à Massa, vezes a Aceleração. Este é o mais próximo do que seria o Ki, ou Energia.

Porém, os cientistas já estão chegando neste ponto da física quântica, onde eles

consideram um paradoxo, um ponto de interrogação, pois pela ciência, as coisas têm

que ser provadas, e não apenas pressupostas.

Mas esta análise baseia-se na descoberta da Energia do Átomo estar Viva. De

esta ser a Fonte Vital à Vida, bem como tudo no Universo. E, em como, e o que a faz se

mantiver viva de fato!

Eles estão tendo que aceitar que existe algo a mais, de outro plano ou estado da

matéria, que faz tudo isso funcionar. Que faz a vida existir. E, as respostas estão mais

para questões religiosas que cientistas.

Enfim, é essa subdivisão do átomo, como a bomba atômica, ou como um choque

elétrico, ou como um elétron que se encaminha de átomo em átomo em um circuito, até

se transformar em luz e calor de uma lâmpada.

Tudo isso, são formas de Ki. E é este Ki que utilizamos dentro da arte marcial.

Não é só a técnica, pois chega um momento que a força é que irá vencer igual aos

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estudos de Isaac Newton sobre Vetores por exemplo, onde a força maior em linha reta

sempre vencerá a menor.

É esta explosão vista na física quântica e nos outros dizeres acima, que nos faz

meditar, e pensar no que somos e onde podemos chegar e evoluir.

É ela que nos mantêm vivos. Tudo isso, é Ki.

1.7 Esportes, Lazer e Cultura

Em sua maioria nestes três aspectos, Esportes, Lazer e Cultura, as pessoas

pagam para obterem os treinamentos e conhecimentos de cada modalidade ou arte. Mas,

para algumas como descrito nas artes marciais, cargos são estipulados e

responsabilidades são adquiridas, porém, como foco, uma legalização destes postos,

realmente não é existente. E se as pessoas sofrerem algum acidente, também nada existe

sobre o aspecto, até mesmo para professores de sua maioria, sem nenhum amparo por

suas instituições ou federações, dentro destas artes abordadas. Isso ocorre para alguns

que possuírem infra-estrutura, enquanto para os pequenos, é muito difícil.

- Esportes:

Nos esportes em geral, muitos deles já possuem além de suas Federações e

Associações, amparos tanto monetários como uma ótima estrutura física até. Isso vem

em questão à cultura local, pois sabemos que em nosso país, o Futebol é o mais

conhecido.

Agora, analisemos se em um time profissional, os jogadores são registrados por

CLT, sempre existem profissionais a área da física e mental do atleta, mas da segurança

do trabalho nunca se ouve falar. Pois, quando for um time pequeno, onde os jogadores

ou o próprio clube não da condição de registro ou respaldo aos atletas, a situação é bem

diferente. E/ou, mesmo nos grandes clubes, os profissionais responsáveis não possuem

todo o conhecimento da segurança do trabalho.

Na Fórmula-1 ou em outras, já é o contrário, existe toda uma equipe para tal,

fora os subsídios das federações e patrocinadores. Cuidados ergonômicos são tomados

por empresas tanto ligadas diretamente à produção dos equipamentos e veículos

específicos aos corredores, mas apenas entende-se que seus locais já sejam estruturados

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para tal. E enquanto a pessoa não atinge tal nível, quando ela ainda esta ou num time de

várzea, ou numa equipe de cart. por conta própria, a situação é totalmente diferente.

- Cultura e Lazer:

Existe uma grande controvérsia da parte dos profissionais de Educação Física, e

algumas modalidades. É compreendido que quem poderia cuidar do Físico das pessoas

nos esportes, seria o Profissional de Educação Física, e os Fisioterapeutas e/ou Médicos,

para algumas intempéries.

Porem, à cultura ou lazer, dá-se o impasse. Em sua maioria, algumas atividades

são consideradas culturais e outras como lazer, e não possuem estes profissionais

citados. Algumas por sua infra-estrutura, e outras por justamente, sua cultura em

questão, como é o caso das Artes Marciais.

Alguns exemplos onde vários profissionais estão à ativa, seria também muito

difícil de conseguirem um diploma nestas áreas profissionais citadas, pois sua maioria

não tem um bom salário, ou até mesmo um local apropriado para lecionarem, fora nossa

cultura popular brasileira não reconhecê-los; são eles: Professores de Yoga, de Dança,

de Tai Chi Chuan, Cursos Policiais, etc.

Hoje porem, existe um único amparo legal, para que professores destas

atividades consideradas Culturais, como Yoga, Dança e Artes Marciais, possam

lecionar, mas quanto a benefícios acidentários ou de aposentadoria, nada consta. É o

Projeto de Lei Nº7370 de 2002 do Sr. Luiz Antonio Fleury; que acrescenta em seu

segundo parágrafo: “Não estão sujeitos à fiscalização dos Conselhos previstos nesta lei

os profissionais de danças, artes marciais e Yoga, seus instrutores, professores e

academias”.

Este acabou existindo e foi aprovada, pois os conselhos de classe estavam com a

exigência de somente os profissionais com CREF, poderiam atuar nestas áreas;

desprezando a sua própria Cultura, como é o lado destas mencionadas.

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CAPÍTULO 2

SOBRE A ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

O Que é Segurança do Trabalho?

São conjuntos objetivando a Segurança e a Saúde do Trabalhador. Sua tendência é

minimizar os acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Seu ponto de vista é a

Integridade do Trabalhador e sua Excelência Humana.

Algumas disciplinas que ela abrange:

Introdução a Segurança;

Higiene;

Medicina;

Prevenção;

Engenharia;

Métodos e Pesquisas;

Doenças;

Riscos;

Ergonomia;

Ambiente de trabalho e Meio Ambiente;

Comunicações e Treinamentos

Responsabilidades: Civil e Criminal;

Normas Regulamentadoras e Padronizações Técnicas.

A composição da Segurança e Medicina do Trabalho corresponde ao SESMT –

Serviços Especializados em Segurança e Medicina do Trabalho – NR 4, composto por

profissionais específicos, dentre eles: Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do

Trabalho, Técnico de Segurança do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho e Auxiliar de

Enfermagem. Por parte dos Empregados da empresa, existe a CIPA – Comissão Interna

de Prevenção a Acidentes – NR 5, como auxiliadores nesta área.

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É necessária uma implantação de uma Cultura Trabalhista, onde as pessoas têm que

analisar e compreender, que segurança do trabalho não é despesa, é investimento;

segurança não é fraqueza pessoal, é cuidado pessoal; não podemos mais analisar que

não se pode utilizar este recurso, sendo que já existem legislações, ou falta de

fiscalizações; temos que fazer a nossa parte.

Deve-se ter uma consciência do Todo e não mais do Individual. Tudo é parte do

sistema, todas as pessoas e também os maquinários estão envolvidos na produção e

desenvolvimento local e intelectual de todos. Todo capital tem que ser analisado e

distribuído igualmente, sem mais uma visão econômica escrava, ou mediante apenas ao

lucro ou ao fim de um serviço.

Erros comuns analisados, onde os donos de empresas acham que é somente

comprar alguns equipamentos de proteção individual, sem dar algum treinamento se

quer, visando apenas à continuidade e execução do trabalho. Cria-se uma ilusão de

segurança e proteção, sem realmente haver proteção.

Não há qualidade sem higiene e segurança, é preciso que o elemento Humano atue.

2.1 O Profissional e o Mercado de Trabalho

Engenheiro: “s.m. Profissional de nível universitário que, mediante a aplicação

da matemática e ciências afins, projeta, fiscaliza ou supervisiona a construção de obras

de grande porte, como estradas, ferrovias, pontes, fortificações, portos, edifícios,

máquinas, navios, aviões, a exploração de minas, a instalação de usinas etc.: engenharia

civil, militar, naval, aeronáutico” (DICIONÁRIO SIENGE).

Segurança: “s.f. Ação ou efeito de segurar. Situação do que está seguro;

afastamento de todo perigo: viajar com segurança. Certeza, confiança, firmeza: falou

com segurança. Garantia, caução: a hipoteca constitui uma segurança real, a caução uma

segurança pessoal” (DICIONÁRIO SIENGE).

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Técnico de Segurança do Trabalho: “Aquele que verifica as condições de

trabalho de uma empresa, identificando fatores de risco e propondo sua solução”

(DICIONÁRIO MICHAELIS).

O profissional da área de segurança do trabalho é um dos mais requisitados pelo

país. Os impactos desta área abrangem não só a área economia, mas até a saúde publica.

Os profissionais atuam na redução de acidentes, orientando e treinando os

empregados sobre os seus riscos existentes, e as doenças ocupacionais possíveis,

mediante as funções e locais de trabalho. Devem também saber interpretar as

legislações, utilizar instrumentos de avaliação, identificar riscos e condições, identificar

contaminantes e funções e responsabilidades, aplicar as normas, orientar visitantes ou

clientes, etc.

A valorização do profissional em alguns estados:

São Paulo – É o maior empregador, e maior média salarial;

Vale do Paraíba – Grande procura e o número vem aumentado pela

grande quantidade de indústrias;

Região Sudeste – É uma das que mais registra acidentes e doenças

ocupacionais;

Rio de Janeiro – Grande receptor de mão de obra, ênfase em escolas

técnicas, atuação e petróleo e gás, construção naval e civil;

Minas Gerais – Grande parte siderúrgica;

Região Sul – Com destaque ao Paraná, principalmente em usinas de

álcool e açúcar, papel e celulose e agro-negócio em Londrina e Maringá.

(Brasil Profissões / CEFET-RJ / SENAC)

2.2 Acidentes e Doenças Ocupacionais

ACIDENTE DO TRABALHO

Conceito Legal

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“Aquele que ocorrer pelo exercício do trabalho, a serviço da empresa,

provocando lesão corporal, perturbação funcional ou doença que cause a morte ou

perda ou redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho; isto diz

respeito também à causa que tenha contribuído para o resultado; pode ocorrer no

local de trabalho, a serviço da empresa e nos intervalos ou a caminho”

(MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL)

É também considerado acidente de Trabalho:

Aquele sofrido pelo empregado no local e no horário de trabalho,

conseqüente de:

- Ato de sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro, inclusive

companheiro de trabalho;

- Ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa

relacionada com o trabalho;

- Imprudência, negligência ou imperícia de terceiro, inclusive companheiro de

trabalho;

- Ato de pessoa privada do uso da razão;

- Desabamento, inundação ou incêndio;

- Outros casos fortuitos (acontecimentos naturais (inundação / tempestade /

tremor de terra)) ou de força maior (atos de terceiros (invasão / bloqueio / ordem de

autoridade legítima)).

O acidente sofrido pelo empregado ainda que fora do local e horário de

trabalho:

- Na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da

empresa;

- Na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar

prejuízo ou proporcionar proveito;

- Em viagem a serviço da empresa, qualquer que seja o meio de locomoção

utilizado, inclusive veículo de propriedade do empregado;

- No percurso da residência para o trabalho ou deste para aquela;

- No percurso para o local de refeição ou de volta dele, em intervalo de

trabalho.

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- O acidente sofrido pelo empregado, em período destinado à refeição ou

descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local

de trabalho ou durante o horário deste.

Conceito Prevencionista

O acidente do trabalho é um acontecimento não desejado, que resulta em

dano físico, lesão ou doença, a uma pessoa, ou um dano à propriedade.

Tipos de Acidentes

Acidente sem afastamento: é o que leva o trabalhador a se ausentar da

empresa por apenas algumas horas; por exemplo quando o acidente resulta de um

pequeno corte no dedo.

Acidente com afastamento: é o que pode deixar o trabalhador

impedido de realizar suas atividades por dias seguidos, meses ou de forma definitiva,

podendo resultar em:

Incapacidade temporária, que é a perda da capacidade para o trabalho

por um período limitado de tempo, após o qual o trabalhador retorna às suas

atividades normais;

Incapacidade parcial e permanente, que é a diminuição por toda vida,

da capacidade física para o trabalho. Ex. quando ocorre a perda de um dedo ou uma

vista; Incapacidade total e permanente, que é a invalidez total e permanente para o

trabalho. Nesse caso o trabalhador não tem mais condições para trabalhar. Exemplo:

se o trabalhador perde as duas vistas em um acidente do trabalho. Nos casos

extremos, o acidente resulta na morte do trabalhador.

Risco & Perigo

O termo “risco” é confundido freqüentemente com o “perigo”. Uma fonte de

alimentação de alta tensão, uma amostra de metal radioativo, ou um produto químico

tóxico podem apresentar um perigo, significando que apresentam um potencial para

dano. Os ácidos concentrados por exemplo, representam perigo ao usuário, de

queimaduras sérias, se forem transportados incorretamente.

O risco é a probabilidade ou a possibilidade a que o perigo, pelo produto

químico, pode causar. Assim o ácido sulfúrico concentrado é um produto químico

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perigoso, porque é altamente corrosivo. Entretanto, desde que transportado de

maneira apropriada o risco pode ser considerado pequeno.

Os perigos por um ácido concentrado, por uma substância explosiva ou por

um contaminante são propriedades inerentes ao material. Já os riscos podem e devem

ser minimizados.

Dano (Damage)

Dano é a severidade da lesão, ou a perda física, funcional ou econômica, que

podem resultar se o controle sobre um risco é perdido.

Causa

É a origem de caráter humano ou material relacionada com o evento

catastrófico (acidente), pela materialização de um risco, resultando danos.

Segurança

Segurança é freqüentemente definida como "isenção de riscos". Entretanto, é

praticamente impossível a eliminação completa de todos os riscos. Segurança é,

portanto, um compromisso acerca de uma relativa proteção da exposição a riscos. É o

antônimo de perigo.

Dentro das artes marciais, como se decorre de luta propriamente dita, sua

probabilidade para existirem acidentes é devidamente acentuada. Cabe-se a atenção

redobrada tanto de quem leciona como quem as pratica, pois dependendo da situação, os

danos podem ser irreversíveis. Por isso a importância ao assunto, caso alguma das

partes, como professor, ou alunos, entrem em alguma desarmonia ou respeito perante os

praticantes. É necessário não só uma vigia dos seus responsáveis, como de profissionais

da segurança do trabalho, pois alem dos acidentes poderem existir, se estes aumentarem

seu propósito por questões pessoais, e em exemplo, se um professor aja de má fé a um

aluno prejudicando, este pode ficar sem algum ponto de apoio para resguardo, pois até

mesmo alunos mais velhos ou inexperientes podem não entender o fato ocorrido, ou até

para quem possa enxergar esta hipótese, mantenham silencio por questão da hierarquia

tradicional da arte, achando até que isto seria normal.

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Doença do Trabalho

Moléstia adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em

que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente.

A higiene é muito importante nos tatames, pois existem academias que fogem

da tradição a arte aqui abordada. Pois estas por si só, já possuem sua tradição de

limpeza pós treino. O comum, é se passar uma vassoura, antes ou depois dos treinos,

tanto como uma pureza espiritual por tradição, como higiênica. Mas, a existência de

bactérias ou fungos pelos treinos constantes nas academias, nunca é avaliado ao pé

da letra. O que conhecemos e acreditamos se treinamos em uma academia, é que com

a mensalidade destas, seus proprietários se encarreguem destas questões.

Infelizmente, locais já foram constatados pela região, de isso não ocorrer, e um

profissional da área da educação física ou fisioterapêutica, não tem poder algum para

qualquer orientação legal a estes problemas serem sanados.

Doença Profissional

Moléstia adquirida ou desencadeada em função do exercício de trabalho

peculiar a determinada atividade.

Existem muitos exercícios repetitivos dentro destas atividades esportivas ou

tradicionais. Estes estão ligados a golpes nas articulações e/ou partes ósseas, ou

nervos. Uma DORT é fácil de adquirir ou oura lesão mais acentuada, se não for

observado e controlado pelos seus instrutores e professores. Outro problema é que

em sua maioria, eles conhecem a história da arte, ou partes milenares até, mas sem

explicações medicinais plausíveis, e sim, ao que diz respeito à própria tradição.

Existem também profissionais destas áreas sem cursos mais específicos de primeiros

socorros ou até mesmo algum conhecimento sobre a anatomia humana,

possibilitando agravar estas condições.

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2.3 Técnicas de Identificação

Seguem algumas técnicas e competências da profissão à segurança do trabalho:

Taxa de Freqüência e Índice de Gravidade:

As taxas de freqüência têm sido utilizadas para se medir o nível de segurança

das empresas, isto é, para medir a eficiência dos programas de segurança.

3.5.1 Taxa de Freqüência:

É o índice indicativo de acidentes com afastamento, por milhão de horas /

homem / trabalhadas, no período de um mês. Deve ser expressa com aproximação de

centésimos e calculada pela seguinte expressão:

Onde:

Tf = expressa à taxa de freqüência no mês;

N° = acidentados expressa o nº de trabalhadores acidentados no mês;

HHT = expressa o número real de horas trabalhadas no mês.

3.5.2 Índice de Gravidade:

É o índice indicativo da gravidade dos acidentes (com perda de membros ou

funcional) com afastamento, por milhão de horas / homem / trabalhadas, no período

de um mês. Deve ser expressa em números inteiros e calculada pela seguinte

expressão:

Onde HHT é o número real de horas trabalhadas no mês. Na impossibilidade

absoluta de se conseguir o total de HHT devido à falta de dados, arbitra-se em 2000

horas-homem anuais à exposição ao risco para cada empregado – NBR 14280-2001.

O número de dias debitados é utilizado para perda de membros ou funcional.

Tf = n° acidentados x 106

HHT

Tg = n° de (dias perdidos + dias debitados) x 106

HHT

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Exemplos de dias debitados:

Morte..........................................................6000

Incapacidade total e permanente...............6000

Perda da visão dos olhos...........................6000

Perda da mão.............................................3000

Perda da audição 2 ouvidos.......................3000

Perda da audição 1 ouvido...........................600

Perda do polegar..........................................600

Perda de qualquer dedo da mão..................300

FUNDAMENTOS DOS 5 S's:

1. Senso de Utilização: (SEIRI) – Objetiva manter apenas o que precisamos

no ambiente de trabalho para eliminação de tempo na procura destes; maior controle

evitando estoques, coisas desnecessárias, evitando acúmulos e lixos.

2. Senso de Ordenação: (SEITON) – Objetiva facilitar a busca de objetos e

documentos, e a boa aparência da empresa; controlar o que a pessoa usa, facilidade

em comunicação e usar o que é essencial somente.

3. Senso de Limpeza: (SEISOU) – Objetiva satisfação pessoal e limpeza e

eliminar desperdícios; controlar equipamentos e melhoria nas inspeções.

4. Senso de Asseio: (SEIKETSU) – Objetiva equilíbrio mental e emocional,

dando mais produtividade e ao ambiente, deixar tudo em boa manutenção e estado de

conservação;controlar a saúde física e mental é o bem estar de todos da empresa, não

somente dos funcionários, o poder da comunicação em todos seus aspectos visuais

deve ser observado, junta à segurança no trabalho.

5. Senso de Autodisciplina: (SHITSUKE) – Objetiva melhoria no

entrosamento de funcionários incentivando sua capacidade, avaliações pessoais da

empresa constantes. Controlar para melhor ficar, elogiar, reconhecer e cumprir.

Os dez objetivos gerais dos 5 S’s:

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Bem estar do funcionário;

Melhoria de qualidade;

Aumento da produtividade;

Redução de custos;

Incentivo à criatividade;

Aprimoramento do ambiente de trabalho;

Melhoria da moral dos funcionários;

Higienização mental da empresa;

Prevenção de acidentes;

Sentir prazer no trabalho e agir visando alcançar sempre melhores

desempenhos.

EXEMPLO DE PLANO DE AÇÃO 5W2H:

É basicamente um formulário para execução e controle de tarefas onde são

atribuídas as responsabilidades e determinado como o trabalho deverá ser realizado,

assim como o departamento, motivo e prazo para conclusão com os custos envolvidos.

Recebeu esse nome devido à primeira letra das palavras em inglês:

1 – What................. (o que será feito?),

2 – Who.................. (quem fará?),

3 – When................ (quando será feito?),

4 – Where............... (onde será feito?),

5 – Why.................. (por que será feito?)

1 – How.................. (como será feito?)

2 – How Much..........(quanto custará?)

Existe também uma variação do plano de ação que nada mais é do que o 5W2H,

mas sem o “How Much” (quanto custará?) formando a sigla 5W1H.

Diagrama de ISHIKAW:

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O Diagrama de Ishikawa, também conhecido como "Diagrama de Causa e

Efeito" ou "Espinha-de-peixe", é uma ferramenta gráfica utilizada pela Administração

para o Gerenciamento e Controle de Qualidade (CQ) em processos diversos de

manipulação das fórmulas. Originalmente proposto pelo engenheiro químico Karou

Ishikawa em 1943 e aperfeiçoado nos anos seguintes.

Este diagrama também é conhecido como 6M, pois em sua estrutura, todos os

tipos de problemas podem ser classificados como sendo de seis tipos diferentes:

Método;

Matéria-prima;

Mão-de-obra;

Máquinas;

Medição;

Meio ambiente.

Este sistema permite estruturar hierarquicamente as causas potenciais de

determinado problema ou oportunidade de melhoria, bem como seus efeitos sobre a

qualidade dos produtos. Permite também estruturar qualquer sistema que necessite de

resposta de forma gráfica e sintética (melhor visualização) conforme se visualiza na

Figura III:

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Árvore de Causas ou de Falhas:

Utilizada pela CIPA, como outra forma de diagnosticar os Porquês dos

acidentes, sabendo-se que eles não ocorrem por causa única,como é demonstrado na

Figura IV:

FIGURA III – Diagrama de Ishikaw – Fonte:

http://papodeobra.blogspot.com/2009/04/diagrama-de-ishikawa-

diagrama-de-cause.html

FIGURA IV – Árvore de Falhas – Fonte: http://qualiblog.wordpress.com/2009/08/

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2.4 Ética

Podemos usar um termo denominado REIGI ( ). Reigi significa

Etiqueta e Cortesia.

Pelo criador do Aikidô (Moreihei Ueshiba, Ô-Sensei), este seria um elemento

essencial para o treinamento, do caminho Budô. Mas seu foco era em nossas atitudes,

no ser humano em si, do que apenas formalmente. Se você não tem respeito ao próximo,

não atingira a percepção verdadeira (Tie Shokaku) da arte, dos seres, ou de seu próprio

caminho.

Ô-Sensei dizia que isso se agirmos com aspereza, com ego, criamos uma

máscara e nunca tingiremos nosso verdadeiro caminho e nunca conseguiríamos criar um

lugar ético ou harmônico de verdade. Pois só formalidades realmente, sem agirmos

corretamente, é pura perda de tempo.

As pessoas conseguem ver a verdade dos fatos com o tempo, e logo este falso-eu

se manifestará.

A Figura V corresponde ao “Rei”, o cumprimentar com cortesia, é o

cumprimento tradicional japonês, tanto feito em Seiza (de joelhos), como de pé:

2.5 Legislação

Para todas as profissões, como a Segurança do Trabalho; estas têm que ser

fundamentas e regularizadas por lei, como padrão regulamentador em proteção e saúde

dos trabalhadores e cidadãos.

FIGURA V – REIGI - Etiqueta

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A atenção neste aspecto é primordial para que não sejam analisadas

erroneamente e confundidas em seus aspectos Civis e Trabalhistas. Cada parte é

analisada separadamente por suas características.

- Aspectos Cíveis:

Um ponto de vitória para as Artes Marciais, Dança, Capoeira, Yoga, e afins, foi

a lei do Governador Fleury, onde dela se descreve:

PROJETO DE LEI Nº 7370 de 2002

Acrescenta parágrafo único ao art. 2º da Lei 9.696, de 1º de setembro de 1998.

O CONGRESSO NACIONAL decreta:

Art. 1º Acrescente-se ao art. 2º da Lei 9.696, de 1º de setembro de 1998, parágrafo com a

seguinte redação:

"Art. 2º Parágrafo único: Não estão sujeitos à fiscalização dos Conselhos previstos nesta lei os

profissionais de danças, artes marciais e Yoga, seus instrutores, professores e academias."

Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

- Sindicatos:

Como existem federações e organizações, algumas estão ligadas a alguns

sindicatos, e ouras também poderiam estipular e criar os seus para maior respaldo e

melhorias.o exemplo:

LEI Nº 11.648, DE 31 DE MARÇO DE 2008 - Dispõe sobre o reconhecimento formal das

centrais sindicais para os fins que especifica, altera a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,

aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1

o de maio de 1943, e dá outras providências .

- Constituição Federal:

Um dos focos importantes, é observado no Art. 5º da Constituição Federal, onde

todos são iguais perante a lei. Comparativamente, dentro das Artes Marciais, existiram

casos de pessoas serem barradas por não pertencerem a mesma escola ou federação, ou

de desafeto dentro algumas academias, contradizendo até o que diz a própria lei.

Logicamente, cada caso é um caso a se analisar. Outros pontos a se fundamentar, pela

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constituição Federal, não somente por se tratar das artes marciais, mas por tratarmos de

cidadãos, não podemos esquecer-nos no mínimo:

TÍTULO II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais - CAPÍTULO I

DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Art. 5º e suas alíneas;

- Código Penal:

CAPÍTULO II - DAS LESÕES CORPORAIS:

Lesões Corporais

- Infelizmente, pode vir a acontecer de algum aluno ou professor se aproveitar da

situação de estar dentro da academia, durante a aula, e agredir alguém; achando que

estaria camuflada tal atitude dentro desta – Art. 129;

Lesão corporal de natureza grave

- Já existiram fatos de acidentes graves por característica Culposa - § 1º

Incapacidade para ocupações habituais por mais de 30 dias, perigo de vida e debilidade;

§ 2º Incapacidade permanente do trabalho, enfermidades, perdas e deformidades;

Lesão corporal seguida de morte

- Já se foi constatado em algumas artes, acidentes com este fim trágico § 3º

Morte sem o agente evidenciar o resultado ou assumir o risco de produzí-lo;

Lesão corporal culposa § 6º, § 7º e § 8º.

CAPÍTULO III - DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE:

- Parte de grande importância a se observar, pois estas já foram averiguadas em

algumas ocasiões, sendo aproveitada a aula em si como apaziguadora à situação. Ou

como uma parte também a não se confundir, pois nos treinos de artes marciais, o

crescimento é pessoal. Ou seja, a pessoa sofre às vezes pressões de seus Mestres e

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Professores ou Instrutores. Mas, não podem realmente serem usados como ofensas

pessoais. Em exemplo, nossa atleta olímpica Jade Barbosa, onde por pressão de sua

treinadora atual, sofreu esforço grave em seu pulso, lesionando-o, onde desta forma ela

nunca mais poderá ser a mesma em seu esporte.

Perigo para a vida ou saúde de outrem Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a

perigo direto e iminente, Parágrafo único.

Infelizmente, já se foi constatado na arte, o não auxilio do responsável local, em

encaminho de seu aluno acidentado durante os treinos para socorro imediato. Sem falar

do não preparo deste profissional a primeiros socorros ou algo do gênero. Neste ponto, a

lei estabelece:

Abandono de incapaz Art. 133;

Omissão de socorro Art. 135;

Maus-tratos Art. 136.

CAPÍTULO V - DOS CRIMES CONTRA A HONRA

Dependendo da situação, pode ser que um aluno venha a se destacar, ou ter mais

influencia que seu próprio tutor. Nisso, já existiram e existem casos onde pontos abaixo

já ocorreram, sendo de grande observação e importância para não se deixar ocorrer:

Calúnia Art. 138;

Exceção da verdade § 3º ;

Difamação Art. 139 ;

Exceção da verdade Parágrafo único;

Injúria Art. 140 ;

Disposições comuns Art..

CAPÍTULO VI - DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL –

SEÇÃO - DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE PESSOAL

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Az vezes, um aluno começa se destacar ou tiver ma influencia, e cortes ou podas

ao lado pessoa deste aluno começam a existir. Ex: ele atinge certo grau, e o seu tutor de

repente, sem nenhum aviso ou informação; diz tê-lo tirado de tal cargo. Ou diz a

terceiros que ele não faz patê de tal cargo. Abusando de sua autoridade que a arte lhe

oferece, até mesmo seguido de ameaças como punições de afastamentos ou físicas:

Constrangimento ilegal Art. 146;

Ameaça Art. 147.

SEÇÃO III - DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DE

CORRESPONDÊNCIA

Já existiram casos de pessoas atingirem seus respectivos graus em exames de

faixa ou seminários, e de seus tutores não lhe darem o que é seu de direito; seus

próprios diplomas. E/ou, não pagarem viagens ou eventos, dizendo tê-los feito. Onde

em sua maioria, não existem recibos neste tipo de transações. Ou também,

correspondências ou contatos para terceiros distorcidas ou faltando informações de sua

origem real, distorcendo a imagem de um aluno por exemplo:

Violação de correspondência Art. 151;

Sonegação ou destruição de correspondência § 1º ;

Violação de comunicação telegráfica, radioelétrica ou telefônica.

TÍTULO II - DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO (arts. 155 a 183)

CAPÍTULO I - DO FURTO

É raro, mas pode ser que algum aluno ou visitante, ou instrutor, possa se

aproveitar de objetos da própria academia ou de terceiros:

Furto Art. 155;

Furto qualificado;

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Furto de coisa comum Art. 156.

CAPÍTULO VI - DO ESTELIONATO E OUTRAS FRAUDES

Abusos pessoais a iniciantes ou mais experientes por lados pessoais. Ex: o

instrutor pode não dar instrução suficiente para um aluno a um exame de faixa, fazendo-

o passar vergonha em dia de sua prova. Ou, dizer que ensinou o que era de seu direito

para seu devido grau, mas deixa-o com aprendizado incompleto para tal etapa. E, este

pode vir a passar vergonha ou se machucar futuramente por falta destas instruções:

Abuso de incapazes Art. 173;

Induzimento à especulação Art. 174.

TÍTULO X - DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA (arts. 289 a 311)

Já existiram casos de falsificações de diplomas e graduações por fim próprio,

alegando serem qualificados para lecionar tal pratica.

Falsificação de documento particular Art. 298 ;

Falsidade de atestado médico Art. 302;

Uso de documento falso Art. 304;

Supressão de documento Art. 305.

- CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Esta parte se relaciona, pois alguns Sensei, pela tradição à arte, acabam

aprendendo a fazer seus próprios instrumentos, vestimentas e armas par treino. Alguns

deles, por direito legal de cidadão, o comercializam. O triste é o não reconhecimento a

estes, onde fica-se a contrariedade da tradição ao artesanato feito por um professor com

seu amor arte, e outros industrialmente a algumas vestimentas ou armas em questão, são

direito de todos, mas frisa-se tal conhecimento, para quem sabe mais oportunidades até

por estas pessoas realmente qualificadas obterem mais oportunidades financeiras, onde

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sabemos que viver uma vida toda até com aulas em nosso país, dependendo da situação

é muito difícil realmente sua sobrevivência, e direitos são direitos para quem produz e

quem compra. E, mesmo estes sendo até produtos estrangeiros, sua qualidade e garantia

medidas e proporções técnicas, tem que ser além de mantidas culturalmente, mas

explicadas e mostradas ao cidadão consumidor em questão:

TÍTULO I - Dos Direitos do Consumidor - CAPÍTULO I - Disposições Gerais:

Raro, mas já se constatou produtos de entrega artesanal, com má qualidade ou

não correspondendo ao informado ao cliente. Estes também já quase causaram acidentes

em treinos: Art. 1°, Art. 2°, Parágrafo único, Art. 3º.

CAPÍTULO III - Dos Direitos Básicos do Consumidor: Art. 6º São direitos básicos

do consumidor; Art. 7°, Parágrafo único.

CAPÍTULO IV - Da Qualidade de Produtos e Serviços, da Prevenção e da

Reparação dos Danos - SEÇÃO I - Da Proteção à Saúde e Segurança: Art. 8°; Parágrafo

único, Art. 9°, Art. 10.

SEÇÃO II - Da Responsabilidade pelo Fato do Produto e do Serviço: Art. 12; Art.

13, Parágrafo único, Art. 14, Art. 17.

SEÇÃO IV - Das Práticas Abusivas: Art. 39, Parágrafo único, Art. 40, Art. 41.

SEÇÃO V - Da Cobrança de Dívidas: Art. 42, Parágrafo único, Art. 42-A

CAPÍTULO VI - Da Proteção Contratual - SEÇÃO I - Disposições Gerais: Art.

46, Art. 47, Art. 48, Art. 49, Parágrafo único, Art. 50, Parágrafo único.

SEÇÃO II - Das Cláusulas Abusivas: Art. 51, Art. 52.

TÍTULO III - Da Defesa do Consumidor em Juízo - CAPÍTULO I -

Disposições Gerais: Art. 81, Art. 87, Parágrafo único, Art. 90.

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CAPÍTULO III - Das Ações de Responsabilidade do Fornecedor de Produtos e

Serviços: Art. 101, Art. 102.

ASPECTOS TRABALHISTAS:

Este seria o foco deste trabalho, conseguir vincular estes direitos tanto aos

Instrutores, Professores, Alunos etc., para que possuam um recurso Legal para

quaisquer infortúnios, acidentes ou abusos ocorridos, e direitos do Ministério da

Previdência Social a uma aposentadoria, e legalizações ao seu tempo de serviço e

trabalho, pois muitos dos professores não têm um tempo estipulado de serviço e horário

próprio, fora os que estariam lecionando em academias, a importância deste também é

para o seu próprio aspecto físico, pois todo organismo precisa de descanso e não a sua

equivalência a um trabalho forçado com longas jornadas, criando até, salários

compatíveis fixos, onde hoje seu funcionamento é somente devido a quantidade de

alunos, e ainda, seus descendentes e familiares teriam maior respaldo caso algo venha a

acontecer realmente. Hoje quem consegue ter certa condição financeira ao viver de artes

marciais, até consegue pagar seu INSS como autônomo, mas realmente é uma condição

à parte e muito poucos mestres chegam a esta condição. Os que não conseguem, tem

que acabar arrumando outro tipo de serviço ou trabalho, para poder compensar ou seguir

com o seu legado de uma vida inteira em sua maioria dos casos aprendida e dedicada. E

como já mencionado, se algo venha a acontecer, a esta pessoa, ela pode ficar

impossibilitada de trabalho seja este qualquer, quanto mais dentro da própria arte

marcial em si sem amparo legal algum:

- CLT - Consolidação das Leis do Trabalho:

TÍTULO I - INTRODUÇÃO

Art. 1º , Art. 2º , Art. 3º , Parágrafo único.

Constituição Federal:

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CAPÍTULO II - DOS DIREITOS SOCIAIS

Art. 6o, Art. 7º , Parágrafo único, Art. 8º, Art. 9º, Art. 10, Art. 11.

2.6 Ministério do Trabalho

Para nossa profissão de Segurança do Trabalho, quem nos ampara e nos delega,

é o Ministério do Trabalho e Emprego. Sendo destes, as DRT´s – Delegacias Regionais

do trabalhos, como seus órgãos fiscalizadores.

Estes, vinculados ao Capitulo V da Consolidação das Leis do Trabalho, e a

Portaria 3214/78, regente das Normas Regulamentadoras, irão nos garantir e nos delegar

todas as informações e o que fazer e agir.

Dentre as Normas Regulamentadoras mais utilizadas pelo Tem – Ministério do

Trabalho e emprego destacam-se:

- NR 7 - PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais;

- NR 9 - PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional;

- NR 18 - PCMAT – Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na

Indústria da Construção.

2.7 Ministério da Previdência e Assistência Social

Como descrito acima, quem esta vinculado ao Capítulo V da Consolidação das

Leis do Trabalho, com carteira assinada; terão auxilio ao INSS.

Objetivando esta proposta, para que possam ser legalizadas estas novas áreas

abordadas, para maior auxilio, onde existe grande oportunidade de emprego como novo

nicho de mercado, e como a existência maior que outros empregos e profissões em

Periculosidade para quem as pratica. Não esquecendo que existem esportes onde os

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profissionais são registrados pela CLT, mas a segurança do trabalho não é atuante como

proposto.

O responsável por pericias caso o trabalhador se acidente, e possa receber seu

auxilio é o INSS – Instituto Nacional de Seguro Social; neste será averiguado se o

celetista ficara afastado ou não de suas funções ou incapacitado ao seu serviço com

lesões permanentes, dentro de um período mínimo de 15 (quinze) dias de afastamento.

Seu pagamento ocorre posteriormente estes dias somente. Anterior a estes, cabe

responsabilidade ao empregador.

Cada descrição averiguada do celetista vem mediante uma ficha da empresa

denominada CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho. Para a arte marcial esta

ficha não existe, e sua averiguação se atenta também a eventos não corriqueiros como

apresentações ou treinos especiais.

Nos casos de doenças considerar-se-ão o dia de cada diagnostico efetuado ao

trabalhador. Imediatamente já se cabe ao caso de morte.

Existe outro ponto importante tanto aos professores como aos alunos,

dependendo da complexidade da arte marcial ou esporte, a pessoa tem que literalmente

aproveitar o mais jovem ela for, pois o físico não poderá acompanhar o que ela exige.

Sendo assim, como no Futebol, as pessoas que se destacam conseguem uma

aposentadoria por conta própria em seus salários ou imagem em marketing, aos esportes

de pequeno porte e as artes marciais tradicionais que não possuem o lado esportivo,

estão completamente sem amparo ou outra forma de subsistência aos seus profissionais.

E se um acidente venha a acontecer neste interím, para os pequenos, é muito difícil

conseguirem se resguardar financeiramente ou legalmente se a própria arte não for

reconhecida por meios trabalhistas.

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CAPÍTULO 3

ANÁLISES

As analises serão mediante o próprio tema deste trabalho, dentro das artes

marciais, mas... Convém-se não esquecer de analisá-las e co-respondê-las nos espores

em geral, como nos demais já comentados nas demais áreas esportivas, no lazer, nas

aulas particulares, etc.

3.1 Locais de Treino

Os DOJOS: Cada modalidade possui suas características tradicionais em seus

estabelecimentos, o termo Dojo é originário do budismo e significa “Sala de iluminação

e auto-desenvolvimento”. Ou também: Do = Caminho e Jô = Purificação. Ou seja, não é

meramente um local de treino. É muito mais do que isso, é um local de purificação e

elevação espiritual. A sede mundial do Aikidô é atualmente o Hombu Dojo de Tókio,

ilustrado na Figura VI.

O problema, é que alguns locais infelizmente mais se brigam do que se lutam ou

treinam mais se cresce um lado agressivo do que o verdadeiro caminho das artes

marciais que conhecemos hoje. Quem luta não briga!

Não desmerecendo o lado esportivo, mas nestes, por inconsciente do seu ritmo

ou método de treino, também acabam se desviando do real propósito que elas possuem.

Cada Dojo possuirá sua arquitetura peculiar à sua tradição. Ou, ao menos com

algum marco tradicional a arte. Se for a uma academia, por exemplo, apenas um

Kamiza será representado, em outras, o todo poderá estar mais relacionado a sua origem

realmente. O importante será a sua estrutura e epi’s necessários para cada pratica.

No Brasil, a sede inicial representada pelo Shihan Wagner Bull, é o Instituto

Takemussu, ilustrado na Figura VII. Outros, podem ser vistos na Figura VIII e Figura

IX, demonstram Dojos tradicionais de Kendô e Kyu-Dô, já a Figura X, demonstra a

Organização do Dojo:

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FIGURA VI – Hombu Dojo – JP - Fonte: www.aikikai.or.jp

FIGURA VII – Instituto Takemussu – São Paulo – SP - Fonte: www.aikikai.org.br

FIGURA IX – Dojo Tradicional de Kyu-Do - Fonte:

www.northsideaikido.com/aikido/kyudo.html

FIGURA VIII – Dojo Tradicional de

Kendô - Fonte: www.choyokan-

kendo.org/info.html

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3.2 Riscos de Acidentes

Dentro das artes marciais os riscos de acidentes são praticamente constantes,

alguns pontos a se observar para evitá-los:

Concentração;

Prestar atenção no que se esta fazendo e nos outros;

Não brincar durante as aulas (executando ou não uma técnica);

Dar exemplo aos mais novos (de idade e tempo de casa);

Observar o comportamento do seu parceiro de treino para não machucá-

lo, e ver até onde ele possa suportar uma técnica

3.3 Ruídos, Calor e Frio

Dojo sem Kiai, não é Dojo!

Kiai vem de: Ki = Energia Vital, e Ai = Harmonia.

Em artes marciais, o Kiai é uma forma de além de se intimar um oponente, é de

se liberar energia vital. Então, gritar... Ou seja, soltar o Ki, é fundamental.

São treinadas técnicas para que este saia do baixo ventre, de seu Hara, seu ponto

de equilíbrio, e não do pulmão em si. Nisso, o som é bem mais alto e potente e grave. E,

é constante, principalmente nos dias de treinos de Shiais (Duelos). Porem, em Kendô,

Shiai é praticamente constante.

FIGURA X – Organização do Dojo - Fonte: www.sojobo.biz

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A temperatura dentro do Ambiente, já é um fator preponderante, pois se esta

executando uma atividade física seja ela qual for. Fora dos Dojos, também existem

treinos de épocas – verão, inverno, fins de ano ou datas específicas - onde estes são em

cidades pré-determinadas, ou locais de treino existentes; onde cada ocasião e local

possuirá sua característica física e climática. E os treinos são executados tanto internos

como externamente, podem levar tanto o dia todo, como madrugadas adentro.

Um ponto importante é a temperatura corporal dentro dos Dogis (Roupas de

treino), e dos Bogus. Só com os Dogis, esta já sobe pela espessura do tecido e, quando

estes são em dias de treinos de Bogu, literalmente a pessoa pode passar mal, pois a

temperatura média num dia de verão em um Dojo, somada a temperatura interna da

pessoa no Bogu em ritmo de treino, pode-se chegar a mais ou menos 35º ou mais.

3.4 Lesões

A maioria das lesões em artes marciais, quando ocorrem, podem ser realmente

sérias. Todo cuidado é pouco.

Ocorrem-se em sua maioria nos membros, onde se pode analisar:

- Aikidô:

Torções;

Entorses;

Nervos e tendões mais afetados;

Metacarpos;

Pulsos;

Quedas mal executadas;

Ataques por atemis;

Distensões por mau aquecimento;

Fraturas.

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- Kendô:

Pancadas e hematomas;

Perfurações;

Cortes;

Amputação de membros;

Traumas cerebrais;

Distensões por mau aquecimento;

Fraturas.

Já se constataram casos de lesões e fraturas irreversíveis. Por isso, mais um frisar

a importância da legalização destes como nos demais esportes existentes, e com

profissionais qualificados colaborando para a segurança.

3.5 Exemplos de Exercícios

Seguem algumas ilustrações sobre algumas técnicas com pequena previa de seus

efeitos. Será mostrado também, analise de um dos exercícios do Kendô, ao estilo

tradicional:

- Nikyo:

Técnica com torção ao pulso, onde pode existir fratura neste, ou até nos tendões

laterais das mãos, como ilustra a Figura XI:

FIGURA XI - Nikyo

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- Sankyo:

Técnica com torção ao pulso, onde pode existir fratura neste, ou até no

epicôndilo alguma lesão mediante entorse no cotovelo com o ligamento do antebraço.

A Epicondilite é chamada também de "Cotovelo de Tenista", com o excesso de

uso desta região aos movimentos repetitivos, os tendões são repetidamente puxados

com força no ponto de inserção, o epicôndilo lateral. Como resultado, o tendão se

inflama. Na Figura XII é mostrada a parte atingida do pulso e cotovelo, e o Epicôndrio

como maior ocorrência aos Tenistas:

- Yonkyo:

Técnica com pressão nos pulsos, em pontos com maior sensibilidade, ou

específicos como na acupuntura; no caso, o “Túnel do Carpo”. Localizado entre o pulso,

no antebraço parte posterior, como demonstrado na Figura XIII:

FIGURA XII – Sankyo e Epicôndrio

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Para o Kendô, como os golpes são deferidos pelos Shinais, seguem os pontos

comuns analisados na parte esportiva, como ilustra a Figura XIV, a Figura XV e a

Figura XVI. Toda atenção é redobrada nos treinos tradicionais, pois estes são feitos com

Bokutos e sem nenhuma proteção:

- Kotê:

Kotê, em japonês significa pulso, onde o golpe se transmite a direção deste como

ilustra a Figura XIV:

- Men:

Men, em japonês, significa Cabeça. O golpe é desferido diretamente a ela, é o de

maior pontuação, como ilustra a Figura XV:

FIGURA XIII - Yonkyo

FIGURA XIV - Kote - Fonte: Manual Ilustrado de

Kendô - www.kendo.pt

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- Dô:

Além do significa do significado Caminho, Dô é a pare par se atingir abdominal.

Onde este golpe seria o equivalente a se cortar a pessoa ao meio por esta região, pois o

final deste golpe é através do seu oponente, como ilustra a Figura XVI:

FIGURA XV - Men - Fonte: Manual Ilustrado de

Kendô - www.kendo.pt

FIGURA XVI - Do - Fonte: Manual Ilustrado de

Kendô - www.kendo.pt

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Nos treinos tradicionais, não existe o Bogu, e o contato pode ser direto

acidentalmente em qualquer uma destas partes do corpo.

- Shoiako Suburi:

Este é uma repetição de golpes no ar com bokken, e sem-pulos pequenos para

frente e para traz. A média destes, dependendo da época do ano, pode ser de 2.000 (dois

mil) a 3.000 (três mil) movimentos. Já existiram casos de 12.000 (doze mil) execuções

diretas em treino especial de três dias seguidos. Este exercício é utilizado tanto como

aquecimento, como para expansão de energia, porém, o seu cuidado vem justamente

pelos esforço repetitivo, podendo ocasionar lesões nos ombros, pulsos ou tendões das

panturrilhas das pernas. Sua seqüência de movimentos é demonstrada na Figura XVII:

Esta análise gráfica dentre a quantidade de exercícios e o ritmo energético do

praticante demonstrada no GRÁFICO I contribui para analise do ritmo do praticante.

Esta pode ser também avaliada com seus batimentos cardíacos e respiração dos atletas,

pois quando estes são executados, todos que estão presentes praticam o exercício,

atingindo o mesmo resultado (cada um com seu limite), indiferente de sexo ou idade:

FIGURA XVII – Shoaiako Suburi

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100%

60%

75%80%

65%

100%100%

80%

60%

80%

90%

100%

75%

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0%

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40%

60%

80%

100%

120%

0 500 1000 1500 2000 2500 3000

Número de Repetições

Rit

mo

e E

nerg

ia

Ritmo Energia

3.6 O Psicológico: Professores e Alunos

Assim como devemos analisar não somente o ambiente, não podemos de deixar

de analisar o psicológico de todos os que praticam e/ou lecionam a arte. Sejam eles

quais forem seus graus ou responsabilidades. Afinal, é um trabalho como qualquer

outro, existe uma administração como qualquer empresa, e logicamente, com grande

importância, pois lidamos com o crescimento pessoal das pessoas, onde estes irão

influenciar na sua vida particular e profissional.

3.6.1 Medo

Um aspecto muito importante a ser observado, pois ele além de fazer parte do

nosso dia-a-dia, ele pode ser visto como vários pontos, atitudes e modos de agir,

sem que nós próprios percebamos, e podendo até prejudicarmos alguém em

qualquer aspecto.

Mas o que é o medo?

GRÁFICO I – Shoiako Suburi

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Em definição de Dicionário Aurélio: “1. Sentimento de viva inquietação ante a

noção de perigo real ou imaginário, de ameaça; pavor, temor. 2. Receio”.

O medo é certa defesa de nosso próprio sistema psicológico, seja ele consciente

ou não. Ele faz parte de nosso intelecto e sentidos como função para própria

sobrevivência.

Para que ele serve?

É um alerta que possuímos para nos mantermos vivos. Como exemplo de

algumas profissões, que correm riscos de acidentes e vida mais diretamente. Ex:

Bombeiros, Esportes Radicais, Lutas e Artes Marciais, etc.

Mas, ele também pode ser observado em um sistema corporativo, empresarial,

nos serviços, etc.

Geralmente ele pode estar associado ao desconhecido, ao novo, ao sairmos de

nossa zona de conforto, a um esforço maior físico, a uma nova crença, etc.

Por questões normais de nosso ser, até aqui, faz-se digamos uma observação

natural deste. Mas, o problema é quando existem alguns poréns em nossas vidas; de

nosso inconsciente como algumas frustrações, onde ele pode se manifestar de outras

formas mais importantes de se analisar: raiva, agressões físicas ou verbais, ganância,

o querer aparecer demais seja no trabalho ou em amigos, dizer sempre que sabemos

e fazemos de tudo; receios, hipocrisias, etc.

A Ausência do Medo:

Essa conseqüência é muito importante de ser analisada, pois pode se decorrer

através deste fato, o que chamamos de “Excesso de Confiança” conseqüentemente,

decorrem-se vários erros: erros em tomadas de decisões, palavras imediatistas sem

pensar, falta de atenção e até mesmo acidentes; o egoísmo como forma citada em

algumas manifestações negativas – raiva, agressões; etc.

Como lidar com o medo?

Além do aspecto individual, em nossa profissão de Engenharia de Segurança do

Trabalho, temos que ficar atentos para que os trabalhadores, e outros de nosso

mesmo cargo ou não, não se percam com ações precipitadas, não se acidentem, e

também ajudar a cada um, a se superarem e crescerem.

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Por ponto de vista do autor, observação e estudos até hoje, para uma melhor

idéia de como lidarmos com o medo, é a Aceitação Pessoal – Perceber, Reconhecer

e Aceitar. Ou seja, somente a pessoa por si só, é capaz de se observar e reconhecer

os seus atos, para que ela própria possa se superar e crescer. Mas, para isso, ela tem

que saber superar suas próprias frustrações. Nós, terceiros em ajuda, podemos fazer

isso demonstrando Confiança para com estas pessoas. Mas, esta tem que ser

realmente verdadeira; pois se ela for cometida somente baseada com algo em troca,

se tal pessoa que esta sendo ajudada perceber isso, o efeito pode ser completamente

contrário e constrangedor para ambos, obtendo uma conclusão completamente

contrária e negativa.

Para dentro de uma empresa, se isso for negativo, a pessoa perde a confiança em

seu subordinado, podendo continuar a fazer o que sabe, ou o que acha que sabe;

gerando além de desavenças pessoais, mais aspectos negativos como um acidente ou

até mesmo, mais pessoas negativas a quem lhe estava ajudando, como deturpações

da própria pessoa que a estava ajudando, gerando até uma falta de crença na

empresa, prejudicando a própria imagem de seu local de trabalho; infelizmente,

sabemos que uma palavra negativa se espalha infelizmente, muito mais rápido (dez

vezes ou mais dependendo do caso) do que uma positiva.

E este “ajudar”, tem que ser confiável e verdadeiro realmente, pois em alguns

casos, nós estaremos conhecendo lados íntimos das pessoas, e é esse o ponto da real

ajuda e preocupação, para que ela cresça como profissional e pessoa.

Em conseqüência, todo seu ambiente e as pessoas ao seu redor irão ganhar.

Lógico que, o pós esta ajuda, tem que estar em constante trabalho, para que este não

se transforme no “Excesso de Confiança” novamente. Pois este excesso é onde

fazemos as coisas pelo “achar que já sabemos de tudo”, com imediatismo, e

esquecemos que nossa mente é frágil, onde podemos esquecer-nos de alguns

detalhes do que estivermos fazendo, gerando graves conseqüências para nós e

terceiros.

É por isso que citado algumas profissões, elas sempre ficam atentas a este fato,

para que nenhum detalhe delas seja esquecido, para que não se ocorra nada de grave.

Já imaginaram se um Bombeiro esquece algum EPI em hora de trabalho em

emergência? Ou um Alpinista esquece algo, ou martela um aparelho de segurança

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deixando-o solto em plena atividade, pensando que este ele já tinha sido preso como

estaria acostumado?

Sendo assim, é visto que o Medo é de grande alerta tanto em lado pessoal como

o profissional.

3.6.2 Medo Dentro das Artes Marciais

Dentro das artes marciais não é muito diferente. Em algumas artes orientais

costumamos usar a expressão: “Copo Cheio”; ou seja, a pessoa já carrega consigo

suas experiências, crenças, traumas e aprendizados de sua vida; e acha que o que ela

irá aprender, ela já o domina, sem mesmo até antes de começar. Ou também, ela

acha que com pouco tempo de treino, já diz saber de tudo, ou já estar em sua

consciência, dizendo que não terá mais dificuldades com o que estará para aprender

pela frente.

Dentro das artes abordadas, o Aikidô e o Kendô; como estas são mais sensitivas

do que lógicas – apesar de se parecer o contrário - isto é um grande erro a se

cometer. Geralmente com os alunos novos isso é mais comum.

Isso também pode ocorrer nas artes competitivas, pois a pressão de seus técnicos

e treinadores, da vida pessoal, etc., antes de um campeonato, por exemplo, podem

lhe causar grandes conseqüências negativas como acidentes, traumas psicológicos,

etc.

Daí vem à grande importância de uma boa liderança, para que isso não ocorra,

este Excesso de Confiança comentado, decisões tomadas erroneamente,

impulsivamente, com conseqüências de graves acidentes, ou com o egoísmo afoita,

deturpando completamente o real aprendizado que ela nos proporciona.

A segurança do trabalho entre justamente nesta parte também, para que esse

medo e estas lideranças reconheçam e tomem suas atitudes devidas controlando-as.

Pois, caso isso não ocorra, caberia sim ao profissional qualificado em segurança agir

conforme sua capacitação e conhecimento.

Problemas observados por causa do medo dentro das artes marciais:

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- No Individual:

Como nosso ser é composto por razão e lógica, mediante base física de nossos

lados cerebral - esquerdo e direito (razão e intuição), é normal, quando treinamos,

alguns aspectos digamos, mais carnais do que racionais se manifestem. Basta

recordarmos o que trazemos em nossa genética de nossos ancestrais desde épocas

dos Homens das Cavernas. Onde usávamos mais o corpo e a força para a caça e

sobrevivência, e aparatos de época por nosso desenvolvimento da humanidade

baseados manualmente e fisicamente. No lado profissional em geral é igual, a

pessoa que infelizmente não obteve uma boa posição de vida e estudo, age da

mesma forma. É este o ponto do profissional de segurança também ficar atento.

Esta parte inconsciente se manifesta quando treinamos, e simplesmente e

puramente, para as pessoas mais fortes fisicamente em sua maioria do que nas mais

fracas. Nasce o Ego. Até mesmo como uma forma de prazer individual natural, por

esta conseguir aplicar uma técnica ou vencer alguém em um campeonato em seu

oponente. Nas profissões, identificamos estes aspectos quando vimos uma pessoa

subir em cargos pro exemplo, por má-fé; passando na frente das pessoas não

importante o quanto e o como ela irá agir, pois a força física como sabemos hoje,

não é utilizada para sua maioria, e sim aproveitada pela nossa racionalidade para os

serviços, sejam eles braçais ou não.

E isto é a somatória do que foi descrito das frustrações pessoais. Ou seja, elas

simplesmente podem possuir alguma falha de suas vidas pessoais, e utilizam o corpo

como válvula de escape.

Nisso, o Ego já manifestado, e já comentado; se não existir não só uma grande

liderança, como um bom ambiente, esta pessoa pode se perder em seu próprio Eu,

pois esta esquece que o mundo fora do tatame continua. Ela esquece o seu real

aprendizado que a arte marcial proporciona, de se poder utilizar todo este

conhecimento adquirido para vencer a si mesmo na vida que a conhecemos. Seja

como força de vontade pra um emprego, como estratégia para subir de cargo, como

fins corporativos em ajuda ao próximo, etc.

Dentro das artes abordadas, suas vantagens em crescimento do ser humano, e

como podemos nos superar, é o “Ceder”. Mas este “ceder”, se confunde como

“perda”, este é o grave problema e o ponto da grande liderança e ambiente como

força influenciadora de apoio a quem esta praticando e aprendendo.

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Através dos nossos sentimentos físicos, sabemos o como estamos sendo

atacados, como vem o golpe e sua força, ou segurados para impedimento de

aplicação de alguma técnica, e vai literalmente do bom aprendizado e da confiança

de quem esta praticando conosco, a nos mostrar o verdadeiro caminho – a saída, ou

a aplicação desta técnica, e também logicamente, descobrirmos esta saída, desde que

estes possuam Makoto (Verdade, no mais puro sentido da palavra). E a cada

instante, ou nova técnica, o momento é diferente, mesmo parecendo ser o mesmo

golpe ou ataque a se aplicar repetitivamente. Uma simples troca de mão, por

exemplo, já modifica tudo, por causa de nosso ser, e nossa composição cerebral

antagônica, começamos a nos readaptar as situações. E é justamente neste ponto de

sua aplicação, onde devemos ter apoio e mais ainda, ceder e observar o que acontece

conosco durante estas situações e aplicações, no que ocorre com nosso “Uke”

(parceiro de treino) e não em considerarmos nosso companheiro como oponente.

Pois é ele que nos esta mostrando e ajudando a vencermos nestes caminhos.

Se apenas aplicarmos uma técnica por aplicá-la, na pessoa que estiver nos

apoiando como parceira, podemos causar uma grave lesão, dependendo da situação

existente, afinal, trata-se de arte marcial. E com o decorrer do aprendizado, as

técnicas e aplicações, vão se dificultando, igual a nossa vida cotidiana seja em qual

for o aspecto. Ou seja, mais atenção e percepção seremos obrigados a desenvolver.

Quando isso não ocorre, geram-se todos os aspectos negativos para a pessoa,

para o ambiente e até terceiros que possam estar assistindo ou nos acompanhando.

Este excesso de saber mediante somente a força física, para aquela pessoa que

possui algum problema já consigo – Copo Cheio – pode somente se dobrar e mais

complicações irão aparecer. A arrogância, o machucar alguém, o mal tratar pessoas

tanto dentro do Dojo (Local de Iluminação, ou Local de Treino), em sua vida

particular; por motivos até dela não conseguir vencer a vida la fora, etc.

- No Coletivo:

Se mais de uma pessoa em local, possui os mesmos traumas da pessoa que acha

que venceu suas superações através da força física, ou do desrespeito ao próximo, os

outros, por simples questão de se confiar ou se identificarem com esta, em um lugar

que escolhemos para prática de algo; também irão criar um clima geral muito ruim,

ocasionando em sua conseqüência, um falso aprendizado da arte escolhida, pois a

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razão traumática de não assumir suas próprias frustrações, e o não perceber o que a

arte lhe proporciona para a vida de verdade; faz com que este clima nasça e se

manifeste.

No lado profissional, um bom exemplo são as greves. Estas podem até começar

através de uma única pessoa, ao invés de uma real situação. Ou, seus profissionais

podem perder a crença em seus lideres, não os respeitando. E no caso dos esportes,

os profissionais qualificados para tal, não possuem o conhecimento de lei como os

da segurança do trabalho, podendo tomar atitudes Legais perante estes fatos se

vierem a ocorrer. Não esquecendo que a descrença é igual tanto em esportes como

os trabalhos em geral.

- Na Liderança:

Se um líder não estiver presente e consciente de tais fatos, ou se ele também

possuir algo do gênero, é muito complicado de se poder amenizar toda esta situação.

O ambiente final com tudo isso será infelizmente errôneo tanto para real transmissão

da arte, como crescimento que ela proporciona para as pessoas, e para quem quer ou

gostaria de saber mais sobre ela. E como se trata de arte marcial, uma verdadeira

balburdia pode vir a existir. Já existiram casos particulares de uma pessoa querer se

manifestar contra várias em plena rua, pressuposto este de que esta estava

literalmente com o seu “Copo Cheio”, achando que o mundo fora do local de treino,

era igual ao interno. Fato grave foi ocorrido e quase seguido de morte com esta

ocasião.

- Como lidar com estes problemas?

Para quem esta começando em uma academia, estes talvez não possam ser

identificados de início, principalmente se o local for dominado por estes erros

pessoais para o coletivo. Cabe a pessoa ter um discernimento próprio de onde ela

esta entrando, o que ela irá aprender e quais as suas conseqüências, o que ela quer

naquele local e se aquilo realmente é um caminho para ela e seu desenvolvimento.

Lembrando que isso pode ser uma profissão futura.

Para quem já esta, cabe as recomendações dos fatos existentes ao líder local, de

tudo que se ocorre e se percebe. Mesmo se a pessoa não tem uma experiência dentro

das artes marciais, mas ela possui uma consciência da vida e do que, e de onde ela

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esta. Caso seus lideres não tomem providencias, cabe a ela procurar quem estaria em

seu comando, outro líder, a instituição ou federação responsável, etc.; para que estes

pontos sejam sanados. Por isso também, a importância da escolha do local antes de

tudo.

Se o próprio líder não percebe, ou também esta nesta mesma condição pessoal e

deixa estes erros ocorrerem, cabe a quem esteja presente, saber lidar com tudo isto,

com opiniões ou até perguntas que lhe façam abrir os olhos para tal, por questões

também de respeito à liderança e seu professor. Caso não seja realmente positiva em

seus resultados, daí sim, seguir para seus superiores, onde estes entendam a

complexidade e importância da arte marcial na vida das pessoas e seus benefícios e

do que ocorre realmente em seu local. E se mesmo assim, não for nada tomada em

atitude, caberia ai, outro ponto de se ter um profissional da segurança qualificado

como respaldo para estas situações.

- Como ajudar ou neutralizar estes problemas?

Despertar a consciência que: cuidado, ceder, ajudar ou ser ajudado, os benéficos

da arte em questão praticada, etc.; não são sinônimos de fraquezas! E sim, de

elevação do indivíduo como pessoa, em todos os aspectos!

Esta parte requer muita atenção e cuidado. Constatadas pelo autor várias

opiniões e aprendizados, do próprio Bushido (Caminho do Guerreiro), em uma

questão como: “Olho Por Olho”; exemplificando: se recebemos um golpe forte,

mostrar com a mesma intensidade. Onde tal pessoa, que estaria agindo ou com má

fé, ou com este ego inconsciente, só abriria os olhos e respeitaria o próximo

recebendo em mesma altura ou maior, à sua própria atitude.

Porém, isto pode se gerar mais raiva e mais frustração, se esta pessoa não

receber uma ajuda com aprendizados, lições e palavras apoiadoras logo em seguida

para se criar uma confiança e um despertar, ela pode acabar indo descontar em

outros que ela julgar mais fracos, gerando uma bola de neve, ao invés do verdadeiro

despertar. Ou até mesmo abandonar o local, fazendo com que este se reflita para sua

vida pessoal em outros aspectos sejam eles profissionais ou pessoais. Por este lado,

não são muitos que compreendem, pois é fato que nosso instinto não é muito

acostumado a “Perder”.

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Ou, ao momento de se observar um golpe mais forte desrespeitoso, ou uma

palavra egoísta e algo do gênero, existir uma advertência verbal, ou como já

observado também pelo autor em reunião frente de todos em ato e momento do fato

ocorrido, para que isso não venha mais a ocorrer. Atenção também para este, pois se

o ambiente não for ligado e desperte, a boas intenções também poderão gerar e criar

um péssimo clima para todos, e principalmente para a pessoa em questão, gerando

aspectos contrários e negativos para ela como descritos.

- Conseqüências:

- Positivas:

Crescimento e desenvolvimento físicos, espirituais, psicológicos - mais

confiança e determinação, mais garra para a vida pessoal – mais amor e

compreensão dos fatos, e percepção dos próprios atos. Mais profissionalismo e

aplicação dos conhecimentos dos legados das artes marciais ao cotidiano e o

profissional.

- Negativas:

Justificativas das carências pessoais com força física, hipocrisia, gestos, palavras

obscenas, desrespeito a arte em si e com todos do grupo, querer se destacar a todo

custo, desrespeito ao(s) próximo(s) e até a liderança e local, querer assumir cargos

mais altos – no caso, graduações, por exemplo; sem estar preparado

psicologicamente para tal. Geração de um ambiente tanto desfavorável nos locais,

como para a própria vida pessoal, onde poderá este individuo agir com má-fé

futuramente sejam La quais aspectos forem, ou virar uma pessoa agressiva e

frustrada por não se vencer dentro do seu local de treino. O mais importante, mentir

para si mesmo! Ou mais: acidentes, lesões até mesmo graves, assédios morais,

brigas individuais e/ou coletivas, conseqüências jurídicas, etc. Infelizmente uma

percepção até deste erro coletivo ou de alguém ou do líder, só vem a se mostrar e

perceber, quando algo grave venha a acontecer. E, mesmo assim, ainda existem

pessoas que não aprendem, infelizmente.

Em conseqüência, todo o verdadeiro saber da arte e o que ela proporciona e pode

ajudar a melhorar e mudar o ser humano, vai por água abaixo como já comentado.

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Somente com uma ajuda de uma boa escola, um bom líder e bons companheiros,

podemos todos despertar, ver a beleza da arte marcial, e evoluirmos como ser

humano para todos os aspectos.

A prática leva a perfeição como dizem!

3.6.3 As Pessoas nos Dojos

Assim como em uma empresa, funcionam os Dojos, as salas de aula, academias,

aulas particulares, clubes, as profissões, etc., como algumas premissas:

- As pessoas são consideradas como pessoas: de acordo com as suas

necessidades;

...Ou...

- As pessoas como Recursos: selecionadas pro seus conhecimentos somente.

Assim como seus comportamentos humanos e objetivos, dependem de fatores

internos e externos.

- Características Básicas:

O Comportamento é Causado;

O Comportamento é Motivado;

O Comportamento é Orientado para Objetivos.

Suas motivações dependem de três motivos:

1. Estimulo (Causa);

2. Pessoa (Desejo);

3. Objetivo (Comportamento).

Logicamente isso irá depender da característica de cada um, se ela é Pró-ativa ou

Re-ativa e do Clima-Organizacional como um todo. Pois o sucesso deste, objetiva

produção, rentabilidade, redução de custos, ampliação de mercado, e os objetivos

individuais.

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Ou, como na Pirâmide de Maslow observada no Quadro VI:

Professores, Instrutores, Etc.:

Caberá a eles o sucesso do Clima-Organizacional da empresa ou de seus Dojos.

Deverão saber distinguir as relações intrapessoais e interpessoais, as pessoas

eficientes das eficazes, tanto quanto os desajustamentos existentes e suas barreiras.

- Principais Motivos de Desajustamento:

Falta de treinamento;

Treinamento inadequado / Forma errada;

Promoção precoce - Mal de Peterson.

A Promoção Precoce pode ser analisada como o “Mal de Peterson” - quando a

pessoa é ótimo funcionário, mas um péssimo chefe. Este acaba sendo um erro

comum em alguns Dojos, pois a pessoa pode ter excelente técnica, mas não possuir

psicológico o suficiente para tal graduação ou promoções precoces, como ponto

gerador de vários erros e discórdias. Se não existir um profissional qualificado para

auxiliar os líderes nestas questões, todo seu ensinamento tenderá a se perder.

FISIOLÓGICAS

SEGURANÇA

SOCIAIS

ESTIMA

AUTOESTIMA

QUADRO VI – Pirâmide de Maslow

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As pessoas que não podem ser esquecidas de se analisar são justamente os

professores, instrutores, coordenadores, etc., pois são eles que estão em contato

direto com a profissão e suas periculosidades.

O aspecto psicológico é muito importante, pois vários profissionais destas áreas

além de se dedicarem fielmente, eles não possuem um reconhecimento em amparo

legal, estão em contato direto com os riscos e perigos, e até eles atingirem seus

cargos, como nas artes marciais, anos se passam, lesões, infortúnios pessoais de

seus responsáveis ou familiares, e outros.

Os profissionais da segurança do trabalho estariam qualificando os ambientes

pelas questões higiênicas, sonoras, por temperaturas, etc., pois são eles que

possuem o conhecimento e a legalidade para exercer estas funções e

acompanhamentos. São eles que poderão estipular como na NR9 – PPRA, onde

para os esportes celetistas existentes não se foi constatado nenhum até o momento,

dentro também, das artes mencionadas, isso nunca veio a existir. Mesmo

exemplificando, em uma academia, onde seria dever do proprietário o fazer, como

sabemos que nem todas seguem o que diz a lei, pois esta é a sua obrigação.

Alunos:

Serão eles realmente o reflexo de uma boa ou má administração. E não então

somente, de uma ma pessoa ou liderança.

Muitos buscam os esportes, assim como s ares marciais com objetivos próprios.

Nossa paixão nacional – O Futebol é sonho para muitas crianças e adolescentes de

se igualarem aos seus ídolos e obterem qualidade de vida adequada e digna

correspondente as suas realidades, sua maioria nestas áreas são de classe média

baixa.

Para outros, uma Olimpíada é outro sonho, representar um país e ser alguém

reconhecido e famoso, para outros, já com capacidades vinanceiras mais elevadas,

conseguirem seguir uma tradição como no Automobilismo, tênis ou golfe. Porem,

bem mais seleto.

Nosso governo ou pessoas por conta, como nas ONGs, criam situações e lugares

de ensino quando possível para mais dignidade a estas pessoas. Ou seja, são mais

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oportunidades de trabalho para já os profissionais do esporte, e a segurança aqui

abordada.

Nas artes marciais não é diferente, algumas são olímpicas também, outras são

apenas tradicionais, mas os objetivos são os mesmos de elevação do ser humano de

indivíduo como pessoa. Como já explicado, os riscos são bem maiores.

Outros alunos as procuram por vários motivos: Talvez do condicionamento

físico, como crescimento pessoal, ou até para se livrarem de frustrações, ou como

hobbie ou lazer por apenas saberem se defender por terem vistos algum vídeo ou

filme. Mas, todas elas serão os nossos “trabalhadores”, serão o ganha pão dos

professores e instrutores tradicionais de sua maioria existentes não reconhecidos, ou

com não tão mediante condições financeiras pessoais destes que se dedicam para

tal.

3.6.4 O Pós Acidente

Do ponto de vista psicológico, acidentes do trabalho podem formar reações

psicológicas, incluindo as doenças psicossomáticas, além disso, um dano físico

pode provocar um dano psicológico, com impactos morais e materiais.

Um exemplo comum dentro das artes marciais é a Síndrome de “Burnout”:

Geralmente desenvolvido como resultado de um período de esforço excessivo no

trabalho com intervalos muito pequenos para recuperação. Uma das conseqüências

mais marcantes do stress profissional se caracteriza pela exaustão emocional,

avaliação negativa de si mesmo, depressão e insensibilidade com relação a quase

tudo (até como defesa emocional).

Aspectos do Dano Psicológico:

Presença de alteração de comportamento – alteração do sono,

alimentação, concentração, irritabilidade, hipervigilância;

Restrição nas relações afetivas;

Aumento do grau de constrangimento e desconforto, que implica numa

limitação de grau de autonomia do sujeito;

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Perda ou diminuição na auto-estima. Grau de insegurança, motivação

com a presença de estresse programado;

Diminuição na qualidade de vida;

Reatividade fisiológica.

Um aspecto bem interessante por contrapartida da própria cultura da arte

marcial, e bem relacionado à organização administrativa das empresas, são os

Perfis Organizacionais de Likert:

1. Sistema: Autoritário Coercitivo – Obriga;

2. Sistema: Autoritário Benevolente – Delega Ordens Simples;

3. Sistema: Consultivo – Empregado da Palpite;

4. Sistema: Participativo – Empregado Participa.

Um bom ponto de analise é criar um quadro comparativo da evolução física e

psicológica tanto dos professores e instrutores, como dos alunos, como descritos no

Quadro VII :

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Aspectos Físicos Aspectos Psicológicos

Plena Condição de Saúde Física do Organismo Plenas Condições de Bem-Estar Psicológico

Desconforto Físico Desconforto Psicológico:

Vivencia de Constrangimentos, Irritabilidade,

Manifestação Pessoal e Com o Que Ocorre no

Entorno

Imitações e Dificuldades de Realizar

Determinados Gestos, Deslocamentos e Manter

Posturas

Alterações Perceptivas (Atenção, Concentração,

Memorização):

Fabilidade Emocional, Constrições Afetivas e

Emocionais

Disfunções Orgânicas, Fadiga Muscular,

Distúrbios Músculos-Esqueléticos

Indicadores Psicossomáticos:

Fadiga, Emocional, Estresse, Perda da

Autonomia, Dificuldade para Reagir e Superar

Sintomas

Incapacidade Total ou Parcial, ou Deficiência

nas Atividades Físicas Habituais e no Trabalho

Anteriormente Realizadas

Exaustão Emocional (Burnout):

Transtornos de Personalidade e de

Comportamento com Inapetência para Condutas

Sociais, Afetivas e de Trabalho Anteriormente

Realizadas

3.7 Análise das NR’s e as Artes Abordadas

Serão descritos o que dizem cada norma, e seus pontos relevantes as artes

comparativamente.

3.7.1 Norma Regulamentadora Nº 2 - Inspeção Prévia

Todo local ao se iniciar, cabe uma inspeção.

QUADRO VII - Comparativo de Evolução que Caracteriza os Danos dos Aspectos Físicos e

Psicológicos

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Esta além de ser feita logicamente pelos Senseis e instrutores responsáveis de

onde eles irão lecionar como dos profissionais de segurança em apoio a este ponto de

partida.

Se profissionais de segurança estiverem junto a estes profissionais marciais

e/ou esportistas, etc. todos já iriam ganhar e realmente começar com bem maior

qualidade. Seria mais facilmente uma adequação as condições tanto físicas como

legais dos ambientes em questão, com maior margem de novos locais crescendo e

aparecendo com qualidade de mercado e suas tradições.

3.7.2 Norma Regulamentadora Nº 4 - SESMT

Para profissionais que não possuam um Dojo próprio, caberia em comparação a

NR4, a academia ou os locais responsáveis por apresentações, seminários ou eventos

especiais, a salvaguarda dos praticantes e condições dos locais.

O que diz a norma em comparação a academias:

“4.19 A empresa é responsável pelo cumprimento da NR, devendo assegurar, como um dos

meios para concretizar tal responsabilidade, o exercício profissional dos componentes dos

Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. O impedimento

do referido exercício profissional, mesmo que parcial e o desvirtuamento ou desvio de funções

constituem, em conjunto ou separadamente, infrações classificadas no grau I4, se devidamente

comprovadas, para os fins de aplicação das penalidades previstas na NR-28. (Alterado pela

Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)”

(http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/default.asp)

Ou seja, o profissional marcial, já possui sua qualificação representada por

federações ou instituições, e seria também legalizado por norma trabalhista. Teria

amparo legal para sua profissão mais ainda.

Em comparação a locais de seminários, apresentações ou eventos especiais

adéqua-se:

“4.20 Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de serviços, considera-se

estabelecimento, para fins de aplicação desta NR, o local em que os seus empregados estiverem

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exercendo suas atividades. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)”

(http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/default.asp)

Ou seja, os locais de seminários e apresentações, mesmo sem âmbitos

trabalhistas já teriam que estar de acordo com a saúde e integridade destes

profissionais que vão se apresentar, ou passar estadias por alguns dias para

eventos específicos, assim como em feiras de negócios por exemplo.

3.7.3 Norma Regulamentadora Nº 5 - CIPA

Tanto na existência das Cipas nas empresas, existem os instrutores ou

graduados nas artes marciais. Serão eles que irão auxiliar seus líderes retransmitindo

ordens e ensinamentos, tanto como manda a arte e seu superior, como seu próprio

aspecto pessoal compreendido por seu aprendizado. A importância do aspecto da

liderança para que estes não acabem difamando por conseqüência hierárquica o seu

local de trabalho – no caso ou Dojo ou instituição a quem pertençam.

Se forem mal auxiliados ou possuírem uma má índole, todo um trabalho pode

se perder. Toda tradição pode se perder também, devido à cultura e modo de agir

deste indivíduo. Podem até se chegar a ter problemas judiciais por tais elementos.

Uma orientação adequada e liderança apropriada são fundamentais para que

isso não venha a ocorre.

E a diferença por questão destas chefias à norma, é que para determinadas artes

marciais, o cargo pode ser indicado pelo professor, instrutor ou responsável em

questão, mas... Outras seguem poderes já pré-determinados de evolução

administrativa. Onde um aluno possa passar em um exame e atingindo um cargo

especifico por direito adquirido venha a começar a adquirir cargos. E se cargos são

adquiridos, responsabilidades legais tem que ser tomadas. O caso, as trabalhistas pois

estes estão fazendo o papel do próprio professor em questão.

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3.7.4 Norma Regulamentadora Nº 6 - Equipamentos de Proteção

Individual

Esta é uma análise comparativa dentre alguns equipamentos que se pode

considerar como EPI´s, sobre alguns equipamentos de treinos das artes abordadas.

Lembrando que hoje, não existem equipamentos com C.A. netas áreas esportivas. O

que existe, são empresas que enxergaram este nicho de mercado, e produzem seus

produtos. A qualidade e garantia, e certeza destes são realmente ao seus nomes e

marcas destes comercializados, mas, enquanto artes tradicionais por exemplo, que os

produtos são feitos atersanalmente? Onde estaria a garantia e certeza da qualidade

destes?

Esta só vem a existir realmente, por confiança a quem leciona, e a sua tradição

existente, ou até, pela crença e conhecimentos populares, adquiridos e transmitidos

aos alunos e suas gerações. Ex: existem madeiras no Brasil, de grande resistência a

impactos, como o Ipê, porém, se não existir alguém que conheça realmente esta

madeira, pode-se estar comprando uma e levando literalmente outra completamente

sem resistência e com grande de dureza bem inferior, como o Cedro ou Cedrinho;

que depois de dado acabamento, elas parecem iguais. E a conseqüência deste, é

durante o treino, em um impacto mais preciso esta não irá resistir, e poderá acertar o

parceiro de treino. E, imaginando-se que existem golpes diretos a cabeça, as

conseqüências acabariam sendo gravíssimas. Ou, até mesmo nos membros, como já

descritos de serem os alvos mais fáceis de acertar, provocando algumas fraturas,

onde o osso pode-se moer literalmente aos impactos. Para se ter mais uma idéia, um

artista marcial, com o conhecimento e treino específicos, consegue cortar uma folha

de jornal aberta, presa somente por pregadores em suas pontas, por exemplo,

dependuradas a altura mediana de um metro de altura, num único golpe. No corpo

humano, uma lesão por este golpe é direta.

O que diz a norma:

“6.1. Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR, considera-se

Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado

pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no

trabalho.

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6.1.1. Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual, todo aquele

composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que

possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no

trabalho.

6.2. O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só poderá

ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo

órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho

e Emprego.

6.3. A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco,

em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de

acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;

b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e,

c) para atender a situações de emergência.

6.4. Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional, e observado o disposto no

item 6.3, o empregador deve fornecer aos trabalhadores os EPI adequados, de acordo com o disposto

no ANEXO I desta NR.” (http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/default.asp)

- Bainhas das Espadas (Saiás):

As Bainhas (Saiás) das espadas ajudam não só a quem a utiliza, mas como

terceiros para não ocorrerem acidentes por descuidos quaisquer. São feitos de

madeira, com boa resistência as intempéries do dia-a-dia, e a própria lâmina em que

esta embainhará, como exemplo da Figura VIII:

FIGURA XVIII – Saiá – Fonte:

http://diamantix.blogspot.com/2

007/02/katana.html

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- Os Tsubas:

Estes nos ajudam para que a Lâmina da espada não atinja nossas mãos quando

recebemos um golpe. Eles existem também para os Bokutos ou Shinais, pois a

maioria dos treinos são feitos em duplas ou mais pessoas atacando e se defendendo

entre si. As Figura XIX mostra um feito de aço para katanás, e a Figura XX mostra

um feito de couro tanto para bokutos como para shinais.

- Armaduras:

Bogu: Estes são mais utilizados em nossa escola para alguns fins especiais de

treino, pois nosso método é tradicional, diferente do esportivo, que o utiliza em todos

os treinos diretamente. O Men (Capacete), este é um equipamento de proteção

conjugado (EPC), com proteção ao pescoço, garganta e ombros. Estes são ilustrados

nas Figuras XXI e Figura XXII:

FIGURA XX - Tsuba

para Bokkuto ou Shinai

– Fonte: http://www.e-

bogu.com.pt/index.php?

cPath=21_30

FIGURA XIX - Tsuba para

Katanas – Fonte:

www.sojobo.biz

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Yoroi: Esta já era a Armadura do Samurai propriamente dita. Utilizada para

batalhas.

Os Bogus vieram como forma de substituição dos Yorois aos treinos de hoje.

Peso: 30 Quilos aproximadamente completa.

As Figuras XXIII e Figura XXIV ilustram os Yorois:

FIGURA XXI – Bogu

(a) - Fonte:

http://www.boston-

kendo.com/html/kendo.

htm/

FIGURA XXII – Bogu

(b) - Fonte:

http://www.grayematter.

net/idaho-

kendo/kendo/equipment

FIGURA XXIII – Yoroi (a) -

Fonte:

http://www.shogunart.com/updates

.html /

FIGURA XXIV – Yoroi (b) - Fonte:

http://world.choshuya.co.jp/explanation/

index.htm

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Tatames:

Em caso do Aikidô, ou artes e esportes semelhantes; estes já poderiam ser

considerados EPC’s, pois servem para todos durante os treinos. Hoje, eles são

Sintéticos (Figura XXV), possuem várias espessuras e metragens, mas antigamente

no Japão, eram de Palha de Arroz (Figura XXVI e Figura XXVII). Existem também

de Raspas de Borracha, e cobertos por uma Lona. Nestes, com o tempo, a borracha

pode deixar o piso irregular, causando alguns problemas de locomoção ou acidentes

por tropeções.

Para cada caso, sua espessura, tipo, etc.; gerará uma dificuldade de treino por

sua densidade para treinos com quedas. Assim como para qual ambiente, ele também

estará presente, mas com outra finalidade decorativa e tradicional à Residência

Oriental Japonesa. Ex: Salas de Chás (Figura XXVIII), de Estar, etc.

FIGURA XXV - Tatames Sintéticos – Fonte:

http://meu.submarino.com.br/produto/28/1753690/tatame+oficial+haiti+22mm+azul/amarelo

FIGURA XXVI – Tatames

Orientais em Dojo – Fonte -

http://www.judokenshin-

osasco.com.br/?p=29

FIGURA XXVII – Tatame de

Palha de Arroz – Fonte -

http://www.quebarato.com.br/

classificados/vendo-tatame-

28-00-a-peca-de-1-

5m__199826.html

Page 88: Engenharia de Segurança do Trabalho nas Artes Marciais

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3.7.5 Norma Regulamentadora Nº 17 - Ergonomia

Esta é uma análise comparativa dentre alguns pontos da NR17, e algumas

técnicas e condições dentro das Artes Marciais Escolhidas: Aikidô e Kendô.

O que diz a norma:

“17.2. Levantamento, transporte e descarga individual de materiais.

17.2.2. Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um

trabalhador cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou sua segurança. (117.001-5 / I1)

17.2.3. Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que não as

leves, deve receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que deverá utilizar, com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes. (117.002-3 / I2)

17.2.4. Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de cargas, deverão ser usados

meios técnicos apropriados.”

(http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/default.asp)

- Obis (Faixas na Cintura) para Portar as Katanas e Bokkutos e Shinais

ilustradas na Figura XXIX e seu Embainhamento na Figura XXX:

FIGURA XXVIII – Sala de Chá – Fonte:

http://madeinjapan.uol.com.br/2009/07/20/ativida

des-do-festival-do-japao-de-

2009/imagem/090720_atividades_do/6-a-hoss-

construtora-reproduziu

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“17.2.5. Quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados para o transporte manual

de cargas, o peso máximo destas cargas deverá ser nitidamente inferior àquele admitido para os

homens, para não comprometer a sua saúde ou a sua segurança. (117.003-1 / I1)” (http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/default.asp)

- Técnicas: Quedas por Koshi Nage ilustradas na Figura XXXI:

FIGURA XXIX – Obis –

Fonte:

http://wafuku.wordpress.com

/2009/03/05/obis-galore-

wfukucouk-vintage-

japanese-kimonos-etc/

FIGURA XXX – Embainhando a Espada – Fonte: http://www.toyamaryu.org/WearingKatana.htm

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“17.3. Mobiliário dos postos de trabalho.

17.3.1. Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho

deve ser planejado ou adaptado para esta posição. (117.006-6 / I1)

17.3.2.1. Para trabalho que necessite também da utilização dos pés, além dos requisitos

estabelecidos no subitem17.3.2, os pedais e demais comandos para acionamento pelos pés devem ter

posicionamento e dimensões que possibilitem fácil alcance, bem como ângulos adequados entre as

diversas partes do corpo do trabalhador, em função das características e peculiaridades do trabalho

a ser executado. (117.010-4 / I2)

17.3.5. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem ser

colocados assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os trabalhadores

durante as pausas. (117.016-3 / I2)”

(http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/default.asp)

- Shiko – O Andar do Samurai:

Este andar inicia-se no Seiza. Onde iremos nos movimentar como se

estivessemos de pé, como seguem as figuras.

As vantagens do Seiza, são para a circulação das pernas, porém, o “Cóxi” do

oriental, tem uma leve mudança ao nosso ocidental. E para os praticantes iniciantes,

e até mesmo os mais graduados, ficar nesta posição é bem desagradavel, até se

acostumar realmente. Esta pratica é executada tanto nos tatames como no chão

normalmente, sem proteções, além do uso normal do Dogi. Seu andar segue a

sequencia ilsutrada na Figura XXXII:

FIGURA XXXI – Koshi Nage

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- Mobiliários:

Como o andar do Samurai é algo que se adquire com a pratica, e o japao

mantem a sua cultura muito forte mesmo hoje em dia, o exemplo da Figura XXXIII

ilustra um mobiliario de uso escolar, onde este tanto os alunos como professores

ficam numa posiçao de quase seiza, onde com o tempo, isso se facilitara sua postura

para tal. A vantegem deste é se manter a coluna reta.

FIGURA XXXIII – Mobiliário Oriental para Sala de Estudos –

Fonte: http://www.mumstudents.org/~kdaley/posture.html

FIGURA XXXII – Shiko – O Andar do Samurai

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Os Kamizás, já são uma outr parte do Dojo, estipulada pela cultura, e respeito a

arte e sua história. Possui um ponto específico em adequação ao Dojo comsua

organização, um nome e imagem do criador da arte, e o nome desta e msi, como um

altar, demonstrado na Figura XXXIV do Hombu Djo de Tokio do Aikido.

“17.4. Equipamentos dos postos de trabalho.

17.4.1. Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem estar adequados às

características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.”

(http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/default.asp)

- Armas:

Para a IKF – International Kendo Federation; existem alguns padrões para

algumas armas, estipulados na Tabela I:

FIGURA XXXIV – Kamizá - Altar do Dojo – Fonte: www.aikikai.or.jp

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CLASSE COMPRIMENTO PESO (sem o tsuba)

Mirim

(de 8 a 10 anos)

111 cm (no máximo) 330 gr (mínimo

Masc./Fem.).

Infantil

(de 11 a 13 anos)

114 cm (no máximo) 400 gr (mínimo p/Masc.)

390 gr (mínimo p/Fem.)

Juvenil

(de 14 a 16 anos)

117 cm (no máximo) 450 gr (mínimo p/Masc.)

400 gr (mínimo p/Fem.)

Adulto

(de 17 anos acima)

120 cm (no máximo) 500 gr (mínimo p/Masc.)

420 gr (mínimo p/Fem.)

A Figura XXXV ilustra a composição do Shinai:

O Katana, ilustrado na Figura XVIII, seria a ferramenta indispensável pra a arte

denominada Iai-Do. Onde nela se mantém tradições, técnicas e um verdadeiro legado

de sua cultura. A atenção é redobrada nestes treinos, pois já ocorreram lesões serias

com estas armas, como perfurações e perda de partes da mão, onde o saque da

espada, é um dos momentos mais perigosos, e seu único Epi, é o Saiá.

Bokuto (ou Bokkens popularmente chamada) é uma espada de madeira maciça

e mais pesada que o shinai (o tachi pesa 700g). O kodachi é a réplica do wakizashi

FIGURA XXXV – Shinais – Espadas

de Bambu – Fonte:

http://web.mit.edu/kendo/www/infor

mation.html

TABELA I - Tabela Oficial de Normas e Classificações do Shinai pela

IKF

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(espada companheira menor utilizada para espaços internos) e pesa 350g. Eles são

utilizados para treinamento solitário (SUBURI) e kata (formas de ataque e defesa

pré-combinadas). É uma ferramenta de suma importância, pois tem o peso e formato

mais próximos da espada real (KATANA SHINKEN). Sua utilização diária

proporcionará mais força, beleza e agilidade na técnica do praticante. A IKF

estabeleceu que o bokuto deverá possuir gume e ponta arredondados para se evitarem

acidentes graves ao praticar. O bokuto é considerado uma arma letal e foi utilizado

até contra espadas de metal, o famoso mestre e estrategista militar Miyamoto

Mussashi dizia que um bom bokuto feito de forma correta é uma arma invencível e

até superior em muitos aspectos as lâminas feitas de aço. Naturalmente que Mussashi

era conhecido como KENSEI (o santo da espada) e sua técnica era considerada até

sobrenatural. Alguns designers destas armas são estipulados a épocas ou clãs do

Japão, como ilustrados na Figura XXXVI.

Existem outras armas como Bastões (Figura XXXVII), Arco e Flecha (Figura

XXXXII), Estrelas de Aço para arremesso (Figura XXXXI), dentre outras (Figura

XXXXVI). Para estas, como no Kyu-Do, existem seus suportes e proteções (Figura

XXXXV), como seu próprio alvo criado de maneira tradicional (Figura XXXXIV).

Não só ao kyu-do, mas para praticamente todas as armas, existem seus suportes

(Figura XXXVIII e Figura XXXIX), como seus “cases” para transportes individuais

(Figura XXXX). Uma boa academia tradicional, o aluno consegue aprender todos

estes estilos, graças logicamente a um bom Sensei. E para este, não se pode esquecer

se souber buscar sua fonte e origem de seu aprendizado, quais são seus valores

adquiridos e tanto até, sua própria cultura pessoal ao qual lhe levou a este caminho,

afinal, estamos falando de Artes Marciais.

FIGURA XXXVI - Bokkutos ou Bokkens – Fonte:

http://kendoindumentaria.blogspot.com/2008/10/el-bokuto-y-sus-

partes.html

Page 95: Engenharia de Segurança do Trabalho nas Artes Marciais

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FIGURA XXXVII – Bastão

FIGURA XXXX – Bokuros – Sacos para Armas – Fonte:

http://www.aikidoshugyo.com/shugyo/conveniencias.html

FIGURA XXXVIII –

Suporte de Mesa para

Katana – Fonte:

http://www.aikikaizen.

com.br/default.asp?act

=loja

FIGURA XXXIX – Suporte de Parede

para Bastões ou Jôs - Fonte:

http://www.aikikaizen.com.br/default.asp

?act=loja

Page 96: Engenharia de Segurança do Trabalho nas Artes Marciais

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FIGURA XXXXI – Shurikens – Armas de

Arremesso – Fonte:

http://www.seratoga.com/ninjutsu/ninjutsu_frame

_weapons.htm

FIGURA XXXXII – Kyu-Do – Arco e

Flecha Japonês - Fonte:

http://culturamarcial.blogspot.com/2007_

12_01_archive.html

FIGURA XXXXIII – Flechas Japonesas - Fonte:

http://www.eamarrows.com/en/east/kyudo

Page 97: Engenharia de Segurança do Trabalho nas Artes Marciais

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FIGURA XXXXVI – Outras

Armas – Fonte:

http://www.niten.org.br/cafe

comsensei/2009/01jan/varias

-armas-para-o-gashuku.html

FIGURA XXXXIV – Matto -

Fonte:

http://www.asianartbykyoko.co

m/items/396643/item396643sto

re.html

FIGURA XXXXV –

Suportes e Protetores para

Kyu-Do - Fonte:

http://www.kyudojo.com/

Page 98: Engenharia de Segurança do Trabalho nas Artes Marciais

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- Vestuário:

Dentro do vestuário japonês, existem dois tipos a se considerar, porém, os dois

são utilizados para treinos: os Kimonos (Figura XXXXVII) utilizados para ocasiões

especiais ou eventos esportivos especiais como apresentações; e os Dogis (Figura

XXXXIX), estes são confundidos como Kimonos, mas são os verdadeiros uniformes

de treino. Tanto para o Kendo como o Aikido, usa-se o Hakama (Figura XXXXVIII),

pois nestes estão simbolizados as 7 (sete) Virtudes de um Samurai, feitas em seu

desenho de corte desta peça, em suas sete pregas – cinco na frente e duas atrás:

1- Integridade Moral (gi);

2- Coragem (yuu);

3- Benevolência (jin);

4- Educação e cortesia (rei);

5- Honestidade (makoto);

6- Honra (meyo);

7- Lealdade (chuu).

Destas vestimentas, é o que podemos considerar como nossos uniformes de

trabalho. Relembrando que no Kendo, o uso dos Bogus, vai variar de estilos

tradicionais e esportivos com sua obrigatoriedade.

FIGURA XXXXVII –

Kimonos – Vestimenta

Oriental – Fonte:

http://naruto-pt-

blog.blogspot.com/2009_

07_01_archive.html

FIGURA XXXXIX –

Dogi – Roupa para

Treino – Fonte:

http://www.capitalaikika

i.org/begin_body.php

FIGURA XXXXVIII – Hakama

– Fone:

http://profacero.wordpress.com/2

008/03/10/our-unofficial-

uniform

Page 99: Engenharia de Segurança do Trabalho nas Artes Marciais

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“17.5. Condições ambientais de trabalho.

17.5.1. As condições ambientais de trabalho devem estar adequadas às características

psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.

17.5.2. Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação

intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de

desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, são recomendadas as seguintes condições de

conforto:

a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira registrada

no INMETRO; (117.023-6 / I2)”

(http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/default.asp)

- Kiais (Gritos) – Nbr 10152

FIGURA LI – Bogu e Shinai –

Descrição das Partes – Fonte:

http://www.kendo.org.vt.edu/starting.

html

FIGURA L – Zouris – Chinelos Japoneses – Fonte:

http://viajarnaviagem.splinder.com/archive/2007-03

Page 100: Engenharia de Segurança do Trabalho nas Artes Marciais

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“b) índice de temperatura efetiva entre 20oC (vinte) e 23oC (vinte e três graus centígrados);

(117.024-4 / I2)” (http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/default.asp)

- Temperatura Ambiente e Corporal

“c) velocidade do ar não superior a 0,75m/s; (117.025-2 / I2)

d) umidade relativa do ar não inferior a 40 (quarenta) por cento. (117.026-0 / I2)

17.5.2.1. Para as atividades que possuam as características definidas no subitem 17.5.2, mas

não apresentam equivalência ou correlação com aquelas relacionadas na NBR 10152, o nível de

ruído aceitável para efeito de conforto será de até 65 dB (A) e a curva de avaliação de ruído (NC) de

valor não superior a 60 dB.

17.5.2.2. Os parâmetros previstos no subitem 17.5.2 devem ser medidos nos postos de

trabalho, sendo os

níveis de ruído determinados próximos à zona auditiva e as demais variáveis na altura do

tórax do trabalhador.

17.5.3. Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial,

geral ou suplementar, apropriada à natureza da atividade.

17.5.3.1. A iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa.

17.5.3.2. A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de forma a evitar

ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos.

17.5.3.3. Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são os

valores de iluminâncias estabelecidos na NBR 5413, norma brasileira registrada no INMETRO.

(117.027-9 / I2)

17.5.3.4. A medição dos níveis de iluminamento previstos no subitem 17.5.3.3 deve ser feita no

campo de trabalho onde se realiza a tarefa visual, utilizando-se de luxímetro com fotocélula corrigida

para a sensibilidade do olho humano e em função do ângulo de incidência. (117.028-7 / I2)

17.5.3.5. Quando não puder ser definido o campo de trabalho previsto no subitem 17.5.3.4,

este será um plano horizontal a 0,75m (setenta e cinco centímetros) do piso.

17.6. Organização do trabalho.

17.6.1. A organização do trabalho deve ser adequada às características psicofisiológicas dos

trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.”

(http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/default.asp)

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- Organização pela Cultura Japonesa:

Limpeza, Cultura, Guardar o Dogi e as Armas – Dentro do Dojo e

Pessoalmente, Organização dos Chinelos ao Entrar no Tatame, Bolsas e Mochilas,

Toalhas de Rosto Durante o Treino, Ética e Comportamento de um Dojo.

“17.6.2. A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração, no

mínimo:

a) as normas de produção;”

(http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/default.asp)

- Desempenho Dentro do Dojo.

“b) o modo operatório;”

(http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/default.asp)

- Método de Treino – Disciplina Oriental.

“c) a exigência de tempo;”

(http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/default.asp)

- Carga Horária das Aulas.

“d) a determinação do conteúdo de tempo; e) o ritmo de trabalho;”

(http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/default.asp)

- Método de Treino: Aquecimento, Rolamento, Técnicas de Alongamento,

Técnicas (Tai Jutsu e Ken Jutsu, Jô Jutsu e Tanto Jutsu).

“f) o conteúdo das tarefas.”

(http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/default.asp)

- Kihons (Técnicas exigidas para cada faixa) para cada Grau e o Padrão de

ensino de cada Sensei e/ou Escola.

“17.6.3. Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço,

ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da análise ergonômica do trabalho, deve

ser observado o seguinte:

Para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie deve levar em consideração as

repercussões sobre:” (http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/default.asp)

- Tensões Musculares ao Ritmo de Treino, e as Chaves das Técnicas e Torções.

“a) saúde dos trabalhadores; (117.029-5 / I3)”

(http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/default.asp)

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- Ritmos dos Exames de Faixa, dos Seminários, das Apresentações, de Treinos

Especiais (Gashuhku – de Inverno, Bonenkais – Fim de ano, Etc.).

“b) devem ser incluídas pausas para descanso; (117.030-9 / I3)”

(http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/default.asp)

- Intervalos e a Superação e Desenvolvimento do KI – Energia Vital; que vem

Pós Estresse do corpo em sua fadiga. Ex: Shoiako Suburi.

“c) quando do retorno do trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15

(quinze) dias, a exigência de produção deverá permitir um retorno gradativo aos níveis de produção

vigentes na época anterior ao afastamento. (117.031-7 / I3)”

(http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/default.asp)

- Exigência de um retorno brando aos treinos após um período sem treino, para

evitar lesões ou estiramentos com técnicas ou pancadas.

3.7.6 Norma Regulamentadora Nº 18 - Condições e Meio Ambiente de

Trabalho na Indústria da Construção

A atenção a esta norma se cabe ao PCMAT – Programa de Condições e Meio

Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, onde todas as etapas da obra são

analisadas e efetuadas, antes de seu início, em etapas de projeto, e até o seu término,

pós-acabamento. Nela são adequados seus espaços como vestiários e banheiros,

refeitórios, alojamentos e depósitos de materiais; assim como seus espaços

administrativos.

O interessante a se comparar, pois a Arquitetura Japonesa é peculiar, e mãos-

de-obra específicas para a execução de Dojos Tradicionais, seriam de maior

dificultado a se encontrar, toda atenção aos seus detalhes construtivos e a segurança

do trabalho em si, redobrados.

O acabamento e limpeza são bem expostos neste tipo de construção e,

logicamente, materiais seriam adequados de cada região, tentando se aproximar ao

máximo do que seria as construções originais, com madeiramento próprio japonês.

Por outro lado, nosso país possui uma grande variedade de opções de madeiras com

grande qualidade e equivalência.

Page 103: Engenharia de Segurança do Trabalho nas Artes Marciais

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Em âmbito principal, a diferenciação viria de um acompanhamento por um

bom Arquiteto, com bons conhecimentos na Arquitetura Oriental, e até seus próprios

Senseis os auxiliando-os, tanto na parte de projeto, como em sua execução. Onde

para algumas artes, fora os próprios professores serem imigrantes, ou seus

descendentes, estes poderiam colaborar e muito para detalhes construtivos em

parcerias, ou até mesmo, na organização dos Dojos, pois estes podem até seguir

posições geográficas especificas devido a suas tradições.

3.7.7 Norma Regulamentadora Nº 21 - Trabalhos a Céu Aberto

Esta atenção vem aos treinos Especiais ou de Épocas. São treinos ocasionados

em locais específicos e com finalidades especificas. Estes podem ser executados a

céu aberto, e os treinos são os de costume, ou especiais propriamente ditas, para cada

ocasião.

Devido a sua cultura, cada treino terá seu método, uns irão ficar em horários

durante todo o dia, com intervalos noturnos, e outros seguem direto madrugada

adentro. Então, devem-se observar os cuidados tanto durante o dia a insolação e/ou

desidratação, como noite ao frio local de algumas regiões, como os treinos de

inverno. As vestimentas utilizadas são as normalmente utilizadas em treino já

exemplificadas, sem nada em especial, por isso cabe-se este acompanhamento de

alguém mais qualificado ao cuidado dos professores e praticantes.

Existem também treinos policiais especiais, por parte de algumas empresas

onde seguem a mesma linha de atividade física durante um fim de semana

geralmente. Atenta-se o mesmo cuidado.

3.7.8 Norma Regulamentadora Nº 24 - Condições Sanitárias e de Conforto

nos Locais de Trabalho

Antes de se analisar a norma em si, seguem alguns conceitos de Higiene:

Page 104: Engenharia de Segurança do Trabalho nas Artes Marciais

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É a ciência e arte dedicada a antecipação, reconhecimento, avaliação e

controle daqueles fatores ou tensões ambientais que surgem no trabalho, e que

podem causar doenças, prejuízos à saúde ou ao bem estar ou desconforto

significativos entre os trabalhadores e/ou entre os cidadãos da comunidade. Pode

ser considerada uma ciência multidisciplinar uma vez que envolve, em seu estudo,

outras ciências como a Medicina, Engenharia, Ergonomia e Higiene Ocupacional.

Conceitos gerais:

Higiene - 1. Parte da Medicina que ensina a conservar a saúde. 2.

Limpeza, asseio e Salubridade – 1. Qualidade de salubre. 2. Conjunto de

condições propícias à saúde pública.

Salubre – Benéfico à saúde, saudável.

“A Higiene Industrial visa antecipar e reconhecer situações

potencialmente perigosas e aplicar medidas de controle de engenharia antes que

agressões sérias à saúde do trabalhador sejam observadas.” (1948 Frank Patty,

higienista industrial)

“É a ciência e arte dedicada a antecipação, ao reconhecimento, avaliação

e controle daqueles fatores ou tensões ambientais que surgem no local do trabalho,

e que podem causar doenças, prejuízos à saúde ou ao bem-estar, ou desconforto

significativo entre trabalhadores ou entre os cidadãos da comunidade.” (ACGIH

aprimorou, após alguns anos, a definição de Frank Patty):

Higiene do trabalho = Antecipação + Reconhecimento + Avaliação + Controle

Exemplo de distribuição local e higiene em alguns Dojos como demonstrados

na Figura LII e Figura LIII e Figura LIV:

FIGURA LII - Hombu Dojo – Área

para Dogis – Fonte: www.aikikai.or.jp FIGURA LIII – Exemplo de Etiqueta

com Zouris – Fonte:

http://www.tadaimacuritiba.com.br/2

009/05/19/etiqueta-japonesa

Page 105: Engenharia de Segurança do Trabalho nas Artes Marciais

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- A Forja:

Local este onde são produzidas as Katanas. Sua produção é manual, e conserva

a sua natureza artesanal e tradicional até hoje.

Os problemas observados é o uso do Carvão e sua poeira, fora a Radiação

Ultra-Violeta da brasa que ele produz, e por ser um local fechado em sua maioria e

não muito espaçoso, também temos o problema do calor intenso. Tanto para durante

o processo da forja, quanto ao se adentrar e sair do local em choques térmicos ao

corpo do Katana-Kaji (Forjador – Figura LV). Existe também o perigo da pessoa se

queimar, pois é muito raro utilização de mangotes, isso; quando eles possuem luvas

apropriadas. E justamente por sua tradição, o uso de Epi’s, ou identificadores de

temperaturas modernos para saber o ponto exato em que se encontra o metal da

espada, é praticamente zero. Outro ponto é o som da marreta ao metal durante o

processo que também é constante. Existe também, em sua fase de acabamento, o

perigo da pessoa se cortar ao amolar a espada. Este método é tradicional no ramo de

cutelaria artesanal, como ilustra a Figura LVI. Hoje existem máquinas apropriadas

para algumas grandes empresas e indústrias, mas... Dentro da arte tradicional, isso

não existe.

FIGURA LIV – Banheiros Japoneses – Fonte: ://vidig.blogspot.com/2006/07/tecnologia-

de-ponta-japonesa-em-um.html

Page 106: Engenharia de Segurança do Trabalho nas Artes Marciais

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- O Uso e Fabricação dos Bokkutos / Bokkens:

Na fabricação dos bokkutos (Figura LVII), como é constatado o uso de madeiras

de grande resistência e dureza, também existe o cuidado com as partículas destes

materiais no ar.

Dermatite, Irritação, Alergias Respiratórias e Câncer, segundo estudos baseados

em evidências epidemiológicas (ACGIH/1998), Mucosas Bucais podem ser

sensibilizadas modificando o gosto e provocando hálito desagradável.

Adenocarcimomas nos seios das faces por poeiras de madeiras duras diversas, em

trabalhadores de serrarias e marcenarias podem vir a ocorrer.

Aerodispersóides: São partículas sólidas ou Líquidas de tamanho inferior a 100µ

(mícrons), dispersas no ar do ambiente ocupacional.

Os danos causados nos organismos dependem de suas características físicas,

químicas e físico-químicas, como tamanho, formato, densidade, reatividade,

velocidade de reação e concentração da atmosfera.

FIGURA LV – Forja – Fonte: www.sojobo.biz FIGURA LV – Método tradicional para

Amolar Katanas – Fonte:

http://www.enlightenmentswords.com/forg

e/sharpening.html

Page 107: Engenharia de Segurança do Trabalho nas Artes Marciais

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Partículas com diâmetro acima de 10µ não conseguem penetrar no trato

respiratório, embora possam estar associadas a dermatites, cânceres e alergias.

Partículas de diâmetro aerodinâmicos inferiores a 3µ são depositadas nos

alvéolos pulmonares.

A exposição à poeira de madeira é mais acentuada na fabricação de móveis. As

operações com serra circular, desengrosso, plaina, tupia e lixadeira são as fontes mais

significantes. Nas indústrias de reflorestamento e fabricação de celulose e na

construção civil pode ocorrer exposição a esse agente.

Uso de Cera para Acabamento:

Não foram constatados até o momento, Dermatoses pelo uso de ceras naturais ou

químico-industriais nos acabamentos dos bokutos até o momento, mas fica o alerta,

pois o uso com estes é direto e com as mãos nuas.

Exemplo de ceras utilizadas de Abelha ou Carnaúba, e/ou Industriais, e seu

modo de polimento são ilustrados na Figura LVIII, Figura LIX e Figura LX

respectivamente:

FIGURA LVII – Desenvolvimento e Polimento do Bokuto com Lixa –

Fonte: http://www.katorishintoryu.it/Bokken.htm

Page 108: Engenharia de Segurança do Trabalho nas Artes Marciais

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3.7.9 Norma Regulamentadora Nº 26 - Sinalização de Segurança

As sinalizações mais básicas podem existir. Ex: banheiros, Bombeiros

(obrigatória), entrada e saídas (de emergência ou não).

Mas sinalizações de onde se guardam aulas, ou como áreas de constante perigo,

seria muito difícil. Pois digamos que dentro das artes marciais, a própria sinalização

é o Tatame. Onde se sabe que dentro dele, já se configura a área de treino.

Para artes e atividades esportivas, estes irão possuir metragens específicas, e

sinalizações locais para suas execuções.

Já num Dojo de Kendô, como o piso é o mesmo de treino como o de

circulação, não seria problema indicar-se com uma faixa de piso, por exemplo, que

circunde o local de treino.

FIGURA LVIII - Cera de

Abelha em Pedra – Fonte:

http://www.katorishintory

u.it/Bokken.htm

FIGURA LIX - Cera de

Carnaúba – Fonte:

http://www.katorishinto

ryu.it/Bokken.htm

FIGURA LX – Polimento e Acabamento do Bokuto com Cera – Fonte:

http://www.katorishintoryu.it/Bokken.htm

Page 109: Engenharia de Segurança do Trabalho nas Artes Marciais

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3.7.10 Norma Regulamentadora Nº 28 – Fiscalização e Penalidades

Caberá grande discernimento de pessoa qualificada e acostumada com cada

tipo de ambiente e modalidade, para poder distinguir o que realmente é uma

contravenção dentro e durante uma aula, uma pressão psicológica ou abuso desta

parte, podem ser os pontos mais comuns e mais importantes a se observar. Lógico

que não se deixa esquecer as próprias normas e legislações vigentes para organização

de locais que não se enquadrarem nestas.

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CAPÍTULO 4

PROPOSTA

Em virtude do exposto, segue proposta para uma regra que agregue mais

controle de procedimentos onde todos possam ganhar segurança e qualidade dentro

desta área profissional específica.

4.1 Nova Norma Regulamentadora (MTe) ou Nova Portaria (ME)

Nesta, segue proposta para uma nova Norma Regulamentadora, ou Portaria,

a fim de melhorias para todos, Professores, Alunos, Federações, Etc.:

1.1 – Toda atividade que trabalhe de forma física com o ser humano,

deve seguir esta norma: Esportiva, Dança, Atividades Culturais, Arte Marcial, e/ou

Corporal, Etc.

2.1 – O não cumprimento desta acarreta multa com infração seguida pela

NR 28, Decreto 3214/78

3.1 – Sobre as Aulas:

3.2 – As aulas deverão ser ministradas por profissionais capacitados,

devidamente diplomados, possuidores de documentos ou autorizações reconhecidas

por órgãos, federações, entidades culturais correlacionadas, ou de seus superiores

sobre tal modalidade a ser ministrada.

3.3 – O não cumprimento do item 3.2, acarretará multa ao

estabelecimento, ao local e ao ministrante que se intitula capacitado para tal

atividade, com a suspensão imediata das aulas seguida pela NR 28, Decreto 3214/78.

3.4 – Todas as aulas devem seguir um cronograma estipulado pela pessoa

responsável por ministrá-las, ou por local ou estabelecimento responsável para tais

atividades, com horários pré-estabelecidos de início e fim, estipulados pelos

ministrantes e responsáveis pelos locais.

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4.1 – Sobre os Professores:

4.2 – Todos deverão ser registrados por Órgãos Competentes e/ou à seus

devidos Superiores.

4.3 – O não cumprimento do item 4.2 acarretará cessação imediata das

atividades lecionadas em vigor, sujeita em fiscalização do MTe ou ME ou Entidades,

Classes, Federações Etc, responsáveis por tais atividades.

5.1 – Dos Estabelecimentos:

5.2 – Os Estabelecimentos deverão estar de acordo com a Norma

Regulamentadora 17 e ABNT´s condizentes ao assunto.

5.2.1 – Em casos de Atividades Culturais que devem seguir Padrões

Históricos da própria arte em si, elas ficam isentas ao cumprimento do item 5.2 para

treinos Especiais e/ou Comemorativos, Devidamente Comprovados.

5.3 – O não cumprimento dos itens 5.2 e/ou 5.2.1 acarretará multa de

acordo com a NR28, Decreto 3214/78.

6.1 – Da Responsabilidade dos Estabelecimentos:

6.2 – É de responsabilidade dos donos dos estabelecimentos dar

condições de higiene, ergonomia, conforto, e segurança; mediante as outras NRs

respectivas ao assunto segundo Decreto 3214/78.

6.2.1 – Quando um estabelecimento for alugado ou de qualquer forma

semelhante para eventos ou aulas constantes ou não; é de responsabilidade do

contratante e do contratado igualmente, de acordo com o item 6.2.

6.3 – É de responsabilidade do contratado, averiguar o local com

antecedência, mantê-lo e garanti-lo em condições de uso.

6.4 – O não cumprimento dos itens, 6.2, 6.2.1, 6.3 acarretara multa de

acordo com a NR28, Decreto 3214/78.

7.1 – Da responsabilidade em acidentes:

7.2 – Caso haja um acidente pelo estado do estabelecimento, já feita à

vistoria por órgão e pessoa capaz ao assunto, de acordo com o não saber do

responsável atuante: é de responsabilidade do dono do estabelecimento em

ressarcimento e o que for preciso ao acidentado.

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7.3 – Dos primeiros socorros à pessoa acidentada: é de responsabilidade

do professor ou instrutor, socorrer a vítima até a chegada de pessoas especializadas

para atendimento dependendo do caso.

7.3.1 – Caso seja possível socorrer a vítima até Hospital e/ou locais

cabíveis para tal, é de responsabilidade do professor e/ou instrutor no ato do acidente

em dar assistência total a vitima, de acordo com o seu conhecimento.

8.1 – Do estado emocional e psicológico dos praticantes e dos

professores e suas responsabilidades:

8.2 – É de total responsabilidade dos professores, instrutores e demais

proprietários de cursos e eventos zelar pela integridade moral de seus alunos e

participantes, não permitindo atos ou palavras que venham de alguma forma atingir e

denegrir a quem quer que seja, dentro ou fora de seus estabelecimentos, de qual

forma for.

8.3 – O ser humano esta acima de cargos e postos seja qual for a

atividade esportiva. Não se tolera nenhuma gozação que venha a denegrir a imagem

do mesmo em função de sua classificação dentro da hierarquia existente. Todos são

iguais perante as leis e normas desportivas.

Anexos:

Cronogramas para Professores, Mestres, Palestrantes, etc.

- Rotinas de Trabalho – Procedimentos (Ex: Kihons – Matérias para cada

grau do praticante a que se encontra);

- Programação das Aulas e Horários.

Organização do Trabalho

- Programação e Planejamento dos Serviços;

- Trabalho em Equipe;

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-Trabalhos Noturnos ou Especiais Comemorativos ou Não,

Apresentações e/ou Eventos, etc., - Sinalização e Proteção de Área de

Eventos/Apresentações;

- Prontuário e Cadastro;

- Métodos de trabalho;

- Comunicação.

Aspectos Comportamentais

- Estar em acordo com as alíneas 8.2 e 8.3, e demais que possam se

adequar para a Segurança e Moral dos praticantes.

Condições Impeditivas para o Serviço

- Constatadas quaisquer irregularidades averiguadas aos estabelecimentos

e/ou locais de eventos e apresentações, se estabelece o direito de recusa das

instituições, professores, instrutores e demais responsáveis.

Cursos para Professores, Mestres, Palestrantes, etc.

- Noções de Fisiologia e Anatomia;

- Noções de Ergonomia e Conforto;

- Básico em Primeiros Socorros e Resgate.

Equipamentos de Proteção Coletiva e Individual

- Estarem de acordo com a NR-6, e correspondentes ao tipo de prática,

dança, arte marcial ou atividade esportiva quando necessários.

Riscos e Acidentes:

- Perigo;

- Risco;

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- Técnicas de Análise de Risco e Perigo;

- Acidentes Típicos;

- Discussões e Procedimentos Cabíveis.

Proteção de Combate a Incêndios:

- Noções Básicas;

- Medidas Preventivas;

- Métodos de Extinção;

- Prática.

Acidentes de Causa Elétrica:

- Causas Diretas e Indiretas;

- Discussão de Casos.

Primeiros Socorros

- Noções sobre Lesões;

- Priorização do Atendimento;

- Aplicação de Respiração Artificial;

- Massagem Cardíaca;

- Técnicas Para Remoção e Transporte de Acidentados;

- Práticas.

Responsabilidades

- Dos Professores, Senseis e Instrutores Avançados respectivamente em

cada modalidade, arte e cultura;

- Das Instituições, Federações, Associações e Afins, respectivamente a

cada modalidade, arte ou cultura.

- Dos Organizadores dos Eventos, Apresentações e Alojamentos, e afins.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Quando entramos em Tradição ou Cultura, realmente é muito difícil de se

vencer ao que já se efeito há muito tempo e repetidamente. O despertar de Paradigmas é

um grande passo para quais quer realizações, mas... Este deve ser feito com grande

profissionalismo e uma grande equipe para que consigamos um bom resultado.

Não é somente quando as coisas negativas como acidentes ou doenças

venham a acontecer que devemos fazer algo. Devemos sempre estar em alerta para

qualquer incidente ou pressupostos, com bom senso e cuidado para não piorarmos

situações, ao invés de melhorias ou mudanças.

Agora, o importante é a Constancia. Se o esforço existir, e a compreensão

que é possível se adaptar sem se alterar nada. Daí sim, conseguiremos o que quisermos.

Mudar uma Cultura ou uma Comunidade é melhor se juntar a ela. E aos poucos, depois

de muita confiança, fazermos as melhorias ou ajustes possíveis.

Não desmerecendo as classes profissionais já existentes que atuam nesta

área, mas a questão Segurança, realmente tem que ser acrescentada.

Com tal parte estabelecida, além de um melhor prestígio para cada uma

delas, todos os seus profissionais, que se dedicaram para tal em sua vida com Amor e

Respeito a essas artes, poderão ter um amparo Legal, pois é muito difícil de ser

reconhecido neste País como um Profissional destas áreas.

A idéia proposta também se refere quando um aluno acaba tendo um cargo

de instrutor, onde este além de pagar par treinar, pode literalmente sofrer um acidente

durante este exercício, adquirir uma lesão ou incapacidade, sem algum respaldo ou

amparo legal para tal já citados neste trabalho. Esta nova norma ou proposta entra com

esta finalidade para todos ganharem em questão. Fato este já ocorrido com o próprio

autor deste.

Vale à pena!

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Livros:

BULL, Wagner J. - AIKIDÔ – Manual Técnico – 2ª Edição. Ed. Ícone - São Paulo -

1994.

BULL, Wagner J. - DOBUN – História e Cultura – 3º Volume. AIKIDÔ – O

Caminho da Natureza. Ed. Pensamento – São Paulo - 2003.

SAOTOME, Mitsugi - AIKIDÔ e a Harmonia da Natureza – Aikido and the

Harmony of Nature by Mitsugi Saotome. Ed. Pensamento – São Paulo - 1993.

HUNTER, James C. – O Monge e o Executivo – 19ª Edição. Ed Sextante – Rio de

Janeiro – 2004.

MORAES, Giovanni Araújo – Legislação de Segurança e Saúde no Trabalho -

Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego Vol. 1 – 7ª

Edição. Ed. Gerenciamento Verde Consultoria – GVC – Rio de Janeiro RJ – 2009.

Sites:

Confederação Brasileira de Aikidô – www.aikikai.com.br – Aikidô - Brazil Aikikai

Instituto Takemussu – www.aikikai.org.br – Shihan Wagner J. Bull

FEBRAI - Federação Brasileira de Aikidô – www.febrai.com.br – Sensei Severino

Sales

FEPAI – Federação Paulista de Aikidô – www.fepai.org.br – Sensei Makoto Nishida

Santos Aikikai - www.santosaikikai.com.br – Brasil Aikikai – Shidoin Sensei Nelson

Wagner dos Santos

União Sul Americana de Aikidô – www.aikidokawai.com.br – Shihan Kawai (em

memória) – Sensei Ono (responsável atual)

Confederação Brasileira de Kendo – www.cbkendo.esp.br – Sensei Yashiro

Yamamoto

Instituto Niten – www.niten.org.br / www.kendo.org.br – Sensei Jorge Kishikawa

Page 117: Engenharia de Segurança do Trabalho nas Artes Marciais

Página 117 de 135

Shinto Ryu Batto-Do - SOJOBO – www.sojobo.biz – Menkyo Kaiden Sensei Adriano

P. Silva

CPFL – Companhia Força e Luz - www.cpfl.com.br/qvida - Qualidade de Vida

Site Internacional sobre IAIDO e Fabricação de Bokkens - www.artofiaido.com

SENAC - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – www.senac.br

Brasil Profissões – O Maior Portal de Profissões do Brasil –

www.brasilprofissoes.com.br

CEFET-RJ - Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca -

http://portal.cefet-rj.br/

OIT – Organização Mundial do Trabalho – www.oitbrasil.org.br

FUNDACENTRO – Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do

Trabalho – www.fundacentro.gov.br

Ministério da Previdência Social – www.previdencia.gov.br

Artigos:

Pátio – Revista Pedagógica – nº42 – Ano XI – Maio/Julho 2007. PONTO DE VISTA –

Qual a melhor estratégia para enfrentar o Bullying? Ed. Artmed S.A. – Porto Alegre

– RS - 2007.

RBSO - Revista Brasileira de Saúde Ocupacional - v. 32 n. 115 jan. jun. 2007 - p. 7-18

– Acidentes e sua Prevenção – Almeida, Ildeberto Muniz de; Jackson Filho, José

Marçal

Apostilas:

KUCZUK, Prof. Eng. Claudio Roberto. – Administração Aplicada a Engenharia de

Segurança do Trabalho. Santos – 2010.

MARIA, Prof. Arq. Eng. Ana. – Programa de Saúde e Segurança do Trabalho.

Santos – 2009.

TRONCOSO, Prof. Adv. Eng. Carlos Eduardo. – Planejamentos e Planos de Ação.

Santos – 2009.

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ANEXO – A

Glossário

A:

AGE: Movimento ascendente;

AGE-TSUKI: Soco de baixo para cima;

AGE-UKE: Bloqueio de baixo para cima contra ataques altos;

AGO: Queixo;

AI: União, comunhão, juntar, harmonia;

AI HANMI: Posição de guarda utilizada no Aikidô, com os dois praticantes com o

mesmo lado à frente (direita com direita ou, esquerda com esquerda);

AIKI: União do Ki;

AIKI TAISO: Exercícios específicos para desenvolver a estabilidade e o fluxo de

KI;

AIKI JIUJUTSU: Conjunto de técnicas marciais usando o “AIKI”, sem o espírito

“DO”;

AIKIDÔ: Caminho da união da energia vital, caminho da harmonia;

AIKIDÔKA: Praticante de Aikidô;

AIUCHI: Atingir seu oponente no mesmo instante que ele nos atinge;

AITE: Oponente, adversário;

ASHI: Pé;

ASHI KUBI: Tornozelo;

ASHI WASA: Técnicas de desequilíbrio onde se usa o pé para ajudar a

desequilibrar;

ASHI GATAME JIME: Estrangulamento executado com as pernas;

ASHI SOKO: Chute com o Pé;

ATAMA: Cabeça;

ATE: Golpe com a mão;

ATEMI: Golpe em região do corpo;

ATEMI WASA: Técnicas de Atemi;

AWASE: Treino onde os oponentes fazem os movimentos juntos, em harmonia;

AYUMI: Andar normal.

B:

BAFUKU: Regime militar do Shogum Minamoto Yoritomo;

BANZAI: Saudação cujo significado é "viva";

BO: Bastão;

BO JUTSU: A arte de usar o JO;

BARAI: Ato de Varrer;

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BOKKEN: Espada de madeira, com formato de uma katana (espada japonesa)

também utilizada na prática do Aikidô;

BOKUTO: O mesmo que BOKKEN;

BUDO: Arte Marcial;

BUJIN: Soldado de infantaria;

BUNKA: Cultura;

BUSHI: Guerreiro, samurai;

BUSHI DO: Caminho dos samurais;

BUJUTSU: Conjunto de artes de guerra;

BUJUTSU TANREN: Treinamento das artes de guerra;

BUDO KYOIKU: Educação de indivíduos através do budo;

BU GEI: Prática guerreira onde todos dos recursos eram admitidos;

BURAI: Expulsar;

BURAKU: Organizações de pequenos vilarejos no período feudal do Japão;

BUTSUKARI: Bater contra alguma coisa.

C:

CHISAI: Pequeno;

CHIKARA: Força muscular;

CHICARA O DASU: Energia que sai do corpo ao se esticar os membros;

CHICARA O UNDO: Exercício de treinamento de distância entre lutadores bem

próximos;

CHUSHIM: O centro;

CHUDEN: As artes marciais intermediárias em uma escola de BUDO, não secretas;

CHIBURI: Movimento do katana para limpar o sangue do inimigo cortado;

CHI: O mesmo que KI em chinês;

CHUDAN: Altura intermediária, a altura do peito.CHUDAN UKE: Defesa a meia

altura;

CHUDAN TSUKI: Soco a meia altura;

D:

DACHI: Posição do corpo;

DAI: Prefixo para designar o cardinal;

DAISHO: Estátua de BUDA em Kamamura no Japão. Pesa 3 toneladas;

DAKITE: Mão em Gancho;

DAN: Grau obtido na faixa preta;

DE AI: Momento de contato entre UKU e Nague durante o waza;

DESHI: Discípulo;

DO: Caminho, vereda espiritual;

DOGI: Uniforme para a prática de uma arte marcial;

DOJO: local onde se pratica uma disciplina marcial, onde se trilha o caminho;

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DOMO ARIGATO GOZAIMASU: "Muito obrigado" em japonês;

DOSHU: A pessoa que mostra, que lidera o caminho; no caso do Aikidô

atualmente representado pelo Sensei Moriteru Ueshiba, neto do fundador do Aikidô;

DOZO: "Por favor" em japonês;

E:

EIMEROKU: Lista de pessoas que treinam com determinado mestre;

EMPI: Cotovelo;

ERI: Gola, colarinho.

F:

FUDOSHIM: Espírito permanente e calmo diante do inimigo;

FUDOTAI: Corpo inamovível;

FUKUSHIDOIN: Professor assistente;

FURUTAMA: Ou Furudama; O exercício de pegar a energia com as mãos e vibrar

em frente o Hara;

FUMU: Pisar;

FUMIKOMI: Chute esmagador onde a pena se distende como um pilão;

FUNAKOGI UNDO: Exercício de remo para fortalecer quadris e postura;

FUSEGU: Defender-se;

FURI UCHI: Pancada aplicada com a mão na diagonal;

FUTARI GAKE: Defesa contra dois adversários;

G:

GAESHI: Contra-atacar, virar na direção oposta;

GAKE: O ataque;

GARAMI: Entrelaçado;

GEDAN: Altura inferior;

GUEDAN BARAI: Bloqueio de um soco varrendo para baixo;

GEDAN GAESHI: Defesa baixa contra ataques, contra atacando;

GEIKO: O treinamento;

GO: Cinco;

GOKUI: A essência de uma escola de BUDO;

GOHO: Combate onde se entra na mesma linha do ataque;

GOMEN KUDASAI: “Da licença, por favor”;

GO NO SEM: A segunda etapa da defesa, é o contra ataque;

GODAN: Quinto grau;

GURUMA: Roda;

GAKUSEI: Estudante;

GUI: Uniforme, vestimenta;

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GYAKU: Reverso, oposto;

GYAKU HANMI : Posição de guarda utilizada no Aikidô, com os dois praticantes

com os lados opostos à frente (direita com esquerda ou, esquerda com direita).

H:

HA: lado, gume do katana;

HAJI: A vergonha, era o que fazia os samurais se matarem;

HAKAMA: Vestimenta similar a uma calça utilizada pelos praticantes do Aikidô;

HANMI: Posição de meio corpo;

HANDASHI WAZA: Técnicas onde o nague fica ajoelhado e o uke em pé;

HARA: Abdômen;

HATI: Oito;

HASSO: Posição clássica da esgrima japonesa;

HAZUMI: Executar os movimentos com o corpo, com habilidade;

HAPPO: Nas 8 direções;

HAJIME: Voz de comando que comanda o início de uma luta nas competições;

HANE: Projeção;

HIBI SHOSHIN: Estar com a mente livre de preconceitos;

HEIHO: Estratégia;

HENKA WAZA: Técnica avançada onde o nague no meio do waza muda para

outra técnica;

HIDARI: Esquerda;

HIJI: Cotovelo;

HIKI: Puxar;

HONBU DOJO: Dojo Central, refere-se a seda AIKIKAI em Tókio;

HITCH: Sete;

HONO : Mais alto nível do treinamento, é quando os movimentos e ações se

tornam instintivas

I:

ICHI: Um;

IIE: Não;

IKKYO: Primeiro ensinamento, que no Aikidô se refere à primeira técnica básica;

Técnica da imobilização número um, primeiro princípio;

IRIMI: Movimento de entrada de corpo feito pelo defensor se deslocando à frente

do atacante ou atrás do mesmo. Entrar no adversário; ir a frente; sinônimo de OMOTE;

avanço, entrada de corpo. Movimento entrando na diagonal;

IRIMI TENKAI SUARI WASA: Fazer IRIMI sentado;

IRIMI TENKAN: Avançar e fazer TENKAI ASHI;

IRIMI TENKAN: Avançar e fazer GO HO TENKAN;

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ITI: Número um (1);

IUDO: Acompanhar os movimentos do tori, fundindo-se com ele;

J:

JIU WASA: Aplicação livre das técnicas. Técnicas livres no qual um ou vários

UKE atacam simultaneamente e quem está se defendendo o faz de forma espontânea;

JO: Bastão curto, utilizado nos treinos de Aikidô;

JUDAN: Décimo grau, graduação máxima nas artes marciais;

JIJI GARAMI: Técnica em que se derruba o oponente cruzando-lhe os braços;

JODAN NO KAMAE: Guarda alta;

JODAN: Alto, posição alta, acima da cabeça. Altura superior;

JODO: O caminho do Jô, arte marcial que utiliza o Jô nas suas técnicas. A arte do

bastão;

JOTORI: Técnicas utilizadas no Aikidô visando desarmar um atacante com Jô.

Técnica de defesa contra ataque de bastão;

JU: Livre, suave, Dez;

JUJI: Cruzado.

JUMBI TAISO: Aquecimento das articulações;

JYU: Dez;

K:

KYO KYU: Nove;

KAESHI WASA: Técnicas de contra golpe;

KAISO: O Fundador, uma das formas de se referir ao criador do Aikidô, Morihei

Ueshiba. O fundador (de uma arte marcial);

KAITEN NAGUE: Técnica de arremesso no Aikidô na qual fazemos o braço do

adversário girar. Derrubar o adversário com um giro;

KAITEN: Dar um passo e fazer tenkan; girar; virar. Giro;

KAKARI GEIKO: Treino onde o praticante repete o mesmo golpe contra vários

atacantes;

KAKATO: Calcanhar;

KAMAE: Posição de guarda. Posição de guarda e prontidão;

KAMI KANSETSU WASA: Técnica de dobrar e torcer articulações;

KAMI: Deus. Existem diversos kamis que habitam as coisas da natureza.

Divindade, muitas vezes traduzido como "deus". Ser iluminado;

KAMIZAMA: local onde reside um Kami;

KANSETSU: Articulação;

KANSHA: Gratidão;

KAO: Rosto, face;

KATA DORI: Segurar o ombro;

KATA SODE TORI: Segurar uma manga do dogi;

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KATA TORI: Aprisionamento no ombro;

KATA: Ombro; Seqüência de movimentos padronizados, pré-estabelecidos,

seqüência da técnica. Forma, séries de movimentos pré-definidos, que podem ser

executados individualmente, ou em par para treinamento de técnicas;

KATAME WASA: Técnicas de imobilização do adversário no chão;

KATADORI: Pegada efetuada no ombro (equivalente a KATATORI);

KATAME: Imobilizar, prender;

KATATE TORI: Pegar o pulso do Nague. Katate (uma mão) tori (aprisionamento);

KATATE: Uma mão, um punho;

KEN: Espada;

KENDÔ: Arte da espada, caminho da espada;

KEIKO: Treino. Prática constante. Prática; unir a mente com a dos antigos mestres;

KERI: Chute, pontapé;

KI WO DASU: Estender o KI;

KI: Energia interior. Energia espiritual;

KIAI: Grito para purificar as energias. Liberação de energia física e espiritual sob a

forma de um grito;

KIHON: Conjunto de katas de determinado Kyu;

KIME: Foco, pressão;

KIMONO: Vestimenta tradicional japonesa. Ver também Gi e Dogi;

KIRI: Corte;

KO: Pequeno;

KOHAI: Estudante mais novo;

KO-HO TENKAN: Movimento em giro de 180º, para frente;

KOKORO: Coração, sentimento, espírito;

KOKYU KOKYO: Respiração; respiração, pulsação, expansão e contração;

KOKYU HO: Técnica de respiração. Exercício de respiração, que só ou

acompanhado, exercita-se a projeção de energia;

KOKYU NAGUE: Um golpe executado apenas com ritmo e extensão do Ki;

KON BANWA: Boa noite (ao se encontrar à noite);

KON: Mente;

KONNITIWA: Boa tarde (durante o dia);

KOSA TORI: Agarrar com as mãos cruzadas;

KOSHI: Quadril, cintura;

KOSHI GA SUARU: Estar bem firme; com o quadril estável;

KOSHINAGE (koshinague): Projeção executado sobre a cintura. Golpe com o

quadril;

KOSHI WASA: Técnica de projeção com os quadris;

KOTE GAESHI: Golpe em que se vira o punho do oponente.Torção do pulso.

Devolver o golpe com o pulso;

KOTE: Punho;

KOTODAMA: O espírito das palavras, o estudo da energia por trás dos sons;

KUBI: Pescoço;

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KUBISHIME: Enforcar;

KUMI JO: Prática de Jô contra Jô;

KUMI TACHI: Prática de boken contra boken. Prática de esgrima por duas

pessoas;

KUMITE: Combate;

KUSUSHI: Tirar a pessoa do equilíbrio corporal. Desequilíbrio;

KURAI: Posição;

KURAI DACHI: Movimento da esgrima que exemplifica Ikkyo;

KYO: Ensinamento, grau anterior ao Dan. No Aikidô há cinco Kyus, ou cinco

graduações antes do grau Shodan. Graduação que precede a faixa preta. Classe, grau;

nas artes marciais se referem ao sistema de graduação abaixo do Shodan (primeiro

Dan);

KYUDAN : Nono grau;

M:

MAAI: Distância física e psicológica existente entre tori e nague. Espaço, distância;

espaço apropriado entre dois praticantes para a aplicação das técnicas. Distância e

velocidade corretas num combate;

MAE GUERI: Chute frontal (alto, baixo ou médio);

MAE UKEMI: Rolamento para frente;

MAWASHI: Movimento circular;

MEN: Cabeça;

MEN TSUKI: Soco no rosto;

MENUCHI (men-uti): Ataque visando a cabeça;

METSUKE: Contato visual antes da técnica;

MIGI: Direito;

MINGUI (migui): Lado direito. Direita;

MISOGI (missogui): Purificação, absolvição. Ritual de purificação. Retirar a

poluição física e espiritual;

MOCHI (moti): Segurar, agarrar;

MOKUSO: Meditação, concentração;

MOROTE TORI: Uke segura o antebraço do nague com ambas as mãos;

MUNADORI: Pegada efetuada na altura do peito (equivalente a MUNE TORI /

MUNATORI) aprisionamento da gola;

MUNE: Peito;

MUNE TSUKI: Um soco direto no plexo solar;

MUSHIN: Vazio mental. Mente sem apego ou egoísmo;

MUSSUBI : Sinônimo de AIKI, juntar, colar. Unificar; manter juntos Yin e Yang.

N:

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NAGINATA (naguinata): Arma longa similar a um bastão com uma espada na

ponta;

NAGUE: Aquele que executa as técnicas no AIKIDÔ. Projeção;

NAGUE WASA: Técnica de projetar o parceiro no chão. Arremesso;

NANADAN: Sétimo grau;

NIDAN: Segundo grau;

NIKYO: Segunda etapa de aprendizado; no Aikidô se refere à segunda técnica

básica;

NI: Número dois (2);

NIKKYO: Segundo princípio;

NYUMON: Entrar pelo portal, ser admitido.

O:

OBI: Faixa que compõe o DOGI;

OHAYO GOZAIMASSU: Bom dia (logo de manhã);

OMOTE: Entrar na frente, o lado da frente. Fazer a técnica em irimi. Frente. Na

parte da frente, na frente. Confrontação direta;

OMOTO: Religião criado no século XIX, da qual pertencia Morihei Ueshiba, o

fundador do Aikidô;

OYASSUMINASAI: Boa noite (ao se despedir, bom descanso);

ONEGAISHIMASSU: Por favor. Por favor, solicito a gentileza (muito usado no

início dos treinos, ao adentrar no Dojo, ao subir no tatami). Solicitação de licença para a

prática ou instrução;

ORENAITE: Exercício onde o braço fica numa posição impossível de se flexionar;

OSAE: Imobilizar, desarmar;

O-SENSEI: Grande Mestre; termo de respeito utilizado no Aikidô se referindo a

seu fundador Morihei Ueshiba;

ONEGAESHI MAS: Pedido de permissão para iniciar algo, um convite;

OTOSHI: Jogar o corpo;

R:

RANDORI: Ataque de diversos oponentes;

REI: Saudação, cumprimento. Reverência; executado antes e depois de sessões de

treinamentos de artes marciais;

REIGI: Etiqueta;

REIGAN: Visão espiritual; terceiro olho;

RITSU REI: Cumprimento em pé, inclinando-se cerca de 30º;

ROKU: Seis;

ROKUDAN: Sexto grau;

RYO (duas) TEKUBI (pulso) DORI (aprisionamento) ou RYO TE DORI;

RYO KATA TORI: Segurar com as duas mãos os ombros do tori;

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RYO MUNA TORI: Segurar com as duas mãos as golas do tori;

RYO SODE TORI: Segurar com as duas mãos as mangas do tori;

RYO TE TORI: Ryo (ambas) te (mão) tekubi (pulso) aprisionar ambas as mãos do

tori. Segurar com as duas mãos;

RYU : Escola especializada em determinada arte. Estilo, escola; sufixo que indica

escola ou estilo de artes ou disciplinas tradicionais japonesas;

S:

SABAKI: Desviar, movimentação para desviar. Movimentação de esquiva;

SAIKA NO ITEN Ou SAIKA NO TANDEN: Ponto central do HARA;

SAMURAI: Guerreiro; no Japão se utiliza também o termo BUSHI. Vem de

SAMURU servir;

SAN: Número três (3);

SANDAN: Terceiro grau;

SANKYO: Terceiro princípio. Terceira etapa de aprendizado; no Aikidô se refere à

terceira técnica básica;

SATORI: Iluminação espiritual; termo bastante utilizado no zen-budismo;

SEIGAN: Altura média (chudan kamae);

SEIKA-TANDEN: Ponto central do abdômen, um pouco abaixo do umbigo;

considerado o centro espiritual e físico do ser humano bastante enfocado no Aikidô;

SEIZA: Posição formal sentada, abaixando-se pela esquerda; ao levantar-se ocorre

deve ocorrer a inversão. Posição sentada segundo as tradições japoneses. SENSEI:

Professor, instrutor;

SHI: Quatro;

SHIAI: Disputa, competição;

SHIDOIN: Instrutor;

SHICHIDAN (hitidan): Sétimo grau;

SHIHAN: Instrutor-mestre. Instrutor mestre; corresponde no Aikidô a mestres com

sexto grau (6o Dan) ou acima;

SHIHO: Quatro lados. Quatro direções;

SHIRO NAGUE: Projetar nas quatro direções;

SHIKKO: O andar do samurai. Andar de joelhos. Caminhar ajoelhado; forma de

caminhar sobre os joelhos a partir da posição de seiza;

SHIME: Estrangulamento. Um aperto. Segurar firmemente todo o corpo;

SHIN: Espírito;

SHINAI: Espada de bambu do KENDÔ;

SHITSUREI SHIMASSU: Com licença (usar ao retirar-se do tatami, dirigindo-se

ao sensei);

SHODAN: Faixa-preta 1º DAN. Primeiro grau;

SHOMEN UCHI: Golpe na parte da frente da cabeça. Men (cabeça). Batida como

um corte na parte superior da cabeça. Golpe de TEGATANA na cabeça;

SHOMEN: É um termo que significa golpear com a mão a face do seu parceiro;

SHUDAN NO KAMAE: Guarda média;

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SHUGYO: Treinamento austero;

SODE: Manga;

SODE TORI: Aprisionamento na manga. Pegada na manga;

SUARI WASA: Técnica sentado. A prática de joelhos;

SUARI: Técnica de joelhos;

SUBURI: Prática individual da esgrima, na qual o mesmo golpe é continuamente

repetido;

SUMI: Canto, protuberância, quina;

SUKI: Uma abertura ou um ponto fraco;

T:

TACHI (tati): Vertical, em pé. Espada longa;

TACHIDORI (tatidori): Técnicas de desarmamento contra oponente portando uma

espada.Tomar a espada do oponente;

TACHIWAZA (tatiwaza): Técnicas em pé;

TAI: Corpo;

TAI NO HENKO: Mudança de postura, movimentação;

TAI SABAKI: Movimentação do corpo;

TAKEMUSSU: Última criação do Fundador; arte marcial de natureza divina;

TATE: Ficar de Pé, levantar-se;

TANTO TORI: Técnica em que se utiliza faca;

TANTO: Espada curta, similar a uma faca ou adaga.Faca;

TATAMI: Esteira de palha ou qualquer material que absorva o impacto das quedas,

que recobre o piso de um DOJO. Esteira utilizada em artes marciais que envolvem

técnicas de queda;

TE: Mão;

TEGATANA: "Espada" da mão utilizada em técnicas de ataque, para acertar o

oponente (mão-espada);

TEKUBI: Pulso;

TEKUBI JUHAN UNDO: Torções do pulso preparatórios para o início dos treinos;

TEN: O Céu;

TENCHI: Céu-Terra. Golpe céu - terra (de cima para baixo);

TENKAI ASHI SUARI WASA: Fazer pivô sem alterar o apoio dos pés sentado;

TENKAI ASHI: Girar o corpo sem dar passos. Pivô sobre os pés;

TENKAN: Giro; utilizada para se referir a um movimento de giro executado como

base de muitas técnicas do Aikidô. Girar como um compasso, fixa-se um pé como base

e gira-se sobre a mesma. Movimento em giro de 180º, para trás;

TENKAN HO: Movimento em giro de 180º, para frente;

TIE SHOKAKU: Percepção Verdadeira;

TORI NAGUE: Aquele que executa as técnicas do Aikidô;

TORI: Pegar, agarrar, defender;

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TSUGUI ASHI: Avançar deslizando o pé da frente instantaneamente o de trás.

Mantém-se o mesmo pé à frente;

TSUKI SHOMEN TSUKI: Soco. Investida;

TSUKI: Soco, abertura;

TSURI ASHI: Movimentar-se deslizando e mantendo o mesmo pé à frente.

U:

UCHI (uti): Batida, golpe.Dentro; batida;

UCHIDESHI (utideshi): Discípulo ou estudante que vive temporariamente com um

mestre para adquirir conhecimento e em troca o auxilia por meio de prestação de

serviços. Aluno interno;

UDE FURI UNDO: Exercício ajoelhado ou em seiza (sentado) para

desenvolvimento do ponto um;

UDE: Braço;

UKE: Aquele que recebe; no Aikidô é aquele que faz o papel do atacante e que

recebe o golpe de defesa. Aquele que ataca e recebe a aplicação da técnica. Atacante;

UKEMI: Queda ou técnica de queda. Defesa com rolamentos e quedas.Quedas;

UNDO: Prática;

URÁ: Fazer a técnica com um TENKAN.Virar. Na parte de trás, atrás. Costas ou

lado oposto. Técnicas nas quais o ataque não é enfrentado diretamente, mas evitado por

um movimento de Tenkan, ou Pessoa falsa, de má índole;

USHIRO GUERI: Chute por trás;

USHIRO KAITEN UKEMI: Cair para trás com rolamento; rolamento para a trás;

USHIRO KATA ERI TORI: Atrás e com uma mão segurando o colarinho do tori;

USHIRO KATATE TORI KUBI JIME: Segurar com uma mão o pulso do tori e

com a outra segurar pela gola, enforcando. Kubi (pescoço);

USHIRO RYO TE TORI: Segurar as duas mãos do tori por trás. Idem para os itens

anteriores;

USHIRO TORI: Aprisionamento por trás, abraçando o tori;

USHIRO UKEMI: Queda para trás sem rolamento;

USHIRO: Atrás;

Y:

YARI: Lança;

YOKO GUERI: Chute lateral;

YOKOMENUCHI (UTI): Batida (golpe) de lado na cabeça. Golpe na parte lateral

da cabeça;

YOKOUKEMI: Cair de lado, rolamento à frente, sem apoio no solo (salto mortal).

Rolamento lateral;

YOKO: Lado, lateral;

YON: Número quatro (4);

Page 129: Engenharia de Segurança do Trabalho nas Artes Marciais

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YONDAN: Quarto grau;

YONKYO: Quarta etapa de aprendizado; no Aikidô se refere à quarta técnica

básica. Quarto princípio;

YUDANSHA: Faixa preta;

Z:

ZANSHIN: Estado de alerta que deve ser mantido durante e após qualquer

atividade ou técnica. Foco ou concentração após a execução de uma técnica em que a

conexão com o atacante ainda permanece;

ZAREI: Cumprimento sentado, com as mãos apoiadas no solo formando um

triângulo;

ZAZEN: Posição de meditação (sentado);

ZEMPO: Para frente;

ZORI: Chinelo, sandálias.

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ANEXO – B

Diplomas e Certificados

- Certificado 1º Seminário Internacional do Atual Doshu - Neto do Fundador do Aikidô

no Brasil -

- Certificação Internacional de 2º Kyu – Faixa Azul do Autor pela Brazil Aikikai -

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ANEXO – C

Tabela comparativa dentre o Questionário executado aos Senseis, Instrutores e

Alunos:

Arte Marcial Japonesa – Aikidô:

Arte Marcial

Japonesa -

Aikidô

Aluno 1 Aluno 2 Aluno 3 Aluno 4 Aluno 5 Aluno 6

Idade 42

35 38 23 22 37

Sexo Masculino Masculino Masculino Feminino Masculino Masculino

Escolaridade 3º Grau

Incompleto

3º Grau e

Cursando Pós

Graduação

3º Grau Ensino

Médio

3º Grau -

Cursando

MBA

Tempo de

Prática

20 Anos Início 1994 até

Atualmente

15 Anos 5 Anos 5 Anos e 9

Meses

2 Anos

Graduação na

Arte

3º Dan – Sensei -

Shidoin

1º Kyu – Instrutor

- Marrom

Shodan -

Preta

1º Kyu –

Instrutor -

Marrom

1º Kyu –

Instrutor -

Marrom

Mukyu –

Faixa Branca

Como

Conheceu a

Arte

Lendo

Reportagem em

Revista “Do” -

1978

Através de

Vizinho de Prédio

por Filme de

Steven Seagal

Filme de

Steven

Seagal

Vídeos na

Internet,

Vendo um

Sr. de Certa

Idade Jogar

Alguém a

Uns Dois

Metros de

Distancia

Através do Meu

Pai

Através de

Filme de

Steven

Seagal

Benefícios

Físicos,

Psicológicos e

Sociais

Formação Pessoa,

Física,

Desenvolvimento,

Amigos, Lidar

com

Adversidades

Melhora o

Condicionamento,

Circulação e

Respiração.

Desenvolve a

Energia Vital.

Mais

Concentração,

Mente Mais

Rápida para

Raciocínios

Lógicos,

Serenidade.

Amizades e

Oportunidades a

Mais na Vida

Relaxa a

Mente, o

Corpo, da

Flexibilidade

e Abre Sua

Visão Para

Situações

Inesperadas

Melhora a

Respiração,

Superação

dos Medos e

Limites

Condicionamento

Físico,

Fortalecimento

do Corpo.

Melhora no

Convívio com

Pessoas

Todos.

Harmonia,

Controle,

Determinação

e Noção de

Risco

Contras Falta de Tempo

para Outras

Coisas

Falta de Tempo

ou Remuneração/

Reconhecimento

Pela População

Sem

Seriedade,

Pode-se

Machucar

Nada Ao

Momento

Nenhum Nenhum

Dificuldades Aprender as

Técnicas e

Movimentos.

Mente e Corpo as

Vezes Caminham

em Tempos

Aprendizado

Pessoal

A

Compreensão

de Alguns

Sincronizar a

Parte Teórica da

Arte Com a

Físicos

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Lidar com as

Frustrações ao

Não Conseguir

Realiza-las

Separados. Movimentos,

e a

Superação do

Ego

Física

Divulgações Sites e

Apresentações

Sites, Amigos,

Apresentações,

Internet em Geral

Mostrando a

Imagem do

Bem Estar

Falando

Sobre a Arte

Para Amigos

e Para Quem

Quiser Saber

A Pessoas que Se

Encaixam no

Perfil

Para Amigos,

Que

Questionam.

Sede de

Saber

Acidentes

Pessoais

Sim. No começo,

Devido a

Inexperiência e

Devido a Falta de

Ética

Sim. Por

Descuidos de

Iniciantes, pois na

Arte nos Doamos

para as Técnicas

Sim. Mas

Nada Grave

e Para

Evitar, Só

Treinar Mais

e Com Mais

Atenção

Sim. Fizeram

um Golpe e

Fiquei Presa

no Tatame e

meu

Cotovelo

Estalou

Sim. Falta de

Atenção em

Exercícios

Individuais

Não. Treino

Entre Amigos

Ver Alguém

se Machucar.

Gravemente

ou não:

Assisti Várias

Lesões, Algumas

Graves. Pronto

Atendimento.

Seguir os

Protocolos de

Segurança

Sim. Fora do

Tatame Por

Completa Falta de

Responsabilidade

pelo Egoísmo e

Mente Pequena,

Pondo em Risco a

Demais Colegas

em Situação.

Não Não Sim. Não Acho

que Poderia Ser

Evitado, Foi um

Acidente

Não. Normal.

Treinar

Indicaria a

Arte

Sim.

Desenvolvimento

Físico e

Psicológico.

Sim. Sempre

estou

Comentando

Algo sobre Ela.

Sim. Por

Fazer Bem

A Qualquer

Pessoa

Porque é

Bom Para

Superar Seus

Medos,

Dificuldades

Diárias Entre

Outras

Coisas

Sim. Porque a

Arte Trás

Benefícios ao

Dia-a-dia

Sim.

Equilíbrio

Para Toda

Vida, Além

de

Profissional

Comparativos:

Arte e a Vida:

Após Conhecer a

Arte, Toda a

Minha Vida

Mudou. O

Contra, é Uma

Arte Difícil de

Aprender

O ser Humano Se

descobre mais

como um Todo:

Corpo, Mente e

Espírito

Saber Lidar

Com os

Problemas

do Dia-A-

Dia

Relaxar, Não

Ficar

Nervoso em

Situações de

Perigo,

Respirar

Melhor, Etc.

Pessoas Que

Depois de

Certo Tempo

Ficar

Orgulhoso,

Ou Cheio de

Si

Não Vejo

Comparações.

Vejo Lições de

Vida Que Devem

Ser Integradas na

Vida Fora do

Treino

Todas. Uma

Depende da

Outra

Observações

Pessoais:

O Aikidô Serve

Bem para Auto-

Defesa e

Desenvolvimento

do Ser Humano.

Assim como para

A Vida em Si

Arte Marcial é

Coisa Séria! Não

se Pode e Nem se

Deve Deixar

Crescer o “EGO”

Nenhuma Ajudou-Me e

Ainda Esta

Ajudando a

Superar o

Meu Medo, e

Superar

Meus

Limites

Treinamento que

Deve Ser

Entendido Pela

Vida Inteira

O Aikidô

Possui

Momento

Certo e

Tempo Certo

Para Cada

Um

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Arte Marcial Japonesa – Kendô:

Arte Marcial

Japonesa -

Kendô

Aluno 1 Aluno 2 Aluno 3 Aluno 4 Aluno 5

Idade 40 23 29 35 20

Sexo Masculino Masculino Masculino Masculino Feminino

Escolaridade 3º Grau 3º Grau –

Cursando

3º Grau 3º Grau e

Cursando Pós

Graduação

3º Grau e

Cursando Pós

Graduação

Tempo de

Prática

34 Anos 8 Anos 10 Anos +- 3 a 4 Anos 3 Anos e 2

Meses

Graduação na

Arte

8º Dan –

Kaiden

Densho-Sha

Menkyu

Chuden

Yondan

Yondan Soshinsha Soshinsha

Como

Conheceu a

Arte

Matéria em

Revista Sobre

o Zen

Budismo e sua

Ligação a Arte

Propaganda

em Cartaz

Eventos Através de

Colega de Treino

do Aikidô. Já a

Conhecia Desde

Infância.

Lendo Mangas

Benefícios

Físicos,

Psicológicos e

Sociais

Mais Força,

Mais Atenção,

Concentração,

Elasticidade e

Fortalecimento

da Coluna

Vertebral,

Estratégia,

Harmonia

Corpo e

Espírito

Alongamento

e Estimular

Todas as

Funções

Físicas. Pensar

Melhor e

Prestar

Atenção em

Seus Defeitos

Maior

Concentração

e Calma Para

Resolver

Conflitos e

Tarefas do

Dia-a-dia

Melhora o

Condicionamento,

Circulação e

Respiração.

Desenvolve a

Energia Vital.

Mais

Concentração,

Mente Mais

Rápida para

Raciocínios

Lógicos,

Serenidade.

Amizades e

Oportunidades a

Mais na Vida

Corpo em

Forma e Mais

Resistente,

Reforça

Sentimentos,

Auto-estima,

Coragem,

Percepção

para Vida,

Enfrentar de

Cabeça

Erguida e

Confiança,

Socialização

Fica Mais

Fácil

Contras Não Possui,

Pois Já se

Sente

Condicionado

Para a Arte

Não Possui Apenas

Alguns

Hematomas

Ocasionais

que Geraram

Leves

Reclamações

da Esposa

Falta de Tempo

ou Remuneração,

Reconhecimento

Pela População

Requer às

Vezes Mais do

Que o Corpo

Esta

Acostumado.

Gerar um

Conflito a Ser

Superado

Dificuldades Não Possui,

Desde Que

Esteja Agindo

As Armas de

Disparo

Não Possui.

Maior

Problema é

Mente e Corpo às

Vezes Caminham

em Tempos

Quebrar as

Barreiras Até

Agora

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com

Tranqüilidade

em

Rigorosidade

dos

Treinamentos

Encaixar a

Arte no Meu

Dia-a-dia

Separados. Construídas

Pelo Lado

Pessoal

Divulgações Apresentações

em Geral e

Eventos da

Colônia

Japonesa,

Festivais de

Artes

Marciais, Sites

Apresentações.

Não Faço

Questão de

Divulgações,

Quem Busca o

Caminho, Nele

Se Esbarra

Conversas e

Apresentações

Sites, Amigos,

Apresentações,

Internet em Geral

Eventos,

Apresentações

e Conversas

com Pessoas

Já com Certo

Interesse pela

Arte

Acidentes

Pessoais

Sim. Por

Imprudência

e/ou

Desatenção

em Certos

Tipos de

Movimentos.

Para Evitá-los,

Basta

Prudência

Sim. Por Falta

de Atenção

Algumas

Vezes com

Alguns

Hematomas

Por Falta de

Atenção

Durante o

Treino

Sim. Por

Descuidos de

Iniciantes, ou

Graduados, Mas

Nada Grave ao

Momento

Sim. Por

Desatenção

Ver Alguém

se Machucar.

Gravemente

ou não:

Sim. Várias.

Fico Calmo e

Ajudo

Tomando as

Devidas

Providências

ao Momento

Para

Salvaguardar a

Integridade da

Pessoa

Sim. Ajudei a

Estancar o

Sangramento.

Sim. Uma

Ocasião

Tivemos que

Levá-lo ao

Hospital para

Levar Pontos

Sim. Por

Descuido de

Aluno em Corpo

Cansado

Sim. Reagi

Chocadamente

e Aconteceu

por

Desatenção e

Pressa, eu

Presumo

Indicaria a

Arte

Sim. Para

Transferir os

Benefícios da

Arte as

Pessoas,

Como Mudou

Minha Vida

Sim. Se For o

Que a Pessoa

Esta

Realmente

Procurando

Sempre Indico

Devido aos

Seus

Benefícios

para Educação

e Equilíbrio

Emocional

Sim. Sempre

estou

Comentando Algo

sobre Ela.

Sim. Por Ser

um Bom

Benefício à

Mente e Corpo

Comparativos:

Arte e a Vida:

Dizeres de

Meu Mestre:

“Limpe Sua

Mente e a

Espada Divina

Se

Manifestará”

Procuro Usar o

Que Aprendo

no Dojo em

Minha Vida

Tanto na Arte,

Como para a

Vida, é

Preciso Estar

Atento as

Oportunidades

O ser Humano Se

descobre mais

como um Todo:

Corpo, Mente e

Espírito

A Arte Tem

um

Movimento

Parecido com

o Pincel

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Observações

Pessoais:

Viver

Alegremente a

Cada Dia Que

Minha Arte

Me

Proporciona,

Conhecer

Pessoas Boas,

Interagir Com

Elas e Buscar

a Iluminação

Pessoal um

Pouco a Cada

Dia

Mudei Muito

Desde o Início.

Tornei-Me

Melhor e

Encontrei o

Meu Caminho

Recomendo

para Crianças

Pelo

Benefício de

Educação e

Disciplina e

Saúde

Arte Marcial é

Coisa Séria! Não

se Pode e Nem se

Deve Deixar

Crescer o “EGO”

O Melhor que

Me

Aconteceu,

Me Ajuda a

Superar a

Timidez

Principalmente