enciclopedia das ciencias filosoficas compendia...de que esses filosofosforam longe demais,...

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IMIu,-c G. W F. Hege'[ "'~t". 41 1_<'-5+1 1$4 ENCICLOPEDIA DAS CIENCIAS FILOSOFICAS Ervf COMPENDIa (1830) VOLUME I A CI:ENCIA DA LOGICA Enciclopedia das Ciencias Filosoficas em Compendio, e.lj2206~ 1\ qq 6t i6( S}~} C1O, ! 0\-\ \J.~ Volume I: A Ciencia da L6gica Volume II: Fitosofia da Natureza Volume III: Filosofiado :Espftito Texto completo, com os ADENDOS ORAlS, traduzido par Paulo Mmeses com a colabora~ao do ·/111/ 1111/11/1/111111111111111 /111/1/11111111 R992160 -Enciclopedia das ciencias filoaoficas ern C488062 ~ Ed/pies lOTo/a #JI1/UflC

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Page 1: ENCICLOPEDIA DAS CIENCIAS FILOSOFICAS COMPENDIa...de que esses filosofosforam longe demais, reconhecendo por verdadeiro simplesmeme 0ser,e recusandoaverdade a todo 0 resto que formatambem

IMIu,-cG. W F. Hege'[

"'~t".411_<'-5+11$4

ENCICLOPEDIA DAS CIENCIAS FILOSOFICASErvf COMPENDIa

(1830)

VOLUME I

A CI:ENCIA DA LOGICA

Enciclopedia das Ciencias Filosoficasem Compendio, e.lj2206~

1\ qq 6t i6(S}~} C1O, !

0\-\\J.~

Volume I: A Ciencia da L6gicaVolume II: Fitosofia da NaturezaVolume III: Filosofiado :Espftito

Texto completo, com osADENDOS ORAlS, traduzido

par Paulo Mmesescom a colabora~ao do

·/111/ 1111/11/1/111111111111111 /111/1/11111111R992160 -Enciclopedia das ciencias

filoaoficas ernC488062

~Ed/pies lOTo/a

#JI1/UflC

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9 ser e 0 conceito some~.~~/ll si; as determinas;oes do ser saodeterminas;oes esselltes: em sua diferenc;a sao olltras - uma emrelas;ao as Olltras -, e sua ulteri.2E-.£~~~['TI.in~Bg,J~LfQuP?do diale-tico) e urn passar para olltra coisa. Essa determinas;ao-progressiva e~aum' tempo, urn pl;,::P;;;;;];;;~-portanto urn desdobrar-se do con-ceito em si essente; e, ao mesmo tempo, a adelltrar-se em si do ser,

_urn aprofundar-se do ser em si mesmo. A explT~a~~o'd'o-c-;;:;~eitonaesfera do ser tanto se torna a totalidade do ser, quanto e par issosuprassumida a imediatez do ser au a forma do ser como tal.

§ 85o proprio ser, como tambem as determinac;5es que seguem -

nao so as do ser, mas as dcterminas;oes logicas em geral - podemser consideradas como definiyoes do absoLu!O, cOfE_9-~!!1ifli(jjes_metajfsicas de Delis: porem mais precisamente, so a primeira deter-~_i~~~ao simples, de u~a e~r~E~~_~is a~~erc:.~i~~~.f.l~!~E!~.L£.rcto!£~<!~iferen~~a relas:ao_~Lr:JPI,~.~S~Q§.ig()l11esmo.Com efeito,definir Deus metafisicamente significa exprimir sua natureza empetlsalllelltos enquanto tais: ora, a Logjc~~ral1ge todos os P~l1s~~.memos, como sao ainda na forl11~g~pensamcnt~?..:.~s segfll/da_igeterminas;6es, enquan.!9_ sao ulll? esf.~E?__~.!!!-§_':.I.~d£f~~~~q:L§~_~L::!~££.ntnirio, as definis'2£U!.2.E'lito. Mas, se fossc utilizada a forma dadefinis;ao, implicaria que paira dianrc [do espfrito] um substrata da

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represenras;:ao; porque tambem 0 absolltto, enquanto deve exprimirDeus no sentido e na forma do pensamento, fica apenas - narelas;:ao a seu predicado, na expressao determinada e efetiva empensamentos - um pensamento "visado", um substrato indeter-minado para si mesmo. Porque 0 pensamento - a Coisa - queaqui somenre importa, s6 esta contido no predicado, assim a formade uma proposis;:ao, como aquele sujeito, e algo completamemesupertluo (cf. § 31 e, abaixo, 0 capItulo sobre 0 jUlzo [§§ 166ss.]). ~,

/J./Adendo: Cada esfera da iqeia l6gj~!D.2.lli.~_<2!!l2lJ0.a_t2..l:~lg.~g~de~ I

<!etermina~6es, e como uma apresentavao do absoluto. Assim rambem 0

ser, que contem em si os tres niveis da qllo/idode, da qllon/idode e damedido. A qlla/Made (\ antes de .tudo, a determ~q$U.9.~nri.~i:l.S2rrUL1~r,.de ll1odo,9 ueu ma soi s~ de i!:,~q~~$~L9.SU!.t§J-S~'!EId9.-P~Eg~.,~u,.agu a Iida-~. A tZlIan!{~oti~1..~~..S2Dt!~.rio:f a determinidade exterior ao ser, para eleinsl}ferenre,' Assim, por exemplo, uma casa permanece 0 que e, seja ma~orou menor; e 0 vermelho conrinua vermelho. quer seja mais brilhante oumais fosco.O terceiro nivel do ser, a medido, e a unidade dos dois primei-ros, a quantidade ql~alitati~ Todas as coisas tem sua medida, isto e, s]odeterminadas quantitativamente, e 0 fata de ser dessa ou daquela gran-deza Ihes e indiferenre; mas, ao mesmo tempo, tambem essa indiferem;atem seu limite, e, por sua trans-gressao atraves de um mais ou um menossuplemenrar, as coisas deixam de ser 0 que eram. Da medida se produza passagem para a segunda esfera princp',~l)._~?_~d_~!_a,p~~~a.essellcia. '

As tres fonnas do ser aqui mencionadas sao, precisamenre por serem asprimeiras, ao mesmo tempo _a~ll1ai§J?gJ?!S.s;quer dizcr, j1~~.maisabstratas. Aconsciencia imediara, senslvel, enquanro se compona ao mesmo tempo comopensante, e limitada sobretudo as determinavoes abstratas da qualidade e daquanridade. Essa consciencia senslvel costuma ser considcrada como a maisconcreta, ao mesmo tempo, a mais rica; porem, isso ela s6 e segundo amateria [que possui]; em relavao a seu conteudo de pensamento, a conscien-cia senslvel e de fato a mais pobre e a mais abstrata.

A

§ 86o serp'ltro .s:onstitui 0 comes;:o, porque e tanto puro pensamento

quanto e 0 imediato indeterminaao~slmpfes';ora, oprin1eiro come-_~-'nfupoae-serargo-'me'aiairiad6 -e,aI~_rE.,~()=~_~_i.~~._d=~~~~~i~a.~().

Todas as duvidas e observaS;:6esque poderiam ser feitas conrrao comes;:ar a ciencia pelo ser vazio e abstrato eliminam-semediante a simples consciencia do que traz consigo a natu-reza do comes;:o. "Ser" pode ser determinado como Eu=ElI,como a absolltta il1diferel1fa Oll idmtidade etc. Na necessidadede comes;:ar por algo absolutamente cel10, isto e, a certeza deslmesm~ou por uma definis;:ao olluma intui~ao do·Venia-'deiro absolttt~, po-de;{arn.··~ss~s·for~~s~e~·~~t~as'semelEantesser vistas C~r;os(;-d"~~~~;Sr;"'Se;';sp~irr;el~as. Mas,en"qiiantono i~terio;·d~~~·d;·~~adessa form~sja existe lllediafiio, elasnao sac verdadeiramente as primeiras:' a-:I11c:dEi~~2=~ir1~jg~

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em u':!!_.t.<:£=~afdode urn prirneiro para urn segundo, e [emum) r~~~.IJ.!:~J.1!."p'a~!i£L9~<.~Efs[ent!=:1,Se [oj Eu=Eu ou tarn-hem ~ imuix30 intelecrualfor tornada verdadeirarnente comos6 0 primeiro, nessa irnediatez pura nao e outra coisa que [0]Je/~' assiim como, inversarnente, 0 puro ser, enquanto naa emais esse ser abstrato, mas 0 gue em,si contern a>abstra~~o,c PU!O pensar au inruir.,Sc [01' SIT fo7C[;"undad~ como predicado do absoluto, issodara a Erimeira deftni~ao deste: 0 abso/Illo i 0 ser. Essa deft-nir;3~'~(nopensame;~bsolutamente inieial, a mais~d)S(rata e"~-' ~;i~'~P?bre. E;'deftnir;i~dos dealas, rna;-'eramb'e[;·-o· [d1t~rb~;~eonheeido, de que Delis i a SI/Illa[inbegriJf] de lodas as rea/idodes. f: que se deve abstrair dalimita~ao que existe em eada realidade, de modo que Deusseja somenteo real de toda a realidadc, 0 Illois-reo/-de-Iodos.Enqllantorealida(j~-T<i~~;;t't~;:;'~I~~;fu, isso e exprcssode modo imediato na expressao em que Jacobi diz do Deusde Espinoza que ele e 0 princfpio rlo ser em Iorio 0 ser-o!.

,Irltllr!o I: Quando se come~a a pensar, nao temos omra coisa que 0

1"'ll~,:I111CIHOem SU3carencia-de-determinJ<;:ao, pais pJra a determinJ<;:ao1,1 "(' Icqller 11m e UI11Dutro. 0 cJrente-de-detenninJ<;:ao, como temos 3qui," <lilllCdiJ((), e oao 3 mediatizada cJrencia-de-detennina<;:ao; nao a supras-'.IIII~';1Odc roda 3. dererminidade, mas a imediatez dJ carencia-de-detenni-II.I~;IO,a cari:nci3.-de-determin'l<;:ao previa a todaa detenninidade, 0 caren-I' ,kdctcrlllini1lfao enquanto 0 que e 0 primeiro-de-todos. Ora, [e] isso1(1111'1 chal11Jmos 0 ser. 0 ser nao pode ser sentido, nem intufdo, e nem1<'llIcscnrado; mas e 0 pensamento pura e, como tal, constirui 0 come~o.,\ t'\si':lIcia rambem e algo carente-de-determina<;:ao, mas 0 carente-de-deter-IIIIII;I<,::!O,cnquanto ja passou pela media<;:ao, ja contem em si a determi-ILI~';IOcomo suprassumida.

Jlr!mr!o .!: Os di\'ersos graus da idCia logica encontramos na historia daIrll)',olia, na figwra de sistemas filosOficos que fizcram aparic;ao urn apos 0

," IIIll. (:ada um deles tem por sua base uma definic;ao particular do absoluto.()I;I, assim como> 0 desenvolvimento da idcia logica se mostra como urnI'"')',ICSSO do absuato par-d0 concreto, assim tambem na historia da filosofia<I', "I',IClllas ll1ai~:3migos sao os IDais abstraws e, por isso, os mais pobres. Mas,I Id;(~'~() dos sistfcmas filosOficos'do inicio jJara com os que vieram mais tarde

~;~:-J, 9~

,.~~~ em geral a mesma que a relac;ao dos graus anteriores da ideia logica para,'i(} com os posteriores; e, na verdade, de mo?o que os posteriores conrenham\ em si os anreriores como suprassumidos. E este 0 verdadeira significado da

~vrefuta<;:3.o- que ocone na historia da filosofia, e e tanras vezes mal en ten-CI dida - de um sistema filosofico por ourra, e, mais precisamente, do sistemaa "anterior pelo posterior. Quando se fala da refurac;ao de uma filosofia, issod.•...•.·.'~..j.'.·.')"cosrumaser tornado, antes de tudo, em urn sentido abstratamente negativo,~~:::?de sorte que a filosofia refutada em geral nada mais vale, e posta de lado e\",}' liquidada. Se assim fosse, deveria 0 esrudo da historia da filosofia ser consi-

:::t derado uma tarefa absolmamente triste, pois esse estudo ensina que rados..' os sistemas filosoficos surgidos no decurso do tempo encontraram sua refu-

tac;ao. Ora, bem: ainda que se possa conceder que todas as filosofias foramrefutadas, deve-se ao mesmo tempo afirmar tambem que nenhumJ filosofiafoi refutada; e ainda tambem que nao pode ser refurada. A rcspeira do(Iltimo ponto, ha duas coisas [a norar]. Primeira: qualquer filosofia que mereceesse nome tern a idcia em geml por contcudo. Segundo: qualqucr sistemafilos6fico tem de ser considerado como a exposic;ao de urn momenta parti-cular, ou de urn grau particular no pracesso-de-desenvolvimenra da ideia. 0refutar de uma filosofia tern, portanto, apenas 0 sentido de que seu limite esuperado e seu principio determinado e rebaixado a urn momento ideal.Assim. a historia da filosotia, segundo seu conteudo essencial, nao lida como eterno e absoilltamente presenre; e em seu resultado nao se deve camparara umJ galeria de erros do espfrito humano, mas antes J urn Panteao defiguras divinas. Ora, essas figuras divinas san os diversos graus da ideia, taiscomo surgem no desenvolvimento dialetico, uns depois dos omros. Quandopois se deixa a historiJ da filo~ofia demonstrar com rigor em que medida 0

desenvolvimento - que nela ocorre - do seu conteiido, de um lado, con-corda com 0 ;esenvolvimentoda pun} ideia logica e, de ourra lado, dele sedesvia, antes de rudo ha apenas que mencionar aqlli que 0 comec;o da 16gicae 0 mesmo que 0 come<;:ode uma historia propria mente dira da filosofia.Esse comec;o, nos 0 encontramos na filosofia eleatica, e mais precisamentena filosofia de PJrmenides, que compreende 0 absoluw como 0 ser, quandodiz: "0 ser somente e; e 0 nada nao e". E isto 0 que se deve considerar comoo verdadeira comec;o da filosofia, pdo motivo que a filosofia, dc modo geral,€; [0] conhecer pensante; ora, foi aqlli, pela primeira vcz, quc 0 pura pensarfoi caprurado e se rarnou objetivo para si mesmo.

1'\a verdade, desde 0 infeio, os homens pensaram, porquc s6 pdo pcnsarse diferenciam dos animais; mas foi preciso [que decorrcsscmJ milcnios antesde se chegar a apreender 0 pensar em sua pureza, e ao mesmo tempo comoalgo absolutamente objetivo. Os e1eatas san afamados como pcnsadorcs au-dazes; mas com freqiiencia junra-se, a cssa admira<;:1ioabstrata, a observa<;:ao

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de que esses filosofos foram longe demais, reconhecendo por verdadeirosimplesmeme 0 ser, e recusando a verdade a todo 0 resto que forma tambemo objeto de nossa consciencia. Ora, na verdade e totalmeme correto que naose pode parar no simples ser; mas e [uma posi~ao] carente-de-pensamentoconsiderar 0 restante conteudo de nossa consciencia como algo encontradi~o00 lado e fora do ser; ou como alguma coisa que someme ha tamblm. Aocomrario, a verdadeira relar,:aoe esta: ser, como tal, nao e algo fixo e ultimo,mas, antes, converte-se como dialetico em seu oposto, que tomado de modoigualmeme imediato e 0 noda, Resta enrao, assim, que oser e 0 primeiropensamento puro, e seja 0 que for por onde alias 0 comer,:ose fa~a (peIoEu=Eu, pela indiferenr,:aabsoJma, ou pelo proprio Deus) essa outra-coisaantes de tudo e s6 algo representado, e nao pensado; c que cia, segundo seuconteudo-de--pensamento, e s6 justamente 0 ser.

o que s6 importa e, justamente, a consciencia sobre essescomer;;os, a saber, que nao san Olltra coisa que essas absrrar;;6csvazias, e que cada um dos dois [ser e nada} e tao vazio quan-to 0 outro. 0 impttlso para encontrar no ser, ou nos dois, umasignificar;;ao firme e essa Ilecessidade mesma que Ieva-adianteo ser e 0 nada, e lhes da lima significar;;ao verdadeira. isto e,concreta. Esse ir-adiante e 0 desenvolvimento logico, e 0 curso[de pensamentos] que se expoe logo a segllir. A reflexiio, queellCO/ltra para eles determinar;;oes mais profundas, e 0 pensarlogico, por meio do qual tais determinar;;oes se produzem, nao

'~~de modo contingente, mas de modo necessario. Cada significa-/.Ji'r;;ao sllbseqiiente, que recebem, deve portanto ser vista como

~J uma determillafiio mais precisa e uma defitlifiio maiJ f-'erdadeiraIy . ~ ,do absolttto. Entao, tal significar;;ao nao e mais lima abstrar;;ao

.~;j ~"'vazia, como ser e nada, mas antes lIm concreto, em que os~ar:.:...•-it'J. dois, ser e nada, sao momentos. . .. ,

'Ii\~ "?\t. ~A forma mais al ta do nada para SI sena a I,ber~adt: mas el~ ec ~ tJ 'Cf ~ a negatividade enquanto se aprofunda em SI mesma ate a

(~~~., f.~...~,.~.mais alta intensidade, e e, ela mesma, afirmar;;ao;e na ,"crdade'>oJ ¥ C , \i ':I.~ ~ firmar;;ao absoluta.

.~<.,~.~, (~~",'(t" Adendo: Ser e ~ada. devem ser dif~rentes. so ini:ialme,nte. ism e. sua

, ''"''diferenr,:aso esta pnmelramente em Sf, mas amda nao esta poo"/o. Quando.;j .9" falamos em geral de uma diferen~a,. ten:.0scom i~sodois [termosj, a cada

.fl:~ um dos quais compete uma determma~ao que nao s? encontra no omro., '\ '&~_:' Ora, 0 ser e justameme ape~as 6 que, de. mo~o ~bsolut~, carece-de-de~er-.:;)~ f\~ 'minar,:ao; e a mesma. carenc.la-de-determlOar,:a?e tam~:~ 0 n.~da_~ dlfe-

. ~ ~.i. renr,:aentre esses dOlse, pOlS,somente uma dlf:re?~~ vIsada, a (lIferen-" ~. ~ . ~a totalmente abstrata, que ao mesmo tempo nao e dlferenr,:aalguma. Em

~ ~;./ .'1'. qualquer omro.difer~nciar, temos sempre tambem algo comum,.qu: com-. ~(J~ j; (~preende sob Sl os dlferentes. Se falamos, po: exemplo, de d?IS generos

~ Sf. ~Y,o If diferemes, entao 0 ~enero ~ ? c~mum a?s dOls~Ig~al?lente dlzemos quet::-l}J ~.,j7,or&. I ha essencias naturalS e espIfItuals. AqUI,a ~ssencla e a~goque co~p~tey~ ~." .•V· . ~~ aos dois. Ao contdirio, com 0 ser e 0 nada, a dlferenr,:aesta na sua c-.arenCla-'y ll~'. \~ -de-fundo, e justamente por isso nao e diferen~a algu~a, pois .as duas

" '." "...',V'..- determina~oes sao a mesma carenc.ia-de-fundo. Se se qlllsesse duer, ral-". t-.: vez, que ser e nada san ambos, asslm mesmo, pensamento - e portan:o, .;\!~! 0 pensamento e oque ha de comum aos dois -, nesse caso n.aose dana

. ""~ conta de que 0 ser nao e um pensamento particular, determmado, mas

§ 87Ora, esse puro ser e Pllro obstrafiio, e porranto 0 absollttamellte-

-Jlegativo que, tomado de modo igualmente imediato, e 0 nada.1 - Oaf se segue a segunda definir;;a'odo absoluto: a saber, queele e ollada. De fato essa definir;;aoesta contida quando sc dizque a coisa-em-si e 0 indeterminado, de modo absoluto, caren-te-de-forma e, por isso, de-comelido. Ou ainda, que Deus If

somente 0 ser sltpremo, e nada mais alem disso; pois enquanto talele e expresso como exatamente a mesma ncgatividade: 0 nadaque os b/ldistas fazem 0 princfpio de tudo, com seu fim ultimoderradeiro e meta de tudo, e a mesma abstrar;;ao.2 - Quando a oposir;;ao.nessa imediatez, c cxprcssa como sereJlada, parece demasiado chocanre que cIa seja l1ula, para nao setentar fixar 0 ser ou preserva-Io contra a passagem [ao nada}. Areflexao deve, em vista disso, empenhar-se em procurar uma fir-me determinar;;ao para 0 ser, pela qual ele seria difcrente do nada.Por exemplo: toma-se 0 ser como 0 que persistc em toda a mu-danr;;a,a materia infinitamente determinavel etc.; Oll, ainda semreflexao, como uma existencia sillgltlar qualqllcr, 0 sensfvel ouespiritual mais proximo [que houver]. Porem todas as determi-nar;;6esulteriores e mais concretas como essas nao deixam maiso ser como ser pltro; como e imediatamenre, aqui 110come~o. Sonessa pura indeterminidade - e por causa deja - ele e lIada:algo illdizfvel; sua diferenr;;a-d.b nada e llma simples suposi~ao(Meinung).

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.1111•... 0 pCIISaIllcnto ainda totalmente indeterminado; e que, justamente·1"01('ss;1 ral.i'io, nao podc ser diferenciado do nada.

( ) sn cnrao c rcprcsentado tambem como a riqueza absoluta; e 0

11.1.1.1,illversamcntc, como a pobreza abso'uta. Mas se consideramos 0

1111111110lodo, c delc dizemos que ele e tudo, e nada mais, entao deixamos.I" Lid" I lido 0 qlle C detcrminado, e [0 que] temos, em vez da plenitude,i1",,,IIII;I,I~ISOll1cntc 0 vazio absoluto. 0 mesmo encontra sua aplica~ao1.11111.<'11111;1(kfini<;ao de Deus como 0 simples ser - defini<;ao a que se"I'''''. 1'0111igllal direito, a defini<;ao dos budistas de que Deus e 0 nada;I,' "'II" SII:I('onscqlicncia, tambem se afirma que 0 homem se rorna DeusI" .1I11'1I1ILIISI: a si mesmo.

() ILlda, t:llquanto esse nada imediato, igual a si mesmo, e1.11111"III, 1I1\'Crsarnt:llte, 0 1tles1tloque 0 ser. A verdade do ser, assim, ""111 eI" 1I:ld:l, C portanto a 1l1lidode dos dois: es~a unidade e 0 vir-

;\ proposic;ao: "0 ser e 0 nada saD 0 mesmo" aparecep.11.1:1 lI'jIIl'sellfofiio, ou para 0 entendimento, como uma pro-IJlI'oI',;IO 1:10 paradoxal, que talvez [a representac;ao) nao aIId",IW scriarnt:nte pensada [gemeint]. De fato [essa propos i-(,.iol ('~,I:l tambem entre 0 mais duro que 0 pensar exige de',J III1'SlllO, pois ser e nada sao 0 contrario em rada a sua1I!/(rll{lln~, isto c, sem que em urn deles ja tenha sido posta11111'1dett:rrninidade, que contivesse sua relac;ao para com 0

011110. IVI as elcs COlltelll essa determinac;ao, como esta mostra-do 110 paragrafo precedente - a determinac;ao que e exata-1I1('IlICa mesma nos dois. A deduc;ao de sua unidade e, nessaIIwdida, totalmente O1!olftico; como em geral a progressaoillicira da filosofia, enquanto progressao met6dica - isto e,!/(I{'I,lrlrif! -, nao 6 outra coisa que simplesmente 0 colocar

In:plfcitol daquilo que ja esta contido em urn conceira. Po-1t'111,1;10cOffero como a unidade do ser e do nada, e fombill1I() Lit 0 I q lit: sao Pllllt e silllpleslllellte diferetttes; que um !ldo e 0

!lIW (; 0 Olltro. Mas porqlle a diferenc;a aqui ainda ilao sedClcrlllillOl1 - pqis jllstarnente ser e nada sao ainda 0 ime-di:IIO- - a,diferen\=a tal 'como csra ncles e 0 illdizh:el, 0 sim-pkslllcllI t: "visado".

2 - Nao se requer grande dispendio de ~spirituosidade pararidicularizar a proposic;ao de que ser e nada SaD 0 mesmo; ou,melhor, para aduzir absurdos com a falsa asserc;ao de que saDconseqiiencia e' aplicac;oes daquela proposic;ao. POI' exemplo:[diz-se que,] segundo essa proposic;ao, eo mesmo que minhacasa, meu patrimonio, 0 ar para respirar, esta cidade, 0 sol, 0 di-rei to, 0 espfrito, Deus, s%m ou I!do s%m. Em tais exemplos,pOI' uma parte, SaD introduzidos sub-repticiamente fil!s porfi-adores, a tttilidode de alguma coisa para lIlim, e pergunta-se seme e indiferente que a coisa Util seja ou nao seja. De fa to, afilosofia e exatamente essa ..doutr..~!!:19u~ ensina aJjJ:~,~rtar ;-homem de uma multidao infinita de fins e desfgnios finitos,e a torna-Io indifereI~te qua'2.~()_~~~~~,_,,9~_~.<?~~_g~I<:cleC~~9.Ihe seja 0 mesmo que tais Coisas sejamou nao sejam. Mas demodo geral, ja que se fala d~ ";~-COI!t;~;do~om ~ele se poe umaconexao com olltras exigencias, fins etc., que sao presSlIpOSfOScomo validos. E de tois pressttposif'ijes que se faz entao dependerse 0 ser ou nao-ser de urn cOlltnido determi1/odo e 0 mesmo Oll 1/do.Uma diferen~a clteio-de-co1/telido e substitufda sub-repticiamentea vazia diferen~a do ser e do nada.r-,'las, pOI' urn lado, SaD metas em si essenciais, absolmas exis-tencias e ideias que SaD postas simplesmente sob a determi-nac;ao do ser ou do nao-ser. Tais objetos concretos sao aindaalgo totalmente outro do que os apenas esselltes ou tambemIIdo-eSSel!tes. Abs trac;oes po b~e~l...(;on:_~~E._~na ~,~-=_~~J~~sl!9-as mais pobres que ha, pOI' serem justamente s6 as determi-t;ac;oes do com~-o--",sao'totaj~~nt~ i~ad~9i';ada'~i';-~~~;';~;;~~~T9~_?~Et?~;o··~~~dadei~().~Q6t~ud o..-~_~.ti.E!~~1i~()_ a~;~:dessas abstrac;oes mesmas e de sua oposiC;ao.QuandO~'em geral~aIgoco~c-;:eto-6-SlIbsdtufdo sub-repticia-mente ao ser e ao nada, ocorre a ausencia-de-pensamento 0

que Ihe e habitual: receber, ante a representa~ao, algo total-mente diverso, e falar dele como aquilo de que se trata.i...e_rrata-se agui simplesmente do ser e ~,o nada a~st~atc?'?..:...3 - Pode-se facilmente dizer que nao se cOllcebe a lInidadedo ser e do nada. Contudo, seu conceito esca cxposto nosparagrafos precedentes, e nada mais e que 0 expos to: conce-

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ber sua unidade nao significa outra coisa que compreender isso.Mas entende-se por conceber ainda algo a mais que 0 conceitopropriamente dito: exige-se uma consciencia mais diversificada,mais rica, uma representa~ao; de modo que urn tal conceito sejamostrado como urn caso concreto, com 0 qual 0 pensar, em suapraxis habitual, estivesse familiarizado. Na medida em que 0

"nao-poder-conceber" so exprime a falta de habito de reter pen-samentos abstratos sem qualquer mescla sensfveI, e de apreen-der proposi~6es especulativas, nada ha mais a dizer senao queo genero do saber filosofico e, sem duvida alguma, diferentedo genero do saber a que se esta habituado na vida ordinaria,como tambem do que predomina nas OlItraS ciencias.Mas, se 0 "nao-conceber" significa apenas que nao se poderepresentar a unidade do ser e do nada, entao, de fata, isso tam-pouco e 0 caso, que antes cada um.possui representa~6es infi-nitamente numerosas dessa unidade. E [dizer] que nao se terntal representa~ao so pode querer dizer isto: que nao se reconhe-ce 0 conceito propos to em qualquer uma daquelas representa-~6es, nem eIas san conhecidas como urn exemplo dele.o exemplo disso, que esta mais proximo, e 0 vir-a-ser. Cad aqual tern uma representa~ao do vir-a-ser e se admitira que eltIlla [so] representa~ao; alem disso, que - se se analisa - afesta contida a determina~ao do ser, mas tambem a do seuabsolutamente outro, do Jlada; e, depois, que essas duas dc-termina~6es estao inseparadas, nessa lll/iea representa~ao; demodo que 0 vir-a-ser e, assim, a unidade do ser e do nada.Urn exemplo igualmente proximo e 0 eome{o. A Coisa 1/00 iail/da, em seu come~o; mas este nao e simplesmente sellnada, mas nele ja esta tambem 0 ser da Coisa. 0 come~o e,ele mesmo, tambem vir-a-ser, e ja exprime, contudo, a refe-rencia ao ulterior progredir.Para acomodar-se a marcha mais habitual das ciencias, poder--se-ia come~ar a Logica pela representa~ao do come~o pura-mente pensado; ponanto, do come~o enquanto come~o, ini-ciar e an~,Iisar essa represC?nta~ao; assim, talvez se admitiriamelhor, c"omo resultado da :analise, que ser e nada se mos-tram como inseparados em u.m, [unico termo].

4 - Mas h:i que notar ainda que a expressao "ser e nada san 0

mesmo", ou: "a IlJlidade do ser e do nada", e igualmente todas asoutras IlJlidades semelhantes, a de sujeito e objeto etc., san comrazao chocantes, porque 0 distorcido e 0 incorreto residem emque se faz ressaltar a IlJlidade; e a diversidade, af est:i, sem dt'ivi-da (pois e, por exemplo, ser e nada, cuja unidade e posta).Porem essa diversidade nao e ao mesmo tempo expressa e reco-nhecida, e que ponanto dela so se abstrai indevidamente. Adiversidade parece nao ser tomada em considera~ao.De faro, uma determina~ao especulativa nao se exprimecorretamente na forma de uma tal proposi~ao: a unidade deveser apreendida na diversidade ao mesmo tempo dada e posta.o vir~a-ser e a verdadeira expressao do re§uJta.doge ser e denaga, cJ:l.gUa.I1tOsua unidade; nao e apenas a IlJlidade do seredoI1acla, mas e 0 desass(){§egq.el11si - a unidade que naoe simplesmente, cflgllanto rela~ao-a-si, carente-de-movimen-to; mas que, mediante a diversidade do ser e do nada, a qualncla ha, e dentro de si contra si mesma. 0 ser-af, ao contnirio,e essa IlJlidade, ou e 0 vir-a-ser nessa forma da unidade; porisso 0 ser-a! e w/ilateml e fiJlito. A oposi~ao e como se tivessedesvanecido; esta contida na unidade somente em si, mas naoesta posta na unidade.5 - A proposi~ao de que 0 ser e 0 passar para 0 nada, e 0

nada e 0 passar para 0 ser :-- a proposi~ao do vir-a-su' -,conrrapoe-se a proposi~ao: "Do nada, nada vem-a-ser"; "algovem-a-scr sempre de algo" - [que e] a proposi~ao da eterni-dade da materia, do pantefsmo. Os antigos fizeram a reflexaosimples de que a proposi~ao "de algo vem-a-ser algo" supri-mc de fata 0 vir-a-ser; ja que aquilo donde se vem-a-ser eaquilo que vem-a-ser san um so e 0 mesmo: e somente aproposi~ao da identidade abstrata do entendimento que esniprescnte. Mas deve chocar como extraordinario ver ainda emnossa epoca as proposi~6es: "do nada, nada vem-a-ser" Oll"algo so vem-a-ser de algo" expostas de modo totalmenteingenuo, sem qualquer consciencia de que san a base do Pan-tefsmo, como tambem sem conhecimento de que os antigosesgotaram 0 exame dessas proposi~6es.

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Ar/mr/o: 0 vir-a-ser C 0 primeiro pensamento concreto e, ponanto, 0

primeiro conceito; enquanto, ao contnlrio, ser e nada sac absrrac;6es vazias.Se falamos do conceito do ser, cntao eIc s6 pode consistir em ser vir-a-ser;pois, enquanto 0 ser e 0 nada vazio, como este, ao contnlrio, e 0 ser vazio.No ser temos pois 0 nada, e, neste, 0 ser; mas este ser que no nada pcrma-Ilece junto a si e 0 vir-a-ser. Na unidade do vir-a-ser, a diferenc;a nao podeSC[abandonada, porque sem cia se retornaria de novo ao ser abstrato. 0 vir-:l-ser e apenas 0 ser-posto daquilo que e 0 ser segundo sua verdade.

Ouve-se muitas vezes afirmar que 0 pensar e oposto ao ser. Ante tal:i1irmavao, haveria contudo a indagar 0 que se cntende pelo ser. Se tomamoso ser tal como a reflexao 0 determina, entao dele 56 podemos declarar quet' 0 absolutamente identico e afirmativo. Se agora considcrarmos 0 pensar,lJ:lonos podera escapar que e pelo menos igualmente 0 absoluramente idcn-IIl'Oconsigo. Assim, a mesma detcrminavao cabe aos dois, ao ser e ao pensar.( )LI,essa identidade do ser e do pensar nao ha que tomar-se concretamente;, IWIIldizer que a pedra. enquanro pedra essenre, e 0 mesmo que 0 homem1ll'IIS:lnre.Fm concreto e ainda algo totalmcnre outro que a determinac;aoIi )',\Lita enquanto tal. i\las no caso do ser nao se trata de nenhum concrcto,1'''1',0 ser so e justamcnte 0 totalmente absrrato. De acordo com isso, tam-1"'111a questao sobre 0 ser de Deus, que e em si mesmo 0 infinitamenre, "I\(,leto, e de pouco inreresse.

() vir-a-ser, enquanto primeira determinac;ao-de-pensamento eoncreta, eI" III('SIllOtempo a primeira verdadeira. Na historia da filosofia, e 0 sistema.I, Iln:iclito que correspondc a esse grau da ideia 16gica. Quando Heraclito,h/ "'I'lldo corrc" (n:uvra pel) 0 vi/~a-ser e expresso af como a determinavao1IIII,LtIII(;nt~dde tudo 0 que e; enquanto, ao contra rio, os eleatas - como,1111''',se norou - apreendiam 0 ser, 0 ser imovel, earente-de-processo, como" 11111('0venJadeiro. Em relavao com 0 princfpio dos eIeatas, diz-se em segui-.1.1('III Ikm6crito: "0 scr nao e mais que 0 nao ser" (OlJO£V jl.aUov'to 0'\1

Illll 1''1 (lVrOC; cOl),' pdo que se enconrra entao expressa justamenre a1l'l'"lllvidade do ser absrraw; e sua identidade, posta no vir-a-ser, com 0 nada,1.11111)('111carente-de-consistencia em sua abstravao*.

'("CIllOSaqui, ao mesmo tempo, um excmplo da verdadeira refutac;ao.I, 11I1Isistema filos6fico por um outro; refutac;ao que consiste justamente'III 'III. 0 princfpio da filosofia refutada e mostrado em sua dialetica, eI' iI,lI xado :\ ll1oll1enro ideal de uma forma concreta superior da ideia.

!\(I('scnl\e-st: porcm que 0 vir-a-ser, em si e para si, e tambem ainda11111.\"CICllllill:l~'a()t:xtremamente pobre, e tem de aprofundar-se e preen-,111'1 ',<:Iinda ll1ais em si l11eSl11o.llm tal aprofundamento do vir-a-ser em

si mesmo n6s temos, por exemplo, na vir/a. A vida c-llm vir-a-ser, mas seuconceito nao se esgota nisso. Em uma forma mais alta, enconrramos aindao vir-a-ser no espfJi/o. Esse c tambem urn vir-a-ser, mas um \-ir-a-ser maisintenso, mais rico que 0 vir-a-ser simpJesmenre logico. as momentos, deque 0 espfrito e unidade, nao sac os meros abstratos do ser e do nada, maso sistema da ideia logica e da natureza.

o ser no vir-a-ser, enquanto um com 0 nada, e assim 0 nada,enquanto um com 0 ser, SaD apenas ~vanescents>: 0 ..-ir-a-ser, porsua contradic;:ao dentro de si mesmo, colapsa na unidade em que osdois sa0.luJ2ra,go~~!mL9<;>~iseu ,!!!.!!.!!f!i!.f!.~e,pois'~2BC:(f(:..

Uma vez por rodas, e precise lembrar nesse primeiro exem-plo 0 que foi aduzido no § 82 e na nota correspondente:,D-qt.le.E~~Ie.ll!_1ic~ll1en te fundar llm~,pr()gress_~oe ,t,II'rlclesel1v()l:vimento no sabs~ e sllstefltar,osre.sultados em sua yerdade.Cfuand;-~~-'q'~,-;i'ci~;~;~-bj~t~- oucon~~ito for mosuada a' con-tradic;:ao- e, por toda a pane, l1ao_k4J!/!~'!l'.~!!!E!pite "odo emque nao possa e nao deva ser mostrada a comradic,ao isto e

_det~rmr~ac;:6es opo;t~~;'O'-;bst;air d~-~;;t'~;;'di;;e~~ t '0 fixar~. se a forc;:a em 111110 s6 determinidade, e um esfon;o de obscu-

recer e de afastar a consciencia da outra determinidade -,/quando po is tal contradic;:ao e reconhecida, costurna-se fazer

/ a conclusao: "Logo, este objero e 71odo". [Faz-se] como Zenao,que primeiro mosrrou, [a respeito] do movimento. que ele se~)

/:tontradizia, e que ponanto 0 mov'imento nao era; ou como os 'antigos que reconheceram 0 lIoscer e 0 perefer - as duasespecies do vir-a-ser - como determinac;:6es nao-yerdadeiras,com a expressao de que 0 U110, isto e, 0 absoluto. nao nascianem perecia.~~~~,Qj~!~!ictfica assim simplesmeme no lagQ,l1e.g~tivo cl()rC:..~lllt~cl£/e\,abstrai do que ao mesmo tempo esta~Lel~y'.':!!:.c:n~~...p!.e..~~"12~.s.:'um resultado deterlllinodo, aqui urnpuro l1odo, mas um.JlOdq que em~~Li!:1.c;l~LQ.~!:eigualmenteYJ.!l~sergl!e nele inclui 0 nada. Assim: ill) 0 ser-af e a unidade

L,

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do ser e do nada, na qual a imediatez dessas determinac;oes- e ponanto em sua relac;ao -, sua contradic;ao esta desva-n ecid a;u ma.._m!.iq ,!c;I~.. s:.m..gelJ~.{).~er o. e ()_n.acla ..~~().@e n(1~mW:!J~nJQ~.2!l) ]a que Qxs:.gIIfaciQf.~<:OTltgcli~o~p, de e naforro.g~.!~!!L1qrle:si1l1p/es.consig().mesmo; ou seja, ele mesmoe como JLfll§fC, mas UI11$er com a nega<;ao ou a determinidade;.~_.tSl yi,r..a ..se:f, eo~t().~~.10T71!q.5.le:.•!!!IL.99~s1110l11entos, [DafOfl11a] do s<::~;.

Adelldo: Tambem em nossa repreSenta~ao esra comido isto: quando haum vir-a-ser, nesse caso surge algo; e assim 0 \'ir-a-ser tem um resultado.Aqui porem nasce a questao de saber como 0 vir-a-ser chega a isto: a naopermanecer simples vir-a-ser, mas a ter um resultado. A resposta a essaquestao decorre do que anteriormente se nos mostrou como vir-a-ser. E queo vir-a-ser comem em si 0 ser e 0 nada, e na verdade de tal modo que os doisse convertem pura e simplesmeme um no Olltro, e se suprassumem um aooutro mutuamente. Por isso 0 vir-a-ser se mosqa como 0 [que eJ absoluta-mente carente-de-repouso, mas que nao pode manter-se nessa abstrata caren-. d ILJ ffCIa- e-repouso; porque enquanto 0 ser e 0 nada uesvanecem no vir-a-ser -

e e somente este 0 seu conceito - enta~ ele mesmo e um evanescente:\porassim dizer, um fogo que em si mesmo se extingue, ao consumir seu mate-rial. Porem 0 resultado desse processo nao e 0 nada vazio, mas 0 ser identicoa nega~ao, 0 qual chamamos ser-of, que se mostfa primeiro com essa signi-fica~ao, de ter villdo-a-ser [gewordenJ.

§ 90o ser-af e 0 ser com uma de!emlinitlade, que e como determi-

nidade!!11_egL~~.9.lI_~'§~~!1f_e:,~i~~'.7zfjjli"t{~:d ser-al, enquanto refle-tido~s.(;Iqresi nessa sua determinidade, e [0) esseIl~~ ...~JI1...s)., [0] 11gg.As categorias que se desenvolvem no ser-al, ha que indica-Ias ago-ra, apenas sumariamente.

Admdo: A qlto/idode e de modo geral a determinidade imediata, iden-tica ao ser, em diferen~a com a qllolidade"'- a ser tratada logo mais; aqual, decerto, tambem e uma determinidade do ser, mas uma determini-dade nao mais identica imediatamente com ele, e sim indiferente paracom 0 ser, e que Ihe e exterior. Algoe 0 que e, por sua qualidade; e, aoperder sua qualidade, deixa de sero que e. Alem disso, a qualidadeessencialmente e s6 uma catego(ia do finito; que por esse motivo tambem

.~6.?R\): ~nMo.d.L

s6 tem seu lugar pr6prio na natureza, e nao no mundo do espfrito. Assim,por exemplo, na natureza, as assim-chamadas materias simples, 0 oxigenio,o azoto etc., sac a considerar como qualidades existentes. Ao contrario, naesfera do espfrito, a qualidade se apresenta somente de uma maneirasubordinada, e nao como se mediante ela se exaurisse qualquer figuradeterminada do espfrito. Se considerarmos, por exemplo, 0 espfrito subje-

'. tivo, que forma 0 objeto da psicologia, poderemos dizer, decerto, que asignifica~ao do que se chama 0 carateI' e a da qualidade; isso porem naopode ser entendido como se 0 carater fosse igualmente uma determinidadepenetrando a aJroa, e imediatamente identica com ela, como e 0 caso nanatureza com as materias simples antes mencionadas. Ao contrario, aqualidade mais determinadamente se mostra como tal tambem no espf-rito, na medida em que ele se encontra em um estado nao-livre, [como ojde doen~a. E notadamente 0 caso com 0 estado da paixao, e da paixao queatinge as raias da loucura. De urn louco, cuja consciencia esta total mentepenetrada de inveja, medo etc., pode-se dizer com razao que sua cons-ciencia esta determinada enquanto qualidade.

§ 91 .~':; •••• J to

A qualidade, enquamo determinidade es.setl!e, em ~gntral?osi.c;~o a, :>'iJ'.>~~_..-. ~ .•.>." .••.=_.. "",,,=·,,~·;,,..",.;.'.~·.'·C";'''''''r ..-.-'.o·''''''_.'''''·'· ...'"".'."".' ,.... .. ,,''''',' .. -''' .. - '. , .•••.•.::;- •••.. t

11egactlrz- nela sonJic!fl.m<l~ dif~~l1teqela -, ~I!f1lidad.e. A negac;ao-, Qj~'["ojnao mais 0 nada abstrat01 mase:nqtlamo umser-al e Algo - e apenas, (j.; .~ill'i'f~;~ane;;~;'(;I~t enquamo ~e:i:QPtr(). A qualidade, enquanto esse ~>J))' 1ser-outro e sua determinac;ao propria, mas, de infcio, diferente dela, e )\[0] ser-:p"'Qra-Q?![1J!.:uma [certa] ~S?,'-£~D.s~Qci().~e:I:f!i, do Algo. 0 ser daqualida?e enquamo tal, em c0l1tiap;os[~~O a essa relac;ao a Outro, e 0

ser-em-Sl.

Adendo: A base de toda a determinidade e a nega~ao ("omnis determi-natio est negatio", como diz Espinoza). 0 opinar, carente-de-pensamento,considera as coisas detenninadas como somente positivas, e as sustenta soba forma do ser. Como simples ser, contudo, nada a fazer: pois esse, comovimos antes, e 0 absolutamente vazio, e ao mesmo tempo 0 carente-de--consistencia. De resto, na confusao aqui mencionada - do ser-af enquantoser determinado, com 0 ser abstrato - hade correto [0 fato de] que no ser-ai,com certeza, 0 momenta da nega~ao s6 esta contido, por assim dizer, comoembrulhado; 0 qual momento da nega~ao s6 enta~ no ser-para-si se produzlivremente, e conquista seu direito. Alem do que, se considerarmos agora 0

ser-af como determinidade essente, teremos nele 0 que se entende porreo/made. Fala-se assim, por exemplo, da rea/idade de um plano ou de uma

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11""'111,,111,"CI1IClldc-scpOl'isso que semclhante coisa nao e mais somentc algo11111'11"1,sllbJt'livo, llIas extravasou no ser-af. No mcsmo sentido, pode-se tam-1".111Ih,llllal 0 corpo a realidade da alma; c este direito, a realidade da liberda-.11,-,011,de IlIlIa maneira totalmente geral, 0 mundo [pode chamar-sc] a reali-,11."Ie do l'OlllTito divino. Mas alem disso tambem se costuma falar da realidade" 11.1,1,''" 11111olnro sentido, c cntcnder assim que Algo se eomporta de acordo

I "'II '.II,Id("ll"Imil~a\ao esscncial, ou com seu c,onccito. Assim, pOl'exemplo,'1"1.111.10se diz: "fo: lima ocupa<;ao real", ou: "E um homcm real", af nao seII ,11.1do ',t"I ai exterior, imcdiato, mas antes do acordo de um esscnte-ai com',.-lIloll,nlll, \Ias, assim comprccndida, a realidade tambem nao mais difere.I 1I IIk, d111.11il', q lie n6s proximamcntc conheceremos como scr-para-si.

--~-- ~?:~(J J ;() ',1'1 Ilxado pcb determinidade como( diferente~ 0 Jfjr::.!!J~-~·i,

" "''Ill'ILI'; :1 abstra~a9_~,!.~ja do ser., No ser-ai,a aetermi~idade e /"'"1 ,II II)I:,;! COlll 0 scr; [determinidad-~rque-p~smaomesmotem-I'" '''1111) Il<'g:Il;:10 C limite, cOlljim. POl' isso 0,~El::.2.J:.sr~<lnao e um11",111,,. 1111"nlcrior a cle, !],1as§.s\!J2£<?P{i!2"ill9~SI2E~' Alga, pOl' sua'1,,";,1,,1.. ('III primeiro lugar~[jjJl't~j e em segundo lugar".t.~!J~tt!f!~d, ",,"10 II'I<' rillitllde e mUI'!,RiEq<ld~l2~l!~.!!(;enL'L~~ll.2.<;I'

1./111'/" ,-" slT,af, a nega<;ao e ainda imediatamente identica com 0

" "',',,1 II"!'A':'O C 0 que chamamos /iJllite",S9!J1£ntef!E~!LliEllL~~.~_P£C" ",1'"'"1, ;\1;',0 {:'o qlle c.: Nao sc pode, assim, considerar 0 limite como", '1.1'.1111'11'",'xlcrior ao ser-af; mas, antes, 0 limite atravessa a ser-afI'"' I'" ,\ ,11'''TIlS:IO do limite, como de uma determina<;ao puramente, ", 11'01do ',(" ;1'-,Icm sell fundamento na confusao do limite qualitativo, """ " '1",111111.11j \'0, Tr~lta-se aqui, antes de tudo, do !~Dj.E~.Cl!JeJi~;lJi,:yg.Se'''"1'.1,1.-1.111111'"I'IlI cxcmplo, um terreno de tres acres, isso e seu limite'1"111''',111\0 (h:I, esse tcrreno C alcmdisso~lmpr<J.c,l(),.~l1a()lI1TlbosqlIeIll. 111'",1, (' 1',',11{: seu limite qualitativo, 0 homem, na medida em que'I''''' I ',1', •.kIlI'O, dcvc "scr-af" e, para isso, deve limitar-se. Quem tem1I11"'U1"IIIII',II.I'ICi:1ao rillito nao chega absolutamente a nenhuma efetivi-"Iolt-, 111.1',IWIIII;IlICCC110abstrato e se apaga em si mesmo.

' •• '1II1',ltlcl:IIIIIOSa)!.ora,mais de perto, 0 que temos x1.9Ji,mi.ts;,veremos, '" "" '''"1(''1111'111"j 11111:1cllnrradi.,:ao, c se mostra assim~9.rTl,..c!.i':1:t~!Lc(),:,Eque" IOUIII(, tI., 11111Lillo, ('Ollstilui a realidade do ser-ai; e de outro lado e sua"' .•..,(\.111()I.I, ,llhll disso, 0 lilllite, enquamo c a ncga<;ao do Algo, nao e umII,•••.• ,IIt',II,1l0clIll',nal, IIlas' IIIII l1ada cssemc, Oll seja, aquilo que chamamostlltl C1111111hllUII 1'17111101AI/"o, 10)!.11110s'ocorrc 0 Outro, e sabemos que nao

V\~v

,:;.$1 ~§94 , ~_~

_Essa illjillit~. d.., e.,e,..a. 1J1,~. 0._~I,!~f!ga{i'l!ainfinitude, cnquanto ~1ada e ~."~,' ,~jsenao a n~ga~a? do. fint~Q, 0 qual ,entrctanto ~ascc tambem de;\~:;q-I}.9Yo; pOI' ISso Igualmente ~~'? es~a_yp_r_'!~_s._umldo; ou sep, essa Y

,,) ",9 -9-,U?--

ha somente Algo, mas que tambem ha ainda Outro. Ora, 0 Outro nao e um[ser] tal que nos so encontramos de tal forma que 0 Alga tambem poderiaser pensado sem ele; mas Algo e em si 0 Outra de si mesmo, e 0 limite doAlgo se Ihe torria objetivo no Outro. Se agora indagamos sobre a diferen<;aentre 0 Algo e 0 Dutro, mostra-se que os dois san 0 mesmo; identidade queno Iatim esra tambem expressa pela designa<;ao dos dois como alilid-alillrf.""QQu!r~:\P£mm~~2_!1Jg5?,?,"~_~.I~_I:r:,~~~~~,_~!~_~1~~le dizemos pOl' conseguinte:algo Outro [aliquid aliud, 1!J.gYJ.D~._2t,Jtra~iW. Igualmente, de outro lado, 0

primeiro Algo, diante do Dutro determinado igualmente como Algo, eJemesmo e um Outro. Quando dizemos: algo Outro, representamo-nos primei-ro que Alga, tomado pOl'si mesmo, e somenre Algo; e a determina<;ao de serum Dutro Ihe pertence somente pOl'uma considera<;ao puramente exterior.Acreditamos, pOl' exemplo, que a lua, que e algo outro que 0 sol, poderiamuito bem ser, se 0 sol nao fosse. Mas, de faw, a !ua (enquanto Algo) tem,nela mesma, seu Dutro, e isso constitui sua finitude. Platao diz: "Deus fezo mundo [a partir] da natureza do Uno e do Outro ('tau E"CEpOU);reuniu osdois, e formou deJes um terceiro que e da natureza do Uno e do Outro"[Timeu, 35 a-b]. Com isso esta expressa, de maneira geral, a natureza dofinito, que enquanto Algo nao defronta indiferentemente 0 Outro, mas e emsi 0 Dutro de si mesmo, cpOI' isso se altera. Na altera<;ao, mostra-se a con-tradi<;ao interior, de que 0 ser-af e aferado desde a origem, e que 0 impclepara alem de si mesmo. Para a represcnta~ao, 0 ser-ai aparece inicialmentecomo simplesmente positivo, e ao mesmo tempo como persistindo em re-pouso no interior de seu limite; nos sabemos decerto tambem que }odo 0

__finit()_(e~<?s~r~ai~_L!.!!!_filli~2L esta submetido a altera<;ao. Mas essa"alterabilidade" do ser-af aparece a representa<;ao como uma simples possi- It.bilidade, cuja realiza<;ao nao esta fundada nela mesma.Q_ef~!~),eor,~m",~Ite- 'rar-.~eres!ds. n~ (;onceito doser-ai, e a alt~ra<;aoe s6al11anifestar;ao do que

"Q ser=~f-e~n:;-s~i.(5'~i~ente l;';orre,e-na-\;~rdadesimplesn1ente pclo motivo~_.g_\L~.£t!Jlli>~:£~ELr~i-~~~ns;Q-£f~si_ii~,s_~oQ..z~rnie.!1(Ei-rr;orte.- -- --,

- il§ 93

Algo se torna um Outro, mas 0 Outro e, ele mesmo, um Algo;portanto torna-se igualmente um Outro, e assif!l..QQ!_sli:,lflte, ate aoJllji 11i££:.,

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infinitude exprime apenas 2J!lf!!§!.::5lf!:, __do suprassumir do finito. 0progresso ate 0 infinito fica no enunciar da contradi~ao que 0 finitocontem - de que e.tanto Algocornoeseu Olltro,; e e 0 prasseguir,que se pereniza, d~ ··afte;~~n~iade~~as d~ter~i~a~6es que se cau-sam uma a outra.

Adendo: Se fazemos incidir, fora urn do outro, esses dois momentos doser-ai, Algo e Outro, temos 0 seguinte: Algo se torna urn Outro, e esse Outroe, ele mesmo, urn Algo que como tal em seguida se altera igualmente, eassim por diante, ate 0 infinito. A reflexao acredita ter aqui chegado a algumacoisa muito excelsa, e mesmo ao que ha de supremo. Ora, esse progresso ateo infinito nao e 2.v~rdadeiro infinito, que antes consiste em estar, nesseOutro, junto de si mesmo,. ou st;:ja - exprimindo como processo -, em~hegar a si mesm;, noseu amra. E de grande importiincia apreender ade-quadamente 0 conceito da infinitude verdadeira, e nao ficar simplesmentena ma infinitude do progresso ate 0 infinito. Quando se trata da infinitudedo espavo e do tempo, e antes de tudo no progresso ate 0 infinito quehabitualmente nos detemos. Diz-se, por exemplo, "este tempo", "agora" ese ultrapassa depois incessantemente esse limite, para a frente e para wis. amesmo sucede com 0 espavo, sobre cuja infinitude sac proferidas tantasdeclamavoes vazias por astr6nomos edificantes. Cosruma-se tambem afirmarque 0 pensamento deva sucumbir, se se abandona a consideravao dessainfinitude. Ora, e sem duvida muito acertado que afinal deixemos de avanvarem tal consideravao mais longe e sdnpre mais longe, nao por causa dasublimidade, mas pdo tedio dessa tarefa. E tedioso 0 alongar-se na conside-ravao desse processo infinito, porque no caso, indo em frente, apenas repetea mesma coisa continuamente. Urn limite e POSto, [e] e ultrapassado: depoisoutra vez urn limite, e assim por dianre, ate 0 infinito. Assim, aqui nao temosoutra coisa que uma alterniincia superficial, que sempre permanece no finito.Quando se acredita livrar-se do finito atraves do caminhar para essa infinitude,essa liberta~ao e de fato a libertavao da fuga. Mas quem foge ainda nao estalivre, pois no fugir esra ainda condicionado por aquilo de que foge. Diz-se,alem disso, que 0 infinito nao se pode atingir; 0 que e total mente correto,mas s6 pelo motivo de que nele se poe a determinavao de ser algo abstra-tamente negativo.

A filosofia nao vagueia em torno de urn tal vazio, e de urn simples Alem.Aquilo de que a filosofia trata e sempre algo concreto e absolutamente pre-sente. Poe-se tambem a tarefa da filosofia em responder a questao de comoo i~finito sedecide a" sair dy si mesmo. A essa questao, que repousa napressuposivao de uma oposivao fixa:de finito e infinito, s6 ha que responderque essa oposivao e algo nao-verdad~ir?,e que de fato 0 infinito saiu eter-

namente de si mesmo, e tambem eternamente nao saiu de si mesmo. Alias,quando dizem05 que 0 infinito e 0 noo-finito, de fato com isso ja exprimimoso verdadeiro, porque 0 nao-finito ~ ja que 0 finito e~de mesmo, 0 primeironegativo - e 0 negativo da negavao, a negavao identica a si me sma; e, porconseguinte, rambem a verdadeira afirmavao.

A infinitude da reflexao, de que se fala aqui, e s6 uma tentativa deatingir a verdadeira infinitude, urn meio-termo infeliz. E esse, em geral,o ponto de vis!:a da filosofia que nos ultimos tempos se fez vigente naAlemanha. a finito deve aqui ser somente suprassumido, e 0 infinito deveser nao simplesmenre urn negativo, mas tambem urn positivo. Nesse dever--ser reside sempre a impotencia, [que consiste] em que algo e reconhe-cido como justificado, e contudo nao pode fazer-se valer. A filosofia deKant e a de Ftchte no que diz respeito a etica, fica ram nesse ponto devista do dever-ser. A incessante aproximavao da lei da razao e 0 extremoa que se chega por esse caminho. Depois, sobre esse postulado, fundou-se

b' " I"d d d I ' .,4tam em a Imorta I a e a a ma. "'t1'

§ 9S ;;1'"

c) De fata, 0 que esta presemeit que Algo se torna Omra; e queJ.

Omro, em geral. se torna Outro."Algo, na relac;ao com um outra, jae ele mesmo urn Omra para com esse Omra; por conseguime, _(;()'TI()

.~q~lilo,para 0 que passa, e exatamente 0 mesmo que aquilo quep<.lssa,os dois nao tern outra determina~ao a nao ser uma s6 e a mesmadetermina~ao: a de urn Ot/tro; ~5jmj~.~_eflL~~~l.£assa.~~.~ ..PmfQ,sQ v~m~julltar-sc:; fO~~$ig{J.lJllfSJJtfJ; e essa J"(:la~aop<:ira_(;()nsjgQ,mesmo, no passar e no Omro, eL'll!.!J!£q!i;r!!i!!.fi!!i£t~tl~.Ou, consideradonegativameme: 0 que e alterado e 0 Ot'tro;(~fsse torna 0 9li£[(LQQ-

..Qt.'!['o.~ Desse modo, '<L.s.~~.~~~s.~?ur(;ldo,mas como~~l?a9ao d3:.I1.~avao;e e 0 §eJ::.f!!!r:q:~i:

o Q~(;llj~.Q, que faz ~la~ao ~do finito~ ...c!2.j!ln~j!Q [§~rLllt~.lt;P~E~"Y~,".na:()J::,t~,asimples reflexao de que, desse modo, logoQ..,".il1fi.ni~()~.~E~!!~St,!l~.tl.os.tlois.;e que por isso se tor!la.~Q~!l?~UIl1partia,{o:,..,~.p?;r.a.()qll<llgJII}iI()...~.5L()!~~£QJ2.\1rJjflJl~r:.Urn tal infi-nito, que e s6 urn particular, esta ao /ado do finito; teII!.!l.<;:§J(:JJltim(), jusramente por isso,2..elljiIl1it~~:J~g(;llJ!Q!l~!r~ nao e 0

que deve ser, nao e 0 infinito, mas e apenas finito.Em tal rela~o, em que 0 finito esta do lado de cd e 0 infinito,do lado de M; 0 primeiro, aqtlcm; 0 segundo, a/em, atribui-se ao

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f1llito ~~II(I! d~f{llid(/de de cOllsis/ettcia e de alt/olto11tia que au inti-llilO. (,'az-sc do scr do finito um ser absolmo: [pois] em m] dua-lislIlo clc sc mantem firmc para si mesmo. Tocado, porassimdi/.n, pdo infinito, clc seria aniquilado; mas nao deve podler serIOcado pclo infinito; deve encontrar-se entre os dois um abismo,IUlla 1:lIha intransponfvel; deveQ il1fIl1it?E~~'i~'~i(~2~()I~I.t~l':I1~C:/do lado dc hi, e 0 finiro dolacl9de S;a~Quando a afirma~:ao dofil'luc pcrsistir do finito perante 0 infiniro acredita eSCllr aci-,;lIla c alem de rada a metaffsica, ~.s~aPlJr~e::.~!.I1:J?}e:smente nOI((.:rrcllo da mais ordinaria metaffsica do entcndimemo. Da-se

,-,',. ,•• , -'~...-, ..,.,-",,-,.,"- """, ...,,,-, ,-, ". .. ".7'- .~",,,,

aqlli 0 mcsmo que 0 progresso infinito exprime: em prrrneiro11I!!,ar,admite-se que oiinito nao cell! si f::.1!i!.'lJ..!Jl que 1Iii'0 Ihepcrlcllcc uma efetividade auronoma, nem um ser ab.y:.ollt/o;qllc C apcnas algo transit6ri(): Em segllltdo Illgar, tQg();;ee::~:(I' I<:(,~ isso, e se representa 0 finiro s6 frente a freme C'Dm 0

illfiuito, absolutamenteseQ<lfadodele, e sUQtrafdo dO aniqui-LIIlWIllO, como autonomo, [e] para si persistente. Quando 0

pl'lIsar acrcdita elevar-se dessa maneira ao infiniro, [0 que]Ilw SlICCdc e 0 contrario: chegar a um infiniro que c urn ltlniw;qwllas; C 0 finiro, que fora pOl' ele abandonado, antes CG.nser-\';1 10 SClllprc, c fazer dele um absoluto.I kpois da considerac;ao fcita sobre a nulidade da OPOSi<;20deClllclldilllcnto entre finito e infinito'(pode-se conferir com pro-\'l·iIO a cssc prop6sito 0~ de Platao), e bem possfvd querwslc POlito venha a mente a expressao de que assim .2iIlfigito.l' 0 IIIIilO san IIIJI so; que 0 verdageiro - a verdadeira infirntude

sc detcnnina c 'enuncia como J~I'{t!a(/~cl())nfinitoCd.O.llllito. J,'V'1';11cxprCSSa~).conterI1Lf1'!....y.~!:S!~d~-J-~!god<::_~'O.!I~::~9j_.Q1~_~j~!:::.'-.IIIClIle distorcida e falsa - como se notol! anteriormente sobre j:1 1111 i( ladc do scr e do nada. Alem disso, leva a uma Justa censuraIpor callsal da fillitiza<;(~2_9ainnl.1i~l,!.2.e::"1de um !DflI}i~2.!!Qj£Q:( :0111 cli:ito, ncssa cxprcssao 0 infinito parece dcixado tal comocSI:i; 11:106 cxprcsso exprcssamenre como sllpraSsllmido. Ou enta~,ao Icllclir-sc (j'IC 0 finito, posto como ItIIl s6 com 0 infiniro, naopodl'lia ('CnalilClIlc pcrmanccer 0 que era fora dessa unidade, epdo JlICIiOSalgo sofreria ern sua dcterminac;ao (como a pa;rassa('(}lllhillada COIIl0 :kidi) pcrdc [algo] de suas propriedadcs.), _

.ll, ,"c) Ser-para-si I q>~.'.:\":

~ ".:,..,-'§ 96 )(')"~y.. . . ''ryej ....•

O~S"t:~£~!~:~i,enquanto relac;ao p~ra consigo mesmo, c j!!1f.t/.i(t/ez; ..e, enquanto re1a~ao do negativo paraconsigo mesmo, e [0] .f.s~entc-

'\ :12ara-s1_.2E!!Q~ 0 que e em si mesmo carente-de-diferen~a, e por-tanto £Jl!!.e-excll!Lcj.f2.§i.}LQ!L£C~~ .

[ve-se que] e precisamente isso que ocorreria com 0 infinito;,/{. que, enquantoe 0 negativo, seria de seu lado igualmente em-

,"]7, botado no Omra. De fato, tal sucede tambem com 0 infiniro,,abstraro e unilateral, do entendimento. J~9E~mov~rd\).dei[Qin:.~ fini t?.nao se ~2!!.1£2r~!!_~i!E1?Ie~.!:l~?m2..SL!f.i92,.~!}_U~£~r.~I.1..

~~.~nssrva:. 1\ neg~£ao da nega~ao naoe !J111'!n.c.u~mli~a~~Q;g.i!1JJ!!k.Q~ 0 afirm,?-tivo, e s6 0 f!!2il~to (que eL~upra.~_s.l!!pi12.

IN 0 ser-para-si e introd uzida a determinac;ao da i1~qlidad~. 0ser-ai, inicialmente apreendido apenas segundo seu ser ousua afirma<;ao, tem uma realidade (§ 91); assim a finitude, deinfcio, tambem esta na -d~e;;;:;;~a<;ao da realidade. Mas averdade do finiro e, antes, sua idealidade.' .... ... .. -_. __ "·""""",""","c-..c~,·.....c~~

Do mesmo modo, tambem 0 infinito-do-entendimento, queposto ao lado do finito e de mesmo, apenas, um dos dois,,~finitos, e um (infinito] nao-verdadeiro, um infinito ideal. Essaidealidade do finiro c a proposic;ao-capital da filosofia, e toda•••.« ••-" .••.,• ., .•- ., •...••. . • .........•• ·0' •• ., ••_•.•..'" ••_~ .•••.•.••.•". •.. ••..••.•_.~~_ •••••.•••~ .•_

~ly~rdadeira filosofia eporisso ul11 ide(llisJllo~ lmporta somen-'te' na;' t;~a;'p;;-ri~finfto 0 que~em~slIa-"d~terminac;ao mes-ma, logo se rorna algo particular e finiro. Por esse motivo sechamou a atenc;ao aqlli para essa diferenc;a mais acuradamente:depende deJa 0 conceito-fundamental da filosofia, 0 verda-deiro Infinito. Essa diferenc;a se esgota mediante reflexoestotalmente simples - talvez pOl' isso despercebidas, masirreflltaveis - que estao contidas neste paragrafo.\

I

Admdo.· 0 ser-para~si e a qualidade consumada, e como tal contem 0

ser e 0 ser-af como seus momentos ideais. Enquamo ser, 0 ser-para-si esimples relayao consigo meSmo, e enquamoser-of c determinado, Comu-do, essa determinayao nao e mais a determinidade finita do algo em sua

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difercn~a do Outro, mas a dcterminidade infinita, que Contem em si adiferen~a como suprassumida.

o exemplo mais pr6ximo do ser-para-si, temos n91I;tN6s nos sabemosenquanto essente-af, primeiro como diferente de Outro cssente-af, e relacio-nado com ele. Mas, alem disso, tambem sabemos essa extensao do ser-afcomo de certa mancira cstreitando-se para [tornar-se] a forma simples do ser-para-si. Quando dizcmos; E,l, e isso a expressao da infinita _ e ao mesmotempo negativa - rela~ao consigo mesmo. Pode-se dizer que 0 homem sediferencia do animal, e assim da natureza em geml, porq,l!c se sabe como Eu;e com isso se enuncia ao mesmo tempo que as coisas da natureza naochegam ao livre ser-pam-si, mas, enquanto limitadas ao ser-af, sao sempreser-para-Outfo. Mais ainda: 0 ser-pam-si em geral deve ser compreendidocomo ideolidade, quando ao, contrario 0 ser-af foi anteriormente designadocomo realidarle. Reolirlade e idealidade sao consideradas muitas vezes comouma dupla de determina~oes que se contrapoem uma a outra com igualautonomia, e por esse motivo se diz que fora da realidade talllb/Ill ha umaidealidade. Ora, a idealidade nao e alga que haja fora e ao lado da realidade,mas 0 conceito da idea!idade consiste expressamente em ser a veroade darealidade, isto e, que a realidade, posta como e em si, mostra-se ela mesmacomo idealidad~. Nao se pode acreditar ter dado a idealidade as necessariashonras quando somente se concede que com a realidade ainda nem rudoesra dito, mas que se tern de reconhecer fora dela ainda uma idealidade.Uma tal idealidade ao lado, ou, mesmo, tambem acima da realidade, de fatoseria apenas urn nome vazio. Mas a idealidade s6 tern urn conteudo enquan-to ela e idealidade de algo: esse Algoporem nao e simplesmente um inde-terminado este ou aquele, mas e 0 ser-af determinado enquanto realidade,que mantido firmemente para si nao tern verdade alguma. Nao foi sem razaoque se compreendeu a difcren~a da natureza e do espirito de modo que sepudesse reduzir a natureza a realidade, e 0 espfrito a idealidade, como a suadetermina~ao fundamental. Ora, a natureza nao e justameme alguma coisade firme e de acabado para si mesma, que portanto poderia subsistir sem 0

espfrito; mas s6 no espfrito ela chega a sua meta e ~ s"uaverdade. Igualmenteo espfrito, por sua parte, nao e simplesmente urn Alem abstrato da natureza;mas s6 e verdadeiro e verificado como.~spf~~to na medida em que nelecontem a natureza como suprassumida. Importa recordar aqui a dupla signi-fica~ao de nosso termo alemao allfheben. Por aufheben entendemos primeiroa mesma coisa que "hinwegraumen" [ab-rogar], "negieren" [negar], e porconseguinte dizemos, Ror exemplo, que uma lei, um dispositivo sao"aufgehoben" [aQ-rogados]. Mas,alem,:dissp significa tambem 0 mesmo quefIIt/bern'ahretl [conservarJ, e nesse sentido dizemos que uma coisa esta "wohlaufgehoben" [bem conservada]. Essa ambigiiidade no uso da lfngua, segun-

d I a palavra tem uma significa~ao negativa e uma significa~aoo a qua a mesml. . - de considerar como contingente, nem se pode abso utamen-posItlva, nao se po h

f: ' I'ncruagem a censura de dar azo a confusao; mas tem-se de recon ecerte azer a lb' ., . I d' , . peculativo de nossa lfngua, que Val alcm do simp es 01l~01t. 0al 0 espmto es

entendimento.

§ 97B) A relarao do negati v~~£~_.~~g_slg?_~,~~!:!l2..e rela~ao ":gati-

'""~'~'=--"'---.- U . - mo a rellltlsao do. tanto diferencla~ao do no conslgo rncs , p_._~.=~_va, por . ,.I" d cnte; Uno; isto e, 0-20rrJ.'?!'!J!i!!!!...-'!po. Segundo a I1llCuwtez 0 ess -":p;;~~si, ess;s Muita's sao essClltes, e a repulsao dos unos cssentestorna-se sU3repulsaogc lt1lS emrela(lioaos olltros, enquanto [seres]prcsen tcs; Q!:!.J~If,l,11(!JCcllJir fs.s;fprg£();

Adel1do: Quando se fala do Uno, costumam. logo .nos vir a mente ~sMllitos. Aqui surge a pergunta: donde vem os MU~tos? Ncnh~lITIa.resp~:t~ seencontra para essa pergunta, na representa~ao, pOlSesta c?nsldera os Ult~Scomo imediatamente presentes, eo Uno [entao] conta !~stament\apenascomo lIm entre os Muitos. Segundo 0 conceito, ao contrano, ~ Uno~ on~a ~

d Muitos e esra inclufdo no pensamento do Lno, por-se a Slpressllposto os , . I - e urnM· E' que 0 uno essente para Sl, como ta , naomesmo como 0 UltoS., " _

carente-de-rela~ao como 0 ser, mas e rela~ao" ta~to como 0 ser-~I; so qll~r:.a~[' 0 TIOAlgo a Outro mas enquamo uOldade do Algo e do Ou, __

se relerc c 1 , . d' . 1 0 l' 0 mostra-rela~ao consigo mesmo;, e est~rela~~o~l1~gatlva, se~ UV[Ca.'n ue

. omo 0 absolutameme incompatfvel conslgo mesmo, como 0 q-se OISSOc , .se re ele de si mesmo; eaqllilo, como se poe, e 0 MIll/OS. ,_

todemos designar esse lado do processo pelo terr,?~ figurado de repllls~o.

Fala-se de repulsao ames de tudo no estudo da maten~, e entende-se pe 0

, , . amo e um MllltoS comporta-se emtenTIO precisamente que a matena, enqu , d'cada um desses muitos Unos como exclusiva em rela~ao a todos os ernals.Alias na,0 se pode emender 0 processo de repulsao co~o se ~ Unodfosse 0

.1:-1 E' Uno como aClrna fOI nota 0, quel"f!flele11/e e 0 Muitos 0 repellaO. antes 0 " "'. ',' dr 'd . ~r se como 0 Multos; mas ca ae justamente isto: exclUlr-se e SI mesmo e po - I

urn dos muitose e)im~~~~V!}(), e por iss?, ao comportar-s~ .C~I~Ota. ' :;sarepulsao, de tod()~os ladosse.converte aSSlm em seu contra no. a atraw .

§ 98. - [ d] " {lue e 0 OlItro; cada urn eContudo os Mmtos sao, ca a urn, .Q..~~_" ."..;

" ," ,,---,,' - 0 e a mesrnalJ b' Uno dos Muitos: n,ortanto sao um':l."~~,.,..,_...,, .. ,_no Oll, tam em, -t:_~.~ ,_ ", ,_

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\'OIS,1.Oil scja: considerada nela mesma, arep~llsa()~col11g,q~t!lJ?gr~~(f/, I" IIcgativo dos mui~()~lJI10s~_erm~_~i-- e tambem essencial-IIWI11Csua relo(iio de uns com os outros; e porque sao Un as aque-In \'Olll os quais 0 Uno se relaciona em seu repelir, neles se rela-tlOII;1 10 llno) consigo mesmo. Portamo, a!~Rtl~~g~frarrt!;>"~='!L~§_-',('III I;l!lIIentc o/ro{iio; e 0 Uno exclusivo, ou()~~c:;r~p~~g~!1i, se

•••••.•. ',(IPI.I\SlllIIe, A determinidadequaIitativa, que no Uno atin$iu seu~ '''I d('(crlllillado-em-si-e~pa-ra::st"passou-'assim '"£"~~ter7riinid~d;

Oilil/III/(f) ,1fI/Jlw:l'lllIIida, isto e, passou ao ser enquanto qllall/idade.

,\ fdosolia f1/omfs/ica 6 esse ponto de vista em que 0 absoluto se,1,'I("IlIlilla [a si mesmo] como ser-para-si, como Uno, e comoIIIIIilOSIIIIOS,Como sua for~a-fundamental, admitiu-se tambem,I 1('PllklO, qlle se revela no conceito do Uno; portIn nao e,111,1\';10,11l;IS0 (I('{ISO, isto C, 0 carente-de-pensamento, que deve1'111111m, I;ixando-se 0 Uno como Uno, seu encontrar-se juntoI "Ill OIIIIOSdeve ser visto como algo tota:lmente exterior.( ) "0/,/11, ,Idillil ido como 0 Dutro principio [que vem juntar-se] ao11"1110,(' :I ICIJlds:10 mesma, representada como 0 nada essell/e, IIIJ(' 0', ,1I0111(I';, A :uOIllfstica rccente - e a ffsica conserva ainda" Ilqll(, (",',(' IJlII)('ipio renunciou aos ,ltomos, na medida em11"' ',(' ,11('111;1lH'qllCn:ls partfcIIlas, as moleculas; com isso apro-\1111"11',c' do 1('llInl'lll,1I scnsfvel, mas abandonou a determina-(,.1111 II 11',,111II' /\11'111do qllC. colocando-se uma for~a-atrativa ao1,1.10d,1 101\,11(·Jlld~;IV;I.:1oposi\~a() na verdade se faz compte/a; e',(1','11011',I 1111111,1;11110(':;lillla ('om a descoberta dessasuposta101\'1d,1 /11111111'1,11\1.,,; ;1 I tlI IcI:11;:10das for~as, que constitui 0'1"1 1'"1 II, 'OIl(ll'lo (' dt' vndadciro, teria de ser arrancada da'"I1IIl'HllI '''11111IIhi ('Ill '1'1t' 1111dcix;ld;l :linda mesmo nos "Fun-1'11111111111'11\1IIItll~'lm d,1 ( :11'1111;1da N:lll1re'l.a de Kant". A visao,1I11111I~tllll,1I11~Inlll'lI" IIltlll"IIIlI'i, 11l11l01ise ainda mais impor-1.11111'/III 1'111111'111/,011(/111'I11l" 1111/l'aillplli fisi('lI. Segllndo essa\ liilll, II ""/11111'"dll~ SIIIJ:"I.UrI, 11111111loll, (, 0 Illilldpio do Esta-"". "'1111'1111111"I' Ihlltll 1I1'llldllCk ,Ll~ 11I"T',si,Lllln, inclillac;oes;I'll 1I111\TI'"II.II PI"II"11l 1.: ••llIdll, c' II Ida ••;lll <'XI"llia do ('ontram.

,I.lfl/'/'/ I 1\ '""iIlIHI IIll1l1lhlll,l 11I1I1I"11111f:lllll •.·.·.1'111'1'"1111dl"\l"llvol-\'11111"'"111'11(1111(\dll 1II,<ill,I' 1Iplilldpll) lie ••••" f1ll1\oflil 1\ 1'1111',l"lal." \cr-

para-si na figura do l\Iuito~.;tomo ainda h()je em dia a atomistica esta emgrande estima entre esses cientistas-da-natureza que nao querem saber dametaffsica, convem Iembrar aqui, a respeiro, que nao se escapa da meta-ffsica - e, mais precisamente. da redu~o da natureza a pensamentos -lan9ando-se nos bra90s da atomistica; pois,. de fato, 0 atomo e ele mesmourn pensamento, e assim a compreens:lo da materia como constiruida deatamos e uma compreensao metaffsiCl. Newton, sem duvida, advertiuexpressamente a ffsica que tinha de preserlo"ar-se da metaffsica; no entan-to pode-se notal', para honra sua, que nao se comportava de modo algumconforme essa advertencia. De fata, 56 os animais sao meros e purosfisicos, pois eles nao pens am; ao passo que 0 homem, como ser pensante,e urn metaffsico nato. Neste ponto, s6 importa mesmo e se a metaffsicaque se emprega e da especie correta, e notadamente se, em lugar da ideialagica concreta, nao sao as determina90es-de-pensamento unilaterais, fi-xadas pelo entendimento, [que constiruem aquilo] a que se atem, e for-mam a base de nosso agir tanto tea rico como pratico. E essa a censura queatinge a filosofia atomfstica. Os atomisras antigos (como ainda ocorre comfreqUencia hoje em dia) consideravam tudo como urn ~vluitos, e diziamque devia ser 0 acaso que reunia os atomas que giravam suspensos novazio. Ora. a rela9ao dos rvluitos entre eles nao e, de modo algum, umarela9ao puramente casual; mas (como Sl':mostrou ames) essa rela9ao estafundada ncles mesmos. E a Kant que C'Jbe 0 merito de tel' compIetado aapreensao da materia, ao considera-la como a unidade de repulsao e atra-9aO. Nessa tese, ha de correto que a atf'J9aO certamente tern de ser reeo-nhecida como 0 outro momento, contido no conceito do ser-para-si; eassim a atra9ao pertence tao essencialmeme a materia quanta a repulsao.Mas essa constru9ao - a que chamam dinamica - da materia padcce dodefeito de que a repulsao e a atra9ao, sem mais,. san poswladas comodadas, e nao sao deduzidas; pOI'essa dedu9<lO seriam tambem demonstra-dos 0 "como" eo "porque" de sua unidade simples mente afirmada. Alias,Kant recomendou expressamente que nao se considerasse a materia comodada pOI'si mesma, e dotada depois (como pol' acaso) das duas for9as aqllimencionadas; e sim como consistindo, pura e simples mente, na lInidadede/as. Durante lIm tempo, os fisicos alemaes admitiram essa "dinamicapura". No entanto, mais recentemente, a maioria desses fisicos acholl denovo mais comodo voltar ao ponto de vista do atomismo, e contra a adver-tencia de sell colega, 0 finado Kastner*', considerar a materia como consti-wfda de corpiisculos infinitamente pequenos, denominados aromos; ato-mos que em seguida estariam em re/a~ao uns com os OUtfOS,pelo jogo das

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fOf<;asatmtiva e repulsiva a eJes aderentes - ou ainda de outraquaisquer. E isso tambem uma metafisica; e na cerm ha basranrcpara guardar-se deJa, por causa de sua ausencia-de-pensamcnw.

AdeJldo 2: A passagem, indicada no paragrafo precedente, da qll,llpara a qualidade nao se encontra em nossa consciencia ordinaria. Parqualidade e a quantidade conram como um par de detcrminal,:(llsubsistem autonomas lado a lado; e isso significa, por conseguintc,coisas sao determinadas nuo s6 qualitativamente, mas tOlllbelll qllalvamente. Donde provem essas determina<;oes, e como se relacion;lltuamenre, sobre isso aqui nao se indaga. Ora, a quantidadc nuo t

. coisa que a C/ualidadc supmssumida; e e pela dialetica da qualidadc, aqlminada, que cssa suprassuns:ao se efetua. Tfnhamos aqui inicialllllser, C, como sua verdade, produziu-se 0 vir-a-ser; cste formava a p<lSS

para 0 ser-ai, e como verdade do ser-a! reconhecemos a altenll,:ao. raltera9ao mostfOu-se em seu resultado como 0 ser-para-si rcrirado das:ao ao Ourro e da passagempara esse Ourro; ser-para-si que sc Ill(l~afinal, nos _dois lados de seu processo -a repulsao c a atra<;ao - . C

o suprassumirde si mesmo, e, assim,{como 0 suprassumirj da qllal;em gemI, na totaIidade de seus momentos. Ora, essa qualid,ldc SIIlH:

mida nem e um nada abstrato, nem 0 ser iguaImente absrrato, cell(-de-determina<;1io; mas somenre 0 ser indiferente a determinidadc,essa figura do ser que se encontra tambem em nossa represenra<;ao ()J'lli,como qlfolltidode. Por conseguinte, consideramos as coisas prill1ciro~1ponto de vista de sua qualidade,~ isso vale para nos como a dcrcrJlIilli(idenrica ao ser da coisa. Se depois passamos a considera<;ao da qllalllde, essa logo nos fornece a represenra<;uo da detenninidadc indifcl(exterior, de modo que uma coisa ainda assim permanece 0 que t", Cllilsua quanridade varie, e a coisa se torne maior ou menor.