empresário | acib - cdl - intersindical - sindilojas - ed. 26

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NA ROTA DAS OPORTUNIDADES Empresários sentem o momento e resolvem empreender uma loja de móveis e decoração voltada para o mercado de médio e alto padrão ABASTECIMENTO: Eficiência energética garante economia nos processos industriais Ano 3 nº 26 JUNHO 2009 R$ 8,90 O casal de empreendedores Marco Aurélio Hirt e Lubiana aproveitou a experiência no setor para lançar a Takto, loja voltada para os consumidores A e B

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Na rota das oportuNidadesEmpresários sentem o momento e resolvem empreender uma loja de móveis e decoração voltada para o mercado de médio e alto padrão

aBasteCiMeNto: Eficiência energética garante economia nos processos industriais

Ano 3 nº 26JUNHO2009R$ 8,90

o casal de empreendedores

Marco aurélio Hirt e Lubiana aproveitou a experiência no setor para lançar a takto, loja voltada para os consumidores a e B

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Segurança pública sempre foi tema recorrente entre as reivindicações da Acib, especialmente junto ao governo estadual. Na cerimônia de posse da nova diretoria da entidade, o governador Luiz Henrique da Silveira, inclusive, lembrou esse assunto, prometendo uma reunião para discutir o efetivo policial na região. A promessa foi cumprida no mês de maio, quando repre-sentantes da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Instituto Geral de Perícias, deputados estaduais e o secretário de Segurança Pública e Defesa do Cidadão, Ronaldo Benedet, se reuniram em Blumenau com o secretário de Desenvolvimento Regional, Paulo França, e entidades de classe.

Na ocasião, o governador anunciou, entre as medidas para fortalecer a segurança em Blumenau, a vinda de mais 30 novos policiais civis, 50 novos policiais militares, 15 bombeiros militares e cinco servidores para o Instituto Geral de Perícias. Além disso, garantiu a aquisição de um veículo para a Polícia Militar e a construção de uma penitenciária industrial na região. Na mesma reunião, o secretário Ronaldo Benedet anunciou o envio de uma força-tarefa, que já está presente na cidade, a fim de acabar com a demanda reprimida relacionada ao encaminhamento dos inquéritos policiais.

Em 2005, ficou acertado que Blumenau ganharia 150 policiais militares e o prazo seria de três a cinco anos. Caso venham os 50 que faltam até ano que vem, a promessa estará cumprida.

A Acib aguarda – e continua cobrando – o cumprimento desses compromissos e está se envolvendo em todos os passos dados na direção de melhores condições de trabalho para as polícias Civil e Militar e também para o Corpo de Bombeiros. Prova disso são as reuniões que a entidade está promovendo com os representantes das corporações para ouvir os problemas e os planos que estão sendo colocados em prática.

Em maio, tivemos a presença do coronel do Corpo de Bombeiros Militar Carlos Olimpio Menestrina, que defendeu a independência da corporação e falou sobre o curso de bombeiros comunitários. Logo depois, recebemos na nossa reunião de diretoria o coronel da Polícia Militar César Luiz Dalri. E no dia 8 de junho, foi a vez do delegado regional da Polícia Civil, Rodrigo Marchetti, participar da reunião com a diretoria da Acib.

Além dos 50 policiais militares prometidos pelo governador Luiz Henrique da Silveira para Blumenau, o coronel afirmou que está pleiteando mais 50 homens para outras cidades da região, pedido endossado pela Associação Empresarial. Além disso, a PM trabalha pela instalação de um batalhão na região norte da cidade.

Ações como essa, reforçam o envolvimento comunitário e o empenho da Acib em conquistar benefícios para toda a po-pulação, trabalhando em favor não apenas da classe empresarial ou da cidade, mas de toda a região.

Ronaldo Baumgarten JuniorPresidente da Acib

Arquivo M

undi Editora

A presença de mais policiais militares nas ruas da cidade é uma das reivindicações em relação à segurança pública

As promessAs pArA Asegurança pública

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ronaldo Baumgarten Junior fala sobre Acib emomento econômicoPresidente da entidade expõe planos para os dois anos de mandato e fala sobre prioridades

08De peças a uma grife de motowaer, a riffel é sinônimo de duas rodas

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empresários avaliam capacidade da cidade para cediar eventos

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sUmÁrIo

editor eXeCutiVosidnei dos santos - 1198 Jp (mTb/sC) - [email protected] Wilke - 01227 Jp (mTb/sC) - [email protected] assisteNteGisele scopel - 02807 Jp (mTb/sC) - [email protected]ÓrteresAna paula Lauth e Kakau santos (Fotografias); Cristiane soethe Zimmermann e Juliana pfau (Institucional)editor de arteGuilherme Faust moreira - [email protected] de CapaIvan schulzeCoordeNador CoMerCiaLeduardo Bellidio - 47 3035.5500 - [email protected] eXeCutiVoNiclas mund - [email protected] tiraGeM4.000 exemplares

Infraestrutura e organização são apontadas como fundamentaispara que o setor continue a crescer

Depois de se consolidar no mercado de peças para motos, a empresa cresce apostando na moda

Kakau Santos

Kakau Santos

Ricardo Silva / PhotusPress

14 Núcleo setorial de Gestão da Qualidade

20 Ações necessárias para economizar energia

26 Como contribuir com o Fundosocial

28 CeV entre em uma nova fase

30 Casa do Comércio sediará novo pece

32 Líderes avaliam a segurança pública

34 prestando contas com João pizzolatti

36 Artigo: Ulrich Kühn fala sobre hemanos

38 Acib é notícia

40 CDL é notícia

42 sindilojas é notícia

44 memória

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TAKTo ALIA eXperIÊNCIA À oporTUNIDADeLojas de móveis e decoração foi fundada por casal de empreendedores que apostou na qualificação do mercado

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Conselho editorial

acib: ricardo stodieck, ronaldo Baumgarten Junior, Cristiane soethe Zimmermann, Charles schwanke, solange rejane schröder e rubens olbrisch CdL:marcelino Campos, José Geraldo pfau, paulo César Lopes e Jorge Luiz Caresia sindilojas:Alexandre ranieri peters, márcio rodrigues, marco Aurélio Hirt e Juliana pfau Mundi editora:sidnei dos santos e eduardo Bellidio

rua Ingo Hering, 20 – 8º andarCep: 89010-205Blumenau – sC47 3326.1230www.acib.net

Alameda rio Branco, 165Cep: 89010-300Blumenau - sC47 3221-5735 www.cdlblumenau.com.br

Alameda rio Branco, 165Cep: 89010-300Blumenau-sC 47 3221 5750 www.sindilojasblumenau.com.br

Kakau Santos

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eNtreVista CoM o presideNte da aCiB, roNALDo BAUmGArTeN JUNIor

Depois de quatro anos participando da Diretoria da Asso-ciação Empresarial de Blumenau (Acib), Ronaldo Baumgarten Junior foi eleito presidente da entidade nas eleições do dia 6 de abril de 2009. A posse ocorreu no dia 27 de abril e, desde então, ele tem dado continuidade a um trabalho que envolve o setor econômico, mas também a melhoria da qualidade de vida da população. No mesmo mês em que foi alçado à presidência da Acib, Baumgarten assumiu também a presidência da empresa da família, a Baumgarten Gráfica. Nesta entrevista, ele fala sobre os planos para sua gestão à frente da entidade, de política e da reconstrução de Blumenau após as chuvas ocorridas no final de novembro passado.

roNALDobaumgartenJUNIor

Kakau Santos

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revista empresário: Como o se-nhor descreve esta nova fase de sua vida profissional, assumindo, em um curto espaço de tempo, a presi-dência da Baumgarten Gráfica e da acib?

ronaldo Baumgarten Júnior: Cer-tamente, essas duas posições vieram caminhando paralelamente e, coinci-dentemente, aconteceram ao mesmo tempo. eu me sinto muito tranqüilo, tanto com relação à presidência da Acib, quanto da Baumgarten, por ter me preparado para assumir ambos os cargos. Na Baumgarten, estou há 26 anos, e na Acib, há quatro. Além disso, os colaboradores da Acib e da Baum-garten têm auxiliado para que o meu dia-a-dia flua de maneira serena. Te-nho certeza absoluta que conseguirei conciliar as duas funções.

re: Como será o jeito ronaldo Baumgarten Junior de presidir a acib?

Baumgarten: o jeito ronaldo de presidir a Acib será tranquilo, como sempre foi. sempre fui de delegar fun-ções, de exigir muita transparência e de dar oportunidade de crescimento para as pessoas que estão em minha volta. esse é o meu modo de adminis-trar.

re: seu pai foi presidente da en-tidade no passado. Que lições ele deixou para o senhor e para a classe empresarial de Blumenau?

Baumgarten: meu pai deixou al-guns legados para mim, como tole-rância, respeito e simplicidade. mas, o principal, e aquele que mais procuro, é a humildade, porque essa caracte-rística carrega consigo todas as outras qualidades. Acredito que para os em-presários meu pai deixou sua marca de luta e persistência. Ao se liderar uma entidade privada com voz ativa na área pública, é necessário ter grande dedicação e paciência. muitas vezes os processos demoram demais. Nada pa-recido com o dia-a-dia empresarial, no qual você toma uma decisão e pronto. A coisa pública tem um tempo diferen-te.

re: Historicamente, a acib defen-de bandeiras que visam o desenvol-vimento econômico da região. Quais destas bandeiras terão atenção es-pecial durante o seu mandato?

Baumgarten: este mandato terá como meta principal a infraestrutura da nossa região. Blumenau tem de se preocupar com o Vale do Itajaí. Nossa cidade é referência na região, portan-to, tudo aquilo que se faz a nossa volta também nos traz benefícios. se uma indústria se instalar em Gaspar, em Timbó, Indaial ou até Luiz Alves, cer-tamente Blumenau será beneficiada. o desenvolvimento econômico da nossa região passa por uma reestruturação geral, temos que dispor ao novo inves-tidor e ao investidor atual condições para que eles possam gerir seus ne-gócios da maneira ideal e que possam transmitir credibilidade a seus clientes.

re: Qual deve ser o papel da acib e demais entidades empresariais de Blumenau na reconstrução do Muni-cípio?

Baumgarten: Nós nos colocamos à disposição dos mais variados órgãos e entidades. reivindicamos e estamos fazendo as cobranças necessárias, dan-do apoio à entidade ou ao órgão que necessite. No entanto, nosso papel principal é cobrar dos órgãos gover-namentais a transparência e a agilida-de na reconstrução. Já fizemos alguns eventos de prestação de contas com os governos municipal, estadual e federal e iremos fazer tantos quantos forem necessários.

re: em sua opinião, como deve ser o relacionamento da acib com os administradores públicos, parlamen-tares e partidos políticos?

Baumgarten: Temos que man-ter uma linha de diálogo muito forte. A Acib vem, no transcorrer dos anos, mantendo este diálogo e essa é a nos-sa missão. Já passou o tempo em que acusações e debates mais eloquentes traziam algum resultado. Acredito que com muita negociação, com diploma-cia e política, conseguimos enxergar os resultados.

“o país deMoNstrouMaturidade”

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re: o cargo de presidente da acib traz uma grande visibilidade e envolvimento em questões de inte-resse público. invariavelmente, ele abre portas para uma possível carrei-ra na política. No futuro, é possível que o senhor venha a ser candidato

a algum cargo eletivo? Baumgarten: Não tenho pretensão

política. minha missão está no início. Após cumprir meu mandato, espero conseguir conduzir a Acib às mãos de uma pessoa competente, que tenha habilidade e consiga manter a mes-

ma linha de pensamento que viemos mantendo nos últimos anos. e com relação ao meu futuro, tenho a mi-nha empresa para gerir. penso que o ronaldo poderá contribuir muito de uma maneira mais discreta.

re: Como o senhor avalia a par-ticipação das três esferas de gover-no na recuperação do Vale após os estragos causados pelas chuvas?

Baumgarten: eu diria que há um esforço muito grande nas três esferas de governo. mas é certo que a buro-cracia e a complexidade com relação ao controle afetaram a velocidade da reconstrução. Temos que entender que se faz necessária. por outro lado, as expectativas geradas no pós-ca-tástrofe não contemplavam essa bu-rocracia. Hoje, infelizmente, as expli-cações estão nas mãos de quem está no convívio diário com a comunida-de. posiciono-me, aqui, em defesa do prefeito João paulo Kleinübing e do secretário paulo França. são eles que têm o contato direto com a comuni-dade e sentem na pele a cobrança da população.

re: em seu discurso de posse, o senhor deu ênfase à importância de se implantar de fato a região Metropolitana de Blumenau. Quais são os resultados práticos que isto trará para Blumenau e região? o que falta para sermos uma região metropolitana?

Baumgarten: A região metro-politana é uma discussão antiga. De-veríamos ter iniciado esse processo há muito tempo. Quem sabe hoje já estaríamos colhendo os frutos desta sinergia regional. A economia gira em torno de um raio de 30 quilômetros, as cidades interligadas distribuem melhor a economia e dão condições de mobilidade à população. eu suge-ri como primeiro passo a integração viária, porque sinto que dando este conforto para a comunidade prova-ríamos que podemos fazer com que outras melhorias aconteçam. Temos hospitais, universidades e o comér-cio bem consolidado, dispomos de todos os outros serviços e sentimos

que precisamos organizar esta região metropolitana. precisamos criar o fato e resolver as demandas. Tenho certeza absoluta que a ideia é boa e já tive ma-nifestações muito positivas das cidades que compõem a região.

Baumgarten reforça a importância da região metropolitana

eNtreVista CoM o presideNte da aCiB, roNALDo BAUmGArTeN JUNIor

Kakau Santos

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re: Como empresário e líder, como o senhor avalia a crise mun-dial? o Brasil está realmente menos vulnerável que outros países? segui-remos assim até o final da crise?

Baumgarten: A crise mundial afeta de uma maneira diferente as diversas partes do mundo. o Brasil tem a opor-tunidade de sair na frente no desen-volvimento econômico mundial. o país demonstrou maturidade, principalmen-te na área financeira. o mundo tem que se acostumar às crises: não foi a primeira, nem será a última com a qual vamos conviver. o brasileiro tem uma capacidade muito grande de recupera-ção. prova disso são os novos núme-ros da economia, que já demonstram um crescimento para o ano de 2009, coisa que no final do ano passado não se cogitava. pensava-se que este ano seria muito difícil para economia e com possíveis números negativos. Contu-do, temos expectativa de crescimento. Com relação à indústria, ela vem de-monstrando uma reação muito forte. estamos quase recuperando o índice de empregos de 2008. Tudo leva a crer

que conseguiremos bater o ano passa-do na geração de empregos, o que nos deixa bastante motivados. Digamos que 2009 não será tão duro quanto se pregava, mas também temos que levar em consideração o último trimestre de 2008 e o primeiro trimestre de 2009, que nos serviu como um alerta para que a indústria olhasse para o seu ne-gócio e avaliasse tudo aquilo que po-deria ser corrigido a fim de ser ainda mais eficiente. Vínhamos de um mo-mento muito favorável da economia e isso faz com que a empresa relaxe em determinados momentos. A crise deu um sinal de alerta para a busca de novas eficiências, tanto para a grande quanto para a pequena indústria. To-dos os empresários, empreendedores e executivos tiveram que buscar alguma

solução. Numa crise, aqueles que so-brevivem saem fortalecidos.

re: o que os empresários devem fazer neste momento para resguar-dar seus negócios?

Baumgarten: eu diria que eles têm que fazer seu dever de casa. Isto é: o empresário tem que olhar para dentro de sua empresa e detectar aquilo que está errado e manter a sua estabilidade financeira. Aproveitar este momento para aquele choque de gestão que a empresa necessita para superar esta fase que, indiscutivelmente, foi difícil para todos. o cliente mostrou para o seu fornecedor aquilo que ele necessi-ta para sobreviver. A indústria, por sua vez, tem que tomar medidas para fazer com que o seu negócio prospere.

o mundo tem que se acostumar às crises: não foi a primeira, nem será a última

com a qual vamos conviver

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empreeNDeDorIsmo

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esTILo acima de tudo

Fotos Kakau Santos

Michele [email protected]

Progresso é evolução e transfor-

mação. Um bom empresário está sempre em busca de algo mais para surpreender seu cliente e, princi-palmente, se destacar no mercado. Pensando nisso, Marco Aurélio Hirt e Lubiana Peters Hirt investiram

em um novo empreendimento que se destaca pela modernidade e pelo estilo ímpar. A inauguração da Takto, loja de móveis e decoração, marcou a primeira noite de junho com um coquetel para convidados que confe-riram de perto as linhas de mobiliário para sala e quarto, além de acessó-rios decorativos que chamam a aten-ção pelo bom gosto.

“Este espaço foi criado para as pes-soas que admiram produtos diferencia-

dos, com qualidade e design, além de preços acessíveis. Nossos móveis trazem um ar de modernidade para os ambien-tes, combinando

estilo e bom gosto”, garante Hirt, que há duas décadas trabalha neste segmento. O pai de Marco Aurélio, Isauro Hirt, está no ramo de comércio há 50 anos. A primeira loja batizada com o nome da família foi criada em Rio Negro (PR). Mais tarde, Isauro comandou a rede de lojas e, em 1994, decidiu dividir a empresa entre os filhos, surgindo novos empreendimentos.

A ideia para esta nova loja era de escolher um nome curto, com um bom efeito sonoro. “Nós contratamos uma agência de publicidade que procurou um nome de origem alemã, por causa da tra-dição da nossa cidade. Primeiramente, eles sugeriram a palavra takt, que em alemão significa tato. Para dar um melhor efeito sonoro, optamos pela palavra takto”, con-ta Lubiana, que garante o toque feminino ao novo empreendimento. Formada em Administração, a empresária é responsá-vel pela pesquisa de tendências. “Preciso acompanhar todas as feiras, já que os mó-veis seguem uma tendência, assim como a moda, conta a empresária”.

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Proprietário do imóvel de número 1069, na Rua 7 de Setembro, onde a Takto está instalada, Marco Aurélio Hirt investiu na reformulação do imóvel e na reforma interna do prédio, depois do mesmo ter sido atingido por um desbarrancamento em novembro do ano passado. “Apesar do incidente, a estrutura da edificação não foi afetada. Contratamos os melhores pro-fissionais, incluindo engenheiro hidráulico e preventivo, engenheiro civil, engenheiro eletricista, engenheiro agrimensor, geólogo e arquiteto, entre outros. Foram 45 dias para concluir o trabalho de terraplanagem para que o imóvel não seja mais atingido em caso de chuvas constantes. Cercamo-nos de toda segurança necessária para que este tipo de incidente não se repita”, expli-ca o proprietário.

Durante a reforma, o prédio de 4,4 mil metros quadrados foi dividido em áreas distintas. A parte térrea vai abrigar a Takto, além de duas outras lojas. Uma será espe-cializada na linha bebê e outra de móveis planejados. “Na verdade, uma loja com-plementa a outra. O objetivo é de que os clientes encontrem todas as opções no mesmo endereço, na hora de mobiliar a casa”, diz Hirt. A parte superior, com mais de 2 mil metros quadrados, também será locada. “Optamos em criar um depósito no fundo da loja para o aproveitamento do espaço superior, que futuramente será

alugado”, explica. A Takto ficou com 600 metros qua-

drados, enquanto a parte do depósito conta com aproximadamente 300 metros quadrados. O arquiteto Ney Cantanhede, da Módulo 2, assinou o projeto da Takto que oferece um espaço especial com aces-so a wireless, além de um cantinho para as crianças. “Achamos importante criar um ambiente de espera aconchegante, até mesmo para atender os profissionais de decoração e arquitetura”, detalha Lubiana.

reformaHirt e Lubiana (abaixo) apostam na

qualificação do mercado de decoração

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Lubiana afirma que as tendências no mercado de móveis e estofados são lan-çadas pelos fabricantes da linha média-alta, a mesma comercializada na Takto. “Eles lançam a moda no mercado e, mais tarde, a popular copia. Quando a linha popular entra no mercado com a cópia, a linha alta sai na frente com novidades, até mesmo para se diferenciar no merca-do, apesar de se destacar pela qualidade e pelo design”, analisa a empreendedora. Lubiana adianta que uma das tendências é o retorno dos tampos de madeira e do acabamento em alto-brilho. A previsão é que, em dois anos, o alto-brilho irá retor-nar. “É igual roupa, quando a moda retor-na com força depois de um tempo”, diz a empreendedora.

Os principais fornecedores da Takto

são a Rudnick Incolar, Polo, Enele, KF Estofados, Confort Flex, Maximila e SD Design. Estes fornecedores são exclusi-vos. Além da variedade de estofados, pol-tronas, mesas de jantar, mesas de centro, cadeiras e armários, entre outros, a loja também oferece quadros, tapetes e va-sos. São seis funcionários treinados com duas atendentes formadas em Design. “Treinamos todos os colaboradores para dar suporte ao cliente, oferecendo um atendimento personalizado. Estamos fo-cados em ser uma das melhores lojas da área não só em Blumenau, mas na região. Selecionamos fornecedores de qualidade, além de oferecer um catálogo com varie-dade de produtos e acabamentos, já que os materiais garantem um diferencial aos móveis”, diz Hirt.

Marcas que lançam tendências

perFIL

Área total: aproximadamente 900 m²

Funcionários: 6

principais fornecedores: rudnick Incolar, polo, enele, KF estofados, Confort Flex, maximila, sD Design e Tapetes são Carlos

Fotos Ivan Schulze

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Quando o Núcleo de Gestão e Qualidade iniciou as atividades em ou-tubro de 2004, reunia principalmente profissionais das empresas têxteis responsáveis pelo controle da quali-dade. Porém, não demorou para que o núcleo se tornasse multissetorial, composto por profissionais que tra-balham nas áreas de gestão, controle de qualidade e processos em geral de empresas de segmentos variados da indústria e de serviços.

Tendo como principal objetivo desen-volver e promover a melhoria contínua da

gestão e qualidade nas empresas e comuni-dade, o foco deste núcleo vai além da busca pela excelência em produtos. As atividades englobam a empresa como um todo, or-ganizando e determinando processos. Nas reuniões mensais do grupo, os participantes têm conhecimento de cases e ferramentas que podem auxiliar no procedimento das outras. Para a coordenadora do núcleo, Mi-chelly das Neves, um dos grandes desafios é desmitificar o pensamento de que quali-dade está relacionada apenas ao produto. “Através de inspeção, ou como se chama, controle de qualidade, deve-se ter uma vi-são mais ampla”, afirma a coordenadora. A gestão da qualidade envolve múltiplos seto-res, sejam processos de gestão, de produ-ção, de marketing, de gestão de pessoal, de faturamento, de cobrança, entre outros.

Segundo Michelly, na prática, a qualida-de pode ser vista sob duas formas: externa, que corresponde à satisfação dos clientes; e a interna, que se refere à melhoria do fun-cionamento interno da empresa. Juntas, elas permitem que a empresa trabalhe em me-lhores condições, trazendo uma relação de confiança e lucros sobre o plano financeiro ou humano. Tudo isso também envolve um esforço conjunto e exige modificações dos hábitos de trabalho, ou mesmo as mudan-ças organizacionais.

Para alcançar os objetivos, as empresas podem lançar mão de métodos e técnicas que ajudarão na organização e produtivida-de dos processos. De acordo com a co-ordenadora do núcleo, é fundamental ter ferramentas que auxiliam na elaboração de planos de ação, e estatísticas que eviden-

ciem os problemas, facilitando a análise e auxiliando na identificação de soluções para os problemas. Segundo ela, empresas que são referência no assunto mostram a im-portância e benefícios conquistados com a prática da qualidade em gestão. “Temos o case de uma empresa de Blumenau que chegou ao número de R$ 5 milhões em re-dução de custos ao implantar melhorias nos processos”, destaca Michelly.

INTeGrANTes

NúCLeos seTorIAIs

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os GUArDIões

da qualidade

ATIVIDADes

para disseminar conceitos e atingir os objetivos do núcleo, são realizados eventos que além do aprendizado, incentivam outras empre-sas com cases reais que deram certo.

Kakau Santos

olimpíada da Qualidade - realizada em 2006 e 2007, envolvendo mais de 600 pessoas (direta e indiretamente) e 28 empresas, em atividades relacionadas a qualidade, responsabilidade social, ambiental e segurança

palestra: Buscando a excelência em serviços - empresa Fedex

Workshop de excelência em Gestão com cases sobre os assuntos:

• Indicadores de Desempenho - empresa WeG

• Lean manufactoring - empresa WeG

• Gestão de Fornecedores - empresa embraco

• Gestão em serviços - empresa Fedex

• Gestão de pessoas - empresa Intelbras

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seminário - revisão da norma Iso 9001 versão 2008 com a consultora simone raiser

Visita técnica na souza Cruz

Integração com o núcleo de responsabilidade social - Apre-sentação do Case Dudalina.

michelly das Neves coordena o Núcleo de Gestão e Qualidade

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CAse De sUCesso

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DAs peÇAs pArA moTos Ao mercado da moda

O mundo sobre duas rodas sem-pre fez parte da história do em-preendedor Renaldo Riffel Júnior. Como o pai não tinha carro, levava a família para passear de motone-ta. “Às vezes, ele me deixava frear

a Lambreta. Desde esta época, eu tenho uma paixão por motos”, de-clara o primogênito, que é formado em Administração, com pós-gradu-ação em Gestão Empresarial e pre-side a empresa.

Em 2001, Renaldo Júnior tomou a frente da Riffel. A empresa fabrica peças para motocicletas e está instalada na Rua Maringá, no Bairro Salto do Norte, em Blumenau. São 120 funcionários distri-buídos em uma área de 5,4 mil metros quadrados. Fazem parte da estrutura os departamentos de administração, finan-ceiro, comercial, engenharia, desenvolvi-mento, usinagem, expedição, almoxari-fado e estamparia.

A empresa – que conta também com a dedicação do sócio Sigbert Geis-ler, responsável pela parte operacional – conta com a certificação ISO 9000 e está apta a receber a certificação ISO 14000.

Alguns setores, como a ferramenta-ria, foram terceirizados. “Ainda temos uma parte de estamparia e montagem na empresa, porque o restante desses setores foi terceirizado. Vale a pena esta transferência na produção, por-que ganhamos no custo e até mesmo na qualidade”, afirma o presidente da empresa, que trabalha com a linha de reposição e atende grandes montadoras como a Honda, Yamaha e Suzuki. Hoje, os produtos da Riffel são vendidos em centenas de lojas e oficinas espalhadas pelo País.

No início, a Riffel trabalhava apenas com peças de reposição e, aos poucos, foi se direcionando para as montado-ras. Isso exigiu profissionalismo, além da alta qualidade dos produtos. “Fomos forçados a investir em laboratórios e engenharia, entre outros, e isso acabou alavancando a nossa marca. Estamos buscando um diferencial no mercado, terceirizando e importando”. Hoje, a Ri-ffel tem uma parceria com uma fábrica na China. “Nós temos uma participação em uma empresa chinesa, com gente nossa lá”. A Riffel entrou com a tecno-logia, a marca e o volume de vendas no Brasil. Também havia uma unidade de distribuição nos Estados Unidos, que foi ativada em 2004 e que, agora, está sen-do reavaliada devido à crise econômica mundial. “O nosso setor foi bastante atingido, mas já estamos sentindo uma melhora”, garante.

Kakau Santos

renaldo riffel Jr. e o diretor Celso Lottelli: aposta no motowear

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Kaka

u Sa

ntos

empresa entrou no ramo da moda

A ideia de criar uma grife só com produtos de moda moto nasceu em 2003. “Durante um fim de semana, saí com uma camiseta promocional de um evento da Federação Catarinense de Motociclismo com a logomarca da Riffel, que era uma das patrocinadoras. Como tinham pessoas que queriam saber onde eu tinha comprado a camiseta, fiquei atento ao fato das pessoas estarem dis-postas a pagar para usar a nossa marca. Descobrimos que a nossa marca tinha potencial para muito mais do que peças para motos”, conta Renaldo Riffel Júnior, que é responsável pelo lado estratégico da Riffel, que envolve o direcionamento da empresa e novos negócios.

Foi então que a Riffel começou a analisar o mercado da moda através de profissionais especializados que foram contratados para viabilizar uma grife de motowear. “Eu pensei que, se existia a

moda country e surfwear, por que não criar a moda moto?”, explica. A ideia ini-cial era criar um produto que as pessoas pudessem identificar a paixão sobre o universo que tem o foco em duas rodas. Dentro desse mercado, a Riffel também encontrou um nicho que é das roupas de segurança para motociclistas.

Em 2005, foi lançada a primeira co-leção da grife Riffel Motospirit, ofere-cendo estilo para quem gosta da sensa-ção de liberdade e aposta em um design moderno. As coleções são formadas por calças jeans, camisetas, cintos, coletes, bonés, jaquetas e moletons inspirados no estilo de vida dos motociclistas, nas versões masculina e feminina. “A cria-ção é nossa, mas a confecção é tercei-rizada. Cuidamos apenas do conceito e do design, que é o nosso foco”, explica Renaldo Júnior.

A comercialização da grife começou

sendo feita em lojas de peças para mo-tos. Hoje, a marca já conta com uma loja em Balneário Camboriú, além de estar à venda em 800 pontos, entre re-vendas de artigos para motos e lojas de roupas multimarcas.

A marca também oferece luvas e botas de segurança, além de calças e jaquetas impermeáveis, desenvolvidas com tecnologia internacional. “Também estamos analisando a possibilidade de comercializar mochilas, óculos e relógios com a nossa marca. Já desenvolvemos alguns modelos de óculos com foco no motociclismo”, adianta Celso Lottelli, diretor da empresa para o segmento de motowear. O setor conta com 13 profissionais ligados à criação. Lottelli acredita que a empresa vai passar a ser reconhecida e valorizada nacionalmente através da grife de roupas e acessórios para motociclistas.

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setor de criação desenvolveas roupas temáticas da riffel

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CAse De sUCesso

Kakau Santos

projeto pescarRenaldo Riffel Júnior queria encon-

trar um programa social que prevenisse e não remediasse os problemas sociais. Em 2002, resolveu apostar no Projeto Pescar, tornado a empresa pioneira em Santa Catarina. Partindo do princípio de um provérbio chinês – que diz que “se deres um peixe a um homem faminto, vais alimentá-lo por um dia, mas se o ensinares a pescar, vais alimentá-lo por toda a vida” -, o projeto criado no Rio Grande do Sul funciona como uma fran-quia social. São 20 vagas abertas anual-mente na Riffel para atender adolescen-tes de baixa renda, entre 15 e 18 anos.

O objetivo deste projeto, criado em 1976, é tirar os jovens da situação de risco, transformando-os em profissionais capacitados e cidadãos conscientes. “O Projeto Pescar é uma iniciativa mantida por entidades sem fins lucrativos, com a intenção de preparar jovens de baixa renda para inclusão social e inserção no mercado de trabalho”, explica Renaldo Júnior. Durante o curso, os jovens apren-

dem sobre alguma área profissional de acordo com o ramo que a empresa tra-balha, além de orientações sobre cida-dania, meio ambiente, educação sexual e família. Após o curso, os orientadores procuram inserir cada jovem em uma vaga no mercado, segundo cada perfil.

perFIL

Fundação: abril de 2003

razão social: riffel moto peças Ltda.

ramo de atividade: metalúrgica

Número de empregos: 127 diretos e cerca de 150 indiretos

Faturamento 2008: r$ 96 milhões

previsão de faturamento 2009: aumento de 20%

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Gisele [email protected]

Depois da matéria-prima, a energia elétrica é o insumo mais caro da in-dústria. Buscar medidas que reduzam o consumo e evitem o desperdício são ferramentas que, além da economia, contribuem para a sustentabilidade da empresa e do Planeta. Segundo o sócio-gerente da Eletrofag Representações, Giovani Athayde Schmitt, economizar energia elétrica é simplesmente des-ligar um equipamento, uma lâmpada. Porém, muitas vezes, isso significa abrir mão do conforto e da produtividade. O que a eficiência energética propõe é produzir mais utilizando menos re-cursos. Para as empresas, isso reflete no ganho de produção com redução do consumo. “Um dos grandes desafios das empresas é encontrar a eficiência energética”, afirma Schmitt.

O uso inadequado dos aparelhos e sis-temas é uma grande fonte de desperdício.

Assim como uma lâmpada acesa em uma sala vazia perde o propósito, um motor elé-trico instalado inadequadamente dentro de uma empresa vai trabalhar mais e produzir menos. A Engenharia de Aplicação existe para analisar nas indústrias as características do projeto, do processo e do ambiente para adequar a utilização à especificação dos mo-tores, garantindo o aumento da vida útil e confiabilidade dos equipamentos.

Schmitt constata que o valor de aquisição de um equipamento não reflete o consumo. Portanto, pagar menos em um eletrodo-méstico ou máquinas industriais na hora da compra não garante que o gasto com ener-gia seja menor. Exemplo disso são os con-dicionadores de ar tipo spliter de parede, que chegam a consumir 30% menos que os condicionadores de ar normais. As TVs de LCD são mais eficientes que as de plasma, que dissipam mais da metade da energia em calor, ou seja, gastam o dobro da TV de LCD. Isso significa que, ao longo do tempo de utili-zação, o dinheiro gasto com aquele aparelho será maior do que o que era mais caro, po-rém mais eficiente energeticamente.

20

É Tempo De

eNerGIA

Fotos Kakau Santos

schmitt: eficiência energética é o desafio

evitar desperdícios

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Schmitt ressalta que as empresas que estão começando as ativida-des precisam se preocupar em ter uma estrutura focada na eficiência energética desde o início. Ele enfatiza que é comum em alguns setores da indústria encontrar máquinas antigas, com conceito ultrapassado, consumindo mais energia. “Antigamente, a energia não era tão cara”, argumenta. O consumo em motores equivale a 55% da energia de uma fábrica, 30% são gastos em transformação térmica, com aque-cimento e refrigeração. Por isso, é importante manter a limpeza dos equipamentos, já que a sujeira faz com que o motor aqueça, além de reduzir a vida útil.

Muitas vezes, somente alguns ajustes, como o alinhamento dos equipamentos, podem melhorar a eficiência sem a necessidade de novas máquinas. Já quando o motor elétrico sofre algum dano, a ma-nutenção é questionável, segundo Schmitt, apesar da aparente econo-mia imediata. “O conserto pode ser mais barato que a aquisição de uma máquina mais moderna, porém, pode gerar perdas e interferir na eficiência energética. A melhor decisão pode ser a troca por um equi-pamento novo, que pode se pagar em menos de um ano”, alerta.

Manutenção é fundamental

Os inversores de frequência têm sido grandes aliados na economia de energia elétrica. A função desses equipamentos é variar a velocidade dos motores de acordo com a necessidade. Os sistemas de captação de água de edifícios, por exemplo, têm maior pico durante um determinado horário do dia. O inversor de frequência identifica a demanda maior e mantém o motor ligado. Quando ela diminui, o motor é desligado, para que não haja desperdício. Da mesma forma, o ar-condicionado de grandes espaços é bom exemplo da utilização desse sistema, pois varia de acordo com a temperatura interna do ambiente.

Apesar de trabalhar no atendimento a grandes indústrias, Schmitt alerta que a eficiência energética pode ser encontrada nas pequenas atitudes do cotidiano. Consumir alimentos saudá-veis reduz a necessidade de ir ao médico, consequentemente, reduz o consumo de remédios, aumentando a qualidade de vida. “Essas atitudes devem se tornar um hábito, não pode dei-xar morrer. Todas as pessoas devem estar comprometidas com a nova política de gerenciamento energético”, afirma.

automatizaçãode processos

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22

Com 12 usinas hidrelétricas, a empresa distribuidora de energia elétrica em Santa Catarina, a Centrais Elétricas de Santa Ca-tarina S.A. (Celesc), gera apenas 3% do to-tal consumido pelos 262 municípios (um no Paraná) de concessão da empresa. Os 97% restantes são comprados de outras empresas geradoras, como a Itaipu. De acordo com o chefe da Agência Regional da Celesc em Blumenau, Régis Evaloir da Silva, as perdas elétricas que ocorrem na transmissão da energia até o consumidor são difíceis de controlar, pois são referen-tes à conexão e equipamentos. Porém, o maior desperdício da energia está ligado diretamente ao mau uso dela. As maiores perdas comerciais são provenientes das fraudes – os famosos gatos.

Apesar do alto custo gerado por estes atos de desonestidade, Silva acredita que o maior problema do consumo de energia é uma questão cultural. “Está ligado aos hábitos e à educação. Essa nova geração de consumidores deve mostrar resulta-dos positivos na preservação da natureza. Energia elétrica é barata, mas só se usada racionalmente”. Ele aponta algumas ações eficazes que podem ser aplicadas no dia-a-dia que se convertem em economia de

recursos e para o bolso, como trocar as lâmpadas incandescentes, que dissipam 95% da energia em calor, pelas lâmpadas fluorescentes, que duram e rendem mais.

Buscar alternativas renováveis de geração energética, que não poluam e sejam infinitas é o ideal. Exemplo disso são as energias solar e eólica. Placas de aquecimento solar não são novidade por aqui quando se trata do aquecimento da água, mas elas também podem gerar luz, o que seria uma revolução nos gastos com iluminação pública. Instalados em locais de ventos constantes, os aerogeradores produzem energia elétrica limpa, sem causar impacto ambiental com áreas de alagamento. Apesar do receio de alguns, a energia nuclear é uma fonte muito utili-zada nos países da Europa.

Utilizado em mais de 40 países, o Ho-rário de Verão nada mais é do que o uso racional da energia utilizando a natureza. O chefe da Agência Regional da Celesc em Blumenau explica que com a mudan-ça, a iluminação pública acende depois do horário em que normalmente as pesso-as chegam em casa. O reflexo disso é a diminuição da demanda em um mesmo horário. A arquitetura também tem con-

tribuído com a sustentabilidade do planeta focando em projetos que valorizam a utili-zação da luz natural através de janelas bem posicionadas e mais amplas.

Celesc incentiva mudança de hábitos

O coordenador do Programa de Con-servação de Energia Elétrica (Procel) em Blumenau, Jorge Zimmermann, prevê um apagão em pouco tempo. “Se não econo-mizarmos, em 2012 faltará energia elétri-ca”. Zimmermann afirma que o primeiro

passo para buscar a eficiência energética é adequar as instalações de acordo com a necessidade do produto. O Procel é um decreto presidencial de 8 de dezembro de 1993 que avalia a eficiência dos aparelhos elétricos. Aqueles que compravam a utili-

zação de menos energia para ter um bom desempenho ganham o Selo Procel que indica a eficiência do aparelho. Em uma tabela que vai do A ao G, quanto mais próximo do A, mais econômico é o ele-trodoméstico.

possibilidade de apagão

A Celesc Distribuidora também incen-tiva a comunidade a desenvolver projetos comprometidos com a sustentabilidade da sociedade, através do Programa de Res-ponsabilidade Social. Envolvido no pro-jeto Energia do Futuro, o aposentado de Tubarão José Alcino Albano idealizou um

aquecedor solar construído com embala-gens recicláveis.

Além de reduzir a poluição e dar um destino nobre às garrafas PET, caixas de leite ou suco do tipo Tetra Pak, a invenção diminui o impacto no meio ambiente pela crescente demanda de energia elétrica e

pode ser uma alternativa de renda para muitas famílias. Com um investimento de R$ 300, uma escola em Blumenau está testando o protótipo que promete uma economia de 35% a 40% no consumo de energia, além da contribuição ambiental e social.

Água quente

Jorge Zimermann (e) e régis da silva salientam a importância de se adotar

novos hábitos no consumo de energia

Kakau Santos

eNerGIA

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eVeNTos

Em maio deste ano, Blumenau sediou, simultaneamente, dois eventos de grande público. O 4º Aberto de Tênis de Santa Catari-na, que atraiu mais de 2 mil pes-soas para prestigiar a final, e a 10ª Texfair, que contou com a visita de 24,6 mil pessoas, entre lojistas de todo o País e do Exterior.

Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau (Sintex), Ul-rich Kuhn, a edição 2009 da Texfair foi um sucesso dentro da atual conjuntura macroeconômica. Entre os desafios para as próximas edições, ele destaca o cres-cimento da estrutura física do evento, uma vez que já estão sendo ocupados

100% da Vila Germânica. A Texfair é considerada a maior feira da América Latina no segmento têxtil e apresentou em primeira mão os lançamentos de mais de 400 marcas de vestuário, ma-lharia, confecção, cama, mesa, banho e decoração.

O Aberto de Tênis aconteceu nas quadras do Tabajara Tênis Clube e, para o presidente do clube, Otávio Guilher-me Margarida, o saldo do evento foi ex-tremamente positivo, tanto em relação ao público participante, quanto à orga-nização do torneio. Sediar um torneio de grande porte como este já estava nos planos do clube para comemorar os 150 anos e o fato de acontecer nos mesmos dias da Texfair abriu a oportu-nidade de os visitantes da feira terem

mais uma opção de lazer. Otávio Margarida destaca que há vá-

rias vantagens em manter o campeona-to em Blumenau, entre elas as distâncias menores para o público e o perfil dos sócios que têm um envolvimento com esse esporte, marcando presença em todas as partidas.

O presidente do Tabajara conclui que a permanência do Aberto de Tênis de Santa Catarina no clube é uma ques-tão de articulações políticas e empre-sariais, mas, certamente, Blumenau tem todas as condições de se fixar no ca-lendário mundial do tênis. “Além de ser mais um evento turístico para a cidade, é um incremento para o comércio e a economia locais”, diz Otávio Guilherme Margarida.

sUCesso DepeNDe

do calendário

Ricardo Silva / PhotusPress

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Com o apoio da Secretaria Municipal de Turismo, o principal objetivo do Blume-nau Convention & Visitors Bureau (BC&VB) é a captação de eventos de negócio e de lazer para a cidade. Segundo o presidente do BC&VB, Luciano Monteiro, a intenção é atingir os mais variados setores, seja nas áreas de serviços, tecnologia, saúde, econo-mia, administração, esportes, lazer, cultura, agrobusiness, meio ambiente, entre outros. Nessa parceria também estão envolvidos o Parque Vila Germânica, Universidade Re-gional de Blumenau (Furb) e entidades re-presentativas como Associação Empresarial de Blumenau (Acib), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Sindicato do Comércio Vare-jista de Blumenau (Sindilojas) e Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes de Blumenau e Região (Sihorbs), além do governo do Esta-do, através do Funturismo.

Contudo, para que esses eventos alcan-cem o sucesso, há que se ter uma infraes-

trutura adequada para atender aos anseios dos visitantes. De acordo com Monteiro, Blumenau tem capacidade para atender eventos do porte dos que aconteceram em maio, porém, como qualquer cidade tem um limite para realização de eventos, o ideal é que sejam em datas diferentes. “Quando acontecem as corridas de Fórmula 1 em São Paulo, duvido que alguém faça outro evento de grande porte perto do local. Os hotéis lotam, os restaurantes ficam com filas, os estacionamentos super lotados e daí por diante”, exemplifica o presidente do BC&VB. Tendo isso em vista, o melhor é procurar datas livres no calendário de eventos da ci-dade, para que não haja problemas de es-trutura, avalia.

O presidente do Sihorbs, Emil Chartou-ni Neto, enfatiza que é durante a Texfair que a rede hoteleira registra o maior público, com 100% de ocupação, seguido da Okto-berfest. No período em que aconteceram

o Aberto de Tênis e a Texfair, dois hotéis foram utilizados com exclusividade para os tenistas. Ele concorda que um calendário bem dividido só beneficia o atendimento aos visitantes. “No final, deu tudo certo, todos foram atendidos com auxílio dos 30 mil lei-tos existentes no raio de 50 quilômetros de Blumenau”, afirma Chartouni, destacando os R$ 7,5 milhões investidos na rede hoteleira nos últimos quatro anos.

Segundo Monteiro, sediar dois eventos como os que aconteceram em maio não é bom para a cidade nem para os organizado-res. “O ideal é que, sempre que possível, se faça eventos em diferentes datas para que Blumenau possa prestar um bom serviço a todos, mas entendemos que em alguns ca-sos é difícil trocar a agenda do evento, pois eles também dependem de outras agendas”, constata o presidente do BC&VB. Ele obser-va que é fundamental um centro de eventos amplo e a duplicação da BR-470.

parcerias por resultados

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Criado em 2005, o Fundo de De-senvolvimento Social (Fundosocial) é um programa do governo estadu-al destinado a financiar programas e ações de desenvolvimento, geração de emprego e renda, inclusão e pro-moção social, além de combater o êxodo rural, capacitar trabalhadores e reduzir o déficit habitacional em Santa Catarina. Segundo a Secreta-ria de Estado da Fazenda, os muni-cípios que mais contribuem para a arrecadação do Fundosocial são Flo-rianópolis, seguida de São Francisco do Sul e Blumenau aparece como a terceira cidade com maior porcenta-gem de arrecadação.

Os recursos destinados a este fundo são aplicados em diversas ações governa-mentais, cujas prioridades são analisadas pelos Conselhos de Desenvolvimento Regional e pelo Conselho Deliberativo do Fundosocial. De acordo com dados da Secretaria da Fazenda, desde a criação até 2008, o fundo aplicou recursos a ele desti-

nados nas áreas de infraestrutura; turismo, cultura e esporte; desenvolvimento so-cial, trabalho e renda; educação, ciência e tecnologia; agricultura e desenvolvimento rural; portadores de deficiência (Apaes); segurança pública; comunicação; saúde e desenvolvimento sustentável.

A distribuição dos recursos aconte-ce por meio de duas modalidades: sub-venções sociais e convênios. A primeira atende entidades sem fins lucrativos que desenvolvam atividades voltadas à inclusão e promoção social. Os recursos são des-tinados a cobrir despesas de caráter emi-nentemente público, ou seja, aquelas que cabem ao Estado, mas, de acordo com a secretaria, a aplicação por parte da inicia-tiva privada revela-se mais econômica do que se realizada pelo próprio Estado.

Já os repasses financeiros realizados pelo Fundosocial por meio de convênios priorizam as necessidades dos municípios aprovadas pelos Conselhos de Desen-volvimento Regional. As propostas são apreciadas pelo Conselho Deliberativo do Fundosocial, que, com base nos critérios

de indicador social (IDH dos municípios e quantidade populacional), indicador econômico (movimento econômico dos municípios e características da economia local) e plano de governo, delibera sobre a consecução da ação. A saída dos recursos dependerá da análise dos Conselhos Re-gionais e Deliberativo, que avaliam as pro-postas apresentadas e, com base nos cri-térios legais e planos de governo, tomam as decisões possíveis e que mais atendam aos anseios e demandas da sociedade.

ArreCADAÇão

26

os BeNeFíCIos do Fundosocial

Divulgação

Cidade % arrecadação

Florianópolis 33,5%

São Francisco do Sul 5,0%

Blumenau 4,3%

Itajaí 4,2%

Joinville 4,2%

Lages 4,1%

Total 55,3% da arreca-dação do Fundo

Quem mais arrecada

Fonte: Secretaria de Estado da Fazenda

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O contador Wilson Krueger expli-ca que os recursos do Fundosocial são provenientes da arrecadação espontânea dos contribuintes de ICMS, que podem destinar ao fundo até 6% do imposto a pagar no mês. A questão mais importante de destinar essa porcentagem ao fundo é que o empresário não terá nenhum ônus para contribuir com ações sociais. “O va-lor é descontado do imposto devido, que o empresário já tem que pagar”, explica Krueger.

Além de beneficiar a sociedade, o contador destaca que o processo para destinar a porcentagem ao Fundosocial é muito simples e prático. Junto à guia do ICMS, basta preencher uma guia especí-fica para o Fundosocial. O pagamento é feito no sistema financeiro que encaminha o valor diretamente para a arrecadação do Estado, de acordo com o código de cada guia.

Krueger ainda ressalta que, se a em-

presa investir no fundo específico do Sistema Estadual de Incentivo à Cultura, Turismo e Esporte (Seitec), aplicando um valor igual ou maior que no Fundosocial, além de ter o valor descontado do impos-to devido, ela terá um incentivo de 10% em cima do valor destinado ao Fundoso-cial descontado no valor líquido a pagar, ou seja, na hora do desembolso.

Contribuir não custa nada

Contador Wilson Krueger

Kakau Santos

Doação aoFundosocial

Aplicação Seitec Direito ao crédito

FundosocialAdicional10% (Fundosocial)

Seitec

R$ 1000,00 --- R$ 1000,00 R$ 0,00 ---

--- R$ 1000,00 --- --- R$ 1000,00

R$ 1000,00 R$ 1000,00 R$ 1000,00 R$ 100,00 R$ 1000,00

R$ 1000,00 R$ 1500,00 R$ 1000,00 R$ 100,00 R$ 1500,00

R$ 1000,00 R$ 800,00 R$ 1000,00 R$ 0,00 R$ 800,00

Exemplos de destinação

Fonte: Contador Wilson Krueger

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Com atuação desde 2002 junto à Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), o Centro Educacional Vare-jista (CEV), é a principal Escola do Varejo em Blumenau. O papel do CEV é contribuir para a melhoria e capacitação do varejo local e, des-de março deste ano, a diretoria da CDL passou a intensificar a ação na diversificação dos cursos de aper-feiçoamento profissional.

Fábio Ghedin, novo coordenador do CEV, ressalta ser natural a necessidade de atualizar e modernizar os programas ao longo do tempo e diz que diversas mudanças foram sugeridas pelos pró-prios associados. “A idéia de intensificar a atuação do CEV visa responder às mu-danças vivenciadas por todo o mercado. Além disso, a diretoria da CDL acredita na importância do CEV para o associa-do, já que o centro é a única instituição de capacitação e treinamento que tem a chancela da CDL. Com isso, entende melhor as demandas apontadas pelos varejistas e colaboradores para sua qua-lificação profissional”, avalia.

Um dos projetos já colocados em prática nesta nova fase do CEV foi a palestra do consultor Artur Ximenes – Prepare-se para Vender Mais – que reuniu cerca de 300 pessoas, em abril, no hotel Himmelblau.

Outro objetivo do CEV é fortale-cer a área de treinamentos in-company, junto a empresas e entidades. Em maio, teve destaque o curso “A Arte de Ven-der Mais e Melhor”, realizado pelo CIC Blumenau. “A iniciativa da Associação dos Lojistas do CIC permitiu a capaci-tação de mais de 100 colaboradores em um dos mais bem avaliados treinamen-tos que já realizamos”, observa Ghedin. Ele conta que outro projeto in-company de sucesso foi o curso “Atendimento e

Recepção a Clientes”, em parceria com o Sindipan, focado na realidade de aten-dentes e balconistas de panificadoras, que capacitou aproximadamente 70 pessoas. “Estes dois treinamentos são fruto da visão de dirigentes e empresá-rios que acreditam que este é o melhor momento para investir em capacitação de pessoal”, completa.

Outra linha de atuação do CEV é a customização de programas de capaci-tação para diferentes áreas de varejo e serviços. “Neste caso, podemos fazer um curso de Atendimento para óticas, bastante diferenciado em relação a um curso para postos de combustíveis, por exemplo”. Ghedin aponta ser impor-tante desenvolver capacitações e trei-namentos adaptados às características de cada segmento e conclui: “qualquer setor que tenha relacionamento direto com o público pode entrar em conta-to com o CEV, porque há condições de adaptar ou criar projetos exclusivos”.

A necessidade de educação per-manente é a mesma para pequenos ou grandes varejistas, vendedor, gerente ou empresário. Para cada um, o CEV tem

cursos específicos para os níveis ope-racional, de gerência e direção. “Além dos funcionários, os lojistas precisam se reciclar constantemente, pois liderar é dar exemplo e só há comprometimento na frente de loja quando todos sentem que esta é a cultura disseminada pela direção da empresa”, afirma Ghedin.

Um dos novos programas criados es-pecialmente para supervisores, gerentes e diretores é o Treinamento Vivencial. Ele é realizado em um sítio com obje-tivo de promover integração ao ar livre entre os participantes, com atividades de campo que visam o desenvolvimen-to da liderança e do espírito de equipe, planejamento e gestão. A primeira edi-ção do Treinamento Vivencial acontece em 28 de junho e será ministrada pelo consultor Cláudio Peixer.

“É preciso acompanhar a nova pos-tura do consumidor que está mais exi-gente, mais bem informado e tem muita opção ao seu dispor. Com isso, bom atendimento, profissionalismo e atenção redobrada ao que o cliente realmente deseja são fundamentais para os negó-cios”, finaliza Ghedin.

eNsINo CoNTINUADo

28

Kakau Santos

a novaFAse Do CeV

o novo coordenador do CeV, Fábio Ghedin: necessidade de atualização

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JUsTIÇA

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CAsA Do ComÉrCIo serÁ sede de novo pace

O Conselho Gestor do Sistema de Juizados Especiais e Programas Alternativos de Solução de Confli-tos, órgão do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina (TJ/SC), está analisando o requerimento apresentado pela Câmara de Diri-gentes Lojistas de Blumenau (CDL) para criar um convênio que viabili-za a instalação de um Posto Avan-çado de Conciliação Extraproces-sual (Pace) na Casa do Comércio, em Blumenau.

A intenção foi apresentada, ini-cialmente, ao juiz Vitoraldo Bridi que, em visita à sede da CDL, manifestou-se favorável ao projeto que irá criar o departamento aberto à comunidade. O assessor jurídico da CDL de Blume-nau, Angelito Barbieri, que trabalha há 27 anos com advocacia, diz que a ins-talação de Paces tem contribuído para

uma prestação jurisdicional mais rápida e próxima da comunidade, ampliando as formas de acesso ao Poder Judiciário para a consecução da meta de pacifica-ção social.

Barbieri afirma também que o Judici-ário local entende que esta providência, que futuramente deverá ser implantada em todo Estado de Santa Catarina, vai contribuir para tirar da Justiça as causas de menor complexidade, dando tempo para os juízes se dedicarem aos proces-sos mais complexos. “O juiz Vitoraldo Bridi é um entusiasta deste procedimen-to, já que é o coordenador estadual da instalação de postos de atendimento, também conhecidos por serventias judi-ciais”, diz o assessor jurídico.

A CDL blumenauense estima que os atendimentos iniciem no máximo em dois meses. “O tribunal já nos informou que está implementando as exigências internas para a viabilização da instala-

ção”, explica Barbieri, que atua há cin-co anos como assessor da entidade. Ele adianta que este não é um projeto da CDL de Blumenau; a entidade apenas estará disponibilizando o espaço físico, o material de expediente, infraestrutura de pessoal, equipamentos de informáti-ca e mobiliário.

“É importante esclarecer que a CDL não está buscando uma justiça para os associados dela. A entidade está bus-cando este convênio com o TJ para compartilhar este benefício com a co-munidade em geral, criando mais uma unidade jurisdicional de atendimento na cidade”, conclui o assessor. Será mais um fórum em Blumenau, a exemplo das unidades da Furb, do Ibes/Sociesc e da Uniasselvi. Barbieri acredita que a unidade anexa à Casa do Comércio vai ter uma forte demanda pela localização central e pelo apelo que a CDL tem jun-to aos associados.

Ivan Schulze

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Kaka

u Sa

ntosdescentralização

Para Barbieri, o Poder Judiciário de Santa Catarina tem inovado, implantando postos de atendimento de conciliação para distribuir o movimento dos fóruns, havendo uma efetiva descentralização. A supervisão do Pace será exercida pela Coordenadoria Estadual dos Juizados Especiais e pelo Juiz de Direito Coordenador, havendo a nome-ação de conciliadores e o respectivo treina-mento. “A nova unidade será coordenada por um juiz leigo que vai fazer a conciliação na área de cobrança, acidentes de trânsi-to e outras questões que envolvam danos em geral”. São mais de 100 procedimentos possíveis, não admitindo apenas as ques-tões de família e trabalhistas.

A instalação do Pace está contempla-da na Constituição Federal e representa a implementação de medidas de fácil concre-tização e baixo custo. O Pace terá a com-petência para recepcionar e registrar as reclamações que admitam conciliação ou instrução e cujo valor não ultrapasse a 40

vezes o salário mínimo ou as enumeradas no artigo 275 do Código de Processo Civil e Despejo para Uso Próprio.

Os advogados poderão ir à unidade para apresentar a reclamação no balcão e, então, será marcada uma audiência de conciliação para que seja feito um acordo ou para que haja uma decisão. Essa deci-são será homologada pelo juiz de Direito. “Nós temos uma estatística fornecida pelo TJ que mostra que estes juizados são muito rápidos, pois 54% das demandas se resol-vem por acordo”.

Só no Juizado Especial Central da Co-marca de Blumenau, ingressam mais de 200 ações por mês. “São quase 15 mil proces-sos tramitando no Poder Judiciário Especial. Nós precisamos descentralizar para agilizar essas audiências. Nossa proposta é manter a unidade aberta até as 22h para viabilizar o atendimento às pessoas que trabalham em horário comercial, entre outros”. Essa proposta está sendo analisada pelo TJ.

Barbieri: 54% dos casos são resolvidos por acordo nos paces

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Uma das promessas feitas pelo governador Luiz Henrique da Silvei-ra na cerimônia de posse da Acib foi a vinda dele e da cúpula da Segurança Pública a Blumenau, para discutir a questão do efetivo policial. O gover-nador prometeu rever a distribuição de policiais, caso constatasse que a cidade esteja sendo prejudicada. A reunião sobre Segurança Pública na região de Blumenau aconteceu no dia 12 de maio, na Secretaria de De-senvolvimento Regional.

Participaram da reunião o secretário de Desenvolvimento Regional de Blume-nau, Paulo França, o secretário de Segu-rança Pública e Defesa do Cidadão, Ronal-do José Benedet, o comandante-geral da Polícia Militar, Eliézio Rodrigues, os depu-tados estaduais Jean Kuhlmann, Giancarlo Tomelin e Ismael dos Santos, o delegado-geral de Polícia Civil, Maurício Skudlark, o subcomandante do Corpo de Bombeiros Militares, Cel. José Cordeiro Neto, o di-retor-geral do Instituto Geral de Perícias, Geovani Eduardo Adriano, além de auto-ridades de Segurança Pública e entidades da região.

O governador disse que o maior in-vestimento do governo em Segurança Pública sempre foi em pessoal. “Quando assumimos o governo, nossa folha mensal de pagamento era de R$ 32 milhões, hoje já estamos com R$ 74 milhões em paga-

mentos. Isso representa um crescimento expressivo no efetivo de segurança do Es-tado”, disse Luiz Henrique.

Durante o encontro, o governador anunciou medidas para fortalecer a Segu-rança Pública em Blumenau. Dentre elas, 30 novos policiais civis, 50 novos policiais militares, 15 novos bombeiros militares e cinco servidores para o Instituto Geral de Perícias.

Também foram anunciadas aquisição de um veículo para a Polícia Militar - equi-pado com uma câmera para intensificar a fiscalização –, a construção de um segundo Batalhão de Polícia Militar em Blumenau, a construção de uma penitenciária indus-trial na região, a busca por funcionários aposentados da Segurança Pública que queiram regressar ao serviço, além da já anunciada construção da nova Delegacia Regional de Polícia Civil.

No que diz respeito a uma ação ime-diata na Polícia Civil, o secretário de Se-gurança Pública e Defesa do Cidadão, Ro-naldo Benedet, comunicou a realização de uma força-tarefa. A medida, segundo ele, pretende emprestar servidores de outras regiões do Estado para normalizar a de-manda reprimida no órgão.

O governador se comprometeu a au-mentar em 41% o efetivo da Polícia Civil ainda em 2009 - com a vinda de 30 po-liciais até o final do ano. Em 2005, ficou acertada a vinda de 56 novos agentes - vieram apenas 15.

seGUrANÇA púBLICA

32

As promessAs

do governador

Kakau Santos

o Corpo de Bombeiros de Blumenau deve receber 15 novos soldados

“É necessário reconhecer a atenção que o governador Luiz Henrique deu ao nosso pleito. Poucos dias após a reunião, já vimos o helicóptero da Polícia Civil so-brevoando a cidade e 25 policias foram enviados para uma força-tarefa a fim de agilizar os processos. No caso da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, sa-bemos que o trâmite é um pouco mais demorado, tendo em vista a necessida-de de realização de concurso público e treinamento adequado. Aguardamos o cumprimento dos compromissos firma-dos e vamos continuar cobrando. Mas, temos que ter um pouco de paciência. A velocidade do governo é diferente da iniciativa privada. Penso que o problema da segurança pública não está focado exclusivamente na criminalidade, mas principalmente na prevenção, por meio de uma educação de qualidade. Temos que pensar em tirar os adolescentes das ruas e colocá-los nas escolas.”

o que dizem os líderes empresariais

Ronaldo Baumgarten JuniorPresidente da Acib

“O assunto da Segurança Pública em Blumenau, encaminhado com a interfe-rência do governador Luiz Henrique da Silveira, nos permite concluir que a polí-tica de contingente para a nossa cidade deverá se regularizar em breve. Foi ex-plicado que a diferença acontece com o número de aposentadorias que ocorre simultaneamente às novas contratações. Nós, da CDL, estaremos sempre aten-tos, desejando e buscando sempre mais segurança para a nossa comunidade e para o nosso comércio, trabalhando principalmente na prevenção”.

Marcelino CamposPresidente da CDL

“Em reunião com o governador do Es-tado sobre as necessidades urgentes de Segurança Pública em Blumenau, nós das entidades do comércio ficamos tran-quilos com os acertos que serão feitos para compensar as eventuais baixas no efetivo. O acompanhamento do cum-primento destas promessas nós faremos justamente monitorando as ocorrências junto à comunidade. Estas ocorrências refletem diretamente na atividade co-mercial da cidade.”

Alexandre Ranieri PetersPresidente do Sindilojas

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presTAÇão De CoNTAs

Eleito deputado fede-ral pela primeira vez em 1994, João An-tônio Pizzolatti (PP) está em seu quarto mandato na Câmara Federal. Atualmen-te, o parlamentar

acompanha a aplicação dos recursos do PAC na região e da Funasa para obras de saneamento em Blumenau. Sobre a possibilidade de se candida-tar ao quinto mandato, ou a outro cargo eletivo, Pizzolatti diz apenas que está à disposição dos interesses do partido.

revista empresário: Faça um breve perfil de sua vida pública:João alberto pizzolatti: Nasci em Blumenau, em 31 de outubro de 1961, e

cursei o 1º e o 2º graus no Colégio Educa-cional Doutor Blumenau, em Pomerode. Formei-me em Engenharia Civil pela Furb, em 1984, e ainda cursei Administração de Empresas. Sou fiscal da Fazenda e moro em Blumenau com minha esposa Elke Weege Pizzolatti e meus dois filhos, João Alberto e Joana Alice. Fui presidente do Sindicato dos Fiscais de Mercadorias de Trânsito, Escrivães e Exatores de Santa Ca-tarina (Sindifmteesc) e elegi-me deputado federal pela primeira vez em 1994, com 58 mil votos. Em 1998, me reelegi com 75 mil votos. Em 2006, alcancei o quarto manda-to na Câmara Federal com 89 mil votos. Antes disso, fui eleito para o terceiro man-dato com 82 mil votos, sendo o quinto parlamentar catarinense nos últimos 20 anos a assumir a presidência de uma co-missão técnica permanente – a Comissão de Minas e Energia, cujo cargo deixei em

2005. Atualmente, sou vice-presidente na-cional do Partido Progressista (PP).

re: Que balanço o senhor faz do atual mandato na Câmara Federal?pizzolatti: Meu trabalho é pautado na política de resultados. Já destinei de mi-nha cota individual orçamentária mais de R$ 15 milhões somente para Blumenau, o que, indiretamente, beneficia a toda a região do Vale do Itajaí.

re: Quais ações do seu mandato merecem ser destacadas?pizzolatti: Priorizei, nas indicações do Fórum Parlamentar Catarinense para o orçamento da União de 2009, verbas para os acessos dos municípios à rodovia BR-470. Precisamos terminar o acesso e o elevado da Via Expressa de Blumenau, discutir o túnel ligando a Rua 1º de Janeiro

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Divulgação

“meU TrABALHo É pAUTADo NApolítica de resultados”

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meu nome está à disposição do partido para colaborar com a região

à BR- 470 e o elevado no acesso a Po-merode e ponte de Gaspar. Nesta atual legislatura, venho acompanhando a apli-cação dos recursos do PAC, bem como o trabalho na liberação de recursos da Funasa para obras de saneamento em Blu-menau. Também destinei R$ 250 mil para o Hospital Santo Antônio. O dinheiro tem como objetivo aquisição de equipamentos e materiais permanentes para a instituição. Este valor é proveniente de uma Emenda Parlamentar Individual para estruturação de unidades de atenção especializada em saúde. A verba atende ao pleito do Hos-pital Santo Antônio para viabilização de reformas, melhorias de serviços e aquisi-ção de equipamentos que correspondam ao Plano Diretor da instituição. No início do ano, tive forte atuação na liberação de mais de R$ 1,1 bilhão de recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Servi-ço (FGTS) para os municípios da região,

como Pomerode, Timbó, Indaial e Rio dos Cedros, o que, de certa maneira, acelerou a economia da região. Infelizmente, o di-nheiro não trará de volta as vidas das mais de 120 pessoas que morreram na tragé-dia, mas esses recursos representam um alento de esperança e dão melhores con-dições de recuperação às mais de 305 mil famílias atingidas pelas chuvas na região.

re: Quais são seus planos para a po-lítica? pizzolatti: No momento, estou focado nas minhas ações de parlamentar. Em Blu-menau, construímos, apoiamos e estamos ajudando o prefeito João Paulo Kleinübing. A mesma parceria acontece em municí-pios da região, como Indaial, Pomerode e Rodeio, entre outras importantes cidades. Meu nome está à disposição do partido, no que for possível, para colaborar no de-senvolvimento de nossa região. D

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ArTIGo

O setor têxtil brasileiro vem sofrendo um grande impacto em função de decisões arbitrárias e ofensivas da Argentina. Digo ofensivas porque quebram qualquer tipo de acordo de livre co-mércio no Mercosul. Arbitrárias porque prejudicam o Brasil e o próprio país vizinho.

Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), Departamento de Comér-cio Exterior (Decex) e Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), os embar-ques de artigos têxteis do Brasil caíram 48% neste ano, até o mês de abril, com 131 produtos submetidos a licenças não automáticas de importação. A queda de Santa Catarina foi de 32%, com tendência declinante, pois muitos produtos catarinenses começaram a sofrer restrições somente a partir de março deste ano.

A grande questão tem sido a demora para a concessão da licença de importação. Pelas regras mundiais do comércio, um país membro da OMC pode tardar até 60 dias na emissão da respectiva licença. É raro isto ocorrer, porém, seria legal. No caso da Argentina, esta demora vai de 90, 120, 180 dias ou mais, sem nenhuma regra clara.

O resultado disso: inflação interna na Argentina, em função dos custos internos de produção, insuficientes para abastecer o mercado; crescimento da importação de de-terminados países, privilegiados por liberações mais rápidas e, como consequência, uma gradativa perda de mercado dos produtos brasileiros.

Por mais que eu saiba e procure entender os bastidores da posição brasileira com relação à Argentina, não podemos e não devemos nos conformar diante disso. Devemos buscar formas e argumentos, bater na mesa, “subir no palanque”, não aceitar esta passividade dos nossos governantes. Devemos encontrar forças, não esmorecer nesta nossa postura. Esta discussão deve ser levada até as últimas consequências.

Ulrich KuhnPresidente do Sindicato das Indústrias Têxteis de Blumenau e Região (Sintex)

Hermanos?

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CINCO MOTIVOS PARA VOCÊ ESTAR CONOSCO

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ACIB É NoTíCIA

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SEGURANçA PúBLICA É DISCUTIDA NA ACIB

A Acib tem recebido representantes dos setores envolvidos com segurança pública na cidade em reuniões da Diretoria, para se informar sobre as dificuldades enfrentadas e os projetos das corporações. O primeiro foi o coronel do Corpo de Bombeiros Militar Carlos Olimpio Menestrina, que defendeu a independência dos bombeiros com relação à criação de uma central única de atendimento em conjunto com o Samu. Ele ressaltou que os bombeiros nunca tiveram qualquer pro-blema com relação aos serviços prestados à população.

Menestrina ainda falou sobre o curso de Bombeiros Comunitários, que está oferecen-do uma turma direcionada a colaboradores de empresas com o apoio do Núcleo de Se-gurança no Trabalho e Saúde Ocupacional da Acib.

Na semana seguinte, a Acib recebeu o coronel da Polícia Militar Cesar Luiz Dalri. Além dos 50 policiais militares prometidos

pelo governador Luiz Henrique da Silveira para Blumenau, o coronel afirmou que está pleiteando mais 50 homens para outras ci-dades da região. Além disso, trabalha pela instalação de um Batalhão na região norte da cidade. Dalri também divulgou a idéia da PM de mudar o monitoramento das câmeras de segurança – hoje funcionando em frente à catedral São Paulo Apóstolo – para o quartel da Polícia Militar.

Alguns números sobre segurança pública foram anunciados pelo coronel da PM: em Blumenau são efetuadas em média 4,7 pri-sões em flagrante por dia e 70% dos envol-vidos possuem passagem pela polícia. Hoje o efetivo da cidade é de 309 policiais.

Por fim, no dia 8 de junho, a Acib recebeu o delegado regional da Polícia Civil Rodrigo Marchetti. Ele afirmou que Blumenau tem ín-dices de criminalidade per capita menor do que em outras cidades como Itajaí e Joinville, o que talvez explique o menor efetivo aqui.

Marchetti também citou a falta de vagas no presídio. Ele observou que a força tarefa que está sendo realizada pela Polícia Civil em Blu-menau resultou em diversas prisões, no en-tanto não há mais espaço para esses detentos. O delegado ainda falou sobre a necessidade de renovar o quadro de policiais e a expec-tativa de melhorar o atendimento ao público no próximo ano, quando a delegacia funcio-nará em novo prédio.

REFORMA SOLIDáRIA

O Núcleo de Decoração da Acib realiza o concurso “Reforma Solidária”, com o objetivo de reformar uma casa atingida pela tragédia de 2008. Até o dia 19 de junho as pessoas que tiveram suas residências afetadas pelas cheias poderão

escrever uma carta descrevendo sua história de superação e contando quais os danos sofridos, bem como anexan-do uma foto da casa após a tragédia. As correspondências devem ser enviadas à Acib.

Uma das histórias será selecionada por uma comissão julgadora formada por integrantes do Núcleo de Decoração da Acib e parceiros. O resultado será divul-gado no dia 30 de junho. O regulamento completo pode ser encontrado no site www.reformasolidaria.com.br

Cesar Luiz Dalri (e) luta por mais efetivo militar menestrina defende independência do Corpo de Bombeiros

Fotos Cristiane Soethe / D

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NOVOCONVêNIO

A Acib acaba de fechar um convênio com o IADE (Instituto de Administração e Direção de Empresas), garantindo 10% de desconto nas mensalidades a todos funcionários de empresas associadas à Acib nas áreas de co-nhecimento humano e educação. O benefício vale tanto para os cursos a distância quanto presenciais. Informações pelo telefone (47) 3330 7357.

Delegado rodrigo marchetti

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NOVOS ASSOCIADOS

Vip treinareFone: 47 3326-2653www.treinare.com.br

dudukaFone: 47 3036-2823

CMt’sFone: 47 3323-6698www.ctmscostura.com.br

starcel empresas Fone: 47 3041-5055www.starcel.com.br

de BerntFone: 47 3025-5800www.debernt.com.br

dlirio Flores e presentesFone: 47 3222-2797www.dlirio.com.br

iadeFone: 47 3330-7357www.institutoade.com.br

oa engenharia Fone: 47 3327-2840www.oaeng.com.br

orsevigFone: 47 3329-1276www.orsevig.com.br

CâMARA DA MULHER EMPRESáRIA DA ACIB É EXEMPLO DE ATIVIDADE

O sucesso do trabalho realizado pela Câmara da Mulher Empresária da Acib tem despertado a atenção de mulheres empreen-dedoras de outras ACIs. Exemplo disso foi a visita que o Núcleo recebeu no mês de maio, quando 13 participantes da Câmara da Mu-lher Empresária de Ibirama puderam conhe-cer um pouco das ações da CME.

Foram recebidas pelo diretor da Acib Avelino Lombardi, pela coordenadora da CME Lucia Helena Victorino, pelas assessoras Cristina Marques (planejamento) e Haida Sie-gle (marketing) e pela consultora do núcleo Marilda Steil. Na ocasião, a interação entre

os dois grupos se deu através da apresenta-ção de um vídeo institucional dos dez anos da CME, pelo relato do caso se sucesso de Cristina Marques sobre o projeto Troque Lixo por Livro, que lhe oportunizou o Prêmio Mulher Empreendedora do Sebrae no ano de 2006 e pelos exemplos de ações citadas pelas integrantes das duas CMEs presentes no encontro. Ao final, além da troca de experi-ências e conhecimento, a Câmara presenteou a comitiva com um exemplar do livro “Cada caso que elas contam é um caso de sucesso”, obra que conta a trajetória de 24 mulheres integrantes da CME da Acib.

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SEGURANçA ELETRôNICA FAZ TRABALHO PIONEIRO NO BRASIL

Técnicos, engenheiros e instaladores das empresas do Núcleo de Segurança Eletrôni-ca da Acib reuniram-se no último dia 27 de maio para discutir e formatar requisitos para a padronização da instalação de alarme patri-monial. Trata-se de um trabalho pioneiro no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Se-gurança Eletrônica (Abese).

O que existem hoje são normas regu-

lamentadoras para instalações elétricas e sistemas de detecção de incêndio, mas não padrões técnicos de instalação ou conceitos e terminologias padronizadas sobre o assun-to. Este trabalho, que abrange ainda cercas elétricas, circuito fechado de TV, controle de acesso e alarmes de incêndio, foi uma das necessidades levantadas entre os gestores e representantes das empresas nucleadas. “Tra-ta-se de um trabalho que fornecerá à socie-dade um balizamento sobre como comprar e saber o que é certo e errado em segurança eletrônica”, aponta o coordenador do núcleo Claudio Darius.

Através do trabalho em comissões, o nú-cleo vem trabalhando também na qualificação de seus colaboradores, tanto em questões técnicas quanto comerciais e marketing, por meio da criação de uma cartilha que orienta sobre a contratação de empresas de seguran-ça eletrônica.

AGENDA ACIB

o poder da comunicação persuasiva Quando: de 13 a 17 de julho Local: Viax educação Inscrições: r$200,00 (associados Acib) e r$250,00 (não associados) Informações: com Aline, telefone(47) 3326-1230 ou [email protected]

expogestão 2009 Quando: 16 a 19 de junho Local: Centreventos Cau Hansen, Joinville Informações: www.expogestao.com.br

“repensando Novas práticas na educação infantil - rotinas X desafios Constantes” Quando: 29 e 30 junho Horário: 19h às 22h Local: Acib - sala 805 promoção: Núcleo de escolas particulares de educação Infantil da Acib Inscrições: r$ 30,00 Informações: com Alexandra, telefone (47) 3326-1230 ou [email protected] Ciclo de palestras do Núcleo de Consulto-

ria e treinamento “Gestão de Insumos: da produção à eTe” Quando: 18 de junho Horário: 19h Local: Acib “Governança Corporativa” Quando: 14 de julho Horário: 19h Local: Acib Informações: com Alexandra, telefone (47) 3326-1230 ou [email protected]

treinamento drawback Quando: 30 de junho Horário: das 8h30min às 17h30min Local: sede Acib promoção: Acib/Banco do Brasil Inscrições: r$ 320,00 (associados Acib) e r$ 350,00 (não associados) Informações: com Aline, telefone (47) 3326-1230 ou [email protected]

Grupo veio conhecer o trabalho da Câmara

empresas estudam padrões para a instalação de alarme patrimonial

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CDL É NoTíCIA

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proJeTo De LeIeNTreGUe Ao preFeITo

CDL e Sindilojas reuniram-se com representantes do Procon para finalizar a redação de um projeto de lei que dá poderes para punir quem não cumpre o Código de Defesa do Consumidor. A entrega do proje-to de lei ao prefeito João Paulo Kleinübing e ao presidente da Câmara de Vereadores, Jens Juergen Mantau, foi feita no mesmo dia. O acordo prevê que o Procon passará a ter poder de punição aos infratores, sen-do que para as notificações caberá recurso que será julgado por uma junta de conciliação formada por representantes da CDL, Sindilojas, Acib, Procon, prefeitura e OAB. Hoje, o Procon não tem autorização para multar ou notificar. Faz somente o papel de intermediário em acordos ou encaminha denúncias.

BLUMENAU NA 41ª CONVENçãO ESTADUALDO COMÉRCIO

Uma comitiva de empresários lojistas de Blumenau participou, de 28 a 30 de maio, da 41ª Convenção Estadual do Comércio Lojista, realizada em Joinville. A con-venção, que teve como tema principal “Varejo Criativo – Empresas com ideias vende-doras e vencedoras”, reuniu mais de 2 mil convencionais de todo Estado. Os desafios do varejo neste período de crise, as reformas tributária e trabalhista, as perspectivas econômicas e políticas do Estado e do País e as inovações em marketing estiveram em pauta no encontro que contou com palestrantes renomados. Entre eles, Stephen Kanitz, Miriam Leitão, Mário Castelar, Glória Kalil e José Pastore.

Uma das mais prestigiadas palestras foi com o ex-capitão do Batalhão de Ope-rações Especiais (Bope), Paulo Storani, que mostrou como se forma uma “Tropa de Elite” no varejo. A CDL de Blumenau recebeu, pela terceira vez seguida, o prêmio de maior delegação, entregue na cerimônia de encerramento da convenção. “É com muita satisfação que conduzimos, todos os anos, este grande grupo de lojistas para o nosso maior encontro estadual, sempre visando a integração e o aprendizado. Espera-mos repetir a dose em 2010, em Florianópolis”, disse o presidente da CDL Blumenau, Marcelino Campos.

Alexandre peters, marcelino Campos e o coordenadordo procon de Blumenau, erivaldo Nunes Caetano Jr.

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entrega do prêmio de maior delegaçãoD

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Jantar de confraternização

ComIssão esTADUAL Criada recentemente, a comissão estadual do SPC/SC

tem como objetivo discutir e estudar meios de comu-nicação e informação voltados ao consumidor a respei-to do funcionamento do órgão. Esta comissão, formada por representantes de Balneário Camboriú, Florianópolis, Blumenau, Concórdia e Criciúma, visa melhorar a com-preensão por parte da população em geral da declaração que se recebe em caso de consulta o Serviço de Proteção do Crédito. A primeira reunião do grupo aconteceu no dia 18 de maio, em Balneário Camboriú, e contou com a presença do gerente-executivo da CDL de Blumenau, Jorge Caresia. Comissão do spC teve primeira reunião em maio, em Balneário Camboriú

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NOVOS ASSOCIADOS

CALENDáRIO CEV atendimento e recepção a Clientes

1ª Turma: Dias 30/jun, 1º e 2/jul

2ª Turma: Dias 27, 28 e 29/jul

o curso tem como objetivo orientar o participante na qualidade total do atendimento, na imagem pessoal e organizacional de sua loja com a clientela, além de dispor de informações de como atender os clientes, caracterizando-os em doze tipos.

dias 29/jun, 1º, 2, 3 e 6/jul – oratória e Comunicação persuasiva

Como vender ideias, produtos e serviços de maneira convincente e utilizar a voz, o olhar e a expressão corporal.

dias 6 a 10/jul – Matemática Financeira aplicada a Hp12C

Formar operadores da calculadora Hp12C, bem como capacitar os participantes a utilizarem os concei-tos da matemática Financeira aplicada à calculadora Hp 12C. permitir aos participantes que desenvol-vam suas habilidades de realizem operações financeiras.

dias 13 a 15/jul – arte de Vender Mais e Melhor

objetiva desenvolver novas competências no vendedor promovendo o auto conhecimento e desenvol-vendo o seu potencial para vender mais e melhor.

dias 20 a 22/jul – atendimento e telemarketing

É fundamental que o vendedor domine as características e benefícios dos produtos que vende e seja um ótimo perguntador e ouvinte para assessorar o cliente na compra. o curso aborda temas como atendimento com qualidade, o uso do telefone como ferramenta de vendas, pós-vendas e pesquisa de satisfação.

dias 30 e 31/jul – Formação de preço de Vitrine

Aspectos do decreto 5903 de agosto de 2006; Formação do preço de venda à vista e a prazo; Como divulgar corretamente; Capitalização e descapitalização; Cuidados na divulgação em comerciais e pro-pagandas; elaboração das etiquetas para vitrine e aspectos punitivos.

Local: Casa do Comércio

alameda rio Branco, 165 - Centro

Horário: 19h às 22h

LEI DO CHEQUE É SANCIONADA

O governador Luiz Henrique da Silveira aproveitou sua participação na abertura da Convenção Estadual do Comércio Lojista, em Joinville, para san-cionar as alterações na conhecida Lei do Cheque. Com a mudança, o lojista tem liberdade de firmar seus próprios crité-rios de recebimento de cheques, desde que estabeleça as condições de forma clara e de maneira que o consumidor tenha conhecimento destas de forma antecipada. A FCDL/SC, representante oficial dos lojistas em toda Santa Cata-rina, vinha lutando em conjunto com as CDLs por esta alteração, desde o início do ano, quando foi sancionada a lei que obrigava comeciantes a aceitar pagamento sem exigir tempo mínimo de conta bancária.

45° semINÁrIo esTADUAL

Será realizado em Blumenau, nos dias 17 e 18 de julho deste ano, o 45° Seminá-rio Estadual do SPC/SC. Este evento que serve para atualização, informação e troca de ideias, já se tornou uma tradição no mo-vimento lojista. O evento traz palestrantes especializados e o espaço para sanar dú-vidas. Por deter o maior e mais completo banco de dados, indispensável na análise e concessão de crédito, aliado a uma rede nacional, Renic, o SPC precisa estar cons-tantemente se atualizando, oferecendo tec-nologia de ponta, qualidade permanente e equipe capacitada. O evento será no Teatro Carlos Gomes.

TREINAMENTO PARALíDERES LOJISTAS

A CDL e Centro Educacional Varejista (CEV), em parceria com a Magos Consultoria, realizam, em 28 de junho, um Treinamento Vivencial voltado às lideranças, gerentes e supervisores do varejo de Blumenau. O treinamento propõe, de maneira inovadora, ativi-dades cooperativas desafiadoras, criativas e envolventes, realizadas ao ar livre e que fogem do convencional, como rapel, escalada, arvorismo, entre outros. Uma proposta inteligente para integrar equipes, humanizar as relações, aumentar a motivação e criar uma cultura de resultados. O treinamento acontecerá durante um dia inteiro de domingo, em um sítio em Indaial, sendo que o transporte e a alimentação estão inclusos no pacote. As vagas são limitadas e quem tiver interesse pode entrar em contato com o CEV pelo telefone (47) 32215724 ou pelo e-mail [email protected].

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sINDILoJAs É NoTíCIA

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ENCONTRO NACIONAL DOS SINDICATOS PATRONAIS Foi realizado nos dias 20, 21 e 22 de maio, no Rio de Janeiro, o 25º Encontro

Nacional de Sindicatos Patronais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, pro-movido pelo Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (Sindilojas-Rio). Cerca de 800 dirigentes sindicais de 455 sindicatos patronais do comércio, além de empresários e autoridades governamentais do setor econô-mico de todo o País estiveram reunidos discutindo assuntos atuais e de grande importância não só para a classe empresarial como para a economia do País.

Os temas foram relacionados com a administração de sindicatos de catego-ria econômica como “Responsabilidade Social no Ambiente Sindical”, “Novos Caminhos para o Sindicato Patronal”, “Reformas Trabalhista e Sindical” e “Dano Moral nas Relações Trabalhistas”.

O Sindilojas de Blumenau e Região esteve presente através da participação de seus dirigentes, bem como no trabalho de coordenação da Reunião dos Executivos dos Sindicatos Patronais do Comércio de todos os estados, exercida pelo diretor-executivo da entidade, Márcio Salvador Rodrigues. O objetivo desta reunião de executivos é apresentar trabalhos que contemplem reflexões e de-bates sobre experiências profissionais ou resultados de pesquisas no sindicalismo patronal, relacionados a temas como Administração e Finanças; Associativismo; Marketing; Qualidade de Atendimento; Treinamento e Sistemas de Comunica-ção. Os sindicatos das cidades de Porto Alegre, Caxias do Sul, Rio de Janeiro e Canoas também apresentaram trabalhos sobre Choque de Gestão; Domingo no Parque; É Preciso Treinar; Os Sindicatos em Novo Tempo e Representativi-dade.márcio salvador rodrigues (e) representou o sindilojas

ENTIDADES E PROCON ORIENTAM OS LOJISTASE CONSUMIDORES

As entidades empresariais do comércio (Sindilojas e CDL), em parceria com o Procon de Blumenau, estão distribuindo nos estabelecimentos comerciais da cidade material de orienta-ção sobre a exposição correta de preços em vitrines e etique-tas de produtos. O cartaz estampa, de maneira clara e objetiva, dados importantes que têm como objetivo manter lojistas e consumidores bem informados sobre o assunto e de acordo com a legislação. Este trabalho conjunto entre as entidades e o órgão de defesa do consumidor já tem alguns anos e está sendo renovado agora, uma vez que o material foi atualizado e redistribuído.

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FESTIVAL DE INVERNO NO SENAC BISTRôNeste Inverno, o Restaurante Senac

Bistrô oferece ótimas opções para quem gosta de aproveitar as delícias da esta-ção. A partir de junho, o restaurante tem à disposição, além do cardápio habitual,

o Menu de Inverno. Os clientes poderão degustar na casa os fondues de queijo e de chocolate e a novidade da cidade: o ra-clette – prato típico da Suíça. O festival é realizado de quarta a sábado e deve trazer

outras atrações durante a estação fria. Para os pratos de Inverno, o cliente deve fazer reserva no Restaurante Senac Bistrô, que funciona no andar térreo da Casa do Co-mércio, pelo telefone (47) 3222-0005.

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empresÁrIos CrITICAm proposTA De reDUÇão DA JorNADA De TrABALHo

Representantes das confederações nacional da Indústria (CNI) e do Comércio (CNC) criticaram, em audiência pública na Câmara Federal, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 231/95, que reduz a carga de trabalho de 44 para 40 horas semanais e aumenta o valor da hora extra de 50% do valor normal para 75%. O representante da CNC, Alain MacGregor, afirmou que a PEC não contribuirá para diminuir a taxa de desemprego no País. Segundo ele, se a redução da jornada for aprovada, será necessário re-estruturar os negócios, o que provocará queda no número de postos de tra-balho. Dagoberto Godoy, representante da CNI, acrescentou que a medida vai elevar os custos de produção. Godoy lembrou que o mercado mundial é competitivo; de acordo com ele, países como China e índia oneram menos as empresas e têm maior jornada de trabalho que o Brasil.

O relator da matéria, deputado Vicentinho (PT-SP), criticou o ponto de vista dos empresários: “Eles são patrões e nunca vão concordar com nada. Se não existissem as lutas dos sindicatos para melhorar as condições de vida, ainda haveria o trabalho análogo ao escravo. Então, nada mais normal do que o posicionamento deles; como relator, eu precisava ouvi-los, com paciência, para depois apresentar meu parecer”. De acordo com Vicentinho, a redução da jornada vai gerar empregos e, com isso, fortalecer o mercado interno.

COLUNAJURíDICA

Será considerado como ajuda de custo, sem qualquer conotação salarial, o pagamento a título de aluguel para empregado que utiliza veículo próprio (motocicleta) para realização de serviços em favor do seu empregador.

Segundo entendimento do Tribunal Superior do Trabalho, trata-se de parcela com natureza tipicamente indenizatória, pois sua finalidade é dar condições ao trabalhador de melhor exercer suas ativi-dades, servindo o pagamento não como um “plus” salarial, mas sim, como indeni-zação pelo desgaste do veículo. (Fonte: TST/RR 1595/2004 – DJe/TST n. 69/08, 12.09.08, p. 435)

USO DEVEíCULOPRóPRIO

Em face de sua importância, chama atenção o artigo 120 de Lei n° 8.213/91, muitas vezes esquecido. O seu descum-primento poderá impor pesados ônus financeiros para as empresas.

“Art. 120. Nos casos de negligência quanto às normas padrão de segurança e higiene do trabalho indicados para a pro-teção individual e coletiva, a Previdência Social proporá ação regressiva contra os responsáveis.”

Com a publicação do Decreto n° 6.042, em 23 de fevereiro de 2007, que regulamentou o Fator Acidentário de Prevenção (FAP) e o Nexo Técnico Epi-demiológico de Prevenção (NTEP), no caso de indícios de culpa ou dolo por parte do empregador, relativamente à responsabilidade pelo fato gerador dos benefícios previdenciários, o INSS, com fundamento no referido artigo, está ofi-ciando a Procuradoria Federal Previden-ciária para que esta promova no Judici-ário Federal as ações regressivas contra empregadores, com vistas a obter res-sarcimento pelos gastos que teve com a concessão de benefícios. Inúmeras ações de valores significativos correm hoje no Judiciário.

AçõES REGRESSIVAS

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O Sindilojas e a CDL promoveram, em conjunto com os associados, uma campanha promocional para aquecer as vendas no Dia dos Namorados. A ação contou com a participação dos estabelecimentos comer-ciais associados às entidades e procurou promover a data e movimentar o comércio como um todo. Com o tema “Surpreenda seu amor com um presente inesquecível”, o material da promoção destacou a troca de presentes, lembrando os consumidores que o comércio de Blumenau oferece uma gran-de variedade em produtos para a ocasião.

Os dirigentes das entidades apostaram em um significativo incremento nas vendas, sendo que o clima frio também contribui para um grande movimento de compras no mês de junho. A campanha de Dia dos Na-morados teve suporte de divulgação com mídia em televisão, rádio e outdoor, além da distribuição de material promocional para os lojistas associados.

CAMPANHA PARAO DIA DOS NAMORADOS

Divulgação

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memÓrIA

os anos 1930 começaram com o lançamento de uma campanha das indústrias da cidade. elas estampa-vam a expressão “Made in Blume-nau” em suas embalagens, incen-tivando a população a consumir os produtos locais em detrimento dos importados, com o apoio do comércio. o esforço de divulgação dos produtos locais foi reforçado pela Feira permanente de amostras de Blumenau, criada em 1932, com a adesão de quase uma centena de expositores e subvenção mensal da associação Comercial.

Devido aos aumentos de impostos e preços de matéria-prima, os fabricantes de bebidas se viram obrigados a aumentar também o preço de seus produtos. Realiza-ram estudos juntamente com uma comis-são econômica dos proprietários de hotéis e restaurantes, fixando o preço da cerveja, da gasosa e da água mineral em 200 réis por garrafa.

A Associação Comercial de Blumenau seguiu ampliando seu leque de atividades e foi credenciada pelo Ministério da Educa-ção, em 1932, para conceder o reconhe-cimento dos atestados dos guarda-livros, procedimento este exigido por lei para o registro da profissão de contador.

As indústrias cresceram e o parque fabril se diversificou. Neste período, Raul Deeke instalou na cidade a primeira indús-tria de acumuladores de Santa Catarina, a Auerbach & Werner, que se ampliou em 1933, instalando o primeiro forno elétrico e iniciando a fundição de aço. Sua razão social foi mudada para Eletro-Aço Altona.

De posse dos dados de exportação de Blumenau no primeiro semestre de 1933, a Associação Comercial reclamou ao go-verno melhores meios de escoamento de sua produção. A entidade mostrava que os empresários estavam fazendo sua par-te, mas faltava contrapartida oficial, como a conclusão da estrada de ferro até Itajaí. Nos primeiros seis meses daquele ano a cidade havia exportado quase 20 toneladas

de produtos para o Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul. Os princi-pais produtos eram: banha, manteiga, queijo e carne salgada.

O comércio de Blumenau, que tinha como tradição manter suas portas abertas até as 20h e trabalhar nos finais de sema-na, teve que se enquadrar às novas regras determinadas pelo prefeito provisório Ja-cob Alexandre Schmidt, em 1933. Ele fi-xou o horário para o funcionamento das 8h às 18h, estabelecendo ainda multa para aqueles que não respeitassem as 48 horas da jornada de trabalho semanal de seus empregados, Determinou também que as farmácias se organizassem através de uma escala, havendo sempre uma de plantão.

A Associação foi chamada para agir em diversas frentes, recebendo em 1933 o convite da Intendência do Estado para apresentar sugestão para o orçamento do Estado para o ano de 1934. Foi eleita uma comissão, formada por Curt Hering e pelo presidente Pedro Christiano Feddersen.

o comércio aderiu à campanha “made in Blumenau”, deflagrada pela indústria local como forma de vender mais

made in blumenau

Arquivo H

istórico/Divulgação

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