emerson penal mega 192

33
1 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e você? Emerson Castelo Branco – Direito Penal Mega Curso de Resolução de Questões de Direito Penal PARTE ESPECIAL (1.ª parte) Material de Aula n.° 22: Crimes contra a vida 438. (JUIZ DE DIREITO MATO GROSSO – 2004 – CESPE/UNB) Aldo é o único herdeiro de sua irmã Sofia, que sofre de depressão. Induzida por Aldo, Sofia tentou tirar sua própria vida, cortando os pulsos. Levada para o hospital pela empregada da casa, recebeu tratamento imediato, tendo sofrido lesões corporais leves. Nessa situação, Aldo responderá pelo crime de participação em suicídio. 439. (DEFENSORIA PÚBLICA DO ESPÍRITO SANTO – 2006 – CESPE/UNB) Considere a seguinte situação hipotética. Ronan, brincando de roleta-russa e sabendo que o revólver estava municiado, pôs-se a abrir, girar e fechar o tambor do mesmo por diversas vezes. Acionando o gatilho com o revólver apontado para a vítima, causou-lhe a morte. Nessa situação, é correto afirmar que Ronan responderá por homicídio culposo. 440. (DEFENSORIA PÚBLICA DO ESPÍRITO SANTO – 2006 – CESPE/UNB) Ângela, sob a influência do estado puerperal, matou o próprio filho, logo após o parto, por estrangulamento. Cessada a influência do estado puerperal, Ângela desesperou-se e, arrependida do ato praticado, foi acometida por intenso sofrimento. Nessa situação, tendo em vista que as consequências da conduta de Ângela atingiram-na profundamente, poderá o juiz aplicar o perdão judicial. 441. (DELEGADO DA POLÍCIA CIVIL/PB – 2008 – CESPE/UNB) No homicídio qualificado pela paga ou promessa de recompensa, o STJ entende atualmente que a qualificadora não se comunica ao mandante do crime. 442. (PROMOTOR/MT – CESPE/UNB – 2005) Um escritor publicou obra literária em que vários de seus personagens, com suas ideias, faziam apologia do suicídio, o que levou um leitor desconhecido, sugestionado, a ceifar a própria vida. Nessa situação, o escritor não praticou o crime de induzimento ou instigação ao suicídio. 443. (OAB – CEARÁ – 2007.3 – CESPE/UNB) Alonso, com evidente intenção homicida, praticou conduta compatível com a vontade de matar Betina. A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta.

Upload: leomarques2010

Post on 23-Nov-2015

223 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

  • 1 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    Emerson Castelo Branco Direito Penal Mega Curso de Resoluo de Questes de Direito Penal

    PARTE ESPECIAL (1. parte)

    Material de Aula n. 22: Crimes contra a vida

    438. (JUIZ DE DIREITO MATO GROSSO 2004 CESPE/UNB) Aldo o nico herdeiro de sua irm Sofia, que sofre de depresso. Induzida por Aldo, Sofia tentou tirar sua prpria vida, cortando os pulsos. Levada para o hospital pela empregada da casa, recebeu tratamento imediato, tendo sofrido leses corporais leves. Nessa situao, Aldo responder pelo crime de participao em suicdio.

    439. (DEFENSORIA PBLICA DO ESPRITO SANTO 2006 CESPE/UNB) Considere a seguinte situao hipottica. Ronan, brincando de roleta-russa e sabendo que o revlver estava municiado, ps-se a abrir, girar e fechar o tambor do mesmo por diversas vezes. Acionando o gatilho com o revlver apontado para a vtima, causou-lhe a morte. Nessa situao, correto afirmar que Ronan responder por homicdio culposo.

    440. (DEFENSORIA PBLICA DO ESPRITO SANTO 2006 CESPE/UNB) ngela, sob a influncia do estado puerperal, matou o prprio filho, logo aps o parto, por estrangulamento. Cessada a influncia do estado puerperal, ngela desesperou-se e, arrependida do ato praticado, foi acometida por intenso sofrimento. Nessa situao, tendo em vista que as consequncias da conduta de ngela atingiram-na profundamente, poder o juiz aplicar o perdo judicial.

    441. (DELEGADO DA POLCIA CIVIL/PB 2008 CESPE/UNB) No homicdio qualificado pela paga ou promessa de recompensa, o STJ entende atualmente que a qualificadora no se comunica ao mandante do crime.

    442. (PROMOTOR/MT CESPE/UNB 2005) Um escritor publicou obra literria em que vrios de seus personagens, com suas ideias, faziam apologia do suicdio, o que levou um leitor desconhecido, sugestionado, a ceifar a prpria vida. Nessa situao, o escritor no praticou o crime de induzimento ou instigao ao suicdio.

    443. (OAB CEAR 2007.3 CESPE/UNB) Alonso, com evidente inteno homicida, praticou conduta compatvel com a vontade de matar Betina. A partir dessa situao hipottica, assinale a opo correta.

  • 2 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    a) Caso Alonso interrompesse voluntariamente os atos de execuo, caracterizar se-ia desistncia voluntria, e ele s responderia pelos atos j praticados.

    b) Caso Alonso utilizasse os meios que tinha ao seu alcance para atingir a vtima, mas no conseguisse faz-lo, ele s responderia por expor a vida de terceiro a perigo.

    c) Caso Alonso fosse interrompido, durante os atos de execuo, por circunstncias alheias sua vontade, no chegando a fazer tudo que pretendia para consumar o crime, no se caracterizaria a tentativa de homicdio, mas leso corporal.

    d) Caso Alonso no fosse interrompido e, aps praticar tudo o que estava ao seu alcance para consumar o crime, resolvesse impedir o resultado, obtendo xito neste ato, caracterizar-se-ia o arrependimento posterior, mas ficaria afastado o arrependimento eficaz.

    444. (DELEGADO DA POLCIA CIVIL/PB 2008 CESPE/UNB) Com relao ao motivo torpe, a vingana pode ou no configurar a qualificadora, a depender da causa que a originou.

    445. (DELEGADO DA POLCIA CIVIL/RN 2009 CESPE/UNB) Na legislao brasileira, no se mostra possvel a existncia de um homicdio qualificado-privilegiado, uma vez que as causas qualificadoras, por serem de carter subjetivo, tornam-se incompatveis com o privilgio. Alm disso, a prpria posio topogrfica da circunstncia privilegiadora parece indicar que ela no se aplicaria aos homicdios qualificados.

    446. (OAB 2006.1 CESPE/UNB) Fbio induziu Marlia, portadora de desenvolvimento mental retardado sndrome de Down a praticar suicdio. Posteriormente, aps Marlia ter aderido ideia, Fbio emprestou-lhe um revlver, vindo ela a se matar. Nessa situao, Fbio responder por

    a) induzimento a suicdio.

    b) instigao a suicdio.

    c) auxlio a suicdio.

    d) homicdio.

    447. (OAB 2006.2 CESPE/UNB) Considere que uma gestante, sbria, estando na direo de seu veculo automotor, colida, culposamente, com um poste, causando, em razo do impacto sofrido, o aborto. Nessa situao, a conduta da gestante

    a) corresponde ao delito de homicdio.

  • 3 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    b) corresponde ao delito de leso corporal culposa.

    c) corresponde ao delito de aborto provocado pela gestante.

    d) no gera responsabilidade, haja vista a inexistncia de previso legal para a modalidade culposa de aborto.

    448. (OAB 2008.2 CESPE/UNB) O agente que mata algum, sob o domnio de violenta emoo, logo aps injusta provocao da vtima, est legalmente acobertado pela excludente da legtima defesa.

    449. (DELEGADO DA POLCIA FEDERAL CESPE/UNB 2002) Considere a seguinte situao hipottica. Um deputado federal foi surpreendido e detido por agentes de polcia, em um restaurante, no momento em que efetuou seis disparos de revlver contra um desafeto, ceifando-lhe a vida. A autoridade policial autuou o parlamentar em flagrante delito, remetendo os autos, em dezesseis horas, Cmara dos Deputados. Nessa situao, a Cmara dos Deputados, pelo voto secreto da maioria de seus membros, resolver sobre a priso e autorizar, ou no, a formao de culpa.

    450 (PROMOTOR DE JUSTIA DE TOCANTINS 2004 CESPE/UNB) Se, aps consumado o estupro, o autor, temeroso em ser reconhecido, mata a vtima, esse homicdio qualificado, para assegurar a impunidade.

    451. (DELEGADO DA POLCIA CIVIL/PB 2008 CESPE/UNB) Para a configurao da qualificadora relativa ao emprego de veneno, indiferente o fato de a vtima ingerir a substncia fora ou sem saber que o est ingerindo.

    452. (PROMOTOR DE JUSTIA DE TOCANTINS 2004 CESPE/UNB) Em regra, consuma-se o delito de homicdio no momento em que a vtima tem sua integridade fsica atingida.

    453. (DELEGADO DA POLCIA CIVIL/RN 2009 CESPE/UNB) Considere a seguinte situao hipottica. Diego e Mrcio, adultos, resolveram testar suas respectivas sortes, instigando, um ao outro, a participar de roleta russa. Em hora e local combinados, diante de um revlver municiado com apenas um projtil, cada qual comeou a puxar o gatilho contra sua prpria cabea, at que Mrcio findou por se suicidar. Nessa situao, Diego no responder por nada, pois no se pune a autoeliminao da vida.

    454. (DELEGADO DA POLCIA CIVIL/PB 2008 CESPE/UNB) A qualificadora relativa ao emprego de tortura foi tacitamente revogada pela lei especfica que previu o crime de tortura com resultado morte.

  • 4 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    455. (PROMOTOR DE JUSTIA DE TOCANTINS 2004 CESPE/UNB) Matar algum sob o domnio de violenta emoo, logo aps a injusta provocao da vtima, caracteriza o homicdio privilegiado.

    456. (DEFENSOR PBLICO ALAGOAS 2003 CESPE/UNB) Caracteriza homicdio privilegiado o fato de o agente cometer o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob a influncia de violenta emoo, provocada por ato injusto da vtima.

    457. (DEFENSOR PBLICO ALAGOAS 2003 CESPE/UNB) Os delitos de infanticdio, de aborto e de induzimento, instigao ou auxlio ao suicdio so denominados crimes contra a vida.

    458. (DELEGADO DA POLCIA CIVIL/PB 2008 CESPE/UNB) A ausncia de motivo configura motivo ftil, apto a qualificar o crime de homicdio.

    459. (AGENTE DA POLCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL 2009 CESPE/UNB) Joo, irresignado com a despedida que lhe foi imposta, resolveu atear fogo sede da empresa, quando, antes mesmo de iniciar a execuo, foi flagrado pelo vigia, que tentou segur-lo para impedir a ao criminosa, oportunidade em que Joo desferiu-lhe golpes de faca, tirando-lhe a vida. Nessa situao, Joo cometeu um homicdio qualificado pela conexo consequencial.

    460. (AGENTE DA POLCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL 2009 CESPE/UNB) Joo foi convencido pela esposa Maria prtica do suicdio para receber o seguro e pagar o tratamento mdico do filho, j que estava desempregado. Para tanto, desferiu-se um tiro na regio temporal esquerda, sendo socorrido por vizinhos. No nosocmio, verificaram que o projtil desviou-se no osso denominado rochedo e sequer penetrou no couro cabeludo. Joo foi imediatamente liberado e, aps dez dias, retornou ao trabalho que lhe foi devolvido pelo patro. Nessa situao, Maria dever responder pelo crime de induzimento, instigao ou auxlio a suicdio, na forma tentada.

    461. (AGENTE DA POLCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL 2009 CESPE/UNB) Maria descobriu que estava grvida e comunicou tal fato a Joo, seu marido, e, de comum acordo, resolveram pela prtica abortiva. Para tanto, Joo realizou manobras que resultaram na expulso e morte do feto. Nessa situao, Joo responde pelo crime de provocar aborto com o consentimento da gestante, e Maria responde como coautora de tal delito.

    462. (AGENTE DA POLCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL 2009 CESPE/UNB) Maria, trs dias aps a realizao, por Joo, seu marido, de um aborto por ela consentido, passou mal e foi levada ao hospital por seu marido, onde se constatou que a expulso do feto foi parcial,

  • 5 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    provocando infeco generalizada na gestante, que veio ao bito. Nessa situao, Joo responder por homicdio culposo mediante a impercia nos meios abortivos empregados.

    463. (PAPILOSCOPISTA DA POLCIA FEDERAL 2004 CESPE/UNB) A pessoa jurdica pode ser sujeito ativo do crime de homicdio, de acordo com a teoria da fico legal.

    464. (OAB CEAR 2007.3 CESPE/UNB) Leonardo, indignado por no ter recebido uma dvida referente a venda de cinco cigarros, desferiu facadas no devedor, que, em razo dos ferimentos, faleceu. Logo aps o fato, Leonardo escondeu o cadver em uma gruta. Com base na situao hipottica acima, correto afirmar que

    a) a ocultao de cadver crime permanente.

    b) h concurso formal entre o homicdio e a ocultao de cadver.

    c) Leonardo praticou crime de homicdio qualificado por motivo torpe.

    d) o fato de Leonardo ter cometido o crime por no ter recebido uma dvida circunstncia que agrava a pena.

    465. (JUIZ DE DIREITO BAHIA 2002 CESPE/UNB) Um indivduo, cuja esposa padecia, h anos, de uma doena incurvel, a seu pedido ceifou-lhe a vida por meio de asfixia txica, produzida por gases deletrios (xido de carbono, cloro e bromo) liberados no quarto em que se encontrava. Nessa situao, o indivduo responder por homicdio qualificado-privilegiado, que, de acordo com o STJ, no considerado crime hediondo.

    Armando e Srgio deviam a quantia de R$ 500,00 a Paulo, porm se recusavam a pagar. No dia marcado para o acerto de contas, Armando e Srgio, com o nimo de matar, compareceram ao local do encontro com Paulo portando armas de fogo, emprestadas por Mrio, que sabia para qual finalidade elas seriam usadas. Armando e Srgio atiraram contra Paulo, ferindo-o mortalmente. Com relao situao hipottica apresentada acima, julgue os itens seguintes.

    466. (AGENTE POLCIA CIVIL RR 2003 CESPE/UNB) Armando, Srgio e Mrio so sujeitos ativos do crime perpetrado, sendo os dois primeiros coautores, e Mrio, partcipe.

    467. (AGENTE POLCIA CIVIL RR 2003 CESPE/UNB) Paulo sujeito passivo do crime de homicdio privilegiado.

    468. (AGENTE POLCIA CIVIL RR 2003 CESPE/UNB) Segundo determina a Lei n.o 8.072/1990, o homicdio de Paulo considerado crime hediondo.

  • 6 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    469. (AGENTE POLCIA CIVIL RR 2003 CESPE/UNB) O crime de homicdio descrito acima consumou-se no momento em que a vtima foi ferida em sua integridade fsica.

    470. (ESCRIVO DA POLCIA FEDERAL 2002 CESPE/UNB) Rui era engenheiro e participava da construo de uma rodovia, para a qual seria necessria a destruio de uma grande rocha, com o uso de explosivos. Rui, contudo, por insuficincia de conhecimentos tcnicos, no calculou bem a rea de segurana para a exploso. Por isso, um fragmento da rocha acabou atingindo uma pessoa, a grande distncia, matando-a. Nessa situao, devido ao fato de a morte haver decorrido do uso de explosivos, o caso de homicdio qualificado.

    471. (DELEGADO DA POLCIA FEDERAL 1997 CESPE/UNB) Se for doloso o homicdio, a pena ser aumentada de um tero, no caso de crime praticado contra pessoa menor de catorze anos.

    472. (DELEGADO DA POLCIA FEDERAL 1997 CESPE/UNB) No crime o aborto realizado pela prpria gestante, se for provado que o feto estava contaminado com vrus causador de doena incurvel.

    473. (DELEGADO POLCIA CIVIL SE 2006 CESPE/UNB) Levando em considerao as orientaes doutrinrias e jurisprudenciais dominantes, correto afirmar que, na hiptese do aborto humanitrio ou sentimental, quando a gravidez for decorrente de atentado violento ao pudor, no se aplica a excludente de ilicitude, pois a lei admite o aborto somente quando a gravidez for resultante de estupro.

    474. (DELEGADO POLCIA CIVIL TO 2008 CESPE/UNB) Considere a seguinte situao hipottica. Manoel, penalmente responsvel, instigou Joaquim prtica de suicdio, emprestando-lhe, ainda, um revlver municiado, com o qual Joaquim disparou contra o prprio peito. Por circunstncias alheias vontade de ambos, o armamento apresentou falhas e a munio no foi deflagrada, no tendo resultado qualquer dano integridade fsica de Joaquim. Nessa situao, a conduta de Joaquim, por si s, no constitui ilcito penal, mas Manoel responder por tentativa de participao em suicdio.

    475. (DELEGADO POLCIA CIVIL RR CESPE/UNB) Considere a seguinte situao hipottica. Manoel trancafiou seu desafeto em um compartimento completamente isolado e introduziu nesse compartimento gases deletrios (xido de carbono e gs de iluminao), os quais causaram a morte por asfixia txica da vtima. Nessa situao, Manoel responder pelo crime de homicdio qualificado.

    476. (DELEGADO POLCIA CIVIL RR CESPE/UNB) Considere a seguinte situao hipottica. Joo e Maria, por enfrentarem grave crise conjugal, resolveram matar-se, instigando-se mutuamente. Conforme o combinado, Joo desfechou um tiro de revlver contra

  • 7 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    Maria e, em seguida, outro contra si prprio. Maria veio a falecer; Joo, apesar do tiro, sobreviveu. Nessa situao, Joo responder pelo crime de induzimento, instigao ou auxlio a suicdio.

    477. (AGENTE POLCIA CIVIL TO 2008 CESPE/UNB) Considere que um boxeador profissional, durante uma luta normal, desenvolvida dentro dos limites das regras esportivas, cause ferimentos que resultem na morte do adversrio. Nessa situao, o boxeador dever responder por homicdio doloso, com atenuao de eventual pena, em face das circunstncias do evento morte.

    478. (AGENTE POLCIA CIVIL TO 2008 CESPE/UNB) O aborto, o homicdio e a violao de domiclio so considerados crimes contra a pessoa.

    479. (TCNICO JUDICIRIO TJRR 2006 CESPE/UNB) No se pune o aborto se a gravidez resulta de estupro, sobretudo se precedido de consentimento da gestante.

    480. (DELEGADO DA POLCIA CIVIL/RN 2009 CESPE/UNB) No crime de autoaborto, a gestante , ao mesmo tempo e em razo da mesma conduta, autora do crime e sujeito passivo.

    481. (TCNICO JUDICIRIO TJRR 2006 CESPE/UNB) No caso do homicdio culposo, o juiz poder conceder o perdo judicial se as consequncias da infrao atingirem o prprio agente de forma to grave que a sano penal se torne desnecessria.

    482. (ANALISTA PROCESSUAL TJRR 2006 CESPE/UNB) O delito de homicdio crime de ao livre, pois o tipo no descreve nenhuma forma especfica de atuao que deva ser observada pelo agente.

    483. (ANALISTA PROCESSUAL TJRR 2006 CESPE/UNB) Tentado ou consumado, o homicdio cometido mediante paga ou promessa de recompensa crime hediondo, recebendo, por consequncia, tratamento penal mais gravoso.

    484. (DELEGADO POLCIA CIVIL TO 2008 CESPE/UNB) O Cdigo Penal brasileiro permite trs formas de abortamento legal: o denominado aborto teraputico, empregado para salvar a vida da gestante; o aborto eugnico, permitido para impedir a continuao da gravidez de fetos ou embries com graves anomalias; e o aborto humanitrio, empregado no caso de estupro.

    485. (ESCRIVO POLCIA CIVIL PA 2006 CESPE/UNB) H homicdio qualificado se o agente tiver praticado crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral.

  • 8 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    486. (DELEGADO DA POLCIA FEDERAL 2004 NACIONAL CESPE/UNB) O mdico Caio, por negligncia que consistiu em no perguntar ou pesquisar sobre eventual gravidez de paciente nessa condio, receita-lhe um medicamento que provocou o aborto. Nessa situao, Caio agiu em erro de tipo vencvel, em que se exclui o dolo, ficando isento de pena, por no existir aborto culposo.

    487. (ASSISTNCIA JURDICA DO DISTRITO FEDERAL 2001 CESPE/UNB) Segundo orientao do STJ, no crime de homicdio, a qualificadora de ter sido o delito praticado mediante paga ou promessa de recompensa circunstncia de carter pessoal e, portanto, incomunicvel.

    488. (ASSISTNCIA JURDICA DO DISTRITO FEDERAL 2001 CESPE/UNB) O agente que, agindo com animus necandi, mantm conjuno carnal com a ofendida com a inteno de transmitir-lhe o vrus da AIDS de que portador, responder, em tese, pela prtica do crime de tentativa de homicdio.

    489. (ASSISTNCIA JURDICA DO DISTRITO FEDERAL 2001 CESPE/UNB) As circunstncias privilegiadoras, de natureza subjetiva, e qualificadoras, de natureza objetiva, podem concorrer no mesmo fato-homicdio. Nesse caso, o homicdio qualificado-privilegiado no ser considerado crime hediondo.

    490. (PROCURADOR DE ASSISTNCIA JUDICIRIA DO DISTRITO FEDERAL 2006 CESPE/UNB) O resultado morte caracterizado por uma asfixia mecnica, assim comprovada pelo laudo de exame de corpo de delito (laudo cadavrico), provocada por hemorragia interna, ser suficiente para configurar o crime de homicdio qualificado.

    491. (PROCURADOR DE ASSISTNCIA JUDICIRIA DO DISTRITO FEDERAL 2006 CESPE/UNB) No crime de homicdio qualificado, a vingana pode ser classificada como motivo ftil, no se confundindo com o motivo torpe.

    492. (PROCURADOR DE ASSISTNCIA JUDICIRIA DO DISTRITO FEDERAL 2006 CESPE/UNB) Para efeitos penais, notadamente na anlise do homicdio qualificado pelo emprego de veneno, tal substncia aquela que tenha idoneidade para provocar leso ao organismo humano ou morte.

    493. (JUIZ DE DIREITO PIAU 2007 CESPE/UNB) So compatveis o dolo eventual e as qualificadoras do crime de homicdio.

    494. (JUIZ DE DIREITO PIAU 2007 CESPE/UNB) No homicdio culposo, se o autor do crime imagina que a vtima j est morta e por isso no lhe presta socorro, no responde pela causa de aumento de pena decorrente da omisso de socorro.

  • 9 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    496. (JUIZ DE DIREITO PIAU 2007 CESPE/UNB) Ainda que haja inteno de matar, pelo princpio da especialidade, a prtica de relao sexual forada e dirigida transmisso do vrus da AIDS caracteriza o crime de perigo para a vida ou sade de outrem.

    497. (JUIZ DE DIREITO PIAU 2007 CESPE/UNB) O cime, por si s, caracteriza o motivo torpe, apto a qualificar o crime de homicdio.

    498. (JUIZ FEDERAL DA 5. REGIO 2006 CESPE/UNB) Se o sujeito, aps ferir culposamente a vtima, sem risco pessoal, no lhe presta assistncia, vindo ela a falecer, responde por dois crimes: homicdio culposo e omisso de socorro.

    499. (JUIZ FEDERAL DA 5. REGIO 2006 CESPE/UNB) Considere a seguinte situao hipottica. Antnio, querendo a morte de Jos, instigou Carlos a mat-lo. Carlos, que j havia cogitado do fato, ficou dominado por dio mortal por tudo que Antnio disse de Jos. Carlos, ento, dirigiu-se casa de Jos e l resolveu levar a cabo sua inteno criminosa, matando-o. Nessa situao, ambos respondero por homicdio em coautoria.

    500. (JUIZ FEDERAL DA 5. REGIO 2005 CESPE/UNB) No homicdio do tipo mercenrio, a qualificadora relativa ao cometimento do crime mediante paga ou promessa de recompensa, consoante entendimento do STJ, comunica-se com os coautores ou partcipes, por tratar-se de condio de carter no pessoal.

    501. (DEFENSOR PBLICO ACRE 2006 CESPE/UNB) A tentativa de suicdio impunvel, j que, do ponto de vista da poltica criminal, seria um estmulo punir o suicida nessa modalidade.

    502. (DEFENSOR PBLICO ACRE 2006 CESPE/UNB) A hiptese de autodestruio na forma consumada deve ser sempre objeto de investigao em inqurito policial, visando-se apurar a participao de terceira pessoa.

    503. (DEFENSOR PBLICO AMAZONAS 2003 CESPE/UNB) Considere a seguinte situao hipottica. Um agente efetuou disparo de arma de fogo, com animus necandi, contra menor de quatorze anos de idade, que veio a falecer em decorrncia dos ferimentos aps completar aquela idade. Nessa situao, o autor do disparo responder por homicdio, e a pena ser agravada em razo da idade da vtima.

    504. (DEFENSOR PBLICO AMAZONAS 2003 CESPE/UNB) No caso de aborto provocado pela gestante com auxlio de terceiro, h dois crimes autnomos: um praticado pela gestante e outro, pelo auxiliar, ficando afastada a participao.

  • 10 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    505. (DEFENSOR PBLICO AMAZONAS 2003 CESPE/UNB) Apesar de no constar no tipo penal o elemento surpresa, este qualifica o homicdio praticado desde que se assemelhe a traio, emboscada ou dissimulao, estes, sim, previstos expressamente no tipo penal.

    506. (DEFENSORIA PBLICA DE SERGIPE 2006 CESPE/UNB) Considere a seguinte situao hipottica. Um mdico, dolosa e insidiosamente, entregou uma injeo de morfina, em dose demasiadamente forte, para uma enfermeira, que, sem desconfiar de nada, aplicou-a no paciente, o que causou a morte do enfermo. Nessa situao, o mdico autor mediato de homicdio doloso, ao passo que a enfermeira partcipe do delito e responde pelo mesmo crime doloso.

    507. (DEFENSORIA PBLICA DE SERGIPE 2006 CESPE/UNB) Considere a seguinte situao hipottica. Fbio, por motivo de relevante valor social, praticou um crime de homicdio com a participao de Pedro, que desconhecia o motivo determinante do crime. Nessa situao, o homicdio privilegiado, causa de diminuio da pena descrita no CP, se estender ao partcipe Pedro, pois trata-se de circunstncia de carter pessoal que se comunica aos demais participantes.

    508. (DEFENSORIA PBLICA DE SERGIPE 2006 CESPE/UNB) Na hiptese de homicdio culposo, o juiz pode deixar de aplicar a pena, se as consequncias da infrao atingirem o prprio agente de forma to grave que a sano penal se torne desnecessria. Trata-se do instituto do perdo judicial, que constitui causa extintiva da punibilidade.

    509. (DEFENSORIA PBLICA DE SERGIPE 2006 CESPE/UNB) O CP somente pune o crime de participao em suicdio quando h produo do resultado morte. Se o sujeito induz a vtima a suicidar-se e esta sofre apenas leses corporais de natureza grave, no h crime a punir.

    510. (DEFENSORIA PBLICA DE SERGIPE 2006 CESPE/UNB) Autora de infanticdio s pode ser a me, conforme expressa o CP. Sendo assim, trata-se de crime prprio, que no pode ser cometido por qualquer autor. No entanto, essa qualificao, conforme entende a melhor doutrina, no afasta a possibilidade de concurso de pessoas.

    511. (DEFENSORIA PBLICA DE SERGIPE 2006 CESPE/UNB) O aborto necessrio, previsto no CP, no constitui crime, em face da excluso da culpabilidade, considerando-se que a gestante favorecida pelo estado de necessidade.

    512. (DELEGATRIO DE SERVIOS NOTARIAIS TJMT 2005 CESPE/UNB) Um agente de polcia, usando arma de fogo, efetuou propositadamente disparos contra Pedro, causando a sua morte e, acidentalmente, a de Cludio. Nessa situao, esse agente deve responder por homicdio doloso consumado em relao a Pedro, e por homicdio culposo consumado em relao a Cludio.

  • 11 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    513. (PROMOTOR DE JUSTIA DE TOCANTINS 2006 CESPE/UNB) Csar induziu Luciano a cometer suicdio, alm de auxili-lo nesse ato, entregando-lhe as chaves de um apartamento localizado no 19.o andar de um prdio. Luciano, influenciado pela conduta de Csar, jogou-se da janela do apartamento, mas foi salvo pelo Corpo de Bombeiros, vindo a sofrer leses leves em decorrncia do evento. Nessa situao, Csar praticou crime de induzimento, instigao ou auxlio a suicdio.

    514. (PROMOTOR DE JUSTIA DE TOCANTINS 2006 CESPE/UNB) Com inteno de matar Suzana, Geraldo desferiu contra ela trs tiros de arma de fogo, sem, contudo, conseguir atingi-la, por erro de pontaria. Nessa situao, Geraldo responder por tentativa de homicdio, na modalidade tentativa cruenta.

    515. (OAB CEAR 2007.3 CESPE/UNB) Leonardo, indignado por no ter recebido uma dvida referente a venda de cinco cigarros, desferiu facadas no devedor, que, em razo dos ferimentos, faleceu. Logo aps o fato, Leonardo escondeu o cadver em uma gruta. Com base na situao hipottica acima, correto afirmar que Leonardo praticou crime de homicdio qualificado por motivo torpe.

    516. (DELEGADO DA POLCIA FEDERAL 1997 CESPE/UNB) O condenado por homicdio doloso qualificado por motivo torpe no pode ser beneficiado por livramento condicional.

    517. (DPU DEFENSOR PBLICO DA UNIO CESPE/UNB 2010) Em se tratando de homicdio, incompatvel o domnio de violenta emoo com o dolo eventual.

    518. (JUIZ DE DIREITO DO ESTADO DE TOCANTINS 2007 CESPE/UNB) Geraldo, na festa de comemorao de recm-ingressos na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Tocantins, foi jogado, por membros da Comisso de Formatura, na piscina do clube em que ocorria a festa, junto com vrios outros calouros. No entanto, como havia ingerido substncias psicotrpicas, Geraldo se afogou e faleceu. Tratando-se de crime de autoria coletiva, no inepta a denncia que assim narra os fatos: a vtima foi jogada dentro da piscina por seus colegas, assim como tantos outros que estavam presentes, fato que ocasionou seu bito. luz da teoria da imputao objetiva, a ingesto de substncias psicotrpicas caracteriza uma auto-colocao em risco, circunstncia excludente da responsabilidade criminal, por ausncia do nexo causal. Nesse caso, necessria a demonstrao da criao pelos agentes de uma situao de risco no permitido, segundo a teoria da imputao objetiva, fato que no ocorreu na situao hipottica mencionada, visto que invivel exigir-se de uma comisso de formatura rigor na fiscalizao das substncias ingeridas pelos participantes da festa. De acordo com a teoria da imputao objetiva, vigora o princpio da confiana, o que no ocorreu no caso em apreo, pois a vtima se afogou em virtude de ter ingerido substncias psicotrpicas,

  • 12 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    comportando-se, assim, de forma contrria aos padres esperados e, desse modo, afastando a responsabilidade dos membros da comisso de formatura.

    519. (MINISTRIO PBLICO SE CESPE/UNB 2010) Assinale a opo correta acerca do homicdio privilegiado.

    A A natureza jurdica do instituto de circunstncia atenuante especial.

    B Estando o agente em uma das situaes que ensejem o reconhecimento do homicdio privilegiado, o juiz obrigado a reduzir a pena, mas a lei no determina o patamar de reduo.

    C O relevante valor social no enseja o reconhecimento do homicdio privilegiado.

    D A presena de qualificadoras impede o reconhecimento do homicdio privilegiado.

    E A violenta emoo, para ensejar o privilgio, deve ser dominante da conduta do agente e ocorrer logo aps injusta provocao da vtima.

    520. (PROMOTOR DE JUSTIA DO ESTADO DO CEAR FCC 2008) Sobre o crime de aborto, correto afirmar:

    a) No se pune o aborto praticado por mdico se a gravidez resulta de estupro e o aborto precedido de consentimento da gestante ou do seu representante legal, se incapaz.

    b) No constitui infrao penal provocar aborto em si mesma.

    c) permitido provocar aborto com o consentimento da gestante, em qualquer hiptese.

    d) Quando o aborto praticado por terceiro configura crime, as penas so aumentadas de um tero se, em consequncia do aborto ou dos meios empregados para provoc-lo, a gestante sofre leso corporal de natureza leve ou grave.

    e) Em qualquer hiptese no pratica crime a gestante que consente no aborto.

    521. (ANALISTA DO MINISTRIO PBLICO FCC SE 2009) No caso de leso corporal de natureza grave resultante de violncia domstica, a pena deve ser aumentada de:

    a) at metade.

    b) um tero.

  • 13 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    c) at um tero.

    d) metade.

    e) dois teros.

    522. (TRIBUNAL DE JUSTIA SO PAULO 2005 177. CONCURSO) Paulo foi agente de agresso violenta e dolosa contra Pedro, que em seguida veio a falecer. Mas, esse resultado letal foi decorrente de caso fortuito. Nesse caso, correto afirmar-se que Paulo praticou crime de:

    a) leso corporal seguida de morte.

    b) homicdio doloso.

    c) homicdio culposo.

    d) leso corporal.

    523. (EXAME DE ORDEM SO PAULO 2006) O crime de homicdio:

    a) doloso qualificado quando cometido por motivo ftil e tem a sua pena aumentada quando praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) anos.

    b) culposo tem a sua pena aumentada quando o agente foge para evitar priso em flagrante e tem a sua pena diminuda se as consequncias atingirem o prprio agente.

    c) culposo ser qualificado quando praticado mediante dissimulao e o doloso ser qualificado quando cometido traio.

    d) culposo do Cdigo Penal punido com a mesma pena do homicdio culposo do Cdigo de Trnsito.

    524. (PROMOTOR DE JUSTIA DO ESTADO DA BAHIA 2008) Joo, de vinte anos de idade, induz Lcio, de vinte e cinco anos de idade e inimputvel, e Elsio, de trinta anos de idade e imputvel, a praticarem suicdio por enforcamento. No instante do fato, Lcio pratica em si o enforcamento, enquanto Elsio, sem fora suficiente, pede que Joo segure a corda, no que

  • 14 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    atendido. Lcio e Elsio vm a bito em razo da situao narrada. Quais os delitos praticados por Joo?

    a) Homicdio em relao a Lcio e homicdio em relao a Elsio.

    b) Homicdio em relao a Lcio e auxlio ao suicdio em relao a Elsio.

    c) Auxlio ao suicdio em relao a Lcio e homicdio em relao a Elsio.

    d) Auxlio ao suicdio em relao a Lcio e auxlio ao suicdio em relao a Elsio.

    e) As alternativas a, b, c e d so incorretas.

    525. (PROMOTOR DE JUSTIA DO ESTADO DO CEAR 2009) O reconhecimento do homicdio privilegiado incompatvel com a admisso da qualificadora

    a) do motivo ftil.

    b) do emprego de explosivo.

    c) do meio cruel.

    d) do emprego de veneno.

    e) da utilizao de meio que possa resultar em perigo comum.

    526. (DEFENSOR PBLICO DO ESTADO DO AMAZONAS 2008 FCC) Com relao aos crimes contra a vida, julgue os itens subsequentes.

    1. Considere a seguinte situao hipottica. Um agente efetuou disparo de arma de fogo, com animus necandi, contra menor de quatorze anos de idade, que veio a falecer em decorrncia dos ferimentos aps completar aquela idade. Nessa situao, o autor do disparo responder por homicdio, e a pena ser agravada em razo da idade da vtima.

    2. No caso de aborto provocado pela gestante com auxlio de terceiro, h dois crimes autnomos: um praticado pela gestante e outro, pelo auxiliar, ficando afastada a participao.

  • 15 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    3. Apesar de no constar no tipo penal o elemento surpresa, este qualifica o homicdio praticado desde que se assemelhe a traio, emboscada ou dissimulao, estes, sim, previstos expressamente no tipo penal.

    527. (TRIBUNAL DE JUSTIA SO PAULO 2005 177. CONCURSO) Ao tipificar o crime de "leso corporal seguida de morte", o art. 129, 3., do Cdigo Penal (Se resulta morte e as circunstncias evidenciam que o agente no quis o resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo) contempla:

    a) uma hiptese exclusiva de crime culposo.

    b) uma forma exclusiva de dolo direto.

    c) uma forma exclusiva de dolo eventual.

    d) uma forma autenticamente preterdolosa.

    528. (DEFENSOR PBLICO DO ESTADO DO AMAZONAS 2008 FCC) Frederico encontrava-se custodiado pelo Estado

    em medida de segurana legalmente imposta. Permaneceu por vrios dias soli citando atendimento de um mdico porque apresentava febre, dores de cabea, falta de ar e tosse. Foi atendido apenas por auxiliares de enfermagem que se limitaram a recomendar a interrupo do cigarro. Ao final do dcimo dia teve um desmaio e foi hospitalizado. O mdico deste nosocmio prescreveu-lhe antibiticos em razo de um processo infeccioso avanado nos pulmes. Tal medicao, entregue pelo mdico que a prescreveu, jamais foi administrada pelos funcionrios do Hospital de Custdia e Tratamento Psiquitrico, onde cumpria a medida de segurana. Frederico acabou morrendo em decorrncia de um abcesso causado por pneumonia. As condutas dos funcionrios amoldam-se ao seguinte tipo penal:

    a) homicdio culposo porque agiram com imprudncia, negligncia e percia.

    b) homicdio doloso porque a eles incumbia o dever jurdico de agir para evitar o resultado.

    c) conduta atpica, por supervenincia de causa absolutamente independente.

    d) crime de tortura por submeterem pessoa sujeita a medida de segurana a sofri mento fsico e mental, omitindo-se, quando tinham o dever de evit-lo.

    e) crime de omisso de socorro qualificada pelo resultado.

  • 16 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    529. (MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL FCC 2008) Paulo resolveu suicidar-se. Pedro forneceu-lhe veneno. Paulo contratou Joo para, sabendo tratar-se de veneno, injetar-lhe a referida substncia, que ocasionou-lhe a morte. Nesse caso,

    A) Pedro responder por homicdio e Joo por auxlio a suicdio.

    B) Pedro e Joo respondero por homicdio.

    C) Pedro e Joo respondero por auxlio a suicdio.

    D) Pedro no responder por nenhum crime e Joo por auxlio a suicdio.

    E) Pedro responder por auxlio a suicdio e Joo por homicdio.

    530. (TRIBUNAL DE JUSTIA SO PAULO 2007 180. CONCURSO) Qual dos crimes contra a vida inadmite tentativa ou punio se as leses ao ofendido forem leves?

    a) Infanticdio.

    b) Induzimento, instigao ou auxlio ao suicdio;

    c) Homicdio;

    d) Aborto.

    531. (METRO SP PAULO FCC 2008) Maria, sob influncia do estado puerperal, matou, com o auxlio do pai, Pedro, e do vizinho, Joo, o prprio filho, durante o parto. Nesse caso,

    a) Maria responde por infanticdio; Pedro e Joo respondem por homicdio.

    b) Maria e Pedro respondem por infanticdio; e Joo responde por homicdio.

    c) Maria, Pedro e Joo respondem por infanticdio.

    d) Maria, Pedro e Joo respondem por homicdio.

    e) Maria e Joo respondem por infanticdio; Pedro responde por homicdio.

  • 17 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    Material de Aula n. 23: Crimes de leso corporal, crimes de periclitao e crime de rixa

    532. (DEFENSOR PBLICO ACRE 2006 CESPE/UNB) Admite-se no, Cdigo Penal (CP) brasileiro, a leso na modalidade levssima.

    533. (DEFENSOR PBLICO ACRE 2006 CESPE/UNB) A leso corporal de natureza grave caso resulte em incapacidade da vtima para as ocupaes habituais, por mais de um ms.

    534. (POLCIA RODOVIRIA FEDERAL CESPE/UNB 2004) Um policial rodovirio federal, durante um patrulhamento ostensivo, foi alvejado com um tiro de revlver desfechado pelo condutor-infrator de um veculo, sofrendo leses corporais de natureza gravssima, que ocasionaram deformidade permanente. Com referncia situao hipottica acima apresentada, julgue os itens a seguir. Na situao considerada, a ao penal pblica incondicionada ser promovida por denncia do rgo do Ministrio Pblico.

    535. (DEFENSOR PBLICO ACRE 2006 CESPE/UNB) Se a leso for culposa, a ao penal fica condicionada representao do ofendido, admitindo-se, ainda, a possibilidade de concesso de perdo judicial, nos termos da lei penal vigente.

    536. (AGENTE DA POLCIA CIVIL RR CESPE/UNB 2003) Joo, ao ver sua ex-namorada sair do cinema acompanhada de Francisco, empunhou uma faca peixeira e golpeou as costas de Francisco, ocasionando-lhe leses corporais. Nessa situao, o instrumento empregado para o crime dever ser submetido a exame pericial para verificar sua natureza e eficincia.

    537. (DELEGADO DA POLCIA FEDERAL 1997 CESPE/UNB) O perdo judicial pode ser aplicado ao crime de leses corporais dolosas simples.

    538. (DELEGADO POLCIA CIVIL RR CESPE/UNB) Considere a seguinte situao hipottica. Durante um entrevero, Carlos desferiu um golpe de faco contra a mo de seu contentor, que veio a perder dois dedos. Nessa situao, Carlos praticou o crime de leso corporal de natureza grave, por resultar debilidade permanente de membro.

    539. (TCNICO JUDICIRIO TJRR 2006 CESPE/UNB) A leso corporal grave, da qual resulta incapacidade por mais de trinta dias, somente pode ser reconhecida com base nas declaraes da vtima ou na confisso do ru, sem que haja necessidade de exame pericial complementar.

    540. (PROCURADOR DE ASSISTNCIA JUDICIRIA DO DISTRITO FEDERAL 2006 CESPE/UNB) Se, no laudo de exame de corpo de delito referente a leses corporais, nas

  • 18 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    respostas dadas aos quesitos, o perito afirmou que a vtima experimentou forte dor fsica e que a referida dor causou crise nervosa, restar caracterizado o crime de leso corporal grave, nos termos do dispositivo pertinente do Cdigo Penal.

    541. (ESCRIVO DA POLCIA FEDERAL 2009 CESPE/UNB) O crime de leso corporal seguida de morte preterdoloso, havendo dolo na conduta antecedente e culpa na conduta consequente.

    542. (AGENTE DA POLCIA FEDERAL 2004 PROVA AZUL CESPE/UNB) Vtor desferiu duas facadas na mo de Joaquim, que, em consequncia, passou a ter debilidade permanente do membro. Nessa situao, Vtor praticou crime de leso corporal de natureza grave, classificado como crime instantneo.

    543. (DPU DEFENSOR PBLICO DA UNIO CESPE/UNB 2010) Para a configurao da agravante da leso corporal de natureza grave em face da incapacidade para as ocupaes habituais por mais de trinta dias, no necessrio que a ocupao habitual seja laborativa, podendo ser assim compreendida qualquer atividade regularmente desempenhada pela vtima.

    544. (JUIZ DE DIREITO MATO GROSSO 2004 CESPE/UNB) Bernardo, trafegando com seu veculo em estrada de pouco movimento, verificou que, s margens da rodovia, encontrava-se, cada, uma vtima de atropelamento. Tendo importante reunio de trabalho a se iniciar dentro de meia hora, no prestou assistncia vtima. Terminada a reunio, arrependeu-se, voltou ao local onde a vtima se encontrava e providenciou sua conduo para um hospital. Nessa situao, a conduta posteriormente praticada no elide a responsabilidade penal de Bernardo, que poder responder pelo crime de omisso de socorro.

    545. (OAB/SP 2008.1 CESPE/UNB) O crime de omisso de socorro classificado como omissivo imprprio.

    546. (OAB 2006.3 CESPE/UNB) O crime de omisso de socorro qualifica-se como crime omissivo imprprio, bastando, para que se repute consumado, que o agente tenha se omitido quando deveria ter agido.

    547. (OAB 2009.2 CESPE/UNB) A omisso de socorro classifica-se como crime omissivo prprio e instantneo.

    548. (OAB 2009.2 CESPE/UNB) A criana abandonada pelos pais no pode ser sujeito passivo de ato de omisso de socorro praticado por terceiros.

    549. (OAB 2009.2 CESPE/UNB) O crime de omisso de socorro admitido na forma tentada.

  • 19 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    550. (OAB 2009.2 CESPE/UNB) impossvel ocorrer participao, em sentido estrito, em crime de omisso de socorro.

    551. (JUIZ FEDERAL DA 5. REGIO 2006 CESPE/UNB) Relativamente ao delito de rixa, previsto no Cdigo Penal brasileiro, a doutrina e a jurisprudncia dominantes entendem no haver rixa quando a posio dos contendores definida.

    552. (PROMOTOR DE JUSTIA DE TOCANTINS 2004 CESPE/UNB) No interior de um bar, iniciou-se uma briga entre integrantes de duas torcidas. Jlio, que a tudo assistia, passou a desferir socos e pontaps nos contendores, sendo que um deles veio a sofrer ferimentos de natureza grave, causados por outro contendor. Nessa situao hipottica, a conduta praticada por Jlio caracteriza-se como tentativa de homicdio.

    553. (DELEGADO DA POLCIA FEDERAL 1997 CESPE/UNB) O evento morte, ocorrido durante uma rixa, qualifica a conduta de todos os contendores.

    554. (ANALISTA JUDICIRIO EXECUO DE MANDADOS TJDF 2003 CESPE/UNB) Se trs indivduos iniciarem luta desordenada, agindo uns contra os outros e ocasionando leses corporais recprocas, e dois deles forem comprovadamente inimputveis, tal comprovao impossibilitar a configurao do delito de rixa.

    555. (ESCRIVO POLCIA CIVIL ES 2006 CESPE/UNB) O crime de rixa, com tipificao expressa no Cdigo Penal, exige, no mnimo, a participao de seis pessoas, sendo irrelevante que, dentro do nmero mnimo, um deles seja inimputvel.

    556. (ESCRIVO POLCIA CIVIL ES 2006 CESPE/UNB) Considere-se que Joaquim, penalmente responsvel, sem o nimo de morte na conduta, atirou contra Joo, ferindo-o gravemente, de modo que a vtima permaneceu internada sob cuidados mdicos por um perodo de 40 dias. Nessa situao, Joaquim responder por crime de leso corporal de natureza grave, ficando absorvido o crime de periclitao da vida ou da sade humana, visto que a situao de perigo foi ultrapassada e passou a constituir elemento do crime mais grave.

    557. (ANALISTA PROCESSUAL TJRR 2006 CESPE/UNB) No crime de rixa, a coautoria obrigatria, pois a norma incriminadora reclama como condio obrigatria do tipo a existncia de pelo menos trs autores, sendo irrelevante que um deles seja inimputvel.

  • 20 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    Material de Aula n. 24: Crimes contra a honra

    558. (ADVOGADO DA UNIO 2004 CESPE/UNB) Um servidor pblico, no exerccio e em razo de suas funes, teve a sua honra subjetiva violada, ao ser chamado por um particular de venal, corrupto e ladro. Nessa situao, de acordo com os entendimentos do STF e do STJ, o servidor pblico ofendido tem legitimao concorrente para a propositura da ao penal, no caso, privada.

    559. (PROMOTOR DE JUSTIA DE TOCANTINS 2004 CESPE/UNB) No crime de injria, atingida a honra subjetiva da vtima; na difamao, a honra objetiva; na calnia, ocorre a imputao falsa de um fato definido como crime.

    560. (JUIZ DE DIREITO MATO GROSSO 2004 CESPE/UNB) Considere a seguinte situao hipottica. Eleno desconfiou de que Belarmino furtara, h alguns meses, a agncia bancria do bairro, uma vez que, desde que ocorrera o furto, Belarmino passara a demonstrar sinais de riqueza. Mesmo em dvida a respeito da autoria do delito, Eleno assume o risco de causar dano honra de Belarmino e imputou-lhe a prtica do crime. Nessa situao, havendo dolo eventual, Eleno responder pelo crime de calnia.

    561. (ASSISTENTE JURDICO DO TRIBUNAL DE JUSTIA AC 2002 CESPE/UNB) Lauro imputou a Lucas a prtica de fato descrito como crime. Ocorre que Lucas louco e, portanto, inimputvel. Nessa situao, contudo, a insanidade de Lucas no desautoriza a configurao do crime de calnia.

    562. (JUIZ DE DIREITO BAHIA 2002 CESPE/UNB) Hlio escreveu uma carta a Bruno, imputando-lhe a prtica de atos libidinosos com um colega de servio e encaminhou-a lacrada pelo correio. Nessa situao, Hlio praticou o crime de difamao.

    563. (OAB 2008.3 CESPE/UNB) Tratando-se do delito de injria, admite-se a exceo da verdade caso o ofendido seja funcionrio pblico, e a ofensa, relativa ao exerccio de suas funes.

    564. (JUIZ DE DIREITO MATO GROSSO 2004 CESPE/UNB) Considere a seguinte situao hipottica. Alfredo, revoltado com a demora no atendimento em um hospital pblico, agrediu verbalmente o servidor responsvel pelo atendimento ao pblico, alegando que esse servidor recebia dos cofres pblicos sem trabalhar. Nessa situao, Alfredo cometeu crime de difamao contra servidor pblico, cabendo-lhe a exceo da verdade.

  • 21 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    565. (DEFENSORIA PBLICA DO ESPRITO SANTO 2006 CESPE/UNB) Distingue-se a difamao da injria porque nesta no h, por parte do autor do fato, a imputao de um fato preciso, mas sim de um acontecimento vago ou de uma qualidade negativa.

    566. (JUIZ DE DIREITO BAHIA 2002 CESPE/UNB) Nlio, advogado da parte r em uma ao de reparao de danos, inconformado com a sentena que condenou o seu cliente a pagar uma indenizao no valor de R$ 4 milhes, interps recurso e, nas razes apresentadas, investiu contra a honra do magistrado sentenciante, imputando-lhe o recebimento da importncia de R$ 30 mil para beneficiar a parte adversa. Nessa situao, diante da proclamao constitucional da inviolabilidade do advogado por seus atos e manifestaes no exerccio da profisso, Nlio estar amparado pela imunidade judiciria e no responder pelo crime contra a honra.

    567. (OAB 2008.3 CESPE/UNB) Caso o querelado, antes da sentena, se retrate cabalmente da calnia ou da difamao, sua pena ser diminuda.

    568. (DEFENSOR PBLICO ALAGOAS 2003 CESPE/UNB) punvel a calnia contra os mortos. Nesse caso, os sujeitos passivos so os parentes interessados na preservao da memria do falecido.

    569. (OAB 2008.2 CESPE/UNB) O agente que imputa a algum a conduta de mulherengo, no intuito de ofender sua reputao, comete o crime de injria.

    570. (JUIZ DE DIREITO BAHIA 2002 CESPE/UNB) Um vereador, durante a votao de um projeto de lei, em pronunciamento realizado na tribuna da cmara de vereadores, imputou ao prefeito municipal a malversao de recursos federais repassados ao municpio para a rea de sade. Nessa situao, em face da imunidade parlamentar, o vereador no responder por crime contra a honra.

    571. (AGENTE POLCIA CIVIL RR 2003 CESPE/UNB) Considere a seguinte situao hipottica. Maria, proprietria de um supermercado, sabendo que seu prprio filho praticara furto em seu estabelecimento, atribuiu ao empregado Jos tal responsabilidade, dizendo ser ele o autor do delito. Nessa situao, Maria cometeu o crime de calnia.

    572. (ANALISTA PROCESSUAL TJRR 2006 CESPE/UNB) Para a caracterizao do crime de calnia, imprescindvel a imputao falsa de fato determinado e definido na lei como crime ou contraveno penal.

    573. (DELEGATRIO DE SERVIOS NOTARIAIS TJMT 2005 CESPE/UNB) Mrio, agindo com animus jocandi, ofendeu a honra de Carlos, imputando a ele fato ofensivo sua dignidade e reputao. Nessa situao, Mrio no ser responsabilizado criminalmente.

  • 22 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    574. (ASSISTNCIA JURDICA DO DISTRITO FEDERAL 2001 CESPE/UNB) No crime de difamao, quando o ofendido for funcionrio pblico que agiu no exerccio de suas funes, caber a exceo da verdade. Se o ofendido for governador de estado, a exceo da verdade dever ser julgada pelo STJ.

    575. (ASSISTNCIA JURDICA DO DISTRITO FEDERAL 2001 CESPE/UNB) Os crimes de injria, difamao e calnia, quando perpetrados pela imprensa, tipificam-se como crimes de imprensa; ostentando a vtima a condio de funcionrio pblico e sendo o ato decorrente do seu ofcio, a ao penal ser exclusivamente privada.

    576. (OAB 2008.3 CESPE/UNB) Caracterizado o delito de injria, o juiz pode deixar de aplicar a pena, no caso de retorso imediata, que consista em outra injria.

    577. (ESCRIVO DA POLCIA FEDERAL CESPE/UNB 2002) Se, no curso de um inqurito policial, o advogado do indiciado protocolizar petio com virulentas ofensas contra o juiz da causa, em virtude da atuao deste, dever o delegado responsvel pela investigao, de ofcio e imediatamente, instaurar novo inqurito para apurar o crime contra a honra do magistrado em razo da funo.

    578. (OAB 2008.3 CESPE/UNB) O pedido de explicaes em juzo cabvel nos delitos de calnia e difamao, mas no se aplica ao de injria.

    579. (JUIZ DE DIREITO MATO GROSSO 2004 CESPE/UNB) Os crimes contra a honra so crimes unissubsistentes, no admitindo tentativa.

    580. (AGENTE DA POLCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL 2009 CESPE/UNB) Na calnia, no se admite a exceo da verdade se, do crime imputado, embora de ao pblica, o ofendido foi absolvido por sentena irrecorrvel.

    581. (AGENTE DA POLCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL 2009 CESPE/UNB) A exceo da verdade, na injria, somente se admite se o ofendido funcionrio pblico e a ofensa relativa ao exerccio de suas funes.

    582. (AGENTE DA POLCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL 2009 CESPE/UNB) No crime de difamao, exige-se que o agente tenha conscincia da falsidade da imputao.

    583. (JUIZ DE DIREITO MATO GROSSO 2004 CESPE/UNB) O crime de difamao consuma-se no instante em que a prpria vtima vem a tomar conhecimento da ofensa irrogada, no importando se ela se sentiu ou no ofendida.

  • 23 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    584. (DELEGATRIO DE SERVIOS NOTARIAIS TJDF 2003 CESPE/UNB) Durante um baile de formatura, Mrio, com o intuito de ofender a dignidade de Marco, seu desafeto, desfechou-lhe um tapa no rosto e, logo em seguida, puxou-lhe os cabelos de forma aviltante. Nessa situao, Mrio praticou o crime de injria real, que, no caso especfico, de ao penal pblica incondicionada.

    585. (DEFENSOR PBLICO ALAGOAS 2003 CESPE/UNB) Considere, por hiptese, que um indivduo profira palavras injuriosas contra funcionrio pblico no exerccio da funo, porm, desconhecendo a qualidade pessoal da vtima, ou seja, que se trata de funcionrio pblico. Nessa hiptese, correto afirmar que o autor no responder pelo delito de desacato, subsistindo a punio por injria.

    586. (AGENTE PENITENCIRIO 2009 CESPE/UNB) Admite-se a exceo da verdade nos crimes de difamao, se o ofendido for incapaz e a ofensa tiver sido publicada em meio de grande circulao.

    587. (AGENTE PENITENCIRIO 2009 CESPE/UNB) No se admite a exceo da verdade nos crimes de injria, salvo se o ofendido for falecido.

    588. (OAB 2009.1 CESPE/UNB) Caracterizado o crime contra a honra de servidor pblico, em razo do exerccio de suas funes, a ao penal ser pblica incondicionada.

    589. (DEFENSOR PBLICO ALAGOAS 2003 CESPE/UNB) Nos crimes de difamao e calnia, h ofensa honra subjetiva e, no crime de injria, honra objetiva.

    590. (OAB 2009.1 CESPE/UNB) O CP prev, para os crimes de calnia, de difamao e de injria, o instituto da exceo da verdade, que consiste na possibilidade de o acusado comprovar a veracidade de suas alegaes, para a excluso do elemento objetivo do tipo.

    591. (DEFENSOR PBLICO ALAGOAS 2003 CESPE/UNB) A calnia a imputao de fato definido como crime, e a injria a imputao de fato meramente ofensivo reputao do ofendido.

    592. (DEFENSOR PBLICO ALAGOAS 2003 CESPE/UNB) A retratao pelo querelado, antes da sentena, causa de iseno de pena, no crime de calnia, inadmissvel nos crimes de injria e difamao.

    593. (OAB 2009.1 CESPE/UNB) No constituem injria ou difamao punvel a ofensa no excessiva praticada em juzo, na discusso da causa, pela parte ou por seu advogado e a opinio da crtica literria sem inteno de injuriar ou difamar.

  • 24 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    594. (AGENTE PENITENCIRIO 2009 CESPE/UNB) A exceo da verdade, no crime de difamao, somente se admite se o ofendido funcionrio pblico e a ofensa relativa ao exerccio de suas funes.

    595. (OAB 2009.1 CESPE/UNB) Em regra, a persecuo criminal nos crimes contra a honra processa-se mediante ao pblica condicionada representao da pessoa ofendida.

    596. (AGENTE PENITENCIRIO 2009 CESPE/UNB) No se admite a exceo da verdade nos crimes de calnia tentada.

    597. (OAB 2006.3 CESPE/UNB) Relativamente ao advogado, a imunidade profissional contemplada na Constituio Federal absoluta, no sofrendo restries legais.

    598. (DEFENSOR PBLICO ALAGOAS 2003 CESPE/UNB) No crime de injria, no se admite a arguio de exceo da verdade.

    599. (OAB 2006.3 CESPE/UNB) Esto submetidos disciplina da Lei de Imprensa, entre outros, os delitos contra a honra por meio dela praticados, quais sejam, aqueles cuja ofensa honra subjetiva ou objetiva veiculada em jornais e outras publicaes peridicas.

    600. (AGENTE DA POLCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL 2009 CESPE/UNB) A exceo da verdade, na injria, somente se admite se o ofendido funcionrio pblico e a ofensa relativa ao exerccio de suas funes.

    601. (AGENTE DA POLCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL 2009 CESPE/UNB) A calnia protege a honra subjetiva, enquanto a difamao e a injria protegem a honra objetiva.

    602. (OAB SP 2008.1 CESPE/UNB) Caso um advogado militante, na discusso da causa, acuse o promotor de justia de prevaricao durante uma audincia, o crime de calnia estar amparado pela imunidade judiciria.

    603. (OAB SP 2008.1 CESPE/UNB) Considere que o advogado da empresa X, na redao de uma petio, injurie um de seus ex-empregados, ora reclamante, sem que tal injria tivesse relao com a reclamao trabalhista em curso. Nesse caso, para o reconhecimento da referida imunidade, dispensvel que as imputaes ofensivas tenham relaes de pertinncia com o thema decidium.

    604. (OAB SP 2008.1 CESPE/UNB) Caso um advogado, em razo do ardor com que defende os interesses de seus clientes, eventualmente, faa aluses ofensivas honra da parte contrria, desprovidas de animus ofendendi, ele estar amparado pela imunidade judiciria,

  • 25 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    prevista no Cdigo Penal, visto que no constitui injria ou difamao punvel a ofensa irrogada em juzo, na discusso da causa, pela parte ou por seu procurador.

    605. (AGENTE PENITENCIRIO 2009 CESPE/UNB) Admite-se a exceo da verdade nos crimes de injria.

    606. (OAB 2006.2 CESPE/UNB) A calnia e a difamao atingem a honra objetiva da vtima.

    607. (OAB 2006.1 CESPE/UNB) A calnia a falsa imputao a algum de fato definido como crime.

    608. (OAB 2006.1 CESPE/UNB) Na injria, no se imputa fato determinado, mas se formulam juzos de valor, exteriorizando-se qualidades negativas ou defeitos que importem menoscabo, ultraje ou vilipndio de algum.

    609. (OAB 2006.1 CESPE/UNB) O crime de difamao consiste na imputao de fato que incide na reprovao tico-social, ferindo, portanto, a reputao do indivduo, pouco importando que o fato imputado seja ou no verdadeiro.

    610. (AGENTE DA POLCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL 2009 CESPE/UNB) No constituem calnia, difamao ou injria a ofensa irrogada em juzo, na discusso da causa, pela parte ou por seu procurador.

    611. (OAB 2006.1 CESPE/UNB) O crime de difamao consiste na imputao de fato que incide na reprovao tico-social, ferindo, portanto, a reputao do indivduo, pouco importando que o fato imputado seja ou no verdadeiro.

    612. (DEFENSOR PBLICO DA UNIO 2007 CESPE/UNB) Com relao ao processo e julgamento dos crimes de calnia e injria, de competncia do juiz singular, o pedido de explicaes deve ser ajuizado no juzo cvel e tem natureza jurdica de medida preliminar, obrigatria propositura da ao penal.

    613. (OAB 2006.1 CESPE/UNB) A imunidade processual, conferida aos advogados pela Constituio da Repblica e pelo Cdigo Penal, abrange o delito de calnia.

    614. (OAB SP 2008.1 CESPE/UNB) Uma advogada que, ao redigir uma petio, difame terceira pessoa que no parte no processo judicial estar amparada pela imunidade judicial.

    615. (OAB 2008.2 CESPE/UNB) O agente que designa algum como ladro, no intuito de ofender sua dignidade, comete o crime de difamao.

  • 26 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    616. (OAB 2008.2 CESPE/UNB) O agente que preconceituosamente se refere a algum como velho surdo, ciente da idade e deficincia da pessoa, comete uma das modalidades do crime de racismo.

    617. (OAB 2008.2 CESPE/UNB) O agente que atribui a algum a autoria de um estupro, ciente da falsidade da imputao, comete o crime de calnia.

    618. (AGENTE POLCIA CIVIL RR 2003 CESPE/UNB) A difamao e a injria so crimes contra a honra, sendo que a injria atinge a honra objetiva da vtima, e a difamao, a honra subjetiva.

    619. (AGENTE POLCIA CIVIL RR 2003 CESPE/UNB) Considere a seguinte situao hipottica. Antnia, ao presenciar a priso de seu filho, proferiu xingamentos aos policiais que a efetuavam, ofendendo-os. Nessa situao, correto afirmar que Antnia praticou o crime denominado injria.

    620. (AGENTE POLCIA CIVIL RR 2003 CESPE/UNB) Nos crimes contra a honra, a retratao do ofensor somente possvel nos crimes de calnia e difamao.

    621. (AGENTE POLCIA CIVIL TO 2008 CESPE/UNB) Considere a seguinte situao hipottica. Antnia foi vtima de injria praticada por Margarida no dia 10.10.2007, tendo, por intermdio de advogado, requerido a instaurao do competente inqurito policial no dia 15.10.2007 e oferecido queixa-crime no dia 31.10.2007. Nessa situao, agiu corretamente o advogado de Antnia, pois o crime de injria de ao privada, e s ser admitida a queixa se oferecida no prazo de seis meses a contar do dia em que o ofendido veio a saber quem o autor do delito.

    622. (JUIZ DE DIREITO DO ESTADO DO PIAU 2007 CESPE/UNB) concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do Ministrio Pblico, condicionada representao do ofendido, para a ao penal por crime contra a honra de servidor pblico em razo do exerccio de suas funes.

    623. (DEFENSOR PBLICO DA UNIO 2007 CESPE/UNB) Com relao ao processo e julgamento dos crimes de calnia e injria, de competncia do juiz singular, o pedido de explicaes deve ser ajuizado no juzo cvel e tem natureza jurdica de medida preliminar, obrigatria propositura da ao penal.

    624. (DEFENSOR PBLICO DA UNIO CESPE/UNB 2010) A veiculao de injria e(ou) difamao por meio de boletim de associao profissional configura crime contra a honra, tipificado no Cdigo Penal. Nesse caso, no se trata de crime de imprensa, qualquer que tenha sido a data da prtica do crime.

  • 27 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    625. (ANALISTA JUDICIRIO DO TRF DA 5. REGIO FCC 2008) Jos na janela da empresa em que seu desafeto Pedro trabalhava, gritou em altos bravos que o mesmo era "traficante de entorpecentes". Nesse caso, Jos cometeu crime de:

    a) calnia.

    b) injria.

    c) difamao.

    d) denunciao caluniosa.

    e) falsa comunicao de crime.

    626. (Defensoria Pblica Estadual FUNDEP 2006) A respeito dos crimes contra a honra, INCORRETO afirmar:

    a) Que a injuria estar consumada no momento em que a vitima tiver cincia da ofensa, independentemente de terceiros tomarem conhecimento da mesma.

    b) Que a interpretao judicial (art.144, CP) pode ser intentada, to-somente, quando houver duvida quanto inteno de se macular a honra por parte do suposto agente. Quando a inteno foi inequvoca, o juiz indeferir, de plano, o pedido de explicaes.

    c) Que haver o delito de calunia se o fato falso imputado vitima for definido como infrao penal, ou seja, crime ou contraveno.

    d) Que, para que exista crime de difamao (art.139, CP), o fato imputado pode ser verdadeiro, vale dizer, desde que ofensivo honra da vitima, existir o delito mesmo que esta, realmente, tenha praticado a conduta narrada pelo agente.

    e) Que, quando houver a imputao de fato nico, pode existir calunia ou difamao, mas nunca os dois crimes.

    627. (Magistratura Estadual TJ- BA- 1999) Na parte do Cdigo Penal que trata dos crimes contra honra, est disposto que

    01. a calnia a imputao de fato definido como crime, e que a injria a imputao de fato meramente ofensivo reputao do ofendido.

    02. em nenhuma hiptese constituem calnia, difamao e injria punveis, as ofensas irrogadas em juzo, na discusso da causa, pela parte ou seu procurador.

  • 28 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    04. punvel a difamao contra os mortos, e que este delito no admite a exceo da verdade em nenhuma hiptese.

    08. punvel a calnia contra os mortos, e os sujeitos passivos so o cnjuge, o ascendente, o descendente ou o irmo do falecido.

    16. a injria e a difamao atingem a reputao da ofendida, e que na calnia o fato versa sobre qualidade negativa da vitima.

    32. o juiz, na difamao e na calnia, pode deixar de aplicar a pena se tiver havido retorso imediata.

    64. na difamao s admissvel a exceo da verdade se o ofendido for funcionrio pblico e a ofensa for relativa ao exerccio de suas funes.

    628. (Magistratura Estadual SP 1999) Assinale a alternativa correta.

    (A) Na injria, o agente atinge a honra subjetiva; na difamao, atingida a honra objetiva, ao passo que a calnia a imputao falsa de um fato definido como crime.

    (B) Na difamao, o agente imputa vtima falsamente um fato definido como crime; na calnia, o objeto tutelado a honra subjetiva; e, na injria, o agente atinge a honra objetiva.

    (C) Na injria, o agente atinge a honra subjetiva; na difamao, o agente atinge o bem da vida da vtima; e a calnia uma ofensa grave, sem ser considerada crime.

    (D) Na calnia, o agente imputa ofensa honra objetiva do ofendido; na injria, ofensa grave personalidade do ofendido e na difamao fato definido como crime.

    629. (ANALISTA JUDICIRIO DO TRF DA 4. REGIO FCC 2009) Em tema de crime contra a honra, analise:

    I. A calnia e a difamao distinguem-se da injria porque, nas duas primeiras, h imputao de fato desonroso enquanto, na ltima, h mera atribuio de qualidade negativa ao ofendido.

    II. A difamao caracteriza-se pela imputao falsa de fato definido como crime.

    III. A calnia e a difamao ofendem a honra objetiva da vtima, ao passo que a injria atinge a honra subjetiva.

    IV. Na injria h imputao de fato ofensivo dignidade ou ao decoro da vtima.

  • 29 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    V. Para caracterizar a calnia, o fato imputado no precisa ser criminoso, bastando que seja falso e ofensivo reputao da vtima.

    correto o que consta APENAS em:

    a) l, II e IV.

    b) l e III.

    c) II, IV e V.

    d) IV e V.

    e) III, IV e V.

  • 30 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    Material de Aula n. 25: Crimes contra a liberdade individual

    630. (ASSISTNCIA JUDICIRIA DO DISTRITO FEDERAL 2006 CESPE/UNB) A violao de domiclio crime de mera conduta, no se exigindo resultado determinado.

    631. (PROCURADOR DO ESTADO DO CEAR 2004 CESPE/UNB) O sequestro crime formal, que se consuma no momento em que ocorre a privao da liberdade de locomoo.

    632. (OAB SP 2008.1 CESPE/UNB) O crime de sequestro exige uma conduta omissiva.

    Resposta: Errado. O crime de sequestro um delito eminentemente comissivo, isto , praticado mediante uma ao positiva.

    633. (DELEGADO POLCIA CIVIL SE 2006 CESPE/UNB) Um indivduo cometeu crime de reduo condio anloga de escravo. Nessa situao, o crime praticado prev a pena de 2 a 8 anos de recluso e definido como crime contra a organizao do trabalho.

    634. (DELEGADO POLCIA CIVIL RR CESPE/UNB) Considere a seguinte situao hipottica. Jorge constrangeu um cego deficiente fsico de se deslocar at uma agncia bancria para receber um benefcio, privando-o de seu guia e destruindo as suas muletas. Nessa situao, Jorge praticou o crime de constrangimento ilegal.

    635. (ESCRIVO DA POLCIA FEDERAL CESPE/UNB 2002) Se um indivduo praticar crime de sequestro e este se prolongar por mais de uma semana, a polcia pode validamente realizar a priso em flagrante do sequestrador mesmo se somente o conseguir capturar ao final desse perodo, pois, nesse caso, o estado de flagrncia perdurar.

    636. (PROCURADOR DO MUNICPIO DE RIO BRANCO 2007 CESPE/UNB) Caso um fazendeiro dispense aos seus empregados tratamento violento, oferea lhes condies precrias de trabalho, retenha-lhes salrio e documentos pessoais e ainda lhes cerceie a liberdade de locomoo, fica configurado crime de reduo de trabalhador condio anloga de escravo, o qual se inclui no rol dos crimes contra a organizao do trabalho.

    637. (JUIZ DE DIREITO BAHIA 2002 CESPE/UNB) Um indivduo constrangeu, sob grave ameaa exercida com o emprego de um revlver, um motorista a conduzi-lo com seu automvel at uma estao rodoviria. Nessa situao, o indivduo praticou o crime de sequestro.

  • 31 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    638. (DPU DEFENSOR PBLICO DA UNIO CESPE/UNB 2010) Na doutrina, distinguem-se as figuras sequestro e crcere privado, afirmando-se que o primeiro o gnero do qual o segundo espcie. A figura crcere privado caracteriza-se pela manuteno de algum em recinto fechado, sem amplitude de locomoo, definio esta mais restrita que a de sequestro.

  • 32 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    Material de Aula n. 26: Crimes contra o patrimnio

    639. (MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DE SERGIPE 2009) Quanto aos crimes contra o patrimnio, correto afirmar que:

    a) o estelionato no admite a figura privilegiada do delito.

    b) a pena, na extorso, pode ser aumentada at dois teros se praticada por duas ou mais pessoas.

    c) o chamado "furto de uso", se aceito, no constituiria crime por falta de tipicidade.

    d) h latrocnio tentado no caso de homicdio consumado e subtrao tentada, se gundo entendimento sumulado do Supremo Tribunal Federal.

    e) o emprego de arma de brinquedo qualifica o roubo, de acordo com Smula do Superior Tribunal de Justia.

    640. (DEFENSOR PBLICO DO ESTADO DO MARANHO 2009) H previso legal de escusa absolutria nos delitos patrimoniais desde que seja cometido contra cnjuge, na constncia da sociedade conjugal,

    a) ascendente, excludos os crimes de roubo ou de extorso, ou, em geral, quando haja emprego de violncia ou grave ameaa somente contra a pessoa.

    b) ascendente, descendente, excludos os crimes de roubo ou de extorso, ou, em geral, quando haja emprego de violncia ou grave ameaa somente contra a pessoa.

    c) ascendente, excludos os crimes de roubo ou de extorso, ou, em geral, quando haja emprego de violncia ou grave ameaa contra a pessoa e ao estranho que participa do crime.

    d) ascendente, descendente, excludos os crimes de roubo, extorso e latrocnio.

    e) ascendente, descendente, excludos os crimes de roubo ou de extorso, ou, em geral, quando haja emprego de violncia ou grave ameaa contra a pessoa e ao estranho que participa do crime.

  • 33 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    641. (POLCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA FCC 2009) Joo aproximou-se de Jos numa via pblica, enfiou a mo no bolso traseiro de sua cala e subtraiu-lhe a carteira. Jos, no entanto, percebeu a ao de Joo e agarrou-lhe a mo. Joo desferiu vrios socos e pontaps em Jos, causando-lhe ferimentos leves, conseguiu desvencilhar-se e fugir de posse do produto do crime. Nesse caso, Joo responder por:

    a) tentativa de roubo.

    b) furto qualificado pela destreza.

    c) roubo consumado.

    d) furto simples.

    e) tentativa de furto qualificado pela destreza.

    642. (DEFENSOR PBLICO DO ESTADO DE SO PAULO FCC 2009) Considere as seguintes afirmaes:

    I. Presume-se a cincia da origem criminosa da coisa pelo agente, no crime de receptao dolosa prpria.

    II. Saque de dinheiro por meio de carto de crdito previamente clonado, configura os crimes de furto e estelionato.

    III. No homicdio cometido em legtima defesa com duplo resultado em razo de aberratio ictus, a excludente de ilicitude se estende pessoa no visada, mas, tambm, atingida.

    Conclui-se que est correto o que se afirma SOMENTE em:

    a) I

    b) II

    c) III

    d) I e II

    e) II e III