em companhia - informativo da companhia de jesus no brasil

32
Em EDIÇÃO 22 ANO 3 MARÇO 2016 INFORMATIVO DOS JESUÍTAS DO BRASIL FRANCISCO É RECEBIDO PELOS MEXICANOS pág. 10 PE. LOMBARDI DEIXA A RÁDIO VATICANA pág. 21 REUNIÃO DE PLANEJAMENTO DO PROJETO PAM SJ pág. 23 BIBLIOTECAS, LUGAR DE INFORMAÇÃO E CULTURA MILHARES DE PESSOAS TÊM ACESSO AOS RICOS ACERVOS DAS OBRAS JESUÍTAS especial pág. 12

Upload: companhia-de-jesus

Post on 27-Jul-2016

219 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

22ª Edição | Março 2016

TRANSCRIPT

  • JESUTAS BRASIL

    Em EDIO 22ANO 3MARO 2016INFORMATIVO DOSJESUTAS DO BRASIL

    FRANCISCO RECEBIDO PELOS MEXICANOS

    pg. 10

    PE. LOMBARDI DEIXA A RDIO VATICANA

    pg. 21

    REUNIO DE PLANEJAMENTO DO PROJETO PAM SJ

    pg. 23

    BIBLIOTECAS, LUGAR DE INFORMAO E CULTURA

    MILHARES DE PESSOAS TM ACESSO AOS RICOS ACERVOS DAS OBRAS JESUTAS

    especial pg. 12

  • 4 5Em Em

    SUMRIO EDIO 22 | ANO 3 | MARO 2016

    EDITORIAL A Companhia de Jesus e as bibliotecas

    CALENDRIO LITRGICO

    ENTREVISTA PEREGRINOS EM MISSO Aprofundamento e estudo da F

    O MINISTRIO DE UNIDADENA IGREJA SANTA S Francisco celebra trs anos de papado Papa visita o Mxico

    ESPECIAL A arte de preservar

    MUNDO CRIA GERAL Padre Geral visita provncias indianas Aps 25 anos, padre Lombardi deixa a Rdio Vaticana Informe especial sobre justia na economia global Missionrios da Misericrdia

    AMRICA LATINA CPAL Nascer de novo Chegada de David e reunio de Planejamento Visita s universidades da Colmbia e do Peru Curso Amaznico na FAJE

    GOVERNO Plano Apostlico apresentado nos

    Centros Administrativos

    Plataforma Sul 2 realiza Assembleia Superiores de Plataforma tomam posse

    SERVIO DA F Apostolado da Orao lana aplicativo

    6

    78

    10

    12

    20

    22

    24

    26

    As bibliotecas so aliadas importantes no processo de aprendizagem de crianas e jovens

  • 4 5Em Em

    EmJESUTAS BRASIL

    PROMOO DA JUSTIA E ECOLOGIA Jovens promovem aes solidrias em Salvador Misso Jesuta no Serto

    DILOGO CULTURAL E RELIGIOSO Instituto Anchietano de Pesquisas desvenda stios

    arqueolgicos

    EDUCAO Equipes Diretivas da Rede Jesuta de Educao

    renem-se

    Colgio dos Jesutas celebra 60 anos

    NA PAZ DO SENHOR

    JUBILEUS

    AGENDA

    27

    28

    29

    30

    31

    31

    INFORMATIVO DOSJESUTAS DO BRASIL

    EXPEDIENTE

    EM COMPANHIA uma publicao mensal dos

    Jesutas do Brasil, produzida pelo Ncleo de

    Comunicao Integrada (NCI)

    CONTATO [email protected]

    www.jesuitasbrasil.com

    DIRETOR EDITORIALPe. Anselmo Dias

    EDITORA E JORNALISTA RESPONSVELSilvia Lenzi (MTB: 16.021)

    REDAOJuliana Dias

    DIAGRAMAO E EDIO DE IMAGENSHanderson Silva

    ANNCIOHanderson Silva

    COLABORADORES DA 22 EDIOPe. Carlos Jahn, Ir. Eudson Ramos, Everson

    Lima, Iracema Lima dos Santos, Pe. Martinho

    Lenz, Pe. Pedro Ignacio Schmitz, Rodrigo Mar-

    ques, Vincius Moraes e Ana Ziccardi (reviso).

    Um agradecimento especial a todos que cola-

    boraram com a matria especial dessa edio.

    FOTO DA CAPAPaulinha Kozlowski/Colgio Medianeira

    FOTOSBanco de imagens / Divulgao

    TRADUO DAS NOTCIAS DA CRIA Pe. Jos Luis Fuentes Rodriguez

  • 6 7Em Em

    [...]cum nihilimperfectum ei placeret[...]

    [...]como nada de imperfeito lhe agrada-

    va[...]

    Assim descreve o padre Juan Afon-so Polanco, secretrio da Compa-nhia de Jesus, a situao de Santo Incio de Loyola no momento de sua che-

    gada a Paris (Frana) para aperfeioar sua

    formao filosfica e teolgica. Ele tinha

    estudado algo de latim, filosofia e teo-

    logia em Alcal e Salamanca (Espanha).

    Mas no se contentara com os resultados

    medocres. Ele, diz Polanco, era desejoso

    de uma slida erudio, pois nada de im-

    perfeito lhe agradava.

    Esse exemplo de Santo Incio foi uma

    orientao firme para todos os jesutas

    quanto aos estudos. E, a propsito, enten-

    demos o quanto indispensvel uma bi-

    blioteca adequada para a formao dos je-

    sutas, como religiosos e pastores, em sua

    misso para a Maior Glria de Deus. So

    vrios os aspectos em que o livro, e a bi-

    blioteca como um todo, tornam-se indis-

    pensveis vida e s atividades de cada

    jesuta. Podemos considerar, sem preten-

    so de sermos completos, ao menos algu-

    mas dimenses desse intercmbio:

    Dimenso Espiritual e da formao

    integral do jesuta

    Para homens de vida consagrada ao

    Reino de Deus e ao servio do Vigrio de

    Cristo na terra, uma biblioteca especiali-

    zada indispensvel. Diferentes etapas

    da formao do jesuta exigem sua biblio-

    grafia prpria, desde o primeiro ano de

    noviciado at o terceiro ano de provao.

    De maneira especial, cumpre essa fina-

    lidade a bibliografia sobre a espirituali-

    dade inaciana. Primeiro, livros sobre os

    Exerccios Espirituais, biografia de san-

    tos e grandes jesutas, colees e sries

    de livros; depois, revistas ou peridicos

    EDITORIAL

    A COMPANHIA DE JESUS E AS BIBLIOTECAS

    Pe. Valdir Marques, SJEx-diretor da Biblioteca Pe. Vaz, da FAJE (Faculdade Jesuta de Filosofia e Teologia), e atual comentarista da Liturgia Diria, no site das Edies Loyola

    especializados sobre reas principais

    da espiritualidade. De modo especial, a

    formao filosfica e teolgica compo-

    nente essencial a todo jesuta para seu

    desempenho na pastoral.

    Dimenso Pastoral

    Em suas diversas pastorais, o servio

    da Companhia de Jesus na Igreja supe

    acesso bibliografia geral e especializada.

    As pastorais dividem-se em muitas reas.

    Ao especialista de cada rea, a biblioteca

    deve prover a bibliografia bsica e, dentro

    do possvel, especializada e sempre atua-

    lizada.

    Dimenso Acadmica

    A biblioteca especializada uma exi-

    gncia do bom xito do ensino em uni-

    versidades e colgios dirigidos pela Com-

    panhia de Jesus. Aqui, de modo especial,

    o rigor cientfico e a excelncia acadmi-

    ca so os critrios para a constituio e

    uso das bibliotecas.

    Dimenso histrica

    A histria a mestra do presente e do

    futuro. As bibliotecas da Companhia de

    Jesus tm o dever de conservar documen-

    tos do passado, em arquivos e memorais,

    de personagens ilustres, mestres de futu-

    ras geraes. Embora o mundo da infor-

    mtica e todos os seus recursos tecnol-

    gicos paream diminuir a importncia

    das bibliotecas fsicas, o livro impresso

    continuar existindo. Livro e tecnologia

    no se excluem, mas se complementam.

    Boa leitura!

    POLANCO, Juan-Alphonso de, Vita Ignatii-

    Loiolae et rerumSocietatisJesuhistoria,

    Madrid 1894-1897, vol. IV, p. 41.

  • 6 7Em Em

    CALENDRIO LITRGICO

    So Jos, esposo da Virgem Maria, patrono da Companhia de Jesus.

    calendrio litrgicoPrprio da Companhia de Jesus MARO

    DIA 19

  • 8 9Em Em

    ENTREVISTA PEREGRINOS EM MISSO

    Pe. Francys Silvestrini Ado, SJ

    Aps deixar a funo de scio provincial,

    em novembro de 2014, Pe. Francys

    Silvestrini Ado j tinha nova misso

    traada: cursar o Doutorado em Teologia

    Fundamental, no Centre Svres, em Paris

    (Frana). Para isso, mudou-se para a capital

    francesa em meados de janeiro de 2015. De

    l, o jesuta contou, em entrevista especial

    ao informativo Em Companhia, como est

    sendo a experincia de dedicar-se a essa

    disciplina de fronteiras e construo de

    sua tese, que receber, provavelmente, o

    ttulo A Vida doada em alimento.

    nida a rea de minha futura misso: o ensino e a pesquisa

    em Teologia. Aps o Mestrado em Teologia Sistemtico-

    -pastoral na PUC-Rio (2012-2013) e de um tempo de tra-

    balho apostlico, fui enviado para o atual Doutorado em

    Teologia no Centre Svres, em Paris.

    Como o Doutorado em Teologia Fundamental? Desafios,

    importncia do curso...

    A Teologia Fundamental uma disciplina de frontei-

    ras. Como seu nome o sugere, ela dedica-se reflexo so-

    bre os fundamentos teolgicos. Por exemplo, revelao,

    f, relao com as Escrituras-Magistrio-Tradio, relao

    com o contexto histrico-geogrfico-cultural, relao en-

    tre f e razo,f e cincias,f e ao,f e experincia,f e

    cultura(s), entre outras questes.

    A sua atual misso preparar-se para

    o Doutorado em Teologia Fundamental.

    Como foi o processo de discernimento no

    seu caso?

    O discernimento sobre minha orien-

    tao apostlica durou vrios anos. Ele

    foi feito ao longo de minha formao ini-

    cial, a partir das qualidades pessoais que

    foram revelando-se ou confirmando-se

    e das necessidades prprias misso da

    Companhia de Jesus. Uma orientao de

    tipo acadmico j havia sido definida por

    meus superiores ao fim de meu magis-

    trio, em 2007. Mas, somente ao fim da

    graduao em Teologia, em 2011, foi defi-

    APROFUNDAMENTO E ESTUDO DA F

  • 8 9Em Em

    Qual a sua linha de pesquisa?

    Desde meu Mestrado, minha pesquisa concentra-se na

    relao entre f e cultura(s) brasileira(s), buscando compre-

    ender como a especificidade de nosso contexto pode nos

    ajudar a viver e a pensar a f de um modo encarnado. Na-

    quele momento, eu estudei o debate entre telogos da liber-

    tao brasileiros, a partir da influncia do Barroco ibrico na

    formao de nossa cultura, de nossas instituies e de nosso

    modo de viver a f.

    No Doutorado, estou buscando desenvolver uma refle-

    xo de tipo sapiencial (sabedoria), enraizada em nosso con-

    texto brasileiro e inspirada na f eucarstica da Igreja. Para

    isso, em vez de partir do conceito ou mesmo da prtica sa-

    cramental da Eucaristia, estou estudando seu fundamento

    humano bsico: a refeio, o ato de comer juntos e o sentido

    que damos a esse ato.

    Quais so as bases de desenvolvimento desse trabalho?

    Como meu interesse de partir de algo bem concreto,

    estou tentando construir um caminho teolgico em dilo-

    go com a gastronomia e a culinria brasileiras. Creio que

    uma interrogao sobre nosso modo de cozinhar, de prepa-

    rar o ambiente, de comer e dar de comer pode nos ajudar a

    enxergar de forma nova nossas potencialidades e qualida-

    des singulares, bem como os possveis obstculos nos-

    sa relao com Deus, com o mundo e com os outros.Alm

    disso, penso que Jesus de Nazar sua presena frequente

    mesa de todo tipo de gente, seu desejo de alimentar as

    multides e, enfim, a converso eucarstica de sua vida em

    alimento indica que algo muito profundo do mistrio de

    Deus e do mistrio da humanidade pode revelar-se (ou es-

    conder-se) nesse ato. isso o que exprime o provvel ttulo

    de minha tese: A Vida doada em alimento.

    Quanto tempo falta para concluir esse estudo?

    Acabei, h pouco, o chamado ano de habilitao.

    Nesse perodo, fiz alguns seminrios e preparei meu pro-

    jeto. Agora, a hora de aprofundar a pesquisa e redigir a

    tese de Doutorado. Essa etapa deve levar, ao menos, mais

    dois anos.

    Como esse estudo o ajudar na misso

    da Companhia de Jesus?

    Tenho pensado com frequncia nas op-

    es preferenciais de nosso Plano Apostlico.

    Elas so como um farol para as opes que vou

    tomando. Contudo, a elaborao de uma tese

    em Teologia no visa, normalmente, a uma

    aplicao imediata, mas ela uma preparao

    para um tipo especfico de misso. Se a orien-

    tao apostlica que me foi dada se confirma,

    deverei em breve ser um professor e pesquisa-

    dor em Teologia. Este estudo ento, primei-

    ramente, um exerccio de pesquisa com rigor

    acadmico, um mergulho na comunidade

    teolgica internacional, uma reflexo pessoal

    sobre uma dimenso importante da f crist.

    Enfim, creio que o tema que escolhi para

    o Doutorado poder me ajudar a compreen-

    der um pouco mais nosso modo brasileiro de

    viver, de estar em relao, de pensar e de crer

    e, como todos devem se alimentar, essa pode

    ser uma bela porta para o dilogo com todos

    os tipos de pessoa, das mais bem formadas

    academicamente s mais simples. Desejo

    escutar com ateno o que cada um traz em

    si e, a partir da, ajudar a enxergar que Jesus,

    o Reino de Deus, a Vida e a Felicidade que

    buscamos esto mais perto do que vemos ou

    pensamos. O Reino de Deus se fez prximo!

    E o banquete est servido. Bom apetite!

    Alm do Doutorado, o senhor tem se de-

    dicado a outras atividades?

    Paralelamente aos estudos, estou orien-

    tando um seminrio na graduao em Teo-

    logia e tenho participado, como conferen-

    cista, em congressos teolgicos e pastorais

    na Frana. Isso vai me formando tambm

    ao ensino e ao dilogo com outros pro-

    fessores e pesquisadores, tanto telogos

    quanto de outras reas do saber.

  • 10 11Em Em

    O MINISTRIO DE UNIDADE NA IGREJA SANTA S

    FRANCISCO CELEBRATRS ANOS DE PAPADO

    Domingo, 13 de maro, a Igre-ja Catlica celebrou o tercei-ro aniversrio da eleio de Jorge Mario Bergoglio como papa.

    Nesses 36 meses, momentos signi-

    ficativos tm ajudado a construir o

    pontificado de Francisco, como o

    Snodo sobre a Famlia, a encclica

    Laudato si e o Jubileu extraordinrio

    da Misericrdia, alm dos encontros

    histricos, que demonstram a sua

    abertura ao dilogo.

    O mais recente destaque desse

    esforo em dialogar aconteceu em

    fevereiro passado,quando o papa en-

    controu-se com o patriarca da Igreja

    Ortodoxa Russa, Kirill (Cirilo). Foi o

    primeiro encontro entre os lderes de

    dois dos principais ramos do Cristia-

    nismo desde a separao, em 1054.

    Bergoglio tem desempenhado

    tambm importante papel de lder

    mundial ao trazer, para o centro das

    discusses, temas preocupantes. En-

    tre suas propostas, est a mudana

    do paradigma econmico e financei-

    ro internacional, como revelou na

    exortao Evangelii Gaudium ou no

    seu discurso em Estrasburgo, diante

    do Parlamento Europeu, em defesa da

    democracia face ao poder dos merca-

    dos. Soma-se s suas preocupaes o

    cuidado com o meio ambiente, pre-

    sente na encclica Laudato si.

    Papa Francisco tem se mostrado

    incansvel tambm em seus pedidos

    pelo combate pobreza e ao terro-

    rismo e, principalmente, em favor

    da paz nas vrias regies do mundo

    afetadas por conflitos, assumindo a

    defesa dos cristos no Oriente Mdio,

    perseguidos pelo autoproclamado

    Em 13 de maro de 2013, o

    cardeal argentino Jorge Mario

    Bergoglio foi eleito como suces-

    sor de Bento XVI, aps a renncia

    do agora papa emrito. Alm de

    assumir o indito nome de Fran-

    cisco, tambm o primeiro pon-

    tfice jesuta na histria da Igreja.

    Estado Islmico, e criticando quem

    justifica ataques terroristas com as

    suas convices religiosas.

    Imagem do dia 13 de maro de 2013, quando Jorge Mario Bergoglio foi anunciado papa

    FOTO

    : L

    OSS

    ERVA

    TOR

    E R

    OM

    AN

    O

  • 10 11Em Em

    Ao chegar ao Mxico, em 12 de fe-vereiro, Francisco foi recebido, ainda no aeroporto, por uma mul-tido de fiis que gritavam esta a juven-

    tude do papa. A viagem, muito aguardada,

    a 12 internacional do seu pontificado e

    a quarta ao continente americano. O pas

    ocupa a segunda posio em nmero de

    catlicos no mundo, atrs apenas do Bra-

    sil, com cerca de 100 milhes de fiis.

    Durante sua estada, alm de encon-

    tros com autoridades, religiosos e repre-

    sentantes da sociedade civil do pas, o

    papa visitou alguns dos lugares assolados

    pela pobreza e mais violentos do conti-

    nente. Por isso, palavras de esperana e

    solidariedade, assim como temas ligados

    violncia, pobreza, migrao, trfico e

    corrupo, permearam as mensagens do

    As pegadas de Francisco Nos trs anos de pontificado, o papa j visitou mais de 20 lugares:

    Brasil Filipinas Uganda

    Jordnia Equador Repblica Centro-Africana

    Israel Bolvia Mxico

    Palestina Paraguai Frana

    Coreia do Sul Cuba Albnia

    Turquia Estados Unidos Bsnia-Herzegovina

    Sri Lanka Qunia Itlia

    PAPA VISITA O MXICOpontfice ao povo mexicano.

    Entre as vrias localidades visitadas,

    o papa esteve em Ciudad Jurez, que tem

    feito progressos no combate ao crime

    organizado, mas continua marcada pela

    violncia. Em missa celebrada na cidade,

    Francisco fez o apelo: H sempre a possi-

    bilidade de mudar, estamos em tempo de

    reagir e transformar, modificar e alterar,

    converter aquilo que nos est destruindo

    como povo, o que nos est degradando

    como humanidade. E concluiu nesse

    ltimo encontro com fiis e peregrinos

    mexicanos:

    tempo de converso, tempo de sal-

    vao, tempo de misericrdia.

    Fontes: site Cano Nova, Rdio Vatica-

    na e G1

    Fontes: Agncia Ecclesia e site Cano Nova

    FOTO

    : A

    NSA

    / LO

    SSER

    VATO

    RE

    RO

    MA

    NO

  • 12 13Em Em

    A ARTE DE PRESERVARAs bibliotecas jesutas contam com a dedicao de dezenas de bibliotecrios

    ESPECIAL

    No Brasil, em 12 de maro, ce-lebramos o dia do bibliotec-rio, responsvel por cuidar de bens valiosos para a humanida-

    de, as bibliotecas. Esses espaos so

    preciosos para a difuso do conheci-

    mento e a formao de novos leitores,

    como acontece em diversas obras je-

    sutas, dentre elas colgios, universi-

    dades, centros sociais e de juventude.

    Um cenrio envolto em magia e que

    s se torna possvel pelo trabalho si-

    lencioso desses profissionais e dos

    cuidados que dispensam na preser-

    vao de todos esses acervos, possi-

    bilitando ao presente conversar com

    o passado e deixar sua contribuio

    para o futuro.

    Ns nos sentimos guardies de

    tesouros e acreditamos no poder da

    informao e do conhecimento como

    transformadores das pessoas e do

    mundo, conta Gldis Schmidt, bi-

    bliotecria do Colgio So Lus, em

    H 26 anos na FAJE, a bibliotecria Vanda Bettio dedica-se a cuidar do acervo da instituio

    12 Em

  • 12 13Em Em

    NS NOS SENTIMOS GUARDIES DE TESOUROS E ACREDITAMOS NO PODER DA INFORMAO E DO CONHECIMENTO COMO TRANSFORMADORES DAS PESSOAS E DO MUNDO

    Gldis Schmidt, bibliotecria do Colgio So Lus, em So Paulo (SP)

    So Paulo (SP). As bibliotecas exer-

    cem papel fundamental no compar-

    tilhamento de informaes, propor-

    cionando um ambiente ideal para

    encontros, estudos e troca de experi-

    ncias. Esse espao deve ser conce-

    bido como uma extenso da sala de

    aula, por meio de iniciativas como:

    contao de histrias, representao

    teatral, concursos literrios, dentre

    outras. Um ambiente dinmico in-

    dispensvel na formao do cidado,

    acredita Gldis, que trabalha h sete

    anos na instituio.

    No h dvida que as bibliotecas

    so importantes aliadas no processo

    de aprendizagem de crianas e jovens.

    O zelo com que os bibliotecrios re-

    alizam seu trabalho faz toda a dife-

    rena e chama a ateno dos alunos.

    Muitas crianas gostam de ajudar no

    trabalho da biblioteca e oferecem-se

    para auxiliar em algumas atividades

    como em pequenos consertos de li-

    vro, a dar baixa nas devolues, a ler

    para os menorzinhos no horrio do

    recreio. Isso muito significativo,

    pois eles se sentem importantes e

    corresponsveis pelo espao. Acredito

    que essa atitude reflita um relaciona-

    mento positivo que a biblioteca deixa

    nos alunos, afirma Rita Koelhert, bi-

    bliotecria responsvel pela Bibliote-

    ca Infantil do Colgio Santo Incio, no

    Rio de Janeiro (RJ).

    Atualmente, em um mundo mar-

    cado pelo excesso de informao,

    manter o foco e a concentrao cada

    vez mais difcil, pois as pessoas sen-

    tem-se perdidas em meio avalanche

    de assuntos disponveis. Nesse sen-

    tido, selecionar e organizar todo esse

    conhecimento um trabalho comple-

    xo. O bibliotecrio o responsvel

    por filtrar o que chega s pessoas.

    ele quem facilita o acesso informa-

    o de maneira eficiente e rpida, diz

    Elizete Kshesek, supervisora das bi-

    bliotecas do Ensino Fundamental do

    Colgio Medianeira, em Curitiba (PR).

    A bibliotecria Cludia Furtado

    trabalha na Biblioteca Central do Co-

    lgio Santo Incio, no Rio de Janeiro,

    e nos d um exemplo de como esse

    filtro importante, principalmente

    para os jovens. Certa vez, uma alu-

    na ficou fascinada pela questo do

    Oriente Mdio e me pediu ajuda para

    reunir material. Fiz um levantamento

    bibliogrfico de bastante volume para

    atender a necessidade de informao

    dela. Posteriormente, ela foi reconhe-

    cida como a que mais sabia sobre a re-

    gio, conta.

    Por tudo isso, o bibliotecrio au-

    xilia na formao de futuros leitores,

    que, desde pequenos, desenvolvem o

    gosto pela busca constante do conhe-

    cimento. Andria Gonalves, coorde-

    nadora da Biblioteca do Colgio Loyo-

    la, em Belo Horizonte (MG), ressalta

    que os alunos desenvolvem tambm

    a capacidade de pesquisa. Uma pre-

    parao importante para o ingresso

    em universidades, ambiente no qual a

    pesquisa fundamental em todos os

    anos do curso.

    Por exemplo, os alunos da FAJE

    (Faculdade Jesuta de Filosofia e Te-

    ologia), tambm localizada em Belo

    Horizonte, tm que ler e pesquisar

    muito. Hoje, a instituio possui um

    acervo de mais de 253 mil exemplares,

    entre livros, peridicos, teses, disser-

    taes, material audiovisual e aposti-

    las. Facilitar a procura dos universi-

    trios nesse mundo de informaes

    o papel de Vanda Bettio, bibliotecria

    coordenadora da instituio. Nosso

    trabalho contribui para que as pesso-

    as tenham acesso s melhores fontes

    de informaes para suas pesquisas, o

    que se reverter em benefcio na mis-

    so de Deus, acredita.

    H mais de 26 anos na FAJE, Vanda

    conta que a possibilidade de contri-

    buir com pesquisadores e estudiosos

    uma grande inspirao. O bibliote-

    crio colabora de forma significativa

    para a misso da Companhia de Jesus.

    Ajudamos na ampliao dos horizon-

    tes dos estudantes jesutas e dos que a

    eles esto associados, auxiliando para

    a sua atualizao constante e favore-

    cendo o desenvolvimento da consci-

    ncia crtica, explica.

    Com o intuito de incentivar cada

    vez mais a pesquisa, a PUC-Rio (Pon-

    tifcia Universidade Catlica do Rio

    de Janeiro) criou, em 2012, o Instituto

    Interdisciplinar de Leitura iiLer, que

    desenvolve atividades de investigao

    cientfica e formao de leitores ca-

    pazes de assumir uma atitude crtica

    diante da realidade. Na Organizao, a

    biblioteca e o bibliotecrio desenvol-

    vem um trabalho essencial para a ge-

    rao de conhecimento na academia.

    Acompanhamos o desenvolvimento

    dos programas de ensino, pesquisa

    e extenso da PUC-Rio, apoiando a

    instituio nas demandas de infor-

    mao e no oferecimento de servios

    13Em

  • 14 15Em Em

    que contribuem para a universidade,

    afirma Dolores Perez, diretora da Di-

    viso de Bibliotecas e Documentao

    da PUC-Rio.

    Alm de demonstrar a importncia

    do trabalho dos bibliotecrios das ins-

    tituies da Companhia de Jesus, todos

    esses depoimentos nos mostram ainda o

    encanto e o amor que cada uma dessas

    pessoas tem e que ficam visveis assim

    que entramos em uma biblioteca jesuta.

    Reconhecidas pelos ricos acervos [Vide

    infogrfico na pgina 18 ], esses espa-

    os foram modificando-se ao longo do

    tempo, mas mantiveram o diferencial je-

    suta de ser reconhecido como lugar de

    compartilhar conhecimento e engajar

    mudanas de pensamento.

    AS BIBLIOTECAS JESUTAS

    Os jesutas sempre tiveram uma

    relao muito prxima com os livros,

    pois eram eles que davam subsdio

    para a realizao da misso da Or-

    dem religiosa, independente do lugar

    onde os missionrios estivessem. Na

    obra Histria da Companhia de Jesus

    no Brasil, o padre Serafim Leite con-

    ta que: no havia aldeia, por mais

    recuada que fosse na profundeza dos

    sertes e rios, que no iluminasse ao

    menos uma estante de livros (2004,

    t. IV, p. 113).

    Segundo Serafim, a ausncia de li-

    vros em uma obra jesuta atrapalhava

    o andamento da misso. Um exemplo

    disso a visita que Manuel da Nbre-

    ga fez, em 1552, Confraria dos Me-

    ninos de Jesus associao laica que

    funcionava sob princpios religiosos e

    atendia mamelucos e ndios, no Esp-

    rito Santo. Na ocasio, ele lamentou a

    situao da obra: as condies deste

    Colgio, apesar da boa vontade am-

    biente, eram precrias. Toda a biblio-

    teca (...) constava de um nico livro,

    a Vitae Christi (2004, t. I, p. 79). Para

    Nbrega, a presena e a diversidade

    dos livros eram importantes para o

    fortalecimento da misso.

    No Brasil, a Companhia de Jesus

    foi a principal responsvel pela for-

    mao dos primeiros acervos do pas.

    No desembarque dos jesutas em ter-

    ras tupiniquins, no ano de 1549, N-

    brega trouxe os primeiros livros. As-

    sim, quando uma obra era iniciada, os

    religiosos buscavam elementos para a

    realizao de suas atividades e, entre

    eles, estavam os livros. O doutor em

    Cincia da Informao pela Univer-

    sidad Complutense de Madrid (Espa-

    nha), Luiz Antonio Gonalves da Silva,

    afirma, no artigo As bibliotecas dos

    jesutas: uma viso a partir da obra de

    Serafim Leite, que os livros: consti-

    tuam a base para a ao dos jesutas

    e a sua falta prejudicava as atividades

    da ordem na catequese dos ndios, as-

    sistncia religiosa, ensino e educao

    dos colonos.

    Segundo Luiz Antonio, as princi-

    pais bibliotecas, na poca conhecidas

    como livrarias, eram as dos colgios

    jesutas, que tiveram seu pice entre

    os sculos XVII e XVIII. Esses espaos

    tambm abasteciam as residncias

    dos religiosos. Com a chegada dos

    primeiros livros e a formao das pri-

    meiras bibliotecas do pas, foi preciso

    criar mtodos para organizar as obras

    e os espaos onde elas ficariam. Por

    isso, iniciou-se um trabalho para con-

    trolar a formao dos acervos.

    Esse trabalho mereceu tambm a

    ateno dos padres, que passaram a en-

    cadernar os livros e combater os insetos

    que poderiam danific-los, afirma Luiz

    Antonio. Isso levou os jesutas que es-

    tavam no Brasil a procurar, na Europa,

    religiosos que soubessem exercer ati-

    vidades de manuteno dessas obras.

    Assim, era preciso estar atento aos es-

    paos onde os livros ficavam. As livra-

    rias estavam sob a superviso de um

    religioso. Havia tambm sob sua res-

    ponsabilidade outros, como os irmos,

    encarregados do funcionamento dirio

    e da limpeza do recinto, escreve Luiz

    Antonio em seu artigo.

    Esses jesutas podiam exercer

    outras funes, alm de zelar pelas

    14 Em

  • 14 15Em Em

    NO HAVIA ALDEIA, POR MAIS RECUADA QUE FOSSE NA PROFUNDEZA DOS SERTES E RIOS, QUE NO ILUMINASSE AO MENOS UMA ESTANTE DE LIVROS.

    Livro Histria da Companhia de Jesus no Brasil, de padre Serafim Leite

    bibliotecas. Muitos eram enfermei-

    ros, administradores de olaria (local

    onde fabricavam-se peas de cermi-

    ca), mestre de meninos, dentre ou-

    tras atividades. Nesse contexto, dois

    jesutas destacaram-se por terem

    mais tempo para se dedicar funo,

    o padre Antnio Vieira e o irmo An-

    tnio da Costa.

    Os dois jesutas so reconhecidos

    como exmios bibliotecrios. Padre

    Antnio Vieira, por exemplo, exerceu a

    funo em todos os colgios pelos quais

    passou: nas instituies da Bahia, Ma-

    ranho e Par, no Brasil, e nas cidades

    de Lisboa, Porto e Coimbra, em Portu-

    gal. J o irmo Antnio da Costa era co-

    nhecido pelo zelo e habilidade na orga-

    nizao das bibliotecas.

    Atualmente, as bibliotecas das ins-

    tituies jesutas possuem ricos acer-

    vos, com milhares de livros, entre eles

    obras raras que necessitam de cuidado

    e ateno. Nesses espaos, o trabalho

    dos bibliotecrios de suma impor-

    tncia para a conservao da histria

    da Companhia de Jesus e do Brasil.

    ESPAOS DE TRANSFORMAO

    Alm de possibilitarem a preserva-

    o da histria, as bibliotecas so espa-

    os de informao e cultura que auxi-

    liam na formao das pessoas. O Espao

    de Leitura Paulo Freire um dos locais

    preferidos dos 180 jovens que frequen-

    tam o Centro Santa F, em So Paulo

    (SP). O ambiente, cujo acervo tem qua-

    se dois mil itens, entre livros e dvds,

    ajuda a fomentar e incentivar, entre os

    educandos, a realizao de pesquisas

    escolares e a leitura de livros.

    Na instituio, os jovens, entre 12 e

    17 anos, tm a possibilidade de desen-

    volver suas potencialidades, tornando-se

    protagonistas da prpria histria. Nesse

    contexto, o Espao de Leitura Paulo Freire

    um importante aliado. A leitura pode

    levar a pessoa para locais desconhecidos,

    lhe acrescentar novos conhecimentos,

    ampliando seu entendimento sobre o

    mundo. Nesse espao, os jovens convi-

    vem, preparam seus trabalhos escolares,

    pesquisam e utilizam os livros dispon-

    veis, explica Paulina Christov, coordena-

    dora do Centro Santa F.

    Assim como em So Paulo, o CEAS

    (Centro de Estudos e Ao Social), lo-

    calizado em Salvador (BA), tambm re-

    aliza um trabalho significativo com a

    comunidade. A entidade, que assessora

    movimentos sociais e grupos populares

    15Em

  • 16 17Em Em

    dos meios urbanos e rurais, atua com

    nfase na questo poltico-educativa.

    Dessa forma, para ajudar a dar mais

    subsdio a esse trabalho, o CEAS con-

    ta com uma rica biblioteca, que rene

    mais de 20 mil ttulos especializados

    em Cincias Humanas.

    Fundado pela Companhia de Jesus,

    em 1967, o CEAS auxilia no fortaleci-

    mento da autonomia e no protagonis-

    mo dos pblicos que assessora. Nossa

    biblioteca tem identidade e especifi-

    cidades diferentes das outras bibliote-

    cas, pois sua caracterstica principal

    a grande concentrao de livros de Ci-

    ncias Sociais e Polticas, afirma Nlia

    Nascimento, historiadora e pesquisa-

    dora, que trabalha na instituio.

    O CEAS, ao longo da sua histria

    de luta social na Bahia e no Nordeste,

    sempre procurou dialogar com o mun-

    do acadmico. Atualmente, desenvol-

    vemos um trabalho em parceria com

    o Departamento de Histria da UFBA

    (Universidade Federal da Bahia), no

    qual implantamos Centros de Memria

    Popular nos bairros que foram assesso-

    rados pelo CEAS e que tm representati-

    vidade de luta e enfrentamento diante

    das mazelas sociais vividas em seu pro-

    cesso de urbanizao, explica Nlia.

    Em Salvador (BA), os primeiros

    bairros a receberem a iniciativa foram

    Calabar e Alto das Pombas. A biblio-

    teca do CEAS foi o espao no qual os

    estudantes do projeto trabalharam no

    processo de organizao, higieniza-

    o e catalogao da documentao

    da regio. O CEAS tambm promoveu

    oficinas de higienizao e restauro

    para os bolsistas que organizaram o

    acervo. Diante de toda potencialida-

    de que a nossa biblioteca oferece, seja

    na riqueza do acervo bibliogrfico,

    como documental, o CEAS pretende

    tornar a biblioteca um campo de es-

    tgio para formao de bibliotecrios

    e arquivistas, visto que nosso acervo

    est em processo de catalogao. Para

    isso, estamos dialogando com as uni-

    versidades parceiras, ressalta Nlia.

    Outro exemplo da importncia das

    parcerias com o ambiente universitrio

    o Centro MAGIS Goinia (GO), conhe-

    cido como CAJU (Casa da Juventude Pa-

    dre Burnier). A instituio jesuta uma

    das que cultiva o relacionamento com

    as universidades, sendo que um dos

    fatores responsveis por esse constan-

    te dilogo a biblioteca da instituio,

    uma das referncias no tema de juven-

    tude. Segundo Lana Keren, bibliotec-

    ria da CAJU, o acervo constitudo por

    obras especializadas em jovens. Temos

    uma literatura especfica em adolescen-

    tes e juventude. Nossa biblioteca aber-

    ta a toda comunidade, principalmente a

    universitria, diz.

    A parceria da biblioteca Padre

    Albano Trinks, da CAJU, com a UFG

    (Universidade Federal de Gois) tem

    alcanado importantes resultados.

    J realizamos oficinas de leitura e

    contao de histria em instituies

    pblicas ou em organizaes que nos

    solicitam. Dessa forma, fornecemos

    informaes relevantes para a comu-

    nidade, revela Lana.

    NOVOS TEMPOS

    Nos ltimos anos, a tecnologia

    tornou-se aliada no compartilhamen-

    to do conhecimento. Hoje, a internet e

    os sistemas de informao ajudam na

    democratizao do que antes s era

    conhecido no ambiente universit-

    rio. Se, antigamente, a informao era

    de poucos para poucos, nas ltimas

    dcadas, esse cenrio modificou-se

    drasticamente e, hoje, ela compar-

    tilhada de muitos para muitos, por

    meio do ambiente virtual.

    O Pateo do Collegio, em So Paulo

    (SP), um bom exemplo de como essas

    ferramentas ajudam na propagao do

    conhecimento. Desde 2012, o catlogo

    da Biblioteca Padre Antnio Vieira, lo-

    calizada na instituio, est disponvel

    para a consulta on-line. Alm disso,

    est integrado Rede Jesuta de Biblio-

    16 Em

  • 16 17Em Em

    as histrias dos livros, afirma Simone

    Silva, bibliotecria da instituio.

    Esse contato com a biblioteca e

    com os livros fundamental para que

    as crianas cultivem o respeito pelo es-

    pao e pelas obras. Nesse sentido, elas

    aprendem, desde cedo, a importncia

    de conservar os livros, que podero

    servir para outras pessoas. O projeto

    da Unisinos, Adote Um Livro, exem-

    plo disso. Criado em 2011, pela biblio-

    teca da instituio, a iniciativa ofere-

    ce, como uma espcie de doao aos

    usurios da biblioteca, livros, revistas,

    folhetos, etc. A ideia da biblioteca era

    destinar materiais que no so mais in-

    teressantes ao acervo por j existirem

    vrios exemplares do mesmo ttulo, por

    haver outros mais atualizados aos alu-

    tecas, por meio do Sistema Pergamum,

    j utilizado por outras obras da Compa-

    nhia de Jesus.

    A bibliotecria do Pateo do Collegio,

    Silvia Maria de Azevedo, conta que h

    tambm a biblioteca digital disponvel

    para consulta por meio do site do Pateo

    do Collegio. Nessa biblioteca digital,

    sero disponibilizados, na ntegra, do-

    cumentos raros e frgeis, como folhetos

    e recortes de jornais, principalmente

    sobre a histria do Brasil, da Compa-

    nhia de Jesus e do Pateo do Collegio. J

    temos alguns documentos disponveis,

    no entanto, o projeto prev a incluso

    de aproximadamente mil itens para o

    ano de 2016, explica Silvia.

    Os colgios da Rede Jesuta de

    Educao tambm j contam com a

    tecnologia para aproximar cada vez

    mais os jovens das bibliotecas. A bi-

    blioteca do Colgio Anchieta, de Porto

    Alegre (RS), por exemplo, foi a pri-

    meira instituio no Brasil a adotar a

    leitura biomtrica (digital). Hoje, esse

    sistema auxilia na agilidade de em-

    prstimos e devolues, ajudando na

    organizao do acervo. Alm disso, h

    o projeto da Lousa Interativa, servio

    da Biblioteca Central, cujo objetivo

    proporcionar ao aluno um espao

    para ver a aplicabilidade da matem-

    tica no dia a dia. Essa iniciativa ga-

    nhou o 1 lugar como melhor projeto

    de inovao educacional, em um con-

    curso do Rio Grande do Sul, conta a

    bibliotecria Denise Pazetto.

    Alm da tecnologia, a maioria das

    bibliotecas da Rede Jesuta de Edu-

    cao promovem diversos projetos e

    atividades que incentivam o interesse

    dos jovens pelo espao. No Colgio So

    Francisco Xavier, em So Paulo (SP), os

    alunos do ensino infantil e fundamen-

    tal tm em sua grade curricular aulas na

    biblioteca. Desde o maternal, os alu-

    nos comeam a descobrir o ambiente

    da biblioteca e, assim, vo se acostu-

    mando a manusear, a acessar e a viver

    nos, que podem levar para casa ou doar

    a outras instituies.Em 2015, aproxi-

    madamente, 5 mil itens foram adotados

    pelos usurios da Biblioteca.

    Essa iniciativa demonstra que, em

    um ambiente que concentra tanto co-

    nhecimento, possvel compartilhar

    com o prximo as infinitas possibilida-

    des que os livros nos oferecem. As bi-

    bliotecas, cuidadas com tanto zelo por

    profissionais competentes que levam o

    magis inaciano a cada item do acervo,

    ajudando na conservao dessas pre-

    ciosidades, so os ambientes onde mais

    podemos sentir a colaborao. Afinal,

    toda essa estrutura s funciona porque

    as pessoas cultivam o sentimento de

    que compartilhar as histrias da vida

    com outros o mais importante.

    Pateo do Collegio

    www.pateodocollegio.com.br

    17Em

  • NOSSAS BIBLIOTECAS

    Na Biblioteca da universidade, h o

    Memorial Jesuta Unisinos, que abrange

    os setores de obras raras, editadas entre os

    sculos XV e XX, o acervo documental e as

    colees especiais, de autores renomados.

    Escrito em latim e encadernado em

    pergaminho, o livro de Teologia de auto-

    ria de Joo Calvino mais antigo da ins-

    tituio. A obra remonta ao ano de 1563,

    sculo XVI.

    Na Biblioteca Padre Antnio Viei-

    ra, no Pateo do Collegio, h a primeira

    edio dos Sermes do jesuta que d

    nome ao espao. Alm disso, h duas

    cartas de So Jos de Anchieta, escri-

    tas em 1556 e 1570, respectivamente

    de So Paulo de Piratininga e de So

    Vicente, aos superiores da Ordem re-

    ligiosa, em Roma.

    2.251 volumes, referentes aos sculos

    XVI ao XIX, compem o acervo de rari-

    dades da Faculdade Jesuta de Filosofia e

    Teologia.

    UNISINOS (RS)

    COL. SANTO INCIO (RJ)

    PATEO DO COLLEGIO (SP)

    FAJE (MG)

    530 mil itens

    253 mil itens

    821 mil itens

    58 mil itens 45 mil itens

    25 mil itens

    65 mil itens

    COL. SO LUS (SP)

    42 mil itens

    COL. ANTNIO VIERA (BA)

  • O livro Chronica da Companhia de Jesus no Estado do Brasil,

    de Joo Ignacio da Silva, o mais antigo da instituio, data de 1864.

    A biblioteca do Colgio Media-

    neira recomenda textos e livros, por

    meio do sistema moodle, que utili-

    zado nas instituies da Rede Jesuta

    de Educao.

    Tem o maior acervo de biblioteca

    escolar do Rio Grande do Sul.

    Cerca de 3500 pessoas frequentam

    diariamente a biblioteca da Unicap.

    O acervo de obras raras da PUC-Rio

    conta com cerca de 7 mil volumes. En-

    tre eles, h a obra Pensees philoso-

    phiques et morales do filsofo e ensa-

    sta britnico Francis Bacon, datada do

    sculo XV.

    COL. LOYOLA (MG)

    COL. MEDIANEIRA (PR) COL. ANCHIETA (RS)

    UNICAP (PE)PUC-RIO (RJ)

    458 mil itens

    59 mil itens

    44 mil itens

    25 mil itens

    COL. DIOCESANO (PI)

    20 mil itens

    COL. DOS JESUTAS (MG)

    15 mil itens

    COL. SO FRANCISCO XAVIER (SP)

  • 20 21Em Em

    COMPANHIA DE JESUS CRIA GERAL

    20 Em

    PADRE GERAL VISITA PROVNCIAS INDIANAS

    O superior geral da Companhia de Jesus, padre Adolfo Nicols, vi-sitou as provncias Andhra, Gu-jarat e Madurai, na ndia, entre o final de

    fevereiro e incio de maro. O assistente

    geral da sia Meridional, padre Lisbert

    DSouza, e o assistente geral de Europa

    Ocidental, padre Antoine Kerhuel, acom-

    panharam o jesuta na viagem.

    Em Andhra, padre Adolfo Nicols

    encontrou-se com jesutas e, em seu dis-

    curso, falou sobre a preparao para a 36

    CG (Congregao Geral). Depois, reuniu-

    -se com cerca de 5 mil pessoas que fazem

    parte da comunidade educativa da regio.

    Na ocasio, ele disse que a educao je-

    suta busca ajudar no crescimento dos

    alunos, preparando-os para contribu-

    rem para uma nova humanidade. Alm

    disso, o padre geral visitou escolsticos e

    novios e lhes disse: vocs sero sempre

    felizes, porque sempre encontraro oca-

    sio para servir. Por outro lado, se ambi-

    cionam uma boa colocao, ou fizerem o

    que pensam que vai faz-los felizes, seus

    desejos os escravizam e a liberdade exigi-

    r sempre um alto resgate.

    Na Provncia de Gujarat, o padre

    geral encontrou-se com professores,

    funcionrios, estudantes e ex-alunos

    do St. JosephsCollege de Trichy. No

    evento, ele ressaltou a contribuio

    dos professores no processo educativo

    e o diferencial da educao jesutica.

    Nossa pedagogia deve ajudar os estu-

    dantes hindus, cristos, muulmanos,

    entre outros, para que cada um, ele ou

    ela, seja bom hindu, cristo, muul-

    mano com profundidade; porque, no

    profundo, est a verdade e a verdade

    est dentro de ns. A educao ajuda a

    trazer luz aquilo que est no mais pro-

    fundo de nossas convices, afirmou.

    Na cria provincial de Ahmedabad,

    em Madurai, padre Adolfo Nicols esteve

    com 43 escolsticos de diferentes provn-

    cias, que estudam no St. XaviersCollege.

    O jesuta destacou a importncia de cola-

    borar com outros e o papel do papa Fran-

    cisco ao fomentar esse sentimento. Ns

    tambm devemos buscar companhei-

    ros para nossa misso partilhada, que

    a misso de Deus, disse. Ao falar da

    necessidade de profundidade, o padre

    geral enfatizou os hbitos de leitura e

    expressou alegria ao saber que alguns

    escolsticos tinham aulas de dana. Se-

    gundo ele, essa uma maneira muito

    adequada de expressar a alegria da vida,

    fazendo referncia ao que j tinha visto

    em diferentes partes da frica.

  • 20 21Em Em 21Em

    INFORME ESPECIAL SOBRE JUSTIA NA ECONOMIA GLOBAL

    APS 25 ANOS, PADRE LOMBARDI DEIXA A RDIO VATICANA

    MISSIONRIOS DA MISERICRDIA

    No dia 29 de fevereiro, o padre Fe-derico Lombardi concluiu sua misso na Rdio Vaticana, RV como conhecida. Aps 25 anos, o jesu-

    ta deixa o cargo de diretor geral, funo na

    qual estava desde 2005. A sada de padre

    Lombardi encerra tambm a gesto do ve-

    culo pela Companhia de Jesus, que est

    frente da Rdio Vaticana desde sua funda-

    o pelo papa Pio XI, em 1931.

    Agora, a RV est inserida na nova Se-

    cretaria para a Comunicao, criada pelo

    papa Francisco, em junho de 2015, cujo ob-

    jetivo renovar a concepo e organizao

    da comunicao no Vaticano. O pontfice

    Em 10 de fevereiro, quarta-feira de Cinzas, o papa Francisco destacou o Ano Santo Extraordinrio da Misericrdia, presidindo o envio de missionrios por todo o mundo.

    j manifestou seu desejo de encomen-

    dar aos jesutas a gesto da nova etapa da

    Rdio Vaticana. O padre jesuta Andrzej

    O papa Francisco, desde o incio de seu pontificado, vem chamando a ateno da sociedade e da Igreja para o tema da desigualdade na economia

    global. Para responder a esse chamado,

    dois secretariados da Companhia de Jesus,

    o da Justia Social e Ecologia e o da Educa-

    o Superior, reuniram um grupo de traba-

    Faa o download do documento link bit.ly/1QTzT7F

    Dentre eles, h quatro jesutas:

    Pe. Wendelin Kster (Provncia da Alemanha), Pe. Llus Victori

    (Provncia da Espanha), Pe. Anthony ORiordan (Provncia da

    Irlanda), Pe. Richard Shorthall (Provncia da Austrlia).

    lho para pensar nessas questes. Agora, o

    resultado desse trabalho apresentado no

    informe especial Por una economa global

    justa: construir sociedades sostenibles e in-

    clusivas (sem edio em portugus).

    Majewski, nomeado por Francisco em se-

    tembro de 2015, continua no comando das

    atividades editoriais e das redaes.

    FOTO

    : AG

    NCI

    A E

    CCLE

    SIA

  • 22 23Em Em

    A COMPANHIA DE JESUS NA AMRICA LATINA CPAL

    A histria de Simo Cireneu mudou porque ele estava no lugar certo, na hora certa. Se, naquele dia, ele tivesse escolhido ou-

    tro caminho ou se tivesse atrasado al-

    guns minutos, no teria cruzado com

    Jesus, no teria sido aquele que aju-

    dou a carregar a Cruz. Ele mesmo no

    buscava Jesus, nem Jesus saiu ao seu

    encontro. Realmente, encontraram-se

    por pura sorte.

    Quantas coisas em nossa vida no

    acontecem como foi com Simo Cire-

    neu? Talvez, at alguma delas tenha

    sido responsvel pela mudana de

    nossa vida. Porque ns estvamos no

    lugar certo, na hora certa.

    Penso que a 36 Congregao Geral

    acontece do mesmo modo. Neste mo-

    mento da histria, encontra-nos nas en-

    cruzilhadas deste mundo global e con-

    verte-se em uma oportunidade para ns.

    Tambm nos encontra nas fron-

    teiras da pobreza e da excluso, do

    apostolado intelectual, dos desafios

    interculturais e inter-religiosos de

    um mundo que muda rapidamente

    sua cultura e suas linguagens pela

    irrupo da tecnologia. Acontece no

    momento exato em que o papa Fran-

    cisco desafia a Igreja com o chamado

    Misericrdia.

    No podemos perder esta passa-

    gem de Jesus pela vida da Companhia

    de Jesus, por estarmos revisando os

    NASCER DE NOVO

    Pe. Jorge Cela, SJPresidente da CPAL

    arquivos e rituais que nos repetem as tarefas nada trans-

    cendentes e que nos distraem da misso.

    Temos que caminhar rumo Congregao com o estilo

    espiritual que Jesus inaugurou: a partir do ver a realidade

    que nos interpela, espiritualidade dos olhos abertos, que

    se interioriza na profundidade de nosso poo interior, es-

    piritualidade dos olhos fechados. A partir de um dinamis-

    mo espiritual, no do homem que se eleva a Deus, sinal do

    Deus que se abaixa at encarnar-se entre ns e tornar-se

    companheiro de caminho. Desde o sacerdcio que consa-

    gra a realidade, nessa Missa sobre o mundo que inspirou

    a Teillar de Chardin, que converte o po no alimento do

    faminto e a gua no vinho da festa do Reino, cuidando da

    Criao e construindo a fraternidade.

    Precisamos permitir a surpresa do sopro do Esprito e

    transformar os caminhos trilhados na aventura do segui-

    mento de Jesus para ir pescar em outras guas. E que essa

    misso redescoberta seja a que renove nossos planos apos-

    tlicos e nossas comunidades, a que nos liberte de atadu-

    ras institucionais rumo liberdade da cavalaria leve que se

    faz presente nas fronteiras que desafiam a Igreja.

    Que este tempo de preparao nos leve a uma orao

    que nos abra indiferena inaciana, audcia do risco

    apostlico, ao discernimento comunitrio na busca do

    Jesus que passa por nossa histria neste lugar e momento

    certos. At ao nascer de novo se preciso for.

    NO PODEMOS PERDER ESTA PASSAGEM DE JESUS PELA VIDA DA COMPANHIA DE JESUS, POR ESTARMOS REVISANDO OS ARQUIVOS E RITUAIS QUE NOS REPETEM AS TAREFAS NADA TRANSCENDENTES E QUE NOS DISTRAEM DA MISSO.

  • 22 23Em Em

    No dia 31 de janeiro, o escolsti-co David Jos dos Santos (BRA) chegou cidade de Letcia (Co-lmbia) para fazer seu Magistrio. Agora,

    ao todo, quatro jesutas atuam no Projeto

    Pan-amaznico da CPAL (Conferncia dos

    Provinciais Jesutas da Amrica Latina).

    Entre os dias 8 e 10 de fevereiro, os

    jesutas realizaram uma reunio de pla-

    nejamento. Foram trs dias intensos

    O Nos dias 23 e 24 de feverei-ro, realizou-se um curso para estudantes jesutas cujo tema central foi a Amaznia. O even-

    to, coordenado pelos padres Alfredo

    Ferro e Fernando Lopez, em conjunto

    com a irm Arizete Miranda, foi rea-

    lizado na FAJE (Faculdade Jesuta de

    VISITA S UNIVERSIDADES DA COLMBIA E DO PERU

    CURSO AMAZNICO NA FAJE

    CHEGADA DE DAVID E REUNIO DE PLANEJAMENTO

    O padre Alfredo Ferro, coorde-nador do Projeto Pan-ama-znico da CPAL, visitou as universidades Javeriana de Cali (Co-

    lmbia) e Antonio Ruiz de Montoya de

    Lima (Peru). Na ocasio, o jesuta par-

    ticipou de reunies, encontros e di-

    logos. O objetivo do encontro cons-

    Filosofia e Teologia). Nesses espa-

    os, buscamos sensibilizar e tomar

    conscincia do significado que tem

    a Amaznia, como tambm informar

    sobre a misso que desenvolvemos

    nesse territrio. Agradecemos ao pa-

    dre Edison de Lima,reitor do CIF de

    Belo Horizonte (Centro Interprovin-

    truir uma aliana com a Rede AUSJAL

    (Associao das Universidades Jesu-

    tas da Amrica Latina), coordenando

    aes em favor da Amaznia.

    Com essas visitas, vamos deline-

    ando, pouco a pouco, uma proposta

    conjunta que vai sendo construda

    entre todos, bem como se definindo

    algumas aes especficas com cada

    uma das universidades, que, segu-

    ramente, nos ajudaro a fortalecer o

    servio que pode se prestar ao ter-

    ritrio e s comunidades em que o

    Projeto serve de animador e canaliza-

    dor, afirmou padre Alfredo.

    cial de Formao), que oportunizou

    esse espao e tambm pela iniciativa

    de enviar estudantes jesutas da teo-

    logia para realizar suas experincias

    pastorais nas comunidades da trpli-

    ce fronteira (Brasil-Peru-Colmbia)

    vinculados ao Projeto PAM SJ, disse

    padre Alfredo.

    Fonte: Pan-Amaznia SJ Carta Mensal n 23 Fevereiro 2016

    Acesse o link (bit.ly/1SjqOIv) do Portal Jesutas Brasil e faa o download das edies completas da Pan-Amaznia SJ Carta Mensal.

    de trabalhos, em que nos dedicamos a:

    revisar os projetos de articulao em an-

    damento e a planejar sua continuidade,

    bem como a nos preparar para os que

    vo surgindo ao longo deste ano. Agra-

    decemos ao padre Joo Renato Eidt, pro-

    vincial da BRA, pelo destino do David ao

    Projeto PAM SJ e esperamos que ele pos-

    sa colaborar com essa misso, ressalta o

    padre Valrio Paulo Sartor.

  • 24 25Em Em

    COMPANHIA DE JESUS GOVERNO

    PLANO APOSTLICO APRESENTADO NOS CENTROS ADMINISTRATIVOS

    Entre o final de 2015 e o incio de 2016, conforme orientao da Pro-vncia dos Jesutas do Brasil, fo-ram promovidas apresentaes do Plano

    Apostlico da Companhia de Jesus nos

    Centros Administrativos de Salvador (BA),

    Porto Alegre (RS) e So Paulo (SP). O padre

    Geraldo Kolling, administrador da BRA,

    ministrou os encontros e falou para cerca

    de 200 pessoas no total.

    O documento, que deve inspirar a

    misso da Companhia de Jesus entre

    2015 e 2020, aponta as fronteiras e as

    preferncias apostlicas nas quais os

    jesutas devem atuar. Dentre os diver-

    sos aspectos do Plano Apostlico, des-

    taco a relevncia de os colaboradores

    beberem, oportunamente, da fonte da

    espiritualidade inaciana, crescendo,

    assim, na conscincia de que a Amaz-

    nia, uma de nossas preferncias apos-

    tlicas, um Dom para a humanidade,

    explica padre Geraldo.

    Em cada Centro Administrativo, ao

    final das apresentaes, o jesuta parti-

    cipou de momentos de confraterniza-

    o com os colaboradores. Segundo ele,

    esses encontros so fundamentais para

    que todos tenham entendimento sobre

    o horizonte da misso da Companhia de

    Jesus no Brasil. Cada colaborador pode

    ajudar na realizao do Plano Apostlico

    de dois modos: buscando sempre qua-

    lificar-se em sua profisso, para assim

    realizar com competncia o trabalho que

    faz, e procurar conhecer o que os jesutas

    fazem pelo Brasil, para que, conhecendo

    essa misso, possam amar e sonhar co-

    nosco, afirma o jesuta. Colaboradores participam de apresentao do Plano Apostlico, em So Paulo e Porto Alegre

  • 24 25Em Em

    PLATAFORMA SUL 2 REALIZA ASSEMBLEIA

    SUPERIORES DE PLATAFORMA TOMAM POSSE

    Entre os dias 9 e 10 de maro, aconteceu a assembleia da Pla-taforma Sul 2, que compreende os estados do Rio Grande do Sul, de

    Santa Catarina e oeste do Paran. O

    evento, realizado no CECREI (Centro

    de Espiritualidade Cristo Rei), em So

    Leopoldo (RS), reuniu 60 jesutas de

    nove residncias.

    Os jesutas aprofundaram-se nas

    quatro preferncias do Plano Apost-

    lico da Provncia BRA e pensaram so-

    bre as possveis aes concretas para

    coloc-las em prtica. Os religiosos

    foram assessorados pelo padre Jos

    Ivo Follmann, secretrio para a Justia

    Social e Ecologia.

    Alm disso, todos partilharam in-

    formaes sobre suas localidades. Um

    dos temas abordados foi a participa-

    o de vrios jesutas em caminhadas

    na regio missioneira e nas trilhas das

    Redues jesuticas, tendo como meta

    o cultivo da memria dos mrtires das

    misses, no Santurio de Caar, em

    So Luiz Gonzaga (RS). Segundo padre

    Martinho Lenz, um dos participantes

    do encontro, os jesutas vo analisar

    de que modo a Companhia de Jesus

    pode fazer-se mais presente naquele

    cho marcado pelo suor de mission-

    rios e do povo Guarani.

    No dia 15 de maro, os padres Ale-xandre Raimundo e Antnio Tabosa Gomes tomaram posse como superiores das Plataformas Nordes-

    te 2 e Centro-Oeste, respectivamente. A

    cerimnia, realizada na Capela Santo In-

    cio, no campus da FAJE (Faculdade Jesuta

    de Filosofia e Teologia), em Belo Horizon-

    te (MG), reuniu cerca de 60 jesutas, entre

    padres, irmos e estudantes.

    A posse foi realizada durante a cele-

    brao eucarstica, presidida pelo pro-

    vincial do Brasil, padre Joo Renato Eidt,

    e concelebrada pelos padres Alexandre

    Raimundo, Antnio Tabosa, lvaro Pi-

    mentel, reitor da FAJE, e Edison de Lima,

    superior do Centro Interprovincial de

    Formao (Teologado).

    Aps a comunho, padre Joo Re-

    nato leu as cartas enviadas pelo su-

    perior geral da Companhia de Jesus,

    padre Adolfo Nicols, que nomeou os

    dois jesutas. Segundo irmo Eudson

    Ramos, scio da Provncia dos Jesutas

    do Brasil, o provincial falou sobre a im-

    portncia do trabalho como superior

    de Plataforma, sobretudo, por causa da

    cura personalis e apostlica. O cuidado

    e encaminhamento dos processos pes-

    soais torna-se um aspecto de destaque

    para a misso do superior de Platafor-

    ma, afirmou.

  • 26 27Em Em

    COMPANHIA DE JESUS SERVIO DA F

    O Apostolado da Orao, Rede Mun-dial de Orao do papa, lanou o aplicativo Click To Pray, uma nova plataforma (web e app mvel) que convida

    homens e mulheres do mundo inteiro a

    unirem-se s intenes do papa Francisco

    pelos desafios da humanidade.

    O aplicativo apresenta uma orao dife-

    rente para cada dia do ano, por meio das

    quais se pode rezar pelos desafios da hu-

    manidade e unir-se a diferentes culturas,

    idiomas e pessoas volta dessa causa

    universal. Click To Pray convida as pes-

    soas a acompanhar Francisco no novo

    caminho partilhado e digital, com o de-

    sejo de que os continentes se unam para

    rezar juntos pelos grandes desafios deste

    mundo e da misso da Igreja, expressos

    nas suas intenes, explica padre Frdric

    Fornos,SJ,diretor Internacional do Aposto-

    lado da Orao.

    Desenvolvido, desenhado e difundido

    pela La Machi, a agncia de comunicao

    para boas causas, o aplicativo est dispo-

    nvel em ingls, espanhol, portugus e

    francs, para Android e iOS. A plataforma

    foi pensada para que as pessoas possam

    acompanhar, de modo fcil e rpido, o co-

    tidiano do papa.

    Uma primeira verso de Click To Pray foi

    lanada em 2014, em Portugal, atravs do

    Apostolado da Orao do pas. A primei-

    ra verso, que constitui a base para agora

    globalizar o projeto, j contava com uma

    comunidade de 87 mil pessoas, de 138 pa-

    ses, nos seus diferentes canais de orao.

    Com esse lanamento, Francisco pro-

    cura promover o esprito de dilogo e inte-

    rao, para que cada utilizador de Click To

    Pray possa unir-se a milhares de pessoas e

    rezar pelas suas intenes e as de outros.

    Saiba mais sobre o aplicativo no site

    clicktopray.org/pt

    APOSTOLADO DA ORAO LANA APLICATIVO

    FOTO

    : HTT

    P://

    CLI

    CK

    TOPR

    AY.O

    RG

  • 26 27Em Em

    COMPANHIA DE JESUS PROMOO DA JUSTIA E ECOLOGIA

    O grupo Peregrinos de Cala Jeans (PCJ), formado por alunos e ex-alunos do Colgio Antnio Vieira, realizou aes solidrias em Salvador (BA), no ms de fevereiro. Em mais um gesto de solidariedade e amor ao prximo, em uma

    visita realizada no dia 16, os jovens doaram dois violinos ao Ins-

    tituto Fatumbi, que atende crianas e adolescentes carentes.

    A Escola Famlia Agrcola de Ja-boticaba, obra social da Par-quia de Capim Grosso (BA), representou a Associao Escolas Co-

    munidades Famlia Agrcola da Bahia

    AECOFABA, na reunio ampliada da

    FEEC (Executiva do Frum Estadual da

    Educao do Campo), nos dias 26 e 27

    de fevereiro, em Arataca (BA), no Assen-

    tamento Terra Vista.

    A reunio contou com a participa-

    o de diversos movimentos, dentre

    eles, Teia dos Povos, IRPAA (Institu-

    to Regional da Pequena Agropecuria

    Apropriada), MPA(Grupo de Estudos

    Movimentos Sociais, Educao e Diver-

    sidade), entre outros, alm das univer-

    sidades UFRB (Universidade Federal do

    Recncavo da Bahia), UNEB (Universi-

    dade do Estado da Bahia), UESC (Uni-

    versidade Estadual de Santa Cruz).

    Na ocasio, foram realizadas me-

    sas de debate, rodas de dilogo e so-

    JOVENS PROMOVEM AES SOLIDRIAS EM SALVADOR

    MISSO JESUTA NO SERTOcializao, na perspectiva de auto-

    -organizao de uma educao de

    qualidade e ao no fechamento das es-

    colas do campo. Os diagnsticos que

    as vrias regionais trouxeram tm um

    ponto comum: a privatizao da Edu-

    cao, a precarizao do trabalho do

    professor e o fechamento das escolas

    O diretor de Relaes Institucionais do Instituto Fatum-

    bi, Bruno Alves, ressaltou a importncia da ao. Ns no t-

    nhamos esses instrumentos em nossa instituio por serem

    muito caros, mas, agora, as crianas vo poder trabalhar com

    os que foram doados. A visita tambm foi muito gratificante,

    porque ns criamos uma ferramenta de dilogo, disse.

    Alm dessa ao, os jovens promoveram a Missa da Ju-

    ventude e um festival de tortas no Santurio Nossa Senhora

    de Ftima, no dia 28. O evento teve como objetivo arrecadar

    recursos para custear a ida de dois membros do grupo, Igor

    Tosta e Gabriel Cavalcanti, Jornada Mundial da Juventude

    2016, que acontecer na Polnia, entre os dias 25 de julho e

    1 de agosto.

    Saiba mais sobre o PCJ:

    www.facebook.com/peregrinosdecalcajeans

    e, em especial, as escolas do campo.

    Hoje, quem oferece educao do cam-

    po so as Escolas Famlias Agrcolas e

    aquelas ofertadas nos assentamentos.

    Conclui-se que a luta pela Educao

    passa pela luta da Terra, explica Irace-

    ma Lima dos Santos, diretora da Escola

    Famlia Agrcola de Jaboticaba.

  • 28 29Em Em

    COMPANHIA DE JESUS DILOGO CULTURAL E RELIGIOSO

    Fundado em 1956, o IAP (Instituto Anchietano de Pesquisas) desenvol-ve estudos nas reas de Arqueologia, Antropologia, Biologia e Histria. Coorde-

    nado pelo professor padre Pedro Igncio

    Schmitz, atualmente o IAP realiza escava-

    es arqueolgicas em So Jos do Cerrito,

    nos Campos de Lages, em Santa Catarina.

    Em janeiro, um grupo de pesquisado-

    res, estudantes e professores, esteve no

    local para dar seguimento s escavaes

    em casas subterrneas. o oitavo ano

    trabalhando neste lugar. As casas subter-

    rneas so dos antepassados dos ndios

    Xokleng, historicamente conhecidos

    como Botocudos, que ficaram clebres

    por sua resistncia quando a colnia de

    Blumenau foi colocada bem no meio do

    seu territrio, conta padre Igncio.

    Ele relata que as casas so atribudas

    ao povoamento J Meridional ou, mais

    especificamente, aos grupos Kaingang

    e Xokleng. Em nosso projeto, fazemos

    sua histria desde 500 anos de nossa era.

    Suas casas so chamadas subterrneas

    porque, em vez de fazer as paredes para

    Saiba mais sobre o IAP no site

    ww.anchietano.unisinos.br

    INSTITUTO ANCHIETANO DE PESQUISAS DESVENDA STIOS ARQUEOLGICOS

    cima, as faziam para baixo, ficando para

    fora s o telhado em forma de chapu

    chins, explica, ressaltando que as ha-

    bitaes chegam a ter 20m de dimetro e

    6m de profundidade.

    O padre conta ainda que o objetivo

    das escavaes ampliar o conhecimen-

    to sobre o povoamento indgena antigo,

    buscando desvendar alguns dos mist-

    rios que as casas subterrneas apresen-

    tam. Os arquelogos da equipe procu-

    ram realizar cortes em busca de amostras

    de carvo, de objetos materiais como os

    instrumentos abandonados, os resduos

    conservados de sua alimentao e, quan-

    do disponveis, os esqueletos de seus

    mortos. Todos eles contm informaes

    importantes sobre o modo de vida da po-

    pulao que ali viveu, ressalta o jesuta.

    Segundo ele, um aspecto impor-

    tante que, atravs do carvo, pode-se

    datar as estruturas subterrneas, o que

    possibilita compreender de forma mais

    plena o desenvolvimento das socieda-

    des indgenas da regio.

    IAP desenvolve estudos nas reas de Arqueologia, Antropologia, Biologia e Histria

  • 28 29Em Em

    COMPANHIA DE JESUS EDUCAO

    Entre os dias 7 e 9 de maro, acon-teceu o 1 Encontro das Equipes Diretivas das instituies que compem a Rede Jesuta de Educao

    (RJE). Esse foi o primeiro momento de

    trabalho conjunto entre as lideranas

    das unidades de Educao Bsica, des-

    de a constituio da RJE.

    No encontro, foi aprovada a ver-

    so final do Projeto Educativo Comum

    (PEC) e o desenho de estratgias para

    sua implantao, assim como a socia-

    lizao de experincias significativas

    dos colgios da rede. Para o delegado

    da Educao da Provncia BRA, padre

    Mrio Sndermann, o evento foi mais

    um passo importante na construo

    da RJE. Apresentamos a verso defi-

    nitiva do PEC que, uma vez aprovado

    pelo provincial, padre Joo Renato Eidt,

    apresentar as orientaes de diretrizes

    da RJE para os prximos anos. Nossa

    expectativa que, pouco a pouco, o PEC

    v ganhando vida nas escolas e colgios

    jesutas, afirma padre Mrio.

    O evento contou ainda com a pales-

    tra do professor Xavier Aragay, diretor

    geral da Rede de Colgios Jesutas da

    Catalunha (Espanha), que apresentou

    a experincia de transformao de oito

    Fundado em 5 de maro de 1956, o Colgio dos Jesutas, em Juiz de Fora (MG), completou 60 anos de atividades. Alunos, seus fami-

    liares e educadores foram convidados

    a comemorar a data participando de

    EQUIPES DIRETIVAS DA REDE JESUTA DE EDUCAO RENEM-SE

    COLGIO DOS JESUTAS CELEBRA 60 ANOS

    colgios jesutas de Barcelona, e com a

    presena do padre Jose Alberto Mesa,

    secretrio mundial para Educao B-

    sica da Companhia de Jesus, que falou

    sobre o momento atual da educao

    bsica das instituies jesutas e das

    perspectivas para o futuro.

    No horizonte do PEC, a experincia

    catal mostra que possvel nossas es-

    colas passarem de centros de ensino para

    centros de aprendizagem. Xavier Aragay

    apresentou s equipes educativas o pro-

    cesso de mudana educativa implantada

    naquele pas, ou seja, que outra educao

    possvel, disse padre Mrio.

    DESAFIOS DA RJE

    Criada em 2014, com a nomeao

    do delegado para a Educao Bsica,

    padre Mrio Sndermann, a Rede Jesu-

    ta de Educao Bsica (RJE) tinha trs

    tarefas principais para o primeiro tri-

    nio (2014-2016): construo do Estatu-

    to da RJE, construo do Projeto Edu-

    cativo Comum (PEC) e implantao da

    Plataforma Moodle, para gesto e pro-

    cessos acadmicos. No seu conjunto,

    essas aes possibilitam a construo

    de conscincia de rede. Alm deles,

    est nascendo um projeto transversal

    de Liderana Juvenil, que ter sua pri-

    meira verso no segundo semestre de

    2016. Em nvel de instituio, tambm

    estudamos, problematizamos e con-

    tribumos nos processos (demandas)

    do Plano Nacional de Educao (PNE)

    e na Base Nacional Comum Curricular

    (BNCC). E, por fim, as unidades da RJE,

    pouco a pouco, vo implantando o Sis-

    tema de Qualidade da Gesto Escolar,

    conta padre Mrio.

    diversas atividades recreativas, espor-

    tivas, artsticas e culturais.

    Um Ofcio em Ao de Graas abriu

    as comemoraes e possibilitou que

    se fizesse memria de pessoas que

    marcaram a histria da instituio,

    evidenciando o sentimento de grati-

    do. O padre Srgio Eduardo Mariucci,

    diretor geral do colgio, ressaltou que

    ao elevar a Deus Nosso Senhor uma

    prece de louvor pelos 60 anos de ca-

    minhada do Jesutas, agradece e pede

    por todos os educadores, professores,

    funcionrios, pais e alunos, de ontem

    e de hoje. Pelos que aqui passaram e

    pelos que ainda fazem da nossa esco-

    la uma instituio para a qual vale a

    pena todo sacrifcio e empenho.

    Padre Jose Alberto Mesa, secretrio mundial para Educao Bsica da Companhia de Jesus

  • 30 31Em Em

    Amaznia, criado no dia 3 de maio

    de 1995. O mesmo empenho de-

    monstrou, no segundo mandato

    (2002-2005), para a criao da Regio

    Amaznica BAM e para a unio das

    Provncias da Bahia - BAH e do Brasil

    Setentrional - BRS, que constituram

    a Provncia do Nordeste - BNE.

    Deu grande importncia s pe-

    quenas Comunidades inseridas nas

    periferias e zona rural, como foi o

    caso da criao e ereo da Parquia

    de So Cristvo e da criao da Co-

    munidade homnima, em Capim

    Grosso (BA), em pleno semirido

    baiano, para atender a um pedido ve-

    emente da Diocese de Bonfim, onde a

    parquia est situada.

    Toda a sua vida e ao apostlica

    brotaram de profunda espiritualidade.

    Descanse em Paz,

    servo bom e prudente!

    NA PAZ DO SENHORPE. JOO PEDRO CORNADOPor Pe. Jos Luis Fuentes

    Faleceu aos 28 de fevereiro de 2016, na cidade de Marab (PA), com 71 anos de idade e 52 anos de vida religiosa na Companhia de

    Jesus. Hoje, no meio de um grupo

    razovel de nonagenrios, inclusive

    na Companhia de Jesus, pode-se di-

    zer que morreu jovem. Como se tem

    aplicado aos santos jovens, de Gian-

    pietro afirmamos: consummatus

    in breviexplevittempora multa Vida

    curta, mas intensa. Dois provinciala-

    dos, duas Provncias que se tornaram

    uma enorme no meio de seu segundo

    mandato. Sua vida esgotou-se rapi-

    damente no extremo norte da nova

    Provncia do Brasil, em terras ainda

    sendo descobertas.

    Antes e depois do Provincialado,

    viveu a experincia da pobreza no

    meio dos alagados de Salvador (BA).

    Foi proco em vrias parquias e ci-

    dades, formador dos jesutas no No-

    viciado, Juniorado e Escolasticado

    (Filosofia e Teologia). Tambm de

    seminaristas e padres diocesanos

    no Pontifcio Colgio Pio Brasileiro,

    em Roma (Itlia). Ainda, na versati-

    lidade e variedade de sua experin-

    cia de apostolados, contam anos de

    trabalho com Juventude, direo de

    Colgio, direo de Casa de Retiros

    e do SIES (Servio Inaciano de Espi-

    ritualidade) e assistncia espiritual

    ao Movimento Carismtico de Assis.

    Na bagagem de seus talentos no

    poderia faltar o tino administrativo

    para dar conta de tantos cargos e res-

    ponsabilidades. No momento de seu

    falecimento, era assistente do Supe-

    rior na sua residncia, administrador

    paroquial e assistente espiritual do

    Movimento Carismtico.

    Entre suas atividades, algumas

    merecem destaque:

    O padre Joo Pedro Cornado sem-

    pre batalhou, por todos os meios,

    pela gratuidade dos ministrios.

    Sua dissertao de mestrado abordou

    esse tema, bem como a tese de douto-

    rado, que iniciou e no pde concluir

    devido s novas misses que lhe fo-

    ram confiadas.

    Durante seu primeiro mandato

    como Provincial (1990-1996), bata-

    lhou e buscou as condies neces-

    srias para a criao do Distrito da

    1

    2

    TODA A SUA VIDA E AO APOSTLICA BROTARAM DE PROFUNDA ESPIRITUALIDADE.

    3

  • 30 31Em Em

    AGENDA |

    JUBILEUS

    SIES Salvador (Servio Inaciano de Espiritualidade)Local | Salvador (BA)Orientador | Pe. Rogrio Barroso, SJ Contato | [email protected]

    Centro Loyola de F e Cultura PUC-RioHorrio | 14h s 18hLocal | Rio de Janeiro (RJ)Orientador | Pe. Jos Maria Fernandes, SJSite | www.clfc.puc-rio.br

    Casa de Retiros Itaici /Vila Kostka Local | Indaiatuba (SP) Orientador | Pe. Raniri de Arajo Gonalves, SJSite | www.itaici.org.br

    SIES Salvador (Servio Inaciano de Espiritualidade)Tema | O Ano da MisericrdiaHorrio | 8h s 12hLocal | Salvador (BA)Coordenao | Equipe do SIESContato | [email protected]

    ABRIL

    Tema | O Cristianismo e a morte no sculo XXICarga horria | 8 horasLocal | Rio de Janeiro (RJ)Professor | Celso CariasSite | www.clfc.puc-rio.br

    SIES Salvador (Servio Inaciano de Espiritualidade)Horrio | 8h s 14hLocal | Salvador (BA)Coordenao | Equipe MAGIS SalvadorContato | [email protected]

    5 A 2617

    CURSO

    ENCONTRO DE ESPIRITUALIDADE E FORMAO PARA JOVENS

    8 A 10

    16

    19 A 27

    24

    EXERCCIOS ESPIRITUAIS EE PARA INICIANTES

    EXPERINCIA DE ORAO INACIANAA MSTICA INACIANA

    EXERCCIOS ESPIRITUAIS COM COLOCAES (EECC) 8 DIAS

    MANH DE ORAO

    70 ANOS DE COMPANHIAEm 1 de maro

    Pe. Isidro Sallet

    Em 19 de maro

    Ir. Aloysio Melchior Persch

    50 ANOS DE SACERDCIOEm 6 de maro

    Pe. Paulo Lisba