informativo da companhia de jesus no brasil

edição 2 | março de 2014

INFORMATIVO

por um mundo além das fronteirasmissão | Conheça o trabalho do Serviço Jesuíta aos Refugiados pág. 10

Jovens participam de retiro em manaus pág. 15

alunos da fei em intercâmbio na África pág. 17

unisinos e o projeto de banco de alimentos pág. 24

Curso de gerência social inaciana na uniCap pág. 27

padre José de anchieta será canonizado em abril pág. 34

4 INFORMATIVOedição 2 | março de 2014

Chamados à missão

pe. adelson a. dos santos, sJSuperior da Região Brasil Amazônia

Trabalhar com refugiados tem sido uma marca muito presente da missão da Com-panhia de Jesus no mundo todo, especial-mente após o impulso dado à época do go-verno geral do Pe. Arrupe, quando se criou o SJR (Serviço Jesuítas aos Refugiados) e SJM (Serviço Jesuíta aos Migrantes). São centenas de campos de refugiados e proje-tos voltados para apoiar esses irmãos, onde os jesuítas se fazem presentes.

No Brasil, essa realidade nem sempre foi muito notada, por estarmos geografica-mente distantes das zonas de maior conflito bélico e de catástrofes mundiais, que levam milhões de pessoas à condição de refugia-dos e migrantes. Contudo, mesmo em nos-so país, é crescente a presença desses grupos vindos de outros países, o que torna a sua si-tuação uma das novas fronteiras apostólicas para a Igreja e para a Companhia de Jesus no Brasil. Entre esses diferentes grupos, um tem chamado a atenção de modo particular nos últimos anos: os haitianos.

De fato, desde o trágico terremoto de 12 de janeiro de 2010, milhares de hai-tianos têm fugido de seu país devastado,

rumo a diferentes nações da América do Sul, entre elas o Brasil, cuja principal por-ta de entrada para os haitianos tem sido cidades localizadas nas fronteiras pan--amazônicas, tais como Tabatinga, Assis Brasil e Brasileia. A partir daí, eles bus-cam prosseguir rumo às regiões mais ri-cas do Brasil e a outros países do exterior. Assim foi que, com o desejo de se fazer presente no apoio a esses irmãos migran-tes e refugiados, nasceu, em março de 2012 o Serviço Voluntário Pró-Haiti, em Manaus (AM), por uma iniciativa dos je-suítas da Amazônia, pelo qual a Compa-nhia de Jesus passou a integrar uma rede de solidariedade formada pela Pastoral do Migrante, Cáritas, ONGs, paróquias e outras ordens religiosas. Essa rede oferece aos haitianos e a outros migrantes apoio em seu processo de regularização migra-tória junto aos órgãos do governo, orien-tação para conseguir emprego, moradia, atendimento médico, enfim, todo tipo de atenção humanitária e espiritual, acompa-nhamento psicossocial e outros serviços.

Esse mesmo desejo de ser presença so-lidária para com aqueles que foram obri-gados a deixar suas terras por causa de violência, guerras, tragédias naturais, etc. levou, mais recentemente, a Companhia de Jesus do Brasil a abrir em Belo Hori-zonte (MG), em novembro de 2013, o Centro Zanmi, ligado ao Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados. Desse modo, os jesuítas dão um passo decisivo na direção de maior articulação e colaboração com outras entidades, em nível local, nacional e internacional, sejam elas públicas ou pri-

vadas. Assim como o Pró-Haiti, o Centro Zanmi atua em diversas frentes de trabalho e áreas: Social; Língua e diálogo intercul-tural; Pesquisa e Promoção; e Voluntários. Mas, em cada uma delas, prevalece a bus-ca da promoção da justiça e da dignidade humana, tão estreitamente ligadas à defesa e propagação da fé, dentro da missão dos jesuítas e de todos os que vivem a espiritu-alidade inaciana, em geral.

Desejo a todos uma boa leitura!

editorial

5INFORMATIVO edição 2 | março de 2014

escolher em colaboração

expedienteInformativo é uma publicação mensal da

Província BRA, produzida pelo Núcleo de

Comunicação Integrada (NCI)

Contato NCI | [email protected]

www.jesuitasbrasil.com

Colaboradores: Pe. Bruno Schizzerotto (BAM), Pe. Carlos James dos Santos (BRC), Pe. Creômenes Tenório Maciel

(BNE) e Pe. Matias Martinho Lenz (BRM), Daniel França, Débora Rosa, Érika Augusto, Lêda Pedreira, Lidiane de

Aleluia Cristo, Marize Pitta e os padres Moisés N. Q. Ponte, Hugo Bersch, Guido Vallli e Ana Ziccardi (revisão).

Pe. Francys Silvestrini Adão, sj

Diretor editorial

Pe. Geraldo Lacerdine, sj

Diretor do NCI

Silvia Lenzi (MTB: 16.021)

Editor e jornalista responsável

Juliana Dias

Redação

Dimas Oliveira

Diagramação

e edição de imagens

Fotos: ArquivoJESUÍTAS BRASIL

qual é a melhor opção?

• peregrinos em missão Informativo dos Jesuítas do Brasil

• peregrinos nas fronteiras Informativo dos Jesuítas do Brasil • + missão Informativo dos Jesuítas do Brasil

• em Companhia Informativo dos Jesuítas do Brasil

A primeira etapa para escolher o nome do novo Informativo da Companhia de Jesus foi um sucesso! Tivemos a participa-ção de várias pessoas do Brasil e de outros países, como o jesuíta Fernando López , que enviou sua colaboração da Bélgica.

Todas as sugestões foram analisadas e escolher os finalistas não foi tarefa fácil.

Inicialmente, seriam três selecionados, mas os nomes enviados superaram ex-pectativas. Por isso, quatro propostas vão participar da votação pela enquete, dispo-nível no portal www.jesuitasbrasil.com.

Agradecemos aos participantes des-ta primeira etapa! E convidamos todos a votar para escolha do nome do novo

Informativo. A enquete ficará disponí-vel no portal até o dia 31 de março.

próxima etapa

Na próxima edição, o novo nome da publi-cação e sua identidade visual serão conhecidos.


João Paulo II é anunciado padroeiro da JMJ

papa francisco completa um ano de pontificado

No início de fevereiro, o papa Francisco anunciou que João Paulo II será o santo pa-droeiro da Jornada Mundial da Juventude ( JMJ), da qual foi o idealizador. A Santa Sé divulgou a mensagem do pontífice para XXIX JMJ, a ser celebrada em nível dioce-sano no Domingo de Ramos, 13 de abril.

Essa é a primeira mensagem que o papa dirige aos jovens, inserindo-se na

tradição iniciada pelo Beato João Paulo II e prosseguida por Bento XVI, por ocasião de cada Jornada Mundial da Juventude. “A canonização de João Paulo II no se-gundo domingo de Páscoa (27 de abril) é, nesse sentido, um acontecimento que enche nosso coração de alegria. Ele será o grande patrono das JMJ, das quais foi o iniciador e promotor”, escreveu o papa.

Agora, o papa retoma o seu diálogo com os jovens do mundo e apresenta-lhes os te-mas das três próximas edições do evento,

No dia 13 de março, o papa Fran-cisco completou um ano de pontifica-do. Pelo Twitter, o pontífice pediu, aos seus mais de 12 milhões de seguidores, que todos orassem por ele “Rezai por mim“. Para celebrar a data, o Vaticano publicou um livro digital, com 36 fotos e citações de Francisco. A publicação tem como título Queremos ser santos? Sim ou não?, uma questão colocada

para iniciar o itinerário de preparação espi-ritual que nos próximos três anos conduzi-rá à celebração internacional em Cracóvia, em julho de 2016. A mensagem lembra também que, neste ano de 2014, se com-pleta o trigésimo aniversário da entrega da cruz do Jubileu da Redenção aos jovens.

“Foi precisamente a partir daquele ato simbólico de João Paulo II que principiou a grande peregrinação juvenil que, desde então, continua a atravessar os cinco con-tinentes”, afirmou o pontífice.

pelo papa a peregrinos, na recitação do Angelus do dia 16 de fevereiro.

Jorge Mario Bergoglio, 77 anos, foi elei-to, no dia 13 de março de 2013, como su-cessor de Bento XVI, após a renúncia do agora papa emérito. O Conclave que elegeu Bergoglio ficou conhecido pela rapidez. O novo pontífice foi escolhido no 5º escrutí-neo – processo de votação e apuração dos votos –, em apenas 24 horas de Conclave.

vaticano

Entre os principais documentos do atual pontificado estão a encíclica Lumen Fidei (A luz da Fé), que recolhe reflexões de Bento XVI, e a exortação apostólica Evangelii Gaudium (A alegria do Evan-gelho). Além disso, foi convocado um sínodo sobre a família, que vai decorrer em duas sessões: uma, extraordinária, em 2014 e outra, ordinária, em 2015.


reunião da Comissão interprovincial permanente

AJAN para jovens

padre Geral visita a Coreia e o timor leste

Em fevereiro, a Comissão Interprovin-cial Permanente (CIP) reuniu-se durante três dias, em Roma (Itália), com o padre Adolfo Nicolás, superior geral da Com-panhia de Jesus. Na ocasião, foram abor-dadas as seguintes questões: a cooperação entre as instituições acadêmicas romanas,

A bênção que o papa dirigiu à in-ternet por ocasião do Dia Mundial das Comunicações Sociais 2014 chegou à África no momento em que a AJAN (Rede dos Jesuítas Africanos contra a AIDS) está prestes a abrir uma página na web destinada aos jovens. Pauline Wanjau, gerente da AHAPPY, escre-ve: “O programa da AJAN, para a pre-venção da AIDS envolve um material educativo que está focado no desenvol-vimento integral de jovens. Em março

jovens jesuítas que estudam na capital italiana e avaliação da CIP e DIR (em latim, Domus Interprovinciales Romanae) a partir da Con-gregação Geral 35. Esteve presente à reu-nião, como observador, o padre Arturo Sosa (da Venezuela), que, no segundo semestre de 2014, tomará posse como CEO da DIR.

deste ano, será lançado o website de enti-dade, uma plataforma de recursos on-line, por meio da qual os jovens podem encon-trar ajuda no momento e local necessários”.

A página AHAPPY fornecerá: as ca-racterísticas da AIDS; história e vídeo que ajudarão aos jovens a reconhecer quando um pequeno problema pode tornar-se algo sério; e como lidar com a doença. A página oferecerá também razões para aju-dar os jovens a desenvolverem suas pró-prias forças e competências, até mesmo blogs, para darem dicas de segurança e receberem apoio dos colegas.

Mais informações: www.ajanweb.org

Entre os dias 16 e 19 de janeiro, o padre Adolfo Nicolás, superior geral da Compa-nhia de Jesus, realizou visita aos países da região Ásia-Pacífico. Em Seul, na Coreia do Sul, ele discursou sobre a educação je-suíta, para um auditório lotado de admi-nistradores, professores e funcionários da Universidade Sogang, instituição jesuíta. Além de ovacionado, ele foi cercado com pedidos de fotos por cerca de uma hora.

Adolfo Nicolás seguiu para Dili, no Timor Leste, onde foi recebido calo-rosamente por jesuítas, vocacionados e alunos do Colégio Santo Inácio de Loyola, recém-aberto na região. O pa-dre Mark Raper, presidente da Confe-rência Jesuíta da Ásia-Pacífico e Supe-rior do Timor Leste Regional, também foi recepcionar o superior geral.

Superior Geral em celebração eucarística na Coreia do Sul (acima) e em visita ao Timor Leste (abaixo)

MUNDO - CÚRIA GERALA Companhia de Jesus no


JorGe Cela, sJPresidente da CPAL

Lima, 28 de fe-vereiro de 2014

Não há dúvi-da de que o papa Francisco tenha criado uma nova

imagem da Igreja. E, se tivéssemos que re-sumi-la em uma palavra, teríamos que dizer proximidade. Seu sorriso, que todos insistem ser uma novidade em sua personalidade, a sua saudação afetuosa a todos, pronto para dar um beijo e um abraço; seu empenho em aproximar-se das pessoas, em fazer ligações telefônicas pessoais, em desmanchar barrei-ras e distância, desde a simplicidade de suas roupas e palavras até o automóvel e a decisão de viver em Santa Marta porque precisa estar perto das pessoas, desfazendo a possibilidade de círculos palacianos isolantes. Ele sabe fa-zer, com espontaneidade, esses gestos de pro-ximidade, que têm o frescor do Evangelho.

Estamos em um mundo de proximi-dades virtuais e distâncias reais, onde co-nhecemos melhor o artista de televisão do que o vizinho do andar de baixo, que sem-pre tem sua porta fechada. Estamos nesta realidade em que vivemos, cheia de cer-cas e guardas de segurança, de multidões anônimas e desconhecidas, e de solidões infinitas conectadas a várias redes sociais.

Santo Inácio compreendeu o valor da pro-ximidade em sua contemplação da Encarna-ção. Ele descobriu que o Amor de Deus, para

Próximos como Deus salvar, não se munia de todo o seu poder, mas se despojava para se achegar até fazer-se pró-ximo, vizinho e irmão. Até sentir em sua pró-pria pele o sol da Palestina, o desprezo dos que se julgavam superiores e usavam o açoite sem misericórdia do poder injusto. E, assim, poder ouvir o clamor do povo e acompanhá--lo em suas angústias e esperanças. Santo Inácio nos ensinou que se salva a partir da proximidade e da solidariedade, e não a par-tir do poder; que, para entender, é necessário encarnar-se, compartilhar e compadecer-se; calçar as sandálias do outro e trilhar seu ca-minho; nascer em uma gruta em Belém, vi-ver sem ter onde reclinar a cabeça e morrer na periferia da cidade pregado em uma cruz.

Por isso, para conhecer Jesus, Inácio recomenda-nos fazermo-nos como um es-cravinho indigno que se aproxima para con-templar de perto. Proximidade até a identi-ficação. Santo Inácio queria que os jesuítas, para compreender a pobreza, padecêssemos suas consequências, mesmo que por um curto período. Quem não sofreu fome, des-prezo, frio, cansaço, exclusão, não pode en-tender o mundo em que vivemos. Por isso, o nosso Projeto Apostólico Comum (PAC) propõe “apoiar a continuidade e a criação de comunidades de inserção entre as populações vulneráveis, abertas à presença de jesuítas em formação e aos colaboradores na missão.”

A proximidade afetiva e efetiva é a primei-ra característica da metodologia do PAC. A proximidade com os excluídos, com os jovens, com os sujeitos das culturas latino-americanas e com os fomentadores da nova cultura emer-gente. Porém, todos não podemos estar na mesma forma de proximidade. Dizia Padre Kolvenbach: “Alguns com os pobres, alguns

poucos como os pobres , todos para os pobres”.Mas, para que isso seja verdade, deve haver

uma comunicação e colaboração fluida e enri-quecedora entre os que estão entre os pobres e os que estamos para os pobres. Temos que desper-tar a sensibilidade, a escuta, o interesse comum, a admiração sem preconceitos, o desejo de con-templar com os olhos dos que estão próximos, de aprender a compreender a partir de sua expe-riência. Como nos primórdios de nossa história colonial , os que viviam a proximidade soube-ram comunicar aos estudantes de Salamanca, e eles foram capazes de ouvir com os ouvidos do coração e de uma fé que se tornou justiça.

Nos processos de reorganização a que somos forçados pelos números decrescentes, não podemos cometer o erro de abandonar os postos de proximidade para manter a força das instituições, porque elas, sem as raízes de proximidade, perdem seu norte e sentido.

Nestes momentos em que o papa Fran-cisco está ajudando a Igreja a reencontrar--se com sua missão a partir da proximidade e da escuta, cabe a nós fazermos o esforço de começar o nosso planejamento e rees-truturação, a nossa formação e reflexão, a partir da proximidade com os pobres.

É a primeira nota da metodologia para a aplicação do PAC . Sem esse passo, po-demos perder o rumo.

Diante da situação de nosso país-irmão, a Venezuela, comecemos por nos aproximar e escutar, por nos conectar com aqueles que estão perto da dor do conflito, com aqueles que buscam a paz. Para que a nossa fé torne--se justiça na solidariedade. Queremos dizer a nossos irmãos da Venezuela que estamos com eles, para que se tornem sementes de reconciliação entre as pessoas que sofrem.

AMÉRICA LATINA - CPALA Companhia de Jesus na


por um mundo além das fronteirasConheça o trabalho do Serviço Jesuíta aos Refugiados, criado por padre Pedro Arrupe, em 1980

Acreditar em um mundo mais justo e humano parece sonho. Uma fronteira inalcançável e com grandes desafios, uma missão que poucos ousariam aceitar. Mas, no século XVI, Inácio de Loyola e seus primeiros companheiros compreenderam a importância de ir além das fronteiras e, a partir daquele momento, uma chama se acendeu e nunca mais se apagou: o desejo de levar a palavra do Evangelho a diferen-tes lugares do mundo. É o que tem feito também o irmão Paulo Welter nos dias de hoje, em sua missão no Congo.

Hoje, essa chama está viva também em outros corajosos missionários que estão a ser-viço da fé e promoção da justiça e levam uma mensagem de amor para além das fronteiras geográficas, culturais e sociais. Em mundo marcado por guerras civis, intolerância reli-giosa e violência, a Companhia de Jesus se faz presente em mais de 130 países.

A guerra civil na Síria, as disputas étnicas na África, as crises econômicas e o cenário político de muitos países têm impacto di-reto na vida dessas populações. Segundo a ACNUR (Alto Comissariado das Na-ções Unidas para Refugiados), até janeiro de 2013, mais de 28 milhões de pessoas estavam classificadas como refugiados ou deslocados internos, sendo que mais de 10 milhões delas habitavam o continente afri-cano. Os refugiados são pessoas forçadas a

missão


Centro Zanmi: um novo Começo

missão

abandonar seu país em razão de sua raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opi-nião política. Já os deslocados internos são pessoas obrigadas a mudar-se dentro de seu próprio país por diferentes fatores.

Buscando minimizar o sofrimento des-sas pessoas, a Companhia de Jesus fundou, no dia 14 de novembro de 1980, o Servi-ço Jesuíta aos Refugiados – JRS (sigla em inglês), organização católica internacional que atua em mais de 50 países. “O JRS foi fundado diante de uma realidade que cho-cou o padre Pedro Arrupe, superior geral da Companhia de Jesus. No ano de 1980, em visita às vítimas de Guerra do Vietnã, ele deparou-se com pessoas que viviam em casas-barcos, os chamados “boat people”. Comovido diante da realidade encontrada, ele convocou jesuítas voluntários de todo o mundo para auxiliar essas pessoas nas mais diversas necessidades. Assim, nasceu o Serviço Jesuíta aos Refugiados, cuja missão é acompanhar, servir e advogar em favor de pessoas vítimas de guerras ou deslocados internos no seu país”, conta o irmão Paulo Welter, diretor do JRS da República De-mocrática do Congo.

Irmão Paulo adquiriu experiência na Áfri-ca, como assistente jurídico, e atuou como di-retor nacional do JRS de Angola durante seis anos (2005 – 2011). No Brasil, trabalhou prestando assistência jurídica a imigrantes do Haiti, em Manaus (AM). Em março de 2013, recebeu a missão de integrar a equipe do JRS em Nord Kivu, no Congo.

A 35ª Congregação Geral da Compa-nhia de Jesus – órgão supremo legislativo da Ordem – traz, como uma das preferên-cias apostólicas, o trabalho com migrantes e refugiados e a atuação no continente afri-cano. Chamados a estabelecer relações jus-tas em um mundo fragmentado, os jesuítas mantêm viva a essência do pensamento de Inácio de Loyola e de seus primeiros com-panheiros. A Companhia de Jesus vai ao encontro dos que mais precisam, estejam eles onde estiverem.

Em novembro de 2013, a Compa-

nhia de Jesus, em parceria com as Irmãs

Filhas de Jesus, inaugurou oficialmente

o Centro Zanmi, primeiro escritório

do Serviço Jesuíta a Migrantes e Refu-

giados, no Brasil. Localizado em Belo

Horizonte (MG), o espaço servirá como

um lugar de encontro e diálogo para

imigrantes que chegam ao país.

No dia 20 de dezembro, um decre-

to da Secretaria Nacional de Justiça,

publicado no Diário Oficial da União,

determinou que o Centro Zanmi integre

o diretório do Comitê de Acompanha-

mento pela Sociedade Civil sobre ações

de migração e refúgio (CASC-Migrante).

A função foi assumida por Pascal Peuze,

representante da instituição, no dia 17

de fevereiro, em Brasília. Uma impor-

tante conquista para consolidar uma

iniciativa que ajudará muitas pessoas.

O trabalho do Centro Zanmi está

dividido em quatro áreas: Social, Língua

e Cultura, Voluntariado e Incidência. O

objetivo é promover os imigrantes como

autores e responsáveis do seu projeto

migratório e, ao mesmo tempo, difundir

na comunidade brasileira uma compre-

ensão da migração, segundo o enfoque

dos Direitos Humanos.

O serviço é realizado por meio

de parcerias e redes com instituições

públicas e privadas que procuram uma

sociedade mais justa.

O Centro Zanmi faz parte da rede

da Prefeitura de Belo Horizonte e da

Liga dos Operários da Construção, está

ligado à rede do Instituto de Direitos

Humanos e Migrações do Brasil e,

também, participa da Rede Jesuíta de

Migrações na América Latina e da Rede

de Serviço Jesuíta a Migrantes do Cone

Sul e do Caribe.

Além disso, o Centro Zanmi mantém

parceria com o Centro de Migrações da

PUC- Minas, a Diocese de Belo Hori-

zonte, o Colégio Loyola e a Igreja do

Evangelho Quadrangular. A instituição

colabora ainda com o Núcleo de Preven-

ção do Tráfico de Pessoas e Trabalho Es-

cravo, a Polícia Federal e outros centros

de Atendimento Social.

A criação do Centro Zanmi vem

fortalecer o trabalho da Companhia

de Jesus com migrantes e refugiados

no Brasil. Na Amazônia, os jesuítas são

responsáveis pelo Projeto Pró-Haiti, que,

em 2013, chegou a atender 200 pes-

soas por semana. O projeto integra as

atividades do Centro de Direitos Huma-

nos (CDH) da Arquidiocese de Manaus

(AM). O Pró-Haiti foi criado na capital

amazonense, em fevereiro de 2012,

pelo irmão Paulo Welter, que agora atua

na República Democrática do Congo.

A palavra Zanmi, que significa

amigo(a) em crioulo haitiano, traduz

a essência do trabalho desenvolvido

pelo Centro, que nasceu como fruto do

encontro e da reciprocidade, do diálogo

entre culturas, credos, ordens religiosas

e nacionalidades.

a palavra Zanmi, significa amigo (a) em crioulo haitiano, é representa a essência do trabalho desenvolvido pelo Centro


no Coração da ÁfriCa

A República Democrática do Congo está localizada no coração da África, numa região conhecida como Grandes Lagos Africanos, criada em 1995, após o geno-cídio de Ruanda entre as etnias Tutsis e Hutus, além da violência entre outras et-nias na área. Desde a sua independência da Bélgica, em 1960, o país tem sofrido com conflitos internos entre rebeldes e o gover-no. Além disso, a violência entre grupos ét-nicos diferentes assola a região. Na última década, a ONU esteve presente através de uma série de missões que trouxeram um pouco mais de estabilidade ao país. Desde 2010, a MONUSCO (Missão de Estabili-zação da Organização das Nações Unidas

na República Democrática do Congo), que é comandada pelo general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz, atua na região. Mesmo assim, os conflitos ainda são cons-tantes, principalmente no Leste do país, na região de Goma, e particularmente na província de Nord Kivu, que fica a uma distância de 2 mil km da capital Kinshasa.

A guerra civil cria um cenário em que milhares de pessoas precisam se deslocar para outras áreas. Os constantes conflitos impedem o desenvolvimento do país e deflagram uma triste realidade, na qual o interesse político se sobrepõe a paz. Como o Congo possui riquezas minerais, desper-ta a ganância de outros países, o que gera consequências para a população. Atual-mente, três milhões de pessoas, metade

delas crianças, estão deslocadas e precisam de insumos básicos para sobreviver.

Numa região onde a violência está pre-sente na rotina da população, o trabalho de pessoas como o do irmão Paulo Welter tem por objetivo recuperar a dignidade huma-na. “O JRS faz o serviço de acompanhar, servir e advogar em favor dessas pessoas, esquecidas pela sociedade e que vivem no anonimato. Elas nascem, falecem e são enterradas em qualquer lugar. São esque-cidas, é como se nunca tivessem nascido. O JRS faz o serviço que muitas pessoas e organizações deixaram de lado ou não têm o interesse em fazer”, conta o jesuíta.

A primeira equipe do Serviço Jesuíta aos Refugiados foi enviada para Bukavu, no les-te do Congo, e, logo depois, expandiu-se

missão


para outros países africanos, como Ruanda e Burundi. O escritório regional do JRS coor-dena os serviços de educação, habitação, cui-dados psicossociais e recreação, e assistência de emergência, além de dar apoio à autossu-ficiência. Na cidade de Goma, a JRS atua em sete campos de refugiados, que abrigam, apro-ximadamente, 158 mil pessoas. Em Masisi e região, esse número está em torno de 348 mil. E, na região de Mweso, há cerca de 257 mil pessoas. Irmão Paulo explica que, para ajudar essas pessoas, a “JRS estabeleceu quatro áreas prioritárias: educação, psicossocial, ajuda hu-manitária e atividades de geração de renda.”

Na área de educação, as principais ações são a reconstrução de escolas, que foram destruídas pela guerra, o fornecimento de material escolar e a atuação na formação de

professores. Na área psicossocial, o campo de atuação consiste em promover a reconcilia-ção de conflitos, prestar serviços de escuta – ouvir os relatos das pessoas nos campos de refugiados, prestar assistência jurídica, dar apoio a atividades esportivas e recreativas, e prestar o encaminhamento de pessoas para outras organizações. Na área de ajuda huma-nitária, são atendidas aquelas mais vulnerá-veis e as vítimas dos conflitos, que recebem alimentos e ajuda para a reconstrução de tendas. Já as atividades de geração de renda visam fornecer microcrédito, para auxiliar na auto-sustentação. Uma nova atividade que surgiu em Goma, por intermédio da JRS, é o Projeto das Bicicletas, que são compradas através de um programa de microcrédito. Com os veículos, as pessoas podem realizar

o Jrs faz o serviço de acompanhar, servir e advogar em favor destas pessoas, esquecidas pela sociedade e que vivem no anonimato. elas nascem, falecem e são enterradas em qualquer lugar, são esquecidas,é como se nuncativessem nascido

missão

Irmão Paulo juntamente com

crianças em aldeia no Congo


pequenos serviços, como carregar água, car-vão, mandioca, dentre outros. Dessa forma, conseguem obter alguma renda.

Atualmente, o trabalho da JRS na Re-pública Democrática do Congo conta com a atuação de 159 pessoas contratadas, entre funcionários e colaboradores. Há também voluntários que auxiliam nas atividades. Além disso, há outros religiosos que atuam na região. “Aqui nós contamos com as frei-ras Paola, da Itália, e Regina, da Tanzânia, com os padres François e Cyprien, ambos congoloses, e também com a ajuda de um leigo e voluntário, da Inglaterra. O padre Felipe Berrios, jesuíta chileno, atua no projeto do JRS em Masisi. Nós esperamos contar com mais religiosos e voluntários internacionais para a missão do JRS aqui no Congo. Nossas línguas comuns aqui no trabalho são: o francês, o inglês e o kisuile, além de vários dialetos locais”, afirma o ir-mão Paulo.

O trabalho desenvolvido pela JRS vai além das fronteiras geográficas, políticas e culturais. Todo esse trabalho mantém vivos, em cada congolês, a fé, o amor e a esperança. “O que este povo mais deseja é que chegue o dia em que haja paz e vida com mais dignidade para todos. Diante de tudo o que se vive aqui, é Deus que se faz presente, dando ânimo a esse povo, na luta de cada dia”, conclui o jesuíta.

solidariedade sobre rodasUma iniciativa do irmão Paulo Welter,

o projeto de microcrédito para a compra

de bicicletas, desenvolvido pelo Serviço

Jesuíta aos Refugiados – JRS, em Goma,

província de Nord Kivu, na República De-

mocrática do Congo, visa a ajudar famí-

lias que vivem em campos de refugiados.

O intuito é que a bicicleta sirva como

meio de transporte e instrumento de tra-

balho, gerando renda.

O Projeto funciona como um micro-

crédito rotativo. Ou seja, uma bicicleta,

que custa em torno de US$ 80, pode

ser financiada para membros de famí-

lias congolesas que vivem em campos

de refugiados. Com o veículo, as famílias

transportam insumos, como água e car-

vão, e, em três ou quatro meses, conse-

guem devolver o valor emprestado, que

servirá para beneficiar outros participan-

tes do projeto. “A ideia inicial começou

quando eu fui premiado, pela Wodacom,

com uma bicicleta, aqui no Congo. As

pessoas podem ajudar este projeto, uma

bicicleta financiada poderá proporcionar,

por um mês, no mínino, alimentação e

um pouco de vestuário para cerca de

20 pessoas refugiadas, principalmente

crianças”, conta o irmão Paulo.

Além do projeto de microcrédito, o JRS

realiza atividades de corte e costura, carpin-

taria, padaria, arrendamento de terra para

o cultivo agrícola, entre outras. Essas ações

auxiliam na geração de renda na região.

As pessoas interessadas no projeto podem

entrar em contato com Rosalva Meurer,

pelo e-mail [email protected].

Recentemente, o papa Francisco, sensível à

causa dos pobres e refugiados no mundo,

proporcionou ajuda para a construção de

um Centro de Multiuso para refugiados, em

Mweso, no Congo.

missão


Jovens participam de retiro em manausO Serviço Inaciano de Espirituali-

dade (SIES) e a Rede Inaciana de Ju-ventude (RIJ) realizaram um retiro de Carnaval para jovens, na Casa de Re-tiro e Formação Irmão Vicente Cañas, em Manaus (AM), entre os dias 1º e 4 de março. Com orientação do padre Luís Renato e baseado na proposta dos Exercícios Espirituais de Santo Iná-cio, os jovens participaram de oficinas de fotografia, arte e espiritualidade. O objetivo das oficinas era proporcionar um processo de reflexão, ação e sensi-bilidade para, assim, enxergar Deus em todas as coisas.

Participaram do retiro mais de 50 jo-vens de grupos, obras e paróquias, ligadas diretamente à Companhia de Jesus e a Rede Inaciana de Juventude. A maioria deles realizou pela primeira vez um reti-ro com a proposta inaciana. “O retiro foi realizado num ambiente muito belo, que me proporcionou uma ótima experiência. Para mim, foi um retiro revigorante. Fico muito grato à Companhia”, afirma Edwin Lima Cundiff.

Com o tema Amor de Deus, o retiro proporcionou momentos de oração pes-soal, de espiritualidade mariana, missas, adoração, partilhasa, ofício divino da ju-ventude (ODJ). “Com a experiência, os jovens puderam refletir e pensar acerca do Magis e, sobretudo, do seu projeto de vida dentro da Espiritualidade Inaciana”, ressalta Lidiane de Aleluia Cristo.

Jovens que participaram do Retiro de Carnaval em Manaus

BRASIL AMAZÔNIAA Companhia de Jesus no


PRIMEIRO RETIRO INACIANO EM BOA VISTA

Realizado durante o Carnaval, entre 28 de fevereiro e 4 de março, o primei-ro retiro inaciano na história da Diocese de Roraima reuniu 14 pessoas de diversas idades e comunidades. Entre elas, estava o bispo da região, Dom Roque Paloschi, que participou como exercitante.

A iniciativa remonta ao padre Rober-to Jaramillo Bernal, na época em que foi Superior Regional da Região Brasil Ama-zônia (BAM). Mesmo com a transferência de padre Roberto para Lima (Peru), a fim de assumir nova função na CPAL (Confe-rência das Províncias Jesuítas da América Latina), Dom Roque insistiu na realização do retiro, convidando as comunidades e os agentes de pastoral da Diocese.

O retiro inaciano foi orientado pelo padre Nathan Stone, que chegou à Diocese em 25 de fevereiro e, três dias depois, já estava na casa dos Missioná-rios da Consolata, guiando os Exercí-cios Espirituais de Santo Inácio. “Foi uma boa introdução aos Exercícios Espirituais: todos os participantes fo-ram convidados para continuar no seu processo, através da oração pessoal e comunitária. E novos retiros que pode-rão ser organizados daqui para frente”, contou padre Nathan. “Dom Roque fi-cou muito contente com a iniciativa e falou que, em sua Diocese, é necessária mais formação espiritual no estilo de Santo Inácio”, completou.

Participantes do primeiro retiro inaciano realizado na Diocese de Roraima

Calendário BAM

AGeNDA DO SuPerIOr reGIONAL

19 a 21 de março | Consulta do

Provincialado do Brasil – Manaus (AM)

29 a 31 de março | Visita à

tríplice fronteira Brasil-Peru-Bolívia

- Assis Brasil (AC)

1 a 7 de abril | Visita à tríplice fronteira

Brasil-Peru-Bolívia - Assis Brasil (AC)

10 a 11 de abril | Encontro da

Plataforma da Amazônia – Manaus (AM)

13 a 20 de abril | Missão de

Semana Santa – Manaus (AM)

22 de abril | Assembleia da

mantenedora DIA (Distrito dos

Jesuítas da Amazônia) – Manaus (AM)

23 a 30 de abril | Visita aos

jesuítas de Belém – Belém (PA)

brasil amazônia

INFORMATIVO 17 edição 2 | março de 2014

intercâmbio para a vidaFormada por uma

rede global e reconhe-cida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNES-CO) como a maior instituição de jovens universitários do mun-do, a AIESEC foi cria-da depois da Segunda Guerra. Hoje, está pre-sente em 113 países e territórios e tem mais de 86 mil membros. No fim de 2013, a alu-na de Administração da FEI Caroline Ku-rowski participou de intercâmbio na África, por meio da entidade, e voltou para casa com um novo olhar sobre as

pessoas e seus próprios valores. A estudante, de 21 anos, escolheu como destino Gana, um pe-queno país da África ocidental. Para levar a termo seu objetivo de ir para um lugar distante e trabalhar com crianças, a jovem resolveu seguir para uma pequena ilha chamada Azizakpe.

No local, ensinou inglês e natação para as crianças. “Apesar de o idioma oficial em Gana ser o inglês, os habitantes dessa ilha falavam um dialeto e tinham dificuldades de se comunicar com o resto da população do país. Além disso, alguns

morriam afogados por não terem noções bási-cas de natação”, explica Caroline.

Apesar das imen-sas diferenças culturais – algumas crianças na ilha jamais tinham visto uma pessoa branca – e da infraestrutura precá-

Caroline Kurowski durante seu trabalho voluntário em Gana

ria – Azizakpe é muito bonito e extremamente pobre –, a jovem afirma que voltou para casa com uma nova visão sobre a vida. “O mais importan-te para mim foi descobrir que é possível ser feliz com muito pouco, pois, apesar da pobreza e das

dificuldades, as pessoas em Azizakpe são felizes. Além disso, percebi que aqueles que têm pouco são os que mais dividem com os outros. Vi crian-ça repartindo uma única bala com os colegas, em um gesto de extrema so-lidariedade”, relata.

o mais importante para mim foi descobrir que é possível ser feliz com muito pouco, pois, apesar da pobreza e das dificuldades, as pessoas em azizakpe são felizes

BRASIL CENTRO-LESTEA Companhia de Jesus no


sonho realiZado

Aluna do 8° semes-tre de Administração, Eliane Oliveira resolveu desligar-se da empre-sa na qual trabalhava, em dezembro de 2013, para ‘correr’ atrás de um sonho que cultivava há pelo menos três anos: fazer trabalho voluntá-rio na África. A jovem escolheu a África do Sul

e foi para Athlones, em CapeTown, a segunda cidade mais populosa daquele país. “Sempre ouvi falar muito sobre a África do Sul, princi-palmente sobre as várias culturas e a discrimi-nação racial, que ainda existe, e, muitas vezes, é nítida. Lá, descobri que o inglês não é a primeira língua para muitos e que, infelizmente, a cor da pele, muitas vezes, tem

importância”, relata.A jovem ficou quatro

semanas trabalhando em uma creche, com crian-ças de 0-6 anos, onde sua tarefa era ajudar nas ati-vidades em sala de aula, ler e cuidar das crian-ças, alimentá-las, trocar fraldas, brincar e ajudar na limpeza. “Encontrei histórias que realmente tocaram fundo no meu coração. Mas, o que re-almente me marcou foi

o fato de elas estarem sempre sorrindo, nun-ca reclamarem de nada e sempre agradecerem pelo pouco que tinham. A fé delas é realmente uma coisa muito linda”, afirma. Eliane conta que a experiência do volun-tariado foi indescritível, pois, embora tenha saí-do do Brasil com inten-ção de ensinar, aprendeu e trouxe várias lições na bagagem.

o que realmente me marcou foi o fato de elas estarem sempre sorrindo, nunca reclamarem de nada e sempre agradecerem pelo pouco que tinham

brasil centro-leste

Eliane Oliveira voluntária na África do Sul

19INFORMATIVO edição 2 | março de 2014 brasil centro-leste

Colégio dos Jesuítas celebra 58 anos

Ex-aluno do Loyola conquista2ª colocaçãono Sisu

A comunidade educativa do Colégio dos Jesuítas participou das comemorações do 58º aniversário da instituição, no dia 8 de março. Os participantes foram acolhi-dos no Ginásio Poliesportivo pelos padres Gerardo Cabada Castro e Valdivino Tei-xeira de Carvalho.

Citando as Bodas de Dália do Co-légio, padre Cabada lembrou que, em 2014, o aniversário da escola acontece em meio a uma comemoração maior, a do bicentenário da restauração da Com-panhia de Jesus. “Este ano, ao celebrar-mos o aniversário do Colégio, devemos lembrar da ‘ressurreição’ dos jesuítas. Sem esse acontecimento, não haveria

O ex-aluno do Colégio Loyola, Ber-nardo Monteiro, 17, conquistou a 2ª co-locação no Sisu (Sistema de Seleção Uni-ficada) com a segunda maior média do Enem (Exame Nacional do Ensino Mé-dio). Com esse resultado, Bernardo ficou em primeiro lugar no curso de Engenha-ria Aeroespacial da UFMG (Universida-de Federal de Minas Gerais).

Bernardo Monteiro conquistou o primeiro lugar no curso de Engenharia

Aeroespacial da UFMG

Atividades recreativas ocuparam os ambientes do colégio, como as quadras cobertas e a piscina do Centro Poliesportivo

Bernardo atribuiu o bom desempenho ao apoio dos pais, que o incentivaram desde criança a realizar experimentos científicos, e ao os professores do Colégio Loyola, que nas au-las sempre uniam teoria e prática no desenvol-vimento dos projetos. “Os meus professores de Física do Loyola me ajudaram a melhorar, gradualmente, os foguetes e me permitiram fazer os trabalhos de escola com eles”, conta.

O estudante afirma que a escolha do curso foi influenciada por seu interesse por foguetes. “Eu sou fascinado por foguetes, em boa parte pela influência do meu pai, que sempre me encorajava a aprender mais sobre o assunto. Meus pais me incenti-varam, não falando para eu fazer alguma coisa, mas me levando para comprar o ma-terial que eu precisava”, afirma.

jesuítas no Brasil e, consequentemente, hoje não estaríamos aqui comemorando os 58 anos da escola”, afirmou.

Em seguida, padre Valdivino destacou a importância da participação das famí-lias na história do Colégio, desde antes de sua fundação. “Diferentemente de outros locais, a participação das famílias de Juiz de Fora, pedindo aos jesuítas no Rio de Janeiro a instalação da escola na cidade, foi decisiva para que isso realmente ocor-resse”, partilhou o jesuíta. A instituição foi fundada em 5 de março de 1956.

Depois, alunos, familiares e educado-res participaram de atividades recreativas. Eles foram convidados a ocupar os espaços da escola, aproveitando, principalmente, a piscina e a Rua de Lazer montada nas quadras cobertas do Centro Poliesportivo Padre Murillo Moutinho.


Juventude será tema de seminário em março

retiro de preparação para a páscoa acontece no rio

Os debates sobre o sujeito jovem, a cultura contemporânea e a prática educativa, serão alguns dos assuntos abordados durante o Seminário Apro-ximações com o mundo juvenil, a ser realizado entre os dias 28 e 30 de mar-ço, no Anchietanum, em São Paulo. Um dos objetivos do Seminário, cujo tema central é Sociabilidades juvenis: sexua-lidade, afetos e cultura, é compreender as experiências juvenis e refletir sobre a construção da identidade dos jovens.

O evento é uma realização do Anchie-tanum, em parceria com a FAJE (Facul-dade Jesuíta de Filosofia e Teologia), Fé e Alegria e Centros de Juventude da Com-panhia de Jesus. O seminário é voltado para educadores, pastoralistas, acompa-nhantes e pesquisadores de juventude das instituições jesuítas, que trabalham com jovens no Brasil. Os participantes recebe-rão certificado de Extensão Universitária conferido pela FAJE.

Para participar, é necessário fazer ins-crição pelo e-mail comunicaçã[email protected] ou pelos telefones (11) 3862-0342/ 96465-1414. A contribuição é de R$ 230, com certificado e hospeda-gem incluídos. Para mais informações, acesse o site www.anchietanum.com.br.

O Centro Loyola de Fé e Cultura/ PUC-Rio promoverá um retiro de prepa-ração para a Páscoa, nos dias 12 e 13 de abril, com o tema Ressuscitou de tanto viver. A experiência espiritual tem como objetivo suscitar a reflexão do tempo litúr-gico próprio, preparando as pessoas para a vivência da Páscoa.

O retiro será realizado em regime aberto, com alimentação incluída, das 8h30 às 17h de sábado e das 8h30 às 13h do domingo, com orientação da equipe de leigos. Para participar, é necessário fazer inscrição pelos telefones (21) 3527-2012/ 99479-1442, pelo e-mail [email protected] ou pelo site www.clfc.puc-rio.br. O valor é R$ 65.

brasil centro-leste

INFORMATIVO 21 edição 2 | março de 2014

puC-rio realiza abertura do ano acadêmico

FEI e Telefônica Vivo anunciam parceria para criação de centro de pesquisa

O novo cardeal, dom Orani João Tempes-ta, Arcebispo do Rio de Janeiro (foto acima) e Grão-Chanceler da PUC-Rio, participou da abertura do Ano Aca-

O Centro Universi-tário da FEI e a Tele-fônica Vivo assinaram uma parceria, no dia 27 de janeiro. A iniciativa visa ao desenvolvimen-to de tecnologias digi-tais na área das teleco-municações. Além de criar um centro de pes-quisa, a empresa con-cederá bolsas de estudo para alunos de mestra-do e doutorado.

O Centro de Pes-quisa, que deverá en-trar em operação ainda no primeiro semestre de 2014, será equipa-do com computadores e aparelhos celulares,

entre outros dispositi-vos, e terá um professor exclusivo. O objetivo é incentivar os estudantes da graduação, da pós--graduação e da inicia-ção científica a desen-volverem projetos sobre Internet das Coisas (Tecnologia desenvol-vida para objetos como óculos e relógios, entre outros), usabilidade de aplicativos, plataforma Firefox OS, interfaces adaptativas e estudos sobre perfis de usuários.

Serão envolvidos alunos dos cursos de Ciência da Compu-tação, Engenharia de

Automação e Controle e Engenharia Elétrica, que tem ênfase em Ele-trônica, Computadores e Telecomunicações. A parceria também pre-vê a concessão de duas bolsas de estudo inte-grais ainda neste ano, uma para o mestrado e outra para o doutorado.

“A inovação é um dos pilares da atuação da Telefônica Vivo, portanto a aproximação com o meio acadêmico é estratégica para nós”, afirma Antonio Carlos Valente, presidente da empresa. Segundo ele, a participação da FEI no

dêmico da instituição, realizado no dia 11 de março. Na ocasião, a primeira exortação apos-tólica do papa Francisco foi o tema de um debate promovido pelo Depar-

Na foto, o presidente da Vivo, Antonio Carlos Valente, o profº. Vagner Barbeta, diretor do IPEI – FEI e a profª. Rivana Marino, vice-reitora de Extensão e Atividades Comunitárias da FEI.

ecossistema de inova-ção da operadora é um grande avanço, con-siderando o alto nível científico já desenvol-vido dentro do centro universitário. Para o reitor do Centro Uni-versitário da FEI, Prof. Dr. Fábio do Prado, “a cooperação em áreas

estratégicas de pesquisa e de forte apelo inova-dor é uma das metas de desenvolvimento da FEI, e a parceria com empresa do porte e per-fil da Telefônica Vivo vem coroar os esforços de ambas e potenciali-zar as oportunidades de pesquisa e inovação”.

tamento de Teologia, que marcou a abertura do semestre letivo.

Os ideais trazidos pelo papa, como o protagonis-mo dos pobres e a valo-rização da diversidade, deram o tom da discus-são. Em sua fala, Cardeal Tempesta destacou ainda o papel das universida-des católicas na divulga-ção dos valores cristãos, a partir da formação de profissionais motivados pela ética do Evangelho.

Para padre Josa-fá Carlos de Siqueira,

Reitor da PUC-Rio, a Universidade deve dar continuidade à política de inclusão socioeducati-va, apoiar e aprofundar o diálogo religioso cultural e intercultural. “Além de nunca abrir mão do cará-ter crítico da universida-de, que busca a verdade pelo diálogo”, completou o reitor, que classificou o momento atual da Igreja como uma fase primave-ril e de transformação.

Também participa-ram da programação os professores padre Joel

Portella Amado, frei Isi-doro Mazzarolo, dom Paulo Cezar, Cesar Kuz-ma e padre Alfredo Cos-ta, que analisaram o Eva-gelii Gaudium através das perspectivas Bíblica, Cristológica, Eclesioló-gica e Espiritual. A ce-rimônia teve ainda uma homenagem póstuma ao padre João Batista Libâ-nio, ex-professor e um dos primeiros diretores do Departamento de Teolo-gia da Universidade. Uma missa celebrada por dom Orani encerrou o evento.

brasil centro-leste


Anchietanum realiza Exercícios Espirituais para Jovens durante o Carnaval

“A quem recebe os Exercícios, muito aproveita entrar neles com grande ânimo e generosidade para com seu Criador e Se-nhor.”* Foi com esse espírito, de ânimo e generosidade, que mais de 190 jovens par-ticiparam dos Exercícios Espirituais para Jovens no Carnaval, entre os dias 1 e 4 de março de 2014, em Itaici (Indaiatuba/SP).

Os Exercícios Espirituais são um mé-todo de oração criado por Santo Inácio de Loyola. A experiência completa é feita em quatro semanas. No Anchietanum, os Exercícios Espirituais são divididos em 5 Etapas, com formato e linguagem espe-cíficos ao público jovem. Os EEJ promo-vem uma experiência pessoal de oração, engajamento no Projeto de Deus, no ser-viço aos irmãos e à sociedade.

Pelo terceiro ano consecutivo, as 5 Eta-pas aconteceram em Itaici. Esse era um desejo antigo, pois, além da facilidade na logística e infraestrutura, os participantes podem ter ideia de quantos jovens estão realizando os Exercícios Espirituais, ini-ciando sua caminhada ou chegando à 5ª Etapa. Essa unidade anima os que estão começando e cria um significado especial para a experiência. Algumas atividades são feitas coletivamente, como as missas de abertura e de encerramento e o lucer-nário – uma oração introspectiva, à luz de velas, com refrões meditativos.

Para que fosse possível atender todos os jovens, contamos com a ajuda de 60 colaboradores, entre eles jesuítas (vindos de São Paulo, Campinas, Rio de Janei-

ro e Belo Horizonte), religiosas, leigos e jovens que concluíram as etapas em anos anteriores, além da contribuição dos fun-cionários de Itaici, que nos dão o suporte necessário para que tudo aconteça confor-me o planejado.

Os participantes são convidados a uma experiência de silêncio e oração pessoal, saindo do seu cotidiano, geralmente reple-to de atividades, para dedicar um tempo a si mesmo e para Deus. Mesmo com a casa repleta, o silêncio feito pelos participantes impressiona. Para Marília Volpi, que fez a 1ª Etapa nesse ano, a preparação foi impor-tante para melhor proveito da experiência. “Talvez a maior motivação tenha ocorrido antes mesmo de chegar a Itaici, e se rela-cionava a criar disposição a me silenciar du-

Mais de 190 jovens participaram dos Exercícios Espirituais em Itaici

brasil centro-leste


rante um feriado longo como o Carnaval. Fato que hoje reconheço como grande meio para estar em contato com Deus e crucial para que nossas conversas pudessem dar tão certo”, afirma a jovem de 24 anos.

Magda Cardoso completou a 5ª Etapa este ano. “Foi o fim de um ciclo, mas o iní-cio do aprofundamento espiritual. Pois, ao começar as etapas, me dei conta que não poderia viver apenas de expectativas, e sim de experiências”, conclui a jovem, que mora em Valinhos, e é colaboradora do Centro

Inaciano de Juventude, em Campinas.Após o retiro, o Anchietanum disponi-

biliza aos jovens um roteiro de oração para a vida diária, além da orientação espiritual, para aqueles que desejarem. Também na Tarde de Espiritualidade, que acontece todo primeiro sábado do mês, é possível dedicar um tempo para a oração pessoal e partilha, e reencontrar os amigos de caminhada.

* Anotação nº 5 do livro dos Exercícios Espirituais de Santo Inácio.

Ao longo do ano, o Anchietanum promove as 5 Etapas dos Exercícios Espirituais e retiros

temáticos, que seguem a mesma proposta e metodologia. Conheça as datas:

exerCíCIOS eSPIrITuAIS

1ª etapa | 21 a 23 de novembro

2ª etapa | 18 a 22 de junho

3ª etapa | 22 a 24 de agosto

Importante: os Exercícios Espirituais para Jovens acontecem também no Rio de Janeiro e

em Minas Gerais. Saiba mais em: www.anchietanum.com.br

reTIrOS TeMáTICOS

ee de Semana Santa | 17 a 20 de abril

retiro Projeto de Vida | 30 de abril a 4 de maio

ee para universitários | 18 a 20 de julho

retiro ecológico | 10 a 12 de outubro

Calendário BRC

proGramação anChietanum

19 a 21 de março | Consulta BRA – Ma-

naus (AM)

24 a 26 de março | Visita à Vila Kostka -

Itaici – Indaiatuba (SP)

27 e 28 de março | Assembleia das Mante-

nedoras – São Paulo (SP)

1º e 2 de abril | Encontro Plataforma Sul I

(BRA) – Indaiatuba (SP)

5 de abril | Consulta BRC - Rio de

Janeiro (RJ)

10 e 11 de abril | Visita à Residência de

Brasília – Brasília (DF)

25 e 26 de abril | Visita à Residência do

Colégio Anchieta - Nova Friburgo (RJ)

28 e 29 de abril | Visita ao Centro Santa Fé

- São Paulo (SP)

30 de abril | Conselho Administrativo

(CAD) - São Paulo (SP)

brasil centro-leste


unisinos promove projeto de banco de alimentos

O combate à fome é um dos temas mais discutidos por políticos e países do mundo todo. No Brasil, o governo ini-ciou, há alguns anos, projetos para dimi-nuir a miséria no país, ideal compartilha-do no Rio Grande do Sul, pela Unisinos, instituição que promove o projeto Con-vênio de Cooperação Técnico Cultural – Banco de Alimentos.

A iniciativa leva alimentos a milhares de crianças e adolescentes em situações de vulnerabilidade social. Além disso, o

projeto também conta com a atuação de alunos e professores dos cursos de Nutri-ção e Gastronomia da Unisinos, que re-alizam atividades de educação em saúde e nutrição, garantindo, desse modo, ali-mentação de qualidade somada ao acom-panhamento especializado.

O projeto atua em duas linhas: a pri-meira, tem como propósito a doação de alimentos a entidades socioassistenciais e o combate ao desperdício; já a segunda, está relacionada à promoção da saúde e da

qualidade de vida e à prevenção de doen-ças. Para cumprir os objetivos, são feitas ações de incentivo a práticas alimentares voltadas a lactentes e crianças, técnicas de identificação de dificuldades de geren-ciamento da saúde e aconselhamento de alternativas, oficinas de gastronomia, ati-vidades de difusão de conceitos sobre ali-mentação correta e serviços de orientação nutricional, entre outras ações que envol-vem a participação de pais e educadores.

A coordenadora da iniciativa, Denise Zaffari, fala sobre os estudantes da insti-tuição que também são beneficiados. “As ações também servem para que os estu-dantes vivenciem práticas disciplinares, conheçam a comunidade, exerçam atitu-des solidárias e auxiliem no fortalecimen-to de vínculos”, afirma.Alimentos são levados a milhares de crianças e adolescentes em situações de vulnerabilidade social

BRASIL MERIDIONALA Companhia de Jesus no


agradecimentos do instituto são JoséDezembro de 2013 foi um tempo tran-

quilo no Instituto São José, em São Leo-poldo (RS), com poucas consultas médicas e sem emergências. Os amigos e colabo-radores da Casa de Saúde desdobraram-se para proporcionar-nos momentos cari-nhosos de amizade, beleza, entretenimento e celebração. Agradecemos a todos os que marcaram presença nos eventos:

• O Grupo de Canto Coral e Arte,do setor social da Unisinos, que veio alegrar nossa tarde em 3 de dezembro.

•Confraternizaçãoegratidãodosnos-sos idosos para com o grupo de estagiá-rios da Fisioterapia da Unisinos, liderados

pela Profª. Alessandra e pela fisioterapeu-ta Cíntia K. Pouey, em 6 de dezembro. Que belas tardes de Juventude!

•Último‘round’daEquipeInterpro-fissional da Saúde, com avaliação positiva de resultados para a qualidade de vida dos idosos, em 11 de dezembro.

•ParticipaçãonoNataldosFuncioná-rios e Colaboradores da ASAV, da região metropolitana de POA. . . “um sábado que ficará na feliz memória de quem compar-tilhou esforços e alegrias em 2013”, em 14 de dezembro.

•ShowInfantildafamíliadePauloeCristina Hoffmeister, com suas três me-ninas artistas de violino e piano, após a

missa, na manhã dominical de 15 de de-zembro. Um mimo de show!

•NossapsicólogaDrª.M.ReginaMo-rales e a estagiária Daiana organizaram a sessão de encerramento/2013. A musicólo-ga, Profª. Tereza, com seu acordeão, emo-cionou nossos idosos, em 20 de dezembro.

•AtradicionalConfraternizaçãoNatali-na dos SJ reuniu jesuítas, funcionários(as) da Casa de Saúde e familiares. Foi a linda festi-nha do ‘Amigo Secreto’, em 21 de dezembro.

•OCentroMariápolisdeSãoLeopol-do, suas crianças e jovens, pais e Focola-rinas, cantaram após a Missa dominical, alegrando-nos com suas flautas, violinos e vozes, em 22 de dezembro.

outras notíCias da Casa de saúde

Ao longo do ano de 2013, registramos

três despedidas definitivas. Partiram para

a casa do Pai, o Ir. A. Waldemar Bösing

(09/05), Pe. Armando Marocco (23/08) e

Pe. Aloysio Petry (31/10). Que estejam bem

felizes na plenitude do Reino dos Céus.

Em contrapartida, no início de 2014, nos-

sa Comunidade recebeu com grande alegria

três novos companheiros jesuítas: Ir. José Ly-

bino Schütz (91), procedente do CECREI; Pe.

Isidoro Jacob Schneider (95), de Salvador do

Sul; e Pe. Egídio Francisco Schmitz (89), da

Residência Conceição, da Unisinos. Em carta

manuscrita ao Provincial, lida por ele duran-

te a Assembleia da Província, o Pe. Isidoro,

emocionado, agradeceu ao Pe. Vicente pela

nova missão recebida, de rezar pela Igreja

e pela Companhia. Disse sentir-se feliz com

essa importante missão.

Passaram pelo Instituto São José, tempo-

rariamente, para recuperação pós-cirúrgica, o

Pe. Guido Edgar Wenzel (quimioterapia), em

janeiro, e o Pe. Inácio Neutzling (fratura de um

braço), em fevereiro. Ambos receberam alta e

regressaram à Residência Conceição, em 10 de

fevereiro. Ainda passaram um período conos-

co, para tratamento de saúde, procedentes de

Salvador do Sul, o Pe. Pedro Norberto Link e o

Pe. Victor Götz.

Passaram por procedimentos cirúrgicos le-

ves, os residentes da Casa: Ir. Bruno Kuntzler,

Ir. Adolfo de Oliveira, Pe. Pedro O. Mentges e

Ir. José P. Hammes.

Neste período de janeiro e fevereiro, a Casa

de Saúde recorreu aos serviços temporários de

Luciana e Patrícia, na enfermagem, e de Elisa-

beta, na higienização. Dia especial de júbilo e

ação de graças foi o domingo, 23 de fevereiro,

com a Celebração Eucarística e um almo-

ço festivo dos 60 anos de Vida Consagrada

dos Irmãos Jesuítas Benno Klein (81) e Esta-

nislau Rhoden (85).

Nossa comunidade é hoje constituída por

23 jesuítas. Acolhemos com muito afeto nos-

so diretor, Ir. Orival Bonicoski, que, no início de

março, regressou da “Schola Affectus” – Ter-

ceira Provação, realizada em Cuba, retomando

sua missão na direção da Casa de Saúde.

FALeCIMeNTO

No dia 7 de março, faleceu Romeu

Kuhn, irmão do nosso padre Ivo Kuhn, em

Boa Vista do Buricá (RS). Romeu tinha 66

anos, era casado com Reny e pai de quatro

filhos. Descanse na paz do Senhor. Nossa

solidariedade ao padre Ivo.

brasil meridional


O Colégio Medianeira participa do Projeto Parcerias, grupo de instituições de ensino que buscam formar cidadãos au-tônomos, conscientes e solidários. Essas escolas relacionam-se em um nível muito acima da superficial troca de chancelas por

meio de convênios, típica do tratamento puramente mercadológico da Educação.

O projeto qualifica as propostas peda-gógicas por meio do estudo e da troca de experiências. Desenvolve, entre as escolas, uma prática humanizadora do ensino e integra ações alternativas, possibilitando que alunos de uma escola participem de atividades pedagógicas, esportivas ou cul-turais das demais.

Atualmente, participam do projeto as instituições:

em vez da folia, um tempo forte de oração

PROjEtOPARCERIASREÚNEINStItuIçõES

Como em anos an-teriores, a Casa de Re-tiros Vila Fátima, no Morro das Pedras, em Florianópolis (SC), proporcionou um retiro de quatro dias durante o Carnaval, em ambiente de silêncio, em meio à natureza dessa ilha en-cantadora. De 1 a 4 de

março, um grupo de 41 participantes aproveitou a oportunidade de apro-fundar sua experiência de oração, seguindo o método ensinado por Santo Inácio de Loyo-la, fundador da Ordem dos jesuítas. O grupo foi orientado pelo padre Rogério Mosimann da

Silva e por Maria Lui-za Nogueira, da CVX – Comunidades de Vida Cristã, ambos com ex-periência nos Exercícios Espirituais inacianos.

Os participantes eram profissionais de várias áreas, como professores, profissionais liberais, donas de casa e religio-

sos. Homens e mulhe-res unidos no mesmo ideal do cultivo de uma espiritualidade voltada para a ação, que, no final, manifestaram a alegria por essa oportunidade e posaram para uma foto de grupo. “Observar o si-lêncio não foi difícil para mim, porque me ajudou

a mergulhar mais fundo nessa maravilhosa expe-riência de buscar Deus em todas as coisas”, testemunhou uma das participantes. Na missa de encerramento, todos uniram-se na oração do “Tomai, Senhor, e rece-bei”, da contemplação para alcançar o amor.

Calendário BRM

1 a 3 de março | Cuiabá (MT)

4 a 10 de março | Sinop (MT)

14 a 17 de março | Belo Horizonte (MG)

18 a 22 de março | Manaus (AM)

24 de março | Assembleia da ASAV – Por-

to Alegre (RS)

25 de março | Assembleia da ABEPARE –

Porto Alegre (RS)

26 a 31 de março | Santo Alberto Hurta-

do – Itapiranga (SC)

1º a 15 de abril | Residência Loyola – Cas-

cavel (PR)

16 a 21 de abril | Cerro Largo (RS)

23 a 27 de abril | Residência Espírito San-

to – São Leopoldo (RS)

| COMPrOMISSOS DO PrOVINCIAL

• Acrica• ColégioMedianeira• EstrelinhaEncantada• Evolutiva• Interpares• NovoEducandário• Objetiva• Projeção• Tiuí

Para mais informações, acesse www.projetoparcerias.com.br

brasil meridional


A Universidade Católica de Pernambuco está implantando no Brasil o curso de Ge-rência Social Inaciana (GSI). O projeto tem como objetivo principal ampliar a atuação dos colaboradores da Missão em ações sociais das Obras Inacianas espalhadas pelo país. A iniciativa está sendo implantada no Brasil em parceria com a Universidade Javeriana de Bo-gotá, atendendo a um pedido da Associação das Universidades Confiadas à Companhia de Jesus na América Latina (AUSJAL). A instituição colombiana tem o know-how por ter posto a GSI em prática nos países latino--americanos de língua espanhola. A iniciativa também é promovida pela Conferência dos Provinciais da América Latina (CPAL).

A estrutura pedagógica desenvolvida para o curso, feito à distância, conta com o que há de mais moderno. Pequenos grupos organizados em suas instituições de origem poderão interagir entre si por meio da plataforma virtual do próprio curso e de redes sociais. Em etapa poste-rior, será possível interagir por videocon-ferência com a colaboração de um profes-sor especialista. “A reunião desses grupos locais irá motivar a participação pessoal, criando corpo e espírito de colaboração tanto na capacitação pessoal como na de grupo”, explica o coordenador da GSI no Brasil, irmão Lucílio Rotha.

A ideia é formar uma rede de agentes multiplicadores de informação, capazes de

uniCap implanta Curso de GerÊnCia soCial inaCiana no brasil

identificar e investigar as demandas sociais do público excluído, tendo como suporte os valores de Santo Inácio de Loyola. Para participar, o colaborador precisa ter o En-sino Médio completo; estar aberto ao uso de novas tecnologias da informação e co-municação; ter conhecimentos básicos de informática em processadores de texto, e--mail e navegadores web; além de ter dis-ponibilidade de dez horas por semana para estudar e executar as atividades do curso.

“A GSI estimula a identificação do co-laborador com a Missão, a tal ponto de fa-zê-lo se sentir corresponsável pela Obra na instituição na qual atua. Na segunda etapa, o colaborador é convidado a refletir sobre o impacto da sua ação social no contexto”, detalha irmão Lucílio. O curso está orga-

nizado em sete módulos. Cada um deles tratará de um tema específico, como por exemplo, identidade inaciana, gerência so-cial, redes, alianças, entre outros.

Os módulos são compostos por cinco eta-pas: leitura pessoal do material referente ao módulo; partilha das informações em peque-nos grupos regionais presenciais; videocon-ferência com o professor; avaliação pessoal do módulo através de perguntas dirigidas; e anotações para a elaboração do projeto final.

Os detalhes sobre o funcionamento e a didática da GSI podem ser vistos no am-biente virtual desenvolvido exclusivamente para esse fim. Além dos vídeos tutoriais, o site www.unicap.br/gsibrasil traz informa-ções sobre a história, a equipe e os proce-dimentos para a inscrição do colaborador.

Irmão Lucílio é o coordenador do curso de Gerência Social Inaciana (GSI) no Brasil

BRASIL NORDESTEA Companhia de Jesus no


UFPE (Universidade Federal de Per-nambuco), Prof. Dr. Anísio Brasileiro; o reitor em exercício da UFRPE (Uni-versidade Federal Rural de Pernambu-co), Prof. Dr. Marcelo Carneiro Leão; o reitor da Universidade do Vale do Itajaí e vice-presidente da Associação Brasileira das Universidades Comunitá-rias (Abruc), Prof. Dr. Mário César dos Santos; e o reitor da Universidade Me-todista de São Paulo, Márcio de Moraes.

reitor e pró-reitores da uniCap tomam posse

12ª semana da mulher em pernambuCo

Primeira faculdade jesuíta de Medicina do Brasil

O Prof. Dr. Padre Pedro Rubens Fer-reira Oliveira foi reconduzido à Reitoria da Universidade Católica de Pernam-buco (Unicap). Este será seu terceiro mandato , que assumiu a função em 2006. Também foram reempossados: a Pró-reitora Acadêmica, Profª Drª Ali-ne Grego; o Pró-reitor Administrativo, Prof. Msc Luciano Pinheiro; e o Pró--reitor Comunitário, Prof. Dr. Padre Lú-cio Flávio Ribeiro Cirne. A cerimônia, ocorrida em 30 de janeiro, foi presidida pelo Superior Provincial da Província Jesuíta do Brasil Nordeste (BNE), padre Miguel de Oliveira Martins Filho.

Estiveram presentes à solenidade: o secretário estadual de Cultura de Per-nambuco, Marcelo Canuto, que repre-sentou o governador Eduardo Campos; o vice-prefeito do Recife, Luciano Si-queira; o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido; o reitor da

A 12ª Semana da Mulher na Univer-sidade Católica de Pernambuco aconte-cerá entre os dias 18 e 20 de março. À luz da Campanha da Fraternidade 2014, o evento tratará do tema Exploração Sexual e Tráfico de Pessoas. O objetivo é possibilitar a reflexão sobre esse pro-blema em suas várias formas, visando a sensibilizar a comunidade acadêmica e a opinião pública dos desafios e das pers-pectivas para o seu enfrentamento sob a ótica dos direitos humanos.

Dados da Organização das Nações

Em 27 de fevereiro, o Conselho Nacio-nal de Saúde em Brasília (CNS) concedeu à Universidade Católica de Pernambuco parecer favorável para a abertura do curso de Medici-na. Na reunião, que aprovou o projeto da ins-tituição por unanimidade, estavam presentes o reitor da Unicap, padre Pedro Rubens, e a fu-tura coordenadora do curso de Medicina, pro-fessora Erideise Gurgel. O próximo passo será o envio do comunicado do parecer do CNS ao Ministério da Educação.

A Unicap será a primeira faculdade jesuíta de Medicina do Brasil. Para isso, foi firmada parceria com hospitais de alta complexidade administrados pelo Governo do Estado de Pernambuco, além dos hospitais comuni-tários filantrópicos Maria Lucinda e Santa Casa de Misericórdia. A instituição também firmou convênios com a Prefeitura de Olinda para atuar nas policlínicas e nas unidades de saúde da família do município. Há também uma parceria com a Prefeitura do Recife. No caso da capital pernambucana, o curso de Medicina da Unicap se utilizará de parte da estrutura da Maternidade Barros Lima.

No campus, a estrutura de salas de aula e laboratórios já está pronta e foi aprovada por avaliadores do Ministério da Educação, em vi-sita realizada no final de 2013. A Unicap está programando o vestibular para os próximos meses de junho ou julho de 2014, em data a ser definida posteriormente. As aulas devem começar em agosto deste ano ainda.

Padre Pedro durante cerimônia na UNICAP

Unidas (ONU) revelam que a maioria dos crimes de tráfico de pessoas está ligada à exploração sexual. Suas víti-mas são mulheres, afrodescendentes, com idade entre 15 e 25 anos, baixa escolaridade e em situação de vulne-rabilidade social.

A Unicap, em sintonia com o prin-cípio da dignidade humana, lançará, oficialmente, a campanha Diga não à Exploração Sexual, que marcará o com-promisso político institucional com os Direitos Humanos.

Foto: Edson Lopes Jr./ GESP

brasil nordeste


gem títulos expressivos, como o título Baiano da 1ª classe, N/NE na categoria estreante e N/NE na classe Snipe, entre outros. Em setembro de 2013, Jonathan e Mateus Tavares ficaram em 3° lugar no Mundial disputado no Rio de Janei-ro. A dupla, quase cinco meses depois, conquistou a atual medalha de prata no campeonato em Santa Catarina. “Treinei bastante para esta competição nacional. Em janeiro passado, eu treinava todos os dias, na academia e no mar”, comentou Jonathan, que tem como ídolo o veleja-dor e medalhista Olímpico, Mundial e Pan-Americano, Robert Scheidt.

vieirense conquista prata no Campeonato brasileiro de vela

Vieira. O vieirense competiu em dupla com Mateus Tavares e conquistou a medalha de prata do torneio, na classe Snipe.

Aos 6 anos, por causa do trabalho do seu pai, Jonathan mudou-se com sua fa-mília de Campinas (interior de São Pau-lo) para Ilhéus (litoral da Bahia). Com isso, alterou também o seu estilo de vida. Na cidade baiana, ele apaixonou-se pela vela e não parou mais. Aos 12 anos, quando veio morar em Salvador, não pensou duas vezes em continuar vele-jando. Hoje, aos 16, faz parte da equipe de vela do Yatch Clube da Bahia.

O aluno do Vieira carrega na baga-

aldomárcio margoto dal bo é ordenado diácono em londres

Em 1 de março, Aldomárcio Margo-to Dal Bo (BNE) foi ordenado diácono, junto com outros oito jesuítas. A cele-bração teve lugar na Catedral de West-minster, em Londres, e foi presidida

Diácono Aldomárcio e o Cardeal Arcebispo de Londres Vicent Nichols, na Catedral de Westminster

pelo Cardeal Vincent Nichols. Estavam presentes, além de familiares, amigos e jesuítas, mais de 90 concelebrantes, den-tre eles, o provincial da Inglaterra, pa-dre Dermot Preston, e o padre Michael

Holman, reitor do Heythrop College – faculdade da Companhia de Jesus onde os estudantes jesuítas cursam Teologia. Do Brasil, estiveram presentes os padres Charles da Silva Dias, José Laércio de Lima, Moisés N. Q. Ponte e Washington da Silva Paranhos.

A celebração também fez memória ao bicentenário da Restauração da Compa-nhia de Jesus, bem como à comemoração dos 400 anos de fundação do Heythrop College. À luz do Evangelho de Mateus (5, 13-16), o Cardeal Nichols exortou os diáconos a serem como o sal em sua tripla função de purificar, conservar e dar sabor à vida do mundo. Cordial e acolhedor, o religioso imprimiu um tom familiar à ce-lebração, apreciando a todos. O diácono Aldomárcio Margoto Dal Bo continuará na Inglaterra por mais alguns meses a fim de concluir seus estudos teológicos e, em seguida, retornará ao Brasil.

Em 7 de fevereiro, os melhores velejado-res nacionais apresentaram-se durante o 65º Campeonato Brasileiro de Vela, em Santa Catarina. Na competição, um personagem destacou-se: Jonathan Lehrke, aluno da 2ª série Ensino Médio do Colégio Antônio

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Os jesuítas da comunidade Santo Antônio da Barra e o Provincial, padre Miguel de Oliveira Martins Filho, esti-veram presentes ao encontro, proporcio-nando uma acolhida fraterna aos jovens. O padre Jonas Caprini declarou que o CIES (Centro Inaciano de Espirituali-dade), agora, está incluído nos “amigos da PU”. O próximo encontro ficou mar-cado para o dia 15 de março, às 16 horas, no mesmo local.

encontro da pastoral universitária

encontro dos sócios

Igreja de Santo Antônio da Barra: Eis o tempo de conversão! Oração, música e entusiasmo marca-

ram o I Encontro da Pastoral Universitá-ria, na Igreja de Santo Antônio da Barra, em 22 de fevereiro. Convidados para a Missa dos Universitários, presidida por padre Danilo Pinto dos Santos, os jovens foram chegandoe, também, pais, professo-res e amigos da PU. Ao final da celebração, reuniram-se na área verde da Igreja, para o bate-papo informal, socializando notícias, reflexões, inquietações e música.

A Comunidade Santo Antônio da Barra acolheu o encontro dos Sócios das Províncias no Brasil, realizado em 17 e 18 de fevereiro. Foi um momento

Depois dos festejos do Carnaval, quan-do nossas atividades estiveram temporaria-mente suspensas, retomamos com ânimo nossa ação pastoral com a celebração da Quarta-Feira de Cinza. Esse momento for-te marcou nossa comunidade, mas não foi só isso. Começamos a Quaresma buscando viver no seguimento de Jesus por meio do Estudo da Sagrada Escritura. Em 6 de mar-ço, nós tivemos um minicurso introdutório à Carta de São Paulo aos Gálatas, com o escolástico Marcos Vinícius. Fomos inspi-rados pelo texto lema da CF-2014: “É para liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5,1).

Muito nos alegrou o bom número de participantes. Nos seus depoimentos, após o momento de formação, escutá-vamos: “Agora compreendo melhor as dificuldades que atravessamos em nossa comunidade”; “Posso ver com mais cla-reza a importância da Boa-Nova da li-bertação que Deus nos dá em Jesus Cris-to... sinto-me cada vez mais cristão”; e “Descobri como São Paulo apresenta de forma tão humana sua vida e missão e também o grande carinho e apreço que ele tinha por esta comunidade. Desejo que, entre nós, sejamos como eles: irmão em Cristo Jesus, nos abrindo sempre aos outros!”. Que Deus ajude-nos em nossa caminhada rumo à Santa Páscoa defini-tiva e faça-nos cada vez mais solidários entre nós e com os demais.

Da esquerda para a direita: Padres Creômenes, Carlos James, Bruno, Francys e Martinho

fraterno e de partilha, no qual os só-cios trabalharam no planejamento e na organização do Catálogo Jesuítas Bra-sil 2014 e Caderno de Endereços, do novo Informativo, da Assembleia da BRA, entre outros.

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Ir. Abram, o peregrino de três continentes

pe. Geraldo C. de almeida, sJ

Francisco Abram nasceu em Sarnônico, província de Trento, na Itália, em 14 de se-tembro de 1927. Entrou no noviciado, em Lonigo (província de Vicenza), em 22 de abril de 1947. Permaneceu ainda na casa do noviciado, por alguns anos, aprendendo a arte de carpinteiro e cuidando do pomar. Em seguida, transferiu-se para Gallara-te (situada na província de Varese), onde trabalhou como pedreiro por cerca de um ano. Ainda em terras italianas, foi envia-do a Trento. Na cidade, prestou assistência aos exercitantes, na sua busca de Deus e da própria missão, na Igreja.

Em 1959, seu campo de atuação apos-tólica mudou totalmente. Foi destinado ao Chad, país localizado no centro-norte do continente africano. Na Província da África Ocidental, dedicou-se às cons-truções em Koumra, durante dez anos, e Bediondo, por outros cinco anos. Em se-guida, depois de passar mais um ano em Koumra, deslocou-se para N’Djamena, com a mesma incumbência.

Em 1980, devido a grandes fadigas e, talvez, a outros fatores, precisou retornar à Itália, em busca de tratamento e repouso. Recuperou-se, porém, em tempo relativa-mente breve e, assim, antes de passar um ano, já se encontrava novamente na Áfri-ca, para continuar o trabalho, agora, em Abidjan, Douala, N’Djamena e Sahr.

Em 1991, irmão Abram tomou rumo bem diferente: foi enviado ao Brasil, para uma temporada, pois já não conseguia se readaptar na Itália. Inicialmente, foi residir na Diocese de Paulo Afonso, na Bahia, sob a responsabilidade do bispo local, um italia-no de Novara. Nessa época, além de atuar em várias localidades (Chorrochó, Barra do Tarrachil, Banzaê, Jeremoabo, Pedro Ale-

xandre, entre outras), durante um ano, tra-balhou para arrumar a sede da Fundam, en-tidade destinada a acolher meninos de rua.

Em outra ocasião, foi à Diocese de Caeti-té – situada na Chapada Diamantina, a mais de 1.000 km de Paulo Afonso – para colabo-rar na reforma do seminário e de várias casas paroquiais, além de construir a casa paroquial de Malhada, onde o pároco era o padre jesu-íta Costinha. Também foi mandado à Dio-cese de Floriano, no Estado do Piauí, onde executou vários trabalhos e construiu uma gruta de Lourdes, num mosteiro feminino.

Por onde passava, irmão Abram estava sempre disponível para dialogar com as pessoas, enquanto cuidava de algumas re-formas nos imóveis da Igreja ou até se res-ponsabilizava por alguma construção. Foi assim que construiu oito grandes grutas de Lourdes, em vários lugares. Providenciou, ainda, para capelas e igrejas do Interior, 25 sacrários, 30 vias-sacras, 8.000 quadros grandes do Sagrado Coração de Jesus e de Maria, 30 crucifixos grandes, 3 estátuas de São José, 22 de Nossa Senhora, 7 grandes presépios e 1 sino para a Igreja de Nossa Senhora da Paz, em Caetité.

E não param por aí suas benemerên-cias! Com esmolas oriundas da Itália, realizou a impressão e distribuição de 200.000 livrinhos sob o título Orações do Cristão, além de distribuir 50.000 terços e milhares de crucifixos de gesso e esta-tuetas do menino Jesus. Como se vê, ir-mão Abram não só se caracterizou como grande construtor de edifícios para obras e residências dos missionários, no con-tinente africano, como também, usando suas muitas habilidades, deixou suas mar-cas em tantas localidades do Interior do Brasil. Bem verdade, que nunca deixou de fumar seu cigarrinho e tomar sua cerveja, mas também era capaz de passar um dia

trabalhando, comendo apenas algumas bananas que carregava nos bolsos.

Simples e espontâneo, o religioso fa-lava um português meio estropiado, mas logo conseguia estabelecer uma conversa com qualquer tipo de pessoa. Contava histórias, às vezes, fantásticas, do tempo de suas jornadas africanas. Nelas, quase sempre, introduzia algum elemento ca-tequético ou devocional sobre a reza do terço ou sobre a devoção ao Sagrado Co-ração de Jesus ou a Nossa Senhora. Se os superiores italianos não conseguiam li-mitar seus passos, também os superiores daqui do Brasil sequer conseguiam acom-panhar suas andanças pelas intermináveis estradas do Piauí e da Bahia. Por toda parte, porém, ele deixou suas marcas e o bom exemplo de um jesuíta despojado e dedicado à causa do Evangelho.

Irmão Abram faleceu aos 86 anos, na noite de 26 de dezembro de 2013, em Gallarate, na Itália. Lá no céu, quando bateu à porta e alguém perguntou quem era, ele certamente, como fazia aqui, terá respondido: ABRAM!

por onde passava, irmão abram estava

sempre disponível para dialogar com as pessoas...

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tradicional de todas as fábulas, A Cigarra e a Formiga. “A peça é para todas as idades. Tem uma linguagem universal. Como os alunos irão fazer as fábulas no final do ano, a iniciativa serve para entusiasmá-los a criar histórias”, contou Heraldo, que tam-bém é diretor da peça.

Os estudantes prestavam atenção a cada detalhe e interagiam respondendo perguntas que os atores faziam durante a peça. A aluna Ana Maria Jambeiro contou que se divertiu muito com a encenação. “A peça foi muito en-graçada. Ensina muito, pois foram, na maio-ria, histórias novas. Agora estou inspirada para escrever a fábula no final do ano”, disse.

Cordel das fábulas fabulosas

atividades no Cies-salvador

Novo superior da residência padre Manuel da Nóbrega Em 18 de fevereiro, dando início aos

projetos interdisciplinares, como o Fábu-las, o Colégio Antônio Vieira, em Salvador (Bahia), convidou o grupo de teatro Cabriola para apresentar o espetáculo Cordel das Fá-bulas Fabulosas. O evento reuniu as turmas do 4° ano do Ensino Fundamental na Sala de Arte, nos turnos matutino e vespertino.

Os atores Heraldo Souza e Etiene Bou-ças encenaram a peça teatral voltada para o cordel infantil, contando histórias como a do macaco que lutava por sua banana ou do leão que ficou preso na armadilha de um caçador. Teve também as aventuras de um velho para vender seu burro e a mais

Mais uma vez, o CIES iniciou suas ati-vidades com um retiro de oito dias. Sob a orientação do padre Pedro Maione, 25 pes-soas (leigas, religiosas e um sacerdote dio-cesano) permaneceram em oração e silêncio durante o longo período do Carnaval de Salvador, entrando pela Quaresma.

O tema do discernimento foi aprofun-dado e o apostolado bastante incentivado.

Em fevereiro, a residência Padre Manuel da Nóbrega, onde moram os jesuítas que trabalham na Universida-de Católica de Pernambuco, acolheu seu novo superior, o padre Marcos Au-gusto Mendes. A nomeação foi feita pelo Superior Geral da Companhia de Jesus, padre Adolfo Nicolas.

Além disso, a pedido do padre Pe-dro Rubens, reitor da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), o padre Marcos desempenhará a função de colaborador na Divisão de Ação Social (DAS) e ajudará nas articula-ções das atividades sociais da institui-ção, por meio de um Fórum Social, que será criado, neste ano, na universidade.

Padre Marcos já morou no Recife durante a etapa da formação dos jesuí-tas, conhecida como magistério, traba-lhando na Divisão de Ação Pastoral da Unicap. Para ele, estar de volta foi uma surpresa bastante agradável: “Estou re-encontrando velhos amigos. A experi-ência que tive há alguns anos foi tão boa que voltar para o Recife é sentir-se em casa. Estou voltando para um lugar onde me sinto à vontade.”.

Ao final, agradecemos a Deus por mais essa oportunidade de bebermos da espiri-tualidade e sabedoria do nosso orientador, a quem, aos oitenta e oito anos, o Senhor concede a graça da lucidez e da força física que lhe permitem acompanhar pessoal-mente todos os participantes.

Já começaram os pedidos de reserva para o retiro, no mesmo período, de 2015.

Cabriola Cia. de teatro

Em sua segunda passagem pelo Colégio

Antônio Vieira, o grupo formado há seis anos

garantiu um longo aplauso da plateia ao final

da apresentação. O diretor artístico do grupo,

Heraldo Souza, e sua companheira de apresen-

tação, Etiene Bouças, são formados pela Escola

de Teatro da Universidade Federal da Bahia. Há

três anos, o espetáculo Cordel das Fábulas Fa-

bulosas atrai a criançada e os adultos.

Segundo Heraldo, o convite para apresen-

tar a peça aos alunos do Colégio Antônio Vieira

partiu de uma professora que viu o espetáculo

e gostou. “A professora me ligou e disse que

aqui no Vieira tinha esse trabalho com as fábu-

las para as crianças e que casava perfeitamente

com a peça. Ano passado, estivemos aqui e foi

um enorme sucesso. Esperamos voltar aqui du-

rante muitos anos”, concluiu.

Para conhecer mais sobre o grupo, aces-

se www.cabriola.eev.com.br

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Jovens participam de Jornada inaciana no Ceará

Vivenciar os passos de Santo Inácio de Loyola é uma experiência de autoco-nhecimento. Um momento único, que possibilita a vivência da espiritualidade inaciana. Experiência única vivida por 30 jovens que participaram da Jornada Ina-ciana, realizada entre os dias 24 e 30 de janeiro, no Ceará. A atividade encerrou a edição 2014 do projeto Missão de Férias da Província BNE.

Atividades de integração, missão, pe-regrinação, inserção social, autoconhe-cimento e oração estavam na progra-mação. Para Vitor Hugo, de Salvador (BA), “a Jornada Inaciana possibilita uma nova experiência, a partir do mo-mento em que o jovem sai da sua zona de conforto e passa a se inquietar para transformar realidades.”

A Jornada Inaciana começou em For-taleza, onde aconteceram momentos de integração e uma atividade de formação, que teve como tema Juventude e Contem-poraneidade, orientada pelo padre Rober-to Barros. Já no segundo dia de atividade, os jovens foram enviados em Missão e se-guiram para o município de Russas, cerca de 160 km da capital cearense.

Em Russas, a etapa da Jornada Inacia-na foi marcada pela inserção sociocultu-

ral e pela peregrinação, quando os jovens percorreram 15 km a pé. Segundo o jo-vem Gabriel Sorio, de Iconha (ES), a pe-regrinação foi uma experiência diferente. “A experiência foi cansativa, mas recom-pensadora. Quando queremos muito algo, não devemos olhar muito as dificuldades. A peregrinação superou minhas expecta-tivas!”, afirma.

A diversidade da juventude inaciana marcou presença durante a Jornada. Jo-vens do Ceará, de Pernambuco, do Piauí, da Bahia, do Espírito Santo, e até do Chile, participaram do encontro. A jovem Naiane dos Anjos, de Teresina (PI), lem-bra que o acolhimento das pessoas a sur-preendeu. “O acolhimento e a solidarie-dade das pessoas das comunidades, onde foram realizadas as missões, me chamou a atenção”, recorda.

O chileno Pablo Henríquez também teve a mesma percepção de Naiane e afir-mou que “mesmo sem compreender algu-mas coisas ditas pelas pessoas das comu-nidades, fiquei encantado com a acolhida e o carinho de todos.”

Após dois dias em Russas, os jovens voltaram a Fortaleza, onde puderam vi-venciar o aprofundamento de sua espiri-tualidade, a partir dos Exercícios Espiri-

tuais de Santo Inácio. “Foi um momento único para conhecer a si e, principalmen-te, conhecer o outro e ir ao encontro dele e de Deus”, compartilhou Diego Barbosa, de Fortaleza (CE).

A Jornada Inaciana para Jovens tra-duziu-se em um rico momento de desco-berta, partilha, transformação e encontro com Cristo. “A Jornada Inaciana é só o início para aquele que deseja percorrer os passos de Santo Inácio. Para os jovens, a jornada revela que há muito em comum entre o fundador da Companhia e o dina-mismo juvenil de hoje”, destacou Evenice Neta, da Casa Inaciana da Juventude.

13 a 18 de março | Encontros de Formação

de lideranças da BRA – Manaus (AM)

19 a 22 de março | 39ª Consulta da BRA –

Manaus (AM)

23 a 26 de março | Visita a comunidade

Padre Antônio Vieira e obras – Salvador (BA)

27 a 29 de março | Expediente na Cúria –

Salvador (BA)

30 e 31 de março | Expediente na Cúria –

Salvador (BA)

1 a 4 de abril | Expediente na Cúria – Sal-

vador (BA)

5 de abril | Consulta BNE – Salvador (BA)

06 a 13 de abril | Expediente na Cúria BNE

– Salvador (BA)

14 a 21 de abril | Visita à comunidade de Rus-

sas e Missão de Semana Santa – Russas (CE)

Calendário BNE | COMPrOMISSOS DO PrOVINCIAL

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padre José de anchietaserá canonizado em abril

O padre José de Anchieta, apóstolo do Brasil, será declarado santo pelo papa Fran-cisco no início do mês de abril. A informa-ção foi dada, ontem (27), pelo arcebispo de Aparecida e Presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno, durante entrevista nos estúdios da Rádio Vaticano. “José de An-chieta deixou marcas profundas no início da colonização do Brasil, como também na sua evangelização. Eu creio que ele merece ser cultuado por toda a Igreja”, disse o cardeal.

Dom Raymundo encontrou-se com o papa Francisco recentemente para falar so-bre o beato José de Anchieta. Segundo ele, a canonização será feita em cerimônia mais simples, menos solene, que consiste na assi-natura de um decreto pelo próprio papa, em que ele declara santo o padre jesuíta.

Sobre o porquê de não ser realizada grande cerimônia, na Praça São Pedro, para a canonização do beato, Dom Da-masceno explica que foi uma decisão do

próprio papa. “Ele quis uma cerimônia mais simples, discreta, mas tem o mes-mo valor, evidentemente, de quando a canonização é feita de modo mais sole-ne”, salientou.

A canonização será comemorada com uma missa celebrada pelo papa Francisco e com a presença de bispos e representantes do povo canadense e do Brasil. Isso por-que, segundo Dom Damasceno, a canoni-zação de padre Anchieta será feita junto com outros dois beatos canadenses, im-portantes para a história da Igreja no Ca-nadá: Marie de l´Encarnação, conhecida como a Mãe da Igreja canadense, e Fran-çois de Laval, primeiro bispo de Quebec.

“Depois, nós pretendemos também ce-lebrar, de uma forma mais solene, agrade-cendo a Deus pelo dom desse santo para nós, no Brasil, na Assembleia dos Bispos, em Aparecida (SP), quando vamos realizar a próxima assembleia geral, no fim de abril, começo de maio. Será uma celebração na-cional, com a presença, portanto, de todo o episcopado e convidados especiais. Depois, cada estado fará também a sua celebração solene e com grande participação do povo, sobretudo aqueles Estados que têm muito a ver com a vida de Anchieta”, pontuou.

O Cardeal também informou que se pretende fazer uma celebração mais restrita no Colégio Pio Brasileiro, em Roma, mas ainda não há uma data es-tabelecida, porque depende da agen-da do Papa. O Santo Padre já aceitou um convite para visitar o colégio, que vai comemorar 80 anos em 3 de abril. Segundo Dom Damasceno, os jesuítas estão deixando a direção do colégio, que será assumida pela CNBB.

Indio Tibiriça e Anchieta em pintura do artista Claudio Pastro, localizada na sede do Anchietanum, em São Paulo, SP

BRASILA Companhia de Jesus no


Cei celebra 25 anos de existência

O Centro de Espiritualidade Inacia-na dos Jesuítas completou ontem, 18 de fevereiro, 25 anos de existência. Criado em 1989, durante uma reunião presi-dida pelo padre Francisco Romanelli, na época provincial da BRC (Província Brasil Centro-Leste), o CEI-Jesuítas tem como marca de sua história a ação apostólica no campo da Espiritualidade Inaciana. “O CEI possui uma trajetória marcada por grandes iniciativas no cam-po da Espiritualidade Inaciana, sobretu-do na linha da formação e capacitação de pessoas, bem como na reflexão e produ-ção de subsídios e artigos para a revista Itaici”, afirma o Pe. Adroaldo Palaoro, diretor do Centro.

Durante grande parte de sua história, o Centro chamou-se CEI-Itaici, uma referência ao bairro de Itaici, da cidade de Indaiatuba (SP), onde se situa a Vila Kostka, local de sua origem. Um dos ob-jetivos de sua fundação era aprofundar as

raízes da Espiritualidade Inaciana, por meio da dinâmica dos Exercícios Espi-rituais (EE), do estudo de temas funda-mentais e da capacitação de pessoas para o ministério pastoral dos EE.

Em 2012, o Centro foi transferido para o Rio de Janeiro, com o intuito de ampliar seu campo de ação e atender às

demandas em nível nacional. Dessa for-ma, o CEI-Itaici passou a chamar-se CEI-Jesuítas.

Como instrumento fundamental para a realização de sua missão de formação no campo da Espiritualidade Inaciana, o Centro lançou seu novo site - www.cei-jesuitas.org.br - na última sexta-feira, 14 de fevereiro. “O site estará em constante atualização. Aos poucos, vamos abastecê--lo com subsídios, textos, reflexões, temas para diferentes retiros, anexos sobre as di-ferentes modalidades de EE, entre outros assuntos”, comenta o diretor do CEI.

Pe. Adroaldo ressalta ainda que a co-laboração de jesuítas e leigos contribui para o trabalho realizado pelo Centro. “Damos graças a Deus pelo bem imen-so que o CEI tem realizado em favor da Igreja no Brasil através de tantos cola-boradores, que, com sua disponibilida-de e criatividade, alargaram o horizonte dos EE”, ressalta. Fonte: CEI-Jesuítas

Na foto, da esquerda para a direita: padres Alfredo Sampaio Costa, José Antônio Netto de Oliveira, Raniéri Araújo Gonçalves, Adroaldo Palaoro, Claudio Werner Pires, Emmanuel da Silva e Araujo e Danielle Leal de Brito Melo (secretária)

damos graças a deus pelo bem imenso que o Cei tem realizado em favor da igreja no brasil através de tantos colaboradores, que, com sua disponibilidade e criatividade, alargaram o horizonte dos ee

brasil


provincialado Jesuíta do brasil celebra 11 anos

No dia 26 de fevereiro de 2003, o pa-dre João Roque Rohr iniciou sua missão como provincial do Brasil. Assim, nascia o Provincialado no país, criado pelo Pa-dre Geral, em 2002, com o objetivo de articular e coordenar a missão comum da Companhia de Jesus no Brasil. Hoje, o Provincialado celebra 11 anos de vida e de contribuição com a missão dos jesuí-tas em terras brasileiras.

Em 2008, o padre Carlos Palácio foi nomeado como provincial do Brasil. O jesuíta seria o segundo a ocupar a fun-ção. E, além das atribuições normais do provincial anterior, padre Palácio rece-beu, também, a missão suplementar de conduzir o processo de criação de uma nova e única Província Jesuíta no Brasil, ação que será finalizada em 2015.

Calendário BRA19 a 21 de março | 39ª Consulta BRA – Manaus (AM)

20 e 21 de março | Visita ao Colégio Santo Inácio (Del. Educ.) – Fortaleza (CE)

23 de março | Assembleia da ASAV – Porto Alegre (RS)

24 e 25 de março | Visita ao Colégio Diocesano (Del. Educ.) – Teresina (PI)

26 de março | Visita à ESA e à Escola Pedro Arrupe (Del. Educ.) – Teresina (PI)

27 e 28 de março | Assembleia da ANEAS, AJEAS e Companhia de Jesus - Jesuítas - S. Paulo (SP)

27 e 28 de março | Visita ao Colégio Antônio Vieira (Del. Educ.) – Salvador (BA)

28 a 30 de março | Assembleia Nacional da CVX – São Paulo (SP)

31 de março e 1 de abril | Visita ao Colégio Santo Inácio (Del. Educ.) – Rio de Janeiro (RJ)

1 e 2 de abril | Reunião da Plataforma Apostólica Sul 1 – Indaiatuba (SP)

3 e 4 de abril | Reunião da Plataforma Apostólica Leste – Rio de Janeiro (RJ)

3 e 4 de abril | Visita ao Colégio Anchieta (Del. Educ.) – Nova Friburgo (RJ)

7 e 8 de abril | Reunião da Plataforma Apostólica Centro Oeste – Brasília (DF)

7 e 8 de abril | Visita ao Colégio Loyola (Del. Educ.) – Belo Horizonte (BH)

10 e 11 de abril | Reunião da Plataforma Apostólica Amazônia – Manaus (AM)

10 e 11 de abril | Visita ao Colégio dos Jesuítas (Del. Educ.) – Juiz de Fora (MG)

brasil

Violência contra a mulher é tema de evento na Fundação Fé e Alegria

No Dia Internacional da Mulher, 8 de março, a Fundação Fé e Alegria de Palmas, no Tocantins, realizou uma roda de conver-sa com o tema Violência Contra a Mulher e Tráfico Humano. O momento contou com a participação de representantes de organi-zações da sociedade civil e da comunidade, do povo Xerente, da Arquidiocese de Pal-mas, do Centro de Direitos Humanos de Palmas, do Grupo Feminista Dina Guerri-lheira, do Hospital Dona Regina, da juven-tude secundarista, entre outros.

Os principais temas abordados foram vio-lência, falta de acesso à saúde, à educação e a políticas públicas que combatam efetivamen-te a violência contra a mulher no Tocantins. A indígena Lúcia Xerente, representante das mulheres indígenas na atividade, falou das problemáticas vivenciadas. “Não é fácil ser mulher indígena no mundo do branco. A vio-lência mais comum é a doméstica, geralmente em decorrência do uso de bebida alcoólica”.

Representando o IPDMS (Instituto de Pesquisa, Direitos e Movimentos Sociais

do Tocantins e a Marcha Mundial das Mulheres), Cleide Diamantino falou so-bre as formas de manifestação da violência contra a mulher. “As mulheres precisam se organizar coletivamente com o objetivo de superar, entre os vários problemas, também o da situação de violência”, destacou.

A comunidade presente participou com depoimentos, através dos quais foi possível comprovar que os casos de violência viven-ciados pelas mulheres são resultado de uma sociedade ainda machista e patriarcal.


jubileus

JANeIrO

11 Pe. Carlos Giovanni Salomão – BRC

25 anos de Sacerdócio

FeVereIrO

1 Ir. Mário Álvares Gomes – BRC

75 anos de Companhia

Pe. Amarilho Checon – BRC


Pe. Expedito José F. Teles – BNE


Pe. Dionel Lopes Amaral – BAM


Ir. Francisco Fagundes – BRC


10 Pe. José Ivo Hoffmann – BRM


Pe. Álvaro Mendonça Pimentel – BRC


Pe. Eduardo Beltramini – BRC


Pe. Élcio José de Toledo – BRC


Pe. Emmanuel da Silva e Araújo – BRC


Pe. Luís Renato C. de Oliveria – BRC


11 Pe. Luís de Araújo Pinto Jr. – BNE


14 Pe. Inácio Luiz Rhoden – BRM


Pe. Jorge Álvaro Knapp – BRM


Pe. Paulo Tadeu Barausse – BRM


Pe. Roque Pedro Follmann – BRM


24 Ir. Benno Klein – BRM


Ir. Estanislau Rohden – BRM


28 Pe. Affonso Gessinger – BRM


MArçO

8 Pe. Shigemi (Miguel) Hirata – BNE


29 Pe. Setsuro (Silvestre) Horie – JPN/BAM



aniversários

JANeIrO

1 Pe. Arno Maldaner – BRM

Pe. Eliomar Ribeiro de Souza – BNE

Pe. Francisco de Assis R. Secchim – BNE

Pe. Inácio Neutzling – BRM

Ir. Laudelino Costa – BRM

Pe. Miguel de Oliveira M. Filho – BNE

2 Ir. Arquelino Xavier dos Santos – BAM

Pe. Carlos Palacio – BRC

Pe. Florêncio Lecchi – BNE

3 Pe. Washington da Silva Paranhos – BNE

5 Ir. Luiz Cláudio Rocha – BRC

6 Ir. David Manuel de Araujo – BNE

Ir. Francisco Fagundes – BRC

7 Esc. David José dos Santos – BRC

8 Pe. Edison de Lima – BRC

Ir. José Nelton A. Barbosa – BNE

Pe. Paulo Finkler – BRM

9 Pe. Cleomar Rebêlo de Oliveira – BAM

11 Pe. Luís Inácio Stadelmann – BRM

13 Ir. Manoel Moreira de Menezes – BRC

Ne. Paulo Henrique Carboni – BRM

14 Pe. Roque Schneider – BRM

16 Esc. André Luís de Araújo – BRC

17 Ir. Fernando Benedito Vieira – BRC

19 Pe. Geraldo A. Coelho de Almeida – BNE

20 Pe. Egídio Francisco Schmitz – BRM

Pe. José Paulino Martins – BRC

2 Esc. Cleiton Nery Santana – BNE

Pe. Guillermo A. C. Grisales – COL/BAM

22 Pe. Carlos Roberto Nascimento – BRC

23 Esc. David Soto Gómez – CHL

Pe. Geraldo Luiz De Mori – BNE

Esc. Mário Fernando Cabal - COL

24 Pe. João Darci John – BRM

Esc. João Elton de Jesus – BRC

25 Pe. José Ivo Follmann – BRM

Ir. José Paulo Hammes – BRM

Pe. Silvio Marques Sousa Santos – BAM

26 Esc. Adriano Luís Hahn – BRM

Pe. Ulpiano Vázquez Moro – BRC

27 Ir. Aloysio Melchior Persch – BRM

Pe. Arcides De Bastiani – BRM

Ir. German González Hernández – BRC

Pe. Luís Renato C. de Oliveira – BRC

28 Pe. Kiyti Kono – BRC

Ir. Lucemberg de Oliveira Lima – BRC

Ir. Tranquilo Fiametti – BRM

Ir. Ubiratan de Oliveira Costa – BNE

29 Pe. Edward J. Dougherty – BRC

Pe. Ricardo Torri de Araújo – BRC

31 Pe. Erinaldo Pedro da Silva – BNE

FeVereIrO

1 Ir. Amador Domingos de Souza – BNE

Pe. Carlos Giovanni Salomão – BRC

Pe. Ignacio Pérez Rodríguez – BRC

Ir. Ivaldo Aloysio Schuh – BRM

Pe. Jean Fábio Santana – BNE

Esc. José Antonio Rubio Aguilar – CAM

Esc. Marcos Furlan Venturini – BNE

2 Ir. Blásio Balduino Alles – BRM

3 Pe. Paulo Lisbôa – BRC

5 Esc. José Claudio da Silva Meireles – BNE

Pe. Pedro Sallet Filho – BRM

6 Ir. Edgar Armando Resende – BRC

Ir. Gianfranco Zanelli – BAM

8 Pe. Adilson de Almeida Santos – BAM

Pe. Valdeli Carvalho da Costa – BRC

9 Ir. Geraldo Luiz de Castro – BRC

10 Pe. Albano Ignacio Ternus – BRM

Pe. Felício Luiz Fritsch – BRM

Esc. Félix Tarquino Costa Lopes – BNE

Pe. Horácio Freire Silva – BAM

11 Pe. João Cláudio Rhoden – BRM

14 Esc. Diôgo Costa Fernandes – BRC

Pe. Jesús Hortal Sánchez – BRC

15 Pe. Eduardo Beltramini – BRC

16 Pe. Francisco Rinaldo Romanelli – BRC

17 Pe. José Nelson Knob – BRM

18 Pe. Spártaco Francesco Ciccotti – ITA/BRC

20 Pe. Miroslaw Matyja – PME/BRC

21 Pe. Marcos Augusto Brito Mendes – BNE

22 Pe. Harold J. Rahm – BRC

Esc. Javier Ignacio C. Meneghello - CHL


25 Pe. Luís Rossini – BAM

Pe. Nathan Joseph Stone – CHL

Ir. Paulo Carlos Eckert – BRM

Ir. Pedro Lima de Gouvêa – BRC

27 Pe. Adroaldo Palaoro – BRC

MArçO

1 Pe. Expedito J. F. Teles – BNE

3 Esc. Cyril Suresh – MDU

Pe. Luiz Araújo Pinto Jr. – BNE

4 Pe. Álvaro M. Pimentel – BRC

Esc. André B. de Oliveira – BRC

Pe. Casimiro A. Irala Arguello – PAR

Pe. Ruperto Antônio Jaeger – BRM

6 Pe. Cledinei C. de M. Cavalheiro – BRM

Esc. Edilberto de N. Brandão – BNE

7 Dom João Evangelista M. Terra – BRC

9 Esc. Christopher Staab - CHL/DET

Esc. José Luis Martínez - COL

Ir. José Maria Nascimento – BNE

10 Pe. Javier Pérez Enciso – BRC

11 Pe. Constantino G. García – BRC

Pe. Firmino Costa Martins – BNE

Ir. Jorge Luiz de Paula – BNE

Pe. Pedro Maione – BNE

12 Ne. Alex Jorge Braga Alves - BRC

13 Pe. Balduino Loebens – BRM

Pe. Bruno Schizzerotto – BAM

Pe. Geraldo Lacerdine Américo – BRC

Pe. Victor Götz – BRM

14 Pe. José F. Montenegro – BRM

17 Pe. Lauro Willy Barth – BRM

Pe. Manuel Madruga Samaniego – BRC

Ne. Paulo Henrique L. dos Santos - BRC

Pe. Salvador Sammut – BNE

18 Pe. Jacob Isidoro Schneider – BRM

19 Pe. José Alves Moreira Sobrinho – BNE

20 Ne. Lucas Maurício dos Santos - BRC

21 Esc. Ailsom José Salaroli – BNE

Ir. Estanislau Kroetz – BRM

22 Pe. Plutarco de Souza Almeida – BAM

23 Pe. Bahige Schahin – BRC

Ir. Oscar Roque Schneider – BRM

24 Ir. Francisco Vieira de Almeida – BNE

Pe. José Eduardo Martins – BRM

Ne. Lucas Vinicius S. Alves – BNE

25 Pe. Alfredo Ferro Medina – COL

Pe. José de Anchieta L. Costa – BNE

Pe. Marcelo Pereira da Costa – BNE

26 Pe. Alexandre Raimundo de Souza – BRC

Pe. João Schneider – BRM

Pe. Leopoldo Adami – BRM

27 Pe. César Augusto dos Santos – BRC

Pe. José Roque Junges – BRM

Pe. Mário Hisatugo – BRC

29 Pe. Luiz Fernando Rodrigues – BRM

Np. Odair José Durau – BRM

30 Pe. Agustin Calatayud Salom – BNE

31 Pe. Heribert Hammes – BRM

Pe. Hugo Ignacio Bersh – BRM

Pe. Luiz Arnaldo Sefrin – BRC

ABrIL

1 Pe. Ednaldo Rodrigues Vieira – BNE

Pe. Humberto Pietrogrande – BNE

Pe. Lino Stahl – JPN

Pe. Onofre Araújo Filho – BRC

2 Pe. Avelino Kaufmann – BRM

Pe. Luiz Pecci – BRC

Ir. Paulo Pimenta de Oliveira – BRC

4 Ne. Daniel dos Santos Lima – BAM

Ir. Ignacio Edgar John – BRM

Pe. José M. Fernandes Machado – BRC

5 Pe. Antônio Iasi Júnior – BRC

Esc. Luiz Carlos de Campos – BRM

Pe. Paulo Mello B. da Fonseca – BRM

6 Pe. Luis González-Quevedo C. – BRC

7 Pe. Pedro Canísio Schroeder – BRM

Pe. Raimundo Nonato Resende – BNE

Pe. Thierry Linard de Guertechin – BRC

8 Pe. Carlos Fritzen – BRC

Ir. Leo José Veit – BRM

10 Ir. Bertoldo Afonso Regert – BRM

Pe. Djailton Pereira da Silva – BNE

Esc. Leonel Gomes da Silva – BNE

11 Ne. Clevisson Rabelo Conceição - BAM

Pe. João Geraldo Kolling – BRM

Pe. Raul Pache de Paiva – BRC

12 Ir. Erick Souto Viana – BNE

13 Pe. José Carlos F. de Oliveira – BRC

Pe. José Flávio Monnerat Tardin – BRC

Pe. Valério Paulo Sartor – BRM

14 Pe. Alfredo Sampaio Costa – BRC

Pe. Anderson Antonio Pedroso – BRC

15 Esc. José Célio dos Santos – BNE

Pe. Kleber Barberino Chevi – BNE

aniversários

informativo da companhia de jesus no brasil

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