elucidário do acesso ao direito

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ELUCIDÁRIO DO ACESSO AO DIREITO [Inclui Procedimentos Uniformizados com a DGAJ, a DGPJ e o IGFEJ e a Aguardar Homologação do Ministério da Justiça] [Conselho Geral da Ordem dos Advogados] [Dezembro de 2013]

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  • ELUCIDRIO DO ACESSO AO DIREITO

    [Inclui Procedimentos Uniformizados com a DGAJ, a DGPJ e o IGFEJ e a Aguardar Homologao

    do Ministrio da Justia]

    [Conselho Geral da Ordem dos Advogados] [Dezembro de 2013]

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    ELUCIDRIO DO ACESSO AO DIREITO

    ndice Geral INTRODUO .................................................................................................................................................................... 2 CAPTULO I - PEDIDO DE HONORRIOS EM NOMEAO PARA PROCESSOS....................................... 3

    TTULO I - MOMENTO DO PEDIDO DOS HONORRIOS ............................................................................. 3 1. Trnsito em Julgado........................................................................................................................................... 3 2. Constituio de Mandatrio ............................................................................................................................ 4 3. Cessao de Funes ......................................................................................................................................... 5 4. Vicissitudes ........................................................................................................................................................... 5

    TTULO II FORMA DE LANAMENTO DO PEDIDO DE HONORRIOS............................................... 6 1. Espcie Processual ............................................................................................................................................. 6 2. Resoluo de Litgio Segundo a Portaria .................................................................................................... 9 3. Constituio de Mandatrio ............................................................................................................................ 9 4. Outras Situaes ................................................................................................................................................. 9 5. Sesses ................................................................................................................................................................. 10

    CAPTULO II PEDIDO DE HONORRIOS EM NOMEAO PARA ESCALAS ........................................ 12 CAPTULO III PEDIDO DE HONORRIOS POR RESOLUO EXTRAJUDICIAL DE LITGIOS...14 CAPTULO IV - DESPESAS .......................................................................................................................................... 14 CAPTULO V SUCESSO DE PATRONOS ........................................................................................................... 15 CAPTULO VI - EXTENSO DO APOIO JUDICIRIO ......................................................................................... 16 CAPTULO VII - MBITO DO APOIO JUDICIRIO ............................................................................................ 18 CAPTULO VIII - ACO EXECUTIVA E AGENTE DE EXECUO ................................................................ 19 CAPTULO IX PORTARIAS: APLICAO NO TEMPO ................................................................................... 19 CAPTULO X FUNCIONAMENTO DO SICAJ ....................................................................................................... 20

    PARECERES E RECOMENDAES ........................................................................................................................... 24

    1. Possibilidade de pagamento faseado dos emolumentos devidos com processo de divrcio ..... 24 2. Processo de rectificao de registo - (In)aplicabilidade do regime do apoio judicirio .............. 24 3. Qualificao quanto espcie dos Processos Tutelares Educativos. .................................................. 25 4. Natureza do prazo do art. 33, 1 da LAJ ...................................................................................................... 25 5. Aco Cvel inserta na Aco Penal - Processamento de Honorrios. ................................................ 25 6. Processo executivo com oposio e/ou liquidao com valor de aco inferior a 3.740,98 ... 27 7. Situao processual de arguidos no recorrentes - Trnsito em julgado ......................................... 28

    JURISPRUDNCIA ...........................................................................................................................................29

    1. DESPESAS ............................................................................................................................................................... 29 2. NOMEAO DE PATRONO -INTERRUPO DA PRESCRIO.............................................................. 29 3. ATRIBUIO DA CASA DE MORADA DE FAMLIA - (NO) INCIDENTE. ........................................... 29 4. PRAZO- NOMEAO DE PATRONO - NOTIFICAO................................................................................ 30 5. PATROCNIO OFICIOSO - SUBSTABELECIMENTO SEM RESERVA ...................................................... 30 6. HONORRIOS - DEFESA DE MAIS DO QUE UM ARGUIDO ...................................................................... 31 7. SUBSTITUIO DE DEFENSOR ........................................................................................................................ 31 8. DESPESAS DE DESLOCAO. ........................................................................................................................... 31 9. EXTENSO DO APOIO JUDICIRIO - LIBERDADE CONDICIONAL ....................................................... 31 10. PEDIDO DE APOIO JUDICIRIO - PROCESSO PENAL PRAZO .......................................................... 32 11. APOIO JUDICIRIO - ININVOCABILIDADE NOUTROS PROCESSOS .................................................. 32 12. PROMOO E PROTECO - ENCERRAMENTO DO PROCESSO ........................................................ 33 13. NOTIFICAO DO ARGUIDO - PRAZO DE INTERPOSIO DE RECURSO ....................................... 33 14. INSTRUO - FASE PROCESSUAL ................................................................................................................ 33 15. DESPESAS - CONTAGEM DE SESSES ........................................................................................................ 34 16. RECURSO - CONTINUIDADE DOS PRAZOS - VIOLNCIA DOMSTICA ............................................ 34 17. NOMEAO DE PATRONO - PRAZO PARA INSTAURAR A ACO.................................................... 34 18. TRNSITO EM JULGADO - ARGUIDOS NO RECORRENTES............................................................... 35 19. NOMEAO DE PATRONO - INTERRUPO DO PRAZO - OPOSIO EXECUO .................. 35 20. NOTIFICAO DO ARGUIDO - RECURSO PENAL - TRNSITO EM JULGADO ................................ 35 21. DISPENSA ESCUSA ......................................................................................................................................... 36 22. LEITURA DA SENTENA - ARGUIDO AUSENTE TRNSITO EM JULGADO ................................. 36 23. CMULO JURDICO TRIBUNAL COMPETENTE TRNSITO EM JULGADO ............................... 37 24. PENA DE PRISO REVOGAO AUDIO DO ARGUIDO ............................................................... 37

    NDCE TEMTICO .........................................................................................................................................38

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    ELUCIDRIO DO ACESSO AO DIREITO

    INTRODUO

    Com vista discusso e aprovao de um documento nico, que permitisse a uniformizao de procedimentos e a harmonizao de interpretaes, no que respeita a lanamentos no SinOA que tenham impacto no pagamento de honorrios e dependentes de confirmao na aplicao SICAJ, foi criado um Grupo de Trabalho integrado por representantes da Ordem dos Advogados e do Ministrio da Justia, designadamente da Direco Geral Administrao da Justia, da Direco Geral da Poltica da Justia e do Instituto de Gesto Financeira e Equipamentos da Justia, IP. Para o efeito, em Julho de 2012 a Ordem dos Advogados apresentou para homologao do Ministrio da Justia, um manual de uniformizao de procedimentos que se encontrava apto a ser distribudo aos Advogados inscritos no Sistema de Acesso ao Direito e aos Tribunais, o qual espelhava as matrias que mais dvidas lhes suscitavam e versadas nas aces de formao levadas a cabo pelo Conselho Geral com a colaborao do IAD. Era inteno inicial do Grupo de Trabalho (GT), aprovado que fosse o documento nico uniformizador, a Ordem dos Advogados disponibiliz-lo aos Advogados e a Direco Geral da Administrao da Justia aos Funcionrios Judiciais. Porm, concluiu-se que o documento apresentado pela Ordem dos Advogados era materialmente mais abrangente, uma vez que tambm tratava de questes sem relevncia para efeitos da validao de pedidos honorrios a levar a cabo pelos Senhores Funcionrios Judiais no SICAJ. Por outro lado, o documento destinado queles operadores judicirios tratava de procedimentos aos quais os Advogados so alheios e que incidem sobre o manuseamento e introduo de dados na plataforma SICAJ. Optou-se assim por se apresentar o presente Elucidrio versando todas as matrias que dizem respeito aos Advogados e no somente as relacionadas com o lanamento de honorrios, identificando-se porm, com a meno Procedimentos Uniformizados com o GT, as uniformizadas com o Ministrio da Justia e que igualmente sero objecto de incluso no manual a apresentar pela DGAJ aos Senhores Funcionrios Judiciais. Por ltimo, reconhece-se que as orientaes definidas neste Elucidrio, porque assentes em critrios jurdicos, podero, eventualmente, estar sujeitas a entendimentos divergentes por parte dos Advogados inscritos no Sistema de Acesso ao Direito e aos Tribunais, no entanto, constituem uma til ferramenta que visa essencialmente evitar estornos de pedidos de honorrios e acelerar o processo de validao dos mesmos.

    Elina Fraga Vice-Presidente do Conselho Geral da Ordem dos Advogados

    Sandra Horta e Silva Presidente do IAD

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    ELUCIDRIO DO ACESSO AO DIREITO

    CAPTULO I PEDIDO DE HONORRIOS

    EM NOMEAO PARA PROCESSOS

    Ttulo I MOMENTO DO PEDIDO DE HONORRIOS

    [Procedimentos Uniformizados com o GT]

    Nos termos e para os efeitos do disposto no n. 6 do artigo 25. da Portaria1 que regulamenta a Lei do Acesso ao Direito e aos Tribunais, vulgo Lei do Apoio Judicirio (LAJ) (...)nas nomeaes isoladas para processo, o pagamento da compensao efectuado quando ocorra o trnsito em julgado do processo ou a constituio de mandatrio.(...). No caso de nomeaes em lotes o facto gerador do direito compensao de 30% dos honorrios devidos pelo processo a atribuio do lote, no estando o Advogado dependente do trnsito em julgado para receber esse montante, sendo que aquele s releva, no momento em que forem peticionados os remanescentes 70% - n 3 do artigo 25 da Portaria.2 Existem ainda algumas situaes especficas que do origem a compensao, mas que sero analisadas autonomamente no presente Ttulo. O Captulo II trata do pagamento de honorrios por participao em escalas e o Captulo III do pagamento de honorrios por resoluo extrajudicial de litgios.

    1. TRNSITO EM JULGADO [Procedimentos Uniformizados com o GT]

    Considera-se transitada em julgado a deciso que no seja susceptvel de recurso ordinrio ou reclamao. O momento do trnsito em julgado do processo a que se refere a Portaria, dever ser entendido como aquele em que proferida uma deciso que ponha termo ao processo. 1.1. PROCESSO PENAL - O prazo de trnsito em julgado conta-se a partir da data do depsito da sentena na secretaria judicial. 1.2. PROCESSO CVEL E LABORAL Conta-se o trnsito em julgado a partir da data da notificao da sentena. 1. 3. CASO AS PARTES DECLAREM QUE PRESCINDEM DO PRAZO DE RECURSO - Sendo a renncia vlida e expressamente reconhecida nos termos legais, a deciso transita imediatamente em julgado (artigo 632 do CPC).

    1 1 Portaria n 10/2008, de 3 de Janeiro, com a redaco dada pela Portaria n 2010/2008, de 29 de

    Fevereiro alterada e republicada pela Portaria n. 654/2010 de 11 de Agosto e alterada pela Portaria n

    319/2011 de 30 de Dezembro que regulamenta a Lei do Acesso ao Direito e adiante designada por Portaria. 2 (...) caso o profissional forense se encontre inscrito em lote de processos, o pagamento da compensao efectuado nos seguintes moldes:

    a) Pagamento de 30 % do valor, tendo em conta apenas o procedimento em 1. instncia, de cada processo

    inserido no lote, no momento da atribuio do lote;

    b) Pagamento do remanescente da compensao devida pelo processo especfico, quando ocorra o trnsito

    em julgado do processo ou a constituio de mandatrio;.

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    ELUCIDRIO DO ACESSO AO DIREITO

    1.4. PROCESSOS URGENTES - O trnsito em julgado de 15 dias - (artigo 638 n 1 do CPC).3 1.5. PROCESSO DE INSOLVNCIA - Prosseguindo o processo com a declarao de insolvncia, o mesmo termina com o encerramento decorrente de uma das causas constantes do ttulo XI do CIRE e os honorrios so pedidos com o trnsito em julgado desse despacho de encerramento. No entra no cmputo do trnsito, o perodo de cesso de cinco anos respeitante ao pedido de exonerao do passivo restante porquanto ocorre j aps o encerramento do processo (conforme resulta do prembulo do CIRE).4 1.6. PROCESSOS DE EXECUO SEM E COM DEDUO DE OPOSIO E/OU LIQUIDAO - O pedido de honorrios dever ser efectuado na plataforma SinOA, com o trnsito em julgado da deciso que extinga a aco executiva (e no com o despacho/sentena que decida sobre a oposio/liquidao, caso se verifique nos autos). 1.7. NO CASO DE SUSPENSO PROVISRIA DE PROCESSO CRIME - O Processo termina com o trnsito em julgado do despacho que declara cumpridas as injunes e/ou regras de conduta impostas ao arguido. 1.8. NO CASO DE IMPOSSIBILIDADE DE NOTIFICAO A ARGUIDO AUSENTE - O prazo para o cmputo do trnsito em julgado contado a partir da data do depsito da sentena na secretaria, sempre que o arguido faltando leitura da sentena, tenha comparecido na sesso de audincia de julgamento na qual foi notificado da data da respectiva leitura, bem como, no caso em que o arguido consinta na realizao da audincia in totum na sua ausncia.5

    E ainda quando no comparecendo em nenhuma sesso de audincia de julgamento, nem leitura de sentena, o arguido venha a final a ser absolvido. 1.9. ARGUIDOS NO RECORRENTES - Deve ter-se como transitada em julgado a deciso relativa ao arguido condenado no recorrente, nos termos em que se vem firmando a jurisprudncia do Supremo Tribunal de Justia.6 1.10. OUTRAS SITUAES - Em todas as decises que no admitam recurso, deve o Advogado aguardar 10 dias pois poder haver lugar a pedido de reforma da sentena, reclamao ou arguio de nulidades - (artigos 615, 616 e 628 do CPC).

    2. CONSTITUIO DE MANDATRIO [Procedimentos Uniformizados com o GT]

    3 Ver ponto 16. da Jurisprudncia- Pg. 34 4 O princpio geral nesta matria o de poder ser concedida ao devedor pessoa singular a exonerao dos crditos sobre a insolvncia que no forem integralmente pagos no processo de insolvncia ou nos

    cinco anos posteriores ao encerramento deste. 5 Ver pontos 20. e 22. da Jurisprudncia Pg. 35 e 36 6 Ver Despacho n 4/2008 da Procuradoria-Geral Distrital do Porto - Pg. 28 e ponto 18. e 20. da

    jurisprudncia -Pg. 35

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    O facto gerador do direito compensao a constituio de mandatrio, bastando tal constituio estar admitida por despacho judicial nos autos, no sendo necessria a notificao ao Patrono/Defensor do despacho de cessao de funes.

    3. CESSAO DE FUNES [Procedimentos Uniformizados com o GT]

    3.1. CANCELAMENTO DA PROTECO JURDICA - O cancelamento da proteco jurdica ocorre sempre que o beneficirio e/ou o seu agregado familiar adquirirem meios suficientes para poder dispens-la, nos termos do disposto no artigo 10, n 1, alnea a) da LAJ. A deciso de cancelamento da Proteco Jurdica dever ser comunicada ao Tribunal e Ordem dos Advogados (n 5 do art. 10. da LAJ), devendo estas entidades notificar o Patrono nomeado. O lanamento do pedido de compensao na plataforma informtica SinOA dever ser efectuado com o trnsito em julgado do despacho que determinou a cessao de funes e motivou o cancelamento da proteco jurdica. 3.2. MORTE DO BENEFICIRIO NA PENDNCIA DA ACO - Dever ser adoptado, em caso de Morte do Beneficirio na pendncia da aco, igual procedimento ao exposto em 3.1., verificados que estejam os circunstancialismos da alnea a) do artigo 11 da LAJ. No entanto, a Morte do Beneficirio antes da propositura da aco constitui uma vicissitude que no d lugar a pagamento de honorrios. 3.3. (DES)APENSAO DE PROCESSOS - Caso o processo seja apenso a outro onde j exista Patrono/Defensor nomeado este ltimo que se mantm nos autos, cessando funes o Patrono/Defensor que viu o seu processo ser apensado. Os honorrios sero pedidos com o trnsito em julgado do despacho de cessao de funes. 3.4. SUCESSO DE PATRONOS A matria respeitante compensao em caso de sucesso de Patronos tratada no Ttulo III.

    4. VICISSITUDES

    4.1. INVIABILIDADE DA PRETENSO - Em caso de inviabilidade da pretenso dever ser criada a respectiva vicissitude na plataforma informtica SinOA, que gera um pedido de pagamento no montante de 1 UR. A inviabilidade da pretenso s opera em casos de nomeao para propositura de aco, no se aplicando aos casos em que o Advogado nomeado para contestar/impugnar aces judiciais. 4.2. COMPENSAO DE VICISSITUDES - Nos termos do art. 25, n 7, da Portaria, s a Vicissitude Inviabilidade da aco, gera um pedido de pagamento, sendo que nas demais no h lugar a qualquer compensao.

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    ELUCIDRIO DO ACESSO AO DIREITO

    TTULO II FORMA DE LANAMENTO DO PEDIDO DE HONORRIOS

    [Procedimentos Uniformizados com o GT]

    Transitado em julgado um processo, os honorrios so pedidos de acordo com a sua espcie/forma, sendo que o SinOA reproduz todas as espcies processuais elencadas na Tabela de Honorrios Anexa Portaria n 1386/2004 de 10 de Novembro. A ferramenta informtica a utilizar ser Trnsito em Julgado ou, caso se esteja perante uma das situaes previstas no artigo 25 n 4 da Portaria que regulamenta a Lei do Acesso ao Direito, Resoluo de Litgio Segundo a Portaria.

    1. ESPCIE PROCESSUAL [Procedimentos Uniformizados com o GT

    com excepo do ponto 1.8. ]

    1.1. A INDICAO VALOR DE ESPCIE OU VALOR DE ACO INCORRECTO - A Tabela de honorrios est em conformidade com a verso da LOFTJ que vigorou at 31 de Dezembro de 2007 e que dispunha que em matria cvel, a alada dos tribunais da Relao era de 14.963,94 e a dos tribunais de 1. instncia, de 3.740,98. A sua reviso motivou a alterao das aladas para 30.000,00 e 5.000,00 , respectivamente7. A indicao Valor de Espcie Processo ou Valor da Aco Incorrecto ocorre porque o SinOA encontra-se configurado com a verso constante da Tabela Anexa Portaria n 1386/2004 de 10 de Novembro que no atende nova verso. Sempre que por desconformidade entre a espcie e o valor da aco no SinOA seja apresentada a mensagem Valor de Espcie Processo ou Valor da Aco Incorrecto, o Advogado, ao efectuar o lanamento de honorrios, dever optar por indicar o real valor da aco que patrocina e alterar a forma do processo para poder receber o valor dos honorrios a que efectivamente tem direito. Tal soluo decorre do facto dos honorrios tabelarmente fixados atenderem essencialmente ao valor da aco e no tanto forma do processo. No mbito das alteraes legislativas decorrente da entrada em vigor do NCPC, a nova aco declarativa comum, para efeitos de compensao, encontra equivalncia na aco declarativa, inserida nos pontos 1 ao ponto 1.1.3, sendo os honorrios processados tendo em conta os valores da aco ali mencionados. 1.2. EXECUES COM OPOSIO E/OU LIQUIDAO EM QUE O VALOR DA ACO SEJA INFERIOR A 3.740,98 - Devido desconformidade existente entre a Tabela de Honorrios (que o SinOA reproduz) e o valor da aco para as aces executivas, os Advogados no conseguem inserir no SinOA um valor de aco inferior a 3.740,98 . Assim, sempre que pretendam requerer o pagamento da compensao devida por interveno em processos executivos nos quais exista oposio e/ou liquidao e cujo valor da aco seja inferior a 3.740,98 , devero colocar obrigatoriamente como valor de aco o mnimo admissvel que 3.740,98 .

    7 Lei de Organizao e Funcionamento dos Tribunais Judiciais, em matria de aladas, dispe no seu art.

    31 n 1 que Em matria cvel, a alada dos tribunais da Relao de (euro) 30 000 e a dos tribunais de

    1. instncia de (euro) 5000.

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    A estes processos ir corresponder uma compensao de 8 URS, mnimo previsto para aces executivas com oposio e/ou liquidao. De referir que nas execues sem oposio/liquidao os advogados so compensados com 7 URS.8 Quando o ttulo executivo for uma sentena, e exista cumulao de pedidos, conjuntos ou autnomos, a que alude o art. 710. do Cdigo de Processo Civil, na redaco da Lei n. 41/2013, de 26 de Junho, as compensaes so calculadas individualmente, consoante cada um dos fins da execuo, que podem consistir no pagamento de quantia certa, na entrega de coisa certa ou na prestao de um facto, quer positivo quer negativo cfr. n. 6 do art. 10. do Cdigo de Processo Civil, na redaco da Lei n. 41/2013, de 26 de Junho. 1.3. HONORRIOS POR PROCESSOS EXECUTIVOS COM DEDUO DE OPOSIO E/OU LIQUIDAO - O pedido de honorrios dever ser efectuado na plataforma SinOA, com o trnsito em julgado da aco executiva, atravs da opo aco executiva, com deduo de oposio ou liquidao (cf. ponto 1.2.1 da Tabela Anexa Portaria) e no com o trnsito em julgado da oposio/liquidao. Havendo oposio e liquidao no devero ser criados apensos no SinOA, isto porque como se infere da Tabela de Honorrios, nesta j se prev o montante a pagar de honorrios sem e com aqueles incidentes. 1.4. ACES ESPECIAIS NO PREVISTAS NA TABELA DE HONORRIOS - O SinOA prev todas as espcies processuais contempladas na Tabela anexa Portaria n 1386/2004, de 10 de Novembro. Consequentemente, no que aos processos especiais respeita, apenas encontram consagrao especfica na plataforma informtica, todos os processos previstos no n. 4 da referida Tabela. Os processos que no se encontrem contemplados especificamente na Tabela anexa referida Portaria inserem-se na plataforma informtica SinOA, no item "outras intervenes de patrono oficioso". (Ex.: Reviso de Sentena Estrangeira, Processo Especial de Revitalizao, Inabilitao, Interdio). 1.5. PROCESSOS TUTELARES EDUCATIVOS - No tocante espcie processual, os Processos Tutelares Educativos devem ser qualificados como Processos de Jurisdio de Menores.9 1.6. HONORRIOS EM PROCESSO CRIME QUE TERMINAM NA FASE DO INQURITO OU DA INSTRUO - No caso de arquivamento dos autos, sem que seja proferido despacho de acusao pblica ou particular, ou nos casos em que requerida a instruo esta venha a culminar num despacho de no pronncia, os honorrios so pedidos como Outras Intervenes de Patronos Oficiosos. O mesmo ocorre quando haja suspenso provisria do processo e o mesmo seja arquivado aps cumprimento das injunes impostas ao arguido ou ainda quando exista desistncia de queixa. Os honorrios so devidos com a nomeao, mesmo que o processo seja arquivado sem interveno processual do Advogado visvel nos autos.

    8 Recomendao n 2 do IAD Pg. 27 9 Parecer n 1 do IAD Pg. 25

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    1.7. HONORRIOS POR PEDIDO DE INDEMNIZAO CVEL - O sistema no permite a cumulao de pedidos no mesmo processo AJ pelo que o Advogado dever criar o processo cvel atravs da ferramenta Apenso/Recurso. O pedido formulado nos termos da Recomendao n 1 do IAD (pg. 24). 1.8. HONORRIOS POR DILIGNCIAS EFECTUADAS APS TRNSITO EM JULGADO A posio dos organismos do Ministrio da Justia que integram o GT, da qual se discorda e neste sentido no se logrou um entendimento com vista uniformizao, que o cmulo jurdico e o incidente de revogao da suspenso da pena de priso constituem diligncias efectuadas depois do trnsito em julgado, as quais no merecem acolhimento para efeitos de compensao de honorrios, para alm das sesses efectuadas. Para o IAD so consideradas diligncias aps trnsito para efeitos de processamento de honorrios, o processo autnomo de cmulo jurdico10 e o incidente de revogao da suspenso da pena de priso11. O primeiro dever ser pedido como Outras Intervenes de Patrono Oficioso e o segundo como Incidente. Como se tratam de processos que correm enxertados e o sistema no permite a cumulao de pedidos no mesmo processo AJ, o Advogado dever criar o processo atravs da ferramenta Apenso/Recurso. 1.9. HONORRIOS POR PROCESSO DE DIVRCIO CONVOLADO EM DIVRCIO POR MTUO CONSENTIMENTO A espcie processual Divrcio e Separao de pessoas e bens, aco litigiosa e caso a convolao tenha ocorrido antes da audincia de discusso e julgamento, os honorrios so pedidos atravs da ferramenta Resoluo de Litgio Segundo a Portaria. 1.10. PER E INSOLVNCIA Sendo um Advogado nomeado para um Processo Especial de Revitalizao dever pedir honorrios por Outras Intervenes de Patronos Oficiosos com o despacho que determina o seu encerramento. Porm, se encerrar sem a aprovao de plano de recuperao e o processo especial de revitalizao for convertido em processo de insolvncia, o Advogado mantm-se nomeado para este. Como o sistema no permite a cumulao de pedidos no mesmo processo AJ, dever criar o processo de insolvncia atravs da ferramenta Apenso/Recurso. 1.11. PROCESSOS QUE CORREM SEUS TERMOS NOS JULGADOS DE PAZ Devero ser pedidos honorrios como Outras intervenes de patronos oficiosos12

    1.12. PEDIDO DE HONORRIOS POR RECURSOS/IMPUGNAES PARA TRIBUNAL DE DECISES ADMINISTRATIVAS QUE VIEREM A SER REPARADAS: Nestes casos e porque o processo no remetido a tribunal, os honorrios so pedidos como Outras Intervenes de Patrono Oficioso. 1.13. ACO DO RECONHECIMENTO DA EXISTNCIA DE CONTRATO DE TRABALHO: O art. 5. da Lei n. 63/2013, de 27 de agosto, em vigor desde o dia 1 de Setembro, veio aditar ao Cdigo de Processo de Trabalho os art. 186.-K a

    10 Ver Ponto 23. da Jurisprudncia Pg. 37 11 Ver Ponto 24. Da Jurisprudncia Pg. 37 12 Ofcio circular conjunto da DGPJ e do IGFEJ, I.P. n. 36/GDG/2013, de 1 de Fevereiro de 2013.

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    186.-R, criando para o efeito uma nova espcie de aco Aco do reconhecimento da existncia de contrato de trabalho. Na actual tabela de honorrios, no que aos processos do Trabalho respeita, referem-se os pontos 2.1. a 2.1.3, por referncia aco declarativa. Resulta da leitura dos novos art. 186.-K e seguintes, que a respectiva tramitao, segue, em regra, os termos da ao declarativa. Assim, relativamente Aco do reconhecimento da existncia de contrato de trabalho, para efeitos de honorrios deve atender-se aos valores dos pontos 2.1. a 2.1.3 da tabela de honorrios.

    2. RESOLUO DE LITGIO SEGUNDO A PORTARIA [Procedimentos Uniformizados com o GT]

    Podem ser lanados pedidos de pagamento no item Resoluo de Litgio Segundo a Portaria, caso haja resoluo do litgio que ponha termo ao processo, nos seguintes casos: a) Desde que o acordo ou desistncia ocorram antes da audincia de discusso e julgamento. No h lugar a compensao caso o acordo seja celebrado no dia da audincia de discusso e julgamento ou a desistncia efectuada nesta diligncia; b) E, tratando-se de processo penal, alm da exigncia referida no ponto anterior, desde que tenha havido acusao.

    3. CONSTITUIO DE MANDATRIO [Procedimentos Uniformizados com o GT]

    Se a constituio de mandatrio ocorrer antes da nomeao de Advogado ter que ser criada a vicissitude Dar sem efeito a nomeao. Caso tenha ocorrido aps a nomeao de patrono/defensor h que distinguir trs situaes: a) O patrono/defensor no teve interveno processual, limitando-se por exemplo, a consultar os autos ou prestar consulta ao beneficirio: -lhe atribudo a ttulo de honorrios 1 UR; b) Caso tenha tido interveno processual, nomeadamente, apresentando requerimentos nos autos ou intervindo nalguma diligncia, -lhe atribudo a ttulo de honorrios 4 UR; c) Mediante requerimento, o montante previsto para os actos ou diligncias em que comprovadamente participou at ao limite correspondente ao valor dos honorrios aplicveis ao processo em causa, situaes que ocorrem por exemplo, nos casos em que o beneficirio constitui mandatrio s para a leitura da sentena ou para a interposio do recurso. O requerimento dever ser dirigido ao Secretrio Judicial do Tribunal que valida o processo (estas informaes constam duma janela do SinOA que abre aquando a seleco deste tipo de pedido).

    4. OUTRAS SITUAES

    [Procedimentos Uniformizados com o GT] 4.1. HONORRIOS PELA INSTRUO - Sendo a instruo uma fase eventual ou facultativa do processo penal, submetida que foi a causa a julgamento, os honorrios so pedidos a final com o trnsito em julgado da sentena que for

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    proferida pelo Tribunal de Julgamento, no dando a instruo origem a pagamento autnomo de honorrios.13 Porm, se um processo termina na fase da Instruo, os honorrios devero ser lanados no SinOA como Outras Intervenes de Patronos Oficiosos. 4.2. HONORRIOS POR VRIAS DEFESAS ASSEGURADAS PELO PATRONO/DEFENSOR NO MESMO PROCESSO JUDICIAL - Os honorrios so processados em funo da natureza do processo/aco, pelo que, o nmero de defesas efectivamente asseguradas num determinado processo, no tem qualquer repercusso para a fixao de honorrios (cf. artigos 25., 26. e 28. da Portaria). Sendo o mesmo defensor nomeado a vrios beneficirios, constando essa nomeao no SinOA, os honorrios sero pedidos num dos Processos, devendo-se terminar os demais atravs da funcionalidade Terminar Processo Sem Pagamento com o termo do processo e no antes, para o caso do Patrono/Defensor pretender pedir escusa/dispensa ou pretender recorrer quanto a um deles.14 4.3. INCIDENTES - Os incidentes encontram-se tipificados na lei, existindo vasta legislao anotada, doutrina e jurisprudncia onde se poder recolher informao sobre os diversos incidentes processuais existentes no ordenamento jurdico. Os incidentes so objecto de remunerao autnoma e so peticionados da seguinte forma: a) - Se o incidente correr por apenso ao processo principal - No SinOA dever igualmente ser criado um apenso e os honorrios pedidos pela espcie "Incidentes Processuais", com o trnsito em julgado do despacho/sentena que conhea do incidente onde o Advogado teve interveno processual (e mesmo que o processo principal siga os seus termos.) b) - Se o incidente correr enxertado no processo principal - Os honorrios sero pedidos com o trnsito em julgado do processo principal, colocando-se o nmero de incidentes onde o Advogado teve interveno no campo N de Incidentes Processo da plataforma informtica. c) - Se o incidente correr enxertado no processo principal que j se encontra findo - O sistema no permite a cumulao de pedidos no mesmo processo AJ pelo que o Advogado dever criar o incidente onde teve interveno processual atravs da ferramenta Apenso/Recurso. 4.4. DESLOCAES A ESTABELECIMENTO PRISIONAL Integram o conceito de estabelecimento prisional, os centros educativos, os estabelecimentos onde esto abrigadas as vtimas de violncia domstica, os domiclios dos presos domicilirios e os hospitais psiquitricos.

    5. SESSES [Procedimentos Uniformizados com o GT

    com excepo do ponto 5.6. ]

    5.1. NOO DE SESSO E DE DILIGNCIA - Sesso toda e qualquer diligncia que implique a presena de magistrado, ou, quando a prtica do acto tenha sido delegada, de rgo de polcia criminal (OPC) ou de Funcionrio Judicial.

    13 Ver ponto 14. da Jurisprudncia- Pg. 33 14 Ver ponto 6. da Jurisprudncia- Pg. 31

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    ELUCIDRIO DO ACESSO AO DIREITO

    Diligncia o acto que pode corresponder a mais que uma sesso, em razo da natureza do mesmo e do tempo que despendido com a sua realizao. 5.2. SESSES EFECTUADAS COM SUBSTABELECIMENTO O n 1 do artigo 35. da Lei n 34/2004, de 29 de Julho, alterada e republicada pela Lei n 47/2007 de 28 de Agosto permite substabelecer, com reserva, para determinada diligncia. Compete ao Advogado regularmente nomeado no SinOA (Advogado substitudo) requerer a totalidade dos honorrios, a que tem direito, e remunerar o Advogado em quem substabeleceu (Advogado substituto) - n 2 do artigo 35. Assim sendo, so contabilizadas as sesses efectuadas por Advogado com substabelecimento. 5.3. LEITURA DE SENTENA So contabilizadas as sesses efectuadas para leitura da sentena. 5.4. ADIAMENTOS EM COTA O adiamento consignado em acta ou em cota no processo, de sesso adiada no momento em que o Advogado estava presente no Tribunal, deve dar lugar a pagamento."15 A sesso adiada dever ser contabilizada se os Advogados regularmente notificados compareceram na diligncia e foram informados verbalmente pelo Sr. Funcionrio Judicial do adiamento da mesma. Sempre que o Advogado se deslocar ao Tribunal para diligncia agendada e a mesma no tenha lugar, nomeadamente, por motivos de greve, dever diligenciar junto do Sr. Funcionrio Judicial para que abra cota ou concluso no processo na qual conste que o Advogado esteve presente no Tribunal. 5.5. CONTABILIZAO DAS SESSES - No Ponto 9 da Tabela anexa Portaria n 1386/2004, de 10 de Novembro l-se: Quando a diligncia comporte mais de duas sesses, por cada sesso a mais o Advogado tem direito a uma compensao de 3 URS. A plataforma SinOA est a ser adaptada para contemplar as diferentes fases processuais, por forma a que o Advogado apenas tenha que introduzir todas as sesses realizadas em cada uma delas, sendo o prprio sistema a efectuar a contabilizao automtica e a subsumir as 2 sesses em cada uma das fases. Essa adaptao implicar tambm alteraes nas aplicaes SPAJ e SICAJ. Enquanto esta interveno no estiver concretizada ter que ser o Advogado a introduzir no sistema todas as sesses de julgamento, s quais acrescero somente as sesses de cada uma das demais fases processuais que excedam o nmero de duas. Por exemplo, se o profissional forense intervier em 2 assistncias a arguido na fase de inqurito, em 4 sesses de debate instrutrio na fase de instruo, e em 3 sesses na fase de Julgamento, o profissional forense dever introduzir no SinOA, 3 sesses de julgamento e 2 sesses da fase de instruo (nmero que excede as duas sesses automaticamente contabilizadas no sistema). No ir contabilizar nenhuma sesso da fase de inqurito uma vez que no foram excedidas as duas sesses. Assim, no pedido de pagamento de honorrios dever o profissional forense introduzir 5 sesses.

    15 Pgina 15 do Relatrio da DGAJ "Auditoria ao pedido de pagamento de honorrios devidos pelo apoio

    judicirio relativos ao 1 Trimestre de 2011"

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    ELUCIDRIO DO ACESSO AO DIREITO

    5.6. SESSES INTERROMPIDAS - Caso a sesso se tenha iniciado no perodo da manh, tenha sido interrompida e se prolongue pelo perodo da tarde, devero ser contabilizadas duas sesses.16 A posio dos organismos do Ministrio da Justia que integram o GT, da qual se discorda e neste sentido no se logrou um entendimento com vista uniformizao, que quando a sesso seja iniciada no perodo da manh, tenha sido interrompida, por exemplo, para almoo, e se prolongue pelo perodo da tarde, dever ser contabilizada uma s sesso.

    CAPTULO II PEDIDO DE HONORRIOS EM NOMEAO PARA ESCALAS17

    1. NOMEAO PARA O ACTO E NOMEAO PARA O PROCESSO [Procedimento Uniformizado com o GT] - Quando, no mbito de uma escala, os Advogados so chamados para assistir um arguido num interrogatrio judicial, junto do Ministrio Publico ou num interrogatrio no judicial, junto dos rgos de polcia criminal, devero apurar se a nomeao se mantm para os actos subsequentes do processo ou se trata de uma nomeao para o acto. Da leitura do artigo 3. da Portaria, resulta que a regra a da nomeao para o processo. A nomeao para o acto, somente nas seguintes situaes: a) Quando haja mandatrio constitudo e tenha faltado; b) Quando o arguido declara que pretende constituir mandatrio (ateno forma da declarao que tem de estar documentada na acta/auto para salvaguarda do Advogado); c) Quando o defensor nomeado falte justificadamente; d) Quando se trata da nomeao para uma carta precatria. O que jamais dever ocorrer o Advogado, a partir da mesma diligncia, criar a nomeao para acto isolado e aps, a nomeao para o processo. 2. INTRODUO NO SINOA DE NOMEAO PARA O ACTO E RESPECTIVO PAGAMENTO [Procedimento Uniformizado com o GT] - A introduo da escala na plataforma informtica SinOA, de acordo com o disposto na alnea e) do artigo 10. do Regulamento dever ser efectuada no prazo de 5 (cinco) dias, atravs da opo Sim, SEM nomeao para o processo. Em matria de compensao devida pela interveno do Advogado, na interveno ocasional ou isolada ser-lhe- fixado o valor de 3UR (ponto 10 da Tabela anexa Portaria). 3. INTRODUO NO SINOA DE NOMEAO PARA O PROCESSO E RESPECTIVO PAGAMENTO18 [Procedimento Uniformizado com o GT] A introduo da escala na plataforma informtica SinOA dever igualmente obedecer ao prazo de 5 (cinco) dias, atravs da opo Sim, COM nomeao para o processo. O processamento do pagamento faz-se nos seguintes termos:

    16 Ver Nota Informativa do IAD n 6 que pode ser consultada na pgina do IAD no portal da Ordem dos

    Advogados. 17 Matria tratada no Boletim n 2 do IAD que pode ser consultado na pgina do IAD no portal da Ordem

    dos Advogados. 18 Ver Nota Informativa n 2 do IAD e respectivos casos prticos que pode ser consultada na pgina do

    IAD no portal da Ordem dos Advogados.

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    ELUCIDRIO DO ACESSO AO DIREITO

    - Se a interveno do Advogado no se esgota no dia da escala, cria o processo na plataforma informtica e aufere a final a compensao que tabelarmente corresponde aco onde teve interveno - n 3 do artigo 26 da Portaria n. 10/2008 de 3 de Janeiro; - Se a interveno do Advogado se esgota no dia da escala, opera para efeitos de compensao o disposto no artigo 5 da Portaria n. 1386/2004, de 10 de Novembro: a) Quando, no mesmo perodo da manh ou da tarde, o advogado, advogado estagirio ou solicitador intervier em mais de um processo, os honorrios so limitados ao montante da remunerao mais elevada prevista para os processos em que nesse perodo tiver intervindo (sublinhado nosso) - n 1 do artigo 5 da Portaria n. 1386/2004, de 10 de Novembro. b) Quando, durante um mesmo dia, todas as intervenes se limitarem a processos sumrios, sumarssimos, de transgresso ou contraveno de natureza penal, os honorrios so limitados ao montante da remunerao mais elevada prevista para estes processos, qualquer que tenha sido o nmero efectivo de intervenes (sublinhado nosso) - n 2 do artigo 5 da Portaria n. 1386/2004, de 10 de Novembro. 4. PAGAMENTO DE HONORRIOS POR DEFESA DE MULTIPLOS ARGUIDOS/BENEFICIRIOS [Procedimento Uniformizado com o GT] - Os honorrios do defensor/patrono so processados tendo como referncia o tipo de processo/aco, pelo que, o nmero de defesas efectivamente asseguradas, num determinado processo, no tem qualquer repercusso para a fixao de honorrios (cf. artigos 25., 26. e 28. da Portaria). 5. NOMEAES AD-HOC - A nomeao dos Advogados no mbito do Sistema de Acesso ao Direito da exclusiva competncia da Ordem dos Advogados. dever do advogado recusar a nomeao para acto ou diligncia efectuada em desconformidade com a designao feita pela Ordem dos Advogados constante da lista de escalas de preveno de Advogados ou sem recurso ao sistema gerido pela Ordem dos Advogados (SinOA) - alnea c) do artigo 10 do ROFSADT19 6. PEDIDOS DE SUBSTITUIO EM ESCALA - O pedido de substituio efectuado informaticamente na plataforma SinOA e ter de ocorrer com uma antecedncia mnima de 48 horas em relao data da escala, recair em Advogado da mesma Comarca tambm inscrito em escalas, s se tornando efectivo depois de ser validado pela Ordem dos Advogados e aceite pelo colega substituto. Aps, tudo se processa como se o Advogado substituto estivesse de escala, o qual fica responsvel pelas diligncias para que for nomeado, pelos respectivos processos, tendo direito a receber as compensaes e honorrios que forem legalmente devidos. 7. NOMEAES EFECTUADAS NO PERODO DA MANH PARA DILIGNCIA QUE SE REALIZA DA PARTE DA TARDE [Procedimento Uniformizado com o GT] Com as recentes alteraes ao CPP, esta tem sido uma prtica frequente. Nos

    19

    Regulamento n. 330-A/2008 - Regulamento de Organizao e Funcionamento do Sistema de Acesso

    ao Direito e aos Tribunais na Ordem dos Advogados, publicado no Dirio da Repblica, 2. Srie, n. 120,

    Suplemento de 24 de Junho de 2008, com as alteraes introduzidas pela Deliberao do Conselho Geral

    n 1733/2010, publicada no Dirio da Repblica, 2. srie n. 188, Suplemento de 27 de Setembro de

    2010.

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    ELUCIDRIO DO ACESSO AO DIREITO

    processos sumrios em que a nomeao efectuada de manh e o Advogado realiza o julgamento da parte da tarde, dever considerar-se nomeado para o processo, pois no se trata de uma interveno para o acto, sendo que inclusivamente poder vir a recorrer da deciso. Caso tenha interveno em mais do que um processo, regem as regras de contabilizao dos processos em escala explicitado no ponto 3. S no ser assim naqueles casos em que por exemplo, faltando o mandatrio do arguido, o Advogado nomeado de manh ter de regressar ao Tribunal tarde para continuao da audincia. Aqui dever contabilizar a escala em dobro.

    CAPTULO III PEDIDO DE HONORRIOS POR

    RESOLUO EXTRAJUCIAL DE LITGIO [Procedimento Uniformizado com o GT]

    A resoluo extrajudicial de litgio ser paga nos termos do Ponto 13. da Tabela anexa Portaria n 1386/2004, de 10 de Novembro. Para o efeito, dever o Advogado, aps a insero de dados no SinOA, enviar o acordo celebrado entre as partes, bem como, o despacho de concesso de apoio judicirio e o despacho de nomeao de patrono proferidos pelo ISS,IP e pela Ordem dos Advogados, respectivamente, para o correio electrnico a ser criado pelo IGFEJ, a fim deste validar o pedido de honorrios. O pedido de pagamento por resoluo extrajudicial de litgio no se aplica a nomeaes para consulta jurdica. Por outro lado, o apoio judicirio no se estende a eventuais futuras aces que decorram do incumprimento dos acordos celebrados, devendo o beneficirio requerer novo apoio judicirio junto do ISS,IP.

    CAPTULO IV DESPESAS

    1. QUAIS AS DESPESAS ELEGVEIS PARA EFEITOS DE PAGAMENTO:

    * Se optar por deslocaes pagas ao quilmetro no sero pagas portagens e parqueamentos

    TIPO DE DESPESA SIM NO Correio (Factura/Recibo) X Telecomunicaes - SMS, Telefone, Telefax (factura detalhada) X Carregamento de telemvel pr-pago X Fotocpias (Factura/Recibo) X Toner e Resmas de papel X Alimentao X Deslocaes dentro da Comarca (Nomeaes at 31/08/2010) X Deslocaes fora da Comarca (Nomeaes at 31/08/2010) X Portagens + Parqueamento (Nomeaes at 31/08/2010) * * Deslocaes dentro da Comarca (Nomeaes aps 31/08/2010) X Deslocaes fora da Comarca (Nomeaes aps 31/08/2010) ** X Portagens + Parqueamento (Nomeaes aps 31/08/2010) X

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    ELUCIDRIO DO ACESSO AO DIREITO

    ** S so pagas deslocaes fora da Comarca quando na comarca de destino no existir Advogado inscrito no Acesso ao Direito ou o nmero existente seja insuficiente, sendo necessrio nomear Advogado de Comarca limtrofe. E ainda quando se revelar necessrio nomear Advogado de uma Comarca limtrofe em virtude de sucessivas escusas. Neste caso, se optar por deslocaes pagas ao quilmetro no sero pagas portagens e parqueamentos. 2. COMO SO CONTABILIZADAS AS DESPESAS DE DESLOCAO - As deslocaes sero pagas nos termos da Portaria n 1553-D/2008 de 31/12 e do Decreto-Lei n 137/2010 de 29/12, que fixam o valor do quilmetro em 0,40 para o ano de 2010 e 0,36 para o ano de 2011, 2012 e 2013. Do pedido dever constar a conta que indique o nmero de deslocaes, os quilmetros efectuados em cada deslocao e respectivas datas.

    CAPTULO V SUCESSO DE PATRONOS

    1. PAGAMENTO DE DESPESAS EM CASO DE SUBSTITUIO DE PATRONO - Sem ter havido qualquer interveno processual no haver lugar a pagamento de honorrios, mas poder-se- requerer a homologao das despesas efectuadas no mbito da nomeao pela forma descrita no ponto 4.4.9, da pgina 55, do Manual do utilizador do Sistema de Acesso ao Direito e aos Tribunais (Pedido de Pagamento de despesas em processo substitudo). De referir que o Advogado s poder efectuar o pedido de despesas aps ser substitudo (o processo AJ retirado do campo geral das nomeaes para passar a constar no item Substitudos). 2. HONORRIOS EM CASO DE SUBSTITUIO DE PATRONOS/DEFENSORES [Procedimento Uniformizado com o GT] - No caso de substituio de patronos ou defensores oficiosos, os honorrios devero ser partilhados entre os Advogados que tiveram interveno processual. Com o terminus do processo dever o ltimo advogado nomeado lanar o pedido de honorrios na plataforma informtica SinOA. O pagamento de honorrios ser processado ao advogado substituto que dever partilhar os honorrios, mediante acordo, com o advogado substitudo. As questes relativas ao pagamento do IVA devero ser igualmente acordadas entre os Advogados intervenientes. No sendo possvel aos advogados, alcanar os acordos supra referidos, compete ao Presidente do respectivo Conselho Distrital a resoluo das referidas questes20. 3. PEDIDO DE DISPENSA E DE ESCUSA - O regime da dispensa do patrocnio do defensor do arguido encontra-se regulado nos artigos 66 e 67 do CPP e artigo 42 da LAJ e o regime da escusa do Patrono, que tambm se aplica quando o

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    "No havendo acordo de todos os intervenientes quanto repartio de honorrios, a sua determinao

    compete ao Presidente do Conselho Distrital, no mbito da sua competncia territorial, devendo a

    informao ser registada no sistema." - art. 9 do Regulamento de Organizao e Funcionamento do

    Sistema de Acesso ao Direito e aos Tribunais na Ordem dos Advogados.

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    ELUCIDRIO DO ACESSO AO DIREITO

    Advogado foi nomeado para defesa de assistente, est regulada nos artigos 44, n. 2 e 34 da LAJ. No mbito do pedido de dispensa o Advogado nomeado defensor dever apresentar requerimento, nos termos do disposto no n. 2, do artigo 66 do CPP, onde alegue sumariamente, e sem violar o dever de manter o segredo profissional, a causa desse pedido. Em simultneo deve ser processada a respectiva vicissitude onde se aleguem os fundamentos adequados a esse pedido, dirigido ao Presidente do competente Conselho Distrital, a quem caber apreciar e deliberar sobre o deferimento da dispensa de patrocnio. No que concerne aos pedidos de escusa no se exige a formalidade estatuda no artigo 66 do CPP, i.e., basta a apresentao de requerimento de pedido de escusa aos autos sem qualquer alegao do motivo do pedido. Em simultneo deve ser processada a respectiva vicissitude onde se aleguem os fundamentos adequados a esse pedido, dirigido ao Presidente do competente Conselho Distrital, a quem caber apreciar e deliberar sobre o deferimento da escusa de patrocnio. Para os casos de nomeao onde se representa os assistentes seguem-se as regras do pedido de escusa, por fora do disposto no n. 2, do art. 44 da LAJ. 4. INTERRUPO DO PRAZO EM CASO DE PEDIDO DE DISPENSA/ESCUSA21 - No que dispensa concerne h que ter especial ateno para o disposto no n. 3, do artigo 42 da Lei do Acesso ao Direito, que determina a manuteno da nomeao at substituio (Enquanto no for substitudo, o defensor nomeado para um acto mantm-se para os actos subsequentes do processo.). No caso de existirem actos que o Defensor Oficioso deva assegurar na assistncia do arguido, aplicar-se-o as regras plasmadas no artigo 67 do CPP. Contrariamente ao pedido de dispensa, o pedido de escusa, desde que comunicado aos autos, interrompe o prazo em curso - no n. 3, do artigo 34 da LAJ.22

    CAPTULO VI EXTENSO DO APOIO JUDICIRIO23

    1. EXTENSO DO APOIO JUDICIRIO AOS PROCESSOS QUE CORREM POR APENSO - De acordo com o disposto no n 4 do artigo 18. da LAJ (...) O apoio judicirio () extensivo a todos os processos que sigam por apenso quele em que essa concesso se verificar, sendo-o tambm ao processo principal, quando concedido em qualquer apenso. (...) 2. EXTENSO DO APOIO JUDICIRIO S EXECUES - De acordo com o disposto no n 5 do artigo 18. da LAJ (...)O apoio judicirio mantm-se ainda para as execues fundadas em sentena proferida em processo em que essa concesso se tenha verificado. (...) A extenso do Apoio Judicirio verifica-se mesmo quando a execuo no corre apensa ao processo no qual se formou o ttulo executivo, devendo o Patrono

    21 Art.s 34 (escusa) e 42 (dispensa) da LAJ. 22 Ver ponto 21. da Jurisprudncia- Pg. 36 23 Matria tratada no Boletim n 3 do IAD que pode ser consultado na pgina do IAD no portal da Ordem

    dos Advogados

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    ELUCIDRIO DO ACESSO AO DIREITO

    conjuntamente com a certido da sentena, juntar certido que ateste que naqueles autos o beneficirio litigava com o benefcio do Apoio Judicirio. 3. MANUTENO DO APOIO JUDICIRIO EM CASO DE INCOMPETNCIA RELATIVA DO TRIBUNAL - Em conformidade com o estatudo no n 6 do artigo 18 da LAJ, declarada a incompetncia do Tribunal e proferida deciso que determine a remessa do processo ao tribunal competente, a concesso do apoio judicirio mantm-se. No entanto, a deciso definitiva deve ser notificada ao patrono nomeado para que este se pronuncie sobre a manuteno ou escusa do patrocnio. Em caso de escusa, o patrono substituto e substitudo acordam na repartio de honorrios. Caso o Advogado se mantenha no processo, dever rectificar no SinOA os elementos referentes ao novo nmero do processo e ao Tribunal para o qual o processo foi reenviado. 4. MANUTENO DO APOIO JUDICIRIO EM CASO DE DESAPENSAO DE PROCESSOS - Em conformidade com o estatudo no n 7 do artigo 18 da LAJ, No caso de o processo ser desapensado por deciso com trnsito em julgado, o apoio concedido manter-se-, juntando-se oficiosamente ao processo desapensado certido da deciso que o concedeu. No entanto, a deciso definitiva deve ser notificada ao patrono nomeado para este se pronunciar sobre a manuteno ou escusa do patrocnio. Em caso de escusa o Patrono substituto e substitudo acordam na repartio de honorrios. Caso o Advogado se mantenha no Processo, dever rectificar no SinOA os elementos referentes ao novo nmero do processo e ao Tribunal para o qual o processo foi reenviado. 5. PROCESSOS CONEXOS MAS SEM QUE HAJA EXTENO DO APOIO JUDICIRIO S existe extenso do Apoio Judicirio nos casos previstos nos ns 4 a 7 do artigo 18. da LAJ. Nos casos que no encontrem enquadramento nas disposies acima referidas, dever o beneficirio requerer novo pedido de apoio judicirio junto dos Servios da Segurana Social. Por exemplo, A nomeao de defensor oficioso ao arguido no processo da condenao no se estende ao processo para concesso da liberdade condicional.24 6. EXTENSO DA NOMEAO A NOTIFICAES JUDICIAIS AVULSAS - Tendo sido nomeado para propor aco de despejo, o Apoio Judicirio concedido mantm validade para a prtica de quaisquer actos processuais preliminares aco de execuo do despejo. 7. NOMEAO DE VRIOS ADVOGADOS PARA ACES QUE CORREM APENSAS - Sempre que por lapso do beneficirio ou da Segurana Social sejam nomeados mais do que um Advogado para a aco principal e para as aces que corram apensas (por exemplo nomeao de um Advogado para aco de divrcio e de outro para regulao das responsabilidades parentais), dever o Advogado nomeado para a aco principal assegurar todos os processos.

    24 Ver ponto 9. da Jurisprudncia- Pg. 31

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    ELUCIDRIO DO ACESSO AO DIREITO

    Os Advogados nomeados para os apensos devero reencaminhar o beneficirio para o colega que ir assumir a sua representao na aco principal, devendo criar a vicissitude Dar sem efeito a nomeao.

    CAPTULO VII MBITO DO APOIO JUDICIRIO25

    1. PROCESSOS CONTEMPLADOS PELO APOIO JUDICIRIO - O apoio judicirio aplica-se (artigo 17 da LAJ): a) Em todos os tribunais, qualquer que seja a forma do processo; b) Nos julgados de paz e noutras estruturas de resoluo alternativa de litgios que vm taxativamente definidas no Anexo Portaria a que refere o artigo 9 da Portaria. c) O apoio judicirio, aplica-se tambm nos processos de contra-ordenao; d) E em alguns processos que corram nas Conservatrias, em termos a definir por lei, sendo em regra os processos que foram desjudicializados, em especial os constantes no Decreto-Lei n. 272/2001, de 13 de Outubro.26 2. PROCESSOS NO ABRANGIDOS PELO APOIO JUDICIRIO - Cabe ao Advogado averiguar, caso a caso e munido do despacho que lhe apresentado pelo beneficirio, se a sua pretenso tem cabimento no artigo 17 da LAJ. A no haver dispositivo legal que permita a concesso de apoio judicirio o Advogado no tem legitimidade para prosseguir com a aco/pretenso, nem pode a final reclamar honorrios na sua rea reservada. Enquadra-se nesta situao, por exemplo, recursos hierrquicos na Administrao Pblica, defesa de funcionrios pblicos em processos disciplinares junto da entidade administrativa, defesa de trabalhadores em processos disciplinares junto da entidade laboral, atribuio de prestaes a quem vivesse em unio de facto cujo procedimento corre na Segurana Social. 3. DESPACHO DA SEGURANA SOCIAL E INTERVENO DO ADVOGADO27: Dispe o n 1 do artigo 29 da LAJ que "A deciso que defira o pedido de proteco jurdica especifica as modalidades e a concreta medida do apoio concedido. O apoio judicirio deferido para uma causa concreta e o patrono nomeado est limitado, na sua interveno, ao disposto na deciso proferida pela Segurana Social, no podendo usar aquele despacho para causas diversas ou diversas pretenses do beneficirio. Se do despacho resulta que para propor uma aco laboral, no deve o Advogado intervir em aco j proposta, sem antes existir uma rectificao do Apoio Judicirio, ou utilizar esse despacho para reclamar crditos numa aco de insolvncia da entidade patronal. 4. OPORTUNIDADE DO PEDIDO DE APOIO JUDICIRIO: O apoio judicirio dever ser pedido antes da primeira interveno processual do beneficirio, salvo

    25 Matria tratada no Boletim n 3 do IAD que pode ser consultado na pgina do IAD no portal da Ordem

    dos Advogados. 26 Ver Pareceres do CT do IRN Pg. 24 27 Ver ponto 11. da Jurisprudncia - Pg. 32

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    ELUCIDRIO DO ACESSO AO DIREITO

    se a insuficincia econmica for superveniente, caso em que pode ser pedido antes da primeira interveno ocorrida aps o conhecimento dessa situao. Excepciona-se o caso dos arguidos em processo penal que podem requerer apoio judicirio at ao trnsito em julgado da deciso (artigo 44 n 1 da LAJ)28 5. PAGAMENTO FASEADO EM MAIS DO QUE UM PROCESSO - Se o requerente intervier em mais de um processo em que beneficie de apoio judicirio nas modalidades de pagamento faseado, o pagamento das prestaes efectuado relativamente a todos os processos, mas de uma forma sucessiva, isto , o requerente comea por pagar as prestaes que sejam devidas no primeiro processo para o qual lhe foi deferido o apoio judicirio e, s depois de findo esse pagamento que inicia o seguinte no processo posterior, e assim sucessivamente. Se o requerente e qualquer outro elemento do seu agregado familiar intervierem no mesmo ou em mais do que um processo judicial, nos quais beneficiem de apoio judicirio nas modalidades de pagamento faseado, o pagamento das prestaes efectuado por todos os elementos, mas de uma forma sucessiva, isto , o outro elemento do agregado familiar s inicia o pagamento depois de findo o relativo ao requerente. Para beneficiar do pagamento faseado nos outros processos judiciais, o requerente dever juntar comprovativo do pagamento das prestaes que est a efectuar ordem do primeiro processo judicial para o qual solicitou apoio judicirio, at finalizar a totalidade dos pagamentos.29

    CAPTULO VIII ACO EXECUTIVA E AGENTE DE EXECUO

    1. EXEQUENTE E AGENTE DE EXECUO - Tendo o exequente o benefcio de apoio judicirio na modalidade de nomeao de agente de execuo, este sempre um Funcionrio Judicial. Se o beneficirio optar por escolher um agente de execuo fica responsvel pelo pagamento dos seus honorrios e despesas. 2. PAGAMENTO DE HONORRIOS A AGENTE DE EXECUO QUANDO O EXEQUENTE E O EXECUTADO QUE BENEFICIA DE APOIO JUDICIRIO CHEGAM A ACORDO DE PAGAMENTO DA DVIDA EXEQUENDA [Procedimento Uniformizado com o GT] - Dispe o artigo 541. do CPC, que os honorrios e despesas suportadas pelo agente de execuo, saem precpuas do produto dos bens penhorados. Por outro lado o artigo 45. da Portaria n 282/2013, de 29 de Agosto consagra que os honorrios devidos ao agente de execuo e o reembolso das despesas por ele efectuadas, so suportados pelo autor ou exequente, podendo este reclamar o seu reembolso ao ru ou executado.

    CAPTULO IX PORTARIAS: APLICAO NO TEMPO

    28 Ver ponto 10. da Jurisprudncia - Pg. 32 29 Anotaes ao Guia Prtico Proteco Jurdica, publicado pelo ISS,IP em Maro de 2013 (pg. 10).

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    ELUCIDRIO DO ACESSO AO DIREITO

    1. ESPECIFICIDADES DO MBITO DE APLICAO NO TEMPO DA PORTARIA N 10/2008 - Caso a nomeao tenha sido efectuada antes de 1 de Setembro de 2008, altura em que o SinOA no se encontrava em funcionamento, o processamento dos respectivos honorrios e despesas pelos servios prestados no poder ser efectuado na plataforma informtica SinOA. Neste caso, sero observadas as regras em vigor data da nomeao, de acordo com o n. 2 do artigo 35. da Portaria referida, ou seja, dever-se- requerer a fixao dos honorrios e as compensaes das despesas junto do Tribunal. 2. ESPECIFICIDADES DO MBITO DE APLICAO NO TEMPO DA PORTARIA N 654/2010 - Dispe o artigo 3. da Portaria n 654/2010 de 11/08 que A presente portaria entra em vigor em 1 de Setembro de 2010. Tendo a nomeao do Advogado ocorrido at 31 de Agosto de 2010, mostra-se vivel a homologao das despesas de deslocao. 3. ESPECIFICIDADES DO MBITO DE APLICAO NO TEMPO DA PORTARIA N 319/2011 - A presente portaria tem efeitos retroactivos, pelo que os pedidos de honorrios pendentes data da sua entrada em vigor tero de ser validados no SICAJ.

    CAPTULO X FUNCIONAMENTO DO SICAJ

    [Procedimentos Uniformizados com o GT]

    1 INFORMAO SOBRE OS PROCESSOS QUE SE ENCONTRAM VALIDADOS - A Ordem dos Advogados no tem acesso ao SICAJ no podendo por esse motivo prestar informaes aos Advogados sobre os pedidos efectuados no SinOA que se encontram validados ou por validar. Porm, o IGFEJ, IP dispe de um servio de Help Desk contactvel atravs da linha telefnica com o n. 707 200 004. Pelo contacto com este servio os Advogados podero obter informao sobre os pedidos que j se encontram validados, bem como, os que se encontram em lote para pagamento. Aps o contacto com este Help Desk, no qual o Advogado fornece os nmeros de cdula e de contribuinte, o IGFEJ, IP remete por correio electrnico a informao solicitada. 2 - INFORMAO SOBRE PEDIDOS ESTORNADOS NO SICAJ - Havendo lugar a no validao do pedido de honorrios por parte do SICAJ e consequente estorno, a nica entidade competente e com conhecimento para prestar informao sobre os motivos do estorno a Secretaria do Tribunal atravs do seu Secretrio/Funcionrio Judicial. Assim, quela entidade que os Advogados devero dirigir-se para que lhes sejam prestados os devidos esclarecimentos, porquanto a Ordem dos Advogados no tendo acesso ao SICAJ, no pode por esse motivo responder cabalmente aos Advogados. 3 INCORRECTA INDICAO NO SINOA DE CONSITUTIO DE MANDATRIO NO CONFIRMADA COMO MOTIVO DO ESTORNO Se o Funcionrio Judicial

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    no indicar a causa do estorno, a indicao Constituio de Mandatrio No Confirmada a que aparece por defeito no SICAJ e poder no corresponder realidade. Nestes casos dever o Advogado indagar sobre o motivo da no validao junto da Secretaria do Tribunal. 4 NOVO LANAMENTO DE PEDIDO DE HONORRIOS ESTORNADO - Novo pedido de pagamento corrigido, dever ser efectuado no campo Nomeaes e nunca na Conta Corrente, que se encontra bloqueado para efeitos de pedido de pagamento de honorrios. 5 RECLAMAES DE ESTORNOS EFECTUADOS Nem a Ordem dos Advogados, nem os Srs. Magistrados tm competncia para validar pedidos de pagamento de honorrios, pelo que qualquer reclamao dever ser efectuada junto do Secretrio/Funcionrio Judicial. Sendo a no validao indevida, podero os Advogados ao formularem novamente o pedido de honorrios, expor os motivos da adequao do mesmo s normas legalmente estabelecidas junto da Secretaria do Tribunal que vai proceder validao. Se dvidas subsistirem por parte do Sr. Funcionrio Judicial, podero os Advogados solicitar-lhe que, junto da DGAJ, obtenham a informao sobre como proceder validao daquele pedido em concreto. 6 ENTIDADES SEM SICAJ - Os processos no deixam de ser validados pelo facto de existirem entidades que no tm acesso ao SICAJ. o caso dos Julgados de Paz, em que a confirmao dos servios prestados realizada pelo IGFEJ, assim como, pelos servios prestados no BNI, nas Conservatrias de Registo, nas Reparties de Finanas, etc. 7 - PRIORIDADE NAS VALIDAES O Ofcio-Circular n 28/2012 (DGAJ/DSAJ) de 26 de Abril, determinou que os pedidos de honorrios apresentados para validao no SICAJ devem ser obrigatoriamente confirmados pela ordem da respectiva apresentao a pagamento. 8 OS PEDIDOS DE HONORRIOS NO APARECEM PARA VALIDAO NA ENTIDADE COMPETENTE Perante esta situao devero os Srs. Advogados comunicar de imediato o facto ao IGFEJ, IP. 9 PEDIDOS RECEPCIONADOS EM JUZO, SECO OU TRIBUNAL ONDE O PROCESSO NO CORREU SEUS TERMOS Os Senhores Funcionrio Judiciais dispem de uma ferramenta no SICAJ que lhes permite reenviar o pedido de honorrios correctamente identificado para o Tribunal competente, sem necessidade de proceder a estorno. 10 PROCESSOS COM 0, 1 OU 2 SESSES - Se o motivo da desconformidade for exclusivamente o nmero de sesses no corresponder s efectuadas no processo e desde que compreendidas entre 0 e 2, o pedido ser validado atento que inexiste qualquer acrscimo compensatrio a ttulo de honorrios. 11 PEDIDO DE HONORRIOS NOS TRIBUNAIS SUPERIORES Apesar de os tribunais superiores terem acesso plataforma SICAJ, a validao dos recursos ser efectuada na primeira instncia, aps o trnsito em julgado da deciso. Assim, para que o Advogado possa ver os honorrios pagos relativos ao recurso, dever

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    colocar no SinOA o n. de processo atribudo na primeira instncia e a identificao do Tribunal tambm de primeira instncia. Sempre que o tribunal superior funcione como tribunal de primeira instncia, como ocorre no caso de Reviso de Sentena Estrangeira, ao tribunal superior que dirigido o pedido de honorrios. 12 DESCONSIDERAO DA VALIDAO DA DATA DA NOMEAO Tal ocorre por exemplo com a criao de processos em escala. De acordo com o disposto na alnea e) do artigo 10. do Regulamento de Organizao e Funcionamento do Sistema de Acesso ao Direito e aos Tribunais na Ordem dos Advogados, devem os Advogados: Indicar, atravs do portal da Ordem dos Advogados, no prazo de 5 (cinco) dias, aps notificao da nomeao que ocorra para processo pendente, o respectivo nmero, vara/juzo, seco, tipo de aco, natureza de Processo, identificao das partes. Por outro lado, o Advogado est impedido de criar o processo no prprio dia em que foi escalado. Assim, o sistema assume a data da criao do processo e no a data da escala em que o Advogado teve interveno o que origina desconformidade na data de nomeao. Porm, estes pedidos so validados de acordo com instrues dadas pela DGAJ numas FAQS distribudas aos Srs. Funcionrios Judiciais nas quais se l: Tendo em conta que a confirmao do campo Data da Nomeao por parte dos utilizadores do SICAJ no relevante para o clculo dos honorrios devidos nos pedidos de pagamento e que os Processos de Apoio Judicirio criados pelos Advogados no mbito das Escalas de Preveno (por exemplo) nem sempre reflectem a data concreta da nomeao, prope-se que os utilizadores do SICAJ confirmem os pedidos de pagamento nos casos em que o nico campo incorrecto seja o da Data da Nomeao. 13. DESLOCAES A EP E ANLOGOS - A confirmao das deslocaes a estabelecimentos prisionais e a centros educativos junto da DGRSP, atravs de ofcio remetido pelos Senhores Funcionrios Judiciais quela entidade, pode revelar-se morosa. Para agilizar o procedimento de validao devero os Advogados juntar aos autos o documento comprovativo dessas deslocaes, solicitado aquando das respectivas visitas. Igual procedimento dever ser adoptado aquando das visitas a centros de acolhimento de vtimas de violncia domstica e a estabelecimentos hospitalares (Internamentos Compulsivos). As visitas a arguidos no regime de priso domiciliria devero ser comprovadas pelo Advogados, devendo aqueles assinar um documento no qual declaram que a visita foi efectuada, semelhana do que acontece nas consultas jurdicas. 14 - PEDIDO DE HONORRIOS RECUSADO NOS PROCESSOS EM QUE SE CRIA APENSO NO SINOA - Ao serem criados apensos, o SinOA atribui um novo nmero de processo AJ, que no vem a ser confirmado pelo Tribunal, uma vez que somente reconhece o nmero da nomeao inicial, o que gera o estorno do pedido de pagamento de honorrios. Para colmatar esta rejeio tm os Advogados apresentado nos autos o print da criao do apenso/recurso com a indicao de que se trata de um processo criado ao abrigo do disposto nos ns 4 e 5 do art. 18. da LAJ.

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    15 PEDIDOS POR CONSTITUIO DE MANDATRIO - O Advogado que requer o pagamento da compensao devida por constituio de mandatrio, optando por uma das trs opes disponveis (Constituio com e sem interveno e Constituio com interveno mediante requerimento) ver o seu pedido no validado, pelo facto de o Funcionrio Judicial no poder visualizar no SICAJ o pedido efectivamente seleccionado. Para colmatar esta situao, vendo assim os seus pedidos validados, os Advogados podero apresentar nos autos o print do pedido efectuado no SinOA, donde se infira qual das trs opes foi a seleccionada aquando o pedido de pagamento.

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    PARECERES E RECOMENDAES

    1. IRN - Parecer do CT Proc. CC 71/2005 DSJ CT Apoio Judicirio - Possibilidade de pagamento faseado dos emolumentos devidos com processo de divrcio - Procedimentos contabilsticos Sumrio I. O regime do apoio judicirio, constante da Lei n. 34/2004, de 29 de Julho, aplica-se, com as necessrias adaptaes aos actos, processos e procedimentos da competncia das conservatrias de registo civil, nas modalidades de: dispensa total de emolumentos, nomeao e pagamento de honorrios a patrono, pagamento da remunerao do solicitador de execuo e pagamento faseado do emolumento. II. Nos processos de divrcio por mtuo consentimento e de separao de pessoas e bens, quando as situaes econmicas dos intervenientes forem diferentes, devido o pagamento do emolumento se s um beneficiar de gratuitidade. III. O requerimento inicial deve ser acompanhado de prova da concesso ou do pedido de apoio judicirio. IV. Para a modalidade do pagamento faseado adoptar-se- o seguinte regime: anotao no Livro Dirio do servio requisitado, na totalidade, a cor diferente e sua incluso na nota de receitas e encargos, na mesma coluna onde se contabilizam as quantias lanadas a crdito, relativas s certides pedidas atravs do SPD e Lojas do Cidado.

    2. IRN - Deliberao do CT P CP 42/2006-DSJ-CT Processo de rectificao de registo Emolumentos - (In)aplicabilidade do regime do apoio judicirio aos processos desjudicializados por fora do Dec. Lei n 273/2001 1- O apoio judicirio uma das formas de proteco jurdica que visa concretizar o sistema de acesso ao direito e aos tribunais, para que a ningum seja dificultado ou impedido, em razo da sua condio social ou cultural, ou por insuficincia de meios econmicos, o conhecimento, o exerccio ou a defesa dos seus direitos (arts. 1 e 6, n 1 da Lei n 34/2004, de 29 de Julho). 2- A dispensa (total ou parcial) da taxa de justia e demais encargos com o processo uma das modalidades do apoio judicirio (art. 16, n 1 da Lei n 34/2004, de 24 de Julho) e aplica-se em todos os tribunais e julgados de paz, qualquer que seja a forma do processo, aos processos de contra-ordenaes e divrcio por mtuo consentimento, cujos termos corram nas conservatrias do registo civil (art. 17 da identificada Lei). 3- Salvo nos casos de iseno previstos na lei, pelos actos praticados nos servios de registo predial so cobrados os emolumentos constantes da respectiva tabela (arts. 150 CRP, 1, n 1 e 2 do Dec. Lei n 322-A/2001, de 14 de Dezembro) cujas disposies no admitem interpretao extensiva nem integrao analgica (art 5, n 1 do citado Dec. Lei). 4- Exceptuado o regime da gratuitidade do registo de rectificao, pela instruo e deciso do processo especial de rectificao de registo devido o emolumento de

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    254 euros (art. 128 CRP e 21, n 5 do Dec. Lei n 322-A/2001, de 14 de Dezembro). 5- Ainda que a interpretao no se deva cingir letra da lei (art. 9, n 1 CC), o intrprete no pode considerar o pensamento legislativo que nela no tenha um mnimo de correspondncia verbal, ainda que imperfeitamente expresso, pelo que ao processo especial de rectificao de registo no so aplicveis as regras do apoio judicirio (art. 9, n 2 CC).

    3. Parecer do IAD Parecer N 1/IAD-SHS/Abril de 2011 Qualificao quanto espcie dos Processos Tutelares Educativos Introduo O IAD tem sido questionado sobre a forma de insero na plataforma SinOA dos Processos Tutelares Educativos para efeitos de pedido de honorrios. Pretende-se saber se essa introduo dever ser enquadrada na espcie Outras Intervenes de Patronos Oficiosos - Outras Intervenes de Patronos Oficiosos ou Processos Especiais e Outros - Jurisdio de Menores, uma vez que os Advogados inscritos no SADT tm optado por ambas as opes para lanamento dos seus honorrios. Concluso A legislao acima invocada faz uma aluso clara aos Processos Tutelares Educativos qualificando-os como Processos de Jurisdio de Menores. A Tabela Anexa Portaria n 1386/2004, de 10 de Novembro, prev no ponto 4.2 os honorrios aplicveis aos Processos de Jurisdio de Menores. Logo, os processos Tutelares Educativos devero ser lanados no SinOA como Processo de Jurisdio de Menores, mesmo quando terminem na sua fase de inqurito e desde que haja interveno processual.

    4. Parecer do IAD Parecer N 3/IAD-SHS/Maio de 2011 Natureza do prazo do art. 33, 1 da LAJ Concluso Por ser de natureza substantiva, o prazo para propositura de aco a que se refere o artigo 33 n 1 da Lei 34/2004 de 29 de Julho, alterada e republicada pela Lei 47/2007, de 28 de Agosto, no se suspende durante as frias judiciais, nem lhe aplicvel o regime contemplado no art. 145, n5 do CPC, porm, se terminar em perodo de frias judiciais transfere-se o seu termo para o primeiro dia til seguinte - artigo 72 do CPA e 279 alneas b) e e) do C.C.

    5. Recomendao do IAD Recomendao n1 | SHS/MO - Dezembro de 2010 Aco Cvel inserta na Aco Penal - Processamento de Honorrios QUESTO EM APREO

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    O IAD tem sido frequentemente confrontado com a dvida quanto ao processamento de honorrios relativos interveno do defensor na aco cvel inserta na aco penal. ENQUADRAMENTO Em primeiro lugar h que proceder ao enquadramento legal da questo em anlise sob um duplo prisma, o da natureza deste pedido e o da natureza da nomeao/remunerao. Vejamos ento: A) Natureza do pedido de indemnizao cvel H condutas que podem simultaneamente inserir-se no ilcito penal e no ilcito civil, dando origem a uma aco penal, que visa aplicar uma sano criminal ao infractor e a uma aco civil, que tem por finalidade a reparao civil pelas perdas e danos resultantes da infraco. A interveno no processo penal do lesado, ou seja, a pessoa que sofreu danos ocasionados pelo crime e que nele deduz o pedido de indemnizao civil (artigo 74, n 1, do CPP), explica-se pela unidade do facto, apreciado como ilcito penal e como ilcito civil. O legislador portugus optou pelo sistema de adeso, no obstante se consagrar no artigo 129 do Cdigo Penal que a indemnizao de perdas e danos emergentes de crime regulada pela lei civil obrigando a deduzir o pedido no processo penal respectivo, o que significa que a aco de indemnizao acompanha necessariamente a aco penal (artigo 71 do CPP). A lei prev assim a possibilidade de deduzir o pedido de indemnizao perante o foro civil, em separado, mas s como excepo (artigo 72, n 1, do CPP). As duas aces conservam autonomia tambm no que respeita a custas. assim que responsabilidade por custas relativas ao pedido de indemnizao civil so aplicveis as normas do processo civil, conforme dita expressamente o artigo 523 do CPP. B) mbito da Nomeao/Remunerao. - A Lei do Acesso ao Direito e aos Tribunais actualmente em vigor Lei n. 34/2004, de 29 de Julho, com as alteraes introduzidas pela Lei n. 47/2007, de 28 de Agosto - prev no n. 2 do seu artigo 3 que O Estado garante uma adequada compensao aos profissionais forenses que participem no sistema de acesso ao direito e aos tribunais. - Estatui ainda o n. 2 do artigo 45 da Lei n. 34/2004, de 29 de Julho, na redaco dada pela Lei n. 47/2007, de 28 de Agosto, que a admisso dos profissionais forenses ao sistema de acesso ao direito, a nomeao de patrono e de defensor e o pagamento da respectiva compensao, regulamentada por portaria do membro do Governo responsvel pela rea da justia. - A regulamentao da Lei n. 34/2004, de 29 de Julho, na redaco dada pela Lei n. 47/2007, de 28 de Agosto, encontra-se prevista na Portaria n. 10/2008, de 3 de Janeiro, com as alteraes introduzidas pela Portaria n. 210/2008, de 29 de Fevereiro e pela Portaria n 654/2010 de 11 de Agosto e na Portaria n 1386/2004 de 10 de Novembro. - Da regulamentao da Lei do Acesso ao Direito e aos Tribunais, importa destacar os aspectos que a seguir discriminamos e que entendemos profcuos para a anlise da proposta de compensao dos servios prestados pelo defensor no mbito da interveno no pedido de indemnizao cvel:

    O exerccio da funo de defensor nomeado sempre remunerado. a regra do artigo 66, n 5, do CPP.

    Os honorrios a atribuir so os fixados nos termos da Tabela anexa Portaria n. 1386/2004 de 10/11.

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    Tal como se observa das disposies supra invocadas, o legislador no distingue em funo da posio processual, mas adopta o critrio de distino assente na natureza dos pedidos (cvel ou crime) e autonomia que as duas aces albergam apesar de decididas no mesmo processo. Pelo que importar, igual e antecipadamente, distinguir o mbito da nomeao: A NOMEAO DECORRE DE IMPOSIO LEGAL - o Advogado nomeado para a aco penal e no cumprimento de normas constitucionais (art. 20) e processuais penais (art. 61 n 1, alnea e) e f) e art. 64, CPP) A NOMEAO TAMBM EFECTUADA TENDO POR BASE O PEDIDO DE PROTECO JURDICA que depende da prvia averiguao e comprovao da situao de insuficincia econmica. Claramente o primeiro caso decorre do sistema de poltica de justia penal que determina a assistncia jurdica em matria criminal. Neste caso a nomeao imposta pela obrigatoriedade legal de assistncia do defensor ao arguido e o defensor nomeado apenas compensado na medida da sua nomeao. Neste caso concreto unnime a jurisprudncia ao defender que sendo um Advogado nomeado apenas para a aco penal, ele no admitido a intervir no pedido de indemnizao civil at porque a falta de contestao no implica confisso dos factos (artigo 78, n 3). O segundo caso contempla a nomeao de defensor para um beneficirio que tem direito a proteco jurdica comprovado pelos competentes servios da Segurana Social. Aqui a interveno do Advogado dever no s abarcar a defesa na aco penal, mas tambm, a defesa na aco cvel. POSIO DO IAD A legislao acima invocada no faz aluso, de forma clara e inequvoca, compensao do Defensor Oficioso em sede de interveno no pedido de indemnizao cvel. Todavia, no subsistem dvidas doutrinais e jurisprudenciais relativamente autonomia da aco cvel apresentada em aco penal, quer em funo da sua natureza, quer por via da sua classificao para efeitos de processamento de custas. Tendo sido requerida pelo beneficirio proteco jurdica, dever aplicar-se analogicamente, o previsto nos ns 4 e 5 do artigo 18. da Lei n. 34/2004, de 29 de Julho, com as alteraes introduzidas pela Lei n. 47/2007, de 28 de Agosto, onde o apoio judicirio mantm-se para efeitos de recurso, qualquer que seja a deciso sobre a causa, e extensivo a todos os processos que sigam por apenso quele em que essa concesso se verificar, sendo-o tambm ao processo principal, quando concedido em qualquer apenso e o apoio judicirio mantm-se ainda para as execues fundadas em sentena proferida em processo em que essa concesso se tenha verificado.. E consequentemente dever tambm aplicar-se remunerao dos defensores, os pontos 3.2 e 3.3 da Tabela anexa Portaria n 1386/2004 de 10 de Novembro.

    6. Recomendao do IAD Recomendao n2 | RSC - Maro de 2011 Processo executivo com oposio e/ou liquidao com valor de aco inferior a 3.740,98 QUESTO EM APREO

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    Chegou ao conhecimento do IAD diversas situaes em que a oposio execuo tem o valor inferior a 3.740,98 , sendo que os honorrios previstos para a aco em apreo encontram-se regulados no ponto 1.2.1 da Tabela anexa Portaria n. 1386/2004 de 10 de Novembro. Como consequncia, os Advogados que pretendam requerer o pagamento da compensao devida por interveno em processos executivos nos quais exista oposio e/ou liquidao e cujo valor da aco seja inferior a 3.740,98, encontram-se impedidos de os requerer. PROPOSTA DO IAD Poder o Conselho Geral da Ordem dos Advogados, e de forma a colmatar esta situao, permitir aos Advogados que, nos casos em apreo, indiquem como valor da aco a quantia de 3.740,98 a que corresponde uma compensao de 8 URS, sempre respeitando o princpio que alis est patente na formulao do ponto 1.2.1 da referida tabela, no qual se aplicam subsidiariamente ao processo comum de execuo, com as necessrias adaptaes, as disposies reguladoras do processo de declarao artigo 466 do C.P.C. De salientar que esta situao apenas se coloca perante processos executivos nos quais tenha existido deduo de embargos ou liquidao, pois para os restantes casos a remunerao ser a prevista no ponto 1.2.2 ou seja 7 URS. Remeter ao CG para apreciao.

    7. Procuradoria-Geral Distrital do Porto DESPACHO N 4/2008 Assunto: Situao processual de arguidos no recorrentes. Trnsito em julgado da deciso De acordo com instrues veiculadas pela Procuradoria-Geral da Repblica, os Senhores Magistrados devero adoptar os seguintes procedimentos sobre aquela matria: 1. Deve ter-se como transitada em julgado a deciso relativa a arguido(a) condenado(a) no recorrente, nos termos em que se vem firmando a jurisprudncia do Supremo Tribunal de Justia; 2. Em consonncia, considera-se que nada obsta a que os Senhores Magistrados do Ministrio Pblico promovam nesse sentido, com a subsequente efectivao de todos os procedimentos de liquidao das penas e das comunicaes legalmente previstas, de acordo com o disposto nos artigos 469, 470 e 477, n 1 a 4, do Cdigo de Processo Penal. D conhecimento. Porto, 23.01.2008 O Procurador-Geral Distrital (Alberto Pinto Nogueira)

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    CAPTULO III JURISPRUDNCIA

    1.

    DESPESAS Acrdo do Supremo Tribunal de Justia 26-09-1996 Sumrio I - O defensor oficioso no pode arrolar como "despesas" actos de puro patrocnio judicirio (v.g. requerimentos, contestao, estudo do processo para julgamento), os quais so remunerados, mediante honorrios. II - Quando a lei fala naquelas, quer referir-se a dinheiro gasto em actos materiais directamente relacionados com o dito patrocnio.

    2. NOMEAO DE PATRONO INTERRUPO DA PRESCRIO Acrdo do Tribunal da Relao de Lisboa 30-11-2011 Sumrio I - O art. 381 do CT/2003 estabelece um prazo especial para a prescrio dos crditos resultantes do contrato de trabalho, da sua violao ou cessao, sendo certo que a prescrio no corre enquanto vigorar a relao laboral. II - O que importa (para o incio da contagem) o momento da ruptura da relao de dependncia, no o momento da cessao efectiva do vnculo jurdico, a qual, em virtude de deciso judicial que (por exemplo) declare ilcito o despedimento, pode at ser juridicamente neutralizada. III - Resulta dos autos que em 11 de Maio de 2009 foi formulado um pedido de proteco jurdica. Assim, de acordo com o art. 33, n 4 da lei n 34/2004 considera-se que a presente aco foi intentada em 11 de Maio de 2009 e no na data em que foi apresentada a petio inicial, ao contrrio do que estabelece o n 1 do artigo 267 do CPC.

    3. ATRIBUIO DA CASA DE MORADA DE FAMLIA (NO) INCIDENTE Acrdo Tribunal Relao de Guimares 12-10-2010 Sumrio I - A requerida providncia de atribuio da casa de morada de famlia, mediante o seu arrendamento ao ex-cnjuge requerente, est prevista e regulada no artigo 1413 do CPC, inserindo-se este artigo no captulo dos processos de jurisdio voluntria, nos quais, por fora do disposto na segunda parte do n 2 do artigo 1409 do CPC, s so admitidas as provas que o juiz considere necessrias, sendo, tambm, este o regime geral de admissibilidade do meio de prova por inspeco judicial. O juiz tem assim um poder discricionrio vinculado pelo fim da utilidade

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    da inspeco judicial para a deciso da causa, no assistindo, pois, ao Agravante o direito processual produo daquele meio de prova sem o controlo judicial prvio da sua utilidade para a deciso da causa. II - A providncia de atribuio da casa de morada de famlia est prevista e regulada no artigo 1413 do CPC, e, embora deva correr por apenso aco de divrcio litigioso, pendente ou finda, um processo ou aco especial diverso do processo ou aco especial de divrcio, com tramitao prpria, no constituindo, pois, um incidente da aco de divrcio. Motivos por que a oposio a ela deduzida, que o n 3 do artigo 1413 do CPC tambm apelida de contestao, segue a regra geral, vertida no n 2 do artigo 229 e no n 1 do artigo 492 do CPC, de que a sua notificao contra-parte incumbe, oficiosamente, secretaria do tribunal.

    4. PRAZO- NOMEAO DE PATRONO NOTIFICAO Acrdo do Tribunal da Relao do Porto 08-06-2010 Sumrio I- O disposto no art. 24 n5 al. a) LAJ deve ser interpretado por forma declarativa - restritiva, no seguinte sentido - o prazo interrompido pelo pedido de concesso do benefcio do Apoio Judicirio inicia-se a partir da notificao ao patrono nomeado da sua designao, desde que se haja cumprido integralmente o disposto no art. 31 n1 LAJ, com notificao ao requerente da pessoa do patrono nomeado. II- Esta interpretao, que feita por apelo teleologia do preceito, j que no pode nem deve competir ao patrono nomeado o nus de qualquer notificao ao seu representado, tem igualmente a seu favor o elemento histrico, pois que, na economia da Lei n 387-B/87, art. 33, a deciso de nomeao de patrono devia ser notificada a este e ao interessado, "com meno expressa, quanto a este, do nome e escritrio do patrono, bem como do dever de lhe dar colaborao".

    5. PATROCNIO OFICIOSO SUBSTABELECIMENTO SEM RESERVA Acrdo do Supremo Tribunal de Justia 31/01/2007 Sumrio I- O patrono nomeado oficiosamente pode substabelecer, com reserva, para diligncia determinada, indicando logo o seu substituto ou pedindo, Ordem dos Advogados, que proceda nomeao de substituto. II- O substabelecimento sem reserva implica a excluso do mandatrio anterior. III- Assim, ilegal e ineficaz o substabelecimento sem reserva outorgado por advogado que fora nomeado, a parte, oficiosamente. IV- Se esse advogado subscreveu alegaes de recurso para a Relao, tem-se a parte como representada irregularmente, devendo o relator mandar notific-la pessoalmente para, dentro do prazo que lhe fixar, juntar procurao a favor desse advogado e ratificar o processado por ele praticado ou sujeitar-se desero do recurso, por impossibilidade de considerao das alegaes em causa.

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    6. HONORRIOS DEFESA DE MAIS DO QUE UM ARGUIDO Acrdo Do Tribunal da Relao de Lisboa 07-12-06 Sumrio I- Em processo penal, a fixao de honorrios ao defensor oficioso obedece imperativamente ao critrio estabelecido na Portaria n 1386/2004, de 10/11, no dependendo do nmero de arguidos efectivamente representados pelo defensor, mas do tipo de processo em que intervm. II- Consequentemente, a defesa de mais do que um arguido no determina a fixao de honorrios por cada um deles.

    7. SUBSTITUIO DE DEFENSOR Acrdo do Tribunal da Relao de Guimares 11-09-2006 Sumrio Tendo o defensor oficioso sido correctamente nomeado, no pode o arguido requerer a sua substituio por um outro, que indica, invocando apenas que este outro seu conhecido de longa data, tem com ele uma relao de confiana e o acompanhou noutros processos, razes estas que no integram o conceito "justa causa" previsto no art. 66, n3, do CPP.

    8. DESPESAS DE DESLOCAO Acrdo do Tribunal da Relao de Guimares 06-11-2005 Sumrio I - O acesso ao Direito e aos Tribunais est garantido no art. 20 da Constituio da Repblica:"A todos assegurado o acesso ao Direito e aos Tribunais para defesa dos seus direitos e interesses legtimos, no podendo a Justia ser denegada por insuficincia de meios econmicos." II - A aceitao, por parte de advogado, com escritrio fora da comarca em que as funes cometidas a ttulo de patrocnio ocorrero, como escolhido pelo impetrante - quando lhe deferido obter escusa ou fazer-se substituir por outro que a OA indique, dentre os sedeados nessa rea - implica e faz presumir a renncia do escolhido a ser reembolsado das despesas de transporte correspondentes rea da circunscrio onde ele tem escritrio. III - A no se entender assim, estar-se- a fomentar, a pretexto de beneficiar o requerente do apoio - nico responsvel, por regra, pelo pagamento dos servios que lhe aproveitam - a excessiva transferncia de encargos para os Cofres, com as implicaes ao nvel do desperdcio e do malbaratamento dos consabidamente escassos meios oramentais da comunidade.

    9. EXTENSO DO APOIO JUDICIRIO LIBERDADE CONDICIONAL

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    ELUCIDRIO DO ACESSO AO DIREITO

    Acrdo Tribunal da Relao do Porto 11-01-2012 Sumrio I - A nomeao de defensor oficioso ao arguido no processo da condenao no se estende ao processo para concesso da liberdade condicional. II - No obrigatria a nomeao de defensor ao recluso para o acto da sua audio prevista no art. 147, n 2, do Cdigo de Execuo das Penas e Medidas Privativas da Liberdade.

    10. PEDIDO DE APOIO JUDICIRIO PROCESSO PENAL PRAZO Acrdo do Tribunal da Relao Guimares 10-03-2011 Sumrio I - Em processo penal, o pedido de apoio judicirio pode ser requerido at ao termo do prazo de recurso da deciso em primeira instncia. II Se deferido, o apoio judicirio requerido antes do trnsito em julgado da sentena condenatria da qual no foi interposto recurso abrange as custas de todo o processo e no apenas as devidas aps o requerimento.

    11. APOIO JUDICIRIO ININVOCABILIDADE NOUTROS PROCESSOS Acrdo do Tribunal da Relao do Porto 10-12-2009 Sumrio I - O benefcio de apoio judicirio sempre concedido tendo em vista uma determinada causa (a propor ou j pendente) e no para a satisfao de um determinado direito ou pretenso do requerente, independentemente do nmero e tipo de processos e procedimentos que a satisfao daquele direito ou pretenso possa envolver. II - O benefcio de apoio judicirio apenas extensvel a outros processos nas situaes previstas no art. 18, n/s 4 a 7 da Lei n 34/04, de 29.07, pelo que, fora das situaes a previstas, uma deciso que concede tal benefcio apenas pode ser invocada numa nica causa cujo objecto se enquadre no fim para o qual o apoio judicirio foi requerido e concedido, a produzindo e esgotando os seus efeitos e no mais podendo ser invocada para produzir efeitos no mbito de qualquer outra aco. III - Ainda que o benefcio de apoio judicirio seja requerido e concedido para a propositura de aco destinada a obter de algum uma determinada indemnizao, tal deciso apenas poder produzir efeitos na primeira aco que for interposta com aquela finalidade e no mbito da qual aquela deciso foi invocada, no produzindo qualquer efeito no mbito de outras aces que, com idntica ou semelhante finalidade, venham a ser interpostas. IV - A necessidade de propositura de diversas aces - ainda que relacionadas com os mesmos factos - implica sempre (fora