elisângela bezerra das neves holanda · 2017. 12. 19. · na noite de 4 de abril de 1646 jacob...
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Elisângela Bezerra das Neves Holanda
OS MASSACRES DE CUNHAÚ E URUAÇU:
UMA HISTÓRIA DE FÉ
“Não é a morte que, por si só, faz o mártir, mas a causa pela qual a
pessoa for morta” (Santo Agostinho).
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MARTÍRIO NA HISTÓRIA DA IGREJA
❖ Mártir é uma pessoa que morre pela sua fé, defendendo seus
pensamentos cristãos;
❖ O primeiro mártir da historia foi Estevão, o primeiro mártir da
igreja cristã, e de acordo com a Bíblia ele foi apedrejado;
❖ Muitos foram aqueles que perderam suas vidas por causa do
Evangelho, a história narra que a maioria dos discípulos de
Jesus foram mártires.
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A HISTÓRIA DOS MASSACRES DE CUNHAÚ E URUAÇU
ANTECEDENTES:
❖ Invasão holandesa em Pernambuco;
❖ Invasão holandesa no Rio Grande (1633-1654);
❖ Política da boa vizinhança com os indígenas;
❖ O judeu alemão Jacob Rabbi veio para a Capitania do Rio Grande e
passou quatro anos junto aos Tapuias Janduís.
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TERRITÓRIO HOLANDÊS NO BRASIL
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A EXPULSÃO HOLANDESA
❖Em 1645 teve início um movimento de revolta contra o domínio
holandês que ficou conhecido como Insurreição Pernambucana.
❖Lideraram o movimento: os senhores de engenho João Fernandes
Vieira e André Vidal de Negreiros, o índio Felipe Camarão, e o negro
Henrique Dias;
❖Após violentas lutas, como o combate do Monte das Tabocas (1645)
e as duas batalhas dos Guararapes (1648 e 1649), os holandeses
foram finalmente derrotados.
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ANTÔNIO FELIPE CAMARÃO
O índio Poti nasceu em 1600, em Igapó-RN,
batizado com o nome de Antônio, o qual acresceu o
de Felipe, em homenagem ao rei da Espanha e
"Camarão", tradução do vocábulo "Poti".
Deslocou uma tribo de potiguares para Recife,
participando de inúmeros combates contra os
holandeses. Faleceu em agosto de 1648. Recebeu a
comenda da Ordem de Cristo, também ganhou a
mercê de "Dom" e o título de "Governador de
todos os índios do Brasil".
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ENGENHO DE CUNHAÚ
O Engenho Cunhaú foi construído na sesmaria dada por Jerônimo de
Albuquerque em 2 de maio de 1604 aos seus filhos Antônio e Matias.
O engenho Cunhaú safrejava de 6000 a 7000 arrobas de açúcar, que eram
exportadas para Recife, tornando-se assim o primeiro centro industrial da
capitania do Rio Grande do Norte e ele possuía um fortim, sob o comando do
Capitão Álvaro Fragoso de Albuquerque e até o ano de 1625 pertenceu aos
Albuquerques Maranhões, e no ano de 1637 foi vendido pela companhia a
Baltazar Wintgens e Joris Garstman Van Werve, depois de algum tempo, foi
revendido aos flamengos Willem Beck e Hugo Graswinckel.
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ENGENHO DO FERREIRO TORTO
Este engenho de cana-de-açúcar foi o segundo a ser erguido no Rio
Grande do Norte e estava localizado no município de Macaíba.
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De início, o solar (casarão) do Engenho Ferreiro Torto, construído no
século XVII, recebeu o nome de Engenho Potengi e durante alguns
séculos, o Engenho Ferreiro Torto portou-se como um fênix, com
personalidade e trajetória sólida, sendo destruído por embates e guerras,
sendo novamente reerguido.
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ENGENHO POTENGI
Este engenho de cana-de-açúcar foi o terceiro a ser erguido no Rio
Grande e estava localizado nas proximidades de Macaíba e Natal
(atualmente a área pertence ao município de São Gonçalo do
Amarante).
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OS MASSACRES
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JACOB RABBI
Alemão de descendência judaica, natural do condado de Waldeck,
emigrou para a Holanda onde foi contratado pela Companhia das
Índias Ocidentais Holandesas. Quando veio para o Brasil permaneceu
durante quatro anos vivendo entre aqueles indígenas e assimilou os
costumes nativos, num verdadeiro processo “indianização”. Ele vivia
com uma nativa Janduí de nome Domingas, num sítio de sua
propriedade, chamado "Ceará".
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No comando das tropas de janduís e potiguares, Rabbi foi responsável por
vários saques e chacinas em engenhos, entre as capitanias do Rio Grande,
Paraíba e Pernambuco. Todos os assaltos, saques e morticínios dos índios
janduís rendiam gado, roupa e jóias ao amigo Rabbi e como resultado,
conseguiu acumular uma pequena fortuna.
Na noite de 4 de abril de 1646 Jacob Rabbi foi morto, em Natal, de modo
violento a tiros e golpes de espada. A maioria dos historiadores defende que a
morte de Jacob Rabbi foi planejada pela Companhia das Índias Ocidentais,
com o intuito de dar um basta às atrocidades do alemão.
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Ferreiro Torto: foi o primeiro ponto a ser atacado.
Cunhaú: Jacob Rabbi chegou ao engenho de Cunhaú em 15 de julho, pediu
para que os moradores comparecessem à Igreja para tratar de um certo
negócio e prometendo não ferir ninguém, muitas pessoas foram à capelinha,
no dia marcado. Era 16 de julho de 1645.
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PADRE ANDRÉ DE SOVERAL
Paulista de São Vicente, missionário
e tupinólogo, começou a celebrar a
missa, considerando que a reunião seria
realizada após o ato religioso. Possuía
entre 70 e 80 anos.
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O MASSACRE NA CAPELA DE NOSSA SENHORA DAS CANDEIAS
No dia seguinte, a missa foi iniciada no horário de costume. Os nativos
se aproximaram da capela, fecharam as portas e os fiéis compreenderam o
que iria acontecer. Quando o padre André de Soveral elevou a hóstia, era
o sinal combinado e deu-se início ao massacre.
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As vítimas mal tiveram tempo de pedir perdão de seus pecados. Gritos,
súplicas, gemidos. Alguns tapuias procuraram atingir o sacerdote, André
Soveral, então, disse: "Aquele que tocar no padre ou nas imagens do altar
terá os braços e as pernas paralisados! ”. Os tapuias recuaram, porém
Jerereca acertou um golpe violento no sacerdote, que caiu. Ainda
conseguiu se erguer, mas por pouco tempo, tombando sem vida.
Morreram ao todo sessenta e nove pessoas.
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A notícia do massacre de Cunhaú espalhou-se por todo o Rio Grande e
capitanias vizinhas, mesmo suspeitando dessa conivência do governo
holandês, alguns moradores influentes pediram asilo ao comandante da
Fortaleza dos Reis Magos, entre eles o vigário da cidade Pe. Ambrósio
Francisco Ferro. Os outros moradores, a grande maioria, não podendo
ficar no Fortaleza, assumiram a sua própria defesa, construindo uma
fortificação na pequena cidade de Potengi (atual São Gonçalo do
Amarante) a 25 km de Fortaleza.
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PADRE AMBRÓSIO
Português, vigário do Rio Grande
(Natal).
Aparentemente tinha um
relacionamento amistoso com os
holandeses, pois pediu asilo aos
mesmos na Fortaleza
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Nenhum massacre tinha ocorrido após o de Cunhau e não havia,
igualmente, sinais de algum levante próximo ao Rio Grande. Acontece
que, no dia 2 de outubro de 1645, chegou de Recife o conselheiro
Bullestraten. E se reuniu, secretamente, com Gardtzman. Tudo indica que
trazia ordens para executar os portugueses.
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No dia seguinte, 3 de outubro de 1645, os colonos que se encontravam
no Castelo Keulen foram levados para Uruaçu.
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Ao chegar em Uruaçu, a tropa
formou um quadrado e, no interior desse
quadrado, ficaram o sacerdote mais os
colonos. Foi dada a seguinte ordem: que
eles se despissem e se ajoelhassem. Os
portugueses compreenderam, então, o que
iria acontecer. O padre Ambrósio Ferro,
com tranquilidade deu a absolvição.
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O pastor Astetten fez uma exortação
para que os prisioneiros abjurassem a fé
católica. Obteve, entretanto, uma resposta
negativa de todos, numa atitude firme e
corajosa dos portugueses. Os colonos se
despediram uns dos outros, praticando atos
de devoção.
Não ficando satisfeito, Jacob Rabbi
chamou os nativos para que eles
completassem o massacre. Fizeram corpos
em pedaços, arrancaram olhos, línguas, etc.
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Os holandeses se dirigiram até o arraial, afirmando que chegaram
ordens do Supremo Conselho, determinado que eles deveriam assinar
alguns documentos. Os homens se despediram de seus familiares,
chorando, porque sabiam que iriam caminhar para a morte. Durante o
caminho, rezavam. Os pressentimentos se realizaram. Os cronistas
fizeram relatos minuciosos. Narram, entre outros detalhes, o seguinte:
“Antônio Baracho foi amarrado a uma árvore e arrancam-lhe, quando
ainda estava vivo, a língua”.
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Abriram o corpo de Mateus
Moreira e tiraram o seu coração.
Antes de morrer, ele disse: "Louvado
seja o Santíssimo Sacramento".
BEATO MATEUS MOREIRA
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❖Espatifou, com o pau, a cabeça de uma criança, filha de Antônio
Vilela;
❖A filha de Francisco Dias teve o seu corpo partido em duas partes;
❖A mulher de Manuel Rodrigues Moura, depois que o marido
morreu, teve cortado os pés e as mãos. A vítima sobreviveu, ainda,
três dias ao lado do marido morto;
❖Os nativos procuraram salvar oito rapazes. Os holandeses
ofereceram uma oportunidade para que os jovens conseguissem a
liberdade: eles teriam que passar para o lado dos holandeses. João
Martins deu a seguinte resposta: "não me desamparará Deus dessa
maneira, a minha Pátria e o meu rei. Matai-me logo, pois tenho inveja
da morte e da glória dos meus companheiros".
OUTRAS NARRATIVAS.....
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❖Uma moça, muito bonita, foi vendida aos nativos, ou melhor, trocada
por um cão de raça;
❖ Dois jovens, Manuel Álvares e Antônio Bernardes, com várias feridas,
puxaram suas armas brancas, investindo contra os tapuias, matando
alguns inimigos antes de morrer;
❖ Uma menina, de nome Adriana, ao saber que seus pais seriam mortos,
se recolheu a uma casa, chorando, em seguida. Foi quando a Virgem
Santíssima apareceu, procurando consolar aquela criança. E prometeu
que seus pais seriam vingados".
OUTRAS NARRATIVAS.....
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❖O processo de beatificação foi iniciado na década de 1970, sendo a
documentação enviada por Dom Alair Vilar (Acerbisbo de Natal) em 1988,
época em que os mártires recebem o título de Servo de Deus;
❖Em 1998 os Mártires de Cunhaú e Uruaçu se tornaram Veneráveis
Mártires;
❖Em 5 de março de 2000, na Praça de São Pedro, no Vaticano, o Papa João
Paulo II beatificou os 30 protomártires brasileiros, sendo 2 sacerdotes e 28
leigos beatificados. A celebração foi realizada por Dom Heitor Sales;
❖A lei Nº 8.913/2006 decretou a existência de um feriado estadual dedicado
aos mártires católicos mortos durante um massacre promovido por
holandeses e indígenas da região.
PROCESSO DE BEATIFICAÇÃO
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❖A pedido de vários bispos brasileiros, em 2015, o processo de
canonização foi enviado para a Congregação para a Causa dos
Santos no Vaticano;
❖Em setembro de 2016 Dom Jaime Vieira foi chamado para
participar de uma audiência com o Papa Francisco;
❖Em outubro de 2016 Dom Giovanni D’Aniello, representante do
Papa no Brasil veio conhecer os locais do martírio;
PROCESSO DE CANONIZAÇÃO
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❖Após 17 anos, no dia 23 de março de 2017, o Papa Francisco
autorizou, sem necessidade do reconhecimento de um milagre, a
canonização dos Beatos André de Soveral, Ambrósio Francisco
Ferro, Mateus Moreira e outras 27 pessoas (uma de Cunhaú e 26 de
Uruaçu);
❖A Canonização foi oficializada no dia 15 de outubro de 2017;
❖A partir de outubro de 2017 o RN tem 30 santos!
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MONUMENTOS AOS MÁRTIRES DE CUNHAÚ E
URUAÇU
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❖Criada em 2003, localizada em Emaús (Parnamirim/RN).
PARÓQUIAS QUE HOMENAGEIAM OS MÁRTIRES
Paróquia do Beato André de Soveral
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❖Criada em 2003, localizada em Cidade Verde (Parnamirim/RN).
Paróquia do Beato Mateus Moreira
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❖Criada em 2003, localizada no Planalto (Natal/RN).
PARÓQUIA DO BEATO AMBRÓSIO FRANCISCO FERRO
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PARÓQUIA SANTUÁRIO DOS MÁRTIRES DE CUNHAÚ E URUAÇU
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(Letra: Mons. Francisco de Assis Pereira / Música: Pe. José Freitas Campos )
1. Vi ao Cordeiro grande multidão, com as vestes brancas, palmas em suas
mãos. Mostra quem são eles e de onde vieram?
REFRÃO:
Mártires da fé, filhos do rio grande, homens e mulheres, jovens e meninos,
pelo bom Pastor, deram o seu sangue.
Nossa Igreja em festa canta os seus hinos!
2. O Cordeiro foi por nós imolado. No seu sangue todos foram consagrados.
Mostra quem são eles e de onde vieram?
3. Foram trinta servos que por Deus morreram. Palmas de vitória no céu
receberam. Mostra quem são eles e de onde vieram?
4. Padre Soveral lá em Cunhaú e o Padre Ambrósio em Uruaçu. Mostra quem
são eles e de onde vieram?
5. E Mateus Moreira na morte exclamou: Salve a Eucaristia, mistério de amor.
Mostra quem são eles e de onde vieram?
HINO DOS MÁRTIRES DE CUNHAÚ E URUAÇU
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Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo: olhai para o sacrifício e para o
sangue que vossos Bem-Aventurados Mártires Padre André de Soveral, Padre
Ambrósio Francisco Ferro, Mateus Moreira e Companheiros derramaram em
terras brasileiras, testemunhando seu amor, fé e fidelidade a Vós e a Vossa
Santa Igreja Católica!
Esses mártires nos deixaram precioso e belo exemplo de constância e
perseverança na vida cristã, levada de forma séria, decidida e valorosa, até o
oferecimento da própria vida. Concedei a nós, que invocamos sua intercessão e
proteção que, do Céu, nos alcancem a mesma fé e a mesma caridade que os
inflamava! Alcançai-nos também a graça, que tanto necessitamos, se for para o
nosso bem, para Vossa maior glória e a de vossos bem-aventurados mártires.
Santíssima Virgem Maria, Rainha dos Mártires, rogai por nós! Amém!
ORAÇÃO DOS MÁRTIRES DE CUNHAÚ E URUAÇU