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A População de Araraquara e região já pode visitar o Parque Ecológico do Basalto, que abriga milhares de plantas do cerrado, mata tropical, plantas raras e de outros ecossistemas. PÁG. 6 Parque do Basalto implanta mini jardim Aproximadamente 300 espécies de plantas catalogadas Ano IV - N. 24 - Setembro de 2006 Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo do Centro Universitário de Araraquara - UNIARA www.uniara.com.br Estudantes resgatam as raízes do forró “Pé de Serra” PÁG. 4 Cultura Dislexia é o distúrbio de maior incidência nas salas de aula PÁG. 6 Saúde Mães deixam de amamentar mais cedo para trabalhar PÁG. 2 Comportamento Aromaterapia divide opinião de especialistas PÁG. 4 Saúde Eleição é sinônimo de dúvidas Dúvidas sobre voto de legen- da, branco e nulo, entre outras questões sobre eleições, são freqüentes e tornam-se um problema em um país com mais de 120 milhões de elei- tores. Por esta razão, a idéia do voto consciente é sempre lembrada por autoridades e especialistas da área, especial- mente em ano de eleições pre- sidenciais. PÁG. 3 Cesta Básica tem variação de até 200% PÁG. 8 Entre um supermercado e outro, existe uma variação de mais de 200% no preço dos produtos da cesta básica, reve- la uma pesquisa feita pelo Núcleo de Conjuntura e Estu- dos Econômicos da Universi- dade Estadual Paulista (Unesp) de Araraquara. Obesidade infantil preocupa especialistas PÁG. 8 Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que 31% das crianças brasileiras são obesas e apresentam vida sedentária. O fato preocupa especialistas, que alertam sobre a importância da prática das atividades físicas desde a infância. Entidades de Araraquara desenvolvem pro- jetos esportivos voltados para essa faixa etária. Os primeiros imigrantes italianos chegaram na região em 1876, principalmente em cidades como Araraquara e São Carlos. Foi uma época em que a ferrovia e a cultura do café contribuíram para aumentar o fluxo migratório para a região central do estado de São Paulo, substituindo a mão de obra escrava. PÁG. 7 Itália tem memória preservada na região Estação da Ferroviária de São Carlos, lembra presença dos imigrantes italianos Saúde Aumenta o número de cirurgias plásticas A cirurgia plástica adquire cada vez mais adeptos. Nos últimos cinco anos, houve um cresci- mento de 500% no número de cirurgias de mama realizadas no país. PÁG. 5 Cultura Primeiro sucesso de Elvis faz 50 anos Há cinqüenta anos Elvis Presley lançava seu primeiro álbum, denominado “Heartbreak Hotel” O cantor, nascido nos Estados Unidos, até hoje é idolatrado por milhares de fãs de todo mundo. PÁG. 7 Grafiteiros ganham mais espaços nos muros urbanos Geral Polícia identifica nova droga ao investigar orkut A polícia de São Paulo apreen- deu, pela primeira vez no país, uma droga chamada poppers. Também conhecida como “gás hilariante”. O aumento no prazer sexual é um dos efeitos atri- buídos ao poppers. PÁG. 2 Geral Golpes por telefone preocupam moradores A população de Araraquara tem sido vítima freqüente de tentativa de golpes por telefone. Um dos mais conhecidos é o trote do falso seqüestro. PÁG. 7 Foto Elias Taveira Foto Bruno Marasca Foto Elias Taveira Um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geo- grafia e Estatística (IBGE) constatou que o desperdício de alimentos no Brasil é maior que o consumo. Em média, cada brasileiro joga no lixo 37 quilos de comida, enquanto o consumo é de 35 quilos, ou seja, dois a menos do que é jogado. Essa quanti- dade representa 70 mil tonela- das de alimentos desperdi- çados por dia. PÁG. 8 Desperdício de alimentos é maior que consumo PÁG. 5

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Page 1: Elei“‰o ” sinŽnimo de dœvidas - uniara.com.br · dieta da lua, das frutas, dos pontos, dieta do tipo sangu™neo e ... quilos em 15 dias. Apesar do excesso de peso, meus exames

A População de Araraquara e região já podevisitar o Parque Ecológico do Basalto, que abrigamilhares de plantas do cerrado, mata tropical,plantas raras e de outros ecossistemas.PÁG. 6

Parque do Basaltoimplanta minijardim

Aproximadamente 300espécies de plantascatalogadas

Ano IV - N. 24 - Setembro de 2006

Jornal Laboratório do Cursode Jornalismo do CentroUniversitário deAraraquara - UNIARA

www.uniara.com.br

Estudantesresgatam asraízes do forró“Pé de Serra”PÁG. 4

CulturaDislexia é odistúrbio demaior incidêncianas salas de aulaPÁG. 6

SaúdeMães deixam deamamentar maiscedo paratrabalharPÁG. 2

ComportamentoAromaterapiadivide opiniãode especialistasPÁG. 4

Saúde

Eleição ésinônimo

de dúvidasDúvidas sobre voto de legen-da, branco e nulo, entre outrasquestões sobre eleições, sãofreqüentes e tornam-se umproblema em um país commais de 120 milhões de elei-

tores. Por esta razão, a idéia dovoto consciente é semprelembrada por autoridades eespecialistas da área, especial-mente em ano de eleições pre-sidenciais. PÁG. 3

Cesta Básicatem variaçãode até 200%

PÁG. 8

Entre um supermercado eoutro, existe uma variação demais de 200% no preço dosprodutos da cesta básica, reve-la uma pesquisa feita peloNúcleo de Conjuntura e Estu-dos Econômicos da Universi-dade Estadual Paulista(Unesp) de Araraquara.

Obesidadeinfantilpreocupaespecialistas

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Pesquisa do Instituto Brasileirode Geografia e Estatística(IBGE) aponta que 31% dascrianças brasileiras são obesase apresentam vida sedentária. Ofato preocupa especialistas, quealertam sobre a importância daprática das atividades físicasdesde a infância. Entidades deAraraquara desenvolvem pro-jetos esportivos voltados paraessa faixa etária.

Os primeiros imigrantes italianos chegaram naregião em 1876, principalmente em cidadescomo Araraquara e São Carlos. Foi uma épocaem que a ferrovia e a cultura do café contribuírampara aumentar o fluxo migratório para a regiãocentral do estado de São Paulo, substituindo amão de obra escrava. PÁG. 7

Itália tem memóriapreservada naregião

Estação da Ferroviária deSão Carlos, lembra presençados imigrantes italianos

Saúde

Aumenta onúmero decirurgiasplásticas

A cirurgia plástica adquire cadavez mais adeptos. Nos últimoscinco anos, houve um cresci-mento de 500% no número decirurgias de mama realizadas nopaís.PÁG. 5

Cultura

Primeirosucesso deElvis faz 50anos

Há cinqüenta anos Elvis Presleylançava seu primeiro álbum,denominado “Heartbreak Hotel”O cantor, nascido nos EstadosUnidos, até hoje é idolatrado pormilhares de fãs de todo mundo.PÁG. 7

Grafiteiros ganham maisespaços nos muros urbanos

Geral

Políciaidentificanova drogaao investigarorkutA polícia de São Paulo apreen-deu, pela primeira vez no país,uma droga chamada poppers.Também conhecida como “gáshilariante”. O aumento no prazersexual é um dos efeitos atri-buídos ao poppers.PÁG. 2

Geral

Golpes portelefonepreocupammoradores

A população de Araraquara temsido vítima freqüente de tentativade golpes por telefone. Um dosmais conhecidos é o trote do falsoseqüestro.PÁG. 7

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Um estudo realizado peloInstituto Brasileiro de Geo-grafia e Estatística (IBGE)constatou que o desperdíciode alimentos no Brasil émaior que o consumo. Emmédia, cada brasileiro joga no

lixo 37 quilos de comida,enquanto o consumo é de 35quilos, ou seja, dois a menosdo que é jogado. Essa quanti-dade representa 70 mil tonela-das de alimentos desperdi-çados por dia. PÁG. 8

Desperdíciode alimentosé maior queconsumo

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Pela primeira vez na história,mais da metade das pessoas doplaneta, estão acima do peso,segundo o site do IBGE (InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatís-tica). No Brasil, esse número jáatinge 70 dos 186 milhões dehabitantes.

Tendo essa consciência, mui-tos aderem às dietas alternativaspara conseguirem em um curtotempo o peso ideal, preocupando-se apenas com a aparência edeixando de lado a questão dasaúde.

Existem inúmeras dietas queprometem o desaparecimento dasgorduras indesejadas, em curtoprazo. Dietas como a do Dr.Atkins (que existe há trinta anos),dieta da lua, das frutas, dospontos, dieta do tipo sanguíneo ea mais recente chamada deCalorias Inteligentes, onde aalimentação da pessoa funciona

A falta de tempo para ama-mentar seus filhos está fazendocom que as mães substituam o lei-te materno por outros similares,o principal motivo é o mercadode trabalho dos países em desen-volvimento que está cada vezmais concorrido, com isso asmães ficam menos tempo delicença maternidade, adiandoassim, o tempo de aleitamento.

Tanto em países desenvol-vidos quanto naqueles em desen-volvimento, muitos trabalhadoresda área de saúde assumem que ossubstitutos do leite materno sãonecessários para as mulheres porcausa da sua atuação no mercadode trabalho e, algumas vezes,incentivam o uso de simi-lares.

Além disso, esses profis-sionais, freqüentemente não semostram otimistas a respeito dosesforços das mulheres parapromover o aleitamento maternopor acreditarem que o avançoeconômico das mulheres requersua participação na força detrabalho e que isto é incompatívelcom a amamentação.

Uma pesquisa feita por espe-cialistas da Georgetown Univer-sity (EUA), que inclui o Brasil emais 14 paises em desenvol-vimento sobre determinantes daspráticas de alimentação infantil,revela que não é o emprego damãe em si, mas característicasmais específicas do emprego queinfluenciam tais práticas.

Algumas condições particu-

larmente relevantes quando setrabalha fora, são a separação en-tre mãe e bebê, turnos de tra-balho inflexíveis, falta de crecheno local de trabalho, transporte elegislação de licença-mater-nidade.

“Tive que deixar de amamen-tar meu filho com três meses deidade porque estavam precisando

de mim no meu trabalho, pararesolver alguns problemas daempresa. Assim, mesmo quandoeu estava em casa a empresaentrava em contato comigo. Senão voltasse a trabalhar iriaperder o emprego”, afirma aauxiliar administrativa Carla

Verônica Andrade.Segundo a pediatra Carmem

Estela Nunes, o leite materno éinsubstituível e a amamentação éa maneira natural e correta dealimentar o bebê nos primeirosmeses de vida. “O leite é tãocompleto que o bebê não precisareceber nenhum outro tipo dealimento,como chá ou água”

orienta a pediatra.“O leite é um líquido rico em

minerais, enzimas, vitaminas egorduras que protegem a criançacontra doenças. A mais freqüentenos bebês que não amamentamé a diarréia. Os recém-nascidosperdem 25% do calor do seu

corpo através da evaporaçãode água dos seus pulmões epele. A maioria dos bebês vãomamar entre 9 e 11 vezes pordia, mantendo facilmente, oequilíbrio de fluidos no corpo,por isso as mães não podemdeixar de amamentar seusfilhos no mínimo até o primei-ro ano de vida, isso se o leite

não secar ou se a criança nãorejeitar o peito, neste caso, asmães podem usar substitutoscomo o leite de vaca, chá eoutros alimentos ricos emvitami-nas”, afirma a nutricio-nista Ana Carla M. Antunes.

População busca dietas alternativasEm busca de um corpo perfeito, cada vez mais as pessoas buscamperder peso com dietas de resultado duvidoso

Mercado de trabalhoMercado de trabalhoMercado de trabalhoMercado de trabalhoMercado de trabalhoatrapalha amamentaçãoatrapalha amamentaçãoatrapalha amamentaçãoatrapalha amamentaçãoatrapalha amamentaçãoO leite materno é o único alimento necessário aobebê no primeiro ano de vida

GERALVITRAL - PÁG 2

Chefe do DepartamentoChefe do DepartamentoChefe do DepartamentoChefe do DepartamentoChefe do Departamentode Ciências Humanas ede Ciências Humanas ede Ciências Humanas ede Ciências Humanas ede Ciências Humanas eSociaisSociaisSociaisSociaisSociaisProf. Mivaldo Messias Ferrari

Coordenadora do Cursode JornalismoProfa. Elivanete Zuppolini Barbi

O Jornal Vitral éproduzido pelosalunos do 3º ano docurso de Jornalismoda Uniara

ProfessoresResponsáveisAndrea CupolilloCesar MulatiFrancisco BeldaMárcio Martinelli

Secretaria deRedaçãoMariana Teixeira LoretoLuciane Tezzei Pereira Cisneiros

EditoresAlvaro TanigutiFernanda Mont’Alvão MoraisCamila Cristina Boschilia

Jairo Figueiredo FalvoWillian Guilherme de Oliveira

FotografiaAna Carla Mendes LacerdaBruno MarascaSimone Cristina DibFrancisco Lourenço Barbosa

RepórteresMichele CarvalhoMaria Luiza Paiva SantosNatasha Helena Gonzales CostaAnalice Gaspar GarciaEmanuele Nunes Fernandes

Expediente

Val Rodolpho MortariRepórter

Polícia apreendedroga depois deinvestigar mensa-gens na internet

O site de relacionamentos nainternet Orkut tornou-se propa-gador de uma nova droga, deno-minada poppers. Através da rede,jovens trocam informações erevelam até locais de sua comer-cialização.

Após investigar essas mensa-gens, a polícia de São Paulo apre-endeu pela primeira vez a drogano Brasil, em maio deste ano. Elaera vendida como um produto delimpeza de DVDs, chamado“Thunder Bolt”, ao preço de R$30,00.

Também conhecido como“gás hilariante”, o poppers foi ini-cialmente produzido nos anos 70como remédio para combater aangina (dor no peito). Devido aseus efeitos colaterais, comoqueda de pressão e desmaio, suautilização médica foi proibida.No entanto, o poppers passou aser consumido como uma novadroga com cloreto de etila, a mes-ma química do lança perfume.

Um dos efeitos atribuídos aopoppers e que leva muitas pes-soas a consumi-lo é o aumento doprazer sexual. A droga age comoum vaso dilatador e facilita avirilidade e relações entre casais.Isso faz com que o risco de sexosem proteção aumente entre osusuários. Outros efeitos da drogasão euforia e alucinações visuais.

O poppers foi apreendido pelaprimeira vez no Brasil; drogaera utilizada como remédio paracombater dor no peito

Fernanda Mont’Alvão Morais

Repórter

como um sinal de trânsito: osalimentos de cores verdes sãoliberados, os amarelos têm restri-ções e os de cores vermelhas proi-bidos.

De acordo com o livro “PenseMagra, seja magra”, a cada anomilhões de pessoas começam aperder peso com essas dietasalternativas – cerca de 20 a 35%dos americanos. Apesar de teremum rápido resultado, algumas atéprometendo a perda de cincoquilos por semana.

Esses tipos de regimes nãosão aconselhados por especialis-tas, mesmo porque não fazembem à saúde, podendo acarretarinúmeras doenças como: diabe-tes, hiperglicemia, anemia, coles-terol entre outros.

As pessoas procuram essetipo de regime exatamente por serrápido e obter o resultado espe-rado. “Fiz uma dieta que elimina-va os carboidratos e perdi oitoquilos em 15 dias. Apesar doexcesso de peso, meus exames

sempre acusavam anemia, porisso resolvi parar e fazer acompa-nhamento nutricional”, disseAlice Dib, que faz dietas há dezanos.

FUGASegundo a psicóloga RosanaGagliardi, que trabalha comdistúrbios alimentares, há cincoanos, quem procura esse tipo dedieta está querendo fugir darealidade, pessoas que desejammelhorar sua auto-estima, masque não querem se sujeitar alimites e nem rotinas para a suaalimentação.

“A parte mais difícil de lidarcom esse tipo de paciente é aconscientização que a perca depeso é necessária não apenas pelaestética e também pela saúde”,observa.

A nutricionista Karina Macri,por exemplo, acredita que essetipo de facilidade induz aindamais as pessoas, sejam elas

obesas ou não, a fazerem essestipos de dietas. “Eles acabamprocurando uma dieta queprometa resultado em curtotempo”, comenta.

“Alguns comem sopa duranteuma semana e deixam de comeroutros nutrientes necessários pa-ra o corpo, debilitando o organis-mo e propiciando o surgimento deinúmeras doenças”, lembrouKarina.

Com o intuito de emagrecer echegar ao peso que a sociedadejulga ideal, a estudante ThaisMedina seguiu uma dieta queencontrou na internet, acabouhospitalizada, mas mesmo assimcontinua o regime. “Eu fiz a dietado abacaxi. Durante uma semanasó comi essa fruta e emagreciapenas 1 quilo. No final dasemana desmaiei e fui parar nohospital.”, afirma a estudante.“Apesar de estar dentro do peso,ainda acho que devo perder pelomenos dois quilos e acredito quevale a pena o sacrifício”.

Um estudante de 24 anos, quenão quis se identificar, diz que jáconsumiu o poppers. Ele relataque os jovens preferem usar adroga em raves e boates. “Aspessoas usam para dançar. Amúsica fica mais forte e é comose um soco atingisse a cabeça”.Segundo o estudante, os efeitosda droga duram poucos minutose são parecidos com os do lança-perfume.

CONSEQÜÊNCIASO consumo do poppers é feito porvia respiratória, através dainalação. É comum entre osusuários ter irritação nas viasrespiratórias e o uso prolongadotraz prejuízos ao sistemaimunológico (de defesa). Tam-bém são atribuídos à droga diver-sos tipos de cânceres, queda depressão, desmaios e fortes tontu-ras, além de causar dependênciaquímica.

Segundo o psicólogo Ricardoda Costa Padovani, os fatores quepodem explicar o consumo dedrogas por adolescentes são asrelações conflituosas com afamília e as influências negativasde amigos. “Se o jovem tiver umamá estrutura familiar e se receberinfluências negativas de gruposde amigos envolvidos em ativida-des anti-sociais, isso pode favore-cer seu envolvimento com asdrogas”, relata o psicólogo.

Repórter Luciane Cisneros

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Tempo é um dos principais problemas para a mulher amamentar seu filho

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Dietasalternativas sãorecursos paraemagrecer

Geziellen Tereza da SilvaTábata Verônica CastroCharlene Cristina HernandesFernando MartinsItaici José Brunetti PerezMaiko da Cunha MagalhãesDavid Chaves FugazzaElias Taveira de FreitasErika Mac KnightHeliene Geórgia FigueiredoJeferson Willian LemeJuliana FrancoJoão Antônio CastrozKátia Sirqueira de FariasKleber Jorge Savio Chicrala

Mariana Ribeiro Lisboa BragaMilena Torquato DanielsRodrigo Pagliani SimonatoRoger Tiago de Freitas MendesVal Rodolpho Mortari NetoNadia LopesAlan Pablo Cesar PereiraLivia RodriguesSimone Rigolin Soriano

ImpressãoInterpress ComunicaçõesEditoriais / São Carlos - SP

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População tem dúvidas sobre eleição

POLÍTICAVITRAL - PÁG 3

Voto, eleições e partidos polí-ticos podem ser palavras comunsno cotidiano, mas quando se tentaentender o que significam e qualsua importância, muitas pessoascaem em contradição e revelamnão saber como funciona o sis-tema eleitoral do país. Por contadisso, a idéia de voto conscienteé sempre lembrada pelas autori-dades, visando garantir que boaspolíticas sejam realizadas no país,no qual o número de eleitores ul-trapassa a marca de 120 milhões.

Segundo dados do TribunalSuperior Eleitoral (TSE), o Brasilconta hoje com 123.528.026 deeleitores. Só a região Sudeste éresponsável por quase a metadedesse número, com 54.146.903votantes, enquanto no estado deSão Paulo existem 27.684.224eleitores. Araraquara é responsá-vel por 136.242 votantes e SãoCarlos, por 144.491.

Especialistas, magistrados e eleitores indicam que sistema eleitoral do paísainda é desconhecido do povo

QUEM PODE E QUEM NÃO PODE VOTAR?JUIZ: O voto é obrigatório para pessoas entre 18 e 70 anos. Jovens com mais de 16 anos, analfabetos epessoas acima de 70 anos têm voto facultativo. Já os eleitores que, de posse ou não de seu título, não constemno caderno de votação ou aqueles que, por alguma razão, tenham cancelado a sua inscrição eleitoral, nãoestão aptos a votar.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE VOTO BRANCO E NULO?JUIZ: O voto branco é a opção em não escolher candidato ou legenda para votar. Esse voto é conhecidocomo abstenção, que acaba favorecendo o candidato que tiver mais votos. No próprio equipamento eletrônicoexiste uma tecla exclusiva para o “voto branco”. Já o voto nulo é a escolha de um sufrágio não previsto para odeterminado pleito, tal como votar em um nœmero de um candidato não inscrito, podendo significar um equívocoou também uma forma de protesto. Neste caso o voto não é contabilizado. Caso o número de votos brancos ounulos ultrapasse os votos em um candidato, legalmente os eleitores podem exigir a realização de um novopleito.

O QUE É O VOTO DE LEGENDA?JUIZ: É considerado voto de legenda quando o eleitor manifesta sua vontade de votar apenas no partidopolítico de sua preferência, digitando na urna os dois primeiros algarismos que identificam o nœmero dopartido político e apertar a tecla “confirma”. O voto de legenda é considerado voto válido, para o cálculo doquociente eleitoral e do quociente partidário.

QUAIS SÃO OS CARGOS ELEGÍVEIS DESTE ANO?JUIZ: Por ser uma eleição presidencial este ano, os cargos elegíveis são: presidente, governador, deputadofederal e estadual, e senador. No caso de uma eleição municipal, os cargos elegíveis são para prefeito evereador.

O QUE É PRECISO PARA SE CANDIDATAR?JUIZ: Qualquer cidadão pode se candidatar desde que tenha nacionalidade brasileira ou condição deportuguês equiparado; estejam com pleno exercício dos seus direitos políticos; tenha sido alistado; tenhadomicílio eleitoral na circunscrição de pelo menos um ano antes do pleito; seja filiado a um partido político apelo menos um ano antes da eleição; possuir a idade mínima requerida para o cargo até a data da posse, queno caso de presidente, vice-presidente e senador é de 35 anos, para governador e vice-governador, 30 anos,deputados federal, estadual e distrital, prefeito e vice-prefeito, 21 anos, vereador, 18 anos.

O QUE É VOTO EM TRÂNSITO?JUIZ: O voto em trânsito é aquele que o eleitor não está na sua zona eleitoral no dia da eleição, mas não épermitido no Brasil. Nesse caso, o eleitor deve justificar o seu voto.

NO CASO DO ELEITOR ESTAR HOSPITALIZADO NO DIA DA ELEIÇÃO, COMO ELE DEVEPROCEDER PARA NÃO SER CONSIDERADO AUSENTE? E PARA O ELEITOR QUE FALTAR?JUIZ: Ele deve justificar sua ausência perante a sua Zona Eleitoral até 60 dias após as eleições, para nãoter o título cancelado. Já para o eleitor que deixou de votar e justificar, é cobrada uma taxa no valor de R$ 3,51.

COMO FUNCIONA O SEGUNDO TURNO?JUIZ: Em primeiro lugar, é preciso esclarecer que, pelas leis brasileiras, só há segundo turno nas eleiçõesmajoritárias para os cargos ao Poder Executivo, ou seja, presidente, governador e prefeito, para municípioscom mais de 200 mil eleitores. Há segundo turno quando o candidato mais votado não alcança 50% do total devotos, mais um voto.

É POSSÍVEL VOTAR SEM TÍTULO ELEITORAL?JUIZ: Sim. Quem não tiver o título em mão ou o tiver perdido poderá votar com outro documento deidentificação com foto. É preciso que o nome do eleitor conste da folha de votação.

COMO VERIFICAR SE O TÍTULO FOI CANCELADO?JUIZ: O eleitor deve comparecer ao cartório eleitoral e verificar a lista de eleitor com número da inscrição,data de nascimento e as eleições que deixou de votar ou justificar. Em caso de débito com a Justiça Eleitoral,deve procurar um cartório munido dos documentos: identidade, título eleitoral, comprovante de votação e dejustificativas eleitorais. Caso tenha perdido seus comprovantes, o eleitor deve requerer ao seu cartório umacertidão de quitação eleitoral, emitida no ato da solicitação (consulte o site do TSE/www.tse.gov.br).

Votar não é só apertar a tecla sim econfirmar, tem muita coisa por trás disso(Márcia Teixeira-professora de TeoriaPolítica da Unesp)

Entrevistado: Ivan Rodrigues de Andrade - Juiz Eleitoral

DÚVIDAS MAIS FREQÜENTES SOBREELEIÇÕES

Repórter Maiko Magalhães

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O juiz eleitoral da 385ª ZonaEleitoral do Estado de São Paulo,Ivan Rodrigues de Andrade,considera o voto como a armamais importante que o cidadãopossui para a garantia da demo-cracia e combate à corrupção.

Ele afirma que campanhaseducativas são a melhor alterna-tiva para conscientizar o povo.

“Votar consciente é participar,de alguma maneira, na formu-lação de políticas públicas dopaís, estado e município”, com-pleta o juiz.

A professora de TeoriaPolítica da Universidade EstadualPaulista (Unesp) de AraraquaraMárcia Teixeira explica que ovoto interferiu em decisõesfundamentais na história políticabrasileira, tanto nos períodos dedemocracia, como na ditadura

dos anos 1960, na qual o Con-gresso Nacional, AssembléiasLegislativas e Câmaras Munici-pais funcionavam sob restrição darepresentação partidária. “Votarnão é só apertar a tecla sim econfirmar, tem muita coisa portrás disso”, diz Márcia.

Em um país em que o númerode eleitores está entre os maioresdo mundo, a desinformação aindaé um problema. Para o juizeleitoral, o desconhecimento e ofato de não haver uma leipermanente de eleições são asprincipais razões do problema.

“O Código Eleitoral, únicanorma permanente, é semprealterado e foi elaborado na décadade 60, o que comprova uma faltade atualização e definição desistema”, afirma.

Outro fato atrelado à questãoé a intensa participação políticana televisão, que através domarketing faz com que a popu-lação seja alienada e iludida compromessas infundadas.

“A idéia de voto consciente,ainda que correta, pode vir a serdificultada pelo modo comotranscorre a campanha eleitoralna TV, com pouca discussão e,obediência de regras que limitamo acesso a mais informações”,acrescenta a professora.

O juiz também ressalta que énecessária a compreensão dosignificado de eleições livres,democráticas e transparentes,para que o povo possa interferirefetivamente no futuro do país.“Se as pessoas não se dispuserema auxiliar nas eleições, traba-lhando nas mesas receptoras e natotalização dos votos, além defiscalizarem bocas de urna epropagandas políticas, semprehaverá fraudes, corrupção edesvirtuamento da democracia”,finaliza.

“Não sei definir o queé voto de legenda”.

Cleiton de Santi - editor de imagens

“Para se candidatar épreciso estar engajadoa um partido político?”.

Gabriel Rosa - cinegrafistaEmanuele Daniel -

estudante de engenharia elétrica

“Eu ainda não sei quaissão os cargos elegíveis

desse ano”.

“Qual é a diferençaentre voto branco e

nulo?”.Simone Ferreira - balconista

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CULTURA/SAÚDEVITRAL - PÁG 4

Uma boa parte da populaçãode São Carlos e Araraquara érepresentada por estudantesuniversitários. Vindos de cidadesdiferentes, trazem uma diversifi-cação de ritmos e danças.

Um som que faz grandesucesso no meio universitário é oforró. Algumas pessoas dizemque é uma moda efêmera, maspara a maioria freqüentadora émuito mais que uma dança, umritmo, uma simples moda passa-geira. “O forró é cultura, integra-ção, magia”, define o forrozeiroMarco Faco.

O forró universitário é opopular forró pé de serra, que temcomo seu grande criador o com-positor e cantor Luiz Gonzaga,autor de Asa Branca, Chamego,entre outras músicas, e tocador debaiões, xotes, rojões e marchas.As bandas conhecidas como“universitárias” tocam o mesmosom e para ter certeza, é sóperceber a marcação da zabumba– um tambor característico deritmos nordestinos, com padrõesgraves.

A formação clássica doverdadeiro forró pé de serra éfeito por três instrumentos: asanfona, o triângulo e a zabumba.Mas, assim que o ritmo chegouna região sul, muitas bandasintroduziram alguns instrumentoselétricos, para deixar o som maisbonito,como o baixo e a guitarra.

O forró universitário, já trou-xe muita discussão por serchamado de universitário. Foi

colocado esse subtítulo comouma forma de justificar a volta deum ritmo para as classes sociaismais favorecidas, sem quetenham que assumir o ritmo comoele é: popular.

Na verdade, o forró tradicio-nal e o universitário são os mes-mos, o que muda é apenas onome, porque no final do séculopassado o forró passou a ser fre-qüentado por estudantes dasprincipais faculdades de SãoPaulo.

“O que podemos diferenciarnesses estilos é o modo de dançar,o universitário sofre influências

do samba de gafieira, sambarock”, explica Alexandre Mori,de 27 anos, professor de forró.Outro fator que muda são as letrasdas músicas: “Os trios que vêmdo nordeste cantam sobre a secae sofrimento daquela região,enquanto as bandas da regiãosudeste cantam letras de amor ede alegria à vida”, completa.

COMEÇOO movimento do forró univer-sitário teve início com um triochamado “Trio Virgulino”,juntamente com Osvaldinho doAcordeom, porém a banda que

levou o forró universitário para oauge foi o grupo “Falamansa” queestourou nas paradas de sucessodas rádios com o álbum “DeixaEntrar”.

A maioria dos conjuntos deforró não estão na mídia em geral,entretanto, seus shows estãosempre lotados, vendem muitosCDs e são reconhecidos. Aestudante Simone Introini, de 25anos, freqüentadora há três anosdos forrós, considera uma terapia:“É o que me faz esquecer dosproblemas e só pensar em mo-mentos de alegria e descon-tração”,diz. Já para Mariana

Forró universitário resgata cultura Nordestina

Rigo, de 17 anos, há 1 ano e meiono forró, acha este estilo musicalum ótimo momento de lazer:“Para mim o forró é uma formade tirar o estresse do dia-a-dia”,declara.

CAPITAL DO FORRÓ DESERRAÉ uma vila de pescadoreslocalizada ao norte de EspíritoSanto, lugar de grande potencialturístico, com praias desertas edunas. Lá acontece o principalfestival de banda de forró.

“É um paraíso na Terra, umlocal onde todo forrozeiro deveriair”, enfatiza o forrozeiro MarcoFaco. Itaúnas (ES) recebe for-rozeiros e forrozeiras de todos oslugares. O festival tem umagrande importância para o forró,pois impulsiona o surgimento denovas e boas bandas.

Nossa região possui diversasbandas, que tocam forró univer-sitário, a que se destaca é a“Sotaque Paulista”. “Fazemoshoje em dia em média oito showspor mês, na época de festasjuninas chegamos a fazer atévinte”, fala Gustavo Greco,vocalista da banda, que já estágravando o terceiro CD, e contacom a participação do ícone doforró universitário Trio Virgulino.

O Serviço Social do Comér-cio (Sesc) ajuda para que o ritmonordestino continue em alta nascidades de São Carlos e deAraraquara, todo o mês promoveum show. Alguns bares tambémrealizam forrós todos as semanas.

Em abril deste ano foi lançadoum programa de Rádio em São

Carlos chamado “Forroziando”.O programa tem uma hora deduração, é realizado pelosforrozeiros de São Carlos, e aosom ambiente da rádio dão aulasde forró universitário.

Quando se fala de forró équase impossível não lembrar deItaúnas, que foi considerada aCapital do forró pé de serra. Éuma vila de pescadores localizadaao norte de Espírito Santo, lugarde grande potencial turístico, compraias desertas e dunas. Láacontece o principal festival debanda de forró.

“É um paraíso na Terra, umlocal onde todo forrozeiro deveriair”, enfatiza o forrozeiro MarcoFaco. Em Itaúnas o forró preva-lece o ano todo, mas no ano novo,carnaval e na época do FestivalNacional, o vilarejo é invadidototalmente pelo forró e recebeforrozeiros e forrozeiras de todosos lugares. O festival tem umagrande importância para o forró,pois impulsiona o surgimento denovas e boas bandas.

PARA APRENDEROs interessados em fazer aulas deforró universitário gratuitaspodem comparecer em SãoCarlos, na escola (CentroAcadêmico Armando Salles deOliveira) CAASO no campus daUniversidade de São Paulo(USP), todas as quartas-feiras àpartir das 20h30.

O autêntico forró pé de serra é tocado com zabumba, triângulo e sanfona

O ritmo criado por Luiz Gonzaga atrai estudantes universitáriosRepórter David Fugazza

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Terapia holística utilizada notratamento complementar, aaromaterapia tem sido apontadacomo uma técnica capaz deproporcionar ao corpo benefíciosmentais, emocionais e físicos. Éuma prática que se utiliza deóleos essenciais totalmente purose naturais, extraídos de flores,frutos, cascas, raízes, sementes emadeira, com diversas finalida-des. Calmantes, anti-estresse,revigorantes, energizantes, afro-disíacos, antidepressivos, anti-sépticos, entre outros.

Atualmente, a aromaterapiatem sido abordada pela mídia emuma novela. Mesmo assim, pou-cos têm conhecimento ou com-preendem o assunto. Apesar deutilizada por alguns médicos eprofissionais da saúde, muitosespecialistas não aceitam ouainda desconhecem a técnica.

A empresária Mileny MoreiraPinto Sanchez, especialista emaromaterapia e estética, é pro-prietária de uma loja voltada aesse tipo de tratamento. De acor-do com ela, os resultados da tera-pia devem-se a “uma complexareação química do organismo aoentrar em contato com os óleosessenciais, por meio de massa-gens, banhos, sprays ambientaisou cosméticos”.

Apesar das diversas funções,Mileny adverte que essa técnicanão substitui outros tratamentos,principalmente no caso de pes-

Papapumpá: esse é o nome danova companhia de sapateado deAraraquara, que surgiu em 2005e atualmente quer conquistar seuespaço. Segundo o bailarino ediretor teatral Marcio Ferreira, aproposta da companhia surgiu hábastante tempo, entre amigos quehá algum tempo lutam por umespaço na cultura da cidade.

Para Ferreira, o importante édifundir o sapateado e o trabalhodo grupo. “Hoje a nossa priori-dade é lançar o grupo. A primeiracoreografia da companhia temuma proposta diferente, é teatral,cômica e expansiva”, declara.

O sapateador americanoSteven Harper, esteve presente nasemana de sapateado de Arara-quara, em maio deste ano, ondeassistiu muitas coreografiasdiferentes e deixou um recadopor escrito para o grupo: “Acoreografia do Papapumpá,chamada ‘Presente de Natal’, émuito boa. É bem desenvolvidoteatral, musical e ritmicamente.ótima escolha das músicas, bemensaiado e todos os movimentose passos feitos em função daproposta. Adorei, parabéns!”.

A companhia é composta porbailarinos da Escola de BalletRenata Crespi de Araraquara.São eles: Nayara Caldeira,Giovane Marques, AdrianaBelotti, Marcio Ferreira eDaniela Perez, que além debailarina é a coreógrafa principaldo grupo.

Eles dançam há mais de 10anos e, apesar de seguirem outrasprofissões, amam a dança equerem se profissionalizar naárea. “A dança veio muito antesda graduação, hoje nós preten-demos unir o estudo com a dança,queremos nos profissionalizar noque gostamos, a graduação veio

soas que precisam de cuidadosmédicos. “A terapia pode serusada como complementar aotratamento físico, mental, emo-cional e energético. Por ser holís-tica, ela envolve o ser humanocomo um todo”, diz.

Ao contrário da medicinatradicional, que trabalha, sobre-tudo, com as conseqüências dosproblemas de saúde, a aroma-terapia procura abordar priorita-riamente as causas da dor paradepois tratá-la. Além disso, essatécnica holística envolve apenasprodutos vegetais e não se utilizade química artificial. “O óleoessencial não tem nenhumaalteração, ele é utilizado da formacomo é extraído da planta”,explica a profissional.

Mas nem todos reconhecemos benefícios da aromaterapia. Omédico pediatra Normando deLima, de São Carlos, desconheceessa terapia. “Nunca ouvi falarsobre esse tipo de tratamento enão tenho nenhum colega queutiliza. Acredito que ainda nãoseja reconhecida pelos profis-sionais da área médica”.

Como qualquer outra técnicaalternativa complementar, aaromaterapia possui contra-indicações gerais para hiperten-sos, hipotensos, epiléticos ecrianças. Segundo Mileny eladeve ser usada corretamente paranão fazer mal e com orientaçõede um especialista.

Mileny atribui a expansãodesse mercado à busca por tra-tamentos naturais, sem química.

APLICAÇÃOSandra Spiri, psicóloga queutiliza os óleos essenciais emseus pacientes, notou a efi-ciência da terapia nos trata-mentos psíquicos. Há 23 anos,a especialista estuda a aroma-terapia em conciliação com apsicologia e afirma que, naprimeira quinzena, aparecemos resultados. “Isso beneficiatanto os pacientes como osprofissionais. Com o atual es-tilo de vida, a população pre-cisa de soluções eficientes erápidas”, comenta.

Segundo a psicóloga, emcom um mês de tratamento opaciente recupera a alto-estimae a confiança. A terapiafunciona como um tratamentocontínuo, feito em casa pelaprópria pessoa. “Age comouma manutenção do que é feitodentro do consultório”.

De acordo com ela, emgrande parte dos casos de seuconsultório, a aromaterapia semostrou uma técnica eficien-te, pois reduz o período de tra-tamento pela metade. “Umtratamento psicológico demo-ra em média um ano, com autilização da aromaterapia, emcerca de cinco meses a pessoaestá curada”, afirma.

CUSTOSO custo para o paciente tam-bém diminui, pois ele pagamenos consultas e o preço dosóleos são acessíveis. “Essevalor fica abaixo do da terapiaconvencional, mesmo com aaquisição dos produtos, quecustam em média três vezesmenos do que uma consulta”,diz Sandra.

Os óleos possuem vitami-nas, hormônios e antibióticosnaturais, consequentemente afunção terapêutica é manifes-tada. “O perfume é algo quesempre maravilhou o homem,desde os pré-históricos atéhoje. Teve e tem diversos usos,na religião e no uso pessoal,sempre com o objetivo demandar uma mensagem”,conclui Mileny.

para completar a nossa forma-ção”, comenta a bailarina NayaraCaldeira.

INÍCIOA primeira apresentação foi noespetáculo “A vida é uma dádi-va” da Escola de Ballet RenataCrespi. Agora, o grupo começa ase apresentar em vários eventosna cidade, como o MomentoMulher 2006, IV Simpósio deFisioterapia da Unip, TeatroMunicipal, além do programaAdriano de Moraes, apresentadopelo canal 21 da Vivax.

A coreógrafa Daniela Perezconta que o nome do gruposurgiu através de um ritmo.“Escrevi na lousa o nome paraexplicar um som de um passo desapateado para os meus alunos.Depois, uma bailarina da escola,Marina Amaral, sugeriu que estefosse o nome”, explica.

RECONHECIMENTOHoje, os bailarinos da companhiaPapapumpá lutam pelo reconhe-cimento e pela colaboração depatrocinadores. “Estamos con-cluindo o projeto de espetáculo.Por enquanto nós nos mantemosfinanceiramente, mas precisamosde apoio, patrocínios para contri-buir com viagens para mostrarnosso trabalho e competir comoutros profissionais, fazer cursose confeccionar figurinos”, ex-plica o bailarino Giovane.

A delegada da SecretariaRegional de Cultura, EdelvaniFiocco, comenta que Araraquaratem muitos grupos de dança, masa divulgação e o apoio acabamsendo restritos para certos gru-pos. “A dança tem conquistadoum espaço grande na cidade e osurgimento de mais um grupoprofissional só tem a contribuirpara arte da expressão artística dedança de Araraquara. Eu conheçoa Companhia Papapumpá, é bem

formada, e a coreografia é dife-rente e se destaca nesse meio. Osbailarinos saíram de uma escolade dança daqui da cidade, quedeu essa formação. Eles estãobem preparados e são ótimosprofissionais”.

A delegada acrescenta que ogrupo precisa de apoio de todosos segmentos da cultura: tantomunicipal, regional, quantoestadual.

“Como delegada da Secreta-ria Regional de Cultura, sinto anecessidade de contribuir comações culturais, oferecendo maiscursos para que cresça ainda maiso movimento da dança na cidade.O apoio é fundamental”.

A coreógrafa DanielaPerez sintetiza a história

da dança. Segundo ela, osapateado é uma dançaque surgiu no século V,

fruto de uma fusãocultural entre os povos

irlandeses, negrosafricanos e americanos.

Com a imigração, o ritmoveio para o Brasil e se

juntou com dançasnativas, dando origem a

outros ritmos.“O sapateado é arte de

produzir sons e seexpressar através dospés”, finaliza Daniela.

Aromaterapia é discussãoentre especialistas

Repórter Juliana Franco

CompanhiaPapapumpá mostraseu ritmo no cenárioda dança

Repórter Simone Soriano

A ARTE DEEXPRESSARCOM OS PÉS

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AULA DE FORRÓContato:(16) 3371-9699.

Os óleos essenciais são a base de um dosbraços da terapia holística: a aromaterapia

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A grafitagem está ganhandocada vez mais espaços nos mu-ros das cidades, o número de pra-ticantes dessa arte tem crescidono mundo todo. No entanto, mui-ta gente ainda descrimina o gra-fite, pois confundem esse traba-lho com a pichação, mas esta vi-são da sociedade esta mudando.

Para a professora Andréia Fir-me, o grafite era visto como umato de vandalismo, hoje por co-nhecer melhor está arte mudou deopinião: “Eu era meio ignorantequanto ao grafite. Antes de veresse tipo artístico achava umagrande besteira ficar pintandomuros, mas depois que grafitaramo muro da escola onde trabalho,vi que o trabalho é lindo, as men-sagens passadas são muito inte-ressantes”, afirma.

Segundo pesquisadores, ografite é considerado a arte e aforma de escrita mais antiga domundo, surgido na pré-história. Ohomem, por intermédio de gravu-ras, narrava nas paredes rituais decaça, protestos, profecias e acon-tecimentos públicos. Milhares deanos depois, no final dos anos 60

Surgido no Brasil durante a década de 60,o grafite expressa as idéias dos jovensnos muros urbanos

COMPORTAMENTOVITRAL - PÁG 5

Um procedimento médico jábastante difundido entre a popu-lação, seja para correção de ques-tões de saúde, seja por questõesestéticas, a cirurgia plástica ad-quire cada vez mais adeptos. Se-gundo dados da Sociedade Bra-sileira de Cirurgia Plástica(SBCP), são realizadas 400 milplásticas por ano no Brasil. Esti-ma-se que o setor apresente cres-cimento de 20% a 30% por ano.Só as operações para aumento demama tiveram crescimento de500% nos últimos cinco anos.

Na opinião de especialistas daSBCP, a finalidade dessa inter-venção é fazer com que o paci-ente se sinta e pareça tão bemquanto possível, dentro de suascaracterísticas individuais. Deacordo com o livro do cirurgiãoplástico Rolando Zani, “Bonito é

Cirurgia plástica: da banalização à auto-estimaNo Brasil são realizadas cerca de 400 mil cirurgias plásticas por ano

ser você” (Editora Gente), o pro-cesso cirúrgico tem mais limitesdo que indicações. Estima-se que20% das cirurgias estéticas reali-zadas no Brasil sejam desneces-sárias. Cirurgias mal sucedidaspodem resultar em deformidades,trazer sérias conseqüências emo-cionais e levar até a morte.

Para o cirurgião plásticoVicente Ciarrocchi, a intervençãocirúrgica melhora a auto-estimae ajuda a melhorar o psicológicode uma pessoa que não está bemcom seu próprio corpo. Sua úni-ca opinião contra o processo é ofato de o paciente criar uma ex-pectativa além do que o médicopode oferecer, causando assim,um trauma ou uma insatisfaçãopós-operatória.

“Acredito que atualmente,existe uma grande banalização daplástica”, afirma Vicente. “Hojequase todas as pessoas queremmudar algo em si e vêem a ne-

cessidade de uma correção. Estacirurgia não é mais elitizada,qualquer pessoa pode ter acessoa ela nos dias de hoje.”

A publicitária SamanthaRosa, que passou por umalipoaspiração, afirma que, depoisda operação, sua auto-estima au-mentou. Mas acha que muitaspessoas se submetem a esse tipode operação sem necessidade. “Éa questão do imediatismo. Umapessoa pode fazer uma reeduca-ção alimentar, praticar exercíci-os e obter o mesmo resultado deuma lipoaspiração, só que em umperíodo de tempo muito maior”,diz ela.

Por outro lado, Vicente, acre-dita que o procedimento de exer-cícios físicos não leva ao mesmoresultado de uma lipoaspiração.“O que realmente incomoda aspessoas são as gorduras localiza-das, e é muito difícil perdê-las naprática de exercícios”. Segundo

ele, a lipoaspiração retira as cé-lulas inteiras do corpo e o regimeou exercícios físicos apenas as di-minuem.

Para Samantha, existe, sim, abanalização deste tipo de cirurgia,pois não deixa de ser uma agres-são ao organismo. “Uma pessoase submete a entrar em um cen-tro cirúrgico, tomar anestesia ecorrer riscos apenas por umaquestão estética”.

JOVENSSeduzidos pela indústria da bele-za e pela mídia, os jovens ade-rem cada vez mais ao processo.Estimativas da SBCP revelamque, do total de operações reali-zadas no Brasil até 1998, 7% fo-ram feitas por adolescentes. Essaporcentagem subiu para 15% até2003.

Para a estudante DanielaRosim, que passou por uma ci-rurgia de aumento dos seios, a

plástica virou uma aliada do mo-vimento de cultuação ao corpo eestá banalizada. “Muitas vezes ofator não é clínico e sim psicoló-gico. No meu caso, era um defei-

e início dos anos 70, jovens ex-cluídos da cidade restabelecerama arte urbana em Nova York,demarcando territórios com tin-tas spray.

O grafite ganhou força pormeio de manifestos na França ena Itália e, também, reapareceunos Estados Unidos denunciandoa violência dos guetos, a falta deoportunidades e a opressão.

A arte foi redescoberta por ne-gros e latinos nova-iorquinos, quepintavam seus nomes e persona-gens em vagões de trem e demetrô, paredes de linhas férreas,prédios abandonados, becos, en-tre outros locais.

No Brasil, o grafite surgiu du-rante a década de 60 e logo se es-palhou pelas capitais brasileiras,assumindo um modelo própriocom influência barroca, retratan-do e questionando a realidade so-cial do país, ao contrário da Eu-ropa, que segue um estilo contem-porâneo de idéias, em mega-pro-duções de painéis e da Américado Norte onde se utiliza letras ex-pressivas com formas aleatórias.

De acordo, com a Secretariada Cultura de Araraquara, a cida-de ainda não teve um evento pró-prio para os grafiteiros, entretan-to, vários de Hip-Hop que envol-

vem atividades como o skate, adança de rua e o próprio grafite.“Existe um encontro anual de HipHop que acontece em julho ouagosto todos os anos, envolven-do várias atividades culturais,entre elas, o grafite”, contaAcâncio Sabino, secretário dacultura da cidade.

“Eu acho meu trabalho muitointeressante, pois expresso mi-nhas idéias em muros, elas ficamaos olhos de todo mundo, não temcomo a pessoa esquecer”, se or-gulha o grafiteiro Carlos Zuba.

Os grafiteiros acreditam queseus trabalhos estão crescendo eque a população está conseguin-do diferenciar o grafite da picha-ção. “Vejo muitos garotos come-çando a grafitar, me dá uma sa-tisfação muito grande, pois con-sidero isso como um incentivodos pais. Significa que as pesso-as estão mudando suas opiniõessobre nós”, expressa o grafiteiroWalter Aranha Souza.

“Eu também já pichei um dia,hoje eu acho uma grande falta derespeito com as pessoas, mas sãopoucos os lugares que tem ofici-na para grafiteiros, pode ser umadas causas que levam jovens a pi-char”, completa.

A arte do grafite está cadavez mais presente nas cidades

Rodolpho MortariRepórter

Cada vez mais comum nas cidades,expressa opiniões de várias formas

GRAFITE:

to constatado pelo médico, eu ti-nha necessidade clínica e psico-lógica, pois não me sentia bem,daí optei por fazê-la”, concluiDaniela.

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Mariana BragaRepórter

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Cirurgia plástica conquista cada vez mais apopulação

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Dislexia atinge de 10 a 15% da população

Dislexia é o distúrbio outranstorno de aprendizagem naárea da leitura, escrita e soletra-ção, atinge cerca de 10 a 15 % dapopulação mundial e está entre amaior incidência dentro de umasala de aula, de acordo com aAssociação Brasileira de Dislexia(ABD). Os sinais de alerta nor-malmente aparecem aos seis anosde idade na fase do início da al-fabetização. Se não diagnostica-do a dislexia pode atrapalhar acriança na fase adulta.

Alan Tadeu Pugliese, 19,sempre se sentiu uma pessoa di-ferente das outras principalmen-te quando se fala da época deaprendizagem. Na escola traçouum caminho diferente dos ami-gos: dentro da sala de aula pres-tava atenção, mas era facilmenteenvolvido por pensamentos dis-tantes. As letras eram horríveis,textos que necessitavam de tra-duções, palavras sem acentuaçãoe incompletas, como se o finalnão fosse necessário, desenhosespalhados nas folhas como for-ma de prender a atenção erammotivos de muitas anotações dosprofessores.

Foi no trabalho que sentiu oquanto estas atitudes o prejudi-cava. Os esquecimentos, a afoba-ção para terminar deveres, fato deser extremamente distraído, co-meter erros facilmente, levou acrer que precisava de métodospara realizar suas atividades. Foi

assistindo a uma entrevista na TVde Matão sobre o tema com Re-nata Jardini, fonoaudióloga epsicopedagoga mestre em Pedia-tria e doutoranda pela Universi-dade Estadual de Campinas(Unicamp), que Alan desconfiouque poderia sofrer do distúrbio outranstorno de aprendizagem, co-nhecido como dislexia. Hoje,pensa em fazer uma avaliação.

DISTÚRBIO É DETECTA-DO NA ESCOLASegundo a psicopedagoga, o dis-túrbio normalmente é detectadona escola, mas a realidade não ébem assim. Muitos professoresdesconhecem a patologia, e é noconsultório que se constata o di-agnóstico. Normalmente, os pri-meiros sintomas aparecem nafase da alfabetização, entre 5 ou6 anos, e apresentam alguns si-nais de alerta que os pais e pro-fessores precisam observar.

Se a criança é desorganizada,não guarda as coisas sempre nosmesmos lugares, não tem preocu-pação com organização, se atra-palha nas coisas, tromba e nãopercebe a presença dos objetos,não ter muita noção de nome dascoisas, e se confundir com nomesmais complicados, isso tudo aca-ba chamando a atenção e tornan-do a criança diferente entre as de-mais.

É importante também obser-var, em casa ou na escola, a ori-entação espacial, ou seja, se a cri-ança começa a espelhar desenhose letras, como escrever da direita

para esquerda e não da esquerdapara direita. Todo disléxico temuma disgrafia, ou seja, letras mui-to ruins e irregulares, por exem-plo, nas letras “A”, “O”, “S” e“R” , além da falha na orienta-ção espacial não respeitando oslimites da linha. Mais coisas po-dem ser observadas em textos dedisléxicos: é muito comum jun-tarem as palavras. Ao invés de es-creverem “uma menina”, odisléxico escreve “umamenina”.Eles ainda comem letras, vogaise, às vezes trocam o “O” pelo “U”e “A” pelo “O”.

A dislexia é hereditária, nãotem cura, mas tem tratamento. Odistúrbio não é de fala e sim daleitura escrita. “Dislexicos, falamdentro dos padrões e começam afalar entre um ano e meio e doise não trocam letras na fala. Odisléxico clássico é um falantecom todas as letras corretas. Elepode se atrapalhar, falar uma coi-sa e dizer outra, mas não trocaletras, o erro está na escrita”, afir-ma Jardini, que discorda dos nú-meros apresentados pela ABD.Para ela, somente de 3 a 5% dapopulação apresenta o distúrbio.

DIAGNÓSTICOA avaliação para se diagnosticara dislexia envolve vários profis-sionais, como médicos neurolo-gistas, fonoaudiólogos,psicopedagogos e, às vezes, seapresentar indícios de problemascomportamentais é encaminhadotambém a um psicólogo.

Para o neurologista Dario

Baldo Junior, a avaliação é im-portante porque pode identificar,além da dislexia, outros distúrbi-os ou doenças mais graves. Nemsempre é necessário fazer examescom aparelhos complementares,muitas vezes, só observandopode-se ter uma idéia do diagnós-tico e partir para o exame neuro-lógico. Estes exames são diferen-tes quando se trata de adultos ebebês.

Em crianças, por exemplo, oexame consiste basicamente emtestar se a capacidade de coorde-nação é adequada a idade, a for-ça motora, ao equilíbrio e algunsreflexos. Os exames complemen-tares, com aparelhos, são utiliza-dos quando o profissional descon-fia de problemas mais sérios quepodem estar adicionados ou nãoa dislexia, como quadro dedislexia, alteração de comporta-mento e convulsão. A recomen-dação é que os pais devem sem-pre estar atentos e participar dodesenvolvimento da criança. “Adislexia tem graus muito leves ediscretos que se não observadospodem interferir na vida da cri-ança na fase adulta”, alerta o mé-dico.Renata Jardini publicou cincolivros e um caderno de exercíci-os sobre o tema. Seus livros sãoutilizados em entidades como asunidades da Associação de Pais eAmigos dos Excepcionais –Apae, bem como escolas muni-cipais de Rincão, Santa Lúcia, Ri-beirão Bonito, entre outras. Há 15anos ela usa o “método das bo-

quinhas” que consiste na alfabe-tização e reabilitação multissen-sorial e fono-vísuo-articulatório,além das estratégias fônicas(fonema/som) e visais (grafema/letra) e as articulatórias (articu-lema/“Boquinhas”).

Parque do Basalto implanta mini jardim botânico

A antiga Pedreira Santo An-tônio, hoje conhecida como Par-que Ecológico do Basalto, abri-ga centenas de espécies de plan-tas do cerrado, mata tropical,plantas raras e de outros ecossis-temas. Boa parte desta flora fazparte do projeto de desenvolverdentro do parque um mini jardimbotânico, iniciativa de uma equi-pe do Centro Universitário deAraraquara (Uniara), instituiçãoresponsável pela administraçãodo local.A Uniara desenvolve projetos depesquisa e extensão na áreatemática de “Meio Ambiente eRegião de Araraquara”, comobjetivo de estudar alternativasde desenvolvimento para o mu-nicípio e região.Segundo a coordenara dos cursosde Turismo e Publicidade ePropaganda, Eduarda EscilaFerreira Lopes, o Parque Ecoló-gico do Basalto é aproveitadopara o desenvolvimento deprogramas e projetos apoiados

no turismo pedagógico, ecoló-gico e cultural, além de ser umimportante espaço para aulaspráticas, estudo e pesquisas,também de outros cursos, comoo de Biologia. O projeto de criação do mini jar-dim botânico é do professor daUniara e coordenador do parque,João Carlos Geraldo. Entre osobjetivos estão a conscientizaçãoecológica e a educação ambien-tal, assim como o oferecimentode mais uma área de lazer, recre-ação e práticas esportivas. “Aárea é utilizada até pelo Corpo deBombeiros para treinamentos”,completa Eduarda.

O mini jardim abrigaria cole-ções de plantas vivas origináriasde várias regiões do mundo paraestudo e adaptação. Com isso,busca-se também reflorestar umaárea que sofreu com a degradaçãoao longo das últimas décadas.

Segundo seu coordenador, oparque tem 102 palmeiras e 100tipos diferentes de árvores cata-logadas, restando apenas algu-mas a serem estudadas, o quetotaliza aproximadamente quase300 espécies diferentes.

SAÚDE/MEIO AMBIENTEVITRAL - PÁG 6

PARQUE ECOLÓGICO JÁ TEM APROXIMADAMENTE300 ESPÉCIES DE PLANTAS CATALOGADAS

O Parque tem de extensão territorial 64718,58 metros quadrados e pertence ao município de Araraquara.No dia 19 de Março de 1998, foi aprovada a concessão de uso administrativo de área de terras do

município, com o prazo de 20 anos. Sob a coordenação e adiministração do Centro Universitário de Araraquara(UNIARA), e no mês de junho do mesmo ano, teve sua instalação oficializada.

O Parque Ecológico do Basalto está aberto a visitas para o público de terça a domingo, das 10 horasaté as 18 horas. Grupos escolares e de pesquisas devem fazer um pré-agendamento.

Um monitor acompanha o grupo para explicações sobre o parque.

Projeto do Parque do Basalto visa reflorestar área que sofrecom o desrespeito do homem

Rodrigo P. SimonatoRepórter

Sinais de alerta aparecem entre 5 e 6 anos na fase da alfabetização

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Jeferson W. LemeRepórter

INFORMAÇÕESSOBRE OTRABALHO

www.renatajardini.com.br.

Sinais de alerta para a dislexia normalmente apa-recem aos seis anos de idade na fase do início daalfabetização

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Imigração italiana tem memória preservadaItalianos mantêm viva a memória em acervos históricos de Araraquara e São Carlos

Estelionatários agem por telefone

Desde fevereiro deste ano apopulação de Araraquara é víti-ma freqüente de golpes porestelionato por telefone. Em maioesse índice triplicou, chegando a15 casos em uma semana. O gol-pe consiste em extorquir dinheiropor meio de anúncio de um falsoseqüestro.

O delegado Jesus de NazaréRomão, da Delegacia de Investi-gações Gerais (DIG) de Arara-quara, explica que a estratégia dosbandidos no primeiro contato é sefazer passar por policiais ou téc-nicos de telefonia para coletardados da vitima. Em seguida, ocriminoso anuncia o falso seqües-tro. O resgate, geralmente, é ne-gociado na forma de cartões comcrédito para telefone celular pré-pago. “Na maioria dos casos asligações são a cobrar e proveni-entes do presídio de Bangu 1, noRio de Janeiro”, afirma.

“Os estelionatários ligam di-zendo que ocorreu um acidenteenvolvendo um familiar e comisso conseguem nome, descriçãoda pessoa, número dos documen-tos e do celular”, explica o dele-gado. “Eles são perspicazes e, sepercebem que essa pessoa nãoestá por perto, o seqüestro é anun-ciado.”

A dona-de-casa Maria Môni-ca Nogueira, uma das vítimas, ex-plica que o marido tinha saído decasa havia dez minutos quandorecebeu a ligação. O golpista di-zia ser da polícia e informava queo esposo tinha se envolvido emum acidente no centro da cidade.Eles pediram para que confir-masse seu nome, a marca do car-ro e a roupa que ele usava.

“Cerca de cinco minutos de-pois mudaram o tom da voz di-zendo que haviam seqüestradomeu marido e exigiram dinheiropara não matá-lo”, conta a dona-de-casa. Como já tinha ouvidofalar em falsos seqüestros, eladesligou o telefone. “Liguei parameu marido, pedi para ele voltarpra casa e corri para buscar meufilho na escola, com receio de um

seqüestro verdadeiro”, completa.

TRAUMAO delegado Romão explica quenão ocorreu nenhum seqüestro“de verdade” na cidade e que sãopoucas as pessoas que realmentepagam o falso-resgate. O traumapsicológico é mais preocupantedo que o prejuízo financeiro. “Osgolpistas envolvem a pessoa fa-zendo-a pensar que é observadae, em seguida, agem a partir dosdados que foram fornecidos pelaprópria vitima”, completa.

Em outros casos, os golpistaspegam informações com paren-tes e vizinhos e depois ligam paravítima dizendo que seu familiarou amigo foi seqüestrado.

Foi o que aconteceu com R.P.,a primeira vítima da cidade a pro-curar a delegacia. Ele conta queo golpe começou com uma liga-ção para sua mãe de uma pessoaque se apresentava como funcio-nário da Telefônica, informandoque sua linha seria cortada.

A pessoa exigia, então, váriasinformações, entre elas o núme-ro do celular de seu filho. Em se-

guida, os golpistas ligaram paraele dizendo que estavam com suamãe e exigiram R$ 1,5 mil. “Euestava na estrada quando me li-garam e a primeira coisa que fizfoi voltar para Araraquara e ir àdelegacia. Ainda não era comumesse tipo de ligação, não penseique fosse um golpe”, explica.

As delegacias de Araraquararecebem em média três pessoaspor dia vítimas de golpes telefô-nicos. Um caso recente foi com oveterinário Luis Fernando Piovi-zan. Os golpistas ligaram para ospais dele falando que o haviamseqüestrado. “Eles são inteligen-tes, sabem o que falar para pare-cer um seqüestro de verdade. Sor-te que meu pai ficou tão assusta-do que acabou desligando o tele-fone”, revela Piovisan.

O delegado Romão, da DIG,sugere cautela diante da situação.“São pessoas espertas que sabempegar as informações certas paradepois usá-las a fim de conven-cer a vítima do seqüestro”, indi-ca. “É necessário que nunca for-necermos dados pessoais paradesconhecidos por telefone.”

Araraquara registra nova onda de telefonemas comtentativa de extorsão com anúncio de falso seqüestro

Os primeiros imigrantes italianoschegaram a São Carlos eAraraquara em 1876, época emque a ferrovia e a cultura do cafécontribuíram para aumentar ofluxo migratório para a regiãocentral do estado de São Paulo,substituindo a mão de obra escrava

“Fui criado em berço italia-no, com meus pais e avós falan-do em italiano. Tenho satisfaçãode afirmar que estudei na escolaDante Alighieri, onde foi refor-çada a importância da tradição defamília. Somos todos boa gen-te!”, diz Irineu Gualtieri, filho deimigrante que reside em SãoCarlos e conserva a tradição dospais.

HISTÓRIAPor volta de 1875 os primeirosimigrantes chegaram no Brasil,procedentes de Tirol e Veneto,impulsionados pela crise italiana(1860/1870). No Rio Grande doSul e Santa Catarina formaramcolônias que se transformaramem vilas e cidades.

Em São Paulo o intuito foi ode suprir a falta de mão de obrana lavoura de café do interior. Ogoverno subsidiou as passagenspara a vinda de italianos daLombardia, Mantova, Cremona,Calábria e Nápoles.

Eles contribuíram para o de-senvolvimento da alta Araraqua-rense, que ganhou com a diver-sificação do comércio, das artes,

ofícios e a implantação industri-al, como a Fábrica de Papelão deSão Carlos, quando a famíliaFoccorine “pôs a mão na massa”.

Brotas (SP) também recebeuum grande contingente de imi-grantes que desembarcou no Por-to de Santos e seguiu para o inte-rior através da ferrovia.

O MUSEU E A FUNDA-ÇÃO PRÓ-MEMÓRIASão Carlos mantém um acervo deobras de artes e utensílios utili-zados pelos imigrantes italianos,inclusive com fotos históricas queretratam os costumes da época.

Do torrador de café a umdebulhador de grãos, os italianosajudaram muito a implantar seuscostumes, como as músicas e ter-minologias que ainda hoje fazemparte do dia-a-dia.

“Temos um acervo históricodiversificado, digno de ser visi-tado por escolas, universidades ea população”, afirma o adminis-trador do museu de São Carlos,João Rodrigues Silva. O prédioestá localizado na estação ferro-viária, e está aberto para visitaçãode terça a sábado, das 9h às 18h,e aos sábados e feriados das 13hàs 17h.

DUPLA CIDADANIANo mesmo prédio, a FundaçãoPró Memória possui documentose certidões para os descendentesde italianos que pretendem tirarpassaporte e adquirir a cidadaniaitaliana, acessível aos descenden-tes que residem no Brasil.

O advogado Francisco Isaacexplica que os filhos, netos e bis-netos podem morar e trabalhar naItália, além de assumir os direi-tos e deveres de um cidadão ita-liano, o que motiva muitos a ten-tarem obter os documentos deseus ancestrais para conseguiremo passaporte europeu.

Em suas pesquisas sobre aimigração italiana na região, o so-ciólogo e pesquisador AlvaroRizzoli, destaca que “os primei-ros imigrantes vieram do sul daItália; em seguida os italianos donorte e nordeste chegaram e fun-daram a “Societá Dante Alighi-eri”, construindo prédio próprio(que abrigaria mais tarde a Esco-la de Engenharia de São Carlos).A escola desapareceu durante aperseguição aos descendentes deitalianos durante a segunda guer-ra mundial”.

ITALIANOS EMARARAQUARAEm Araraquara a tradição perma-nece viva em instituições que pro-curam preservar os costumes. OCircolo Italiano promove açõesculturais no sentido de mostrar àpopulação as artes e cultura itali-anas. A presidente da entidade,Diva Prando, destaca que “a fun-ção principal é o ensino da lín-gua italiana, seguido do coralcantoria e do grupo de dança fol-clórica”. O Circolo está localiza-do na rua Humaitá, 1844, centro,de segunda a sexta-feira das 14has 21h, e aos sábados das 8h às12h.

Segundo o senador italianoeleito pela América Latina,Edoardo Pollastri, há muito o quefazer pelos imigrantes e descen-dentes de italianos que vivem noexterior: “Irei me empenhar paragerar investimentos nas empresasbrasileiras, favorecer a pesquisa,a formação e a cooperação cultu-ral, e melhorar o atendimento aoscidadãos da comunidade italiana”.

Há cinqüenta anos Elvislançava seu primeiro sucesso

GERALVITRAL - PÁG 7

Repórter Kleber Chicrala

Repórter Erika Mac Knight

Repórter Luiza Paiva

Há cinqüenta anos, o até entãodesconhecido Elvis Presleylançava seu primeiro álbum,chamado Heartbreak Hotel, queo colocaria no topo das paradasmusicais e o transformaria no reido Rock. O cantor é consideradopor muitos o precursor do estilomusical que ainda hoje reúneinúmeros fãs em todo o mundo.No site wikiquote, Paul McCart-ney (ex-integrante do grupoinglês The Beatles), comenta queo álbum Heartbreak Hotel odespertou para a carreira musical.Em 1955, o cantor foi contra-tadopela produtora RCA e um anodepois lançou o álbumHeartbreak Hotel. No mesmo anodo lançamento, o disco vendeunove milhões de cópias. Emdecorrência do sucesso, Elvis nãoparou mais e durante toda acarreira lançou em torno de 150

álbuns e singles. Além disso, ocantor participou de 34 filmes.Elvis nasceu em 1935, na cidadede Tupelo (Mississipi-EUA) emorreu em 1977. Após quasetrinta anos de sua morte, o cantorainda é lembrado não apenas porfãs da época, como também pelasnovas gerações. A estudante deCiências Sociais da UniversidadeEstadual Paulista (Unesp) deAraraquara, Patrícia Marques,22, começou a gostar do cantorpor influência de sua mãe.“Minha mãe é muito fã do Elvise como ela ouvia diaria-menteem casa, comecei a pes-quisar ea comprar os seus CDs”, relata aestudante.Elvis foi o primeiro cantor a seapresentar ao vivo pela tele-visãopara todo o mundo em umatransmissão via satélite. Em umshow realizado no Havaí, em 14de janeiro de 1973, chamadoAloha From Havai. O show foivisto por um bilhão de pessoas.

O cantor morreu em 16 de agosto de 1977, devido a um colapso fulminante, queatravés da necropsia revelou a ingestão de mais de oito tipos de drogas, entre elasmorfina, valium e valdmind. Lidia lembra que quando soube da morte de Elvis elanão conseguia acreditar no que havia acontecido com seu maior ídolo. “Recordo-me, como se fosse ontem, eu e minhas amigas chorávamos sem parar, poishavíamos perdido o rei”, conta.

No ano de 1986, Elvis entrou para o hall da fama do rock, na categoria de sóciofundador. Em uma pesquisa realizada pelo site AOL, em 2005, o astro foi eleito ooitavo maior americano de todos os tempos em todas as áreas, o quinto do séculoXX e o primeiro dentre os artistas. A mansão em que vivia, chamada Graceland, emMemphis (Tennessee), é o segundo local mais visitado nos Estados Unidos.

A cientista social Carla Campos analisa que o cantor foi determinante para aumentara discussão sobre questões raciais. “Elvis quebrou várias barreiras com relação àsclasses raciais nos Estados Unidos, pois neste período o país se encontrava numadivisão de raças muito marcante e era inadmissível um homem branco propagarcanções de origem negra”, analisa.

No início de sua carreira, Elvis foi muito criticado tanto por brancos como por negrosnorte americanos. Os brancos o consideravam vulgar devido a suas performancesexplosivas e também por ele cantar músicas que até então pertencia aos negrosamericanos. Já os negros acreditavam que por ser uma música de suas origens,nenhum branco deveria representá-la e divulgá-la.

A MÚSICA PERDE SEU IDOLO

CANTOR DESPERTOU INTERESSEPARA AS QUESTÕES RACIAIS

O rei do Rock é até hoje idolatrado por fãs detodas as gerações

A funcionária pública DaisyPetrini, 49, lembra do eventocomo algo marcante em suavida. “Eu era bem pequenaquando vi o show pela tv.Naquele momento, lembro atéhoje, eu me per-guntei: quemé esse homem? Desde entãome apaixonei por suasmúsicas”, comenta.A professora Lidia Be-zerra,61, relata que a primeiramúsica de Elvis que ouviu foi“Blue Shues Shoes” e quedesde então não deixou deadmirá-lo. Segundo Lidia, ocantor despertou uma novamaneira de pensar e agir emmuitas pessoas. “Elvis foi paraminha geração o ícone dajuventude rebelde, que via emsuas músicas uma forma de sesentir viva. Eu particular-mente o idolatro até hoje, poispara mim nunca vai existiralguém como ele”, conclui.

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SAÚDE/ECONOMIAVITRAL - PÁG 8

Brincar de esporte é sinônimo de saúdePesquisa do IBGE estimula a discussão sobre a prática de esporte desde a infância

Pesquisas do IBGE (InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatís-tica) revelam que 31% das crian-ças são obesas e possuem chancede apresentarem problemas car-diológicos, no futuro, decorrentesdos maus hábitos alimentares epouco exercício. Correr, pular ebrincar são atividades que devemser incentivadas desde a infância.

A prática do exercício físicodesde a juventude proporcionavárias alterações metabólicas efisiológicas. Nas crianças osbenefícios vão desde bem-estargeral até a prevenção de doençasque podem se manifestar naterceira idade.

Segundo o fisioterapeuta Mil-ton Regiani da Silva Gomes, deRibeirão Preto, exercícios fre-

qüentes melhoram a coordenaçãomotora e a capacidade cardio-respiratória, além de preveniremdoenças como osteoporose eproblemas circulatórios.

Crianças ativas e que prati-cam esportes levam vantagensquando comparadas às sedentá-rias. São mais dispostas, dinâmi-cas, apresentam uma maior capa-cidade de concentração e assimi-lação de informações. “Criançassedentárias e obesas, muitas ve-zes deixam de brincar com seuscolegas, pois se cansam muitomais rápido que as outras”.

Já o neurologista LauroWichert Ana, do Hospital Escolada Faculdade de Medicina deRibeirão Preto, da Universidadede São Paulo (USP), afirma queos movimentos realizados du-rante a atividade física vão alémdo desenvolvimento muscular.

“Envolve um processo neuralque, ao longo do tempo, promoveum aumento significativo dacapacidade de concentração e dis-cernimento quando comparadascom crianças sedentárias.Outrasatividades, como tocar um instru-mento musical desde a infância,também estimulam esses bene-fícios”, explica.

A partir dos três anos, qual-quer criança pode iniciar umaprática esportiva de forma recrea-tiva, desde que seja orientada porprofissionais qualificados. “Pen-sar em atividade física, nessecaso, é conduzir e estimular acriança a fazer exercícios atravésde movimentos lúdicos comoandar, correr, saltar, pular e rolar”,comenta o fisioterapeuta. “Osexercícios desenvolvem a socia-bilidade e autoconfiança, propor-cionando, às crianças, grandeschances de serem adultos saudá-veis”, completa.

INICIATIVASEm Araraquara a prefeituradesenvolve projetos esportivosvoltados à infância por meio daSecretaria dos Esportes e Lazer(Fundesport). São 70 “escoli-nhas” que atendem a cinco milcrianças e adolescentes entre seise 16 anos.

As escolinhas oferecem aulasde atletismo, basquete, ciclismo,dama, futebol de campo e salão,ginástica olímpica, handebol,judô, karatê, taekwondo, tênis dequadra e mesa, vôlei e xadrez.

Segundo o coordenador doprojeto, Marco Aurélio Pachiega,o programa existe graças a umaparceria entre a Unimed, quefornece os materiais e dá suportemédico aos alunos, e outrasentidades, que oferecem a estru-tura física como o Serviço Socialda Indústria (Sesi) e a SociedadeAmigos do Bairro do SantaAngelina (Sabsa) e a AssociaçãoFerroviária de Esportes (AFE),além de escolas municipais eestaduais.

“É uma oportunidade de sepraticar um esporte e propor-cionar disciplina, auto-estima,qualidade de vida além de fazernovas amizades”, comenta Pa-chiega.

Outra iniciativa é o projetoEsporte Criança e Jovem, doServiço Social do Comércio(Sesc), no qual cerca de 500crianças e adolescentes, entre setee 17 anos, praticam esportes:vôlei, basquete, futsal, badming-ton, tênis, ginástica rítmica eartística.

“Mais importante do que aprática do exercício em si é ocontato que a criança tem comnovos conhecimentos e pessoas”,afirma a responsável pelo projetoCamila Machado. “O leque dediferentes atividades tambémajuda a conquistar o público. Ascrianças passam por várias moda-lidades até escolherem o quepreferem. Isso possibilita umarelação de proximidade entreesporte, professor e aluno”.

Produtos da cesta básica variammais de 200%Entre um estabelecimento e outro alguns produtos que fazem parte da cestabásica variam de 50% a mais de 200%

O costume de ir sempre aomesmo supermercado pode cau-sar um grande prejuízo no finaldo mês. Uma pesquisa do Núcleode Conjuntura e Estudos Econô-micos da Universidade EstadualPaulista (Unesp) em Araraquararevela que alguns produtos dacesta básica têm uma variação demais de 200% no preço entre umestabelecimento e outro.

A pesquisa é realizada todasas semanas em produtos da cestabásica, incluindo higiene pessoale de limpeza, que são analisadoscom base em uma tabela utilizadapela Fundação Procon de SãoPaulo, que defende os direitos dosconsumidores.

A cebola, por exemplo, tevea maior variação de preço,chegando a 244% entre um esta-belecimento e outro. Enquanto,em um supermercado, o quilo era

vendido a R$ 0,49, em outro, ovalor era de R$ 1,69. Os produtosde limpeza doméstica e higienepessoal também apresentaramuma grande diferença, de 50% a70%.

Entre os frios, a diferença depreço também é grande: em umsupermercado mais barato, oquilo custava R$ 5,95 e, no maiscaro, chegava a R$ 13,19, alcan-çando uma variação de 121%.

A dona-de-casa RoseliFerreira Pinotti se diz sempreatenta aos panfletos de ofertas dossupermercados e procura osestabelecimentos mais baratos.“Sempre recebo em casa váriosjornais com as ofertas e estudoqual está com um preço melhor.Só depois saio às compras”,afirma. Ela vai ao supermercadosemanalmente e afirma economi-zar cerca de R$ 50,00 realizandoessa consulta.

Entre os estudantes, a situação

geralmente é outra. O fato de ascontas, nas repúblicas, seremmuitas vezes coletivas, além dafalta de tempo e transporte par-ticular, faz com que sejam poucosos universitários que pesquisampreços antes de comprar.

“Não costumo pesquisarpreços, na república onde moro agente faz a lista de compras jun-tas e tem o costume de semprecomprar no mesmo supermer-cado”, explica a estudante Camilados Santos.

Segundo a pesquisadoraVanessa de Castro, do Departa-mento de Conjuntura e EstudosEconômicos da Unesp, nossupermercados e estabeleci-mentos comerciais das regiõesperiféricas o preço é mais baixodo que na região central, pois ovalor da mercadoria é determi-nado pela renda do consumidor.

Antônio Rocha, que há cincoanos exerce a função de gerente

De acordo com dados doInstituto Brasileiro de Geografiae Estatística (IBGE), o brasileirojoga mais comida no lixo do queconsome. O estudo revela que sãodesperdiçados no país 37 quilosde comida por habitante/ano,enquanto o consumo é de 35 qui-los, ou seja, dois a menos do queé jogado fora. São 70 mil tonela-das de alimentos por dia nãoaproveitados em um país onde 46milhões de pessoas passam fome.

“A precariedade na logísticados alimentos é a maior respon-sável pelo desperdício”, explicaa economista Paula Velho. Segun-do ela, no Brasil o processo demanejo, armazenamento e trans-porte possuem péssimas condi-ções e muito do que foi produzidonão chega à mesa.

Ela também destaca o maucomportamento do consumidor.“As pessoas não fazem um plane-jamento de suas compras e adqui-rem alimentos em quantidadeexagerada e o que sobra é geral-mente jogado no lixo”, explica.

A ONG (Organização NãoGovernamental) Instituto Akatudesenvolveu um extenso trabalhode pesquisa sobre o desperdíciono país. Segundo o estudo daONG, todo ano são descartadospelos supermercados 13 milhõesde toneladas de alimentos.

As feiras livres são respon-sáveis pelo não aproveitamentode mais de mil toneladas defrutas, verduras e legumes. Essaquantidade de comida desper-diçada, segundo a organização,seria suficiente para alimentar 30milhões de pessoas por ano.

Em um recente estudo reali-zado pela Associação Brasileirade Empresas de Limpeza Públicae Resíduos Especiais (Abrelpe),constatou-se que entre 15% e50% do que é preparado para osclientes em restaurantes, bares,

lanchonetes e afins vai para olixo. Essa quantidade seriasuficiente para alimentar diaria-mente mais de dez milhões depessoas.

Em um restaurante de umamultinacional de São Carlos, sãojogados todos os dias 18 quilosde alimentos resultantes dassobras nas bandejas. A ajudantede cozinha Isabel Cristina Ramosda Silva lamenta jogar no lixotanta comida em perfeito estado.

“É triste principalmente por-que vejo pessoas de meu convíviopegando comida no lixo, enquan-to jogamos baldes de leites todasas manhãs no ralo”, e acrescenta:“tenho esperança de poder viverem um mundo onde todos tenhamo que comer sem ter que disputarcom o lixo”.

LEGISLAÇÃOA legislação brasileira não per-mite que estabelecimentos quecomercializam alimentos façamdoações das sobras. De acordocom a legislação, é possível quea comida doada esteja estragadae cause algum dano à saúde dequem a consuma.

Um projeto de lei em discus-são na Câmara dos Deputadospropõe mudar este quadro. A idéiado “Bom Samaritano”, apelidodado ao projeto, é isentar o doa-dor de responsabilidade civil oupenal se alguém adoecer ou mor-rer por causa do alimento doado.

Além deste projeto, existemoutras medidas para minimizar aquantidade de alimentado desper-diçado, como a isenção do Im-posto sobre Produtos Industria-lizados (IPI) de indústrias querealizem doações e descontos noImposto de Renda para quemdoar comida ou máquinas queindustrializem alimentos.

Atualmente, indústrias oufábricas que queiram doar qual-quer espécie de alimento preci-sam pagar impostos desses pro-dutos, o que acaba dificultandoainda mais as doações.

No Brasil desperdíciode comida é maiorque o consumo

Repórter Michele Carvalho

Repórter Livia Rodrigues de um supermercado em Arara-quara, diz que a variação depreço entre os supermercados,apesar de acentuada, faz parteda lei de oferta e procura. “Nãopodemos comparar um super-mercado de rede, que compraprodutos em grande quantidadecom um supermercado de vila,pois eles conseguem preçosmelhores”, diz Rocha.

CONSUMIDOR DEVEFICAR ALERTAO economista Luiz FernandoPaulilo alerta: “Geralmente osgrandes supermercados conse-guem vender alguns produtosmais baratos, contudo eleva osvalores de outras mercadoriaspara compensar. É fundamen-tal que o consumidor estejasempre pesquisando entre umestabelecimento e outro”,observa.

Heliene FigueiredoRepórter

Brasileiro consome 35 quilos decomida por ano e joga no lixo 37

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Futebol e outras atividades esportivas ajudam namelhor assimilhação de informações