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ELEIÇÕES PARA OS ÓRGÃOS SOCIAIS NOVO SITE DA APIR XXVIII ANIVERSÁRIO DA APIR ELEIÇÕES PARA OS ÓRGÃOS SOCIAIS NOVO SITE DA APIR XXVIII ANIVERSÁRIO DA APIR porta-voz dos dialisados e transplantados renais ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE INSUFICIENTES RENAIS ANO XXV • Nº 128 PUBLICAÇÃO BIMESTRAL • Setembro/Outubro 2006 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE INSUFICIENTES RENAIS ANO XXV • Nº 128 PUBLICAÇÃO BIMESTRAL • Setembro/Outubro 2006 porta-voz dos dialisados e transplantados renais

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ELEIÇÕES PARA OS ÓRGÃOS SOCIAIS

NOVO SITE DA APIR

XXVIII ANIVERSÁRIO DA APIR

ELEIÇÕES PARA OS ÓRGÃOS SOCIAIS

NOVO SITE DA APIR

XXVIII ANIVERSÁRIO DA APIR

porta-voz dos dialisados e transplantados renais

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE INSUFICIENTES RENAISANO XXV • Nº 128 PUBLICAÇÃO BIMESTRAL • Setembro/Outubro 2006

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE INSUFICIENTES RENAISANO XXV • Nº 128 PUBLICAÇÃO BIMESTRAL • Setembro/Outubro 2006

porta-voz dos dialisados e transplantados renais

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Ficha Técnica

NEFRÂMEA Nº 128ANO XXV • SETEMBRO/OUTUBRO 2006

DIRECTORJosé Carlos Gomes

CHEFE DE REDAÇÃOVictor Simões

SECRETÁRIA DE REDACÇÃOMaria Leonor Varanda

CORPO REDACTORIALVitor Simões, Margarida Freire,

Manuel Costa, Paulo Zoio e Cláudio Cruz

FOTOGRAFIAArquivo; Diversos

COLABORAM NESTE NÚMERODelegações Regionais, vários IRC,

Paulo Zoio, Paulo Ribeiro, Prof. Drª Helena de Sá, Vitor Simões

e Carlos Silva

PRÉ-IMPRESSÃOPassos dde CCor – Artes Gráficas

e Design Gráfico, Lda.

IMPRESSÃO E ACABAMENTOADFA – Tipografia Escola da Associação

dos Deficientes das Forças Armadas

PROPRIEDADEAssociação Portuguesa de Insuficientes Renais

Empresa Jornalística nº 208811Registado no Instituto da Comunicação

Social sob o nº 108812

REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃOVia Principal de Peões

Zona I de Chelas, Lote 105,Loja B – 1950-244 LISBOA

Tel. 218371654 – Fax 218370826e-mail: [email protected]

Internet: www.apir.pt

TIRAGEM3700 exemplares

BimestralDistribuição gratuita aos sócios da APIR

PREÇO APOIO 3EASSINATURA ANUAL: 17E

DEPÓSITO LEGAL244169/06

As opiniões expressas nestapublicação são da responsabilidade

dos autores e não reflectemnecessariamente as posições da APIR

ou da redacção. Cabe à DN a selecção final

dos textos discordantes das orientações oficiais

da Associação.

3/5 ELEIÇÕESAnuncio e convocatória das Eleições para 2006/07 Lista dos Órgãos Sociais

6 ACTIVIDADES DA APIRAssembleia GeralXXVIII AniversárioCongresso de Nefrologia

7/8 FORMAÇÃOA Hipertensão Arterial na IRC“Causas e consequências”

10/12 ACTIVIDADES DA APIRConclusões do VII EcontroInterregional da APIR em Leiria

14 ASSOCIATIVISMOAPIR e ADRNP Reunem com a ARS do NorteAniversário da Associação dos Diabéticos da Zona Centro

15 NOTÍCIASNovo Centro de Hemodiálise de PortalegreVisita à Unidade de Diálise do Hospital de Viseu

16/17 TRANSPLANTAÇÃOA Transplantação de Órgãos em PortugalForça Aérea Transporta Órgãos

19 NEFRÂMEA DAS DELEGAÇÕES REGIONAIS

20/21 DELEGAÇÃO REGIONAL DE COIMBRALista Candidata à Delegação RegionalVisita ao centro de Diálise do Cancho

22/23 DELEGAÇÃO REGIONAL DE SETÚBALFeira de SantiagoAntónio Maria Eusébio “O Cantador de Setúbal”

24/25 NÚCLEO LOCAL DE LISBOALista Candidata ao Núcleo Local de LisboaVisita ao Centro da Abrandial

26 INFORMAÇÃOQualidade na Diálise

27 POESIA

28/29 CORREIO DOS LEITORES

30/31 CULTURA

32 PASSATEMPO NA DIÁLISE

SUMÁRIOSUMÁRIO

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6VVIIII EENNCCOONNTTRROO IINNTTEERRRREEGGIIOONNAALL XX CONGRESSO DE NEFROLOGIA

VISITA A UNIDADE DE DIÁLISEDE VISEU

Mesa de Trabalhos do VII Encontro Interregional

Visita à Unidade de Diálise do Hospital de São Teotónio em Viseu

APIR no XXCongresso de Nefrologia

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ANÚNCIO ECONVOCATÓRIA DASELEIÇÕES PARA OBIÉNIO 2007 / 2008

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Estimado Associado

1.Em conformidade com os Estatutos e o Regulamento Eleitoral da nossa Associação devemefectuar-se Eleições para os cargos dos Órgãos Sociais até ao final do corrente ano.

Trata-se não só da eleição dos membros da Mesa da Assembleia Geral, da Direcção Nacional edo Conselho Fiscal, a fazer-se pela Assembleia Eleitoral de todos os sócios, como também daeleição das Delegações Regionais a nível distrital ou regional, a efectuar pelos sócios do respectivoDistrito, Distritos ou Região Autónoma.

2.Assim, convoca-se a Assembleia Eleitoral constituída pelos sócios efectivos que, sendo-o pelomenos há três meses da data do acto eleitoral, estejam no pleno gozo dos seus direitos.

3. O calendário eleitoral é o seguinte:

- Anúncio e Convocação da Assembleia Eleitoral 21 de Outubro- Afixação dos Cadernos Eleitorais até 15 de Novembro- Prazo para reclamações sobre Cadernos Eleitorais até 18 de Novembro- Apreciação das reclamações sobre Cadernos Eleitorais até 23 de Novembro- Apresentação de Listas até 25 de Novembro- Apreciação da validade das listas até 26 de Novembro- Prazo para eventual Regularização de listas 29 de Novembro- Aceitação ou Rejeição definitiva das Listas 03 de Dezembro- Conhecimento aos sócios das listas, programas e envio dos Boletins

de Voto até 09 de Dezembro

- ELEIÇÔES 28 e 29 de Dezembro

4. Método das Eleições:

Funcionará, pelo menos, uma mesa de voto na Sede da Associação, podendo haver um sóciocolaborador ou mais por cada Centro de Diálise que se encarregará de receber os boletins devoto. É também permitida a votação por correspondência nos termos do art. 14° do RegulamentoEleitoral.

Se necessitar de outras indicações contacte os serviços da Associação.

A Comissão Eleitoral é constituída pelos sequintes sócios:

- Dr. Adelino de Jesus Ferreira O Presidente da Mesa da Assembleia Geral- Bernardo Brotas de Carvalho Vice-Presidente da Mesa de Assembleia Geral- Margarida Freire 1° Secretária da Mesa da Assembleia Geral- Joaquim Bento Amaral Presidente do Conselho Fiscal- Ana Paula Santos Sócia Efectiva

Cordiais Saudações AssociativasLisboa, 01 de Outubro de 2006

O PRESIDENTE DA COMISSAO ELEITORAL

( Dr. Adelino de Jesus Ferreira)

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ANÚNCIO ECONVOCATÓRIA DASELEIÇÕES PARA OBIÉNIO 2007 / 2008

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LISTA “A” CANDIDATA AOS ÓRGÃOS SOCIAIS NACIONAIS

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eleições na apir

LISTA “A” CANDIDATA AOS ÓRGÃOS SOCIAIS NACIONAIS

Nos próximos dias 28 e 29 de Dezembro, vão decorrer as Eleições para os Corpos SociaisNacionais, Regionais e Locais da APIR, para o biénio 2007/2008.

A Lista “A”, que se candidata aos Órgãos Sociais Nacionais, propõe-se prosseguir com todas asactividades habituais em defesa dos interesses e direitos dos IRC, bem como se assume comocontinuadora do trabalho realizado pelos companheiros e companheiras que nos antecederam.

Nesse sentido, apelamos desde já a uma ampla participação de todos os Sócios Efectivos no actoeleitoral.

APIR

PresidenteCarlos Manuel F. Silva

TesoureiroJosé Carlos F. Gomes

Vice-PresidenteManuel José O. Costa

1.º VogalJosé Carlos Dinis

1.º SecretárioPaulo Jorge G. Ribeiro

2.º VogalMário F. O. Rodrigues

2.º SecretárioPaulo P. dos Santos

3.º VogalPaulo Jorge M. Zoio

DIRECÇÃO NACIONAL

EFECTIVOS

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eleições na apir

1.º VogalAna Paula. S. de Almeida

2.º VogalMaria Dulce Rodrigues

3.º VogalEdna S. A. M. Lemos

PresidenteDr. Adelino J. Ferreira

Vice-PresidenteBernardo B. de Carvalho

1.º SecretárioJosé Carlos B. Almeida

PresidenteJoaquim Bento Amaral

1º RelatorVitor V. Simões Freire

2º RelatorRui F. Medeiros

SUPLENTES Á DIRECÇÃO NACIONAL

MESA DA ASSEMBLEIA GERAL

CONSELHO FISCAL

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act iv idades da apir

ASSEMBLEIA-GGERALORDINÁRIA

(CONVOCATÓRIA)

Estimados Associados

Conforme os Estatutos, convoco aAssembleia Geral Ordinária da APIR a reunirno próximo dia 26 de Novembro de2006, pelas 15,00 horas, na Sede Socialda Associação sita na Via Principal de Peões,Lote 105 - Loja B, Zona I de Chelas, Lisboa(junto à esquadra da PSP na Zona I).

A Ordem de Trabalhos proposta é aseguinte:

1 - Leitura, Discussão e Aprovação dasActas anteriores;

2 - Plano de Actividades e Orçamentopara 2007;

3 - Diversos.

Se à hora marcada não houver quorum,a Assembleia reunirá trinta minutos (meiahora) mais tarde, com o número de sóciospresentes e a mesma ordem de trabalhos.

Lisboa, 18 de Setembro de 2006

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

(Dr. Adelino de Jesus Ferreira)

Como vem sendo habitual, a APIR estevemais uma vez presente no XX CongressoPortuguês de Nefrologia, que decorreu de 28 a30 de Setembro, no Centro de Congressos deVilamoura.

Dado que este evento se realizou muito pertoda saída desta Revista, só no próximo número

será possível dar-vos conta das conclusões doRelatório Anual do Gabinete de Registo da SPN- dados relativos a 2005.

Não queremos porém deixar deagradecer, mais uma vez, o Convite

que a Sociedade Portuguesa deNefrologia nos endereçou e que

muito nos honra.

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A ctualmente, a HTA é considerada umaepidemia a nível mundial, prevendo-se que

em 2025 existam cerca de 1,5 biliões de hipertensosem todo o mundo. A HTA é o principal motivo deconsulta médica em muitos países da Europa e nosEUA, e assume o 1º lugar em termos de prescriçãomédica. A sua importância decorre de ser o principalfactor de risco de doença cardiovascular que, por suavez, constitui a principal causa de morte nos paísesdesenvolvidos.

Nas causas de HTA temos a considerar comohipótese provável o envolvimento de múltiplos genes(a maior parte em investigação como, por exemplo,a aducina) no entanto, o que é indiscutível, é o papelfundamental da interacção ambiental com o terrenogenético. Assim, podemos afirmar que HTA é um malda nossa civilização e que factores como a dietahipersódica e hipercalórica, a obesidade, o seden-tarismo, o álcool, o stresse e o tabagismo sãodeterminantes na instalação desta patologia comtodas as suas consequências.

A definição de HTA da Organização Mundial deSaúde define como valores limite de pressão arterial140 e 90 mmHg respectivamente para a pressãoarterial sistólica e diastólica (para a criança commenos de 10 anos os valores são 110 e 70 mmHg).Todavia, para a população diabética ou com doençarenal crónica conhecida, as metas de controletensional são mais exigentes, recomendando-sevalores inferiores a 130/80 mmHg. A classificação deum doente como Hipertenso, dado o valorprognóstico associado, deve ser cautelosa, reco-mendando-se alguns cuidados na avaliação dapressão arterial (pelo menos três medições paravalores borderline, medição em ambiente tranquilo,repousar 5 minutos antes da medição, sentar compés apoiados no chão, costas e braço apoiados,braço ao nível do coração, usar braçadeira detamanho apropriado, se valores elevados repetirpassados 2 minutos, não fumar ou ingerir cafeína 30minutos antes da medição TA, não usar roupaapertada ou constritiva a nível do braço). Nadefinição do risco cardiovascular, sobretudo acimados 50 anos, é importante considerar a Pressão depulso (diferença entre a pressão arterial sistólica ediastólica) que nos fornece dados acerca dadistensibilidade e rigidez dos vasos periféricos.

Verifica-se que a HTA afecta 1/4 da populaçãoadulta entre os 18 e os 74 anos com maior incidêncianos idosos (60% doentes entre os 65 e 74 anos),sexo masculino e raça negra. Existe maior risco

quando há história familiar deHTA. Em Portugal só cerca demetade dos hipertensos (esão perto de 2 milhões!) sabeter a pressão arterial elevada,apenas 1/4 está medicado eapenas 1/6 controlado!

A lesão de órgãos alvodecorrente da HTA inclui océrebro (acidentes vascularescerebrais hipertensivos ouaterotrombóticos), o coração(doença coronária e insu-ficiência cardíaca), o sistemada visão (retinopatia hiper-tensiva com perda de visão), os grandes vasosarteriais (estenoses vasculares motivadas por placasde aterosclerose detectadas pelos ultrasons) e, comparticular ênfase no tema que hoje discutimos, osrins e a sua microcirculação (nefroangiosclerosehipertensiva).

A HTA está associada de duas formas a doençarenal. Por um lado, como já referido anteriormente,a HTA essencial ou primária é causa de doença renalcrónica, incluindo insuficiência renal crónica estádio 5com necessidade de diálise. Por outro lado a HTApode ser consequência de patologia renal (ex:estenose da artéria renal); também 80 a 90% doscasos de Insuficiência renal crónica (IRC) com váriascausas acompanham-se de HTA. Quer seja causa ouconsequência de Doença renal crónica, o importanteé prevenir e tratar a HTA para retardar a progressãoda doença renal e diminuir o risco cardiovascular.

O problema da HTA em Portugal e a suaassociação com doença renal crónica e IRC avançadadeve ser alvo da preocupação da classe médica emgeral. A incidência e prevalência de IRC estádio 5com necessidade de diálise ou transplantação nonosso país são muito elevadas (200 e 1.100 pmprespectivamente em 2002, as mais elevadas dospaíses europeus) e continua a aumentar (cres-cimento 5% ano). Este facto poderá em parte estarrelacionado com a elevada incidência de doençasvasculares, nomeadamente hipertensão arterial. EmPortugal existem 1.100 insuficientes renais crónicosterminais por milhão de habitantes e 2 milhões dehipertensos. Sabemos que em média 1 em cada1.000 doentes hipertensos desenvolverá insuficiência

A HIPERTENSÃO ARTERIAL NA IRC“CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS”A HIPERTENSÃO ARTERIAL NA IRC“CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS”

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Prof.Drª Helena de Sá

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renal terminal. Sendo assim, supomos que existamcerca de 200 doentes, por milhão de habitantes, cujacausa de insuficiência renal é a hipertensão, o que dáuma percentagem de 18%, que é elevadacomparativamente com os restantes paíseseuropeus, onde se situa entre os 6% e os 11%.

As lesões de nefroangiosclerose motivadas pelaHTA dizem respeito a alterações das paredes dospequenos vasos arteriais do rim (hialinose,espessamento da camada muscular e fibrose daíntima) podendo também estar associadas aalterações de isquémia motivadas pela aterosclerosedos vasos arteriais de maiores dimensões queperfundem os rins. No sentido de diagnosticar

precocemente doença renal crónica associada àhipertensão primária é importante saber qual o valorda creatinina sérica e estimar a taxa de filtraçãoglomerular, avaliar a presença de proteínas na urinae efectuar uma análise sumária de urina.

A HTA está presente frequentemente nos doentesrenais crónicos: 80 a 90% dos doentes cominsuficiência renal crónica avançada ou que fazemdiálise são hipertensos. Estes doentes necessitam detratamento para a hipertensão, como forma deretardar a progressão da doença renal e amortalidade cardiovascular a ela associada.

Nesse sentido, é importante diagnosticar adoença renal nas suas fases mais precoces e,associadamente à patologia renal, tratar ahipertensão arterial. Está provado que nos doentescom doença renal crónica e hipertensão, se esta não

é tratada, o risco de mortalidade cardiovascular é 10a 100 vezes superior, comparativamente comindivíduos saudáveis.

As medidas para tratamento da HTA, associadaou não a doença renal crónica, são de natureza nãofarmacológica e farmacológica. No primeiro grupodestaca-se a actividade física, a alimentaçãosaudável com baixo teor de sal (máximo 6 grNaCl/dia, ideal 3gr/dia), limitar a ingestão de álcool,suprimir o tabaco e finalmente, combater aobesidade, um factor que por si só pode estarassociado a agravamento dos valores tensionais. Nogrupo das medidas farmacológicas temos aconsiderar várias classes de fármacos anti-

h i p e r t e n s o r e s(diuréticos, betab l o q u e a n t e s ,inibidores da enzimade conversão daa n g i o t e n s i n a ,antagonistas dos re-ceptores da angio-tensina, antagonis-tas dos canais decálcio, vasodilata-dores e alfa antago-nistas). O objectivoprimordial de qual-quer fármaco anti-hipertensor é baixaros valores tensio-nais. Como objec-tivos secundários,s o b r e t u d oalcançados com asfórmulas mais re-centes ou em inves-tigação, temos amelhoria da disfun-

ção endotelial, a diminuição do desenvolvimento daplaca de ateroma ou sua estabilização, a melhoria dafibrinólise, a diminuição da incidência da diabetes denovo, a prevenção da doença coronária, dos AVCs,da hipertrofia ventricular esquerda e da doença renalcrónica. Tudo isto tentando manter a melhorqualidade de vida do doente hipertenso.

Professora Doutora Helena de Sá Serviço de Nefrologia dos HUC.

(Resumo da intervenção no colóquio “AHipertensão Arterial e IRC” realizado pala APIR emCoimbra no passado mês de Julho).

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CONCLUSÕES DO VII ENCONTROINTERREGIONAL

Muitos foram os avanços verificados, nonosso país, no campo do tratamento da

Insuficiência Renal Crónica, particularmente nosúltimos dez a quinze anos.

Das quatro Unidades de Diálise que existiamem 1977 - três públicas e uma privada -,situadas em Coimbra, Lisboa e Porto, saltámospara mais de uma centena, espalhadas pelopaís, e a partir de 1980 criaram-se oito Unidadesde Transplantação Renal.

Nessa altura, as quatro Unidades dialisavamcerca de 200 IRC. Hoje, e segundo dados daSociedade Portuguesa de Nefrologia reportadosao ano de 2004, os números apontam para 8467dialisados e 4140 transplantados com rimfuncionante, num total de 12607 IRC comtratamento substitutivo. Em 1978, eram umasescassas dezenas, entre médicos e enfermeiros,os profissionais envolvidos no tratamentodesses doentes. Hoje, e ainda citando dados daSPN, o número de médicos nefrologistasinscritos na Ordem em 2005, ronda as 4 cente-nas. Em relação aos enfermeiros, estima-se quesejam cerca de 1 200 - só na APEDT, em dadosacumulados, regista-se perto de 1 000.

Os avanços tecnológicos são enormes. Defacto, nem sequer é possível comparar, emtermos de qualidade técnica, a diálise que hojeé oferecida aos doentes crónicos que delanecessitam, com a de há 20 ou mesmo 10 anosatrás. Quem fez diálise nesse tempo, e tambémos médicos e os enfermeiros de então, lembramcom angústia a insegurança que existia.Sentimentos que compartilhavam com osdoentes, como não podia deixar de ser.

1. RELAÇÃO ENFERMEIROS/IRC NA SALA DE DIÁL ISE

Ao abordar a relação Enfermeiro/IRC na salade diálise, julgamos ser necessário lembrar arelação afectiva que se estabelece entre osdoentes IRC e a equipa de Enfermagem, logoque entram em diálise. De entre todos osprofissionais que intervêm neste campoespecífico da Saúde, são de facto os enfermeirosas pessoas que, ao longo do tratamento, maiscontactam com os doentes. Ao analisar

historicamente a evolução do tratamentodialítico em Portugal, podemos destacar doisperíodos:

a) No início do tratamento dialítico emPortugal, o enfermeiro era o primeiro, e às vezeso único, confidente do doente, não só no quedizia respeito à doença mas também, muitasvezes, à sua vida particular.

b) Numa época mais recente, em que asnovas técnicas e modernas tecnologiascomeçaram a dominar o tratamento dialítico,tem-se vindo a notar algum afastamento daEquipa de Enfermagem em relação ao doente,pelo facto de não ser necessária a suaintervenção permanente junto a este parasolucionar intercorrências que possam surgir aolongo da sessão.

Desde o momento em que o doente entraem diálise, a pessoa com quem em primeirolugar começa a contar é o enfermeiro que orecebe na sala e que durante o período detratamento vai velando para que tudo corra damelhor maneira. É com o enfermeiro que,durante essas horas, o doente vai falando, ouaté discutindo, sempre que as coisas não corrembem.

Por outro lado, o desenvolvimento tecno-lógico trouxe melhor qualidade de tratamento esegurança, ao mesmo tempo que facilita aintervenção da equipa de enfermagem. Noentanto, o doente não deixa por isso de se verconfrontado com situações novas para ele. Asmáquinas são novas e são melhores, há novosconceitos e novas maneiras de lidar com osdoentes. Ou seja, a técnica sobrepõe-se àsrelações humanas.

Várias informações têm chegado aoconhecimento da APIR, as quais preocupam oscolegas em diálise. Destacamos as seguintes:

• assiste-se hoje, com alguma frequência, aofacto de alguns enfermeiros irem imediatamentepara junto do computador, após ligar o doente,ou de se ausentarem da sala de tratamento;

• porque alguns monitores já têm integradoo aparelho de medição da tensão arterial, existea tendência de colocar a braçadeira no início dadiálise, evitando assim ir junto dele, de hora ahora. Neste caso, pode-se dizer que o doente só

CONCLUSÕES DO VII ENCONTROINTERREGIONAL

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contacta com o enfermeiro na hora de ligar edesligar, ou quando pede a sua ajuda;

São situações que perturbam os doentes,levando-os a sentir-se inseguros.

• A redução do pessoal de enfermagem, asua substituição por “técnicos de diálise”, aconstante rotatividade dos enfermeiros, etc., nãodão confiança aos IRC e não permitempersonalizar o tratamento. O facto de ter sidoretirada da legislação a obrigatoriedade de arelação enfermeiro/doente ser de 1 para 4, veiotambém limitar a possibilidade de maiorassistência e mais contacto com os doentes.Relação essa que hoje chega a atingir 1 para 7,ou até mais, em alguns casos.

Ao investimento forte que se fez natecnologia não pode, de forma nenhuma,corresponder um investimento fraco na relaçãohumana. Porque ambos são campos demasiadoimportantes, tanto para o doente, como paraquem o trata.

2. ENFERMAGEM E HUMANIZAÇÃO

Humanizar significa tornar mais humano. Ouseja, no campo da Saúde, como em qualqueroutro, todo e qualquer avanço na tecnologia sófaz sentido, do ponto de vista da humanização,se servir para tornar melhor a vida das pessoas,para lhes transmitir confiança em quem as trata,para suavizar as horas de dor presentes em todaa doença crónica. Prestar cuidados de Enfer-magem é sobretudo “cuidar” e “tratar” doentes,mas com carinho e ternura.

Infelizmente, a HUMANIZAÇÂO não faz partedos hoje tão apregoados “critérios de qualidade”,talvez porque não se pode quantificar. O Registoda Enfermagem poderia assumir aqui um papelde destaque na correcção de muitas situações.Assim como a Uniformização de Normas para oTratamento. A sua existência permitiria que oIRC e os próprios enfermeiros se sentissem maisseguros durante a diálise. Porque não existem,numa mesma Unidade cada enfermeiro trata odoente à sua maneira. Nunca se pode esquecerque SER MELHOR TRATADO É SER TRATADOCOM HUMANIZAÇÃO.

Nada pode justificar, por parte de algunsprofissionais, que o trabalho seja feito a correr,para depois, enquanto decorre a sessão, iremestudar ou navegar na NET. Cada actividade temo seu tempo e lugar próprios. Mas a verdade éque isto acontece. Porquê? Hoje, muitosenfermeiros entram no campo da Nefrologia pordiversas razões. Alguns não aguentam e saemmais tarde.

A Ordem e as Associações de Enfermeiros

têm de intervir neste caso com urgência, bemcomo Associações de outros profissionais destaárea, ou as dos doentes. Elas deviam poderactuar aqui para controlar os riscos que osdoentes correm, sempre que estes aspectosinterferirem com a qualidade de tratamento. Épreciso pedir responsabilidades pelo trabalhoproduzido.

3. ALGUMAS ATITUDES FAVORÁVEIS À RELAÇÃO DE AJUDA

Entre as várias formas de comunicação queexistem entre seres humanos, a comunicaçãoverbal, os gestos e expressões, bem como nonosso caso, a RELAÇÃO DE AJUDA (tera-pêutica), têm um papel fundamental na criaçãode um bom contacto entre o doente e oenfermeiro na sala de diálise. Particularmente arelação de ajuda que implica o estabelecimentode uma espécie de “parceria” com o IRC,respeitando sempre as suas capacidades, nosentido de resolver e ultrapassar os problemasque possam surgir durante a sessão dialítica.

Ao enfermeiro caberá esforçar-se pordemonstrar uma grande disponibilidade paramelhor compreender o doente (EMPATIA). Porexemplo, no início da relação, procurar sabercomo é que a pessoa está habituada a sertratada (o nome por que gosta de ser chamada,etc.). Cabe-lhe também o esforço de tentarsempre compreender o ponto de vista do“outro”, respeitando o seu direito de serdiferente, evitando sempre que possível aconfrontação. Às vezes, só a forma de abordarajuda a compreender melhor o que se está apassar - “então, o que acha que está aacontecer?”. Levando o doente a explicar,mesmo à sua maneira, o que está a sentir, jáque nem sempre é o que parece.

A chamada “escuta activa” pode aqui ter umpapel muito importante. Ela implica a existênciade um contacto visual, olhos nos olhos,aproximação física, bem como uma posturaaberta e tranquila, fazendo o doente sentir que,naquele momento, não está sozinho a enfrentaro problema. Depois, saber utilizar as pausas, porvezes longas, que podem surgir nacomunicação. Para retomar o diálogo, tentarvoltar ao assunto de outra maneira(PARAFRASEANDO): “então, estava a dizerque...; ou “vamos ver se o compreendi bem...”.

É importante fazer as perguntas certas,colocando as questões directamente - “bem, oque o leva a pensar isso?”; ou “o que é que oestá a preocupar?”

Nunca, mas nunca, se devem desvalorizar

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sentimentos nem repudiar atitudes. Por muitoatarefado que o enfermeiro esteja, nuncadeverá utilizar expressões como “...mas quetontice”; ou “não seja piegas. Parece “umgaroto”, ou, ainda “um homem não chora”.

“A intervenção de enfermagem deve ser

orientada no sentido de ajudar o doente/famíliaa encontrarem a melhor forma de exprimirem osseus sentimentos e de os aceitarem comoresposta natural às alterações que o doente estáa viver, estabelecendo uma relação de ajuda.Não se pretende desculpar as atitudes dosdoentes mas, sim, explicá-las”.

(Nolasco 1982)

4. FORMAÇÃO

As nossas Escolas de Enfermagem formamhoje, não temos disso quaisquer dúvidas,óptimos profissionais. Sabemos também comoestão preocupadas com o facto de não existirformação básica em Nefrologia. É preciso nãoesquecer que, num Curso com a duração dequatro anos, à Nefrologia são concedidas 15 a20 horas.

Infelizmente, devido à difícil situaçãoeconómica e social que o país vem atravessandohá longo tempo, assistimos cada vez mais àrealidade do duplo emprego, à competitividadedesenfreada, isto a par do desenvolvimentotécnico e tecnológico, sem o devidoacompanhamento da componente HUMANI-ZAÇÃO.

Porque existe essa preocupação, algumasUnidades de Diálise fazem uma formação com aduração de 3 meses. Formação que, na prática,quase não existe porque é ministrada àdistância. Depois, geralmente faz-se uma

formação pós-básica em Nefrologia. Mas paraconseguir entender o IRC, e tratá-lo de umponto de vista correcto, o enfermeiro teria deestudar como é isso de viver com uma doençacrónica, quais as implicações que ela transportapara a vida do doente, de que resistênciasprecisa para a enfrentar com sucesso. Porexemplo, são ensinados ao enfermeiro oscritérios que lhe permitam avaliar se uminsuficiente renal está, ou não, adaptado àrealidade da sua doença crónica? Ou ensinam-lhe somente a ver se o IRC é um “bomcumpridor” das normas?

Que diagnósticos de enfermagem sãonecessários para que os doentes recebam, daparte dos enfermeiros, os cuidados de queprecisam?

5. APOIO PSICOLÓGICO NA DIÁLISE

Se existe, é muito irregular. Está nos livros oconhecimento de que existem diferenças entreas pessoas, diferenças que as levam a reagir deforma diversa perante uma mesma situação.

No entanto, na maioria das Clínicas e emalguns hospitais que prestam acompanhamentoaos IRC não há Psicólogos como, em algunscasos, não há Dietista ou Assistente Social.Estes profissionais têm de estar lá antes de osdoentes começarem a manifestar problemas.

6. PREVENÇÃO E QUALIDADE

Pode sempre colocar-se a questão: o que émais importante? Ajudar as pessoas a passarbem, ou contribuir para a prevenção doaparecimento da doença renal? As duas sãoimportantes. Mas sempre que possível deveprivilegiar-se a PREVENÇÂO.

Quando começaremos a preparar as pessoasque aparecem com creatininas altas, nosCentros de Saúde, para os problemas que umdia vão ter de enfrentar?

Porque não é obrigatória a avaliação mensalda Qualidade de Vida do doente, na globalidadee por sectores?

Os problemas não têm só a ver com as taxasde morbilidade ou mortalidade, mas sobretudocom o grau de satisfação e bem-estar daspessoas. Para isso, é preciso mudar tudo o queestiver mal.

É preciso não esquecer que “Os utentes, têm quase sempre razão” !

Lisboa, 9 de Abril de 2006

A DIRECÇÃO NACIONAL

É muito importante saber inquirir odoente, ver bem como fazer asperguntas. Nunca se devem fazerjulgamentos. Afinal, quem de nós temexperiência suficiente para possuir odireito de julgar?

O cansaço do enfermeiro pode ser,muitas vezes, uma forma de autodefesaem relação a problemas que o doentepossa apresentar. A falta dedisponibilidade pode também resultar deproblemas na organização do trabalho nasala de diálise.

Há uma frase curiosa que diz. “bem-aventurados aqueles

Que sabem ouvirQue querem ouvirE que têm tempo para ouvir”

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Inovação. Está-nos no sangue

Amgen Biofarmacêutica, Lda. - Tagus Park - Parque de Ciência e Tecnologia - 2780-920 Porto Salvo - Tel.: +351 214220 550 - Fax: +351 214220 555

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APIR e ADRNPREUNEM COM ARS/NORTEAPIR e ADRNPREUNEM COM ARS/NORTE

É com muito gosto que transcrevermos o texto deMaria do Carmo Santos da Direcção A.D.Z. a quemendereçamos as nossas felicitações.

Em Julho de 1990, um grupo de diabéticos, emestreita comunhão de ideias com técnicos de saúde

dos Hospitais da Universidade de Coimbra, resolveram criaruma Associação que, de forma directa, se tornasse uma vozamiga, uma força anímica e mesmo uma nova via deminimizar a sua terrível doença - a diabetes -, a qualprogride assustadoramente ao longo do nosso século. Elanão só provoca traumatismos físicos e psíquicos aosportadores de tal doença crónica (assim como aos seusfamiliares), mas acarreta também avultados gastos ao eráriopúblico para o seu tratamento.

Assim, na esperança de uma cura a curto prazo, de umamelhor profilaxia e de um melhor bem estar para todos, apar de uma informação relativa à natureza, aos modos detratamento e à progressiva evolução da doença, estaAssociação tem também por finalidade reivindicar a todos osníveis governamentais e a outras entidades tudo o queobjectivamente seja motivo para possibilitar a estes doentesuma vida melhor, ou seja, para que possam viver com adiabetes.

Ao longo de mais de uma década, esta Associação temdivulgado todos os avanços científicos surgidos na área daDiabetologia, com a finalidade de uma compreensão econsciencialização da doença, assim como dos meioscorrectos de a controlar, procurando evitar a sua evolução e,

se possível, retardá-la. Para o efeito, a Associação dosDiabéticos da Zona Centro possibilitou aos seus associadosa partilha e mesmo a resolução de alguns dos seusproblemas através de convívios, passeios, reuniões,conferências … Deste modo, compreende-se que estaAssociação tenha sido objecto de um grato reconhecimentopor parte de muitos profissionais de saúde, assim como daindustria farmacêutica, os quais lhe têm dado o seu totalapoio e colaboração, incentivando-a a continuar o seutrabalho.

É de salientar que a Associação em causa teve o apoiode algumas entidades locais, de laboratórios e,evidentemente, dos seus associados. Compreende-se,então, que ela continue a trabalhar empenhadamente e aproblematizar o custo de determinados materiais necessá-rios para o “quotidiano diabético”, que se mantêmteimosamente onerosos. Os corpos gerentes destaAssociação crêem que, com o auxílio dos avanços da ciência,se possa futuramente afirmar que o diabético se sente maisfeliz e menos céptico perante a vida sentindo, deste modo,que valeu a pena ! Assim sendo, podemos felicitar comorgulho esta Associação: - “PARABÉNS A.D.Z.C.”

Pel'A DirecçãoMaria do Carmo Santos

A DIABETES DIZ RESPEITO A TODOS, NÃO A IGNORES

Com o objectivo de resolver problemas com ostransportes de IRC da zona norte do país, a APIR e a

ADRNP, reuniram com o Gabinete do Utente da AdministraçãoRegional de Saúde do Norte, Dr. Rosalvo Almeida, dandoseguimento a outras reuniões já realizadas.

A APIR apresentou mais uma vez, a sua discordância poralgumas Sub-Regiões da área da ARS/Norte, estarem a retirarao IRC o direito ao transporte em táxi, ou ambulância, para asconsultas de pré-transplante, ou outros exames.

Fomos informados pelo Dr. Rosalvo Almeida, que iria sercriado um grupo de trabalho (mais um), para elaborar umDocumento Normativo, para que haja o mesmo critério paratodas as Sub-Regiões, para transporte de IRC.

As Associações de doentes IRC, não aceitam que estesdoentes sejam obrigados a deslocarem-se em transportespúblicos, para o Porto, ou Coimbra, com grave prejuízo, umavez que o tempo gasto neste tipo de transporte, e também assuas condições físicas os impossibilita de ir às consultas emdias de diálise, ou mesmo no dia seguinte.

Informámos ainda o Gabinete que, por este motivo,alguns doentes já desistiram das consultas de pré-transplante,ficando sem qualquer possibilidade de poderem sertransplantados.

Aniversário da Associação dos Diabéticos da Zona Centro

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Aniversário da Associação dos Diabéticos da Zona Centro

Dirigentes das associações reunidos com o representanteda ARS/Norte

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VISITA À UNIDADE DE DIÁLISE DO HOSPITAL DE VISEU

Deverão arrancar em breve as obras deum novo centro de hemodiálise em

Portalegre. A unidade terá capacidade para 120utentes e vai evitar que 35 insuficientes renaisdo distrito se desloquem três vezes por semanaa Abrantes ou ao Entroncamento.

Um novo centro de hemodiálise irá serconstruído em Portalegre, num investimentopróximo dos 2,5 milhões de euros, evitando que35 insuficientes renais do distrito se desloquem,três vezes por semana, a Abrantes ou aoEntroncamento para tratamentos. Emdeclarações à Agência Lusa, o Presidente doConselho de Administração dos Hospitais dePortalegre e de Elvas, Luís Ribeiro, adiantouontem que as obras de construção da novaunidade, com capacidade para 120 utentes,deverão arrancar “em breve”, prevendo-se a suaconclusão dentro de um ano. “A obra já foiadjudicada e pensamos que o novo centro dehemodiálise poderá estar em funcionamento nofinal do Verão de 2007”, disse.

O mesmo responsável explicou que o novoequipamento vai ser edificado num terrenocedido pela Câmara Municipal, com cerca de 25hectares, junto ao Itinerário Principal 2 (IP-2), acinco quilómetros do centro da cidade. “Trata-sede um espaço com capacidade para servir todosos insuficientes renais do distrito de Portalegre”,assegurou Luís Ribeiro.

Contactado pela Lusa, Carlos Miranda,promotor do futuro núcleo da delegação dePortalegre da Associação Portuguesa deInsuficientes Renais, congratulou-se com oanúncio do arranque das obras do novo centrode hemodiálise daquela capital de distritoalentejana. “É um anúncio que me deixa muitosatisfeito”, expressou o mesmo responsável.

Doentes sem vaga

No Norte Alentejano existem, actualmente,segundo Carlos Miranda, 95 insuficientes renais,35 dos quais, por não terem vaga na unidade detratamento existente em Portalegre, sãoobrigados a deslocar-se até Abrantes e aoEntroncamento, no distrito de Santarém, parafazer diálise. Uma situação que, disse, leva aque esses 35 utentes tenham de percorrer trêsvezes por semana, uma média de 200quilómetros em cada viagem, entre Portalegre eos concelhos ribatejanos. “O novo centro dehemodiálise é uma infra-estrutura que vemminimizar o sofrimento por que passam muitosinsuficientes renais do distrito, poupando-lheslongas viagens”, sublinhou.

O actual centro de hemodiálise de Portalegrefunciona no antigo sanatório, propriedade dohospital local, onde funcionam também o Centrode Atendimento a Toxicodependentes (CAT) e olaboratório de análises.

NOVO CENTRO DE HEMODIÁLISEDE PORTALEGRE - Estará pronto em 2007NOVO CENTRO DE HEMODIÁLISEDE PORTALEGRE - Estará pronto em 2007

Uma delegação da APIR visitou a Unidade deDiálise do Hospital de Viseu, tendo sido

recebida pelo Dr. Garrido e o Enf. Chefe Melo. AAPIR foi convidada a conhecer o serviço, assimcomo a contactar com os nossos colegas quefaziam tratamento, dando a conhecer a actividadeda Associação, e também distribuir algum materialde informação.

Seguiu-se depois, uma reunião com a equipamédica de serviço, e o Enf. Chefe. Durante areunião foram abordadas questões como: ofuncionamento daquela Unidade durante as 24horas do dia e no fim de semana; implementaçãoda Diálise Peritoneal e possibilidade de consultas depré e pós-transplante, evitando as constantesdeslocações dos IRC a Coimbra.

A APIR juntamente com a equipa médica e deenfermagem vai sensibilizar a Administração para

resolver estes problemas, solicitando de imediatouma reunião.

Aos doentes renais, ao Dr. Garrido, ao Enf.Chefe Melo e restante equipa, o nossoagradecimento pela forma como receberam aAPIR.

VISITA À UNIDADE DE DIÁLISE DO HOSPITAL DE VISEU

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Aactividade transplantadora de órgãos emPortugal, após algumas experiências

anteriores, deu o seu primeiro grande passo, emJunho de 1980, com duas transplantaçõesquase simultâneas, em Coimbra e Lisboa,respectivamente pelas equipas do ProfessorLinhares Furtado, nos HUC, e pelo DoutorRodrigues Pena, no HCV.

A transplantação renal foi assim a principalimpulsionadora dos transplantes de órgãos comsucesso no nosso país.

Seguiram-se depois transplantações de

outros órgãos importantes, como: coração,fígado, pâncreas, pulmão, etc. Também ostransplantes de córnea, medula e outros forambastante incrementados. Nestes últimos dedestacar, em particular, o grande esforço eempenhamento demonstrados pelos IPO deLisboa e Porto, em articulação com o CEDACE,na Lusotransplante, relativamente àstransplantações da medula.

Apesar de todo este desenvolvimento que,particularmente na área renal, tem colocado onosso país num bom patamar do rankingeuropeu, a transplantação em Portugal temsofrido, ao longo de todos estes anos, muitosaltos e baixos sendo, mesmo assim, otransplante renal o mais regular.

COLHEITAS INSUFICIENTES

Segundo dados recentemente vindos apúblico, das 36 Unidades de Colheita de Órgãosexistentes no país, cerca de 50%, nos últimosanos, têm estado inoperacionais por razõesdiversas, que vão das mudanças nas direcções,às obras, passando pela falta de empenho dasadministrações desses hospitais. Embora aescassez de órgãos para transplante seja umproblema mundial, com a politica de saúde e afalta de incentivos deste Ministério aosprofissionais, bem como o desinteresse demuitos Conselhos de Administração por esta

técnica, não seria de esperar outro resultado. Aredução cíclica das transplantações continua aser, também, um problema de organização emPortugal.

Por outro lado, a menor sinistralidade mortale a falta de reanimação apropriada no local dosacidentes, a falta de condições e de sensi-bilização em muitas Unidades, nomeadamentenas UCI, reduzem as colheitas de órgãos decadáver e a perda de imensos potenciaisdadores. Assim, não se salvam vidas, nem seaproveitam órgãos.

A OPT e a SPT, as duas principaisorganizações ligadas à problemática da trans-plantação, têm vindo a alertar para esta

A TRANSPLANTAÇÃO DE ORGÃOS EM PORTUGALA TRANSPLANTAÇÃO DE ÓRGÃOS EM PORTUGAL

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transplantação

FORÇA AÉREA TRANSPORTA ÓRGÃOS HUMANOSFORÇA AÉREA TRANSPORTA ÓRGÃOS HUMANOS

Aeronave Falcon 50 da ForçaAérea Portuguesa deslocou-se

ao Hospital de Faro, a fim de procederao transporte urgente de órgãoshumanos para paciente internado noHospital de S. José, em Lisboa.

Após o regresso à capital, aaeronave voltou a deslocar-se, destavez com destino ao Porto, com amissão de entregar mais órgãos parao Hospital de Santo António.

A bordo, seguia uma equipamédica da Unidade Coordenadora deColheita de Órgãos do Hospital de S.José.

situação há muito tempo. Porém, as oscilaçõesno número de colheitas e consequentemente detrans-plantações continuam a acontecer periodi-camente. Também a APIR, desde há muitosanos, tem chamado a atenção para esteproblema na transplantação renal e apontadovárias medidas que podem melhorar opanorama nesta área.

TRANSPLANTAÇÕES RENAIS

Apesar de a transplantação renal ser dasmais regulares, e alcançar dos melhoresresultados de sobrevida do órgão transplantado,ela sofre igualmente das oscilações já atrásapontadas.

Desde 1980 foram efectuadas em Portugal,até 31 de Dezembro de 2005 - dados da Lusotransplante -, 6713 transplantes renais. Destes,mais de 4000 continuam funcionantes. A médiade transplantes/ano ronda os 400, tendo-seatingido os 400 em 1996, e 436 em 2004. Estesdois anos foram os únicos em que a barreira dos400 foi alcançada.

A Lista de espera para transplantação, deacordo com as listas das oito Unidades deTransplantação renal existentes, é de 3316. Em2004, foram efectuados 436 transplantes e em2005, 380. Houve aqui uma quebra de 56transplantações, em parte explicadas pelasdeficiências já apontadas. Hoje, cerca de 36%do total de Insuficientes Renais Crónicosreferenciados são transplantados. Importa dizer,para que o Ministério da Saúde perceba, que osIRC transplantados têm uma melhor qualidadede vida e, para além disso, o custo do

tratamento de um IRC transplantado é muitoinferior ao dos que se encontram em diálise.

AS PERSPECTIVAS

É inegável que sendo o rim de cadáver aprincipal fonte de transplantes no nosso país, aperda destes órgãos tem contribuído para adiminuição do número de transplantações. Aalteração à Lei 12/93, apresentada pela OPT aoGoverno, para aprovação na Assembleia daRepública, visa facilitar a doação e o transplantede órgãos não regeneráveis, entre pessoas vivassem qualquer grau de parentesco,particularmente entre cônjuges, deve seraprovada e regulamentada o mais brevepossível, para ajudar a aumentar o número detransplantes em Portugal. Porém, isto nãochega. É preciso também:

a) - continuar a apostar no maioraproveitamento possível dos órgãos decadáver;

b) - alargar e melhorar a articulação entreos Gabinetes de Coordenação deColheita e os Serviços de Nefrologia, asUnidades de Transplantação e as UCI;

c) -incentivar, sensibilizar e fiscalizar asUnidades de Colheita existentes e, sepossível, alargar a outras para aumentara recolha e transplante de órgãos;

d) - alterar rapidamente a Leirelativamente ao dador vivo, parafacilitar e aumentar o seu número,salvaguardando sempre o risco decomércio e tráfico de órgãos.

Vítor Simões - Sócio n.º 1

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DELEGAÇÕESR E G I O N A I S

APIR AVEIRO

Presidente: JOSÉ MANUEL ROCHASede Social: Rua Drº. Alberto Souto, nº 7Loja “23X”3800-149 AVEIROTEL: 234 913 916

APIR COIMBRA

Presidente: JOSÉ CARLOS DINISSede Social: Rua de Montarroio, 53 - R/c3000-287 COIMBRATEL: 239 828 277 • FAX: 239 841 768email:[email protected]

APIR SETÚBAL

Presidente: PAULO PACHECO DOS SANTOSSede Social: Av. 5 Outubro, Edifício Bocage,148-4º 2900-311 SETÚBALTEL./FAX: 265 525 527email:[email protected]

APIR ALGARVE

NÚCLEO FAROPresidente: MANUEL E. CORREIARua Gil Eanes, nº 9 - 2º M8700-474 OLHÃO TEL: 289 705 576

NÚCLEO PORTIMÃOPresidente: ABEL L. FIGUEIREDOTEL: 282 424 776 - 918 214 025

APIR LISBOA APIR VISEU

Coordenação: RAMIRO A. CUNHAe OSVALDO GOMESTEL: 232 984 795VISEU

NÚCLEO LISBOACoordenação: PAULO RIBEIRO e PAULO ZOIOSEDE NACIONALTEL: 218 371 654 • FAX: 218 370 8261950-224 LISBOA

DAS

porta-voz dos dialisados e transplantados renais

APIRAPIR

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LISTA CANDIDATA ÀDELEGAÇÃO REGIONALDE COIMBRA

SUPLENTES Á DELEGAÇÃO

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SecretárioAna Isabel C. Batista

PresidenteJosé Carlos R. Dinis

TesoureiroCarlos J. M. S. Florindo

4.º VogalMaria de Lurdes

G. Pais

1.º VogalAna Paula S. Almeida

2.º VogalMaria Adelaide

S. Torres

3.º VogalJoaquim Bento Amaral

4.º Vogal SuplenteDr. José J. P. Marques

1.º Vogal SuplenteArmando L. Campos

2.º Vogal SuplenteEng. António J. C. S.

Pestana

3.º Vogal SuplenteDr. Hermenegildo

J. J. Almeida

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Nos passados dias 11 e 12 deSetembro, a APIR efectuou umavisita ao Centro de Diálise "CANCHO"

em Coimbra, fazendo parte da equipa os colegasCarlos Silva da Direcção Nacional, Carlos Dinis,Ana Isabel Bátista e Carlos Bizarro da Delegaçãode Coimbra.

No primeiro dia fomos recebidos peloEnfermeiro Jorge Silva, que após as boasvindas, nos acompanhou numa visita guiada àsinstalações do centro, e no segundo dia fomosrecebidos pelo Director Clínico Dr. Pedro Maia,que nos deu mais alguns esclarecimentos sobreo funcionamento deste centro.

Esta nova unidade de diálise emfuncionamento desde 7 de Março de 2005, estáequipada com 28 monitores de Hemodiafiltra-ção, a mais avançada tecnologia neste momentopara os tratamentos díaliticos.

Carlos Dinis falando com os doentes

Aliás, neste centro todos os equipamentossão do mais moderno, tal como a pesagem emque todos os doentes têm o seu cartãoincorporado com um chip onde consta todo oseu processo clínico, indo o peso directamentepara a máquina e após a pesagem o cartão éinserido na mesma para que registe todo otratamento.

A população deste centro é constituída por115 doentes, dos quais 31 são diabéticos, 7portadores do vírus da hepatite B e 3 portadoresdo vírus da hepatite C, estes doentes com salasindependentes para tratamento.

Em 2005 a taxa de mortalidade foi de15,15%, sendo a média das idades de 65 anos.Durante o ano findo foram transplantados 7IRC's.

Esta Clínica tem 4 médicos Nefrologistas, 2médicos de Clínica Geral, 3 de outras especia-lidades, 25 enfermeiros, dietista e assistentesocial. Fazem ainda parte do quadro 1 técnicode manutenção, auxiliares e Administrativas.

É distribuído aos doentes um pequeno lanchedurante o tratamento.

Está ainda equipada com lavandaria ondesão lavados todos os equipa-mentos dos funcionários, assimcomo os lençóis de cobertura dascadeiras, existindo uma funcio-nária unicamente para esse ser-viço.

O armazém dos medicamentosé mantido a uma temperaturaconstante para que não hajaqualquer alteração na medicação,que é distribuída aos doentesconforme despacho 3/91, e quemensalmente é requisitada aosHospitais da Universidade.

A sala de tratamento de águasestá equipada com duas osmoses inversas, comultra filtração de que resulta uma qualidade deágua pura para a diálise. As análises são efec-tuadas regularmente, bem como o controlo dequalidade.

A APIR agradece aos IRC, ao Dr. Pedro Maia,Enf. Jorge Silva e demais funcionários doCancho, que nos receberam com simpatia. Onosso muito obrigado.

VISITA AO CENTRO DE DIÁLISE DO CANCHO

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Como anunciado na última Nefrâmea, aAPIR, esteve mais uma vez repre-

sentada na Feira de Santiago em Setúbal, pelasua Delegação na Cidade do Sado.

Embora integrada no Grupo Concelhio paraa Deficiência, e talvez por isso, estivemos numnovo local, com o piso asfaltado de novo, comboa acessibilidade, à entrada principal da feira,que nos pareceu de início vir a ser um sucesso.

No dia da inauguração tivemos no nossopavilhão o Sr. Presidente da Câmara, Sr. Carlosde Sousa, a Vereadora do desporto e InclusãoSocial, Dra. Maria das Dores Meira e a Dra.Conceição Loureiro, do Grupo Concelhio, aquem nós muito agradecemos.

Pareceu-nos a nós, que por estarmos logona entrada, as pessoas levavam mais interesseno divertimento, que em visitar-nos. Na saída,sentimos o mesmo interesse da parte daspessoas, desta vez, no sentido contrário.

Podemos contar um caso, que não servindo

de exemplo, prova o desinteresse por parte do público em geral. “Um senhor, talvez por curio-sidade, chegou-se ao nosso pavilhão, mas so-freu um puxão por parte da esposa, que lheperguntou se ele estava doente”.

Tivemos algumas pessoas interessadas nanossa Associação e na nossa literatura, pormotivos próprios ou familiares. Também nosvisitaram alguns enfermeiros, nossos conheci-dos e vários colegas nossos. Distribuímosalguma literatura e duas propostas, com apromessa de as preencherem, a interessadosem serem nossos sócios.

Achamos ter feito algum trabalho desensibilização e demos algum esclarecimento,quer através da nossa exposição, quer atravésda passagem dos nossos vídeos.

No entanto continuaremos a contar,enquanto as nossas forças nos deixarem, com apresença sempre útil da APIR, neste certame.

ACTIVIDADESDA DELEGAÇÃOACTIVIDADESDA DELEGAÇÃO

FEIRA DE SANTIAGO

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António Maria Eusébio“O Cantor de Setúbal”“A par de Luisa de Aguiar Tody, Manuel MariaBarbosa du Bocage e mais recentemente MestreLima de Freitas e muitos outros célebresSetubalenses, António Maria Eusébio, nasceu a15 de Dezembro de 1819. Era conhecido comoo Cantador de Setúbal, cuja profissão eracalafate, que desempenhava de sol a sol parapoder sustentar a família. Foi um dos grandespoetas da nossa raça, e com os seus versos epoesias, era admirado por pescadores dasmargens do Sado, e restante gentes de Setúbal.Na época das invasões Francesas, incentivadopelo General Henrique das Neves, que muito oestimava, juntou 50 pessoas que pagaram os100 Reis necessários para a publicação do seuprimeiro folheto, na tipografia Mascarenhasficando o lucro depois de tiradas as despesas,para o autor, então já inválido para o trabalho,tendo publicado ao todo sete folhetos e maisnão fez devido à idade.Era rodeado de muitos amigos, entre os quais,alguns ilustres como por exemplo a escritoraAna de Castro Osório, o Dr. João Osório deCastro, Paulino de Oliveira etc.Sem saber ler nem escrever, recebeu elogios detoda a ordem e de toda a gente.O próprio Guerra Junqueiro dirigiu-se ao poetasetubalense nos seguinte termos:“Os grandes poetas são os grandes homens, e agrandeza humana, aos olhos de Deus, mede-sepela virtude, pela inocência, pelo juízoverdadeiro da nossa alma, pela ternura infantildo nosso coração. Ora a tua bondade, meuvelho, exala-se das tuas cantigas sem arte,como um aroma delicioso dum matagal incultoque nasceu entre pedras.”Sem pretender escrever tudo o que estehumilde poeta deixou que escrevessem, querono entanto, deixar aqui umas palavras que elerespondeu quando inquirido pelas gentes que orodeavam e lhe pediram que falasse de si:

Este grande poeta do povo, tem hoje o seunome perpetuado, numa das mais conhecidasruas da baixa de Setúbal.Era vontade dos setubalenses, erguerem comohomenagem um busto deste ilustre poeta dopovo, no largo de Sapalinho, local por ele fre-quentado.

Tem-me dito o Zé-PovinhoQue eu deixo nome na históriaE que hei-de ter ‘ma memória

No largo do Sapalinho.

Devido à proximidade da estátua de ElmanoSadino, a Autarquia achou por bem instalá-la noParque do Bonfim, onde hoje se pode admirar obusto simples, deste simples poeta do povo.Faleceu a 22 de novembro de 1911.

Autoria e pesquisa: Paulo Pacheco dos Santos

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Nunca fui mal procedidoNunca fiz mal a ninguém.Se acaso fiz algum bem

Não estou disso arrependido.Se mau pago tenho tidoSão defeitos pessoais.Todos seremos iguais

No reino da eternidade.Na balança da igualdade

Deus sabe quem pesa mais.

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6LISTA CANDIDATA ÀONÚCLEO LOCAL DELISBOA

SUPLENTES

Vogal SuplenteEdna S. A. M. Lemos

Vogal SuplenteFernando N. da Fonseca

Vogal SuplenteManuel J. O. Costa

Vogal SuplenteÁlvaro M. S. Baptista

VogalCláudio Castro V. Cruz

SecretárioJosé Alberto Mota

VogalIsabel C. R. Pragana

CoordenadorPaulo Jorge M. Zoio

CoordenadorPaulo Jorge G. Ribeiro

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NÚCLEO DE LISBOANÚCLEO DE LISBOA

Membros do Núcleo de Lisboa da APIRvisitaram nos passados dias 22 e 23 de

Setembro o centro de hemodiálise de Abrantes(Abrandial), da Fresenius, onde foram amavel-mente recebidos pelo director clínico Dr. JorgePratas.

A Abrandial foi inaugurada a 18 de Novembrode 2002. Uma vez que foi construída de raiz,tem excelentes condições, em todos os senti-dos, para o tratamento do doente em hemo-diálise.

A clínica está equipada com monitores dotipo cinco mil e oito (o topo da tecnologia). São28 monitores e dois de reserva, todos equipadoscom Alto Fluxo e Hemodiafiltração. O númeroactual de IRC é de 130. Destes, 27% sãodiabéticos, cinco têm hepatite C e três hepatiteB. A média de transplante ao ano é de 5%,tendo sido na semana passada transplantadoum doente em Coimbra com dador vivo. Aclínica tem como apoios os Hospitais de Coimbrae Torres Novas e para acessos vasculares o FMCdo Lumiar ou o Hospital de Coimbra. Aperiodicidade das consultas é de seis em seismeses, podendo ser menor quando necessário,para além das de rotina.

A equipa médica é constituída por três nefro-logistas, dois clínicos gerais, dois internistas eum urologista.

Trinta é o número total de enfermeiros queprestam serviço nesta clínica, incluindo oenfermeiro chefe Benjamim Filipe. tendo ainda aclínica uma dietista, a Dr.ª Célia Neto Dias, umaassistente social a Dr.ª Cidalina Oliveira.

A mortalidade ronda os 14% e a morbilidadeos 0,87% doentes ano. A média de idades rondaos 69 anos, 65% são do sexo feminino e 35%do sexo masculino. A distribuição dosmedicamentos é feita pela farmácia do Hospital

de Abrantes. Táxi e ambulâncias são ostransportes mais utilizados que são asseguradospela A.R.S.

InstalaçõesO centro de hemodiálise Abrandial está

instalado num edifício recente, com menos dequatro anos, como mencionamos acima, foi feitode raiz, tem R/C e cave e um parque própriopara as viaturas. As instalações são amplas ecom boa iluminação. No R/C situa-se a sala deespera bastante espaçosa e com luz natural,recepção, duas casas de banho individuais eduas televisões. Sanitários e vestiários,separados por sexos e adaptados a deficientesmotores. Sala de hemodiálise e uma outra paraos positivos B, estas, têm televisores comauscultadores. Os gabinetes médicos são dois, eum de enfermagem, outro utilizado pelaassistente social e um outro do director clínico ecopa. Na cave encontram-se dois armazéns,arquivo, sala de lixos, sala de arrumos, sala demanutenção com um técnico permanente e a

sala de tratamento da água equipada comosmose dupla inversa com ventilação.

Classificação: óptimo centro de hemodiálise.AgradecimentosA APIR agradece a forma simpática como

todos nos receberam, nomeadamente, osdoentes. Muitos deles já conheciam APIR, unseram já sócios e outros fizeram a sua inscriçãona altura. Agradecemos também em especial àDr.ª Cidalina Oliveira, com a qual não tivemos oprazer de estar, pois encontrava-se de serviçono hospital de Abrantes. No entanto, teve aamabilidade de telefonar perguntando senecessitaríamos da sua presença, ainda tambémpor ter a gentileza de receber as quotas dosnossos associados.

A todos o nosso obrigado.

VISITA AO CENTRO DE HEMODIÁLISE DA ABRANDIAL

Membros do Núcleo de Lisboa com o Dr. Jorge Pratas

Membro do Núcleo trocando impressões com uma funcionária

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QUALIDADE NA DIÁLISEMuito se tem falado na certificação pela

qualidade de entidades prestadoras decuidados de saúde e em particular das Clínicas deHemodiálise. Mas no que consiste a certificação? Acertificação consiste em fazer cumprir uma sériede Normas e procedimentos, previamenteestabelecidas e aprovadas, para uma determinadaárea de actividade, visando a adopção uniformeem toda a estrutura da empresa. A certificação naqualidade é baseada na Norma ISO 9001, deaplicabilidade internacional, e tem como objectivoa melhoria contínua da empresa focando a suaorientação no Cliente, elemento fundamental parauma empresa. O conceito 'Cliente' suscita porvezes reacções curiosas quando aplicado à área dasaúde. No entanto associo ao Cliente uma série dedireitos que o Utente não possui como a liberdadede poder escolher. Esse é também um dosobjectivos da certificação para a área daqualidade: atribuir ao Cliente o poder de melhoraras empresas. Como? Através de um simplesmecanismo de retroacção o Cliente mostra o seudesagrado ou necessidade de melhoria dedeterminado produto ou serviço. Numa empresasaudável essa crítica é atendida obtendo-se umnovo ou um melhor produto ou serviço. Estemecanismo é, obviamente, válido para todos osTrabalhadores. Uma empresa que não escuta osseus Clientes ou os seus Trabalhadores estácondenada a definhar se estiver envolvida numsão ambiente concorrencial em que existaliberdade de escolha. É o mecanismo de selecçãonatural aplicado ao mundo empresarial.Nas empresas que actualmente dominam opanorama Nacional da hemodiálise têm sidodesenvolvidos esforços para implementar areferida Norma ISO 9001. É visível o esforço quetem sido feito na modernização de algumas infra-estruturas bem como na criação de novos centrosde hemodiálise. Neste contexto o Cliente é oDoente IRC que se desloca periodicamente aocentro de hemodiálise e que pretende obterdeterminados resultados, sejam eles de curtoprazo como atingir o peso seco através de umasessão de tratamento hemodinâmicamenteestável, atendimento humanizado, informação oude médio longo prazo como sejam marcadores deanemia, marcadores de eficácia depurativa,qualidade da água tratada, entre outros, dentrodos parâmetros aceitáveis, balizados porNormalização e legislação Nacional,nomeadamente pelo DL 505/99 e pelo manual deboas práticas. Outros parâmetros que actualmentenão são tidos em conta na avaliação da qualidadede vida do Doente/Cliente como sejam o seu bemestar psicossocial não são avaliados por

insuficiência de meios ou de vontade.É precisamente dedicado ao Cliente os capítulosda Norma anteriormente referida: 5.2 (focalizaçãono Cliente); 6.3 (infra-estruturas); 6.4 (ambientede trabalho); 7.2.3 (comunicação com o Cliente);9.2.1 (satisfação do Cliente). A questão quepretendo colocar é: até que ponto existe, de facto,vontade em fazer cumprir esta Norma? Como seráimplementado o mecanismo de retroacçãoCliente/Empresa e Trabalhador/Empresa quereferi anteriormente e que implica uma perfeitasintonia de comunicação? Existem situaçõescaricatas que me fazem augurar que esta acçãonão passa de uma acção de cosmética,nomeadamente a inexistente comunicação dealteração de procedimentos a Doentes/Clientes oumesmo Trabalhadores. Não me parece razoávelque uma empresa coloque o processo decertificação em marcha sem cumprir requisitosmínimos de infra-estruturas, exigidos no DL505/99, que coloquem em causa o ambiente detrabalho ou a qualidade do serviço prestado aoDoente/Cliente. O artigo 51º do DL 505/99 fazreferência às condições mínimas da sala dehemodiálise que deverá ter fácil acesso aoexterior, luz natural ou artificial adequada,adequado arejamento e regulação da temperaturaambiente, espaço dedicado ao posto de diálise de1,8m de largura por 2,5m de comprimento e zonade trabalho de enfermagem. O artigo 2º do Decreto Lei referido anteriormente,que dá a Liberdade de Escolha ao Cliente/Doentena prestação do acto Médico será cumprido?Como poderá existir liberdade de escolha se ainformação prestada, por parte dos prestadoresde cuidados de saúde, é muitas vezes insuficienteou nula pois se, em muitos casos nem os própriosdispõem da informação? Aliás o artigo 43º, domesmo Decreto Lei, faz referência à distribuiçãode informação relativa a procedimentos emsituação de emergência, nomeadamente defolhetos onde constem igualmente contactos como médico de serviço permanente. Não devemos contudo, julgar a árvore comosendo a floresta, pois como referi anteriormentetem sido feito um esforço pelas empresas queprestam o serviço de hemodiálise. No entantodeverá ser feito um esforço, por todos, paraincrementar e facilitar a comunicação e aprestação de informação.Uma empresa que não sabe o que quer para oseu futuro não poderá nunca ter uma visãoorientada para o Cliente, simplesmente porquenão tem uma visão

Paulo Zoio

informação

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Passou-se em PortugalCom flores de uma roseira

Que eram pão para os pobres.Uma Santa milagreira

Que vivia junto dos nobresMesmo na casa real.

Perguntou-lhe o seu SenhorMostrai-me lá por favorO que levai no regaço.E ao responder a rainha

Mostrou-lhe o que lá tinhaPara seu grande embaraço.

Eram rosas a valerO que ele estava a ver

E ficou embaraçadoE foi a história que quis

Que El-Rei D. DinizFicasse nisto contado.

E neste grande milagreQue ainda hoje fala

O povo que ninguém calaE retém bem na memória

Como reza a nossa históriaE que a história lhe consagre.

Paulo Pacheco dos Santos

SÃO ROSAS MEU SENHOR

É uma vitória conseguidaTer vinte e oito anos de vidaDivulgando a nossa doença.Cá estamos para os festejar

Dum modo particularMarcando a nossa diferença

Viver tantos atribulados anosLutando contra os desenganosQue a doença nos vai trazendo

Tudo isto nos vai unindoE, assim vamos conseguindoTudo o que se está fazendo.

Mais um ano está passado,É grande o significado

Da nossa reunião.Que todos possamos ver

A nossa APIR crescerCom a força que nos dão.

Que os mais novos queiram virEngrandecer a APIR

Com a sua dedicação.Faz-nos falta a gente nova

Pois só assim se renova O sangue da Associação.

Manuel Costa - Queluz

28.º ANIVERSÁRIO

DA APIRPARABÉNS

28.º ANIVERSÁRIO

DA APIRPARABÉNS

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correio dos leitores

Pela filha do nosso associado Dr. HedwigoLurdes Fernandes foi-nos comunicado o seufalecimento em 09.07.2006. Era sócio desde1995, tinha 74 anos e estava transplantado

Também o filho da nossa associada EmaMaria Duarte Gomes nos deu conhecimentodo seu falecimento no passado dia30.06.2006. Era sócia desde 1990, tinha 78anos e estava transplantada.

A Direcção Nacional da APIR apresen-ta as suas mais sentidas condolênciasa todos os familiares e amigos.

Falecimentos

APIR COM NOVA PÁGINA NA NET(www.apir.pt)

Ao fim de várias semanas detrabalho, está disponível a novapágina da APIR. Uma página remodelada, comnovos conteúdos e toda a infor-mação não só sobre a InsuficiênciaRenal Crónica, como também sobreas actividades da APIR.

QUE TTENHAM UUM BBOMTRABALHO AA FFAVOR DE QQUEM PPRECISA.

Para V. Ex.as e para quantos convoscotrabalham envio os meus sincerosagradecimentos e o desejo de boa saúdepara que tenham um bom trabalho a favorde quem precisa.Não seria necessário estar a repetis ohumanismo que está inserido em cada umque trabalha na organização humanitáriadesignada por Associação Portuguesa de

Ir até vós seja como forNasce em nós algo de novo Sois agentes de graça por amorUma associação para bem do povoFazer bem sem olhar a quemInvade as nossas mentesCom a vossa acção no fazer o bemIndicadores humanos para os insuficientesE servidores para quem pouco ou nada temNada vos pode parar de aumentar as sementesTudo na vida é relativo assim se dizE assim se pensa desde sempreSois grandes, por vós o mundo está mais feliz.

Rasgar tudo o que está a destruirEmbelezar o que a muitos lhes dóiNa vossa organização há sempre provirAos Insuficientes Renais dais o bem sem medirIncansável a ver e a concretizar não háSois o melhor para os insuficientes renais de cá.

(…)

Manuel L. Diogo-Castelo Branco

A ASSOCIAÇÃO BEM MERECE !...Venho por este meio enviar o dinheiro pararegularizar as minhas quotas. O que vai a mais nocheque foi com intenção e é de boa vontade, quea Associação bem merece, por tudo o que tentapor nós, desculpem por não poder ser mais, não épor não querer, mas sim por não ter grandespossibilidades (…)

Helena G. - Alandroal

OFEREÇO OS MEUS PRÉSTIMOS !...(…) Venho por este meio regularizar as minhasquotas (…) .Quero por último felicitá-los pelo excelentetrabalho e incansável empenho em prol da nossaAssociação na divulgação e sensibilização para aInsuficiência Renal e na defesa dos nossos direitospor vezes tão esquecidos. Lamentando não terpodido contribuir a nível pessoal neste excelentetrabalho associativo e uma vez que vai abrir umnovo Centro de Diálise na Covilhã, cidade na qualeu resido, quero oferecer os meus préstimos paraeventuais actividades/divulgação, etc. (…)

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CARTA AAO IINFARMED

A Direcção Nacional da APIR,preocupada com o facto de estarprevista, a partir de Outubro, asuspensão do medicamento Cinacalcet(MIMPARA), no tratamento dos IRC,endereçou à Comissão de Avaliação doMedicamento do Infarmed (com conhe-cimento ao Senhor Ministro da Saúde eDirectores Clínicos dos vários Centrosde Diálise, a carta que a seguirtranscrevemos.

Ex.mo Senhor Presidente

A Associação Portuguesa de InsuficientesRenais tem sido contactada por inúmerosIRC, e seus familiares, mostrando a suapreocupação por, a partir

de Outubro próximo, terem de deixar de fazero tratamento com o Cinacalcet, medicamentoque proporcionou uma significativa melhoriano seu tratamento, nomeadamente ao níveldo hiperparatiroidismo secundário.

Entretanto, tomámos conhecimento doimportante Editorial da Revista Portuguesa deNefrologia e Hipertensão, da SociedadePortuguesa de Nefrologia, a fundamentar

clinicamente a grande vantagem destaterapêutica para os IRC. Só por si estaargumentação técnica, elaborada pormédicos que viram os seus doentes melhorarbastante com a sua utilização, e pelaSociedade Científica que reconhece a suaevidência clínica, devem merecer doInfarmed a maior reflexão quanto à decisãoda não comparticipação deste medicamento.

A APIR, alheia a quaisquer outrosinteresses que não os da melhoria daQualidade de Tratamento e de Vida dos IRC,está preocupada com o retrocesso que asuspensão desta terapêutica vai certamenteter no tratamento dos cerca de 1000 IRCque, neste momento, beneficiam destefármaco.

Assim, vimos apelar a V. Ex.ª para queinterceda junto de quem de direito no sentidode uma melhor avaliação do processo decomparticipação do Cinacalcet em defesa damelhoria da Qualidade de Vida destesdoentes crónicos.

Certos da melhor atenção e sensibilidadede V. Ex.ª, e do Infarmed, para esta questão,ficamos a aguardar, com expectativa, avossas prezadas notícias.

Com os melhores cumprimentos

A Direcção Nacional

O Presidente

Carlos Manuel Ferreira da Silva

NOVA PUBLICAÇÃODA APIR

QUOTAS EM ATRASO

Como já vem sendo habitual, apelamosaos nossos associados que se encontramcom quotas em atraso para que procedamao seu pagamento até ao final do correnteano.

Os sócios interessados em regularizar asua situação poderão fazê-lo através doenvio de cheque ou vale postal, para asSedes Nacional e Regionais ou junto dosnossos colaboradores das Delegações eNúcleos.

De acordo com os estatutos da APIR ossócios com quotas em atraso, há mais deum ano, podem perder o direito de recebera Revista Nefrâmea e a própria qualidadede associado. Para evitar que isto aconteça,renovamos, uma vez mais, o nosso apelopara que regularizem a vossa situação.

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cultura

Ele está em todo o lado. Em potência, emcada gesto quotidiano, em cada compra

maquinal, em cada pacote que se abre. Ou,reciclado, no interior de um edredon, nas solasde um par de sapatos ou a aquecer milhares delares. Na Valorsul, a maior unidade de triagemde resíduos sólidos urbanos do país, dá-secontinuidade ao processo que teve início emcada lar.

Às instalações da Valorsul chegam osresíduos sólidos urbanos das áreas de Lisboa,Vila Franca de Xira, Odivelas e Loures. Sãomontanhas de pacotes, sacos, caixas, caixotes,bolsas, copos, garrafas, garrafinhas, garrafões-embalagens em todas as versões que a mentehumana é capaz de imaginar e produzir.

A par do conteúdo dos cerca de dois milecopontos espalhados pelos municípios quetrata, aqui entram cerca de duas mil toneladasde resíduos indiferenciados por dia- aqueles queainda não são separados. Ou seja, 16 por centodos resíduos urbanos produzidos ao nívelnacional surgem no espaço de 1 por cento doterritório. Ao todo são cerca de 750 miltoneladas de lixo doméstico indiferenciado porano, acrescidas de cerca de 39 mil toneladas demateriais recicláveis. Entram em camiões cheiosque as depositam em tapetes rolantes, a rolar24h por dia, 365 dias por ano.

Vidro, papel, cartão, plástico. Da triagem quecada cidadão faz a partir de sua casa, osresíduos seguem, em tapete rolante, para sofrermais uma e outra triagem.

São mãos humanas a separar aquilo que asmáquinas lhes pedem, ordeiras: PET, PEAD,TETRA- as siglas para designar osimpronunciáveis componentes do plástico-politereftalato de etileno, polietileno de altadensidade, 'tetrapak' (a marca que acabou pordesignar universalmente a embalagem emcartão, alumínio e plástico). Restam sacos,inúmeros sacos mal colocados. E papel, que,mal separado, já dificilmente se recupera.

Cada material, após compactação emenormes cubos coloridos, partirá das instalaçõesda Valorsul para as empresas privadasespecializadas na sua reciclagem. No que serefere ao vidro, papel e metal, a Valorsulcongratula-se de já cumprir todas as metascomunitárias no que se refere a reciclagem.

Das latas, novas latas; dos vidros, novosvidros; de uma embalagem plástica, fibras

têxteis para vestuário ou calçado; dos resíduosmetálicos novas peças para automóveis. Mesmoassim, ainda subsistem enganos no que serefere à separação de materiais nos ecopontos.Ainda há quem despeje o próprio saco do lixoindiferenciado inteiro no interior de umecoponto. Ainda há quem se confunda, acimade tudo, com aquilo que deve colocar noecoponto amarelo.

As razões prendem-se com o facto de esteecoponto ter sido colocado a uso maisrecentemente mas, também, porque a estecabem as regras mais complexas, nem todasconsensuais ao nível nacional, como é o caso daembalagem 'tetrapak', onde em algumasregiões do país é colocado no ecoponto azul enoutras no ecoponto amarelo.

Depois disto tudo continua a sobrar umenorme aglomerado de resíduos indiferenciadossobre os quais ainda se trabalha, ainda seprocura triar o que se pode, como no caso deum íman gigante, que consegue atrair todo ometal esquecido ou enganado.

Na Valorsul, o que sobra de resíduosindiferenciados segue para incineração. Aenergia gerada por este processo produzelectricidade suficiente para o consumo anualde 150 mil habitantes. Esta energia é utilizadana alimentação da própria unidade e depoisentra na rede eléctrica nacional. Os resíduosorgânicos da restauração (restaurantes, hotéis,hospitais) serão reutilizados como um excelentefertilizante sem químicos na agricultura eigualmente para produção de energia eléctrica.

O reaproveitamento não ficará por aqui: aspróprias escórias- as cinzas que restam daincineração de resíduos indiferenciados- serãoutilizadas como matéria-prima na cobertura deaterros ou como sub-base de estradas. Até àúltima cinza.

A produção de resíduos na União europeiaaumenta a taxas comparáveis às do crescimentoeconómico. Quer o PIB quer os resíduosurbanos cresceram 19% entre 1995 e 2003. Ouseja, a produção de resíduos está estimada emmais de 1,3 mil milhões de toneladas por ano.Uma das consequências deste crescimento éque, não obstante o grande aumento areciclagem, os aterros- a forma de eliminaçãode resíduos mais problemática em termosambientais- só diminui lentamente.

RECICLAGEMUM TESOURO NOS CAIXOTESRECICLAGEMUM TESOURO NOS CAIXOTES

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Mais pertinente que nunca, a teoria dostrês R, definida pela Direcção-Geral doAmbiente- Reduzir, Reutilizar, Reciclar-aponta o caminho às empresas e instituiçõesmas também ao poder de cada cidadão.

Quanto menor for o consumo e o desperdícioa montante, menores serão as quantidades deresíduos com os quais teremos de lidar ajusante. São inúmeros os produtos e embrulhosque podemos dispensar no dia-a-dia e inúmerasas aplicações possíveis para cada embalagemque entra em nossas casas.

De vasos para plantas a copos para os lápisdas crianças, de caixas para guardar alimentos,a sacos para tornar a levar ao supermercado, assoluções surgem ao sabor da imaginação decada cidadão.

Em cada compra, em cada transacção, emcada utilização, o consumidor influencia emlarga escala o mercado com a sua escolha:procurar o produto que apresente menosembrulhos e empacotamento; dispensar ossacos sempre que possível; optar pela fruta sem

embalagens de esferovite ou plástico, materialcuja reciclagem ainda é a mais difícil; optar porgarrafões em vez de garrafas é utilizar a mesmaquantidade de água com uma menor quantidadede plástico. Os exemplos práticos sãointermináveis e requerem apenas algumaatenção e vontade da parte de cada um de nós.Os resultados não se fazem esperar.

O caso sucedido com a Lego , fabricante debrinquedos dinamarquês, fala por si: é naAlemanha que se encontra o maior mercado debrinquedos para a Lego. Foi quando osconsumidores alemães, com uma forteconsciência cívica e ambiental, começaram adevolver as inúmeras embalagens em que cadabrinquedo vinha embrulhado com o recado 'nãoé necessário gastar tantas embalagens comcada brinquedo' que a empresa decidiu reduzirdrasticamente o empacotamento dos seusprodutos. Actualmente muitos brinquedos sãocolocados numa só embalagem de cartão.

In Revista Xis

ECOPONTO VERDEColocar apenas: garrafas e boiões devidroNão colocar: cerâmicas, lâmpadas,cristais, loiças, espelhos, “pyrex”, rolhas

ECOPONTO AZULColocar apenas: caixas de cartão jornaise revistas, papel de escrita e impressãoNão colocar: papel sujo ou húmido,atocolantes, papéis vegetais, dealumínio, encerados ou que contenhamplástico

ECOPONTO AMARELOColocar apenas: garrafas de plástico dequalquer dimensão, sacos desupermercado, sacos de plástico detamanho igual ou maior que A3, latas debebida e conserva, pacotes de bebida.Não colocar: embalagens de manteiga,copos de iogurte, electrodomésticos,brinquedos, embalagens que tenhamcontido substâncias perigosas.

Números

• A quantidade de lixo produzidadiariamente por um ser humano éde cerca de 1,25 Kg

• 40% do lixo criado é papel

• O papel usado pode ser recicladoaté 50 vezes

• Uma lata de bebida pode serinfinitamente reciclada sem perdade qualidade

• Uma lata de alumínio recicladaeconomiza energia suficiente paramanter uma televisão ligadadurante três horas

• Reciclar dois fardos de resíduospoupa o abate de 15 a 20 árvores

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Horizontais1- Corta cascos e não só; Fino. 2-Entra pela manhã; É quasecada. 3- Protagonizou o maior naufrágio do Século XX”;Anel. 4- Actua na Irlanda; Dividem peças. 5- Imita prata. 6- Composta por 25 países; A barriga dá-as quando temfome. 7- Animais recém nascidos; Unidade de medida ingle-sa. 8- O de Janeiro nãotem parceiro. 9- Logo no meio;Dividido pela Áustria, Itália e Suiça; Vogal repetida. 10- Sãopedaços; Pisam-se. 11- Em sete há dois;Desprovido; POdeser duro de roer.

Verticais1- O dos Açores é o que mais afecta o nosso clima. 2- Nãotem fama de inteligente; Assinalam os anos. 3- Cortam-senas inaugurações; Deslocava-se. 4- Liga; Metade dasmetades. 5- Os Americanos para os Índios. 6- Acrescentei;Oquente sobe. 7- Mesquinha; Falava-se no sul de França. 8- Anuncia a vaca. 9- Constipação acompanhada detosse;Tem uma pinta. 10- O do cão é mais apurado; Osmeios de transportemais rápidos. 11- Pertencem a terceiraidade; Esticado.

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Horizontais1- Isola; Algol. 2- Muro; Gela. 3- PAC; miG. 4- Rio; Bom; Evo. 5- Usufruirias.6- Ou; Oo. 7- Estimulante. 8- Não; Aro; Ari. 9- CIV; Ter. 10- Idas; Favo. 11- Aarão; Belas.

Verticais1- Imprudência. 2- Suais; Saída. 3- Orçou; Tovar. 4- Ló; Foi; Sa. 5- bruma.6- Miou; Urbe. 7- Miolo. 8- Lg; Roa; Fé. 9- Gemei. 10- Oliva; Treva. 11- Lagosteiros.

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3 1 6

4 6 9 7

6 5

9 4 2 8

SSuu DDookkuuSSoolluuççõõeess

Objectivo: preencher todos os quadradinhos de modo a que todas as filas, colunase cada quadrado colorido tanha todos os algarismos de 1 a 9, sem repetições

Grau de dificuldade: Fácil

Grau de dificuldade: Médio

4 6 8

9 2 1

9 4

3 9 8 2 7

2 3

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1 8 7

3 5 6

Grau de dificuldade: Difícil

Passatempo nna Diálise

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