eleições 2012 literatura nosso cargo maior · em seu plano de governo está a retomada do...

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Jornal Regional de Barretos www.redebrasilatual.com.br BARRETOS nº 14 Outubro de 2012 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Em Pirangi, a nossa rede estreia um novo jornalismo de rádio Pág. 6 MÍDIA BRASIL ATUAL Pergunta: o Touro do Vale, na A-3, será que vale quanto pesa? Pág. 7 FUTEBOL QUE URUCA! Vem aí a 14ª Maratona de Poesias, da Academia de Letras e Artes Pág. 2 LITERATURA ARTE DE POETAR PERFIL Os primeiros lances no Jardim Glória, quando ele era um desconhecido jogador do Grêmio Pág. 4-5 NEYMAR, O JUNINHO DA PRAIA GRANDE Dia 7, os eleitores escolhem entre sete pessoas quem vai dirigir a cidade ELEIÇÕES 2012 NOSSO CARGO MAIOR jornal brasil atual jorbrasilatual

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Jornal Regional de Barretos

www.redebrasilatual.com.br barretos

nº 14 Outubro de 2012

DistribuiçãoGratuita

Em Pirangi, a nossa rede estreia um novo jornalismo de rádio

Pág. 6

mídia

Brasil atual

Pergunta: o Touro do Vale, na A-3, será que vale quanto pesa?

Pág. 7

FUTEBOL

que uruca!

Vem aí a 14ª Maratona de Poesias, da Academia de Letras e Artes

Pág. 2

LiTERaTURa

arte de poetar

PERFiL

Os primeiros lances no Jardim Glória, quando ele era um desconhecido jogador do Grêmio

Pág. 4-5

nEymaR, O jUninhO da PRaia gRandE

Dia 7, os eleitores escolhem entre sete pessoas quem vai dirigir a cidade

ELEiçõEs 2012

nOssO caRgO maiOR

jornal brasil atual jorbrasilatual

2 Barretos

expediente rede Brasil atual – Barretoseditora Gráfica atitude ltda. – diretor de redação Paulo Salvador editor João de Barros redação Aquino José, Enio Lourenço e Lauany Rosa revisão Malu Simões diagramação Leandro Siman telefone (11) 3295-2800 tiragem: 6 mil exemplares distribuição Gratuita

Leia on-line todas as edições do jornal Brasil Atual. Clique www.redebrasilatual.com.br/jornais e escolha a cidade. Críticas e sugestões [email protected]

jORnaL On-LinE

primavera

EdiTORiaLA gente ganhou uma nova irmã na região. Trata-se da

rádio Brasil Atual-Noroeste Paulista, FM 102,7, de Pirangi, que, em parceria com a empresa Legal Cat, de Catanduva, põe no ar um novo tipo de rádio-jornalismo, sem os interesses comerciais da maioria das rádios brasileiras e por isso mesmo mais ao lado do povo brasileiro. É a Rede Brasil Atual reve-lando ao país como mostrá-lo tendo os interesses dos brasilei-ros acima de todos os demais. Então, vamos lá Brasil, vamos ouvi-la, elogiá-la, criticá-la para que sempre esteja ao lado da população. Saúde e longa vida à nossa irmã!

Esta edição do jornal Brasil Atual – Barretos mostra também os homens que tentarão obter a sua confiança para estar quatro anos à frente de nossa Prefeitura e uma realidade pouco conheci-da dos torcedores brasileiros, que aprenderam a ser fãs do melhor jogador do futebol brasileiro na atualidade: a infância de Neymar, vivida na Baixada Santista, mais precisamemte no Jardim Glória, bairro da periferia da Praia Grande, onde ele começou defendendo um clube que existe até hoje, o Grêmio, e onde estão os antigos amigos que esperam uma visita do craque, ainda que seja apenas de reconhecimento pelas velhas amizades. É isso. Boa leitura!

LiTERaTURa

Vem aí, a maratona de PoesiasCompetição de todas as escolas de Barretos e região

A Academia de Letras e Artes de Barretos – ALAB – abriu inscrições até 30 de outubro para a 14ª Maratona de Poesias. O evento objetiva reforçar laços com a comuni-dade estudantil e professores e também desenvolver nos alunos a consciência e valo-rização dos grandes autores literários. Podem participar da competição escolas públicas e particulares de Barretos e re-gião. As interpretações serão avaliadas em três categorias:

1º ao 5º ano e 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, 1ª a 3ª série do Ensino Médio. As apresentações estão previstas para 10 de novembro, a par-tir das 14 horas, no Centro do

Professorado Paulista – CPP –, localizado na Rua 24, entre as Avenidas 11 e 13. Os três melhores em cada categoria serão premiados com certifi-cado e medalha.

Vida que nos transformaA escritora Adalgisa

Borsato, que mora em Cabo Frio, no Rio de Janeiro, mas viveu em Barretos, lançou o

livro autobiográfico Vida que nos Transforma, com passa-gens da vida da autora desde a meninice até a maturidade. O

12 dE OUTUBRO

caminhada da fé à cidade mariaSairá em 12 de outubro, às 5 h, da igreja do Bom Jesus

A diocese de Barretos realiza, em 12 de outubro, a 26ª Caminhada à Cidade Maria em louvor a Nossa Senhora Aparecida, que sai-rá às 5 h da Igreja do Bom Jesus, com a imagem da padroeira do Brasil. O tema deste ano será “Com Maria: ontem, hoje e sempre no caminho da fé”. No fim da peregrinação, o bispo Dom Edmílson Caetano presidirá

missa pelos 40 anos da Dioce-se de Barretos e abrirá o “Ano da Fé”, seguindo proclamação do papa Bento XVI.

A partir de 3 de outubro, na minibasílica da Vila Ma-rília, haverá novena para preparar a festa da padroei-ra. Em 28 de outubro, cara-vanas de Barretos e região irão a Olímpia participar do Dia Nacional da Juventude 2012. Está prevista cami-nhada da juventude católica até ao Recinto do Folclore, onde haverá missa, prega-ção e shows musicais.

lançamento do livro na cidade ainda não tem data definida.

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3Barretos

ELEiçõEs 2012

207 pessoas também disputam 17 vagas de vereador. Decisão, dia 7, será de 83.847 eleitores

Prefeito vai ganhar R$ 18 milA Câmara Municipal fi-

xou os novos salários para a legislatura 2013-2016. O novo prefeito ganhará R$ 18 mil mensais. O vice-pre-feito, o chefe de gabinete, os secretários municipais e o diretor-presidente do

há sete candidatos a prefeito. Escolha qual será o seu

Diego Henrique Ferreira, 26 anos, professor do ensino médio, do Partido

Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), da coligação Barretos para os Trabalhadores. Diego não declarou bens. Os gastos de sua campanha estão estimados em R$ 7.500,00. São suas propostas de governo: a es-tatização do transporte público, o passe livre para os estudantes, a formação de Conselhos Po-pulares nos bairros com cará-ter consultivo e deliberativo e o combate ao desemprego com um plano de obras públicas.

Francisco de Pau-la Silva, 60 anos, advogado, candi-dato do PT. Sua

campanha é estimada em R$ 1 milhão. Seus bens declarados al-cançam R$ 271.792,00. Propõe o fortalecimento dos Conselhos Gestores Municipais, a revisão do Plano Diretor, a criação da Guarda Municipal, a ampliação do programa Saúde da Família,

a erradicação do analfabetismo, a ampliação da escolaridade da população e mais oportunidades de trabalho e geração de renda.

Guilherme Hen-rique de Ávila, 33 anos, fisioterapeuta, filiado ao PSDB,

lidera a coligação Uma Nova Esperança. Tem bens declarados de R$ 297.021,77. O limite de gastos de sua campanha é de R$ 1 milhão. São suas propostas de governo: implantar um progra-ma de desenvolvimento do turis-mo, desonerar os impostos mu-nicipais para atrair empresas e fortalecer as existentes, ampliar os serviços do Centro de Reabili-tação e apoiar a Santa Casa.

Luiz Carlos Anas-tácio, o Paçoca, 53 anos, do PDT, da coligação Vamos

Crescer Juntos com Barretos. O limite de gastos de sua cam-panha é de R$ 1 milhão. Seus bens declarados atingem R$ 213.790,00. Suas propostas:

ampliação dos serviços de saú-de, redução do déficit habitacio-nal, implantação do transporte gratuito para estudantes univer-sitários e de cursos técnicos da região e implantação de uma fábrica municipal de remédios.

Mussa Calil Neto, 59 anos, adminis-trador, da coligação Unidos por Barre-

tos, do PTB. Declarou bens no valor de R$ 600 mil. Seus gas-tos de campanha estão avaliados em R$ 300 mil. Suas propostas: resolver a questão do lixo urba-no, decorrente do limite de utili-zação do atual aterro sanitário, e

combater o uso de drogas, com apoio à família para a recupera-ção do drogado.

Uebe Rezeck, 76 anos, médico, do PMDB, lidera a coligação A Ex-

periência faz a Diferença – a candidatura não atendeu as normas para o registro; Uebe interpôs recurso e aguarda jul-gamento por instância superior. Sua declaração de bens é de R$ 1.987.831,00 e a campanha tem gastos estimados em R$ 1 mi-lhão. Em seu plano de governo está a retomada do atendimento médico e odontológico, em três

períodos, com atendimento hu-manizado.

Wilson Marçal Vieira Júnior, o Ju-ninho Farmacêutico do Povo, do PTN,

48 anos, empresário. Seu limite de gastos de campanha é de R$ 100 mil. Sua declaração de bens é de R$ 52 mil. Seu plano de go-verno: atender melhor às crian-ças nas escolas, oferecendo ali-mentação e acompanhamento médico e odontológico, incenti-var a agricultura familiar, com a compra da produção local para a merenda escolar e apoiar as instituições filantrópicas.

Resquícios do coronelismo ainda podem ser vistos“Ainda existem resquícios

da época da política do coro-nelismo, do início da Repú-blica, quando eles obrigavam os eleitores a votar em seus candidatos. Era o conhecido voto de cabresto. Infelizmen-te, essa troca de favores pelo voto ainda está presente na política brasileira” – afirma a historiadora Karla Armani, de 23 anos. Ela observa que por

uma questão cultural, o hábito de votar por “afetividade” ain-da é notado. “Muita gente vota numa pessoa apenas porque a conhece e não por suas pro-postas” – salienta, lembrando que a ideologia política está sendo perdida, com candidatos mudando de partido com mui-ta facilidade. “A disputa não é mais política, as rivalidades são pessoais, visto que as pro-

postas dos candidatos são muito parecidas” – diz ela.

Para a historiadora, quando o político que pro-mete alguma coisa realiza sua obrigação parece que ocorreu “algo de extraor-dinário”. Por isso, antes de votar, o eleitor deve anali-sar e aprender com os fatos históricos. Ela prega o voto consciente.

Instituto de Previdência de Barretos receberão R$ 8 mil. Cada novo vereador ganhará R$ 6.484,30. O projeto foi aprovado com o apoio dos vereadores Guilherme Ávila (PSDB), Paulo Henrique Corrêa (PR), Juninho Leite, Carlão do

Basquete e Aparecido Cipria-no (PTB), Caio Monteiro de Barros (PP), e Otávio Gar-cia (DEM). Votaram contra, os vereadores André Rezek (PMDB), Francisco de Paula (PT), Kiko Miziara (PV) e Leandro Anastácio (PDT).

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O garoto esbanjava talento entre a molecada e o time de várzea do Jardim Glória Por Enio Lourenço

PERFiL

neymar em Praia grande, no tempo em que era juninho

Os primeiros chutes no campo do time de várzea

Neymar da Silva Santos Júnior nasceu em Mogi das Cruzes e teve uma infância nômade devido às empreitadas futebolísticas do pai, também ele um atacante. Antes de a fa-mília Silva Santos desembar-car na Baixada Santista, eles moraram em Várzea Grande, no Mato Grosso, onde o Seu Neymar vestiu a camisa do Operário Futebol Clube e se sagrou campeão estadual, em 1997, quando Neymar Júnior tinha cinco anos de vida.

Chegando ao litoral paulis-ta, a família viveu na casa da avó paterna do craque, em São Vicente. Com o nascimento de Rafaella, a caçula da família, o espaço tornou-se pequeno e os quatro se mudaram para a Praia Grande, onde viveram nove anos.

No Jardim Glória, na peri-

feria da cidade, o garoto foi se habituando a fazer do futebol o seu estilo de vida. “Cheguei a ter 50 bolas em casa” – re-velou Neymar, aos 14 anos, em entrevista à TV Tribuna. Como a maioria das crianças, ele conciliava os estudos com a brincadeira predileta, jogar futebol. Os amigos do bair-ro contam que podia ser em

casa – num campinho de areia no quintal, feito pelo pai –, na rua, no campo do Grêmio, o “Juninho”, como era chama-do, estava sempre chutando uma bola.

Jonathan Santos Marce-lino, 20, repositor em uma transportadora de tintas, era um dos amigos de Neymar. Ele lembra que almoçava na

casa do atacante e vice-versa e sempre jogava vídeo game. “A gente estudava no Tio Baptista (Escola Municipal José Júlio Martins Baptista), onde fomos campeões dos jogos escolares. Foi uma época muito boa.” O jovem conta que reviu o amigo famoso apenas uma vez, de-pois que a família de Neymar mudou para Santos. “Houve

um jogo da Seleção Brasilei-ra de Futsal, com o Falcão, no Ginásio Poliesportivo Munici-pal, e o Neymar deu o pontapé inicial da partida. Nesse dia, ele saudou o meu irmão, mas não me viu.”

Das fortes lembranças de Jonathan, as que mais o em-polgam são as da molecada jogando bola nas ruas do Jar-dim Glória. As peladas iam de depois das aulas até o anoite-cer. “Teve um dia em que o Neymar trouxe os amigos dele do Gremetal (clube de Santos onde jogava futsal) e chamou a gente para jogar contra eles na rua. Um dos moleques do time do Neymar era o Alan Patrick (ex-jogador do Santos, hoje no Shakhtar Donetsk), mas não conseguiram nos vencer. O jogo terminou 20 a 19 para nós” – diz, entre risos.

A referência em futebol no Jardim Glória é o Grê-mio Praia Grande. Localiza-do ao lado da Via Expressa Sul, o clube – basicamente um campo de futebol –, fun-dado em 1969, é conhecido nos campeonatos amado-res da Baixada Santista. O presidente do Grêmio é o pedreiro Celiano Alfredo da Silva, o Celinho, de 62 anos. Ele conta que é difícil manter categorias de base na agremiação e não mede esforços para manter o que chama de trabalho social. “Muitos garotos treinam

sem ter o que comer. Então, a gente compra pão, mortadela e suco pra eles, antes dos trei-nos e jogos.”

Neymar era vizinho do Grêmio Praia Grande e resol-veu jogar na várzea do bairro, dos nove aos onze anos. O seu técnico foi Eugênio Silva Rosa, o Biro. Mecânico e ex- -jogador de futebol, ele treina-va o time pré-mirim do Glória, no início dos anos 2000. “O Neymar era um menino tími-do, falava pouco, mas no cam-po era diferente dos outros. Não existia timidez com a bola rolando. Mesmo os garotos

mais velhos não conseguiam segurá-lo.” Celinho e Biro se recordam de que Roberto An-tônio dos Santos, o Betinho – olheiro santista, que revelou Robinho e depois levou Ney-

mar para a Vila Belmiro – es-teve “umas vezes no campo do Grêmio”, observando os jovens jogadores. “Pouco de-pois o Neymar já jogava nas categorias de base do Santos.”

Ambos lamentam ape-nas que o astro da seleção brasileira fale pouco de seu passado no Jardim Glória. “A gente fica triste porque ele não fala nada da época em que esteve no Grêmio. Talvez porque os empresá-rios achem que a gente vai querer alguma coisa” – diz Celinho. Os dois mantêm a esperança de que Neymar faça uma visita para conver-sar com os garotos do bairro ou doar material esportivo para ajudar jovens que têm vontade de um dia se tornar em iguais a ele.

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celinho, presidente do grêmio, e Biro, primeiro técnico

neymar e as lembranças da Praia grande: a família, o primeiro time e o amigo jonathan

5Barretos

Um orgulho do jardim glória

Em todas as ruas nomea-das por letras do Jardim Gló-ria sempre se encontra alguém que tenha alguma lembrança do pequeno menino franzino, tímido, que falava baixo e para

bola, da destreza e da facilida-de com que a manuseava com os pés. Outros moradores se sentem orgulhos por viverem no mesmo lugar onde um dia morou um dos maiores fenô-menos do futebol e da mídia.

“O pessoal do Glória se sente orgulhoso do sucesso do Neymar na Seleção Brasi-leira e no Santos. Quem sabe um dia ele não aparece aqui para dar um abraço na gente” – afirma de maneira esperan-çosa o seu ex-técnico Biro.

amigo de infância luta para virar jogador de futebol“A nossa infância era

estudar e jogar bola. Eu e o Neymar fazíamos cam-peonatos de futebol na rua. Todo mundo do Jardim Glória parava para assistir. A maioria dos moleques do bairro é habilidosa, porque jogam bola desde criança o tempo todo.”

Diferente do célebre amigo de infância e com-panheiro de peladas de rua, Yago Vieira da Cruz, de 20 anos, é um meia-esquerda que ainda luta por um lugar no futebol. Segundo a mãe, a empregada doméstica Ta-tiane Vieira, o filho “dis-putou a primeira Copa TV Tribuna (na qual Neymar se destacou pelo colégio Liceu São Paulo, de Santos, aos 12 e 13 anos), mas na época não era televisionada”. Gra-ças aos torneios da escola, o garoto teve algumas propos-tas para estudar em colégios particulares, mas recusou: “Não queria sair do meu bairro”.

A primeira experiência

Aos 13 anos, Neymar despontava nas categorias de base do Santos, chamou a atenção dos clubes da Eu-ropa e foi convidado a fazer estágio no Real Madrid. Na iminência de perder o craque, o ex-presidente do alvinegro praiano, Marcelo Teixeira, ofereceu à família Silva Santos R$ 1 milhão em luvas, para o jogador permanecer no Brasil. No ano seguinte, Neymar Jr.

dentro, mas que com a bola nos pés – seja no asfalto quente, na quadra ou no campo – fazia os outros gritarem por ele.

Nas escolas Estadual Oswaldo Luiz Sanchez Toschi e na Municipal José Júlio Mar-tins Baptista nenhum funcio-nário fala da vida escolar do famoso ex-morador do bairro. Mas, nas ruas do bairro, quase todos dizem ter a honra de co-nhecê-lo. E quem o conheceu, criança, fala de boca cheia das habilidades do craque com a

Pequeno milionário

passaria a ganhar cerca de R$ 25.000,00 mensais – va-lor superior ao que recebem muitos jogadores profissio-nais no Brasil.

de Yago no futebol de campo foi a mesma de Neymar. No campo do Grêmio Praia Gran-de, os dois eram parceiros ofensivos. “Os treinos eram no fundo do campo, atrás do gol, porque éramos muito pe-quenos. Na época, o espaço parecia gigante.” Aos 12 anos, os jovens se separaram. Yago fez um teste no Corinthians. “A gente treinava no terrão de Itaquera, mas depois de três meses eu voltei, porque não me adaptei à casa de uma tia e sentia falta da minha família e do Glória” – conta Yago.

Ao retornar à Praia Grande,

Yago seguiu no futsal e na vár-zea até ser descoberto pelo ex-ponta-direita do Santos Mano-el Maria e levado a atuar pelo Jabaquara Atlético Clube, de Santos. “Fiquei três anos, nas categorias infantil e juvenil, e disputei um ótimo Campeo-nato Paulista Sub-17.” Nessa época, o jogador e sua família assinaram um contrato com a CFS Sports. A empresa se tornou dona dos direitos es-portivos de Yago por quatro anos (dos 14 aos 18) e esta-beleceu multa rescisória de R$ 250.000,00. “Do Jabaqua-ra eu tinha chance de ir para o Santos, porque o Manoel Maria era muito influente e já havia levado o Geovânio, hoje atacante reserva do Peixe. Bastava eu ficar mais um pou-co por lá. Mas o meu empre-sário (que ele não diz o nome) vetou a minha permanência.” Yago, então, começou a pingar de clube em clube do Brasil.

Aos 16 anos, ele estava no América Mineiro. Lá, o meia--esquerda conquistou os diri-gentes e treinadores com o seu

estilo de jogo, fazendo com que eles se interessassem em adquirir os direitos federativos da CFS Sports. “Estávamos no hexagonal final do campeona-to mineiro e meu empresário precisava levar o documento à federação autorizando a mi-nha transferência, mas a CFS melou a negociação.”

Yago chamou a atenção de Mauro Fernandes, ex-coorde-nador das categorias de base do Atlético Mineiro – hoje treinador do time profissional do América Mineiro. No Galo, Yago ficou três meses, mas quebrou o tornozelo e ficou oito meses afastado dos cam-pos. Ao se recuperar, disputou torneios por times de empre-sários e, em 2011, foi para o Vasco da Gama. “Foi o lugar onde passei mais dificuldade na vida”. Nos quatro meses em que permaneceu no Rio de Janeiro, a CFS nunca o ajudou financeiramente. “Houve dias em que eu fiquei sem comer. Eu ia para o treino à base de água. Às vezes algum amigo me dava biscoito para comer”

– comenta entre lágrimas o jogador que não contou a situação à mãe, para não atormentá-la.

Sem resposta sobre a sua permanência no Vasco, Yago aguardou o fim do contrato com a CFS Sports, para reaver sua autonomia. Ele voltou a jogar na várzea de Praia Grande e chamou a atenção de novos empre-sários que o levaram a uma peneira em São Bernardo. De cerca de 100 jovens, ele se destacou e foi convidado a fazer uma pré-temporada, a fim de se recondicionar fi-sicamente, com uma equipe profissional de Maria da Fé, no interior de Minas Gerais – no dia da entrevista, Yago se preparava para viajar. Ele diz que existem propostas para realizar seu sonho em outro país: “Não é nada concreto, mas me falaram sobre propostas de Portugal, Alemanha, Suíça e Vietnã. Espero que dê tudo certo. Quero realizar meu sonho e não vou desistir.”

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hipismo ruralCerca de 360 conjun-

tos (cavalos e cavaleiros) participaram em setembro, em Barretos, de provas especiais comemorativas aos 30 anos da Associa-ção Brasileira de Hipismo Rural. O evento foi no Re-cinto Paulo de Lima Cor-rêa, local onde o governo federal, via Ministério do Esporte, deverá inves-tir mais de R$ 8 milhões para implantar um centro de formação de atletas de alta performance. O proje-to inclui escola de equita-

menino realiza o sonho e conhece a Festa de BarretosUm garotinho de oito

anos realizou um sonho: co-nheceu a Festa do Peão de Barretos, em agosto. Rodri-go Lorencini, que pretende ser peão quando crescer, enviou uma carta sem selo, escondido dos pais, para a Associação Os Independen-

FEsTa dO PEãO

cidade pode sediar mundial de rodeio de carneirosModalidade será disputada por crianças de 4 a 7 anos, assim com já ocorre em outros países

A Festa do Peão de Boia-deiro de Barretos de 2013 está confirmada para o período de 15 a 25 de agosto e pode ter uma etapa mundial do rodeio de carneiros, para crianças de 4 a 7 anos e até 25 kg, a exemplo do que já ocorre no Canadá, na Argentina, no Pa-raguai, no México e nos Esta-dos Unidos. “Será uma opor-tunidade de promover essa modalidade infantil no Brasil”

– diz Alexandre Leal, que or-ganiza o rodeio em carneiros há quatro anos em Barretos. “As regras e as medidas de segurança usadas em Barretos são as mesmas utilizadas nos rodeios do exterior. Os mini-peões ficam na mesma posi-ção montados nos carneiros, usam capacete, colete e calça de couro” – informa Leal, que está criando a PSR – Profes-sional Sheep Rider.

tes, que organiza o evento. A carta acabou chegando e emo-cionou o presidente da entida-de, Hugo Resende Filho, que convidou Rodrigo para a Fes-ta com toda a família. “Nosso slogan falava de sonhos e aju-damos o Rodrigo a realizar o seu” – revela.

do que imaginávamos” – revela a mãe, Elizete Ferri.

Rodrigo tem muita estra-da pela frente até se tornar um verdadeiro peão de ro-deio, mas não vai abando-nar o sonho. Ele afirma que ainda quer competir na are-na mais famosa do país.

Com entusiasmo, Rodri-go e a família acompanha-ram as competições, viram os shows, visitaram os pon-tos turísticos do Parque do Peão e conheceram o Rancho do Peãozinho, espaço para as crianças, onde o menino iniciou sua carreira de peão

montando no rodeio de car-neirinho – uma estreia com o pé direito. “Ele conseguiu uma boa nota e se classificou às próximas fases” – conta o pai, Vanderley Lorencini. “A gente assistia a esse show pela televisão e sonhava co-nhecer a Festa, que é maior

ção, equoterapia e centro de formação de tratadores. Em 2013, Barretos deve sediar o Campeonato Sul-Americano de Hipismo.

mídia

Rádio Brasil atual chega à regiãoProgramação traz jornalismo e prestação de serviços

Está no ar, desde 28 de agosto, a rádio Brasil Atual-Noroeste Paulista, a FM 102,7, de Pirangi, parceria da rede Brasil Atual com a empresa Legal-Cat de Catanduva. O projeto une diversos sindica-tos do país e é composto pelo jornal Brasil Atual – editado em 15 cidades paulistas –, Re-vista do Brasil, TV dos Traba-lhadores (TVT) e Rádio Brasil Atual em São Paulo, Mogi das Cruzes e São Vicente. Segun-do o coordenador de jornalis-

mo da nova emissora, Rafael Garcia, além da retransmissão do jornal Brasil Atual, de se-gunda a sexta-feira, das 7 h às 9 h, há o programa Nossa Ci-dade, das 9 h às 12 h, música e esporte.

Já foi realizado o pedido de aumento de potência ao Mi-nistério das Telecomunicações para que o sinal se expanda e atinja as cidades de Catanduva, São José do Rio Preto e outras da região. O diretor-geral da Rede Brasil Atual, Paulo Sal-

vador, diz que o grande desafio da cidadania é criar uma pla-taforma de mídia que faça crescer um Brasil inclusi-vo e socialmente justo. “Quere-mos ter um olhar sobre a nossa cultura e o direito de ocupar um espaço sem ficar reféns dessas famílias que estão há um século fazendo jornalismo que não é o nosso. Queremos construir uma mídia que tenha a cara do novo Brasil” – diz.

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FUTEBOL

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BEc faz campanha medíocre na copa Paulista

Várzea: segue a luta

3º campeonato soshichi chiba reúne 350 atletas

Time vai disputar Série A3; diretoria pede reformas no Estádio Municipal Fortaleza

Em 15 de setembro, no Rochão, competição reuniu 22 academias, clubes e associações

O Barretos Esporte Clube foi mal na Copa Paulista de Fu-tebol e não conseguiu passar da primeira fase da competição. Em 12 jogos, o time conquis-tou 9 pontos, com 2 vitórias, 3 empates e 7 derrotas. A equipe marcou 7 gols e sofreu 16. Seus jogadores levaram 32 cartões amarelos e 3 vermelhos. Jaílton e Luiz de Paula foram os arti-lheiros com 2 gols cada.

Dois técnicos dirigiram o Touro do Vale na competição: Evaristo Pizza, dispensado com a sua comissão técnica – atitude que motivou a saída

Até o dia 28 de outubro será disputada a segunda fase do Campeonato Var-zea-no da Liga Barretense de Futebol. Oito times par-ticipam de cada um dos três grupos. Depois, serão reali-zadas as etapas oitavas-de-

-final, semifinal e final das três séries. O Campeonato Varzeano ocorre nos fins de semana. Também está em andamento o Campeonato Plínio dos Santos, que reúne 12 times, formados por ga-rotos aspirantes à várzea.

Vários barretenses se destacaram. Na classe mi-rim, categoria meio-leve, Matheus Seni Nicodemos foi o campeão. Na classe infanto-juvenil, categoria meio-pesado, o vencedor foi Renan Evaldis. Na júnior, categoria leve, Sidnei André

de oito jogadores solidários ao treinador –, e Sérgio Car-doso, que teve muito trabalho para levar o BEC até o final, em virtude da falta de jogado-

res. Depois da Copa, a dire-toria do BEC pediu reformas no Estádio Municipal, com requerimento protocolado na Prefeitura – os laudos são do

engenheiro civil Ansel Lan-cman, credenciado pela Fe-deração Paulista de Futebol e pela CBF.

O Barretos Esporte Clube

deve montar equipe ainda no fim deste ano para disputar a Série A3 do Campeonato Pau-lista de Futebol, que terá início em janeiro do ano que vem.

de Carvalho ficou em 1º lugar. Já na pesado, Edgard Falgueti, destacou-se, obtendo a 1ª colo-cação. Na classe sênior, cate-goria ligeiro, Gustavo Soa-res da Silva foi o campeão.

Entre as mulheres, as bar-retenses também foram bem. Na classe mirim, categoria

meio-leve, Alice Cardoso foi campeã e Lidyce Aguetoni Viana foi a vencedora na ca-tegoria pesado. Na classe ju-venil, categoria meio-leve, o principal destaque foi Stefani Garbal Ferreira, que faturou o primeiro lugar na classe adul-to, categoria ligeiro.

anUnciE aqui!Telefone: (11) 3295–2800

E-mail: [email protected]@gmail.com

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Uma nOVa cOmUnicaçãO PaRa Um nOVO BRasiLjornal brasil atual jorbrasilatual

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FOTO sínTEsE – miniBasíLica PaLaVRas cRUzadasPaLaVRas cRUzadas

Respostas

PaLaVRas cRUzadas

sUdOkU

As mensagens podem ser enviadas para [email protected] ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato.

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horizontal – 1. Planta usada em projetos paisagísticos 2. Indício, vestígio; Nome de origem tupi, variante de Anahi (bela flor do céu) 3. Universal Boxing Organization; O fruto do urucuzeiro 4. Maneira de executar algo; Extraterrestre 5. Acertara o texto 6. União Europeia; Semelhante a monogamia 7. Fluido que respiramos; Guerra entre o Exército e o movimento de Antônio Conselheiro 8. Sem curvaturas; Escola de Artes e Ofícios; Linguagem de programação Turbo Basic 9. Criticai, reprovai; Cidade de São Paulo 10. Não, em inglês; Adiante! 11. Construção que ampara parede ou abóbada

Vertical – 1. Música de Maria Bethânia 2. Produto Interno Bruto; Diz-se de quem ergue 3. Palavra que designa uma pessoa; Forma sincopada de está 4. Alcoólicos Anônimos; Conjunto de normas pedagógicas 5. Albumina vegetal; Associação Rio-grandense de Bibliotecários 6. Que possui o caráter de rotina 7. Beberrão; Magnetismo pessoal 8. Apoiado, firmado; Sigla da Bahia 9. Navio de velas redondas; Gosto muito; Designativo de tudo 10. Equipe; Indica objeto próximo do falante ou com ele relacionado 11. Ou, em inglês; Irmã da mãe; Soca

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Palavras cruzadas

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