eleiÇÃo para diretor da faculdade de educaÇÃo … · 2016-10-13 · número de vagas docentes e...
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Universidade Federal de Uberlândia - UFU FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA
ELEIÇÃO PARA DIRETOR DA FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FÍSICA – UFU
QUADRIÊNIO: 2017-2020
Valdeci Carlos Dionisio Professor Adjunto IV da Faculdade de Educação Física – FAEFI
Uberlândia
Outubro de 2016
Identificação
Valdeci Carlos Dionisio
Nascido em Jaú – SP, o candidato trabalha desde os 13 anos de
idade, tendo seu primeiro emprego como aprendiz de marceneiro
em uma fábrica de móveis, onde atuou durante um ano.
Posteriormente se transferiu para um fábrica de calçados, atuando
no setor de acabamento por cerca de cinco anos. Em seguida passou
por processo seletivo para trabalhar em um banco, onde ficou por cerca de três anos e
meio, atuando inicialmente na contabilidade da agência bancária e posteriormente
como caixa. Nesse período com o término do curso de Educação Física trabalhou como
professor de natação durante um ano. Ao mudar de cidade para cursar fisioterapia,
durante todo o período do curso e mais um ano e meio depois disso, atuou uma vez
mais como bancário, desta vez no período noturno como digitador. Conseguiu se
formar por ter sido agraciado com o crédito educativo, atual FIES. Deixou de ser
bancário no momento em que passou a ser docente universitário na mesma
universidade em que se formou. Nesta universidade trabalhou por dezesseis anos
tendo atuado como supervisor de estágio, professor das disciplinas de fisioterapia
aplicada à ortopedia e traumatologia no curso de fisioterapia e, por dez anos, nas
disciplinas de ginástica corretiva I e II no curso de educação física da mesma
universidade. Em parceria com outro colega coordenou o curso de graduação em
fisioterapia, elaborou e implantou o currículo do curso de graduação em fisioterapia,
criou, implantou e coordenou vários cursos de pós-graduação Lato Sensu em diversas
áreas da fisioterapia. Em paralelo também trabalhou em uma clínica de ortopedia e
traumatologia como fisioterapeuta por três anos e, em outras duas universidades,
sendo a primeira por apenas dois anos na disciplina de cinesiologia e, na segunda,
também por quase dois anos atuou na disciplina de cinesiologia e no programa de
mestrado em Fisioterapia. Em 2009 após aprovação em concurso público foi nomeado
como servidor federal na Universidade Federal de Alfenas onde trabalhou por 15
meses atuando nas disciplinas de cinesiologia e biomecânica, até mais uma vez ser
aprovado em concurso público e ser nomeado na Universidade Federal de Uberlândia
em setembro de 2010. Desde então tem ministrando as disciplinas de cinesiologia e
bimecânica e fisioterapia traumato-ortopédica I e II. Também participou dos ajustes do
currículo e na organização inicial do curso de fisioterapia, além de estar credenciado
no Programa de pós-graduação em Ciências da Saúde e, mais recentemente, no
Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia do qual é membro do colegiado.
Do ponto de vista acadêmico, possui graduação em Educação Física pela
Faculdade de Educação Física de Barra Bonita (1986), graduação em Fisioterapia pela
Universidade de Ribeirão Preto (1991), Mestrado em Bioengenharia pela Universidade
de São Paulo (1998), Doutorado em Biologia Funcional e Molecular pela Universidade
Estadual de Campinas (2005) e foi bolsista de Pós-doutorado na University of Alabama
at Birmingham – USA no período de novembro de 2014 a dezembro de 2015.
Atualmente é professor Adjunto IV da Universidade Federal de Uberlândia, Docente
Permanente do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde - UFU nos níveis de
mestrado (profissional e acadêmico) e doutorado, Docente Permanente do Programa
de pós-graduação em Fisioterapia – UFTM /UFU, nível de mestrado, participa do grupo
de pesquisa Estudos em Fisioterapia Clínica. Também é revisor de periódicos nacionais
e internacionais e Membro do Banco de Avaliadores do Sistema Nacional de Avaliação
da Educação Superior – SINAES, atuando como avaliador dos cursos de Licenciatura e
Bacharelado em Educação Física e o Bacharelado de Fisioterapia.
Apresentação
A Faculdade de Educação Física – FAEFI tem uma longa história de vida já se
aproximando dos seus 50 anos. Durante quase todo esse período apenas o curso de
Educação Física ocupou o todo o campus. Em uma decisão corajosa, o Conselho da
Faculdade de Educação Física – CONFAEFI resolveu aderir ao programa REUNI do
Governo Federal e acolher o Curso de Fisioterapia na FAEFI. Em 2009, o curso de
Fisioterapia iniciou suas atividades e, desde então muitos desafios foram enfrentados
para a implantação do curso, alguns com resoluções definitivas e muito boas, mas
outras ainda estão pendentes e carecem de cuidados. Por exemplo, o ajuste quanto ao
número de vagas docentes e a implantação da Clinica Escola de Fisioterapia ainda não
tem uma resolução, e são essenciais para o bom andamento do curso. Mesmo com
essas dificuldades, um grupo de docentes do Curso de Fisioterapia via associação com
outra universidade conseguiu a aprovação do Programa de Pós-Graduação em
Fisioterapia, em nível de mestrado, o que revela o potencial que o grupo tem de
alavancar a pesquisa na FAEFI.
Por outro lado, o Curso de Educação Física ao longo do tempo também tem
apresentado muitas demandas, as quais ainda não foram contempladas totalmente.
Por exemplo, a divisão da área entre Bacharelado e Licenciatura ocorrida há mais de
10 anos, ainda não é atendida como a legislação exige. Outras demandas também
foram geradas pela renovação do quadro de docentes do curso de Educação Física.
Esses docentes somados aos docentes presentes no curso de Educação Física e que
tiveram sua pós-graduação nos últimos anos e, aqueles do Curso de Fisioterapia, são
docentes que tem uma formação focada na pesquisa e estão ansiosos para atuar nessa
direção. É preciso notar ainda que o perfil da FAEFI sofreu uma modificação – o que
era antes uma faculdade quase que exclusivamente voltada para o ensino e a
extensão, agora tem assumido, mesmo que com certa limitação, um perfil também
voltado para pesquisa e com tendência de consolidação nessa direção.
Assim, todas essas características e demandas juntas, impõe certa pressão na
direção da FAEFI, o qual tem a responsabilidade de administrar, coordenar e
superintender todas as atividades da Unidade Acadêmica, o que inclui os recursos
humanos, bem como o espaço físico e materiais para que os Cursos de Graduação e
Pós-Graduação funcionem de maneira adequada. Há dez anos, havia apenas um curso
na Unidade Acadêmica, mas atualmente, contando com a separação entre
Bacharelado e Licenciatura da Educação Física que deverá ser efetivada brevemente, o
Bacharelado da Fisioterapia e, o Programa de Pós-graduação em Fisioterapia, se pode
considerar que a Unidade Acadêmica será composta por quatro cursos, todos eles
necessitando de espaço físico, materiais, pessoas e organização, de forma que todos
possam funcionar adequadamente e construir uma identidade forte frente aos outros
setores dentro da própria universidade e frente às demais universidades.
No entanto, apesar dos grandes desafios que se apresentam, obviamente
somos muito dependentes do Governo Federal. Grande parte das demandas tem sua
solução atrelada de alguma forma à política de gestão dos recursos federais e,
portanto, ao orçamento. Nesse caso, a solução de vários problemas envolve a política
governamental adotada no setor da educação. Assim, um diretor que tenha bom
relacionamento com instancias superiores da Universidade é essencial para aproveitar
o máximo das oportunidades que se apresentarem. Para isto, a atuação política junto
às instâncias superiores deve ser intensa, mostrando o trabalho que tem sido feito ao
longo desses últimos anos na Unidade Acadêmica e as demandas que se apresentam,
procurando aumentar a participação da Unidade Acadêmica no recebimento dos
recursos que a Universidade dispõe. Por outro lado, parte das demandas e de desafios
pode ter não necessariamente uma solução, mas independente das condições
existentes pode ser atendida minimamente com a atuação proativa dos professores,
técnicos e alunos, no sentido de trabalhar o melhor possível com o que tem disponível
até que as condições melhorarem para trabalhar ainda melhor. Isto ocorre quando
todos trabalham para alcançar determinados objetivos quanto à Unidade Acadêmica e
aos cursos que a compõe, lembrando que entre o ideal e o real há o possível, sem
deixar de desejar o melhor.
Este espírito já se vê em grande parte dos componentes da Unidade
Acadêmica, o que gera grande otimismo no candidato que se coloca à disposição para
assumir o cargo de diretor da Faculdade de Educação Física – UFU estando ciente da
história e dos desafios a serem enfrentados nessa posição, mas também acredita em
uma administração onde todos os componentes da Unidade Acadêmica são coautores
do sucesso administrativo.
Objetivos
Após ter trabalhado em vários setores relacionados ao ensino e pesquisa, bem
como uma passagem pela função administrativa, o Prof. Valdeci é candidato à direção
da Faculdade de Educação Física e este documento tem a finalidade de elencar as
frentes em que se pretende trabalhar, caso eleito, enquanto diretor da Faculdade de
Educação Física – FAEFI da Universidade Federal de Uberlândia.
1. Das Questões Administrativas e Burocráticas
Em face as grandes mudanças e demandas que se apresentaram nos últimos
anos, a gestão da Unidade Acadêmica não pode manter um perfil de caráter com
relativa informalidade. Temas que antes com apenas um curso, dezenove professores
e pouco mais de uma dezena de técnicos seriam resolvidos com apenas uma reunião
no conselho ou um aceno da direção, hoje não tem a mesma facilidade, especialmente
quando é limitada a disponibilidade de recursos, espaço físico, material, e até mesmo
de tempo.
Embora a Unidade Acadêmica tenha um regimento para regulamentar e
organizar o seu funcionamento, este está desatualizado e não tem sido aplicado na
íntegra. Assim, considera-se que é fundamental que o regimento seja aplicado,
independente do fato de que esteja desatualizado e não contemplar de maneira
apropriada os três cursos criados nos últimos anos. Assim que for possível, a devida
atualização será feita, após a finalização e aprovação dos trabalhos da Comissão
Estatuinte.
Com a aplicação do regimento, outras normas deverão ser trabalhadas com a
finalidade de organizar o trabalho de todos os servidores, como critérios para
recebimento de diárias, custeamento de material de consumo, de equipamentos,
inscrição e viagens para participação de eventos, etc. Em particular a criação da
Comissão Permanente de Acompanhamento e Controle Fiscal, regulamentando a
utilização dos recursos financeiros e a prestação de contas da FAEFI.
Embora à primeira vista possa parecer um engessamento dos processos na
tomada de decisão, e de que isto possa gerar injustiças, entendemos que esses ajustes
são necessários justamente para que o processo na tomada de decisões seja facilitado,
procurando um comportamento linear e com critérios claros, de forma a evitar
qualquer injustiça na distribuição de recursos, espaço físico e material.
2. Infraestrutura
Do ponto de vista da infraestrutura, o primeiro ponto a ser atacado é o fato de
que há uma decisão aprovada de mudança de campus. No entanto, parece haver um
consenso de que não é possível esperar pelos recursos e efetuar a mudança, sendo
mais plausível a permanência no campus atual. Se este for o real desejo da Unidade,
então haverá uma atuação no sentido de retroagir oficialmente nessa decisão e cobrar
para que investimentos sejam realizados no atual campus, de forma a melhorar as
condições oferecidas na unidade. A partir disto, o grande gargalo está na falta da
Clinica Escola de Fisioterapia e dos laboratórios específicos e adequados para o ensino
de graduação, dos laboratórios de pesquisa, espaço para a pós-graduação e para
acomodação dos docentes. No caso da Clinica de Fisioterapia, a mesma já foi incluída
no Plano Institucional de Desenvolvimento e Expansão – PIDE. Esse plano ainda não é
conhecido, mas todo esforço será colocado no sentido de abreviar ao máximo o tempo
para inicio das obras da Clínica. Com a construção da Clínica, outros espaços poderão
ser reformados para dar vazão às demandas de laboratórios específicos. Enquanto isto
não acontece, a prioridade zero é prover a infraestrutura para a Pós-Graduação em
Fisioterapia, independente de qualquer outro fator. A partir disto resolvido, a solução
para as outras demandas seria produzir um levantamento dos espaços ocupados,
identificar possíveis espaços subutilizados e procurar redesenhar o mapa de espaço
físico e minorar as necessidades, seja por laboratórios, seja o suporte à pós-graduação,
seja por acomodação dos docentes. Esta reorganização do espaço físico também
envolve os projetos de pesquisa e extensão executados em todos os espaços que
envolvem os cursos da FAEFI. Isto significa a revisão da organização na utilização das
piscinas, musculação, dentre outros.
Aliado a reorganização do espaço físico também será necessário melhorar as
condições de uso desses espaços como a iluminação, mobiliário e internet, sempre
levando em conta que as instalações que são antigas e também as limitações
financeiras que se imporão. Além disso, caso haja maior demanda do que espaços
existentes, somos a favor de estabelecer critérios para a ocupação dos espaços
baseadas nas atividades de maior importância para a Unidade, a serem definidas pelo
CONFAEFI.
Em consonância com a reorganização do espaço físico, também deve haver a
organização do patrimônio lotado na Unidade Acadêmica. Talvez, no passado a
questão patrimonial apresentasse poucos problemas, mas hoje, diante do aumento de
cursos, docentes, técnicos e alunos, tornou-se essencial esta organização. Assim, a
proposta é a elaboração de um fluxo adequado para o controle patrimonial, de forma
que haja bom andamento dos cursos, laboratórios, núcleos e da Unidade Acadêmica
em geral, bem como a proteção daqueles que assumem a responsabilidade pelo
patrimônio. Para a organização e controle de patrimônio, pretende-se criar um grupo
de trabalho para apresentar soluções para o recebimento, armazenamento, e controle
do fluxo de patrimônio e materiais da FAEFI. A partir das sugestões apresentadas, uma
equipe responsável por isto será instalada permanentemente.
Estas ações precisam estar organizadas e alinhadas ao PIDE e, portanto,
pretende-se elaborar o Plano de Desenvolvimento e Expansão – PDE da FAEFI com
validade similar ao PIDE. É necessário criar a cultura de planejamento da Unidade
Acadêmica e, independente de quem estiver na administração dê sequência ao
trabalho anterior, cumprindo o que está determinado pelo PDE da FAEFI. Também
fariam parte do PDE, as estratégias para a manutenção e aprimoramento da
infraestrutura para as atividades acadêmicas, melhorar a acessibilidade para pessoas
com deficiência ou mobilidade reduzida, ampliação e/ou normatização do uso do
estacionamento, reformular a comunicação visual do campus, estabelecer um
procedimento padrão em caso de emergência médica e estimular a criação de núcleos
e aprimorar as suas normas de funcionamento com a finalidade atender a comunidade
e as atividades de pesquisa.
3. Tecnologia da Informação
Do ponto de vista da tecnologia da informação, atualmente é impensável não
procurar estar inserido nas questões tecnológicas visando modernização e o
melhoramento das ferramentas de ensino, utilizando da tecnologia para facilitar a vida
acadêmica. O site de uma Unidade Acadêmica é talvez, o seu principal cartão de
visitas. O mesmo se pode dizer em relação aos componentes da Unidade, sem um bom
site, a valorização da unidade e de seus componentes é reduzida. No entanto, nossa
homepage está com dados desatualizados e não dispõe de importantes informações
sobre a Unidade. Portanto, o candidato propõe a modernização do site da Unidade
Acadêmica, uma vez que a Unidade dispõe de mão de obra extremamente qualificada
em condições de desenvolver essas ferramentas.
A apresentação, design e atualização permanente são fundamentais para um
cartão de visitas apropriado para unidade acadêmica e de cada um de seus
componentes (docentes, técnicos e alunos). Um site com informações relevantes e
atualizadas sobre as atividades realizadas na unidade, informações sobre todos os
servidores e ações administrativas, o que dá transparência e causam boa impressão ao
visitante. Além disso, a infraestrutura de acesso à internet e aquisição de softwares
também devem ser planejadas. Exemplos de ações a serem propostas:
Atualização da homepage com novo design separando (ou não)
informações públicas como informações da unidade (história, PDE,
recursos humanos, etc.), dos cursos (PPC, NDE, docentes, atividades,
etc.) daquelas de interesse exclusivos da unidade (atas de reunião dos
colegiados e NDEs, progressão docente, planilhas e relatórios da pós-
graduação, planos de trabalho, planilhas orçamentárias, documentos
explicativos do fluxo de documentos, etc.);
Inclusão de páginas pessoais para os docentes;
Criar um fluxo adequado para que as informações sejam atualizadas na
homepage;
Atuar junto à administração superior para a manutenção e melhoria da
rede Wi-fi, de forma a facilitar o acesso da comunidade à internet;
Trabalhar junto à administração superior a aquisição de licença de
softwares de interesse da unidade, verificando a possibilidade de
compartilhamento com outras unidades;
Atuar junto à administração superior na obtenção de instalações de
videoconferência para uso da Pós-Graduação;
Criar um fluxo adequado e estimular a divulgação das atividades
docentes para toda a comunidade interna e externa à Unidade.
Na medida de que seja possível, a ideia seria construir um sistema de forma
que os próprios agentes geradores das informações alimentem o site, o que facilitaria
a atualização permanente.
Aliado ao site, também há a intenção de propor ideias para o aprimoramento
das atividades acadêmicas e que possam ser utilizadas por toda a universidade. O
candidato pretende trabalhar junto à administração superior visando viabilizar a
melhoria de outros sistemas administrativos e acadêmicos favorecendo não somente à
FAEFI, mas também toda a comunidade UFU.
4. Gestão de Recursos Humanos
Do ponto de vista dos recursos humanos, deve-se ressaltar que o que há de
maior valor em qualquer instituição é o capital humano. Tendo isto em mente, é
preciso identificar as potencialidades de cada servidor, os desejos dos mesmos em
relação à sua carreira, e seu alinhamento com os objetivos da Unidade Acadêmica, os
quais são determinados pelo CONFAEFI.
A ação da direção deverá ser no sentido de facilitar o desempenho de cada
servidor, de forma que o mesmo possa produzir suas atividades com 100% de
eficiência. Para isto, além das ações facilitadoras do trabalho dos servidores, outras
ações são pretendidas, como promover reuniões de capacitação e/ou treinamento nos
processos inerentes a Universidade tais como, questões administrativas, compras,
administração de carreira e aposentadoria. Outro ponto a ser considerado para que
todos tenham oportunidades e de maneira responsável, é o de elaborar critérios para
à concessão de afastamento para participação em Programas de Pós-Graduação Stricto
Sensu e para Licença Capacitação dos docentes e técnicos administrativos lotados na
FAEFI/UFU, retirando o caráter informal das liberações, de forma a proteger os
interesses profissionais de cada servidor e manter o pleno funcionamento da Unidade
Acadêmica.
Em relação aos técnicos administrativos especificamente, pretende-se fazer um
diagnóstico em relação à distribuição dos mesmos pela Unidade, as funções que realiza
atualmente e com que eficiência. Este diagnóstico tem três objetivos principais. O
primeiro objetivo é aperfeiçoar a atividade de cada servidor, sendo bem alinhadas com
as habilidades e competências que o mesmo apresenta. O segundo objetivo é evitar ao
máximo que o servidor esteja atuando em disfunção. O terceiro objetivo é melhorar o
fluxo de tarefas, de forma que a carga de trabalho, dentro do possível, apresente uma
equidade entre os técnicos. Após esse levantamento, caso necessário, haverá
reorganização em relação distribuição nos setores da Unidade Acadêmica, bem como
nas funções exercidas, de forma a atingir os objetivos acima citados. Se o diagnóstico,
por outro lado revelar a necessidade de novos técnicos na Unidade, a direção
trabalhará com afinco para sanar o problema.
Por outro lado, também é conhecido que desde junho de 2014, há uma
comissão que esteve estudando a viabilidade da implantação da jornada de 30 horas
para os técnicos de setores que apresentam a possibilidade de atendimento ao
decreto n. 4.836, de 9 de setembro de 2003, os quais tem atuação reconhecidamente
em jornada ininterrupta como os hospitais e as bibliotecas. Em junho último, a
comissão concluiu que haveria a possibilidade de implantação da flexibilização da
jornada de trabalho nessas áreas sem prejuízo ao atendimento. Isto a princípio, não
afeta as atividades da nossa Unidade Acadêmica, no entanto, se houver uma extensão
para os demais setores da Universidade, o diagnóstico proposto irá auxiliar na
reorganização dos técnicos administrativos para atender a determinação das instancias
superiores.
Do ponto de vista dos docentes, não se pode negar que mais docentes são
necessários na Unidade Acadêmica, em particular no Curso de Fisioterapia. No
entanto, também se pode projetar a necessidade de mais docentes para implantação
com sucesso o curso de Licenciatura em Educação Física. Para enfrentar essa situação,
o candidato defende a proposta de que um detalhado relatório seja organizado
mostrando todas as grandes mudanças que ocorreram nesses últimos anos,
mostrando com números e documentos as demandas que se fazem presentes em
todos os cursos da Unidade, procurando sensibilizar a administração superior. É claro
também que, diante das recentes medidas governamentais e a política no corte de
gastos do Governo Federal, espera-se grande dificuldade na obtenção de docentes, no
entanto, a intenção é atuar incansavelmente junto à administração superior para
aquisição destes profissionais.
O Curso de Fisioterapia, no momento, tem maior urgência na obtenção de
docentes. Considerando que o insucesso na obtenção de docentes se materialize,
outras ações serão buscadas para atenuar o problema. A grande pressão em relação à
carga horária docente se faz mais presente nas atividades de supervisão de estágios e,
esta por sua vez, pressiona as atividades nas disciplinas pré-profissionalizantes e
profissionalizantes. Assim, algumas tentativas de redução da carga horária docente
podem ser realizadas referentes à supervisão dos estágios profissionalizantes,
reduzindo a necessidade de docentes efetivos para os mesmos. Isto por sua vez,
atenuaria a pressão nas disciplinas teóricas de cunho pré-profissionalizantes e
profissionalizantes, facilitando que todos os docentes efetivos interessados atuem nas
atividades de pesquisa e/ou extensão.
A primeira tentativa refere-se à contratação de mais técnicos administrativos
de nível superior (fisioterapeutas), de forma que os mesmos possam contribuir com os
estágios profissionalizantes. Esta alternativa provavelmente encontrará os mesmos
problemas relacionados com a contratação de docentes. Sendo este o caso, uma
segunda alternativa seria criar um programa de residência em áreas específicas para
atender as necessidades do Curso de Fisioterapia, de forma que o residente possa
receber treinamento no primeiro ano de residência, enquanto que no segundo ano
possa colaborar nos estágios profissionalizantes, também reduzindo a carga horária
dos docentes efetivos na supervisão. Uma terceira alternativa seria fazer uso da
parceria que a UFU tem com a prefeitura municipal, de forma que a mesma possa
ceder alguns profissionais em áreas estratégicas para o curso de fisioterapia e, após o
devido treinamento, eles possam colaborar nos estágios. Finalmente, caso todas as
alternativas anteriores não funcionem, a tentativa seria estabelecer parcerias com
agentes externos à FAEFI para atender temporariamente as demandas de estágio,
embora não seja o ideal e nem a primeira opção do candidato. Este hipótese mereceria
muito estudo antes de ser implantada.
Ainda em relação aos docentes entende-se que a ação da direção é de, na
medida do possível, facilitar as atividades docentes de acordo com o direcionamento
acadêmico que o docente queira dar à sua carreira, desde que esteja dentro das
normas vigentes e das necessidades da Unidade.
5. Gestão Acadêmica
A unidade acadêmica tem as coordenações de curso para efetuar a gestão
acadêmica na linha de frente e, entende-se que a direção tem o dever de dar o suporte
necessário para que as coordenações possam apresentar o funcionamento adequado.
Contudo, também se entende que é fundamental que as coordenações de curso e
direção estejam em sintonia para efetuar melhorias nos serviços e na proposição de
mudanças. Neste sentido, se pretende apoiar e estimular a conclusão do processo de
implantação dos cursos de Licenciatura e Bacharelado em Educação Física, uma vez
que os atores desse processo já estão acordados. É claro que os espaços à discussão
estarão sempre abertos e, o principal objetivo é que haja a melhoria dos projetos
pedagógicos do de todos os cursos na FAEFI.
Outro aspecto considerado importante é a formação continuada dos alunos. A
Unidade Acadêmica agora oferece o Curso de Mestrado em Fisioterapia, o que ajuda
nessa formação continuada. No entanto, espera-se que mais colegas docentes possam
juntar forças aos que já estão no programa, de forma a oferecer mais vagas nesse
Curso. Por outro lado, a Unidade ainda não está oferecendo a possibilidade de
formação continuada ao egresso que pretende atuar fora da área acadêmica. Neste
sentido, o objetivo é incentivar colegas que possam propor cursos de Pós-graduação
Lato Sensu, de forma a preencher essa lacuna.
Minha mensagem final é de que todos, sem exceção, estamos no mesmo barco
e temos de remar juntos. As ações devem ser em favor da Unidade Acadêmica
baseadas em critérios claros, sem favorecimento de grupos específicos, de forma que
todos possam trabalhar com motivação e em benefício da coletividade.
Uberlândia 11 de outubro de 2016.
Valdeci Carlos Dionisio