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JUN DE 2006 ANO XX Nº 720 SEG 12 TER 13 QUA 14 QUI 15 SEX 16 SÁB 17 DOM 18 sintufrj.org.br [email protected] DCE elege direção com votação recorde Página 8 Centros elegem decanos A semana passada foi movimentada na UFRJ. Três centros (CCJE, CCS, e CT) elegeram seus novos decanos, e a Faculdade de Odontologia, seu novo diretor. A Escola de Serviço Social também elegeu sua nova direção. Nos dias 19, 20 e 21 será a vez do CFCH (Centro de Filosofia e Ciências Humanas) eleger o seu decano. Página 3 Secundaristas ocupam a UFRJ Não era chopada nem show de rock, mas um grande agito tomou conta dos corredores e ginásios da Escola de Educação Física. Página 7 SINTUFRJ: diretoria eleita assume no dia 21 Caveirão: símbolo do terror Página 6 A diretoria eleita no pleito dos dias 31 de maio e 1º e 2 de junho toma posse às 14h de quarta-feira, dia 21, no auditório do Quinhentão. A Chapa 2 “Autonomia, Independência e Luta” foi a vencedora, mas as demais chapas – Chapa 1, “Fortalecer o SINTUFRJ”, e Chapa 3, “Tribo – Oposição Sindical: a base na luta pelo resgate social – estarão representadas na direção, uma vez que o critério adotado foi o da proporcionalidade. Numa reunião nesta quarta, dia 14, entre as chapas, serão definidos os nomes da diretoria que responderá pelo Sindicato nos próximos dois anos.

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Page 1: eleger SINTUFRJ: diretoria eleita assume no dia 21 · tão dos próprios NES, nomeou, através de portaria, três pessoas do ... teu a ir a cada unidade onde trabalham os 260 NES

JUN DE 2006 ANO XX Nº 720 SEG 12 TER 13 QUA 14 QUI 15 SEX 16 SÁB 17 DOM 18 sintufrj.org.br [email protected]

DCE elege

direção com

votação recordePágina 8

Centros elegem decanosA semana passada foi movimentada na UFRJ. Três centros (CCJE, CCS, e CT) elegeram

seus novos decanos, e a Faculdade de Odontologia, seu novo diretor. A Escola de ServiçoSocial também elegeu sua nova direção. Nos dias 19, 20 e 21 será a vez do CFCH (Centrode Filosofia e Ciências Humanas) eleger o seu decano. Página 3

Secundaristas ocupam a UFRJNão era chopada nem show de rock, mas um grande agito tomou conta dos corredores e ginásios da Escola de Educação Física. Página 7

SINTUFRJ: diretoria eleita

assume no dia 21

Caveirão:

símbolo do terrorPágina 6

A diretoria eleita no pleito dos dias 31 de maio e 1º e 2 de junho toma posse às 14h de quarta-feira, dia 21, noauditório do Quinhentão. A Chapa 2 “Autonomia, Independência e Luta” foi a vencedora, mas as demais chapas –Chapa 1, “Fortalecer o SINTUFRJ”, e Chapa 3, “Tribo – Oposição Sindical: a base na luta pelo resgate social – estarãorepresentadas na direção, uma vez que o critério adotado foi o da proporcionalidade. Numa reunião nesta quarta, dia14, entre as chapas, serão definidos os nomes da diretoria que responderá pelo Sindicato nos próximos dois anos.

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JORNAL DO SINDICATODOS TRABALHADORESEM EDUCAÇÃO DA UFRJ

Coordenação de Comunicação Sindical: Antonio Gutemberg Alves do Traco, Neuza Luzia e Gerusa Rodrigues / Conselho Editorial: Coordenação Geral e Coordenaçãode Comunicação / Edição: L.C. Maranhão / Reportagem: Ana de Angelis, Lili Amaral e Regina Rocha. Estagiária: Renata Souza / Projeto Gráfico: Luís Fernando Couto/ Diagramação: Luís Fernando Couto, Caio Souto / Assistente de Produção: Jamil Malafaia / Ilustração: André Amaral / Fotografia: Niko Júnior / Revisão: RobertoAzul / Tiragem: 11 mil exemplares / As matérias não assinadas deste jornal são de responsabilidade da Coordenação de Comunicação Sindical / Correspondência: aoscuidados da Coordenação de Comunicação. Fax: 21 2260-9343. Tels: 2560-8615/2590-7209 ramais 214 e 215.

Cidade Universitária - Ilha do Fundão - Rio de Janeiro - RJCx Postal 68030 - Cep 21944-970 - CGC:42126300/0001-61

doispontos

Foto: Niko Júnior

No dia 23 de maio, entidades do serviçopúblico (inclusive a Fasubra) se reuniramcom o deputado Luiz Eduardo Greenhalgh,relator da proposta de emenda constitucio-nal (PEC 206/03) que trata da ascensão fun-cional no serviço público federal.

A assessoria do deputado informou queo parecer de Greenhalgh havia sido contrá-rio porque a proposta da PEC não tinhalimitação quanto ao público habilitado afazer a ascensão. E acrescentou que ele sedisporia a apresentar substitutivo se hou-ver critérios limitadores capazes de ganharapoio da sociedade.

O deputado se comprometeu a apresen-tar um substitutivo, desde que sustentadoem uma proposta de consenso das entida-des, que contenha limites claros quanto aopúblico, vagas e processo. Greenhalgh quero conteúdo acertado nos próximos dias paraque a proposta de texto – admitindo o insti-tuto da ascensão – seja elaborada pelas as-sessorias jurídicas.

A proposta da Fasubra é de que a formade seleção seja através de um curso de for-mação, que, ao fim, uma banca avalie e clas-sifique os candidatos mais bem capacitados,que a definição do quantitativo de vagas parafora (concurso público) ou para dentro (con-curso interno) fique a cargo da gestão da ins-tituição e ainda que todos os ocupantes de

Ascensão funcional:

luta prioritáriacargos efetivos com quatro anos ou mais noúltimo cargo possam concorrer.

As entidades se reuniram e buscam cons-truir consensos quanto aos critérios, mas jáapresentaram documento ao deputado queestá sendo analisado. Nova reunião acon-tecerá no dia 14 de junho.

Todas, no entanto, manifestaram posi-ção em defesa da ascensão funcional paramudança de cargo para outro de maior hie-rarquia na mesma carreira e entre carreirasda mesma área finalística. Manifestaram-se também em favor da existência de limi-tadores em função do uso indevido da as-censão no passado.

Em junho, uma audiência pública deba-terá o tema.

Progressão e ascensãoA progressão nos níveis de capacitação

é prevista em nossa carreira: o servidor gal-ga níveis de acordo com cursos de capaci-tação que faz. A ascensão ou promoção fun-cional trata de mudança de cargo. Hoje háinterpretações jurídicas de que a Constitui-ção Federal não permite a ascensão funcio-nal e a proposta de emenda constitucional,se aprovada, pode reverter isso e permitirque o servidor, por exemplo, no cargo deauxiliar de enfermagem possa pleitear ocargo de enfermeiro.

As dúvidas dos trabalhadores de natureza especial (NES) emrelação a salários serão agora resolvidas de uma vez por todas. Nareunião deles e o Sindicato com a Reitoria, na terça-feira, 6, o pró-reitor de Pessoal, Luiz Afonso Mariz, informou que, acatando suges-tão dos próprios NES, nomeou, através de portaria, três pessoas dogrupo com experiência no assunto para compor uma comissão queanalisará individualmente cada caso. Além disso, todos os NES te-rão acesso direto aos espelhos dos contracheques produzidos pelaUFRJ e que servem de base para o pagamento efetuado pelo Siape,na intranet, bastando acessar o sistema com a senha individual ousolicitar que isso seja feito pela seção de pessoal da unidade ondetrabalham.

Os trabalhadores NES deverão encaminhar suas reclamações àPR-4, mas via seção de pessoal de suas unidades, no prazo de 26 dejunho a 28 de julho, para que sejam analisadas pela comissão forma-da pelos seguintes funcionários NES: Rosângela da Silva (PR-4), Der-cival Oliveira de Assis (HU) e Suzana Reis (IPPMG). De acordo com osuperintendente de Pessoal, Roberto Gambine, a comissão terá pra-zo de um mês para apresentar à PR-4 relatório dos erros identificadospara que sejam consertados. Ele acredita que em muitos dos casosque serão levantados o problema é mais de dúvidas em função danova carreira.

A coordenadora do SINTUFRJ, Ana Maria Ribeiro, se comprome-teu a ir a cada unidade onde trabalham os 260 NES explicar o que é oenquadramento na nova carreira em implantação, antes mesmo dotérmino do prazo para encaminhamento das reclamações à PR-4.“Assim, vai ser mais fácil para os companheiros identificarem o queestá certo ou errado em seus contracheques”, disse.

BRASÍLIA – Nesta reunião o reitor Aloísio Teixeira deu informessobre as negociações em curso em Brasília com vistas à regularizaçãofuncional dos NES com a UFRJ. Embora as reuniões previstas nãotenham acontecido, ele reafirmou o empenho da Reitoria em conti-nuar insistindo para uma solução favorável aos trabalhadores.

Ana Maria Ribeiro defendeu a continuidade de realização de reu-niões com a Reitoria, mesmo quando não houver grandes novidadesa serem compartilhadas, sob o argumento de que “a presença físicanossa aqui é importante para que o problema dos NES continue napauta de prioridades da Reitoria”, acrescentando, ainda, que “o Sin-dicato também está na marcação serrada com o MEC”.

A próxima reunião dos NES e o Sindicato com a Reitoria será às13h do dia 27 de junho, mas só se a Seleção Brasileira não jogar essedia. Ou seja: se o Brasil não for o segundo colocado desta primeirafase do mundial. E no mesmo local: sala de reuniões do ConselhoUniversitário.

NES têm prazo para encaminhar dúvidas salariais

DIREITOS. Nova reunião com os NES na Reitoria

CURTAS

Funcionamento do Sindicato nos dias de jogosO SINTUFRJ informa que o horário do expediente nos dias 13, terça-feira, e 22, quinta-

feira, será das 8h às 13h. O motivo decorre dos jogos do Brasil e o mesmo horário também foidefinido pela Reitoria para o funcionamento da UFRJ.

FAU inaugura laboratório

A Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) inaugura nesta segunda-feira, dia 12 dejunho, às 10h, o Laboratório de Conforto Ambiental e Eficiência Energética. O laboratório foicapacitado com recursos financeiros da Eletrobrás através do Programa Nacional da Conser-vação da Energia Elétrica – PROCEL. O laboratório fica no bloco D, térreo, do prédio daReitoria, Ilha do Fundão.

Plantão FGTSNo dia 23 de junho, sexta-feira, haverá plantão do advogado Júlio Romero,

às 10h, na sede do SINTUFRJ, Ilha do Fundão.

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TROCA DE GUARDA

Banho de eleiçõesCentros e unidades escolhem novos decanos e diretores numa semana movimentada na UFRJ

MOVIMENTO SINDICAL

Concut : apoio à reeleição de LulaTerminou na sexta-feira, dia 9, em

São Paulo, o 9º Congresso Nacionalda Central Única dos Trabalhadores(Concut), e a última tarefa dos 2.491delegados foi eleger e dar posse ànova direção da entidade. A chapaliderada pelo eletricitário Artur Hen-rique dos Santos (Articulação Sindi-

cal) foi a vencedora e ele é o novopresidente da CUT. Disputaram opleito outras duas chapas, uma enca-beçada pelo metroviário Wagner Go-mes (Corrente Socialista Classista –CSC) e outra pelo sapateiro de Fran-ca, Jorge Luís Martins (Frente de Es-querda Sindical – FES).

O 9º Concut aprovou o apoio àreeleição do presidente Lula, masdessa vez os trabalhadores cutistasirão apresentar ao candidato uma pla-taforma de lutas, cuja principal ban-deira é lutar pela superação do neoli-beralismo que está presente no atualgoverno, principalmente na política

econômica, que se manteve igual àde FHC. Na avaliação dos congres-sistas, um novo governo Lula signifi-ca que a esquerda terá um espaço dedisputa política, e dessa vez a Centralgarante que irá liderar esse movi-mento com todos os sindicatos filia-dos e os movimentos populares.

O novo diretor da Faculdade de Odontologia será Ed-nilson Porangaba (foto). A chapa liderada por ele, “Inte-gração”, recebeu 2,5% de votos acima do segundo coloca-do Wladimir Cortezzi. Porangaba acredita que o resultadodas urnas é o reconhecimento do trabalho que presta àfaculdade há 27 anos como professor de cirurgia, dos quaissete anos passou como diretor de ensino e chefe do De-partamento de Clínica Odontológica. “A boa formação dachapa e a minha experiência administrativa ajudaram noresultado final”, diz.

De acordo com o diretor, sua gestão priorizará a mudan-ça curricular; integração entre a graduação e a pós-gradua-ção; obtenção de recursos para reativar as pesquisas e ativi-dades realizadas pela Clínica de Pacientes Especiais e aClínica Extra-Murros, que há quatro anos foram interrom-pidas. Pretende ainda viabilizar a construção de uma novasede para atender às necessidades da faculdade e aumen-tar a quantidade de cursos lato sensu e de extensão.

O maior número de votos recebidos pela chapa foi dadopelos técnicos-administrativos e docentes. “Agradeço aostécnicos-administrativos os votos e vamos trabalhar paraatender às suas reivindicações na medida do possível. Acomeçar pelo ajuste das atividades desenvolvidas com aformação do técnico.”

Porangaba é eleito

na Odontologia

Em uma votação paritária, a chapa para adireção da Escola de Serviço Social encabe-çada pela professora Maria Magdala Vas-concelos de Araújo Silva e tendo como viceGabriela Maria Lema Icasuriaga obteve 362votos favoráveis num universo de 409 vo-tantes. Entre técnicos-administrativos e es-tudantes, a chapa obteve 90% de aprovação.

O resultado será homologado pela Con-

A semana passada foi mo-vimentada na UFRJ. Três cen-tros (CCJE, CCS e CT) elege-ram seus novos decanos e aFaculdade de Odontologiaescolheu seu novo diretor. AEscola de Serviço Social tam-bém elegeu sua nova direção.Nos dias 19, 20 e 21 será a vezdo CFCH (Centro de Filoso-fia e Ciências Humanas) ele-ger o seu decano.

CCJEAlcino Ferreira Câmara

Neto, pela segunda vez conse-cutiva, é eleito decano do Cen-tro de Ciências Jurídicas e Eco-nômicas (CCJE). Ele venceu adisputa com 62,32% dos vo-tos. Já sua concorrente, AraceliCristina de Souza Ferreira, ob-teve 33,59%. O número de vo-tos válidos no CCJE foi de 816,e o total de votantes, 852.

CCSO Centro de Ciências da

Saúde (CCS) elegeu para de-cano Almir Fraga Valladares,que no cálculo ponderadoobteve 286,02 pontos. Já o se-gundo colocado, João Ferrei-ra da Silva Filho, recebeu214,94. O total dos votos váli-dos foi de 3.329 e o númerode votantes foi de 3.581.

CTNo Centro de Tecnologia

o novo decano é Walter Issa-mu Suemitsu, que recebeu2.101,2 pontos. O segundo co-locado foi Heloi José Fernan-des Moreira, com 1.776,8 pon-tos, e em terceiro lugar ficouAdelaide Maria de Souza An-tunes, com 1.731,5 pontos.

Serviço Social com nova direçãogregação da Escola nesta segunda-feira, 12,e será marcada a posse da nova direção.Segundo o professor Luiz Fernando de Oli-veira, integrante da Comissão Eleitoral, foi omaior índice de participação das três últi-mas eleições da Escola de Serviço Social.“Acredito que esta participação tenha sidoexpressiva devido à escolha da paridade”,avaliou o professor.

Votação :

Votantes – 409Favoráveis – 362Brancos – 9Nulos – 48

Foto: Niko Júnior

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UFRJ

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INFRA-ESTRUTURA

A UFRJ virou um canteirode obras. Na Praça da Prefei-tura isso não é diferente, poisdesde a segunda quinzena demaio estão sendo realizadasobras para o gradeamento doentorno do Horto Florestal.Segundo a diretora do Horto,Beatriz Emilião Araújo, a obraé emergencial porque o es-paço é vulnerável, tanto queuma sala já foi invadida e inú-meras mudas prejudicadasno seu desenvolvimento.Como medida de segurança,desde janeiro de 2005 traba-lham no local um porteiro eum segurança, que se reve-zam no turno da noite e fa-zem plantão no fim de sema-na. E está em fase final deconstrução a mureta de 65centímetros, e as grades de1,60m já estão sendo dispos-tas. “A obra está sendo reali-

zada através de um convênioda UFRJ com a Petrobras, eno fim da semana o trabalhoestará concluído”, diz Beatriz.

De acordo com a direto-ra, há ainda um projeto paraa ampliação do Horto emparceria com a Petrobras queprevê, para o uso da Petro-bras, uma sala de prepara-ção de mudas de orquídeas,uma horta comunitária euma estufa. Banheiros, ves-tiário, refeitório, depósito ealmoxarifado serão compar-tilhados pelo Horto da UFRJe pela Petrobras. Para uso ex-clusivo do Horto, serão cons-truídas duas salas de aulacom 50 lugares e banheiros,estufa, guarita com sanitário,área de convivência comchurrasqueira e um estacio-namento. “Para isso aconte-cer temos que pôr em práti-

ca o projeto de irrigação, pa-vimentação e iluminação.Mas estamos aguardando aliberação de verbas da Pe-trobras”, afirma.

A ampliação do Horto ob-jetiva atender melhor à im-plantação dos projetos de pai-sagismo da UFRJ. “Com os alu-nos do curso de jardinagem eos seis funcionários da empre-sa Rodocom, que executam efazem a manutenção dos can-teiros do campus, aumenta-mos a nossa produção, que erade 1.000 mudas mensais, para6.000. Com essa produção va-mos diminuir os custos paraimplantação de projetos pai-sagísticos. Dessa forma, os alu-nos da UFRJ poderão ter con-tato direto com a prática e exe-cução dos projetos”, diz. Nãohá uma data definida para aliberação da verba. MÃOS À OBRA. Operário manejando britadeira

Nas ruas, contra o CaveirãoVeículo blindado é símbolo de terror e põe a vida de pessoas em risco nas operações policiais

“Não, não, não. Não quero Cavei-rão, eu quero o meu dinheiro na saú-de e educação”. Essa foi a palavra deordem com que a marcha, organiza-da pela Campanha contra o Cavei-rão, reivindicou o fim da utilização,pela Polícia Militar, do veículo blin-dado, conhecido como Caveirão, queleva terror às comunidades pobres. Amanifestação, que fez o percurso naquarta-feira, dia 7, do Largo do Ma-chado ao Palácio Guanabara, foi rea-lizada pela ONG Justiça Global, Redede Comunidades e Movimento con-tra a Violência, Centro de Defesa dosDireitos Humanos de Petrópolis(CDDHP) e Anistia Internacional.

A marcha objetivava marcar umaaudiência pública com a governado-ra Rosinha Garotinho. Mas o gover-no estadual só aceitou receber umacomissão com representantes das en-tidades que organizaram o ato. Man-dou o secretário de Governo, RicardoBittar, cumprir a missão. Ele se com-

LUTA CONTRA A VIOLÊNCIA

prometeu a agendar uma reunião como secretário de Segurança. “Entrega-mos ao Bittar um ofício solicitando asuspensão do uso do veículo blinda-do e uma audiência pública com agovernadora. Vamos aguardar umcontato”, disse Paula Capper, mem-bro do CDDHP.

SÍMBOLO DE VIOLÊNCIA – Segun-do o pesquisador da ONG Justiça Glo-

bal, Marcelo Freixo, a idéia da reuniãocom a governadora é para encami-nhar o material da campanha contra ouso do Caveirão (que são os cartões-postais com a foto do carro blindado,os abaixo-assinados e materiais didá-ticos, feitos sobre a atuação arbitráriado veículo). Freixo disse, ainda, que acampanha não é contra o veículo (no-meado ironicamente pela polícia

como Pacificador), mas contra o seusignificado, pois é o símbolo de umapolítica ineficaz no combate à crimi-nalidade e perigosa para as pessoasinocentes que vivem nas favelas.“Hoje temos a polícia que mais matano mundo e não, necessariamente,resolve os problemas fundamentaisde violência da cidade”, afirma.

De acordo com a integrante daRede de Comunidades e Movimentocontra a Violência, Isabel Martins, aspessoas pensam que os moradoresda favela estão em defesa dos trafi-cantes e que o carro blindado prote-ge os policiais. “O que a gente quer écontinuar vivo. Quem trabalha nascomunidades também está sendoprejudicado. É uma relação de po-der, que ocorre dentro desse territó-rio, onde as pessoas perdem o seubem mais precioso que é a vida. Enão existe negociação com o Cavei-rão, porque não há como identificarquem está dentro do carro”, diz.

Foto: Niko Júnior

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MANIFESTAÇÃO. Movimento dos direitos humanos contra o Caveirão

Obras reformam Horto

e estimulam novos projetos

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CONHECENDO A UNIVERSIDADE

Fotos: Niko Júnior

Não era chopada nemshow de rock, mas um gran-de agito tomou conta dos cor-redores e ginásios da Escolade Educação Física dias 7 e 8.O evento chamado “Conhe-cendo a UFRJ”, em sua ter-ceira edição, quadruplicouseu público e mais de 10 milde jovens do ensino médiode escolas públicas e priva-das se dividiram, nestes doisdias, para assistir a inúmeraspalestras – ministradas pordiretores de unidade e coor-denadores de graduação –sobre as diversas carreirasque a UFRJ oferece, nos giná-sios sempre lotados, às vezescom quase duas mil pessoas.

Em dezenas de estandes,estudantes da graduação ofe-reciam explicações detalha-das sobre cursos, áreas deestudos e unidades acadêmi-cas e, principalmente, o quea UFRJ oferece em termos depolítica de apoio à perma-nência na UFRJ.

O evento, realizado pelaPró-Reitoria de Graduação,de Extensão, pela Comissãode Vestibular e Coordenaçãode Extensão do CCS, foi coor-denado pela diretora da divi-são de eventos da PR-5, Elia-ne Frenkel, e pela responsá-vel da divisão, Jane Frenk.

SUCESSO DO EVENTO –Eliane destaca que, além depoderem fazer uma escolhamais acertada, os estudantesconhecem detalhes sobre ocotidiano da UFRJ, o Aloja-mento e as condições de per-manência: “Torna a UFRJmais acessível à população”,diz ela, concordando queesse talvez seja um dos maio-res, se não o maior, eventosorganizados na Universida-de, não só pelo enorme nú-mero de participantes con-centrados nos dois dias, mastambém pelas equipes defuncionários, estudantes detodos os cursos e docentesde graduação, extensão e pós-graduação.

Milhares de secundaristas“invadem” a universidade

Cerca de 10 mil estudantes participaram de programa que os aproxima da UFRJ

A estrutura da escola deEducação Física, reforçadapor 17 banheiros químicos,suportou a enorme circula-ção dos adolescentes, semgrandes contratempos.

A pró-reitora de Extensão,Laura Tavares, destacou osaplausos que a equipe de fun-cionários recebeu na abertu-ra – presenciado por 5 mil es-tudantes reunidos no maiorginásio. Ela apontou ainda ofato inédito numa universida-de e mesmo na UFRJ de reu-nir mais de 12 mil pessoasnum evento como este. Naprimeira edição, a UFRJ rece-beu 2.500 estudantes.

Apesar do sucesso, ela es-tava aborrecida com a repor-tagem da TV Globo que, nomeio de toda animação, per-guntou – com a câmera vol-tada para um ângulo quesimplesmente ignorou oenorme público – sobre eva-são de estudantes. “O objeti-vo desse programa é o deabrir a Universidade para asescolas públicas, ampliar oacesso, informar sobre as ga-rantias de permanência –como as bolsas e os progra-mas de assistência estudantil

– e também ajudar a escolhermelhor a opção no vestibu-lar”, detalhou a pró-reitora.

CONHECER PROFISSÕES– A estudante Aline de Souza,21 anos, no sexto período deEducação Física, explicouque os estudantes que traba-lhavam no evento se inscre-veram através do Centro Aca-dêmico, e outros foram sele-cionados pela Coordenaçãode Extensão da Educação Fí-sica. Mas que ali estavamtambém estudantes de diver-sos outros cursos da UFRJ.Elogiando o envolvimento deAline, o diretor da Escola, Ale-xandre Moraes, acha que ocontato dos estudantes comos protagonistas da forma-

O professor de dire-ção teatral José Henri-que Moreira afirma queo evento mostra que aUFRJ não é só um rótulo,mas que tem um corpode profissionais compe-tentes.

Para Erikson Almen-dra, diretor da Escola deEngenharia, que faloupara um público de qua-se duas mil pessoas, oevento permite que aUniversidade se apre-sente de maneira maiseficiente para a escolapública. Nos estandes daEngenharia, os estudan-tes podiam se cadastrarpara visitas à unidade.Na mostra, veículos pro-duzidos pelos estudantesde Engenharia Mecânicae robôs atraíam a aten-ção dos estudantes.

Rosana Corrêa e Ma-rília Nogueira, da Comis-são do Vestibular, con-tam que a enorme pro-cura em duas semanasde inscrição gerou o des-dobramento do eventoem dois dias. No primei-ro dia participaram 2.972alunos de 59 escolas pú-blicas, 2.022 alunos de 49escolas particulares e267 alunos do pré-vesti-bular da UFRJ do Caju ede Nova Iguaçu. No se-gundo dia foram 1.680estudantes de 37 escolaspúblicas e 3.158 alunosde 78 escolas particula-res. E ainda havia fila deespera. A pró-reitoraLaura Tavares comentouque, se a procura for ain-da maior ano que vem, oevento poderá se desdo-brar em uma semana in-teira.

ção é fundamental para o co-nhecimento das profissões.

Edson dos Santos Linha-res, 42 anos, estudante do pré-vestibular comunitário daUFRJ em Nova Iguaçu, aguar-dava a palestra sobre Comu-nicação Social. De cadeiras derodas, teve alguma dificulda-de para descer as escadas atéo ginásio, e comenta que issoé comum em todo o Rio deJaneiro. Apesar de tudo, eletem grandes expectativas.

Daniel Marques, 17 anos,do colégio ORT em Botafogo,assistia à palestra sobre o cur-so de Economia. Ele quermesmo Engenharia mas, di-zendo que gostou muito dapalestra, fará da Economiasua segunda opção.

Por dentroda UFRJ

OCUPAÇÃO. Milhares de estudantes nos corredores do prédio da escola de Educação Física

PALESTRAS. Alunos assistem palestras de professores

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Chapa 1 ganha eleição com o

maior quórum da história do DCE

MOVIMENTO ESTUDANTIL

O movimento estudantil representou um dos principaisfocos de resistência à ditadura militar. E a UFRJ foi, à época,uma referência de rebeldia. Participar do movimento estu-dantil na década de 60 era correr todos os riscos. Os jovensmorriam lutando por seus ideais e a união dos estudantes erao caminho para dar força a suas idéias e reivindicar umasociedade mais justa. Mas a luta revolucionária foi massacra-da pela ditadura. A maioria dos militantes era jovem, entre 16e 30 anos. Além de estudantes, operários, camponeses, milita-res , professores, jornalistas, artistas, intelectuais que se insur-giram contra o terror instau-rado foram perseguidos peladitadura que perseguiu, tor-turou e assassinou. Editoras,jornais, universidades públi-cas foram fechadas e profis-sionais que exerciam funçõesem órgãos públicos foramaposentados precocemente.

Isso provocou um enor-me vazio cultural e dizimou aesquerda brasileira. Os movi-mentos estudantis de massadesapareceram para voltar nofinal da década de 70. Destavez, para lutar pela anistia epelo retorno da democracia.A União Nacional dos Estudantes (UNE), criada em 1937paraorganizar os estudantes universitários para lutar pela constru-ção da democracia e justiça social no Brasil, caiu na clandestini-dade em 1964. Só voltando à legalidade em 1985.

Já na década de 90 o grande ato dos estudantes foi omovimento pelo impeachment do presidente Fernando Co-llor de Mello. Eram os caras-pintadas que saíram às ruas emtodo o país exigindo a sua saída. Depois de Collor, oito anosde neoliberalismo à la Fernando Henrique Cardoso, e aeleição de Lula na presidência, muitos dos ideais ficarampelo caminho nesta trajetória.

Atualmente a maioria dos estudantes não se interessa porpolítica e não se vêem representados pela UNE, DCEs e Cas.Nas universidades públicas ainda o movimento estudantilatua, mais encontra dificuldades para atrair e mobilizar osestudantes. No entanto, não se pode negar a importância quea geração da ditadura teve na história do país. Ela contribuiu

No maior quorum eleitoralda história do DiretórioCentral dos Estudantes

(DCE) Mário Prata, cerca de8 mil estudantes foram às

urnas, a Chapa 1 Oposição -DCE em movimento, juntospela UFRJ (PC do B, DS, MR-

8 e PSB) ganhou a disputasuperando suas três

concorrentes. A Chapa 2 - Prodia Nascer Feliz (Reage

Socialista, OMP e PSTU)ficou em segundo lugar. A

Chapa 4 – Nada será comoantes (PSOL, PCB e PCR)

obteve o terceiro lugar. Emúltimo ficou a Chapa 3 –

Quem sabe faz a hora. Porum DCE democrático,

combativo e agregador (PPS e PDT).

No plebiscito realizado juntocom a eleição para a escolhada forma de composição da

diretoria, se majoritária ouproporcional, a

majoritariedade prevaleceu.Foram 3.316 votos contra

3.259 para aproporcionalidade.

de forma decisiva para redefinir, nos anos seguintes, a agendadas demandas sociais do Brasil e para sua transformação.

Na UFRJ a luta do movimento estudantil foi marcante. Ainvasão pela da Faculdade de Medicina em 23 de setembrode 1966 entrou para história. O Massacre da Praia Vermelhafoi o prenúncio de outros ataques, ainda mais graves, contraaqueles que tiveram a coragem de se rebelar. Este episódioantecipou a resistência estudantil que explodiu em revoltaaberta em 1968. O Centro Acadêmico Cândido de Oliveira(Caco), com 89 anos de história, por sua vez, brigou pela

legalização do governo JoãoGoulart e teve a sua Faculda-de Nacional de Direito cer-cada pelos militares na noitede 1º de abril de 1964 por terresistido ao golpe. Sua dire-toria foi destituída, detida eprocessada. E o Caco foi fe-chado em 1969 pelo diretorda Faculdade. Foram expul-sos alguns militantes estu-dantis e o então presidentedo Caco Wladimir Palmeira.Em 1978 ele foi reaberto.

DCE Mário PrataO próprio DCE da UFRJ

homenageou a um de seus estudantes mais aguerridos dan-do o nome de Mário Prata no ano desde 1981 se chama DCEMário Prata. Mário de Souza Prata, estudante de engenhariada UFRJ, era militante do Movimento Revolucionário 8 deOutubro (MR-8) e iniciou sua militância política no movi-mento estudantil, ingressando na clandestinidade e luta ar-mada. Teve sua prisão preventiva decretada pela Justiça Mi-litar já em 1969. Era intensamente procurado por suas ativi-dades como guerrilheiro, acusado de matar um PM que oconduzia, preso, em 1970, logrando fugir. Ele foi assassinadoaos 26 anos, no Rio, no início do mês abril de 1971, pelosórgãos de segurança da ditadura militar e enterrado comoindigente. Em 26 de agosto de 2004 a Comissão Especial daLei 9.140/95, criada para reparação moral dos militantes po-líticos mortos ou desaparecidos durante o regime militar e areparação financeira aos seus familiares, reconheceu a res-ponsabilidade da União no assassinato de Mário Prata.

UFRJ, história de resistência

Foto:

Veja o resultado:

Chapa 1 – 3.414 votosChapa 2 - 2.625 votosChapa 3 – 181 votosChapa 4 – 1.588 votos

Votos em branco – 112Votos nulos – 52

Total válidos – 7.808Total de votantes – 7.972

Foto: Niko Júnior

VOTAÇÃO HISTÓRICA.Durante 3 dias os estudantesforam às urnas