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ASSEMBLEIAS ABRIL DE 2009 ANO XXI Nº 857 TER 14 QUA 15 QUI 16 SEX 17 SÁB 18 DOM 19 sintufrj.org.br [email protected] 28 de abril, dia de Nesse dia, uma terça-feira, a categoria escolherá seus repre- sentantes para o XX Congresso Nacional da Fasubra (Confasubra) e para o 13º Congresso Estadual da CUT-RJ (Cecut-RJ). São duas assembleias no mesmo local: auditório do Quinhentão (CCS). A primeira assem- bleia começa às 10h. Logo após os informes da direção sindical, os técnicos-administrati- vos darão início à elei- ção da delegação ao XX Confasubra. O congres- so discutirá a seguinte pauta: conjuntura nacional, ratificação da fundação da Federa- ção, concepção de Estado, democratização (cotas, acesso, perma- nência e gestão), autonomia (gestão financeira e administrati- va) e estrutura sindical. A segunda assembleia tem início previsto para as 12h, quan- do os trabalhadores presentes elegerão os delegados ao 13º Cecut- RJ, que tem em pauta a conjuntura nacional e internacional, balanço de mandato, estratégia de lutas, estatuto e eleição da nova direção executiva estadual e conselho fiscal. ASSE MBLEIAS O NCE é uma das unidades da UFRJ onde a maioria da força de trabalho é terceirizada. Esses trabalhadores, muitos com mais de 20 anos de casa, estão há seis meses com salários atrasados, mas, para Seis meses sem salários que a UFRJ não pare, continuam gerenciando a rede de computadores da Universidade. Na terça-feira, 14 de abril, às 15h, o SINTUFRJ se reúne com eles no auditório Maria Irene (NCE). PÁGINA 5 Atenção aposentados Na quarta-feira, dia 15 de abril, às 10h, na subsede sindical no HU, o GT-Carreira do SINTUFRJ se reunirá com os aposentados para discutir o en- quadramento deles no PCCTAE. Especial encarte Esta edição do jornal vem acompanhada das teses ao XX Confasubra, que foram recebidas na redação.

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ASSEMBLEIAS

ABRIL DE 2009 ANO XXI Nº 857 TER 14 QUA 15 QUI 16 SEX 17 SÁB 18 DOM 19 sintufrj.org.br [email protected]

28 de abril, dia de

Nesse dia, uma terça-feira, a categoria escolherá seus repre-

sentantes para o XX Congresso Nacional da Fasubra (Confasubra)

e para o 13º Congresso Estadual da CUT-RJ (Cecut-RJ). São duas

assembleias no mesmo local: auditório do Quinhentão (CCS).

A primeira assem-

bleia começa às 10h.

Logo após os informes

da direção sindical, os

técnicos-administrati-

vos darão início à elei-

ção da delegação ao XX

Confasubra. O congres-

so discutirá a seguinte

pauta: conjuntura nacional, ratificação da fundação da Federa-

ção, concepção de Estado, democratização (cotas, acesso, perma-

nência e gestão), autonomia (gestão financeira e administrati-

va) e estrutura sindical.

A segunda assembleia tem início previsto para as 12h, quan-

do os trabalhadores presentes elegerão os delegados ao 13º Cecut-

RJ, que tem em pauta a conjuntura nacional e internacional,

balanço de mandato, estratégia de lutas, estatuto e eleição da

nova direção executiva estadual e conselho fiscal.

ASSEMBLEIAS

O NCE é uma das unidades da UFRJ onde amaioria da força de trabalho é terceirizada. Essestrabalhadores, muitos com mais de 20 anos de casa,estão há seis meses com salários atrasados, mas, para

Seis meses sem saláriosque a UFRJ não pare, continuam gerenciando a redede computadores da Universidade. Na terça-feira, 14de abril, às 15h, o SINTUFRJ se reúne com eles noauditório Maria Irene (NCE). PÁGINA 5

Atenção aposentadosNa quarta-feira, dia 15 de abril, às 10h, na

subsede sindical no HU, o GT-Carreira do SINTUFRJse reunirá com os aposentados para discutir o en-quadramento deles no PCCTAE.

Especial encarteEsta edição do jornal vem

acompanhada das teses ao XXConfasubra, que foram recebidasna redação.

2 – Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 857 - 14 a 19 de abril de 2009 - www.sintufrj.org.br - [email protected]

JORNAL DO SINDICATODOS TRABALHADORESEM EDUCAÇÃO DA UFRJ

Coordenação de Comunicação Sindical: Ednea Martins, Jonhson Braz e Nivaldo Holmes. / Conselho Editorial: Coordenação Geral e Coordenação de Comunicação/ Edição: Ana de Angelis / Reportagem: Ana de Angelis, E. A. C. e Regina Rocha / Secretária: Katia Barbieri / Projeto Gráfico: Luís Fernando Couto / Diagramação:Luís Fernando Couto e J. Malafaia / Ilustração: André Amaral / Fotografia: Cícero Rabello / Revisão: Roberto Azul / Tiragem: 11 mil exemplares / As matériasnão assinadas deste jornal são de responsabilidade da Coordenação de Comunicação Sindical / Correspondência: aos cuidados da Coordenação de Comunicação.Fax: 21 2260-9343. Tels.: 2560-8615/2590-7209, ramais 214 e 215.

Cidade Universitária - Ilha do Fundão - Rio de Janeiro - RJCx Postal 68030 - Cep 21941-598 - CNPJ:42126300/0001-61

DOIS PONTOSCARREIRA

SERVIDORES ATIVOSSERVIDORES ATIVOSSERVIDORES ATIVOSSERVIDORES ATIVOSSERVIDORES ATIVOSALUISIO CICERO NASCIMENTO FILHOANA MARIA NOBRE SANT’ANNAEYDIR SILVA DE MENDONÇAGILBERTO LIMA DE ALMEIDAJAIR BORGES FILHOJORGE HENRIQUE BARCELOS DA MOTALEONARDO DE OLIVEIRA E XEREZMARIO PICCAGLIA NETOMARISA CASAROTTOMAURO NERI PREISSLERPAULO CESAR SOUZA NABUCO DE ARAUJOPAULO CESAR VIEIRA DE OLIVEIRAROGERIO MADEIRA DE OLIVEIRAROSANGELA FERREIRA GUSMÃO

SERVIDORES APOSENTADOSSERVIDORES APOSENTADOSSERVIDORES APOSENTADOSSERVIDORES APOSENTADOSSERVIDORES APOSENTADOSADEMIR ARAUJO DA SILVAALDAIR DE SOUZA GODINHO

A lista abaixo refere-se aos servi-dores que aderiram ao PCCTAE atravésda MP 431 e que estão na Carreira apartir dessa adesão. A Comissão Inter-

ALFREDO JOÃO FILHOALVARO ALVES CARNEIROANACLETA DOS REIS CARDOSOANTONIO CARLOS LABANCAAUGUSTO PAULO GONÇALVESBENJAMIM VALERIANO DE OLIVEIRACARLOS THEOPHILO DA SILVACICERO GERALDO NOVAIS GADELHACLEA MONTEIRO RODRIGUES MOREIRACREUSA DA SILVA MAIOLINO DO NASCIMENTODALMIRO JORDÃO DOS REISDILMA NUNES MONTENEGROELAZIR NICOLAU SILVAEVANILCE LUIZA SANT´ ANNA DE OLIVEIRAFERNANDA ALIPIO BRUNO LOBOFERNANDO SANTOS DA SILVAGIUSEPPINA PIRRO DE MOREIRAIRIA FERREIRA BARBOSAIRTES FARIAS

IZALTINO DA SILVAJANETE SANT’ANNA SOARES DE ALVARENGAJANILTON SIQUEIRA SILVAJOÃO ANIZIO DE SOUZAJOÃO JOSÉ DOS SANTOSJORGE ALEIXOJOSÉ CARLOS ARCHANJOJOSÉ CARLOS DAS CHAGAS ARAUJOJOSÉ D’ALESSANDROLALDIR SOARES MONTEIROLEDA MARIA JERONIMOLELIA DE MEIRA GOMESLUCIA DE OLIVEIRA SANTOSLUIZ GONZAGA DA SILVALUIZ MATIASMANOEL ANTONIO PINTO DE ALMEIDAMANOEL CARVALHO DA SILVAMARCIO LUIZ FIRMINO DO NASCIMENTOMARIA DA CONCEIÇÃO QUEIROZ PRISTA

MARIA DE LOURDES DOS SANTOSMARIA DO CARMO LEITE DA SILVAMARIA HELENA DE CASTRO TORRESMARIA IGNES DOS SANTOSMARIA JOSÉ DE OLIVEIRAMARIA ZELIA DO NASCIMENTONAIR BENTO FERNANDESNILSON GOES PENNAOCTAVIANO PAULO DO NASCIMENTOPAULO DA CONCEIÇÃOPAULO ROBERTO MARQUESPAULO ROBERTO PEREIRAPEDRO FERREIRARUTE MELO DA SILVASILVIA LEMPERTWAGNER MATOSYSMAR VIANNA E SILVA FILHO

Você já entregou seu documento à CIS?Confira se o seu nome consta desta relação

na de Supervisão (CIS) solicita que se-jam entregues documentos de escolari-dade (Capacitação e Qualificação) paraavaliação e posterior implantação nos

vencimentos, caso tenham direito.É necessário ligar para a CIS para agen-

dar a entrega dos documentos, como tam-bém para outras informações. Os telefo-

nes são: (21) 2598-1819 e 9139-9760.Falar com Roberto Gomes, coordenadorda CIS e integrante da Comissão de En-quadramento.

Eleição de delegadossindicais de base

O Iesc foi a primeira unidade a eleger representantes, os companheirosPaulo dos Santos (efetivo) e Jorge Ferreira (suplente). A eleição foi naquarta-feira, 8. Eram 36 votantes, 17 votaram sim e um votou não.

Nesta semana, mais três unidades elegerão delegados de base. Dia 14 deabril: Alojamento (urna na portaria); Decania do CCMN (urna na entradaprincipal) e CFCH (urna na portaria principal), onde a eleição prossegue nodia seguinte, 15. Horário de votação nos três locais: das 10h às 16h.

Nova direção no IDTO Instituto de Doenças do Tórax (IDT) vai eleger novo diretor.

Apenas um candidato se submeterá à consulta do corpo social, aprofessora Sonia Catarina de Abreu Figueiredo. A urna para votaçãoficará no hall dos elevadores (próximo ao restaurante Menina doBombom), das 7h às 15h, nos três dias de votação: 27, 28 e 29 de abril.

No dia 15 de abril, às 12h, na sala 9E36 do prédio do HospitalUniversitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), a candidata debate-rá com a comunidade projetos para os próximos quatro anos do IDT(2009-2013).

7 de abril – Dia Mundial da Saúde

A data foi comemoradapela UFRJ com atividades or-ganizadas pela Divisão deSaúde do Trabalhador(DVST) e pela Escola de Edu-cação Física e Desportos(EEFD), com o apoio daCaurj que envolveram estu-dantes, técnicos-administra-tivos e professores. O ponto

Na segunda-feira, 13, os con-correntes à direção do Instituto deNeurologia Deolindo Couto(INDC) debateram suas propostascom a comunidade. São eles: osmédicos Cesar Fantezia Andraus,Ivan Soares de Araújo e o atualdiretor-geral protempore profes-sor José Luiz de Sá Cavalcanti. Odebate foi realizado das 10h às 14h,no anfiteatro do INDC. A eleiçãoserá nos dias 14, 15 e 16 de abril.

O neurocirurgião Cesar An-draus e o professor Flávio FreinkelRodrigues integram a chapa NovoINDC. O primeiro é candidato adiretor e o segundo a vice-diretor.Eles se comprometem a realizarum trabalho contínuo, com apoiode toda a comunidade do institu-to, para resgatar o papel de desta-que da Neurologia no meio cien-tífico-acadêmico e na prestaçãode serviços assistenciais de quali-dade à sociedade. Cesar Andraus segraduou e fez mestrado em Medi-

Dos três candidatos à direção do INDC, dois sãotécnicos-administrativos

cina na UFRJ e desde 1997 é efeti-vo do INDC.

Outro candidato é o médico es-pecialista em Neurologia Ivan deAraújo. Ele foi residente do INDCem 1970, fez mestrado na UFRJ em1981 e doutorado na UniversidadeFederal de São Paulo. Entrou parao quadro da UFRJ em 1988, noHUCFF, como neurocirurgião. Em1998 foi para a Neurologia. Elepropõe trabalhar por uma institui-ção voltada para o atendimento,ensino e pesquisa no serviço de Neu-rologia e que o INDC tenha umregimento interno aprovado por umconselho de administração.

O atual diretor-geral e profes-sor adjunto de Neurologia, JoséLuiz de Sá Cavalcanti, é o candi-dato que se apresenta com experi-ência comprovada em cargos naUFRJ. Professor de Neurologia des-de 1966, foi coordenador de Ensi-no do Departamento de ClínicaMédica e diretor adjunto de gra-

duação da Faculdade de Medicinada UFRJ; diretor da Unidade deServiços Clínicos do HUCFF e sub-reitor de Desenvolvimento e Ex-tensão da UFRJ. Entre as propos-tas que apresenta estão a defini-ção da missão do INDC como in-tegrante do Complexo Hospitalare centro de referência de Neurolo-gia no Rio; a criação de um Con-selho Consultivo para assessorar adireção do instituto e formaçãode comissão para estudar novo re-gimento. O vice na chapa é o pro-fessor Luiz Antonio Alves Duro.

C a l e n d á r i oC a l e n d á r i oC a l e n d á r i oC a l e n d á r i oC a l e n d á r i oVotação:Dias 14 e 15 de abril,das 9h às 18h.Dia 16 de abril, das 8h às15h.Local: Anfiteatro do INDC.Apuração: dia 16, a partirdas 16h

alto foi a corrida pelo cam-pus da Cidade Universitária.

Sob tendas montadas emfrente à EEFD, a DVST apre-sentou oficinas, verificoutaxa de açúcar no sangue eaferiu pressão arterial, dis-tribuiu preservativos e orien-tou sobre promoção de saúdee prevenção de doenças.

CORRIDA expõe fôlego de estudantes, técnicos-administrativos e docentes

Foto: Cícero Rabello

VacinaçãoA DVST/UFRJ avisa que a

campanha de vacinação contragripe (anti-influenza) paraidosos será realizada de 27 deabril a 8 de maio. Os profissio-nais e acadêmicos de saúde po-derão ser vacinados após esseperíodo, desde que não hajaprorrogação do prazo.

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FGTS

SINTUFRJ precisa da sua compreensão, companheiro

Governo quer impor o imposto sindical ao funcionalismoCUT orienta sindicatos a lutarem contra essa arbitrariedade que quebra acordo do MTE com as centrais

AUTORITARISMO

No dia 16 de março, o governopublicou nota técnica com regraspara o desconto e o recolhimentodo imposto sindical dos servidorespúblicos. A CUT e a Fasubra recha-çam a decisão do Ministério do Tra-

balho e Emprego (MTE). Comba-tido pela CUT, o imposto sindical,ou contribuição sindical, consisteno desconto de um dia de salárioao ano dos trabalhadores do setorprivado. A atitude do MTE fere o

histórico de organização sindicaldos servidores, em especial das en-tidades filiadas à CUT.

A organização sindical do se-tor público nasceu à margem daestrutura oficial. As entidades fo-ram criadas à revelia da legisla-ção que proibia esse direito aofuncionalismo, e sobreviverampela sustentação direta de seusassociados, prescindindo de qual-quer outra forma de arrecadaçãoobrigatória. Foi em 1988, forta-lecidos pelos movimentos grevis-tas e pelas mobilizações que der-rubaram a ditadura militar, nasquais as organizações dos servi-dores públicos tiveram papel fun-damental, que se garantiu naConstituição o direito desses tra-balhadores terem seus sindicatos.Mas a maioria das entidades op-taram por abrir mão do impostosindical

Quebra de acordoQuebra de acordoQuebra de acordoQuebra de acordoQuebra de acordoA cobrança fere acordo fir-

mado entre as centrais sindi-cais e o MTE. As centrais espe-ravam o envio ao Congresso Na-cional de projeto de lei extin-guindo o imposto sindical ecriando uma forma mais de-mocrática de financiamentodas entidades sindicais, até quefosse implantada a contribui-ção negocial para os setores pú-blico e privado. “A CUT só con-

cordou com o reconhecimentodas centrais com a condição deque seria enviado, pelo governoao Congresso Nacional, projetode lei extinguindo o impostosindical e implantando a con-tribuição negocial como formade sustentação financeira dossindicatos. Mesmo assim, acontribuição negocial aindatem que ser aprovada por assem-bleias democráticas, ampla-mente convocadas pelos sindi-catos para este fim e com umteto máximo de desconto esti-pulado em lei. Contraditoria-mente, o MTE fez a inversão, ouseja, ampliou o imposto paraum grande setor da classe traba-lhadora em vez de dar andamen-to a esse acordo”, explicou a se-cretária nacional de Organiza-ção da CUT, Denise Motta Dau.

Entidades protestamEntidades protestamEntidades protestamEntidades protestamEntidades protestamDesde setembro passado,

quando o Ministério do Traba-lho editou a Instrução Normati-va 01, dando margem à cobrançado imposto, as centrais sindicaisprotestam com atos nas ruas, ofí-cios, cartas, audiências públicase até mesmo ações judiciais. Aorientação da CUT é para que ossindicatos se manifestem contrao imposto sindical e lutem pelaaprovação do projeto de lei quecria a contribuição negocial e

pela suspensão da Instrução Nor-mativa 01. E mais: se não forpossível evitar a cobrança, quetoda a verba referente à base derepresentação das entidades dosservidores públicos filiadas à CUTretorne para esses trabalhadores;que os sindicatos acompanhema implantação da nota técnica,que analisem seus códigos sindi-cais e que confirmem se o envioda contribuição para federaçõesde confederações é efetuado con-forme deliberação própria.

O impostoO impostoO impostoO impostoO impostoA contribuição sindical, ou

imposto sindical, foi instituídapelo-Decreto Lei nº 2.377, emjulho de 1940, na ditadura Var-gas. É umbilicalmente ligadoao conceito de unicidade sindi-cal, ou seja, o reconhecimentolegal de apenas um sindicatopor categoria, tendo como me-nor área de representação o mu-nicípio. Sua distribuição é feitapara toda a estrutura sindicaloficial: 60% ficam com o sindi-cato de base; 15% com as federa-ções; 5% com as confederações e20% com o Ministério do Traba-lho e Emprego, que no últimoano, com o reconhecimento dascentrais, passou a repassar me-tade do seu percentual para asentidades que atingiram os cri-térios estabelecidos em lei.

Relembrando os fatosCerca de oito mil sindicalizados foram beneficiados por essa ação coletiva

que garantiu o direito ao crédito das perdas de planos econômicos nas contas doFGTS. Essa conquista ocorreu a partir de agosto de 2003.

O mesmo advogado ajuizou uma segunda ação coletiva com o mes-mo propósito, mas como não foi acolhida pela Justiça, o SINTUFRJ foicondenado ao pagamento de multa atribuída às iniciativas do advogado.Depois de instaurado o litígio entre o Sindicato e Júlio Romero, este foidestituído pela entidade.

A assessoria jurídica do SINTUFRJ interveio e foi selada a conciliaçãoentre as partes. O advogado assumiu o ônus do eventual pagamento damulta com os recursos arrecadados dos honorários advocatícios que nãoforam quitados pelos sindicalizados.

Sendo assim, a direção do Sindicato reitera a solicitação aossindicalizados com a decisão judicial, através dos créditos nos valoresdas contas do FGTS e que não quitaram os honorários, para queefetuem o depósito identificado. É uma atitude de cumprimento deobrigação assumida com o advogado e também de garantir recursosnecessários para possível pagamento da multa pelo Sindicato.

É muito importante que os trabalhadores beneficiadospela ação coletiva do FGTS e que ainda não depositaramos 10% referentes aos honorários advocatícios do advoga-do Júlio Romero, façam isso o mais rápido possível.Porque além de cumprirem decisão de assembleia, tam-bém estarão resguardando o SINTUFRJ caso a Justiçamantenha a multa contra a entidade aplicada devido aatitudes de Júlio Romero.

Júlio Romero não trabalha mais para a categoria eassumiu a responsabilidade de eventual pagamento damulta com o dinheiro arrecadado dos honorários devidosa ele pelos beneficiados com a ação do FGTS. Por isso,companheiros, o apelo da direção sindical para evitardissabores futuros. Esse assunto foi discutido em assem-bleia e divulgado no Jornal do SINTUFRJ, portanto, todosjá devem saber bem a respeito.

Mas é bom lembrar que a contratação do advogadoJúlio Romero assim como o pagamento dos 10% dehonorários a ele pelos beneficiados da ação foram deci-didos pela categoria e aprovados em assembleia. Comotambém a sua substituição nas ações do FGTS peloescritório do assessor jurídico do Sindicato, André Viz.

FGTSFGTSFGTS

O depósito é no Banco do Bra-sil: agência 3652-8, conta nº 45799– X, em nome do SINTUFRJ. É umdepósito identificado e o código é oseu número de CPF.

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HUCFF

Trinta e um anos de história,frustrações e expectativas

O Hospital Universitário Cle-mentino Fraga Filho (HUCFF) es-conde a idade. No dia 8 de abrilcomemorou 31 anos, mas de fatocomeçou a ser construído em se-tembro de 1950. A megalomaniada época contagiou o planejamen-to: o HU foi projetado para 1.800leitos com uma estrutura de 220mil metros quadrados. Duas déca-das depois a conclusão é que o HUdeveria ocupar a metade dessa es-trutura: 110 mil metros quadra-dos.

A construção do hospital pas-sou por vários momentos críticos.A obra começava, parava, recome-çava, até que em 1º de março de1978 o HU foi inaugurado. O pro-fessor Clementino Fraga Filho foio primeiro diretor e esteve à frenteda comissão que implantou a uni-dade. Hoje o hospital-escola é refe-rência nacional em alta comple-xidade. Acumula louros e críticas.É gigante em tamanho e renome evive às voltas com inúmeros pro-blemas.

O aniversário do HU foi come-morado com palestras e mesas-re-

Otimismo a toda provaJornal do SINTUFRJ: Em

2008, o HU viveu uma de suasmaiores crises. Reduziu leitos elimitou atendimentos. A situa-ção mudou?

Alexandre Cardoso: Eu diria queestamos muito melhor em relaçãoao momento mais agudo da crise.O que não quer dizer que não hajadificuldades. Mas o fato de termossuperado o pior deve ser comemo-rado. Deixamos de nos endividar,estamos enfrentando as dívidas pas-sadas e desde maio de 2008 inte-gramos o Sistema Integrado de Ad-ministração Financeira (Siafi).Esse caminho apresenta perspecti-vas, embora convivamos com as-pectos que não gostaríamos.

Houve a absorção dos extraqua-dros pela Universidade, que custa-vam R$ 800 mil dos recursos decusteio, o que começa a produzirreflexos. Os contratos de limpezatambém foram absorvidos pelaReitoria: mais R$ 300 mil que dei-xaram de onerar o hospital. Claroque em alguns aspectos temos difi-culdades, como na manutenção deaparelhos de ar condicionado. Oprédio tem mais de 30 anos. Massão questões pontuais que vamosresolver progressivamente.

Jornal do SINTUFRJ: A demo-lição da perna-seca ajuda nessarecuperação?

Alexandre Cardoso: Foi aprova-da no Centro de Ciências da Saúde(CCS) a readequação dos espaçosque sobraram. Em um bloco dequatro andares serão instalados osambulatórios, o que vai ampliar acapacidade de atendimento. Temosdemanda de pacientes ambulato-riais maior que a capacidade atu-al. Isso vai possibilitar a reenge-nharia dos espaços internos.

Jornal do SINTUFRJ: E o com-plexo hospitalar?

Alexandre Cardoso: Nossa ideiaé que o complexo centralize gran-des contratos da rede hospitalarcom o gerenciamento dessas con-tas maiores. Será bom para todosos hospitais. Queremos trabalharem rede. Temos todas as condiçõesde aprimorar nossa rede de ensino epesquisa com atendimento de qua-lidade.

Mais investimentosMais investimentosMais investimentosMais investimentosMais investimentosMilton Madeira, da bancada

técnico-administrativa no Conse-lho Universitário (Consuni), estásempre levando os problemas daunidade ao colegiado. “O hospitalé histórico para a cidade até comomodelo de grande hospital e subu-tilizado. Já atendeu a quase todo oestado. É importante pelo atendi-mento de alta complexidade e pes-quisa. Mas o sucateamento do ma-terial hospitalar , que data de 1972,atrapalha tanto a pesquisa como oensino e o atendimento. A falta deinvestimentos do MEC comprome-te a formação de profissionais.”

Problemas aumentamProblemas aumentamProblemas aumentamProblemas aumentamProblemas aumentamRoberto Gomes trabalha desde

1991 no HU e numa área crítica: aDivisão de Engenharia, onde foichefe da seção de Equipamentos eInstalações por sete anos. Atual-mente faz levantamento dos pro-blemas do HU para um diagnósti-co que será levado à discussão daestruturação do complexo hospita-lar. Na análise de Roberto, o HU seencontra na seguinte situação:

“Houve expansão da assistên-cia no fim da década de 1990, masa infraestrutura do hospital conti-nuou a mesma, como o quadro depessoal, que acabou gerando pro-

blemas com os terceirizados e ohospital não teve como manter ser-viços. Isso ficou visível na crise deabril de 2008.

Os problemas estruturais per-sistem, como na rede de distribui-ção de vapor, água quente, gases,oxigênio, nitrogênio, ar compri-mido e no sistema de refrigeração.O hospital tem quilômetros de tu-bulações. A rede de água quente éda época da inauguração e a deboilers precisa ser trocada. Os pro-blemas se avolumaram, e para so-lucioná-los é necessário um volu-me expressivo de financiamento.”

HU como modeloHU como modeloHU como modeloHU como modeloHU como modeloA assistente social da Divisão

de Recursos Humanos do HU desde1992, Sandra Batista, conta que nodia a dia compartilha a expectativade pacientes em busca de tratamen-to na unidade, que pode demorar ounem acontecer: “O HU é grande evive a crise da Saúde no país com adiminuição do atendimento pres-tado à população. A demanda émaior do que pode oferecer. Examesde alta complexidade não são maisfeitos por falta de financiamento doMEC, o que não poderia ocorrer, jáque é um hospital de ensino. Nãotemos a quantidade ideal de profis-sionais, mas os existentes têm gran-de amor pelo hospital por conta desua história.”

Sandra completa o depoimen-to informando que pacientes es-peram meses por um exame e osmotivos vão desde máquina que-brada, falta de reagente a luva oufio cirúrgico. “Temos que zelarpelo direito à saúde. O que ocorreno HU não é falta de atendimentoe, sim, de recursos. O HU tem tudopara ser um hospital- modelo”,afirmou Sandra.

dondas, no auditório Alice Rosa,no 12º andar do prédio, que apre-sentaram a produção de pesquisa,ensino e assistência. ClementinoFraga Filho, hoje professor eméritoda UFRJ, lançou o livro Evocaçõese a direção do HU inaugurou a UTINeurocirúrgica. “O HU é o únicohospital público a ter uma. Embo-ra o número de leitos seja pequeno,apenas três, é um avanço impor-tante”, comemorou o diretor Ale-xandre Cardoso.

ALEXANDRE CARDOSO MILTOM MADEIRA SANDRA BATISTA ROBERTO GOMES

MEGALOMANIA LEVA AO DESPERDÍCIO: essa é a partedo HU que vai ser demolida

Fotos: Cícero Rabello

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UFRJ

NCE corre risco de parar atividadesUma parcela significativa da for-

ça de trabalho do Núcleo de Compu-tação Eletrônica (NCE) espera há seismeses pelo salário. São 69 prestadoresde serviço com anos dedicados à UFRJ– alguns há 20 anos – que passamdificuldades. A maioria atua em se-tores importantes do núcleo e a faltade pagamento pode levar à interrup-ção de serviços que sustentam a estru-tura da universidade, como a rede e ossistemas de gerenciamento acadêmi-co e de recursos humanos.

Uma das causas do atraso dossalários é a interrupção do fluxo depagamentos ao NCE referentes a con-tratos celebrados pela Fundação Uni-versitária José Bonifácio (FUJB). Ostrabalhadores reivindicam da UFRJsolução para o impasse, pois o acordoentre a fundação e a coordenação doNCE para pagamento de pelo menostrês meses dos salários atrasados nãofoi cumprido.

ReivindicaçõesReivindicaçõesReivindicaçõesReivindicaçõesReivindicaçõesO SINTUFRJ se reuniu quarta-

feira, 8, com os prestadores de serviçoe com o coordenador do NCE, AgeuPacheco. Ele disse que não tem auto-nomia para fazer o pagamento e queo dinheiro está retido na FUJB. Opagamento dos prestadores é feitoatravés de uma conta de repasse entrea fundação e a unidade. Mas a FUJBapresentou parecer jurídico baseadono acórdão do Tribunal de Contas daUnião (TCU) que impediu as univer-sidades de firmar convênios com fun-dações de apoio para repasses de re-cursos financeiros, e o pagamento foiinviabilizado.

Cobrado pelos prestadores de ser-viço, Ageu Pacheco enviou documen-to ao presidente da FUJB, Raymundode Oliveira, na segunda-feira, 6 deabril, contrapondo o parecer atravésdo Acórdão nº 510/2009 do TCU, de25 de março, que suspendeu o vetoaos convênios. O presidente da FUJB,após ter sido contactado por Ageu Pa-checo, ficou de responder ao memo-rando do NCE após consulta jurídica.O prazo dado foi até a tarde destasegunda-feira, 13.

Ageu Pacheco informou que oNCE tem retido na FUJB dinheiropara pagar pelo menos um mês aosprestadores. E tem contrato firmadoque garantirá mais dinheiro em cai-xa, o suficiente, segundo ele, parapagar parte significativa dos atrasa-dos. “A dívida é da instituição. Preci-so ter a prerrogativa de poder zerar asdívidas com pessoal. Também tenhodívidas com os fornecedores. O NCEpode honrar essas dívidas, mas porconta do elenco de exigências e medi-

Trabalhadores terceirizados, essenciais para o trabalho, estão há seis meses sem receber

das dos ministérios e do TCU, estouengessado. Não consigo gerir o dia adia da unidade”, desabou. O assessorjurídico do coordenador, ChristianNogueira, critica a atitude da FUJB:“Mais do que atraso, há quebra deconfiança. Os trabalhadores espera-vam três pagamentos e em marçovieram com a questão do parecer. Apalavra foi dada em reunião comtodos os prestadores.”

Insegurança e indignaçãoInsegurança e indignaçãoInsegurança e indignaçãoInsegurança e indignaçãoInsegurança e indignaçãoEnquanto a FUJB trava uma que-

bra de braço com o NCE, os trabalha-dores sofrem. Tem gente passandoaté fome, informou o coordenadordo NCE e vários dos terceirizados. Nareunião convocada pelo SINTUFRJ,no dia 8, o clima de insegurança eindignação era geral.

“Estamos apreensivos porque temgente em situação de calamidade to-tal, como eu. Tenho três filhos, parauma eu pago pensão alimentícia, etenho mãe que depende de mim. Sóestou contando com ajuda de fami-liares. Até a empréstimo recorri. Fiz opossível para levantar recursos, nãodá mais”, afirmou Fernandes LimaRodrigues, há oito anos no NCE.

“Em fevereiro recebemos o paga-mento referente a julho de 2008. Emjaneiro recebemos agosto e um paga-mento similar ao 13º. Nos devem se-tembro, outubro, novembro, dezem-bro, janeiro, fevereiro e, agora, março.Antes era problema de caixa com abaixa do volume de concursos. Depoisa decisão do TCU. A FUJB se compro-meteu a pagar três meses e resolveria orestante depois. Tem gente que não

tem dinheiro mais para vir trabalhar”,explicou Flávio Fernandes, terceiriza-do há seis anos na Divisão Financeira,onde trabalham três prestadores e doisfuncionários. “Se todos nós resolver-mos não vir mais, diversos serviços es-senciais à universidade param”, dizSimone Chicarino, que trabalha nosuporte de rede há 16 anos no NCE. Noseu setor são três funcionários e seisprestadores.

Problema crônicoProblema crônicoProblema crônicoProblema crônicoProblema crônicoA questão do pagamento dos pres-

tadores de serviço do NCE é apenasuma parte do problema. A unidadesofre com déficit de pessoal e vemtendo problemas de caixa. O atraso desalários é constante. Segundo AgeuPacheco, o problema foi agravadocom a crise econômica mundial. Mas

é fato que o NCE não tem recursospara continuar mantendo os presta-dores.

Uma das unidades da UFRJ maisatingidas pela concorrência com omercado e a falta de pessoal foi oNúcleo de Computação Eletrônica.Criado em 1967, o NCE veio ao longodos anos perdendo pessoal – tanto pormelhores salários pagos pela inicia-tiva privada quanto pela vacância devagas oriundas de aposentadorias efalecimentos, aliados à falta de con-cursos. Para se ter uma ideia, em1989 o núcleo tinha cerca de 500funcionários, segundo o coordenadorAgeu Pacheco. Hoje, 20 anos depois,tem apenas 167. Para conseguir man-ter a máquina funcionando, contacom 69 prestadores de serviço em pra-ticamente todos os setores.

OS COORDENADORES do SINTUFRJ, Rui Azevedo e Evandro Fernandes, se reuniram com Ageu Pacheco para cobrar solução

SISTEMA DE REDE DA UFRJ é operado por terceirizados com os salários atrasados Fernandes Lima

Fotos: Cícero Rabello

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MOVIMENTO CONAE

País vaidiscutir osrumos daeducação

Já está pautada para 2010 a reali-zação do mais importante fórumdemocrático de discussão sobre osrumos da educação no país – pois éum evento aberto à participação detodos os interessados na melhoriado ensino escolar, da educação in-fantil à pós-graduação – que é aConferência Nacional de Educação(Conae). O tema central é “Cons-truindo um Sistema Nacional Ar-ticulado de Educação: Plano Na-cional de Educação, suas Diretrizese Estratégias de Ação”.

A Conae será realizada em Bra-sília, de 23 a 27 de abril de 2010, eas Conferências Municipais, Esta-duais e do Distrito Federal ocorre-rão no primeiro e segundo semes-tres de 2009. O coordenador da CISe representante da categoria noConselho Universitário da UFRJ(Consuni), Roberto Gomes, inte-gra, pela Fasubra, a comissão deorganização da Conferência doRio de Janeiro.

Conae Conae Conae Conae Conae - - - - - RJRJRJRJRJSegundo Roberto, a comissão

organizadora dividiu o Estado doRio de Janeiro em dez polos inter-municipais, com exceção da ci-dade do Rio de Janeiro que vaifuncionar como um polo. E a pre-visão é de realização de conferên-cias intermunicipais e da muni-cipal (Rio de Janeiro) entre os dias19 e 20 e 26 e 27, de junho. Nomomento, os organizadores têmse reunido com as secretarias mu-nicipais de educação para definira divisão de responsabilidades coma infraestrutura do evento. “A ex-pectativa é ter na Conae estadual,ainda sem data certa, 6.700 parti-cipantes”, adiantou o técnico-ad-ministrativo.

UFRJ de foraUFRJ de foraUFRJ de foraUFRJ de foraUFRJ de foraComo conselheiro, Roberto

iria cobrar na sessão do Consuni

Técnico-administrativorepresenta a Fasubrana comissãoorganizadora daConferência no Estadodo Rio de Janeiro.

de quinta-feira, 9, os motivosda UFRJ não estar participandode nenhuma comissão organi-zadora da Conae. “A Universida-

de não pode ficar de fora desteacontecimento. O Colégio deAplicação, por exemplo, quefunciona como um laboratório,

pode servir de modelo na Conaede educação de qualidade. E nos-sa categoria, através do GT-Edu-cação do SINTUFRJ, deve se en-

volver nas discussões da confe-rência e levar para Brasília onosso projeto de “UniversidadeCidadã para os Trabalhadores.”

A Coordenação de Educa-ção, Cultura e Formação Sin-dical convida para a reuniãodo GT-Educação do SINTU-FRJ que discutirá a partici-pação da categoria na Con-ferência Nacional de Educa-ção em 2010, que será prece-

Reunião do GT-Educaçãodida pelas conferências muni-cipais e estaduais. A reunião édia 29 de abril, na subsede sin-dical no HU, na Cidade Uni-versitária, às 14h. Dentro dotema, os eixos temáticos são:

Democratização do acesso,permanência e sucesso escolar.

Papel do Estado na garantiado direito à educação: organi-zação e regulação da educaçãonacional.

Qualidade e avaliação daeducação nacional.

Formação e valorização dostrabalhadores em educação.

Financiamento da educa-ção, gestão democrática efortalecimento institucio-nal das escolas e dos siste-mas de ensino.

Justiça social e educação:inclusão, diversidade e pro-moção da igualdade social.

Internet

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ADEUS, VESTIBULAR

Aloísio: “Quatro milhões de candidatosna UFRJ, e sem pagar taxas”

O reitor da UFRJ, Aloísio Tei-xeira, não poupou elogios à pro-posta do MEC de reestruturaçãodo Exame Nacional do EnsinoMédio (Enen) de modo a substi-tuir o vestibular. Ele sugere que oexame seja usado como primeirafase do vestibular na UFRJ. Se aprova for antecipada e os resulta-dos divulgados a tempo, o novosistema pode ser aplicado aindaeste ano. Mas a decisão será doscolegiados superiores.

Na quarta-feira, 8, Aloísio foiao Conselho de Ensino de Gra-duação (CEG) a pedido da presi-dente do colegiado, Belkis Wald-man, dar informes sobre o debatedo qual participou nos dias 6 e 7de abril, no conselho pleno da As-sociação Nacional dos Dirigentesdas Instituições de Ensino Superi-or (Andifes), a respeito da propos-ta do MEC.

CautelaCautelaCautelaCautelaCautelaOs dirigentes das outras Ifes con-

cordam com a necessidade de apri-morar o sistema de ingresso nasuniversidades federais e apoiam aproposta. Mas temem que não dêtempo de adotá-la em 2009 se arealização do novo Enem, em ou-tubro, não for antecipada. É que asnotas precisam ser divulgadas aténovembro, para permitir que as ins-tituições que quiserem realizemuma segunda fase, como propõe oreitor a UFRJ.

O Instituto Nacional de Estu-dos e Pesquisas Educacionais(Inep), que formulou a proposta eestá encarregado da nova avalia-ção, informou que é possível ante-cipar para novembro os resultadosdas provas de múltipla escolha, masnão a de redação.

Novo sistemaNovo sistemaNovo sistemaNovo sistemaNovo sistemaO ministro da Educação, Fer-

nando Haddad, foi à Andifes deta-lhar a proposta aos reitores. Eleexplicou que os candidatos farãoa prova do Enem e depois o Inepdisponibilizará as notas. De possedelas, o estudante aplica, on-line,sua pontuação para o curso e auniversidade desejados. Os candi-datos poderão se inscrever em atécinco cursos oferecidos pelas ins-tituições que aderirem, de todasas regiões do país.

O ministro acenou com a pos-sibilidade de aumento de recur-sos de assistência estudantil pa-ras as Ifes que aderirem. Ele acre-

dita que a mudança pode ser apli-cada já no processo seletivo de2010, principalmente para as Ifes

que adotarem o Enem como faseúnica de seleção.

O Inep vai formar um comitê

para acompanhar a estruturaçãodo novo processo seletivo, com aparticipação do MEC, de secretá-

rios estaduais de educação e dosreitores. As Ifes vão indicar seus re-presentantes.

“Só tem vantagens”

COM ENEM SUBSTITUINDO O VESTIBULAR, mais jovens disputarão o direito ao ensino público de qualidade no nível superior

J o r n a l d o S I N T U F R J :J o r n a l d o S I N T U F R J :J o r n a l d o S I N T U F R J :J o r n a l d o S I N T U F R J :J o r n a l d o S I N T U F R J :C o m o o s e n h o r a v a l i a aC o m o o s e n h o r a v a l i a aC o m o o s e n h o r a v a l i a aC o m o o s e n h o r a v a l i a aC o m o o s e n h o r a v a l i a ap r o p o s t a d o M E C ?p r o p o s t a d o M E C ?p r o p o s t a d o M E C ?p r o p o s t a d o M E C ?p r o p o s t a d o M E C ?

A l o í s i o T e i x e i r a : A l o í s i o T e i x e i r a : A l o í s i o T e i x e i r a : A l o í s i o T e i x e i r a : A l o í s i o T e i x e i r a : Achoque o MEC ainda não temuma proposta, e acho, inclu-sive , que não deve ter . Por-que a decisão de como será oves t ibular t em que ser decada univers idade . Hoje ovest ibular tem uma diversi-dade grande. A boa ideia queo MEC teve é mudar o Enempara que se torne uma provan a c i o n a l q u e a v a l i e n ã oapenas o ensino médio, massirva de base para o ingressona educação superior. Combase nisso, as universidadesdevem e laborar suas p ró -prias estratégicas.

J o r n a l d o S I N T U F R J :J o r n a l d o S I N T U F R J :J o r n a l d o S I N T U F R J :J o r n a l d o S I N T U F R J :J o r n a l d o S I N T U F R J :C o m o v a i s e r n a U F R J ?C o m o v a i s e r n a U F R J ?C o m o v a i s e r n a U F R J ?C o m o v a i s e r n a U F R J ?C o m o v a i s e r n a U F R J ?

A l o í s i o T e i x e i r a :A l o í s i o T e i x e i r a :A l o í s i o T e i x e i r a :A l o í s i o T e i x e i r a :A l o í s i o T e i x e i r a : Estoupropondo usar o Enem comoprimeira fase do vest ibulare uma outra prova selet ivacom menos candidatos parafazer a escolha final. Sei queo CEG já abriu essa discus-s ã o , e m i n h a i d ei a é c o -

Aloísio Teixeira avalia quea adoção do novo Enem comosubstituto do vestibular vai re-fletir na melhora do ensinomédio. E propôs mudança ain-da maior para “acabar com aindústria do vestibular”: umaavaliação continuada ao lon-go do ensino médio.

meçar ainda este ano. Have-ria uma segunda fase inter-na na UFRJ. Mas é precisoque o Inep dê resultados atempo. Pelo que disseram,aplicariam a prova em ou-tubro e divulgariam os re-sultados em janeiro. Aí é tar-de para nós. Teriam que divul-gar em novembro. Então, se oMEC tiver capacidade de pro-duzir resultados de uma provanacional, ótimo, podemos ado-tar este ano. Se não, no anoque vem.

J o r n a l d o S I N T U F R J : OJ o r n a l d o S I N T U F R J : OJ o r n a l d o S I N T U F R J : OJ o r n a l d o S I N T U F R J : OJ o r n a l d o S I N T U F R J : Oa s s u n t o s e r á d i s c u t i d oa s s u n t o s e r á d i s c u t i d oa s s u n t o s e r á d i s c u t i d oa s s u n t o s e r á d i s c u t i d oa s s u n t o s e r á d i s c u t i d on o s c o n s e l h o s s u p e r i o r e s ?n o s c o n s e l h o s s u p e r i o r e s ?n o s c o n s e l h o s s u p e r i o r e s ?n o s c o n s e l h o s s u p e r i o r e s ?n o s c o n s e l h o s s u p e r i o r e s ?

A l o í s i o T e i x e i r a :A l o í s i o T e i x e i r a :A l o í s i o T e i x e i r a :A l o í s i o T e i x e i r a :A l o í s i o T e i x e i r a : Ev i -dente, a decisão é dos cole-giados. Apenas estou fazen-do uma proposta. Mas achofantás t i co . Porque hoje agente tem 60 mil candida-tos na UFRJ e vamos passara ter quatro milhões, e semp a g a r t a x a d e i n s c r i ç ã o .Hoje 60% dos jovens que seformam no ensino médio noRio de Janeiro são da redepública. Mas no vest ibular

da UFRJ no qual se inscre-vem, 60% são da rede pri-vada.

A maior ia dos jovensnão se inscreve no vestibu-l a r , p r i n c i p a l m e n t e d a sf a m í l i a s d e r e n d a m a i sbaixa. A medida vai ref le-t i r no ens ino médio . Naoutra proposta que f iz , deque haja uma aval iaçãocontinuada no ensino mé-d io , o impac to é maio rainda. Acaba a indústr iado vest ibular. Mas é ape-nas uma ideia, e está sen-do discutida dentro do es-tatuto da autonomia uni-versi tária.

J o r n a l d o S I N T U F R J : J o r n a l d o S I N T U F R J : J o r n a l d o S I N T U F R J : J o r n a l d o S I N T U F R J : J o r n a l d o S I N T U F R J :Q u a l o m a i o r m é r i t o d aQ u a l o m a i o r m é r i t o d aQ u a l o m a i o r m é r i t o d aQ u a l o m a i o r m é r i t o d aQ u a l o m a i o r m é r i t o d ap r o p o s t a ?p r o p o s t a ?p r o p o s t a ?p r o p o s t a ?p r o p o s t a ?

A l o í s i o T e i x e i r a :A l o í s i o T e i x e i r a :A l o í s i o T e i x e i r a :A l o í s i o T e i x e i r a :A l o í s i o T e i x e i r a : Achoque t em a vantagem degolpear a indústria do ves-t ibular e impactar o ensi-no médio, porque vai pas-sa r a ava l ia r con teúdosdiscipl inares e numa pro-va com um grau de r igormaior. Só tem vantagens.

Foto: Cícero Rabello

NACIONAL

Conferência abre as portaspara as entidades sindicais

Dirigentes do SINTUFRJ defenderam reivindicações da categoria na etapa Sudeste II,preparatória para a Conferência Nacional de RHs

Este ano, pela primeiravez, centrais e sindicatosparticiparão da Conferên-cia Nacional de RecursosHumanos da AdministraçãoPública Federal, que ocor-rerá de 6 a 9 de julho, noCentro de Convenções Ulis-ses Guimarães, em Brasí-lia. A CUT e a Fasubra pres-sionaram e o Ministério doPlanejamento, Orçamentoe Gestão (MPOG) foi obri-gado a incluir as entidadesrepresentativas do funcio-nalismo na lista de convi-dados aos debates. Os sin-dicalistas já estão atuandonas etapas regionais daconferência.

Três diretores do SINTU-FRJ representaram a cate-goria na reunião SudesteII, realizada de 1 a 3 deabril, na Universidade Fe-deral de São Bernardo doCampo (SP): Nilce Corrêa,Francisco de Assis e Nival-do Holmes. Essa foi a quar-ta etapa preparatória daConferência Nacional e reu-niu trabalhadores da áreade recursos humanos dosórgãos e conselhos fede-rais do Rio de Janeiro eSão Paulo, entidades comrepresentação nacional,movimentos sociais, inte-grantes de outros poderese de academias.

TEMASTEMASTEMASTEMASTEMASNa Conferência Nacional se-

rão debatidos cinco temas: demo-cratização das relações de traba-lho; carreiras; gestão por compe-tência e avaliação de desempenho;saúde, previdência e benefícios doservidor; e sistemas e processos emgestão pessoal. Mas a discussão detodos esses pontos começou nas eta-pas preparatórias e os relatórios fi-nais subsidiarão o debate final.

Como faz parte da ComissãoInterna de Supervisão da Carreira(CIS), Nilce Corrêa optou por par-

ticipar do Grupo de Trabalho Ges-tão por Competência na Adminis-tração Pública. “Estamos atuandona parte de dimensionamento depessoal, que é ligada à avaliação dedesempenho e apontará os cursosde qualificação que os trabalhado-res necessitam. Por isso busqueimais subsídios para atuar melhorna UFRJ,” afirmou a dirigente sin-dical, acrescentando que cada gru-po teve 20 minutos para expor orelatório conclusivo, que constoude pontos positivos e negativos. “Ogoverno quer saber dos problemas e

Críticas ao governoNo primeiro dia da reu-

nião o debate foi sobre a de-mocratização das relações detrabalho, quando as entida-

des presentes reafirmaram a ne-cessidade de implantação dosmarcos regulatórios com a rati-ficação da Convenção 151 da Or-

ganização Internacional do Tra-balho (OIT) pelo governo brasi-leiro. Mas a discussão mais aca-lorada se deu na mesa que tra-

tou da gestão por competênciae avaliação de desempenho. Ossindicalistas criticaram o go-verno por insistir em manter a

por que os RHs dos órgãos nãofuncionam, e a abertura da Con-ferência Nacional às entidadespossibilitou uma avaliação maisampla do setor e apontou a ne-cessidade prática de integraçãodesse com outros setores para pro-porcionar uma nova dinâmicaao serviço público,” avaliou.

Nivaldo Holmes participou doGrupo Carreira e concluiu que aintenção do governo é ouvir a opi-nião dos trabalhadores sobre a car-reira em nível nacional. “O meugrupo apontou como ponto forte

na carreira do servidor público aestabilidade no emprego. E comopontos fracos as diferenciações sa-lariais e as aposentadorias pro-porcionais, principalmente porinvalidez, porque o trabalhador éduplamente punido: o servidornão pede para adoecer, mas é obri-gado a se afastar do trabalho comapenas 70% do que recebia naativa. Isso não deixa de ser umapunição. Outra questão aborda-da foi a ascensão funcional, be-nefício que nem todas as carrei-ras do funcionalismo garante. Nogrupo eu chamei a atenção paraa alteração ocorrida na Lei nº11.091 e que até hoje o governonão mexeu nos RHs das Ifes”, dis-se o coordenador do Sindicato.

Ele também considerou positi-va a iniciativa do governo em abrira conferência para os sindicalistas.“É sempre bom quando somos ou-vidos. Espero que as deliberações daconferência sejam adotadas pelogoverno pela melhoria do serviçopúblico para a população.”

O coordenador-geral do SINTU-FRJ, Francisco de Assis, esteve naetapa Sudeste II como um dos re-presentantes da Fasubra. Em rela-ção aos grupos, ele atuou no deSaúde, Previdência e Benefí-cios doServidor, que, entre outras coisas,defendeu a isonomia para o valerefeição. Ele aproveitou a oportuni-dade para encaminhar ao MPOGuma reivindicação dos técnicos-ad-ministrativos. “Os trabalhadores rei-vindicam que as universidades e ou-tros órgãos federais adotem mais deuma modalidade dentro das per-mitidas para implantação da saú-de suplementar. Eles não queremficar presos a uma única situação,”frisou. Segundo Assis, a grande no-vidade da conferência foi mesmo aabertura à participação do movi-mento sindical. “Antes as discus-sões eram entre governo e RHs dosórgãos federais, que se sentiam naobrigação de acatar as avaliaçõesoficiais. Agora há quem faça o con-traponto,” finalizou.

política de avaliação associa-da à produtividade, que é re-compensada com concessãode gratificações.

LÚCIA REIS, dirigente nacional da CUT, participou da mesa que dirigiu os trabalhos

FRANCISCO DE ASSIS NILCE CORRÊA NIVALDO HOLMES