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Anno IV..... ASSIGNATURA8 ¦¦» ¦¦( Recife ) Trimestre....- 4$000 Anno 16Í000 (Interior e Provincias) Trimestre.,... 4$500 Anno... 18$000 , As assignaturas come- çam em qualquer tempo e terminam no ultimo deMar ço, Junho, Setembro e De* zembro.Publica-se to- dos os dias. PAGAMENTOS ADIANTADOS *j *tíÒítfrG*Ítf£'"-'íA ' •:•¦—< Recife.- Ouiíita-iêira 3-de Abril de IS7-5 -- { ' f-í :?fe^<; ¦'.O- .•:":..:: V:::.'i li li•')* 5; ?\X -'•'; ¦ 1 0R0A0 DO-PARTIDO LIBERAL Vejo portoda parte umsymptoma,que meassueta pela libredade dasnações edaígrejaracentralisaçâo. Cm dia os povos despertarão clamando:—Onde nossas liberdades? p.«"KLrx-Dííc. noGongr, de Uatines, 180 4. N. 553 -4- CORRESPONDÊNCIA A Redação acceita e agra* dece a collaboração. A correspondência politi* ca será dirigida árua Duque de Caxias ç.50 1* andar. Toda a demais correspon* dencia.annuncio s e recla ma- çõesserãodirigidospars oes- criptorio da typograpbia á rua do IMPERADOR N.77. PAGAMENTOS ADIANTADOS Bdicçâo de hoje 16G0. ¦•••Rogamos aos nos- sos ássignantes, qi|e acham em atrázo, o;&yor de mandarem sàMsfazér suas Mi naturas. eüiiiü ii9rL*frir A PROVÍNCIA Ofíl !¦¦}$£$ i Recife, 7 de Abril de 1875. | O paiz tem passado por sérios desenganos. Se até hontem ainda havia quem acredi- tasseque de algum modo influía na direc- ção governamental do Brazil as manifesta- ções da vontade nacional, hoje de bôa não é mais possivel que haja, Cahiram todos os véos e o que se é -horrível. O espectaculo da luta que ha sustentado, vai para mais de quatro annos, a politica Rio Branco, com todas as forças vivas da nação, é de sobra edificante. O que de mais seria possível como signal da animadversâo publica contra essa funes- ta politica ? Tudo se tem levantado A/" Quando foram mais visíveis, palpáveis, sensíveis, os signaes do descontentamento e até do desespero publico ? Em que quadra se viram essas scenas qué foi o anno passado thèátro o nosso par* lamento?( Que ministério se sentio tão humilhado tão villipendiado, ho seio da representação nacional ? Entretanto, imprensa, tribuna parlamentar, direito de petição, tudo se tem mostrado praticamente uma oompleta burla contra elle. O desfaçamento'governameutal,ou o poder pessoal tudo assoberba e de tudo escarnece. Triste mentira é o governo constitucional no Brazil!> ' , O que significa o tribunal da opiuião pu- blica, se por um falseamento horrível do nosso systema governamental, sem ver dido mais solemnes são cousas inúteis e sem ai- cance algum prático! E n'estas condicções será possível gover- no representativo, que é essencialmente o governo da opinião ? A situação é grave, gravíssima. Desgraçado do paiz onde se acha perdida de toda á nos meios regulares o legaes. No meio de tudo, ha uma convicção que cada dia mais se enraiza, e ó que so ha no governo do estado uma vontade e um pen- samentp, que são a vontade e o pensamento . da coroa, sendo perfeitamente inútil todos os meios que se encaminhem á esclarecer outi'03 pensamentos e a demover outras vontades. - Pense maduramente o paiz. Temos abandonado as urnas eleitoraes, não concorremos as eleições porque pas- sou em julgado que estas entre nós são ape- nas uma farça, não raro* ensangüentada e nada significam, nada mais exprimem.senão a vontade cio governo. Amanhã deveremos de todo abandonar a imprensa e o direito de petição como outras tantas burlas, que servem para manter apparencias de liberdade em um paiz ver- dadeiramente governado por um pocler abso- luto? Deveremos ser somente victima do abso- lutismo, ou victimados e ludibriedos ? Pensemos. Pensem também os que tripudiam nas orgias d'esse poder bastardo e corrupto que opprime o paiz, nos abysmos para onde po- demos leval-o. | Velegraiuinas Transcrevemos da folha official, os seguintes: POLÍTICOS S. petersburgo, 4 de. abeil—O príncipe de Gortschakoff dirigio convites forma es à to- das as potências para nomearem represou- tantesque assistam as sessões da couferen- cia internacional, que deve aqui ser celebra- da para a fixação das regras a seguir em tempo de guerra. Berlim, 5—0 governo allemão. em res- posta ao convite do príncipe de Gortscha- koff, declarou que far-se-ha ^representar na conferência de S. Petersburgo. Veneza, 5—0 imperadorid'Austri« chegou aqui hoje. O rei Victor Emmnnúel, ncoui- panhado das pessoas. do, seu'sequjto es- perava o imperador Francisco. Josena es- í tação do caminho ferro. Logo cjue o trem I imperial penetrou;na estação, a banda do musica militar tocou o iiymno nacional ans- triaco; o rei adiantou-se na direcção do im- peradór, què descia do carro,em que viora, e os dons soberanos apertaram cordialmente as mãos. O rei csnctuzio èm seguida o imperador para o salão, real, onde procedeu im a prosou- taçoes do estyllo^ e depois disso entraram nos carros da corto, e foram para o palácio, rio meio de enthusiasticas acchunaçfles da bonsideravel quantidade de pessoas agrupa* das em todas as ruas por onde passou o cor- tejo. Grandes e sumptuosas festas devem ser celebradas, por ordem db rei, em .honra ejo seu imperial hospede. .;; Madrid, 6—Osjornâès carlistas annuucia- rani que o general, Cabrera tmlii. ido para Inglaterra. Essa noticia e.destituída elo íun- damento. :, OOMMEBOIAÉS Paris, 5— Títulos ela renda frauceza 103 francos;ê 87 centimos. Cambio sobre Londres 25 francos o 20 ceu- timos por libra. Berlim, 5—Cambio sobre Londres 20 marks e 61 pfennige por libra. Londres, 5 —• As casas bancarias ^ou ti nuam a descontar a 3 1*4 f ou lj4 í» abaixo da taxa official do Banco.dé Inglaterra. Consolidados inglezes de 8'f a 08 Ij-Í... Fundos brasileiros 5/°, empréstimo do au- no de 1865, a 96. Mercado de café regular,, mantôndo-se bem os preços. - No mercado assucar, nada se tem feito,, por exigirem alça nos preços os possuidores do gênero ; o bom americano do -pernambu- co e da Bahia 20 sh. pelos 112 kilogrjs. Liverpool, 5 -Mercado de algodão muito activo, o os preços muito firmes;; veiid;aam- se hoje.20,000 fardos, dos quaes 2,000 pro ! cedentes do Brazil ; o bom de Pernambuco a 8 1x4 d., e o dito do Santos 8 1[S d. por libra. Mercado de assucar activo, e ns preços, firmes ; o mascavado purgado 21 sh. ü G d., e' o regular, Maceió 20 sh. c 0 d. nelas 112 libras. Havre, 5—Algodão ordinário do Pmmnin- buco 98 francos, e o dito do ^rio*òVi)Ja :J5 francos pelos 50 kilogrs. Mercaaó de cafd calmo, eros j5'roços sem alteração. * Antuérpia, 5—Em vista da exigência d.-i alça, feita pelos possuidores do gênero, iam estado paralysado o mercado de çafo, Bordéos, 5—Chegou hontem áPanilla.c.o paquete francez Rio Grande, da com.uí.uíua MESSAGERIES MARITIMES, procedente UH Ame- rica do Sul por Dakar. Lisboa, 6—Tocou hoje aqui o vapor fmü- cez Ville de Bahia, da companhia çu-aíigeíius reunis, procedente do Brazil, e seguiu pura o Havre. New-York, 6—Mercado de café cal mo, ç os preços menos seguros; o do Rio fair (urocVÉs 16 a 16 lr4,. e o good cargoes 17 ílj i á 18 cents por libra, '¦. Algodão mediano tjplands 16 5*8 cents por libra ;• as chegadas tro hoje aos portos dos Estados-Unidos elevaram-se a 8,000 fardos. Rio de .janeiro, 0—Cambio sobre Londres 26 5|8 cí. bancário, 26 3*4 d. particular. Cambio sobre Paris 856 réis por franco. Bahia, 6—Cambio sobre Lgndres 26 1^4 a 26 5*8 d. particular. ¦ Chegou hontem aqui o paquete nacional Pará, procedente do Rio de Janeiro pelo Es- pirito Santo, e sahio á tarde para Peruam- buco e Maceió. Para', .5—Chegou hoje aqui, procedente do .Rio de Janeiro "pelas escalas, o paquete americano South-America, e seguio á tarde para New-York. Para''6—Cambio sobre. Londres, sem ai- teração.* Aqui chegou hoje o paque nacional Guará, procedente dos portos do sul do império, e sahirá amanhã com esse mesmo destino. * (Havas Reuter) iPartfida—Seguio hontem para o Ara- caty, no vapor Pirapama o distíneto liberal e honrado magistrado dr. juiz de direito Mi- guel Joaquim d'Almeida Castro, que aqui esteve a passeio çom sua familia'. Oomprirnentando este nosso amigo, dese- jamos-lke feliz viagem. Assassinato—Noticiam-nos de Igua- rassú que no sabbado, 3 do corrente, foi alii assassinado um pobre velho, de nome Ma- noel Firino da Cunha, pelo padre Trajino Estevão da Providencia. Indo Manoel Firino queixar-se ao padre Trajano que os seus animaes haviam des* truido a lavoura que havia plantado, afim delle dar providencias, o padre Trajano res- pondeu-llie que elle precisava de uma roda de pão, ordeuanelo aos escravos para assim fa- zerem. O paelre Trajano é o primeiro a dar o ex- emplo descarregando uma cacetada ho pobre velho,.chegando, em seguida os escravos que completaram a obra de iniqüidade matando o infeliz Manoel Firino a cacetadas. O as- sassinado deixa uma grande familia. Admira que a policia do Iguarassú tenha cruzado os braços diante deste horroroso crime praticado com o maior cynismo, dei- xando em liberdade tanto o sacrilego padre como os seus escravos. Desperte o sr. dr. chefe de policia os seus agentes de Iguarassú, lembre-lhes o cum- primento de seus deveres. Scenas divertidas-A' nossa ca- mara municipal tem dado bella copia de si! No seu recinto teem se dado scenas grotes- cas que o pincel poderia descrever. .. Ainda hontem,' por oceasião de ser lida nma representação dos marchantes contra uma medida eme a assembléa provincial vai adoptar para a readmissão de escravos nos talhos públicos, o cunhado do ministro, ac- ccko em cólera, bradou : E' vergonhoso ; eu qnizera poder mandar toda a assembléa para o hospital dos doudos Scguio-se uma confusão infernal. Diversas vozes se ergueram em favor dos digníssimos, sobresahindo entre ellas a de esteitor do dr. Moscoso que exclamava «nem todas as verdades se dizem.» E palavra vai, palavra vem, quasi chega o momento de pedirem ás cadeiras a conclu- são de seus argumentos. E' vergonhoso, sim, que a câmara muni. cipal, em suas sessões, pareça antes uma ri- beira onde grita-se em vozes desconhecidas e ameaçadoras, do que uma casa onde se reúnem homens cordatos para dicidirem so- bre os melhoramentos do muuicipio. Quem quizer assistir a uma de suas sessões, para ver como daquelle recinto anda fugida a discussão cordata e delicada. Daquellas cadeiras são atirados doestos o impropérios,e no cruzamento de apartes não se respeita nem mesmo a dignidade do car- go que oecupam. A sallÊsEasü denião «fio Sobrei- S'«a—Informam-nos que tendo-se apresen- tado, por intermédio de corrector, um dos bancos para tomar um saque, a 8 dias de visto, sobre a praça do Rio de Janeiro, lhe foi negado, ao passo que, logo depois, fez-se um por uma casa particular, da quantia de setenta contos a 15 dias de visto !! \.:.r Nisto admira-se somente a desfaçatez de um chefe de repartição tão escandajoso ! Desta gente e que o governo gosta, tanto que em lugar de dimittii-o e responsabili- sal-o, deu-lhe um lugar de maior vencimen* to, e o fez commendador duas vezes!... Estamos no reinado da corrupção e da miséria; não nõs resta a menor duvida. Balrteação Hontem foi baldeado para bordo do Pirapama, Com todas as hon- ras do estylo, o inclyto juiz de direito d'01in- da di*. Delfino Augusto a tomar conta da presidência que o governo lhe deu de mimo antes de ser dada a sentença condémnatoria do padre velho Camello. Que a sombra do illustre ancião o acom- panhe em todos os actos de sua administra* ção, para que possa distribuir aos povos do Piauhy a justiça que negou ao sexagenário governador. Collecta sai çeiierls—Está sen- do publicada no Diário de Pernambuco a do celebre imposto de 2$ por cada escravo exis- tente nas cidades, decretado para o exer- cicio de 74 á 75, pela não menos celebre ca- marilha—Joaquim bacalhao & C. Os encarregados do lançamento do mes- mo imposto, não se querendo dar ao penoso trabalho de o fazer—indo (como é de lei) a residência dos respectivos contribuintes— elaboraram como bem lhes pareceu—tal lan- çamento— pois, assim se explica as ceie- bridades que nelle se encontram ; v. g. : col- lectados-T-Carlota V. Ribeiro, Cesaria Gan* dida Nobre Gusmão, Caroliha Soares de Amorim Moreira e outras, com a mui signi- ficativa nota (ignora-se a residência)! ! Não se sabe a residência das contribuintes; en- tretanto—sabe-se que têm escravos, e quan- tos l! ! E' assim que se tratam as cousas mais serias. Isto não é tudo, collectou-se a indivíduos que, ha annos, estão na eternidade ; exem- pio :—Custodio José Alves Guimarães, como residente na rua do Imperador, Alexandrino Correia Barros, como morador no—Bar- ro, etc. etc. Isto não se commenta, senhores governa* dores da terra. Andar assim, que ó bom an- dar. Venham bons ordenados e mamatas, a povo que se arranje. Fazendo e -baptisando E' com a capatazia e o ex-inspector da thesou- raria de fazenda, desta província, osr. So- , breira de Mello. A historia afinal ha de se fazer, expurga- da de todas as duvidas;e |íncertezas creadas pela impostura ; é tempo das revelações. Capatazia é capatazes hão de por si mes- mos fornecer os dados precisos para o jul- gamento definitivo dessa escandalosa pato- ta, pondo em relevo tudo luanto ha de tor- tuoso e indigno naquella filha dilecta do sr. ministro do império, em favor do seu cunha* do Bellarmino. Vamos ao facto. O dr. Balbino de Moraes Pinheiro, so- mos informados, fora convidado pelos senho- res da capatazia para seu advogado de par. tido, percebendo 400$ de honorário annual. Nove mezes depois, pouco mais ou menos, foi despedido, sob o pretexto de que eram insufficientes as, rendas da capatazia ; pro- mettendo-se-lhe, porém, que, seria elle o cha- mado, sompre que houvesse serviço. Mas esta promessa nunca se.realisou. E o motivo ? A capatazia despedio o dr. Balbino para tomar como advogado ao sr. Emilio Xavier Sobreira de Mello ! _ Isto não recommenda : o sr. Sobreira, re- cebendo 400$, e fazendo petições, que elle mesmo despachava! Que tempos, e que homens! Os Et-rivílegios nos Estados- Unidos—Lé*se no Novo Mundo a seguin- te communicação dirigida aos brasileiros : O extraordinário progresBo que teem ti-

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Page 1: eüiiiü - BNmemoria.bn.br/pdf/128066/per128066_1875_00553.pdfEstados-Unidos elevaram-se a 8,000 fardos. Rio de .janeiro, 0—Cambio sobre Londres 26 5|8 cí. bancário, 26 3*4 d

Anno IV .....

ASSIGNATURA8¦¦» ¦¦ ( Recife )

Trimestre....- 4$000Anno 16Í000

(Interior e Provincias)Trimestre.,... 4$500Anno... 18$000 ,

As assignaturas come-çam em qualquer tempo eterminam no ultimo deMar •ço, Junho, Setembro e De*zembro.Publica-se to-dos os dias.

PAGAMENTOS ADIANTADOS

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0R0A0 DO-PARTIDO LIBERALVejo portoda parte umsymptoma,que meassueta

pela libredade dasnações edaígrejaracentralisaçâo.Cm dia os povos despertarão clamando:—Onde

nossas liberdades?p.«"KLrx-Dííc. noGongr, de

Uatines, 180 4.

N. 553-4-

CORRESPONDÊNCIA

A Redação acceita e agra*dece a collaboração.

A correspondência politi*ca será dirigida árua Duquede Caxias ç.50 1* andar.

Toda a demais correspon*dencia.annuncio s e recla ma-çõesserãodirigidospars oes-criptorio da typograpbia árua do IMPERADORN.77.

PAGAMENTOS ADIANTADOS

Bdicçâo de hoje 16G0.¦•••Rogamos aos nos-sos ássignantes, qi|es§ acham em atrázo,o;&yor de mandaremsàMsfazér suas Minaturas.

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ii9rL*frir

A PROVÍNCIAOfíl

!¦¦}$£$ i Recife, 7 de Abril de 1875. |O paiz tem passado por sérios desenganos.Se até hontem ainda havia quem acredi-

tasseque de algum modo influía na direc-ção governamental do Brazil as manifesta-ções da vontade nacional, hoje de bôa fé jánão é mais possivel que haja,

Cahiram todos os véos e o que se vê é-horrível.

O espectaculo da luta que ha sustentado,já vai para mais de quatro annos, a politicaRio Branco, com todas as forças vivas danação, é de sobra edificante.

O que de mais seria possível como signalda animadversâo publica contra essa funes-ta politica ?

Tudo se tem levantado A/"Quando foram mais visíveis, palpáveis,

sensíveis, os signaes do descontentamento eaté do desespero publico ?

Em que quadra se viram essas scenas dèqué foi o anno passado thèátro o nosso par*lamento? (

Que ministério já se sentio tão humilhadotão villipendiado, ho seio da representaçãonacional ? Entretanto, imprensa, tribunaparlamentar, direito de petição, tudo se játem mostrado praticamente uma oompletaburla contra elle.

O desfaçamento'governameutal,ou o poderpessoal tudo assoberba e de tudo escarnece.

Triste mentira é o governo constitucionalno Brazil! > ' ,

O que significa o tribunal da opiuião pu-blica, se por um falseamento horrível donosso systema governamental, sem ver didomais solemnes são cousas inúteis e sem ai-cance algum prático!

E n'estas condicções será possível gover-no representativo, que é essencialmente ogoverno da opinião ?

A situação é grave, gravíssima.Desgraçado do paiz onde se acha perdida

de toda á fé nos meios regulares o legaes.No meio de tudo, ha uma convicção que

cada dia mais se enraiza, e ó que so ha nogoverno do estado uma vontade e um pen-samentp, que são a vontade e o pensamento

. da coroa, sendo perfeitamente inútil todosos meios que se encaminhem á esclarecerouti'03 pensamentos e a demover outrasvontades. -

Pense maduramente o paiz.Temos abandonado as urnas eleitoraes,

não concorremos as eleições porque já pas-sou em julgado que estas entre nós são ape-nas uma farça, não raro* ensangüentada enada significam, nada mais exprimem.senãoa vontade cio governo.

Amanhã deveremos de todo abandonar aimprensa e o direito de petição como outrastantas burlas, que só servem para manterapparencias de liberdade em um paiz ver-dadeiramente governado por um pocler abso-luto?

Deveremos ser somente victima do abso-lutismo, ou victimados e ludibriedos ?

Pensemos.Pensem também os que tripudiam nas

orgias d'esse poder bastardo e corrupto queopprime o paiz, nos abysmos para onde po-demos leval-o.

| Velegraiuinas — Transcrevemosda folha official, os seguintes:

POLÍTICOSS. petersburgo, 4 de. abeil—O príncipe de

Gortschakoff dirigio convites forma es à to-das as potências para nomearem represou-tantesque assistam as sessões da couferen-cia internacional, que deve aqui ser celebra-da para a fixação das regras a seguir emtempo de guerra.

Berlim, 5—0 governo allemão. em res-posta ao convite do príncipe de Gortscha-koff, declarou que far-se-ha ^representar naconferência de S. Petersburgo.

Veneza, 5—0 imperadorid'Austri« chegouaqui hoje. O rei Victor Emmnnúel, ncoui-panhado das pessoas. do, seu'sequjto es-perava o imperador Francisco. Josena es-

í tação do caminho dé ferro. Logo cjue o tremI imperial penetrou;na estação, a banda do

musica militar tocou o iiymno nacional ans-triaco; o rei adiantou-se na direcção do im-peradór, què descia do carro,em que viora, eos dons soberanos apertaram cordialmenteas mãos.

O rei csnctuzio èm seguida o imperadorpara o salão, real, onde procedeu im a prosou-taçoes do estyllo^ e depois disso entraramnos carros da corto, e foram para o palácio,rio meio de enthusiasticas acchunaçfles dabonsideravel quantidade de pessoas agrupa*das em todas as ruas por onde passou o cor-tejo.

Grandes e sumptuosas festas devem sercelebradas, por ordem db rei, em .honra ejoseu imperial hospede. .;;

Madrid, 6—Osjornâès carlistas annuucia-rani que o general, Cabrera tmlii. ido paraInglaterra. Essa noticia e.destituída elo íun-damento.

:, OOMMEBOIAÉSParis, 5— Títulos ela renda frauceza 103

francos;ê 87 centimos.Cambio sobre Londres 25 francos o 20 ceu-

timos por libra.Berlim, 5—Cambio sobre Londres 20

marks e 61 pfennige por libra.Londres, 5 —• As casas bancarias ^ou ti

nuam a descontar a 3 1*4 f ou lj4 í» abaixoda taxa official do Banco.dé Inglaterra.

Consolidados inglezes de 8'f a 08 Ij-Í...Fundos brasileiros 5/°, empréstimo do au-

no de 1865, a 96.Mercado de café regular,, mantôndo-se

bem os preços.- No mercado dè assucar, nada se tem feito,,por exigirem alça nos preços os possuidoresdo gênero ; o bom americano do -pernambu-co e da Bahia 20 sh. pelos 112 kilogrjs.

Liverpool, 5 -Mercado de algodão muitoactivo, o os preços muito firmes;; veiid;aam-se hoje.20,000 fardos, dos quaes 2,000 pro

!cedentes do Brazil ; o bom de Pernambucoa 8 1x4 d., e o dito do Santos 8 1[S d. porlibra.

Mercado de assucar activo, e ns preços,firmes ; o mascavado purgado 21 sh. ü G d.,e' o regular, dè Maceió 20 sh. c 0 d. nelas112 libras.

Havre, 5—Algodão ordinário do Pmmnin-buco 98 francos, e o dito do ^rio*òVi)Ja :J5francos pelos 50 kilogrs.

Mercaaó de cafd calmo, eros j5'roços semalteração.*

Antuérpia, 5—Em vista da exigência d.-ialça, feita pelos possuidores do gênero, iamestado paralysado o mercado de çafo,

Bordéos, 5—Chegou hontem áPanilla.c.opaquete francez Rio Grande, da com.uí.uíuaMESSAGERIES MARITIMES, procedente UH Ame-rica do Sul por Dakar.

Lisboa, 6—Tocou hoje aqui o vapor fmü-cez Ville de Bahia, da companhia çu-aíigeíiusreunis, procedente do Brazil, e seguiu purao Havre.

New-York, 6—Mercado de café cal mo, ç ospreços menos seguros; o do Rio fair (urocVÉs16 a 16 lr4,. e o good cargoes 17 ílj i á 18cents por libra,

'¦. Algodão mediano tjplands 16 5*8 cents porlibra ;• as chegadas tro hoje aos portos dosEstados-Unidos elevaram-se a 8,000 fardos.

Rio de .janeiro, 0—Cambio sobre Londres26 5|8 cí. bancário, 26 3*4 d. particular.Cambio sobre Paris 856 réis por franco.

Bahia, 6—Cambio sobre Lgndres 26 1^4a 26 5*8 d. particular.

¦ Chegou hontem aqui o paquete nacionalPará, procedente do Rio de Janeiro pelo Es-pirito Santo, e sahio á tarde para Peruam-buco e Maceió.

Para', .5—Chegou hoje aqui, procedentedo .Rio de Janeiro "pelas escalas, o paqueteamericano South-America, e seguio á tardepara New-York.

Para''6—Cambio sobre. Londres, sem ai-teração. *

Aqui chegou hoje o paque nacional Guará,procedente dos portos do sul do império, esahirá amanhã com esse mesmo destino.

* (Havas Reuter)iPartfida—Seguio hontem para o Ara-

caty, no vapor Pirapama o distíneto liberale honrado magistrado dr. juiz de direito Mi-guel Joaquim d'Almeida Castro, que aquiesteve a passeio çom sua familia'.

Oomprirnentando este nosso amigo, dese-jamos-lke feliz viagem.

Assassinato—Noticiam-nos de Igua-rassú que no sabbado, 3 do corrente, foi aliiassassinado um pobre velho, de nome Ma-noel Firino da Cunha, pelo padre TrajinoEstevão da Providencia.

Indo Manoel Firino queixar-se ao padreTrajano que os seus animaes haviam des*truido a lavoura que havia plantado, afimdelle dar providencias, o padre Trajano res-pondeu-llie que elle precisava de uma roda depão, ordeuanelo aos escravos para assim fa-zerem.

O paelre Trajano é o primeiro a dar o ex-emplo descarregando uma cacetada ho pobrevelho,.chegando, em seguida os escravos quecompletaram a obra de iniqüidade matandoo infeliz Manoel Firino a cacetadas. O as-sassinado deixa uma grande familia.

Admira que a policia do Iguarassú tenhacruzado os braços diante deste horrorosocrime praticado com o maior cynismo, dei-xando em liberdade tanto o sacrilego padrecomo os seus escravos.

Desperte o sr. dr. chefe de policia os seusagentes de Iguarassú, lembre-lhes o cum-primento de seus deveres.

Scenas divertidas-A' nossa ca-mara municipal tem dado bella copia de si!No seu recinto teem se dado scenas grotes-cas que só o pincel poderia descrever. ..

Ainda hontem,' por oceasião de ser lidanma representação dos marchantes contrauma medida eme a assembléa provincial vaiadoptar para a readmissão de escravos nostalhos públicos, o cunhado do ministro, ac-ccko em cólera, bradou : E' vergonhoso ; euqnizera poder mandar toda a assembléa parao hospital dos doudos

Scguio-se uma confusão infernal.Diversas vozes se ergueram em favor dos

digníssimos, sobresahindo entre ellas a deesteitor do dr. Moscoso que exclamava «nemtodas as verdades se dizem.»

E palavra vai, palavra vem, quasi chegao momento de pedirem ás cadeiras a conclu-são de seus argumentos.

E' vergonhoso, sim, que a câmara muni.cipal, em suas sessões, pareça antes uma ri-beira onde grita-se em vozes desconhecidase ameaçadoras, do que uma casa onde sereúnem homens cordatos para dicidirem so-bre os melhoramentos do muuicipio.

Quem quizer vá assistir a uma de suassessões, para ver como daquelle recinto andafugida a discussão cordata e delicada.

Daquellas cadeiras são atirados doestos oimpropérios,e no cruzamento de apartes nãose respeita nem mesmo a dignidade do car-go que oecupam.

A sallÊsEasü denião «fio Sobrei-S'«a—Informam-nos que tendo-se apresen-tado, por intermédio de corrector, um dosbancos para tomar um saque, a 8 dias de

visto, sobre a praça do Rio de Janeiro, lhefoi negado, ao passo que, logo depois, fez-seum por uma casa particular, da quantia desetenta contos a 15 dias de visto !! \.:.r

Nisto admira-se somente a desfaçatez deum chefe de repartição tão escandajoso !

Desta gente e que o governo gosta, tantoque em lugar de dimittii-o e responsabili-sal-o, deu-lhe um lugar de maior vencimen*to, e o fez commendador duas vezes!...• Estamos no reinado da corrupção e damiséria; não nõs resta a menor duvida.

Balrteação — Hontem foi baldeadopara bordo do Pirapama, Com todas as hon-ras do estylo, o inclyto juiz de direito d'01in-da di*. Delfino Augusto a tomar conta dapresidência que o governo lhe deu de mimoantes de ser dada a sentença condémnatoriado padre velho Camello.

Que a sombra do illustre ancião o acom-panhe em todos os actos de sua administra*ção, para que possa distribuir aos povos doPiauhy a justiça que negou ao sexagenáriogovernador.Collecta sai çeiierls—Está sen-do publicada no Diário de Pernambuco a docelebre imposto de 2$ por cada escravo exis-tente nas cidades, decretado para o exer-cicio de 74 á 75, pela não menos celebre ca-marilha—Joaquim bacalhao & C.

Os encarregados do lançamento do mes-mo imposto, não se querendo dar ao penosotrabalho de o fazer—indo (como é de lei) aresidência dos respectivos contribuintes—elaboraram como bem lhes pareceu—tal lan-çamento— pois, só assim se explica as ceie-bridades que nelle se encontram ; v. g. : col-lectados-T-Carlota V. Ribeiro, Cesaria Gan*dida Nobre Gusmão, Caroliha Soares deAmorim Moreira e outras, com a mui signi-ficativa nota (ignora-se a residência)! ! Nãose sabe a residência das contribuintes; en-tretanto—sabe-se que têm escravos, e quan-tos l! ! E' assim que se tratam as cousasmais serias.

Isto não é tudo, collectou-se a indivíduosque, ha annos, estão na eternidade ; exem-pio :—Custodio José Alves Guimarães, comoresidente na rua do Imperador, AlexandrinoCorreia dé Barros, como morador no—Bar-ro, etc. etc.

Isto não se commenta, senhores governa*dores da terra. Andar assim, que ó bom an-dar. Venham bons ordenados e mamatas, apovo que se arranje.

Fazendo e -baptisando — E'com a capatazia e o ex-inspector da thesou-raria de fazenda, desta província, osr. So-

, breira de Mello.A historia afinal ha de se fazer, expurga-

da de todas as duvidas;e |íncertezas creadaspela impostura ; é tempo das revelações.

Capatazia é capatazes hão de por si mes-mos fornecer os dados precisos para o jul-gamento definitivo dessa escandalosa pato-ta, pondo em relevo tudo luanto ha de tor-tuoso e indigno naquella filha dilecta do sr.ministro do império, em favor do seu cunha*do Bellarmino.

Vamos ao facto.O dr. Balbino de Moraes Pinheiro, so-

mos informados, fora convidado pelos senho-res da capatazia para seu advogado de par.tido, percebendo 400$ de honorário annual.

Nove mezes depois, pouco mais ou menos,foi despedido, sob o pretexto de que eraminsufficientes as, rendas da capatazia ; pro-mettendo-se-lhe, porém, que, seria elle o cha-mado, sompre que houvesse serviço.

Mas esta promessa nunca se.realisou.E o motivo ?A capatazia despedio o dr. Balbino para

tomar como advogado ao sr. Emilio XavierSobreira de Mello ! _

Isto não recommenda : o sr. Sobreira, re-cebendo 400$, e fazendo petições, que ellemesmo despachava!

Que tempos, e que homens!Os Et-rivílegios nos Estados-

Unidos—Lé*se no Novo Mundo a seguin-te communicação dirigida aos brasileiros :

• O extraordinário progresBo que teem ti-

Page 2: eüiiiü - BNmemoria.bn.br/pdf/128066/per128066_1875_00553.pdfEstados-Unidos elevaram-se a 8,000 fardos. Rio de .janeiro, 0—Cambio sobre Londres 26 5|8 cí. bancário, 26 3*4 d

¦".''">¦{>¦! .;'"-•

A ProvinciaípJR i-iié».

d0 os-Estados-Unidos, em tão curto períodode tempo, è quasi que devido ás leis alta-

mente proteetoras de sua industria—entreas quaes sobresahe a lei dos privilégios. ;

Todo aquelle que inventar uma machma

ou nm objecto de utilidade, encontra o apoio

da lei quo lhe assegura um privilegio e com

este o'auferir de um lucro, maior ou menor,

conforme a' natureza do iuveuto.Milhares de (inventores tomam o expe-

diente de traspassar immediatamente o pri--vile^io á terceiro e de repente grandes fortu-„nasDse fazem por este. meio, tão honroso

quanto honestomeste paiz. Famílias em ex-

rema'miséria em pouco tempo, em mezes

vêem-se elevadas ao seio-da maior abundan-cia e felicidade. .Lv,$: ...

New-York è o grande mercado dos.privi-le-ios Do todas as partes do niuncb chegamalíhvenoões afim de serem aqui privilegia-das e poucas horas depois são vendidas porpreços fabulosos.

Esse culto ao engenho, esse amparo ao

talento é a principal fonte da prosperidadedesta nacão-que assim liberalmente se con-stitue o centro protector da industria i um-versai—espargindo os seus benéficos ínüu-xos por todos cs recantos do orbe. _

Comtudo bem poucas inveuções brasilei-ras teem sido aqui privilegiadas, o que so

podemos attribuir à ignorância dos inveu-tores do Brazil sobre o que se passa neste

paiz Afunde preencher esta lacuna, aca-

bamos de addiciouar a nossa casa de com-missões e consignações e sob a immechatainspecção do conselheiro advogado dr. Uiar-les II

'Watnon, examinador mechanico üa

repartição geral dos privilegios,-um escrip-torio para obtenção, e venda dos privilégiosdas invenções brasileiras. De todo o coraçãoos brasileiros devem animar esta tentativada qual em breve o Brazil colherá benéficosresultados.-H. C. Fernando Rohe. .

' 9farone_.de Cai-ias-Este va-

por da companhia Bahiana, sahio hontemás 3 horas da tarde de Maceió, devendo hojeamanhecer em nosso porto, donde regressa-

.rá no dia 10 para Bahia por Macew.Penedo,e Aracaju. ¦' „

Owâtuarâo.— A mortalidade cio eua odo corrente, foi de 9 pessoas: i .

As,moléstias que occasionaram estes tal;-:;lecimentos foram as seguintes:Tuberculos pulmonaresMarasmo ;••••Brouchite ..-Desvutc-ria.....-. '••••••

-Faze»-, hoje 8, cento cquatorze dias de prisão mt-«ai!

-AVISOSieiloel—Ha hoje, os seguintes:— Da armação, miudesas e mais utensi-

i. T\L.« 1-a â-a ftDT.fl .

Pueumonia.....Gastro en-ieriteApoplexia'-V

' ! L'

lios existentes ; pelo-.gente Dias, no estabelecimentoárua da Imperatriz n, 68, as10 li- horas. LUiÜ :'-! ,, '

— De msbilias de jacarandá e amarello,tampos de pedra, 1 pianno, guardas louçade amarello, machinas de costura, camasfranceza,.. espelhos dourados ; pelo agenteMartins, á rua do Imperador n. 16, as 11lioras.

Vapores esperados — Mcndosado Para, e Giúíicia, dos portos do Sul até osdias.9 e 10. .-.- _ .

OreMiio Jurídico—Quiuta-ieiraS do corrente, ás 11 horas do dia, e na casan 9 do pateo do Carmo, terá lugar a sessãode abertura dos trabalhos lectivós"(Vessa so-ciedade ; e proceder-se-ha a eleição da dl-rectoria no 1-trimestre. -

Advocacia —O Dr. José : AvelinoGurgel do Amaral, abriu seu escriptorio deadvocacia á rua do Imperador n. 65, confor.me o seu annuncío incerto n'outra parted'este jornal. . .

Fdncação — Aos senhores'de enge-nho ou fazendeiros, que desejarem educarseus filhos em sua própria casa, prestemattencão ao seguinte V.

Urn estrangeiro maior de 59 annos, comresidência neste'' império á mais de 30 an;nos failando e escrevendo varias línguas,como assim o portuguez. musica, geogra-phia, dezenho. piuturas etc. etc, offereceestes seus prestimos aos senhores de enge-nbos que tenham filhas ou filhos, aos quáesqueiram dar uma apurada educação ; nestatypegraphia se darão as informações ne-cessadas.

Livro da SS podia — Acha-se ovenda na livraria Acadêmica e Industrial álivro do Dr. Antônio Henrique Leal Apon-tamentes para a historia dos jesuítas no Brazil,dous volumes, por 4$000.

4 ."Escola—Recebem-se assignaturas.para este semanário politoelitterario.acargodos acadêmicos Isaias G. de Mello e Altinode Araújo, em todas as livrarias d'esta cida-do e no escriptorio d'este jornal, onde seacham os competentes prospectos.

Deve sahir: o semanário ,em princípios de

Mas, pretendo dar um forte brado dealerta; e isto, como já disse, é o que tenho

principalmente em vista, lutando comvosco.Se, como vos acontece, ou mantivesse n-

lhos, não articularia defeza sobre a carta de1859 : publicava a vossa publica forma,com quatro palavras, e, seguindo o vossoexemplo, remettia-vos o jornal'pelo pnmqi-ro nectro que encontrasse na rua,. _

Mas, e forçoso igue eu defenda, seitü porseitil, a herança de meus filhos. _

Em mira, porém,-o cidadão falia mais altodo quo o homem ; e para que em tempo ai-

gum se diga, que entretive o publico demo-nulamente, com uma questão puramentepessoal, hei de ir abrindo sempre, n'esta po-lomiea, o maior espaço para o que é do in-tórésVe de todos, o particularmente (Vestoinfeliz Pernambuco.

Dizia Ugo Foscolo": « O homem deve um

quarto de sua fortuna á audácia, os dousoutros ao acaso, e o ultimo aos seus cri-mes. _

Sois um afortunado ao geito de Ugo Fos-colo.

Já era uma vergonha, que não fosseischamado ao tribunal do povo pernambu-cano. f, .

' .

,,.,!.<•;:• Aprigio Guimarães.

Maio.

¦ aí' ./¦¦¦¦¦MOÍTNA LLLLHontem, 13 de Fevereiro com-

pletou-se o breve perioclo de dousmezes, ou sessenta dias, que esta

preso o alferes r-formado Manoelí| Assumpcão Santiago, na For-talezadoBrum.

Foi preso porque o perversoLacena assim o ordenou, e está

praso este longo tempo, semterhavido flagrante, • sem ter havidoformac/ão de culpa !

E'nesta capital que assim seabusa. O motivo da prisão é

phantastico: attribuem-llie^ sercabeça de sedição., e diz o juiz dedireito Sebastião Lacerda, que nasedição quebra-kilos tomandoparte algum oficial reformado,coinmette crime militar, e deve-lhe ser imposta a pena de morte.

Como o preso tem de ser fusi-lado,pela opinião do Lacerda Ke-go Barros, pouco importa que oreformado esteja preso dous me-zes, ou flous annos, sem prece derflagrante — sem liaver formaçãode culpa. -Tão lia pressa em con-cluir-se a formação da culpa, nemtão pouco emcomeçal-a. j

Ápplausos ,í vontade imperiosado Lucena. que faz parar e imiti-lisa, até osjulgameiltos do Tribu-naHaBelaeão.:

cmmuicAjio

,?.:>£'.

Cartas do l>r. Aprigio «ui-inarãesao Visconde de Ca-niaragibe

Sexagesima e ultima '

Eecife, 30 de Março de 1875.

Com esta concluo a série de cartas, queahi fica, para servir de preliminar

"a outrosescriptos.

Não sei. Sr. visconde, quando reatarei anossa questão : os meus discípulos estão áminha espera, e como lente duas ambiçõesme possuem: ser útil a mocidade; e não

ganhar em vão o imposto dos meus concida-dâos, como vós ganhais.

Mas, espero em Deus. que tornaremos aencontrar-nos, e mais d'uma vez.

Sois (alegrai-vos) sois hoje um serio em-baraço na minha vida, porque eu tenho o

que não tendes—dignidade.« Só ha no mundo (falia um bom pensa-

dor) so ha no mundo um embaraço serio—adignidade, a consciência. Tirassem dascousas humanas o moral, e seria incrívelcomo ellas facilmente se arranjariam. »

•''Não tivesse eu dignidade, e pouco mebastaria : dissesse eu, mesmo em conversa,que tinheis excellentes qualidades, e vós di-rÍeis que eu era um bom liberal, e os vos-sos lacaios da imprensa haviam de respei-tar-me... -,.•-,-,

Mas, tenho o que não tendes, a dignidade;e o vosso desespero chega ao ponto de fa-zerde'á uni manejo, indignamente estúpidoe ést..pidáme_te

'indigno, com a carta de

1859."Oh ! hei de arrancar-vos da mao a nava-

lha còbarde . •a Dez séculos passados de joelhos nao

podiam ser corrigidos em tros annos • disseum escriptor, failando da revolução de 89.

Bem sei eu também, que os longos annos

passados por este Pernambuco, a sofrer-vos, a vos e á vossa abominável alygarcbia,não podem ser corrigidos por mim, nem em

pc-ucos dia?.

¦ Ouricury,Srs. Redactores da Provincia. — Circums-

tancias imprevistas e independentes de mirnha vontade, não me tem dado lugar a noti-ciar a mais tempo os factos criminosos quetiveram lugar n'esta villa no dia 23 do mez

passado. Eil-os:.No dia referido tendo a câmara mandado

para a feira desta villa as medidas do novosystema foram as mesmas quebradas porquatro ou cinco indivíduos da Ínfima classe;causando este procedimento á maioria do

povo uma geral indignação. O subdelegadode policia que se achava presente deu iucon-tinehte a voz de prisão a dous dos quebra-kilosporque os outros ovadiram-se; mais compare-cendo o »mt7o enrico juiz de direito bacharelSilva Barres, dispersou a prisão dos desor-deirose procedeu a leitura da.circular doSr. Lucena dirigida as autoridades da pro-vincia sobro tal matéria.

A leitura d'essa peça não obstante a as-

pereza de sua linguagem, pareceu produziralgum effeito e teria conseguido acalmar oespirito publico se o'juiz de direito, arbitra-rio como é, não tivesse agravado a situaçãocom um acto inteiramente illegal e qne sópela perversidade poderia ter sido inspirado,visto que tendo elle dispensado da prisão—os quebra-kilos, foi algum tempo depois emcasa do portuguez Custodio, negociantenesta villa o ahi fora dos casos permittidospela lei, prendeu a um (Velles e o mandoucom destino a cadeia. Esta prisão illegalpor qualquer face encarada, deu lugar aqueo cidadão Antônio M. Ribeiro, 2- supplentedo delegado e vereador da câmara munici-pai se propozesse a tomar O preso, de quemera parente, mas a pedido de amigos, renun-ciou esse desígnio que não chegou mesmo ater principio de execução": o Dr. Barros, po-rém, em companhia dé dous criminosos, (ve-jam que juiz de direito!) vendo Marinho sedirigir á escolta para indagar o motivo dàprisão, gritou que o prendessem, e a estavoz do juiz, o criminoso Manoel Florencioconhecido por Nó e a policia desenfreiadaacommetteram Marinho com tanta violonciaque lhe fizeram instantaneamente diversosferimentos na extensão do corpo.. Marinhovendo-se subjugado pelo cacete do sicario erefes da soldadesca seria provavelmentevictima innocente se por um esforço supre-mo não conseguisse lançar mão de uma gar-rucha de que so achava munido e dispararum tiro do qual resultou os ferimentos, leve,de Manoel Granja, o grave, de Ignacio deSouza, sendo o do primeiro com o chumbo,o do segundo com balia.

D'ahi refugiou-se Marinho em casa do te-nente Benjamin que foi logo cercada pelosassassinos policiaes, no intuito sem duvidade matal-o, mais o cerco foi retirado pelo-juizde direito bclligeruule que resolveu capi-lular, sob a pressão da ameaça !

Esto facto deu lugar a que o-juiz de direitorequisitasse e destacasse immediatamente•10 praças de guarda nacional (nauseabundapatota!) em cujo numero se contam os pro-prios quebra-kilos porque o movimento foiunicamente executado, pnra mamar-se essescobrinhos magros do governo.

Quando a autoridade altamente collocadao primeira de uma comarca com assentonos bancos da magistratura vitalícia dopaiz, em lugar de procurar extinguir o cri-me, ó a primeira a dar a seus jurisdieciona-dos triste copia de escandalosos absurdos,fraquezas e violências, ella é o único res-

pousavel pelo abalo que possa soffrer a odem publica,

'e então.á opinião geral compe-teapontal-o como um verdadeiro precitoque tende a distruir o alicerce, social subs-tituhido-o pelo absolutismp..

Neste caso considero p juiz. .de direito doOuricury, que fraco mas tyrauuo, foi o uni-co causador do derramamento de sangue nodia 23 do mez passado, afeiandp. ainda maisa historia política desta localidade de tão lu-tozas tradiecões.

Faz lastima, Srs. Redactores, o estado dasegurança publica neste termo: a populaçãoanda toda armada, (com raras excepçôes) oscriminosos transitam Llivremêutc neste ter-moe até dentro da más, ppis na noitedonatal ultimo vieram a missa dentro da villadous dos mais celebres; ;• Os crimiriosos Née Chico Wanderley (afiançados e appelMos)creaturas da intimidade do juiz de direito,audam de publico, munidos.de um-completoarsenal e parodiando Bocagenlizem com alti-vez :

« Zoilos estremecei, Ourionry és nosso.»Consta que 6 Sr.' Barros acaba de pedir

ao Sr. Lucena. a nomeação do descarad oÂymundo Leonel para delegado deste ter-mo, bpm como os. outros cargos de polici apara outras piabinhas que esperam' empunharo bastão. So assim acontecer.tereniosnovaluta porque Baymuudo Leonel é^aquellemesmo desordeiro que entrando publicamen-te na salla das audiências onde dava audien-cia seu irmão o honesto Sr. Autquio Leonel,juiz municipal, rasgou um processo que esteestava instaurando contra Pedro Bioo.sondoque por este facto, não soffreu ainda umaAve-Mariade penitencia: este Sr.Baymun-do Leonel, tem feito cousas do arco da velhaeseno paiz houvesse, justiça, já elle teriarespondido pelo seu arrojo.

Finalmente Srs. Redactores, estamosaquisugeitos a raiz de gamelleira e Deusqueira que o novo Pyrrho (o juiz dedireito)não nos queira applical-acom a mesma bar-baridade de Fernando.

Basta por hoje. /Ouricury, 27 dé fevereiro de 1875.

O solitário.ry ¦"

(Está sel.lado e, reconhecido.)

FiliaijU-í

___berdad« de imprensaAo Sr.' da Capa Preta

E' sina, não ha duvida; e não ha fugir aella, - .. •, :.,;/..' uip ¦

Depois que. o pai.dos derivativos, o celebreJusto, entregou a alma ao creador, acrediteique me deixariam em paz, na santa paz,que disfruetam os homens sensatos que nãose envolvem em. política, e muito menos naslutas da imprensa.

Mas qual! Novo Jacob, Juüo deixou umaposteridade tão numerosa como o pó da terra

(Genes..cap. 28, v. 14).Ura escriptor que ninguém.oon_ece,-'i_*'io-

tus Vir—tomou-me a sua conta, e derivandoporá os meus ascendentes, lá foi desenterrarmeu avô Manoel Caetano de Almeida e Albu-querque (a quem nomeou, senador.quando eraapenas escrivão da Proyedoria), e não con-tente com isso, trouxe para a discussão meu5- avô.o Sr. Belchior Rabello, que ja dormeo somno eterno ha bons 200 annos 1

Nesse derivar desenfreado, já vou_ me pre-parando para ouvir novas de minha avotorta, cuja .autoridade não pôde deixar deser de grande peso em uma questão do liber-dade de imprensa! .

E' sina!... Mas como não se pôde fugir asina, irei dizendo ao illustre desconhecido em

que estamos de accordo, o em que discorda-mos. tjj

Já declarei, em meu primeiro artigo, queconsiderava a imprensa um sacerdócio, e en-tendia que não era licito aos mceidotts do

jofnàiúmo recusar seus bons omeios a todos

quantos carecessem de recorrer ao seu au-

gasto ministério. Acrescentei que onde nãoha imprensa livro, não ha liberdade.

Até aqui estamos nós do acordo ; não concordo,"porem, em que a a melhor these^se-gundo o nosso direito, seja o art. 179 | 4.da despresada o summamente esquecidaconstituição política » como diz Ignotas \ ir,em seu artigo hoje publicado.

O que com tanta proficiência, e comáquella admirável eloqüência que lhe é pe-culiar, nos eusiuòu o nosso venerando mes-tre Dr. Paula Baptiáta, nenhuma aplicaçãopode ter sobre á constituição.

— Scirc leges non hoc est verba carum tene-re, sed rim ac polestàtem—De acordo.

Mas o que poderá haver de commum eu-tre eãta máxima do direito romano e esse

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>ry!-. . ..- • ¦

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•"A Provincia

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rescriptum de Pedro I. a que se dá o pom-poso nome de constituição política do Bra-zil!

Muito melhor do que eu, sabe Ignotas Virque as leis são regras da conducta civil,pres-criptas pelo poder competente, e estatuídas embeneficio dos povos.

Estará neste caso essa cousa informe quepor ahi anda com pretenções á pacto funda-mental ?

Quem deu a Pedro I. competência para le*gislar ? Ninguém.

Esse tyranno tinha para isso tanto direi-to como o mariola mais vil, que era ura mo-

..meuto dado podesse dispor dos canhões ebavonetas assalariadas.

Justiniauo nos diz :—Jus civile est- quodquièquò sibi populus constituitur. Inst. 1. 2. 1.

0>e: Ignotus.Vir podesse ouvir q Dr. PaulaBaptísta a este respeito, talvez se conven-cesse de quo essa constituição não ó lei, nãosó por falta do competência de quem adecretou, como por ter sida-estabelecida, só epuramente em damno de nossos direitos,assim como todos os outras actos dessemonstro, que o Brazil indignado expelio danobre terra da Santa Cruz, por voto uuaij^me dos brazileiros.

Hoje mesmo, e jà lá vão 44 annos justos,estão salvando as fortalezas em sicrual deregòsijo pelo triumpho que obtivemos em1831. .

Já. vai bastante longo este artigo, e voutratar de vesumir, para não tornar-me ex-edssivamente enfadonho.

Não mo sobra tempo, nem espaço no jor-nal, para acompanhar Ignotus VtY em todosos pontos de que se tem oecupado.

Não concluirei, porem, sem pedir ao meuillustre competidor que não mais me convi-de a discorrer sobre disposições da tal cons-

¦tituição que não leio desde 1844, nem desejolêr. Para mim essa arvore inagestosà, a cujasombra tanta gente procura acolher-se, não pas-sa de màncenilha, nem outra poderia seruma arvore plantada por Pedro I. no solobrazileiro...

O que ahi se contem com ares de pro.teç-ção aos direitos, individuaes não passa demiserável embaçadclla, para illudir os in-cautos, os de bôa fé, e servir do capa as milbandalheiras desse poder corrompido e cor-íuptor, que tudo.a.vassala.

Esse mesmo.artigo que tanto lhe deu nogoto é uma espari;elhi ,e nada m:.is.

DeverasJ//Moí«s Vi> acredita quo ahi secontem uma garantia áo direito que todostemos de publicar nossos pensamentos pelaimprensa, sem dependência de oonsura.?

Pois não ?! Eo direito que tem ahi qual-quer boleguiui de recrutar os typographos ?E"o diteito que tom o governo de os màudajaqúartellar como guardas nacionoes ? E ocofre de graças.? e as fitinhas, os postos daguarda nacional, os contractos, os engaja-mentos, e essas mil e outros meios de cor-rupção que tom a sua disposição um poderirresponsável o sagrado ?!, Nada, não vou por ahi.

Ato amanhã, que nós viva fur.¦ Recife 7 de Abril de 1875.

J. M. Albuquerque Mello.

COMMERCIOPRAÇA DO RECIFE, 7 DE ABRIL DE 1875

Algodão—do sertão 1* sorte 8$000 por 15kils. hontem.

Dito—medinuo 7S000 por 15 kils. hon-tem.

Dito—dito 2-sorte 6§000 por 15 kils.hon-tem.

Dito — de Maceió 1* sorte 8$500 rs. por15 kils. p. ab. frete 7[8 e 5 0[o- hontem

Dito _ dito mediano 8$000 por 15 kils.p. ab. frete 7j8 e 5 0[o hontem.

Assucar—mascavado purgado 1$850 por15 kil. hontem.

DitQr-dito bruto bom 1$600 rs. por 15kils. hontem.

Dito—dito dito regular IftõOO por 15 kil.liontem.

Couros—seccos salgados 479 o kil.Cambio—sobre Lodres 90 d[V 26 S\i e do

banco 26 5_S por lípOOO rs.Dito—dito sobre Paris 90 cl[v 360 o fran-

co banco.DU»—sobro dito 8 djv 365 e 866 rs. o

franco banco.Dito—sobre Lisboa 8 d[v 108 OpO de pre-

mio.Dito—sobre dito 8 d[v 104 0[0 de prêmio

bauco.Dito—dito do Rio de Janeiro e Bahia

8 drv ao par.ALFÂNDEGA DE PERNAMBUCO 7 DE

ABRIL DE 1875.Rendimento dodia 1 a 155:309|8OO

Cartas redondasPae universal.

Panem nostrum quotidianum.Escapaste de morrer como judas; podes

agora exclamar por entre rojões de phrases,lá do alto de teu cartório:

« Rendosa emanação da ladroeira.D'aqui do meu cartório eu te saúda.»Estás no teu posto, mãos.á obra. Em

quanto o Braz ó thezoureiro, emquanto oMaciel é juiz, aproveita o tempo,'engolpha-te nas delicias desses gordos inventários dedoze annos, porque a vida é curta o ninguémsabe o quo vem átraz.

Com mil bombas, ninguém te vence acas-tellado na casamata do teu,cartório! Com acantta na mão fazes mais do queLuigiVampa com a carabina nos-désfiladeiros dosAbruzios. . ;;; ;

Gosto de um homem assim.A posteridade ha de fazer-te justiça.Apreciei a moção do Pimentel.Esto Pimentel tem geito para essas cou-

sas. Não ha nada como cahir-se em graça.Se o velho Mira fosse vivo, havia de ter seusciúmes, porquê foi elle quem poz a arte namão do menino Pimentel, educou-o e abrio-lhe a vocação. Desde esse tempo que o Pi-rnentel promettia fazer figura. Só te recom-mendo que não estragues o rapaz.-

Dou-te parabéns pelos progressos do.teuClub. Sei que aquelle dinheiro já se foi. Po-bre Nunes Machado, ficarias sem túmulo se oProa não te offerecesse um !

Quem diria ?!¦ | Conta-me, pae universal, comi se gastou

esse dinheiro sagrado,que só podia ser appli-cádo ao fim para que foi tirado.

Dá-mo noticias de João Teixeira. Dizem-mo que elle envergonhou a com as tuas bar-ganhas e abandonou de novo o Club ? Eusempre disse que o Teixeira era um»maluco.Podia encher-se também-á custa de NunesMachado, e sahio para ficares tu sozinhomamando aquelles cobres' Enão tiveste aindaindigostão ? Comesteo dinheiro do túmulo de Nunes Machado, co-mesto as contas e até os estatutos!

Oh! é muito comer; tens uma barrigamais terrível que o sorvedouro- de Melstron.

Já'estou vendo que um dia engoles o Clubcom todos os sócios em sessão extraordi-naria .? '

Oh! meu Deus, quo guéla.Adeus, meu pae universal, logo conversa-

remos mais.Lança-me tua popular benção, porque sou

e sorei sempre o mesmo.Teu filho universal. ;.-•

•V.' Er-hon.

Ao Dr. José' MariaDevia hoje mostrar-lhe e ao publico, que

o regimem adoptado pelos proprietários dejornaes e donos de typographias é o da censu-rtx previu, abolido em todos os paizes livres,formal ó expressamente coiideumado pelanossa constituição.

Mas suppondo com toda a probabilidadeque o meu caro bonet carmesin, me dará hoje

« Idem do dia 7. 80:076$805

185:446$605Navios á descarga para o dia 8 de Abril:

Brigue ingl. Marg Miiler, mercadoriaspara alfândega.

Vapor ingl. Memling mercadorias paraalfândega.

Brigue inglez Dunthess, mercadorias paraalfândega.

Patacho ingl. Brothers, ferragens para otrapiche Conceição por despachar.

Barca ingleza Fuzilier, forragens para otrapiche Conceição por despachar.

Barca norueguense Hkioldmonc, ferragensparao trapiche Conceição por despachar.

Barca franceza Mauririen vinho já despa-do para deposito e trapiíhe Barbosa.

Barca nac. Amisade, alfafa para trapicheConceição por despachar.

Brigue inglez Edmonds, mercadorias paraalfândega e machiuismo já despachado parao cães d'Apoilo. ;

Barca ingl. Traveller farinha de trigo jádespachado para o cães d'Apoilo.

Barca ingl. Linda, sal já despachado paraterra.

OAPATAZIA DE PEENAMBUCO

Rendimento do dia 1 a 0 ... L998S221Idem do di:> 430§524

2,428$.7-15VOLUMES sahidos

Dodia 1 a 6$248

alguma resposta, (visto não tel-a dadohbh-tem) addio minha demonstração. '.:.;;:;

Hoje tenho urgência de correr a igreja daPenha para orar a Deus, agradecendo-lheter lançado suas piedosas vistas para a im-prensa dasta capital, Foi por influencia di-vina, (em contraposição a influencia huma-na que creou a restricção) que so quebrou origor da prohibição, que se desfez a inauditae triste unanimidade dá .repulsa, e abrio-semeia.porta á meia defe3a !•¦ Santa verdadedos principies que immonsa força que tens !Quanto podes sobre a vontade dos homens !

Quasi, Sr. Josó Maria, que abandono estaserie de artigos interrogatórios, que tinhapor um dos principaes fins protestar contraa situação anômala que durou dias entre nós.

E' verdade que meia porta aberta á meiadefeza do opprimido, não 'é remédio (emnossa opinião) efficaz : é apenas uma doseinfíuitesima, honicepathica, sem resultadoou extinção completa do mal. Convém ap-plicarmosjtodos os remédios mais constantese mais enérgicos para quo se restabeleça o es-tatu quo ante bellum privatom et dualÍB,ÍBtoó, para que so restabeleça a liberdade de im-prensa anterior.

O justo meio, Sr. derivados-mór, não òbom systema nem para a política, nem páraoutra qualquer sciencia: -a verdade é:sóuma, e o Direito não transige como a diph-'macia. O qne é justo não se amolda a con-veniencias nem sociaes, nem particulares; oque e justo se impõem com império as cons-ciências rectas, que ainda gritam contraqualquer violência, por mais ligeira que seja.

Sr. José Maria, bata essa. meia medida,reclame a concessão plena,consulte aos mes-tre que quizer, ouça o nosso Voltaire, e çon-vencer-se-ha de que o direito de liberdade deimprena, é o que menos restricção tolera,porque qualquer o anniquila.

Ignotus Yir.

A.o democrata sincero «Io«Diário»

Quero chamar-te á rego, meu sendeiro.'Boa peia, boas esporas, boa bride hão de

te fazer esquipar'sem teres aprendido.Disseste que o Dr. José Marianno era um

distincto liberal, appellaste para o seu ca-valheirismo.para ver so assim não se tomavacontas ao Brito-rolha do dinheiro que ellecomeu no Club; mas como viste qtu as bi-chás não pegaram, porque o Dr. José Ma-rianno já conhecia bem o Brito Rolha, mos-traste o que eras. Deste couces, patadassobre esse distincto liberal para ver se poreste outro meio conseguia proteger o Rolha.

Como te enganas! O Dr. José Mariannotem uma vida sem mancha'; não lhe apon-tas n'ella uma acção que o envergonhe ; nãotemo os teus-ataques.

Poderús dizer outro tanto do Rolha ?Logo te contarei até onde chegou a dedi-

cação d'olle ao Honorio. E' uma verdadeterrível, mas eu hei de dizei-a para saberes sepodo-se collocar no mesmo plano o Dr. JoséMarianno e Brito Rolha.

Logo te contarei também os obséquios que

elle fez áó Penna, quando'era empregado dasecretaria do governo.

Hei de pôr a luz do dia as baixezas docomeço da vida desse miserável e as infâmiasdo resto d'ella.

O que pensas tu, meu democrata sincero ?Vendo calumuiadoura moço contra o qualnão ha um só facto em desabono, não terei

papas na lingua para dizer-te o que sei desteBrito que tu chamas homem honesto ;'é ver-dade que nunca pario, mas ; para dizer-te o que sei deste Brito Rolha que tu á forçaqueres que seja liberal,' não me farei muitorogado.

Tenho ainda umas cousas a te perguntar,meu camello. • '

Desconfiei de tua sinceridade, desde queappareceste no Diário. Já visto nessa cloa-ca publica defender-se liberal algum ?

O liberalismo do Rolha data do tempo emquo nnio-se aos liberaes quo o fizeram depu- ¦tado geral. Desde então elle pensou que valiatanto quanto pesava; é verdade que a raçasuina e avaliada pelo peso do toucinho.

Depois fez se chronista da Provincia paraelogiar e defender o juiz Oliveira Maciel.queestava ao Ceará devastando aquella bellaprovincia; e como os liberaes não conseutis-sem que elle 'pagasse ao juiz a divida degratidão por nunca ter-lhe feito correição nocartório, eil-o brigado com os liberaes, des-cobrindo causas que, a serem verdadeiras,já existiam ha. muito, e com as quaes elletinha pactuado. ,' Logo te explico isto, com esta minhamesma serenidade, para provar.te que sougente e não um camello disfarçado.

Mas vamos.Não se defende um liberal distincto nó

Diário que tem sido o pelourinho de todoselles, e desse mesmo Brito, quando o julga-ram liberal.

No teu ultimo panno de amostra provasteo que eras.

Não veês que escreves para esta terra ondeo Dr. José Marianno já é bastante conheci-,do?

Meu camello, quando o Lucena foi nomea-do presidente desta província, o _>rimeirojormü que combateu essa nomeação foi oLiberal que era redigido pelo Dr. José'Ma-rianno, eaté hoje o Dr. José Marianno tem-semantido no mesmo posto do honra.'

Quem ja o vio em palácio alguma vpz?Que favores ja recebeu elle do Lucena ?

Ninguém acredita o que disseste ; ahi estápara protestar >a vida desse distincto demo-crata que dedicado á causa do partido libe-ral, só pensa nos meios de defendel-a.¦ Ahi está o presidente Lucena. Elle quediga se o Dr. José Marianno algum dia so-licitou-lhe o mínimo favor.

Como, pois, dizes que elle recebeu favoresdo Lucena ?

Prova-me isso, que eu não o defendereimais.

Querer comparal-o com o Brito Rolha queno tempo em qua escrevia as chronicas defôlego da Provincia, chamava ao Luceua la-zaro etc, e depois tomou-se tão seu amigoque brigava no Club Popular quando alguémfazia, allusão ao verdugo do povo ?

dia ,7:1-. porta. . . .2.* dita . . . .3*.ditaTrapiche Conceição..

11960

137428

6§982SERVIÇO MARÍTIMO

Alvarengasdescarregadasnostrapi-ohesd'alfandega do dia 1 a 8

Idem no dia 7: 6

Navio atracado.

14

1

CONSULADO PROVINCIAL

Rendimento do dial a 6... 19:74S$172' do dia 735^651

20:488§823

RECIFE DRAYNAGE

Rendimento do dia 2:874$092do dia 1:510$520

4:384,3612

RECEBEDORIA DE RENDAS INTEE-NASGERAES

Rendimento do dia 1 a 6.. 8:967f2SSIdemdodia7.« 1:809^-725

10:777$013

Parte marítima-ide Abril

ENTRADAS

Battimare—87 dias, barca ingleza T.ravellerTde 325 tons. cap. Geo. M. Penfield, equip.13, carga 3000 b. com farinha do reino aP. Brothers & C.

Santos—24 dias, barca ingl. Claravine, de254 tons. cap. David James, equip. 10,em lastro a j ordem. ,

Rio G. do Sul—22 dias, palhabote portug.Camponey, de 1*9 tons. cap. Antônio dosPieis, equip. 8, carga carne a A. Irmôo

- & C.Geonock—50 dias, barca ingl. Tlijah ofSar-

i divák, de 484 tons. cap. George Afam,equip. 14, carga carvão a E. Fentou.

Liverpool—70 dias, brigue ingl. Philia, de210 tons. cap. J. Edwar.ds, equip. 9, car-ga carvão de pedra a J. Peter k C.

Santos—22 dias, barca ingl. Magrel Wilkei,de 352 tons. cap. Gebbs, equip. 12, emlastro a Sanders Brothers & C.

| Lisboa—44 dias, barca port. Pereira Borges,de 330 tons. cap. Alfredos Borges, equip.18, carga variòs gêneros a Silva Guiraa-iães & C.

dia—7SAKIDÁS

Não houveram sabidas.

oi\ -.: _: vv ít.

Page 4: eüiiiü - BNmemoria.bn.br/pdf/128066/per128066_1875_00553.pdfEstados-Unidos elevaram-se a 8,000 fardos. Rio de .janeiro, 0—Cambio sobre Londres 26 5|8 cí. bancário, 26 3*4 d

%?•¦\.

;p>",

, 1 »«t AA Provincia -

\i

Queres comparar o Dr. José Mariannocom o Brito Rolha que no Club mímoseavao Lucena com os mais degradantes ep«*je*tos, e depois foi pedir-lhe o seu auxilio om-ciai para vencer a eleição? u ;

Tu já viste oDr. José Marianno jesuíta r

Não fez, ó verdade, como o Brito, assump-to da questão religiosa para por-se a soldodo actual governe. .

Quem vio o Brito contra o Lucena ei hojeo vê a favor, também ha de vel*o mais tardedefensor dos jesuitas. Não ja defendeu elleas irmãs de caridade ?

Este Brito è um especulador; quiz ver sefazia fortuna com o Club Popular, mas per-deu seu tempo I

Coitado! está mais chato que o cüuo.Dize ao Pires que és tu mesmo, que expli-

que aquelle seu artiguito melhor, para nao

parecer que o Dr. José Marianno teme-se de

alguma cousa—; mas prova o que disseres,Gosto da luz.

Irei dando-te palha porque estamos no in-

verno e preciso de um burro para puchar o

carro.Inventa o que quizeres, porque com uma

boa espora hei de chamar-te sempre ao rego.Um sócio do Club.

Publicação litterariaAcaba de ser publicado e já foi destribui*

do pelos Srs. Protectores da empreza do pe-riodico Caridade b segundo numero da Rem-ta Illustrada, contendo 16 paginas inclusiveduas primorosamente illustradas. Os ar ti-

gos de que ella se compõe são: 1-—Deus,—2- Excellencia do catholicismo sobre o Pro-testantismo provada pela conversão de gran-de numero de príncipes e homens importan-tós educados nesta ultima crença,—3- Vidade Nossa Senhora,—4; As.obras da Igreja,-—5- Ha ou não ha ainda milagres,—6- Tes-tamento de Soror Luiza ; todos em continua-ção dos precedentes, além de vários outros-

As illustrações representam a adoraçãodos Pastores; dita dos Magos, a apreseuta-ção no templo, e a purificação de Nossa Senhora. As do primeiro numero representamos despozorios, a Annunciação de Nossa Se-nhora. As dos números seguintes represen-tarão: a volta do Egypto, Jesus entre osdoutores no templo, morte de S. José, Bap-tieamento de Nosso Senhor por S. João, Ma-.ter dolorosa, Assumpção de Nossa Senhoraetc. etc. etc. Os Srs. que se quizerem dignarde concorrer para maior desenvolvimentoda empreza, terão direito aos números daRevista já publicada, assim como a todos osnúmeros da folha semanal sahidos desde oprimeiro do anno, para poderem,formar col-lecção completa.uma vez que assignem desdeo mez de Janeiro próximo passado: na li-vraria Universal, rua do Imperador n. 54—a 1$000 por mez.

TriumniioPara o Exm. Sr. Pesidente da Província e

o Sr. Dr. Chefe de Policia verem.Senhores Redactores—Tento a câmara mu-

nicipal d'esta villa, por ordem do exm. pre

cidade a minha licença para ter casa de dro-

gas.immediatamente apresentei-a ao delega-do, que poz o competente—visto—abrindon'esse mesmo' dia minha casa : mas quandoesperava que a Lei fosse igual para todos,vi com sorpreza nos outros abrirem seus es-tabelecimentos de drogas, sem terem aindaobtido á licença do Sr. inspector da saúde,

por, ordem do Sr., delegado, que depois co-nhecendo que fora mal aconselhado por ai-

guem remediou o mal mandando de novo iu-timal-os para que feixassem suas casas ateapresentar-lhes suas licenças.

No mesmo dia assumio o exeroicio o r.supplente e no dia seguinte mandou que 03

portuguezes abrissem suas botioas sob suaresponsabilidade; e a vista de um tal proce-dimento o que prova erro prova exuberan-temente que a prevenção era commigo, nãosó da câmara municipal, como do 1-. sup-

plente de delegado que adrede entrou noexercício, para mandar abrir as casas dedrogas sem que tivessem as licenças exigidaspor Lei, calcando assim o império da Leiaos pés, para satisfazer os seus desregradoscaprichos, e dominar d'est'arte a prevenção.

Alerta pois de .procedimento tão irregu-lar e injusto peço ao Sr. Dr. chefe de policiaque dê as providencias que o caso exige,afim de que não sejam desrespeitadas as or-deus das autoridades superiores.

Villa do Tríumpho, 8 do Março de ,1875.Izidoro José da Silva Mascarenhás.

Todas as pessoas que se apre-sentarem no escriptorio da Agen-cia—rua de Ia Tacherie n. 4—com ama carta de recommencla-cão do Sr. Dr, José MariannoCarneiro da Cunha, serão consi-deradas.como amigos tratadas e

por conseguinte com desvelo econsideração.-- Suas encommen-das serão executadas pontual-mente e sem que pague commis-soes, e em companhia do ri ossoredaetor brasileiro poderão visi-tar gratuitamente os mónumen-tos de Paris e Versalhes, assistirás sessões da assembléa nacio-liai, ao espectaculo e aos bailesimportantes.

Paris 19 de Fevereiro de 1875.—Joanny Dnbois. "

.xg&osição Provincial «lePernambuco

A maior tias profanaçõesW chamado o presidente dò Club Popu-

lar, o escrivão de orphãos Ploriano de Britoa preBtar contas do dinheiro do beneficio notheatro SantoAntónio para o túmulo da pa-triota Nunes Machado.

Dizem que o Sr. Brito lançou mãos pro-fanas nesse dinheiro, para fins particulares,fazendo que desapparecessem as contas quetinham de' ser prestadas, para não se conhe-cer o desfalque !

Logo via o povo qúe não era sem provei-to que o Sr. Brito brigava para ser reeleitopresidente do Club !! ¦>

Agora diz elle que não quer mais sor "pre-

sidente do Club.Sabem porque? Porque acabou-se o ai-

nheiro.Venha á falia Sr. Jeronymo. ex-thesou-

reiro.Queremos saber quem é o ladrão ; quem

foi que comeu o dinheiro/que estava-reser*vado para um fim cão nobre como o de pa-gar uma divida á memória do grande patr'0•ta Nunes Machado.

O povo quer saber quem é oladrão.opro-fanador, o sacrilego. '

Gasta-se o dinheiro,—sagrado deposito

para tão nobre fim, e depois, para não seconhecer o desfalque, desapparecem as con-tas!... . .

Pouco mais ou menos sabe-se quantorendeu o beneficio; onde está, pois, essedinheiro ?

Vamos, falle Sr. Brito, diga ao povo o quefez do dinheiro do túmulo de Nunes Ma-chado. Não esteja distrahindo a attenção

_._!.«¦ .---,,.-- . - , («ublica mandando descompor o Dr. José«as* &___.•_ „A~_i. fi*-™.

Àcomrnissão central da expo-sição d'esta provincia, no corren-te'anno, tema honra de avisar átodos os interessados que, tendosido designado pela presidênciada provincia o dia "30 de Maiopara abertura solemne e o 6 deJunho para o encerramento damesma exposição j eífectuar-se-haa recepção dos produetos que ti-verem de ser exhibidos no próprioprovincial, sito no Campo dasPrincezas, onde outr'ora func-cionou a Assembléa Provincial,entre os dias 10 e 25 do referidomez de Maio próximo vindouro.

Eecife 18 de Março de 1875.Felippe de Figneiroa Faria.'

-'ÁSnunciõsVende-se o engenho Ibura próxima a ei-

dade légua e meia; quem o pretender, de-pois de examina-lo, deverá procurar a Fe-lippe de Souza Leão no engenho Timbó, deJaboatão.

PésdeSapotas jNa rua do'Hospício.n. 75, ha

u venda bonitos pés de sapotas,'de todo o tamanho: são de optirma qualidade.

As casprasEmpigens, Dartros, Espinhas

Cnram-seEm poucos dias, sem a menor

dieta.Usando o doente

Da tintura de salsa e caroba do

pharmaceutico]-Sugenio M. de HollandaE da — pomada anti-herpelica

Do mesmo autorPara que consiga a pelle perfeitamente

lvnpa basta o tratamento indicado, e que oÉente lave-se com sabão de alcatrão, emágua fria ou morna.

Não ha o inconzeniente de desapareceremas espinhas, dartros, empigens ou caspas

para se reproduzirem—a cura assim e com-

pleta. . ,.Os vidros são acompanhados da inetiea-

ção para ouso—comprado em nossa casa

garantimos. .u:., . ,.A pomada anti-herpelica é linda e de chei*

ro agradável para tocador.DEPOSITÁRIOS EM PERNAMBUCO

Manoel do Nascimento César Bwiamaque.J&úa da Imperai-la 4©

: -Gosta. Maya d] C.Raia do Crest>o> ^ £} ¦

ADVOGADO H

Ministério do Império de 25 de Novembrodo anno passado, cassado as licenças que ha-via concedido a mim e aos portuguezes Joa-

quim Duarte Pinto e Silva e Luiz José Go-mes da Fonceca, paira abrirmos casa de dro-

gas nesta villa, tratei logo com os documen-tos necessários, requerer ao Sr. inspector dasaúde publica dessa capital, uma licença,para vender droga, n'esta localidade.

N'este Ínterim a câmara municipal só como intuito de fazer-me mal e sem que eu e osdous portuguezes fossemos intimados, parafeixar nossas casas officiou a S. Exc, dizen-do que haviam aqui tres boticários exerceu-do illegalmente a arte do Pharmacia, e o 1.°supplente de .Delegado, então em exercíciomandou por sua vez consultar ao Dr. chefede policia o que devia proceder em tal caso.

Em resposta mandou o Dr. chefe de poli-cia que o delegado procedesse na forma daLei, contra os tres, visto que estavam exer-cendo illegalmente a arte de Pharmacia ; o2\ supplente de delegado que n'essa ocea-sião estava em exercicio, de posse dessas ins-trucções, consultando por sua voz ao Dr.juiz municipal, o que devia fazer em tal casoeste opinou que depois de cassadas as licen-cas, pela câmara municipal e naquella ocea-sião não só tendo intimado aos proprietáriosdas ditas boticas, para feixal-as dando-se umprazo para d'entro delle tirarem suas licen-cas, achava conveniente que o delegado emvez de proceder contra elles, antes mandas-se intimal-os para que d'hora em diante fi-cassem feixadas as boticas, e de feito no dia1 do corrente foram todas feixadas.

No dia 5 do mesmo tendo chegado dessa

Descomponha esse distincto liberal quan-'to quizer, porque nada conseguirá; mas, por

Deus, não fuja á seringa; diga o destino queteve o dinheiro arrecadado.

Um do povo. .

gacfcattl Icwttgmo Salgato h €. grciolg

28—Eua Estreita do Eozario—28

Cobrador

Ao activo e intatigavel coro-nel 5>ecio d'Aquino Fonceca: subdelegado de policiatia Boa-Vista.Pedimos abem da moralidade e decoro das

famílias, que dê conveniente destino, ao talZepherino e não Severiano, como por en-

gano noticiou (hontem) com o titulo ScemisChin Brazileira o circunspecto Jornal do Re-cife, em sua ülustre gazetilha. Com o desa-parecimento, de terra para o mar víboras daordem de Zepherino,V. S. presta um vahosi-cimo serviço á Sociedade.

Um pai de família.

Offerece-se para cobrar dividas aqui uacidade e fora d'ella um moço brasileiro, mui-to deligente e activo, dando fiador a suacondueta ; quem se quizer utilisar de seusserviços dirija-se a rua de S. Jerge n. 72, 8-andar.

O SOLICITAnOR

Uma vantagem aos a&ssignan*tes da «Provincia».

" No intuito de agradar aosassignantes da Provincia, o di-rector da Correspondência Pari-siense tem a honra de participar-lhes que encarregar-se-hadetudoo que lhes disser respeito duran-te o tempo que estiverem na Eu-ropa, e especialmente nesta ca-

pitai.

Interesse publicoAos Voluntários da Pátria'è Guardrs Na-

cionaes designados que marcharam para aguerra do Paraguay, e que não receberamseus soldos e gratificação, porque cahiramem exercicio ffndo, ou que sendo volunta-rios recebem de tropa de linh, o abaixo as-signado se offerece para incumbir-se de re-querer e allegar os réus direios pois tem si-do o único advogado que sompre tem trata-do deste negocio.

Requer a confirmação das patentes prasosde terra, medalhas de campanha meio soldoe pensões, a que tem direito as viuvas efilhos d'aquelles que morreram no Paraguay

A procuração dará poderes especiaes pararequerer ao ministério da guerra e mandoráqualquer documento quetenh-j, j& quandonão tenha se requererá certidões aqui nacorte.

Seu trabalho será pago depois de con-cluido.

Eio de Janeiro, 4 de Janeiro de 1875.Dr. Simeão Estellita de Paula e Silva.

Rua de Riachuello u. 27.

FugaFugio da casa do sr. Izidro Torn Bella-

Vista, o criado José, (branco), natural doCeará, levando comsigo 10$120 réis, Iara-piados de uma pessoa que se achava em casado mesmo sr. Izidfo.

Roga-se portanto ás autoridades, a appre-heusão deste ladrão, e que o conduzam á ruado Imperodor n. 77, que será generosamen-te recompensado.

ENSINO PEATICODE

MIGUEL RODRIGUES

Pôde s,er procurado á rua do Torres 3-andar n'. lá ou na casa das audiências.

Vende-seUma escrava boa engomma-

deira e cosinheira, tendo alémdisto outras habilidades e bonitafigura: nesta typographiá.

GamelleiraVendem-sediversas casas de taipa tijollo

e grandes terrenos aforados e por aforaodentro da Villa- e em seus suburdios, e trorca-se por prédios no Recife ou em Afogados-

Quem pretender;dirija-se a rnema Villa:a tratarcom José Pedro Vellozo da Silveira

PARTIDAS ÊElS E illlITRES VEZES POR SEMANA

SEGUNDASQUAHTAS ESEXTAS AS 5 H0RASDATAH.DERua da Concórdia ns. 13§ei<í©

M.Fonseca de Medeiros, continua a darlições das referidas matérias em sua casa nosdias e horas acima indicadas. Também iráensinar nos estabelecimentos e escriptorios1 daquelles senhores que desejarem assimaprender, nos dias que convencionar.

As explicações de systema métrico- deci-mal,reducção de moedas estrangeiras, jurossimples ecompestos e conta corrente comjuros recíprocos ete., entrarão naslições dearithmetica s se darão separadas conformo

Domingos JoscMarquos presta-se a tocarpiano em reuniões familiares o por preçocommodo : a tratar uü loja de jóias doBen-jamim Torreão, rua Larga do Rozario, ouem sua casa rua de Vinte e quatro de Maiou. 37.

Typ.da 1'rovincit