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Uma publicação do Grupo Wilson Sons Janeiro 2017 | ano 13 | nº 65 Ciclos de Sustentabilidade Wilson Sons elege iniciativas sustentáveis que geram resultados e podem ser reproduzidas por outros negócios Eficiência energética Companhias investem em estudos e novos equipamentos para reduzir consumo de energia elétrica

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Uma publicação do Grupo Wilson Sons Janeiro 2017 | ano 13 | nº 65

Ciclos de SustentabilidadeWilson Sons elege iniciativas sustentáveis que geram resultados e podem ser reproduzidas por outros negócios

Eficiência energéticaCompanhias investem em estudos e novos equipamentos para reduzir consumo de energia elétrica

2 Dezembro 2016 NEW,S

Giro pela WSEditorial

Mais do que uma modaNa Wilson Sons, a sustentabilidade é parte do dia a dia de todos os colaboradores, faz parte do DNA do grupo. Foco e eficiência na execução de tarefas e nos processos é a fórmula que nos fez chegar até aqui.

A fim de tornar ainda mais claro o que é sustentabili-dade corporativa para a companhia, definimos em 2014 os temas que consideramos muito importante acompanhar e reportar para a sociedade: são os temas materiais, que envolvem segurança, gestão de pessoas, gestão ambiental, tecnologia e inovação, cenário competitivo, ampliação de exigências e eficiência energética. Chegamos a eles a par-tir de estudos disponíveis, nos quais identificaram-se ten-dências globais que poderiam inf luenciar o modelo de negócio e o crescimento saudável; levantaram-se aspectos capazes de contribuir para a melhor gestão de riscos e oportunidades e entrevistaram-se stakeholders; e execu-tivos sobre questões relevantes para a empresa.

Esta edição da NEW,S é uma prova da relevância da sustentabilidade para a Wilson Sons, já que suas duas ma-térias principais tratam do assunto. Uma delas traz mais um passo de um trabalho iniciado em 2008, quando a companhia estruturou sua agenda de sustentabilidade. De lá para cá, definimos nossos temas materiais e estamos mostrando que eles não estão só no dia a dia da alta ges-tão, mas também no cotidiano de todos os colaboradores, na busca diária por eficiência e resultados. Os Ciclos de Sustentabilidade que ocorreram no ano passado reconhe-cem as iniciativas que mais se destacaram no Grupo.

A outra matéria está ligada ao tema da eficiência ener-gética, cada vez mais um objeto de ref lexão na Wilson Sons. Buscamos especialistas e medidas do mercado para de-monstrar o que tem sido feito por empresas no Brasil com o intuito de economizar energia e usar os recursos da for-ma mais racional possível.

A edição traz também a concretização de alguns planos do Grupo. No Rio Grande do Sul, o Tecon Rio Grande reinaugurou o Terminal de Santa Clara (Contesc) em parceria com a Braskem. E, em São Paulo, a Wilson Sons Logística expandiu a área do armazém geral do Centro de Distribuição de Santo André. Além disso, o Tecon Salvador realizou um estudo para checar os impactos

de receber embarcações maiores após sua ampliação, recentemente aprovada.

Esta NEW,S conta ainda detalhes do projeto Brasil de Tuhu, patrocinado pela Wilson Sons, que leva música para escolas de diversas cidades do país. O projeto, que faz parte do relacionamento da companhia com as comunidades lo-cais, é um dos pontos importantes da nossa agenda de sus-tentabilidade. Com o Brasil de Tuhu, integramos negócios em seis capitais e buscamos as percepções dos atingidos diretamente pelo projeto.

Boa leitura!

Cézar BaiãoCEO do Grupo Wilson Sons

NEW,S Dezembro 2016 3

Expediente

NEW,S é uma publicação trimestral do Grupo Wilson Sons, produzida e editada pela Textual Comunicação. Jornalista responsável | Ludmilla Totinick

Edição | Daniel Cúrio e Ludmilla Totinick

Redação | Andréia Gomes Durão e Daniel Cúrio

Revisão | Liciane Corrêa

Diagramação | Traço Design

Fotos | Divulgação Brasil de Tuhu (páginas 8 a 10), Divulgação Grupo Pão de Açúcar (página 13), Divulgação Catavento (página 15) e Acervo Wilson Sons

E-mail | [email protected]

GRupo WilSoN SoNS – CEoCézar Baião CFo e Relações com investidores Fernando Salek Vice-presidente de Rebocadores, offshore, Agenciamento e EstaleirosArnaldo Calbucci Vice-presidente de Terminais e logísticaSérgio FischerCoordenação editorialComunicação & Sustentabilidade

Os artigos assinados e as opiniões são de total responsabilidade de seus autores.Nenhum material desta publicação pode ser reproduzido sem prévia autorização.

Rua da Quitanda, 86 - 5º andar Centro | Rio de Janeiro | RJ Cep: 20091-005T 55 21 3504-4222 www.wilsonsons.com.br

empresa associada

SumárioResponsabilidade socialWilson Sons patrocina o projeto Brasil de Tuhu, que leva educação musical para escolas públicas de diversas cidades brasileiras. Alunos e professores aprendem, assistem a concertos e participam de apresentações.

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Eficiência energéticaCom o consumo de energia se aproximando perigosamente do volume gerado, empresas investem em iniciativas para reduzir o uso, seja por meio de estudos ou por troca de equipamentos.

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SustentabilidadeResultado da evolução de sua agenda de sustentabilidade, Wilson Sons celebra iniciativas internas que geraram resultados e podem servir de aprendizado para outros negócios da companhia.

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TAmBém NESTA EDição

Giro pela WSOperações especiais da Wilson Sons Rebocadores e da Wilson Sons Agência e a chegada de um novo PSV

TerminalEm parceria com a Braskem, Tecon Rio Grande reinaugura o

Terminal de Santa Clara (Contesc)

LogísticaWilson Sons Logística amplia a área do Centro de Distribuição de Santo André

EstudoTecon Salvador realiza simulações para receber navios maiores após a expansão

MemóriaOs 10 anos do Centro de Memória Wilson Sons, que preserva o passado da companhia e ajuda a pensar seu futuro

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4 Dezembro 2016 NEW,S

Giro pela WSGiro pela WS

A Wilson Sons Agência, empresa do Grupo Wilson Sons especializada na prestação de serviços de atendimento a navios e de representação comercial, atuou em setembro no primeiro em-barque de soja realizado no Porto de Santana, no Amapá, principal porta de entrada e saída de cargas da região amazônica. O carregamento de 25.121 toneladas de soja contratado pela an-glo-suíça Glencore foi transportado

pela Companhia Norte de Navegação e Portos (Cianport), empresa de lo-gística com atuação em portos, mo-dais e frotas f luviais.

“Este atendimento é um marco im-portante para a companhia, já que nos-sa estrutura na região nos permite aten-der nossos clientes em diversos portos, utilizando a expertise local aliada ao conhecimento dos especialistas de ca-da segmento do Grupo”, ressalta o di-

retor executivo da Wilson Sons Agên-cia, Christian Lachmann. Ele destaca ainda que a Glencore já era cliente da companhia em outras operações.

Para esse primeiro embarque de soja, a carga foi levada de Miritituba (PA) até o Porto de Santana pelo mo-dal rodoviário, mas a expectativa é de que em breve a maior parte da carga seja transportada nesse trecho pelo modal f luvial.

Primeiro embarque de soja no Porto de SantanaWilson Sons Agência participou de operação no Amapá com 25 mil toneladas da commodity

NEW,S Dezembro 2016 5

A frota da Wilson Sons Ultratug Offshore acaba de ganhar mais uma embarcação. A companhia, uma joint venture entre o Grupo Wilson Sons e o Grupo Ultramar, recebeu em no-vembro o PSV Pinguim. Construído pela Wilson Sons Estaleiros no Gua-rujá (SP), foi encomendado a partir do resultado da sexta rodada do Programa de Renovação da Frota de Apoio Ma-rítimo (Prorefam).

Uma característica importante do Pinguim é o seu porte de 5.000 tonela-

das. Esse é o segundo PSV desse tipo na frota da companhia, já que o Larus, recebido em julho, tem as mesmas es-pecificações. Ambos têm contrato as-sinado com a Petrobras.

“Da mesma maneira que fizemos com o Larus, fomos além da exigên-cia do Prorefam e encomendamos o Pinguim com porte de 5.000 tonela-das. Com isso, podemos oferecer uma embarcação superior para nosso clien-

te, reforçando nosso compromisso em construir e oferecer soluções de alto valor percebido em operações offsho-re”, af irma o diretor executivo da Wilson Sons Ultratug Offshore, Gus-tavo Machado.

Essa é a 22ª embarcação da com-panhia. A Wilson Sons Ultratug Offshore possui 19 PSVs em operação com a Petrobras e outros dois dispo-níveis para novos projetos no Brasil.

A Wilson Sons Rebocadores parti-cipou, em agosto, da primeira ma-nobra de entrada e atracação de cas-co da FPSO (Floating Production Storage and Off loading) P-74, uma unidade f lutuante de produção, ar-mazenamento e transferência de pe-tróleo. A operação, realizada no cais do Estaleiro EBR, na cidade de São José do Norte (RS) e, Monitorada pela Central de Operações de Re-bocadores (COR) do Grupo, envol-veu 27 funcionários e três reboca-dores: Aquarius, Crater e Vela.

O casco da P-74, com 326 metros de comprimento, 56 metros de largu-ra e 28 metros de altura, estava no Estaleiro Inhaúma (RJ) antes de ser levado para Barra do Rio Grande. A manobra, embora complexa, por ser o primeiro casco a atracar no estalei-ro EBR, correu conforme planejada, sem falhas e obtendo o resultado es-perado. Não houve qualquer anor-malidade reportada pelos comandan-tes durante a operação. “Nossos rebocadores atuaram de forma pre-cisa e de acordo com as orientações

dos práticos encarregados pela ma-nobra”, conta o gerente da Wilson Sons Rebocadores Ricardo Patta.

O FPSO P-74 é uma plataforma de produção da Petrobras, projetada para operar nos campos do pré-sal. Agora, para as ações de integração e içamento dos módulos, haverá necessidade de movimentações do casco ao longo do cais do estaleiro, o que deve demandar a equipe da Wilson Sons na continuidade das operações que irão se estender até o f inal do projeto.

PSV Pinguim pronto

Rebocadores participam de manobra da P-74

Embarcação é o segundo pSV 5.000 da Wilson Sons ultratug offshore

operação no Rio Grande do Sul contou com três embarcações

6 Dezembro 2016 NEW,S

Giro pela WSTerminal

Após sete anos parado, o Terminal Santa Clara, em Triunfo (RS), voltou a operar. Uma parceria entre o Grupo Wilson Sons e a Braskem permitiu que a movimentação de contêineres fosse retomada, garantindo que as cargas que saem do Polo Petroquímico de Triun-fo pudessem ser transportadas pelo Rio Jacuí até o Porto de Rio Grande. Ba-tizada de Contesc, a unidade foi inau-gurada em setembro e ocupa o Píer IV.

O terminal tem capacidade de 100 mil TEU, que representa 15% do volume de contêineres movimenta-dos no Tecon Rio Grande. A inicia-tiva oferece ao mercado alternativa para uma redução de custos logísti-cos e operacionais.

Segundo o diretor presidente do Tecon Rio Grande, Paulo Bertinetti, o terminal está situado em uma área com grande potencial, considerando produtos como resinas, congelados, fumo, máquinas, couro, aço, móveis, cavaco de madeira, entre outros, de em-presas localizadas em um raio de até 100 quilômetros do Polo Petroquími-co. “Trata-se de um projeto altamen-te estratégico para o estado. Temos um modal no qual conseguimos criar me-lhorias, alavancar projetos logísticos com redução de custos, eliminar riscos de acidentes e avarias, reduzindo um grande percentual de emissão de ga-ses”, afirma Bertinetti.

A Wilport, empresa do Grupo Wilson Sons, será responsável pela operação e prospecção de empresas. Inicialmente, o Contesc será o ponto de partida para transportar, pela hidrovia, grande par-te das cargas de resinas da Braskem pa-ra o Rio Grande, atualmente embar-cadas por rodovia.

“O acordo vai aumentar expressi-vamente o f luxo de cargas do Polo Petroquímico, em Triunfo, e o Porto de Rio Grande, que até então estava restrito a cargas líquidas da Braskem”, afirma Hardi Schuck, diretor de lo-gística da Braskem.

Tecon Rio Grande reinaugura Contesc

Nova unidade possibilitará transporte hidroviário entre o Polo Petroquímico de Triunfo e o Porto de Rio Grande

NEW,S Dezembro 2016 7

Giro pela WSLogística

A Wilson Sons Logística mais que triplicou a área do seu Centro de Distribuição em Santo André. A uni-dade incorporou recentemente par-te de um armazém vizinho às suas instalações, aumentando seu espaço total dedicado à armazenagem do-méstica de 5 mil m² para 17 mil m².

O centro de distribuição tem lo-calização estratégica e privilegiada ao lado da EADI Santo André, o maior porto-seco de São Paulo, e foi idealizado para oferecer, em um úni-co local, serviços completos de ca-deia integrada, com soluções para os clientes que realizam operações de importação e exportação no termi-nal alfandegado.

Segundo o diretor executivo da Wilson Sons Logística, Thomas Rittscher III, a expansão vai forta-lecer ainda mais a plataforma regio-nal da companhia em São Paulo. Para ele, ao optar pelas soluções ofe-recidas pela empresa, os clientes ga-nham tempo e agilidade.

“Um dos principais benefícios pa-ra os clientes é uma economia de cer-ca de 60% nos custos logísticos, a trans-ferência das cargas para outro armazém ou centro de distribuição após o de-sembaraço aduaneiro, além de con-centrar as operações logísticas em um

único local, desde a entrada da mer-cadoria no Brasil”, informa o execu-tivo. Rittscher ainda destaca a redução do lead time (período entre o início de uma atividade e o seu término) como um grande diferencial, viabilizando a disponibilidade do produto em até 24 horas após a nacionalização.

Com o novo espaço, que já está em operação após passar por ajustes na in-fraestrutura, a Wilson Sons Logística

assume também dois clientes novos. Entre os serviços oferecidos pelo centro de distribuição estão arma-zenagem geral ou sob regime de f i-lial, salas/escritórios exclusivos para clientes, operações dedicadas, servi-ços customizados (etiquetagem, ro-tulagem e montagem de kits) e trans-porte de transferência ou distribuição para os clientes finais em todo o ter-ritório nacional.

Centro de Distribuição de Santo André triplica de tamanhounidade em Santo André ganhou mais 12 mil m² de armazéns

Um menino ávido por música teve contato com instrumentos musicais entre o final do século XIX e o início do século XX no Rio de Janeiro. Po-deria ser um menino qualquer se não tivesse se tornado o mais conhecido músico da história do Brasil: Heitor Villa-Lobos. Para a sorte dele, o pai era violoncelista, o que facilitou o apren-dizado. No entanto, o que ocorre com tantas outras crianças que poderiam desenvolver seus talentos, mas não têm instrumentos à disposição?

Inspirado pelo compositor das Ba-chianas Brasileiras, o projeto Brasil de

Tuhu surgiu em 2009. O nome, in-clusive, remete ao famoso maestro, que, quando pequeno, gostava de imi-tar todos os sons que ouvia, inclusive o barulho do trem, o que lhe rendeu o apelido de Tuhu.

O trabalho foi impulsionado pela Lei Federal nº 11.769/2008, que inclui a música na grade curricular das esco-las. O projeto visita colégios públicos de diversas cidades do país, realizando uma série de eventos, que incluem vi-vência musical, oficina gratuita de ca-pacitação em musicalização infantil e concertos didáticos com o renomado Quarteto Radamés Gnattali.

O Brasil de Tuhu já percorreu mais de 140 escolas públicas de 36 municí-

pios, em 17 estados do país, levando a música para mais de 15 mil jovens. Além de assistir aos concertos, os es-tudantes também têm a oportunidade de participar das apresentações, co-nhecendo instrumentos como o vio-lino, a viola e o violoncelo e intera-gindo com os músicos em brincadeiras musicais que trabalham noções de rit-mo, harmonia e melodia.

Paralelamente, os professores e educadores participam de oficinas de capacitação em que são apresentadas técnicas e exercícios para a prática da musicalização em sala de aula. As ati-vidades combinam jogos, perfor-mances e diferentes recursos didá-ticos para estimular a expressão e o conhecimento da música como prá-tica coletiva.

“O objetivo dos encontros é esti-mular o pensamento, a expressão e o conhecimento a partir da música, além de ajudar na transformação do atual cenário do ensino musical nas escolas país afora”, afirma Carla Rincón, vio-linista do Quarteto Radamés Gnat-tali e coordenadora pedagógica do Brasil de Tuhu.

Toda a inspiração para as ações do programa surgiu a partir do Guia Prá-tico, de Heitor Villa-Lobos. Trata-se de uma coletânea de cantigas de roda rearranjadas pelo maestro e compositor brasileiro nos anos 1930, resultado de

Música pelo Brasilprojeto Brasil de Tuhu leva concertos e oficinas a escolas públicas

Responsabilidade social

8 Setembro 2016 NEW,S

Projeto realiza oficina de capacitação para professores e educadores

“o objetivo dos encontros é estimular o pensamento, a expressão e o conhecimento a partir da música, além de ajudar na transformação do atual cenário do ensino musical nas escolas país afora.”

Carla Rincón, violinista do Quarteto Radamés Gnattali e coordenadora pedagógica do Brasil de Tuhu.

sua incursão pelo país, em busca dos elementos formadores de nossa cultura.

Entre os caminhos do Brasil de Tuhu, que conta com patrocínio da Wilson Sons e realização da Baluarte Cultura, estão cidades muito familiares ao Gru-po Wilson Sons, como Rio de Janeiro, Niterói (RJ), Guarujá, Santo André (SP), Rio Grande (RS), Salvador (BA) e Ipojuca (PE), onde há importantes operações da companhia.

“A Wilson Sons se preocupa com o relacionamento com a população local das áreas em que tem opera-ções. Apostamos em projetos que privilegiam a formação técnica e prof issional de jovens e crianças em situação de vulnerabilidade social. Estamos engajados nessa agenda, que tem nos trazido resultados po-sitivos. Apenas em 2016, até setem-bro, patrocinamos projetos que aten-deram a mais de 3.500 crianças em quatro estados do país. Temos mui-to orgulho de contribuir para a for-mação desses jovens e facilitar a inserção deles no mercado de tra-balho”, explica a diretora de De-senvolvimento Organizacional do Grupo Wilson Sons, Aléa Fiszpan.

mAiS mÚSiCAAlém das ações presenciais, o Brasil de Tuhu tem também iniciativas di-gitais, como o aplicativo Tuhu Musi-cal, com jogos educativos para crian-

ças de 4 a 8 anos; as Videoaulas com grandes instrumentistas da música bra-sileira; a Rádio Tuhu, com podcasts temáticos sobre personalidades da mú-sica; a Revista Tuhu, em que impor-tantes aspectos da educação musical são debatidos; e o guia didático Brin-cando de Música com Tuhu, uma fer-ramenta de auxílio a educadores com referências de exercícios para a práti-ca de musicalização em sala de aula.

No ano passado, foi lançado o CD Brasil de Tuhu Vol. I, com 14 músicas do Guia Prático do Villa Lobos in-terpretadas pelo Quarteto Radamés Gnattali e por grandes convidados, como Zeca Pagodinho, Elba Rama-lho, Joyce Moreno e Mauro Senise, entre outros. Todo o conteúdo do projeto, bem como a agenda de even-tos presenciais, pode ser acessado pe-lo site www.brasildetuhu.com.br.

NEW,S Setembro 2016 9

Estudantes participam de apresentações com o Quarteto Radamés Gnattali

10 Dezembro 2016 NEW,S

Eficiência energética

NEW,S Dezembro 2016 11

Para não faltar energia

Empresas investem em estudos e soluções para alcançar modelos de eficiência

Chegamos muito perto de uma grande crise energética, e quem nos salvou foi a crise econômica. Parece até estranho afirmar isso, mas, se as projeções de consumo de muitos es-pecialistas tivesse se confirmado, a geração de energia elé-trica no Brasil não teria sido suficiente para manter casas iluminadas e indústrias em funcionamento. De acordo com dados do Ministério de Minas e Energia (MME), o consu-mo no país em 2015 foi de 522,8 Terawatts-hora (TWh), número muito próximo dos 581,5 TWh gerados.

A preocupação cresce quando avaliamos que projetos de geração de energia elétrica não ficam prontos em pouco tem-po. Com uma matriz elétrica majoritariamente hidráulica (64% da geração), o Brasil precisará tirar grandes projetos do papel para garantir que as luzes continuem acesas. E, para não contar apenas com a sorte, o brasileiro vai precisar uti-lizar a energia de forma mais eficiente.

Eficiência energética não é novidade desde que a palavra “racionamento” passou a fazer parte do vocabulário dos bra-sileiros com o chamado Apagão de 2001. Na época, condi-ções climáticas somadas à falta de investimentos em infraes-trutura mostraram para o país que, mesmo com a abundância de recursos naturais para geração, era preciso agir de manei-ra consciente na hora de consumir energia.

O risco de uma nova crise de abastecimento de água im-prime ainda mais urgência sobre a questão. Na opinião do especialista em eficiência energética Tomaz Nunes Caval-cante Neto, professor do Departamento de Engenharia Elé-trica da Universidade Federal do Ceará (UFC), apesar de no

12 Dezembro 2016 NEW,S

último período de recomposição hí-drica – de novembro de 2015 a maio de 2016 – as chuvas terem sido bem melhores do que nos últimos anos, a situação dos principais reservatórios das hidrelétricas – especialmente os que atendem à região Sudeste, onde concentra-se o consumo – ainda não apresenta um cenário satisfatório na relação entre oferta e demanda de energia elétrica.

Para o professor, embora a matriz elétrica brasileira esteja se diversifi-cando, principalmente pela geração eólica (tema abordado na NEW,S 62, de março de 2016), ainda não estaria confortável. Somada à expectativa de reativação da economia, a situação enfatiza a necessidade de expansão do parque de geração e a diversificação da matriz primária de energia.

Algumas medidas, contudo, seriam imprescindíveis a essa mudança de realidade, como a conscientização da so-ciedade sobre o uso responsável da ener-gia e a consolidação de um mercado para as empresas que trabalham com eficiência energética (ESCO, do inglês

Energy Services Company). “Também é preciso implementar políticas públi-cas mais efetivas nessa área”, comple-menta Cavalcante.

Atenta a essas demandas, a indús-tria farmacêutica B. Braun acionou uma equipe multidisciplinar (enge-nharia, logística, meio ambiente, ar-quitetura, entre outras áreas), além de contratar parceiros, a fim de encontrar soluções sustentáveis para a constru-ção do seu Armazém Logístico em Guaxindiba, em São Gonçalo, RJ.

O complexo apresenta um projeto arquitetônico que aproveita ao máxi-mo a luz solar e a ventilação natural, resultando em uma redução de 40% no consumo de energia em ambientes internos e de 35% em ambientes ex-ternos. O empreendimento seguiu padrões de qualidade e princípios de ecoeficiência, atendendo também a conceitos arquitetônicos contempo-râneos, com espaços humanizados, sustentáveis e de alta tecnologia.

“Cerca de 80% dos resíduos gera-dos durante a construção tiveram ou-tras formas de destinação que não o aterro industrial. Outra importante conquista foi a redução de consumo energético da ordem de 21% em nos-so regime operacional”, destaca Ri-cardo Suzart, gerente de Engenharia e Meio Ambiente da B. Braun.

A iniciativa rendeu à empresa, em

junho do ano passado, o Prêmio Firjan de Ação Ambiental, na categoria Ges-tão de Gases de Efeito Estufa e Efici-ência Energética. Além disso, recebe-ram uma certificação internacional de construções verdes, a LEED NC (Le-adership in Energy and Enviromental Design – New Construction), nível Gold (Ouro), concedida pelo GBC Brasil (Green Building Council).

Já no segmento de varejo, o Grupo Pão de Açúcar pretende implementar em 2017 projetos de eficiência ener-gética em sistemas de refrigeração, ar condicionado e iluminação em mais de 150 lojas do Rio de Janeiro, de São Paulo e da região Nordeste do país, cerca de 20 por mês até de-zembro, em continuidade ao traba-lho iniciado em 2015. O programa é implantado pela GreenYellow, em-presa do Grupo Casino, e tem a pro-posta de reduzir o impacto do setor no meio ambiente, reduzir custos operacionais e aumentar o desempe-nho das lojas.

Com essas mudanças, a diminui-ção média de consumo total de energia em cada uma das unidades está em 25%. E a GreenYellow re-cebe todo mês o equivalente ao va-lor economizado na conta de ener-gia, por um período determinado, que pode variar de loja para loja, de acordo com o contrato, que é individualizado.

As adaptações começaram com os hipermercados e agora se estendem para as redes Extra e Pão de Açúcar. Cinco centrais de distribuição tam-bém estão sendo modificadas. A con-clusão desse trabalho, prevista para daqui a dois anos, consolidará apro-ximadamente 500 lojas modificadas. A energia (62 mil MWh) que deixou de ser consumida nas lojas Hiper Ex-tra já beneficiadas é equivalente, por exemplo, ao consumo residencial anu-al de uma cidade como Campos de Jordão (SP).

Na Wilson Sons, troca de lâmpadas e equipamentos levaram a 17% de economia à conta de energia nas sedes do Rio de Janeiro

NEW,S Dezembro 2016 13

As ações são customizadas para ca-da uma das lojas: lâmpadas antigas são substituídas por LED e novas linhas de iluminação automatizadas permi-tem alternar a luminosidade e plane-jar a quantidade de luz em diferentes setores. Acrescenta-se ainda a adoção de melhorias no sistema de refrige-ração com o fechamento de ilhas e balcões, instalação de inversores de frequência e automação e novas re-gulagens no ar-condicionado.

“É feito um estudo minucioso para identif icar oportunidades em cada uma das lojas e adequar o sis-tema de ar-condicionado, ilumina-ção e refrigeração à necessidade. Aproveita-se a luz natural e auto-matiza-se todo o processo, de modo a evitar desperdício”, afirma Pierre--Yves Mourgue, diretor presidente da GreenYellow.

Todas as intervenções são perma-nentemente monitoradas por uma equipe que recebe alarmes caso ocorra alguma não conformidade e imediatamente entra em contato com o responsável da loja para as devidas correções.

Uma empresa que adota modelos de eficiência energética, porém, não se torna mais competitiva apenas pe-

la economia em suas despesas opera-cionais, mas também por se tornar mais atraente àqueles clientes que obedecem a exigências ambientais. Exemplo disso, a Schottel do Brasil Propulsões Maríti-mas desenvolveu um propulsor alta-mente eficiente e otimizado, o Schottel EcoPeller (SRE).

O novo EcoPeller oferece mais efi-ciência ao manter a estabilidade geral do navio, o que gera um menor con-sumo de combustível – sem falar nos baixos custos operacionais e baixas emissões de dióxido de carbono. O princípio do SRE baseia-se em um motor elétrico vertical integrado ao propulsor azimutal. Com isso, o pro-jeto apresenta uma tecnologia elétrica mais verde que a queima de diesel. O projeto rendeu à companhia o Prêmio de Eficiência Energética na Confe-rência de Engenharia Marítima em Amsterdã, na Holanda.

“O modelo atende às exigências do mercado de rebocadores nos Es-tados Unidos, por exemplo, apresen-tando um propulsor de motor híbri-do, que funciona com diesel ou bateria. Como tais regulamentações tendem a se estender a outras áreas e países, essa tecnologia pode nos tor-nar mais competitivos”, acredita o

gerente de projetos e vendas da Schot-tel Brasil, David Souza.

Na busca por esse desempenho mais competitivo, em dezembro de 2015, a Basf lançou na América do Sul o programa Triple E (Excellence in Energy Eff iciency) no Complexo Químico de Guaratinguetá (interior de São Paulo), mas a ideia é estendê--lo às unidades Demarchi, em São Bernardo do Campo (SP), Camaça-ri (BA), e Concón (Chile). Entre as medidas estão substituição de equi-pamentos, instalação de inversores de frequência, instalação de placas solares e até um sistema de cogeração de energia – elétrica e térmica.

“O primeiro passo para a concep-ção do Triple E foi a criação de um time multifuncional para gestão das ações, que tem como missão avaliar oportunidades e fomentar melhorias nas práticas para a gestão de energia nos processos. Entre as medidas a se-rem adotadas, está a norma interna-cional ISO 50001, que auxilia as em-presas a estabelecer práticas mais eficientes e modernas no uso desse recurso”, explica o diretor de infraes-trutura da Basf para América do Sul e do Complexo Químico de Guara-tinguetá, Patrick Silva.

A Wilson Sons também está em-penhada em diminuir os custos com energia. Entre as iniciativas está a criação do Escritório do Futuro, em suas sedes no Rio de Janeiro (Centro e Jardim Botânico). Os investimentos incluíram a troca da iluminação in-candescente por iluminação de LED, compra de equipamentos mais ef i-cientes e implementação de programa de redução de consumo com campa-nha de conscientização e de rotinas que previam desligamento de equi-pamentos em horários preestabeleci-dos. Com isso, houve redução de 17% na conta de luz no primeiro semestre de 2016, comparado ao mesmo perí-odo em 2015.

Grupo Pão de Açúcar está investindo na eficiência energética em mais de 150 lojas

14 Dezembro 2016 NEW,S

Sustentabilidade

A sustentabilidade é feita no dia a dia e por todos os colaboradores. Para reforçar essa ideia em todos os seus negócios, o Grupo Wilson Sons criou um modo de selecionar e dar o de-vido reconhecimento às suas melho-res iniciativas: os Ciclos de Susten-tabilidade. Ao longo de 2016, três ciclos apontaram oito cases que de-ram resultado e poderiam servir co-mo base para que outras empresas os reproduzissem.

“Os Ciclos de Sustentabilidade são um sinal do amadurecimento dessa agenda na nossa companhia”, comen-ta o CEO do Grupo Wilson Sons, Cézar Baião. “Estamos mostrando agora para todo o Grupo o que os co-laboradores têm feito e quais os im-pactos dessas iniciativas. Algumas re-sultaram em redução de custo, outras em geração de receita, e muitas ser-virão de exemplo para o desenvolvi-mento de novos cases.”

A diretora de Desenvolvimento Organizacional da Wilson Sons, Aléa Fiszpan, explica que os cases selecionados foram avaliados a par-tir de cinco critérios: resultado f i-nanceiro, escalabilidade, perenida-de, nível de maturidade do trabalho e relação com os temas materiais da companhia.

Exemplo a ser seguido

“Algumas iniciativas dos Ciclos de

Sustentabilidade resultaram em redução de custo, outras em geração de receita, e muitas servirão de exemplo para o desenvolvimento de novos cases.”Aléa Fiszpan, diretora de Desenvolvimento Organizacional da Wilson Sons

Ciclos de Sustentabilidade da Wilson Sons reconhecem iniciativas dos negócios que podem servir de aprendizado para todo o Grupo

NEW,S Dezembro 2016 15

“Nossos temas materiais envolvem segurança, gestão de pessoas, gestão am-biental, tecnologia e inovação, eficiên-cia energética, ampliação das exigências e o novo cenário competitivo. Os temas foram estabelecidos a partir de estudos, tendências globais, aspectos capazes de contribuir para a melhor gestão de ris-cos e oportunidades e entrevistas com stakeholders e executivos sobre questões relevantes para a empresa. Os Ciclos de Sustentabilidade são uma forma de tan-gibilizar para a companhia a relevância dos temas no dia a dia da operação”, reforça a diretora.

Segundo Aléa, a mensagem que os ciclos passam para os negócios é de que a sustentabilidade é feita na pon-ta e têm a ver com a agenda do pró-prio negócio. “Ações de sustentabili-dade não precisam ser grandiosas, mas costumam transformar o processo de trabalho e criar novas rotinas mais conscientes. Tudo isso ajuda o negó-cio a ser mais eficiente”, afirma.

Ao lado da Wilson Sons nesse proje-to está a consultoria Catavento, parceira da companhia na agenda de sustentabi-lidade. Ficou a cargo deles o desenvol-vimento da metodologia de seleção de iniciativas e o gerenciamento do tra-balho dentro da empresa. Além disso,

explica a consultora Clarissa Lins, a Catavento paticipou na avaliação dos cases, mas a decisão final foi tomada pela própria Wilson Sons.

“Queríamos desmistificar os temas ligados à sustentabilidade envolvendo as operações. Conseguimos mostrar na prática a importância de buscar o aumento na eficiência energética e hí-drica e a redução na interrupção do trabalho, por exemplo. Isso passa a fa-zer parte da mentalidade dos colabo-radores e fortalece a visão da susten-tabilidade no Grupo”, comenta.

“Essa agenda não pertence ao corporativo, mas a todos. os Ciclos de Sustentabilidade nos permitem trocar experiências e escalar boas práticas para todos os negócios.”

Clarissa lins, sócia da Catavento

16 Dezembro 2016 NEW,S

Sustentabilidade

Clarissa conta que o modelo foi desenvolvido do zero, de acordo com as características da Wilson Sons, res-peitando a diversidade nas operações. “Essa agenda não pertence ao corpo-rativo, mas a todos. Os Ciclos de Sus-tentabilidade nos permitem trocar experiências e escalar boas práticas para todos os negócios.”

Essa diversidade pode ser vista nos resultados dos três ciclos. Entre as ini-ciativas selecionadas estão ações de seis empresas do grupo – Wilson Sons Rebocadores, Tecon Salvador, Tecon Rio Grande, Wilson Sons Agência, Wilson Sons Logística e Brasco.

TEmAS mATERiAiS� Segurança� Atração, retenção e qualificação de pessoas� Novo cenário competitivo� Gestão ambiental� Tecnologia e inovação� Ampliação das exigências� Eficiência energética, emissões

e novos combustíveis

CooRDENADA

Os cases selecionados pelos Ciclos de Sustentabilidade mostram como o trabalho

nesse segmento possui características diversas de acordo com os negócios que de-

senvolvem as ações. Entre as iniciativas que mais se destacaram no ano passado es-

tão o projeto de economia e reúso de água no Tecon Salvador, a automação de gates

do Tecon Rio Grande e as ações de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) da

Wilson Sons Agência, que foram fundamentais para a conquista de um novo cliente.

Reúso de águaCom uma conta de água muito cara, o Tecon Salvador se viu obrigado a mudar práticas internas para reduzir custos. O primeiro passo foi a insta-lação de hidrômetros para cada área do terminal e monitoramento em tempo real do consumo, que chegou a apontar que 8% da água que che-gava ao Tecon era perdida em vazamentos.

Em seguida, a empresa passou a estocar e reaproveitar parte da água consumida. A oficina de máquinas, por exemplo, foi construída há dois anos com esse objetivo, mas ações semelhantes estão ocorrendo em todo o Tecon, gerando economia que pode chegar a 45% em alguns meses. O sucesso foi tão grande que outros negócios do Grupo Wilson Sons já es-tão se inspirando na iniciativa.

Automação de gatesO Tecon Rio Grande investiu US$ 1,6 milhão na automação

dos portões de acesso rodoviário (gates), em um projeto com dois anos de duração (2014/2015). A iniciativa reduziu de cin-

co minutos para 30 segundos o tempo de aten-dimento aos caminhões. O projeto envolveu diretamente as áreas de TI e Operação, re-

modelando o processo de recebimento e en-trega de contêineres por modal rodoviário,

substituindo os operadores de gate por quios-ques de autoatendimento com identif icação

biométrica do motorista.A solução compreende também seis portais com

a tecnologia OCR (Optical Character Recognition). Quando os caminhões passam, são capturadas as informações das

placas e dos contêineres sem que o caminhão precise parar. A auto-mação também contempla a pesagem da carga de forma automática,

controle do f luxo dos caminhões com barreiras integradas e impressão térmica do tíquete de entrega/recebimento do caminhão. O sistema es-tá preparado para atender mais de 2 mil caminhões por dia, operando 24 horas nos sete dias da semana.

Novo clienteA excelência em segurança fez a diferença na conquista de um novo con-trato pela Wilson Sons Agência. A companhia foi chamada para participar de uma concorrência, porém declinou em função do preço negociado. Algum tempo depois, contudo, convidou a equipe dessa empresa para que conhecesse melhor o trabalho da Wilson Sons, inclusive na gestão de SMS.

A empresa identificou que as competências da Wilson Sons Agência estavam alinhadas às suas expectativas, e a partir disso as negociações fo-ram reabertas. Houve nova proposta de preço e o contrato foi assinado pouco depois.

CRiTéRioS pARA SElEção DE iNiCiATiVAS

Resultado financeiro

Escalabilidade (capacidade de

reprodução)

perenidade (ganhos futuros)

maturidade das iniciativas

Estar conectada aos temas materiais

NEW,S Dezembro 2016 17

Estudo

As obras de expansão ainda nem co-meçaram, mas o Tecon Salvador já está de olho nos navios maiores que poderá receber. A empresa realizou, em outubro, um estudo para repro-duzir as operações de atracação e de-satracação de embarcações com com-primento de 334 a 366 metros, seguindo a tendência mundial. As si-mulações foram realizadas no Institu-to Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), no Rio de Janeiro.

“Esse é um estudo reconhecido pelo mercado, pois evita a necessi-dade de operações experimentais e otimiza o tempo da operação, mi-nimizando riscos”, comenta o dire-tor de Operações do Tecon Salvador, Sergio Gonçalves.

Sob coordenação do próprio INPH, a análise contou ainda com a participa-ção da Companhia das Docas do Esta-do da Bahia (Codeba), da Capitania dos Portos de Salvador, da Diretoria de Por-tos e Costa (DPC) e da praticagem. O comando dos navios ficou a cargo dos práticos, enquanto a operação dos re-bocadores foi executada por um coman-dante da Wilson Sons Rebocadores.

“É uma experiência indescritível. Estar sentado ali na sala e ter a sensação de estar realizando uma manobra, uma operação com um navio gigante e um rebocador ultramoderno, é muito in-teressante. Foi muito gratificante par-ticipar desse estudo”, conta o coman-dante Josélio Teófilo Paixão, que faz parte do Grupo há 28 anos.

O trabalho começou muito antes das simulações. Com seis meses de antecedência, foram modeladas as con-dições de mar e vento e as caracterís-ticas dos navios e dos rebocadores. Com isso preparado, deu-se início à análise, que durou uma semana.

Esse estudo é uma das etapas a se-rem cumpridas para que o Tecon Sal-vador obtenha autorização para rece-ber navios desse porte e, inclusive, consiga operá-los simultaneamente.

No caminho da expansão

Simulações foram realizadas no INPH para testar as operações com embarcações maiores

preparando-se para receber navios maiores, Tecon Salvador investe em simulações

18 Dezembro 2016 NEW,S

Memória

Para uma companhia prestes a com-pletar 180 anos, parece natural olhar para o passado. Um trabalho estru-turado de responsabilidade histórica, contudo, teve início há dez anos, com a criação do Centro de Memó-ria Wilson Sons.

O conceito de responsabilidade histórica vem se transformando e ganhando importância em compa-nhias mais antigas. Evoluiu de uma prática preservacionista, que consis-ta simples organização e manutenção de acervos, para a utilização dos ma-teriais históricos em estudos volta-dos a compreender a evolução dos negócios e entender seu papel em relação aos stakeholders.

No Brasil, várias empresas têm se dedicado a projetos dessa natureza, a começar por aquelas que surgiram das premissas do desenvolvimento econô-mico nacional, como Vale e Embraer, e que, portanto, são protagonistas de fases importantes da história econômi-ca do país. Além disso, grupos nacio-nais de origem familiar, como Ultra e Suzano, também começaram a realizar a gestão de sua memória entre os anos 1990 e a década de 2000. Mais recen-

temente, empresas dos mais variados setores, instituições de classe e ONGs têm se dedicado a projetos de preser-vação e disseminação de sua memória. A história dessas organizações, afinal, é boa parte da história dos respectivos segmentos econômicos e socioculturais.

É esse o papel que o Centro de Me-mória Wilson Sons vem cumprindo desde sua inauguração, em 2006. Sob a coordenação da Gerência de Comu-nicação & Sustentabilidade, o Centro reúne cerca de 5 mil itens de acervo, entre documentos, fotografias, filmes e peças, além de muitas entrevistas registradas com profissionais que fi-zeram e fazem parte dessa história, direta ou indiretamente. Todos os ma-teriais estão disponíveis para consulta no próprio Centro de Memória.

No entanto, o papel mais impor-tante que o Centro de Memória vem cumprindo é o de fornecer informa-ções qualificadas aos gestores e dar suporte informativo a vários produ-tos, como livros que contam a histó-ria da empresa e campanhas de co-municação, colaborando ativamente para destacar o protagonismo dos co-laboradores da Wilson Sons.

Uma década de responsabilidade históricaCentro de memória Wilson Sons completa dez anos preservando a história da companhia

NEW,S Dezembro 2016 19

“O Centro de Memória tem ti-do um papel crescente no compar-tilhamento de informações entre todos que fazem parte da história da companhia”, af irma a gerente de Comunicação & Sustentabili-dade do Grupo Wilson Sons, An-gela Giacobbe. “Acreditamos que, ao cultivar e divulgar os fatos que nos trouxeram até esses quase 180 anos, damos ainda mais visibilida-de ao nosso compromisso com o desenvolvimento do Brasil.”

Porto de Tubarão completa 50 anos

O Porto de Tubarão, terminal graneleiro no município de Vitória (ES), completou 50 anos em 2016. Administrado pela Vale, é um dos principais portos de exportação de minério de ferro do mundo. A Wilson Sons atua no local ao longo de grande parte da história do terminal.

A companhia iniciou a operação de rebocadores no Porto de Tubarão em 1975, por meio da Servemar. Antes, porém, já fazia atendimentos co-mo agência marítima para as embarcações.

Atualmente, a Wilson Sons possui três rebocadores em Vitória, que atendem não só a Tubarão, como aos demais terminais ao longo da costa capixaba. A frota é composta por um rebocador da classe ASD 2810 e dois da classe ASD 2411, sendo essa última com tração estática (bollard pull) su-perior a 70 toneladas. Esse é um importante diferencial para a região, já que o Porto de Tubarão recebe navios Valemax, atualmente os maiores para carregamento de granel sólido do mundo.

Trabalhando lá há 32 anos, 25 deles pela Wilson Sons, o supervisor de Agenciamento da Filial Vitória, Gevaldo Bianchi, viu boa parte do desen-volvimento do Porto de Tubarão. Ele destaca que os navios ficaram maio-res, os rebocadores estão mais potentes e a tecnologia para atender aos clientes aumentou.

“Foi muita transformação. Antes, os navios que transportam miné-rio f icavam três dias atracados aqui. Agora, o carregamento serviço é feito em 20 horas. Essa diferença de tempo traz mais receita para todas as empresas”, comenta o supervisor. Bianchi lembra ainda que, quando trabalhava como visitador de navios na década de 1990, era preciso ir à bordo com a embarcação ainda no ancoradouro por exigência da au-toridade sanitária. Hoje, os profissionais só entram no navio quando já está atracado.

Outra mudança citada por ele foi o crescimento da preocupação com a segurança e o maior profissionalismo de todos os envolvidos nas ope-rações. “Todos conseguimos conversar ‘na mesma língua’ atualmente, independentemente da função ocupada no porto. Isso aumenta muito a eficiência do trabalho”, diz Bianchi.

ESTRuTuRAO complexo portuário de Tubarão diversificou suas operações ao longo do tempo, e hoje é formado por seis berços, dos quais três são dedicados ao carregamento de minério de ferro (Píer 1 Lado Sul, Píer 1 Lado Norte e Píer 2) e recebem navios de diferentes portes, inclusive Valemax.

Outros dois berços são o Terminal de Produtos Diversos (TPD) 3, de-dicado às exportações de milho, soja e farelo de soja, e o TPD 4, voltado para importações de fertilizantes e outros tipos de graneis sólidos. O sex-to berço é o Terminal de Graneis Líquidos (TGL), utilizado para descarga de combustíveis e operado pela Transpetro.

Para atender a operações tão diversificadas, a Wilson Sons conta com frota moderna e profissionais experientes. Além disso, o conhecimento e o dinamismo das equipes de Rebocadores e Agenciamento fazem a dife-rença no atendimento ao complexo portuário de Tubarão.

Um antigo armazém no Rio de Janeiro, o Estaleiro Guarujá em 1979 e o rebocador Linosa, na década de 1950: fragmentos da história da Wilson Sons preservados pelo Centro de Memória

www.wilsonsons.com.br

Desde 1837, esta é anossa vocação: movimento.

Entre sua safra e o mercado exterior, entre seus produtos e o consumidor, entre sua produção e a exportação, existe a Wilson Sons. Diminuímos distâncias, facilitamos e simplificamos operações. Geramos soluções inovadoras.

Somos terminais de contêineres, frota de rebocadores, bases e embarcações de apoio às operações offshore e Estaleiros. Temos serviços completos de logística, armazenagem alfandegada e geral, agenciamento marítimo, construção e manutenção de embarcações de apoio offshore.

Nossa equipe é comprometida com a qualidade que oferecemos. Muito mais do que prestadores de serviços, somos parceiros que viabilizam, otimizam e realizam. Somos Wilson Sons.

Há 180 anos, nós movimentamoso mundo para você.

Entre o objetivo da sua empresa e os resultados existe sempre a Wilson Sons.

Renê Xavier de Oliveira FilhoTecon Salvador