eficiÊncia energÉtica no brasil brasília, 29 de novembro de 2006 laura porto diretora do...
TRANSCRIPT
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NO BRASIL
Brasília, 29 de novembro de 2006
LAURA PORTODiretora do Departamento de Desenvolvimento Energético
Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético
MOTIVADORES PARA A PROMOÇÃO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
1. Tarifas baixas e subsidiadas?
2. Falta de informação?
3. Insipiência tecnológica?
4. Marco Legal inadequado?
5. Escassez de recursos?
6. Escassez de profissionais qualificados?
7. Resistência das concessionárias?!
NUNCA AS CONDIÇÕES FORAM TÃO PROPÍCIAS!
AS BARREIRAS AINDA SÃO AS MESMAS?
217,0
73,5
0
50
100
150
200
2501
97
4
19
77
19
80
19
83
19
86
19
89
19
92
19
95
19
98
20
01
20
04
R$
/ M
Wh
Valores de 2005
IPEADATA/ELETROBRÁS deflacionado pelo IPC-FIPE
EVOLUÇÃO DA TARIFA MÉDIA DE ENERGIA
1. Redução de Custos
Para consumidores, produtores e distribuidores
2. Aumento da Eficiência Econômica Redução da Intensidade Energética
3. Melhoria da Balança Comercial
Redução da importação de Diesel e GLP
4. Diferimento de Investimentos na Infra-Estrutura de GT&D
5. Redução dos Impactos Ambientais
QUAIS OS MOTIVADORES ATUAIS?
INTENSIDADE ENERGÉTICA DA ECONOMIA
Razão entre o consumo final energético e o PIB
0,24
0,26
0,28
0,30
0,32
0,34
0,36
0,38
0,40
1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010
[tep/
103 U
S$]
1) Estimativa da ABESCO2) Estimativa RELUZ/Eletrobrás3) R$ 130,00 / MWh
4) Estimativa CONPET5) US$ 65/barril6) R$ 2,00 / US$
TWh R$ milhões 3 103 TEP R$ milhões
Industrial 1 9,2 1.193Industrial e PetróleoGás Natural
862 816
Saneamento 1 1,5 191Transporte Diesel
2.497 2.363
Comercial 1 5,6 733ComercialGLP
27,2 26
Residencial (10%) 7,5 975ResidencialGLP
571 540
Público 1 1,6 205PúblicoGLP
39,1 37
Iluminação pública 2 1,3 172AgropecuárioDiesel
483 457
Outros (10%) 3,0 390 Outros 1.021 966
TOTAL 29,7 3.859 TOTAL 5.500 5.205
PotencialSetor Setor
PETRÓLEO & GÁS 4ENERGIA ELÉTRICAPotencial
ESTIMATIVAS DE POTENCIAL DEECONOMIA DE ENERGIA NO BRASIL
REDUÇÃO DAS EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA
Potencial de redução
Potencial de receita
[milhões tCO2/ano] [US$ milhões/ano]
Lei nº 10.295 0,38 3,9
PROCEL + CONPET 6,5 – 12,2 66,2 – 122,4
PROINFA 2,9 29
TOTAL 6,7 - 12,4 67,8 – 124
Atividade *
* US$ 10,1/tCO2 ** motores elétricos e lâmpadas fluorescentes compactas
Projetos BIRD / TAL - Technical Assistance Loan
“Estudo para identificação de barreiras, oportunidades e mecanismos de viabilização da apropriação dos
resultados de eficiência energética por meio do MDL”
“Adaptação dos instrumentos legais de constituição do PROCEL e do CONPET, e da Lei 10.295/01, para que
as ações de eficiência energética no âmbito destes incluam em seus objetivos a redução dos gases de efeito
estufa”
MDL – Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
**
PROGRAMAS NACIONAIS
19911991
PROCELPROCEL 19851985
PBEPBE 19841984
PROGRAMAS NACIONAIS
Início: Protocolo MIC/ABINEE + MME (1984)Geladeiras
Resultados17 Grupos de Trabalho constituídos33 Produtos Etiquetados27 Produtos Iniciados11 Produtos Programados
Etiquetagem de Produtos de Energia AlternativaEólicaSolar térmico e fotovoltaico
Estratégia: VOLUNTÁRIO COMPULSÓRIO
PBE - Programa Brasileiro de Etiquetagem
Produtos Etiquetados Refrigeradores, Combinados, Congeladores verticais e horizontais Chuveiros, Torneiras, Aquecedores de passagem e Aquecedores
de hidromassagem elétricos Condicionadores de ar doméstico e tipo “Split” Motores Elétricos Trifásicos Lâmpadas Fluorescentes Compactas, Incandescentes e
Decorativas Reatores Eletromagnéticos para lâmpadas a vapor de sódio e
fluorescentes compactas Coletores Solares Planos Banho e Piscina, Reservatórios Térmicos
e Coletores acoplados Fogões e Fornos domésticos à gás Aquecedores de passagem e Aquecedores de acumulação à gás
PBE - Programa Brasileiro de Etiquetagem
Comercial12%Industrial
44%
Água, esgotoe saneamento
3%
IluminaçãoPública
3%
Residencial25%
Outros10%
PoderPúblico
3%
CONSUMO FATURADO DEENERGIA ELÉTRICA (2005) 359,6 TWh
PROCEL – Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica
1986-2005
1 . Investimentos Totais Realizados (R$ milhões) 855,52 . Energia Economizada (GWh/ano) 22.0953 . Usina Equivalente (MW) (1) 5.2064 15,63
(1) Obtida a partir de (2), considerando um fator de capacidade médio típico de 56% para usinas hidroelétricas e incluindo 15% de perdas médias na T&D para a parcela de conservação de energia.
Investimento Evitado (R$ bilhões)
PROCEL Reluz (período 2003 – 2006)•1.257 municípios atendidos
•1.786.464 pontos luminosos eficientes modernizados ou instalados
• 625.400 MWh/ano economizados
•144 MW de redução da demanda na ponta.
PROCELResultados acumulados (1986 – 2005)
Alvos Etiquetagem Transporte de cargas e passageiros Prêmio (Imprensa, Indústria e Transporte Rodoviário) e Selo Conpet Portal Conpet Educação
Resultados 348 modelos de fogões etiquetados 25 modelos de aquecedores etiquetados 130.000 veículos monitorados 320 milhões de litros de diesel economizados por ano 860.000 toneladas de CO2 não emitidas por ano
19.000 toneladas de particulados não emitIdos por ano 2,3 milhões de alunos e 3.800 escolas assistidos
CONPET – Programa Nacional de Racionalização do Uso dos Derivados de Petróleo e do Gás Natural
MARCOS RECENTES
Divisão do 1% da Receita Operacional Líquida - ROL das Concessionárias até 31 de dezembro de 2005
0,5%Eficiência
0,5%P&D
1,0%P&D
Distribuidoras Geradoras Transmissoras
20% MME40% ANEEL (P&D)
40% FNDCT
Percentuais ajustados conforme a Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004
100%
1,0%P&D
LEI Nº 9.991, DE 24 DE JUNHO de 2000Investimentos em Eficiência Energética e P&D
0,25%Eficiência
0,75%P&D
1,0%P&D
Distribuidoras Geradoras Transmissoras
20% MME40% ANEEL (P&D)
40% FNDCT
Percentuais ajustados conforme a Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004
100%
1,0%P&D
Divisão do 1% da Receita Operacional Líquida - ROL das Concessionárias a partir de 1º de janeiro de 2006
LEI Nº 9.991, DE 24 DE JUNHO de 2000Investimentos em Eficiência Energética e P&D
Perdas Comerciais – Elemento facilitador para negociação de débitos junto a clientes devedores, inclusive no setor público;
Perdas Técnicas – Redução do índice de perdas técnicas;
Clientes Livres - Fidelização de clientes livres e potencialmente livres utilizando a eficiência energética como vantagem competitiva;
Responsabilidade Social – Promoção da cidadania em áreas de baixo poder aquisitivo, através de projeto de educação de hábitos de consumo; e
Imagem – A Empresa obtém ganhos de imagem devido ao caráter social de muitos projetos. Apesar da IP ser de responsabilidade das prefeituras muitos consumidores enxergam como responsabilidade da Concessionária, aumentando os ganhos de imagem.
LEI Nº 9.991, DE 24 DE JUNHO de 2000Benefícios às distribuidoras decorrentes dos PEEs
Investimento total – R$ 762 milhões
Energia total economizada – 1.954 GWh
Demanda retirada do horário de ponta – 498,8 MW
Projetos de Iluminação Pública – 42% dos investimentos
*resultados referentes à aplicação dos recursos em Programas de Eficiência EnergéticaFonte: ANEEL
LEI Nº 9.991, DE 24 DE JUNHO de 2000Resultados Obtidos
LEI DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICALei no 10.295, 2001
“ Os níveis máximos de consumo de energia, ou mínimos de eficiência energética, de máquinas e aparelhos consumidores de energia fabricados ou comercializados no País, bem como as edificações construídas, serão
estabelecidos com base em indicadores técnicos e regulamentação
específica”
– Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de Eficiência Energética – CGIEE, Decreto no 4059/01
– Equipamentos já regulamentados: motores elétricos trifásicos (1,58 TWh/ano) e
LFC (800 GWh/ano)
– Equipamentos em fase final de regulamentação: refrigeradores e congeladores,
condicionadores de Ar, tipo janela e split e fogões e fornos a gás
– Outros grupos de trabalho estão em andamento, na área de edificações, aquecedores de água
a gás e Veículos automotores leves
– Estão também, em fase inicial, os trabalhos relativos aos equipamentos eletro-rurais, cuja
demanda está sendo bastante estimulada devido ao sucesso do Programa Luz para Todos.
CGIEEMME
ProcelEletrobrás
ConpetPetrobras
MDICDesenvolvimento,
Indústria eComércio Exterior
MCTCiência e
Tecnologia
ANEEL e ANPAgências reguladoras
Instituição AssociadaCentro de Pesquisas de Energia Elétrica - CEPEL
Instituição Associada
Centro de Pesquisas da Petrobrás
Instituições AssociadasInstituto de Pesquisa
Tecnológica – IPT
Instituto Nacional de Tecnologia - INT
Instituições AssociadasInstituto Nacional de Normalização, Metrologia e Qualidade Industrial - INMETRO
Academia Sociedade
LEI DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICALei no 10.295, 2001
MARCOS DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM 2006
1. Minuta da Política Nacional de Eficiência Energética - PNEE
2. Lei no 9.991/00 – PL no 6.165/06: manutenção do percentual mínimo de 0,5% para aplicação em Eficiência Energética pelas distribuidoras até 2010
3. Lei de Eficiência Energética (nº 10.295/01): elaboração das regulamentações de desempenho mínimo obrigatório para:
i. Lâmpadas fluorescentes compactas – LFC
ii. Refrigeradores e congeladores
iii. Condicionadores de ar
iv. Fogões e fornos a gás
v. Edificações
4. Etiquetagem dos veículos automotores leves
5. Elaboração dos termos de referência para
i. Plano Nacional de Eficiência Energética - PNEf
ii. Programa Nacional de Aquecimento Solar
MARCOS DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM 2006
6. Decretos
i. Redução do IPI de refrigeradores para consumidores de baixa renda adquiridos no âmbito dos programas de Eficiência Energética das concessionárias distribuidoras
ii. Instituição de compras governamentais de produtos eficientes (Selo)
7. Inserção da Eficiência Energética no Plano Decenal de Energia Elétrica (2006-2015)
8. Conpet – Estabelecimento do Planejamento Estratégico
9. Cooperação Brasil-Uruguai para promoção da Eficiência Energética naquele país
10. Inserção da Eficiência Energética no Plano Nacional de Energia -2030
PERSPECTIVAS(2007-2011)
PROCEL
Modernização de 3,2 milhões de pontos de iluminação e instalação
de outros 950 novos pontos
Consolidação da Rede de Cidades Eficientes, que já conta com 841
municípios associados
Atingir o número de 1.800 indústrias (grandes e médias) com ações
de Eficiência Energética
Lançamento da Rede Nacional de Laboratórios de Eficiência
Energética
PERSPECTIVAS(2007-2011)
CONPET
Programa EconomizAR: atender 200 mil veículos rodoviários
(economia de 520 milhões de diesel por ano)
Projeto Parada EconomizAR: implantar estações de avaliação em
outros 8 entroncamentos rodoviários de grande circulação (economia
de 6,4 milhões de diesel por ano)
Programa TransportAR: implantar 10 novos pontos de atendimento
Etiquetagem
• dar seguimento às atividades de fogões, fornos e aquecedores a gás, e
incluir fogões e fornos industriais
• Promover a etiquetagem de veículos automotores leves
PERSPECTIVAS(2007-2011)
Lei no 10.295/01 implementação das regulamentações dos índices mínimos de
eficiência energética• Edificações• Fornos elétricos• Reatores eletromagnéticos• Lâmpadas fluorescentes tubulares• Equipamentos eletrorrurais• Coletores solares
elaboração dos Programas de Metas para evolução dos índices mínimos de eficiência energética de:
• Lâmpadas fluorescentes compactas• Refrigeradores de uso doméstico• Condicionadores de ar de uso residencial;• Fogões e fornos a gás de uso residencial• Aquecedores de água a gás de uso residencial
PERSPECTIVAS(2007-2011)
PERSPECTIVAS(2007-2011)
Outras atividades do MME
Implementação do Programa Nacional de Aquecimento Solar
Implementação de um plano de compras governamentais
sustentáveis, em parceria com o Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão
Implementação da Política Nacional de Eficiência Energética para
atender às diretrizes do PNE- 2030
Diretrizes do PNE- 2030 relativas à eficiência energética:
• Conservação “autônoma” de 5% do mercado, resultante da evolução dos equipamentos e de ações não-compulsórias de mudança de hábito e cultura, tradicionalmente considerada nos estudos de planejamento: equivalente a um bloco de usina nuclear de 8 GW de potência ou de usina hidroelétrica de 11,8 GW.
• Conservação “induzida” de mais 5 % do mercado, resultante da implementação de uma política governamental: equivalente a 6,4 GW.
PERSPECTIVAS(2007-2011)
CONCLUSÕES
Eficiência energética é uma tarefa de Estado
O Brasil possui Programas maduros e de grande
abrangência
Existe legislação favorável, mas que ainda carece de
novos instrumentos
Há um imenso potencial de Eficiência Energética ainda a
ser explorado
As condições objetivas nunca foram tão favoráveis
CONCLUSÕES
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NO BRASIL
Brasília, 29 de novembro de 2006
LAURA PORTODiretora do Departamento de Desenvolvimento Energético
Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético
Equipe
Ceres Zenaide Cavalcanti
Paulo Augusto Leonelli
Paulo de Tarso de Alexandria Cruz