efeitos do envelhecimento em parÂmetros cardiovasculares e de … · agradeço primeiramente à...

106
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU Programa de Pós Graduação Stricto Sensu em Ciências do Envelhecimento EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE ESTRESSE OXIDATIVO EM RATAS SUBMETIDAS À PRIVAÇÃO DOS HORMÔNIOS OVARIANOS: PAPEL DO TREINAMENTO FÍSICO Danielle da Silva Dias São Paulo 2012

Upload: dinhmien

Post on 30-Nov-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

Programa de Pós Graduação Stricto Sensu em Ciências do Envelhecimento

EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE

ESTRESSE OXIDATIVO EM RATAS SUBMETIDAS À PRIVAÇÃO DOS HORMÔNIOS

OVARIANOS: PAPEL DO TREINAMENTO FÍSICO

Danielle da Silva Dias

São Paulo

2012

Page 2: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

Programa de Pós Graduação Stricto Sensu em Ciências do Envelhecimento

EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE

ESTRESSE OXIDATIVO EM RATAS SUBMETIDAS À PRIVAÇÃO DOS HORMÔNIOS

OVARIANOS: PAPEL DO TREINAMENTO FÍSICO

Danielle da Silva Dias

Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado

em Ciências do Envelhecimento da Universidade

São Judas Tadeu como requisito parcial à obtenção

do título de Mestre em Ciências do

Envelhecimento.

Linha de Pesquisa: Aspectos biológicos e

funcionais do envelhecimento.

Orientador: Prof. Dr. Bruno Rodrigues

Co-Orientatora: Profa. Dra. Kátia De Angelis

São Paulo

2012

Page 3: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

Dias, Danielle da Silva

D541e Efeitos do envelhecimento em parâmetros cardiovasculares e de

estresse oxidativo em ratas submetidas à privação dos hormônios

ovarianos: papel do treinamento físico / Danielle da SilvaDias. - São

Paulo, 2012.

f.106 ;30 cm

Orientador:Bruno Rodrigues

Co-Orientadora: Kátia De Angelis

Dissertação (mestrado) – Universidade São Judas Tadeu, São Paulo,

2012.

1. Envelhecimento. 2. Estresse Oxidativo. 3. Menopausa – Aptidão

física. I. Rodrigues, Bruno. II. Universidade São Judas Tadeu, Programa

de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências do Envelhecimento. III.

Título.

CDD – 616.1

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca

da Universidade São Judas Tadeu Bibliotecário: Ricardo de Lima - CRB 8/7464

Page 4: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

DEDICATÓRIA

Dedico aos meus pais Valdeci Dias (in memoriam) e Maria da Trindade Silva.

Dedico também aos meus chatinhos , lindos e irmãos preferidos, Michel, Juninho e Felipe.

Page 5: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui.

À TODOS meus familiares, mas um agradecimento especial a minha mãe que me deu suporte e me

suportou nas horas mais chatas e também engraçadas lá na cozinha de casa... só nós

entenderemos...(risos). Obrigada por existir e nunca me deixar desanimar!

Ao meu irmão mais velho Michel, que sempre diz o que eu preciso ouvir, seja um conselho ou uma

bronca e sempre está ao meu lado quando eu mais necessito.

Ao meu irmão Junior, meu chato preferido, não é de muitas palavras, mas seu sorriso maroto me

encanta todos os dias!

Ao caçula mais reclamão da terra! Mas que faz tudo que eu peço, até etiquetas para eppendorfs.

(risos). Obrigada lindos!

Ao meu Orientador Prof. Bruno Rodrigues que não teve escolhas, assumiu o papel de ¨pai de

aluguel¨. Não deu para dizer não (risos)... Muito obrigada pelo pouco tempo que fui sua orientanda,

mas que com certeza foi um prazer enorme.

À melhor co-orientadora do mundo! Profa Kátia De Angelis. A grande maestra e mentora de todo

esse trabalho. Lembro que uma vez ela disse lá na graduação ainda: Alguém sabe o significado da

palavra aluno? significa sem luz. Eu me pergunto, e o significado da palavra professora? significa

aquele que ensina. E nesses 5 anos você me ensinou e como ensinou muito. Me ensinou que

devemos amar o que fazemos, sempre sorrir, que chorar faz parte e que tudo dá certo no final!

Muito obrigada Profa por ensinar essa aluna maluca aqui!

Aos amigos mais que especiais, que são verdadeiros irmãos e psicólogos, vocês deveriam investir

nessa carreira (risos), só vocês na minha vidinha: Taise Teixeira, Tamiris Oliveira, Tamara Distassi,

Tatiana Rezende e Nilton Santos. Sei que nossa amizade será eterna, eu sinto isso, muito obrigada à

vocês. Vocês terão que me aguentar muitooo! Hahaha

Aos amigos do Acampamento Ranieri e da Associação Hebraica que me fazem ser criança por

alguns dias, Neto Bezerra, Natalia Neves, Juliana Feitosa, Camilinha Kohatsu, Guilherme Rocha,

Lucy, Tato, Caio Guicharte, Iuri, Matan, Thiago “Caçapava” e Mario “DJ Frika” .

Page 6: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

Aos Amigos e Colegas de Laboratório. Vamos ver se não me esqueço de ninguém... Nathalia

Bernardes, a mais amada, fofa e querida do lab, Iris Sanches, minha co-co eterna em assuntos

acadêmicos e pessoais, ah obrigada por me apresentar a técnica de pomodoro (como otimizar seu

tempo no estudo) (risos), Janaina Brito a mais pentelha e autêntica. Espelho-me muito nas

características de cada uma... obrigada pelas conversas, conselhos e amizade. Não poderia deixar de

agradecer também à Michelle Sartori, Christiane Malfitano e Jaqueline Freire, Renata Palma,

Morgana Busin e aos homens: Filipe Conti, Sebastião de Brito pelo “papo cabeça”, Romilson

Nascimento, o papai mais babão, Alexandre Rocha, Guilherme Lemos, Hugo Garcia e Thayguara

Falcão. Obrigada por compartilhar comigo os momentos de seriedade e os momentos não muitos

sérios, momentos de TPM, esses foram muitos, mas que com toda certeza ficarão sempre na minha

memória.

Ao Laboratório do Movimento Humano e aos alunos Leandro Yanase, Camilla Grans e Catarina

Andrade.

Aos queridos professores do Mestrado: Marcelo de Almeida Buriti, Carla Witter, Ana Martha,

Romeu Rodrigues, Marcos Luengo e Rogério Brandão. Obrigada pelo incentivo e ensinamentos.

Aos alunos da turma preferida do mestrado em ciências do envelhecimento, Sueli Vitorino, Gleice

Branco, Nathaly Dahalib, Geovana Castrezano, Gleice 2, Elisabete Montovão, Hisabel, Kilze

Malaquias, Débora Luise, Renatta e Carlos Treff pelos momentos mais divertidos, interessantes,

prazerosos e saborosos vividos naquelas salas, só nós para sabermos o que foram esses momentos..

obrigada.

Aos funcionários da Universidade São Judas Tadeu, André , Graça e também a Fátima do centro de

pesquisa que é um amorzinho e sempre me ajudou em muitas coisas. Um agradecimento especial a

bioterista mais legal e mais linda, Maria Leide ¨a Leidoca¨ que cuida dos ratinhos e ratinhas com

todo amor e carinho do mundo, mas de mim nem tanto...(risos). Minhas ratas também agradecem.

Obrigada Leidoca!

Ao Laboratório de Hipertensão experimental do Incor e a Profa Maria Cláudia Irigoyen que não

tenho palavras para demonstrar toda a admiração que sinto, meus olhos disseram tudo lá em

Winston-Salem (risos). Sou eternamente Grata.

Page 7: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

Espero que eu tenha lembrado todos. Enfim, muito, muito obrigada à todos vocês que diretamente

ou indiretamente estiveram e fizeram parte desse projeto. (choro)

Page 8: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Peso corporal inicial e final dos grupos de ratas adultas controles

sedentárias (CS), adultas ooforectomizadas sedentárias (OS), velhas

sedentárias controles (VC) e velhas ooforectomizadas sedentárias

(VOS).......................................................................................................... Pg 22

Tabela 2 Velocidade máxima no teste de esforço inicial e final dos grupos de ratas

adultas controles sedentárias (CS), adultas ooforectomizadas sedentárias

(OS), velhas sedentárias controles (VC) e velhas ooforectomizadas

sedentárias (VOS)....................................................................................... Pg 23

Tabela 3 Pressão arterial sistólica (PAS), Pressão arterial Diastólica (PAD),

Pressão arterial média (PAM) e Frequência cardíaca (FC) de ratas

adultas controles sedentárias (CS), adultas ooforectomizadas sedentárias

(OS), velhas sedentárias controles (VC) e velhas ooforectomizadas

sedentárias (VOS)....................................................................................... Pg 27

Tabela 4 Sensibilidade dos pressorreceptores pela Resposta taquicárdica e

Resposta bradicárdica dos grupos de ratas adultas controles sedentárias

(CS), adultas ooforectomizadas sedentárias (OS), velhas sedentárias

controles (VC) e velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS).................. Pg 28

Tabela 5 Lipoperoxidação de membranas avaliada pelas substâncias reativas ao

ácido tiobarbitúrico (TBARS) no tecido cardíaco dos grupos de ratas

adultas controles sedentárias (CS), adultas ooforectomizadas sedentárias

(OS), velhas sedentárias controles (VC) e velhas ooforectomizadas

sedentárias (VOS)....................................................................................... Pg 30

Tabela 6 Concentração da catalase (CAT), atividade da superóxido dismutase

(SOD) e da glutationa peroxidase (GPx) no tecido cardíaco dos grupos

de ratas adultas controles sedentárias (CS), adultas ooforectomizadas

sedentárias (OS), velhas sedentárias controles (VC) e velhas

ooforectomizadas sedentárias (VOS).......................................................... Pg 31

Tabela 7 Lipoperoxidação por substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico

(TBARS) no tecido renal dos grupos de ratas adultas controles

sedentárias (CS), adultas ooforectomizadas sedentárias (OS), velhas

sedentárias controles (VC) e velhas ooforectomizadas sedentárias

(VOS)......................................................................................................... Pg 31

Page 9: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

Tabela 8 Concentração da catalase (CAT) e atividade da superóxido dismutase

(SOD) e da glutationa peroxidase (GPx) no tecido renal dos grupos de

ratas adultas controles sedentárias (CS), adultas ooforectomizadas

sedentárias (OS), velhas sedentárias controles (VC) e velhas

ooforectomizadas sedentárias (VOS)......................................................... Pg 32

Tabela 9 Lipoperoxidação de membranas avaliada pelas substâncias reativas ao

ácido tiobarbitúrico (TBARS) no tecido muscular (gastrocnêmio) dos

grupos de ratas adultas controles sedentárias (CS), adultas

ooforectomizadas sedentárias (OS), velhas sedentárias controles (VC) e

velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS).............................................. Pg 33

Tabela 10 Concentração da catalase (CAT) e atividade da superóxido dismutase

(SOD) e da glutationa peroxidase (GPx) no tecido muscular dos grupos

de ratas adultas controles sedentárias (CS), adultas ooforectomizadas

sedentárias (OS), velhas sedentárias controles (VC) e velhas

ooforectomizadas sedentárias (VOS)......................................................... Pg 34

Tabela 11 Velocidade máxima no teste de esforço inicial e final dos grupos de ratas

velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS) e ratas velhas

ooforectomizadas treinadas (VOT)............................................................ Pg 36

Tabela 12 Pressão arterial sistólica (PAS), Pressão arterial Diastólica (PAD),

Pressão arterial média (PAM) e Frequência cardíaca (FC) dos grupos de

ratas velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS) e ratas velhas

ooforectomizadas treinadas (VOT)............................................................ Pg 38

Tabela 13 Sensibilidade dos pressorreceptores para as respostas taquicárdicas e

respostas bradicárdicas dos grupos de ratas velhas ooforectomizadas

sedentárias (VOS) e ratas velhas ooforectomizadas treinadas (VOT)........ Pg 40

Tabela 14 Lipoperoxidação por Quiluminescência (QL) e pelas substâncias

reativas ao acido tiobarbitúrico (TBARS) no tecido cardíaco dos grupos

de ratas velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS) e velhas

ooforectomizadas treinadas (VOT)............................................................. Pg 42

Tabela 15 Concentração da Catalase (CAT) e atividade da Superóxido dismutase

(SOD) e da Glutationa Peroxidase (GPx)no tecido cardíaco dos grupos

de ratas velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS) e velhas

ooforectomizadas treinadas (VOT)............................................................. Pg 43

Page 10: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

Tabela 16 Lipoperoxidação por Quiluminescência (QL) e pelas substâncias

reativas ao acido tiobarbitúrico (TBARS) no tecido renal dos grupos de

ratas velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS) e ratas velhas

ooforectomizadas treinadas (VOT)............................................................. Pg 43

Tabela 17 Concentração da Catalase (CAT) e atividade da Superóxido dismutase

(SOD) e da Glutationa Peroxidase (GPx) no tecido renal dos grupos de

ratas velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS) e velhas

ooforectomizadas treinadas (VOT)............................................................ Pg 44

Tabela 18 Lipoperoxidação por Quiluminescência (QL) e pelas substâncias

reativas ao acido tiobarbitúrico (TBARS) no tecido muscular dos grupos

de ratas velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS) e ratas velhas

ooforectomizadas treinadas (VOT)............................................................. Pg 45

Tabela 19 Concentração da Catalase (CAT) e atividade da Superóxido dismutase

(SOD) e da Glutationa Peroxidase (GPx) no tecido muscular dos grupos

de ratas velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS) e velhas

ooforectomizadas treinadas (VOT).................................................. .......... Pg 46

Page 11: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

LISTA DE FIGURAS E QUADROS

Figura 1 Foto mostrando ratos submetidos a protocolo de treinamento físico em

esteira ergométrica na USJT........................................................................ Pg 13

Figura 2 Aparelhos utilizados para determinação dos níveis de glicemia e

triglicérides sanguíneos................................................................................ Pg 14

Figura 3 À esquerda: posição anátomo-cirúrgica da canulação de artéria e veia

femoral. No centro e à direita: o feixe vásculo nervoso, composto pela

veia femoral esquerda, artéria femoral esquerda e nervo femoral

esquerdo; esquema da canulação................................................................. Pg 15

Figura 4 Fotografia mostrando o sistema de registro de pressão arterial. Pg 16

Figura 5

Registro da pressão arterial e freqüência cardíaca antes e após a

administração de drogas vasoativas, onde se observa a resposta reflexa

dos pressoreceptores.................................................................................... Pg 17

Figura 6 Peso corporal inicial e final dos grupos de ratas adultas controles

sedentárias (CS), adultas ooforectomizadas sedentárias (OS), velhas

sedentárias controles (VC) e velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS).

p<0,05 vs. CS; # p<0,05 vs. OS; ¥ p<0,05 vs. Peso corporal

inicial............................................................................................................ Pg 23

Figura 7 Velocidade máxima no teste de esforço inicial e final dos grupos de ratas

adultas controles sedentárias (CS), adultas ooforectomizadas sedentárias

(OS), velhas sedentárias controles (VC) e velhas ooforectomizadas

sedentárias (VOS). p<0,05 vs. CS; # p<0,05 vs. OS; ¥ p<0,05 vs. TE

inicial............................................................................................................ Pg 24

Figura 8 Glicemia dos grupos de ratas adultas controles sedentárias (CS), adultas

ooforectomizadas sedentárias (OS), velhas sedentárias controles (VC) e

velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS)............................................. Pg 25

Figura 9 Triglicérides sanguíneos dos grupos de ratas adultas controles sedentárias

(CS), adultas ooforectomizadas sedentárias (OS), velhas sedentárias

controles (VC) e velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS) p<0,05 vs.

CS; # p<0,05 vs. OS..................................................................................... Pg 26

Page 12: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

Figura 10 Pressão arterial média (PAM) dos grupos de ratas adultas controles

sedentárias (CS), adultas ooforectomizadas sedentárias (OS), velhas

sedentárias controles (VC) e velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS).

p<0,05 vs. CS; † p<0,05 vs. VC.................................................................. Pg 27

Figura 11 Sensibilidade dos pressorreceptores avaliadas pelas respostas

taquicárdicas dos grupos de ratas adultas controles sedentárias (CS),

adultas ooforectomizadas sedentárias (OS), velhas sedentárias controles

(VC) e velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS). p<0,05 vs. CS; #

p<0,05 vs. OS............................................................................................... Pg 28

Figura 12 Sensibilidade dos pressorreceptores avaliadas pelas respostas

bradicárdicas dos grupos de ratas adultas controles sedentárias (CS),

adultas ooforectomizadas sedentárias (OS), velhas sedentárias controles

(VC), velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS). p<0,05 vs. CS; #

p<0,05 vs. OS............................................................................................... Pg 29

Figura 13 Substâncias reativas ao acido tiobarbitúrico (TBARS) do tecido cardíaco

dos grupos de ratas adultas controles sedentárias (CS), adultas

ooforectomizadas sedentárias (OS), velhas sedentárias controles (VC) e

velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS). p<0,05 vs. CS; # p<0,05 vs.

OS................................................................................................................. Pg 30

Figura 14 Substâncias reativas ao acido tiobarbitúrico (TBARS) do tecido renal dos

grupos de ratas adultas controles sedentárias (CS), adultas

ooforectomizadas sedentárias (OS), velhas sedentárias controles (VC) e

velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS). p<0,05 vs. CS; # p<0,05 vs.

OS................................................................................................................. Pg 32

Figura 15 Figura 15: Substâncias reativas ao acido tiobarbitúrico (TBARS) do

tecido muscular dos grupos de ratas adultas controles sedentárias (CS),

adultas ooforectomizadas sedentárias (OS), velhas sedentárias controles

(VC) e velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS). p<0,05 vs. CS; #

p<0,05 vs. OS............................................................................................... Pg 33

Figura 16 Peso corporal inicial e final dos grupos de ratas velhas ooforectomizadas

sedentárias (VOS) e velhas ooforectomizadas treinadas (VOT)................ Pg 35

Figura 17 Velocidade máxima no teste de esforço inicial e final dos grupos de ratas

velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS) e velhas ooforectomizadas

treinadas (VOT). p<0,05 vs. VOS; ¥ p<0,05 vs. TE inicial........................ Pg 36

Page 13: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

Figura 18 Glicemia dos grupos de ratas velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS)

e velhas ooforectomizadas treinadas (VOT)............................................... Pg 37

Figura 19 Triglicérides sanguíneos dos grupos de ratas velhas ooforectomizadas

sedentárias (VOS) e velhas ooforectomizadas treinadas (VOT). p<0,05

vs. VOS........................................................................................................

Pg 37

Figura 20 Pressão arterial média (PAM dos grupos de ratas velhas

ooforectomizadas sedentárias (VOS) e velhas ooforectomizadas treinadas

(VOT). p<0,05 vs. VOS............................................................................... Pg 39

Figura 21

Frequência cardíaca (bpm) dos grupos de ratas velhas ooforectomizadas

sedentárias (VOS) e velhas ooforectomizadas treinadas (VOT). p<0,05

vs. VOS........................................................................................................ Pg 39

Figura 22 Sensibilidade dos pressorreceptores avaliadas pelas respostas

taquicárdicas dos grupos de ratas velhas ooforectomizadas sedentárias

(VOS) e velhas ooforectomizadas treinadas (VOT). p<0,05 vs. VOS....... Pg 40

Figura 23 Sensibilidade dos pressorreceptores avaliadas pelas respostas

bradicárdicas dos grupos de ratas velhas ooforectomizadas sedentárias

(VOS) e velhas ooforectomizadas treinadas (VOT). p<0,05 vs. VOS..... Pg 41

Figura 24 Substâncias reativas ao acido tiobarbitúrico (TBARS) no tecido cardíaco

dos grupos de ratas velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS) e velhas

ooforectomizadas treinadas (VOT). p<0,05 vs. VOS................................ Pg 42

Figura 25 Substâncias reativas ao acido tiobarbitúrico (TBARS) no tecido renal dos

grupos de ratas velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS) e velhas

ooforectomizadas treinadas (VOT). p<0,05 vs. VOS................................. Pg 44

Figura 26 Substâncias reativas ao acido tiobarbitúrico (TBARS) no tecido muscular

dos grupos de ratas velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS) e velhas

ooforectomizadas treinadas (VOT). p<0,05 vs. VOS................................. Pg 45

Page 14: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

LISTA DE ABREVIATURAS

CAT: Catalase

CS: adultas Controles Sedentárias

DCV: Doença Cardiovascular

DTNB: Ácido Ditionitrobenzóico

ERO: Espécies Reativas de Oxigênio

EPM: Erro Padrão da Média

EPM: Erro padrão da média

FC: Frequência cardíaca

GPx: Glutationa Peroxidase

OS: Adultas Ooforectomizadas sedentárias

OT: Adultas Ooforectomizadas treinadas

PA: Pressão arterial

PAD: Pressão arterial diastólica

PAM: Pressão arterial média

PAS: Pressão arterial sistólica

QL: Quimiluminescência

SBR: Sensibilidade barorreflexa

SOD: Superóxido Dismutase

t-BOOH: Hidroperóxido de Tert-Butil

TBARS: Substâncias Reativas ao Ácido Tiobarbitúrico

VC: Velhas controles sedentárias

VOS: Velhas ooforectomizadas

VOT: Velhas ooforectomizadas treinadas

Page 15: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

RESUMO

O envelhecimento e a privação dos hormônios ovarianos são associados com aumento do risco

cardiovascular. Por outro lado o treinamento físico aeróbio tem sido recomendado na prevenção

e tratamento de várias condições fisiopatológicas. Neste sentido, o objetivo do presente estudo

foi investigar os efeitos do envelhecimento em parâmetros cardiovasculares e de estresse

oxidativo em ratas submetidas à privação dos hormônios ovarianos, bem como o papel do

treinamento físico nesta condição. Foram utilizadas 16 ratas adultas e 24 ratas velhas Wistar

divididas em 5 grupos (n=8 em cada grupo): adultas controle (CS); adultas ooforectomizadas

sedentárias (OS); velhas sedentárias controle (VC); velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS);

e velhas ooforectomizadas treinadas (VOT). A ooforectomia foi realizada pela retirada bilateral

dos ovários. O treinamento foi realizado em esteira rolante durante 8 semanas. A pressão arterial

(PA) e a frequência cardíaca (FC) foram avaliadas pelo registro direto da PA através de um

sistema de aquisição de dados.A sensibilidade barorreflexa (SBR) foi avaliada pelas respostas

taquicárdicas (RT) e bradicárdicas (RB). O perfil oxidativo foi avaliado pela medidas de

lipoperoxidação por Quiluminescência iniciada por tbooh (QL) e pelas substâncias reativas ao

ácido tiobarbitúrico (TBARS) e pela determinação das enzimas antioxidades catalase (CAT),

superóxido dismutase (SOD) e glutationa peroxidades (GPx) nos tecidos ventricular (VE),

muscular e renal. O peso corporal foi maior nas ratas velhas (VC e VOS) e nas adultas

ooforectomizadas (OS) em relação ao grupo CS. Observou-se aumento da capacidade física no

grupo VOT em relação ao grupo VOS. Os triglicérides sanguíneos foram maiores nos grupos

VC e VOS quando comparado ao grupo CS e o grupo VOT apresentou valores reduzidos desse

parâmetro em comparação ao grupo VOS. O envelhecimento induziu aumento da PA

diastólica. Houve aumento da PAM no grupo OS (124±1,3 mmHg) em relação ao grupos CS

(110±2,8mmHg). O grupo VOS (130±5,05 mmHg) apresentou valores maiores quando

comparado aos grupos CS e VC (116±2,5 mmHg), no entanto, o grupo VOT (112±2,7 mmHg)

diminuiu os valores de PAM quando comparado ao grupo VOS. Não houve diferença na FC

entre os grupos sedentários, todavia o treinamento físico promoveu bradicardia de repouso

(VOT: 344±3,8 vs. VOS: 384±10,7 bpm). A SBR estava atenuada nos grupos OS e VC em

relação ao grupo CS. Nas RB e RT houve um prejuízo adicional no grupo VOS (-0,68±0,06 e -

1,07±0,12 bpm/mmHg) quando comparado ao grupo OS (-1,10±0,11 e -2,09±0,19 bpm/mmHg).

O grupo VOT (-1,49±0,14 e -3,16±0,35 bpm/mmHg) apresentou atenuação do prejuízo nas

respostas RB e RT em relação ao grupo VOS. O TBARS no VE foi maior no grupo OS

(3,92±1,19 µmol/mg proteína) comparado com os grupos CS (2,88±1,13 µmol/mg proteína),

VC (2,15±0,56 µmol/mg proteína) e VOS (2,33±0,40 µmol/mg proteína). A CAT no VE estava

reduzida no grupo OS quando comparado ao CS e a GPx estava reduzida no grupo VOS em

relação aos grupos OS e VC. O grupo VOT reduziu os valores de TBARS e de QL (VOT: 1666

±223 vs. VOS: 2080±223 cps/mg proteína), além de aumentar a CAT no VE. No tecido renal o

TBARS estava aumentado nos grupos OS (3,04±0,13 µmol/mg proteína) e VOS (2,81±0,08

µmol/mg proteína) quando comparado com o grupo CS (1,69±0,09 µmol/mg proteína) e VC

(2,30±0,07 µmol/mg proteína). A CAT estava reduzida após a ooforectomia nos grupos OS e

VOS em relação aos grupos CS e VC. O grupo VOS apresentou redução da SOD quando

comparado com o grupo OS. O grupo VOT apresentou redução no TBARS renal quando

comparado ao grupo VOS. O treinamento físico induziu aumento dos valores das enzimas CAT,

SOD e GPx em relação ao grupo VOS no tecido renal. No tecido muscular, o grupo OS

(5,64±0,74 µmol/mg proteína) e VOS (3,52±0,35 µmol/mg proteína) apresentaram aumento do

TBARS quando comparado ao seus grupos controles (CS: 2,35±0,27 e VC: 1,88±0,25 µmol/mg

proteína). A GPx estava diminuída no grupo OS e VOS em relação aos grupos CS e VC. A QL

e o TBARS estavam reduzidos e a GPx aumentada no tecido muscular do grupo VOT em

relação ao grupo VOS. Concluindo, tais achados demonstram que o envelhecimento em ratas

Page 16: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

induziu prejuízo metabólico, na capacidade física e cardiovascular, associado à redução da SBR

e aumento da lipoperoxidação em tecido renal. A privação dos hormônios ovarianos em ratas

promoveu prejuízo cardiovascular e na SBR (exacerbados pelo envelhecimento), acompanhadas

de aumento da lipoperoxidação de membranas e de uma forma geral prejuízo nas enzimas

antioxidantes nos tecidos cardíaco, renal e muscular. Entretanto, o achado mais importante do

presente estudo foi o efeito benéfico do treinamento físico nas ratas velhas submetidas à

privação dos hormônios ovarianos, evidenciado por melhora cardiovascular associada a

aumento da SBR, redução da lipoperoxidação de membranas e aumento das enzimas

antioxidantes nos tecidos avaliados.

Page 17: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

ABSTRACT

Aging and ovarian hormone deprivation are associated with increased cardiovascular risk. On the

other hand, the aerobic exercise training has been recommended in the prevention and treatment of

various pathophysiological conditions. In this sense, the objective of this study was to investigate

the effects of aging on cardiovascular and oxidative stress parameters in female rats submitted to

ovarian hormone deprivation, as well as the role of exercise training in this condition. Sixteen adult

female Wistar rats and 24 aged Wistar rats were divided into five groups (n = 8 in each group):

adult control (CS), ovariectomized sedentary (OS), aged sedentary control (VC), aged

ovariectomized sedentary (VOS) and aged ovariectomized trained (VOT). Ovariectomy was

performed by bilateral ovaries removal. The exercise training was performed on a treadmill for 8

weeks. Blood pressure (BP) and heart rate (HR) were evaluated by recording direct through a PA

system for data acquisition. The baroreflex sensitivity (SBR) was evaluated by tachycardic (RT)

and bradycardic (RB) responses. The oxidative profile was evaluated by measurement of lipid

peroxidation (chemiluminecencia initiated by tbooh (CL) and by thiobarbituric acid reactive

substances (TBARS) and determination of catalase (CAT), superoxide dismutase (SOD) and

glutathione peroxidases (GPx) antioxidades enzymes in ventricular (LV), muscle and renal tissues.

Body weight was higher in aged rats (VC and VOS) and in ovariectomized (OS) as compared to CS

group. The physical capacity was increased in VOT group compared to the VOS group. Blood

triglycerides were higher in VC and VOS groups when compared to CS group; and VOT group

showed reduced values of this parameter compared to the VOS group. The diastolic AP was

increased by aging. There was a mean AP (MAP) increase in the OS group (124 ± 1.3 mmHg)

compared to CS group (110 ± 2.8 mmHg). The VOS group (130 ± 5.05 mmHg) had higher MAP

values compared to the CS and VC group (116 ± 2.5 mmHg), however, the VOT group (112 ± 2.7

mmHg) reduced this values when compared to VOS group. There was no difference in HR among

sedentary groups, however physical training induced resting bradycardia (VOT: 344 ± 3.8 vs. VOS:

384 ± 10.7 bpm). The SBR was attenuated in the OS and VC groups compared the CS group. There

were an additional loss in The BR and the TR in the VOS group (-0.68 ± 0.06 and -1.07 ± 0.12

bpm/mmHg) compared to OS group (-1.10 ± 0, 11 and -2.09 ± 0.19 bpm/mmHg). The VOT group

(-1.49 ± 0.14 and -3.16 ± 0.35 bpm/mmHg) showed attenuation of these impaired responses in

relation to the VOS group. The TBARS in LV was higher in the OS group (3.92 ± 1.19 µmol/mg

protein) compared with the CS group (2.88 ± 1.13 µmol/mg protein), VC (2.15 ± 0.56 µmol/mg

protein) and VOS (2.33 ± 0.40 µmol/mg protein). The CAT in LV was reduced in the OS when

compared to CS group and the GPx was reduced in the VOS group in relation to OS and VC

groups. The VOT rats reduced TBARS and QL (VOT: 1666 ± 223 vs. VOS: 2080 ± 223 cps/mg

protein), and increased CAT in LV. In the renal tissue, the TBARS was increased in OS groups

(3.04 ± 0.13 µmol/mg protein) and VOS groups (2.81 ± 0.08 µmol/mg protein) when compared to

the CS group (1.69 ± 0.09 µmol/mg protein) and VC (2.30 ± 0.07 µmol/mg protein). The CAT was

reduced after ovariectomy in the OS and VOS groups compared to CS and VC groups. The VOS

group presented a reduction in SOD compared to SO group. The VOT group showed a reduction in

renal TBARS when compared to VOS. Physical training induced an increase in the levels of CAT,

SOD and GPx in relation to the VOS group in renal tissue. In muscle tissue, the SO group (5.64 ± 0,

74 µmol/mg protein) and VOS (3.52 ± 0.35 µmol/mg protein) showed an increase in TBARS when

compared with their control groups (CS: 2.35 ± 0.27 and VC: 1.88 ± 0.25 µmol/mg protein). The

GPx was decreased in the VOS and OS group when compared to CS and VC groups. QL and

TBARS were reduced and GPx were increased in muscle tissue in VOT group compared to VOS

group. In conclusion, these findings demonstrate that the aging in rats induced metabolic, physical

capacity and cardiovascular impairments associated with reduced BRS and increased lipid

peroxidation in renal tissue. The ovarian hormones deprivation in rats promoted cardiovascular and

SBR impairments (exacerbated by aging), accompanied by increased membrane lipid peroxidation

and a general impairment in antioxidant enzymes in heart, renal and muscle tissues. However, the

Page 18: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

most important finding of this study was the beneficial effects of exercise training in aged rats

submitted to ovarian hormone deprivation, demonstrated by cardiovascular improvement associated

with SBR increase, reduction in membrane lipid peroxidation and increase in antioxidant enzymes

in studied tissues.

Page 19: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS E QUADROS

LISTA DE TABELAS

LISTA DE ABREVATURAS

RESUMO

ABSTRACT

1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 1

1.1.Envelhecimento e doença cardiovascular.................................................................. 1

1.2.Doença cardiovascular e menopausa.......................................................................... 4

1.3. Treinamento Físico e doença cardiovascular............................................................. 5

2. OBJETIVOS................................................................................................................... 9

2.1. Objetivo Geral............................................................................................................ 9

2.2. Objetivos Específicos................................................................................................. 9

3. MATERIAIS E MÉTODOS......................................................................................... 10

3.1 Animais e Grupos....................................................................................................... 10

3.2 Sequência Experimental............................................................................................. 11

3.3 Ooforectomia Bilateral................................................................................................ 12

3.4 Teste de Esforço Máximo........................................................................................... 12

3.5 Treinamento Físico..................................................................................................... 13

3.6 Determinação dos Níveis de Glicose e Triglicérides Sanguíneos.............................. 13

3.7 Avaliações Hemodinâmicas Sistêmicas...................................................................... 14

3.7.1. Canulação............................................................................................................. 14

3.7.2 Registro de Pressão Arterial e Frequência Cardíaca............................................. 15

3.7.3 Avaliação da Sensibilidade dos Pressorreceptores............................................... 16

Page 20: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

3.8 Eutanásia dos Animais................................................................................................. 18

3.9 Estresse Oxidativo e Enzimas Oxidantes.................................................................... 18

3.10 Análise dos Dados .................................................................................................... 21

4. RESULTADOS .............................................................................................................. 22

4.1 Protocolo 1................................................................................................................

4.1.1 Peso Corporal.......................................................................................................... 22

4.1.2. Capacidade Física................................................................................................... 23

4.1.3 Avaliações Metabólicas........................................................................................... 24

4.1.3.1 Glicemia............................................................................................................. 24

4.1.3.2 Triglicerídeos..................................................................................................... 25

4.1.4 Avaliações Cardiovasculares................................................................................... 26

4.1.4.1. Pressão Arterial e Frequência Cardíaca............................................................ 26

4.1.4.2 Avaliação da Sensibilidade dos Pressorreceptores.............................................. 28

4.1.5 Avaliações de Estresse Oxidativo.......................................................................... 29

4.2 Protocolo 2.................................................................................................................... 35

4.2.1. Peso Corporal.......................................................................................................... 35

4.2.2 Capacidade Física.................................................................................................... 35

4.2.3 Avaliações Metabólicas........................................................................................... 36

4.2.3.1 Glicemia............................................................................................................. 36

4.2.3.2 Triglicerídeos..................................................................................................... 37

4.2.4 Avaliações Cardiovasculares................................................................................... 38

4.2.4.1. Pressão Arterial e Frequência Cardíaca............................................................ 38

4.2.4.2 Avaliação da Sensibilidade dos Pressorreceptores............................................... 40

4.2.5. Avaliações de Estresse Oxidativo...................................................................... 41

Page 21: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

5. DISCUSSÃO .............................................................................................................. 47

5.1. Protocolo 1............................................................................................................ 47

5.2. Protocolo 2............................................................................................................ 54

6. CONCLUSÕES.............................................................................................................. 66

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................... 67

8. ANEXOS......................................................................................................................... 85

Page 22: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

1

1. INTRODUÇÃO

1.1 Envelhecimento e doença cardiovascular

O envelhecimento populacional e a longevidade são crescentes tanto em países

desenvolvidos como em países em desenvolvimento. Esse aumento pode ser, em parte, explicado

pela diminuição da mortalidade e consequentemente o aumento da expectativa de vida, além da

diminuição na taxa de fecundidade (PAPALÉO NETTO,1996).

No Brasil, o aumento no número de idosos (PAPALÉO NETTO,1996) é acompanhado pelo

aumento significativo da prevalência de doenças crônicas, dentre elas as DCV que são a primeira

causa de morte entre os sexos em todas as regiões do país (TIMERMAN et al., 2001; BRANDÃO

et al., 2003). Em relatório mais recente da American Heart Association foi observado em mais de

80 milhões de americanos que uma pessoa em cada três possuía algum tipo de doença

cardiovascular (DCV), sendo esta responsável por quase 900 mil mortes (ROSAMOND et al.,

2008).Além disso, essas doenças que normalmente perduram por alguns anos, requerem expressiva

utilização dos serviços de saúde, acarretando em um maior gasto com a saúde pública (VERAS,

2003;PAIXÃO Jr.& REICHENHEIM, 2005).

A maior incidência de DCV em idosos provavelmente está associado ao processo de

envelhecimento, porque neste período o sistema cardiovascular sofre uma série de alterações tais

como diminuição do desempenho cardíaco, da distensibilidade da aorta e das grandes artérias,

hipertrofia e dilatação do ventrículo esquerdo e disfunção dos mecanismos neuro-humorais de

controle cardiovascular, fatores que em conjunto estão normalmente associados ao desenvolvimento

de hipertensão, doença coronariana e insuficiência cardíaca (NETTO, 2004; IRIGOYEN et al.,

2000; WICHI et al., 2009; MOSTARDA, et al., 2009).

Estudos vêm demonstrando que a hiperatividade do sistema nervoso simpático aumenta o

risco cardiovascular, ao passo que uma função vagal preservada ou aumentada tem sido considerada

um fator de proteção cardiovascular (TASK FORCE, 1996; KLEIGER et al., 1987). Vários

trabalhos experimentais e clínicos têm evidenciado que a disautonomia está presente em uma série

Page 23: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

2

de doenças, tais como, a hipertensão arterial, a insuficiência cardíaca, o diabetes e a síndrome

metabólica (IRIGOYEN & KRIEGER, 1998; ZANCHETTI & MANCIA, 1991; LA ROVERE et

al., 1998; EWING et al., 1980; VINIK et al., 2003; DE ANGELIS et al., 2004; FARAH et al.,

2007).No envelhecimento, estudos têm demonstrado redução na atividade parassimpática para o

nodo sino-atrial aumento na atividade simpática para o coração e para o sistema vascular, além de

disfunção do barorreflexo (MARK, 1995; ECKBERG,1971; WERNER et al., 1995).

Em nosso grupo, temos evidenciado a importância das alterações no controle autonômico no

desenvolvimento das disfunções cardiovasculares relacionadas ao desenvolvimento das DCV em

ratos machos hipertensos, com insuficiência cardíaca, diabéticos ou velhos (DE ANGELIS et al.,

2006; BERTAGNOLLI et al., 2008; RABELO et al., 2001; DALL´AGO et al., 2007; DE

ANGELIS et al., 2001; WERNER, et al. 1995; DE ANGELIS et al, 1997). Dessa forma,

considerando a relação entre disautonomia e DCV tanto em estudos clínicos quanto experimentais,

intervenções no sentido de detectar, prevenir e/ou atenuar a disfunção autonômica cardiovascular

tem sido vistas como novas e/ou importantes estratégias no manejo das DCVs (LA ROVERE et al.,

2002).

Além disto, o declínio nas funções fisiológicas que levam à morbidade e mortalidade no

envelhecimento tem sido também associado com aumento no estresse oxidativo (AMES, 1993,

ASGHAR et al., 2007; SONG et al., 2009). As espécies reativas de oxigênio (ERO) são substâncias

que apresentam alta reatividade para outras biomoléculas, principalmente lipídios e proteínas das

membranas celulares e para o DNA. Todas as células aeróbias possuem mecanismos para combater

os efeitos agressivos das ERO, que incluem as enzimas superóxido dismutase (SOD), a catalase

(CAT) e a glutationa peroxidase (GPx) e o sistema não enzimático (DORMANDY, 1978; SIES,

1986).As ERO promovem estresse oxidativo quando as defesas antioxidantes da célula são

insuficientes para deter a produção pró-oxidante (NORDMANN, 1994).

Um número crescente de trabalhos tem demonstrado o papel fundamental do estresse

oxidativo na patogênese das DCVs (CAI& HARRISON, 2000). A geração de ERO em maiores

Page 24: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

3

quantidades causa uma diminuição do óxido nítrico (NO) biodisponível, o que induz prejuízo na

função endotelial e cardíaca (PANZA et al., 1990). O NO pode ser destruído pelo radical

superóxido e protegido por mecanismos antioxidantes como a enzima SOD (RUBANYI &

VANHOUTE, 1986; GRYGLEWSKI et al., 1986). A disfunção da vasodilatação dependente do

endotélio, associadas ao aumento do estresse oxidativo, particularmente com a maior produção do

radical superóxido, tem sido observada em pacientes com hipertensão, hipercolesterolemia,

diabetes, fumantes, e até mesmo no processo fisiológico do envelhecimento (BERRY et al., 2001;

CAI & HARRISON, 2000; ORIEN et al., 1999).

É importante destacar que em trabalhos de nosso grupo a redução do estresse oxidativo e o

aumento das enzimas antioxidantes foram correlacionados com melhora em parâmetros

cardiovasculares e autonômicos, como a sensibilidade dos pressorreceptores, em ratos machos com

insuficiência cardíaca, hipertensos ou velhos (DE ANGELIS et al., 1997; RABELO et al., 2001;

BERTAGNOLI et al., 2006). Mais recentemente, em função do aumento da prevalência de DCV no

sexo feminino (NATIONAL CENTER FOR HEALTH STATISTICS, 1997; MOSCA et al., 2007)

temos estudado o papel do sistema nervoso autônomo no controle cardiovascular em ratas fêmeas

adultas saudáveis (BRITO et al., 2008;SANCHES et al., 2009) e submetidas à privação dos

hormônios ovarianos (IRIGOYEN et al., 2005; SOUZA et al., 2007; HEEREN et al., 2009; FLUES

et al., 2010; FLORES et al., 2010). Resultados do nosso grupo sugerem a importância da função

autonômica no manejo do risco cardiovascular no sexo feminino, bem como o estresse oxidativo

como um possível mecanismo associado às disfunções cardiovasculares no sexo feminino. Todavia,

são escassos na literatura estudos da regulação cardiovascular em ratas fêmeas velhas,

principalmente após a privação dos hormônios ovarianos.

Page 25: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

4

1.2 Doença cardiovascular na menopausa

Na faixa etária dos 45 a 64 anos, a morte devido às doenças cardiovasculares é maior em

homens do que em mulheres. Porém, após os 65 anos, a mortalidade das mulheres por doenças

cardiovasculares ultrapassa à dos homens em até 22% (NATIONAL CENTER FOR HEALTH

STATISTICS, 1997). Neste contexto, desde 1984, a doença cardiovascular no sexo feminino se

tornou mais evidente quando comparada ao sexo masculino, observando-se em ambos os sexos um

aumento exponencialmente com o avanço da idade (EVANGELISTA&MCLAUGHLIN, 2009).

Essa diferença em mortalidade cardiovascular entre os sexos pode ser devida a diversos

fatores, entre eles diferenças na modulação autonômica cardiovascular. Estudos clínicos e

experimentais parecem concordar que o sexo feminino, antes da privação dos hormônios ovarianos,

possui maior predomínio vagal e maior sensibilidade dos pressorreceptores e, portanto, maior

proteção cardiovascular em relação ao sexo masculino (KUO et al., 1999; HUIKURIet al., 1996;

GREGOIRE et al., 1996; LEINWAND, 2003). Entretanto, é importante enfatizar que essa proteção

autonômica cardiovascular apresentada pelo sexo feminino é atenuada após a privação dos

hormônios ovarianos (KUO et al., 1999). Considerando esses achados, pode–se supor que a

disautonomia cardiovascular esteja relacionada à equivalência nas taxas de eventos cardiovasculares

entre os sexos após o advento da menopausa (BRENNER, 1988; NCEP, 2001; SINAGRA &

CONTI, 2007). Deve-se enfatizar ainda que no climatério é comum se observar na mulher, além de

aumentado risco de doenças cardiovasculares, redução na capacidade de exercício, na força

muscular e na massa óssea, aumento do peso corporal e da prevalência de diabetes (SOWERS &LA

PIETRA, 1995).

Considerando que a taxa de mortalidade devido a doenças cardiovasculares aumentou de 10

para 25% nos anos 60 e 70 em mulheres (CASTANHO et al., 2001) é eminente a necessidade da

busca de alternativas terapêuticas para a prevenção e o tratamento da doença cardiovascular na

mulher. Neste sentido, vale destacar que apesar não existir um modelo considerado ideal de

menopausa em ratos, já que ratas velhas (>18 meses) se mantém ciclando, a maior parte dos

Page 26: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

5

investigadores têm usado ratas fêmeas adultas jovens (6-12 semanas) que são submetidas à retirada

bilateral dos ovários (ooforectomia) avaliando os efeitos da privação dos hormônios ovarianos de 3

a 5 semanas após o procedimento cirúrgico (MOIEN-AFSJHARI et al., 2003). Em nosso grupo,

demonstramos que as ratas com aproximadamente 9-10 semanas de vida submetidas à ooforectomia

apresentavam, após 9 semanas de acompanhamento (18 semanas de vida), aumento do peso

corporal, da pressão arterial e redução da sensibilidade dos pressoreceptores. Essas alterações

cardiovasculares foram correlacionadas ao aumento do estresse oxidativo (desbalanço entre a

produção de radicais livres e as defesas antioxidantes) no coração (IRIGOYEN et al., 2005;

SOUZA et al., 2007). Todavia, esse modelo de avaliação dos efeitos da ooforectomia ao utilizar

ratas adultas não permite avaliar os efeitos do envelhecimento presentes na mulher na menopausa.

Assim, no presente projeto propomos a avaliação dos efeitos da privação dos hormônios ovarianos

não só em ratas adultas, mas também em ratas velhas, o que permitirá uma melhor compreensão dos

efeitos do envelhecimento, da menopausa e de sua associação no aumento do risco cardiovascular

no sexo feminino. Além disto, cabe lembrar que atualmente os efeitos de proteção cardiovascular

através da terapia hormonal são controversos (WRITING GROUP FOR THE WOMEN`S

INITIATIVE INVESTIGATORS, 1996). Em contrapartida, os benefícios obtidos através da

atividade física regular vêm cada vez mais reforçando a importância desta abordagem na prevenção

e no tratamento de doenças (PEDERSEN & SALTIN, 2006; MOSCA et al., 2007).

1.3 Treinamento físico e doença cardiovascular

O sedentarismo tem sido demonstrado como um importante fator de risco cardiovascular na

sociedade moderna, sendo no Estado de São Paulo mais prevalente (69%) do que o fumo (38%), a

hipertensão (22%), a obesidade (18%) e o alcoolismo (8%) (REGO et al., 1990). Neste aspecto, a

inatividade física, que é mais prevalente entre as mulheres após a menopausa (SOWERS &LA

PIETRA, 1995), duplica o risco de doença coronariana, efeito esse similar em magnitude ao do

tabagismo e hipertensão (NIEMAN, 1999).

Page 27: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

6

As alterações morfológicas e funcionais no sistema cardiovascular, no equilíbrio glicêmico e

no controle autonômico com o avanço da idade resultam em diminuição da capacidade de realizar

atividade física com o avanço da idade tanto em homens quanto em mulheres (HOSSACK et al.,

1982). Dessa forma, a recomendação de exercício tem sido sugerido para promoção da saúde e

prevenção de doenças, tanto para adultos com a idade entre 50-64 quanto para adultos com mais de

65 anos que apresentam alguma doença crônico degenerativa ou limitações funcionais (NELSON et

al., 2007).

De uma forma geral, o exercício físico induz vários benefícios, tais como: aprimoramento na

função cardiovascular e respiratória, redução nos fatores de risco para doença arterial coronariana

(DAC), redução na morbimortalidade, melhora na aptidão física geral, diminuição da ansiedade e

depressão. Somado a isso, o treinamento físico pode proporcionar sensações de bem-estar, melhora

do desempenho nas atividades laborativas, além de ser utilizado na reabilitação física e metabólica

(ALMEIDA, 2007; ACSM, 2003).

Há evidências de que os efeitos agudos ou crônicos do exercício físico trazem benefícios

cardiovasculares, metabólicos, autonômicos e psicológicos, fato esse que tem levado muitos

investigadores a sugeri-lo como uma conduta não farmacológica importante na prevenção e no

tratamento da hipertensão arterial, mesmo em diferentes situações associadas, como na insuficiência

cardíaca, no diabetes, na resistência à insulina e na obesidade (ACSM, 2003; FORJAZ et al., 2003;

IRIGOYEN et al., 2003; RONDOM & BRUM, 2003; WILLIAMS et al., 2002; MACDONALD et

al., 2000; GORDON et al., 1997; TIPTON, 1991; WALLBERG et al., 1988; JENNINGS et al.,

1986).

O treinamento físico pode provocar alterações cardiovasculares e autonômicas importantes,

tais como bradicardia de repouso (NEGRÃO et al., 1992; DE ANGELIS et al., 1997, 1999, 2004;

KATONA et al., 1982; FRICK, 1967), redução da pressão arterial (PA) em indivíduos idosos

(HASKELL, 2007)e em ratos espontaneamente hipertensos (SHR) (SILVA et al., 1997;

BERTAGNOLLI et al., 2006), melhora da sensibilidade dos pressoreceptores em sujeitos

Page 28: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

7

normotensos (MC`DONALD et al., 1993; BARNEY et al., 1988, DE ANGELIS et al., 2004;

NEGRÃO et al., 1992; BEDFORD & TIPTON, 1987) e em ratos SHR e diabéticos (SILVA et al.,

1997; BERTAGNOLLI et al., 2006; HARTHMANN et al., 2007). Além disto, estudos

demonstraram adaptações das enzimas antioxidantes e redução do estresse oxidativo em resposta ao

treinamento físico (JI & FU, 1992; MARGARATIS et al., 1997; VENDITTI & DI MEO, 1997; DE

ANGELIS et al., 1997; IRIGOYEN et al., 2005; BERTAGNOLLI et al., 2006).

Apesar dos vários trabalhos evidenciando os benefícios do treinamento físico, a maioria

desses estudos foram realizados em amostras do sexo masculino. Em estudos mais recentes tem

sido demonstrado que treinamento físico aeróbio pode induzir melhora no perfil metabólico e

lipídico, reduzir a inflamação e as moléculas de adesão (WEGGE et al., 2004) e aumentar a

variabilidade da frequência cardíaca (VFC) (JURCA et al., 2004) em mulheres menopausadas

(ASIKAINEN et al., 2004), bem como melhorar a resposta da insulina estimulada pelo teste de

tolerância a glicose em ratas ooforectomizadas (LATOUR et al., 2001). Um trabalho de nosso

laboratório evidenciou que o treinamento físico aeróbio em um modelo experimental de menopausa

em ratas adultas (~18 semanas de idade) induziu aumento da capacidade aeróbia, redução do peso

corporal, da PA e da FC de repouso e melhora na sensibilidade dos pressorreceptores associada à

redução no estresse oxidativo e ao aumento nas defesas antioxidantes no tecido cardíaco

(IRIGOYEN et al., 2005). Melhora cardiovascular também foi observada em camundongas

knockout para o receptor LDL-colesterol ooforectomizadas após treinamento físico (HERREN et

al., 2009), em ratas ooforectomizadas treinadas e submetidas à terapia de reposição de estradiol

(FLUES et al. 2010), ratas infartadas treinadas (FLORES et al., 2010) ou em ratas diabéticas

ooforectomizadas (SOUZA et al., 2007), sendo que neste último estudo observamos redução da

mortalidade após o período de treinamento físico.

Considerando o importante papel da disautonomia como fator de risco de doença

cardiovascular, bem como o possível envolvimento do estresse oxidativo nesta disfunção,

intervenções que reduzam o estresse oxidativo e/ou melhorem a função autonômica tem sido

Page 29: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

8

vistas como potenciais estratégias no manejo do risco cardiovascular. Vale lembrar que o

treinamento físico dinâmico aeróbio em situações fisiológicas e fisiopatológicas em modelos

animais (ratos machos e mais recentemente em fêmeas ooforectomizadas) melhora a regulação

autonômica cardiovascular, possivelmente por redução do estresse oxidativo (DE ANGELIS et

al, 1997, IRIGOYEN et al, 2005, BERTAGNOLLI et al., 2006). Todavia, deve-se considerar que

a maior parte dos trabalhos publicados na literatura com relação aos efeitos autonômicos do

treinamento físico em animais e humanos, assim como todos os nossos estudos citados acima, foi

realizada em amostras do sexo masculino, normalmente em idade reprodutiva. Além disto,

conforme comentado anteriormente os estudos publicados pelos diferentes grupos de pesquisa

submeteram ratas à cirurgia de ooforectomia com idade em torno de 2-3 meses, ficando a dúvida

se a privação dos hormônios ovarianos em ratas velhas (com mais de 18 meses) induziria efeitos

semelhantes, ou se o processo natural de envelhecimento agravaria as disfunções decorrentes da

ooforectomia. Neste sentido, o presente projeto visa avaliar os efeitos do envelhecimento em

parâmetros cardiovasculares e de estresse oxidativo em ratas submetidas à privação dos

hormônios ovarianos, bem como o papel do treinamento físico nesta condição.

Page 30: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

9

2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

O objetivo geral do presente estudo foi investigar os efeitos do envelhecimento em parâmetros

cardiovasculares e de estresse oxidativo em ratas submetidas à privação dos hormônios ovarianos,

bem como o papel do treinamento físico nesta condição.

2.2 Objetivos Específicos

Os objetivos específicos do presente estudo foram avaliar:

1) os efeitos da privação dos hormônios ovarianos em ratas adultas e em ratas velhas na pressão

arterial, na frequência cardíaca, na sensibilidade dos pressorreceptores e em parâmetros de estresse

oxidativo (protocolo 1).

2) os efeitos do treinamento físico em ratas velhas submetidas à privação dos hormônios ovarianos

na pressão arterial, na frequência cardíaca, na sensibilidade dos pressorreceptores e em parâmetros

de estresse oxidativo (protocolo 2).

Page 31: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

10

3. MATERIAIS E MÉTODOS

O presente projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade São Judas

Tadeu sob parecer A003/2010 (Anexo 1).

3.1 AMOSTRA

Foram utilizadas 16 ratas Wistar com 3 meses de idade (adultas) e 24 ratas Wistar com

aproximadamente 18 meses(velhas) no início do protocolo, provenientes do biotério da

Universidade São Judas Tadeu. Os animais foram mantidos em gaiolas, contendo no máximo 4

animais em cada uma, em ambiente com temperatura controlada (220 - 24

0C) e com luz controlada

em ciclo de 12 horas (claro – escuro, invertido). Água e comida foram oferecidas de modo irrestrito,

sendo que a dieta foi normoprotêica (12% de proteínas).

Para cumprir os objetivos propostos, este trabalho foi dividido em 2 protocolos.

PROTOCOLO 1

Para avaliar os efeitos da privação dos hormônios ovarianos em ratas adultas e em ratas

velhas na pressão arterial, na frequência cardíaca, na sensibilidade dos pressorreceptores e em

parâmetros de estresse oxidativo foram comparados os seguintes grupos (n=8 em cada grupo):

Grupo de ratas adultas controle (CS): ratas com 3 meses de idade no início do protocolo que

foram acompanhadas durante 9 semanas.

Grupo de ratas velhas sedentárias controle (VC): ratas com 18 meses de idade no início do

protocolo que foram acompanhadas durante 9 semanas.

Grupo de ratas adultas ooforectomizadas sedentárias (OS): ratas com 3 meses de idade no início

do protocolo que foramsubmetidas a ooforectomia e acompanhadas durante 9 semanas.

Page 32: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

11

Grupo de velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS): ratas com 18 meses de idade no início do

protocolo que foramsubmetidas a ooforectomia e acompanhadas durante 9 semanas.

PROTOCOLO 2

Para investigar os efeitos do treinamento físico aeróbio em ratas velhas submetidas à

privação dos hormônios ovarianos na pressão arterial, na frequência cardíaca, na sensibilidade dos

pressorreceptores e em parâmetros de estresse oxidativo, foram avaliados os seguintes grupos (n=8

em cada grupo):

Grupo de ratas velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS): ratas com 18 meses de idade no

início do protocolo que foram submetidas a ooforectomia e acompanhadas durante 9 semanas.

Grupo de ratas velhas ooforectomizadas treinadas (VOT): ratas com 18 meses de idade no início

do protocolo que foram submetidas a ooforectomia e após uma semana foram submetidas a

treinamento físico em esteira ergométrica rolante durante 8 semanas.

3.2 SEQUÊNCIA EXPERIMENTAL

Os grupos experimentais seguiram a sequência experimental descrita no quadro abaixo

Quadro 1: Sequência experimental do projeto.

Dia

1

Dia

2-6

Dia

7

Dia

8 e 36

Dia

74-75

Dia

75...

Dia

76...

Dia

77...

Ooforectomia Bilateral X

Adaptação à esteira X

Teste de esforço máximo X X

Início do Programa de

treinamento físico X

Término do Programa de X

Page 33: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

12

treinamento físico

Avaliações Hemodinâmicas

Sistêmicas X

Eutanásia X

Estresse e Enzimas Oxidativas X

3.3 OOFORECTOMIA BILATERAL

As ratas foram anestesiadas (i.p.) com cloridrato de cetamina (50mg/Kg, Ketalar, Parke-

Davis) e cloridrato de xilazina (12mg/Kg, Rompum, Bayer) e colocados em decúbito dorsal para

que se realize uma pequena incisão (1 cm) em paralelo com a linha do corpo na pele e na

musculatura no terço inferior na região abdominal. Os ovários foram localizados e foi realizada a

ligadura dos ovidutos, incluindo os vasos sangüíneos. Os ovidutos foram secionados e os ovários

removidos. A musculatura e a pele foram suturadas e uma dose de antibiótico foi administrada

(Benzetacil, 40 000 U/Kg, i.m) (LATOUR et al., 2001; IRIGOYEN et al., 2005).

3.4 TESTE DE ESFORÇO MÁXIMO

Todos os animais estudados foram submetidos a um teste de esforço máximo em esteira

ergométrica (após adaptação de no mínimo 5 dias a 0,3 km/h durante 10 minutos) no início, no

meio e no final do programa de treinamento físico. Este teste serviu de base para prescrição do

treinamento físico para os grupos treinados bem como pode evidenciar melhora na capacidade de

exercício após o período de treinamento físico. O teste consistiu em colocar o animal correndo na

esteira a 0,3 km/h por 3 minutos, sendo esta carga incrementada em 0,3 km/h a cada 3 minutos até

que o animal atingia a exaustão (BROOKS & WHITE, 1978; RODRIGUES et al., 2007). O tempo

de teste e a velocidade da última carga foram anotados e serviram para fazer a média de capacidade

de exercício de cada grupo.

Page 34: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

13

3.5 TREINAMENTO FÍSICO

Os grupos treinados foram submetidos a um protocolo de treinamento físico em esteira

ergométrica com velocidade e carga progressiva durante 8 semanas (40-70% da velocidade máxima

de corrida) 1 vez por dia, 5 dias por semana, conforme descrito no quadro abaixo (IRIGOYEN et

al., 2005; SOUZA et al., 2007) (Quadro 2) (Figura 1). Além disto, estudo mostrou que existe

correlação entre a velocidade do teste de esforço e o consumo de oxigênio para ratos machos

(RODRIGUES et al., 2007).

Quadro 2: Exemplo de protocolo de

treinamento físico

Semana Duração

(min)

Velocidade

(Km/h)

1ª 15 – 23 0,3 – 0,5

2ª 23 – 50 0,3 – 0,7

3ª 47 – 55 0,3 – 0,7

4ª 55 – 60 0,3 – 0,7

5ª 60 0,3 – 0,9

6ª 60 0,3 – 0,9

7ª 60 0,3 – 0,9

8ª 60 0,3 – 0,9

Figura 1: Foto mostrando ratos submetidos

a protocolo de treinamento físico em esteira

ergométricanaUSJT.

Page 35: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

14

3.6 DETERMINAÇÃO DOS NÍVEIS DE GLICEMIA E TRIGLICÉRIDES

SANGUÍNEOS.

Ao final do protocolo os animais foram submetidos a jejum de 4 horas e, após

isto foi retirada uma gota de sangue da cauda para análise da glicemia pelo glicosímetro

(Accucheck, Roche) e uma gota para medida dos triglicerídeos sanguíneos pelo

aparelho Accutrend GTC, Roche (Figura 2).

Figura 2: Aparelhos utilizados para determinação dos níveis de glicemia e triglicérides sanguíneos

Identificação da Fase do Ciclo Estral

A caracterização de cada fase do ciclo será baseada na proporção de três tipos de

células na secreção vaginal: epiteliais, corneificadas e leucócitos segundo Marcondes e

colaboradores (2002). A secreção vaginal será coletada com uma pipeta plástica com

10µL de solução salina introduzida superficialmente na vagina da rata e será colocada

em uma lâmina de vidro para a observação em um microscópio ótico. Tal procedimento

será realizado nos grupos não ooforectomizados no dia das avaliações hemodinâmicas e

do sacrifício dos animais a fim de garantir que tais procedimentos seja realizados nas

fases não ovulatórias do ciclo estral das ratas.

3.7 AVALIAÇÕES HEMODINÂMICAS SISTÊMICAS

3.7.1.Canulação

Page 36: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

15

As cânulas foram confeccionadas com tubos de Policloreto de Vinila (Abbott)

equivalente ao polietileno PE10 e PE50. Estas foram soldados por aquecimento e logo

após, as cânulas foram preenchidas com solução fisiológica e mantidas ocluídas com

pinos de aço inoxidável (DE ANGELIS et al.,1999; DE ANGELIS et al., 2000a;

IRIGOYEN et al., 2005).

No dia anterior aos registros diretos de pressão arterial e freqüência cardíaca, os

ratos foram anestesiados (i.p.) com cloridrato de cetamina (50mg/Kg, Ketalar, Parke-

Davis) e cloridrato de xilazina (12mg/Kg, Rompum, Bayer) e colocados em decúbito

dorsal. Foi realizada uma pequena incisão na região femoral para implantação de uma

cânula no interior da aorta abdominal e na veia cava inferior, através da artéria e veia

femoral esquerdas, para registro direto da pressão arterial e para administração de

drogas, respectivamente. Após a correta e firme implantação das cânulas na artéria e na

veia, as extremidades mais calibrosas das cânulas foram passadas subcutaneamente,

exteriorizadas no dorso da região cervical e fixadas com fio de algodão na pele.(Figura

3).

Figura 3: À esquerda: posição anátomo-cirúrgica da canulação de artéria e veia femoral. No centro e à

direita: o feixe vásculo nervoso, composto pela veia femoral esquerda, artéria femoral esquerda e nervo

femoral esquerdo; esquema da canulação.

3.7.2.Registro de pressão arterial

Page 37: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

16

Para realização das avaliações hemodinâmicas sistêmicas, a cânula arterial foi

conectada a uma extensão de 20 cm (PE-50), permitindo livre movimentação do animal

pela caixa, durante todo o período do experimento. Esta extensão foi conectada a um

transdutor eletromagnético (Kent Instruments, EUA) que, por sua vez, estava conectado

a um pré-amplificador (Stemtech, EUA). Sinais de pressão arterial foram gravados

durante um período de 30 minutos em um microcomputador equipado com um sistema

de aquisição de dados (Windaq, DATAQ Instruments, Akron, OH, EUA), permitindo

análise dos pulsos de pressão, batimento-a-batimento, com uma freqüência de

amostragem de 2000 Hz por canal, para estudo dos valores de pressão arterial sistólica

(PAS), pressão arterial diastólica (PAD), pressão arterial média (PAM) e freqüência

cardíaca. Os valores de freqüência cardíaca foram derivados do sinal pulsátil da pressão

arterial.(Figura 4).

Figura 4: Fotografia mostrando o sistema de registro de pressão arterial.

A análise dos sinais de PA foi feita utilizando-se programa comercial associado

ao sistema de aquisição. Este programa permite a detecção de máximos e mínimos da

curva de pressão batimento-a-batimento, fornecendo os valores de PAS e PAD pela

integral da área sob a curva no tempo. A FC foi determinada a partir do intervalo entre

dois picos sistólicos. Os resultados foram apresentados em valores médios e desvios

padrões dos períodos em que os dados foram analisados para PA e FC. As planilhas de

Page 38: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

17

dados obtidas foram analisadas em programa comercial para análise (Excel 5.0), onde se

calcularam a média e desvio padrão de PAM, PAS, PAD e FC para cada animal.

3.7.3 Avaliação da Sensibilidade dos Pressorreceptores

Após o registro da pressão arterial e da freqüência cardíaca, uma extensão de

aproximadamente 20 cm (PE10) foi conectada na cânula venosa para posterior injeção

de drogas vasoativas.

A fenilefrina (Sigma Chemical Company, St. Louis, MO, EUA), um potente

estimulador 1 cuja ação predominante ocorre nas arteríolas periféricas causando

vasoconstrição, foi usada para provocar aumento da pressão arterial. Esse aumento da

pressão arterial é seguido de bradicardia reflexa comandada pelos pressorreceptores.

O nitroprussiato de sódio (Sigma Chemical Company, St. Louis, MO, UA), um

potente vasodilatador tanto de arteríolas como de veias e cuja ação ocorre por meio da

ativação da guanilato ciclase e aumento da síntese de 3’, 5

’- guanosina monofosfato

(GMP cíclico) na musculatura lisa de vasos e outros tecidos foi usado para provocar

queda da pressão arterial. Essa queda é seguida por uma resposta taquicárdica reflexa

comandada pelos pressorreceptores.

Após os animais terem permanecido em condições de repouso por 15 minutos, a

sensibilidade dos pressoreceptores foi testada através da infusão de doses crescentes de

fenilefrina e de nitroprussiato de sódio. Para avaliação da sensibilidade dos

pressorreceptores, o pico máximo ou mínimo da PAM foi reduzido dos valores de PAM

do período controle. Da mesma forma, a variação máxima da FC foi reduzida dos

valores de FC do período controle, imediatamente antes da infusão das drogas, para

posterior quantificação das respostas. A sensibilidade barorreflexa foi avaliada pelo

Page 39: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

18

índice calculado através divisão da variação da FC pela variação da PAM (DE

ANGELIS et al., 1997; 1999; IRIGOYEN et al., 2005) (Figura 5).

Figura 5:Registro da pressão arterial e freqüência cardíaca antes e após a administração de drogas

vasoativas, onde se observa a resposta reflexa dos pressoreceptores.

3.8. EUTANÁSIA DOS ANIMAIS

No dia seguinte ao término das avaliações hemodinâmicas, os animais de ambos

os grupos foram sacrificados por decapitação e os órgãos foram retirados e congelados

Amostras de coração, rim e gastrocnêmio foram retiradas e utilizadas para analisar o

estresse oxidativo e as enzimas oxidantes.

3.9. MEDIDAS DE ESTRESSE OXIDATIVO E ENZIMAS ANTIOXIDANTES

Preparação dos Tecidos. O coração foi coletado e homogeneizado durante 30

segundos em um homogeneizador Ultra-Turrax, com KCl 1,15% e fluoreto de fenil

metil sulfonila (PMSF), na concentração de 100mmol/L em isopropanol e na quantidade

de 10 L/mL de KCl adicionado. Em seguida, os homogeneizados foram centrifugados

PA e FC basais

Nitroprussiato

de Sódio

PA e FC

PA e FC basaisPA e FC

Fenilefrina

Page 40: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

19

por 10 minutos a 3000rpm, em centrífuga refrigerada entre 0 e 4°C (Eppendorf, 5804-

R), e o sobrenadante foi congelado em freezer a -70°C para as dosagens (LLESUY et

al., 1985).

Substâncias Reativas ao Ácido Tiobarbitúrico (TBARS) - Para que ocorra a

reação, adicionou-se, a 0,25mL de homogeneizado, 0,75 mL de ácido tricloroacético

(TCA) a 10%(P/V), que tem a função de desnaturar as proteínas presentes e acidificar o

meio de reação. Essa mistura foi então agitada e centrifugada durante 3 minutos a 1000

g. Foi retirado 0,5mL do sobrenadante e a este foi adicionado 0,5mL de ácido

tiobarbitúrico (TBA) 0,67% (P/V), que reagiu com os produtos da lipoperoxidação

formando um composto de coloração rosada. A mistura foi incubada por 15 minutos a

100ºC e em seguida foi resfriada no gelo. Em seguida, foi realizada a leitura da

absorbância a 535 nm em espectrofotômetro (BUEGE & AUST, 1978).

Medida de Lipoperoxidação (LPO): Quimiluminescência iniciada por t-

BOOH (QL) - O método consiste em adicionar um hidroperóxido orgânico de origem

sintética (o hidroperóxido de tert-butil – t-BOOH) ao homogeneizado de tecido,

avaliando-se a capacidade de resposta produzida pela amostra. A quimiluminescência

foi medida em um contador beta (TriCrab 2800TR, PerkinElmer) com o circuito de

coincidência desconectado e utilizando o canal de trítio. As determinações foram

realizadas em câmara escura, em frascos de vidro mantidos na penumbra para evitar a

fosforescência ativada pela luz fluorescente. O meio de reação no qual foi realizado o

ensaio consiste em 3,5 mL de uma solução tampão de fosfatos 20 mmol/L, contendo

KCl 140 mmol/L (pH 7,4), à qual foram adicionado 0,5 mL de homogeneizado. Após

esse momento, foi realizada uma leitura inicial, considerada como a emissão basal de

luz pelo homogeneizado. O hidroperóxido de tert-butila foi usado na concentração de

Page 41: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

20

400 mmol/L, dos quais foram adicionados 30 L no meio de reação para obter-se uma

concentração final de 3 mmol/L. Foi medida a emissão de luz e desta foi descontada a

emissão basal do homogeneizado para fins de cálculo (GONZALES-FLECHA et al.,

1991).

Catalase (CAT)-A taxa de decomposição do peróxido de hidrogênio é

diretamente proporcional à atividade da CAT. Desta forma, o consumo de H2O2 pode

ser utilizado como uma medida de atividade da enzima CAT. O ensaio consiste em

medir a diminuição da absorbância a 240nm, comprimento de onda onde há a maior

absorção pelo peróxido de hidrogênio, utilizando-se cubetas de quartzo. Para a

realização das medidas foi usada uma solução tampão constituída de fosfatos a 50

mmol/L em pH 7,4. Foram adicionados 9 L deste tampão e 10 L de amostra de tecido

na cubeta do espectrofotômetro, sendo esta mistura descontada contra um branco de

tampão fosfato. A seguir foram adicionados 35 L de peróxido de hidrogênio (0,3

mol/L) e foi monitorada a diminuição da absorbância no espectrofotômetro (Biospectro)

(BOVERIS & CHANCE, 1973).

Superóxido Dismutase (SOD)- A técnica utilizada está baseada na inibição da

reação do radical superóxido com o piragalol. Uma vez que não se consegue determinar

a concentração da enzima nem sua atividade em termos de substrato consumido por

unidade de tempo, se utiliza a quantificação em unidades relativas. Uma unidade de

SOD é definida como a quantidade de enzima que inibe em 50% a velocidade de

oxidação do detector. A oxidação do pirogalol leva à formação de um produto colorido,

detectado espectrofotometricamente a 420 nm (Biospectro) durante 2 minutos. A

atividade da SOD é determinada medindo-se a velocidade de formação do pirogalol

oxidado. No meio de reação, foram utilizados 20 L de homogeneizado, 973 L de

tampão Tris-Fosfato a 50 mmol/L (pH 8,2), 8 L de pirogalol a 24 mmol/L, 4 L de

Page 42: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

21

CAT a 30 mol/L. Esta curva obtida foi utilizada como branco. Foi também feita uma

curva padrão utilizando três concentrações distintas de SOD (0,25U, 0,5U e 1U), através

da qual foi obtida a equação da reta para realização dos cálculos.

Glutationa Peroxidase (GPx) - Como a GPx catalisa a reação de

hidroperóxidos com glutationa reduzida (GSH) para formar glutationa oxidada (GSSG)

e o produto da redução do hidroperóxido, a atividade da enzima pode ser determinada

medindo-se o consumo de NADPH na reação de redução acoplada à reação da GPx. A

atividade da GPx foi medida em um espectrofotômetro (Biospectro). Foi monitorada a

diminuição de absorbância do NADPH a 340 nm. Na cubeta do espectrofotômetro,

foram adicionados 330 L de tampão, 50 L do homogeneizado (amostra), 500 L de

NADPH, 10 L de azida sódica, 50 L de GSH e 10 L de GR. Foi registrada a

absorbância por um período de aproximadamente 2 minutos, para obtenção da linha de

base. Após esse momento, foram adicionados 50 L de hidroperóxido de tert-butila, e a

diminuição da absorbância devida ao consumo de NADPH foi monitorada por mais 3

minutos (FLOHÉ & GUNZLER, 1984).

3.10 ANÁLISE DOS DADOS

Os resultados são apresentados como média erro padrão da média. O teste de

análise de variância (ANOVA) dois caminhos foi devidamente aplicado para análise dos

dados, seguido do post hoc de Student Newmann Keuls no protocolo 1. No protocolo 2

os dados foram comparados por ANOVA (peso corporal e TE) e pelo test t de Student.

Valores de p<0,05 foram considerados significantes.

Page 43: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

22

4. RESULTADOS

4.1 PROTOCOLO 1

4.1.1 Peso Corporal

A seguir são apresentados os resultados dos grupos estudados com relação ao peso

corporal. Não houve diferença significante entre os grupos de ratas adultas (CS e OS)

no início no protocolo e o mesmo foi observado entre grupos de ratas velhas. No

entanto, as ratas velhas apresentaram maiores valores de peso corporal quando

comparado com as ratas adultas no início do estudo.

No final do protocolo os grupos de ratas adultas (CS e OS) apresentaram aumento

de peso corporal em relação ao peso corporal inicial. Os grupos OS, VC e VOS

apresentaram maior peso corporal quando comparados aos valores observados no grupo

CS. Não houve diferença significante entre os grupos de ratas velhas ao final do

protocolo. (Tabela 1, Figura 6).

Tabela 1: Peso corporal inicial e final dos grupos de ratas adultas controles sedentárias

(CS), adultas ooforectomizadas sedentárias (OS), velhas sedentárias controles (VC) e

velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS).

Grupo

Variável CS OS VC VOS

Peso inicial (g) 225±4,47

238,38±4,62

283,75±6,35*# 286,56±7,17*#

Peso final (g) 266±4,31¥ 294,06±7,68¥ 292,19±8,60* 292,86±2,84*

Dados representam média±erro padrão.*p<0,05 vs. CS; # p<0,05 vs. OS; ¥ p<0,05 vs. Peso

corporal inicial.

Page 44: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

23

Figura 6: Peso corporal inicial e final dos grupos de ratas adultas controles sedentárias (CS), adultas

ooforectomizadas sedentárias (OS), velhas sedentárias controles (VC) e velhas ooforectomizadas

sedentárias (VOS) *p<0,05 vs. CS; # p<0,05 vs. OS; ¥ p<0,05 vs. Peso corporal inicial.

4.1.2 Capacidade de Exercício

Para avaliação da capacidade física, todos os grupos realizaram o teste de esforço

(TE) no início e ao final do protocolo. No TE inicial os grupos de ratas adultas (CS e

OS) apresentaram desempenhos semelhantes e os grupos de ratas velhas apresentaram

menor capacidade de exercício quando comparado aos grupos CS e OS.

No TE final observou-se diminuição da capacidade física no grupo OS quando

comparado ao grupo CS e a ele mesmo no início do protocolo. Além disso, os grupos

VC e VOS apresentaram diminuição da capacidade física quando comparados com o

grupo CS (Tabela 2, Figura 7).

Tabela 2: Velocidade máxima no teste de esforço inicial e final dos grupos de ratas

adultas controles sedentárias (CS), adultas ooforectomizadas sedentárias (OS), velhas

sedentárias controles (VC) e velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS).

Grupo

Variável CS OS VC VOS

Velocidade máxima inicial (km/h) 1,67±0,07 1,57±0,09 1,11±0,04*# 1,11±0,06*#

Velocidade máxima final (km/h) 1,73±0,05 1,16±0,16*¥ 1,11±0,09* 1,11±0,04*

Dados representam média±erro padrão* p<0,05 vs. CS; # p<0,05 vs. OS; ¥ p<0,05 vs. TE

inicial.

* # # ¥ ¥ * * *

Page 45: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

24

Figura 7: Velocidade máxima no teste de esforço inicial e final dos grupos de ratas adultas controles

sedentárias (CS), adultas ooforectomizadas sedentárias (OS), velhas sedentárias controles (VC) e velhas

ooforectomizadas sedentárias (VOS)* p<0,05 vs. CS; # p<0,05 vs. OS; ¥ p<0,05 vs. TE inicial.

4.1.3 AVALIAÇÕES METABÓLICAS

4.1.3.1 Glicemia

A avaliação da glicemia foi realizada ao final do protocolo e não houve

diferença estatisticamente significante entre os grupos CS:89±1,56, OS: 89±1,56, VC:

88±1,92, VOS: 85±2,2 mg/dl (Figura 8).

* # # * * * * ¥

Page 46: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

25

Figura 8: Glicemia dos grupos de ratas adultas controles sedentárias (CS), adultas ooforectomizadas

sedentárias (OS), velhas sedentárias controles (VC) e velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS).

4.1.3.2 Triglicérides Sanguíneos

Os valores de triglicérides sanguíneos ao final do protocolo foram maiores no

grupo VC (173±13,4 mg/dl) quando comparado ao grupo CS (93± 4,05 mg/dl). O

grupo VOS (196±17,5 mg/dl) apresentou valores maiores de triglicérides quando

comparados aos grupos CS (93±4,05 mg/dl) e OS (120±17,34 mg/dl) (Figura 9)

Page 47: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

26

Figura 9: Triglicérides sanguíneos dos grupos de ratas adultas controles sedentárias (CS), adultas

ooforectomizadas sedentárias (OS), velhas sedentárias controles (VC) e velhas ooforectomizadas

sedentárias (VOS) * p<0,05 vs. CS; # p<0,05 vs. OS.

4.1.4 AVALIAÇÕES CARDIOVASCULARES

4.1.4.1 Pressão Arterial e Frequência Cardíaca

A ooforectomia induziu aumento dos valores da PAS no grupo OS quando

comparado ao grupo CS, VC e VOS. A associação do envelhecimento com a privação

dos hormônios ovarianos induziu aumento desses valores no grupo VOS quando

comparado ao grupo CS , OS e VC, ou seja, a privação dos hormônios em ratas velhas

induziu aumento adicional nesse parâmetro (Tabela 3).

A ooforectomia induziu aumento da PAD nos grupos OS e VOS quando

comparado ao grupo CS. O envelhecimento aumentou os valores de PAD quando

comparado ao grupo CS (Tabela 3).

A privação dos hormônios ovarianos induziu aumento da PAM no grupo OS

quando comparado ao grupo CS e VC. Não houve diferença significante entre o grupo

* *

#

Page 48: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

27

VC e o grupo CS, ou seja, o envelhecimento não alterou os valores de PAM. O grupo

VOS apresentou valores maiores quando comparado com os grupos CS e VC (Tabela

3, Figura 10).

Não houve diferença estatisticamente significante na FC entre os grupos (Tabela

3).

Tabela 3: Pressão arterial sistólica (PAS), Pressão arterial Diastólica (PAD), Pressão

arterial média (PAM) e Frequência cardíaca (FC) de ratas adultas controles sedentárias

(CS), adultas ooforectomizadas sedentárias (OS), velhas sedentárias controles (VC) e

velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS).

Grupo

Variável CS OS VC VOS

PAS (mmHg) 126±4,3 143±2,4* 129±3,2# 155±5,5*#†

PAD (mmHg) 95±2,4 106±2,1* 104±7,2*# 111±3,4*

PAM (mmHg) 110±2,8 124±1,3* 116±2,5# 130±4,0*†

FC (bpm) 364±3,8 381±4,3 375±15,1 384±10,7

Dados representam média±erro padrão.* p<0,05 vs. CS; # p<0,05 vs. OS; † p<0,05 vs.

VC.

Page 49: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

28

Figura 10: Pressão arterial média (PAM) dos grupos de ratas adultas controles sedentárias (CS), adultas

ooforectomizadas sedentárias (OS), velhas sedentárias controles (VC) e velhas ooforectomizadas

sedentárias (VOS). * p<0,05 vs. CS; † p<0,05 vs. VC.

4.1.4.2. Avaliação da Sensibilidade dos Pressorreceptores

A sensibilidade dos pressoreceptores foi avaliada através de respostas

bradicárdicas e taquicárdicas reflexas. Nas respostas taquicárdicas houve diminuição

sensibilidade nos grupos OS VC e VOS quando comparado ao grupo CS. Além disso,

houve um prejuízo adicional nessa resposta no grupo VOS quando comparado ao grupo

OS. (Tabela 4, Figura 11).

Tabela 4: Sensibilidade dos pressorreceptores pela Resposta taquicárdica e Resposta

bradicárdica dos grupos de ratas adultas controles sedentárias (CS), adultas

ooforectomizadas sedentárias (OS), velhas sedentárias controles (VC) e velhas

ooforectomizadas sedentárias (VOS).

Grupo

Variável CS OS VC VOS

Resposta taquicárdica (bpm/mmHg) -3,7±0,30 -2,1±0,19* -1,7±0,11* -1,1±0,12*#

Resposta bradicárdica (bpm/mmHg) -1,3±0,12 -1,1±0,11 -0,8±0,07* -0,7±0,06*#

Dados representam média±erro padrão. * p<0,05 vs. CS; # p<0,05 vs. OS.

* *

* #

Page 50: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

29

Figura 11: Sensibilidade dos pressorreceptores avaliadas pelas respostas taquicárdicas dos grupos de

ratas adultas controles sedentárias (CS), adultas ooforectomizadas sedentárias (OS), velhas sedentárias

controles (VC) e velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS).* p<0,05 vs. CS; # p<0,05 vs. OS.

De forma semelhante, houve diminuição da sensibilidade dos pressorreceptores

para resposta bradicárdica nos grupos, VC e VOS quando comparado ao grupo CS.

Além disso, houve um prejuízo adicional nas respostas bradicárdicas no grupo VOS

quando comparado ao grupo OS (Tabela 4, Figura 12).

Figura 12: Sensibilidade dos pressorreceptores avaliadas pelas respostas bradicárdicas dos grupos de

ratas adultas controles sedentárias (CS), adultas ooforectomizadas sedentárias (OS), velhas sedentárias

controles (VC), velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS) * p<0,05 vs. CS; # p<0,05 vs. OS.

4.1.5. AVALIAÇÃO Do ESTRESSE OXIDATIVO

A lipoperoxidação de membranas foi avaliada nos tecidos cardíaco, renal e

muscular através da técnica das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS).

* #

*

Page 51: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

30

A ooforectomia no grupo de ratas adultas (OS) induziu aumento do TBARS no

tecido cardíaco. Os grupos VC e VOS evidenciaram diminuição desses valores quando

comparados com as ratas adultas submetidas à privação dos hormônios ovarianos.

Tabela 5: Lipoperoxidação de membranas avaliada pelas substâncias reativas ao ácido

tiobarbitúrico (TBARS) no tecido cardíaco dos grupos de ratas adultas controles

sedentárias (CS), adultas ooforectomizadas sedentárias (OS), velhas sedentárias

controles (VC) e velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS).

Grupo

Variável CS OS VC VOS

TBARS (µmol/mg proteína) 2,88±1,13 3,92±1,19* 2,15±0,56# 2,33±0,40#

Dados representam média±erro padrão. * p<0,05 vs. CS; # p<0,05 vs. OS.

Figura 13: Substâncias reativas ao acido tiobarbitúrico (TBARS) do tecido cardíaco dos grupos de ratas

adultas controles sedentárias (CS), adultas ooforectomizadas sedentárias (OS), velhas sedentárias

controles (VC) e velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS) * p<0,05 vs. CS; # p<0,05 vs. OS.

Em relação às enzimas antioxidantes no tecido cardíaco, a ooforectomia induziu

no grupo OS uma redução na concentração da catalase (CAT) em relação aos demais

grupos avaliados. A atividade da superóxido dismutase (SOD) foi maior nos grupos VC

e VOS em comparação ao grupo CS. Além disso, o grupo de ratas velhas submetidas à

*

# #

Page 52: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

31

privação dos hormônios ovarianos demonstrou um prejuízo na atividade da glutationa

peroxidase (GPx) quando comparado aos grupos OS e VC.

Tabela 6: Concentração da catalase (CAT), atividade da superóxido dismutase (SOD) e

da glutationa peroxidase (GPx) no tecido cardíaco dos grupos de ratas adultas controles

sedentárias (CS), adultas ooforectomizadas sedentárias (OS), velhas sedentárias

controles (VC) e velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS).

Grupo

Variável CS OS VC VOS

CAT (nmol/mg proteína) 0,80±0,04 0,56±0,03* 0,88±0,05# 0,91±0,03#

SOD (USOD/mg proteína) 15,72±0,58 17,15±0,34 19,00±0,93* 19,79±1,29*

GPx (µmol/min/mg proteína) 32,03±2,84 39,34±2,10 38,15±0,95 29,21±1,64#†

Dados representam média±erro padrão.* p<0,05 vs. CS; # p<0,05 vs. OS; † p<0,05 vs.

VC

A análise da lipoperoxidação no tecido renal evidenciou maiores valores de

TBARS em todos os grupos experimentais quando comparados ao grupo CS. O

envelhecimento associado à ooforectomia promoveu aumento do TBARS em relação ao

grupo VC (Tabela 7, Figura 22).

Tabela 7: Lipoperoxidação por substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS)

no tecido renal dos grupos de ratas adultas controles sedentárias (CS), adultas

ooforectomizadas sedentárias (OS), velhas sedentárias controles (VC) e velhas

ooforectomizadas sedentárias (VOS).

Grupo

Variável CS OS VC VOS

TBARS (µmol/mg proteína) 1,69±0,09 3,04±0,13* 2,30±0,07*# 2,81±0,08*†

Dados representam média±erro padrão. * p<0,05 vs. CS; # p<0,05 vs. OS; † p<0,05 vs.

VC.

Page 53: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

32

Figura 14: Substâncias reativas ao acido tiobarbitúrico (TBARS) do tecido renal dos grupos de ratas

adultas controles sedentárias (CS), adultas ooforectomizadas sedentárias (OS), velhas sedentárias

controles (VC) e velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS) * p<0,05 vs. CS; # p<0,05 vs. OS.

No tecido renal, a concentração da CAT estava reduzida após a ooforectomia no

grupo OS e VOS em relação ao grupo CS e VC. Já na atividade da SOD, o grupo VOS

apresentou redução desta enzima quando comparado com o grupo OS. Não foram

observadas diferenças na atividade da GPx (Tabela 8).

Tabela 8: Concentração da catalase (CAT) e atividade da superóxido dismutase (SOD)

e da glutationa peroxidase (GPx) no tecido renal dos grupos de ratas adultas controles

sedentárias (CS), adultas ooforectomizadas sedentárias (OS), velhas sedentárias

controles (VC) e velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS).

Grupo

Variável CS OS VC VOS

CAT (nmol/mg proteína) 1,72±0,13 0,98±0,07* 1,64±0,11# 1,25±0,07*†

SOD (USOD/mg proteína) 9,48±0,52 10,76±0,56 9,40±0,18 8,03±0,25#

GPx (µmol/min/mg proteína) 42,68±3,00 42,48±0,77 43,05±2,56 45,24±2,41

Dados representam média±erro padrão.* p<0,05 vs. CS; # p<0,05 vs. OS; † p<0,05 vs.

VC.

*

*#

* †

Page 54: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

33

A lipoperoxidação (TBARS) no tecido muscular estava aumentada nos grupos

submetidos a privação dos hormônios ovarianos (OS e VOS) em relação aos grupos CS

e VC (Tabela 9, Figura 23).

Tabela 9: Lipoperoxidação de membranas avaliada pelas substâncias reativas ao ácido

tiobarbitúrico (TBARS) no tecido muscular (gastrocnêmio) dos grupos de ratas adultas

controles sedentárias (CS), adultas ooforectomizadas sedentárias (OS), velhas

sedentárias controles (VC) e velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS).

Grupo

Variável CS OS VC VOS

TBARS (µmol/mg proteína) 2,35±0,27 5,64±0,74* 1,88±0,25# 3,52±0,35*†

Dados representam média±erro padrão. * p<0,05 vs. CS; # p<0,05 vs. OS; † p<0,05 vs.

VC.

Figura 15: Substâncias reativas ao acido tiobarbitúrico (TBARS) do tecido muscular dos grupos de ratas

adultas controles sedentárias (CS), adultas ooforectomizadas sedentárias (OS), velhas sedentárias

controles (VC) e velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS) * p<0,05 vs. CS; # p<0,05 vs. OS.

Todos os grupos demonstraram um aumento da concentração da CAT em

relação ao grupo CS no tecido muscular. Não foram encontradas diferenças na atividade

da SOD nos grupos estudados. No entanto, a atividade da GPx estava diminuída após a

*

# * †

Page 55: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

34

privação dos hormônios ovarianos no grupo de ratas adultas em comparação ao grupo

CS e VC. As ratas velhas com privação dos hormônios ovarianos apresentaram valores

menores em relação ao grupo VC (Tabela 10).

Tabela 10: Concentração da catalase (CAT) e atividade da superóxido dismutase

(SOD) e da glutationa peroxidase (GPx) no tecido muscular dos grupos de ratas adultas

controles sedentárias (CS), adultas ooforectomizadas sedentárias (OS), velhas

sedentárias controles (VC) e velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS).

Grupo

Variável CS OS VC VOS

CAT (nmol/mg proteína) 0,09±0,01 0,14±0,01* 0,15±0,01* 0,17±0,02*

SOD (USOD/mg proteína) 22,04±2,68 27,11±1,08 23,92±1,72 19,76±1,43

GPx (µmol/min/mg proteína) 46,68±4,74 31,12±3,89* 50,85±2,35# 35,84±4,95†

Dados representam média±erro padrão. Catalase (CAT), Superóxido dismutase (SOD) e

Glutationa Peroxidase (GPx) no Gastrocnêmio.* p<0,05 vs. CS; # p<0,05 vs. OS; †

p<0,05 vs. VC.

Page 56: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

35

4.2 PROTOCOLO 2

4.2.1 Peso Corporal

A seguir são apresentados os resultados dos grupos estudados neste protocolo com

relação ao peso corporal. Não houve diferença estatisticamente significante nos grupos

no início (VOS: 286,56±7,17 vs, VOT: 301,43±1,96 g) e no final início (VOS:

292,86±2,84 vs, VOT: 291,92±5,62 g) do protocolo (Figura 16).

Figura 16: Peso corporal inicial e final dos grupos de ratas velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS) e

velhas ooforectomizadas treinadas (VOT).

4.2.2 Capacidade de Exercício

Para avaliação da capacidade física, todos os grupos realizaram o teste de esforço

(TE) no início e ao final do protocolo. No TE inicial os grupos VOS e VOT

apresentaram desempenhos semelhantes. No TE final observou-se melhora da

capacidade física no grupo VOT quando comparado ao grupo VOS e também quando

comparado ele mesmo no início do protocolo (Figura 17).

Page 57: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

36

Tabela 11: Velocidade máxima no teste de esforço inicial e final dos grupos de ratas

velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS) e ratas velhas ooforectomizadas treinadas

(VOT).

Grupo

Variável VOS (km/h) VOT (km/h)

Velocidade máxima inicial (Km/h) 1,11±0,06 1,25±0,03

Velocidade máxima final (Km/h) 1,11±0,04 1,5±0,07*¥

Dados representam média±erro padrão.*p<0,05 vs. VOT; ¥ p<0,05 vs. Teste de esforço

inicial.

Figura 17: Velocidade máxima no teste de esforço inicial e final dos grupos de ratas velhas

ooforectomizadas sedentárias (VOS) e velhas ooforectomizadas treinadas (VOT).* p<0,05 vs. VOS; ¥

p<0,05 vs. TE inicial.

4.2.3. AVALIAÇÕES METABÓLICAS

4.2.3.1 Glicemia

A avaliação da glicemia foi realizada ao final do protocolo e não houve

diferença estatisticamente significante entre os grupos (VOS: 85±2,2 vs. VOT 89±2

mg/dl) (Figura 18).

* ¥

Page 58: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

37

Figura 18: Glicemia dos grupos de ratas velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS) e velhas

ooforectomizadas treinadas (VOT).

4.2.3.2 Triglicérides Sanguíneos

Ao final do protocolo foi realizada a medidas de triglicérides sanguíneos nos

grupos e treinamento físico (VOT: 148±8,1 mg/dl) foi eficaz em diminuir os valores

quando comparado ao grupo VOS (196±17,5 mg/dl) (Figura 19).

Figura 19: Triglicérides sanguíneos dos grupos de ratas velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS) e

velhas ooforectomizadas treinadas (VOT). *p<0,05 vs. VOS.

*

Page 59: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

38

4.2.4 AVALIAÇÕES CARDIOVASCULARES

4.2.4.1 Pressão Arterial e Frequência Cardíaca

A associação do envelhecimento com a privação dos hormônios ovarianos

induziu aumento dos valores de PAS, PAD e PAM no grupo VOS quando comparado

ao grupo VC (protocolo 1). O grupo VOT reverteu o aumento de PAS, PAD e PAM

quando comparado VOS (Tabela 12).

Tabela 12: Pressão arterial sistólica (PAS), Pressão arterial Diastólica (PAD), Pressão

arterial média (PAM) e Frequência cardíaca (FC) dos grupos de ratas velhas

ooforectomizadas sedentárias (VOS) e ratas velhas ooforectomizadas treinadas (VOT).

Grupo

Variável

VOS VOT

PAS (mmHg) 155±5,5 129,4±3,5*

PAD (mmHg) 111±3,4 95±2,9*

PAM (mmHg) 130±4,0 112±2,7*

FC (bpm) 384±10,7 344± 3,8*

Dados representam média±erro padrão.* p<0,05 vs. VOS.

A privação dos hormônios ovarianos induziu aumento da PAM no grupo VOS.

O treinamento físico foi eficaz em reverter o aumento da PAM quando comparado aos

grupos VOS (Figura 20).

Page 60: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

39

Figura 20: Pressão arterial média (PAM dos grupos de ratas velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS)

e velhas ooforectomizadas treinadas (VOT).* p<0,05 vs. VOS.

O treinamento físico promoveu a bradicardia de repouso no grupo VOT quando

comparado ao grupo VOS (Figura 21).

Figura 21: Frequência cardíaca (bpm) dos grupos de ratas velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS) e

velhas ooforectomizadas treinadas (VOT).* p<0,05 vs. VOS

*

*

Page 61: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

40

4.2.4.2. Avaliação da Sensibilidade dos Pressorreceptores

A sensibilidade dos pressoreceptores foi avaliada através de respostas

bradicárdicas e taquicárdicas reflexas. Nas respostas taquicárdicas e bradicárdicas houve

diminuição sensibilidade no grupo VOS em relação ao grupo VC (protocolo 1).

O treinamento físico (grupo VOT) foi eficaz em reverter o prejuízo na resposta

taquicárdica quando comparado ao grupo VOS (Tabela 13, Figura 22).

Tabela 13: Sensibilidade dos pressorreceptores para as respostas taquicárdicas e

respostas bradicárdicas dos grupos de ratas velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS)

e ratas velhas ooforectomizadas treinadas (VOT).

Grupo

Variável VOS VOT

Respostas taquicárdicas (bpm/mmHg) -1,1±0,12 3,2±0,35*

Respostas bradicárdicas (bpm/mmHg) -0,7±0,06 1,5±0,14*

Dados representam média±erro padrão. * p<0,05 vs. VOS.

Figura 22: Sensibilidade dos pressorreceptores avaliadas pelas respostas taquicárdicas dos grupos de

ratas velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS) e velhas ooforectomizadas treinadas (VOT).* p<0,05

vs. VOS

*

Page 62: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

41

De forma semelhante, houve aumento sensibilidade dos pressorreceptores para

resposta bradicárdica no grupo VOT quando comparado ao grupo VOS (Tabela 13,

Figura 23).

Figura 23: Sensibilidade dos pressorreceptores avaliadas pelas respostas bradicárdicas dos grupos de

ratas velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS) e velhas ooforectomizadas treinadas (VOT).* p<0,05

vs. VOS

4.2.5 AVALIAÇÃO DO ESTRESSE OXIDATIVO

Na avaliação dos danos à membrana lipídica pela técnica de quimiluminescência

induzida por TbooH foi observado que o treinamento físico no grupo de ratas velhas

(VOT) melhorou em relação ao grupo das ratas velhas sedentárias submetidas à

privação dos hormônios ovarianos. O mesmo foi demonstrado na avaliação nas

substâncias reativas ao acido tiobarbitúrico (TBARS) no qual os valores desses

parâmetros estavam reduzidos (Tabela 14, Figura 24).

*

Page 63: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

42

Tabela 14: Lipoperoxidação por Quiluminescência (QL) e pelas Substâncias reativas ao

acido tiobarbitúrico (TBARS) no tecido cardíaco dos grupos de ratas velhas

ooforectomizadas sedentárias (VOS) e velhas ooforectomizadas treinadas (VOT).

Grupo

Variável VOS VOT

QL (cps/mg proteína) 2080±223

1666 ±223*

TBARS (µmol/mg proteína) 2,33±0,15 1,55±0,19*

Dados representam média±erro padrão.* p<0,05 vs. VOS.

Figura 24: Substâncias reativas ao acido tiobarbitúrico (TBARS) no tecido cardíaco dos grupos de ratas

velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS) e velhas ooforectomizadas treinadas (VOT).* p<0,05 vs. VOS.

Foi realizada também a avaliação das enzimas antioxidantes no tecido cardíaco,

havendo redução da CAT e aumento da GPx no grupo que realizou o treinamento físico

quando comparado ao grupo VOS (Tabela 15).

*

Page 64: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

43

Tabela 15: Concentração da Catalase (CAT) e atividade da Superóxido dismutase

(SOD) e da Glutationa Peroxidase (GPx)no tecido cardíaco dos grupos de ratas velhas

ooforectomizadas sedentárias (VOS) e velhas ooforectomizadas treinadas (VOT)

Grupo

Variável VOS VOT

CAT (nmol/mg proteína) 0,91±0,03 0,69±0,02*

SOD (USOD/mg proteína) 19,79±1,29 19,05±1,38

GPx (µmol/min/mg proteína) 29,21±1,64 37,65±3,62*

Dados representam média±erro padrão. * p<0,05 vs. VOS

A lipoperoxidação nop tecido renal no grupo VOT evidenciou diminuição nos

valores de TBARS em relação ao grupo VOS. Não houve diferença na QL renal (Tabela

16, Figura 25).

Tabela 16: Lipoperoxidação por Quiluminescência (QL) e pelas substâncias reativas ao

acido tiobarbitúrico (TBARS) no tecido renal dos grupos de ratas velhas

ooforectomizadas sedentárias (VOS) e ratas velhas ooforectomizadas treinadas (VOT).

Grupo

Variável VOS VOT

QL (cps/mgproteína) 2498±240 2323±412

TBARS (µmol/mg proteína) 2,81±0,08 2,28±0,07*

Dados representam média±erro padrão* p<0,05 vs. VOS

Page 65: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

44

Figura 25: Substâncias reativas ao acido tiobarbitúrico (TBARS) no tecido renal dos grupos de ratas

velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS) e velhas ooforectomizadas treinadas (VOT).* p<0,05 vs.

VOS.

Os dados da Tabela 19 demonstram que treinamento físico nas ratas velhas

melhorou a atividade das enzimas CAT, SOD e GPx no tecido renal (Tabela 17).

Tabela 17: Concentração da Catalase (CAT) e atividade da Superóxido dismutase

(SOD) e da Glutationa Peroxidase (GPx) no tecido renal dos grupos de ratas velhas

ooforectomizadas sedentárias (VOS) e velhas ooforectomizadas treinadas (VOT)

Grupo

Variável VOS VOT

CAT (nmol/mg proteína) 1,25±0,07 1,58±0,10*

SOD (USOD/mg proteína) 8,03±0,25 9,76±0,54*

GPx (µmol/min/mg proteína) 45,24±2,41 54,94±2,50*

Dados representam média±erro padrão. * p<0,05 vs. VOS.

*

Page 66: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

45

No tecido muscular foi observado que os valores da QL e TBARS estavam

reduzidos no grupo de ratas velhas treinadas comparadas ao grupo VOS (Tabela 18,

Figura 26).

Tabela 18: Lipoperoxidação por Quiluminescência (QL) e pelas substâncias reativas ao

acido tiobarbitúrico (TBARS) no tecido muscular dos grupos de ratas velhas

ooforectomizadas sedentárias (VOS) e ratas velhas ooforectomizadas treinadas (VOT).

Grupo

Variável VOS VOT

QL (cps/mg proteína) 530±93

340±23*

TBARS (µmol/mg proteína) 3,52±0,35 0,81±0,05*

Dados representam média±erro padrão. * p<0,05 vs. VOS

Figura 26: Substâncias reativas ao acido tiobarbitúrico (TBARS) no tecido muscular dos grupos de ratas

velhas ooforectomizadas sedentárias (VOS) e velhas ooforectomizadas treinadas (VOT).* p<0,05 vs.

VOS.

*

Page 67: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

46

O treinamento físico foi eficaz em aumentar os valores de GPx nas ratas velhas.

Não foram observadas diferenças na CAT e SOD entre os grupos VOS e VOT (Tabela

19).

Tabela 19: Concentração da Catalase (CAT) e atividade da Superóxido dismutase

(SOD) e da Glutationa Peroxidase (GPx) no tecido muscular dos grupos de ratas velhas

ooforectomizadas sedentárias (VOS) e velhas ooforectomizadas treinadas (VOT).

Grupo

Variável VOS VOT

CAT (nmol/mg proteína) 0,17±0,02 0,17±0,01

SOD (USOD/mg proteína) 19,76±1,43 19,1±1,05

GPx (µmol/min/mg proteína) 35,84±4,95 50,18±2,34*

Dados representam média±erro padrão. * p<0,05 vs. VOS

Page 68: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

47

5. DISCUSSÃO

5.1 PROTOCOLO 1

Avaliações metabólicas

Várias alterações fisiológicas têm sido associadas ao advento da menopausa,

dentre elas: redução da massa corporal magra, da densidade óssea, da taxa metabólica

de repouso, da capacidade física e o aumento dos depósitos de gordura corporal,

marcado por grande aumento da gordura abdominal. Em conjunto, essas alterações

normalmente induzem aumento do peso corporal total e maior incidência de doenças

cardiovasculares e metabólicas, as quais têm sido relacionadas à restrição hormonal

observada no climatério (SOWERS & LA PIETRA, 1995; HERNÁNDEZ et al., 2000;

TEIXEIRA et al., 2003; PEIXOTO et al., 2006). Dados da literatura demonstram que

em ratas fêmeas adultas a retirada dos ovários leva a restrição dos hormônios ovarianos

semelhante à observada em mulheres após a menopausa, e induz aumento da ingestão

de alimentos, do peso corporal e da resistência à insulina (WATTANAPERMPOOL &

REISER, 1999; HERNÁNDEZ et al., 2000; LATOUR et al., 2001; IRIGOYEN et al.,

2005). Além disso, essas mudanças podem ficar mais acentuadas em presença de

sedentarismo tanto em mulheres quanto em animais de experimentação (HASSAGER &

CHRISTIANSEN, 1989; DAWSONHUGES & HARRIS, 1992).

Confirmando os achados anteriores do nosso grupo (IRIGOYEN et al., 2005;

FLUES et al., 2010), nossos resultados neste estudo demonstram que as ratas adultas

submetidas a privação dos hormônios ovarianos apresentaram maior peso corporal do

que ratas controles após 8 semanas de privação dos hormônios ovarianos. No

envelhecimento os dados não corroboraram com os mesmos achados em fêmeas adultas,

embora as ratas velhas tenham aumentado o peso corporal comparadas com as ratas

Page 69: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

48

adultas durante o protocolo, ao final do protocolo não houve diferenças entre os grupos

de ratas velhas.

A alteração no perfil lipídico é um fato frequentemente observado em mulheres

após a menopausa. Os níveis de colesterol total e da fração de LDL colesterol, assim

como dos triglicerídeos plasmáticos, aumentam após a menopausa provavelmente em

razão da redução da atividade do receptor de LDL localizados nas paredes dos vasos

sanguíneos em resposta ao declínio gradual do estrógeno sanguíneo nos anos que

precedem a menopausa (KULLER et al.,1994). Esses resultados vão ao encontro dos

resultados do presente estudo que demonstraram não haver diferença nos níveis de

triglicerídeos sanguíneos nas ratas adultas. Em contrapartida o envelhecimento induziu

aumento desses níveis e quando avaliado o envelhecimento associado à privação dos

hormônios ovarianos houve um aumento adicional de triglicerídeos.

Avaliação da capacidade funcional

Tais alterações metabólicas podem estar relacionadas e alterações na qualidade

de vida e na capacidade funcional observada em mulheres após a privação dos

hormônios ovarianos (ASIKAINEN et al., 2004). Neste sentido, o teste de esforço é um

dos exames não-invasivos mais utilizados para avaliar pacientes com doença

cardiovascular. O teste de esforço tem por objetivo submeter o paciente a estresse físico,

com finalidade de avaliar a resposta clínica, hemodinâmica, eletrocardiográfica e

metabólica ao esforço. Essa avaliação permite detectar isquemia miocárdica, arritmias

cardíacas, distúrbios hemodinâmicos esforço-induzidos, avaliar capacidade funcional,

avaliar diagnóstico e prognóstico das doenças cardiovasculares, prescrever exercícios

(NEGRÃO & BARRETO, 2005).

Recentemente, demonstramos correlação entre a velocidade atingida no teste de

esforço e o consumo de oxigênio em ratos (RODRIGUES et al., 2007). Vale lembrar

Page 70: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

49

que o consumo de oxigênio representa hoje não só um indicador de performance, mas

um marcador prognóstico em cardiopatas (MYERS et al., 1998; ARMOSTRONG et al.,

2005). No presente estudo o teste de esforço máximo foi realizado no início e ao final

do protocolo e não houve diferenças significantes entre os grupos adultos saudáveis

(grupo CS). No entanto, os grupos de ratas velhas apresentaram uma piora nesse

parâmetro quando comparado com os grupos de ratas adultas. De fato, um estudo

verificou que a atividade da citrato sintase no tecido muscular de ratos velhos (27 meses

de idade) estava reduzida quando comparados a ratos adultos, o que sugere redução da

capacidade oxidativa neste animais (SONG et al., 2009). Adicionalmente, um estudo

realizado por Chaves et al. (2009) demonstrou que ratas velhas submetidas a privação

dos hormônios ovarianos que foram submetidas a um teste de esforço em piscina

tiveram pior desempenho quando comparada ao grupo jovem.

Avaliação cardiovascular

Na literatura observa-se que em animais de experimentação machos não ocorrem

mudanças na pressão arterial durante o processo fisiológico do envelhecimento. Um

estudo realizado com ratos machos velhos não evidenciou diferença significante nos

valores de pressão arterial entre os grupos sedentário e treinado (DE ANGELIS et al,

1997). Em ratos machos jovens e velhos, foram avaliados os parâmetros

hemodinâmicos, entre eles a pressão arterial, e também não houve diferenças

significantes induzidas pelo envelhecimento (IRIGOYEN et al, 2000).

Nossos resultados demonstraram que o envelhecimento per se alterou os valores

de pressão arterial diastólica. Esse dado corrobora com dados de Gangula et al. 2002

que demonstraram que as ratas velhas (16-18 meses de idade) tinha maiores valores de

pressão média em relação as femêas adultas ooforectomizadas (3 meses de idade). Além

disso, neste mesmo estudo o grupo de ratas velhas que foi submetido a privação dos

Page 71: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

50

hormônios teve aumento adicional desses valores de pressão arterial como observado

por nos no presente estudo no que se refere a PAS. A ooforectomia induz aumento da

PA em fêmeas adultas submetidas à privação dos hormônios ovarianos (HERNANDEZ

et al., 2000; IRIGOYEN et al., 2005; FLUES et al., 2010), o que também foi

confirmado no presente trabalho. Além disto, vale destacar que de fato alguns estudos

têm associado à privação dos hormônios ovarianos ao aumento da pressão arterial e a

ocorrência de eventos cardiovasculares em mulheres (STAESSEN et al., 1989;

STAESSEN et al., 1997; WEISS, 1972),

O aumento da PA pode estar associado a alterações em seus mecanismos de

regulação (IRIGOYEN et al., 2005). Neste sentido, o envelhecimento por si só induz

mudanças no controle barorreflexo da frequência cardíaca. Um estudo demonstrou que

24% das mulheres com mais de 40 anos de idade apresentavam uma marcante

diminuição na sensibilidade barorreflexa em relação a mulheres jovens (LAITINEN et

al., 1998). O declínio da sensibilidade barorreflexa foi documentado em animais de

experimentação e humanos (ver revisão WICHI et al., 2009). Experimentos conduzidos

pelo nosso grupo demonstram que ratos velhos exibiram prejuízo na sensibilidade do

controle barorreflexo da frequência cardíaca (IRIGOYEN et al., 2000; WICHI et al,

2009).

A sensibilidade barorreflexa é uma excelente medida da função autonômica.

Além disso, o prejuízo no controle reflexo da circulação comandado pelos

pressorreceptores tem sido reconhecido também como um importante preditor de risco

após evento cardiovascular (LA ROVERE et al.,1998). Estudos em mulheres pré-

menopausa apresentam resultados conflitantes em relação à influência do ciclo

menstrual e da ação dos hormônios ovarianos na sensibilidade barorreflexa,

demonstrando inalteração da sensibilidade barorreflexa nas diferentes fases do ciclo

Page 72: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

51

menstrual de mulheres (COOKE et al., 2002), aumento da sensibilidade deste reflexo

em mulheres na fase luteínea quando comparada à fase folicular (MINSON et al., 2000)

e maior resposta do barorreflexo em mulheres na fase folicular quando comparada à

fase luteínea (TANAKA et al., 2003). Já em mulheres pós-menopausa foi evidenciada

redução da sensibilidade barorreflexa, associada à elevação pressão arterial e ao

aumento da incidência de doenças cardiovasculares (HUNT et al., 2001).

Os resultados do presente estudo evidenciaram piora na função dos

pressoceptores do grupo de ratas adultas somente para resposta taquicárdica, esses

dados corroboram com dados do nosso grupo previamente publicados (FLUES et al.,

2010). No entanto, nossos achados são inovadores no que se refere às adaptações da

SBR ao envelhecimento e a ooforectomia em fêmeas, evidenciando que o

envelhecimento induziu prejuízo nas respostas bradicárdicas e taquicárdicas da

frequência cardíaca a alterações da PA e que esse prejuízo foi exacerbado nas ratas

velhas que foram submetidas a privação dos hormônios ovarianos. Considerando que o

barorreflexo exerce atividade tônica sobre a atividade simpática, é possível que o

prejuízo no neste reflexo esteja associado ao aumento da PAD no grupo VC em relação

ao grupo CS, bem como ao aumento adicional da PAS no grupo VOS em comparação

ao grupo OS.

No envelhecimento o prejuízo da sensibilidade dos pressorreceptores tem sido

associado com alterações na complacência arterial, mudanças na integração autonômica

central, redução do eferência vagal e diminuição na densidade dos receptores do nodo

sinoatrial muscarínicos (ITOH & BUNAG, 1992; DAUCHOT & GRAVENSTEIN,

1971.; BRODDE et al., 1998).

Page 73: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

52

Avaliação do estresse oxidativo

Além disto, a redução da biodisponibilidade do NO pode gerar o aumento de

estresse oxidativo, o que propriamente pode ser considerado como um potencial

mecanismo que pode estar envolvido na disfunção dos pressorreceptores,

(CHOWDHARY et al., 2000; DE ANGELIS et al., 1999), e dessa forma, alterar a

distensibilidade arterial (KASSIS & AMTORP, 1987), bem como, o seu efeito direto ou

do ânion superóxido pode mudar o estímulo dos pressorreceptores, influenciando os

valores de PA (LI et al., 1996; SHULTZ & USTINOVA, 1998). Neste sentido, é

possível que o aumento da lipoperoxidação de membrana no tecido renal das ratas

velhas possa estar associado ao aumento da PAD observadas nesses animais.

No presente estudo foi observado que a privação dos hormônios ovarianos

induziu aumento da lipoperoxidação de membranas, avaliado pelo TBARS, nos tecidos

cardíaco, muscular e renal. Esses dados corroboram com dados de Barp et al. (2002), no

qual ratas castradas tiveram aumento lipoperoxidação em tecido cardíaco. Em um

estudo realizado de Hernándes et al. (2000), observou-se em modelo animal

oforectomizado que a falta de estrogênios apresentou induziu o aumento de estresse

oxidativo e baixa disponibilidade de óxido nítrico. De forma semelhante, em mulheres

na pós menopausa foi verificado aumento da lipoperoxidação mesmo com aumento dos

níveis de estrogênios (ACKAY, 2000).

De fato, a privação dos hormônios sexuais leva a danos oxidativos, que pode estar

ligado a diminuição das defesas antioxidantes. Um estudo demonstrou que apenas 7 dias

de ooforectomia em modelo experimental induziu aumento de 20% na lipoperoxidação

cardíaca e diminuição de 29% na atividade da enzima antioxidante SOD quando

comparadas aos seus controles (BARP et al., 2002).

Page 74: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

53

Os menores valores de lipoperoxidação de membrana em ratas saudáveis em

comparação às ratas ooforectomizadas ou ratos machos parece ter relação com as

propriedades antioxidantes dos estrogênios e sua ação regulatória sobre enzimas

antioxidante (ARNAL et al., 1996; BARBACANNE et al., 1999). O aumento da

lipoperoxidação de membranas pode ser explicada pelo seqüestro do hidrogênio do

ácido graxo poli-insaturado localizado na membrana celular culminando na perda da

seletividade de troca iônica e liberação do conteúdo de organelas, além da formação de

produtos tóxicos a célula ocasionando sua morte (HERSHKO, 1989).

No presente estudo foi observado diminuição na atividade da GPx no tecido

muscular nos grupos com privação dos hormônios ovarianos (OS e VOS), bem como

redução desta enzima no tecido cardíaco no grupos somente no grupo VOS em relação

aos grupos VS e OS. A GPx, pode ser considerada uma das principais enzimas que

fazem parte das defesas antioxidantes primárias (MILLS, 1957; MILLS, 1960). Dessa

forma, pode-se pontuar que a família das glutationas peroxidases (GPx) são capazes de

remover o peróxido de hidrogênio, acoplando sua redução à água com a oxidação da

glutationa reduzida (GSH) (balanço redox). Massafra e colaboradores (2000)

demonstraram que mulheres durante o ciclo menstrual apresentavam aumento da

atividade da enzima GPx (entre a fase folicular e lútea) no período do pico de estradiol

(não sendo observado diferenças significativas na CAT e SOD), sugerindo que a

produção de estradiol pelos ovários durante o ciclo hormonal pode ter um papel

importante nas variações da atividade das enzimas antioxidantes durante o ciclo

menstrual.

A CAT é outra importante enzima antioxidante que remove peróxido de hidrogênio.

No presente estudo, interessantemente a CAT no tecido muscular estava aumentada nos

grupos VC, OS e VOS em relação ao grupo CS. Tal fato poderia ser explicado como um

Page 75: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

54

mecanismos compensatório a redução observada na GPx nesse tecido, já que ambas

enzimas competem pelo mesmo substrato (peróxido de hidrogênio). De fato resultados

semelhantes foram observados no músculo grande dorsal de ratos diabéticos (De

Angelis et al, 2000). Além disso, a concentração da CAT estava reduzida no tecido

cardíaco do grupo OS comparado aos grupos controles e no tecido renal em ambos os

grupos ooforectomizados, o que poderia estar associado ao prejuízo do barorreflexo e ao

aumento da PA observados nesta condição.

Além da redução da GPx no tecido cardíaco exclusivamente no grupo VOS, a SOD

no tecido renal mostrou-se diminuída somente no grupo VOS, o que sugere que o

envelhecimento possa estar associado a prejuízo adicional nas defesas antioxidantes.

Tais alterações podem colaborar no prejuízo adicional hemodinâmico e na SBR

observado nas ratas velhas ooforectomizdas em comparação as ratas adultas

ooforectomizadas observado no presente estudo.

5. 2 PROTOCOLO 2

Avaliação metabólica

Recentes trabalhos de nosso grupo demonstraram que o treinamento físico

induziu redução do peso corporal, da pressão arterial e da freqüência cardíaca

associados à melhora do reflexo barorreceptor em ratas adultas ooforectomizadas

(IRIGOYEN et al., 2005), além de promover em ratas adultas diabéticas

ooforectomizadas melhora cardiovascular e autonômica acompanhada de redução da

mortalidade (SOUZA et al., 2007). Recentemente evidenciamos também melhora

cardiovascular e autonômica em ratas espontaneamente hipertensas treinadas quando

comparadas aos seus pares sedentários (SANCHES et al., 2012). Baseados nestes dados

previamente publicados neste protocolo foram avaliados os efeitos metabólicos,

cardiovasculares do treinamento físico dinâmico em ratas velhas ooforectomizadas.

Page 76: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

55

Nossos resultados principais neste estudo evidenciam redução dos triglicérides, da

pressão arterial, bradicardia de repouso, melhora da SBR, redução da lipoperoxidação

de membrana e aumento de enzimas antioxidantes nos tecidos cardíaco, renal e

muscular.

Após o advento da menopausa é comum se observar na mulher a redução da

massa corporal magra, da taxa metabólica de repouso, o aumento dos depósitos de

gordura corporal, dislipidemia e resistência à insulina, alterações que têm sido

associadas à maior incidência de doenças cardiovasculares (SOWERS E PIETRA,

1995; HERNÁNDEZ et al., 2000; TEIXEIRA et al., 2003; PEIXOTO et al., 2006). Por

outro lado, trabalhos têm mostrado que o treinamento físico pode ser uma abordagem

favorável para redução e/ou controle do aumento de peso corporal, tanto em humanos

(BOUCHARD, 2003; SHANGOLD, 1990; TEIXEIRA et al., 2003) quanto em animais

de experimentação (DE ANGELIS et al., 1997; MELO et al., 2003).

Latour e colaboradores (2001) avaliaram o efeito do treinamento físico em

ratas ooforectomizadas e não verificaram redução do peso corporal. No presente estudo,

o treinamento físico em ratas velhas não induziu alterações no ganho de peso corporal

do grupo VOT. Todavia, dados anteriores de nosso laboratório mostram redução do

ganho de peso corporal em ratas adultas ooforectomizadas após 8 semanas de

treinamento físico (IRIGOYEN et al., 2005; FLUES et al., 2010). É possível que o fato

de termos trabalhado somente com ratas velhas no protocolo 2, os quais já haviam tido

grande ganho de peso, e, portanto, estavam em uma fase de menor ganho de peso que os

animais adultos Wistar, possa ter contribuído para não terem sido observadas diferenças

no peso corporal entre os grupos treinados e sedentários ao final do protocolo.

Page 77: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

56

Nossos resultados mostram que a medida da glicemia realizada ao final do

protocolo não foi diferente entre os grupos VOS e VOT. Entretanto, a concentração

sanguínea de triglicerídeos medida nesse período foi significativamente maior nos

grupos de ratas velhas (VC e VOS, protocolo 1). O treinamento físico foi eficiente em

atenuar o aumento da concentração sanguínea de triglicerídeos no grupo VOT.

O exercício físico regular também promove melhora no perfil lipídico. Existe

evidência de que indivíduos que praticam atividade física exibem concentrações mais

baixas de colesterol total e de LDL-colesterol do que aqueles inativos. Com base na

frequência de alterações relatadas, o HDL-colesterol e os triglicérides têm uma maior

resposta ao exercício físico regular do que o colesterol total e LDL-colesterol, ou seja,

aumenta a concentração de HDL-colesterol, enquanto diminui a concentração de

triglicérides (DURSTINNI et al., 2000). Estudos anteriores do nosso laboratório

evidenciaram redução na concentração sanguínea de glicose e triglicerídeos e atenuação

da resistência à insulina em ratas SHR ooforectomizadas tratadas com frutose

submetidas a 8 semanas de treinamento físico aeróbio (SANCHES et al., 2012).

Corroborando nossos achados, em um estudo recente Wegge et. al. (2004)

demonstraram que os exercícios aeróbios diários associados a uma dieta rica em fibras e

com baixo conteúdo de lipídios melhoraram os perfis metabólicos e lipídicos, reduziram

a inflamação e as moléculas de adesão em 20 mulheres menopausadas. De forma

semelhante, um estudo que avaliou mulheres pré e pós menopausa e homens observou

que o treinamento físico associado com a dieta teve resultados favoráveis na

concentração plasmática de LDL-colesterol quando comparado ao grupo controle,

mesmo sem alteração do peso corporal (STEFANICK et al., 1998). Além disto, Latour

et al. (2001) encontraram resultados de melhora metabólica na resposta à insulina

através da estimulação por teste de injeção de glicose após treinamento físico de oito

Page 78: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

57

semanas em ratas ooforectomizadas. Dessa forma, nosso estudo em associação com

dados já publicados reforçam o papel do treinamento físico após a privação dos

hormônios ovarianos na atenuação das disfunções no perfil lipídico, mais prevalentes

em mulheres menopausadas (SOWERS e PIETRA, 1995; MOSCA et al., 2004), mesmo

em ratas velhas.

Avaliação da capacidade funcional

A avaliação da capacidade física foi realizada no início e ao final do protocolo 2.

O teste de esforço inicial demonstrou não haver diferença na capacidade física entre os

grupos VOS e VOT. Já o teste de esforço final evidenciou melhora na capacidade física

do grupo que foram submetidos ao protocolo de treinamento físico. Recentemente, foi

demonstrado por nosso grupo que se pode estimar o VO2máx, ou seja, o transporte,

consumo e utilização de oxigênio ao nível alveolar, a partir dos resultados do teste de

esforço máximo utilizando-se a equação de regressão linear entre VO2máx e teste de

esforço. Além disso, diferenças de desempenho físico podem ser detectadas pelo teste

de esforço uma vez que a velocidade máxima obtida no teste de esforço foi

correlacionada com o VO2 máx em ratos machos saudáveis (RODRIGUES et al., 2007).

De fato, um estudo piloto em ratas fêmeas ooforectomizadas também demonstrou

relação entre VO2 e velocidade do teste de esforço (dados não publicados). Vale

salientar que a medida do VO2máx tem sido amplamente utilizada na prática clínica no

diagnóstico de doenças pulmonares e cardiopatias, principalmente a insuficiência

cardíaca para a melhor orientação e classificação funcional dos sujeitos (ARMSTRONG

et al., 2005).

Homens e mulheres submetidos ao treinamento físico de 6 meses obtiveram

melhora de 13% na capacidade de exercício demonstrado pela melhora do VO2 max

(DELEY, PICARD & TAYLOR , 2009). Na literatura, a melhora da capacidade física

Page 79: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

58

tem sido considerada um marcador da eficiência do protocolo de treinamento físico,

sendo um achado comum pós treinamento em ratos controles, diabéticos, velhos,

infartados e hipertensos (DE ANGELIS et al., 1997; DE ANGELIS et al., 1999; DE

ANGELIS et al., 2000; MUSCH, et al., 1989; MELO et al., 2003), bem como em

humanos saudáveis (BLAIR et al., 1989), homens hipertensos (KOKKINOS et al.,

1995) e em indivíduos pós-infarto do miocárdio (LA ROVERE et al., 2002). Dados

anteriores de nosso grupo evidenciam melhora da capacidade física em ratas

ooforectomizadas (IRIGOYEN et al., 2005), diabéticas por estreptozotocina (SOUZA et

al., 2007) ou SHR (SANCHES et al., 2012) após oito semanas de treinamento físico.

Resultados semelhantes foram obtidos em mulheres pré-menopausa (GREEN et al.,

2002), menopausadas sem (GREEN et al., 2002; KIRWAN et al., 2003; IRVING et al.,

2003; AIELLO et al., 2004) e com reposição hormonal (GREEN et al., 2002;

TEIXEIRA et al., 2003). Protocolos com dieta e treinamento físico, realizando ou não a

reposição hormonal, também evidenciaram melhora de capacidade física (STEFANICK

et al.,1998).

Dessa forma, baseado nos resultados de melhor desempenho no teste de esforço

no grupo treinado em relação ao seu par sedentário, somado aos dados publicados em

modelos animais e humanos que utilizaram este método, pode-se concluir que o

protocolo de treinamento físico aplicado às ratas ooforectomizadas velhas no presente

trabalho foi eficaz em promover melhora da capacidade física.

Avaliação cardiovascular

Além dos benefícios nos perfil lipídico e na capacidade física, estudos reforçam

as evidências dos benefícios do treinamento físico sobre parâmetros cardiovasculares e

indicam esta aboradagem não farmacológica como parte do tratamento de portadores de

Page 80: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

59

hipertensão (ACSM, 2004; MOSCA et al., 2004; PEDERSEN & SALTIN, 2006;

NCEP, 2001; WHELTON et al., 2002). Neste protocolo avaliamos alterações na pressão

arterial e na sensibilidade barorreflexa em ratas velhas submetidas à privação dos

hormônios ovariano.

Recentemente, em nosso grupo foi verificada redução da pressão arterial média

em ratas ooforectomizadas treinadas associada com redução do estresse oxidativo

(IRIGOYEN et al., 2005). Essa redução da pressão arterial a níveis de normalização

também tem sido documentada em humanos hipertensos treinados (WHELTON et al.,

2002; KOKKINOS et al., 1995). Todavia, vale destacar que nem todos os estudos

demonstram diminuição da PA em mulheres menopausadas após treinamento físico (ver

revisão de ASIKAINEN et al., 2004). Swift et el. (2012) verificaram em mulheres na

pós-menopausa que realizaram diferentes intensidades de treinamento aeróbio não

apresentaram mudanças na pressão arterial sistólica e diastólica em nenhuma das

intensidades ao final do protocolo de 6 meses. Em mulheres normotensas pós

menopausa, que participaram de um protocolo de treinamento físico durante 15 semanas

(~65% do consumo máximo de oxigênio) foi observada redução da PA (ASIKAINEN et

al., 2004). Resultados de redução da pressão arterial em mulheres pré e pós menopausa

na presença ou não de terapia de reposição hormonal foram descritos por Green e

colaboradores (2002) após treinamento físico com intensidade de 60% do VO2 de pico,

apontando para a redução da resistência periférica como mecanismo principal para a

redução da pressão arterial.

No presente estudo observou-se redução na pressão arterial média nas ratas

ooforectomizadas velhas treinadas. Alguns mecanismos que podem ser diretamente

ligados à redução da pressão arterial em humanos hipertensos treinados, e que poderiam

ocorrer em ratas ooforectomizadas velhas treinadas, são a redução do débito cardíaco

Page 81: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

60

(HAGBERG et al., 1989) e/ou da resistência periférica total (JENNINGS et al., 1991).

Gava et al., (1995) demonstraram redução da PA associada à redução do débito cardíaco

em machos SHR. A diminuição do débito cardíaco neste estudo foi relacionada

bradicardia de repouso no grupo SHR treinado. De fato, bradicardia de repouso, tem

sido utilizada como um marcador cardiovascular da eficácia do treinamento físico.

Vários estudos têm demonstrado bradicardia de repouso em ratos machos normotensos

jovens (NEGRÃO et al., 1992a), ou velhos (DE ANGELIS et al., 1997), em

camundongos (DE ANGELIS et al, 2004) e em humanos (FRICK, 1967; KATONA et

al., 1982) e ratas ooforectomizadas (IRIGOYEN et al., 2012) treinados. Neste aspecto

no presente estudo evidenciamos bradicardia de repouso pós-treinamento no grupo

VOT, o que poderia contribuir para a redução da PA observada neste grupo.

Além da redução da pressão arterial e da bradicardia, o treinamento físico por 8

semanas induziu melhora na sensibilidade dos pressorreceptores nas ratas velhas

submetidas à privação dos hormônios ovarianos (VOT), evidenciadas por melhora das

respostas taquicárdicas e bradicárdicas desencadeadas pelos pressorreceptores. Estudos

realizados em humanos (BARNEY et al., 1988; MC DONALD et al., 1993;

O´SULLIVAN et al., 2000) e animais (BEDFORD E TIPTON 1987; NEGRÃO et al.,

1992b; BRUM et al., 2000; SOUZA et al., 2007, HARTHMANN et al., 2007;

IRIGOYEN et al, 2005) têm detectado importantes modificações no arco reflexo

pressorreceptor após um período de treinamento físico em normotensos, hipertensos,

diabéticos, machos ou fêmeas ooforectomizadas. Davy et al. (1996) demonstrou que

mulheres fisicamente ativas na pós menopausa apresentaram melhora da sensibilidade

dos pressorreceptores índices elevados de variabilidade da frequência cardíaca

comparadas com mulheres menos ativas, podem indicar um possível mecanismo

protetor da atividade física em mulheres na pós menopausa. Em um estudo de nosso

Page 82: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

61

grupo evidenciou-se melhora da sensibilidade barorreflexa tanto para a bradicardia

quanto para a taquicardia em ratas ooforectomizadas treinadas (IRIGOYEN et al.,

2007). Portanto, neste trabalho confirmamos o papel positivo do treinamento físico na

sensibilidade barorreflexa na associação de privação dos hormônios ovarianos ao

envelhecimento. Contudo, os mecanismos que norteiam a normalização do controle

barorreflexo após o treinamento físico não são totalmente conhecidos.

Entre os mecanismos associados estão a redução da atividade nervosa simpática

(BRUM et al., 2000) e a melhora no balanço simpato-vagal cardíaco (SANCHES et al.,

2012). O envelhecimento por si só altera o balanço simpato-vagal, com efeitos similares

que os atribuídos a menopausa, por outro lado a menopausa cirúrgica é um modelo

funcional independente da idade e de disfunções metabólicas (MERCURO et al.; 2000).

É necessário ressaltarmos que a melhora da sensibilidade dos pressorreceptores

normalmente vem acompanhada de uma importante resposta fisiológica de diminuição

da pressão arterial em repouso, sugerindo que o balanço autonômico está sendo

restabelecido (HAGBERG et al., 2000).

Além de alterações na eferência deste reflexo, é consenso que a via aferente e a

integração central do barorreflexo arterial são cruciais no desencadeamento dos ajustes

neurovasculares sobre a pressão arterial. Entretanto, não podemos excluir a

possibilidade de que a melhora desse reflexo esteja associada a outras alterações nos

componentes centrais do ramo barorreflexo. Neste aspecto, Pan et al. (2007) verificaram

que o treinamento físico preveniu a disfunção barorreflexa provocada pela

administração central de angiotensina II em ratos previamente saudáveis.

Especificamente na hipertensão arterial, Felix et al. (2007) observaram recentemente

que o treinamento físico normaliza os elevados níveis centrais de RNA mensageiro do

angiotensinogênio em ratos espontaneamente hipertensos. Esses autores sugerem que a

Page 83: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

62

normalização dos níveis do RNA mensageiro do angiotensinogênio pode ser um

possível mecanismo relacionado à melhora do controle barorreflexo arterial observado

na hipertensão arterial após o treinamento físico. Adicionalmente, Kishi et al. (2003)

demonstraram que o aumento na produção de óxido nítrico sintase endotelial na região

do bulbo ventrolateral rostral melhorava o controle barorreflexo da freqüência cardíaca

de ratos espontaneamente hipertensos.

A disfunção barorreflexa também já foi associada a deficiência na condução das

informações levadas ao núcleo do trato solitário (ANDERSEN & YANG, 1989). Por

outro lado, Brum et al. (2000) evidenciaram que a melhora na sensibilidade barorreflexa

da FC em machos SHR treinados estava relacionada ao aumento significativo na

sensibilidade do nervo depressor aórtico, ou seja, na melhora da aferência desse

mecanismo. Alterações na complacência arterial podem alterar a aferência do

barorreflexo. Segundo o conceito mecâno-elástico aplicado sobre os barorreceptores,

quanto maior a complacência vascular sob a mesma pressão de pulso, maior será a

ativação dos pressorreceptores (KIRCHHEIM, 1976) e, portanto melhora o controle

barorreflexo arterial.

Relacionado a este paradigma, o treinamento físico tem se mostrado eficaz em

aumentar a complacência vascular tanto em ratos (KINGWELL et al., 1997) como em

humanos saudáveis (CAMERON & DART, 1994) e, mais especificamente, em ratos

geneticamente hipertensos (ULRIKA et al., 2004). Assim, é possível sugerir que após o

treinamento físico, a complacência arterial estaria melhorada nos leitos vasculares,

incluindo as artérias aorta e carotídeas, aprimorando a transdução mecânica dos

pressorreceptores e, conseqüentemente, o controle barorreflexo arterial. Nesse sentido,

Bertagnolli et al. (2006) demonstraram, em ratos espontaneamente hipertensos, que

após 10 semanas de treinamento físico ocorria uma expressiva melhora no estresse

Page 84: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

63

oxidativo da artéria aorta, possivelmente, aumentando a sua complacência. Além disso,

esses autores (BERTAGNOLLI et al., 2006) observaram associação direta entre a

diminuição no estresse oxidativo e o aumento no controle barorreflexo da frequência

cardíaca desses animais. Recentemente demonstramos também melhora da sensibilidade

barorreflexa associada a redução do estresse oxidativo e aumento das enzimas

antioxidativas (IRIGOYEN et al., 2005). Outros estudos abordam redução de estresse

oxidativo como forma de alteração benéfica da sensibilidade barorreflexa, atuando no

aumento da biodisponibilidade do óxido nítrico, que em mulheres pós menopausa pode

estar comprometido devido a privação dos hormônios ovarianos (HERNANDEZ et al.,

2000; MULLAN et al., 2002).

Avaliação de estresse oxidativo

O treinamento físico tem mostrado que é eficaz em diminuir o estresse oxidativo

em diversas doenças cardiovasculares provavelmente relacionado com o aumento das

defesas antioxidantes (FUKAI et al., 2000; RAMIRES & JI., 2001; RUSH et al., 2003,

IRIGOYEN et al., 2005; BERTAGNOLLI et al 2006, 2008). Sabe-se que a

lipoperoxidação de membranas está associada ao aumento da morbidade cardiovascular

em indivíduos velhos (PATRICO et al., 2002), com diabetes (LIGUORI et al., 2001),

está associado à IC (WEITZ et al., 1991; DIAZ-VELEZ et al., 1996) e à mulheres no

pós-menopausadas (GAGO-DOMINGUES et al.,2005). Vale ressaltar que a

lipoperoxidação de membranas se inicia com a reação do hidrogênio do ácido graxo

poliinsaturado da membrana celular com a ERO, promovendo, dessa forma, a perda da

seletividade na troca iônica, liberação do conteúdo de organelas e formação de produtos

citotóxicos culminando em muitos casos com a morte celular (HERSHKO, 1989).

Portanto, pode-se sugerir que quando há diminuição da lipoperoxidação de membranas

há menos danos para a célula. Além disto, em ratos velhos que realizaram treinamento

Page 85: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

64

físico foram observadas melhora nas avaliações de estresse oxidativo (TBARS) quando

comparadas a ratos machos adultos (DE ANGELIS et al., 1997).

Alguns autores já demonstraram que o treinamento físico pode reduzir a

lipoperoxidação de membranas cardíaca em modelos de menopausa (IRIGOYEN et al.,

2005; BRITO, 2008; HEREEN, 2008), mas nem todos apresentaram efeitos uniformes

nas adaptações de enzimas antioxidantes cardíacas. Nesse ponto já foi demonstrado que

o treinamento físico promoveu: aumento da atividade da SOD sem alteração da CAT e

GPx em ratas OVX (IRIGOYEN et al., 2005); aumento da concentração da CAT, sem

alteração da SOD e GPX em ratas OVX normotensa e hipertensas submetidas ao

consumo crônico de frutose (BRITO, 2008); aumento da atividade da SOD sem

alteração da concentração da CAT em camundongos OVX; e aumento da atividade da

SOD com aumento da atividade da CAT em camundongos OVX Knockout do receptor

LDL (HEREEN, 2008).

Os resultados do presente trabalho mostram que o treinamento físico reduziu a

lipoperoxidação de membranas no grupo VOT em comparação a seu controle nos

tecidos cardíaco, renal e muscular. A enzima GPx apresentou aumento de atividade após

o treinamento físico nos três tecidos avaliados. É provável que a redução da

lipoperoxidação de membranas nesse grupo tenha ocorrido pelo aumento da ação da

GPx na redução de peróxidos orgânicos (CHANCE et al., 1979, REED, 1990).

Confirmando em parte os resultados do presente estudo, previamente nosso grupo

demonstrou que 8 semanas de treinamento físico aeróbio em ratas adultas OVX foi

capaz de diminuir a lipoperoxidação de membranas cardíaca, porém as enzimas

responsáveis pela detoxificação do peróxido de hidrogênio (CAT) e de hidroperóxidos

orgânicos (GPx) não apresentaram aumento de atividade após o treinamento físico,

somente a enzima SOD aumentou sua atividade (IRIGOYEN et al., 2005). Neste

Page 86: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

65

aspecto vale lembrar que a SOD e CAT também estavam aumentadas no tecido renal

das ratas velhas treinadas no presente estudo. Possivelmente o aumento da SOD está

relacionada com a tentativa de diminuir a ação inativadora do ânion superóxido sobre o

NO, aumentada após no envelhecimento e na privação dos hormônios ovarianos

(LAURINDO et al., 1994; MONCADA et al.,1991). De fato, no tecido renal também

foi observado que o estresse oxidativo avaliado por TBARS estava reduzido em ratos

velhos (23 meses de idade) treinados por 6 semanas e a atividade da enzima SOD estava

maior no mesmo grupo quando comparado com o grupo ratos velhos sedentários

(ASGAR et al., 2007).

Por fim, vale salientar que as alterações no perfil oxidativo observadas nos

tecidos renal e cardíaco podem ter colaborado na biodisponibilidade do NO, o que

poderia estar envolvido na redução da PA e na melhora da SBR observada no presente

estudo em ratas velhas ooforectomizadas.

Page 87: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

66

6. CONCLUSÕES

Concluindo, os achados do presente estudo demonstram que o envelhecimento

em ratas induziu prejuízo metabólico, na capacidade física e cardiovascular, associado à

redução da SBR e aumento da lipoperoxidação em tecido renal. A privação dos

hormônios ovarianos em ratas promoveu prejuízo cardiovascular e na SBR

(exacerbados pelo envelhecimento), acompanhadas de aumento da lipoperoxidação de

membranas e de uma forma geral prejuízo nas enzimas antioxidantes nos tecidos

cardíaco, renal e muscular. Entretanto, nosso achado mais importante foi o efeito

benéfico do treinamento físico nas ratas velhas submetidas à privação dos hormônios

ovarianos, evidenciado por melhora cardiovascular associada a aumento da SBR,

redução da lipoperoxidação de membranas e aumento das enzimas antioxidantes nos

tecidos avaliados.

Em conjunto, os resultados do presente estudo fornecem evidências

experimentais que podem ajudar no entendimento dos mecanismos envolvidos no

aumento do risco cardiovascular no envelhecimento e no climatério, reforçando o papel

benéfico de uma vida fisicamente ativa no manejo das disfunções cardiometabólicas

nesta fase de vida da mulher.

Page 88: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

67

7. REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS

ACKAY, T.; DINCER, Y.; KAYALI, R.; COLGAR, U.; ORAL, E.; CAKATAY, U.

Effects of hormone replacement therapy on lipid peroxides and oxidation system in

postmenopausal women. J. Toxicol. Environ. Health A., v. 59, n. 1, p.1-5, 2000.

AIELLO, E.J.;YASUI, Y.; TWOROGER, S.S.; ULRICH, C.M.; IRWIN, M.L.;

BOWEN, D.;SCHWARTZ R.S.; KUMAL, C.; POTTER, J.D.; McTIERNAN, A. Effect

of yearlong, moderate-intensity exercise intervention on the occurrence and severity of

menopause symptoms in postmenopausal women. Menopause, v,11, n.4,p.382-388,

2004.

ALMEIDA, M.B.; Frequência cardíaca e exercício: uma interpretação baseada em

evidências. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano,

Aracajú, v.9, n.2, p.196-202, 2007.

AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. Diretrizes do ACSM para os

testes de esforço e sua prescrição, 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

AMES,B.N.; SHIGENAGA, M.K.; HAGEN, T. M. Oxidants, antioxidants, and the

degenerative diseases of aging. Proceedings of the National Acadamyof Sciences,

USA 90, p.7915–7922, 1993.

ARMSTRONG LE, BRUBAKER PH, OTTO RM. ACSM's Guidelines for Exercise

Testing and Prescription. In American College of Sports Medicine 7th edition.

Baltimore: Lippincott Williams & Wilkins. p.66-99, 2005

ARNAL, J.F.; CLAMENS, S.; PECHET, C. et al. Ethinylestradiol does not enhance the

expression of nitric oxide synthase in bovine endothelial cells but increases the release

of bioactive nitric oxide by inhibiting superoxide anion production. Proceedings of the

National Academy of Sciences, USA, v.93, p.4108-4113, 1996.

ASGHAR, M., GEORGE, L.; LOKHANDWALA, M. F.. Exercise decreases oxidative

stress and inflammation and restores renal dopamine D1 receptor function in old rats.

Heart and Kidney Institute, College of Pharmacy, University of Houston, Houston,

Texas, American Journal of Physiologyand Renal Physiology , v.293 p.F914–F919,

2007.

Page 89: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

68

.

ASIKAINEN, T.M.; KUKKONEN-HARJULA.; K; MIILUNPALO, S. Exercise for

health for early postmenopausal women: a systematic review of randomized controlled

trials. Sports Medicine, v.34, n.11, p.753-778, 2004.

BARBACANNE, M.A., RAMI, J., MICHEL, J.B., SOUCHARD, J.P, et al. Estradiol

increases increases rat aorta endothelium-derived relaxing factor (EDRF) activity

without changes in endothelial NO synthase gene expression: possible role of decreased

endothelium-derived superoxide anion production. Cardiovascular Research, v.41,

p.672-681, 1999.

BARNEY, J.A.; EBERT, T.J.; GROBAN, L.; FARREL, P.A.; HUGHES, C.V.;

SMITH, J.J. Carotid baroreflex responsiveness in high-fit and sedentary young men.

Journal of Apllied Physiology, n. 65, p.2190-2194, 1988.

BARNEY, J.A.; EBERT, T.J.; GROBAN, L.; FARREL, P.A; HUGHES, C.V.; SMITH,

J.J. Carotid baroreflex responsiveness in high-fit and sedentary young men. Journal of

Apllied Physiology, v.65, p.2190-2194, 1988.

BARP, J. Avaliação do estresse oxidativo no desenvolvimento da hipertensão

renovascular: Papel protetor dos estrogênios. Dissertassão de mestrado. UFRGS,

2002.

BEDFORD, T.G.; TIPTON, C.M. Exercise training and the arterial baroreflex. Journal

of Apllied Physiology, v.63, p.1926-1932, 1987.

BERRY, CMJ; BROSNAN, J; FENNELL, CA; HAMILTON, AF; DOMINICZAK.

Oxidative stress and vascular damage in hypertension. Current Opinion in

Nephrology and Hypertension, v.10, p.247-255, 2001.

BERTAGNOLLI M, SCHENKEL PC, CAMPOS C, MOSTARDA CT, CASARINIDE,

BELLÓ-KLEIN A, IRIGOYEN MC, RIGATTO K. Exercise training reduces

sympathetic modulation on cardiovascular system and cardiac oxidative stress in

spontaneously hypertensive rats. American Journal of Hypertension., 21(11):1188-

93, 2008.

Page 90: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

69

BERTAGNOLLI, M; CAMPOS, C; SCHENKEL, PC; DE OLIVEIRA, VL; DE

ANGELIS, K; BELLO-KLEIN, A; RIGATTO, K; IRIGOYEN, MC. Baroreflex

sensitivity improvement is associated with decreased oxidative stress in trained

spontaneously hypertensive rat. Journal of Hypertension, v.24, n.12, p.2437-2443,

2006.

BEUTLER, E.; DURON, O.; KELLY, B.M. Improved method for determination of

blood glutathione. Journal of Laboratory and Clinical Medicine, v.61, n.14, p. 882-

888, 1963.

BOUCHARD, C. Atividade física e obesidade. Barueri : Manole, 2003.

BOVERIS, A; CHANCE, B. The mitochondrial generation of hydrogen peroxide.

General properties and effect of hyperbaric oxygen. Biochem J, 134:707-716, 1973.

BRANDÃO, A. P.; BRANDÃO, A.A.; MAGALHÃES, M.E.C.; POZZAN, R.

Epidemiologia da hipertensão arterial. Revista Sociedade de Cardiologia do Estado

de São Paulo, São Paulo, v.13, n.1, p. 7-19, 2003.

BRAY, GA; NIELSEN, SJ; POPKIN, BM. Consumption of high-fructose corn syrup in

beverages may play a role in the epidemic of obesity. American Journal of Clinical

Nutrution, v.79, p.537-543, 2004.

BRENNER, P.F. The menopausal Syndrome. Obstet Gynecol, v. 72, n.5, p.6-11, 1988.

BRITO, J.O.; PONCIANO, K.; FIGUEROA, D; BERNARDES, N.; SANCHES, I.C.;

IRIGOYEN, MC; DE ANGELIS, K. Parasympathetic dysfunction is associated with

insulin resistance in fructose-fed female rats. Brazilian Journal of Medical and

Biological Research, v.41, n.9, p. 804-808, 2008.

Brodde OE, Konschak U, Becker K, Cardiac muscarinic receptors decrease with age. In

vitro and in vivo studies. J Clin Invest.101:471-8, 1998.

BROOKS, G.A.; WHITE, T.P. Determination of metabolic and heart rate responses of

rats to treadmill exercise. Journal of Apply Physiololy, v. 45, n.6, p.1009-15, 1978.

CAI, H.; HARRISON, D.G. Endothelial dysfunction in cardiovascular diseases: the role

of oxidant stress. Circulation Research, v. 87, p.840-844, 2000.

Page 91: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

70

CASTANHO, V.S.; OLIVEIRA, L.S.; PINHEIRO, H.P.; OLIVEIRA, H.C.F.; FARIA,

E.C. Sex differences in risk factors for coronary heart disease: a study in a Brazilian

population. BMC Public Health, v.1, n.3, 2001.

CHAVES G , MORETTI ,M. CASTRO, AA. Effects of long-term ovariectomy on

anxiety and behavioral despair in rats. Physiology & Behavior. 97: 420–425, 2009.

CHOWDHARY, S.; VAILE, J.C.; FLETCHER, J.; ROSS, H.F.; COOTE, J.H.;

TOWNEND, J.N. Nitric oxide and cardiac autonomic control in humans. Hypertension,

n.36, p.264–269, 2000.

COOKE, W.H., LUDWING, D.A., HOGG, P.S., ECKBERGS, D.L. e CONVERTINO,

V.A.Does the mestrual cycle influence the sensitivity of vagally mediated baroreflexes?

Clinical Science. v.102, p.639–644, 2002.

DALL'AGO P, D'AGORD SCHAAN B, DA SILVA VO, WERNER J, DA SILVA

SOARES PP, DE ANGELIS K, IRIGOYEN MC. Parasympathetic dysfunction is

associated with baroreflex and chemoreflex impairment in streptozotocin-induced

diabetes in rats. Autonomic Neuroscience;131(1-2):28-35, 2007.

DAUCHOT P, GRAVENSTEIN JS. Effects of atropine on the electrocardiogram in

different age groups. Clin Pharmacol Ther.12: 274-80, 1971.

DAVY, K.P.; MINICLIER, N.L.; TAYLOR, J.A.; STEVENSON, E.T.; SEALS, D.R.

DAWSON-HUHGES B & HARRIS S. Regional changes in body composition by time

of year in healthy postmenopausal women. Am J Clin Nutri. V. 56(2), p.307-313,

1992

DE ANGELIS K, LEIRNER AA, IRIGOYEN MC, CESTARI IA. Nonstimulated

cardiomyoplasty improves hemodynamics in myocardial-infarcted rats. Artificial

Organs.; 25(11):939-43, 2001.

DE ANGELIS KL, OLIVEIRA AR, DALL'AGO P, PEIXOTO LR, GADONSKI G,

LACCHINI S, FERNANDES TG, IRIGOYEN MC. Effects of exercise training on

autonomic and myocardial dysfunction in streptozotocin-diabetic rats. Brazilian

Journal of Medical and Biological Research; 33(6):635-41, 2000.

Page 92: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

71

DE ANGELIS KLD, GADONSKI G, FANG J, DALL’AGO P, ALBUQUERQUE VL,

PEIXOTO LRA, FERNANDES TG, IRIGOYEN MC. Exercise reverses peripheral

insulin resistance in trained L-NAME hypertensive rats. Hypertension, 34: 768-772,

1999.

DE ANGELIS, K.; GADONSKI, G.; FANG, J.; DALL’AGO, P.; ALBUQUERQUE,

VL.; PEIXOTO, L.R.A.; FERNANDES, T.G.; IRIGOYEN, M.C. Exercise reverses

peripheral insulin resistance in trained L-NAME-hypertensive rats. Hypertension, v.

34, n.2, p.768-772, 1999.

DE ANGELIS, K.; OLIVEIRA, A.R.; DALL’AGO, P.; PEIXOTO, L.R.A.;

GADONSKI, G.; FERNANDES, T.G.; IRIGOYEN, M.C. Effects of exercise training

in autonomic and myocardial dysfunction in streptozotocin-diabetic rats. Brazilian

Journal of Medical and Biological Research, v. 33, p.635-641, 2000.

DE ANGELIS, K.; SANTOS, M.S.B.; IRIGOYEN, M.C. Sistema nervoso autônomo e

doença cardiovascular. Revista de da Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do

Sul, v. 3, 2004.

DE ANGELIS, K.; WICHI, R.B.; JESUS, W.R.; MOREIRA, E.D.; MORRIS, M.;

KRIEGER, E.M.; IRIGOYEN, M.C. Exercise training changes autonomic

cardiovascular balance in mice. J Appl Physiol, v. 96, n.6, p.2174-8, 2004.

DE ANGELIS, K.L.D.; OLIVEIRA, A.R.; WERNER, A.; BOCK, P.; BELLÓ-KLEIN,

A.; IRIGOYEN, M.C. Exercise training in aging: hemodynamis, metabolic, and

oxidative stress evaluations. Hypertension, v. 30, n.3, p.767-771, 1997.

DORMANDY, T.L. Free-radical oxidation and antioxidants. Lancet, v. 1, p.647-650,

1978.

DURSTINNI, J.; CROUSE, S.; MOFFAT, R. Lipids in Exercise and Sports. Energy-

Yelding Macronutrients and Energy Metabolism in Sport Nutrition. CRC Press, 2000.

ECKBERG, D.L, DRABINSKY, M.; BRAUNWALD, E. Defective cardiac

parasympathetic control in patients with heart disease. The New England Journal of

Medicine, v.285, p.877-883, 1971.

Page 93: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

72

Elevated heart rate variability in physically active postmenopausal women: a

cardioprotective effect? Am J Physiol.; v.71, n.40, p.H455-H460, 1996.

Elevated heart rate variability in physically active postmenopausal women: a

cardioprotective effect? Am J Physiol.; v.71, n.40, p.H455-H460, 1996.

EVANGELISTA, O E MCLAUGHLIN, M.A. Review of Cardiovascular Risk Factors

in Women Gender Medicine, v. 6, theme issue, 2009.

EWING, D.; CAMPBELL, I.; CLARKE, B. The natural history of diabetic autonomic

neuropathy. Quarterly Journal of Medicine, v. 49, p.95-108, 1980.

FARAH, V; DE ANGELIS, K; CANDIDO,G; BERNARDES, N;JOAQUIM, LF;

SCHAAN, BD; IRIGOYEN, MC. Autonomic modulation of arterial pressure and heart

rate variability in hypertension diabetic rats. Clinics, v.62, n.4, p. 477-482, 2007.

FLOHE, L; GUNZLER, WA. Assays of glutathione peroxidase. Methods Enzymol,

v.105, p.114-121, 1984.

FLORES, L.J, FIGUEROA, D, SANCHES, I.C, JORGE, L, IRIGOYEN, M.C,

RODRIGUES, B, DE ANGELIS K.Effects of exercise training on autonomic

dysfunction management in an experimental model of menopause and myocardial

infarction. Menopause, v.17(4), p.712-7, 2010.

FLUES, K, PAULINI, J, BRITO, S, SANCHES, I.C, CONSOLIM-COLOMBO, F,

IRIGOYEN MC, DE ANGELIS K. Exercise training associated with estrogen therapy

induced cardiovascular benefits after ovarian hormones deprivation. Maturitas.65(3),

p.267-71, 2010.

FLUES, K.; PAULINI, J.; BRITO, S.; SANCHES, I.C.; CONSOLIM-COLOMBO, F.;

IRIGOYEN, M.C.; DE ANGELIS, K. Exercise training associated with estrogen

therapy induced cardiovascular benefits after ovarian hormones deprivation. Maturitas,

v.65, n.3, p.267-271, 2010.

FORJAZ, C.L.M. et al. Exercício resistido para o paciente hipertenso: indicação ou

contra-indicação. Revista Brasileira de Hipertensão, São Paulo, v.10, n.2, p.119-124,

2003.

Page 94: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

73

FRICK, M.H.; The mechanisms of bradycardia evoked by physical training.

Cardiologia, v. 51, p.46-54, 1967.

GANGULA, P.R.R.; WIMALAWANSA, S.J.; YALLAMPALLI, C. Sex steroid

enhance hypotensive effects of calcitonin gene-related peptide in aged female rats.

Biology of reproduction. V.67, p.1881-1887. 2002.

GONZALEZ FLECHA, B.; LLESUY, S.; BOVERIS, A. Hydroperoxide-initiated

chemiluminescence: an assay for oxidative stress in biopsies of heart, liver, and muscle.

Free Radical Biology & Medicine, v.10, n.2, p.93-100, 1991.

GREEN, J.S.; STANFORTH, P.R.; GAGNON, J.; LEON, A.S.; RAO, D.C.;

SKINNER, J.S.; BOUCHARD, C.; RANKINEN, T.; WILMORE, J.H. Menopause,

estrogen, and training effects on exercise hemodynamics: the HERITAGE study. Med

Sci Sports Exerc,v.34, n.2, p.74-82, 2002.

GREGOIRE, J.; TUCK, S.; YAMAMOTO, Y.; HUGHSON, R. Heart rate variability at

rest and exercise: influence of age, gender and physical training. Canadian Journal of

Applied Physiology, v. 21, n.6, p.455-470, 1996.

GRYGLEWSKI, R.J.; PALMER, R.M.; MONCADA, S. Superoxide anion is involved

in the breakdown of endothelium-derived vascular relaxing factor. Nature, v. 320,

p.454-456, 1986.

HAGBERG JM, PARK JJ, BROWN MD. The role of exercise training in the treatment

of hypertension: an update. Sports Med, 30(3): 193-206, 2000.

HAGBERG, J.M.; PARK, J.J.; BROWN, M.D. The role of exercise training in the

treatment of hypertension: an update. Sports Med, v.30, p.193-206, 2000.

HARTHMANN, A.D.; DE ANGELIS, K.; COSTA, L.P.; SENADOR, D.; SCHAAN,

B.D.; KRIEGER, E.M.; IRIGOYEN, M.C. Exercise training improves arterial baro- and

chemoreflex in control and diabetic rats. Autonomic Neuroscience, p.133-115-120,

2007.

HASKELL, W.L.; LEE I.M.; PATE, R.R et al. Physical Activity and Public Health:

Updated Recommendation for Adults from the AmericanCollege of Sports Medicine

Page 95: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

74

and the American Heart Association. Medicine &Science in Sports& Exercise, v.39,

n.8 p.1423–1434. 2007.

HASSAGER C. & CHRISTIANSEN C. Estrogen/gestagen therapy changes soft tissue

body composition in postmenopausal women. Metabolism. 38(7), p.662-665, 1989

HEEREN MV, DE SOUSA LE, MOSTARDA C, MOREIRA E, MACHERT H,

RIGATTO KV, WICHI RB, IRIGOYEN MC, DE ANGELIS K. Exercise improves

cardiovascular control in a model of dislipidemia and menopause. Maturitas.

20;62(2):200-4, 2009.

HÉRNANDEZ I., DELGADO J.L, DIAZ J., QUESADA T., TERUEL M.J.G.,

CARMENLLANOS M., CARBONELL L.F. 17 -Estradiol prevents oxidative stress

and decreases blood pressure in ovariectomized rats. Am J Physiol Regulatory

Integrative Comp Physiol. v.279, p.R1599-R1605, 2000.

HERSHKO C. Mechanism of iron toxicity and its possible role in red cell membrane

damage. Semin Hematol. v.26, n.4, p. 277-85, 1989.

HOSSACK, K.F.; BRUCE, R.A. Maximal cardiac function in sedentary normal men

and women: comparision of age-related changes. Journal of Applied Physiology.,

v.53, p.799-804, 1982.

HUIKURI, H.V.; PIKKUJAMSA, S.M.; AIRAKSINEN, J.; IKAHEIMO, M.J.;

RANTALA, A.O.; KAUMA, H.; LILJA, M.; KESANIEMI, Y.A. Sex-related

differences in autonomic modulation of heart rate in middle-aged subjects. Circulation,

v. 94, p.122-125, 1996.

HUNT, B.E., TAYLOR, J.A., HAMNER, J.W., GAGNON, M. e LIPSITZ, L.A.

Estrogen replacement therapy improves baroreflex regulation of vascular sympathetic

outflow in postmenopausal women. Circulation. 2001 103(24):2909-14.

IRIGOYEN, M.C, KRIEGER, E.M. Baroreflex control of sympathetic activity in

experimental hypertension. Brazilian Journal of Medical and Biological Research.

31: 1213-20, 1998

Page 96: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

75

IRIGOYEN, M.C.; DE ANGELIS, K; OLIVEIRA, A.; DALL'AGO, P.; FIORINO, P.;

LACCHINI, S. Alterações funcionais do sistema cardiovascular durante o

envelhecimento. in: emilio jeckell. (Org.). Aspectos biológicos e geriátricos do

envelhecimento II. Porto Alegre: Edipuc, 2000.

IRIGOYEN, M.C.; et al. Fisiopatologia da Hipertensão: o que avançamos? Revista da

Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo. São Paulo, v.13, n.1, p.20-45,

2003.

IRIGOYEN, M.C.; PAULINI, J.; FLUES, K.; FLORES, L.J.F.; CONSOLIM-

COLOMBO, F.M.; MOREIRA, E.D.; BELLÓ-KLEIN, A.; DE ANGELIS, K. Exercise

training improves baroreflex sensitivity associated with oxidative stress reduction in

ovariectomized rats. Hypertension, v. 46, n.2, p.998-1003, 2005.

ISHISE H, ASANOI H, ISHIZAKA S, JOHO S, KAMEYAMA T, UMENO K, INOUE

H. Time course of sympathovagal imbalance and left ventricular dysfunction in

conscious dogs with heart failure. Journal of Applied Physiology., 1998

ITOH H, BUNAG RD. Aging reduces cardiovascular and sympathetic responses to

NTS injections of serotonin in rats. Exp Gerontol.27:309-20, 1992.

JENNINGS, G.; NELSON, L.; DEWAR, E.; KORNER, P.; ESLER, M.; LAUFER, E.

Antihypertensive and hemodynamic effects of one year’s regular exercise.

Hypertension, n.4, p.S659-S661, 1986.

JI, L.L. & FU, R. Responses of glutathione system and antioxidant enzymes to

exhaustive exercise and hydroperoxide. Journal of Applied Physiology, v.72, n.2;

p.549-554, 1992.

JURCA, R; CHURCH, TS; MORSS, GM; JORDAN, AN; EARNEST, CP. Eight weeks

of moderate-intensity exercise training increases heart rate variability in sedentary

postmenopausal women. American Heart Jorunal, v.147, n.5, e21, 2004.

KATONA, P.G.; McLEAN, M.; DIGHTON, D.H.; GUZ, A. Sympathetic and

parasympathetic cardiac cointrol in athletes and nonathletes at rest. Journal of Applied

Physiology, v.52, p.1652-1657, 1982.

Page 97: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

76

KIRWAN, L.D., MERTENS, D.J., KAVANAGH, T. THOMAS S.G. e GOODMAN,

J.M. Exercise training in women with heart disease: influence of hormone replacement

therapy. Med Sci Sports Exerc. v.2, n.35, p.185-192, 2003.

KLEIGER, R.E.; MILLER, J.P.; BIGGER, J.T.; MOSS, A.J. Decreased heart rate

variability and its association with increased mortality after acute myocardial infarction,

v.59, p.256-262, 1987.

KOKKINOS, P.F., NARAYAN, P., COLLERAN, J.A., PITTARAS, A.,

NOTARGIACOMO, A., REDA, D. e PAPADEMETRIOU, V. Effects of regular

exercise on blood pressure and left ventricular hypertrophy in African-American men

with severe hypertension. N Engl J Med; 333(22), p.1462-7, 1995.

KULLER LH, MEILAHN EN, CAULEY JA, GUTAI JP, MATTHEWS KA.

Epidemiologic studies of menopause: changes in risk factors and disease. Exp

Gerontol. 29:495–509, 1994.

KUO, TB; LIN, T; YANG, CC; LI, CL; CHEN, CF; CHOU, P. Effect of aging on

gender differences in neural control of heart rate. American Journal of Physiology

(Heart Circulation Physiology), v.277, n.46, p.H2233-2239, 1999.

LA ROVERE, M.T.; BERSANO, C.; GNEMMI, M.; SPECCHIA, G.; SCHWARTZ,

P.J. Exercise-induced increase in baroreflex sensitivity predicts improved prognosis

after myocardial infarction. Circulation, v. 106, n.8, p.945-9, 2002.

LA ROVERE, M.T.; BIGGER, J.T. JR; MARCUS, F.I.; MORTARA, A.;

SCHWARTZ, P.J. Baroreflex sensitivity and heart-rate variability in prediction of total

cardiac mortality after myocardial infarction. ATRAMI (Autonomic Tone and Reflexes

After Myocardial Infarction) Investigators. Lancet, v.351, p.478-84, 1998.

LATOUR, MG; SHINODA, M; LAVONE, JM. Metabolic effects of physical training

in ovariectomized and hyperestrogenic rats. Am J Physiol, 90:235-241, 2001.

LEINWAND, L.A. Sex is a potent modifier of the cardiovascular system. The Journal

of Clinical Investigation, v. 112, n.3, p.302-307, 2003.

Page 98: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

77

LI, Z.; MAO, H.Z.; ABBOUD, F.M.; CHAPLEAU, M.W. Oxygen-derived free radicals

contribute to baroreceptor dysfunction in atherosclerotic rabbits. Circ. Res, n.79,

p.802–811, 1996.

LLESUY SF, MILEI J, MOLINA H, BOVERIS A, MILEI S. Comparison of lipid

peroxidation and myocardial damage induced by adriamycin and 4'-epiadriamycin in

mice. Tumori. 30;71(3):241-9, 1985.

MACDONALD J.R.; MACDOUGALL J.D.; HOGBEN C.D. The effects of the

exercise duration on post-exercise hypotension. Journal of HumanHypertension.

n.14, p.125-129, 2000.

MARGARITIS, I.; TESSIER, F.; RICHARD, M.J.; MARCONNET, P. No evidence of

oxidative stress after a triathlon race in highly trained competitors. International

Journal of Sports Medicine. v.18, n.3, p.186-190, 1997.

MARK, A.L. Sympathetic dysregulation in heart failure: mechanisms and therapy.

Clinical Cardiology,v.18p.I3-I8. 1995.

MASSAFRA, C.; GIOIA, D.; FELICE, C.D.; PICCIOLINI, E.; DE LEO, V.;

BONIFAZI, M.; BERRNABEI, A. Effects of estrogens and androgens on erythrocyte

antioxidant superoxide dismutase, catalase and glutathione peroxidase activities during

the menstrual cycle. Journal of Endocrinology, v.167, p.447-452, 2000.

MCDONALD, M.P.; SANFILIPPO, A.J.; SAVARD, G.K. Baroreflex function and

cardiac structure with moderate endurance training in normotensive men. Journal of

Apllied Physiology, v.74, n.5, p.2469-2477, 1993.

MELO, R.M.; MARINHO, E.; MICHELLINE, L.C. Exercise training normalizes

walltolumen ratio of the gracilis muscle arterioles and reduces pressure in

spontaneously hypertensive rats. J Hipertenses, v.18, p.1563-1572, 2000.

mestrual cycle on sympathetic activity, baroreflex sensivity, and vascular transdcuction

in young women. Circulation. v.101, p.862-868, 2000

MILLS, G.C.J. Glutathione peroxidase and erytrocyte enzyme which protects

hemoglobin from oxidative breakdoown. Biol. Chem., v.229, p.189-197, 1957.

Page 99: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

78

MILLS, G.C.J. Glutathione peroxidase and the destruction of hydrogen peroxide in

animal tissues. Arch. Biochem. Biophys, v.86, p.1-5, 1960.

MINSON, C.T., HALLIWILL, J.R., YOUNG, T.M. e JOYNER, M.J. Influence of the

MOIEN-AFSJHARI F, KENYON E, CHOY JC, BATTISTINI B, MCMANUS BM,

LAHER I. Long-term effects of ovariectomy and estrogen replacement treatment on

endothelial function in mature rats. Maturitas. 2003;45:213-223

MOSCA, L; BANKA, CL; BENJAMIN, EJ; BERRA, K; BUSHNELL, C; DOLOR, RJ;

GANIATS, TG; GOMES, AS; GORNIK HL; GRACIA C; GULATI M; HAAN CK;

JUDELSON DR; KEENAN N; KELEPOURIS E; MICHOS ED; NEWBY LK;

OPARIL S; OUYANG P; OZ MC; PETITTI D; PINN VW; REDBERG RF;SCOTT R;

SHERIF K; SMITH SC JR; SOPKO G; STEINHORN RH; STONE NJ; TAUBERT

KA; TODD BA; URBINA E; WENGER NK; Expert Panel/Writing Group; American

Heart Association; American Academy of Family Physicians; American College of

Obstetricians and Gynecologists; American College of Cardiology Foundation; Society

of Thoracic Surgeons; American Medical Women's Association; Centers for Disease

Control and Prevention; Office of Research on Women's Health; Association of Black

Cardiologists; American College of Physicians; World Heart Federation; National

Heart, Lung, and Blood Institute; American College of Nurse Practitioners. Evidence-

based guidelines for cardiovascular disease prevention in women: 2007 update.

Circulation, 20;115(11):1481-501, 2007.

MOSTARDA, C.; WICHI, R., SANCHES, I. C., RODRIGUES,B.; DE ANGELIS, K.;

IRIGOYEN, M. C. Hipertensão e modulação autonômica no idoso:papel do exercício

físico. Revista Brasileira de Hipertensão vol.16(1):55-60, 2009.

MYERS J, GULLESTAD L, VAGELOS R, DO D, BELLIN D, ROSS H, FOWLER

MB. Clinical hemodynamic and cardiopulmonary exercise test determinants of survival

in patients referred for evaluation of heart failure. Ann Intern Med 1998, 129:286-293.

NATIONAL CENTER FOR HEALTH STATISTICS. Statistical abstract of the United

States. 117th edition. US Bureau of the Census. Washington, DC, USA, 83p., 1997,

http://www.census.gov/prod/www/statistical-abstract-us.html..

Page 100: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

79

NCEP- Executive summary of the third report of the national cholesterol education

program expert panel on detection, evaluation and treatment of high blood cholesterol in

adults (adult treatment panel III) JAMA, v. 285, p.2486-2497, 2001.

NEGRÃO C.E., BARRETO A.C.P. Cardiologia do exercício – Do atleta ao

cardiopata. Editora Manole. (1): p.1-8, 2005.

NEGRÃO, C.E.; BARRETO, A.C.P. Efeito do treinamento físico na insuficiência

cardíaca: Implicações autonômicas, hemodinâmicas e metabólicas. Revista da

Sociedade de Cardiologia de São Paulo, v.8, n.2 Mar/Abril, 1998.

NEGRÃO, C.E.; MOREIRA, E.D.; BRUM, P.C.; DENADAI, M.L.D.R.; KRIEGER,

E.M. Vagal and simpathetic control of heart rate during exercise by sedentary and

exercise-trained rats. Brazilian Journal of Medical and Biological Research, v. 25,

p.1045-1052, 1992.

NETTO, F.L.M.Aspectos biológicos e fisiológicos do envelhecimento humano e suas

implicações na saúde do idoso.Pensar a Prática, v.7, p. 75-84, 2004

NIEMAN, D.C. Exercício e saúde. Manole: v.1, p. 85-103, 1999

NORDMANN, R. Alcohol and antioxidant systems. Alcohol, n.29, p.513-522, 1994.

ORIEN, N.; ZIDEK W.; TEPEL, M. Reactive oxygen species in essential hypertension

O'SULLIVAN, S.E.; BELL, C. The effects of exercise and training on human

cardiovascular reflex control. J Auton Nerv Syst, n.81, p.16–24, 2000.

PAIXÃO JR, C.M.; REICHENHEIM, M.E. Uma revisão sobre instrumentos de

avaliação do estado funcional do idoso, Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro,

v.21, n.1, p.7-19, 2005.

PANZA, J.A.; QUYYUMI, A.A.; BRUSH, J.R.; J.E.; EPSTEIN, E. Abnormal

endothelium-dependent vascular relaxation in patients with essential hypertension. N

England Journal of Medicine, v. 323, p.22-27, 1990.

PAPALÉO NETTO, M, Gerontologia. São Paulo, Ed Atheneu, 1996

Page 101: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

80

PEDERSEN, BK; SALTIN, B. Evidence for prescribing exercise as therapy in chronic

disease. ScandJournal of Medicine Science and Sports, 16 (Suppl. 1): 3–63, 2006.

PEIXOTO, R.T., PEIXOTO, E.C., SENA, M.A., TEDESCHI, A.L., BORGES, I.P. e

primary percutaneous coronary intervention and analysis of independent risk factors for

death or events. Arq Bras Cardiol; 86(3):211-8, 2006.

RABELO, E; DE ANGELIS, K; BOCK, P; FERNANDES, T; CERVO, F; BELLO-

KLEIN, A; CLAUSSEL, N; IRIGOYEN, MC. Baroreflex sensitivity and oxidative

stress in adriamycin-induced heart failure. Hypertension, EUA, v.38, n.2, p.576-580,

2001.

RACHID, M.B. Gender influence on the immediate and medium-term progression after

REGO, R. A.; BERARDO, F. A.; RODRIGUES, S. S.; OLIVEIRA, Z. M.;

VASCONCELLOS. C.; AVENTURATO, L. V et al. Fatores de risco para doenças

crônicas não transmissíveis: inquérito domiciliar no município de São Paulo (Brasil).

Metodologia e Resultados Preliminares. Revista de Saúde Pública, n. 24, p. 277-285.

1990.

RODRIGUES, B.; FIGUEROA, D.M.; MOSTARDA, C.T.; HEEREN, M.V.;

IRIGOYEN, M.C.; DE ANGELIS, K. Maximal exercise test is a useful method for

physical capacity and oxygen consumption determination in streptozotocin-diabetic rats.

Cardiovascular Diabetololgy.13;6:38, 2007

RODRIGUES, B.; IRIGOYEN, M.C.; DE ANGELIS, K.; Correlation between speed

and oxygen consumption (VO2) in rats submitted to maximum exercise test. FIEP

Bulletim, v. 76, p.231-233, 2006.

RONDOM, M.U.P.B.; BRUM, P.C. Exercício físico como tratamento não-

farmacológico da pressão arterial. Revista Brasileira de Hipertensão, Ribeirão Preto,

v.10, n.2, 2003.

ROSAMOND, W.; FLEGAL, K.; FURIE, K.; GO, A.; GREENLUND, K.; HAASE, N.

et al. Heart Disease and Stroke Statistics - 2008 Update: A report from the American

Heart Association statistics committee and stroke statistics subcommittee. Circulation,

v.107, p.25-146, 2008.

Page 102: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

81

RUBANYI, G.; VANHOUTE, M. The role of endothelium in cardiovascular

homeostasis and diseases. Journal of Cardiovascular Pharmacology, v. 22, n. 4,

p.S1-14, 1993

Sanches, IC; Brito, JO; Candido, G; Dias, DS; Jorge, L; Irigoyen, MC; De Angelis, K.

Cardiometabolic benefits of exercise training in an experimental model of metabolic

syndrome and menopause. Menopause. Vol. 19, No. 5, 2012.

SANCHES, I.C.; SARTORI, Jorge, L .M., Irigoyen, M.C.; De Angelis, K..Tonic and

reflex cardiovascular autonomic control in trained-female rats. Brazilian Journal of

Medical and Biological Research, v.42, p.942-948, 2009.

SCHULTZ, H.D & USTINOVA, E.E. Capsaicin receptors mediate free radical-induced

activation of cardiac afferent endings. Cardiovasc. Res., n.38, p.348–355, 1998.

SHANGOLD, M.M. Exercise in the menopausal woman. Obstet Gynecol, v.75, 4 Sup,

p.53S-58S; discussion 81S-83S, 1990.

SIES, H. Biochemistry of oxidative stress. Angewandte Chemie International Edition

English, v.25, p.1058-71, 1986.

SILVA, GJJ; BRUM, PC; NEGRÃO, CE; KRIEGER, EM. Acute and chronic effect of

exercise or baroreflexes in spontaneausly hypertensive rats. Hypertesion, v.30, p.714-

719, 1997.

SINAGRA, D; CONTI, M. Metabolic syndrome in menopause: physiopathological,

clinic and therapeutic aspects for cardiovascular prevention. Recenti progressi in

medicina,v.98, n.3, p.185-91, 2007.

SOARES PP, DA NÓBREGA AC, USHIZIMA MR, IRIGOYEN MC. Cholinergic

stimulation with pyridostigmine increases heart rate variability and baroreflex

sensitivity in rats. Autonomic Neuroscience. 2004

SONG, W, KWAK, H.B , KIM, J-H, LAWLER, J. M. Exercise Training Modulates

the Nitric Oxide Synthase Profile in Skeletal Muscle From Old Rats.The Journal

of.Gerontol A Biological Sciencesand Medicine Science, v.64A, n.. 5, p.540–549,

2009

Page 103: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

82

SOUZA, S.B.C.; FLUES, K.; PAULINI, J.; MOSTARDA, C.; RODRIGUES, B.;

SOUZA, L.E.; IRIGOYEN, M.C.; DE ANGELIS, K. Role of exercise training in

cardiovascular autonomic dysfunction and mortality in diabetic ovariectomized rats.

Hypertension, n.30, p.786-791, 2007.

SOWERS, M.R.; LA PIETRA, M. Menopause: its epidemiology and potencial

association with chronic diseases. Epidemiology Review, v. 17, p.287-302, 1995

STAESSEN, J.; BULPITT, C.J.; FAGARD, R.; LIJNEN, P.; AMERY, A. The

influence of menopause on blood pressure. J Hum Hypertens, v.3, p.427-433, 1989.

STAESSEN, J.A.; GINOCCHIO, G.; THIJS, L.; FAGARD, R. Conventional and

ambulatory blood pressure and menopause in a prospective population study. J Hum

Hypertens, v.11,n.8, p.507-514, 1997.

STEFANICK, M.L.; MACKEY, S.; SHEEHAN, M.; ELLSWORTH, N.; HASKELL,

W.L.; WOOD, P.D. Effects of diet and exercise in men and postmenopausal women

with low levels of HDL cholesterol and high levels of LDL cholesterol. N. Engl. J.

Med., v.339, p.12-20, 1998.

TANAKA, M., SATO, M., UMEHARA, S. e NISHIKAWA, T. Influence of menstrual

cycle on baroreflex control of heart rate: comparison with male volunteers.Am J

Physiol Regul Integr Comp Physiol; 285(5):R1091-7, 2003.

TASK FORCE of the European Society of Cardiology and the North American Society

of Pacing and Electrophysiology. Heart rate variability: standards of measurement,

physiological interpretation and clinical use. European Heart Journal, v.17, n.3,

p.354-381, 1996.

TEIXEIRA, P.J., GOING, S.B., HOUTKOOPER, L.B., METCALFE, L.L., BLEW,

R.M., FLINT-WAGNER, H.G., CUSSLER, E.C., SARDINHA, L.B. e LOHMAN, T.G.

Resistance training in postmenopausal women with and without hormone therapy. Med

Sci Sports Exerc; 35(4).p.555-562, 2003.

TIETZE,F. Enzymic method for quantitative determination of nanogram amounts of

total and oxidized glutathione: applications to mammalian blood and other tissues.

Analytical Biochemistry, v.27, n.3, p.502-522, 1969.

Page 104: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

83

TIMERMAN, A.; SANTOS, R.D.; SOUZA, M.F.M.; JUNIOR, C.V.S. Aspectos

epidemiológicos da doença cardiovascular em nosso meio:tendência da mortalidade por

doença isquêmica do coração no Brasil de 1979 a 1996. Revista da Sociedade de

Cardiologia do Estado de São Paulo. v.11, n.4, p.715-721, 2001

TIPTON, CM. Exercise training and hypertension, an update. Exercise and Sport

Science Review, v.4, p.447-505, 1991.

VENDITTI, P; DI MEO, S. Effect of training on antioxidant capacity, tissue damage,

and endurance of adult male rats. International Journal of Sport Nutrition and

Exercise, v.18, p.497-502, 1997.

VERAS, R. Em busca de uma assistência adequada à saúde do idoso: revisão da

literatura e aplicação de um instrumento de detecção precoce e de previsibilidade de

agravos. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.19, n.3, p.705-715, 2003.

VINIK, AI; MASER, RE; MITCHELL, BD; FREEMAN, R. Diabetic autonomic

neuropathy. Diabetes Care, v.26 n.5 p.1553-79, 2003.

WALLBERG HERIKSSON, H; RINCON, J; ZIERATH, JR. Exercise in the

management of non-insulin-dependent diabetes mellitus. Sports Medicine, v.25, n.1,

p.25-35, 1988

WATTANAPERMPOOL J. & REISER P.J. Differential effects of ovariectomy on

calcium activation of cardiac and soleus myofilaments. Am J Physiol. 277(46), p.H467-

H473, 1999.

WEGGE, JK; ROBERTS, CK; NGO, TH; BARNARD, RJ Effect os diet and exercise

intervention on inflammatory and adhesion molecules in postmenopausal women on

hormone replacement therapy and at risk for coronary artery disease. Metabolism, v.53,

n.3, p.377-81, 2004.

WEISS NS. Relationship of menopause to serum cholesterol and arterial pressure. The

United States Health Examination Survey of Adults. Am J Epidemiol. v. 96, p.237-

241, 1972.

Page 105: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

84

WERNER A, ROSA NR, OLIVEIRA AR, FERNANDES TG, BELLO AA,

IRIGOYEN MC. Changes in blood pressure control in aged rats. Brazilian Journal of

Medical and Biological Research,v.28, p.603-7, 1995

WICHI, R. B.;DE ANGELIS, K.,JONES, L.;IRIGOYEN, M. C.. A brief reviewof

chronic exerciseintervention to prevent autonomic nervous system changes during

theaging process. Clinics, v.64, n.3, p.253-8, 2009

WILLIAMS C.L., HAYMAN L.L., DANIELS S.R., ROBINSON T.N.,

STEINBERGER J., PARIDON S., BAZZARRE T. Cardiovascular health in childhood:

A statement for health professionals from the Committee on Atherosclerosis,

Hypertension, and Obesity in the Young (AHOY) of the Council on Cardiovascular

Disease in the Young, American Heart Association. Circulation, n.106, p.143-160,

2002.

WRITING GROUP FOR THE WOMEN`S HEALTH INITIATIVE

INVESTIGATORS. Risk and benefits of estrogen plus progestin in healthy

postmenopausal women. Principal results from the Women`s Healthy Initiative

randomized controlled trial. JAMA, v.347, p.714-718, 1996.

ZANCHETTI, A. & MANCIA, G. Cardiovascular reflexes and hypertension.

Hypertension, v.18, n.5, p.13-21, 1991.

Page 106: EFEITOS DO ENVELHECIMENTO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES E DE … · Agradeço primeiramente à Deus por ter me concedido trilhar o caminho percorrido até aqui. ... Maria Leide

85

8. ANEXOS

Anexo 1

Parecer Comitê de Ética em Pesquisa/USJT.

11.2 Artigo in press -Menopause

Anexo 2

Artigo in press – Menopause