efeitos biolÓgicos da radiaÇÃo ionizante
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EFEITOS BIOLÓGICOS DA
RADIAÇÃO IONIZANTE Prof. André L. C. Conceição
DAFIS
Curitiba, 08 de maio de 2015
• RADIOSSENSIBILIDADE
• Probabilidade de uma célula, tecido ou órgão de sofrer um efeito por unidade
de dose de radiação.
• A radiossensibilidade será maior se a célula:
• É altamente mitótica. Ex: células embrionárias.
• É indiferenciada. Ex: células da medula e células embrionárias.
• Radiossensibilidade em crianças maior que em adultos; maior no embrião
que no feto.
EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES
ALTA RADIOSSENSIBILIDADE RADIOSSENSIBILIDADE
MÉDIA
RADIOSSENSIBILIDADE
BAIXA
MEDULA ÓSSEA PELE MÚSCULO
BAÇO FÍGADO OSSOS
TIMO CORAÇÃO SISTEMA NERVOSO
LINFONODOS PULMÕES
GÔNADAS
CRISTALINO EFEITOS BIOLÓGICOS
• Fatores que afetam a
radiossensibilidade:
• Físicos
• LET: quanto maior,
Radiossensibilidade;
• Tempo de exposição à radiação:
quanto maior,
Radiossensibilidade.
• Biológicos
• Período do ciclo de divisão
celular:
• RS: G2, M
• RS: S
EFEITOS BIOLÓGICOS DAS
RADIAÇÕES IONIZANTES
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Fases da Mitose Celular
• OS ESTÁGIOS DA AÇÃO DAS RADIAÇÕES IONIZANTES
• A interação da radiação com a matéria segue uma sequência de eventos
que chamaremos de estágios.
• Esses estágios ocorrem em qualquer átomo ou molécula do corpo
atingido pela radiação, desde as moléculas, como as do DNA até
moléculas da água (que são as mais abundantes).
• Estágio Físico: ocorrem as ionizações e excitações dos átomos; as
excitações causam poucos efeitos, ao passo que as ionizações
causam desequilíbrio eletrostático nas moléculas.
• Estágio Físico-Químico: Após o estágio físico, ocorrem as quebras das
ligações químicas da molécula, em consequência da ionização de um
dos seus átomos.
• Antes, os átomos de uma molécula permaneciam unidos por forças
elétricas, mas esse equilíbrio pode ter sido rompido pela ionização de
um único átomo.
EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES
EFEITOS BIOLÓGICOS
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• Estágio Químico: dura poucos segundos;
quando os fragmentos da molécula se ligam a
outras moléculas, algumas importantes, como
as de proteína ou enzimas.
• Estágio Biológico: dura dias, semanas ou anos;
quando surgem os efeitos bioquímicos ou
fisiológicos que produzem alterações
morfológicas e/ou funcionais dos órgãos.
EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES
• MECANISMOS DE AÇÃO DAS RADIAÇÕES
• Mecanismo Direto: quando a radiação age diretamente
nas moléculas importantes, como as de DNA, principal
constituinte dos cromossomos do núcleo das células.
• Mecanismo Indireto: quando a radiação age na molécula
da água, quebrando-a – processo chamado de radiólise
– e produzindo componentes reativos, como os radicais
livres, que são moléculas ou átomos neutros com um
elétron desemparelhado na sua última camada
eletrônica.
EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES
• No mecanismo indireto de produção do dano biológico, a molécula de água
atingida pela radiação ionizante é que sofre a radiólise.
• Os estágios da ação na molécula da água são:
• Ionização da molécula de água:
H2O + radiação ionizante → H2O+ + e-
• O íon positivo dissocia-se imediatamente:
H2O+ → H+ + OH.
• O e- associa-se a uma molécula de água:
e- + H2O → H2O-
• O produto H2O- dissocia-se imediatamente:
H2O- → H. + OH-
• Os íons H+ e OH- não produzem nenhuma consequência, pois eles já existem
em grande quantidade nos fluidos do corpo.
• Entretanto, os radicais livres H. e OH. continuam como tais ou reagem com
outras moléculas em solução.
• O destino mais provável destes radicais livres é determinado pelo LET da
radiação.
• No caso de partículas de alto LET (alfa) os radicais OH são formados muito
próximos uns dos outros e, com isso, eles podem se recombinar para produzir
o peróxido de hidrogênio (água oxigenada).
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• O peróxido de hidrogênio é um poderoso agente
oxidante, que pode atacar moléculas importantes,
como as de DNA.
• Como o corpo humano é composto por mais de 70%
de água, a radiólise da água, mecanismo indireto da
radiação, é importante, sendo responsável por cerca
de 70% dos efeitos biológicos.
EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES
EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES
EFEITOS BIOLÓGICOS
DNA
• Ácido desoxidorribonucleico;
• Dupla hélice: duas fitas mantidas ligadas por pontes de hidrogênio;
• A estrutura de cada fita consiste de açúcar e grupos fosfato;
• Ligadas a esta fita têm-se 4 bases nitrogenadas:
• Timina + Adenina
• Guanina + Citosina
CROMOSSOMO • Os cromossomos consistem,
principalmente, de uma longa molécula de DNA e de proteínas associadas, chamadas de histonas.
• A estrutura globular formada pelas histonas e o DNA constitui o nucleossomo (unidade do cromossomo).
• Centrômero: região de constrição que divide o cromossomo em dois “braços”. Ele pode localizar-se em qualquer parte nos cromossomos.
• Telômero: estrutura existente na extremidade dos cromossomos.
Açúcar
Fosfato
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• EFEITO DA RADIAÇÃO NA MOLÉCULA DE DNA
• Há um forte consenso de que o alvo da radiação é o DNA, para
efeitos radiobiológicos, e que as diferenças na qualidade da
radiação influenciam a natureza dos danos.
• Entretanto, é importante lembrar que os organismos vivos
possuem mecanismos de reparo dos danos causados pela
radiação.
• Dentre os danos que ocorrem no DNA podemos citar: mudança
de uma base, perda de uma base, quebra das pontes de H,
quebra de uma fita, quebra de duas fitas, etc.
EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES
Enzima AP-endonuclease faz a
incisão de uma nova base
Enzima glicosilase reconhece a
base alterada e a retira
• Quebras Das Pontes De Hidrogênio:
• Há indicações de que a ruptura das pontes de H, que ligam as bases, é
reconstituída, em geral corretamente, em questão de dezenas de minutos,
pelas enzimas que as células produzem.
• Quebra Simples Da Mesma Molécula De DNA:
• Danos irreversíveis surgem se um número muito grande de danos
ocorrerem simultaneamente, ou ainda, se a quebra de uma das fitas (que
pode ser causada com uma radiação de 50 eV de energia) não for
reparada adequadamente e uma das pontas da fita ficar em estado reativo
(ocorre a peroxidação – o O2 liga-se a essa ponta e o reparo nunca
acontecerá).
EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES
EFEITOS BIOLÓGICOS
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• Quebra Dupla Da Mesma Molécula
De DNA:
• Se duas fitas forem quebradas
(podendo ocorrer com energias
maiores ou iguais a 200 eV), mas,
as quebras estão longe uma da
outra, o reparo acontece, e estas
quebras são reparadas
separadamente.
• Se as quebras nas duas fitas são
opostas ou separadas por poucas
bases, isto pode levar a uma quebra
dupla de cadeia, ou seja, o pedaço
de cromatina se divide em dois.
• Acredita-se que o erro no reparo,
principalmente, de quebra de duas
fitas da molécula de DNA, seja a
principal causa de morte celular e
indução de efeitos mutagênicos e
cancerígenos.
EFEITOS BIOLÓGICOS
• Quebra Simples De Duas Moléculas Próximas:
• Se uma das fitas de cada uma de duas moléculas de DNA
próximas se romper, pode ocorrer a formação de uma ligação
cruzada (o reparo não ocorre), devido à formação de locais
reativos.
EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES
• Se dois cromossomos estiverem próximos
entre si, e a radiação causar quebra de um
dos braços de cada um deles, a posterior
recombinação dos fragmentos pode formar
aberrações do tipo translocação.
• Algumas estão envolvidas em neoplasias,
uma vez que elas são mutações estáveis e,
portanto, transmissíveis na geração celular.
• Pode ocorrer, também, a deleção.
• Ambos são oncogênicos.
• 1 Quebra Em Cada Braço De 2 Cromossomos
Próximos:
EFEITO DA RADIAÇÃO NOS CROMOSSOMOS
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Quebra de 1 braço de cada
cromossomo antes da replicação
Nova replicação
Formação de cromossomo
acêntrico e um dicêntrico
• 1 Quebra Em Cada Braço De 2 Cromossomos Próximos:
EFEITOS BIOLÓGICOS
Esta aberração envolve uma troca entre
dois cromossomos separados. Se uma
quebra é produzida em cada
cromossomo no início da intérfase, e eles
estiverem próximos, eles podem se
reunir. Esta troca é replicada durante a
síntese de DNA, gerando um
cromossomo com 2 cetrômeros (letal) e
um acêntrico.
2 quebras no mesmo braço do cromossomo antes da
replicação
• 2 Quebras Em 1 Braço De Um Mesmo Cromossomo:
Deleção de um anel (oncogênico)
Quebra de 2 braços do mesmo cromossomo antes
da replicação
Nova replicação
Anel (letal) + acêntrico
• 2 Quebras Em 2 Braços De Um Mesmo Cromossomo:
EFEITOS BIOLÓGICOS
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• REAÇÕES TECIDUAIS
• Essas reações (segundo o ICRP, em 2007) ocorrem quando uma
alta dose de radiação causa a morte celular de um número muito
grande de células de um dado órgão ou tecido, a ponto de ele
perder sua função ou de seu funcionamento ficar prejudicado.
• Altas doses acontecem somente em acidentes ou em casos de
tecidos sadios serem irradiados em radioterapia, por serem
adjacentes a tecidos tumorais.
• ICRP-1977: efeitos não estocásticos
• ICRP-1991: efeitos determinísticos.
• NATUREZA DOS EFEITOS BIOLÓGICOS
• Quanto à natureza dos efeitos biológicos, há as reações teciduais
(efeitos determinísticos) e os efeitos estocásticos.
• Neste tipo de efeito:
• A gravidade do efeito é função da exposição, ou seja, quanto maior
a exposição à radiação ionizante, mais grave, forte ou severo é o
efeito; no caso de queimadura, passa de queimadura leve para
queimadura com bolhas.
• Há um limiar de dose (relacionada à exposição) para o surgimento
de uma reação tecidual, isto é, abaixo de uma determinada
exposição à radiação, o número de células danificadas é pequeno,
de modo que o organismo não se ressente e é difícil até mesmo de
saber se foi exposto à radiação ionizante.
• Assim, essas reações ocorrem quando as exposições à radiação
ionizante são muito mais altas que os limites recomendados pelo
sistema de radioproteção.
EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES
• O principal efeito das reações teciduais é a morte celular.
• A morte celular pode ser causada por: (1) falência reprodutiva,
(2) necrose e (3) apoptose.
• A falência reprodutiva é a incapacidade das células se
reproduzirem, em razão dos danos irreparáveis produzidos
pelas radiações ionizantes.
• De início, ela se manifesta em células que se dividem
rapidamente, como as da medula óssea e da mucosa do trato
gastrointestinal (maior radiossensibilidade).
• Nas células que se dividem lentamente (fígado), a morte pode
ocorrer meses ou anos após a irradiação.
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• A necrose ocorre quando a célula sofre danos graves, em razão de agentes
externos:
• Na necrose, o núcleo das células permanece sem alterações significativas.
• A célula incha e acaba por romper a membrana celular, pois a lesão não
permite que a célula controle seu fluido e mantenha o balanço dos íons.
• Esse rompimento causa uma inflamação.
• A apoptose (também chamada de morte celular programada) é um
mecanismo completamente diferente da necrose.
• Ela ocorre espontaneamente; seu termo, em grego, significa “ato de cair”,
como as folhas das árvores que caem no outono para preservar a energia
para novas folhas renascerem na primavera.
• Assim, tem-se um significado de que a morte é benéfica e programada,
porque é importante para o organismo sobreviver e continuar funcionando
bem.
• Na apoptose, a célula encolhe, o núcleo é danificado e, geralmente, não
ocorre inflamação.
• Alguns cientistas afirmam que a necrose ocorre, com maior frequência, com
altas doses de radiação, e a apoptose com baixas doses.
EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES
EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES
• Podemos, ainda, classificar as reações teciduais como imediatas
ou tardias.
• Reações Teciduais Imediatas
• Elas surgem pouco tempo depois da exposição do indivíduo à
radiação ionizante (algumas horas ou semanas), se o limite de
exposição à RI, permitido, for ultrapassado.
• Podemos citar:
• eritemas da pele (queimaduras),
• mucosites (inflamação da mucosa de revestimento do trato
gastrointestinal – principalmente a boca),
• escamações da epiderme.
EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES
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EFEITOS BIOLÓGICOS
• Reações Teciduais Tardias
• Surgem vários meses ou anos (até
10 anos) após a exposição à
radiação ionizante, que ocorrem
devido à lenta taxa de reposição
de células.
• Em alguns tecidos, diferentes tipos
de danos surgem com diferentes
tempos de latência.
• Ex.: Danos na medula espinhal:
• Danificação da mielina (camada
externa) após alguns meses;
• Necrose da matéria branca,
entre 6 e 18 meses;
• Vasculopatia (danos nos vasos),
de 1 a 4 anos.
EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES
EFEITOS BIOLÓGICOS
Opacidade no cristalino radioinduzida em um especialista
em Radiologia Intervencionista submetido a altos níveis de
radiação espalhada. O número 1 indica opacidade
subcapsular posterior; o número 2, opacidades
puntiformes perinucleares
Lesão na pele em homem de 40 anos
submetido a múltiplas coronariografias.
Aproximadamente 18 a 21 meses
depois do procedimento, evidencia-se
necrose dos tecidos.
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• Uma pessoa, ao receber uma dose
alta e aguda no corpo todo, isto é, em
uma única exposição, acaba
apresentando a síndrome aguda da
radiação (SAR).
• Fases da SAR:
• Doses entre 1 – 10 Gy:
• Morte por dano à medula óssea;
• Aumento da incidência de mortes e
a diminuição do tempo de sobrevida
com o aumento da dose;
• Doses de 10-100 Gy:
• Morte por dano no sistema
gastrointestinal;
• Doses > 100 Gy:
• Morte por falência múltipla dos
órgãos (incluindo o sistema nervoso
central);
• O tempo de sobrevivência diminui
com o aumento da dose.
• Efeito da Radiação em Embriões (Reações Teciduais Tardias)
• Não é fácil estabelecer uma relação causa-efeito (de morte
embrionária ou de efeitos no embrião devido à radiação ionizante),
pois há outros agentes que podem provocar efeitos no embrião, sem
estarem relacionados com a radiação.
• Há 2 principais efeitos: letalidade e anomalias congênitas.
EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES
EFEITOS BIOLÓGICOS
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• EFEITOS ESTOCÁSTICOS
• Os efeitos estocásticos são alterações que surgem nas células normais,
sendo os principais o efeito cancerígeno e o hereditário.
• O cancerígeno ocorre nas células somáticas, ou seja, o câncer incide
nas células da pessoa que recebeu a radiação.
• O hereditário ocorre nas células germinativas e pode ser repassado
aos descendentes da pessoa irradiada.
• Características deste efeito:
• Não há limiar de dose de radiação para a indução de dano no DNA que
resulte em câncer; ou seja, até mesmo a radiação ambiental pode
induzir a um câncer;
• Não há relação de gravidade entre dose e câncer, diferentemente das
reações teciduais;
• Quanto maior a dose, maior a probabilidade de ocorrência de efeitos
estocásticos.
EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES
• Diferente das reações teciduais, detectadas com doses altas e acima de
um limiar, os efeitos estocásticos podem ser causados por quaisquer
doses: base do modelo linear sem limiar, que relaciona a incidência de
efeitos estocásticos com a dose.
• Modelo Linear sem Limiar
• Esse modelo foi proposto pela UNSCEAR em 1958 e, segundo ele, os
efeitos de baixas doses de radiação podem ser extrapolados com base no
conhecimento dos efeitos de doses altas, usando-se a seguinte relação
entre efeito (E) e dose (D): E = a D, onde “a” é um parâmetro do termo
linear.
• Ou seja, nesse modelo está implícito que, qualquer exposição, por
menor que seja, incluindo doses devido à radiação natural, pode
causar efeitos estocásticos.
• A argumentação para o uso desse modelo é que o câncer é monoclonal
(origina-se a partir de uma célula), e que a baixa dose de radiação é uma
pequena perturbação sobre outros agentes cancerígenos.
• Ou seja, é a gota d´água em um copo já cheio.
EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES
• Efeitos Estocásticos Cancerígenos
• Os efeitos estocásticos cancerígenos são sempre tardios.
• O período entre a exposição à radiação e a detecção do câncer, chamado
de tempo de latência, pode ser de vários anos.
• Ex.: o tempo de latência médio para leucemia é de 8 anos.
• As principais fontes de informação vêm de estudos epidemiológicos dos
sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki, pacientes submetidos à
radioterapia, trabalhadores ocupacionalmente expostos e população que
morava ao redor de Chernobyl.
• Além disso, no caso de pessoas expostas às bombas atômicas, o
aumento da incidência de câncer está relacionado não só com a dose,
mas com a idade na época >> Risco maior quanto menor a idade.
• Efeitos Estocásticos Hereditários
• O efeito hereditário resulta em mutação nas células germinativas que,
quando usadas na concepção, carregam os danos hereditariamente.
• Entretanto, segundo estudos com pessoas expostas às bombas
atômicas, não há evidências que mostram que a exposição dos pais à
radiação causa um aumento de doenças hereditárias nos filhos.