efeito do método pilates no ganho de marcha em pacientes … · 2018-04-24 · efeito do método...
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Efeito do método Pilates no ganho de marcha em pacientes
hemiparéticos
Lady Laura Nascimento Passos1
Dayana Mejia2
Pós-graduação em Fisioterapia Neurofuncional – Faculdade FASERRA
Resumo Este trabalho de conclusão de curso trata-se de uma revisão bibliográfica, que aborda os
efeitos do método Pilates como opção na reabilitação da marcha em pacientes hemiparéticos.
A hemiparesia é uma das sequelas comum após acidente vascular encefálico (AVE) é uma
doença neurovascular que traz consequências cognitivas, motoras, com diminuição dos
movimentos no lado afetado e pode ocorrer atraso na deambulação com marcha ceifante.
Teve como objetivos específicos: Conhecer os benefícios do método Pilates; analisar a
marcha do paciente hemiparetico e investigar os princípios básicos do Pilates que
potencializam o ganho de marcha. Este trabalho de revisão utilizou as bases de dados
eletrônicas e livros científicos que continham pesquisas exploratórias, relatos de caso,
monografias e revisões literárias, sobre o assunto abordado. Observa-se que o método
Pilates é necessário para o paciente com hemiparesia, graças à capacidade enorme do
cérebro em aprender, ou seja, com o método percebe-se aprendizado motor, consciência e
esquema corporal e melhora das capacidades funcionais, através dos princípios básicos do
Pilates. Mediante isso, o método tem como efeito para ganho de marcha: melhorar o
condicionamento físico, a flexibilidade, o alinhamento postural e o fortalecimento muscular,
diminuindo assim os desequilíbrios musculares que ocorrem entre agonistas e antagonistas.
Palavras-chave: Método Pilates; Marcha ceifante; Hemiparesia.
1. Introdução
A hemiparesia é uma das sequelas muito comum após acidente vascular encefálico (AVE) é
uma doença neurovascular que traz conseqüências cognitivas e motoras para os indivíduos
portadores. Essa doença pode manifestar-se de forma diferente de pessoa para pessoa e
ocorrem fases e tipos específicos.
O acidente vascular encefálico (AVE) é a doença que mais acomete o sistema nervoso central,
com importante impacto na saúde pública, apresentando-se como a segunda principal causa de
morte, e a principal causa de incapacidades físicas e cognitivas em países desenvolvidos e em
desenvolvimento.1
Segundo Nelson et al.2 na hemiparesia ocorre uma diminuição dos movimentos no lado
afetado, o membro superior é mais envolvido com dificuldade do uso da mão e pode ocorrer
atraso na deambulação com marcha ceifante.
De acordo com Cabral3, afirma que “os acidentes cerebrovasculares (AVC), agrupados dentro
das causas circulatórias, são, em todo o mundo, a segunda maior causa de óbitos (5,7 milhões
por ano), e em 2005, foram responsáveis por aproximadamente 10% de todos os óbitos
mundiais. ” E continua alertando que “se não houver nenhuma intervenção, o número de
1 Pós Graduando em Fisioterapia Neurofuncional. 2 Orientadora: Fisioterapeuta; Especialista em Metodologia do Ensino Superior; Mestre em Aspectos Bioéticos e Jurídicos da Saúde; Doutorado em Saúde Pública.
2
óbitos por AVC projetado para o mundo aumentará para 6,5 milhões em 2015 e para 7,8
milhões em 2030.
Apesar do declínio nas taxas de mortalidade no Brasil, AVE ainda é a principal causa de
morte. Sua incidência dobra a cada década após os 55 anos, ocupando posição de destaque
entre a população idosa. Além de elevada mortalidade, a maioria dos sobreviventes apresenta
sequelas, com limitação da atividade física e intelectual e elevado custo social. Esses dados
nos remetem a uma reflexão a respeito do grande impacto que esta enfermidade representa
sobre a população.4
Atualmente a alta incidência de doenças cerebrovasculares devido ás alterações demográficas,
como envelhecimento populacional e aumento da expectativa de vida, previstas para as
últimas décadas por estar associada ao controle inadequado dos fatores de risco, traz uma
preocupação significativa para as políticas públicas brasileiras.4
As doenças crônico-degenerativas prevalecem na população idosa, porém acomete também
adultos jovens em idade produtiva.5
O grande aumento da população idosa nos países em desenvolvimento, como o Brasil faz
aumentar a preocupação com os fatores secundários que limitam o desempenho funcional do
idoso, sendo as alterações neurológicas ocorridas após o AVE os primeiros fatores para essa
limitação.4
Todos os danos residuais motores, sensitivos e cognitivos da sequela de AVE contribuem para
o déficit na capacidade funcional, na independência e na qualidade de vida (QV) devido
comorbidades metabólicas e cardiovasculares, sendo que os principais problemas relatados
são o confinamento, imobilidade, perda de habilidades funcionais, o que leva á baixa
autoestima, depressão, isolamento social, diminuição da aptidão física, diminuição da
habilidade de deambulação.1
O desempenho e as dificuldades no controle motor da marcha em indivíduos com lesão neural
podem ser esclarecidos através de dados biomecânicos relacionados à cinemática. Porém há
poucas investigações do desempenho da marcha em indivíduos com hemiparesia, quando
comparado a grande quantidade de estudos da marcha de indivíduos saudáveis. A maior parte
desses estudos focaliza as variáveis temporais, sendo que os estudos relacionados às variáveis
angulares são ainda mais reduzidos.6
Considerando análises realizadas em estudos anteriores, o acidente vascular encefálico (AVE)
é uma das principais causas de morte, é um problema de saúde pública e pode levar a
distúrbios neurológicos incapacitantes, resultando em prejuízos das funções sensitivas,
motoras, além do déficit cognitivo e de linguagem.
Faz-se necessário estudos sobre o tema para investigar as alterações da marcha hemiparética e
listar as condutas fisioterapeutas que promovem uma melhora sobre o recrutamento de
unidades motoras, melhorando a velocidade, destreza, coordenação dos movimentos,
amplitude articular e regulação de tônus muscular. Dessa forma a utilização de uma ampla
quantidade de condutas terapêuticas que resultem melhora na capacidade funcional, nas
atividades de vida diária e participação social, são importantes, objetivando uma melhor
qualidade de vida para esses pacientes.
E já que nos últimos anos, houve um número crescente de relatos sobre os benefícios do
Pilates. Foi realizado esta revisão bibliográfica para que haja uma maior informação dessa
técnica. E com isso fazer com que o método Pilates seja utilizado como mais uma alternativa
de tratamento fisioterapêutico nessas disfunções.
Este método tem como objetivo alcançar o equilíbrio muscular, reforçando os músculos fracos
e alongar os músculos encurtados. Com isso aumentar a força e a flexibilidade do corpo
respeitando as articulações. O método Pilates pode ser encontrado como solo, bola (usando a
bola terapêutica) e aparelhos chamamos de estúdios de Pilates.7
3
Nesse sentido, este estudo tem como objetivo geral identificar os efeitos do método Pilates
para ganho de marcha em pacientes hemipareticos, sendo que o mesmo é utilizado como
forma de reabilitação locomotora. Isto faz com que o paciente utilize o máximo de suas
atividades motoras e desempenhe as tarefas cotidianas de modo mais funcional e
independente, prevenindo anormalidades posturais e alterações musculares decorrentes do
déficit motor.
O estudo torna-se relevante para posterior discussão da sua aplicação na reabilitação de
indivíduos com hemiparesia e consequentemente sua contribuição para uma possível melhora
na capacidade funcional dos mesmos.
2. Fundamentação teórica
2.1 Acidente Vascular encefálico
De acordo com Medeiros8, o Acidente Vascular Cerebral (AVC), ou Acidente Vascular
Encefálico (AVE), também conhecido como derrame cerebral, é caracterizado pela perda
rápida da função neurológica, decorrente do entupimento (isquemia) ou rompimento
(hemorragia) de vasos sanguíneos cerebrais.
Para Araújo e Giacon9, o AVE é relatado como um déficit neurológico causado por uma
alteração na circulação sanguínea. Dependendo da área afetada e sua extensão pode ocorrer
problemas cognitivos e sensoriomotor. O AVE decorre de uma restrição sanguínea ou ruptura
de algum vaso sanguíneo levando a uma isquemia ou a um extravasamento de sangue na área
cerebral.
Segundo O`Sullivan10, o acidente vascular encefálico (AVE) é o surgimento agudo de uma
disfunção neurológica devido a uma anormalidade na circulação cerebral, tendo como
resultados sinais e sintomas que correspondem ao comprometimento de áreas focais do
cérebro, ou seja, dependem da área afetada do cérebro. Para serem classificados como
acidente vascular, os déficits neurológicos devem persistir por pelo menos 24 horas. Tais
déficits podem surgir de diversas formas como disfunções dos sentidos, da motricidade,
cognição entre outras.
O hemicorpo afetado cursa na sua fase aguda com fraqueza muscular, flacidez muscular,
evoluindo normalmente para uma espasticidade, levando ao padrão postural
hemiparético/hemiplégico crônico.11
Os déficits motores caracterizam-se por paralisia (hemiplegia) ou fraqueza (hemiparesia),
tipicamente no lado do corpo oposto ao local da lesão. Em até três semanas os déficits podem
ser reversíveis, com recuperação espontânea neurológica, se persistirem, tornando-se residuais
podem levar à dependência e deficiência permanentes.10
2.2 Anatomia do Sistema Nervoso
O sistema nervoso central está completamente envolvido por estruturas ósseas e é formado
pelo encéfalo e pela medula espinhal. O encéfalo apresenta algumas subdivisões, são elas: o
telencéfalo; o diencéfalo; o mesencéfalo; metencéfalo; mielencéfalo; os ventrículos
encefálicos; as meninges e o liquido cerebrosquial. O primeiro alojado na cavidade craniana e
o segundo no canal da coluna vertebral. Este sistema representa o centro integrador e
controlador de todo sistema nervoso. Ele recebe impulsos sensitivos do sistema nervoso
periférico e formula respostas para tais impulsos.12
4
O cérebro recebe suprimento sanguíneo através de quatro artérias principais, duas artérias
vertebrais e duas artérias carótidas internas, as quais se anastomosam na base do cérebro para
formar o polígono de Willis.6
Entende Spence12, que o sistema nervoso periférico é formado pelas estruturas que se
localizam fora do sistema nervoso central. Conhecidas como nervos e gânglios. O primeiro se
conecta às partes do corpo e seus receptores com o sistema nervoso central. O segundo
consiste em um grupo de células nervosas que se associam aos nervos. Este sistema é formado
por 12 pares de nervos cranianos e 31 pares de nervos espinhais.
Cohen13, diz que o estudo realizado por Penfield em 1930 foi capaz de produzir uma
representação completa do Cortez motor, esse mapeamento recebeu o nome de Homúnculo.
Traz um estudo que comprova que as áreas de coordenação motora fina são representadas em
grandes áreas do córtex motor.
2.3 Classificação do Acidente Vascular Encefálico
O termo AVC é usado para designar o déficit neurológico, podendo ser transitório ou
definitivo, em uma área cerebral secundária a lesão vascular. Está relacionado com a
interrupção do fluxo sanguíneo para o encéfalo, originado tanto por obstrução de uma artéria
que o supre, caracterizando AVC isquêmico, quanto por ruptura de um vaso caracterizando o
AVC hemorrágico.14
Os AVEs podem ser classificados por categorias etiológicas: trombose, êmbolo ou
hemorrágico; categoria de tratamento: ataque isquêmico transitório, AVE menor, AVE maior,
AVE em evolução, AVE jovem e categoria anatômicas: território vascular específico.10
2.4 Marcha Humana
Um dos principais propósitos do processo de reabilitação é ajudar os pacientes a atingir o
nível mais alto possível de independência funcional, dentro dos limites de seus
comprometimentos. A deambulação humana, ou marcha, é um dos componentes básicos do
funcionamento independente que costuma ser afetado por processo de doença ou lesão.10
Para Carr & Shephend6, a marcha é tão essencial para a independência como ficar em pé. A
habilidade para caminhar de forma independente, além de ser a maneira mais eficaz de dirigir-
se de um lugar a outro durante o dia-a-dia é uma atividade de vida enriquecedora.
Na marcha normal, um ciclo começa quando o calcanhar do membro de referência faz contato
com a superfície do solo. O ciclo da marcha termina quando o calcanhar do mesmo membro
faz contato com o solo novamente.10
Segundo Dias, Monteiro e Monteiro15, a execução da marcha necessita da integração
adequada de fatores neurológicos e sensório-motora, mesmo que corriqueiramente, ela
tratasse de um evento complexo quando realizado por um indivíduo normal.
A marcha utiliza uma sequência de repetições de movimento do membro para mover o corpo
à frente enquanto, simultaneamente, mantém a postura estável. Decorrente das sequências
envolverem uma série de interações entre os dois membros inferiores e a massa total do
corpo, a identificação dos numerosos eventos que ocorrem necessita de uma visão da marcha
a partir de vários aspectos diferentes.16
Qualquer evento poderia ser selecionado como o início do ciclo da marcha, como o evento
mais facilmente definido é o momento do contato com a superfície, essa ação geralmente tem
sido selecionada como o início do ciclo.16
Cada ciclo da marcha é dividido em dois períodos, apoio e balanço, sendo apoio o termo
utilizado para designar todo o período durante o qual o pé está em contato com a superfície,
5
começando com o contato inicial. O balanço refere-se ao tempo que o pé está no ar para o
avanço do membro, inicia-se no momento em que o pé é elevado da superfície.6
No ciclo normal, da marcha observa-se que cerca de 60% de sua duração ocorre na fase de
apoio, enquanto 40% ocorre na fase de balanço.10
Segundo Perry16, o apoio simples de um membro equivale ao balanço do outro, pois ocorrem
simultaneamente.
As principais funções dos membros inferiores na fase de apoio da marcha podem ser descritas
como: a) Apoio: a parte superior do corpo é sustentada pela prevenção do colapso dos
membros inferiores; b) Equilíbrio: manutenção da postura ereta sobre a base de apoio; c)
Propulsão (aceleração do corpo no espaço): geração de energia mecânica permitindo o
adequado movimento de propulsão do corpo; d) Absorção: de energia mecânica, tanto para
absorção do impacto como para diminuição da velocidade do corpo à frente. E na fase de
balanço da marcha, a função principal dos membros inferiores é retirar o pé do chão e
prepará-lo para o seu pouso sobre a superfície de apoio.6
Segundo Perry16, as fases da marcha designam os padrões de movimento realizados pelo
quadril, joelho e tornozelo, relacionados às diferentes exigências funcionais. A passada
apresenta oito padrões funcionais, conhecidos como fases, a combinação sequencial das fases
também possibilita ao membro realizar as três tarefas básicas: aceitação de peso, apoio
simples e avanço do membro.
Algumas das vantagens da análise biomecânica da marcha, face à simples observação visual
clínica da marcha, são a capacidade de quantificar e caracterizar o movimento dos segmentos
corporais segundo vários eixos anatômicos, o que muitas vezes não é facilmente detectável ou
mesmo visível na observação visual da marcha.17
Segundo O`Sullivan10, os tipos de análise da marcha em uso atualmente podem ser
classificado em duas categorias amplas, cinemática e cinética.
O tipo de análise de marcha que o profissional escolhe depende do propósito da análise, do
tipo de equipamento disponível, e da experiência, conhecimento e habilidade do
profissional.10
De acordo com O Sullivan10, a eletromiografia fornece um instrumento útil para documentar o
papel do músculo na atividade física e para avaliar a integridade do sistema neuromuscular.
Apesar de seu uso comum na pesquisa do movimento, os terapeutas devem usar a EMG com
discernimento, identificando suas limitações como um instrumento de medição.
2.5 Marcha hemiparética
Dar-se o nome da marcha do hemiparético sequelado de AVE de marcha ceifante
caracterizada pela diminuição da flexão e extensão dos membros inferiores, que diminui a sua
oscilação para frente e para trás, resultando em uma abdução exagerada do membro parético
durante a fase de balanço. A espasticidade nos flexores plantares pode ocasionar pé equino
varo, e consequentemente dificuldade para dorsiflexão plantar do tornozelo, comprometendo
a absorção do impacto no contato inicial e hiperextensão do joelho durante toda fase de apoio.
Subseqüentemente, as fases de apoio médio, apoio final e resposta à carga estarão
comprometidas, diminuindo o comprimento do passo e promovendo mais gasto de energia.18
Segundo Perry16, existe vários padrões característicos de disfunção em indivíduos com
hemiparesia, estes incluem queda do pé (flexão plantar excessiva), eqüinovaro (flexão plantar
excessiva e inversão), genu recuvatum (extensão excessiva do joelho) e marcha com joelho
rígido (flexão inadequada). Eles apresentam alguma capacidade para compensar através da
boa função do membro não afetado.
Os pacientes hemiparéticos pós-AVE, não apresentaram disponibilidade total para realizar
uma segunda tarefa concomitante à marcha, já que a tarefa central, no caso a marcha, mesmo
sendo uma habilidade extremamente praticada antes do evento vascular e inerente ao ser
6
humano, ainda demanda muita atenção de tais pacientes, não favorecendo a disponibilidade
de atenção necessária para a combinação de uma segunda tarefa.19
Segundo Carr e Shepherd6, os indivíduos com hemiparesia apresentam dificuldades na fase de
apoio para suportar a massa corporal sobre a perna afetada e para se equilibrar, por causa da
redução da força muscular, especificamente dos glúteos, isquiotibiais, quadríceps e flexores
plantares.
Com relação às alterações, após uma lesão. O’sullivan10, diz que os padrões de marcha de
indivíduos com déficits neuromusculares são influenciados principalmente por anormalidades
nos tônus musculares e na organização sinergista, influências de reflexos primitivos não
integrados, influência diminuída das reações de endireitamento e equilíbrio, dissociação
diminuída entre as partes do corpo e diminuição da coordenação.
No estágio inicial do AVE é comum o quadro de flacidez sem movimentos voluntários.
Progressivamente esse quadro é substituído pelo desenvolvimento de padrões motores
anormais decorrentes da alteração de tonos muscular, perda de força muscular, reflexos
posturais alterados com surgimento de deformidades articulares. Estas alterações músculo-
esqueléticas frequentemente interferem nas habilidades motoras, essenciais para o
desempenho de atividades e tarefas da rotina diária, como a marcha.18
Carr e Shepherd6, afirmam que em virtude de a fase de apoio marcar as condições ideais para
o balanço, muitos dos problemas da perna que oscila podem ser relacionados a problemas
observados na fase de apoio.
Os problemas na fase de balanço podem estar associados a diminuição da flexão no quadril,
diminuição da flexão de joelho, redução da amplitude de extensão do quadril na fase de apoio
e ausência de impulsão no tornozelo na retirada dos dedos.6
Para Perry16, a deficiência para fletir o joelho adequadamente no pré- balanço faz com que o
desprendimento dos dedos se torne mais difícil. Um maior esforço flexor do quadril ou
específico de flexão do joelho será necessário para elevar o pé no início do balanço inicial.
Conforme Perry16, a perda de flexão adequada do joelho no balanço inicial causa o arrastar
dos dedos com uma consequente incapacidade para avançar o membro. Sem flexão do joelho,
o comprimento funcional do membro entre o quadril e os dedos é maior do que o
comprimento do membro de apoio. Uma forma mais sutil de flexão inadequada seria o atraso
do pico de flexão do joelho até o balanço médio.
2.6 Método de Pilates
O método Pilates consiste em um sistema moderno para manutenção corporal, este método foi
criado por alemão Joseph Pilates, onde através dessa técnica foram desenvolvidos exercícios
que procurassem ter a coordenação completa do corpo da mente e espirito, respeitando
sempre os seis princípios básicos do método que são: centralização, concentração, controle,
precisão, respiração e fluidez do movimento. Esse método “se baseia em exercícios de força,
flexibilidade e mobilidade utilizando para tal, técnicas equipamentos e exercícios
específicos”.20-21
O alemão Joseph Hubertus Pilates o criou com base em uma série de técnicas ocidentais e
orientais, inspirando-se inclusive na Grécia antiga, na ioga e nas artes marciais. O método foi
considerado revolucionário, principalmente por fazer uma abordagem holística do corpo
humano – uma novidade para a época. Logo conquistou o mundo, e hoje é praticado por todo
o tipo de pessoas interessadas em melhorar o físico e o mental, pois o Pilates faz a integração
entre corpo e mente.22
Segundo Lemos, Lima e Andrade23, o método Pilates é muito bem recebido pelos
profissionais da área da saúde como coadjuvante na reabilitação neurológica. Os materiais
usados na aplicação do Pilates são o colchonete, bola terapêutica, faixa elástica, halteres e os
aparelhos específicos do método. O método Pilates pode ser realizado no solo (Mat Pilates),
7
na bola (Pilates com bola) e com aparelhos (Chair, Reformer, Wall, Trapézio, Barrel), hoje
existem mais recursos para se elaborar uma aula mais especifica a um público determinado,
como diversos tamanho de bolas, meia lua, trera-band, magic circle, entre outros. O
importante destes materiais é que eles são utilizados para adaptação do alinhamento,
respeitando e ajudando na limitação do paciente.
Os exercícios de Pilates realizados no solo ou bola causam resultados significativos no ganho
de força muscular. A bola suíça é uma ferramenta benéfica no tratamento da hemiplegia e
hemiparesia no emprego do controle postural e força, melhorando o equilíbrio estático e
dinâmico, a flexibilidade, a coordenação, a postura, a resistência e a força muscular, uma
musculatura fortalecida impedi movimentos instáveis que diminuem a eficiência do exercício
e elevam o risco de lesão.24
O método Pilates promove uma significante melhora na qualidade do movimento, respiração,
concentração, flexibilidade de força muscular trazendo ainda benefícios no realinhamento
postural.22
Segundo Lemos, Lima e Andrade23, Pilates, afirmou que “antes de qualquer benefício
proveniente do método, a pessoa precisa aprender a respirar corretamente”, ou seja, realizar a
completa inalação e exalação do ar. Ele acreditou ser possível estimular todos os músculos a
uma maior atividade, ao mesmo tempo em que o corpo poderia tornar-se, abundantemente,
carregado de oxigênio puro e fresco, provendo melhor estado de saúde. Assim, a ênfase na
respiração como princípio do método objetiva utilizá-la, nutrindo o corpo e eliminando
toxinas, favorecendo a organização do tronco pelo recrutamento dos músculos estabilizadores
profundos da coluna na sustentação pélvica, bem como o relaxamento dos músculos
inspiratórios e cervicais. Mantendo sempre a concentração durante toda a atividade, para
realizar os exercícios e movimentos corretos, que devem ser feitos com poucas repetições,
para que não se percam seus benefícios e haja o aprendizado motor.
Lemos, Lima e Andrade23, dizem que Pilates programava os exercícios com cinco a dez
repetições. Ele costumava dizer que um número maior que dez repetições faz o aluno perder a
concentração no movimento. Atualmente o método consiste em mais de 500 exercícios entre
os trabalhos de solo e de aparelhos criados por Joseph Pilates. Existem duas vertentes atualmente do método Pilates: o tradicional e o modificado ou moderno.
Os exercícios no método tradicional são mais vigorosos, realizados com ritmo rápido e dinâmico,
enfatizando a retificação da coluna. Apresentam alta dificuldade de execução e são indicados para
pessoas sem nenhuma lesão. Os exercícios do método modificado ou moderno são adaptados as
condições físicas dos indivíduos, há um aumento gradual da dificuldade e complexidade do
exercício, respeitando as habilidades e características individuais, podendo ser prescritos para a
população em geral, incluindo pessoas em reabilitação. Além disso, o método modificado ou
moderno enfatiza o alinhamento e a postura neutra da coluna.25
Como qualquer exercício físico ou cinesioterapêutico não existem contra-indicações total, mas
sim precauções principalmente com as populações especiais como cardiopatas, gestantes,
disfunções neurológicas/ cognitivas, metabólicas e musculoesqueléticas. Torna-se essencial em
algumas situações citadas acima de uma autorização médica e de uma avaliação fisioterapêutica
muito bem realizada.23
2.7 Princípios básicos
De acordo com Lemos, Lima e Andrade23, o Pilates baseando-se em cultura oriental, estar
sobretudo relacionado às noções de concentração, equilíbrio, percepção, controle corporal e
flexibilidade, e da cultura ocidental, destacando a ênfase relativa a força e ao tônus muscular,
o Pilates configura-se pela tentativa do controle o mais consciente possível dos músculos
envolvidos nos movimentos. A isto se convencionou chamar de ``contrologia``.
8
Cada exercício do método Pilates foi elaborado para incluir esses princípios, que devem ser
incorporados, aos poucos, como consequência de um processo, respeitando-se sempre nas
aulas a individualidade de cada aluno, suas necessidades, habilidades e limitações.
Os autores, MUSSOLINO e CIPRIANI26, relatam que a fundamentação biomecânica sobre o
princípio ``centro de força``, que é o centro ou o ponto de onde todo o movimento do corpo
humano emana e que Pilates nomeou de ``Powerhouse`` do corpo, sendo o ponto do centro
delimitado entre o chão da pelve a borda inferior do esterno, de onde força e consciência
corporal derivam. O fortalecimento do Powerhause no Método Pilates é um objetivo primário
da técnica.
Lemos, Lima e Andrade23, citam que o Método Pilates se baseia em fundamentos anatômicos,
fisiológicos e cinesiologicos, e é compreendido em seis princípios, que são:
Concentração: concentrar sua mente no que seu corpo está fazendo. Durante todo o
exercício a atenção é voltada para cada parte do corpo, para que o movimento seja
desenvolvido com maior eficiência possível. Nenhuma parte do corpo não é importante e
nenhum movimento é ignorado. A atenção dispensada na realização do exercício é
destacada ao aprendizado motor, que é o grande objetivo da técnica;
Controle: aprimorar a coordenação do corpo e da mente e garantir que os movimentos não
sejam malfeitos ou banais. Define-se como controle do movimento o discernimento da
atividade motora de agonistas primários numa ação específica. A coordenação é a
integração da atividade motora de todo o corpo visando um padrão suave e harmônico de
movimento. É importante a preocupação com o controle de todos os movimentos a fim de
aprimorar a coordenação motora, evitando contrações musculares inadequadas ou
indesejáveis;
Precisão: quando estiver preparado, introduzir intensidade para adquirir resistência; Força:
adicionar intensidade para desenvolver resistência e Relaxamento: aprender a relaxar o
corpo e a não o sobrecarregar. É de fundamental importância na qualidade do movimento,
sobretudo, ao realinhamento postural do corpo. Consiste no refinamento do controle e
equilíbrio dos diferentes músculos envolvidos em um movimento;
Centralização: nos mostra o conceito de Centro de Força ou Power House, que se
constitui pela musculatura abdominal superficial e profunda, músculos respiratórios, a
musculatura lombar, glútea e pélvica. Essa estrutura é responsável pela sustentação da
coluna e órgãos internos e é onde se localiza o centro de gravidade do corpo; seu
fortalecimento, objetivado no método, proporciona um alinhamento biomecânico com
menor gasto energético aos movimentos, além de estabilidade e melhora da postura,
cooperando na prevenção de dores e outros males. Também é chamado de Casa de Força.
Sua ativação depende dos seguintes grupos musculares: Músculos abdominais anteriores:
reto abdominal, oblíquos externos e internos, e transverso do abdômen; Músculos
abdominais posteriores: eretores da coluna, tranversoespinhais e quadrado lombar;
Músculos extensores do quadril: glúteo máximo, ísquios tibiais e adutor magno; Músculos
flexores do quadril: iliopsoas, reto femoral, sartório, tensor da fáscia lata e adutores da
região anterior da coxa. Músculos do assoalho pélvico (períneo): levantador do ânus,
coccígeo, obturados internos e piriforme.26-27 Ainda outros autores, relatam a importância
do Powerhouse e conceituam o centro de estabilização. E citam que embora muitos
exercícios de Pilates como não sendo vistos diretamente influenciando o Powerhouse, este
sempre é o ponto mais visualizado pelo instrutor de Pilates quando um cliente está
executando atividades do Método.
Respiração: Joseph Pilates afirmava que frequentemente respiramos errado e usando
apenas uma fração da capacidade do pulmão. Por isto, Pilates em seu trabalho enfatizava a
respiração como o fator primordial no início do movimento, fornecendo a organização do
tronco pelo recrutamento dos músculos estabilizadores profundos da coluna na sustentação
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pélvica e favorecendo o relaxamento dos músculos inspiratórios e cervicais. O ciclo
respiratório proposto pelo método ocorre na seguinte ordem cronológica: 1) Inspiração
torácica; 2) Expiração do tórax superior; 3) Expiração do tórax inferior e 4) Expiração
abdominal. Este ciclo deve ser sincronizado ocorrendo ao mesmo tempo da ação muscular,
favorecendo o incremento da ventilação pulmonar, a melhora da oxigenação tecidual,
consequentemente a captação de produtos metabólicos associados à fadiga;
Movimento Fluido: Refere-se ao tipo de movimento, que deve ser de forma controlada e
contínua, deve exibir qualidade de fluidez e leveza, que absorvam os impactos do corpo
com o solo e que usam da inércia, contribuindo para a manutenção da saúde do corpo. Ao
contrário movimentos truncados, pesados, que criam choques no solo, levam ao
desperdício de energia, além de tornar os tecidos propensos ao desgaste prematuro.
2.8 Aparelhos do Método Pilates
A técnica de Pilates se divide em exercícios realizados no solo e em aparelhos. Os exercícios
realizados em solo se caracterizam por ser de caráter educativo, ou seja, enfatizam o
aprendizado da respiração e do centro de força. Já os exercícios realizados nos aparelhos
envolvem uma larga possibilidade de movimentos, todos eles realizados de uma forma
rítmica, controlada, associada à respiração e correção postural. A intensidade dos exercícios
desenvolvidos nos equipamentos é fornecida através das molas.
Segundo Costa21, mesmo que os aparelhos sejam diferentes em design e função, podem ser
utilizados todos os equipamentos para trabalho de membros inferiores, membros superiores e
tronco.
Os aparelhos são descritos a seguir, conforme Costa21:
Reformer: caracteriza-se por ser em forma de cama e é composto por um carrinho
deslizante e cinco molas, barra alta e baixa que podem ser utilizadas em dois níveis de
alavanca, perto (mais intenso) ou mais afastado (menos intenso), dos pés da cama; cordas
que são utilizadas com alças nos pés ou de mãos; acessórios (caixa longa, meia lua,
plataforma). Os exercícios podem ser executados em posições variadas: sentada, decúbito
dorsal e ventral, permitindo o trabalho muscular tanto da região axial (tronco) como dos
segmentos;
Cadillac: é o equipamento mais famoso do Método Pilates ao seu tamanho e diversidade
de exercícios que podem ser executadas. Possui duas barras de ferro fixas a um colchão,
barra de trapézio, dois pares de alça de tornozelo e coxa ajustável, duas barras móveis -
uma vertical e outra horizontal, e é utilizado para os exercícios aéreos;
Barrel: ajuda a melhorar a respiração, desenvolver membros inferiores e membros
superiores, trabalhar a coluna, corrigir a postura e os movimentos, aliviar dores na coluna
através de alongamentos específicos. É um aparelho de degraus dispostos como em um
espaldar com uma meia lua fixa à frente;
Cadeira: é um aparelho em forma de cadeira com duas molas de mesma intensidade, pedal
antiderrapante e três pares de parafusos em escalas (alavancas) que favorecem o controle
de carga;
Wall unit: aparelho de ferro fixo na parede e um colchão. Contém um par de molas, alças
de pés e de mãos, barra móvel, cinto de segurança e dez pares de ganchos que quanto mais
altos, maior a intensidade impressa no exercício;
Combo Chair: equipamento semelhante ao wunda chair, mas que possui pedais separados
para proporcionar trabalho assimétrico simultâneo. Contém dois apoios laterais de ferro,
dois pares de molas, ganchos para molas, dois pedais para movimento alternado e
independente que quando fixo por um bastão se transformam em um único pedal.
10
2.9 Benefícios
A literatura aponta como vantagens do método Pilates: estimular a circulação, melhorar o
condicionamento físico, a flexibilidade, o alongamento e o alinhamento postural. Pode
melhorar os níveis de consciência corporal e a coordenação motora. Tais benefícios ajudariam
a prevenir lesões e proporcionar um alívio de dores crônicas.28
Trabalha reforçando, realinhando e reequilibrando o corpo, melhora a consciência corporal e
reduz o risco de danos ou lesões. É um método de treinamento contra resistência que trabalha
com exercícios musculares de baixo impacto, envolve exercícios integrados e controlados, em
que o corpo e a mente se influenciam mutuamente, sendo esta a característica que estabelece a
diferença entre outras formas de exercício físico.29
Camarão22, aponta alguns desses benefícios: Aumento da força e controle dos músculos;
incentiva hábitos saudáveis; melhora a concentração; alivia as tensões musculares; melhora o
equilíbrio e a coordenação motora; previne lesões; desenvolve a consciência corporal;
melhora a mobilidade articular; boa postura; tonifica a musculatura; corpo e mente trabalham
juntos; melhora a capacidade respiratória; condicionamento físico e mental; aumenta a
autoestima e confiança; melhora a flexibilidade; fortalece a musculatura abdominal.
De acordo com Gómez e García29, os movimentos realizados durante a execução de cada
exercício devem respeitar a fluidez, a leveza e a harmonia, sendo realizados de forma
controlada e contínua, absorvendo os impactos do corpo. Ao contrário, movimentos
truncados, pesados, que criam choques no solo, levam ao desperdício de energia, além de
tornar os tecidos propensos ao desgaste e lesões.
Segundo Joseph Pilates, os benefícios do método Pilates só dependem da execução dos
exercícios com fidelidade aos seus princípios.22
Lemos, Lima e Andrade23, dizem que os benefícios do método ocorrem quando o aluno
incorpora estes princípios com o movimento. As aulas são classificadas em níveis: básico,
intermediário e avançado, seguindo uma ordem educativa nos exercícios. O método pode ser
aplicado com segurança para pessoas sem condicionamento, para reabilitação de pessoas que
sofreram algum, tipo de lesão com dor aguda e crônica, idosos, crianças, adolescentes, atletas
e bailarinos. No nível básico, são incorporados os princípios fundamentais do método,
importante para a evolução da técnica.
2.10 Tratamento
Segura et. al.11 afirmam que o tratamento fisioterapêutico promove uma melhora sobre os
recrutamentos de unidades motoras, o que garante um melhor desempenho no ato motor,
dando por melhora na velocidade, destreza e coordenação dos movimentos, além de promover
outros benefícios, melhorando sua qualidade de vida.
O’Sullivan10, alerta que é necessário um exame da função motora antes de qualquer
intervenção. Este exame deve considerar três componentes: a história do paciente, a revisão
dos sistemas relevantes e as medidas específicas.
A anamnese deve incluir tanto o estado de saúde passado quanto o atual. Fazer um exame de
triagem, isto é um exame breve ou limitado dos sistemas corporais, os quais exigirão testes
mais extensivos. Estes testes devem ser realizados em todas as atitudes posturais e
transferências, observando-se também as atividades de vida diária. A capacidade funcional do
paciente deve ser avaliada de forma quantitativa e qualitativa, ou seja, deve-se observar não
somente o que o paciente realiza, mas também como realiza.
11
O’sullivan10, diz que a reabilitação deve começar o mais rápido possível, aguardando apenas a
intervenção médica imediata. A mobilização precoce evita efeitos prejudiciais do
descondicionamento e a possibilidade de comprometimentos secundários.
A reabilitação é possível graças à capacidade enorme do cérebro em aprender e mudar. Hoje
em dia sabe-se que as células de outras áreas do cérebro, que não foram afetadas pela DVE,
podem assumir determinadas funções realizadas pelas células da área afetada. Esse fenômeno
se chama neuroplasticidade.30
3. Metodologia
O presente estudo caracteriza-se por ser de revisão bibliográfica em artigos científicos e
trabalhos acadêmicos em sites da internet como, Scielo, Google acadêmico, além de sites de
instituições especializadas na área como Bio Cursos e livros que defendem o tema em questão.
Utilizando os descritores: “Método Pilates”, “Marcha” e “ Hemiparesia”.
Os critérios de inclusão foram estudos que demonstrassem os métodos de Pilates, pacientes
com hemiparesia e as alterações da marcha devido ao acidente vascular encefálico, ou que
contribuíssem para o objetivo dessa análise, entre o período de 2006 a 2016. Foram excluídos
os artigos que não atendiam ao período e aos descritores dessa pesquisa.
4. Resultados e discussão
Os exercícios do método Pilates são à base de uma ampla exigência de equilíbrio, de ajuste
postural, concentração e força muscular. Pacientes pós-AVE conseguem se favorecer com o
método, já que seus déficits são, basicamente de equilíbrio, ajuste postural, de força muscular,
da marcha e do tônus muscular. A técnica fornece segurança e exige o controle do praticante,
o que torna ideal para os que estão passando por uma reabilitação. O método também controla
a respiração conjunto aos exercícios, proporcionando ao paciente uma reeducação respiratória
e uma excelente ventilação e perfusão nos pulmões e, portanto melhora a nutrição de oxigênio
nos tecidos.24
Em um estudo realizado por Silva e Mannrich20, objetivou comparar a ativação elétrica do
reto femoral (RF), do bíceps femoral cabeça longa (BF) e semitendíneo (ST) e o torque de
resistência (TR) do movimento de extensão de quadril (EQ) realizado com a mola fixada em
duas posições distintas no Cadillac. Participaram 12 sujeitos realizaram 5 repetições de EQ
com a mola fixada em duas posições (alta e baixa). Dados de eletromiografia (EMG) e
eletrogoniometria foram coletados simultaneamente. Foi constatado que a análise EMG
pareceu acompanhar o TR, apresentando valores maiores para o RF na posição baixa e
maiores valores de ativação para o BF e ST na posição alta, onde a demanda externa foi
maior. Dados de EMG e TR fornecem informações complementares para prescrição de
exercícios no Pilates.
Em outro estudo realizado por Livramento31, objetivando verificar o efeito de exercícios do
Método Pilates nas alterações posturais em pacientes com HAM/TSP. Participaram do estudo
14 indivíduos sorteados para serem incluídos 7 no grupo teste e 7 no grupo controle. A idade
variou de 33 a 55 anos e a maioria era do sexo feminino (64,3%). Os ângulos/alinhamentos
posturais com maiores desvios foram alinhamento horizontal da EIAS, alinhamento vertical
do tronco, alinhamento horizontal da cabeça, ângulo Q esquerdo, ângulo do quadril, ângulo do
joelho e o ângulo do tornozelo. Observou-se que os exercícios do método Pilates promoveram
efeitos positivos em relação ao alinhamento postural nesses indivíduos, sugerindo que esta
alternativa de intervenção pode contribuir com a melhora de uma das principais causas de dor
mecânica nestes pacientes.
12
No estudo de Lima et al.32 objetivou avaliar o ganho de flexibilidade, tomando como
parâmetro os músculos isquiotibiais, através do método Pilates em portadores de hérnia de
disco lombar. Participaram voluntariamente do estudo trinta e dois sujeitos, apresentando
diagnóstico de hérnia discal lombar. Os pacientes participaram de sessões de Pilates com
duração de 60 minutos duas vezes por semana, durante oito semanas. Foi constatado no grupo
de pacientes estudados, ganho de flexibilidade dos isquiotibiais estatisticamente significantes.
Assim, observou-se melhora na composição da flexibilidade neste grupo de participantes do
programa de exercícios do método Pilates. Com este resultado, verificamos que o método
Pilates é eficaz em elevar a flexibilidade dos músculos isquiotibiais, que apesar destes
resultados, merece estudos adicionais.
Em um estudo realizado por Brunelli24, com o propósito de utilizar o Método Pilates como
técnica coadjuvante a Fisioterapia no tratamento das sequelas motoras de pacientes pós
Acidente Vascular Encefálico (AVE). Objetivou-se avaliar o equilíbrio estático e dinâmico
nos pacientes com acidente vascular encefálico pré e pós a prática do Método Pilates; analisar
a marcha do paciente com acidente vascular encefálico pré e pós a prática do Método Pilates;
investigar a força muscular do paciente com acidente vascular encefálico pré e pós a prática
do Método Pilates. Participaram do estudo 4 pacientes, divididos em dois grupos, com dois
pacientes cada grupo; Grupo 1 realizou Fisioterapia e Pilates, e o Grupo 2 apenas Fisioterapia,
sendo excluso 1 por motivos pessoais do paciente. Foram realizadas 10 sessões de Método
Pilates na clínica de Fisioterapia da UNESC com aplicação do Mat Pilates e Pilates com bola
em dois pacientes, no término das sessões os pacientes apresentaram melhoras, porém não
foram significativas, sugere-se um número maior de sessões para o atendimento de pacientes
neurológicos.
Já no trabalho de Donzelli et al.33 trabalhou com o Pilates: realizando 10 sessões consecutivas,
1h cada, trabalhando a postura, educação respiratória, posição neutra e exercícios sentados,
antálgicos, alongamentos e melhora da propriocepção. E também utilizou a escola de postura:
10 sessões consecutivas, 1h cada, trabalhando educação respiratória, educação postural,
fortalecimento muscular e mobilização de exercícios. Houve diminuição significativa em
ambas as escalas de EVA dentro de cada grupo de pré-intervenção para pós-intervenção. Mas
não houve comparação entre os grupos.
O método pilates tem como vantagens a melhora dos níveis de consciência corporal e a
coordenação motora. Os exercícios de Pilates são, na sua maior parte, realizados na posição
deitada, havendo redução dos impactos nas articulações de sustentação do corpo na posição
ortostática e apresenta muitas variações de exercícios podendo assim ser realizada por
indivíduos com desordens neurológicas. No Pilates bem conduzido por um profissional
competente, é de fato nula a possibilidade de lesões ou dores musculares. E pode ser uma
forma eficiente para o fisioterapeuta na reabilitação, quando executado de acordo com os seus
princípios.34
Segundo Joseph Pilates, quando mente e corpo trabalham juntos, o exercício flui naturalmente
rumo à perfeição. Por isso é importante imaginar cada passo e perceber que todos os
movimentos estão relacionados como um todo, analisando cada fase da marcha, trabalhando a
musculatura para cada segmento que auxilia a realização do movimento e entender qual a
demanda mecânica e nível do exercício que cada paciente é capaz de fazer, favorecendo maior
independência.
A percepção corporal é a relação de aspectos neurológicos e de comportamento, os quais
integram a sensação da presença do corpo no ambiente, sendo considerada a base da
estruturação psicomotora do indivíduo.35
É necessário estimular movimentos ativos e voluntários para promover a funcionalidade, o
Método Pilates potencializa a consciência e esquema corporal os quais são favoráveis para
13
melhorar a mobilidade e a postura porque permitem que os movimentos sejam feitos com
menor compensação e mais eficiência.
De acordo com Joseph, o corpo humano tem um centro físico onde são originados todos seus
movimentos, sendo composto por três partes: abdômen, parte inferior da coluna e glúteos. O
Método Pilates reforça o trabalho desse centro, uma vez que os músculos associados a ele
sustentam a coluna vertebral, os órgãos internos e a postura, sendo, portanto, fundamentais
para a saúde e o bem-estar do indivíduo.21
As alterações posturais interferem na qualidade de vida, além de provocar alterações na
biomecânica corporal, motivo esse a importância de se utilizar a técnica da consciência e
esquema corporal para melhorar o desequilíbrio muscular, a propriocepção e o encurtamento
dos tecidos moles, alivia-se, assim, as compensações musculoesqueléticas produzidas pela
hipertonia e promovendo estabilidade corporal, endireitamento e equilíbrio.36
É importante estimular movimentos ativos e voluntários para promover a funcionalidade, o
alongamento a consciência e esquema corporal os quais são favoráveis para melhorar a
mobilidade e a postura porque permitem que os movimentos sejam feitos com menor
compensação e mais eficiência.36
Hoje, acredita-se que o método proporciona inúmeros benefícios, independente de faixa etária
e de gênero. Os estudos estão apenas no começo e há muito em aprender e compreender sobre
este método desenvolvido por Joseph Pilates, que foi o grande pesquisador e idealizador.
5. Conclusão
Os pacientes com hemiparesia apresentam diminuição da força muscular causadas pela lesão;
entretanto, é necessário implementar exercícios de fortalecimento muscular associados ao
método Pilates para melhorar o controle postural a força muscular, flexibilidade, equilíbrio e
mobilidade.
O método Pilates pode dar uma contribuição relevante para melhoria do paciente com
hemiparesia, visando melhora da qualidade de vida e independência. Sendo esta uma
patologia de alta complexidade e cronicidade, deve-se utilizar todos os recursos disponíveis e
conhecidos para aprimorar o tratamento fisioterapêutico, para conseguir alcançar o máximo
de funcionalidade dentro da limitação de cada paciente.
Observou-se neste estudo que o Método Pilates é necessário e importante para o paciente com
hemiparesia, ou seja, com o fortalecimento muscular, há ganho na marcha, melhora do tônus,
postura, melhora dos desequilíbrios musculares, consciência e esquema corporal, melhora das
capacidades funcionais, através dos seis princípios básicos em que cada movimento deve ser
executado com total atenção no decorrer do exercício.
Assim, neste estudo os achados vão de encontro com a literatura que afirmam que o Método
melhora a força muscular do tronco, o tônus e a flexibilidade, além de apresentar importantes
índices de evolução clínica e aumentar a qualidade de vida de quem pratica.
Atualmente, há poucos estudos deste método, nesse caso faz-se necessário a realização de
trabalhos e analises mais profundas dos exercícios fazendo com que a sua prescrição para a
reabilitação da marcha e aprendizado motor fique mais segura, pois sabe-se que o aprendizado
motor em paciente com lesão neurológica os resultados são obtidos a longo prazo.
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