educando revisao1:educando em mogi - …€¦ · meio ambiente no ceic "mundo vivo" ......

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Projetos a curto prazo não fazem parte do processoeducacional. A Educação é pautada em programasdesenvolvidos a médio e a longo prazo. No início

de 2006, a Secretaria Municipal de Educação elaborouum plano de diretrizes e metas que está sendocumprido com o esforço conjunto de toda a comu-nidade escolar: pais, alunos, educadores e todos osprofissionais envolvidos.

Ao final de 2006, a equipe comemora o sucesso desuas atividades e a conquista das metas estabelecidas.Estas realizações contribuem para o aprimoramentoconstante da educação mogiana, tanto na esferapública, como na particular.

A revista “Educando em Mogi” apresenta nestaedição textos sobre a política educacional e práticas deensino interessantes, que contribuem para a humaniza-ção da Educação com trabalhos voluntários e sociaisacrescidos pelo resgate das origens da culturabrasileira. Na seção Especial, conheça e veja como par-ticipar do Fórum Mundial de Educação, que será rea-lizado em Mogi das Cruzes entre os dias 12 e 16 desetembro de 2007. O historiador José Sebastião Wi�er eGracília Maria Grecco Manfré enriquecem nossa pu-blicação com o artigo “Voz do Povo”.

Esperamos que em 2007, a Educação continue con-quistando vitórias na missão de construir uma escolade sucesso pautada pelo ensino de qualidade.

O ensino de qualidadecomo metaED

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ÍND

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POLÍTICA EDUCACIONAL

Novembro / Dezembro de 2006 - Ano V - nº 31

ARTE E EDUCAÇÃO

PRÁTICAS DE ENSINO

ESPECIAL

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A Educação vai bem em Mogi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4Questão de avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7

“Educando com Arte” comemora mais um ano de sucesso...................................................10

Um mundo mágico e contagiante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13Viagens educativas na proposta pedagógica das escolas . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14Alunos demonstram solidariedade na Semana da Criança . . . . . . . . . . . . . . . . .16

Resgate da cultura folclórica na pré-escola . . . . . . .17A cultura afro-brasileira nas escolas municipais . . . .18O Trabalho Voluntário nas escolas . . . . . . . . . . . . . .20Experiências do Voto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .22

Alto Tietê se mobiliza pelo Fórum Mundial de Educação . . . . . . . . . . . . . . . . . .23Prêmio “Professor Cidadão”: Mogi News reconhece e valoriza professores . . .24“Desafio e Conquista”: Vencedores comemoram prêmios . . . . . . . . . . . . . . . .26Título de trabalhos: criatividade e criticidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .29

Projeto “Jundiapeba Plantando para o Futuro” – Uma parceria entre escola e comunidade que deu certo ....................................30Meio Ambiente no Ceic "Mundo Vivo".....................................................................

HISTORIANDOVoz do Povo .........................................................................................................34

PREFEITURA DEMOGI DAS CRUZES

Secretaria Municipal de EducaçãoCoordenadoria de Comunicação SocialAv.

Ver. Narciso Yague Guimarães, 277 CEP 08790-900 - Centro Cívico

Mogi das Cruzes- SPFone: 11 4798.5085Fax: 11 4726.5304

[email protected]

Conselho EditorialMaria Geny Borges Avila Horle,

Anne Ivanovici, Cláudia Helena RomanosPereira, Leni Gomes Magi,

Marilda Aparecida Tavares Romeiro Safiti

Jornalistas ResponsáveisLuiz Suzuki - MTB 22936

Kelli Correa Brito - MTB 40010

Coordenação EditorialBernadete Tedeschi Vitta Ribeiro

Lilian GonçalvesMarinina Beatriz Leite

FotosArquivos das EM de Mogi das Cruzes

CapaAlunos da EM Profª Ivete Chuery

Vieira T. Vicco

Impressão e AcabamentoMarpress Informática - Tel. 11 4795.6060

ArteABG Comunicação & Design

Roberta Regato / edição e diagramaçãoDanilo Scarpa / ilustrações

Tiragem3.500 exemplares

Colaboraram nesta ediçãoSuami Paula de Azevedo

Elizabeth Oliveira dos Santos SilvaFlávia Pacces

Andréia da Penha MartinsMary Augusta Andrade

Maria da Aparecida SenzickEquipe escolar da EM "

Ana Lúcia Ferreira de Souza"Vanessa Gerlinger Romero

Gisleine Zarbietti (Mogi News)Juliana Nakagawa (O Diário de Mogi)

Geraldina Porto WitterLucimara Ferreli de C. Bueno Ferraz

Equipe Ceic "Mundo Vivo"Gracila Maria Grecco Manfre

José Sebastião Witter

A Revista Educando em Mogi, nº 31é uma publicação da Secretaria Municipalde Educação de Mogi das Cruzes e não se

responsabiliza por conceitos emitidosem artigos assinados

ERRATA: "A Revista "Educando em Mogi" retifica a legenda da foto no alto da página 5. A imagem é da Escola Municipal Monteiro Lobato e não, da EM "Maria Colomba Colella Rodrigues" como foi registrado".

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Arede pública de ensino de Mogi das Cruzes tem muito quecomemorar neste ano. A cidade superou a média brasileira do

Índice de Desenvolvimento Infantil (IDI), segundo o relatório doFundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). As escolasmunicipais conquistaram importantes realizações: o PrêmioMogi News Top of Mind entregue às escolas municipais de Educação Infantil (EMEI) pelo terceiro ano consecutivo, e ocumprimento das metas deste ano.

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No encerramento de 2006, oesforço conjunto de toda aequipe escolar da rede muni-cipal de ensino tem sido funda-mental para que as metas es-tabelecidas no início do ano es-tejam sendo alcançadas. Os bonsresultados fazem parte do tra-balho que está sendo feito desde2001 pela atual administraçãomunicipal.

Os objetivos foram: garantiade escolaridade para todos osmogianos; modernização e di-namização do ensino; orientaçãoe qualificação para o trabalho ajovens e adultos; apoio ao desen-volvimento escolar; democrati-zação da gestão escolar e valo-rização dos profissionais da educação.

O atendimento às criançasde 4 e 5 anos da pré-escolas su-peraram a meta do Plano Na-cional de Educação (PNE), de80% em 2011. Em 2006, a redemunicipal atendeu 86% dos alu-

nos de Mogi. As creches (0 a 3anos) receberão uma atenção es-pecial em 2007, pois atual-mente apenas 19,30% dos alunossão atendidos, o que está abaixoda meta do PNE, que prevê umpercentual de 50% em 2011.Neste ano, 6 escolas de edu-cação infantil e 13 de ensinofundamental foram ampliadase foi concluída a licitação daEscola Municipal de Nova Jun-diapeba.

Jovens e adultos tambémtêm seu espaço nas escolas comas turmas de Educação deJovens e Adultos (EJA), a im-plantação do Pró Jovem e os cur-sos profissionalizantes do Cen-tro de Iniciação Profissional(CIP). Com o programa, os mo-gianos tiveram acesso a 18.000vagas divididas em 40 cursos em 2006.

Os estudantes têm acesso aensino de qualidade, infra-estru-tura (transporte e material esco-

lar) e novas tecnologias, pormeio dos Cedics e do Programade Tecnologia Educacional, tra-balhado pelos orientadores deinformática. Os educadores etoda equipe técnica participamde formação contínua para todosos profissionais, em horário deserviço e horário livre.

O programa de EducaçãoInclusiva deu passos impor-tantes em 2006 com a implan-tação da avaliação diagnósticade alunos, indicados pelos pro-fessores como possíveis porta-dores de necessidades educa-cionais especiais, por uma equi-pe multiprofissional. Os alunosportadores de necessidades es-peciais são atendidos pela EscolaMunicipal de Educação Especial´Professora Jovita Franco Arou-che´ (Emesp) e Associação dePais e Amigos do Excepcional(Apae), recebem treinamento no(CIP) e encaminhamento para o trabalho.

Destaque nodesenvolvimentoinfantil

A cidade registrou 0,802no IDI, superando a médiabrasileira, que é de 0,661. Oresultado positivo foi apre-sentado no Relatório sobre aSituação da Infância Brasi-leira 2006, elaborado pelaUnicef, referente ao atendi-mento nas áreas de Saúde eEducação a crianças de 0 aos6 anos.

Mogi foi a 270ª colocada,dentre os 645 municípios doEstado de São Paulo a partirde dados de 2004. Nestes úl-timos dois anos, o municípioampliou o atendimento ascrianças e seus pais, ao elevarsua participação nas seguin-tes variáveis: nível de esco-laridade dos pais, imuni-zação das crianças, acessodas mães ao pré-natal e por-centagem das crianças napré-escola.

A Educação vai bem em MogiMetas cumpridas

Na página ao lado: educadoras reunidas na entrega do prêmioMogi News Top of Mind 2006 e reunião da equipe de estudosdas Diretrizes Curriculares Municipais para a Educação daInfância com Emília Cipriano e Cláudio Sanches. Nesta página:professores participam de capacitações e Daniel Azulay com aoficina "Crescer com Arte - Desenhando com Daniel Azulay",parte do programa "Educando com Arte", em que as criançasparticipam de atividades com música, artes visuais e desenho

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A AVALIAÇÃO DO ALUNO

Oque nos parece lamentável éque nos dias que correm

ainda persistimos na mesmapostura indicada por Come-nius no século XVII. Em seulivro, “A Didática Magna”, oautor indicava que “o medo fazo aluno estudar”. E tem sidodifícil afastar essa máxima. Até porque, ela garante aemoção revelada na gaiata e,tantas vezes, trágica, manifes-tação da “síndrome do pe-queno poder” do Professor.Com a ameaça da nota e doexame, é que muitos conse-guem o mínimo de um supos-to controle sobre a classe. Umasituação lamentável, mas real,e reveladora da incompetênciatécnica do Professor no seu exercício.

Ao observarmos a expe-riência vivenciada pelos pro-fessores paulistas com a im-plantação da “Progressão Con-tinuada”, podemos perceber oquanto se revela verdadeira anossa manifestação acima.Ainda que tenha sido eivada deequívocos e de autoritarismos, aProgressão Continuada no En-sino Fundamental do Estado deSão Paulo veio sacudir um ma-gistério de há muito estagnado.Revelou a fragilidade de pro-fessores que sem as armas dareprovação, não sabiam comoagir em sala de aula.

A perda do medo da notalevou ao abandono do estudopelo aluno paulista. O que ape-nas viria a confirmar a “teoriada curvatura da vara”, expostapor Lenin. Se antes o aluno es-

Pela primeira vez, os alunos de 3ª, 5ª e 8ª série, seus pais eprofessores estão passando pela avaliação institucional. Não setrata só de um estudo sobre o conteúdo, mas também da insti-tuição como um todo, considerando a opinião de toda a comu-nidade escolar.

A descentralização da gestão está sendo conquistada comduas medidas importantes: o envolvimento dos pais e respon-sáveis, por meio da formação oferecida aos participantes dasAPMs e o funcionamento efetivo dos Conselhos de Escola, e aimplantação Programa de Transferência de Recursos Financeiros(PTRF), em que as escolas têm autonomia na administração deseus recursos.

O próximo ano reserva duas realizações importantes: a cons-trução do Centro Municipal de Atendimento ao Portador de Ne-cessidades Educacionais Especiais (Capnee) na Vila Lavínia e aconclusão da primeira etapa das obras do Centro Municipal deFormação Pedagógica (Cemforpe). Outro passo importante paraa rede será o estudo das Diretrizes Curriculares Municipais paraa Educação na Infância, iniciado neste ano.

Inovações na rede

As mais lembradasNeste cenário positivo, as

escolas municipais tambémfestejam um ano de êxitos. Pe-la terceira vez consecutiva, asunidades escolares de Edu-cação Infantil (EMEI) conquis-taram o prêmio Mogi NewsTop of Mind como as maislembradas pelos mogianos.

Na solenidade, o prefeitoJunji Abe, ao lado da secre-tária municipal de Educação,Maria Geny Borges ÁvilaHorle, chamou ao palco oitofuncionárias das escolas pararepresentar os 1,5 mil servi-dores que atuam nas uni-dades escolares. Participaramdo evento, a supervisora deensino Aparecida DonizetiYamamoto, as diretoras de es-cola Claudia Helena Roma-nos Pereira e Valquiria BemaTamura Nabarrete, a profes-sora de educação infantilClaudia Moreira Leite Ma-radei, a escriturária Darli Apa-recida Fernandes Pinto, a assis-tente de desenvolvimento edu-cacional Antonia Marlene deSouza Cava, a assistente de de-senvolvimento infantil CássiaAparecida Gomes e a auxiliarde serviços gerais FelicidadeFonseca Tobias.

SUAMI PAULA DE AZEVEDO

Questão de AVALIAÇÃOÉ necessário quereconheçamos que aavaliação é hoje umdos temas maiscandentes domagistério. Pelonúmero de estudos epublicações que têmsurgido, se trata de umgrande problema a serenfrentado. Esta é umaquestão ampla naeducação escolar, tantopara o professorquanto para o aluno.

Escolas dinâmicas e modernas com salas de informática, como na EM"Benedito Ferreira Lopes" - Caic e prédios diferenciados, EM "WandaTrandafilov" e "Des. Armindo Freire Mármora""

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Ltudava para a prova, e de mo-do algum para saber, agorapassou a nem isso fazer. Onovo processo vinha para atacar a chamada “Cultura daReprovação”, mas não foi as-sim percebido. O professor,concentrado em seu umbigo,também sem o hábito do es-tudo, sentindo-se desarmado,desiste declaradamente de en-sinar. Essa omissão fica patentena denominação crítica e (mal)humorada da nova proposta:“Promoção Automática”.

A AVALIAÇÃO DO PROFESSOR

A mesma escola que va-lorizava tanto a avaliação doaluno, por outro lado, não ad-mitia a avaliação do professor,nem mesmo através da avalia-ção dos seus alunos. E isto, anão existência de qualqueravaliação docente, tem sidouma batalha ferrenhamente de-fendida pelos sindicatos dessesprofissionais. O que nos impõeum questionamento: até queponto a falta de avaliação pro-fissional não tem prejudicadoa carreira docente?

Ou, também, somos leva-dos a questionar: se o docenteé chamado a estimular o alunoao estudo, por que ele mesmonão é do mesmo modo estimu-lado a uma melhor formação,inicial ou continuada? Alguémdesestimulado e sem qualquercobrança, não será igualmentelevado a perder a vontade doestudo e do aprimoramento?

Ou ainda, se de algummodo o Sistema Educacionalse permite não fazer avaliaçõesdo professor, diretas ou indire-tas, internas ou externas, o quelhe furta instrumentos paraidentificar as próprias dificul-dades, então, como buscar su-perá-las? Um professor, em sã

consciência das suas respon-sabilidades, pode a isso se per-mitir em prejuízo do aluno?

Observe-se ainda que háanos havia na escola paulistauma espécie de avaliação porcotas, feita de modo extrema-mente subjetivo pelo Diretorda Escola. Isso dava àquela au-toridade um poder discri-cionário imenso sobre o seupessoal. O superior recebiaquatro níveis para classificar osseus profissionais.

Por exemplo, dependendodo número de pessoas a seremclassificadas, podia ser um“ótimo”, três “muito bom”,dois “bom” e três “regular”.Ainda que o pessoal da escolamerecesse um número maiorde “muito bom”. Muitos rece-biam menções inferiores aomerecido. Isso permitia ao Di-retor de Escola fazer a suaavaliação dos membros dopessoal, distribuindo os va-lores a quem julgasse melhor.Sem dúvida essa não era amelhor medida. Mas ao extin-gui-la e nada colocar como al-ternativa, desequilibramos de-mais as forças vivas da escola,que é o elemento determinantedo Sistema. E isso o colocanuma situação de pobrezaainda maior.

Considere-se ainda que atéa atual LDB (1996), o Sistemade São Paulo distinguia asmatérias ensinadas na escolaregular. Educação Física e Edu-cação Artística não eram Disci-plinas, mas Atividades. Assim,os professores não podiamatribuir notas ou menções aosalunos. Somente verificavam afreqüência deles. Muitos pro-fessores dessas áreas se sen-tiam inferiorizados diante doscolegas e dos alunos.

Sem notas ou menções,

não se sentiam obrigados aaplicar avaliações para a verifi-cação do aproveitamento dosalunos. Sem tais instrumentosde controle não contavam coma participação dos alunos, quejá há mais de duas décadasdemonstravam não querer es-tudar, nem participar de qual-quer uma das atividades emclasse. Se nada os obrigava,por que fazê-lo? O que apenasdemonstra que os professoreshá duas décadas, tanto quantoos de hoje, não conseguiambem seduzir os alunos a parti-cipar voluntariamente dos tra-balhos escolares. Se o mestresegue a receita da didática doséculo XVII, mas está sem obri-gação de prova, por que umaluno buscaria o saber “semimposição?”

As avaliações externas dosalunos, a partir da atual LDB,depois de 1997, com o SAEB noBrasil, e o SARESP em SãoPaulo, apenas revelaram quenão havia proximidade entre aescola imaginada pelos gover-nantes e autoridades educa-cionais, que preparavam ques-tões a serem aplicadas; e aquelareal, onde estavam os alunos.Eram duas escolas diversas.Não apenas o que se ensinavaera diferente, mas o modo co-mo se ensinava também o era.

Teoricamente, as avalia-ções externas deveriam instru-mentalizar o Sistema para me-lhor preparar seu corpo do-cente e equipar suas escolas, eassim, por via de conseqüên-cia, melhor formar seus alunos.Mas isso exigiria um esforçomonumental e hercúleo parasuperar os males há tanto im-plantados, o que não temosvisto ocorrer.

Temos observado avali-ações difusas, sem visão ge-

nérica, aqui e ali subjetivas,pouco montadas em planos, ouquestionários consistentes ebaseadas em instrumentos quenão exibem o quadro real. Ain-da sentimos um trabalho bemintencionado, mas feito de for-ma amadora e a escola de hojenão pode mais se permitir talingenuidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Mas observemos: nenhumprofessor aplica consciente-mente uma avaliação injusta,isto seria uma patologia. Aliás,é em nome da justiça que tantotemos pecado. Mas afinal,quem elabora a avaliação? Sefor o professor, então este seráum instrumento subjetivo. É acara do professor, não do aluno.

Sendo assim, o ideal es-taria na auto-avaliação feitapelo próprio aluno. Mas numacultura que hipervaloriza odiploma, não o saber, esse pro-cedimento permitiria que ti-véssemos, segundo muitos, afraude instaurada. Assim, de-vemos deixar que o que temospersista? Não há nada de novoa propor?

De todo modo, temospercebido que começa a surgiruma insatisfação entre osnovos professores, principal-mente. O que pode sugerir quehá o sentimento da necessi-dade de alguma alteração naescola. Como já se disse: tire-mos o “S” da “crise” e invente-mos o nosso ofício.

SUAMI PAULA DE AZEVEDO –DIPLOMA DE ESTUDOS

APROFUNDADOS DO DOUTORADO

DE 3º GRAU E MESTRADO EM

LINGÜÍSTICA (UNIVERSIDADE DE

PARIS – SORBONNE), MESTRADO EM

SEMIÓTICA, TECNOLOGIA DE

INFORMAÇÃO E EDUCAÇÃO (UNIVER-SIDADE BRAZ CUBAS).

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Oencerramento das ativida-des de 2006 do programa

“Educando com Arte” sur-preendeu, até mesmo, os espe-cialistas que participaram dosprojetos, quanto à qualidadedos trabalhos e o envolvimen-to de toda equipe escolar nasatividades com música e ar-tes visuais.

“Constatamos um saltomuito grande com a apresen-tação dos projetos das escolasno Encontro realizado noClube Náutico em outubro.Todos sentimos essa evolução.É um trabalho em conjunto,tecendo algo que acreditamosque seja humano”, afirmouIveta Maria Fernandes, profes-sora da Faculdade de Música

da Unesp e orientadora emmúsica e ensino de música das escolas.

As apresentações ao pú-blico aconteceram nos dias 18,19 e 20 de outubro no ClubeNáutico. Pais e alunos acom-panharam o belo trabalho feitonas 21 escolas municipais quedesenvolvem a atividade mu-sical e envolvem 7.550 alunose 236 educadores.

MÚSICA DOS PEQUENOS

Nos meses de outubro enovembro, o programa pro-moveu o encerramento dasatividades dos alunos e da for-mação contínua dos profes-sores, diretores e equipe téc-nica da Secretaria Municipal

de Educação. O projeto “To-cando, Cantando... FazendoMúsica com Crianças” encer-rou suas atividades em 2006com as apresentações interco-munidades.

Os estudantes das escolasmunicipais “Sérgio Hugo Pi-nheiro”, do Jardim Nove deJulho e “Dom Paulo RolimLoureiro”, de Pindorama, visi-taram a EM “Profa. GuiomarPinheiro Franco”, em Cezar deSouza. A EM “Adolfo Cardo-so”, do distrito de Quatinga,visitou a EM “Sérgio Hugo Pi-nheiro”, no Jardim 9 de Julho.

Os pequenos da EM“Dom Paulo Rolim Loureiro”arrancaram aplausos da pla-téia ao tocar e dançar acom-

“Educando com Arte”comemora mais um

ano de sucesso

panhados pelos educadores.“A música, assim como o por-tuguês e a matemática, nãotem um foco específico. Cadadisciplina tem a sua contri-buição e o seu porquê. Queroparabenizar a Prefeitura peloinvestimento na capacitação ena infra-estrutura dos projetos,com a aquisição dos instru-mentos e o convite de profis-sionais importantes para a for-mação dos professores”, expli-cou Iveta.

FORMAÇÃO CONTÍNUA

A iniciativa do trabalhocom música nas escolas buscadesenvolver a educação musi-cal e a sensibilidade dos estu-dantes, além de propiciar areflexão sobre a trajetória doensino de música nas escolas,permitindo que o professorinicie uma pesquisa no uni-verso musical.

Os professores, diretores eequipe técnica da SecretariaMunicipal de Educação parti-ciparam de dois grandes cur-

Apresentação dos alunos da EM "Dom Paulo Rolim Loureiro" na EM "Profa. Guiomar Pinheiro Franco" ecrianças no Encontro Tocando, Cantando... Fazendo Música com Crianças

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Trabalho com Artes Visuais na EM "Milton Cruz" e crianças no EncontroTocando, Cantando... Fazendo Música com Crianças

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sos de capacitação: “EducaçãoMusical: Prática e reflexão apartir do dia-a-dia da sala deaula” e “Música: LinguagemArtística Integrante do ProjetoPedagógico da Escola”.

Iveta ressaltou a impor-tância da música no projetopedagógico da escola. “É umtrabalho global, em que váriashabilidades são desenvolvi-das. Não é só tocar, cantar, e-xiste todo um lado humanoenvolvido. A escola é um nú-cleo importante de humaniza-ção para a prática da cida-dania”, observou.

ARTES VISUAIS

Em novembro, a expo-sição “Artes Visuais” reuniu ostrabalhos de alunos de 16 esco-las municipais de Mogi dasCruzes. Os mogianos acom-panharam o talento e os mara-vilhosos resultados das ativi-dades e pesquisas dos estu-dantes no saguão do prédiosede da Prefeitura.

Os alunos da EM "Profes-sora Marlene Muniz Schi-midt", da Vila Moraes, esti-veram presentes na solenida-de de abertura e ficaram en-cantados com os trabalhos dos colegas.

As atividades foram orien-tadas por Francisco CarlosFranco, professor do curso deArtes da Universidade BrazCubas (UBC). Reproduções degrandes artistas plásticos, co-mo Tarsila do Amaral e Alfre-do Volpi, e telas criadas pelosestudantes chamaram a aten-ção do público em geral. Ospais de Júlia Cavalcante da Sil-va, de quatro anos, exibiam, orgulhosos, a obra de arte dafilha, aluna do CCII ProfessoraIgnês Maria de Moraes Pet-tená.

“Com a iniciativa procu-ramos enfocar o ensino de ar-tes visuais nas escolas muni-cipais de acordo com as ten-dências mais atuais de ensino

nesta área. Os alunos têm aces-so a bens culturais e artísticos, oque amplia sua visão de mundoe a apreciação e reflexão sobreas expressões artísticas”, co-mentou Maria Geny BorgesÁvila Horle, secretária munici-pal de educação.

HISTÓRIA DE ARTE

Em 1999, o projeto “ArtesVisuais”, parte do programa“Educando com Arte”, da Se-cretaria Municipal de Edu-cação, teve início em duasescolas municipais: “Dr. Mil-ton Cruz”, no Jardim Maricá, e“José Alves dos Santos”, emJundiapeba.

Desde 2001, a iniciativatem sido aprimorada com oscursos de formação contínua eassessoria de especialistas des-tinados aos educadores. Nesteano, 16 escolas municipais re-ceberam a iniciativa com o en-volvimento de 3.024 alunos,119 professores e toda aequipe escolar.

Nós, professoras da EscolaMunicipal “Dr. Waldir Pai-

va de Oliveira Freitas”, pelosegundo ano consecutivo, par-ticipamos da 7ª Mostra deTeatro de Bonecos e FormasAnimadas, no Sesi de BrazCubas, de 28 de julho a 7 deoutubro.

A apresentação reuniu al-gumas das melhores produ-ções de espetáculos encena-das em nosso país. As peçasutilizam fantoches, marionetescom fios de náilon, sombras,luz e muito mais, sendo rea-lizadas por companhias nacio-nais e internacionais. As exibi-ções foram gratuitas e divul-gadas pela televisão e jornal.

Nesse momento, o papelda escola é essencial na divul-gação e no incentivo aos pais,quanto ao valor da “CUL-TURA” na história de nossacomunidade!

Hoje em dia, devido à vi-

da corrida e turbulenta de to-dos os dias, deixamos muitascoisas em segundo plano, e, àsvezes, até a parte cultural. Issotambém ocorre com os pais denossas crianças, e cabe a nós,educadores, aproveitarmos asoportunidades que aparcem...

Foi muito bom poder di-vidir com nossas crianças essaexperiência. Foram olhares an-siosos, sorrisos, sustos e ale-grias. Mil emoções a serem tra-balhadas e também valores,como: respeito, amor e cole-guismo. Esses momentos fo-ram inesquecíveis...

As crianças vibraram emmuitas peças, mas ao términodo espetáculo internacional,“Disparatório”, muito mais!! O produtor argentino, Sr.Coco, que apesar da dificul-dade do idioma, interagiu comas crianças, mostrando e per-mitindo que as mesmas manu-seassem as marionetes e apren-

dessem como confeccioná-las.Elas se interessaram em ajudá-lo a expressar melhor o nossoportuguês, percebendo a dife-rença entre os idiomas.

Foi emocionante ver comoos artistas acolheram bem nos-sas crianças com muito ca-rinho e atenção e como se emo-cionaram quando os alunosdisseram-lhes “MUCHAS GRA-CIAS!”. Este agradecimentodespertou na equipe, a im-portância de nunca desperdi-çarmos as oportunidades quea vida nos oferece.

Como seria bom se outrasiniciativas e oportunidades co-mo esta, que envolvem a reali-dade e a fantasia, pudessemfazer parte do nosso dia-a-dia,oferecendo gratuitamente a to-das as pessoas, cultura e lazercomo forma de aprendizado.

ELIZABETH OLIVEIRA DOS SANTOS

SILVA É PROFESSORA DA EM DR.WALDIR PAIVA DE OLIVEIRA FREITAS

Um Mundo Mágico e

CONTAGIANTEELIZABETH OLIVEIRA DOS SANTOS SILVA

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TIC

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ENSI

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Trabalho com Artes Visuais na EM "Milton Cruz"

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O conhecimento além da sala de aula é explorado pelo projeto“Caminhando e Conhecendo”, uma iniciativa aberta a todas

escolas municipais de Mogi das Cruzes. As crianças têm a opor-tunidade de conhecer realidades diferentes e ainda, enriquecersua cultura em espaços, como a Bienal do Livro de São Paulo,Museu do Ipiranga, Instituto Butantã e Aquário de Guarujá.

O projeto visa incentivar a realização de excursões de carátereducativo, como parte integrante da Proposta Pedagógica dasescolas. O programa e o roteiro da viagem são estabelecidos pelaequipe escolar no planejamento anual. A Secretaria Municipalde Educação proporciona o transporte dos alunos para as ex-cursões programadas. Neste ano, os passeios atenderam 25.946crianças de todo o município.

Os alunos da rede municipal visitaram: Planetário de SãoPaulo, Aquário de Santos e Museu de Pesca, Zoológico de SãoPaulo, Museu do Ipiranga, Parque Leon Feffer, Kosmos Clube,Aquário de Ubatuba, Biblioteca Municipal de Mogi das Cruzes,Centro Cívico Botyra Camorim, Chácara Encantada, Cidade daCriança de São Bernardo do Campo, Cidade do Livro, Cinemasde Mogi das Cruzes, Estação Ciência, Estação da Luz, ExploAflord, Fábrica Estrela, Fontágua em Quatinga, MASP de Ibira-puera, Memorial da América Latina, Nascente do Rio Tietê –Barragem, Parque Ibirapuera, Pinacoteca do Estado, SESC Ita-quera, Parque da Mônica, Teatro Vasques e Vale do Sonho, em Guararema.

Viagens Educativas na proposta pedagógica

das escolas

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TIC

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ENSI

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Alunos da EM “Profa. WandaTrandafilov”, no Sesi Jacareí;desenho do Aquário do Guarujápelos estudantes da EM “Prof.Jacks Grinberg”; CCII “Profa.Adahila Marques C. Carneiro” noSítio Monteiro Lobato; crianças daEM “Monteiro Lobato” noZoológico e um lindo dia de praiapara a garotada da EM “Profa.Ana Maria Barbosa Garcia”

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Alunos demonstramsolidariedade na

Semana da Criança

ticiparam também da criaçãode fantasias feitas de jornais,referentes aos temas estuda-dos. As equipes responderamquestões do Projeto de Leitura,desenvolvido no decorrer doano, o que nos trouxe grandealegria ao vermos o resultadode nosso trabalho.

Como premiação para ogrupo vencedor realizou-se

um piquenique em um clubepróximo da escola.

São idéias simples, mas dealto conteúdo cultural, moral,social e com energia moti-vadora incalculável.

PROFª FLÁVIA PACCES E PROFª

ANDRÉIA DA PENHA MARTINS

(COORDENADORA DO CEDIC) - EM PROFª CYNIRA OLIVEIRA

DA CASTRO

Meu objetivo foi incentivar ospequenos a conhecerem as

lendas folclóricas brasileiras ecada personagem e sua his-tória, estimulando o trabalhoem equipe ao compartilharemo mesmo material, a criativi-dade artística, a imaginação etambém, a coordenação visuale motora, a atenção e o espíritode cooperação. O trabalho foiinserir pequenas normas decuidado com o meio ambientee finalizar com a apresentaçãoem forma de teatro, usando a

música e a dança.Começamos contando uma

história, eu narrava e cada uminterpretava o personagem. In-seri também uma música deminha autoria, que as criançasaprenderam bem rápido. De-pois, deles conhecerem as len-das, partimos para a confecçãodas fantasias, fazendo com quetrabalhassem unidos, pintandoe colando; provando e apren-dendo que com qualquer su-cata, se constrói uma fantasia.

O próximo passo foi en-

saiar a coreografia e definirquem seria cada personagem epara isso, fui democrática. Ca-da um escolheu o personagemque queria ser. Feito isso, fo-mos ensaiar. As crianças fi-zeram os próprios passos e es-colheram a música do “SaciPererê”. Acatei a idéia e deixeique eles fizessem como que-riam. Ficou ótimo!

No dia da apresentação fi-caram um pouco tímidos, masmesmo assim, o resultado foide acordo com o esperado.

Resgate da Cultura Folclórica na pré-escola

MARY AUGUSTA ANDRADE

COMENTÁRIOS

Meu nome é Mary Augustade Andrade, sou ajudante geral ecurso o 2º semestre de Artes Plás-ticas na Universidade Braz Cu-bas. Achei muito proveitoso otrabalho com as crianças. O resul-tado foi melhor do que o espe-rado, pois além dos pequenos en-tenderem as lendas que conteicom minhas palavras, a reper-cussão foi ótima com as outrassalas e os pais. Os alunos foramdivulgadores das histórias e doteatro. Percebi nelas o ânimo e aempolgação, que resultou paramim em um ótimo trabalho.

AGRADECIMENTO

Agradeço a Diretora Eunicepelo apoio, incentivo e a oportu-nidade de realizar este trabalho, etambém, a ADI Cássia e a profªSolange que, com pa-ciência, meajudaram a semana toda na salade aula.

MARY AUGUSTA ANDRADE É AJUDANTE

GERAL READAPTADA NO CCIM RICHER

ROMANO NETO, CURSA O 2º SEMESTRE

DA FACULDADE DE ARTES PLÁSTICAS

COM BOLSA TOTAL CONSEGUIDA

PELO ENEM

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TIC

AS

DE

ENSI

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AE.M. “Profª Cynira Oliveirade Castro” organizou, para

a comemoração da Semana daCriança no mês de outubro,uma gincana com atividadesesportivas, culturais, artísticase de solidariedade.

Os alunos foram divididosem cinco equipes e identifica-dos com nomes de autores estudados no decorrer do anopelo projeto desenvolvido naescola, chamado “ResgatandoValores Através da Leitura”.

Foi muito gratificante pre-senciar a alegria dos alunos eo interesse na participação eno cumprimento das tarefaspropostas, como por exemplo:procurar a carteira de identi-dade mais antiga e a Certidãode Nascimento mais recente evir à escola caracterizado co-mo algum personagem da his-tória do autor que identificavasua equipe.

A doação de brinquedos,novos ou usados em bom es-tado, para uma creche pró-xima da escola trouxe muitaalegria e fortes emoções a to-dos. A equipe ficou sensibi-lizada ao ver crianças, quemuitas vezes não têm muitopara dar, doarem seus pró-prios brinquedos, dizendo quehá pessoas que precisam mui-to mais do que eles.

Os alunos tiveram a opor-tunidade de demonstrar suacriatividade e modelar commassinha alguns personagensrelacionados aos autores. Par-

FLÁVIA PACCES E ANDRÉIA DA PENHA MARTINS

1918

PRÁ

TIC

AS

DE

ENSI

NO

Conscientes de nossa respon-sabilidade, enquanto Equi-

pe Escolar, como propulsoresde uma educação que visa aformação de cidadãos críticose participativos, capazes depromover transformações so-ciais, é que pautamos nossotrabalho para um ensino igua-litário e democrático.

Sendo assim, procuramosatingir as metas propostas nes-tas diretrizes, observando-ascomo referências e critérios aserem implementados pormeio de ações e práticas pe-dagógicas.

Trabalhando num meiosocial carente, nos deparamostodos os dias com problemassociais de injustiças e discri-minações, que, muitas vezes,marcam nossos alunos de for-ma irreparável.

Por este motivo, lutamospara que as idéias que envol-vem a construção da cidadania,a preservação e o conheci-mento da cultura e da identi-dade de nosso povo, tornem-serealidade em nossa UnidadeEscolar e comunidade.

A cultura Afro-Brasileira nas escolas municipaisDiretrizes CurricularesNacionais para a Educação dasRelações Étnico-Raciais e para oEnsino de História e CulturaAfro-Brasileira e Africana –Indicação CNE/CP nº 1/2004

MARIA DA APARECIDA SENZICK

festas indígenas. Essa ativi-dade foi baseada em fotos daFesta Nacional do Índio, queacontece na cidade vizinha deBertioga. Dessa forma, bus-camos sair dos livros e passarpara a atualidade, mostrandoum pouco de como vivem, ho-je em dia, os índios no Brasil.Foram feitas exposições de fo-tos, instrumentos e objetos, co-mo: pau-de-chuva, cocares, etc.

Sobre a cultura afro-bra-sileira e africana, não só emdatas como: 13 de Maio – Diada Abolição dos Escravos ou20 de Novembro – Dia Nacio-nal da Consciência Negra, sãoressaltados temas que abor-dem essa questão. Procuramosimplementar, de forma diver-sificada, o estudo da identi-dade cultural em todas as dis-ciplinas que trabalhamos.

DESTACAMOS OS SEGUINTES

INSTRUMENTOS:

1- Atividades em sala de aula:textos, caça-palavras, mapasBrasil/África – localização, cru-zadinhas, exercícios de pes-quisa, leitura, etc;2- Trabalhos com jornal, revis-tas e notícias;3- Utilização da mídia: tele-visão, DVD e computadorespara esse trabalho;4- Trabalho com flores e ani-mais de diferentes cores;5- Histórias, como o liivro“Menina bonita do laço defita”, de Maria Clara Machado,que trata da herança racial eda miscigenação.

AÇÕES

- Trabalho com personalidadesda raça negra, como atores,cantores, esportistas e políticos.- Nas datas de 21 de Março –Dia Internacional de Luta pelaEliminação da Discriminação

É uma tarefa árdua, masnão impossível, quando nosunimos e percebemos que aonosso redor, estamos cercadosde oportunidades para traba-lhar com essa diversidade ecom o multiculturalismo denossa gente.

Nossos alunos trazem pa-ra a escola uma bagagem rica eampla de conhecimentos e cul-turas advindas de suas tra-dições e vivências familiares ecomunitárias. Temos a maioriade alunos negros ou pardos,como podemos constatar pelaspesquisas do IBGE. Jamais po-deríamos ficar indiferentes aseus anseios e esperanças degalgarem sonhos, antes vistoscomo impossíveis.

Dessa forma, descrevemosaqui algumas atividades de-senvolvidas em nossas aulas

com o intuito de conscientizare melhorar as relações étnico-raciais em nosso meio.

Em datas, como 19 deAbril – Dia do Índio, de formainterdisciplinar, os professoresdesenvolveram as seguintesatividades: roda de conversas,discussões, trabalhos de inter-pretação de textos, desenho ecolagem de recortes e jornal.Buscou-se utilizar todos os ele-mentos que pudessem ilustrara vida e o que aconteceu comas comunidades indígenas des-de a época da colonização denosso país. Também procura-mos saber se havia entre nósdescendentes de povos indígenas.

No auge do trabalho, fo-ram feitas apresentações decoreografias de danças pelosalunos da 4ª série, em que osmesmos encenaram rituais e

Racial e outras datas, como 13de Maio e 20 de Novembro, fo-ram realizados trabalhos comexposições das atividades dosalunos e suas pesquisas.-Trabalhos com flores e ani-mais iguais, porém, de coresdiferentes. Desta maneira, osalunos percebem que as coresmudam, mas suas possibili-dades são as mesmas.- Educação de Jovens e Adultos(EJA): atividades com filmes,como a biografia de Steve Biko;conversas sobre herança raciale cultural; discussões sobre ainfluência cultural no bairro pe-los chineses e outras etnias.- Personagens infantis: Pele-zinho, de Maurício de Souza.- Festas com manifestações fol-clóricas: danças, Moçambique eCongadas; fotos da Festa do Di-vino com a Entrada dos Palmi-tos em Mogi das Cruzes e relatodos alunos que participaram.- Folclore: exposição com len-das, peças e objetos da culturaafricana; suas contribuições, re-ceitas de comidas, danças, es-porte e religião.

- Jogos e brincadeiras: pesquisae desfile de roupas típicas,brinquedos que respeitem aetnia africana (como boneca dacor negra). Neste dia as alunastrouxeram suas bonecas para a escola.- Estudo das Artes Plásticas: tra-balhos com pintores e escultoresque retrataram a cultura afro-brasileira: Aleijadinho, Tarsilado Amaral, Cândido Portinari.

Nossa proposta de tra-balho visa resgatar a auto-es-tima dos alunos por meio desua própria história, respei-tando as diferenças raciais eculturais, o que contribui paraum enriquecimento constanteda aprendizagem de nossascrianças e porque não, da nos-sa própria aprendizagem co-mo seres humanos.

Pois, a cidadania se fazcom respeito, humanidade ejustiça. Instrumentos essenci-ais para a construção da identi-dade de um povo.

MARIA DA APARECIDA SENZICK É

DIRETORA DA EM ANA MARIA

BARBOSA GARCIA

2120

Segundo a definição das Na-ções Unidas, “voluntário é o

jovem ou adulto que devidoao seu interesse pessoal e aoseu espírito cívico, dedica par-te do seu tempo, sem remu-neração alguma, a diversasformas de atividades, organi-zadas ou não, de bem estar so-cial, ou em outros campos”.

Para ser um voluntário, oindivíduo precisa gostar doque realiza, comprometendo-se, apenas, com o tempo deque realmente dispõe para executar as tarefas, não assu-mindo responsabilidades quenão poderá cumprir.

Atualmente, o trabalhovoluntário é uma possibili-dade de ação cívica, bemcomo, uma ação voltada parao bem alheio ou determinadopúblico alvo. Resolvemos, se-guindo essa afirmação, im-plantar na nossa escola, oprojeto do voluntariado; sendoo mesmo, um incentivo à par-ticipação da comunidade nestetrabalho solidário. São pessoasou grupos desenvolvendo ati-vidades educacionais comple-mentares às atividades extra-curriculares formais e de cida-dania, em benefício dos alu-nos, da própria escola e seusprofissionais da comunidade.

Através de reuniões peda-

uma determinada série tam-bém recebeu a mesma lem-brança por participar doconcurso. Além disso, umacamiseta foi entregue a cadavoluntário.

Nosso trabalho teve iníciono dia 5 de agosto com osseguintes cursos: dança, reci-clagem, capoeira, artesanato,tear, crochê e xadrez. As cri-anças inscreveram-se com aprofessora. Foi necessária aelaboração de listas de reserva,pois o objetivo do projeto éatender todos os alunos.

Apesar do pouco tempo,vemos que este projeto traráótimos benefícios para nossaunidade escolar e os alunos.Afinal, muitas crianças nãotêm acesso a atividades e cur-sos diferenciados, e este pro-jeto é uma ótima oportunidadepara desenvolver no edu-cando, seu potencial criativo eintelectual. Os alunos adoramparticipar dessas atividades ecomentam, entusiasmados, comas professoras sobre as aulas dofinal de semana. Fizemos umaescala de vagas para que todosos alunos de todas as sériesparticipassem igualmente das

gógicas, a equipe escolar deter-minou quais seriam as açõespara que esse trabalho volun-tário fosse iniciado com o obje-tivo de que todo o corpo dis-cente participasse. Primeira-mente, houve a divulgação pa-ra a comunidade de que a nos-sa escola seria aberta aos sába-dos para atividades extracur-riculares, voltadas ao nossocorpo discente, garantindo apresença do voluntário e suasrespectivas funções ou cursos.

Fizemos um concurso paraescolher o logotipo e a fraseque estamparia a camiseta pa-ra os voluntariados e nossaequipe escolar. O concurso foidividido em duas etapas: pri-meira, o desenho sobre o tra-balho voluntário para as 1ª e 2ªséries e na segunda, a criaçãoda frase para as 3ª e 4ª séries.

Na escolha dos vencedores

das duas categorias, as edu-cadoras não participaram. Osvencedores foram escolhidospelos funcionários da escola.As professoras votaram a corazul para as camisetas, queforam confeccionadas com afrase e o logotipo eleitos.

Como todo projeto neces-sita de um evento de abertura,fizemos seu lançamento no dia04 de agosto com a presença detodas as professoras, fun-cionários e a comunidade. Osvoluntários participantes fo-ram chamados para serem ho-menageados e os alunos decada série apresentaram ativi-dades, como: jogral, teatro,música e dança; enfatizando otema do trabalho voluntário.

As crianças ganhadoras dodesenho e da frase foram ho-menageadas com uma meda-lha, sendo que cada aluno de

atividades, visto que a demo-cracia começa na escola.

Portanto, em um mundoonde as inversões de valores sefazem uma premissa, nós edu-cadores temos como dever,mostrar que a esperança se fazpor meio de ações que “fazemo bem sem olhar a quem”,partindo de dentro da família,da escola e de nossa comu-nidade. Não adianta mandaralimentos para outro país, se oasilo próximo não tem o queservir aos idosos.

O novo paradigma se fazem reativar ações solidárias comintuito de transformar o pre-sente, alicerçado num passadoem constante conflito e um fu-turo que pode ser diferente, senos conscientizarmos quanto aqualquer ação que possa preju-dicar o outro, acabando com aprática de levar vantagem emtudo, ou, “se os políticos fazem,também posso fazer”.

Cabe à sociedade dividirresponsabilidades com açõesque sejam sementes plantadaspara a colheita de um futuromelhor, em que cada um po-derá afirmar com consciênciaque fez sua parte.

Esta consciência se cons-trói com experiências vividasem cada família e no acom-panhamento da sociedade e-ducacional, social, religiosa,familiar e política. Você é ca-paz de ajudar o próximo. En-tão, inicie ajudando quem estáao seu lado. Cabe à escola pro-mover ações, que desenvolvamo espírito voluntário e solidário,iniciando as crianças em expe-riências de contato com pessoasdispostas a fazerem o trabalhovoluntariado, sendo assim, es-tamos nos empenhando em fa-zer a nossa parte.

EQUIPE ESCOLAR DA EM ANA

LÚCIA FERREIRA DE SOUZA

PRÁ

TIC

AS

DE

ENSI

NO

Alunas da EM "Ana Lúcia Ferreira de Souza" visitam oasilo e aprendem na prática o que é ser voluntário

O Trabalho Voluntário nas escolas

2322

Nós, brasileiros, fomos cha-mados mais uma vez para

escolher livremente nossos go-vernantes. Assim, a campanhaeleitoral, veiculada em todosos meios de comunicação, e asconversas em família ou nosgrupos de amigos, fazem comque as crianças, desde cedo, es-tejam inseridas no assunto.Pensando nisso, a Escola Mu-nicipal “Sérgio Benedito Fer-nandes de Almeida” esteve,nos dias 27 e 28 de setembro,promovendo atividades com oobjetivo principal de transmitirà criança a importância dovoto consciente e incentivá-la aexercer sua cidadania.

Tendo como base nossoprojeto de Dramatização, pri-meiramente fizemos um teatro,que teve animais como perso-

nagens. Na história, os bichi-nhos desejavam escolher seurepresentante, pois o “Mundodos Bichos” apresentava mui-tos problemas.

De olho na interdiscipli-naridade, aproveitamos paratrabalhar o habitat dos seguin-tes animais: cachorro, macaco,arara e galinha. Realizamosrodas de conversa sobre oscandidatos, trava-língua, músi-cas dos personagens, escritaespontânea, desenhos, recontoda história pelas crianças, con-fecção de fantoches, pesquisasem revistas sobre os animais,entre outras atividades.

Confeccionamos um car-taz de cada candidato para quepais e funcionários tomassemconhecimento da eleição e nofinal do período de “Propa-ganda Eleitoral”, cada um pu-desse também participar com oseu voto. Os alunos foram orientados a votar somente emum dos candidatos.

Para finalizarmos, fizemosa contagem dos votos, divul-gamos para as crianças e descrevemos em um cartaz, o resultado da eleição: o ca-chorro venceu. Neste momento,todos fizeram um fantoche do vencedor. Cada criança re-presentou o animal a partir de sua criatividade com re-cortes e colagens.

Enfim, foi uma atividadeenriquecedora para todos naescola, principalmente para ospequenos, o que colaboroutambém para a união entre assalas em prol de um mesmoobjetivo: eleger o melhor can-didato!

VANESSA GERLINGER ROMERO É

PROFESSORA DE EDUCAÇÃO

INFANTIL NA EM DR. SÉRGIO

BENEDITO FERNANDES DE ALMEIDA

Experiências do VOTO

VANESSA GERLINGER ROMERO

Comissões: Temática, Infra-estrutura, Comunicação, Cultura,Relações Internacionais, Finanças.

Alto Tietê se mobiliza peloFórum Mundial de EducaçãoOs trabalhos para a organiza-

ção do Fórum Mundial deEducação Alto Tietê, que acon-tecerá entre os dias 12 e 16 desetembro de 2007 e terá Mogidas Cruzes como cidade an-fitriã, estão mobilizando au-toridades da região e repre-sentantes da sociedade civilpara este grande movimento.O Comitê Organizador se sub-dividiu em comissões de tra-balho a partir da escolha dotema “Educação: Protagonis-mo na Diversidade”.

A expectativa da organiza-ção é que os municípios doAlto Tietê recebam cerca de 40mil pessoas do Brasil e exte-rior. A comissão de Infra-Estru-tura já está trabalhando paradeterminar os locais destina-dos aos eventos e ao aloja-

mento dos visitantes. As ativi-dades das comissões de Temá-tica, Comunicação, Finanças eRelações Internacionais tam-bém foram iniciadas. A novi-dade para esta edição é acriação da comissão de Cultura.

A participação tem sido amarca deste período inicial e asdecisões são tomadas por con-senso entre os integrantes doComitê Organizador. Até omomento foram registradasmais de 40 adesões. O Fórumestá sendo construído por todaa sociedade da região e con-tinua recebendo novas adesões.

É um grande movimentode pessoas em torno de umacausa. Serão diferentes açõespela educação de todos e todas.

PARTICIPE VOCÊ TAMBÉM!

ESPECIAL

COMO SE DÁ ESSA CONSTRUÇÃO COLETIVA E HORIZONTAL EXISTENTE NOS FMES?

Conselho Internacional (CI) Secretaria Executiva (SE) Comitê Organizador (CO)

... QUE FÓRUM E CONGRESSO SÃO ATIVIDADES DIFERENTES?CONGRESSO – É UM EVENTO, REUNIÃO, ENCONTRO DE CIENTISTAS, DIPLOMATAS OU MEMBROS DE UMA

CLASSE PARA TRATAREM DE PROBLEMAS NACIONAIS E/OU INTERNACIONAIS. (DICIONÁRIO AURÉLIO-2001)

FÓRUM – É UM MOVIMENTO DOS MOVIMENTOS EM MOVIMENTO, CONSTRUÍDO POR UM COMITÊ

ORGANIZADOR, FORMADO POR ENTIDADES GOVERNAMENTAIS E NÃO GOVERNAMENTAIS. (GADOTTI,EDUCAR PARA OUTRO MUNDO POSSÍVEL-2006)

... COMO ELES SÃO ORGANIZADOS?CONGRESSO – GERALMENTE É ORGANIZADO POR UNIVERSIDADES OU EMPRESAS COM PROGRAMAÇÃO,

DATA E LOCAL DETERMINADOS.

FÓRUM – É UM PROCESSO DE CONSTRUÇÃO COLETIVA E HORIZONTAL. OU SEJA: O FÓRUM “ESTÁ

SENDO”. NÃO COMEÇA E TERMINA EM “DATAS X”. É UM PROCESSO EM CURSO. VO

SA

BIA

...

Reunião de comissões do ComitêOrganizador e formação com oprofessor Moacir Gadotti, doInstituto Paulo Freire

2524

EDUCAÇÃO INFANTIL (MUNICIPAL)

1º lugar: Maria Angela Aparecida Pires de Lima - EscolaMirim de Trânsito - Mogi

2º lugar: Tânia Nunes da Conceição Prado - EM AntonioPaschoal Gomes de Oliveira - Mogi

3º lugar: Claudia das Graças Telles Vieira - EM Prof. JacksGrinberg – Mogi

ENSINO FUNDAMENTAL – CICLO I (MUNICIPAL)

1º lugar: Ana Maria da Silva - EM Prof. Dermeval Arouca - Mogi

2º lugar: Silvia Helena dos Santos Rossi - EMEF do Caic de Suzano

3º lugar: Aretusa Brandão Brito Lourenço - EM Ver. Astréa Barral Nébias - Mogi

ENSINO FUNDAMENTAL – CICLO I (ESTADO)

1º lugar: Eduardo de Campos Garcia - Escola de Tempo Integral Paulo Tapajós - Mogi

2º lugar: Sonia Rodrigues Pinto - EE Profª Maria Aparecida de Faria - Mogi

3º lugar: Maria Adenise Barth Rodrigues - EE Coronel Almeida - Mogi

ENSINO FUNDAMENTAL – CICLO II (ESTADO)

1º lugar: Eduardo de Campos Garcia - EE José Ribeiro Guimarães - Mogi

2º lugar: Osmarinda de Oliveira Martins - EE Profª Jandyra Coutinho - Suzano

3º lugar: Rodnei dos Anjos - EE Nemésio Cândido Gomes - Itaquá

ENSINO FUNDAMENTAL – CICLO II (PARTICULAR)

1º lugar: Yoshico Takasaki Capucho - Colégio Bandeirantes – Mogi

2º lugar: Rosemeire Scudeler Cigana de Godoy - Instituto Dona Placidina – Mogi

3º lugar: Alessambra Ambrósio - Centro Educacional Sesi 113 – Vila Industrial (Mogi)

ENSINO MÉDIO (ESTADO)

1º lugar: Walter Rodrigues de Aguiar - EE Dr. Washington Luís - Mogi

2º lugar: Patrícia de Oliveira Lopes Costa - EE Profª Helena Urbano Nagib – Mogi

3º lugar: Teresinha Cristina Alves da Silva - EE Dr. Deodato Wertheimer – Mogi

EJA / ENSINO PROFISSIONALIZANTE

1º lugar: Denise do Carmo Matheus dos Santos - Sesi CE 081 – Jardim Monte Cristo (Suzano)

2º lugar: Márcia Rosana Soares dos Santos - EM Dr. Álvaro de Campos Carneiro - Mogi

3ª lugar: Daniel Agostinho Caneschi - Microlins Centro de Formação Profissional – Mogi

EDUCAÇÃO ESPECIAL

1º lugar: Maria Isabel Zarelli Costacurta - EEIEF Profª Botyra Camorim Gatti –Apae de Mogi

2º lugar: Gislaine Cristina dos Reis Celso - EEIEF Profª Botyra Camorim Gatti –Apae de Mogi

3º lugar: Anamaria Teixeira Pinto - EEIEF Profª Botyra Camorim Gatti –Apae de Mogi

VENCEDORES

DO PRÊMIO

MOGI NEWS 2006 PROFESSOR CIDADÃO

ESPECIAL

Pioneiro em iniciativas comoo Prêmio de Responsabili-

dade Social e Empresarial doAlto Tietê, Mulher de Expres-são e Top Of Mind, o MogiNews, dentro do seu compro-misso social enquanto órgãode comunicação, realizou pelosegundo ano consecutivo oPrêmio Professor Cidadão quehomenageou na noite do dia31 de outubro os professoresque fazem da cidadania umaprática permanente em sala de aula.

A entrega do prêmio, quecontou com o patrocínio do Instituto General Motors (GM)e a co-realização da Universi-dade de Mogi das Cruzes(UMC), foi digna da importân-cia do trabalho que eles desen-

volveram em sala de aula. Aotodo, foram premiados 24 pro-fessores (confira o resultado noquadro) de oito categorias devárias cidades da região.

Como reforça o diretor-presidente do Mogi News, Sid-ney Antonio de Moraes, emtodo o Alto Tietê não se tem oconhecimento de outra em-presa de comunicação que temse preocupado tanto com aqualidade e a valorizaçãodestes profissionais que as-sumem diariamente o compro-misso de transmitir conhe-cimento e transformar seusalunos em cidadãos conscien-tes de seus deveres e direitos.

“Nosso compromisso so-cial vai além da informação.Através do projeto Cidadania –

ler para saber mais – por exemplo, que já distribuiu maisde 79,2 mil jornais às escolaspúblicas da região, temos pos-sibilitado aos estudantes o con-tato diário com o jornal em salade aula para estimular a leiturae desenvolver o senso crítico”.

O diretor comercial doMogi News, Wilson Bego,destaca que o objetivo da açãofoi homenagear e reconhecerestes profissionais que fizeramda cidadania um exercício per-manente em sala de aula: “É omínimo que podemos fazercom relação a esta classe que,diante das inúmeras dificul-dades que enfrentam em seudia-a-dia, não perderam aforça e o entusiasmo paratransformar as suas aulas em

Prêmio Professor Cidadão:Mogi News reconhece e

valoriza professoresGISLEINE ZARBIETTI

um espaço permanente para o exercício da cidadania”.

A iniciativa pioneira doMogi News em premiar osprofessores que se destacaramem sua tarefa de ensinar foilançada inicialmente em agos-to de 2005, com o objetivo deidentificar e premiar práticaseducativas realizadas em esco-las de Mogi que apresentaramresultados positivos em salade aula. Este ano, o prêmio foiaberto às escolas de todo oAlto Tietê.

Além da premiação, osprojetos vencedores foram di-vulgados em um suplementoespecial do Mogi News que foiencartado na edição do dia 1ºde novembro. Os 24 vence-dores receberam certificados euma assinatura de um ano dojornal Mogi News ou Diáriodo Alto Tietê. Os demais par-ticipantes foram contempla-dos com certificados de par-ticipação e com uma assi-natura de três meses de umdos jornais.

GISLEINE DE REZENDE ZARBIETTI É

JORNALISTA DO JORNAL MOGI NEWS

LUCIANA GOMES / MOGI NEWS

2726

Atorcida formada por 1,5 milpessoas, que lotaram o giná-

sio de esportes da Universi-dade Braz Cubas na tarde dodia 31 de outubro, era formadapor representantes de váriasescolas da região, mas numacompetição saudável e amis-tosa, os alunos comemoravama cada prêmio concedido peloDesafio e Conquista, pro-movido pela TV Diário emparceria com a UniversidadeBraz Cubas (UBC).

Foram premiados os trêsprimeiros colocados da etapade Redação, em cinco catego-rias (que dividiam os estu-dantes de acordo com as sériesdos ensinos Fundamental eMédio). O terceiro colocadolevou para casa uma bicicleta18 marchas, o segundo ganhouum televisor de 21 polegadas eo primeiro um computador.

Na sexta categoria, corres-pondente aos 3º e 4º anos doensino Médio, foram premi-adas as alunas Marisa Barbosade Ávila, de Arujá, e CamilaCris-tina Lunard, de Mogi, queconseguiram respectivamenteo 3º e o 2º lugares da com-petição. Já o primeiro colocado,Potiguara de Souza da Costa,da Escola Técnica “PresidenteVargas”, ganhou uma bolsa in-tegral de estudos da UBC e foisurpreendido ao ter suaredação publicada em umpainel de tecido exposto noginásio.

Na etapa de conhecimen-

ESPECIAL

“Desafio e Conquista”:Vencedores comemoram prêmios

JULIANA NAKAGAWA

cimentos gerais. Aluno da ETEPresidente Vargas, o jovem de17 anos comemorou a colo-cação e disse que vai se es-forçar para ganhar a bolsa deestudos. “Foi uma surpresa.Fico feliz por mim, pela minhaescola e agora, vou rumo àbolsa de estudos”, disse.

Já a estudante CarolineSouza Santos, que ganhou o 1ºlugar na categoria III (5ª e 6ªsérie do Ensino Fundamental),disse que não esperava vencera competição. “Não viria à pre-miação porque nem imaginavaque ganharia. Levarei um com-putador, que vai me ajudar nosestudos”, finalizou.

VENCEDOR GANHA BOLSA

E TRABALHO

Uma bolsa de estudos naUBC, no curso de Adminis-tração, e um emprego garan-tido por um ano na mesmaárea. Essas foram as conquistasdo mogiano Potiguara de Sou-za Costa, 21 anos, vencedor daúltima etapa do concurso De-safio e Conquista, promovidopela TV Diário e UBC.

Além da fase de dinâmicaprofissional, cujo resultado foi

divulgado no dia 10 de novem-bro, Costa também foi o pri-meiro colocado da primeiraetapa da competição, que cor-respondeu às redações escritaspor 178 mil alunos da Região,provenientes de escolas públi-cas e particulares.

Como já havia ganhado abolsa de estudos na UBC pelobom desempenho obtido naprimeira etapa, o candidatoconcorreu nessa terceira so-mente à vaga de emprego,assim como Carlos HenriqueAveiro de Souza, vencedor dasegunda fase do concurso, a deconhecimentos gerais.

Desta maneira, a bolsa deestudos que Costa teria comoprêmio por ter conquistado aterceira etapa foi passada aosegundo colocado na dinâmi-ca, Hector Rafael dos Santos,da Escola Técnica Estadual(ETE) Presidente Vargas. A ins-tituição de ensino, da qualCosta também era estudante,ganhou um troféu em home-nagem ao bom desempenho deseus alunos.

Nessa última fase, os 12classificados entre um uni-verso de 1,1 mil alunos - dos 3º

e 4º anos do Ensino Médio -passaram por testes, entrevis-tas individuais e dinâmicas degrupo a fim de identificar suaspotencialidades.

Agora, Potiguara Costapassará a ser estudante e fun-cionário da Braz Cubas. "Abolsa e o emprego são prêmiosmateriais. O que ganhei aquifoi também o reconhecimentoe o carinho das pessoas", de-clarou o mogiano, que confir-mou ter estudado e se pre-parado para a redação, lendolivros e buscando referências.

Seu pai, Israel AgostiniCosta, também ressaltou a im-portância da bolsa e do em-prego na renda familiar. "Es-tava receoso porque teríamosde nos sacrificar para pagaruma faculdade, mas ele con-seguiu a bolsa. O resultado dehoje veio coroar o esforço deanos do meu filho", disse.

O estudante Hector Rafaeldos Santos, por sua vez, come-morou emocionado, a bolsa deestudos integral. "Não espe-rava chegar tão longe. Essa écom certeza minha principalvitória até agora", disse ojovem, que desde a 4ª série do

Leandro Marzagão, Renato Concenza, Dino Rodrigues, da TV Diárioentregam prêmio para Carlos Henrique Aveiro de Souza, vencedorda segunda fase do concurso; ao lado de Roseli Prado, Paulo Gomes

e Daniel Ferrari

Auclésio Ranieri, do Sesi,Amália, Teresa Lúcia,dirigente regional deensino, Saul Grinberg, pró-reitor administrativo daUBC e Renato Concenza,da TV Diário, entregamprêmio ao estudantePotiguara de Souza Costa,da ETE "Presidente Vargas"

tos gerais, foi premiado o estu-dante da Escola “Professor Adhemar Bolina”, de BiritibaMirim, Carlos Henrique Avie-ro de Souza, que também ga-nhou uma bolsa de estudosintegral.

Outros 10 estudantes queobtiveram boa pontuação nasoma das etapas de redação econhecimentos gerais segui-ram para a fase de dinâmica degrupo e concorreram a maisuma bolsa de estudos e umavaga de emprego.

O diretor executivo doGrupo Diário, Paulo Siqueira,destacou que a novidade de in-crementar o concurso com apossibilidade do primeiro em-prego traz inúmeros benefíciossociais. “Hoje em dia, está cadavez mais difícil conseguir umestágio remunerado, assim queos alunos saem da faculdade.

Estamos criando oportunida-des e sabemos que o projetonão resolverá todos os proble-mas, mas que este seja um e-xemplo a ser seguido, em prolda educação”, disse.

Siqueira apontou aindaque cada estudante premiadodeve servir como multipli-cador, ou seja, referência con-creta de que uma nova reali-dade pode ser construída.

O pró-reitor administra-tivo da UBC, Saul Grinberg,apontou que a parceria com o Grupo Diário viabiliza atransformação de vidas. “Todomundo merece emprego e educação. Queremos dar osdois”, declarou.

Entre os alunos premiadosestava Hector Rafael dos San-tos, que ficou em segundolugar na soma de pontos daredação e da prova de conhe-

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Otítulo de um trabalho é oprimeiro contato entre o

leitor e o autor, razão sufi-ciente para justificar o esforçode muitos pesquisadores comesta parte do discurso, seja eleliterário, científico, religioso,social, político, ou mesmo,comercial. Este início precisaapresentar características essen-ciais para ser ético, de modo anão iludir ou enganar o leitor;ser crítico, assegurando a pro-ximidade do informado com arealidade; ser criativo paradizer muito com poucas pala-vras e ao mesmo tempo, seratraente para o leitor.

O começo não pode sermuito longo (10 a 12 vocábu-los) e deve ser um excelente in-dicativo do conteúdo do textocomo um todo para não ludi-briar o possível leitor. Cabe aosdocentes, o ensino das regras aserem seguidas e a tarefa de de-senvolver nos alunos as com-petências para criticar e criarbons títulos.

Exemplos de atividadesque demonstraram eficiênciapara tanto, são aqui lembrados. 1. Ler o título e imaginar oconteúdo do texto (com roteiropara turmas menos compe-tentes e sem roteiro para asmais competentes); ler o textoe confrontar com o título e oimaginado a partir dele; me-lhorar o título. 2. Após a leitura de qualquertexto (jornalístico, literário,científico), trabalhar indivi-

Título de Trabalhos:Criatividade e Criticidade

GERALDINA PORTO WITTER

dualmente ou em pequenosgrupos para melhorar o títulodo trabalho.3. Comparar possíveis títulospara um mesmo trabalho, fa-zer mesa-redonda para discus-são, debates, etc.4. Em pequenos grupos, escre-ver o máximo de títulos queconseguirem para um mesmotexto; indicar as vantagens edesvantagens de cada um (semesquecer o leitor); hierarquizá-los do melhor para o pior; apresentar e defender o me-lhor título diante da classe; es-colher o melhor entre os me-lhores por voto individual se-creto por todos os alunos.5. Em classes mais avançadas,ler dois ou três trabalhos sobreo mesmo assunto; analisar,criticar e fazer sugestões paramelhorar os títulos; fazer a de-

fesa das propostas de correção.6. Tirar o título de textos, apósa leitura dos alunos, para queindividualmente ou em gru-pos pequenos, eles atribuamum título; comparar um outrotítulo com o título atribuídopelo autor.

Há centenas de outras ati-vidades para desenvolver cria-tividade e criticidade com éti-ca, a partir do trabalho com otítulo. A eficiência cientifica-mente comprovada é a garan-tia de um bom resultado. Éimprescindível que todos osprofessores cuidem destes as-pectos ao trabalharem comseus alunos.

GERALDINA PORTO WITTER É

PEDAGOGA, PSICÓLOGA, DOUTORA

EM CIÊNCIAS (PSICOLOGIA) – USP ELIVRE DOCENTE EM PSICOLOGIA

ESCOLAR

ESPECIAL

Ensino Fundamental sonhaem cursar Farmácia ou Bio-química e terá seu objetivo al-cançado na UBC.

A dirigente regional deEnsino, Teresa Lucia dosAnjos Brandão, destacou aimportância do evento. "Aleitura e a escrita são ferra-mentas de inclu- são nomundo atual e este eventocontribui para a melhoria daqualidade do ensino", avalia.

Também estiveram na pre-miação, representantes da UBCe da TV Diário - Renato Cocen-za, Leandro Marzagão, DanielFerrari, Dino Rodrigues, RoseliPrado e Paulo Gomes.

JULIANA NAKAGAWA É JORNALISTA

DO “O DIÁRIO DE MOGI”. ESTA É

UMA REPRODUÇÃO DAS MATÉRIAS

“VENCEDORES COMEMORAM

PRÊMIOS” (01/11/06) E“VENCEDOR GANHA BOLSA E

TRABALHO” (11/11/06),PUBLICADAS NO CADERNO CIDADES

DO REFERIDO JORNAL

Ao lado, Thiago Esteban Longo, aluno do 3º termo do cursode Educação de Jovens e Adultos (EJA) da EM "EmilieNehme Afonso" conquistou o 3º lugar na caategoria II (3ª e 4ª séries) com a redação “Juntos fazemos adiferença”; acima, o pequeno Robson William de MeloAlmeida, da EM "Profa. Etelvina Cáfaro Salustiano foi ovencedor da categoria I (1ª e 2ª séries)

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Projeto “JundiapebaPlantando para o Futuro”

Uma Parceria entre Escola e Comunidade que deu certo

LUCIMARA FERRELI DE CAMPOS BUENO FERRAZ

“A educação não pode concentrar-se em reunir pessoas fazendo-asaderir a valores comuns. Deve,também, responder à questão:viver juntos, com que finalidade,para fazer o que? E dar a cadaum, ao longo de toda a vida, acapacidade de participar,ativamente, num projeto desociedade.” (Jacques Delors)

Algumas das principais mu-danças da educação para o

século XXI, centram-se sobre apossibilidade das instituiçõesescolares buscarem parceriaspara otimizar um ensino dequalidade. Sabe-se que a LDB9394/96 proclama nos artigos12 e 13, incisos I e IV e I e VI,respectivamente, as incum-bências das instituições e dosdocentes, ressaltando a impor-tância da participação e a inte-gração da escola com a comu-nidade. Uma parceria articu-lada por meio de ações que fa-voreçam o reconhecimento dafunção social da escola e a for-mação do sujeito consideran-do-o como ser social e singu-lar, em pleno desenvolvimentode suas potencialidades.

A responsabilidade com-partilhada entre as instituiçõesdeve promover no interior dasescolas uma proposta pedagó-gica que atenda os objetivoseducacionais, os princípios e

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fins da educação, o acesso e apermanência dos alunos, eacima de tudo, a garantia doprogresso no processo deaprendizagem.

Para assegurar que a co-munidade esteja integrada àescola, a proposta pedagógicaao ser elaborada deve contarcom a participação coletiva do

corpo docente e administra-tivo, funcionários e represen-tantes da comunidade quedemonstrem interesse por es-tas questões. O projeto devetambém considerar as peculia-ridades da comunidade, suasnecessidades, cultura, anseiose identidade.

Elaborado em 2004, sob a

forma de um programa in-terescolar o projeto “Jundia-peba Plantando para o Futu-ro” tem o propósito de ofere-cer à comunidade, um espaçovoltado para a prática dacidadania, ampliando as opor-tunidades, ora individuais, oracoletivas, para a melhoria daqualidade de vida e das re-lações sociais e, fortalecendo aimagem da escola.

Para elucidar esta inicia-tiva, destacamos que o Dis-trito, situado na área periféricade Mogi das Cruzes, com ne-cessidades significativas paraseu desenvolvimento, contouao implantar o projeto com aparticipação das Creches Sub-vencionadas, do Centro deConvivência Infantil e das Es-colas de Educação Básica. Aospoucos, os participantes foramagregando às ações pedagógi-cas, cursos, palestras e fórunsque ao serem apoiados porparceiros importantíssimos,promoveram a mobilização dacomunidade e a conscientiza-ção para sua plena execução.

A comunidade, ao serchamada a participar dasações, foi apresentando seusanseios e aos poucos, contem-plando a meta do projeto: bus-car a melhoria da qualidade devida destes munícipes e aconscientização sobre as ques-tões ambientais. Além dos co-merciantes e das empresas dobairro, o apoio da Diretoria deEnsino, da Prefeitura Munici-pal, da Secretaria de Educação,da Secretaria de Serviços Ur-banos, da Administração Re-gional de Jundiapeba e do De-partamento do Meio Ambien-te, aos sujeitos mais importan-tes que mobilizam o projeto: osalunos e seus pais, que têmpossibilitado a realização, des-

de então do plantio de espéciesnativas da Mata Atlântica.

A princípio, a atividade foirealizada dentro das escolaspara facilitar o trabalho deforma interdisciplinar, aten-dendo à ampliação das áreasde conhecimento e viven-ciando ações que envolvessemo desenvolvimento de valoreshumanos, como responsabili-dade, respeito, cooperação e oresgate da auto-estima. Tam-bém possibilitou a dissemi-nação do conhecimento geo-gráfico do bairro; das espéciesda Mata Atlântica; condiçõeshistóricas que transformaramo meio ambiente; condiçõesnaturais para o crescimentodas plantas e informações so-bre o tempo de crescimento.Além disso, procuramos ashipóteses para solucionar taisproblemas e conhecer, atravésde pesquisa e leituras adequa-das, a faixa etária de cada seg-mento; como preservar e aomesmo tempo assumir o com-promisso de cuidar das espé-cies do tipo: ipê roxo, ipê ama-relo, pata de vaca branca, fa-rinha seca, acácias, aroeiras, pi-tangueiras, entre tantas. A par-

tir destes conhecimentos, foirealizado o plantio em tornodas escolas.

O sucesso deste programase dá pela participação dosquase seis mil alunos destas es-colas que junto a seus pais,amigos e colaboradores con-cretizam atividades planejadase ações em conjunto com osdocentes para alcançar um ob-jetivo especifico: respeito à bio-diversidade e à melhoria nascondições do bairro.

A principal ação que sus-tenta este projeto é a ampliaçãodo universo cultural, favore-cendo a inclusão social e pro-movendo a auto-estima daque-les que descobrem suas capaci-dades intra e interpessoais,quando chamados a comparti-lhar com a escola atividadesque implicam na participaçãopara o plantio na região. Estavalorização revela uma carac-terística fundamental e neces-sita prioritariamente do apoioda comunidade, que ao reco-nhecer o valor do programa,participa das atividades deconscientização e acaba se mo-bilizando em busca de con-dições para fortalecer o projeto.

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Os moradores identificam-secomo cidadãos participativos,co-responsáveis; garantindo oque Delors (2001) apontaquando questiona qual a fina-lidade de vivermos juntos.

No fluxo das interaçõesentre a escola e a comunidade,esta parceria que deu certo,vem dando frutos neste con-texto, ou melhor, “flores”. Nodia 21 de setembro de 2006, oDistrito de Jundiapeba viveumais uma etapa do programa,que possibilitou o “Movi-mento Ambiental”, cujas açõesde conscientização, mobiliza-ção e participação dos do-centes, pais e alunos dacomunidade em geral, desta-caram o plantio e replantio demais de 160 mudas, dentro eem torno destas escolas, con-templando uma nova etapa dainiciativa.

Todos os envolvidos, des-de a elaboração até esta etapado processo, contribuíram comseus conhecimentos e suas prá-ticas, garantindo a concepçãoda totalidade humana e social,registrando em todos os mo-mentos no tempo e no espaço,a história de uma sociedadeque se engendra com práticascriadoras, sensíveis e cons-cientes das questões ambien-tais especificamente e em geral

no processo de humanização.Para o sucesso deste programaa comunidade local, empre-sários, jovens, adultos, volun-tários, autoridades e educa-dores desencadearam ações inovadoras, ousadas, amplian-do a comunicação entre as par-tes e edificando uma sociedadesolidária e construtora de umacultura de paz.

Juntos, todos eliminaramtambém na medida do pos-sível, a degradação do meio, afalta da conscientização sobrea responsabilidade social decada cidadão e por meio damelhoria do convívio, desen-volveram valores de tolerância,cooperação, amizade, respeitoe solidariedade.

A educação para o séculoXXI, definida por uma novatrajetória de relações e reno-vações, sinaliza a formação devínculos e de parcerias, de for-ma permanente entre institui-ções e entre pessoas comosujeitos ativos com capacidadede entender o mundo e intervirno meio de forma harmoniosa.Esta relação de escola e comu-nidade gera um universo, emque a responsabilidade e oscompromissos buscam o apren-der a aprender, o aprender como outro e o saber conviver.Procuram também a autono-

mia para decisões e respon-sabilidade para enfrentar de-safios, assim representam atosde cidadania e de construçãode atitudes positivas.

O ato de plantar para o fu-turo marca o presente e aequipe escolar da Escola Mu-nicipal “José Alves dos San-tos”, por meio deste trabalho,inserido em sua Proposta Pe-dagógica, desencadeia atitudesentusiasmadas e de ações vi-vas, compartilhando com seusalunos e com a comunidade doDistrito de Jundiapeba, a par-ceira que deu certo.

Acredita-se na vida com-partilhada que se plantou em21 de setembro entre os alunosde todas as escolas, que parti-ciparam deste programa e fi-zeram coro com música deMilton Nascimento, quandocanta em Maria, Maria... “masé preciso ter manha, é precisoter graça, é preciso ter sonhosempre. Quem traz na peleessa marca possui a estranhamania de ter fé na vida...”

Desta maneira, pensandonos princípios e fins que a LDB9394/96 proclama e nos princí-pios da gestão democrática,podemos concluir que a idéiada participação de parceirospara o fortalecimento da liber-dade, eqüidade e cidadania,também se faz presente nasações pedagógicas, assegura-das pela proposta pedagógicade cada instituição escolar.

LUCIMARA FERRELI DE CAMPOS

BUENO FERRAZ É DIRETORA DA

EM JOSÉ ALVES DOS SANTOS

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:DELORS, JACQUES. EDUCAÇÃO: UM

TESOURO A DESCOBRIR. 6.ED.SÃO

PAULO; BRASÍLIA: CORTEZ; MEC,UNESCO, 2001

OCEIC “Mundo Vivo”, loca-lizada na Vila Rachel, de-

senvolveu, neste ano, o projetoMeio Ambiente. A iniciativatem como objetivo propor-cionar às crianças um convíviointegrado, que possibilite acompreensão e a formação devalores e hábitos para o desen-volvimento sócio-cultural demaneira global.

O nosso trabalho é inter-disciplinar, envolvendo todosas áreas do conhecimento(Linguagem Oral e Escrita,Matemática, Artes Visuais,Natureza e Sociedade, Movi-mento e Música). A formula-ção das atividades que apro-ximem a teoria da prática ébem vinda nesse processo, emque todos crescem.

Com este intuito, o ProjetoÁgua, desenvolvido no Ceic"Mundo Vivo", reuniu traba-lhos sobre a fertilização dosolo, reciclagem, consciênciaecológica e preservação das es-pécies de animais e vegetais. Oapoio da coordenadora peda-gógica Mônica Ventura e dasprofessoras Maria de Nazaré eValdelice Ermelina Bispo foifundamental.

Todos os alunos do CEICparticipam do projeto e as mu-danças de comportamento emsala de aula e em seus laresforam observadas e comenta-das pela equipe escolar e pais.

Os trabalhos em grupolevaram ao desenvolvimentopessoal das crianças, melho-rando a autonomia e o sentidocrítico, fazendo com que ad-

quirissem determinadas ati-tudes, como cooperação e res-ponsabilidade junto a seus fa-miliares. Uma das mães che-gou a comentar conosco comopassou a economizar água ereciclar o lixo, através de pe-quenas atitudes do cotidiano.

Para uma avaliação maisprecisa do nosso trabalho, fi-nalizamos o projeto com umpasseio no zoológico, onde fi-camos muito orgulhosos, poisatravés do comportamento dascrianças pudemos ver oquanto foi válida a nossa ini-ciativa.

O passeio reuniu criançasdo Jardim I e II com a meta deproporcionar às crianças a in-teração com o real.

As crianças tiveram aoportunidade de demonstrarpor meio de diversões, brin-cadeiras, músicas, massinhas,colagem e monta-monta; suasemoções contidas no passeioproposto, revelando, assim, oêxito do projeto.

SEMANA DA PÁTRIA

De 1º a 7 de setembro, co-memoramos no CEIC “Mun-do Vivo” a Semana da Pátria,onde os alunos do Jardim I e IIdesenvolveram um trabalhointerdisciplinar com história(fato, sujeito, tempo histó-rico), geografia (origem, on-de vive), Natureza (nasci-mento, crescimento), Socieda-de, Educação Artística (Pinturae desenhos); e abordando te-mas como pluralidade cultu-ral, ética e cidadania.

Meio Ambiente noCEIC 'Mundo Vivo'

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O objetivo foi propor-cionar maiores conhecimentosa respeito da “Nossa Pátria”,incentivando o sentimento cí-vico, para que nossas criançaspossam identificar os símbolosnacionais ao trabalhar con-ceitos patrióticos e o conheci-mento do valor de nossaPátria, bem como seus cos-tumes, cultura, etc.

Desenvolvemos desenhos,colagens de bandeira e confec-ção de cartazes sobre o tema.Cantamos o Hino Nacional efinalizamos com o desfile Cívi-co no pátio da Creche, levandoas bandeiras do Brasil, de SãoPaulo, e de Mogi das Cruzes,que completou 446 anos em2006. Este trabalho foi rea-lizado pelas professoras Valde-lice Ermelinda Bispo e Mariade Nazaré Silva, do Jardim I,Maria de Fátima Farias e Li-liane da Silva , do Jardim I,com o apoio da nossa coorde-nadora, Mônica Ventura.

EQUIPE DO CEIC "MUNDO VIVO"

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Freqüentes estudos são rea-lizados no campo das ciên-

cias sociais relacionando amemória individual ao meiosocial. A chamada memória co-letiva, desde a segunda metadedo século XX, teve um papelfundamental na evolução doconhecimento das sociedades;pois, a partir de então, ciênciascomo a Sociologia, Antropolo-gia e Psicologia Social começa-vam a serem analisadas de for-ma interdisciplinar. O mesmovale para a História, já que amemória é elemento essencialda identidade, seja ela indivi-dual ou coletiva. Na constru-ção desta identidade, os luga-res (espaços físicos) exercemsignificativa influência. Doponto de vista da recuperaçãoda história, não bastam, pois,os estudos de documentos/monumentos, a comemoraçãode datas ou conhecimento dabiografia de vultos proemi-nentes da história de um mu-nicípio. Os espaços físicostambém têm sua história con-sagrada pelo próprio povo. Asalterações na nomenclatura deum lugar são típicos exemplos.Os “apelidos de ruas” vêm datradição oral e sendo palavras,expressões ou termos cotidi-anamente utilizados passamdespercebidos, mas podem exercer força capaz de desafiaro tempo. Por vezes os nomesoficiais de logradouros escolhi-dos pelo poder público muni-cipal não são prontamentelembrados pela população,ainda que os homenageados

tenham expressiva importân-cia para a história local ousejam grandes vultos da His-tória, das Ciências, das Letrasou das Artes em geral. É co-mum encontrarmos em diver-sas cidades deste imenso Brasila “Rua do Cemitério”, “Rua doMercado”, “Rua da Feira”...

Citemos alguns exemplosem nossa Mogi: a Avenida Vo-luntário Pinheiro Franco échamada de “Avenida dos Ban-cos”; a praça Cel. Benedito Joséde Almeida, há muitos anos, éconhecida como “Largo daMatriz” e, mais recentemente,a Rua Cel. Souza Franco, temsido denominada “Rua dosMóveis”, comprovando a pau-latina construção da cultura deuma cidade. Na visão deHissa, “a cidade é feita de vá-rias cidades, de diversos lu-gares que vão se inserindo nosinterstícios do urbano, onde avida, repleta de relações, se de-senvolve. (...) A cidade é assim,feita de várias cidades. É o am-biente, feito dos seres, feito denós (...). É vida que interroga”.(Brandão, 2006).

Para enriquecer nosso tex-to, eis aqui informações pre-ciosas sobre os nomes de locaisanteriormente citados:

Fernando Pinheiro Franco(1912-1932), jovem de edu-cação esmerada, pianista, fala-va vários idiomas, era espor-tista e trabalhava em um gran-de banco mercantil em SãoPaulo. Como vários cidadãosmogianos, envolvido pelo am-biente da Revolução Constitu-

Voz do Povo

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DO

GRACILA MARIA GRECCO MANFRÉ E

JOSÉ SEBASTIÃO WITTER

“Houve aqueletempo...(E agora, que a chuvachora, ouve aqueletempo!)”(Guilherme deAlmeida)

cionalista de 1932, alistou-secomo voluntário e tomado peloseu espírito de bravo homem, àfrente de combate na região deCruzeiro, foi tombado por umabala de fuzil na fronte. O povomogiano, comovido, eternizousua heróica trajetória empres-tando seu nome a uma das prin-cipais avenidas da cidade.(Toledo, 2004)

Benedito José de Almeida(1847-1920). Para os homenspúblicos da época era tidocomo uma figura cujos dotes olevariam ao destaque na vidapolítica da cidade. Foi um dosfundadores da atual Santa Ca-sa de Misericórdia. No exercí-cio de sua vereança (reeleitoPresidente da Câmara Munici-pal em 1896), uma de suasgrandes vitórias foi a insta-lação do “Primeiro Grupo Es-colar de Mogi das Cruzes”,Presidiu a “Associação Cons-trutora do Teatro” (1900), queresultou na obra e fundação do“Teatro Vasques” . Foi o pri-meiro presidente do Tiro deGuerra de Mogi das Cruzes

(1911), dentre outros feitos emsua brilhante carreira. (Grin-berg, 1961).

Francisco de SouzaFranco (1861-1919), comercian-te e participativo, sempre foium grande incentivador do de-senvolvimento industrial deMogi. Foi vereador, sucessiva-mente eleito presidente da Câ-mara Municipal e, como pre-feito de Mogi, em 1909 inicioua instalação e fornecimento deenergia elétrica e dos primei-ros serviços de água e esgoto.Influenciou quase todos osacontecimentos realizados emfavor do povo, fazendo de suafigura pública um modelo aser imitado. (Toledo, 2004).

GRACILA MARIA GRECCOMANFRÉ É BACHAREL EM DIREITO,PÓS-GRADUADA EM

ECOTURISMO/EDUCAÇÃO

AMBIENTAL E CONSULTORA

EDUCACIONAL.

JOSÉ SEBASTIÃO WITTER ÉPROFESSOR TITULAR NA ÁREA DE

HISTÓRIA E PROFESSOR EMÉRITO

PELA UNIVERSIDADE DE

SÃO PAULO (USP)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ALMEIDA, GUILHERME.ENCANTAMENTO, ACASO, VOCÊ.

CAMPINAS, SP: EDITORA DA

UNICAMP, 2002. HAICAI: HORA

DE TER SAUDADE

BRANDÃO, CARLOS ANTÔNIO

LEITE (ORG). AS CIDADES DA

CIDADE. EXTRAÍDO DO TEXTO

“AMBIENTE E VIDA NA CIDADE”, DE

CÁSSIO EDUARDO VIANA HISSA.BELO HORIZONTE: EDITORA

UFMG, 2006

GRINBERG, ISAAC. HISTÓRIA DE

MOGI DAS CRUZES. SÃO PAULO:EDIÇÃO DO AUTOR, 1961

TOLEDO, REGIS. MOGI DAS

CRUZES. OS GRANDES

PERSONAGENS DA HISTÓRIA. SÃO

PAULO: 2004

DETALHES DA PRAÇA CEL.BENEDITO JOSÉ DE ALMEIDA -“LARGO DA MATRIZ”

BENEDITO JOSÉ DE ALMEIDA

FRANCISCO DE SOUZA FRANCO

FERNANDO PINHEIRO FRANCO