educação física para idosos pratica fundamentada.docx

Upload: albetiza

Post on 14-Apr-2018

220 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    1/192

    Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada

    Educao Fsica para Idosos: Por uma Prtica Fundamentada Marisete Peralta Safons e

    Mrcio de Moura Pereira (Organizadores)

    2 Edio Revisada e Atualizada: Inclui os anais do VII Seminrio Internacional sobre

    Atividades Fsicas para a 3 Idade

    Marisete Peralta Safons e Mrcio de Moura Pereira Princpios Metodolgicos da

    Atividade Fsica para Idosos (Organizadores)

    2 Edio (Revisada e Atualizada) Inclui os anais do VII Seminrio Internacional sobreAtividades Fsicas para a 3 Idade

    Conselho Regional de Educao Fsica da 7 Regio ? CREF7 Endereo: SGAN 604

    conjunto C ? Clube de Vizinhana Norte CEP: 70840-040 - Braslia-DF Tel: (61)3321-

    1417 (61)3322-6351 Site: www.cref7.org.br

    CONSELHEIROS: Alex Charles Rocha Alexander Martinovic Alexandre Fachetti

    Vaillant Moulin Andr Almeida Cunha Arantes Cristina Queiroz Mazzini Calegaro

    Elke Oliveira da Silva Geraldo Gama Andrade Guilherme Eckhard Molina Joo Alves

    do Nascimento Filho Jos Ricardo Carneiro Dias Gabriel Lcio Rogrio Gomes dos

    Santos Luiz Guilherme Grossi Porto Marcellus Rodrigues N. Fernandes Peixoto

    Marcelo Boarato Meneguim Mrcia Ferreira Cardoso Carneiro Paulo Roberto da

    Silveira Lima Ramn Fabin Alonso Lpez Ricardo Camargo Cordeiro Telma de

    Oliveira Pradera Waldir Delgado Assad Wylson Phillip Lima Souza Rgo DIRETORIA

    EXECUTIVA: Presidente Alexandre Fachetti Vaillant Moulin 1 Vice-presidente PauloRoberto da Silveira Lima 2 Vice-presidente Marcellus R. N. Fernandes Peixoto 1

    Secretrio Marcelo Boarato Meneguim 2 Secretria Elke Oliveira da Silva 1

    Tesoureiro Jos Ricardo Carneiro Dias Gabriel 2 Tesoureiro Alex Charles Rocha

    Universidade de Braslia ? UnB Faculdade de Educao Fsica ? FEF Grupo de Estudos

    e Pesquisas sobre Atividade Fsica para Idosos ? GEPAFI Endereo: Campus

    Universitrio Darcy Ribeiro ? Gleba B ? Asa Norte CEP: 70910-970 Tel.: 3307 ? 2252

    Site FEF: www.unb.br/fef Blog GEPAFI: http://www.gepafi.com

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    2/192

    Editores CREF/DF e FEF/UnB/GEPAFI Autores Marisete Peralta Safons Doutora em

    Cincias da Sade pela UnB Mrcio de Moura Pereira Mestre em Educao Fsica pela

    UCB Editorao Eletrnica Aderson Peixoto Ulisses de Carvalho Publicao CREF7

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP) Educao Fsica para Idosos:

    Por uma Prtica Fundamentada / Marisete Peralta Safons; Mrcio de Moura Pereira -

    Braslia: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007.

    ISBN 978-85-60259-04-5 1. Educao fsica para idosos. 2. Metodologia do ensino. 3.

    Esporte e educao. I. Pereira, Mrcio de Moura. II. Ttulo.

    AGRADECIMENTO: Agradecemos Fundao de Apoio Pesquisa do Distrito

    Federal ? FAP/DF, pelo apoio financeiro concedido no mbito do edital FAP/DF

    01/2004, ao CESP/UnB, Universidade de Braslia e ao CREF7 pelo efetivo apoio

    realizao deste trabalho.

    APRESENTAO Esta publicao apresenta posies de renomados pesquisadores do

    Brasil e do Exterior, atuantes no campo de intervenes e pesquisas sobre atividades

    fsicas para idosos.

    Ela fruto do ?VII Seminrio Internacional sobre Atividades Fsicas para a Terceira

    Idade ? VII SIAFT? apresentada aos estudiosos e pesquisadores da rea agora em sua

    segunda edio, no formato digital.

    O VII SIAFT promoveu a integrao dos profissionais e estudiosos para divulgar e

    discutir as tendncias nacionais e internacionais das pesquisas no campo das atividades

    fsicas para idosos; disseminar informaes sobre a produo cientfica e publicaes

    especializadas sobre atividade fsica para a terceira idade. Alm disso, o VII Seminrioproporcionou espao para apresentao das produes e experincias de interveno na

    rea da atividade fsica para idosos.

    Este livro apresenta o resgate histrico sobre a disseminao do conhecimento sobre

    atividade fsica e envelhecimento no Brasil, realizado pelo Prof. Alfredo Faria Jnior.

    Este livro apresenta o resgate histrico sobre a disseminao do conhecimento sobre

    atividade fsica e envelhecimento no Brasil, realizado pelo Prof. Alfredo Faria Junior.

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    3/192

    Traz tambm as questes do envelhecimento nas suas idiossincrasias, fragilidades e

    possibilidades humanas, como espao de reviso e construo como bem apresenta o

    texto da Prof. Altair Lahud. Ao mesmo tempo em que com a Prof. Maria Lais as

    questes polticas e sociais so levantadas e discutidas.

    luz de trs teorias psicossociais sobre o envelhecimento bem sucedido, a Prof. Jessie

    Jones destaca que o sucesso do envelhecer centra-se na capacidade de adaptao do

    indivduo s mudanas provenientes da existncia humana. A questo tratada, ainda,

    sob a tica da influncia de fatores ambientais pelo Prof. Eino Heikkinen.

    Enquanto a Prof. Sandra Matsudo rev a produo que relaciona envelhecimento,

    atividade fsica e sade; a Prof. Ana Patrcia apresenta a atividade fsica como recursoteraputico inserido no rol de opes disponveis para a manuteno da sade ssea.

    Os professores Linda Ueno, Paulo Farinatti e Sandor Balsamo levantam importantes

    questes relativas fisiologia circulatria, fisiologia da marcha e fisiologia muscular,

    respectivamente. A Prof. Roberta Rikli apresenta e discute a questo da avaliao fsica

    e funcional do idoso.

    As bases tericas e metodolgicas da Educao Fsica para idosos so discutidas pelosprofessores Jos Francisco, Silene Okuma, Maria Luza e Mrcio Moura que

    apresentam experincias e sugestes de interveno.

    Nas produes cientficas - temas livres e psteres - o foco central das discusses a

    atividade fsica e suas relaes com o ser idoso. A temtica abordada nas dimenses:

    Educao, Esporte e Lazer, Psicossocial e Sade.

    Procuramos, desta forma, integrar percepes e posicionamentos acerca de algunsfatores relacionados atividade fsica que influenciam as diferentes formas de viver e

    envelhecer.

    Alfredo Faria Junior

    ............................................................................................................. 16

    Altair Macedo Lahud Loureiro

    ............................................................................................. 25

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    4/192

    Ana Patrcia de Paula

    ........................................................................................................... 28

    Eino Heikkinen

    .................................................................................................................... 35

    C. Jessie Jones

    ..................................................................................................................... 46

    Jos Francisco Silva Dias

    ..................................................................................................... 51

    Linda Massako Ueno........................................................................................................... 53

    Mrcio de Moura Pereira e Marisete Peralta Safons

    ............................................................. 56

    Maria Lais Mousinho Guidi

    ................................................................................................. 59

    Maria Luiza de Jesus Miranda, Alessandra Galve Gerez e Marlia Velardi

    ........................... 62

    Paulo de Tarso Veras Farinatti

    ............................................................................................. 70

    Roberta E. Rikli

    ................................................................................................................... 76

    Sandor Balsamo

    ................................................................................................................... 88

    Sandra Mahecha Matsudo

    .................................................................................................... 92

    Silene Sumire Okuma ........................................................................................................105

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    5/192

    TERCEIRA IDADE ? VII SIAFT ............................................................................. 113

    Presidente do seminrio .....................................................................................................

    114

    Comisso Organizadora .....................................................................................................

    114

    Comisso Cientfica ...........................................................................................................

    114

    Convidados Nacionais........................................................................................................

    114

    Convidados Internacionais .................................................................................................

    114

    Programao ......................................................................................................................

    115

    TEMA LIVRE: EDUCAO ....................................................................... 130

    Marco Aurelio Acosta ........................................................................................................

    131

    Rita Puga Barbosa, Alan de Souza Rodrigues.....................................................................

    132

    Jorge Alberto de OLIVEIRA, Suely SANTOS................................................................... 133

    Janine A. Viniski; Everton S. Borges; Daiane P. Rodrigues

    ................................................ 134

    Tiemi Okimura, Silene Sumire Okuma .............................................................................

    135

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    6/192

    Rafael Botelho ...................................................................................................................

    136

    TEMA LIVRE: ESPORTE E LAZER ...................................................................... 137

    Josu Lima Nri, Rita Puga, Alan de Souza Rodrigues

    ....................................................... 138

    TEMA LIVRE: PSICOSSOCIAL ............................................................................. 139

    Federici Ericka Nascimento Letcia; Okuma, Silene Sumire; Lefvre, Fernando

    ............... 140

    Regina Celi Lema Santos ...................................................................................................

    141

    Gomes DETRAN-AM, Alan de Souza Rodrigues - UFAM-FEF

    ........................................ 142

    NASCIMENTO, Letcia, FEDERICI , Ericka, OKUMA, Silene

    ........................................ 143

    Lus Carlos Lira .................................................................................................................

    144

    Marilia Velardi, Maria Luiza Miranda

    ................................................................................ 145

    Lourdes; Costa, Geni de Araujo .........................................................................................146

    Costa..................................................................................................................................

    147

    TEMA LIVRE: SADE .............................................................................................. 148

    SANTOS, Eliane Rosa dos.................................................................................................

    149

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    7/192

    NASCIMENTO, Patrcia Vieira do; SANTOS, Eliane Rosa dos

    ........................................ 150

    CAPES); Sheilla Tribess; Edio Luiz Petroski

    ..................................................................... 151

    Mihessen MC; Calegaro CQ; Arantes JT; Werkhauser LG

    ................................................. 152

    Tiburcio, Joyce Buiate Lopes Maria, Geni Arajo Costa

    .................................................... 153

    Ana Tereza Coelho , Regina Soares e Rosangela Villa Marin .....................................154

    Mris Sayuri Tanaka, Rosngela Villa Marin, Sandra Matsudo e Victor Matsudo

    .............. 155

    NOVAIS, Francini Vilela;COSTA, Geni Arajo;AZEVEDO, Paula Guimares de

    ............ 156

    Azevedo, Paula Guimares; Novais, Francini Vilela; Costa, Geni Arajo

    ........................... 157

    Signori ...............................................................................................................................

    158

    Raquel Guimares Lins, Juliana Benigna de Oliveira

    ......................................................... 159

    Rosangela Villa Marin, Sandra Matsudo e Victor Matsudo

    ................................................ 160

    PSTER: EDUCAO .............................................................................................. 161

    Rosemary Rauchbach ; Laiza Danielle de Souza ..............................................................

    162

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    8/192

    Marize Amorim Lopes .......................................................................................................

    164

    GIOVELLI, Marivana; ACOSTA, Marco

    Aurlio;............................................................. 165

    Mrcio de Moura Pereira, Marisete Peralta Safons

    ............................................................. 166

    Patrcia Queiroz, Alexandre Almeida, Rodrigo Luna, Marisete Peralta Safons

    ................... 167

    PSTER: ESPORTE E LAZER ................................................................................ 168

    Leidimar A. F. Oliveira; Daiane P. Rodrigues; Janine A. Viniski

    ...................................... 169

    PSTER: PSICOSSOCIAL ........................................................................................ 170

    Daiane P. Rodrigues; Janine A. Viniski; Leidimar A. F. Oliveira

    ...................................... 171

    Janine A. Viniski; Daiane P. Rodrigues

    .............................................................................. 173

    AZEVEDO, Paula Guimares, MELO ,Flvia Gomes, COSTA, Geni Arajo

    ................... 174

    Rodrigues .........................................................................................................................175

    Costa..................................................................................................................................

    176

    Brando, Marilia Velardi....................................................................................................

    177

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    9/192

    PSTER: SADE ........................................................................................................

    178

    Arajo Costa ......................................................................................................................

    179

    Keila Lopes , Ceclia S.P. Martins , Carlos Kemper , Ricardo Jac de Oliveira ............

    180

    Jos GS Junior , Marco AV Caffarena , Francisco L Pontes Jr. , Vagner Raso ..............

    181

    Marco AV Caffarena , Jos GS Junior , Francisco L Pontes Jr. , Vagner Raso ..............182

    Tatiana Schneider Rocha, Ktia da Silva Silveira, Igor Taciano

    Rodrigues......................... 183

    Suiara PereiraTeixeira ........................................................................................................

    185

    Cardozo, Walter Jacinto Nunes ..........................................................................................

    186

    Cimbra,Rogrio Herbert M. Rezende,Victor Hugo Silva,Marisete Peralta Safons

    ............. 187

    NOVAIS, Francini Vilela; COSTA, Geni Arajo; AZEVEDO, Paula Guimares

    ............... 188

    STERN, Claudia Rossi e GOMES, Snia Beatriz da Silva.

    ................................................ 189

    Vagner Raso , Ivete Balen , Mnica Schwarz , Cristiane Ribeiro Coppi ........................

    190

    Raso ...............................................................................................................................191

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    10/192

    Gisele Pugliese e Rosemari Frackin. ..................................................................................

    192

    Luciane Moreira Chaves ....................................................................................................

    193

    Guillermo Cardoso.............................................................................................................

    194

    ARANTES, Luciana Mendona .........................................................................................

    195

    Raso ...............................................................................................................................196

    Giovana Zarpellon Mazo....................................................................................................

    197

    Adriana G Nardi , Rodrigo G Quito , Francisco L Pontes Jr. , Vagner Raso ..................

    198

    Rodrigo G Quito , Adriana G Nardi , Francisco L Pontes Jr. , Vagner Raso ..................

    199

    Luiz Humberto Rodrigues Souza, Maria Alcione Freitas e Silva, Geni Arajo

    Costa.......... 200

    Emerson de Melo ...............................................................................................................

    201

    Giovana Zarpellon Mazo ; Jorge Mota ; Lucia Hisako Takase Gonalves

    ......................... 202

    Christine Borges Mendona, Eliane Rosa Santos, Geni Arajo

    Costa................................. 203

    Freitas e Silva, Luiz Humberto Rodrigues Souza, Geni Arajo Costa................................. 204

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    11/192

    Pontes Jr. , Vagner Raso ...............................................................................................

    205

    Raso ...............................................................................................................................

    206

    Raquel Guimares Lins ......................................................................................................

    207

    Giovana Zarpellon Mazo....................................................................................................

    208

    Anglica; Costa, Geni Arajo. ............................................................................................209

    do Nascimento, Geni Arajo Costa ....................................................................................

    210

    CAPES); Sheilla Tribess; Edio Luiz Petroski

    ..................................................................... 211

    Costa, Silvio Soares Santos ................................................................................................

    212

    Rafaella Parca, Tatiana Rodrigues, Marisete Peralta Safons

    ............................................... 213

    Cardoso, Ivanete Bredow Faber .........................................................................................

    214

    Nunes . ..............................................................................................................................

    215

    Sandor Balsamo, Renata Carneiro, Valdinar Jnior

    ............................................................ 216

    Pontes Jr , Vagner Raso ................................................................................................217

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    12/192

    Marize Amorim Lopes .......................................................................................................

    218

    DISSEMINAO DO CONHECIMENTO SOBRE ATIVIDADE FSICA E

    ENVELHECIMENTO NO BRASIL: ORIGEM E DESENVOLVIMENTO Alfredo

    Faria Junior Universidade do Estado do Rio de Janeiro

    Esta comunicao tem como objetivo apresentar uma anlise da origem e do

    desenvolvimento da disseminao do conhecimento sobre atividade fsica e

    envelhecimento no Brasil. Essa anlise calcou-se nos resultados de uma pesquisa feita

    para integrar o Atlas do Esporte no Brasil (COSTA, 2004). Assim, todas as citaes

    feitas neste texto tm suas referncias nesse Atlas, criado exatamente para ser um bancode dados com acesso direto atravs da Internet.

    O argumento central desta comunicao que a disseminao do conhecimento naquela

    rea apresentou mudanas paradigmticas influenciadas por tendncias internacionais,

    mas foram demarcadas temporalmente por elementos do contexto nacional.

    Cristina Oliveira, Rafael Botelho e Alfredo Faria Junior definiram ?disseminao do

    conhecimento? como o procedimento que permite propagar informaes, fatos,concluses, idias e trabalhos provenientes da capacidade e inteligncia humanas, nos

    mais diversos suportes de informao. Na perspectiva daquela pesquisa, foram includos

    livros, separatas, opsculos, folhetos, desdobrveis [folders], anais, peridicos, CD-

    ROM e vdeos (FARIA JUNIOR, BOTELHO, In: COSTA, 2004).

    No perodo que chamo de ?propedutico?, que teve incio na dcada de 30 e se estendeu

    at 1969, persistia um tradicional e sedimentado entendimento que a educao fsica

    deveria voltar-se, prioritariamente, para crianas e jovens. Assim, atividades fsicas para

    adultos e para idosos eram encaradas como menos importantes e menos relevantes

    (FARIA JUNIOR, RIBEIRO, 1995). Entretanto, evidenciou-se a emergncia de um

    novo paradigma com o lanamento da primeira campanha TRIM, em 1967, na Noruega,

    elaborada dentro dos princpios do que ficou mundialmente conhecido como Esporte

    para Todos, idealizada pelo professor de educao fsica, Per Hauge-Moe.

    No Brasil, a disseminao do conhecimento sobre atividade fsica e envelhecimentoparece ter tido incio nas dcadas de 30 e 40, do Sculo XX, feita atravs de artigos

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    13/192

    publicados nas Revista Educao Physica e Revista Brasileira de Educao Fsica

    (RBEF). Os temas buscavam estabelecer relaes entre exerccios fsicos, desporto e

    longevidade e levantavam preocupaes com a maturidade de crianas, jovens e

    adultos, envelhecimento

    precoce, aposentadoria e alimentao. Na RBEF encontram-se ainda fotos que fazem

    proselitismo da prtica de atividades fsicas em idades avanadas, como a do Rei

    Gustavo, da Sucia, aos 88 anos, ?jogando sua partida diria de tnis? (TISS, 1946) e

    de ?membros do Parlamento sueco, de vrias idades, em pleno trabalho ginstico?

    (RBEF, 1947). No final do perodo propedutico, destaca-se o texto de Fernando Telles

    Ribeiro sobre ?Exerccios fsicos Em 1970 iniciou-se um segundo perodo, o do

    ?entusiasmo inconseqente?, que se estendeu at 1994, ano em que foi sancionada aPoltica Nacional do Idoso. Em 1990, o pas tinha 4717 milhes de pessoas com mais de

    60 anos, e em 1980, 7215 milhes, sendo possvel perceber que o Brasil entrava no que

    os demgrafos chamavam de ?transio demogrfica?.

    Da percepo clara da nossa transio demogrfica resultou a expanso massiva e

    descontrolada da oferta de programas de atividades fsicas para idosos, mas que

    geralmente incluam pessoas mais jovens como forma de completar turmas e inchar

    estatsticas. Assim, proliferaram por todo o pas, em praias, hortos, ruas e praas

    pblicas, estacionamentos de supermercados, clubes sociais e desportivos, condomnios

    residenciais e at em universidades, esses programas, ?geralmente oferecidos por

    voluntrios, e concebidos sem qualquer base terica. Esses programas, ministrados

    geralmente por leigos, pessoas sem qualquer tipo de qualificao ou treinamento para o

    exerccio profissional no campo das atividades fsicas para idosos, eram movidos

    apenas pelo que chamo de ?entusiasmo inconseqente? (FARIA JUNIOR, In: MOTA,

    CARVALHO, p. 37).

    A primeira mudana paradigmtica no campo do conhecimento das atividades fsicas e

    do envelhecimento no Brasil deve-se a quatro principais influncias tericas. A

    primeira, j mencionada, refere-se s idias de Per Hauge-Moe que deram origem ao

    movimento denominado de Esporte para Todos. Em 1970, a questo das atividades

    fsicas e envelhecimento j estava posta e includa no livro Esporte para Todos ? as

    atividades fsicas e a preveno de doenas? - Sport pour Tous ? les activits physiqueset la prevention des maladies (RVILLE, 1970), publicado pelo Conselho da Europa.

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    14/192

    A segunda influncia terica, diz respeito s idias de Kenneth H. Cooper, que

    estimulavam a incluso de adultos e idosos nos programas de atividades fsicas. Nessas

    idias difundidas por Cludio Coutinho, Cooper recomendava ?aos brasileiros de todas

    as idades ... a observncia das prescries ... como um meio de continuar vivendo ...

    saudveis de corpo e de esprito? (1970). O livro de Cooper apresentava ?tabelas

    adicionais? para pessoas com ?50 anos ou mais - andar, basquete, ciclismo, corrida,

    corrida no mesmo lugar, handball e natao? (ibid).

    A terceira influncia diz respeito s idias de Helmut Schultz que se referem

    Matroginstica (1975), uma atividade fsica entre mes e seus filhos, de diferentes

    idades, cooperando mutuamente na execuo dos exerccios. Schultz recomendava

    ainda a participao de todo o grupo familiar nas atividades fsicas.

    Posteriormente, as idias de Kurt Meinnel (1984) influenciaram na constituio da base

    terica e na denominao dada ao Projeto desenvolvido na Universidade do Amazonas

    por Rita Maria dos Santos Puga Barbosa. Para Meinnel (ibid), a Terceira Idade Adulta

    ?caracterizada como a fase da crescente diminuio do rendimento motor? (p. 378). No

    incio do ?perodo do entusiasmo inconseqente? os peridicos continuaram a ser os

    meios preferenciais para a disseminao do conhecimento.

    Possivelmente o primeiro foi ?A chegada da Velhice?, de Rona e Laurence Chery

    (1974), seguindo-se os de Fernand Landry, Mark Sarner, W. Hollmann Herbert de

    Vries, Jean-Michel Lehmans, John Piscopo, Janis A. Work, Patrick Fitzgerald e Roy

    Shephard.

    Quanto aos autores nacionais, no existindo revistas especializadas em atividades fsicas

    para idosos no Brasil, publicavam seus artigos nas revistas de educao fsica.

    Inicialmente observou-se uma disperso desses artigos por amplo e variado leque de

    temticas: atividade fsica e lazer na terceira idade, longevidade desportiva, terceira

    idade no EPT; treinamento fsico na terceira idade; atividade fsica, envelhecimento e

    questes de gnero; exerccios aerbicos; a higidez das pessoas idosas atravs da

    natao, segurana, descontrao e sade na terceira idade e o idoso e o desporto.

    No perodo constatou-se o surgimento de uma segunda tendncia no sentido de os livroscomearem a aumentar sua importncia na disseminao do conhecimento

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    15/192

    especializado. Assim, foi publicado pelo Servio Social do Comrcio (SESC) de So

    Jos dos Campos, possivelmente, o primeiro opsculo brasileiro sobre a temtica ?

    ?Caractersticas da terceira idade e atividades fsicas?, de Srgio S. Arajo (1977).

    No contexto internacional, em 1982, a Organizao das Naes Unidas (ONU)

    recomendou que os pases membros declarassem-no como o Ano Internacional do

    Idoso.

    Alm disto organizou, em Viena, a Assemblia Mundial do Envelhecimento, que reuniu

    representantes de todos os pases membros e teve repercusso mundial.

    Isto parece ter despertado a ateno da rea da educao fsica para as questes do

    envelhecimento, tendo o SESC de So Paulo (Bertioga) publicado um opsculo

    intitulado Esporte e cultura para a terceira idade (1982). Dois anos depois, a

    Universidade de So Paulo (USP) publicou cinco cadernos sobre envelhecimento sob o

    ttulo - Problemas do idoso. Um

    desafio social. O quarto Caderno foi escrito por Antnio Boaventura da Silva e teve

    como subttulo ?Aspectos fsicos e psicolgicos do envelhecimento? (1984).

    Comeamos tambm a ter acesso a obras estrangeiras ou a tradues de obras de autores

    estrangeiros. Isto se deu tanto em partes de obras gerais sobre o envelhecimento como

    na ?A Boa Idade?, de Alex Confort (1997) quanto em obras completas como o livro

    ?Ginstica, jogos e esportes para idosos? [Gymnastik, Spiel und Sport fur Seniorem]

    (BAUR, EGELER, 1983). Este livro foi recomendado editora Ao Livro Tcnico por

    Jrgen Dieckert, professor alemo, visitante na Universidade de Santa Maria (UFSM) e

    coordenador da srie ?Educao Fsica ? Prtica?. No prefcio Dieckert, criticava o

    preconceito de encarar o jogo e o esporte como ?atividades somente para gente jovem,

    especialmente homens? (p. III). A mesma coisa ocorreu com o livro ?Motricidade ? O

    desenvolvimento motor do ser humano? [Bewegungslehre]? de Kurt Meinnel (1984),

    que mais tarde viria a influenciar na construo terica do Projeto ?Universidade na

    Terceira Idade Adulta? (1993) desenvolvido na Universidade Federal do Amazonas, por

    Rita Puga Barbosa.

    Em 1990, os brasileiros tomaram conhecimento do livro publicado em Portugalintitulado ?Educao Fsica Geritrica? (FRADINHO, 1990), da traduo do livro de C.

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    16/192

    Raul Lorda Paz, intitulado ?Educao fsica e recreao para a terceira idade? (1990) e

    mais tarde do livro ?Actividade fsica e sade na terceira idade? (MARQUES, BENTO,

    CONSTANTINO, 1993).

    A hegemonia dos livros estrangeiros, traduzidos do alemo e do espanhol ou editados

    em Portugal, s comeou a se desfazer com a publicao da obra ?A Atividade Fsica

    para a Terceira Idade?, de Rosemary Rauchbach (1990), seguido de outros dois ttulos:

    ?O idoso e a atividade fsica?, organizado por Alfredo Faria Junior (1991), e ?Yoga para

    a Terceira Idade?, escrito por Beatriz Esteves (1991).

    Quanto aos artigos de autores nacionais publicados em peridicos, os temas

    continuaram dispersos: envelhecimento, atividade fsica, lazer e esporte (natao, ioga,exerccios aerbicos, desporto mster, segurana, prescrio e benefcios, questes de

    gnero); atividade fsica ? um imperativo para todas as idades; treinamento (fsico,

    aerbico, com pesos) na terceira idade; atitudes, auto-estima, auto-conceito,

    expectativas dos idosos frente s atividades fsicas; longevidade desportiva; gnero e

    sade na terceira Idade;

    A partir da segunda metade dos anos 80, os temas dos artigos comearam a se voltar

    mais para uma vertente acadmico/cientfica, com enfoque mdico ou no ?

    osteoporose, envelhecimento e atividade fsica; respostas cardiorrespiratrias em funo

    da intensidade do

    exerccio; alteraes do sistema cardiovascular; consumo de oxignio e caractersticas

    antropomtricas do idoso.

    No final dessa dcada, em 1989, foi criado um Projeto de interveno e pesquisa

    denominado: Idosos em Movimento ? Mantendo a Autonomia (Projeto IMMA), hoje

    Instituto de Educao Gerontolgica IMMA, em Niteri, uma Organizao No

    Governamental (ONG), possivelmente um dos nicos fora da esfera pblica a fazer

    pesquisas e disseminar conhecimentos.

    No contexto internacional, em 1991, foi fundado o European Group for Research into

    Elderly and Physical Activity [EGREPA], que viria a ter grande influncia na

    disseminao do conhecimento no campo das atividades fsica para idosos. A filiao aoEGREPA era franqueada tanto para membros individuais, como para instituies. O

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    17/192

    EGREPA era dirigido por um Comit Executivo composto pelo presidente em

    exerccio, pelo presidente eleito, pelo presidente anterior, pelo vice-presidente, pelo

    secretrio e pelo tesoureiro. A entidade tinha um Comit Gestor (The Board of

    Directors) integrado por 13 membros, e apenas um brasileiro integrou esse Comit,

    Alfredo Faria Junior. Em termos institucionais, o Centro de Estudos do Projeto Idosos

    em Movimento ? Mantendo a Autonomia (Projeto IMMA) era o representante do

    EGREPA no Brasil. Para cumprir suas disposies estatutrias, o EGREPA realizava,

    periodicamente, Congressos Internacionais, todos gerando Actas [proceedings]. Em

    Congressos do EGREPA dois nicos brasileiros foram convidados como conferencistas

    [keynote speakers]: Victor Matsudo, em 1993 (Oeiras) e Alfredo Faria Junior, em 2000

    (Bruxelas). A partir de outubro de 1997 o EGREPA passou a editar um Boletim

    [Bulletin] distribudo a todos os membros e em agosto de 2004 lanou o peridico

    European Review of Aging and Physical Activity (EURAPA).

    Com a Poltica Nacional do Idoso (BRASIL. Lei n 8.8842/94) iniciou-se um novo

    perodo que denominei de Em busca de fundamentao terica e cientfica, que se

    estende de 1994 at hoje. Essa Poltica determinava o ?apoio a estudos e pesquisas

    sobre as questes relativas ao envelhecimento; adequar currculos, metodologia e

    material didtico aos idosos;

    Em 1996, deu-se um importante fato que muito contribuiu para incentivar a

    disseminao do conhecimento: a realizao, no Rio de Janeiro, por iniciativa de

    Alfredo Faria Junior e com o apoio do Projeto IMMA, do ?I Seminrio Internacional

    sobre Atividades Fsicas para a Terceira Idade?. Hoje, em sua stima verso, esse

    Seminrio considerado o mais reputado evento cientfico da rea graas s exigncias

    sempre crescentes para aceitao

    de comunicaes e por sua regularidade. Nestes sete anos, os organizadores locais dos

    Seminrios sempre colocaram disposio os Anais dos encontros (FARIA JUNIOR,

    19996;

    FARIA JUNIOR, MARQUES, KRIGEL, 1998; FARIA JUNIOR, DECARO,

    SANCHES, 2000; GUEDES, 2001a; 2001b; OKUMA, 2002) com exceo do realizado

    em Belm, no Par.

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    18/192

    No perodo, continuou-se a no ter peridicos especializados, sendo o que mais se

    aproximaria disto o ?Caderno Adulto?, do Ncleo Integrado de Apoio Terceira Idade,

    da Universidade Federal de Santa Maria - UFSM (1997). Entretanto, alguns peridicos

    lanaram nmeros temticos - ?Terceira Idade? (Ano I, n. 10, jul. 1995), ?Motus

    Corporis? (v. 4, n. 2, nov. 1997), ?Revista do Colgio Brasileiro de Cincias do

    Esporte? (v. 23, n. 3, maio 2002) e ?Fitness & Performance? (maio/jun. 2002).

    Quanto aos artigos em peridicos, em alguns casos, os temas passaram a refletir os

    rumos que as pesquisas estavam tomando, com temas mais voltados para a vertente

    biomdica - capacidade funcional de idosos, avaliao isocintica e isotnica,

    composio corporal, risco cardiovascular, desenvolvimento motor, e menos para as

    cincias humanas e sociais ? atividade fsica e bem estar psicolgico, motivao para aprtica regular do exerccio fsico e/ou atividade desportiva, atitudes dos idosos quanto

    prtica de atividade fsica.

    A publicao de livros aumentou no perodo, destacando-se as obras de autores

    nacionais: Terceira Idade: uma experincia de amor: terapia corporal para idosos

    (VILAS- BOAS, 1994), Idosos em Movimento ? Mantendo a Autonomia: evoluo e

    referencial terico (FARIA JUNIOR, RIBEIRO, 1995), Idosos em Movimento:

    Mantendo a Autonomia.

    Ensaios e Pesquisas (FARIA JUNIOR, NOZAKI, RIBEIRO, 1996), Exerccio,

    envelhecimento e promoo da sade (LEITE, 1996), Atividades Fsicas para a Terceira

    Idade (FARIA JUNIOR et al. 1997), Atividade Fsica na 3 Idade (MEIRELES, 1997),

    ?Sade na Terceira Idade?, com temas sobre ginstica, Yoga para idosos

    (HERMGENES, 1997). O Idoso e a Atividade Fsica (OKUMA, 1998), Por que no

    Educao Fsica Gerontolgica?

    a (BARBOSA, 1998 ), Manual de Regras e Smulas de Esportes Gerontolgicos

    (BARBOSA, 1998,b) e Universidade e Terceira Idade: percorrendo novos caminhos

    (MAZO, 1998), Ginstica, Dana e Desporto para a terceira idade (FARIA JUNIOR,

    1999), Hidroginstica na Maturidade (BONACHELA, 199 -), Avaliao do Idoso ?

    fsica & funcional (MATSUDO, 2000), Idoso, Esporte e Atividade Fsica (GUEDES,

    2001b), Atividade fsica na maturidade (MOREIRA, 2001), Terceira Idade & Atividade

    Fsica (CORAZZA, 2001); Idoso, Esporte e Atividades Fsicas (GUEDES, 2001); A

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    19/192

    Atividade Fsica para a Terceira Idade (RAUCHBACH, 2001) e Envelhecimento e

    Atividade Fsica (MATSUDO, 2001),

    Contribuies para o Trabalho com a Terceira Idade (ACOSTA, 2002), Longevidade e

    Esporte (LENK, 2003), Atividade Fsica na 3 Idade (MEIRELES, 2003), A Atividade

    Fsica para a Terceira Idade (RAUCHBACH, 2003), Atividade fsica na 3idade: o

    segredo da longevidade (FERREIRA, 2003), Atividades fsicas no processo de

    envelhecimento: uma proposta de trabalho (MARQUES FILHO, 2003), Exerccio,

    Maturidade e Qualidade de Vida (DANTAS, OLIVEIRA, 2003) e Educao Fsica

    Gerontolgica. Construo sistematicamente vivenciada e desenvolvida (BARBOSA,

    2003).

    Foi possvel encontrar no perodo alguns livros sobre envelhecimento que incluam

    captulos sobre idosos e atividade fsica, como: O corpo em movimento, no livro

    ?Rejuvenescer a velhice? (NICOLINI, In: GUIDI, MOREIRA, 1994); Cincia e

    Conscincia: tatuagens no corpo do idoso, em ?Corpo Presente? (SIMES, In:

    MOREIRA, 1995), A mulher idosa e as atividades fsicas sob um enfoque multicultural,

    em ?Mulheres em Movimento? (FARIA JUNIOR, In: ROMERO, 1997), Efeitos do

    exerccio fsico na senilidade, em ?Exerccios em Situaes Especiais I? (SILVA,

    1997), Atividade fsica e bem- estar na velhice, no livro ?E por falar em boa velhice?

    (VITTA, In: NERI, FREIRE, 2000), Atividade fsica, movimentao e transferncia, em

    ?Como cuidar dos idosos? (DIOGO, RODRIGUES, In: RODRIGUES, DIOGO, 2000),

    e Atividade fsica e envelhecimento, na obra ?Envelhecendo com qualidade de vida?

    (CUNHA, TERRA, 2001) e Corporeidade, atividade fsica e envelhecimento:

    desvelamentos, possibilidades e aprendizagens significativas, em ?Longevidade, um

    novo desafio para a educao? (COSTA, In: KACHAR, 2001).

    Algumas editoras, como a Manole e a Phorte, prosseguiram na estratgia de oferecer

    traduo de obras de autores estrangeiros, como por exemplo: ?Hidroginstica na

    terceira idade? (SOVA, 1998), ?Treinamento de fora para a Terceira Idade?

    (WESTCOTT, BAECHIE, 2001) e ?Envelhecimento, atividade fsica e sade?

    (SHEPARD, 2003).

    Em outubro de 2003 foi institudo o Estatuto do Idoso (BRASIL. CONGRESSO

    NACIONAL, Lei n 10 741 de 1 de outubro de 2003) que no Captulo V trata das

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    20/192

    questes relacionadas com Educao, Cultura, Esporte e Lazer. Este Estatuto,

    entretanto, no mais deixa consignada a preocupao com a pesquisa, como o fazia a

    Poltica Nacional do Idoso (op. cit.). Quanto preocupao com a disseminao do

    conhecimento menciona apenas que o Poder Pblico ... ?incentivar a publicao de

    livros e peridicos, de contedo e padro editorial adequados ao idoso, que facilitem a

    leitura, considerada a natural reduo da capacidade visual?.

    Em concluso, a disseminao do conhecimento sobre atividade fsica e envelhecimento

    passou por trs momentos influenciados por mudanas paradigmticas. Essas mudanas

    foram causadas, em grande parte, por tendncias internacionais. Entretanto, as

    demarcaes temporais dos trs perodos ocorreram por influncia de elementos do

    contexto nacional. Assim, o segundo perodo pode ser contado a partir do momento emque o Municpio de Itapira-SP ampliou, em 1970, a oferta de atividades fsicas fora das

    escolas e clubes, atendendo toda a populao em parques e reas livres. Pessoas de

    vrias idades se reuniam ento, ao ar livre, para a prtica de atividades fsicas conforme

    preconizava o movimento do Esporte para Todos. Quanto ao terceiro, o ano da sano

    da Poltica Nacional do Idoso (1994) marca seu incio e se caracteriza pela busca de

    melhor fundamentao cientfica, sobretudo com a incluso da temtica em programas

    de ps-graduao stricto sensu.

    Hoje em dia, apesar da predominncia dos artigos em peridicos, se observou um

    crescimento digno de registro do nmero de livros e de autores brasileiros que passaram

    a se dedicar temtica. Observou-se, tambm, o crescimento do nmero de captulos

    sobre atividades fsicas para idosos em livros sobre o envelhecimento em geral e em

    peridicos no especializados em educao fsica. Com o incentivo dado pelo Estatuto

    do Idoso espera-se uma popularizao dos conhecimentos atravs de livros de auto-

    ajuda e de peridicos no acadmico/cientficos, vendidos em bancas de jornal.

    O pesquisador brasileiro que deseja publicar seus achados em peridicos dispe de

    revistas interdisciplinares: ?Revista Kairs Gerontologia? (PUC/SP), ?A Terceira

    Idade? (SESC), ?Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento? (UFRGS),

    ?Gerontologia? (SBGG/SP) que, sob a ?ditadura do Qualis? (2004), so C Nacional.

    Cabe lembrar ainda que, em 2004, o Caderno Adulto (UFSM) entrou em ?fase de

    mudana de sua estrutura, sendo a partir de ento suprimidas da revista as sesses deVivncias e Opinies?. Os peridicos brasileiros geralmente no tm periodicidade, tm

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    21/192

    pssimo sistema de assinatura e distribuio, e tm impacto quase nulo na massa de

    estudantes de graduao em educao fsica, e pequeno na de estudantes de ps-

    graduao.

    No contexto brasileiro, no campo da disseminao das atividades fsicas para idosos, o

    maior impacto produzido por livros. O termo impacto aqui entendido como a

    importncia que tem uma publicao tanto sobre a formao do leitor, estudante ou

    professor de educao fsica, quanto sobre o contexto para provocar mudanas

    paradigmticas. Para isto influem a atuao das Comisses Editoriais, as tiragens em

    torno de 3000 exemplares, a existncias de redes nacionais de distribuio montadas

    pelas editoras e o sistema de permuta, doaes e

    compra implantado pelas Instituies de Ensino Superior (IES). Assim nesses livros

    que os mais de 116 mil estudantes de educao fsica do pas encontram os

    conhecimentos bsicos sobre o tema, dentro de uma tica de professor generalista. Este

    fato desconsiderado pelos consultores da CAPES, que desvalorizem os livros nas

    avaliaes dos programas de ps- graduao stricto sensu, s permitindo que a ?a

    produo de livros e captulos? seja ?considerada at o mximo de 25% da produo

    qualificada em A ou B? (CAPES, Grande rea da Sade).

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS FARIA JUNIOR, A.; BOTELHO, R. G. Esporte

    e incluso social ? Atividades fsicas para idosos In: COSTA, L. P. da (org.). Atlas do

    esporte no Brasil. Rio de Janeiro: Shape, 2004.

    ESCOLA, IMAGINRIO E VELHICE: DESFAZENDO POSSVEIS

    PRECONCEITOS

    Altair Macedo Lahud Loureiro Professora pesquisadora da PGE/UNIC/MT e da

    PGGerontologia/UCB Conselheira de Educao do DF ? CEDF; Assessora de pesquisa

    do NEPTI/CEAM/UnB

    Escola, lugar de considerao das diferenas, de formao e Imaginrio, potncia

    organizativa

    Apresenta-se aqui, de forma preliminar, o processo e alguns dados obtidos, carentes

    ainda da anlise mais aprofundada, em pesquisa em andamento; d-se notcias da

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    22/192

    investigao, com dados j levantados no campo, em fase de organizao, que

    relacionam, temas, fenmenos, processos e realidades considerados: a escola, no

    processo de formao e de mudana de atitudes, na dinmica curricular e no ensino

    aprendizagem, como lugar de considerao das diferenas; a velhice nas suas

    idiossincrasias, fragilidades e possibilidades humanas e cidads, como espao de

    reviso e construo; e o imaginrio na sua complexidade e fora organizativa. A

    pesquisa relaciona, com postura interdisciplinar, Educao, Gerontologia, Imaginrio e

    Complexidade, privilegiando neste momento apenas as falas, os depoimentos, mas que

    privilegiar, em ao culturanaltica, o AT-9, de Yves Durand (1988), para desvendar o

    imaginrio de um grupo formado por alunos e dirigentes de uma escola fundamental e

    identificar as representaes imagticas de um grupo de alunos idosos e de idosos

    asilados e depois entrecruzar estes olhares. Alm da simples escuta, a pretenso

    maffesolianamente ?escutar a relva crescer?, transcender o que dado e posto de forma

    patente, quer dizer, ir ao latente submerso, ouvir o inaudvel, enxergar o invisvel e

    perceber o imperceptvel. A pesquisa situa-se no rol das investigaes que, no-

    satisfeitas com os preconceitos, com os etnocentrismos desgastados, os esteretipos,

    enfim, com as seguranas apenas do discurso ?competente?, propem a ao instituinte

    na escola. V a escola na sua potncia transformadora, no seu poder de mudar vises de

    mundo, de atualizar e, principalmente, de criar a construo crtica no-excludente e,

    assim, diminuir ou eliminar os bachelardianos ?complexos de cultura?, notadamente

    com relao velhice. V o homem, em qualquer idade, como um neteno, quer dizer,

    que tem a condio de mudar sempre: de aprender e reaprender.

    A criana e o adolescente tm presente, no elenco de imagens pessoais, uma imageria

    que pode estar desequilibrada nas suas polaridades de natureza/pulses internas e de

    cultura/presses externas. Pode ser que o convvio familiar, religioso, social, escolar,

    cultural e as condies por vezes precrias de sobrevivncia tenham pressionado o eu

    interior pulsante de humanidade e de solidariedade para com o diferente, no caso para

    com o velho, pesando, de forma no-harmnica, no ?trajeto antropolgico?, o caminho

    circular simbitico de interior e exterior. Mas Seefeldt e col. (apud Nri, 1991: 51)

    registra ? em investigao sobre as percepes de crianas sobre velhos ?, ?que atitudes

    e esteretipos se desenvolvem precocemente e tendem a permanecer como influncias

    relativamente estveis?. Pressupe-se, ento, que a viso de mundo gerada e permeada

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    23/192

    com as influncias da escola, na tenra idade, desperte, aprimore ou incentive no aluno ?

    o homem em formao ? a compreenso do fenmeno da velhice e da(s) realidade(s) do

    velho, entendendo o ser humano velho na sua singularidade, to digno e com direitos e

    deveres, como qualquer outro em qualquer idade ? como na infncia e na adolescncia,

    ?fase? em que os alunos se encontram. Isto far a diferena no encarar, entender e se

    relacionar com os seus idosos de casa, da comunidade e da sociedade em geral. Erikson

    (1984: 156 in Andrade, 2002) diz que ?a velhice precisa encontrar um lugar

    significativo na ordem social e econmica ? significativa para os velhos e para os que

    fazem parte de todos os outros grupos de idade, comeando pela infncia?.

    Acompanhar o olhar, descobrir o imaginrio destas crianas/destes adolescentes e dos

    dirigentes da escola, nas suas aes e na organizao, sobre a velhice, o processo doenvelhecimento e a(s) realidade(s) do velho, do idoso, possibilitar, por um lado, a

    influncia formadora da escola na elaborao ou na reviso dos seus projetos

    pedaggicos e na formulao ou reformulao curricular, notadamente na sua

    possibilidade transversal e, por outro, o possvel sair do idoso da inatividade segregada

    e qui solitria, desenvolvendo ou imiscuindo-se em atividade, por ele desejada, no

    convvio intergeracional saudvel, na interao com escolares crianas e/ou

    adolescentes. As vantagens sero recprocas quando os avs se desenrugam no sorrisoque resulta da estima recuperada ou ampliada na possibilidade de se sentir til e

    prestigiado, ouvido e considerado, da interao com criaturinhas, que sempre lembram

    seus netos, em uma escola, enquanto as crianas tero ao vivo a evidncia das

    possibilidades dos idosos, contando histrias vividas, reais ou fictcias, cantando

    canes folclricas ou no, aprendidas em um passado h tempos vivido e agora

    revivido mas ainda desconhecido das crianas. preciso deixar falar nestes momentos

    tanto os velhos como as crianas, sem a imposio da hierarquia rgida vazia do apenasrespeito sem fundamento. O velho deve ser respeitado como todo ser humano, mas

    precisa tambm respeitar. Ao demonstrarem sua ateno para com as crianas, os avs,

    os idosos, estaro recuperando ou condicionando o resgate do respeito aparente ou

    realmente perdido nesta poca de violncia e

    de desprezo pelo que no novo, pelo velho ou envelhecido; pelo que no mais entra no

    mosaico preconcebido de uma sociedade desamorosa do apenas lucro e produo. O que

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    24/192

    se considera que, no caleidoscpio da vida, o velho feliz pode ainda ser produtor de

    felicidade e neste movimento ser considerado.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS Contributos para a formao pessoal e social dos

    alunos de uma escola secundria. Lisboa: Instituto de inovao educacional, Ministrio

    de Educao, 2002.

    DURAND, G. As estruturas antropolgicas do imaginrio: introduo arquetipologia

    geral. trad. Lisboa: Editorial Presena, 1989.

    DURAND, G. As estruturas antropolgicas do imaginrio: introduo arquetipologia

    geral. trad. Lisboa: Editorial Presena, 1989.

    DURAND, Yves. L?exploration de l?imaginaire: introduction la modlisation des

    univers mythiques. Paris: L?Espace Bleu, 1988.

    LAHUD, Altair Macedo. Imagens da vida e da morte: vetores culturanalticos de um

    grupo de idosos e pistas para a criao de um espao cultural. Tese de Doutorado. So

    Paulo: FEUSP, 1993.

    ____. ?Os velhos, as mudanas de um novo tempo e o medo da morte: lutar, conciliar

    ou se acomodar??. Cadernos de educao. v.7, n. 1. Cuiab/MT: UNICMT, 2003.

    _____. (org) O velho e o aprendiz. O imaginrio em experincias com o AT-9. So

    Paulo: Zouk, 2004 ____.(org.) Terceira Idade: ideologia, cultura, amor e finitude.

    Braslia: UdUnB, 2004.

    NERI, Anita Liberalesso. Envelhecer num pas de jovens: significados do velho e

    velhice segundo brasileiros no idosos. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 1991.

    ROY, Jean Pierre. Bachelard ou le concept contre l?image. Montral: Presses de

    l?Universit de Montral, 1977.

    SADE SSEA E O ENVELHECIMENTO Ana Patrcia de Paula Reumatologista

    doHospital Universitrio de Braslia

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    25/192

    A osteoporose um problema de sade pblica com importantes conseqncias fsicas,

    psicossociais e financeiras. O reconhecimento daqueles indivduos com risco e a

    identificao dos pacientes com osteoporose e encaminhamento para preveno e

    tratamento deve ser uma preocupao de todos, principalmente daqueles que trabalham

    visando promoo da sade.

    Aproximadamente 13 a 18% das mulheres norte-americanas acima dos 50 anos tm

    osteoporose e cerca de 50% tm osteopenia, segundo critrio densitomtrico da

    Organizao Mundial de Sade, 1990 (normal = T score ? ?1.0; osteopenia = T score ?2.5; osteoporose = T score ? ?2.5, onde T score o desvio padro em relao a

    mdia da densidade mineral ssea de adultos jovens). A Sociedade Brasileira de

    Osteoporose, a Sociedade de Osteoporose de Braslia e a Sociedade Brasileira deReumatologia tm como meta verificar os dados nacionais relacionados osteoporose

    em nosso pas.

    Osteoporose definida atualmente como uma desordem esqueltica caracterizada por

    fora ssea comprometida predispondo a um aumento do risco de fratura. Fora ssea

    primariamente reflete integrao entre densidade ssea e qualidade ssea.

    Sendo esta uma doena silenciosa, precisamos estar atentos para identificar as pessoas

    com fatores de risco tais como: histria familiar de fratura por osteoporose, raa branca,

    baixa estatura e peso, sexo feminino, menarca tardia, menopausa precoce, nuliparidade,

    baixa ingesto de clcio, alta ingesto de sdio, alta ingesto de protena animal,

    sedentarismo, tabagismo, alcoolismo crnico, uso de medicamentos (corticides,

    heparina, methotrexate, fenobarbital, fenitona, ciclosporina, agonistas de GnRH). A

    histria clnica e o exame fsico so importantes na identificao de fatores de risco para

    osteoporose, e o nosso objetivo deve ser diagnosticar os pacientes antes doacontecimento da primeira fratura.

    Seguindo critrios da Organizao mundial de Sade o diagnstico de osteoporose

    feito de maneira quantitativa atravs do exame de densitometria ssea. A densidade

    mineral ssea representa um dos melhores determinantes da resistncia ssea. A

    densitometria de dupla emisso com fontes de raios X (DXA) considerada padro-

    ouro para a medida de

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    26/192

    massa ssea, sendo um mtodo no-invasivo que, alm de fornecer o diagnstico,

    permite o seguimento dos pacientes. Atravs da densitometria ssea mensura-se o

    contedo mineral sseo ou a densidade mineral areal, que corresponde quantidade

    mineral divida pela rea ssea estudada. O exame deve ser realizado rotineiramente em

    coluna lombar e fmur proximal.

    importante lembrar que o nosso esqueleto constitui-se de ossos cortical (80%) e

    trabecular (20%), ressaltando-se que o colo femoral tem 75% de osso cortical e a coluna

    lombar tem 66% de osso trabecular. O Osso trabecular tem um metabolismo mais ativo

    que o cortical, portanto sendo este o que primeiro apresenta reduo frente a um

    desequilbrio no processo de remodelao ssea. A remodelao ssea um processo

    contnuo de formao e reabsoro sseas, resultante do acoplamento das funes dososteoblastos e osteoclastos, relacionado a homeostasia de clcio e fsforo. O

    remodelamento sseo ocorre em unidades circunscritas, disseminadas por todo o

    esqueleto. O remodelamento de cada unidade requer um perodo estimado em cerca de

    trs a quatro meses. A seqncia dos fenmenos celulares sempre a mesma: ativao

    dos precursores dos osteoclastos e depois reabsoro ssea osteoclstica, seguida de

    formao osteoblstica do osso.

    A puberdade o perodo crucial para a aquisio da massa ssea, aps a menarca, a taxa

    de aumento de massa ssea desacelerada e entre os 17 - 20 anos os ganhos so

    mnimos. de fundamental importncia reconhecer que maximizando o pico de massa

    ssea estaremos contribuindo para uma reduo do risco de fraturas anos depois. Sabe-

    se que um aumento de 10% no pico de massa ssea pode representar uma reduo de at

    50% no rico de fratura aps os 50 anos de idade. Existe um declnio da densidade

    mineral ssea com a idade e a mulher inicia uma perda rpida, logo nos primeiros anos

    aps a menopausa (observe o grfico abaixo). Os homens tm uma curva desviada para

    a direita j que a pubarca acontece um pouco mais tarde e a perda rpida ocorre mais

    tarde do que nas mulheres.

    Massa ssea Pico de massa ssea Menopausa

    Sem reposio hormonal 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Idade (anos)

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    27/192

    relevante lembrar alguns dos determinantes do pico de massa: Fatores genticos

    (responsveis por 60 a 80% da variabilidade da massa ssea), nutrio adequada (clcio,

    vitamina D, protenas e calorias adequadas), nvel dos hormnios sexuais na puberdade,

    nvel do hormnio do crescimento e exerccio fsico.

    FRATURA O risco de fraturas de qualquer stio entre os homens similar ao risco de

    desenvolver cncer de prstata (13%), e o risco entre as mulheres (39,7%) maior que o

    risco de desenvolver cncer de mama, ovrio ou endomtrio.

    Risco de fratura em idosos associa-se a vrios fatores: ? Fatores genticos ?

    responsveis por 60 a 80% da variabilidade da massa ssea ? Geometria femoral

    (comprimento do eixo do quadril, largura do colo femoral) ? Microarquitetura sseaalterada

    Fraturas Vertebrais A maioria das fraturas vertebrais assintomtica. Menos de 1/3 dos

    pacientes com deformidades vertebrais procuram assistncia mdica. Aps a primeira

    fratura vertebral aumenta-se em 2 a 5 vezes o risco de nova fratura. Nenhum tratamento

    medicamentoso ou to eficiente quanto antes da primeira fratura.

    Fratura de quadril A mortalidade nos primeiros seis meses aps fratura de quadril de18-34%, sendo maior entre os homens do que entre as mulheres. Aps um ano a

    mortalidade de 20%. Seis meses aps o evento fratura mais de 50% dos pacientes

    ainda queixam-se de dor e requerem assistncia para deambular e cerca de 1/3 dos

    pacientes perdem a independncia e necessitam de cuidados familiares ou de outro

    cuidador permanente.

    Incidncia de Fraturas Vertebrais, de Quadril e de Antebrao nas Mulheres com mais de

    50 anos Incidncia anual por 1000 mulheres Vertebral

    40 30 20 Quadril Antebrao 10 50 60 70 80 idade(anos)

    Tratamento ? Exerccio fsico com ao da gravidade ? Preveno - reconhecimento das

    pessoas de maior risco ? Preveno de quedas ? Medicamentos que:Aumentam a

    formao ssea Reduzem a reabsoro ssea

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    28/192

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    29/192

    Teriparatida ? Teriparatida uma nova forma de tratamento da osteoporose severa de

    mulheres e homens ? Teriparatida reduz o risco de fraturas vertebrais e no vertebrais

    em mulheres e homens com osteoporose

    Considerando o acima exposto consideramos essencial prevenir: o baixo pico de massa

    ssea, a reduo da massa ssea, o aparecimento da primeira fratura e o aparecimento

    de novas fraturas. Portanto sempre poderemos agir em benefcio daqueles com

    diagnstico de osteoporose.

    HOLICK, M.S. &DAWSON-HUGHES, B. Nutrition and Bone Health. Humana Press,

    2004.

    WASNICH RD. Primer on the Metabolic Bone Diseases and Disorders of Mineral

    Metabolism. 4th edition. Academic Press, 1999.

    ROSEN, C.J.; GLOWACKI, J., BILEZIKIAN, J.P.The Aging Skeleton. Academic

    Press, 1999.

    PHYSICAL ACTIVITY FOR ELDERLY PEOPLE: HEALTH PERSPECTIVE Eino

    Heikkinen The Finnish Centre for Interdisciplinary Gerontology University of

    Jyvskyl, Finland.

    Background The individual and social burden of diseases increases in parallel with the

    increase in human life expectancy and the proportion of elderly people in both the

    developing and industrialized countries. The ongoing demographic change has

    sometimes been called as an ?apocalyptic demography? referring to the mass nature of

    the issue which would require mass solutions (e.g. Ebrahim 2002). The increase in the

    proportion of people over 80 years of age presents a particular challenge. It has beenestimated that in many developed countries st their proportion will increase by about

    40% during the first two decades of the 21 century, and that the most rapid relative

    increase in life expectancy will occur in this age group. On the other hand the

    uncomfortable and uncompromised consequences of ageing are the increasing number

    of diseases, functional limitations and disabilities (E.g. Heikkinen 2003). Only about

    10% of people aged 80 years are free of a clinically diagnosed disease, and various

    disabilities decrease the quality of life. In the industrialized European societiesapproximately 20% of people aged 70 years or older and 50% of people aged 85 and

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    30/192

    over report difficulties in basic activities of daily living (e.g. BURDIS report, 2004). It

    has been estimated that the use of social and health services increases in parallel with

    the increase in various disabilities.

    Disability increases, e.g., the risk of need for home help, hospitalization, nursing home

    admission and premature death. Disability prevention has become an important public

    health concern.

    Osteoporotic fractures and falls are common, interrelated conditions in elderly people.

    Approximately one third of community-dwelling older people fall at least once each

    year, multiple falls are common and the cumulative incidence of falls has led to an

    epidemic of osteoporotic fractures, particularly among postmenopausal women.Fractures are associated with increased mortality and healthcare costs.

    Significant increase in life expectancy has occurred in both developed and th developing

    countries during the 20 century. In many developed countries the average life

    expectancy at birth is over 80 for women and over 75 years for men. In addit ion,

    among women the average life expectancy at 65 is over 20 years and in men over 15

    years. It has been estimated that genetic factors determine about 25 % of the differencein the age of death;

    the environmental factors in different phases of life seem to be more important in

    modifying the differences in life expectancy.

    Physical activity level decreases with advancing age. There does not seem to be,

    however, any consensus about the definition of physical inactivity or sedentary behavior

    in elderly populations. People whose physical activity is limited to mainly sitting in oneplace or practicing only light physical activity can be regarded as sedentary people.

    According to our observations their proportion among people aged 75-80 years vary

    between 20 and 40 percent among, for example, urban populations in the Nordic

    countries Denmark, Finland and Sweden (NORA studies 2002). The proportions of

    those regarded as moderately active (moderate physical activity for about 3 hours per

    week) vary between 30 and 50% whereas the proportion of physically active (moderate

    physical activity over 4 hours per week or intense physical activity up to 4 hours perweek or active sports at least 3hours per week) vary between 15 and 40%. It is obvious

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    31/192

    that at least one third of elderly populations should start practising some form of

    physical exercise and that an additional one third should consider increase of their

    physical activity.

    This paper aims at describing, on the basis of the current scientific literature, including

    our own research work, the roles of physical activity in the prevention of disability, falls

    and fall related fractures in old age and as a determinant of longevity.

    Disability and physical activity Research on disability in old age has identified several

    factors that contribute to shaping the dimensions of disabilities in old age. These factors

    include both non-modifiable risk factors such as age, gender and genetics and

    modifiable risk factors such as unhealthy behaviors, and characteristics of theenvironment and the degree to which it is free from, or encumbered with physical,

    social and cultural barriers. A part of the modifiable risk factors stem from earlier

    phases of life. Currently some, if limited knowledge exists on the role of genetic factors

    predisposing older people to functional limitation and disability (Tiainen et al.

    2004). There is a marked gender difference in longevity. In European countries women

    often live about five years longer than men but women have a longer duration of life

    lived with disability.

    Much research has been dedicated to identifying risk factors for the onset of disability

    by applying the disablement model developed by Nagi (1976). The main pathway of the

    model consists of four components: pathology, functional impairments, functional

    limitations, and disability. In elderly people, pathology causes impairments (e.g.

    decreased muscle strength, low oxygen consumption, poor balance). Impairments

    predispose people fo functional limitations (e.g. poor walking speed) which may lead todisabilities (e.g.

    difficulties in carrying out daily activities and in mobility). In a systematic literature

    review Stuck et al. (1999) listed various behavioral and health factors that at on

    individual level contribute to the development of disability in old age. The highest

    strength of evidence for an increased risk in functional status decline, defined as

    disability or physical function limitation was found for (in alphabetical order): -

    cognitive impairment - low level of physical activity - depression - no alcohol use

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    32/192

    compared to - disease burden - moderate use - increased and decreased body mass index

    - poor self-perceived health - lower extremity functional limitation - smoking - low

    frequency of social contacts - vision impairment

    Other risk factors include elevated blood lipids and glucose, low bone density and

    alcohol and drug misuse. Research has also shown that certain psychological and

    psychosocial characteristics, such as poor self-efficacy, coping strategies and social

    integration predict the development of disability. Recent evidence suggests that the

    accumulation of deficits across multiple domains (co-impairment) may better explain

    the development of functional limitation than decline in a single domain.

    Disability can be defined as a gap between a persons abilities and environmentalrequirements. Identical physical and mental conditions may results in different patterns

    of disability depending, for example, on the occupation, housing conditions or family

    structure of a person. On the other hand, a similar type of disability may arise from

    different types of health conditions. Women have a longer duration of life lived with

    disability and it has been suggested that they may suffer from ?multiple jeopardy?, i.e.

    have combinations of social and health disadvantages. Also cultural factors may

    produce disability. Prejudice and discrimination in different arenas of life may disable

    and restrict peoples activities even more than impairments and functional limitations.

    Current research suggests, however, that among other factors physical activity is

    associated and may counteract several individual level risk factors of old age disability.

    Chronic illnesses Current studies suggest that the health benefits of physical activity

    that have been observed in middle-aged persons also are likely to occur in elderly men

    and women.

    Sedentary lifestyle and aging increase a persons risk of many chronic diseases

    including coronary heart disease, hypertension, stroke, cancer, certain metabolic

    disorders (e.g. non- insulin dependent diabetes) and osteoporosis (e.g. Spirduso 1994,

    Carlson et al. 1999, Christmas et al. 2000). It has been estimated that about one third of

    deaths from coronary heart disease, colon cancer and diabetes could be prevented if all

    American adults were vigorously active (Powell & Blair 1994). It has also been

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    33/192

    estimated that individuals of all ages with established osteoarthritis can benefit from

    exercise programs.

    Both aerobic and resistive exercises have resulted in diminished pain and disability

    scores and enhanced measures of physical function without worsening of the disease

    radiographically. Diseases are often associated with sarcopenia which may result from

    disease related nutritional deficiencies and inflammatory reactions. Sarcopenia on the

    other hand may lead to functional limitations and disability. The current physical

    activity guidelines for adults of 30 minutes of moderate intensity activity preferably all

    days a week is of importance for reducing health risks for a number of chronic diseases

    (ACSM 1998). The dose-response relationship shows that ?a moderate physical activity

    program is likely to give important health benefits and indicates that some activity isbetter thant none, and that more is better than less? (e.g. Bokovoy & Blair 1994).

    Depression The prevalence of clinically important depressive symptoms among

    community-dwelling older adults ranges from approximately 8 % to 16% (Blazer 2003).

    Depression is associated with physical illness and disability, and it is often accompanied

    by decreased physical activity, resulting in functional limitations and disability. On the

    other hand exercise may reduce depressive symptoms among older persons (0Connor

    et al. 1993, Penninx et al. 1998).

    An observational study among a representative population sample aged 65-84 year at

    baseline showed that over the follow-up of 8 years the amount of depressive symptoms

    increased among sedentary people compared to their physically more active

    counterparts (Lampinen et al. 2000). It appears that physical activity participation rather

    than physical fitness per se may be related to psychological well-being in elderly people(McAuley & Rudolph 1995).

    There is, however, no compelling experimental evidence that exercise per se is effective

    in preventing or treating depression in elderly people.

    Self-rated health Despite the high prevalence of clinical diagnoses in elderly people

    many of them evaluate their health as good. The factors underlying these evaluations

    include functional performance (muscle strength in particular), physical activity,severity of diseases, sensory performance (vision in particular), and cognitive

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    34/192

    performance. Decreased physical activity has emerged as the most powerful variable

    predicting a negative change in self-rated health (e.g. Leinonen et al. 2001). Older

    peoples cognitive interpretation of being physically active may impart a sense of vigor,

    which is considered an important aspect of health. It may be that older people are likely

    to emphasize attitudinal and behavioral factors in assessing their own health.

    Leannes and obesity A change in body composition is one of the most apparent findings

    with human aging. There is a loss of muscle mass and strength (sarcopenia), and a

    relative increase in body fat. In the 70- to 79-year-old age group about one third has

    been reported to be Obese (BMI >- 27.8 for men and 27.3 for women; Kuszmarski et al.

    1994). The decline in daily physical activity is clearly a major factor contributing to the

    current obesity epidemic affecting both developed and developing countries. Therequired amount of physical activity to maintain a recommended BMI values may be

    higher compared to the guidelines concerning chronic diseases. Although definite data

    are lacking, it seems likely that moderate intensity activity of approximately 45 to 60

    minutes per day is required to prevent the transition to overweight or obesity (Erlichman

    et al. 2002b, Saris et al. 2003). The low BIM also seems to be a risk factor of disability.

    Both chronic diseases and lack of physical activity reduce muscle

    mass and may increase the proportion of fat tissue leading to a lower BMI which is

    associated with poor functional performance and increased mortality.

    Functional limitation According to the model of Verbrugge and Jette (1994) functional

    limitation is a precursor of disability. It has been demonstrated that among non-disabled

    older persons living in the community, objective measures of lower-extremity function

    are highly predictive of subsequent disability (Guralnik et al. 1995). It has also been

    shown that grip strength in middle-age independently predict levels of functionalindependence at the follow-up 25 years later (Rantanen et al. 1999).

    Strength loss in elderly people is well established and has repeatedly been linked to

    poor performance and falls. In particular, lower extremity strength loss has been

    associated with increased time to rise from a chair, climb stairs, and walk, and with a

    decrease in the amount of walking performed per week (e.g. Chandler & Hadley 1996).

    Decline in muscle strength is partially reversible with exercise. The consistency of

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    35/192

    strength gain with training across elderly age groups and levels of frailty is very

    promising but the clinically meaningful strength change is not yet clear.

    Social factors The low levels of social activity and social contacts seem to be associated

    with poor functional outcomes, even if correcting for potential confounding factors such

    as cognitive functioning (Moritz et al. 1995). It has also been observed that a greater

    frequency of emotional support from social networks has a favorable impact on

    functional outcomes (Seeman et al. 1995).

    Physical activity facilitates the involvement of elderly people in social activities through

    preventing functional limitations, which may become obstacles to social participation.

    In addition, physical exercise often involves group activities being thus able to maintainand create social contacts.

    Injurious falls and physical activity Several risk factors have been identified for non-

    vertebral fracture, which is ultimately determined by bone strength, the risk of falling

    and the force of impact in the event of fall. Established risk factors for falls in older

    adults include lower-extremity muscle weakness, impaired balance and vision,

    decreased reaction time, impaired cognition, decreased body mass, and impaired

    mobility in general. In addition, medications, alcohol intake, inappropriate footwear,

    physical factors in the environment and acute situational factors have also been

    identified as important risk factors for falls.

    A review of the epidemiologic evidence on the relationships between physical activity,

    falls and fractures among older adults (Gregg et al. 2000) suggests that higher levels of

    leisure time physical activity prevent hip fractures, and that certain exercise programs

    may reduce risk of falls. In addition to preventing functional limitation physical activityhelps maintain mobility and bone mineral density and in doing so, may prevent falls and

    osteoprotic fractures. It is, however, unclear whether physical activity is associated with

    the risk of osteoporotic fractures at sites other than the hip. Future research is also

    needed to identify which populations will benefit most from physical activity and to

    evaluate the types and amount of exercise needed for protection of falls in old people.

    Longevity and physical activity Several prospective observational studies have shown

    that low physical activity levels predict an increased risk of mortality among older

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    36/192

    people (E. g. Bokovoy & Blair 1994, Erlichman et al. 2002a). The highest mortality

    rates, both overall and from cardiovascular disease has been found in sedentary men,

    and on the other hand physically active elderly people have a longer life-expectancy

    compared to their more sedentary counterparts (ij et al. 2002). The differences

    between the sedentary and physically active elderly people remain after controlling for

    their status of health.

    It has been suggested that the effect of physical activity on survival is most important

    among those elderly individuals who already have disabilities such as mobility

    difficulties (e.g. Hirvensalo et al. 2000). It is, however, difficult to control for all the

    factors (health behaviors, socio-economic position, education, genetic factors, severity

    of diseases) which may modify or confound the relationships between physical activityand survival among elderly people. Additional research is, therefore, needed to

    determine the amount and

    quality of physical activity to be recommended as well as the characteristics of

    individuals who will benefit from physical activity from the point of view of an

    increased survival.

    Concluding remarks There now exists a wealth of data demonstrating that physical

    activity and exercise may ameliorate diseases, reduce depressive symptoms and delay

    the occurrence of functional limitations and disabilities in elderly populations. Physical

    activity may also contribute to increased longevity compared to sedentary lifestyle.

    There are, however, both conflicting finding and gaps in our knowledge concerning the

    importance of physical activity amongst the various risk factors and the effectiveness of

    physical activity interventions aimed at maintaining health and preventing diseases anddisabilities in elderly people and increasing longevity.

    The situation is complex and has recently rendered even more complex by observations

    showing that individuals of the same age, gender and ethnic group vary markedly in

    their physiological responses to the same dose of physical activity and that this

    variability is characterized by a familial aggregation of these responses, which has both

    genetic and environmental components (Bouchard & Rankinen 2001).

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    37/192

    There is, however, enough evidence regarding the beneficial health effects of physical

    activity in older people to start strengthen research activities with the aim of developing

    effective interventions for the prevention of physical inactivity and facilitation of

    physically active lifestyles. An important goal for exercise scientists and sport medicine

    clinicians is to discover new ways to encourage physical activity in the unfit and most

    sedentary elderly people.

    A step forward would be to consider the disablement concept in the context of the

    newer concept of enablement. Disabling processes are described as those that increase

    the needs of help of the individual and also often lead to isolation and dependency.

    Enabling processes, including physical activities, restore and improve function and

    expand access to social and physical environment.

    REFERENCES IJ M, HEIKKINEN E, SHCROLL M, STEEN B (2002). Physical

    activity and mortality of 75-year-old people in three Nordic localities: A five-year

    follow-up. Aging Clinical and Experimental Research 14;83-89 AMERICAN

    COLLEGE OF SPORTS MEDICINE POSITION STAND. Exercise and physical

    activity for older adults. Med Sci Sports Exerc 30:992-1008 BLAZER DG (2001).

    Depression in later life: review and commentary. Journals of gerontology Series A.

    Biological sciences and medical sciences 58:249-265 BOKOVOY JL, BLAIR SN

    (1994). Aging and Exercise: A Health Perspective. Journal of Aging and Physical

    Activity 2: 261-272 BOUCHARD C, RANKINEN T (2001). Individual differences in

    response to regular physical activity. Med Sci Sports Exerc 33:5446-5451 CARLSON

    JE, OSTIR GV, BLACK SA, MARKIDES KS et al. (1999). Disability in older adults

    2:physical activity as prevention. Behavioral Medicine 24: 157-169 CHANDLER JM,

    HADLEY EC (1996). Exercise to improve physiologic and functional performance in

    old age. Clinics in Geriatric Medicine 12:761-784 CHRISTMAS C, ANDERSON RA

    (2000). Exercise and Older Patients: Guidelines for the Clinician. JAGS 48:318-324

    Disability in Old Age. Burden of Disease Network Project 2004.

    http://www.jyu.fi/BURDIS EBRAHIM S (2002). Ageing, health and society. Int J

    Epidemiol 31:715-718 ERLICHMAN J, KERBEY AL, JAMES WPT (2002a). Physical

    activity and its impact on health outcomes. Paper 1: the impact of physical activity on

    cardiovascular disease and all- cause mortality: an historical perspective. Obesityreviews 3:257-271 ERLICHMAN J, KERBEY AL, JAMES WPT (2002b). Physical

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    38/192

    activity and its impact on health outcomes. Paper 2: prevention of unhealthy weight

    gain and obesity by physical activity: an analysis of the evidence. Obesity reviews

    3:273-287 GREGG EW, PEREIRA MA, CASPERSEN CJ (2000). Physical Activity,

    Falls, and Fractures Among Older Adults: A Review of the Epidemiological Evidence.

    JAGS 48:883- 893 GURALNIK JM, FERRUCCI L, SIMONSICK EM, SALIVE ME,

    WALLACE RB (1995).

    Lower-extremity function in persons over the age of 70 years as a predictor of

    subsequent disability. New England Journal of Medicine 332:556-561

    HEIKKINEN E (2003).What are the main risk factors for disability in old age and how

    can disability be prevented? WHO regional Office for Europes health evidencenetwork synthesis report. Available online at: http://www.euro.who.int HIRVENSALO

    M, RANTANEN T, HEIKKINEN E (2000). Mobility difficulties and physical activity

    as predictors of mortality and loss of independence in community-living older

    population. JAGS 48:493-498 KUJALA UM, KAPRIO J, KOSKENVUO M (2002).

    Modifiable Risk Factors as Predictors of All-Cause Mortality: The Roles of Genetics

    and Childhood Environment. American Journal of Epidemiology 156:985-993

    LAMPINEN P, HEIKKINEN R-L, RUOPPILA I (2000). Changes in Intensity of

    Physical Exercise as Predictors of Depressive Symptoms among Older Adults. An

    Eight-Year Follow- up. Preventive Medicine 30:371-380 LEINONEN R, HEIKKINEN

    E, JYLH M (2001). Predictors of decline in self-assessments of health among older

    people ? a 5-year longitudinal study. Social Science and Medicine 52:1329-1341

    MCAULEY E, RUDOLPH D (1995). Physical Activity, Aging, and Psychological

    Well- Being. JAPA 3:67-96 MORITZ DJ, KASL SV, BERKMAN LF (1995).

    Cognitive functioning and the incidence of limitations in activities of daily living in an

    elderly community sample. Am J Epidem 141:41-49 NAGI SZ (1976). An

    epidemiology of disability among adults in the United States. Milbank Mem Fund Q

    Health Soc 54:439-467 NORA studies (2002). Nordic Research on Ageing: The five-

    year follow-up of the functional capacity of 75-year-old men and women in three

    Nordic localities. A.Viidik (Guest editor) Aging.Clin Exp Res Suppl 14 0`CONNER PJ,

    AENCHENBACHER LE, DISHMAN RK (1993). Physical activity and depressive

    symptoms in the elderly. JAPA 1:34-58 PENNINX BWJH, GURALNIK JM,

    FERRUCCI L, SIMONSICK EM et al. (1998).

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    39/192

    Depressive symptoms and physical decline in community-dwelling older persons.

    JAMA 279: 1720-1726 RANTANEN T, GURALNIK JM, FERRUCCI L, LEVEILLE

    S et al. (2001). Coimpairments as predictors of severe walking disability in older

    women. JAGS 49:21-27 RANTANEN T, GURALNIK JM, FOLEY D, MASAKI K et

    al. (1999). Mid-life hand grip strength as a predictor of old age disability. JAMA

    286:558-560

    RANTANEN T, GURALNIM JM, SAKARI-RANTALA R et al. (1999). Disability,

    Physical Activity, and Muscle Strength in Older Women: The Womens Health and

    Aging Study.

    Arch Phys Med Rehab 80:130-135 SARIS WHM, BLAIR SN, VAN BAAK MA,EATON SB et al. (2003). How much physical activity is enough to prevent unhealthy

    weight gain? Outcome of the IASO 1st Stock Conference and consensus statement.

    Obesity reviews 4:101-114 SEEMAN TE, BERKMAN LF, CHARPENTIER PA,

    BLAZER DG et al. (1995). Behavioral and psychosocial predictors of physical

    performance: McArthur studies of successful aging.

    Journal of Gerontology, Medical Sciences 50: M177-M183 SPIRDUSO WW (1994).

    Physical Activity and Aging: Retrospections and Visions for the Future. JAPA 2:233-

    242 STUCK AE, ALTHERT JM, NIKOLAUS T et al. (1999). Risk factors for

    functional status decline in community-living elderly people: a systematic literature

    review. Social Science & Medicine 48: 445-469 TIAINEN K, SIPIL S, ALEN M,

    HEIKKINEN E et al. (2004). Heritability of maximal isometric muscle strength in older

    female twins. J Appl Physiol 96:173-180 VERBRUGGE LM, JETTE AM (1994). The

    disablement process. Social Science and Medicine 38:1-14

    PROGNOSIS FOR A SUCCESSFUL OLD AGE C. Jessie Jones FACSM - Division of

    Kinesiology and Health Science California State University, Fullerton

    ?We cannot go back and make a new start, Introduction Chances are you?re going to

    live a long life because of the advances in sanitation, public health, medical and

    pharmaceutical technology, and food science. However, what is your prognosis for a

    successful old age? First it is important to understand want is meant by the phrase

    ?successful old age?. It is difficult to define because the term ?success? itself is quite

  • 7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx

    40/192

    ambiguous. The concept of successful aging dates back several decades (Baltes &

    Baltes, 1980; Havighurst, 1961; Palmore, 1979; Rowe & Kahn, 1987). Havighurst

    (1961) coined the term ?successful aging? referring to it as ?adding life to the years?

    and ?getting satisfaction from life?. Palmore (1979) defined successful aging as

    including longevity, lack of disability, and life satisfaction. Rowe and Kahn (1987)

    further defined successful agers as people with better than average physiological and

    psychosocial characteristics in late life, and positive genes. Other experts in the field

    have added the following indicators of successful aging: autonomy (independence),

    financial and social status, sense of meaningful purpose in life, and self-actualization.

    Successful aging is not something that begins in later life; rather it is an accumulation of

    where and how we have lived our lives, experiences we have encountered, people in ourlives, how we feel about ourselves, our attitudes, and choices we make regarding how

    we care for ourselves and manage our lives (see figure 1). In fact, people who seem to

    age successfully tend to be those who stay ?actively? involved with the many pleasures

    of everyday living, and have a passion for living life to the fullest.

    Genetics Culture & Gender Physical & Social Successful Environment Aging

    Socio-economic Status Life Events Health & Social Services Lifestyle Choices &

    Behaviors

    Psychological Attributes Figure 1. Predictors of Successful Aging. Adapted from the

    determinants of Active Ageing,