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EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NA PROMOÇÃO DA SAÚDE
Autor: Lucinete Moreno Nogueira¹
Orientador: Nilton Munhoz Gomes²
Resumo
O referido artigo tem por objetivo divulgar a pesquisa e Implementação da Proposta
de Intervenção em uma escola da rede pública do Estado do Paraná. Buscando uma
maior compreensão da visão que os alunos da Educação Básica têm sobre a
promoção da saúde nas aulas de Educação Física Escolar, cuja finalidade é
trabalhar saúde não apenas como ausência de doenças ou enfermidades. Identificar
e prevenir os malefícios de uma vida sedentária, conscientizar os alunos sobre a
importância da atividade física regular e constante, em conjunto com a diminuição de
outros fatores de risco. A pesquisa se caracteriza como sendo do tipo qualitativo e
quantitativo, com perguntas e respostas objetivas e descritivas. Participaram da
Implementação do Projeto aproximadamente 30 alunos do 9º ano “MC”
(anteriormente chamado de 8ªsérie) de uma escola da rede pública estadual do
Município de Cambé/PR. No início da Implementação do Projeto, que foi no mês de
agosto de 2011, foi aplicado um questionário diagnóstico e ao final da
Implementação do Projeto, no mês de novembro de 2011, este mesmo questionário
foi reaplicado. Após a aplicação deste questionário diagnóstico os dados foram
analisados qualitativa e quantitativamente. Para as questões fechadas utilizou-se
frequência de respostas e para as questões abertas, Análise de Conteúdo (BARDIN,
2004). Os resultados mostraram que os objetivos propostos, anteriormente no
projeto e posteriormente enfatizados no material didático, foram atingidos.
Palavras-chave: Educação Física, Educação Física Escolar e Saúde
__________
¹ Professora da Rede Estadual de Ensino do Paraná. Graduação em Educação Física pela Universidade do Norte do Paraná.
Pós-graduada em Metodologia de Ensino de 1º e 2º graus pelo Centro de Estudos Superiores de Londrina e Administração,
Supervisão e Orientação Educacional pela Universidade do Norte do Paraná. Participante do Programa de Desenvolvimento
Educacional – PDE – 2010.
² Os estudos foram orientados pelo Prof. Dr. Nilton Munhoz Gomes, da Universidade Estadual de Londrina.
1 Introdução
O referido artigo é resultado de pesquisa realizada durante o curso de
formação continuada PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional, organizado
pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná. A atividade constava de quatro
períodos de seis meses cada, havendo em cada período, uma série de atividades,
desde estudos e pesquisas até a elaboração de um Plano de Trabalho, Material
Didático e finalmente de um Artigo Científico a serem utilizados posteriormente pelo
professor cursista, nomeado professor PDE, em sua sala de aula, na escola de
lotação, com seus alunos.
Nos dois primeiros períodos, segundo semestre do ano de 2010 e primeiro
semestre do ano de 2011, aos educadores participantes, foi possibilitado o
afastamento integral de suas atividades de docência, o que favoreceu os estudos
acerca de um determinado tema a ser depois abarcado em seu Projeto e
publicações posteriores.
No caso de nosso projeto, os estudos se pautaram na educação física
escolar e saúde.
Atualmente está em evidência a relação dos exercícios físicos com a saúde.
A mídia tem dado grande ênfase a este tema, o qual tem sido bastante estudado e
explorado por alguns estudiosos como GUEDES (1995), MENESTRINA (2000),
VARGAS NETO (2004), NAHAS (2010) entre outros. Os pesquisadores apontam
que existem evidências científicas que asseguram que os praticantes de exercícios
físicos são mais saudáveis, e apresentam menores riscos de desenvolver doenças
crônico-degenerativas em relação os sedentários. Daí a necessidade de desenvolver
um trabalho que venha a favorecer o aprendizado e a apreensão do conhecimento
sobre limites e possibilidades; como se movimentar, como dominar o movimento, as
variações e de onde retirar energia necessária ao movimento, buscando dessa
forma oportunizar aos alunos conhecimentos que possibilitem domínio sobre uma
prática segura de exercícios físicos, assim como formas de prevenir e manter a
saúde, prevenção de distúrbios musculares pela prática de exercícios físicos,
adoção de postura correta em todas as situações, cuidados alimentares e hábitos de
vida saudável; fazendo com que esses saberes venham a fazer parte do cotidiano
dos alunos mesmo após saírem da escola e, que estes, possam influenciar
positivamente as pessoas de suas relações e de seu convívio.
Objetivamos, com o referido trabalho, proporcionar aos educandos uma
maior visão e conhecimento sobre o tema em pauta. Mesmo tendo acesso sobre o
assunto por meio da mídia, se faz necessário um trabalho mais direcionado e
efetivo, o qual venha a reforçar e confirmar todas essas informações por meio de
aulas práticas e teóricas com o uso de material diversificado como textos, vídeos,
pesquisas na internet, livros, entre outros.
No terceiro período do curso, colocou-se em prática o Projeto elaborado,
nomeado Proposta de Implementação na Escola. Sendo assim, foi necessário que o
professor PDE entrasse em contato com a direção e equipe pedagógica da escola
onde é lotado, o que foi facilitado pelo fato do professor PDE ter retornado à sua
escola de lotação nos dois últimos períodos do curso, com uma carga horária de
trinta horas semanais, permanecendo ainda afastado por um período de dez horas
para estudos e atividades diversas, possibilitando assim, efetivar o Plano de
Trabalho com o conhecimento de todos os gestores, professores da escola e,
posteriormente com o conhecimento dos alunos.
2 Fundamentação Teórica
2.1 História da Educação Física
A educação física surgiu no Brasil como prática corporal, a partir de teorias
vindas da Europa. Preconizada por uma preocupação com o desenvolvimento da
saúde e a formação moral dos cidadãos brasileiros, pautava-se em prescrições de
exercícios com o aprimoramento de capacidades e habilidades físicas como a força,
a destreza, a agilidade e a resistência, além de visar à formação do caráter, da
autodisciplina, de hábitos higiênicos, do respeito à hierarquia e do sentimento
patriótico. Neste contexto a educação física ganhou espaço na escola. A educação
do físico confundia-se com a prática da ginástica, pois incluía exercícios físicos
baseados nos moldes médico-higiênicos.
No ano de 1882, Rui Barbosa emitiu o parecer n.224, sobre a Reforma
Leôncio de Carvalho, decreto n. 7.247, de 19 de abril de 1879, da Instrução Pública.
Neste documento, afirmou a importância da ginástica para a formação de corpos
fortes e cidadãos preparados para defender a Pátria, equiparando em
reconhecimento às demais disciplinas (SOARES, 2004).
No início do século XX, especificamente a partir de 1929, a disciplina de
educação física se tornou obrigatória nas instituições de ensino, para crianças a
partir dos 6 anos de idade e para ambos os sexos, por meio de um anteprojeto
publicado pelo então Ministro da Guerra, General Nestor Sezefredo Passos. No
início da década de 1940, o governo brasileiro estabeleceu as bases da organização
desportiva brasileira, instituindo o Conselho Nacional de Desportos, com o intuito de
orientar, fiscalizar e incentivar a prática desportiva em todo o país (LEANDRO,
2002).
Assim, as aulas de educação física assumiram os códigos esportivos do
rendimento, competição, comparação de recordes, regulamentação rígida e a
racionalização de meios e técnicas. Isto é, os professores de educação física se
encarregaram de produzir os códigos esportivos nas aulas, sem se preocupar com a
reflexão crítica desse conhecimento, dessa forma, a escola se tornou um celeiro de
atletas. A educação física se tornou uma prática educativa obrigatória, desta vez
com carga horária estipulada de três sessões semanais para meninos e duas para
meninas, tanto no ensino secundário, quanto no industrial.
Ocorreram ainda outras reformas educacionais no Brasil. A partir do final da
década de 70, surgem novas abordagens na educação física escolar, inspiradas no
momento histórico social pelo qual passou o país. Essas abordagens resultam da
articulação de diferentes teorias psicológicas, sociológicas e concepções filosóficas.
Embora contenham enfoques diferenciados entre si, com pontos muitas vezes
divergentes, tem em comum a busca de uma educação física que articule as
múltiplas dimensões do ser humano. As abordagens que tiveram maior impacto a
partir de meados da década de 70 são comumente denominadas de psicomotora,
construtivista e desenvolvimentista, com enfoques da psicologia crítica e
sociopolítico, embora tenha a existência de outras nos meios acadêmicos.
Essas abordagens surgiram em oposição à vertente tecnicista, esportivista e
biologista, a partir do final da década de 70.
Surgiram na área várias concepções, todas elas tendo em comum a
tentativa de romper com o modelo anterior, fruto de uma etapa recente da educação
física (Parâmetros Curriculares Nacionais). Entre elas surgiram as abordagens
abaixo:
Abordagem psicomotora: o envolvimento da educação física é com o
desenvolvimento da criança, com o ato de aprender, com os processos cognitivos,
afetivos e psicomotores, ou seja, buscando garantir a formação integral do aluno.
Abordagem construtivista: defende a formação integral sob a perspectiva
construtivista interacionista. Inclui as dimensões afetivas e cognitivas ao movimento
humano, embora preocupada com a cultura infantil, essa abordagem se fundamenta
também na psicologia do desenvolvimento.
Abordagem desenvolvimentista: defende a ideia de que o movimento é o
principal meio e fim da educação física. Constitui o ensino de habilidades motoras de
acordo com uma sequência de desenvolvimento e sua base teórica é,
essencialmente, a psicologia do desenvolvimento e aprendizagem.
Tanto a abordagem crítico-superadora que foi criada por um grupo de
pesquisadores tradicionalmente denominados por Coletivo de Autores, quanto a
crítico-emancipatória criada pelo pesquisador Elenor Kunz, foi criada na década de
90.
Dentro de um projeto mais amplo de educação física do Estado do Paraná,
entende-se a escola como um espaço que, dentre outras funções, deve garantir o
acesso dos alunos ao conhecimento das práticas corporais historicamente
produzidas pela humanidade, isto de acordo com as Diretrizes Curriculares da
Educação Básica do Estado do Paraná.
Abordagem crítico-superadora: se baseia nos pressupostos da pedagogia
histórico-crítica e estipula como objeto da educação física, a cultura corporal a partir
de conteúdos como: o esporte, a ginástica, os jogos, as lutas e a dança. O conceito
de cultura corporal tem como suporte a ideia de seleção, organização e
sistematização do conhecimento acumulado historicamente acerca do movimento
humano, para ser transformado em saber escolar.
Abordagem crítico-emancipatória: nessa perspectiva, o movimento humano
em sua expressão é considerado significativo no processo de ensino/aprendizagem,
pois está presente em todas as vivências e relações expressivas que constituem o
“ser no mundo”. Parte do entendimento de que a expressividade corporal é uma
forma de linguagem pela qual o ser humano se relaciona com o meio, tornando-se
sujeito a partir do conhecimento de si no outro. O processo comunicativo ou
dialógico é o ponto central neste tipo de abordagem.
2.2 Educação Física no Contexto Escolar
Um dos grandes problemas encontrados na escola, durante as aulas de
educação física, é conseguir dar uma aula teórica usando elementos articuladores
que explicam as práticas corporais historicamente produzidas pela humanidade.
Pois estes conteúdos, para uma grande parte dos alunos, não dizem respeito à
educação física escolar, o que eles querem são aulas práticas e, na maioria das
vezes, sem compromisso, sem regras, sem limites, ou seja, sem o propósito da
educação física escolar. Talvez isto esteja acontecendo por uma inversão de valores
ou até mesmo por não terem conhecimento do real papel da educação física
escolar, por não saberem que ela não se resume apenas na prática esportiva de
competição, mas sim na formação integral do aluno enquanto ser humano, cidadão.
O enfoque desse trabalho é que a educação física seja fundamentada nas
reflexões sobre as necessidades atuais de ensino perante os alunos, na superação
de contradições e na valorização da educação. Por isso é, de fundamental
importância, considerar os contextos e experiências de diferentes regiões, escolas,
professores, alunos e da comunidade.
Sendo assim, tais consequências na prática pedagógica vão para além da
preocupação com a aptidão física, a aprendizagem motora, o desempenho
esportivo, etc.
2.2.1 Educação Física e Saúde
No contexto das teorizações críticas em educação e educação física, no final
da década de 1980 e início de 1990, no Estado do Paraná, tiveram início as
discussões para elaboração do Currículo Básico, o qual apresentava um discurso
preocupado com a formação dos seres humanos capazes de questionar e
transformar a realidade social em que vivem.
O Currículo Básico, para a educação física, fundamentava-se na pedagogia
histórico-crítica, identificando-se numa perspectiva progressista e crítica sob os
pressupostos teóricos do materialismo histórico-dialético.
Esse documento caracterizou-se por ser uma proposta avançada em que o
mero exercício físico deveria dar lugar a uma formação humana do aluno em amplas
dimensões. O reflexo desse contexto para a educação física configurou-se em um
projeto escolar que possibilitasse a tomada de consciência dos educandos sobre
seus próprios corpos, não no sentido biológico, mas especialmente em relação ao
meio social em que vivem. Essa proposta valorizou a produção histórica e cultural
dos povos, relativa à ginástica, à dança, aos esportes, aos jogos e às atividades que
correspondem às características regionais.
Nesse sentido, partindo de seu objeto de estudo e de ensino, Cultura
Corporal, a educação física se insere neste projeto ao garantir o acesso ao
conhecimento e à reflexão crítica das inúmeras manifestações ou práticas corporais
historicamente produzidas pela humanidade, na busca de contribuir com um ideal
mais amplo de formação de um ser humano crítico e reflexivo, reconhecendo-se
como sujeito, que é produto, mas também agente histórico, político, social e cultural.
Visando romper com a maneira tradicional como os conteúdos têm sido
tratados na educação física, faz-se necessários integrar e interligar as práticas
corporais de forma mais reflexiva e contextualizada, o que é possível por meio dos
Elementos Articuladores propostos nas Diretrizes Curriculares da Rede Pública do
Estado do Paraná para o ensino da educação física escolar, dentre eles está a
Cultura Corporal e Saúde. Esta informação tem se mostrado insuficiente para a
alteração ou construção de comportamentos favoráveis à proteção e à promoção da
saúde do educando. Cabe à educação física escolar a responsabilidade de lidar de
forma específica com alguns aspectos relativos aos conhecimentos procedimentais,
conceituais e atitudinais característicos da cultura corporal do movimento.
Apesar da relevância dos exercícios físicos para a saúde, observa-se que
ainda é a minoria de pessoas que os incluem nos hábitos diários. Estudos do
Ministério da Saúde e de alguns autores, como NUNES (2005) e GUEDES e
GUEDES (1995), têm advertido que mais de 40% das mortes registradas no país
são decorrentes de doenças crônico-degenerativas (coronariopatias, hipertensão,
obesidade, diabetes, câncer e outros males). Estas doenças têm relação direta com
a inatividade ou o sedentarismo, características da vida contemporânea. A disciplina
de educação física tem grande importância no momento histórico que estamos
vivendo, pois ela permite ao indivíduo, por meio de variadas formas de linguagem e
comunicação, a busca de seu espaço na sociedade. No resgate do ser humano
como cidadão crítico e consciente de seus direitos e deveres, e agente
transformador.
A educação física tem passado por muitas mudanças e transformações.
Porém, é necessário repensar a educação física escolar, redefinir as prioridades,
com a visão de um ser onisciente, que sabe o que está fazendo no mundo. Os
conhecimentos devem estar direcionados à promoção da saúde como melhoria da
qualidade de vida de nossos educandos. Segundo BERLIN e COLDITZ (apud
GUEDES e GUEDES, 1993), a falta de atividade física é um dos fatores de risco
mais significativo para o desenvolvimento de doenças degenerativas, como
distúrbios cardiovasculares, obesidade, hipertensão, diabete, etc., por sua vez,
diminuindo o nível de qualidade de vida e, aumentando as mortes prematuras em
pessoas adultas. SALLIS e McKENZIE (apud GUEDES e GUEDES, 1993) supõem
que “uma possível modificação no enfoque dos programas de educação física nas
escolas, poderia auxiliar na prevenção das próximas gerações de adultos em virem
a ser sedentários”.
É necessário que se faça claro aos educandos que os benefícios da
atividade física regular são reversíveis. “Ao adotarem um estilo de vida sedentário,
os níveis alcançados enquanto ativos, se deterioram paulatinamente, surgindo
fatores de risco semelhante às pessoas sedentárias” (GUEDES e GUEDES, 1993).
Portanto, há necessidade de elencarmos conteúdos / conhecimentos que não sejam
estanques, que não terminem em si mesmo, mas que venham a orientar a vida
futura de nossos alunos, oportunizando a eles conhecimentos e motivações
suficientes para que tenham uma vida ativa fisicamente, mesmo após o término dos
estudos. Com este intuito foi elaborado o projeto “Educação física escolar na
promoção da saúde” o qual foi colocado em prática no segundo semestre de 2011.
3 Metodologia
O presente estudo caracteriza-se como descritivo. THOMAS e NELSON
(2002) afirmam que seu valor está baseado na premissa de que os problemas
podem ser resolvidos e as práticas melhoradas por meio da observação, análise e
descrição objetiva e completa. Optou-se por uma pesquisa de campo, que segundo
GIL (2008), pode ser definido como: “O estudo de campo procura muito mais o
aprofundamento das questões propostas do que a distribuição das características da
população segundo determinadas variáveis”.
Foram participantes desta pesquisa os alunos matriculados no ensino
fundamental no ano de 2011, em uma escola da Rede Pública Estadual, município
de Cambé/PR. O número total de alunos participantes foi de 30, com a média de
idade entre 13 e 14 anos.
Para o desenvolvimento do estudo optou-se por aulas práticas e teóricas
que abordaram especificamente a temática atividade física e saúde.
O instrumento utilizado para coleta de dados foi um questionário diagnóstico
estruturado, contendo questões abertas e fechadas. O questionário contém
questões sobre educação física escolar e saúde como: o que o aluno entende por
educação física escolar e saúde. Se tem sido discutido sobre saúde nas aulas de
educação física escolar, o que significa saúde, entre outras. Este questionário foi
elaborado com o objetivo de detectar se o tema já está sendo trabalhado nas aulas
de educação física escolar e, também, mensurar o conhecimento que os educandos
já tinham do tema, do assunto a ser desenvolvido. O modelo do questionário
diagnóstico está em anexo.
Os dados foram analisados de duas maneiras. As questões fechadas foram
categorizadas a partir da análise de frequência com que apareceram nas respostas
dos alunos entrevistados. Para as questões abertas, foi utilizada a análise de
conteúdo, metodologia proposta por BARDIN (2002) que a define como “um
conjunto de técnicas de análise das comunicações, que utiliza procedimentos
sistemáticos e objetivo de descrição do conteúdo das mensagens”. As respostas
foram categorizadas e depois analisadas.
4 Análise e Discussão dos Resultados
Inicialmente faremos a apresentação da Proposta de Implementação
trazendo as temáticas abordadas com os alunos nas aulas. Junto com as temáticas
traremos alguns feedbacks de como a intervenção ocorreu e alguns apontamentos
dos alunos no decorrer das aulas.
Na sequência faremos a apresentação dos resultados encontrados no
Questionário Diagnóstico (instrumento) que serão apresentados em forma de
quadros.
4.1 Temática das aulas no Programa de Implementação
Conteúdo trabalhado: Saúde e sua relação com a atividade física.
Iniciamos a aula perguntando o que eles entendiam por saúde. Houve
questionamentos por parte da turma. Foram feitos esclarecimentos e explicações
necessárias.
A partir daí, questionamos sobre a relação entre atividade física e saúde. Os
alunos têm conhecimento que a atividade física interfere diretamente na sua saúde e
qualidade e vida. Porém, nem sempre eles sabem como utilizar a atividade física de
forma correta. Explicamos a importância de realizar atividades físicas, porque ela é
importante para nossa saúde e qualidade de vida, tanto física, quanto psicológica,
como devem ser praticados, cuidados necessários com esta prática em relação à
escolha adequada das atividades, execução correta, duração, horário, alimentação,
hidratação e regularidade da mesma. Esclarecemos que a falta de atividade física
pode trazer malefícios à saúde, assim como praticá-la irregularmente, como por
exemplo, só nos finais de semana (podendo ser ainda mais prejudicial). Toda
atividade física, descomedida ou em excesso, também pode ser prejudicial e trazer
malefícios à nossa saúde, haja vista os atletas de alto rendimento (profissionais),
eles apresentam muitos problemas articulares, lesões de modo geral, entre outros
problemas, tudo causado pelo excesso.
Por último foi entregue um texto para leitura. Neste texto havia o conceito de
saúde, relação de atividade física com saúde e sua importância para nossa
qualidade de vida. Após a leitura houveram mais alguns questionamentos, que
foram esclarecidos e a aula finalizada.
Conteúdo trabalhado: Frequência Cardíaca (FC).
Foram realizados questionamentos em relação ao funcionamento do
coração, frequência cardíaca entre outros, mas muitas respostas estavam erradas
ou equivocadas. A partir do conhecimento apresentado por eles, foi explicado e
esclarecido o que os tópicos de maior importância. Neste encontro o tema
trabalhado foi frequência cardíaca (FC). Foi explicado aos alunos o que era FC, para
que e porque verificá-la, quais são as formas de verificar a mesma, como fazê-la no
pulso e no pescoço, qual a melhor forma de verifica-la e o que é FC mínima e
máxima. Houve alguns questionamentos, os quais foram esclarecidos.
Depois foi realizada a leitura do texto sobre frequência cardíaca. Nele
continha todos os itens que mencionado e mais alguns, para que os alunos
pudessem entender melhor o assunto em pauta. Ainda nesta aula foi realizado uma
momento de relaxamento. Foi pedido que todos deitassem confortavelmente, da
maneira que preferissem. Foi colocada uma música tranquila e foram orientados
sobre a maneira correta de relaxar. Os alunos ficaram deitados por algum tempo.
Logo após, foram orientados para que abrissem os olhos lentamente, que fizessem
movimentos lentos. Foi solicitado a eles que deveriam verificar a FC em repouso.
Por este motivo não deveriam realizar movimentos bruscos, de preferência que
permanecessem como estavam. Foi orientado que colocassem o dedo indicador e
médio no pescoço para verificar a FC por 15 segundos. Passado esse tempo, o
cronômetro foi parado e os alunos orientados a multiplicar valor por quatro, assim
teriam a FC em repouso. Os alunos se sentaram e foi comentando qual tinha sido a
sua FC em repouso. Desta forma, a aula foi encerrada.
Conteúdo trabalhado: Verificação da frequência cardíaca na prática (repouso
e após atividade física).
Dando continuidade ao assunto frequência cardíaca, realizamos com os
alunos uma aula prática. Fomos para quadra onde eles realizaram corrida normal,
com deslocamento e saltos. Em seguida, verificamos a FC, depois realizamos uma
partida de voleibol. Ao final de cada atividade era cronometrado o tempo e os alunos
verificavam sua FC. Puderam desta maneira, verificar a alteração que ocorre na FC
de acordo com o tipo de atividade e intensidade realizada. Porém, cada pessoa
apresenta um resultado diferenciado dos demais. Um dos fatores é por
apresentarem condicionamento físico único e particular. Encerramos a aula fazendo
exercícios de volta a calma.
Conteúdo trabalhado: Cálculo da frequência cardíaca mínima e máxima.
Os alunos aprenderam como verificar a frequência cardíaca máxima (FCM)
e realizaram exercícios de fixação para avaliar se houve aprendizagem.
Conteúdo trabalhado: Situações que alteram a frequência cardíaca.
A última aula sobre o tema foi sobre situações que alteram nossa frequência
cardíaca. Os alunos foram questionados se sabiam quais eram as situações e se já
haviam notado essas alterações. Alguns alunos se manifestaram e deram exemplos.
Os mesmos exemplos citados foram usados para que pudessem perceber e até
sentissem a alteração da FC de acordo com a situação vivida, como susto, medo,
tristeza, entre outros. Logo após eles receberam um texto sobre situações que
alteram a frequência cardíaca com o objetivo de que houvesse uma melhor
compreensão do tema em pauta. Os alunos leram e, assim, a aula foi concluída.
Fontes utilizadas:
<http://www.ibc.gov.br/media/common/Livros_Adaptados_IBC_PNLD_2004_
a_ciencias_4serie_Caminhos_da_Ciencia_3%C2%AC%20Parte.txt>
<http://renatapinheiro.com/frequencia-cardiaca/>
<http://www.ibc.gov.br/media/common/Livros_Adaptados_IBC_PNLD_2004_
a_ciencias_4serie_Caminhos_da_Ciencia_3%C2%AC%20Parte.txt>
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
65642002000100009>
Conteúdo trabalhado: Questionamentos e debate sobre alimentação.
Foi realizado pesquisa em sala de aula, para, por meio desta, diagnosticar
quais são os alimentos mais consumidos pelos alunos.
A partir daí foi detectado que os alunos, de modo geral, se alimentam de
forma desregrada, por não terem conhecimento, muitos por não terem acesso a uma
alimentação equilibrada, outras vezes mal tem o que comer. Uma parcela dos
alunos tem acesso e procuram comer com qualidade. Existem também aqueles que
comem muitos lanches, salgadinhos, refrigerantes, doces e acreditam estar certos
na sua escolha.
Foram informados da importância de uma boa alimentação, das suas
vantagens, da necessidade de comermos frutas, verduras, legumes, peixes, carnes
brancas e vermelhas, carboidratos, leite e derivados, mas todos comedidamente.
Alguns alunos tinham dúvidas sobre a ingestão e gasto de calorias. As
dúvidas sobre o assunto foram sanadas dando exemplos de alimentos e suas
calorias, em seguida, exemplos de exercícios e gasto calórico, estabelecendo uma
relação entre os mesmos.
Os alunos têm conhecimento que com a realização de atividades ou
exercícios físicos ocorre queima de calorias. Não sabem exatamente qual atividade
ou exercício físico promove maior queima. Para que pudessem visualizar e entender
melhor essa relação, todos receberam uma tabela com o valor calórico de alguns
alimentos e também, uma com atividades físicas variadas, tempo de duração e as
calorias que são queimadas em cada atividade física.
Conteúdo trabalhado: Análise da Pirâmide Alimentar.
De modo geral, os alunos têm plena consciência de que a alimentação
interfere diretamente na saúde, seja para melhor ou pior, porém, não estão muito
preocupados com isso. Penso que seja uma questão de amadurecimento e de terem
exemplos em casa. Claro que existem aqueles alunos que tem uma alimentação
regrada, mas são poucos.
Depois dos alunos responderem as questões, debatermos, dar as
explicações necessárias, eles receberam um texto no qual foi abordado a
importância e os benefícios de uma alimentação regrada, saudável e equilibrada,
para a saúde do nosso corpo.
Em outra aula, foi entregue a eles uma pirâmide alimentar para análise e
exercício de fixação.
Fontes utilizadas:
<http://grandesmulheres.com/weblog/?p=4034>
<http://www.ibc.gov.br/media/common/Livros_Adaptados_IBC_PNLD_2004_
a_ciencias_4serie_Caminhos_da_Ciencia_3%C2%AC%20Parte.txt>
<https://encrypted.google.com/search?hl=ptBR&biw=1024&bih=673&tbm=isc
h&sa=1&q=piramide+alimentar+atualizada&oq=piramide&aq=7&aqi=g10&aql=&gs_s
m=c&gs_upl=234852l238766l0l244599l8l8l0l2l2l0l357l1280l0.1.3.1l5l0>
Conteúdo trabalhado: Obesidade e Cálculo do IMC (índice de massa
corporal).
Com o objetivo de alertar os alunos sobre a obesidade, suas consequências
e a importância de uma dieta alimentar saudável, aliada a prática de atividades
físicas, os alunos tiveram acesso a um texto sobre o assunto. A leitura do texto foi
feita em voz alta. Quando realizada a leitura sobre IMC (índice de massa corporal),
após entenderem o que é, aprenderam a fazer os cálculos e verificar onde se
enquadram quanto ao seu peso e altura, de acordo com tabela de IMC.
Continuamos com a leitura do texto, no qual se referia aos problemas associados à
obesidade, como por exemplo, a medida da circunferência abdominal. Ao final da
leitura, utilizamos a balança para que os alunos que não sabiam seu peso e altura
pudesse calcular seu IMC, desta forma todos participaram da aula. Para finalizar, os
alunos receberam como exercício de fixação, uma folha onde continham exercícios
(problemas) para resolução, assim deveriam fazer o cálculo do IMC e classificá-los
de acordo com a tabela de índice de massa corporal. De modo geral os alunos
participaram e realizaram o que foi proposto. Ficou evidente na turma que, ao
contrário do que imaginamos, muitos alunos se encontram abaixo do peso para sua
idade e altura.
Fontes utilizadas:
Prefeitura da Cidade de Curitiba: Programa Curitibativa – Quer
emagrecer...? Comece já! (2000)
Conteúdo trabalhado: Desvios posturais.
Foi indagado aos alunos se eles sabiam o que eram desvios posturais.
Alguns responderam que eram desvios na coluna ou desvios de postura. Foi
questionado ainda, se eles sabiam dizer quais eram esses desvios e por que eles
aconteciam. Não houveram respostas. A partir daí discorremos sobre o tema. Foi
explicado que para termos uma boa postura, necessitamos fazer o mínimo esforço
muscular. Foram citados os desvios da coluna vertebral e suas causas.
Solicitamos aos alunos que observassem a forma como estavam sentados e
também, foram orientados quanto à forma correta, sobre cuidados a serem tomados
com a maneira como carregam a mochila e bolsas, cuidado com a forma que ficam
quando estão parados e em pé, formas de andar, cuidados em manter a postura
ereta, para não elevar o bumbum ao andar, cuidados ao pegar peso, entre outros.
Os alunos fizeram algumas observações e questionamentos. Para que
houvesse uma melhor fixação do tema trabalhado foi utilizado um vídeo de
reeducação postural.
Fontes utilizadas:
<http://www.youtube.com/watch?v=cCOVJJnuaug>
Conteúdo trabalhado: Aula expositiva e explicativa sobre os temas:
Importância dos exercícios físicos para saúde; O que é esporte, saúde e dopping;
Uso de anabolizantes / consequências; Ser atleta de alto nível / rendimento é
sinônimo de saúde?; e implicações em ser atletas de final de semana.
Nesta aula passamos para os alunos uma pesquisa que teriam que fazer na
internet. Esta pesquisa seria realizada na sala de informática do colégio, mas como
os computadores estavam com problema, não pudemos usar. Passei os respectivos
temas de pesquisa para cada grupo, juntamente com os endereços eletrônicos onde
deveriam pesquisar. Os alunos foram orientados sobre como deveria acontecer a
pesquisa, e de que forma seria apresentado o resultado. Combinamos então duas
datas posteriores para que os grupos fizessem a apresentação e debate dos
referidos temas.
Ainda nesta aula foi feita apresentação de slides, dando uma explicação
geral sobre os temas solicitados para que os alunos pudessem tomar ciência do que
cada um tratava. Surgiram dúvidas e questionamentos sobre o uso de anabolizantes
em atletas como Anderson Silva e César Scielo. Questionaram também sobre as
consequências destes no aparelho reprodutor masculino e feminino. Percebeu-se
que a preocupação principal deles é quanto a ficar ou não impotente, como se as
demais consequências não tivessem importância ou nem fossem lhes causar
nenhum problema de saúde. Também surgiram dúvidas quanto as punições sofridas
por quem cai no teste antidopping.
Quando foi mencionado sobre atletas de final de semana (um dos temas
solicitados para pesquisa), alguns alunos comentaram que seus pais realizam essa
prática e quiseram saber suas consequências. Após tomar ciência das mesmas,
disseram que iriam informar ao seus pais.
Nesta aula alguns grupos fizeram a apresentação do tema que receberam
para pesquisar. Os alunos ficaram nervosos, mas apresentaram o tema pesquisado.
Gerou discussão, dúvidas e debates. Quando necessário fazia-se intervenção para
esclarecimentos.
A aula seguinte ocorreu da mesma forma, sempre com questionamentos,
mas uma equipe acabou não apresentando o tema que receberam, pois neste grupo
estavam os alunos mais agitados e descompromissados. Foram feitas explicações e
tiradas as dúvidas sobre o tema que eles deveriam expor.
Apesar de encontrar um pouco de resistência em relação ao tipo de trabalho
desenvolvido, a participação dos alunos foi produtiva, mas, sem dúvida nenhuma,
teria surtido um melhor resultado se pudessem ter realizado a pesquisa na escola,
com a orientação da professora.
Fontes utilizadas:
<http://www.copacabanarunners.net/beneficios-atividade-fisica.html>
<http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/495421-import%C3%A2ncia-
exerc%C3%ADcio-f%C3%ADsico/>
<http://cliquesaude.com.br/importancia-do-exercicio-fisico-em-todas-as-
idades-374.html>
<http://www.nanuquevirtual.com/joomla/index.php?option=com_content&vie
w=article&id=1410:treesdqdv3&catid=641:edfisica2&Itemid=1102>
<http://www.rgnutri.com.br/sp/dicas/dne.php>
<http://www.copacabanarunners.net/doping.html>
<http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1267929-5603,00-
A+HISTORIA+DO+DOPING+NOS+ESPORTES.html>
<http://netobio.wordpress.com/2007/07/09/o-uso-de-anabolizantes-
consequencias/>
<http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=3679&ReturnCatID
=763>
<http://members.tripod.com/Adriano_Cardoso/Anabolizantes.htm>
<http://www.copacabanarunners.net/efeitos-anabolizantes.html>
<http://www.nitrofitness.com.br/artigos/esporte_de_alto_rendimento_e_saud
avel/2>
<http://www.karateca.net/forum/geral/a-dor/30/>
<http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2004/11/05/495664/sporte-
e-saude.html http://www.revolutas.net/index.php?INTEGRA=28>
<http://cyberdiet.terra.com.br/atletas-de-final-de-semana-o-que-voce-precisa-
saber-3-1-2-47.html>
<http://www.cuidandodocorpo.com/2008/06/atleta-de-fim-de-semana.html>
<http://www.ipeclube.com.br/revista/5/capa.asp>
<http://local.artigosinformativos.com.br/Riscos_dos_sedentarios_e_atletas_d
e_fim_de_semana_Ourinhos_Sao_Paulo-r1195436-Ourinhos_SP.html>
Conteúdo trabalhado: Benefícios da atividade física e efeitos sobre nosso
organismo e benefícios das atividades físicas em sua vida diária.
Conversamos sobre os temas. Ficou evidente durante a conversa que parte
dos alunos tem plena consciência de que a atividade física interfere diretamente no
funcionamento do nosso organismo no dia-a-dia, porém ainda não tem maturidade
para começar esta prática, pois estão passando por um momento que tem outras
prioridades como: internet, videogame, amigos, despertando para o mundo das
baladas, festas, etc. Existem os que têm conhecimento, mas falta a eles interesse.
Tem ainda os que têm consciência e de alguma forma colocam em prática.
Hoje, este assunto está em evidência na mídia. Todo o dia tem alguma
reportagem ou programa relacionado à atividade física e saúde. Após a conversa os
alunos receberam os textos referentes aos temas, leram e sem mais
questionamentos, o assunto foi encerrado.
Fontes utilizadas:
<http://saudeemmovimento.com.br/conteudos/conteudo_frame.asp?cod_noti
cia=641>
<http://saudeemmovimento.com.br/conteudos/conteudo_frame.asp?cod_noti
cia=640>
Conteúdo trabalhado: Malefícios do Sedentarismo.
Foi solicitado aos alunos que realizassem uma pesquisa sobre os malefícios
do sedentarismo. Durante a aula debatemos sobre o tema e, também, sobre o
resultado obtido com a pesquisa. O debate em sala de aula foi bastante produtivo.
Houve muitos questionamentos, os quais foram esclarecidos e falamos sobre o
conteúdo. Ao final da aula, como forma de fixação, os alunos fizeram um caça-
palavras. Na aula seguinte foram confeccionados cartazes sobre o assunto, de
acordo com o resultado obtido na pesquisa realizada e no debate feito em sala. Os
cartazes foram feitos e colocados em exposição na escola com o objetivo de
esclarecer e conscientizar a todos da necessidade e da importância em praticar
atividades físicas regulares para que esses conhecimentos científicos oportunizem a
todos uma mudança comportamental no seu cotidiano.
4.2 Questionário Diagnóstico
A seguir faremos a apresentação dos resultados encontrados no estudo
realizado. Inicialmente traremos em forma de quadro as respostas do questionário
diagnóstico inicial e final. Posteriormente faremos uma descrição e, na sequência,
faremos a discussão destes resultados.
QUESTÃO 1 Escreva o que você entende por Educação Física Escolar.
Antes Depois
Bem estar e saúde 8 Bem estar e saúde 12
Esporte 7 Esporte 2
Nada 4 Nada *
Atividade física 4 Atividade física *
Conhecimento 3 Conhecimento 9
Prevenção 2 Prevenção 6
Ruim 2 Ruim *
Teoria e prática 1 Teoria e prática *
Responsabilidade 1 Responsabilidade *
Estímulo e incentivo para outras aulas
* Estímulo e incentivo para outras aulas
2
Melhoria da estrutura física * Melhoria da estrutura física 1
Não respondeu 7 Não respondeu 6 *Categoria não apontada pelos alunos no momento da coleta de dados
No primeiro momento, ao serem questionados na primeira questão sobre o
que entendiam por educação física escolar, os alunos, participantes deste, deram as
seguintes respostas: oito alunos disseram que a educação física escolar seria bem
estar e saúde; sete alunos relataram que seria esporte; quatro alunos que seria
atividade física; três alunos disseram que seria conhecimento; dois alunos relataram
que a educação física é prevenção; dois relataram que a educação física seria ruim;
um aluno disse que ela seria teoria e prática; e também, um aluno disse que seria
responsabilidade. Ainda sete alunos não responderam e quatro disseram que a
educação física não seria nada.
Na reaplicação do questionário, na primeira questão quando foram
questionados sobre o que entendiam por educação física escolar, os alunos
responderam de acordo com a ordem a seguir: doze alunos responderam que
educação física escolar é bem estar e saúde; nove alunos responderam que
educação física escolar é conhecimento; seis alunos responderam que educação
física escolar é prevenção; dois alunos disseram que educação física escolar é
esportes; dois alunos responderam estímulo e incentivo para outras disciplinas; um
aluno respondeu que educação física escolar trás melhoria para a estrutura física.
Ainda, seis alunos não responderam esta questão.
Ao compararmos os dois resultados ficaram evidentes que no primeiro
momento alguns alunos não tinham o conhecimento da importância da educação
física escolar, com visão apenas de uma pratica esportiva, a começar por aqueles
que responderam que a educação física escolar não significa nada, ou até mesmo,
por aqueles que disseram ser ruim. Após a aplicação e desenvolvimento das
atividades propostas, pudemos observar um maior entendimento e a importância do
tema desenvolvido entendendo que não é apenas atividade física e sim qualidade de
vida.
Considerando que o indivíduo levará para o resto da vida o entendimento
dos conceitos referentes à aptidão física, NAHAS (2001) acredita que a educação
física escolar deva servir de base educacional para uma vida mais ativa. LIBÂNEO
(1994) aponta que “são realidades exteriores ao aluno que devem ser assimilados e
não simplesmente reinventados, eles não são fechados e refratários às realidades
sociais”, pois “não basta que os conteúdos sejam apenas ensinados, ainda que bem
ensinados é preciso que se liguem de forma indissociável a sua significação humana
e social.”
QUESTÃO 2 A aula de educação física tem discutido questões para melhoria da sua saúde?
Antes
Sim Não Em partes
12 alunos 7 alunos 7 alunos
Prevenção 5 Não fala de saúde
6 Enfatiza esportes
3
Exercício físico
3 Só esportes 2 Fala pouco de saúde
2
Esporte e Saúde
2 Vida mais saudável
1
Sedentarismo 2 Esporadica-mente
1
A segunda questão foi “A aula de educação física tem discutido questões
para melhoria da sua saúde?” Esta questão apresentou três alternativas. Os alunos
responderam da seguinte forma: doze alunos responderam “sim”, entre eles cinco
alunos responderam que a educação física tem discutido sobre prevenção; três
alunos responderam que a educação física tem falado sobre exercícios físicos; dois
alunos disseram que a educação física tem falado sobre esporte e saúde; e dois
alunos falaram que a educação física tem dado informações sobre sedentarismo.
Seis alunos responderam “não”. Destes, seis responderam que a de educação física
não tem falado de saúde; e dois alunos responderam que a de educação física só
fala de esportes. Sete alunos responderam “em partes”, entre eles, três alunos
responderam que a educação física só enfatiza o esporte; dois aluno que a
educação física fala pouco de saúde; um aluno que a educação física fala
esporadicamente sobre o assunto; e um aluno respondeu que a educação física fala
sobre vida saudável.
QUESTÃO 2 A aula de educação física tem discutido questões para melhoria da sua saúde?
Depois
Sim Não Em partes
23 alunos 1 aluno 2 alunos
Exercícios físicos e importância destes para nossa vida
15 Pouco exercício físico
1 Nem sempre 1
Saúde 8 Só no fim de 2011 1
Sedentarismo 4
Melhora condição física
3
Alimentação adequada
2
Prevenção 1
A segunda questão foi “A aula de educação física tem discutido questões
para melhoria da sua saúde?” Esta questão apresentou três alternativas que estão
na sequência. Os alunos responderam da seguinte forma: vinte e três alunos
responderam “sim”, entre eles, quinze alunos responderam que a educação física
escolar tem discutido questões sobre exercícios físicos e a importância destes para
nossa vida; oito alunos responderam que tem discutido sobre saúde; quatro alunos
disseram sedentarismo; três alunos responderam que a educação física escolar
discute melhora da condição física; dois alunos disseram que ela fala sobre
alimentação adequada; e um aluno respondeu que a educação física escolar fala
sobre prevenção. Um aluno respondeu “não”, sua resposta foi que a educação física
escolar discute pouco sobre exercício físico. Dois alunos responderam “em partes”,
destes, um respondeu que a educação física escolar nem sempre tem discutido
questões referentes a melhoria da saúde; e um aluno respondeu que só foi discutido
questões para melhoria da saúde nas aulas de educação física escolar no final de
2011.
Na segunda questão ficou evidente a falta de conhecimento nas aulas de
educação física sobre questões na melhoria da saúde. Após o desenvolvimento das
atividades a maioria adquiriu uma maior consciência da importância da educação
física escolar como uma aliada a saúde.
Para GHIRALDELLI JÚNIOR (1992), as finalidades da educação Física com
componente curricular são as seguintes:
“A Educação Física pode contribuir para a autodisciplina, fortalecer a saúde, desenvolver os valores estéticos, os valores cooperativos, o raciocínio e a presteza mental, sem esquecer que a ela cabe também o estudo da fisiologia, a anatomia, das técnicas, da história, etc. Enfim, ela compõe o conjunto das disciplinas escolares e cumprirá o seu papel quanto mais conseguir tornar-se Educação Física Escolar.”
Ainda para SILVEIRA (200-), o problema não é a Educação Física se pautar
basicamente no esporte, mas a forma como as aulas têm sido conduzidas. É notório
que muitas delas são ministradas dentro do contexto mecanicista, com os alunos
realizando as atividades sem saberem a necessidade e importância das mesmas,
considerando-as apenas uma forma de recreação. Segundo o autor, sendo o
esporte a preferência dos alunos e, por vezes do professor também, é necessário
que este desenvolva outros conteúdos a partir dele, trabalhe habilidades e
competências, dando sentido e significados as ações realizadas pelos alunos.
QUESTÃO 3 Só a prática da educação física escolar pode promover a saúde?
Antes
Sim Não Em partes
11 alunos 10 alunos 5 alunos
Exercício físico mais saúde
6 Alimentação adequada
3 Exercícios físicos extra escola
3
Prevenção 2 Insuficiente 3 Insuficiente 2
Alimentação adequada
1 Academia 2
Agilidade 1 Em casa 2
Insuficiente 1 Esportes 1
Projetos 1
A terceira questão foi: “Só a prática da educação física escolar pode
promover a saúde?” Esta questão apresentou três alternativas. O resultado está na
sequência: onze alunos responderam “sim”, destes, seis alunos responderam
exercício físico mais saúde; dois alunos responderam como forma de prevenção; um
respondeu alimentação adequada; um aluno agilidade; e ainda um aluno, respondeu
insuficiente. Dez alunos responderam “não”, destes, três alunos responderam que é
necessária uma alimentação adequada; três alunos responderam que é insuficiente;
dois alunos responderam que é necessário fazer academia; outros dois disseram
que é necessário se exercitar em casa; um aluno disse que é necessário fazer mais
esportes; e ainda um aluno respondeu que é necessário participar de projetos
esportivos. Cinco alunos responderam “em partes”, três responderam que é
necessário praticar exercícios físicos extra escola; e dois alunos responderam que é
insuficiente.
QUESTÃO 3 Só a prática da educação física escolar pode promover a saúde?
Depois
Sim Não Em partes
4 alunos 19 alunos 5 alunos
Força de vontade 1 Fazer exercícios físicos com frequência
10 Alimentação adequada e balanceada
3
Quando praticada com frequência
1 Alimentação adequada e balanceada
9 Procurar outras formas
2
Realizar exercícios físicos fora da escola
4
A terceira questão foi “Só a prática da educação física escolar pode
promover a saúde?” Esta questão apresentou três alternativas. O resultado está na
sequência: quatro alunos responderam “sim”, destes, apenas um aluno respondeu
que a educação física escolar pode promover a saúde, porém é necessário força de
vontade; um respondeu que pode promover a saúde quando praticada com
frequência; dois alunos não justificaram sua resposta. Dezenove alunos
responderam “não”, destes, dez alunos responderam que além da educação física
escolar, é necessária a prática de exercícios físicos com frequência; nove alunos
responderam que é necessário ter uma alimentação adequada e balanceada; e
ainda, quatro alunos responderam que só a prática da educação física escolar não é
suficiente para promover a saúde, é necessário fazer exercícios físicos fora da
escola. Para finalizar esta questão, cinco alunos responderam “em partes”, destes,
três alunos responderam que é necessário aliar a educação física escolar a uma
alimentação adequada, para promover a saúde; e ainda, dois alunos responderam
que a educação física escolar não é suficiente para promover a mesma, disseram
ser necessário procurar outras formas de promoção da saúde.
Ao compararmos a questão três (antes / depois), ficou muito claro que os
alunos mudaram sua visão sobre educação física escolar enquanto promoção da
saúde. Após o trabalho desenvolvido por meio da unidade didática, ficaram
conscientes de que a atividade física é de suma importância na promoção da saúde.
Mas não basta, tem que estar aliada a outros cuidados como: fazer exercícios físicos
com frequência, alimentação adequada e balanceada, realizar exercícios físicos fora
da escola, entre outros.
KATCH e McARDLE (1996) afirma que a prática de exercícios físicos
regulares é um fator determinante no aumento da expectativa de vida das pessoas.
Corrobora com essa afirmação a Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte
(1999) que, em posicionamento oficial, sustenta que a saúde e qualidade de vida do
homem podem ser preservadas e aprimoradas pela prática regular de atividade
física.
QUESTÃO 4 No seu entendimento, o que significa saúde?
Antes Depois
Saúde é: resultado de hábitos de higiene.
- Saúde é: resultado de hábitos de higiene.
-
É a condição resultante de formas de convívio social.
- É a condição resultante de formas de convívio social.
-
É a ausência total de doenças 1 É a ausência total de doenças -
É um estado de completo bem estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças e enfermidades.
20 É um estado de completo bem estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças e enfermidades.
23
Estar em harmonia consigo mesmo e com a pessoa do seu convívio.
5 Estar em harmonia consigo mesmo e com a pessoa do seu convívio.
3
No primeiro momento, a quarta questão aplicada foi “No seu entendimento o
que significa saúde?” Esta questão tinha cinco alternativas que estão na sequência:
na primeira alternativa – Saúde é: resultado de hábitos de higiene, nenhum aluno
respondeu esta alternativa. Na segunda – É a condição resultante de formas de
convívio social, nenhum aluno respondeu esta alternativa também. Na terceira – É a
ausência total de doenças, um aluno respondeu esta alternativa. Na quarta – É um
estado de completo bem estar físico, mental e social, e não apenas ausência de
doenças ou enfermidades, vinte alunos assinalou esta alternativa. E na quinta– Estar
em harmonia consigo mesmo e, com as pessoas de seu convívio, cinco alunos
responderam esta alternativa.
Na reaplicação da quarta questão, que foi “No seu entendimento o que
significa saúde?” Esta questão tinha cinco alternativas que estão na sequência: na
primeira alternativa – Saúde é: resultado de hábitos de higiene, nenhum aluno
respondeu esta alternativa. Na segunda – É a condição resultante de formas de
convívio social, nenhum aluno respondeu esta alternativa. Na terceira alternativa – É
a ausência total de doenças, nenhum aluno respondeu esta alternativa. Na quarta
alternativa – É um estado de completo bem estar físico, mental e social, e não
apenas ausência de doenças ou enfermidades, vinte e três alunos assinalou esta
alternativa. E na quinta alternativa – Estar em harmonia consigo mesmo e com as
pessoas de seu convívio, três alunos responderam esta alternativa.
Na questão quatro que se refere ao conceito de saúde pudemos constatar
que grande parte dos educandos já tinham bem definido o mesmo. Porém, aqueles
que ainda tinham dúvidas, conseguiram aprender e fixar, enfim, adquirir este
conhecimento, o conceito de saúde.
Saúde, de acordo com BOUCHARD (1990), é definida como uma condição
humana com dimensões físicas, social e psicológica, cada um caracterizado por um
continuum com pólos positivos e negativos. A saúde positiva estaria associada á
capacidade de apreciar a vida e resistir aos desafios do cotidiano e, a saúde
negativa associar-se à morbidade e, no extremo, a mortalidade. SILVA (1999)
contribui com esta afirmação ao distinguir a qualidade de vida em sentido geral
(aplicada ao indivíduo saudável) da qualidade de vida relacionada à saúde (aplicada
ao indivíduo sabidamente doente) vincula à prática de atividade física à obtenção e
preservação da qualidade de vida.
QUESTÃO 5 O que são hábitos de vida saudável?
Antes Depois
Horário e alimentação desregrados.
- Horário e alimentação desregrados.
-
Estar sempre fazendo dietas alimentares rigorosas, acompanhadas de exercícios físicos exagerados.
- Estar sempre fazendo dietas alimentares rigorosas, acompanhadas de exercícios físicos exagerados.
-
Alimentação balanceada, prática regular de exercícios físicos, não ter vícios, evitar o estresse, estimular o cérebro, e a prática do lazer.
26 Alimentação balanceada, prática regular de exercícios físicos, não ter vícios, evitar o estresse, estimular o cérebro, e a prática do lazer.
26
O uso de substâncias entorpecentes, estresse e o sedentarismo.
- O uso de substâncias entorpecentes, estresse e o sedentarismo.
-
Usar anabolizantes e/ou outras substancias medicamentosas para estar dentro dos padrões de beleza exigidos pela sociedade.
- Usar anabolizantes e/ou outras substancias medicamentosas para estar dentro dos padrões de beleza exigidos pela sociedade.
-
Ao observarmos a tabela da quinta questão, notam-se os mesmos
resultados obtidos antes e depois da Implementação. A quinta questão foi: “O que
são hábitos de vida saudável?” Esta questão tinha cinco alternativas que estão na
sequência: na primeira alternativa – Horários e alimentação desregrados, nenhum
aluno respondeu. Na segunda alternativa – Estar sempre fazendo dietas alimentares
rigorosas, acompanhadas de exercícios físicos exagerados, nenhum aluno
respondeu. Na terceira alternativa – Alimentação balanceada; prática regular de
exercícios físicos; não ter vícios; evitar o estresse; estimular o cérebro e a prática do
lazer, vinte e seis alunos responderam esta alternativa. Na quarta alternativa – O
uso de substâncias entorpecentes, estresse e o sedentarismo, nenhum aluno
respondeu.. Na quinta alternativa – Usar anabolizantes e/ou outras substâncias
medicamentosas para estar dentro dos padrões de beleza exigidos pela sociedade,
nenhum aluno respondeu também.
Ao analisarmos os resultados da questão cinco, ficou evidente que os alunos
tinham plena consciência do que vem a ser hábitos de vida saudável. Após a
Implementação do projeto este conhecimento só foi intensificado e confirmado pelos
alunos.
PEREIRA (1997) e DEVIDE et al. (2005) entendem que é necessário que as
práticas docentes na Educação Física unam aspectos práticos teóricos durante as
aulas. Nesse sentido, a exercitação física pura e simples não basta para a aderência
à hábitos saudáveis. É fundamental que os pontos teóricos sejam trabalhados
juntamente com a prática, buscando, a partir disso, uma formação que tenha como
escopo a totalidade do ser humano praticante de exercícios físicos. XAVIER NETO e
ASSUNÇÃO et al. (2005) concordam que a Educação Física busca se legitimar
como uma disciplina escolar que tem algo a oferecer à formação do educando como
a promoção da saúde. Esse conteúdo deve compor uma proposta pedagógica para
a Educação Física escolar criticamente e vinculada à realidade.
QUESTÃO 6 A prática de exercícios físicos pode contribuir para sua saúde?
Antes
Sim Não Em partes
26 alunos 1 aluno Nenhum aluno
Melhoria da saúde 13
Maior resistência física
9
Controle da obesidade
7
Prevenção 4
Autoestima 2
Melhora metabolismo
2
Estímulo 2
Bem-estar 2
A sexta questão foi “A prática de exercícios físicos pode contribuir para sua
saúde?” Esta questão apresentou três alternativas. O resultado está na sequência:
vinte e seis alunos responderam “sim”, destes, treze alunos responderam para
melhoria da saúde; nove alunos responderam que pode contribuir para ter maior
resistência física; sete alunos responderam para o controle da obesidade; quatro
alunos como forma de prevenção; dois alunos responderam que contribui para
melhorar a autoestima; dois alunos disseram que os exercícios físicos podem
contribuir para melhora do metabolismo; dois alunos disseram que pode contribuir
como estímulo; e ainda dois alunos responderam que os exercícios físicos
contribuem para o bem estar.
Apenas um aluno assinalou duas alternativas “sim / não”, porém, não
justificou sua resposta para o “não”. Nenhum aluno respondeu “em partes”.
QUESTÃO 6 A prática de exercícios físicos pode contribuir para sua saúde?
Depois
Sim Não Em partes
25 alunos Nenhum aluno 1 aluno
Prevenção 14 Alimentação adequada e balanceada
1
Saudável 12
Boa saúde mental e física
6
Bem-estar 6
Melhora a imunidade
3
Queima gordura ruim
3
Melhora a postura 1
Melhora do sono 1
A sexta questão foi “A prática de exercícios físicos pode contribuir para sua
saúde?” Esta questão apresentou três alternativas. O resultado está na sequência:
vinte e cinco alunos responderam “sim”, destes, quatorze alunos responderam que a
prática de exercícios físicos pode contribuir para a saúde como forma de prevenção;
doze alunos responderam que as práticas de exercícios físicos contribuem para a
saúde, permitindo que as pessoas se tornem mais saudáveis; seis alunos disseram
que a prática de exercícios físicos contribui para saúde, tanto física, quanto
psicológica; seis alunos responderam que contribui para a saúde, promovendo o
bem estar; cinco alunos disseram que contribui melhorando, ou seja, elevando a
imunidade; três alunos responderam que a prática de exercícios físicos contribui
para a saúde, permitindo a queima da gordura ruim, ou seja, do colesterol; e ainda,
um aluno, respondeu que contribui para a saúde auxiliando na manutenção de uma
postura correta; outro aluno respondeu que a prática de exercícios físicos contribui
para a saúde, permitindo que as pessoas tenham um sono de melhor qualidade,
durmam melhor. Nenhum aluno respondeu a alternativa “não”. Apenas um aluno
respondeu a alternativa “em partes”, o aluno justificou sua resposta dizendo que a
prática de exercícios físicos contribui para a saúde, mas, é necessário estar aliada a
uma alimentação adequada e balanceada.
Nesta questão de número seis, percebemos que o conhecimento dos alunos
foi ampliado, pois eles se apossaram de informações de grande importância e valia
para sua qualidade de vida. Aprenderam de fato, a importância da educação física
escolar aliada a saúde, podendo assim, ter uma vida saudável, boa saúde física e
mental, bem estar, melhora da postura, queima da gordura ruim e
consequentemente melhoria do sono, entre outros.
DANTAS (1999) sugere que programas de atividade física bem organizadas
podem suprir as diversas necessidades individuais, multiplicando as oportunidades
de se obter prazer e, consequentemente, otimizar a qualidade de vida. LIMA (1999)
corrobora com a afirmação de que a atividade física tem, cada vez mais,
representado um fator de qualidade de vida dos seres humanos, possibilitando uma
maior produtividade e melhor bem-estar.
5 Conclusão
Em uma conversa descontraída com os alunos da turma com a qual foi
realizada a Implementação do Projeto, pudemos analisar que os objetivos foram
alcançados e percebemos que houve maior interação e companheirismo entre os
alunos, facilitando desta forma o processo de aplicação e realização da
Implementação do Projeto. Os alunos relataram que os assuntos abordados foram
de fácil entendimento, de grande importância para que possam ter uma melhor
qualidade de vida e também, orientar as pessoas de seu convívio.
O enfoque desse trabalho é que a educação física escolar seja
fundamentada nas reflexões sobre as necessidades atuais de ensino perante os
alunos, na superação de contradições e na valorização da educação. Por isso é de
fundamental importância considerar os contextos e experiências de diferentes
regiões, escolas, professores, alunos e da comunidade.
A pesquisa realizada mostrou que um trabalho sistematizado e claro para o
professor e alunos, permite chegar a um resultado positivo no que diz respeito ao
desempenho e qualidade do mesmo. Assim o trabalho do professor em sala de aula
torna-se mais satisfatório, pois a vontade do aluno em aprender, produzir e ver o seu
trabalho valorizado é o objetivo de todos os profissionais envolvidos com a
educação.
Este trabalho poderia surtir um resultado ainda mais satisfatório se
tivéssemos tido acesso à sala de informática, conforme proposto no planejamento
das aulas (pesquisa no laboratório de informática do colégio, com o auxílio e
orientação da professora), podendo assim, ao ter acesso aos temas pesquisados, já
tirarem suas dúvidas, fazerem os questionamentos desejados e, consequentemente,
ter um maior aproveitamento, um melhor rendimento, e uma aquisição satisfatória
dos temas trabalhados. É necessário também espaço físico adequado para que se
possam fazer aulas de ginástica, alongamento e relaxamento sem interferência das
demais pessoas que estão na escola naquele período.
O estudo traz como limitação o fato de o trabalho ter sido desenvolvido e
realizado apenas com uma turma de 9º ano. O que poderia ter seus resultados
alterados se o mesmo tivesse contemplado todos os 9º anos ou até mesmo todas as
seriações. Sugere-se então, um estudo mais amplo e minucioso para confirmar o
resultado obtido.
Que este artigo possa contribuir com os demais educadores para que
desenvolvam trabalhos semelhantes a este, podendo desta forma, mudar o conceito
da educação física escolar e consequentemente levar os alunos a uma melhor
qualidade de vida.
8 Referências
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3ed. Artmed: Porto Alegre, 2002.
VARGAS NETO, Francisco Xavier de. Atividades Físico-Desportivas: O Novo
Paradigma de Promoção da Saúde. Caxias do Sul: Educs, 2004.
XAVIER NETO, Lauro Pires; ASSUNÇÃO, Jeane Rodella. Educação Física – Saiba
Mais. Rio de Janeiro: Âmbito Cultural Edições Ltda, 2005.
ANEXO
Questionário diagnóstico
1- Escreva o que você entende por educação física escolar.
2- A aula de educação física escolar tem discutido questões para a melhoria da sua saúde?
( ) sim ( ) não ( ) em partes
Justifique:
3- Só a prática da educação física escolar pode promover a saúde?
( ) sim ( ) não ( ) em partes
Justifique:
4- No entendimento o que significa saúde?
( ) Saúde é: resultado de hábitos de higiene. ( ) É a condição resultante de formas de convívio social. ( ) É a ausência total de doenças. ( ) É um estado de completo bem estar físico, mental e social e não apenas ausência de doenças ou enfermidades. ( ) Estar em harmonia consigo mesmo e, com a pessoa do seu convívio.
5– O que são hábitos de vida saudável?
( ) Horários e alimentação desregrados. ( ) Estar sempre fazendo dietas alimentares rigorosas, acompanhadas de exercícios físicos exagerados. ( ) Alimentação balanceada; prática regular de exercícios fiscos; não ter vícios; evitar o estresse; estimular o cérebro e a prática do lazer. ( ) O uso de substâncias entorpecentes, estresse e o sedentarismo. ( ) Usar anabolizantes e/ou outras substâncias medicamentosas para estar dentro dos padrões de beleza exigidos pela sociedade.
6– A prática de exercícios físicos pode contribuir para sua saúde?
( ) sim ( ) não ( ) em partes
Justifique:
