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RESPONSABILIDADE DOS SRESPONSABILIDADE DOS SÓÓCIOS E CIOS E

ADMINISTRADORESADMINISTRADORES

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS

Maio de 2014

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AGENDAAGENDA

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IntroduIntroduçção ão

Aspectos JurAspectos Juríídicosdicos

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Introdução

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Conceito de ResponsabilidadeConceito de Responsabilidade

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CONCEITO DE RESPONSABILIDADE

• Conceito: O termo designa a obrigação de uma pessoa de cumprir um dever que lhe foi

designado e de responder, perante terceiros, pelas suas próprias ações.

• No caso das empresas “a obrigação do empresário de adotar práticas, tomar decisões e

acompanhar linhas de ação desejáveis segundo os objetivos e valores da sociedade”.

• Responsabilidade = descumprimento de obrigações

o Tributário = conceito relativo

ConceitoConceito

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RESPONSABILIDADE CIVIL

•Responsabilidade Subjetiva: decorre da prática de ato ilícito (CC art. 927, caput).

o Comete ato ilícito aquele que: (a) por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência

viola direito de outrem (NCC art. 186); ou (b) comete abuso de direito (CC art. 187).

•Responsabilidade Objetiva: não há relação ou Independe da existência de culpa. Existe nos casos especificados

em lei ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco

para direitos de outrem (CC art. 927, § único).

•Responsabilidade Solidária: exceção à regra geral da responsabilidade individual. Havendo mais de um

devedor, o credor poderá exigir de qualquer um deles, total ou parcialmente, a dívida comum (CC art. 275).

•Responsabilidade Subsidiária: o credor só poderá exigir que um único devedor pague toda a dívida após ter

exigido a parcela cabível do devedor principal ou de cada um dos demais devedores (benefício de ordem).

ConceitoConceito

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RESPONSABILIDADE SOCIETÁRIA

• Sócio e Acionistas:

o exercício abusivo de voto ou poder para benefício pessoal (arts. 115 e 116 da Lei das S/A)

o distribuição de lucros ilícitos ou fictícios (art. 1.009 do CC)

o abuso da personalidade jurídica da Sociedade (Art. 50 do CC, 50)

• Administrador: o ato do Administrador, nos limites de seus poderes, obriga a Sociedade [CC, 47]

o cuidado e diligência, como se fosse seu próprio negócio (art. 1.011 do CC)

o deveres: diligência, lealdade, informar, atuar nos limites da lei e do estatuto, respeitar conflito de interesse

(arts. 153, 154, 155 e 156 e 157)

o não é responsável pelas obrigações que contrair em nome da Sociedade, com ato regular de gestão

o responde pelos prejuízos que causar, quando proceder com culpa ou dolo, ou com violação da lei ou do

estatuto (arts. 158 da Lei das S/A)

ConceitoConceito

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RESPONSABILIDADE SOCIETÁRIA

• Sociedade:

o a Personalidade Jurídica da Sociedade é adquirida com o registro de seu ato constitutivo (Art. 985 do Códgio

Civil - “CC”)

o Sociedade e Sócios não se confundem (personalidades distintas)

o Obrigam a empresa os atos de seus administradores, exercidos nos limites de seus poderes definido no ato

constitutivo (art. 47 do CC)

o Desconsideração (decisão judicial): em caso de abuso da personalidade jurídica (desvio de finalidade ou

confusão patrimonial Art.50 do CC)

ConceitoConceito

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A Responsabilidade TributA Responsabilidade Tributááriaria

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TRIBUTOS E ELEMENTOS DE INCIDÊNCIA

• Conceito

“Tributo é toda a prestação pecuniária compulsória, em moeda, ou cujo valor nela se possa exprimir, que não

constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente

vinculada” (art. 3º do Código Tributário Nacional – “CTN”)

• Elementos de Incidência Tributária

o Aspecto Material

o Aspecto Temporal

o Aspecto Territorial ou Espacial

o Aspecto Quantitativo

o Aspecto Pessoal

ResponsabilidadeResponsabilidade

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ResponsabilidadeResponsabilidade

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ResponsabilidadeResponsabilidade

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CLASSIFICAÇÃO DA RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA

• Substituição: quando a lei indica uma pessoa para cumprir

o Substituição Tributária (ICMS)

o Diferimento

o Retenções na Fonte (ISS, INSS etc.)

• Solidariedade: quando vários sujeitos são solidários na dívida

o entre pessoas com interesse comum ou designadas por lei (art. 124 do CTN)

o propriedade comum (condomínio)

o pais, tutores, inventariante, tabeliães, etc. (art. 134 do CTN)

• Sucessão: a obrigação se transfere para outro em razão de eventual extintivo

o Falecimento (art. 131 do CTN)

o Incorporação, Cisão ou Aquisição de empresas (art. 132 do CTN)

• Terceiros (art. 134 e 135 do CTN)

o infração à lei ou ao contrato social / estatuto social

o pessoal, direta, total e exclusiva

o não decorre da qualidade de Sócio, mas da condição de gestor

o ato doloso com excesso de poderes

ResponsabilidadeResponsabilidade

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CLASSIFICAÇÃO DA RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA

•Responsabilidade por Solidariedade - Infração

“Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:

I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;

II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;

III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;

IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;

V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;

VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;

VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.

•Responsabilidade Total – Excesso de Poderes e Crime

“Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos: (...)

I – a pessoas referidas no artigo anterior; (...)

III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.”

ResponsabilidadeResponsabilidade

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• Infração legal x Crime (Crime contra ordem tributár ia)

o Infração de Lei (CTN) = erro

• “Súmula 430 STJ: “O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a responsabilidade solidária do sócio-gerente”.

o Crime = Ato doloso / má fé configurada

• Necessidade de Processo Administrativo Findo

SONEGAÇÃO FISCAL. DECADÊNCIA. LANÇAMENTO. A consumação dos crimes insertos no art. 1º da Lei n. 8.137/1990 depende do lançamento definitivo do crédito tributário. Esses são tidos por crimes de resultado ou materiais. Logo, é de se concluir que a ausência de lançamento do crédito fiscal pela Administração, por força da fluência do prazo decadencial qüinqüenal (art. 150, § 4º, do CTN) contado do fato gerador do tributo, impede a condenação pela prática do crime de sonegação fiscal. Com esse entendimento, a Turma, ao prosseguir o julgamento, concedeu a ordem de habeas corpus. Precedentes citados do STF: HC 81.611-DF, DJ 20/5/2005; HC 84.262-DF, DJ 29/4/2005; do STJ: REsp 747.829-PR, DJ 1º/2/2006; AgRg no REsp 762.144-PR, DJ 13/3/2006, e HC 56.799-SP, DJ 16/4/2007. HC 77.986-MS, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgado em 13/9/2007.

• No caso de Infração: o administrador ou Sócio não deve (ou deveria) configurar no polo passivo da cobrança; somente após verificada a impossibilidade de quitação pela Pessoa Jurídica;

• No caso de Crime de Sonegação : pode ser indicado na CDA (art. 135).

Pontos Relevantes

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• Falta de pagamento não responsabiliza administrador

“A falta de pagamento de tributos é, em princípio, infração da sociedade à obrigação legal de pagar tributos. O sócio-gerente pode ser pessoalmente responsável pelos tributos se a falta de pagamento resultar de ato seu praticado com infração à lei. Quer dizer, não basta, para tipificar a responsabilidade do sócio-gerente, o inadimplemento da sociedade, porque este pode decorrer do risco natural aos negócios, risco, aliás, pressuposto na própria natureza da sociedade por quotas de responsabilidade limitada.” (STJ, REsp nº 1.674-GO, 16.10.1995, Min. Ari Pargendler)

“É igualmente pacífica a jurisprudência do STJ no sentido de que a simples falta de pagamento do tributo não configura, por si só, nem em tese, circunstância que acarreta a responsabilidade subsidiária do sócio, prevista no art. 135 do CTN. É indispensável, para tanto, que tenha agido com excesso de poderes ou infração à lei, ao contrato social ou ao estatuto da empresa.” (STJ, REsp 1.101.728-SP, j. 11.03.2009, grifo nosso)

•Quais diretores e administradores são responsáveis?

Somente os que participaram do ato – subjetividade - RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. CRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA (ART. 2º, II, DA LEI 8.137/90). SÓCIOS MINORITÁRIOS. TRANCAMENTO DA AÇÃO POR FALTA DE JUSTA CAUSA.Se os fatos narrados na denúncia permitem um perfeito enquadramento ao tipo penal incriminador, não há falar em sua inépcia por atipicidade da conduta. O simples fato de serem os pacientes sócios minoritários da empresa não exclui, de pronto, a sua responsabilidade penal. Por não comportar exame aprofundado de provas, a via estreita do writ é inviável para se pretender afastar a responsabilidade dos ora pacientes pelos ilícitos praticados, já que só a instrução criminal pode definir quem concorreu, quem participou ou quem ficou alheio à ação ilícita. Recurso conhecido e desprovido. (RHC 8.186/MG, Rel. Ministro JOSÉ ARNALDO DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 30/06/1999, DJ 25/10/1999, p. 98)

Pontos Relevantes

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• Polo Passivo da Ação - Ônus da Prova Cabe ao Contribuinte

o Cabe ao contribuinte provar que não agiu com dolo e má fé;

o Vias: exceção de pre executividade e embargos à execução;

”Se os sócios têm seus nomes inscritos, juntamente com a empresa executada, na Certidão de Dívida Ativa – CDA, que possui presunção de certeza e liquidez, cabe a eles provarem, por meio de embargos àexecução, que não agiram com excesso de mandato, infringência à lei ou ao contrato social.” (STJ, Resp 624.898, 24.08.2005)

TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. INEXISTÊNCIA DE VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC. EXECUÇÃO FISCAL. REQUISITOS DA CDA. REVISÃO. SÚMULA 7/STJ. REDIRECIONAMENTO DA DÍVIDA EXECUTADA. SÓCIO-GERENTE. NOME NA CDA. PRESUNÇÃO DE LIQUIDEZ E CERTEZA. TEMA JULGADO SOB O RITO DOS RECURSOS REPETITIVOS. (...). O STJ assentou sua jurisprudência no sentido de que, constando o nome dos sócios na CDA, tal como no caso dos autos, é possível o redirecionamento da execução, cumprindo a eles o ônus da prova de que não ficou caracterizada nenhuma das circunstâncias previstas no art. 135 do CTN - que não houve a prática de atos "com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos". (AgRg no AREsp 448.816/SP, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 25/02/2014, DJe 07/03/2014)

Pontos Relevantes

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• Redirecionamento da Execução Fiscal

EMENTA. TRIBUTÁRIO. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. ART. 135 DO CTN. RESPONSABILIDADE DO SÓCIO-GERENTE. EXECUÇÃO FUNDADA EM CDA QUE INDICA O NOME DO SÓCIO. REDIRECIONAMENTO. DISTINÇÃO. 1. Iniciada a execução contra a pessoa jurídica e, posteriormente, redirecionada contra o sócio-gerente, que não constava da CDA, cabe ao Fisco demonstrar a presença de um dos requisitos do art. 135 do CTN. Se a Fazenda Pública, ao propor a ação, não visualizava qualquer fato capaz de estender a responsabilidade ao sócio-gerente e, posteriormente, pretende voltar-se também contra o seu patrimônio, deverá demonstrar infração à lei, ao contrato social ou aos estatutos ou, ainda, dissolução irregular da sociedade. 2. Se a execução foi proposta contra a pessoa jurídica e contra o sócio-gerente, a este compete o ônus da prova, já que a CDA goza de presunção relativa de liquidez e certeza, nos termos do art. 204 do CTN c⁄c o art. 3º da Lei n.º 6.830⁄80. 3. Caso a execução tenha sido proposta somente contra a pessoa jurídica e havendo indicação do nome do sócio-gerente na CDA como co-responsável tributário, não se trata de típico redirecionamento. Neste caso, o ônus da prova compete igualmente ao sócio, tendo em vista a presunção relativa de liquidez e certeza que milita em favor da Certidão de Dívida Ativa. 4. Na hipótese, a execução foi proposta com base em CDA da qual constava o nome do sócio-gerente como co-responsável tributário, do que se conclui caber a ele o ônus de provar a ausência dos requisitos do art. 135 do CTN. 5. Embargos de divergência providos. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RESP Nº 702.232 - RS (2005⁄0088818-0)

Pontos Relevantes

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ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA

•Penhora On Line

oAté 2006 – localização de bens livres antes da penhora;

oApós 2006 – não há mais necessidade de previa verificação

“1. A penhora de numerário de conta-corrente apenas é possível em situações excepcionais, após esgotados todos os meios de localização de bens do devedor por parte da exeqüente. [...]”(Embargos de Divergência em Resp nº 779.952 RJ, J. 22.10.2008, Rel. Min. Castro Meira)

“1. (...) 2. Em interpretação sistemática do ordenamento jurídico, na busca de uma maior eficácia material do provimento jurisdicional, deve-se conjugar o art. 185-A, do CTN, com o art. 11 da Lei n. 6.830/80 e artigos 655 e 655-A, do CPC, para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou aplicação financeira, independentemente do esgotamento de diligências para encontrar outros bens penhoráveis. Em suma, para as decisões proferidas a partir de 20.1.2007 (data da entrada em vigor da Lei n. 11.038/2006), em execução fiscal por crédito tributário ou não, aplica-se o disposto no art. 655-A do Código de Processo Civil, posto que compatível com o art. 185-A do CTN. 3. O tema foi submetido a julgamento pelo rito no art. 543-C, do CPC, tanto pela Corte Especial (REsp 1.112.943-MA, Rel. Min. Nancy Andrighi, DJE 23.11.2010), quanto pela Primeira Seção desta Corte (REsp 1.184.765-PA, Rel. Min. Luiz Fux, julgado no dia 24.11.2010), ocasiões em que restou assentado entendimento no sentido de que a penhora online, antes da entrada em vigor da Lei n. 11.382/2006, configura medida excepcional cuja efetivação está condicionada à comprovação de que o credor tenha realizado todas as diligências no sentido de localizar bens livres e desembaraçados de titularidade do devedor. Contudo, após o advento da referida lei, o juiz, ao decidir sobre a realização da penhora online, não pode mais exigir do credor prova de exaurimento das vias extrajudiciais na busca de bens a serem penhorados. 4. Tendo em vista que a jurisprudência desta Corte se firmou no mesmo sentido do acórdão embargado, incide, na hipótese, a Súmula n. 168/STJ. 5. Embargos de divergência não conhecidos. (ERESP 200900897475, MAURO CAMPBELL MARQUES, STJ - PRIMEIRA SEÇÃO, DJE DATA: 01/02/2011.)

ElementosElementos

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Processo Tributario

Administrative Proceeding

Tax Foreclosure Proceeding (principal + interest + 75% fine)

Payment of the debt (Case Closed) or offering an asset

Unfavorable Lower Court decision

2 yearsUnfavorable Court of Appeals decision

UnfavorableSuperior Court of Justice -STJ decision

Payment at Court or asset ‘auction

Favorable Lower Court decision

2 years Favorabl

e Court of Appeals decision

“Ex-Officio”Appeal

Appeal

5 days

Case closed

FavorableSupreme Court -STF decision

Special Appeal

Defense

30 days

2 years

2 years

Extraordinary Appeal

GovernmentExtraordinary Appeal

UnfavorableSupreme Court -STFdecision

FavorableSuperior Court of Justice -STJ decision

15 days

15 days

Tax Assessment Notice (principal + interest + 75% fine)

1.6 year

Payment of the debt (if performed in 30 days counted from the assessment, there will be a 50% fine reduction) –Case Closed

Unfavorable Lower Administrative Court decision

1.6 year

Payment of the debt (if performed in 30 days counted from the decision there will be a 30% fine reduction) –Case Closed

Unfavorable Higher Administrative Court decision

1 year UnfavorableSuperior Administrative Court decision

Payment of the debt –Case Closed

Defense

Tax Foreclosure Proceeding

FavorableLower Administrative Court decision

1.6 year

Favorable Higher Administrative Court decision

“EX-OFFICIO”Appeal

Appeal and presentation of asset list

1.6 year

Case closed

FavorableSuperior Administrative Court decision

Appeal

GovernmentSpecial Appeal

30 days

30 days

15 days

Court Proceeding

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• O Sigilo Fiscal

PENAL. CRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA. ARTIGO 1º, I DA LEI 8.137/90. QUEBRA DE SIGILO BANCÁRIO PELA RECEITA FEDERAL. PROVA LÍCITA. TIPICIDADE. MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS. CONDENAÇÃO MANTIDA. APELO NÃO PROVIDO. 1. Válidas são as provas obtidas mediante quebra do sigilo bancário em procedimento administrativo instaurado pela Receita Federal com fundamento no art. 6º da Lei Complementar nº 105, de 10.01.01, de natureza procedimental. 2. (...). 3. O sigilo bancário não é absoluto, mormente porque a proteção aos direitos individuais deve ceder diante do interesse público, observados os procedimentos fixados em lei.4.(...)

• INSS – Responsabilidade Solidária

“Lei nº 8.620/1993, art. 13: ‘O titular da firma individual e os sócios das empresas por cotas de responsabilidade limitada respondem solidariamente, com seus bens pessoais, pelos débitos junto à Seguridade Social.

Parágrafo único. Os acionistas controladores, os administradores, os gerentes e os diretores respondem solidariamente e subsidiariamente, com seus bens pessoais, quanto ao inadimplemento das obrigações para com a Seguridade Social, por dolo ou culpa.”

•Jurisprudência conflitante no STJ

•Artigo revogado pela Lei 11.941/09, artigo 79, VII.

Pontos Relevantes

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• Desconsideração da Personalidade Jurídica

Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado, por exemplo, pelo desvio de finalidade ou pela confusão

patrimonial, os efeitos de determinadas relações de obrigações podem ser estendidos aos bens particulares dos

administradores ou sócios (Art. 50 do CC).

• Ação de Dano Moral contra a Fazenda

PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. DANOS MORAIS. ARTIGO 37, § 6º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. SÚMULA 83/STJ. INDENIZAÇÃO. SÚMULA 7/STJ. 1. Ação de Reparação de Danos Materiais e Morais ajuizada em desfavor da União, com fulcro nos artigos 37,§ 6º da CF, em face da indevida inscrição do nome do autor na dívida ativa, em cujo bojo restou reconhecida a conduta indevida da Administração Tributária, insindicável nesta Corte (Súmula 07/STJ). 2. O ajuizamento indevido de execução fiscal poderá justificar o pedido de ressarcimento de danos morais, quando ficar provado ter ocorrido abalo moral. Precedentes: REsp 773.470/PR, DJ 02.03.2007; REsp 974.719/SC, DJ 05.11.2007; REsp 1034434/MA, DJ 04.06.200. 4. Inequívoca a responsabilidade estatal, consoante a legislação infraconstitucional e à luz do art. 37 § 6º da CF/1988, bem como escorreita a imputação dos danos morais, nos termos assentados pela Corte de origem, verbis:"(...) Verificado que contra o autor foi movida ação de execução fiscal para a cobrança do crédito tributário correspondente, em razão da indevida inscrição do seu nome em Dívida ativa, não hácomo desconsiderar a participação da União no dano causado ao demandante. No caso presente, o autor sofreu não sóconstrangimento, mas indignação e revolta ante o fato de ter sido processado por inscrição indevida de débito na Dívida ativa. Entendendo-se que ficou caracterizada a responsabilidade civil da União pelos danos morais causados ao autor, há de se verificar como pode ser compensado pelo fato.(...)Assim, fixo, a título de indenização por danos morais, o valor de R$ 2.500,00, reconhecendo como indevida a indenização por danos materiais, na forma em que estabelecido na sentença, porquanto requereu o autor o ressarcimento decorrente dos prejuízos psíquicos sofridos. (...)" 5. A análise acerca da extensão do prejuízo moral causado ao autor, devidamente analisada pela instância a quo para a fixação do quantum indenizatório, resta obstada pelo verbete sumular nº 7/STJ. 6. Recurso especial não conhecido. (REsp 904.330/PB, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em 16/10/2008, DJe 03/11/2008)

Pontos Relevantes

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Aspectos CriminaisAspectos Criminais

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CRIME CONTRA ORDEM TRIBUTÁRIA

• Sonegação Fiscal, dolo, má-fé (sua constatação deve aguardar encerramento do processo

administrativo tributario)

• Ato flagrante do contribuinte em se opor conscientemente à lei. Desta forma, sonegação

é um ato voluntário, consciente, em que o contribuinte busca omitir-se de imposto

devido.

• Lei nº 8.137/1990:

“Art. 1o. Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas:

I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias; II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal; III -falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro documento relativo à operação tributável; IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber falso ou inexato; V -negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento equivalente, relativa a venda de mercadoria ou prestação de serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em desacordo com a legislação. Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

Parágrafo único. A falta de atendimento da exigência da autoridade, no prazo de 10 (dez) dias, que poderá ser convertido em horas em razão da maior ou menor complexidade da matéria ou da dificuldade quanto ao atendimento da exigência, caracteriza a infração prevista no inciso V.

Aspectos CriminaisAspectos Criminais

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EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE

• PAGAMENTO

Acórdão do STF, proferido em 16/12/2003, referente ao HC nº 81929, que teve como relator o Ministro Sepúlveda

Pertence: EMENTA: AÇÃO PENAL. Crime tributário. Tributo. Pagamento após o recebimento da denúncia. Extinção da punibilidade. Decretação. HC concedido de ofício para tal efeito. Aplicação retroativa do art. 9º da Lei federal nº10.684/03, cc. art. 5º, XL, da CF, e art. 61 do CPP. O pagamento do tributo, a qualquer tempo, ainda que após o recebimento da denúncia, extingue a punibilidade do crime tributário.

• PARCELAMENTO

o Até a edição da lei 12.383/11, qualquer pagamento do crédito tributário (extinção) ou parcelamento (suspensão

com posterior extinção do crédito tributário), independentemente da fase processual penal a punibilidade era

extinta.

o Após a legislação, a extinção pelo pagamento integral ocorre em qualquer fase processual e o parcelamento

implica na da punibilidade, se firmado até o oferecimento da denúncia

Aspectos CriminaisAspectos Criminais

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EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE

• REFIS

Inq 352 / ES - 2002/0115984-6 CE - CORTE ESPECIAL -Data do Julgamento 04/08/2004 Ementa PENAL. PROCESSUAL PENAL. AÇÃO PENAL ORIGINÁRIA. CONSELHEIRO DE TRIBUNAL DE CONTAS. COMPETÊNCIA. CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. DÉBITO. PARCELAMENTO ANTERIOR À DENÚNCIA. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE. 1 - Compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar, originariamente, nos crimes comuns e de responsabilidade os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal (art. 105, I, a da Constituição Federal). 2 - Reiterado o entendimento jurisprudencial do superior Tribunal de Justiça no sentido de que o parcelamento do débito relativo a contribuições previdenciárias descontadas dos salários dos empregados e não recolhidas aos cofres da Seguridade Social, antes do recebimento da denúncia, retira a justa causa para a ação penal, acarretando a extinção da punibilidade, na forma do art. 34, da Lei 9.249, de 1995.

• DEPOSITO JUDICIAL

Polemica

Aspectos CriminaisAspectos Criminais

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ConclusãoConclusão

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AS RESPONSABILIDADES DO SÓCIO ADMINISTRADOR

• Ter sempre preocupação quanto a correta condução das obrigações acessórias e

principal;

• Ter prova de que houve essa (legítima) preocupação;

• Efetuar revisões dos procedimentos regularmente;

• No caso de infração (falta de recolhimento - equivocado - de tributo) efetuar denuncia

espontânea imediata;

• Reestruturação patrimonial pessoal anterior (confusão de ativos com a empresa);

• Na aquisição de empresas: Due Diligence;

“O novo sócio, ao ingressar na sociedade já constituída, deve ponderar sobre todas as vantagens e riscos do ato que vai realizar. Há de se perquirir sobre o ativo e o passivo a sociedade, pesar os riscos que irá assumir com o seu ingresso. Gozará dos benefícios e dos reflexos financeiros dos negócios realizados anteriormente; é justo, pois, que se sujeite também aos respectivos riscos”. (Rubens Requião)

ConclusãoConclusão

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REESTRUTURAÇÃO - ORGANIZAÇÃO SOCIETÁRIA

•Aspectos

o separação: patrimônio e operação

o cisão

o conferência (“drop-down”)

o redução de capital

•Antes da Autuação Fiscal ou Execução

o Fraude contra credores ou execução

o Risco de Autuação

ConclusãoConclusão

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Tributos no Brasil

• Ícone do Fisco

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Tributos no Brasil

• Contribuintes

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Conclusão

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AS RESPONSABILIDADES DO SÓCIO ADMINISTRADOR

Conclusão

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