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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES – UCAM PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS TRABALHO MONOGRÁFICO EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM SALA DE AULA Elza Lúcia da Silva de Paula Rio de Janeiro Setembro/2010

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES – UCAM

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS

TRABALHO MONOGRÁFICO

EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM SALA DE AULA

Elza Lúcia da Silva de Paula

Rio de Janeiro

Setembro/2010

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES – UCAM

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS

TRABALHO MONOGRÁFICO

EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM SALA DE AULA

Projeto apresentado à Universidade Cândido Mendes – UCM como requisito parcial para obtenção de Grau de especialista no curso de Educação Infantil Especial. Orientadora: Mariana de Castro Moreira

Elza Lúcia da Silva de Paula

Rio de Janeiro

Setembro/2010

“Não queremos um mundo árido e fétido, mas sim um mundo

com ar limpo, águas claras, terra negra e fértil, animais

abundantes e variados. Queremos um mundo vivo, um mundo

são, e também – por que não? – um mundo belo”

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4

METODOLOGIA ......................................................................................................... 8

CAPÍTULO 1 – AS PREOCUPAÇÕES COM O MEIO AMBIENTE .......................... 10

1.1 A evolução histórica do meio ambiente ........................................................... 10

1.2 O conceito de meio ambiente .......................................................................... 11

1.3 O homem e o meio ambiente ........................................................................... 12

1.4 Considerações sobre a Preservação ambiental .............................................. 13

1.5 As preocupações com o meio ambiente e a preservação ............................... 15

CAPÍTULO 2 - A EDUCAÇÃO AMBIENTAL ............................................................ 17

2.1 O que é educação ambiental? ......................................................................... 17

2.2 A educação ambiental e o desenvolvimento sustentável................................. 19

2.4 O Educador Ambiental ..................................................................................... 25

2.5 Princípios gerais da Educação Ambiental ........................................................ 26

CAPÍTULO 3 - AÇÕES EDUCATIVAS EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL ................... 29

3.1 As ações educativas propostas ....................................................................... 29

CONCLUSÃO ........................................................................................................... 33

BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................ 34

WEBGRAFIA ............................................................................................................ 36

4

INTRODUÇÃO

Na natureza todas as formas de vida estão inter-relacionadas. O homem é

meramente uma parte de um sistema complexo e conectado ciclicamente. A questão

ambiental sempre existiu e é matéria de discussões no planeta. Natureza e cultura

são temas antigos, embora só na contemporaneidade venha à luz com a força de

uma história inglória pelo sacrifício de parte da fauna e flora, pela eminência de

desaparecimento do próprio ser humano, em virtude da forma como vem sendo

tratada a Terra.

Sendo assim, a humanidade deveria ter aprendido, ao longo de sua história, a

se beneficiar dos elementos que a cercam sem destruí-los. Contudo, tal aprendizado

não ocorreu na mesma medida em que o desenvolvimento tecnológico avançava. O

resultado disto não é novidade para a sociedade atual. Entretanto, apesar de

“conhecer” os efeitos danosos causados pelo homem na natureza, este não

incorporou, ainda, hábitos coerentes com as reais necessidades para a consolidação

de uma vida harmônica para si mesmo, para com os demais seres humanos e,

principalmente, para com o próprio planeta.

A necessidade de atuar em sentido de promover mudanças no

comportamento humano, detectada na sociedade nos meados do século passado,

continua sendo assunto de preocupação mundial. À educação, como formadora de

comportamentos e cultura, compete a capacidade de transformação dos

procedimentos habituais de cada indivíduo em sua relação com o meio-ambiente. O

ser humano deve ser “educado” socialmente para atuar no mundo em que vive,

tendo procedimentos coerentes em todos os espaços que ocupe ou que venha a

ocupar.

Segundo Ribeiro (1998, p. 14):

A ação – pública ou privada, coletiva ou individual – sobre o ambiente utiliza métodos que podem ser participativos ou produtos de decisões autoritárias. A opção por procedimentos que envolvam a responsabilidade de todos pode obter resultados mais duradouros.

5

Nesse contexto, a economia mundial vem se transformando ao longo dos

anos e hoje em dia há diferentes formas de produção organizadas com o objetivo de

atender às necessidades de consumo e de crescimento do país.

Mas o desenvolvimento econômico e social só será possível se ao mesmo

tempo for despertada desde cedo uma consciência nas crianças e jovens sobre a

questão ambiental, que está diretamente relacionada à promoção do

desenvolvimento sustentável. Tal pensamento alicerça a proposta deste trabalho de

conclusão de curso.

Este despertar só será possível se as bases educacionais brasileiras (tanto

para o ensino público como para a rede privada) estiverem voltadas para a inclusão

de disciplinas que tenham a educação ambiental como prioridade, pois, através dela

e de seus princípios será possível demonstrar às crianças e jovens o quanto é

importante preservar o meio ambiente e buscar formas de desenvolver

economicamente uma região ou cidade valorizando a promoção do desenvolvimento

sustentável, que em linhas gerais significa retirar da natureza os recursos naturais

que ela produz, mas ao mesmo tempo propor formas de haver continuidade desses

recursos.

O crescimento da educação e da formação de uma consciência sobre a

necessidade de preservação do meio ambiente proporciona ainda a criação de

projetos e ações visando aproveitar o potencial de cada região do Brasil,

promovendo, ao mesmo tempo a melhoria da qualidade de vida, preservação do

meio ambiente e desenvolvimento econômico dessas regiões.

A educação ambiental enfatiza as regularidades, e busca manter o respeito

pelos diferentes ecossistemas e culturas humanas da Terra. O dever de reconhecer

as similaridades globais, enquanto se interagem efetivamente com as

especificidades locais, é resumido no seguinte lema: Pensar globalmente, agir

localmente.

Este trabalho tem a intenção de interagir o aluno ao meio ambiente de forma

que esse descubra e preserve os recursos necessários à sua sobrevivência.

6

Nesta integração aluno e meio ambiente, é necessário e fundamental o

reconhecimento dos papéis funcionais de todas as espécies da natureza: vegetais,

animais e minerais. Afinal a diversidade dos fatores que compõem o ecossistema é

que faz com que exista a necessidade de um estudo mais profundo e detalhista

dessa variedade a fim de conhecer das e sobre as espécies e descobrir meios de

preservação e utilização consciente de todos os recursos ambientais.

Além de conhecer o ecossistema é importantíssimo que, neste momento, o

aluno saiba de seu papel e seu lugar na natureza e a forma de mantê-la e preservá-

la para garantir a sobrevivência das gerações futuras.

Pretende-se com o desenvolvimento do trabalho demonstrar que a escola é

um instrumento de propagação não só de conhecimentos cognitivos, mas um

instrumento de conscientização da relação do homem com o meio ambiente.

A intenção com esse trabalho é de levar os alunos a observar o meio

ambiente observando os problemas referentes à degradação ambiental e a

conscientização para a preocupação de se preservar o meio ambiente, pois a

natureza está a serviço do ser humano e a humanidade depende dela. E que a

cada gesto ou atitude que interfere na preservação ambiental faz com que o próprio

homem sinta as consequências dramáticas de tais feitos.

Neste projeto serão identificados os aspectos relevantes sobre a educação

ambiental, demonstrando a que ela se destina e quais suas bases. Além disso será

identificada como a educação ambiental influencia o despertar de uma mentalidade

voltada para a preservação da natureza e a promoção do desenvolvimento

sustentável e quais os impactos que este despertar pode provocar no futuro.

O tema é de grande relevância visto que a cada dia que passa o meio

ambiente é mais agredido pela ação do homem e somente através da

conscientização desde cedo das crianças será possível criar uma sociedade que

valorize o meio ambiente e participe ativamente das ações desenvolvidas para

preservá-lo.

7

Para nós, educadores é uma oportunidade de tomar conhecimentos sobre o

que tem sido feito atualmente no Brasil para desenvolver políticas e diretrizes que

tenham como meta inserir a matéria educação ambienta no ensino fundamental

desde as séries iniciais.

8

METODOLOGIA

Uma pesquisa científica de acordo com Gil (2002, p. 17) e "um procedimento

racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas

que são propostos".

Segundo Vergara (2003), a pesquisa pode ser divida em dois critérios

básicos: quanto aos fins e quanto aos meios. Quanto aos fins ela poder ser:

exploratória, descritiva, explicativa, metodológica, aplicada e intervencionista.

Quanto aos meios de investigação, pode ser pesquisa de campo, pesquisas de

laboratório, documental, bibliográfica, experimental, ex post facto, participante,

pesquisa-ação e estudo de caso.

Assim sendo, quando aos fins, a pesquisa será descritiva e quanto aos meios

a pesquisa será bibliográfica que segundo a própria Vergara (2003, p. 48) "é um

estudo sistematizado desenvolvido com base em materiais publicados em livros,

revistas e jornais, redes eletrônicas, isto é material acessível ao público".

As fontes de consulta serão livros, artigos, projetos e a legislação brasileira

direcionada à educação ambiental. Além disso, serão feitas pesquisas com o

objetivo de colher dados sobre os projetos, as diretrizes e políticas públicas que

determinam esta matéria como conteúdo obrigatório nas escolas públicas.

Quanto aos livros utilizados, como bibliografia básica, pode-se citar os livros

“Meio ambiente e educação ambiental na educação infantil e no ensino fundamental”

da autora Sandra Branco e “Trajetória e fundamentos da educação ambiental” do

autor Carlos Frederico B. Loureiro que auxiliaram no entendimento e

desenvolvimento do assunto, como também “A origem das espécies” de Darwin,

para um melhor conhecimento sobre a evolução humana.

Os trabalhos acadêmicos realizados e as anotações em sala de aula, durante

o curso de pós-graduação, são importantes no entendimento da Educação

Ambiental e na sua aplicabilidade. E, também, as fontes de consulta citadas, que

9

completam a monografia com informações mais completas e já estudadas sobre o

assunto que está sendo pesquisado.

A partir do que é realizado sobre educação ambiental dentro das salas de

aulas de escolas públicas de Belo Horizonte, busca-se uma melhor compreensão e

uma nova forma de abordar o assunto.

10

CAPÍTULO 1 – AS PREOCUPAÇÕES COM O MEIO AMBIENTE

1.1 A evolução histórica do meio ambiente

No início da civilização, os povos viviam em um meio ambiente perfeitamente

equilibrado. Só caçavam e colhiam o que podiam comer, bebiam das águas de

fontes e rios e migravam de um lugar para outro quando os vegetais e a caça

começavam a esgotar, então a região anteriormente ocupada tinha seu tempo para

renovar. Conforme afirmava Thomas Hobbes citado por Dias (2007, p. 01), “o

homem, sem predadores naturais, torna-se o lobo de si mesmo.” Com a população

aumentando, e o homem inventando coisas para melhorar sua qualidade de vida,

cada vez mais foi-se utilizando os recursos naturais.

Como conseqüência disto, já a partir do século XIX, as condições de vida nas

cidades sofreram desequilíbrios causados por diversos fatores, como, por exemplo,

o aumento populacional, migrações do campo e revolução industrial. “O processo

que ora está em curso, de contaminação excessiva do meio ambiente natural, foi

acelerado com a Revolução industrial e sua compreensão é fundamental para nos

conscientizemos da gravidade da situação e para obtenção dos meios necessários

para sua superação” (DIAS, 2007, p.1).

Desta forma, o crescimento do número de indústrias, sem qualquer controle

sobre a poluição, começou a gerar resíduos em quantidade cada vez maior.

Produtos químicos tóxicos e resíduos lançados no mar e em rios, riachos, lagos e

lagoas causam danos irrecuperáveis à vida da fauna e flora, atingindo, mais cedo ou

mais tarde, o ser humano. O mesmo acontece quando esgotos domésticos sem

tratamento são lançados nos rios, em quantidades superiores às que a depuração e

oxigenação natural das águas podem aceitar.

No Brasil, segundo relatório “O Estado Real das Águas no Brasil –

2003/2004”, elaborado pela Defensoria das Águas a contaminação das águas de

rios, lagos e lagoas quintuplicou nos últimos anos. O Relatório foi realizado a partir

11

do mapeamento de 35 mil denúncias de agressão ao meio ambiente e ações civis

públicas que já receberam a sentença judicial. (DIAS, 2007, p. 9).

1.2 O conceito de meio ambiente

Meio ambiente é o conjunto de condições, leis, influências e interações de

ordem física, química, biológica, social, cultural e urbanística, que permite, abriga e

rege a vida em todas as suas formas. Encontra-se na ISO 14001:2004 a seguinte

definição sobre o meio ambiente: “circunvizinhança em que uma organização opera,

incluindo-se ar, água, solo, recursos naturais, flora, fauna, seres humanos e suas

inter-relações.”.

Uma organização é responsável pelo meio ambiente que a cerca, devendo,

portanto, respeitá-lo, agir como não poluente e cumprir as legislações e normas

pertinentes (ISO 14001). Apesar de se encontrar na norma de referência sobre a

responsabilidade das organizações com os meios, muitas fábricas que possuem

principalmente atividades ou processos danosos ao meio ambiente e que passam a

sofrer restrições no seu país de origem devido às leis locais, acabam se transferindo

ou mudando essa produção para outro país onde não haja impedimento ou lei

específica. A maior parte destes países está em desenvolvimento, e seus

governantes, interessados na entrada de capital na sua economia, acabam

submetendo a população aos riscos ambientais que são gerados. Isso está

começando a mudar, com a conscientização de que tudo está interligado no planeta,

e mesmo com a pressão de grupos ambientalistas e organizações internacionais

que trabalham pela igualdade e respeito à vida.

No Art. 225 da Constituição Federal do Brasil (1988), há a seguinte frase:

Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações (BRASIL, 1988, art. 225).

12

A sociedade como um todo é responsável pela preservação do meio

ambiente, então, é preciso agir da melhor maneira possível para não modificá-lo de

forma negativa, pois isso terá consequências para a qualidade de vida da atual e

das futuras gerações, entendendo que:

O meio ambiente concebido, inicialmente, como as condições físicas e químicas, juntamente com os ecossistemas do mundo natural, e que constitui o habitat do homem, também é, por outro lado, uma realidade com dimensão do tempo e espaço. Essa realidade pode ser tanto histórica (do ponto de vista do processo de transformação dos aspectos estruturais e naturais desse meio pelo próprio homem, por causa de suas atividades) como social (na medida em que o homem vive e se organiza em sociedade, produzindo bens e serviços destinados a atender “as necessidades e sobrevivência de sua espécie” (EMÍDIO, 2006, p.127).

O espaço ocupado pelo homem está a todo o momento sofrendo

modificações relacionadas ou impostas pelo próprio homem, que podem ser

danosas ao meio quando não administradas corretamente.

De um modo geral, pode-se afirmar sem muito medo de erro, que o

ecologismo, ou o pensamento ambientalista é um movimento disseminado no

mundo globalizado, mesmo que haja notáveis divisões internas de pensamento e

linhas de atuação e formas aparentemente opostas de abordar a complexa temática

ambiental, é inegável que este assunto possui amplas repercussões na mídia

nacional e internacional. No caso brasileiro, todos os grandes jornais de circulação

possuem editorias de meio ambiente (DA MATA, 1999).

1.3 O homem e o meio ambiente

A ação da espécie humana sobre o meio ambiente tem uma característica

qualitativa única: possui um enorme potencial desequilibrador, pois as mudanças

que provoca nem sempre são assimiláveis pelos ecossistemas, ameaçando assim a

permanência dos sistemas naturais.

São quatro os fatores levantados por Lago e Pádua (1988) para isso:

13

− Maior poder de raciocínio;

− Capacidade técnica;

− Densidade populacional;

− A atuação do homem sobre o meio ambiente tem como finalidade, não

apenas a sua reprodução física, mas, principalmente a satisfação de

necessidades socialmente fabricadas. Este é o ponto mais relevante

segundo os autores acima citados.

As necessidades geradas no âmbito do social surgem com o crescimento da

complexidade sócio-econômica e cultural de cada sociedade. Esse aspecto é o que

diferencia qualitativamente a ação humana sobre o ambiente: ela é socialmente

determinada.

Foi a crise na relação entre sociedade e natureza que potencializou a

emergência da educação ambiental. É claro, então, que a estrutura e o

funcionamento tanto da natureza como da sociedade - em interação mútua – são

objetos por excelência da educação ambiental (GUIMARÃES, 2004).

1.4 Considerações sobre a Preservação ambiental

Preservação ambiental é o ato de preservar o meio ambiente como um todo,

não apenas parte dele. Com os problemas ambientais provocados pelo homem nos

últimos tempos, a questão da preservação ambiental tem sido muito discutida, ou

seja, o homem tem dado mais importância à preservação do meio ambiente.

Muitas pessoas pensam que não jogar lixos nas ruas, separar o lixo reciclável

do não-reciclável é o suficiente para resolver o problema. Não é bem assim que

funciona, pois o meio ambiente não se restringe à vegetação, aos rios ou córregos

que encontramos na cidade, é algo bem mais abrangente como, por exemplo, a

preservação das florestas, nascentes, entre outros.

14

A preservação é um conjunto de medidas que devem ser adotadas por todos,

de forma a garantir o futuro do nosso planeta para as novas gerações. Atualmente, a

preservação ambiental se torna praticamente obrigatória em todo o mundo, devido

às graves consequências originadas pela degradação do meio ambiente, sendo a

preservação a única maneira de amenizar ou até mesmo de acabar com tais

consequências.

Sorrentino (2002, p.112) explica que certas alternativas podem levar a uma

sociedade sustentável, cuja característica básica seria “o avanço em direção à não

exploração do ser humano pelo seu semelhante, à melhoria da qualidade de vida

para todos e à não exploração ou degradação das condições de vida das demais

espécies pela nossa”.

Atualmente o chamado desenvolvimento sustentável é o único capaz de

propiciar condições de preservar os recursos naturais e condições de vida saudável

para as gerações futuras. Para que isto ocorra a educação ambiental tem uma

importância extraordinária porque conscientiza e altera os padrões de

comportamento do ser humano em relação à natureza. Segundo o conservacionista

inglês Broad, “Na educação, reside a única esperança de se evitar a total destruição

da natureza”. Que ela possa ser, portanto, implementada maciçamente, em todos os

locais de forma a conscientizar a todas as pessoas porque a educação ambiental

reveste-se no mais importante instrumento para a preservação da natureza. (DIAS,

2007)

Sorrentino (2002) explica que de certa forma, a questão ambiental se

apresenta como recente no panorama das discussões globais. Foi apenas a partir

da segunda metade do século XX que a humanidade começou a se dar conta dos

prejuízos causados por uma mentalidade, uma ideologia fortemente aderida a uma

lógica desenvolvimentista que não poupou a natureza em detrimento de seus

interesses puramente econômicos.

Assim, é fundamental para a prática e fundamentação da educação ambiental

refletir tais questões, pois é preciso pensar urgentemente em alternativas para

15

garantir sustentabilidade, espaços de conveniência e evitar conflitos. Esta é sem

dúvida uma das tarefas da educação ambiental.

1.5 As preocupações com o meio ambiente e a preservação

À medida que a humanidade aumenta sua capacidade de intervir na natureza

para satisfação de necessidades e desejos crescentes, surgem tensões e conflitos

quanto ao uso do espaço e dos recursos em função da tecnologia disponível.

Publicações do Ministério da Educação (2000) informam que nos últimos

séculos, um modelo de civilização se impôs, trazendo a industrialização, com sua

forma de produção e organização de trabalho, além da mecanização da agricultura,

que inclui o uso intenso de agrotóxicos, e a urbanização, com um processo de

concentração populacional nas cidades.

Frisaram Loureiro, Layrargues e Castro (2005) a importância de se trabalhar o

interior humano, bem como propiciar aos outros a realização desse exercício de uma

nova sensibilidade, como por exemplo: ouvir mais as próprias intuições, os outros,

os elementos da natureza, pensar e ser simples na complexidade, críticos e

questionadores das obviedades, para que seja possível uma participação que

ultrapasse a presença física em reuniões e nas instâncias de decisão e se manifeste

nas atitudes e comportamentos cotidianos de compromisso com a vida.

É necessário deixar claro que jamais o trabalho humano ou o habitat voltarão

a ser o que era a poucas décadas, depois das revoluções informáticas, robóticas,

depois do desenvolvimento do gênio genético e depois da mundialização do

conjunto dos mercados. De uma certa maneira, deve-se admitir que será preciso

lidar com esse estado de fato. Mas, esse lidar implica uma recomposição dos

objetivos e dos métodos do conjunto de movimento social nas condições de hoje.

16

Mais do que nunca a natureza não pode ser separada da cultura e

precisamos aprender a pensar “transversalmente” as interações entre ecossistemas,

mecanosfera e Universos de referência sociais e individuais (GUATTARI, 1990).

Questões como as mudanças climáticas e a redução da fertilidade humana

exemplificam a crise e insustentabilidade desse modelo civilizatório que se expandiu

por todo o planeta. Resultam de uma complexa teia de fatores, dispersos no tempo e

no espaço, e exigem para seu enfrentamento uma grande capacidade analítica e

organizacional que permita elaborar uma matriz de nexos causais para o

ordenamento da alteração do modo de produção e de consumo, de forma que tais

mudanças não sejam por demais traumáticas. (...) Como diminuir o nível de emissão

de gases que provocam o efeito estufa (GEE), se ninguém quer abrir mão do

automóvel particular, do ar condicionado (...). (LOUREIRO; LAYRARGUES;

CASTRO, 2005, p.23)

17

CAPÍTULO 2 - A EDUCAÇÃO AMBIENTAL

2.1 O que é educação ambiental?

Pela Lei da Política Nacional de Educação Ambiental pode-se entender

educação ambiental como os meios dos quais os indivíduos e a coletividade

constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências

voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo,

essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. (Lei nº 9.795/99, art. 1º).

A visão atual da Educação Ambiental é de que ela é a possibilidade de

transformação ativa da realidade e das condições da qualidade de vida, por meio da

conscientização advinda da prática social reflexiva embasada pela teoria

(LOUREIRO, 2006). Segundo o próprio Loureiro (2006), essa conscientização é

obtida com a capacidade crítica permanente de reflexão, diálogo e apropriação de

diversos conhecimentos. Esse processo torna-se fundamental para se formar

sociedades sustentáveis, ou seja, orientadas para enfrentar desafios de

contemporaneidade, garantindo qualidade de vida para esta e futuras gerações.

Desse modo, Loureiro (2006) considera que a Educação Ambiental são

práticas educativas voltadas à:

− Compreender e melhorar o mundo em que vivemos;

− Resolver conflitos antecipadamente;

− Aprimorar as relações;

− Equacionar problemas;

− Indicar condutas;

− Encontrar soluções criativas e éticas;

− Desenvolver a cidadania.

Mas, mesmo com todas as explicações acima, sua definição é complexa e

difícil, tal como se pode notar nas palavras a seguir, encontradas no site da Ong

18

Ecoar, uma organização mão governamental que se dedica à educação ambiental:

“O conceito de Educação Ambiental é complexo, abstrato e dificilmente

compartilhado, porque não está abrangentemente explicitado. Pode ser vista como

uma forma de intervenção na problemática ambiental mediada por projetos

definidores de programas educativos.”

Foi a crise na relação entre sociedade e natureza que potencializou a

emergência da educação ambiental (GUIMARÃES, 2004). Portanto, a educação

ambiental deve ser entendida como um processo participativo, onde o educando

assume o papel de elemento central do processo de ensino/aprendizagem

pretendido, participando ativamente no diagnóstico dos problemas ambientais e

busca de soluções, sendo preparado como agente transformador, através do

desenvolvimento de habilidades e formação de atitudes, através de uma conduta

ética, condizente ao exercício da cidadania.

Segundo Pompéia (1992), a Educação Ambiental deve buscar valores que

conduzam a uma convivência harmoniosa com o ambiente e as demais espécies

que habitam o planeta, auxiliando o aluno a analisar criticamente o princípio

antropocêntrico, que tem levado à destruição inconsequente dos recursos naturais e

de várias espécies. É preciso considerar que:

− A natureza não é fonte inesgotável de recursos, suas reservas são finitas e

devem ser utilizadas de maneira racional, evitando o desperdício e

considerando a reciclagem como processo vital;

− As demais espécies que existem no planeta merecem nosso respeito. Além

disso, a manutenção da biodiversidade é fundamental para a nossa

sobrevivência;

− É necessário planejar o uso e ocupação do solo nas áreas urbanas e rurais,

considerando que é necessário ter condições dignas de moradia, trabalho,

transporte e lazer, áreas destinadas à produção de alimentos e proteção dos

recursos naturais.

Em função de tudo isso, a educação ambiental tem o importante papel de

fomentar a percepção da necessária integração do ser humano com o meio

19

ambiente. Uma relação harmoniosa, consciente do equilíbrio dinâmico da natureza,

possibilitando por meio novos conhecimentos, valores e atitudes, a inserção do

educando e do educador como cidadãos no processo de transformação do atual

quadro ambiental do nosso planeta (GUIMARÃES, 2004).

2.2 A educação ambiental e o desenvolvimento sustentável

A Agenda 21 – É o marco referencial do Desenvolvimento Sustentável,

resultante de uma das conferências mais importantes entre as nações, e a ser

implantadas, pelos Governos, Agências de Desenvolvimento e Grupos Setoriais,

independente de cada área onde a atividade humana afeta o meio ambiente. “Desta

são signatários 178 países, e destaca-se como o mais importante protocolo do Rio

92.” (SANTOS, 2002, p. 31) . Ela nasceu da II Conferência das Nações Unidas para

o Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano, que aconteceu no Rio de Janeiro em

1992, e conhecida como ECO/92.

Esta enfatiza a necessidade de intensificar a capacitação de recursos humanos para atuar na redução de impactos ambientais e, nesse sentido, prioriza o ensino, o acesso à educação e conscientização sobre o meio ambiente e desenvolvimento. (SANTOS, 2002, p.33)

O desenvolvimento sustentável não abandona a idéia de crescimento,

conforme Santos (2002) cria uma convergência entre os propósitos das áreas

econômica e ecológica, que privilegiam a conservação e o longo prazo, fator

indispensável para se pensar em desenvolvimento sustentável. Para contrapor: O

conceito de “sociedades sustentáveis” parece ser mais adequado que o de

Desenvolvimento Sustentável, na medida em que possibilita a cada uma delas

definir os seus padrões de produção e consumo, bem como o de bem estar a partir

de sua cultura, de seu desenvolvimento histórico e de seu ambiente natural. Além

disso, deixa-se de lado o padrão das sociedades industrializadas, “enfatizando-se a

possibilidade da existência de uma diversidade de sociedades sustentáveis, desde

que pautadas pelos princípios básicos de sustentabilidade ecológica, econômica,

social e política” (DIEGUES, 2000).

20

2.3 A educação ambiental na escola

A escola é o espaço social e o local onde o aluno dará sequência ao seu

processo de socialização. O que nela se faz se diz e se valoriza representa um

exemplo daquilo que a sociedade deseja e aprova. Comportamentos

ambientalmente corretos devem ser aprendidos na prática, no cotidiano da vida

escolar, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis (CRESPO, 1996).

Implementar a Educação Ambiental nas escolas tem se mostrado uma tarefa

exaustiva. Existem grandes dificuldades nas atividades de sensibilização e

formação, na implantação de atividades e projetos e, principalmente, na manutenção

e continuidade dos já existentes. Segundo Andrade (2000, p. 63) “(...) fatores como

o tamanho da escola, número de alunos e de professores, predisposição destes

professores em passar por um processo de treinamento, vontade da diretoria de

realmente implementar um projeto ambiental que vá alterar a rotina na escola, etc,

além de fatores resultantes da integração dos acima citados e ainda outros, podem

servir como obstáculos à implementação da Educação Ambiental”. Dado que a

Educação Ambiental não se dá por atividades pontuais, mas por toda uma mudança

de paradigmas que exige uma contínua reflexão e apropriação dos valores que

remetem a ela, as dificuldades enfrentadas assumem características ainda mais

contundentes. A Conferência de Tbilisi (1977), ocorrida na Geórgia, já demonstrava

as preocupações existentes a esse respeito, mencionando, em um dos pontos da

recomendação nº 21, que deveriam ser efetuadas pesquisas sobre os obstáculos,

inerentes ao comportamento ambiental, que se opõem às modificações dos

conceitos, valores e atitudes das pessoas (DIAS, 1994).

Considerando a importância da temática ambiental e a visão integrada do

mundo, no tempo e no espaço, a escola deverá oferecer meios efetivos para que

cada aluno compreenda os fenômenos naturais, as ações humanas e sua

consequência para consigo, para sua própria espécie, para os outros seres vivos e o

ambiente. É fundamental que cada aluno desenvolva as suas potencialidades e

adote posturas pessoais e comportamentos sociais construtivos, colaborando para a

construção de uma sociedade socialmente justa, em um ambiente saudável.

21

Seu compromisso, além de formar agentes que defendam a preservação da

natureza, incorporou a luta pelos direitos da vida em todos os espaços. A educação

ambiental, então, passou a propagar uma nova proposta de vida e de compreensão

do mundo que valoriza valores éticos, estéticos, democráticos e humanistas,

partindo do princípio de respeito às diversidades natural e cultural.

Guimarães (2004), em seu livro “A Formação de educadores ambientais”,

afirma que já é bem comum existir alguma prática que é reconhecida pela

comunidade escolar como sendo de educação ambiental, contrastando com o

passado, quando era raro encontrar algo que se identificasse como educação

ambiental em uma escola. Mas, segundo ele, essa educação ambiental existente

encontra-se fragilizada e essa expressão utilizada massificada, pois seu significado

ainda é pouco claro entre educadores e, principalmente, entre a população em geral,

sendo muitas vezes confundido com o ensino de ecologia (GUIMARÃES, 2004).

Para isso os conteúdos ambientais devem permear todas as disciplinas do

currículo e contextualizar com a realidade da comunidade, a escola ajudará o aluno

a perceber a correlação dos fatos e a ter uma visão holística, ou seja, integral do

mundo em que vive. Sendo assim, a Educação Ambiental deve ser abordada de

forma sistemática e transversal, em todos os níveis de ensino, assegurando a

presença da dimensão ambiental de forma interdisciplinar nos currículos das

diversas disciplinas e das atividades escolares.

A escola deverá, para cumprir a função de educação ambiental, “extrapolar

seus muros”, permitindo a participação de todos e o envolvimento da comunidade;

será preciso “ressaltar a visão crítica e criativa da escola”; possibilitar “a participação

interdisciplinar e multiprofissional”; providenciar para que os programas não sejam

“desenvolvidos com base em situações abstratas”, e ainda, “buscar na comunidade

as alternativas de solução” (GUIMARÃES, 2004)

Segundo Vasconcellos (1997) a presença, em todas as práticas educativas,

da reflexão sobre as relações dos seres entre si, do ser humano com ele mesmo e

do ser humano com seus semelhantes é condição imprescindível para que a

Educação Ambiental ocorra. Dentro desse contexto, sobressaem-se as escolas,

22

como espaços privilegiados na implementação de atividades que propiciem essa

reflexão, pois isso necessita de atividades de sala de aula e atividades de campo,

com ações orientadas em projetos e em processos de participação que levem à

autoconfiança, à atitudes positivas e ao comprometimento pessoal com a proteção

ambiental implementados de modo interdisciplinar (DIAS, 1994).

Entretanto, modificar estas relações passa por uma transformação interior de

cada ser humano, que inclui o cuidado consigo mesmo: seu corpo, sua saúde, suas

emoções. Em um outro nível, inclui a transformação da relação com os demais seres

humanos do convívio direto e indireto e com os outros organismos. Num movimento

contínuo, crescente e permanente é possível então modificar as relações que as

sociedades contemporâneas estabelecem com o mundo. A educação ambiental

transcende seu aspecto puramente comportamental para chegar a outras esferas (e

compromissos) como a política e a cultural, pois a educação não pode existir para

outro motivo que não o de formar indivíduos críticos de seu papel histórico. Deve

subsidiá-los com um repertório que permita a reflexão crítica do desafio existente

nos períodos de transição e, a partir de seus próprios impulsos, integrar esse

processo rumo à construção de uma realidade mais condizente com sua noção de

equilíbrio e sobrevivência (CASCINO, 1999).

A educação ambiental precisa ajudar a construir novas formas e

possibilidades de relações sociais e de estilos de vida, baseadas em valores éticos e

humanitários, e de relações mais justas entre os seres humanos e entre esses e os

demais seres vivos. Educar significa, em primeiro lugar, “auto-transformar-se”, pois a

educação ambiental precisa ser transformadora, educativa, cultural, informativa,

política, formativa e, acima de tudo, emancipatória (LOUREIRO, 2006). Para que as

mudanças aconteçam, é necessário que a educação ambiental seja assumida pelo

poder público em todas as suas esferas e, principalmente, com a participação efetiva

da sociedade. À medida que a sociedade participa, ela se apropria do seu papel de

autora, de co-responsabilizando-se pelas decisões tomadas e vendo-se inserida ao

ato educativo. No diálogo e na convivência entre sociedade e poder público, a

educação para a sustentabilidade acontece e por fim torna-se política pública.

23

Nas escolas, por exemplo, a educação ambiental está inserida em

praticamente todos os contextos educacionais e em todos os conteúdos e

disciplinas. E muitas vezes a educação ambiental não confere notas nem conceitos:

“A educação ambiental surge como objetivo de suprir uma necessidade de ação,

entre missionária e utópica, destinada a reformular comportamentos humanos e

recriar valores perdidos ou jamais alcançados” (AB’SABER, 2002, p. 11).

Uma das propostas teóricas da educação ambiental nessa vertente crítica foi

a abordagem interdisciplinar, principalmente nas escolas, até mesmo

institucionalmente encampada pelas políticas públicas, como, por exemplo, na

proposta da transversalidade do tema meio ambiente presente nos Parâmetros

Curriculares Nacionais (PCNs) do MEC. (GUIMARÃES, 2007).

De uma forma geral a Educação Ambiental pode ser entendida como “uma

ferramenta privilegiada para o estabelecimento de um novo contato com a natureza

baseado em uma conscientização mais profunda, tanto dos elementos que

compõem o meio ambiente, onde o homem passe a ser encarado como um

elemento-chave do contexto ambiental; quanto da necessidade de ver o meio

ambiente como condição maior da vida” (CARVALHO, 2002)

Acreditamos que somente quando o cidadão se incluir e perceber seu espaço

vivido na tão debatida questão ambiental é que começará a agir mais

adequadamente. Neste caso, a escola tem grande contribuição a dar na construção

da consciência ambiental, preparando futuros cidadãos a perceber este espaço e

atuar sobre ele de forma mais consciente.

Como diz Guimarães (2007, p. 32): “(...) a conscientização, por parte de um

grande número de pessoas no mundo todo, acerca da importância da preservação

do meio ambiente – conscientização essa que certamente o trabalho dos

professores tem ajudado a difundir por toda a sociedade (...)”

Além disso, a criança e o jovem que estão na escola funcionam como

agentes multiplicadores de atitudes, por assim dizer, ecologicamente correta. A

escola deve funcionar como “laboratório” onde se pode sempre experimentar. A

24

educação ambiental é necessária para alcançar tal objetivo. Os Parâmetros

Curriculares Nacionais PCN’s (Meio Ambiente/Saúde), de 1997, estabelece: “O

trabalho de educação ambiental deve ser desenvolvido a fim de ajudar os alunos a

construírem uma consciência global das questões relativas ao meio para que

possam assumir posições afinadas com os valores referentes à sua proteção e

melhoria.”.

Para Sato (2002, p. 60)

Há diferentes formas de incluir a temática ambiental nos currículos escolares, como as atividades artísticas, experiências práticas, atividades fora da sala de aula, produção de materiais locais, projetos ou qualquer outra atividade que conduza os alunos a serem reconhecidos como agentes ativos no processo que norteia a política ambientalista. Cabe aos professores, por intermédio de prática interdisciplinar, proporem novas metodologias que favoreçam a implementação da Educação Ambiental sempre considerando o ambiente imediato, relacionado a exemplo de problemas ambientais atualizados.

Neste sentido proposto por Sato (2002), pode-se notar a importância da

valorização dos elementos construídos na relação entre educador e educando. A

construção dos saberes e das práticas a partir da valorização dos argumentos e

elementos trazidos previamente pelo grupo a ser trabalhado são importantes aliados

na Educação Ambiental. Estes atuam como importantes instrumentos de

mobilização e de motivação no engajamento à causa ambientalista. Não importa a

ferramenta, o instrumento, o importante está na forma como este instrumento será

trabalhado, problematizado, que reflexões e ações podem ser produzidas a partir da

utilização de uma dada metodologia pedagógica, a maneira como a atividade vai ser

conduzida e os resultados que pode gerar. Todos estes aspectos devem ser

observados e problematizados na construção da práxis pedagógica da Educação

Ambiental.

Por isso a criatividade talvez seja a mais importante habilidade do educador

ambiental: “é extremamente importante introduzir mais criatividade nas novas

metodologias de, abandonando modelos tradicionais e buscando novas alternativas.

Nesse contexto o professor é o ator-chave para mediar o processo de

aprendizagem: o método selecionado pelo professor depende do que ele aceita

25

como objetivo da Educação Ambiental, seu interesse e sua formação construída”

(SATO, 2002).

O educador ambiental, como elo, deve, portanto, buscar uma postura de

catalisador de possibilidade e ações, investindo na motivação dos educandos e

apoiando suas iniciativas, mesmo que ainda em fase preliminar e inconclusa. Deve

procurar, de forma dinâmica, prazerosa e ativa, engajar o educando em sua

manifestação pró-ativa em defesa do meio ambiente. Para Loureiro (2006) é isto que

dá o tom de caráter emancipatório da Educação Ambiental, no sentido em que,

através desta postura, o educando desenvolveria habilidades e competências e,

portanto, tornar-se-ia emancipado, autônomo e produtor do seu próprio processo

aprendizagem e ação.

Para que este processo possa ser realmente eficaz lembramos Gandhi que

dizia que se quisermos mudar o mundo temos que começar mudando a nós

mesmos.

2.4 O Educador Ambiental

O que é preciso para ser ou atuar como um Educador Ambiental? Segundo

Brügger (1994, p. 17)

De todas as respostas possíveis a esta questão como um conhecimento aprofundado da realidade sócio-ambiental onde pretende atuar ou numa boa facilidade de relacionamento – nenhuma é tão importante e imprescindível como uma postura ética adequada a sua realidade. Infelizmente essa não é uma das características mais citadas nas listas para definir o perfil dos educadores ambientais. No entanto, não resta dúvida que se trata de sua característica mais essencial e imprescindível. O motivo dessa ausência talvez esteja na obviedade relacional que esta encerra, já que a priori, parece-nos absurdo pensar a atuação de um educador ambiental – que trabalha em prol da formação de uma consciência ecológica – desligada de uma atuação ética dirigida à questões ambientais, agindo como se a mesma inexistisse.”

26

2.5 Princípios gerais da Educação Ambiental

O esquema abaixo apresenta de forma resumida os princípios gerais da

educação ambiental de acordo com Guimarães (2007):

Explicando o esquema o Guimarães (2007) considera que:

− Sensibilização: processo de alerta, é o primeiro passo para alcançar o

pensamento sistêmico;

− Compreensão: conhecimento dos componentes e dos mecanismos que

regem os sistemas naturais;

− Responsabilidade: reconhecimento do ser humano como principal

protagonista;

− Competência: capacidade de avaliar e agir efetivamente no sistema;

− Cidadania: participar ativamente e resgatar direitos e promover uma nova

ética capaz de conciliar o ambiente e a sociedade.

A Educação Ambiental, como componente essencial no processo de

formação e educação permanente, com uma abordagem direcionada para a

resolução de problemas, contribui para o envolvimento ativo do público, torna o

sistema educativo mais relevante e mais realista e estabelece uma maior

interdependência entre estes sistemas e o ambiente natural e social, com o objetivo

de um crescente bem estar das comunidades humanas.

27

Se existe inúmeros problemas que dizem respeito ao ambiente, isto se devem

em parte ao fato das pessoas não serem sensibilizadas para a compreensão do

frágil equilíbrio da biosfera e dos problemas da gestão dos recursos naturais. Elas

não estão e não foram preparadas para delimitar e resolver de um modo eficaz os

problemas concretos do seu ambiente imediato, isto porque, a educação para o

ambiente como abordagem didática ou pedagógica, apenas aparece nos anos 80. A

partir desta data os alunos têm a possibilidade de tomarem consciência das

situações que acarretam problemas no seu ambiente próximo ou para a biosfera em

geral, refletindo sobre as suas causas e determinarem os meios ou as ações

apropriadas na tentativa de resolvê-los.

Não importa se estamos promovendo a Educação Ambiental numa escola,

numa empresa, num centro comunitário ou mesmo numa praça, o objetivo maior é o

oferecer as pessoas, através de diferentes meios, a possibilidade de se entenderem

como meios, a possibilidade de se entenderem como organismos vivos de uma

grande teia da vida cuja preservação através de ações conscientes e responsáveis é

fundamental.

Segundo Guimarães (2004), a educação ambiental que dialoga com a

cidadania e que se pretenda coerente com a mudança social – ou seja, uma

educação ambiental promissoramente capaz de contribuir para eliminar a sociedade

de risco, consolidar a democracia, criar os valores e as instituições sociais

necessárias para erigir a sociedade ambiental e a socialmente sustentável -

necessariamente deve estar articulada com as pedagogias progressistas.

As finalidades desta educação para o ambiente foram determinadas pela

UNESCO, logo após a Conferência de Belgrado (1975) e são as seguintes:

Formar uma população mundial consciente e preocupada com o ambiente e com os problemas com ele relacionados, uma população que tenha conhecimento, competências, estado de espírito, motivações e sentido de empenhamento que lhe permitam trabalhar individualmente e coletivamente para resolver os problemas atuais, e para impedir que eles se repitam.

Mesmo com as finalidades já determinadas e com todas as reflexões feitas

sobre a educação ambiental, Guimarães (2007) nos deixa evidente que a busca por

28

caminhos para fazer da educação ambiental (a partir de seus educadores) uma

proposta que se volte para a transformação da escola, do mundo, da sociedade e de

seus indivíduos, para que possa de fato, em sua atenção, contribuir na construção

de uma nova sociedade ambientalmente sustentável, é contínua.

29

CAPÍTULO 3 - AÇÕES EDUCATIVAS EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

3.1 As ações educativas propostas

Convém lembrar que a Educação Ambiental tem sido lembrada como uma

saída estratégica nas palavras de Guimarães (2004, p. 67): “(...) percebe-se que a

Educação Ambiental se estabelece hoje como uma nova dimensão na educação.

Em termos mundiais, a discussão desse tema intensificou-se ma década de 1970.

No Brasil, a Educação Ambiental ganhou alguma relevância a partir de meados da

década de 1980, quando começaram a ser produzidos alguns trabalhos, artigos e

ensaios sobre o assunto.”

A Educação Ambiental, portanto, enquanto uma prática pedagógica possui

um caráter essencialmente interdisciplinar, isto pressupõe que não há saberes

previamente determinados como mais importantes, mas sim, que há uma

necessidade intrínseca de buscar correlações entre saberes diferentes. Exige-se

que o educador ambiental tenha uma postura relativizadora, não parta apenas de

preconceitos acadêmicos ou de pressupostos teóricos, pois sem este cuidado, corre-

se o risco de distanciar-se das realidades locais e assim, não estabelecer vínculos

necessários ao engajamento do público-alvo a proposta da Educação Ambiental.

Portanto, é fundamental a compreensão de que os conhecimentos e saberes

ambientais estão interligados, conectados entre si (BRANCO, 2007).

Por interdisciplinaridade, lembramos os comentários de Siqueira e Pereira

(2004) que alertam para a importância de que para pensar esta ação deve-se levar

em consideração a integração recíproca de várias disciplinas campos de

conhecimento capazes de romper seus códigos e estruturas estabelecidas

internamente para alcançar uma visão mais abrangente de um determinado

problema.

A própria questão ambiental é tipicamente interdisciplinar dada a

complexidade inerente a ela e ao fato de que ela se impõe a sociedade, assim,

30

comenta Guimarães (2004): “A discussão sobre a relação educação-meio ambiente

contextualiza-se em um cenário atual de crise nas diferentes dimensões econômica,

política, cultural, social, ética e ambiental (em seu sentido biofísico). Em particular,

essa discussão passa pela percepção generalizada, em todo o mundo, dobre a

gravidade da crise ambiental que se manifesta tanto local quanto globalmente.”

Nas palavras acima fica claro como o tratamento às questões ambientais

deve ser dado de forma integradora sendo impossível um olhar único, parcial ou

fragmentado da realidade ambiental. Essa característica de tratamento é válida

igualmente para a Educação Ambiental, cuja tarefa também é de tentar construir

essas conexões entre saberes. Pode-se observar ainda em Siqueira e Pereira

(2004) que esta é: “uma tarefa que demanda, de nossa parte, um grande esforço no

rompimento de uma série de obstáculos ligados a uma racionalidade extremamente

positivista da sociedade industrializada... A interdisciplinariedade enquanto

aspiração emergente de superação da racionalidade científica positivista, aparece

como entendimento de uma nova forma de institucionalizar a produção do

conhecimento nos espaços da pesquisa, na articulação de novos paradigmas

curriculares e na comunicação do processo perceber as várias disciplinas; nas

determinações do domínio das investigações, na constituição das linguagens

partilhadas, nas pluralidades dos saberes, nas possibilidades de trocas e

experiências e nos modos de realização da parceria.”

Colaborando com o texto acima, podemos dizer que estas são alguns

pressupostos também para a prática pedagógica da Educação Ambiental, o respeito

à pluralidade de idéias, saberes, valorização dos saberes locais e tradicionais,

produção de parcerias, enfim iniciativas de troca e engajamento. Desta forma

podemos destacar ainda que: “Esta realização integrativa-interatica, permite-nos

visualizar um conjunto de ações interligadas de caráter totalizante e isenta de

qualquer visão parcelada, superando-se as atuais fronteiras disciplinares e

conceituais.” (SIQUEIRA e PEREIRA, 2004)

Por estas razões é descabido falar de metodologias de ação e procedimentos

em Educação Ambiental, como um manual ou como técnicas previamente validadas

31

ou concebidas, estas devem ser construídas em cada situação, em cada contexto-

sócio-histótico e relacional.

É preciso salientar também que a interdisciplinariedade exigida pela

Educação Ambiental não conecta apenas os saberes ou disciplinas estabelecidas,

ou seja, acadêmicas, tais como, biologia, antropologia, engenharia, psicologia. O

educador ambiental além de conectar as ciências entre si, também deve possuir a

habilidade de conjugar saberes diferentes, outras formas do saber, a religião, as

mitologias, a filosofia, a arte, todas estas manifestações de diferentes formas do

saber são importantes para o educador ambiental. É por este aspecto que se

considera a Educação Ambiental como uma prática pedagógica holística, no sentido

do termo (holos = totalidade do grego). (SEGURA, 2001)

Lembrando a importante recomendação de Sato (2002, p. 41) diz que: “A

qualidade de vida em nosso planeta tem sido rapidamente deteriorada, com o

comprometimento não somente dos aspectos físicos ou biológicos, mas

principalmente dos fatores sociais, econômicos e políticos.”

A autora completa sua advertência comentando que: “Nesse contexto, o

ambiente não pode ser considerado um objeto de cada disciplina, isolado de outros

fatores. Ele deve ser abordado como uma dimensão que sustenta todas as

atividades e impulsiona os aspectos físicos, biológicos, sociais e culturais seres

humanos. A Educação Ambiental tem sido identificada como transdisciplinar, isto é,

deve permear todas as disciplinas do currículo escolar.” (SATO, 2002)

Pode-se acrescentar que esta posição deve ser adotada também em outros

contextos além do ambiente escolar, nas empresas, comunidades ou em quaisquer

outros campos para a aplicação da Educação Ambiental. Tratando do âmbito escolar

Sato (2002) tece ainda as seguintes considerações: “Há diferentes formas de incluir

a temática ambiental nos currículos escolares, como as atividades artísticas,

experiências práticas, atividades fora da sala de aula, produção de materiais locais,

projetos ou qualquer outra atividade que conduza os alunos a serem reconhecidos

como agentes ativos no processo que norteia a política ambientalista. Cabe aos

professores, por intermédio de prática interdisciplinar, proporem novas metodologias

32

que favoreçam a implementação da Educação Ambiental sempre considerando o

ambiente imediato, relacionado a exemplos de problemas ambientais atualizados.”

Neste sentido proposto por Sato (2002), pode-se notar a importância da

valorização dos elementos construídos na relação entre educador e educando. A

construção dos saberes e das práticas a partir da valorização dos argumentos e

elementos trazidos previamente pelo grupo a ser trabalhado são importantes aliados

na Educação Ambiental. Estes atuam como importantes de mobilização e de

motivação no engajamento à causa ambientalista. Não importa a ferramenta, o

instrumento, o importante está na forma como este instrumento será trabalhado,

problematizado, que reflexões e ações podem ser produzidas a partir da utilização

de uma dada metodologia pedagógica, a maneira como a atividade vai ser

conduzida e os resultados que pode gerar. Todos estes aspectos devem ser

observados e problematizados na construção da práxis pedagógica da Educação

Ambiental.

33

CONCLUSÃO

A realização do presente trabalho permite concluir em primeiro lugar ser

urgente a proposição de ações educativas que tenham como objetivo conscientizar

os alunos desde cedo sobre a importância da preservação do meio ambiente e da

promoção do desenvolvimento sustentável, para que no futuro a sobrevivência dos

indivíduos seja garantida.

Infelizmente o desenvolvimento econômico e a aceleração das industrias tem

provocado uma série de danos ao meio ambiente e apesar de haver uma legislação

rigorosa para aqueles que agridem o meio ambiente a questão ainda está longe de

ser resolvida.

Uma das propostas mais eficazes é a inclusão da educação ambiental como

disciplina obrigatória as escolas a partir das primeiras séries do ensino ambiental,

pois desse modo, desde cedo crianças estarão convivendo com assuntos que vão

despertar nelas o espírito ético e cidadão de preservar a natureza e manter os

recursos naturais.

Finaliza-se esse trabalho destacando que somente quando o cidadão se inclui

e percebe o espaço e tempo vividos na tão debatida questão ambiental é que

começará a agir adequadamente. Nesse sentido, a escola tem grande contribuição

na conscientização sobre as questões ambientais, preparando os futuros cidadãos a

perceber este espaço e atuar sobre ele de forma mais sustentável.

A formação de adultos instruídos sobre suas responsabilidades para com

o meio ambiente deve ser realizada de forma continuada e permanente (desde o

primeiro contato do aluno com a escola, passando por todo período de sua

formação), para que possamos formar uma geração de cidadãos ecologicamente

educados.

34

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