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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES CURSOS DE PÓS GRADUAÇAO “LATO SENSU” PROJETO “A VEZ DO MESTRE” IRANI ALVES SEVILHA CASTRO EDUCAÇÃO AMBIENTAL E O LIXO URBANO ALVORADA DO NORTE-GO 2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

CURSOS DE PÓS GRADUAÇAO “LATO SENSU”

PROJETO “A VEZ DO MESTRE”

IRANI ALVES SEVILHA CASTRO

EDUCAÇÃO AMBIENTAL E O LIXO URBANO

ALVORADA DO NORTE-GO 2010

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IRANI ALVES SEVILHA CASTRO

EDUCAÇÃO AMBIENTAL E O LIXO URBANO

ALVORADA DO NORTE-GO 2010

Monografia apresentada ao Curso de Pós Graduação Lato Sensu Projeto A vez do Mestre na Universidade Candido Mendes, como requisito parcial para obtenção do titulo de Especialização. Orientadora: Mariana Moreira

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AGRADECIMENTO

A Deus por ter me ajudado chegar até dando saúde e força para concluir o

curso. Aos meus familiares e colegas pela amizade e compreensão.

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Aos familiares, amigos que com carinho ensinaram-me a trilhar o fantástico caminho da construção compartilhada do conhecimento. E aos professores que contribuíram para realização do curso, pois sem os mesmos nada seria realizado.

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RESUMO

Entende-se por educação ambiental os processos por meio ambiente do qual o indivíduo e a

coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competência

voltadas para conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial a sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidade. Considerando a importância da temática ambiental e

a visão integrada do mundo, no tempo e no espaço, sobressaem-se as escolas, como espaços

privilegiados na implementação destas atividades. Este trabalho apresenta uma reflexão da

relação lixo urbano com educação ambiental através da revisão do uso racional dos resíduos

naturais e do uso – reuso dos bens de consumo a partir da prevenção da poluição.

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Metodologia

A execução deste trabalho se deu a partir de pesquisas e informações

feitas por meio de uma revisão bibliográfica tendo como fonte de consulta livros

didáticos, publicações em artigos científicos, teses e dissertações acadêmicas,

legislações, revistas, jornais e bem como em sites específicos da Secretaria

Municipal de Meio Ambiente.

Os principais autores para essa pesquisa foram: CURRIE, ANDRADE, e

Genebaldo Freire Dias.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO----------------------------------------------------------------------------------8

CAPITULO I

1. EDUCAÇÃO AMBIENTAL: CONCEITO E SUA EVOLUÇÃO-----------------------------------------9

1.1. IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL--------------------------------------------------------10

1.2. EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A SUSTENTABILIDADE----------------------------------------------11

1.3. COLETA DE LIXO---------------------------------------------------------------------------------------------16

1.4. DESTINO FINAL-----------------------------------------------------------------------------------------------17

CAPITULOII

2. EDUCAÇÃO AMBIENTAL E COLETA SELETIVA DO LIXO-----------------------------------------19

CAPITULO III

3. RECICLAGEM----------------------------------------------------------------------------------------------------24

3.1. POLUIÇÃO POR RESIDUOS E PRATICAS DE GESTAO EM AMBIENTE URBANO------28

3.2.LIMPEZA DO MEIO AMBIENTE UM COMPROMISSO ÉTICO------------------------------------29

3.3.SOLUÇOES PARA O LIXO URBANO---------------------------------------------------------------------30

CONSIDERAÇOES FINAIS---------------------------------------------------------------------------------------32

REFERENCIAS------------------------------------------------------------------------------------------------------34

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INTRODUÇÃO

É fato a gravidade da questão que envolve a coleta e disposição do

lixo - tema que exige um estudo específico e especializado. No mais das vezes,

a coleta, o transporte e a destinação final desses dejetos são absolutamente

impróprios, causando perdas humanas, além de danos econômicos e

ecológicos imensuráveis. Devido a utilização constante de algumas palavras, é

necessário definir uma nomenclatura padrão para que o uso dessas palavras

sejam entendidos: Coleta Seletiva do Lixo Urbano - CSLU e Educação

Ambiental - E.A

Os assuntos relativos a CSLU estão cada vez mais em evidência em

todos os círculos da sociedade. No cenário internacional, vários autores,

entidades e autoridades de diferentes nações fazem, com freqüência, alusões

a CSLU. Por outro lado, autores brasileiros, pelo mesmo motivo acima exposto,

já manifestaram preocupações quanto a CSLU. A composição do lixo urbano

depende dos hábitos da população entre outros fatores, sendo que as

proporções encontradas na literatura giram em torno de 65% de matéria

orgânica, 15% de papel e papelão, 7% de plásticos, 2 % de vidros, 3% de

metais - materiais com alta reciclabilidade - e o restante se divide entre outros

materiais, como trapos, madeira, borracha, terra, couro, louça - com baixo

potencial para a reciclagem - e materiais com potencial poluidor, como pilhas,

baterias e lâmpadas fluorescentes.

Vale salientar que, a Organização Mundial da Saúde (apud PNUD,

1998) define lixo como "qualquer coisa que seu proprietário não quer mais, em

um dado lugar e em certo momento, e que não possui valor comercial". De

acordo com essa definição, pode-se concluir que o resíduo sólido, separado na

sua origem, ou seja, nas residências e empresas, e destinado à reciclagem,

não pode ser considerado lixo, e sim, matéria prima ou insumo para a indústria

ou outros processos de produção, com valor comercial estabelecido pelo

mercado de reciclagem. Chega-se a uma situação de desconforto no que se

relaciona com a produção e destino final dos resíduos sólidos produzidos. O

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homem já está se conscientizando da necessidade de uma nova mudança nas

suas atitudes em relação ao lixo. A saturação dos equipamentos de depósitos

destes resíduos, dentre os quais: os lixões, os aterros sanitários etc., fez surgir

problemas graves que exigem soluções práticas com respostas imediatas e

positivas. É indiscutível, porém, o fato de que ações isoladas da comunidade

não podem originar todos os resultados esperados.

A sociedade é responsável pela problemática do lixo e a ela cabe

participar ativamente das tentativas para resolver tão grande problema. É um

desafio rever o processo de consumo exagerado, criar tecnologias que

permitam reciclar e reaproveitar os materiais em desuso e, principalmente,

mobilizar a sociedade para reverter a visão que esta tem do consumo e do

lixo.

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CAPITULO I 1. EDUCAÇÃO AMBIENTAL: conceitos e sua evolução

De acordo com Dias (1994), a evolução dos conceitos de EA esteve

diretamente relacionada á evolução do conceito de meio ambiente e ao modo

como este era percebido. Dessa forma podem-se analisar conceitos de EA no

decorrer da evolução.

Em 1969, a EA foi defenida como um processo que deveria objetivar a

formação de cidadãos:

Em 1970, a internacional Union for the Conservation of Nature (IUCN)

defeniu a educação ambiental como um processo de reconhecimento de

valores e clarificação de conceitos, voltado para o desenvolvimento de

habilidades e atitudes necessárias á compreensão e apreciação das inter-

relações entre o homem, sua cultura e seu entorno biofísico.

Mais educação ambiental é a preparação de pessoas para a sua vida

enquanto membros da biosfera. É o aprendizado para compreender, apreciar,

saber lidar e manter os sistemas ambientais na sua totalidade: educação

ambiental significa aprender a ver o quadro global que cerca um problema

especifico - sua historia, seus valores, percepções, fatores econômicos e

tecnológicos, e os processos naturais ou artificiais que o causam e que

sugerem ações para saná-lo.

Educação Ambiental é a aprendizagem de como gerenciar e melhorar

as relações entre a sociedade humana e o ambiente, de modo integrado e

sustentável. Significa aprender a empregar novas tecnologias, aumentar a

produtividade, evitar desastres ambientais, minorar os danos existentes,

conhecer e utilizar novas oportunidades e tornar decisões acertadas.

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1.1. Importância da Educação Ambiental

As estratégias de enfrentamento da problemática ambiental para

surtirem o efeito desejável a construção de sociedade sustentáveis, envolvendo

uma articulação coordenada entre todos os tipos de intervenção ambiental

direta, incluindo nesse contexto as ações em educação ambiental. Dessa

forma, assim como as medidas políticas, jurídicas institucionais e econômicas

voltadas também as atividades no âmbito educativo.

Com efeito, diante da constatação da necessidade de edificação dos

pilares das sociedades sustentáveis, os sistemas sociais atualizam-se para

incorporar a dimensão ambiental em suas respectivas especificidades,

fornecendo os meios adequados para efetuar a transação societária em

direção a sustentabilidade. Assim, o sistema jurídico cria um direito ambiental

um cientifico desenvolve uma ciência complexa, o sistema tecnológico cria

economia ecológica, eco-eficiente, o sistema econômico potencializa uma

economia ecológica, o sistema político oferece uma política verde, e o sistema

educativo fornece uma educação ambiental. Cabe a cada um dos sistemas

sociais, o desenvolvimento de funções de acordo com suas atribuições

específicas, respondendo às múltiplas dimensões da sustentabilidade.

E nesse contexto onde os sistemas sociais atuam na promoção da

mudança ambiental, a educação assume posição de destaque para construir

os fundamentos da sociedade sustentável, apresentando uma dupla função a

essa transição societária: propiciar os processos de mudanças culturais em

direção a instauração de uma ética ecológica e de mudanças sociais em

direção ao empoderamento dos indivíduos, grupos e sociedades que se

encontram em condições de vulnerabilidade face aos desafios da

contemporaneidade.

1.2. Educação Ambiental e a Sustentabilidade

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Educação Ambiental é um novo conceito de educação voltada para a

sustentabilidade do ambiente e da sociedade que se ver as voltas com

problemas ambientais que podem ser revertidos, bem como outros que não

podem mais ser modificados. Neste contexto, a mudança de hábitos e

paradigmas tem a escola como principal meio de difusão para a melhoria da

qualidade de vida das pessoas em geral.

Ainda existe muita confusão com relação aos conceitos básicos da

ecologia, por isso é preciso mostrar que ser ecológico ou estudar ecologia não

precisa slogans do tipo, “salve o planeta”, “não preciso do meio ambiente quero

ele interiro”

Com relação a educação ambiental no Brasil ainda é preciso

orientações sobre a prática da educação ambiental, pois a mesma deve ser

voltada para a mudança de postura, hábitos e paradigmas para a

sustentabilidade ser uma realidade. Em outras palavras é preciso que uma

diretriz que seja voltada para o exercício da educação ambiental na formação

da cidadania.

Uma possibilidade é assumir a transformação individual como meio

para a sociedade brasileira atingir, ao longo de um certo tempo, uma conduta

ambientalmente responsável (transformar-se para transformar). Um outro

direcionamento, ao contrário do anterior, considera a transformação individual

como decorrente do engajamento do sujeito num projeto coletivo para

construção de práticas sociais ambientalmente saudáveis (transformar-se

transformando).

Durante milhares de anos o homem fez uso dos recursos naturais de

forma irresponsável, tinha-se a falsa idéia de que todos os recursos incluindo a

água eram renovável e inesgotável, porém a realidade tem mostrado outras

realidades muitas delas não promissora.

Mas a partir da revolução industrial ocorrida no final do séc. XIX houve

uma grande transformação na quantidade e na composição dos resíduos

gerados pela sociedade. É possível lembrar que a destruição da natureza ou

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da base material da produção caracteriza a crise ecológica como uma crise de

civilização

De acordo com Vieira (2002, p.32) "as teorias de desenvolvimento

econômico do século XX, assim como as políticas econômicas decorrentes,

sempre ignoraram a condicionalidade ambiental, considerada apenas uma

externalidade".

A problemática do lixo é uma questão urgente e essencial para a

qualidade de vida no planeta. O crescimento desordenado das grandes cidades

provocado pela expansão da atividade industrial ocasiona impactos ambientais

seríssimos, prejudicando as condições de saúde da população urbana. Os

problemas causados pelo lixo quando descartado em local inapropriado é um

fator que pode causar problemas de saúde a uma população inteira, partindo

do principio que até mesmo os recursos naturais são contaminados e que o

homem está localizado no topo da cadeia alimentar, isso implica que o homem

é o principal agente conataminante e o principal agente sofredor das

conseqüências da sua imprudência.

A idéia de preservação ambiental começou na Europa com o início das

atividades industriais e os impactos causados por ela. Este cenário promoveu o

surgimento da necessidade de contemplação da natureza, e o início de uma

consciência ecológica que impulsionou algumas discussões de como conservar

as áreas representativas da vida natural no planeta, começando pela

necessidade de um consumo sustentável. (FURRIELA, 2001, p. 34) Ressalta

que: que entende-se por consumo sustentável o consumo de bens e serviços

promovido com respeito aos recursos ambientais, que se dá de forma que

garanta o atendimento das necessidades das presentes gerações, sem

comprometer o atendimento das necessidades das futuras gerações. A

promoção do consumo sustentável depende da conscientização dos indivíduos

da importância de tornarem-se consumidores responsáveis. Depende ainda de

um trabalho voltado para a formação de um “consumidor-cidadão.

Esse trabalho educativo é essencialmente político, pois implica a tomada

de consciência do consumidor do seu papel de ator de transformação do

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modelo econômico em vigor em prol de um novo sistema, de uma presença

mais equilibrada do ser humano na Terra. O consumidor é ator de

transformação, já que tem em suas mãos o poder de exigir um padrão de

desenvolvimento socialmente justo e ambientalmente equilibrado.

A contextualização é a forma de integrar a educação ambiental no

contexto da comunidade do local onde será aplicada. Este contexto é cultural,

social, laboral, religioso, técnico e científico.

Segundo Layrargues (1992) atualmente não é mais possível entender

a educação ambiental no singular, como um único modelo alternativo de

educação que simplesmente se opõe à educação convencional, que não é

ambiental. Há novas denominações para conceituar Educação ambiental

cunhadas a partir do final da década de 80 e início da de 90. Entre essas:

alfabetização ecológica, educação para o desenvolvimento sustentável,

educação para a sustentabilidade, ecopedagogia e educação no processo de

educação ambiental.

Entendemos que a Educação Ambiental decorre de uma percepção

renovada de mundo; uma forma integral de ler a realidade e de atuar sobre ela.

Nesse novo paradigma, a proposta educativa envolve a visão de mundo como

um todo e não pode ser reduzida a apenas um departamento, uma disciplina

ou programa específico. Ela deve estar inserida na vida e no cotidiano de todos

os indivíduos.

Educação Ambiental é uma proposta de filosofia de vida que resgata

valores éticos, estéticos, democráticos e humanistas. Seu objetivo é assegurar

a maneira de viver mais coerente com os ideais de uma sociedade sustentável

e democrática. Conduz a repensar velhas fórmulas e a propor ações concretas

para transformar a casa, a rua, o bairro, as comunidades. Parte de um princípio

de respeito à diversidade natural e cultural, que inclui a especificidade de

classe, de etnia e de gênero, a educação deve ser o portal para o

desenvolvimento sustentável e essa sustentabilidade é o novo paradigma do

desenvolvimento econômico e social. (CAMARGO, 2002, P. 22)

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Antes de se iniciar a conceituação do desenvolvimento sustentável

como um novo paradigma de desenvolvimento, convém explicitar o que se

entendia e de certa forma ainda se entende por desenvolvimento até então. É

preciso traçar um breve panorama da evolução ou do retardo das teorias de

desenvolvimento estabelecidas nas últimas décadas.

Segundo Cavalcante (1998, p.47), a origem do paradigma da

sustentabilidade do desenvolvimento, na opinião de alguns estudiosos do

assunto, aconteceu em 1923 no Primeiro Congresso Internacional para a

Proteção da Natureza, quando se discutiu a "urgência da proteção à natureza e

da relação necessária e imediata da ecologia com o desenvolvimento sócio-

econômico". Desde então, inicia-se uma corrida na "tentativa de se reduzir as

relações conflituais entre natureza/meio ambiente e desenvolvimento sócio-

econômico".

A causa fundamental do problema do lixo situa-se na existência de

padrões de produção e consumo não sustentáveis, o que leva ao aumento, em

um ritmo sem precedentes, da quantidade e da variedade dos resíduos

persistentes no meio ambiente. Essa tendência, segundo dados da ONU

(Organização das Nações Unidas), pode triplicar ou quadruplicar a quantidade

de resíduos sólidos gerados até 2025, necessitando de uma abordagem

preventiva centrada na transformação do estilo de vida e dos padrões de

produção e consumo, o que ofereceria maiores possibilidades de inverter o

sentido das tendências atuais.

A problemática do lixo é uma questão urgente e essencial para a

qualidade de vida no planeta. O crescimento desordenado das grandes cidades

provocado pela expansão da atividade industrial ocasiona impactos ambientais

seríssimos, prejudicando as condições de saúde da população urbana.

O capitalismo que é o regime de governo adotado pela grande maioria

dos país em todo o mundo é a principal fonte da produção de impactos

ambientais, hoje se corre sérios riscos devido a produção e o consumo de

recursos naturais de modo desordenado, os pais em desenvolvimento acabam

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pagando com as suas riquezas naturais o luxo dos paises desenvolvidos, esse

sistema é feroz e hostil.

1.3.Coleta do Lixo Urbano

Em diversos lugares, a reciclagem a partir da CSLU vem dando certo

e contribuindo para reintegrar os materiais descartados ao ciclo produtivo e de

consumo, bem como auxiliando na mudança de postura social em relação ao

lixo. Para que haja a reintegração dos resíduos reutilizáveis ao ciclo produtivo e

de consumo, é necessária a formação de uma cadeia econômica de produção

que integra fatores como capital, tecnologia, mão-de-obra, transporte etc. e

que, por sua vez, está abrindo espaço para a absorção de pessoas que antes

se alimentavam dos restos estragados do lixo e que podem vir a ter a

oportunidade de produzir renda a partir da comercialização de produtos

descartados, e, desse modo, poder se alimentar não do lixo, mas com o

resultado da renda que ele proporcionar. O problema do lixo talvez seja um dos

mais graves problemas da sociedade moderna.

O acúmulo de materiais não degradáveis e a pressão exercida pelo

contínuo despejo, mostra a necessidade do assunto ser tratado com seriedade,

pelo governo e por toda sociedade. Mas, para tudo isto dar certo é preciso

investir na mobilização social, mas na mobilização social inteligente. Esta aí a

grande e central questão, não somente para a questão do lixo, quanto para o

controle das epidemias, para a promoção da saúde, para administrar melhor a

cidade, para alcançar a plena cidadania em todas as frentes. Além da geração

excessiva de lixo (muitas vezes com materiais que poderiam ser

reaproveitados e reciclados), o pior é a destinação indevida. A grande maioria

das cidades brasileiras ainda mantém a prática dos famosos "lixões" ou

também têm conseqüências negativas para a saúde pública, porque constituem

ambientes propícios para a proliferação de vetores de doenças como moscas,

mosquitos, baratas, ratos, entre outros.

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A coleta do lixo urbano é feita por órgãos públicos recolhidos sem

nenhuma pré-seleção ou separação de material, lixos misturados (orgânicos e

inorgânicos) que têm como destino os lixões, onde são encontrados todos os

tipos de resíduos. A coleta seletiva deve ser feita através de um programa de

conscientização, gerando parcerias com escolas, condomínios, domicílios,

comércios, varejistas e catadores, que separam os materiais não orgânicos,

posteriormente recolhidos pelos veículos coletores de lixo. Os materiais

separados através desta parceria são enviados a uma central de seleção, nos

quais são separados pela categoria ‘sucateiros’.

Após este processo, são embalados e adensados para viabilizar o custo

com transporte e, em seguida, são direcionados às empresas especializadas

em reciclagem, evitando, assim, serem recolhidos através da coleta de lixo

urbano. A coleta dirigida é a alternativa para a coleta em municípios que não

disponham da coleta seletiva, que nada mais é do que a conscientização da

população local para a separação do material reciclável, entregando-a nos

pontos de coleta ou aguardando a data fixada para a coleta domiciliar.

1.4. Destinação Final

Já foi dito que o lixo brasileiro é tido como um dos mais ricos do

mundo, segundo Heliana Katia Campos, secretária-executiva do Fórum

Nacional Lixo e Cidadania da Unicef considera que não está sendo

devidamente tratada às questões relativas ao saneamento ambiental, em

especial à coleta e destinação adequada dos resíduos. Ela alerta para a má

destinação dos resíduos em nascentes, córregos, margens de rios e estradas,

além de provocar problemas ambientais graves e poluir as águas. Ressalta

ainda que o problema da catação de lixo por seres humanos é "regra geral", de

norte a sul do país, tanto em cidades de pequeno porte como nas grandes

capitais. É uma situação constrangedora e inaceitável, fruto da miséria, do

desemprego e da busca desesperada pela sobrevivência.

O gerenciamento dos resíduos sólidos é um dos principais problemas

enfrentados pela grande maioria das cidades brasileiras, em especial as de

grande e médio porte. Segundo a União Brasileira para a Qualidade (UBQ) o

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Brasil recicla menos de 5% do lixo urbano, enquanto esse percentual chega a

40% nos países desenvolvidos. Dados indicam que, à medida que a coleta e a

reciclagem dos materiais descartados apresentam-se como uma alternativa

rentável, torna-se uma atividade produtiva, gerando emprego e renda. O

homem está aumentando a quantidade e os tipos de resíduos que demoram a

se decompor no meio ambiente. Isso pode quadruplicar ou quintuplicar a

quantidade de resíduos produzidos até o ano 2.025. Para evitar que isso

aconteça, é necessário que se preste mais atenção na forma como se produz e

se consome as coisas, para que a produção de lixo não seja tão alta.

O Brasil produz aproximadamente 230 mil toneladas de lixo por dia.

Cada brasileiro gera, em média, 500 gramas de lixo diariamente, podendo

chegar até a mais de 1 kg, dependendo do poder aquisitivo e local em que

mora. Todo o material descartado e que se transforma no lixo das cidades, em

grande parte, deve ser destinado de outra maneira para ser recuperado como

matéria-prima, podendo assim ser reutilizado na fabricação de um novo

produto. Esse processo denomina-se Reciclagem. Reciclar é aproveitar o

material de que foi feito um objeto, uma embalagem ou qualquer coisa

fabricada e que já tenha sido usada. Dessa maneira evita-se que o material

acabe no lixo. "Jogar fora" se torna constante na vida do brasileiro, o que é um

grande desperdício. "Jogar fora" significa jogar aqui mesmo no nosso planeta,

quase sempre em lugares errados, sujando as águas, o solo e destruindo os

lugares mais interessantes.

Por isso, a CSLU em conjunto com a reciclagem é um grande meio

para a solução do problema. Isso ajuda a minimizar a quantidade de lixo que se

produz nas cidades. A maior parte das coisas que se joga no lixo não está suja,

torna-se suja depois de misturada. E aí é muito difícil de separar com um

melhor aproveitamento. Os resíduos, quando dispostos e recolhidos de modo

convencional são pouco aproveitados. Um material contamina o outro - o

material úmido (restos de alimentos, líquidos em geral) suja o material seco

(papel, plástico, etc.), prejudicando a separação e a qualidade. Os programas

criados pelo poder púbico, muitas vezes em parece com os catadores,

tambémse difundido. Entre os principais méritos da reciclagem está o de

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reduzir o volume de lixo de difícil degradação o de contribuir para a economia

de recursos naturais, o de prolongar a vida útil dos aterros sanitários, o de

diminuir a poluição do solo, da água e do ar e o de evitar o desperdício,

contribuindo para a preservação do meio ambiente.

CAPITULO II

2. EDUCAÇÃO AMBIENTAL E COLETA SELETIVA DO LIXO

O destino final do lixo é um dos agravantes da degradação do meio

ambiente, muito se fala em coleta seletiva e reciclagem de resíduos sólidos

como alternativas para redução do volume de lixo a ser disposto em aterros ou

lixões. A reciclagem permite a diminuição da quantidade de lixo produzido e o

reaproveitamento de diversos materiais, ajudando a preservar alguns

elementos da natureza no processo de reaproveitamento de materiais já

transformados. Os programas de coleta seletiva que se consolidaram vêm se

traduzindo também em alternativas de geração de renda para a manutenção e

sobrevivência de muitas famílias. Temos, porém, muito a pesquisar e aprender

sobre coleta seletiva, como um fator importante para o melhoramento da

qualidade e da quantidade dos materiais a serem reciclados.

As campanhas educativas contribuem para mobilizar a comunidade,

para sua participação efetiva e ativa na implantação da coleta seletiva de

resíduos sólidos, separando os materiais recicláveis e/ou reutilizáveis

diretamente na fonte de geração. Mas, cabe ressaltar o papel da sociedade em

geral no desenvolvimento de projetos de Educação Ambiental, que envolvem a

todos nós, levando a idéia de que a reciclagem por si só não pode ser

considerada a solução, mas que a mudança de hábitos e atitudes pode levar a

sociedade a tomar medidas mais abrangentes, com ações que minimizem a

quantidade de resíduos na própria fonte geradora, consumindo menos e

reutilizando embalagens descartáveis, por exemplo.

Desta forma, acreditando na Educação Ambiental como processo

educativo, permanente e contínuo, que visa desenvolver uma filosofia de vida

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ética e moral, de maior harmonia e respeito com a natureza e entre os homens,

propiciando conhecimentos e o exercício da cidadania para uma atuação crítica

e consciente dos indivíduos e grupos, temos esta como chave para a

implementação de projetos direcionados aos resíduos sólidos.

A Educação Ambiental constitui um importante instrumento de

mobilização da comunidade para mudança de hábitos e comportamentos,

especialmente em projetos relacionados à coleta seletiva. Entre seus objetivos,

princípios e finalidades expressos na Conferência de Tbilisi, de acordo com

Dias (1994) e Guimarães (1995), estão:

• Ser um processo contínuo e permanente, iniciando em nível pré-escolar

e estendendo-se por todas as etapas da educação formal e informal,

adotando a perspectiva interdisciplinar e utilizando as especificidades de

cada matéria de modo a analisar os problemas ambientais através de

uma ótica global e equilibrada

• Examinar as principais questões relativas ao ambiente tanto do ponto de

vista local como nacional, regional e internacional, para que os

envolvidos tomem conhecimento das condições ambientais de outras

regiões;

• Inter-relacionar os processos de sensibilização, aquisição de

conhecimentos, habilidades para resolver problemas e especificações

dos valores relativos ao ambiente em todas as idades, enfatizando,

sobretudo a sensibilidade dos indivíduos em relação ao meio ambiente

de sua própria comunidade;

• Levar em conta a totalidade do ambiente, ou seja, considerar os

aspectos naturais e construídos pelo homem, tecnológicos e sociais,

econômicos, políticos, histórico-culturais, estéticos.

A Educação Ambiental constitui um processo que envolve um

vigoroso esforço de recuperação de realidades, nada simples. Uma ação, entre

missionária e utópica, destinada a reformular comportamentos humanos e

recriar valores perdidos ou jamais alcançados. Um esforço permanente na

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reflexão sobre o destino do homem – de todos os homens – face à harmonia

das condições naturais e o futuro do planeta ‘vivente’, por excelência. Um

processo de Educação que garante um compromisso com o futuro. Envolvendo

uma nova filosofia de vida. E, um novo ideário comportamental, tanto em

âmbito individual, quanto na escala coletiva.

De acordo com Leff (2001), “o custo social da destruição e da

degradação ambiental gerada pela maximização do lucro e dos excedentes

econômicos em curto prazo, pois impulso à emergência de novos atores

sociais mobilizados por valores, direitos e demandas que orientam a

construção de uma racionalidade ambiental”. Nesta perspectiva, e

considerando que toda a questão do lixo passa por um aspecto básico, qual

seja a educação para uma nova consciência ambiental, seja da criança, do

trabalhador em geral, do cidadão, acreditamos que a educação será efetiva

através de ações concretas que apresentem resultados visíveis a toda

sociedade, a exemplo da coleta seletiva e da organização de catadores.

Analisando todo o processo que o resíduo perfaz (geração ao

destino final), temos como instrumento fundamental para o trabalho educativo a

promoção da Educação Ambiental, já que constitui um processo que integra

conhecimentos, valores e participação social, objetivando a promoção da

conscientização das pessoas a respeito da crise ambiental e do papel que cada

um desempenha enquanto co-responsável pelos problemas e a respeito das

possibilidades de cada um participar das alternativas de solução, procurando

despertar um comprometimento do cidadão, já que a crise ambiental e a crise

social se confundem e são frutos de uma crise mais profunda e mais geral

desse momento da história da humanidade. Torna-se obrigatório, portanto,

criar mecanismos para a diminuição da geração exacerbada de resíduo, pois,

se reciclar é um ato ecológico e sensato, evitar a geração de lixo é mais

inteligente e consciente.

A essência do Consumo Sustentável é criar nos consumidores uma

consciência ecologicamente seletiva, desenvolvendo dentro do cotidiano novos

hábitos de consumo mais responsáveis com menor volume de desperdício.

Deve-se educar primeiramente para a redução, afinal nem tudo que

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consumimos é realmente uma necessidade. Devemos passar a observar

nossas necessidades “reais” e as “criadas” pela mídia. Posteriormente, deve-se

educar para a reutilização, uma vez que muito dos produtos que consumimos

podem servir para novos usos. A introdução desta prática em nossas vidas

também minimiza os impactos dos descartáveis.

“O consumo sustentável deve estar associado também à reciclagem

dos resíduos gerados, ou seja, introduzindo-os novamente no sistema

produtivo de forma que se transformem em novos produtos.”. É necessário

mobilizar a comunidade para sua participação efetiva e ativa na implantação da

coleta seletiva de resíduos sólidos, separando os materiais recicláveis e/ou

reutilizáveis diretamente na fonte de geração e descartando-os seletivamente.

Por outro lado, para que a coleta seletiva seja colocada em prática, é preciso

incentivar a implantação de projetos que visem à organização de catadores de

resíduos, os quais são os mais afetados pela ausência de políticas públicas e

pelo contato direto com o lixo, estando sujeitos à contaminação e doenças.

Portanto, qualquer programa de coleta seletiva deve envolver diretamente os

catadores que sobrevivem e retiram seu sustento da comercialização dos

materiais recicláveis, muitos trabalhando nos lixões.

Todavia, enfrentam dificuldades relacionadas: à organização interna do

trabalho; aos tipos de resíduos coletados, alguns dos quais não são recicláveis

e têm que ser descartados no lixão; com a comercialização dos materiais; e

com a concorrência de catadores que passam nos bairros coletando os

materiais antes dos cooperados. Para resolver os problemas relativos à coleta

seletiva, uma das alternativas constitui se em ampliar a divulgação da

cooperativa e conseguir maior adesão da comunidade ao descarte seletivo de

resíduos e sua doação para a cooperativa. É neste contexto que devem surgir

os programas de coleta seletiva, no intuito de colaborar e encontrar soluções

relativas à Educação Ambiental e coleta seletiva possa se consolidar e, deste

modo, constituir-se em alternativa ou dar suporte para que outras cidades

consigam se organizar.

Nesse sentido, Galvão (2000, p. 27.) destaca que uma das condições

para a “expansão da reciclagem é o desenvolvimento de ações exemplares de

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articulação entre educação ambiental, coleta seletiva e responsabilidade social,

envolvendo escolas, empresas e organizações não governamentais. Tal

articulação viabiliza o ciclo completo da reciclagem, além de beneficiar

entidades sociais.”. Não é novo o fato de que as cidades produzem,

diariamente, milhares de toneladas de lixo e que esse é um problema que vem

se tornando cada vez maior. No entanto, estamos chegando a um ponto em

que já não é mais possível prosseguir sem que medidas mais eficazes sejam

tomadas. Os aterros já não conseguem absorver tanto lixo, e a degradação do

meio ambiente está tomando proporções perigosas para nossa sobrevivência

no planeta. Nossos rios e represas estão cada vez mais contaminados, ratos e

insetos proliferam, as ruas estão sujas favorecendo todo o tipo de doenças. Em

função disso, o poder público e a própria sociedade vem buscando soluções

que preservem o meio ambiente e a nossa própria vida.

A coleta seletiva vem sendo considerada uma solução no problema

do Lixo, pois através da Coleta Seletiva podemos separar os materiais

recicláveis dos não recicláveis. Isso quer dizer que uma parte do lixo pode ser

reaproveitada, deixando de se tornar uma fonte de degradação para o meio

ambiente e tornando-se uma solução econômica e social, passando a gerar

empregos e lucro.

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CAPITULO III

3. RECICLAGEM

Trata-se de um processo de transformação de materiais para

reaproveitamento na indústria e na agricultura. Se há uma maior

conscientização e o material reciclável for colocado no seu devido lugar, desde

o momento em que é descartado, possibilita-se um melhor aproveitamento dos

mesmos e a quantidade de lixo que não pode ser reciclado será muito menor.

Esse é só o primeiro passo do que se chama de coleta seletiva. Trata-se da

separação e recolhimento, desde a origem, dos materiais potencialmente

recicláveis. Sabe-se que milhares de pessoas sobrevivem da coleta seletiva do

lixo. A reciclagem permite uma grande economia de insumos e energia,

preservando o meio ambiente. Ela ocasiona a redução da quantidade de lixo

que deve ser tratado e eliminado, bem como minimização da extração de

matérias-primas necessárias à produção de novos bens de consumo. Contudo,

não se deve esquecer que para o lixo ser reciclado ou reaproveitado é

necessário que o mesmo seja devidamente coletado e separado. A coleta

seletiva exige um exercício de cidadania, no qual os cidadãos assumem um

papel ativo em relação à administração da cidade.

O sucesso da coleta seletiva está terminantemente ligado aos

investimentos feitos para sensibilização e conscientização da população.

Entretanto, essa E. A deve ultrapassar salas de aula, cursos e palestras. Essa

sensibilização passa por vários sentidos, estimulando o ser como um todo.

Nesse aspecto, por ocasião de eventos e festas, a proposta de uma lixeira

criativa procura valorizar o emocional, as sensações, ao depositar o lixo em

algo belo esteticamente e conceitual, despertando a atenção e a consciência

da população. Visando o resgate da responsabilidade do lixo que cada um

produz, a E.A constitui um meio indispensável para o sucesso da gestão de

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resíduos sólidos, pois quando se começa a lidar diferente com o lixo,

conseqüentemente, induzirá sua comunidade interna a levar e ter posturas

corretas em relação ao seu lixo. Os lixos produzidos pelos seres humanos nas

mais variadas atividades existentes na sociedade são um dos graves

problemas enfrentados por todos os atores sociais e políticos, devido ao

intenso consumo que ocorre na sociedade contemporânea, bem como as

doenças que são transmitidas pelos vetores existentes no lixo. Em face desse

consumo, o problema se dá com relação à disposição final desses resíduos.

Em sua maioria, o lixo produzido pelos moradores dos mais de cinco

mil municípios existentes no País não recebe tratamento adequado, sendo

depositados em locais abertos e inapropriados chamados popularmente de

lixão. Esta afirmação serve para ilustrar o que vem ocorrendo nas cidades, o

tipo de tratamento que se dá ao lixo, "o material mal amado" pela grande

maioria da população, é simplesmente depositado em locais abertos, gerando

mais um problema ambiental, tendo em vista a poluição dos lençóis freáticos

pelo chorume, e ainda, por ser fonte de recolha de materiais recicláveis e de

alimentos para inúmeras pessoas que sobrevivem no anonimato destes lixões,

expostos os graves problemas de saúde.

São muitas as vantagens da reciclagem do lixo. Como:

• A diminuição do consumo de matérias primas virgens (muitas delas não

são renováveis e podem apresentar ainda exploração dispendiosa);

• Contribui para diminuir a poluição do solo, água e ar; Melhora a limpeza

da cidade e a qualidade de vida da população;

• Prolonga a vida útil de aterros sanitários;

• Melhora a produção de compostos orgânicos;

• Gera empregos para a população não qualificada e receita para os

pequeno e micro empresários;

• Gera receita com a comercialização dos recicláveis;

• Estimula a concorrência, uma vez que os produtos gerados a partir dos

reciclados são comercializados em paralelo àqueles gerados a partir de

matérias-primas virgens;

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• Contribui para a valorização da limpeza pública e para formar uma

consciência ecológica.

Em geral, é possível reciclar papéis, vidros, plásticos e metais. Não

se recicla: O Lixo Orgânico, ou seja, restos de comida, cascas de legumes,

frutas, cascas de ovos, etc. Os chamados Rejeitos, que seriam lenços, papel

higiênico, absorventes e guardanapos de papel sujos, fotografias, bem como

espuma, acrílico, espelhos, cerâmicas, porcelanas, tijolos, etc. Resíduos

específicos, ou seja, pilhas e baterias. Resíduos hospitalares, algodão,

seringas, agulhas, gazes, ataduras, etc. Lixo químico ou tóxico, como por

exemplo, embalagens de agrotóxicos, latas de verniz, solventes, inseticidas,

etc.

Para se implantar a coleta seletiva de lixo, o primeiro passo é gerar

conscientização. Elaborar um plano para conscientizar os moradores das

vantagens da coleta seletiva. Isso pode ser feito através de palestras, cartazes

informativos, manuais de coleta seletiva. O importante é mostrar que a coleta

seletiva, atualmente, é algo fácil, além de vantajoso. Basta o desejo e a boa

vontade de todos. O próximo passo será elaborar um projeto de reciclagem,

onde será considerada a logística da cidade e a forma como o lixo será

coletado. Feito isso, a administração publica estará apta a adquirir os coletores

específicos para o cada caso, e fazer com que sejam devidamente

sinalizados.Depois de feita a coleta seletiva, existem várias maneiras de se dar

destino ao Lixo Reciclável:

• Caminhões de Serviço de Limpeza: Algumas prefeituras já

disponibilizam caminhões que recolhem o lixo reciclável em dias

específicos. Consulte, junto ao serviço de limpeza pública, os dias em

que esses caminhões passam no seu bairro.

• Entrega Voluntária: deverão existem vários postos de entrega voluntária

na cidade, que arrecadarão o lixo reciclado. Esses postos ficam em

supermercados, escolas, parques, praças, etc.

• Empresas especializadas em recolhimento de recicláveis: São empresas

que coletam o lixo e o encaminham para as usinas de reciclagem. Isso é

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feito através de uma solicitação sua, e da realização de um contrato. Em

geral isso é feito quando a quantidade de lixo á maior.

Novos hábitos começam a fazer parte do nosso cotidiano. É a única

saída viável e inteligente que o ser humano pode tomar neste momento

preocupante para a qualidade de vida e preservação do nosso mundo, já que

as fontes naturais não se recuperam tão rapidamente. O grande problema a ser

resolvido é: o que fazer com o lixo que produzimos? As alternativas que

predominam hoje estão longe de ser a melhor opção.

Os lixões são locais separados para jogar o lixo normalmente fora dos

núcleos residenciais. Esses locais são verdadeiros focos de contaminação e

proliferação de doenças, e desequilibram o ecossistema do local, pois são

áreas condenadas à morte, pois não poderão ser reutilizadas. Isso sem contar

com as pessoas que sobrevivem à base dos descartes, resultado da miséria e

do descaso.

Já os aterros sanitários são valas cavadas no solo e cobertas com

lona plástica. O lixo colocado sobre a lona é compactado por um trator que

passa em cima do lixo de três a cinco vezes. À medida que o lixo é

compactado, ele é coberto com uma camada de 15 a 30 centímetros de terra.

O lixo coberto com terra não atrai moscas, ratos e urubus. Os gases e o

hochume são produzidos na decomposição do lixo e tratados para não causar

mau cheiro e contaminação dos lençóis freáticos. Dessa forma, um aterro

necessita de cuidados por muitos anos, mesmo depois de ter sido saturado de

lixo. Devendo os aterros desativados serem mantidos sob constante vigilância

e manutenção.

Os fatores somados as crescentes preocupações da população com a

preservação do ambiente, fizeram com que a incineração como recuperação de

energia e a reciclagem ganhassem cada vez mais importância. A incineração é

viável para queima do lixo considerado perigoso, como o hospitalar, alimentos

estragados, remédios fora do prazo de validade, dinheiro velho e drogas. Na

incineração o lixo é queimado a temperaturas altas próximas de 800ºC. O calor

gerado na queima do lixo é usado para produzir vapor que gira uma turbina e

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produz energia elétrica e em paises frios a energia elétrica é usada para

aquecer as casas. A incineração ainda é um processo caro e exige o controle

da emissão de gases gerados pela queima do lixo para evitar a poluição do

ambiente.

A solução para o problema do lixo não é uma só. A ciência colabora

também através de pesquisas e estudos que nos revelam novas formas de

aproveitamento dos materiais, indicando novos processos de reciclagem -

especialmente os de maior escala, que podem ser aplicados nas indústrias,

uma das principais responsáveis pela poluição no meio ambiente. O objetivo é

divulgar este projeto como uma forma caseira, prática e simples de ajudar a

preservar o meio ambiente e atrair aquelas pessoas ou empresas que tem a

possibilidade de colaborar e fazer com que esta idéia atinja o maior número de

residências possível ajudando a manter nosso bairro, nossa cidade, o país,

enfim, nosso planeta mais limpo.

Imensas quantidades e lixo são produzidas atualmente pela sociedade

moderna, sendo desperdiçados milhões de toneladas de materiais

potencialmente valiosos. Este fato também contribui para aumentar os

problemas de caráter ambiental, através da poluição que é causada a partir dos

"lixões" e aterros sanitários e a diminuição crescente dos recursos naturais.

Com isso aumentar totalmente as condições de vida no planeta, visando o

homem em primeiro lugar.

3.1. Poluição por Resíduos e Pratica de Gestão em Ambiente

Urbano

Machado (2006, p. 548-549)m afirma que a limpeza publica e a coleta,

transporte e disposição dos resíduos sólidos dizem respeito primalcialmente á

saúde publica e ao meio ambiente. Para tanto, a estrutura constitucional

assegura ao município brasileiro autonomia para organizar os serviços públicos

de interesse local.

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No Brasil o tratamento e o controle da poluição ocorrem, em sua

maioria, depois que os resíduos e efluentes industriais são gerados. Usam –se

sistemas de fim de tudo, ou seja tecnologias para tratar, eliminar ou reduzir os

resíduos e ou efluentes existentes, dando-lhes uma destinação final

independente de sua cadeia produtiva para água e ar, métodos de

compostagem, aterros sanitários para resíduos sólidos, centrais de reciclagem,

usinas de incineração, entre outros. Convém destacar que ações são

importantes para iniciar o processo de mudança comportamental tanto de

produtores/indústrias quanto de consumidores/usuários rumo a

sustentabilidade ambiental, mas não são suficientes. Esses procedimentos

alimentam a idéia de que a capacidade de carga dos recursos naturais é

eliminada.

Tornando-se Machado (2006) como referencia, destacamos que os

recursos naturais são inegavelmente fatores de produção, mas o seu uso

racional deve ser um dos objetivos fundamentais de uma política de bem estar

socioambiental ampla. Essa política prima ou pelo menos assim deveria pela

garantia de ambiente urbano em boas condições de vida para todos. O que

demonstra que nada estamos aprendendo a lidar com as questões ambientais

em nível sistêmico, cíclico. E, isto implica na reflexão das praticas de produção

atuais para praticas mais limpas.

3.2. Limpeza do meio Ambiente um Compromisso Ético.

São poucas as empresas que desempenham suas atividades de

Marketing plenamente, cumprindo um compromisso ético de contribuir para a

limpeza e conservação de recursos ambientais. Faltam esforços voltados para

o bem estar social (Marketing Social) o que Almeida chama de ecoeficiência.

Segundo Almeida (2002, p. 101)

“A ecoeficiência é uma filosofia de gestão empresarial que incorpora a gestão ambiental. Pode ser considerada uma forma de responsabilidade ambiental corporativa. Encoraja as empresas de qualquer setor, porte e localização geográfica a se tornarem mais

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competitivas, inovadoras e ambientalmente responsáveis. O principal objetivo da ecoeficiência é fazer a economia crescer qualitativamente, e não quantitativamente”.

Existem alguns casos interessantes de empresas, já com uma

mentalidade cultural mais evoluída e imbuída de um espírito de marketing

ecoeficiente. Além de que, isso já deveria ser uma filosofia do próprio

marketing em todas empresas do mundo para manter a limpeza e equilíbrio do

meio ambiente.

A responsabilidade, pelos produtos ou embalagens após o uso, propõe

ser uma questão óbvia das empresas, já que a criação dos materiais geradores

dos problemas de impacto ambiental é do próprio marketing.

Caso semelhante é utilizado pelos fabricantes de pilhas e baterias que

também se responsabilizam pelo destino dado aos seus produtos quando

perdem a utilidade para seus consumidores. A empresa Monsanto fabricante

do herbicida “Roudup” vende esse produto com o compromisso de ter a

embalagem devolvida após o produto ser consumido.

A grande diferença, no caso, é que esses são exigidos por lei, por

causa da toxidade de componentes usados na fabricação. A interface e outras

empresas já fazem isso voluntariamente se credenciando ao Marketing de

ecoeficiência.

Existem muitos casos esporádicos de empresas que já podem ser

consideradas ecoeficientes, contudo para reduzir o volume gigantesco de

materiais descartados em lixões, os casos existentes são insignificantes e

apenas bons exemplos de um padrão desejável.

3.3. Soluções para o Lixo Urbano:

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1 – Diminuir a geração de lixo;

2 – Aumentar a coleta seletiva, através de pontos de entrega voluntária,

campanhas de conscientização, coleta porta a porta;

3 – Incentivos fiscais para empresas que comercializarem produtos com menos

embalagens, e/ou embalagens 100% recicláveis;

4 – Pontos de entrega voluntários para coleta do lixo eletrônico, lixo tóxico e

lixo perigoso;

- As soluções tem que ser desenvolvidas e aplicadas de acordo com o porte do

município, buscando otimização do gerenciamento.

“Gerenciar resíduos não se limita a tratar e dispor o lixo gerado. O

enfrentamento do problema começa na concepção dos produtos que serão

descartados mais tarde e na revisão da cultura da fartura e do desperdício.

Enfrentar o problema exige a responsabilização dos diferentes atores, desde a

indústria produtora de bens, até o consumidor final”. Ou seja, todos têm um

papel nesta história, os consumidores, os produtores, o governo. E cabe a cada

um de nós fazer nossa parte na construção de um mundo mais limpo!

Afinal, o lixo urbano acarreta em uma série de problemas ambientais:

- entupimento de bueiros, que geram enchentes e alagamentos;

- contaminação do solo e lençol freático devido a disposição final inadequada;

- transmissão de doenças e proliferação de vetores;

- desperdício de recursos naturais

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CONSIDERAÇÃES FINAIS

Conclui-se, assim, que a Educação Ambiental é um processo

educacional criado ao longo de muitos anos através de estudos de milhares de

especialistas, que tem uma visão global das necessidades do homem e da

natureza entrelaçadas em um objetivo comum que é a manutenção da

qualidade de vida de todos os seres do planeta. Em vista da existência de

problemas ambientais em quase todas as regiões do país, torna-se

importantíssimo o desenvolvimento e implantação de programas educacionais

ambientais, os quais são de suma importância na tentativa de se reverter ou

minimizar os danos ambientais.

Já, a legislação brasileira impõe ao Poder Público a implantação da

disciplina da Educação Ambiental nos seus cursos públicos, bem como o

obriga a incentivar e propiciar o desenvolvimento de projetos e programas

educacionais ambientais tanto formais quanto informais, de maneira que todos

os órgãos devem cumprir sua obrigação legal colaborando assim com o

importante processo de conscientização ambiental.

Assim, o início do trabalho de sensibilização com relação ao meio

ambiente, poderá ocorrer através da coleta seletiva do lixo nos municípios, pois

segundo o UNICEF, ainda são poucos municípios que implementaram a coleta

seletiva do lixo, "apenas 100 dos mais de 5,5 mil municípios brasileiros têm

coleta seletiva do lixo".

Não se pode mais encarar todo o lixo como "resto inútil", mas sim

como algo que pode ser transformado em nova matéria-prima para retornar ao

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ciclo produtivo. Para tanto é preciso buscar o significado de "resíduos sólidos",

termo comumente, ou popularmente usado para designar lixo. Um trabalho de

E. A. é de fundamental importância em todo processo desde a geração de lixo

até o processo de reciclagem. Basta que a conscientização/sensibilização da

população aconteça e, que os poderes municipais e a iniciativa privada se

unam para colocar em prática tais propostas.

São necessárias ações dos órgãos municipais ou iniciativa privada para

que estes processos sejam implantados, com isso ganha a sociedade e a

natureza de um modo geral, mas, a falta do conhecimento sobre reciclagem,

faz com que os moradores não saibam o que separar na hora de ensacar o

lixo. A coleta seletiva é uma alternativa ecologicamente correta que desvia do

destino em aterros sanitários ou lixões, resíduos sólidos que poderiam ser

reciclados. É de fundamental importância conscientizar os cidadãos que o

planeta Terra é o local onde ele mora, e que é de fundamental importância que

se cuide dele. Como? Preservando essa realidade imediata, que começa em

sua casa, em seu bairro, em sua cidade etc.

Com isso, alguns objetivos importantes são alcançados: a vida útil dos

aterros sanitários é prolongada e o meio ambiente é menos contaminado. Além

disso, o uso de matéria prima reciclável diminui a extração dos nossos tesouros

naturais. Uma lata velha que se transforma em uma lata nova é muito melhor

que uma lata a mais. E de lata em lata o planeta vai virando um lixão...

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