editora do livro técnico - manual do professor segurança do trabalho · 2015. 7. 16. · 4...

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Manual do Professor Segurança do Trabalho

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    Manual do Professor

    1. IntroduçãoPor muito tempo, a educação profissional foi desprezada e considerada

    de segunda classe. Atualmente, a opção pela formação técnica é festejada, pois alia os conhecimentos do “saber fazer” com a formação geral do “conhecer” e do “saber ser”; é a formação integral do estudante.

    Este livro didático é uma ferramenta para a formação integral, pois alia o instrumental para aplicação prática com as bases científicas e tecnológicas, ou seja, permite aplicar a ciência em soluções do dia a dia.

    Além do livro, compõe esta formação do técnico o preparo do profes-sor e de campo, o estágio, a visita técnica e outras atividades inerentes a cada plano de curso. Dessa forma, o livro, com sua estruturação pedagogicamente elaborada, é uma ferramenta altamente relevante, pois é fio condutor dessas atividades formativas.

    Ele está contextualizado com a realidade, as necessidades do mundo do trabalho, os arranjos produtivos, o interesse da inclusão social e a aplicação cotidiana. Essa contextualização elimina a dicotomia entre atividade intelec-tual e atividade manual, pois não só prepara o profissional para trabalhar em atividades produtivas, mas também com conhecimentos e atitudes, com vis-tas à atuação política na sociedade. Afinal, é desejo de todo educador formar cidadãos produtivos.

    Outro valor pedagógico acompanha esta obra: o fortalecimento mútuo da formação geral e da formação específica (técnica). O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) tem demonstrado que os alunos que estudam em um curso técnico tiram melhores notas, pois ao estudar para resolver um problema prático ele aprimora os conhecimentos da formação geral (química, física, matemática, etc.); e ao contrário, quando estudam uma disciplina geral passam a aprimorar possibilidades da parte técnica.

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    Pretendemos contribuir para resolver o problema do desemprego, pre-parando os alunos para atuar na área científica, industrial, de transações e comercial, conforme seu interesse. Por outro lado, preparamos os alunos para ser independentes no processo formativo, permitindo que trabalhem durante parte do dia no comércio ou na indústria e prossigam em seus estu-dos superiores no contraturno. Dessa forma, podem constituir seu itinerário formativo e, ao concluir um curso superior, serão robustamente formados em relação a outros, que não tiveram a oportunidade de realizar um curso técnico.

    Por fim, este livro pretende ser útil para a economia brasileira, aprimo-rando nossa força produtiva ao mesmo tempo em que dispensa a importação de técnicos estrangeiros para atender às demandas da nossa economia.

    1.1 Por que a Formação Técnica de Nível Médio É Importante?

    O técnico desempenha papel vital no desenvolvimento do país por meio da criação de recursos humanos qualificados, aumento da produtivi-dade industrial e melhoria da qualidade de vida.

    Alguns benefícios do ensino profissionalizante para o formando:

    • Aumento dos salários em comparação com aqueles que têm apenas o Ensino Médio;

    • Maior estabilidade no emprego;

    • Maior rapidez para adentrar ao mercado de trabalho;

    • Facilidade em conciliar trabalho e estudos;

    • Mais de 72% ao se formarem estão empregados;

    • Mais de 65% dos concluintes passam a trabalhar naquilo que gos-tam e em que se formaram.

    Esses dados são oriundos de pesquisas. Uma delas, intitulada “Educação profissional e você no mercado de trabalho”, realizada pela Fundação Getúlio Vargas e o Instituto Votorantim, comprova o acerto do Governo ao colocar, entre os quatro eixos do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), investimentos para a popularização da Educação Profissional. Para as empre-sas, os cursos oferecidos pelas escolas profissionais atendem de forma mais eficiente às diferentes necessidades dos negócios.

    Outra pesquisa, feita em 2009 pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), órgão do Ministério da Educação (MEC), chamada “Pesquisa nacional de egressos”, revelou também que de cada dez alunos, seis recebem salário na média da categoria. O percentual dos que qualifica-ram a formação recebida como “boa” e “ótima” foi de 90%.

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    2. Ensino Profissionalizante no Brasil e Necessidade do Livro Didático Técnico

    O Decreto Federal nº 5.154/2004 estabelece inúmeras possibilidades de combinar a formação geral com a formação técnica específica. Os cursos técnicos podem ser ofertados da seguinte forma:

    a) Integrado – ao mesmo tempo em que estuda disciplinas de for-mação geral o aluno também recebe conteúdos da parte técnica, na mesma escola e no mesmo turno.

    b) Concomitante – num turno o aluno estuda numa escola que só oferece Ensino Médio e num outro turno ou escola recebe a forma-ção técnica.

    c) Subsequente – o aluno só vai para as aulas técnicas, no caso de já ter concluído o Ensino Médio.

    Com o Decreto Federal nº 5.840/2006, foi criado o programa de profis-sionalização para a modalidade Jovens e Adultos (Proeja) em Nível Médio, que é uma variante da forma integrada.

    Em 2008, após ser aprovado pelo Conselho Nacional de Educação pelo Parecer CNE/CEB nº 11/2008, foi lançado o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, com o fim de orientar a oferta desses cursos em nível nacional.

    O Catálogo consolidou diversas nomenclaturas em 185 denominações de cursos. Estes estão organizados em 12 eixos tecnológicos, a saber:

    1. Ambiente, Saúde e Segurança2. Apoio Educacional3. Controle e Processos Industriais4. Gestão e Negócios5. Hospitalidade e Lazer6. Informação e Comunicação7. Infraestrutura8. Militar9. Produção Alimentícia10. Produção Cultural e Design11. Produção Industrial12. Recursos Naturais.

    Para cada curso, o Catálogo estabelece carga horária mínima para a parte técnica (de 800 a 1 200 horas), perfil profissional, possibilidades de temas a serem abordados na formação, possibilidades de atuação e infraestrutura recomendada para realização do curso. Com isso, passa a ser um mecanismo de organização e orientação da oferta nacional e tem função indutora ao destacar novas ofertas em nichos tecnológicos, culturais, ambientais e produtivos, para formação do técnico de Nível Médio.

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    Segurança do Trabalho

    Dessa forma, passamos a ter no Brasil uma nova estruturação legal para a oferta destes cursos. Ao mesmo tempo, os governos federal e esta-duais passaram a investir em novas escolas técnicas, aumentando a oferta de vagas. Dados divulgados pelo Ministério da Educação apontaram que o número de alunos na educação profissionalizante passou de 693 mil em 2007 para 795 mil em 2008 – um crescimento de 14,7%. A demanda por vagas em cursos técnicos tem tendência para aumentar, tanto devido à nova importância social e legal dada a esses cursos, como também pelo cresci-mento do Brasil.

    COMPARAÇÃO DE MATRÍCULAS BRASIL

    Comparação de Matrículas da Educação Básica por Etapa e Modalidade – Brasil, 2007 e 2008.

    Etapas/Modalidades de Educação Básica

    Matrículas / Ano

    2007 2008 Diferença 2007-2008 Variação 2007-2008

    Educação Básica 53.028.928 53.232.868 203.940 0,4

    Educação Infantil 6.509.868 6.719.261 209.393 3,2

    • Creche 1.579.581 1.751.736 172.155 10,9

    • Pré-escola 4.930.287 4.967.525 37.238 0,8

    Ensino Fundamental 32.122.273 32.086.700 –35.573 –0,1

    EnsinoMédio 8.369.369 8.366.100 –3.269 0,0

    EducaçãoProfissional 693.610 795.459 101.849 14,7

    Educação Especial 348.470 319.924 –28.546 –8,2

    EJA 4.985.338 4.945.424 –39.914 –0,8

    • EnsinoFundamental 3.367.032 3.295.240 –71.792 –2,1

    • EnsinoMédio 1.618.306 1.650.184 31.878 2,0

    Fonte: Adaptado de: MEC/Inep/Deed.

    No aspecto econômico, há necessidade de expandir a oferta desse tipo de curso, cujo principal objetivo é formar o aluno para atuar no mercado de trabalho, já que falta trabalhador ou pessoa qualificada para assumir ime-diatamente as vagas disponíveis. Por conta disso, muitas empresas têm que arcar com o treinamento de seus funcionários, treinamento esse que não dá ao funcionário um diploma, ou seja, não é formalmente reconhecido.

    Para atender à demanda do setor produtivo e satisfazer a procura dos estudantes, seria necessário mais que triplicar as vagas técnicas existentes hoje.

    Outro fator que determina a busca pelo ensino técnico é ser este uma boa opção de formação secundária para um grupo cada vez maior de estudantes. Parte dos concluintes do Ensino Médio (59% pelo Censo Inep, 2004), por diversos fatores, não buscam o curso superior. Associa-se a isso a escolarização líquida do Ensino Fundamental, que está próxima de 95%, e a escolarização bruta em 116% (Inep, 2007), mos-trando uma pressão de entrada no Ensino Médio, pelo fluxo quase regular dos que o concluem.

    A escolarização líquida do Ensino Médio em 2009 foi de 53%, enquanto a bruta foi de 84% (Inep, 2009), o que gera um excedente de alunos para esta etapa.

    Escolarização líquida é a relação entre a popu-lação na faixa de idade própria para a escola e o número de matriculados da faixa. Escolarização bruta é a relação entre a população na faixa adequada para o nível escolar e o total de matri-culados, independente da idade.

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    Atualmente, o número de matriculados no Ensino Médio está em torno de 9 milhões de estudantes. Se considerarmos o esquema a seguir, concluímos que em breve devemos dobrar a oferta de Nível Médio, pois há 9,8 milhões de alunos com fluxo regular do Fundamental, 8 milhões no excedente e 3,2 milhões que possuem o Ensino Médio, mas não têm interesse em cursar o Ensino Superior. Além disso, há os que possuem curso superior, mas buscam um curso técnico como complemento da formação.

    Interessados com Ensino Fundamental Estimativa 8 milhões.

    Com Ensino Médio 3,2 milhões.

    Ensino Fundamental 116% bruta

    94,6% líquida (2007)

    TéCnICo

    Subsequente

    Com curso Superior

    PRoE

    JA

    Integração9,8 milhões

    A experiência internacional tem mostrado que 30% das matrículas da edu-cação secundária correspondem a cursos técnicos; este é o patamar idealizado pelo Ministério da Educação. Se hoje há 795 mil estudantes matriculados, para atingir essa porcentagem devemos matricular pelo menos três milhões de estudantes em cursos técnicos dentro de cinco anos.

    Para cada situação pode ser adotada uma modalidade ou forma de Ensino Médio profissionalizante, de forma a atender a demanda crescente. Para os advin-dos do fluxo regular do Ensino Fundamental, por exemplo, é recomendado o curso técnico integrado ao Ensino Médio. Para aqueles que não tiveram a opor-tunidade de cursar o Ensino Médio, a oferta do PROEJA estimularia sua volta ao ensino secundário, pois o programa está associado à formação profissional. Além disso, o PROEJA considera os conhecimentos adquiridos na vida e no trabalho, diminuindo a carga de formação geral e privilegiando a formação específica. Já para aqueles que possuem o Ensino Médio ou Superior a modalidade recomen-dada é a subsequente: somente a formação técnica específica.

    Para todos eles, com ligeiras adaptações metodológicas e de abordagem do professor, é extremamente útil o uso do livro didático técnico, para maior eficácia da hora/aula do curso, não importando a modalidade do curso e como será ofertado.

    Além disso, o conteúdo deste livro didático técnico e a forma como foi concebido reforça a formação geral, pois está contextualizado com a prática social do estudante e relaciona permanentemente os conhecimentos da ciência, implicando na melhoria da qualidade da formação geral e das demais disciplinas do Ensino Médio.

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    Em resumo, há claramente uma nova perspectiva para a formação técnica com base em sua crescente valorização social, na demanda da economia, no apri-moramento de sua regulação e como opção para enfrentar a crise de qualidade e quantidade do Ensino Médio.

    3. O Que É Educação Profissionalizante?O ensino profissional prepara os alunos para carreiras que estão baseadas

    em atividades mais práticas. O ensino é menos acadêmico, contudo diretamente relacionado com a inovação tecnológica e os novos modos de organização da pro-dução, por isso a escolarização é imprescindível nesse processo.

    4. Elaboração dos Livros Didáticos Técnicos

    Devido ao fato do ensino técnico e profissionalizante ter sido renegado a segundo plano por muitos anos, a bibliografia para diversas áreas é praticamente inexistente. Muitos docentes se veem obrigados a utilizar e adaptar livros que foram escritos para a graduação. Estes compêndios, às vezes traduções de livros estrangeiros, são usados para vários cursos superiores. Por serem inacessíveis à maioria dos alunos por conta de seu custo, é comum que professores preparem apostilas a partir de alguns de seus capítulos.

    Tal problema é agravado quando falamos do Ensino Técnico integrado ao Médio, cujos alunos correspondem à faixa etária entre 14 e 19 anos, em média. Para esta faixa etária é preciso de linguagem e abordagem diferenciadas, para que aprender deixe de ser um simples ato de memorização e ensinar signifique mais do que repassar conteúdos prontos.

    Outro público importante corresponde àqueles alunos que estão afastados das salas de aula há muitos anos e veem no ensino técnico uma oportunidade de retomar os estudos e ingressar no mercado profissional.

    5. O Livro Didático Técnico e o Processo de Avaliação

    O termo avaliar tem sido constantemente associado a expressões como: rea-lizar prova, fazer exame, atribuir notas, repetir ou passar de ano. Nela a educação é concebida como mera transmissão e memorização de informações prontas e o aluno é visto como um ser passivo e receptivo.

    Avaliação educacional é necessária para fins de documentação, geralmente para embasar objetivamente a decisão do professor ou da escola, para fins de pro-gressão do aluno.

    O termo avaliação deriva da palavra valer, que vem do latim vãlêre, e refe-re-se a ter valor, ser válido. Consequentemente, um processo de avaliação tem por objetivo averiguar o "valor" de determinado indivíduo.

    Mas precisamos ir além.

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    A avaliação deve ser aplicada como instrumento de compreensão do nível de apren-dizagem dos alunos em relação aos conceitos estudados (conhecimento), em relação ao desenvolvimento de criatividade, iniciativa, dedicação e princípios éticos (atitude) e ao processo de ação prática com eficiência e eficácia (habilidades). Este livro didático ajuda, sobretudo para o processo do conhecimento e também como guia para o desenvolvimento de atitudes. As habilidades, em geral, estão associadas a práticas laboratoriais, atividades complementares e estágios.

    A avaliação é um ato que necessita ser contínuo, pois o processo de construção de conhecimentos pode oferecer muitos subsídios ao educador para perceber os avanços e dificuldades dos educandos e, assim, rever a sua prática e redirecionar as suas ações, se necessário. Em cada etapa registros são feitos. São os registros feitos ao longo do processo educativo, tendo em vista a compreensão e a descrição dos desempenhos das aprendizagens dos estudantes, com possíveis demandas de intervenções, que caracterizam o processo ava-liativo, formalizando, para efeito legal, os progressos obtidos.

    Neste processo de aprendizagem deve-se manter a interação entre professor e aluno, promovendo o conhecimento participativo, coletivo e construtivo. A avaliação deve ser um processo natural que acontece para que o professor tenha uma noção dos conteúdos assimilados pelos alunos, bem como saber se as metodologias de ensino adotadas por ele estão surtindo efeito na aprendizagem dos alunos.

    Avaliação deve ser um processo que ocorre dia após dia, visando à correção de erros e encaminhando o aluno para aquisição dos objetivos previstos. A esta correção de rumos, nós chamamos de avaliação formativa, pois serve para retomar o processo de ensino/aprendiza-gem, mas com novos enfoques, métodos e materiais. Ao usar diversos tipos de avaliações combinadas para fim de retroalimentar o ensinar/aprender, de forma dinâmica, concluímos que se trata de um “processo de avaliação”.

    O resultado da avaliação deve permitir que o professor e o aluno dialoguem, buscando encontrar e corrigir possíveis erros, redirecionando o aluno e mantendo a motivação para o progresso do educando, sugerindo a ele novas formas de estudo para melhor compreensão dos assuntos abordados.

    Se ao fizer avaliações contínuas, percebermos que um aluno tem dificuldade em assi-milar conhecimentos, atitudes e habilidades, então devemos mudar o rumo das coisas. Quem sabe fazer um reforço da aula, com uma nova abordagem ou com outro colega professor, em um horário alternativo, podendo ser em grupo ou só, assim por diante. Pode ser ainda que a aprendizagem daquele tema seja facilitada ao aluno fazendo práticas discur-sivas, escrever textos, uso de ensaios no laboratório, chegando a conclusão que este aluno necessita de um processo de ensino/aprendizagem que envolva ouvir, escrever, falar e até mesmo praticar o tema.

    Se isso acontecer, a avaliação efetivamente é formativa. Neste caso, a avaliação está integrada ao processo de ensino/aprendizagem, e esta, por

    sua vez, deve envolver o aluno, ter um significado com o seu contexto, para que realmente aconteça. Como a aprendizagem se faz em processo, ela precisa ser acompanhada de retor-nos avaliativos visando a fornecer os dados para eventuais correções.

    Para o uso adequado deste livro recomendamos utilizar diversos tipos de avaliações, cada qual com pesos e frequências de acordo com perfil de docência de cada professor. Podem ser usadas as tradicionais provas e testes, mas, procurar fugir de sua soberania, mes-clando com outras criativas formas.

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    5.1 Avaliação e ProgressãoPara efeito de progressão do aluno, o docente deve sempre considerar os avanços

    alcançados ao longo do processo e perguntar-se: Este aluno progrediu em relação ao seu patamar anterior? Este aluno progrediu em relação às primeiras avaliações? Respondidas estas questões, volta a perguntar-se: Este aluno apresentou progresso suficiente para acom-panhar a próxima etapa? Com isso o professor e a escola podem embasar o deferimento da progressão do estudante.

    Com isso, superamos a antiga avaliação conformadora em que eram exigidos padrões iguais para todos os “formandos”.

    Nossa proposta significa, conceitualmente, que ao estudante é dado o direito, pela avaliação, de verificar se deu um passo a mais em relação as suas competências. Os diversos estudantes terão desenvolvimentos diferenciados, medidos por um processo avaliativo que incorpora esta possibilidade. Aqueles que acrescentaram progresso em seus conhecimen-tos, atitudes e habilidades estarão aptos a progredir.

    A base para a progressão, neste caso, é o próprio aluno.Todos têm o direito de dar um passo a mais. Pois um bom processo de avaliação opor-

    tuniza justiça, transparência e qualidade.

    5.2 Tipos de AvaliaçãoExistem inúmeras técnicas avaliativas, não existe uma mais adequada, o importante

    é que o docente conheça várias técnicas para poder ter um conjunto de ferramentas a seu dispor e escolher a mais adequada dependendo da turma, faixa etária, perfil entre outros fatores.

    Avaliação se torna ainda mais relevante quando os alunos se envolvem na sua própria avaliação.

    A avaliação pode incluir:

    1. Observação

    2. Ensaios

    3. Entrevistas

    4. Desempenho nas tarefas

    5. Exposições e demonstrações

    6. Seminários

    7. Portfólio: Conjunto organizado de trabalhos produzidos por um aluno ao longo de um período de tempo.

    8. Elaboração de jornais e revistas (físicos e digitais)

    9. Elaboração de projetos

    10. Simulações

    11. O pré-teste

    12. A avaliação objetiva

    13. A avaliação subjetiva

    14. Autoavaliação

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    15. Autoavaliação de dedicação e desempenho

    16. Avaliações interativas

    17. Prática de exames

    18. Participação em sala de aula

    19. Participação em atividades

    20. Avaliação em conselho pedagógico – que inclui reunião para avaliação discente pelo grupo de professores.

    No livro didático as “atividades”, as “dicas” e outras informações destacadas poderão resul-tar em avaliação de atitude, quando cobrado pelo professor em relação ao “desempenho nas tarefas”. Poderão resultar em avaliações semanais de autoavaliação de desempenho se cobrado oralmente pelo professor para o aluno perante a turma.

    Enfim, o livro didático, possibilita ao professor extenuar sua criatividade em prol de um processo avaliativo retroalimentador ao processo ensino/aprendizagem para o desenvolvimento máximo das competências do aluno.

    6. Objetivos da ObraAlém de atender às peculiaridades citadas anteriormente, este livro está de acordo com

    o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos. Busca o desenvolvimento das habilidades por meio da construção de atividades práticas, fugindo da abordagem tradicional de descontextualizado acúmulo de informações. Está voltado para um ensino contextualizado, mais dinâmico e com o suporte da interdisciplinaridade. Visa também à ressignificação do espaço escolar, tornando-o vivo, repleto de interações práticas, aberto ao real e às suas múltiplas dimensões.

    Ele está organizado em capítulos, graduando as dificuldades, numa linha da lógica de aprendizagem passo a passo. No final dos capítulos, há exercícios e atividades complementares, úteis e necessárias para o aluno descobrir, fixar, e aprofundar os conhecimentos e as práticas desenvolvidos no capítulo.

    A obra apresenta diagramação colorida e diversas ilustrações, de forma a ser agradável e instigante ao aluno. Afinal, livro técnico não precisa ser impresso num sisudo preto-e-branco para ser bom. Ser difícil de manusear e pouco atraente é o mesmo que ter um professor dando aula de cara feia permanentemente. Isso é antididático.

    O livro servirá também para a vida profissional pós-escolar, pois o técnico sempre neces-sitará consultar detalhes, tabelas e outras informações para aplicar em situação real. Nesse sentido, o livro didático técnico passa a ter função de manual operativo ao egresso.

    Neste manual do professor apresentamos:

    • Respostas e alguns comentários sobre as atividades propostas;• Considerações sobre a metodologia e o projeto didático;• Sugestões para a gestão da sala de aula;• Uso do livro;• Atividades em grupo; • Laboratório; • Projetos.

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    A seguir, são feitas considerações sobre cada capítulo, com sugestões de atividades suplementares e orientações didáticas. Com uma linguagem clara, o manual contribui para a ampliação e exploração das atividades propostas no livro do aluno. Os comentários sobre as atividades e seus objetivos trazem subsídios à atuação do professor. Além disso, apresentam-se diversos instrumentos para uma avaliação coerente com as concepções da obra.

    7. Referências Bibliográficas GeraisFREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997.

    FRIGOTTO, G. (Org.). Educação e trabalho: dilemas na educação do trabalhador. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2005.

    BRASIL. LDB 9394/96. Disponível em: . Acesso em: 23 maio 2009.

    LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem na escola: reelaborando conceitos e recriando a prá-tica. Salvador: Malabares Comunicação e Eventos, 2003.

    PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre duas lógicas. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

    ÁLVAREZ MÉNDEZ, J. M. Avaliar para conhecer: examinar para excluir. Porto Alegre: Artmed, 2002.

    SHEPARD, L. A. The role of assessment in a learning culture. Paper presented at the Annual Meeting of the American Educational Research Association. Available at: .

    8. Orientações ao ProfessorO tema Segurança do Trabalho é muito vasto, e os profissionais dessa área devem ter

    uma conduta ética e profissional adequada para obterem bons resultados. O conhecimento da legislação, das normas e das notas técnicas de órgãos vinculados à Segurança do Trabalho é imprescindível para o seu entendimento. Neste livro, a Segurança do Trabalho é abordada a partir de um enfoque prático, bem como as definições básicas de legislação no contexto empre-sarial brasileiro.

    8.1 Objetivos do Material Didático• Apresentar as principais Normas Regulamentadoras e as ferramentas de gestão da saúde e

    segurança ocupacionais aplicáveis à segurança e à medicina do trabalho.

    • Conhecer a Legislação Trabalhista e Previdenciária básica da Segurança do Trabalho no Brasil.

    • Reconhecer a função social da Segurança do Trabalho.

    • Compreender os conceitos e definições básicas da Segurança do Trabalho no Brasil.

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    8.2 Princípios PedagógicosEste livro foi elaborado para uma didática moderna, com ênfase na prá-

    tica e buscando despertar o tema Segurança do Trabalho no dia a dia do aluno, com o intuito de fomentar a discussão e a reflexão. Ele disponibiliza, ainda, exercícios de fixação ao final de cada capítulo.

    8.3 Articulação do ConteúdoÉ possível associar o estudo de Segurança do Trabalho com as emen-

    tas de: Administração de Empresas, Legislação, Normas, Estatística, Direito, Qualidade, Produtividade e Recursos Humanos.

    8.4 Atividades ComplementaresO professor poderá complementar os assuntos tratados no livro com

    materiais ou vídeos sobre: acidentes de trabalho, Segurança do Trabalho, Primeiros Socorros, CIPA, motivação e trabalho em equipe.

    8.5 Sugestões de Leitura• BELLO, G. C. et al. Metodologia para Classificação quanto ao Potencial de

    Riscos de Fontes e Atividades – Gerência de Riscos. São Paulo: Atlas, 1989.

    • CAMPOS, A. A. M. Segurança do Trabalho com Máquinas e Equipamentos. São Paulo: SENAC, 1998.

    • EQUIPE ATLAS. Segurança e Medicina do Trabalho. Manual de Legislação. Atlas, 2008.

    • FIESP. Legislação de Segurança e Medicina no Trabalho. São Paulo: Editora FISEP/CIESP, 2003.

    • MORAES, G. Normas Regulamentadoras Comentadas. Rio de Janeiro: LTR, 2002.

    • SALIBA, T. M. Manual Prático de Avaliação e Controle: PPRA. 3. ed. São Paulo: LTR, 2004. 110p.

    8.6 Sugestão de PlanejamentoEste livro foi elaborado para até 40 horas em sala de aula. Recomenda-se

    ao professor da disciplina incrementar o conteúdo com textos e atividades complementares. Potencializando, dessa forma, sua especialização e criativi-dade em prol do processo educativo.

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    9. Orientações Didáticas e Respostas das AtividadesCapítulo 1

    Respostas – página 15

    1) A Segurança do Trabalho é uma função empresarial. Ela consiste em estudar, localizar, classificar, diminuir, assumir ou transferir os riscos inerentes a qualquer atividade, de modo a oferecer cobertura contra o infortúnio e dotar o organismo de relativa estabili-dade, a qual é fundamental para o bom funcionamento da empresa.

    2) A forma mais eficiente de se promover e preservar a saúde e a integridade física dos trabalhadores está na eliminação ou neutralização dos riscos, prevenindo uma doença ou impedindo o seu agravamento. Para tanto é necessária a antecipação dos riscos que envolvem a análise de projetos de novas instalações, métodos ou processos de trabalho, ou de modificação dos já existentes, visando identificar os riscos potenciais e introduzir medidas de proteção para sua redução ou eliminação.

    3) Nas operações manuais e mecanizadas no ambiente de trabalho não existe cobertura total, pois sempre há probabilidade de infortúnio nos empreendimentos humanos, os quais precisam ser diagnosticados e considerados no negócio, o que reforça a noção de que a segurança é trabalho imprescindível para o bom desempenho empresarial.

    4) CLT – Consolidação das Leis de Trabalho e as NRs – Normas Regulamentadoras.

    5) Com origem na Idade Média, as corporações de ofício eram produções artesanais consti-tuídas por mestres, oficiais e aprendizes, eram marcadas pela hierarquia e tradição familiar por meio da transmissão do domínio da técnica do ofício e da produção das mercadorias e pelo repasse para as novas gerações.

    6) A CLT – Consolidação das Leis de Trabalho.

    7) A critério do aluno.

    8) A critério do aluno.

    9) A Segurança do Trabalho é a função empresarial de gerência de riscos.

    10) A critério do aluno.

    Capítulo 2

    Respostas – página 23

    1) CLT é a Consolidação das Leis de Trabalho e CF é a Constituição Federal.

    2) CLT:

    • As empresas, de acordo com normas a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, estarão obriga-das a manter serviços especializados em segurança e em medicina do trabalho. (Art. 162)

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    • Incumbe ao órgão de âmbito nacional competente em matéria de segurança e medicina do trabalho estabelecer normas sobre a aplicação de medidas de prevenção de acidentes do trabalho. (Art. 155)

    CF:

    • São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais a melhoria de sua condição social e a redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança. (Art. 7)

    3) • A observância, em todos os locais de trabalho, do disposto neste Capítulo, não desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos estados ou municípios em que se situem os respectivos estabele-cimentos, bem como daquelas oriundas de convenções coletivas de trabalho.

    • Cabe as empresas:

    I. cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;

    II. instruir os empregados, por meio de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais;

    III. adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente;

    IV. facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.

    • Cabe aos empregados:

    I. observar as normas de segurança e medicina do trabalho adotada pelas empresas;

    II. colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo.

    Parágrafo Único – Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada:

    a) à observância das instruções expedidas pelo empregador;

    b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa.

    4) São as Normas Regulamentadoras Rurais e são aplicadas em área rural, devem ser cum-pridas em conjunto com as NR. Apresentam ordens de serviço sobre segurança e higiene do trabalho rural, considerando os riscos genéricos e específicos do estabelecimento e de cada atividade. Visam estabelecer procedimentos a serem adotados em caso de acidente do trabalho rural e estipulam a obrigação na orientação, pelas empresas, aos trabalhadores sobre técnicas prevencionistas a serem adotadas para evitar acidentes do trabalho e doen-ças profissionais.

    5) As Normas Regulamentadoras (NR) apresentam definições e orientações sobre proce-dimentos obrigatórios relacionados à Medicina e Segurança do Trabalho no Brasil. São instrumentos normativos que subsidiam as leis nos direitos e deveres das empresas, são de observância obrigatória para a preservação da saúde e bem-estar dos trabalhadores.

    6) São importantes do ponto de vista de padronização das ações preventivas voltadas à Segurança do Trabalho nas empresas.

    7) A FUNDACENTRO é um órgão de apoio técnico para o controle e supervisão das atividades relacionadas à Segurança e Medicina do Trabalho e à instituição de comitês especializados, revisão e constante atualização das Normas Regulamentadoras (NR) vigentes no Brasil.

    8) É a Associação Brasileira de Normas Técnicas, é o órgão responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro.

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    Segurança do Trabalho

    9) As normas da ABNT são instrumentos legítimos que devem ser rigorosamente segui-dos quando aplicados nas empresas, uma vez que possuem contexto de normalização e são juridicamente reconhecidos para complementar as leis e as normas publicamente constituídas.

    10) Certificação é um conjunto de atividades desenvolvido com o objetivo de atestar publica-mente, por escrito, que determinado produto, processo ou serviço está em conformidade com os requisitos nacionais, internacionais ou estrangeiros previamente especificados.

    Normalização é uma série de elementos e soluções, determinados pelas partes interes-sadas, para a padronização das atividades e/ou especificação de um produto ou serviço destinado à utilização comum, visando obter resultados satisfatórios.

    Capítulo 3

    Respostas – página 33

    1) Pela perspectiva legal, acidente é o que ocorre quando se está a serviço da empresa, pro-vocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou a redução da capacidade de trabalho, permanente ou temporária.

    2) Pela concepção prevencionista, que foca na prevenção, acidente é toda ocorrência não programada, e não desejada, que interrompe o andamento normal do trabalho, podendo resultar em danos pessoais, materiais ou administrativos ao trabalhador, à empresa ou ao meio ambiente.

    3) Acidente do trabalho no conceito prevencionista.

    4) Podem ser identificados pelos seguintes tipos:

    • Acidente Pessoal – Ocorrência que envolve pessoas, como a queda de uma pessoa.

    • Acidente Material – Ocorrência envolvendo o patrimônio da empresa, como a queda de um aparelho de medição.

    • Acidente Administrativo – Ocorrência envolvendo a área administrativa, como a súbita falência de uma empresa.

    5) • Risco é tudo que pode causar acidente, ou com potencialidade ou probabilidade de causar acidente.

    • Dano é a consequência negativa dos acidentes, ou seja, é o resultado negativo do aci-dente que gera prejuízo.

    • Causa é tudo o que provoca o acidente. É a responsável pela ocorrência do acidente e permite a transformação do risco em acidente.

    6) Acidente de trajeto (ou percurso) é o que ocorre com o funcionário no percurso da resi-dência para o trabalho ou no retorno do trabalho para a sua residência. A Lei assegura ao trabalhador a proteção nessas condições, considerando tais casos como acidentes do trabalho. Também será considerado como acidente do trabalho, qualquer ocorrência que envolva o funcionário da empresa no trajeto para casa, ou na volta para o trabalho, no horário do almoço e/ou descanso.

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    7) O caso de Antônio não é acidente do trabalho porque ele alterou seu percurso normal.

    8) São aquelas adquiridas em decorrência do exercício do trabalho em si ou das condições especiais em que o trabalho é realizado.

    9) LER – Lesão por Esforço Repetitivo. A tendinite, uma LER, é a inflamação de um tendão que surge, geralmente, devido ao excesso de repetições de um mesmo movimento, como as atividades de digitação.

    10) Ato inseguro é a maneira pela qual, consciente ou inconscientemente, a pessoa física ou jurídica se expõe ao risco ou expõe as pessoas e as coisas ao risco. Pode ser:

    • Ato inseguro, sem outra designação, é todo ato cometido por pessoa física, como lançar uma bituca de cigarro acesa pela janela.

    • Ato inseguro administrativo é aquele cometido por pessoa jurídica, como a ordem da chefia para trabalhar em rede desenergizada, sem testar ausência de tensão e sem aterrar o trecho desligado.

    Condição insegura é a condição ou meio que pode causar ou favorecer a ocorrência de acidentes. A condição insegura antes do acidente é risco e após o acidente é causa. Exemplos de condições inseguras são: piso defeituoso, escorregadio, com óleo; ambiente com produtos nocivos à saúde; ambiente com temperaturas extremas; ambiente mal iluminado; etc.

    Capítulo 4

    Respostas – página 41

    1) CAT é a Comunicação de Acidente de Trabalho. A Lei nº 8.213/91 determina, no seu artigo 22, que todo acidente de trabalho ou doença ocupacional deverá ser comunicado pela empresa à Previdência Social. É muito importante a comunicação e, principalmente, o completo e exato preenchimento do formulário CAT, porque as informações nele conti-das servirão de base para dados estatísticos, previdenciários, epidemiológicos, trabalhistas e sociais.

    2) A Previdência Social é um seguro para todos. A contribuição para a Previdência assegura o direito aos benefícios oferecidos pela instituição por meio do INSS. Um desses benefícios é o auxílio-doença, o qual será devido ao segurado que, cumprido o período de carência exigido pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 dias consecutivos.

    3) Sim, porque João estava na realização de serviço sob a autoridade da empresa.

    4) Sim.

    5) Um acidente típico. Ocorreu enquanto o trabalhador executava suas atividades profissionais.

    6) Não, pois os segurados especiais são os trabalhadores facultativos ou rurais em contri-buição previdenciária especial. E João é um funcionário registrado como técnico em manutenção de equipamentos eletrônicos em uma empresa com sede na Vila Nova Esperança.

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    Segurança do Trabalho

    7) A empresa deve providenciar a CAT em um prazo de 24 horas, assegu-rando a João seus direitos.

    8) • Incapacidade Temporária – perda da capacidade para o trabalho por um período limitado de tempo, após o qual o trabalhador retorna às suas atividades normais.

    • Incapacidade Parcial e Permanente – é a diminuição, por toda vida, da capacidade física total para o trabalho. É o que acontece, por exemplo, quando ocorre a perda de um dedo ou de um olho.

    • Incapacidade Total e Permanente – é a invalidez incurável para o trabalho. Nesse caso, o trabalhador não tem mais condições para trabalhar. Um exemplo é se um trabalhador perde totalmente a visão em um acidente. Nos casos extremos, o acidente pode resultar na morte do trabalhador.

    9) 1ª via – à Previdência Social (INSS);

    2ª via – à Empresa;

    3ª via – ao Segurado (o trabalhador) ou dependente;

    4ª via – ao Sindicato de Classe do trabalhador;

    5ª via – ao Sistema Único de Saúde – SUS;

    6ª via – à Delegacia Regional do Trabalho (DRT) da jurisdição.

    10) • Contribuinte Individual – nesta categoria estão as pessoas que tra-balham por conta própria (autônomos) e os trabalhadores que prestam serviços de natureza eventual a empresas, sem vínculo empregatício. São considerados contribuintes individuais, entre outros, os sacerdo-tes, os diretores que recebem remuneração decorrente de atividade em empresa urbana ou rural, os síndicos remunerados, os motoristas de táxi, os vendedores ambulantes, as diaristas, os pintores, os eletri-cistas, os associados de cooperativas de trabalho e outros.

    • Segurado Especial – são os trabalhadores rurais que produzem em regime de economia familiar, ou seja, sem utilização de mão de obra assalariada. Estão incluídos nesta categoria cônjuges, companheiros e filhos maiores de 16 anos que trabalham com a família em atividade rural. Também são considerados segurados especiais o pescador arte-sanal e o índio que exerce atividade rural e seus familiares.

    11) Segundo o Ministério da Previdência Social, em sua Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, Artigo A, acidente de trabalho é: [...] o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, com o segurado empregado, tra-balhador avulso, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou a redução temporária ou permanente, da capacidade para o trabalho.

    12) • Acidente com afastamento e incapacidade temporária.

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    Capítulo 5

    Respostas – página 54

    1) São aqueles que podem existir nos ambientes de trabalho em função da atividade desenvolvida, fatores ou agentes de risco à saúde, que, baseados nos limites de tolerância e exposição dos funcionários, podem causar danos irreversíveis.

    2) PPRA é o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, que tem como objetivos a antecipação, a identificação, a avaliação e o controle de todos os fatores do ambiente de trabalho que podem causar doenças ou danos à saúde dos empregados.

    3) A critério do aluno.

    4) Os riscos químicos são causados por substâncias, compostos ou pro-dutos químicos que podem estar presentes no ambiente de trabalho na forma de gases, vapores, líquidos, fumos, poeiras e névoas ou neblinas, e que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou serem absorvidos pelo organismo pela via respiratória, através da pele ou por ingestão, podendo causar danos à saúde dos trabalhadores.

    5) Há fatores no ambiente de trabalho que, quando tendem aos limites de excesso ou falta, podem tornar-se responsáveis por variadas alterações na saúde. Os riscos físicos são as diversas formas de energia a que pos-sam estar expostos os trabalhadores, como temperaturas extremas: calor e frio; ruído; radiações; trabalhos com pressões anormais; vibrações e má iluminação.

    6) Os riscos biológicos são representados por uma variedade de micro- -organismos (bactérias, bacilos, protozoários, etc.) com os quais o traba-lhador pode entrar em contato, dependendo do tipo de atividade, e que podem causar doenças.

    7) O risco ergonômico é causado pela falta de ajustamento entre o homem e seu ambiente de trabalho, na utilização correta do corpo humano e suas funções no trabalho, como postura, visão, ritmo e transporte de peso. Se não houver esse ajuste, há a presença de agentes que causam doenças ocupacionais e lesões no trabalhador.

    8) Os riscos de acidente são outros fatores, além dos riscos químicos, físicos, biológicos e ergonômico, que podem ser encontrados e devem ser eliminados dos ambientes de trabalho. Eles são decorrentes de falhas de projeto de máquinas, equipamentos, ferramentas, veículos e prédios, deficiências de layout, iluminação excessiva ou deficiente, uso inadequado de cores, probabilidade de incêndio e explosão, armaze-namento inadequado de produtos, presença de animais peçonhentos e selvagens, etc.

    9) A critério do aluno.

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    Segurança do Trabalho

    Capítulo 6

    Respostas – página 631) O Mapa de Riscos é um levantamento dos pontos em que há riscos ambientais nos dife-

    rentes setores da empresa, é utilizado para identificar situações e locais sujeitos a acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. A partir de uma planta baixa ou layout, cada setor da empresa é analisado e são identificados todos os tipos de riscos, os quais são classificados de acordo com sua intensidade. O mapa deve ser colocado em um local visível, para aler-tar aos trabalhadores sobre os riscos existentes.

    2) As etapas para elaboração do Mapa de Riscos são: • Conhecer o processo de trabalho do local analisado:

    – os trabalhadores: número, sexo, idade, jornada de trabalho, treinamentos profissio-nais e de segurança e saúde;

    – os instrumentos e materiais de trabalho;– as atividades exercidas;– o ambiente de trabalho.

    • Identificar os riscos existentes no local, conforme a classificação da tabela 6.1 (página 57 do livro do aluno).

    • Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia:– medidas de proteção coletiva;– medidas de organização do trabalho;– medidas de proteção individual;– medidas de higiene e conforto em banheiros, lavatórios, vestiários, armários, bebe-

    douro, refeitórios e áreas de lazer. • Identificar os indicadores de saúde:

    – queixas mais frequentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos mesmos riscos;

    – acidentes de trabalho ocorridos;– doenças profissionais diagnosticadas;– causas mais frequentes de ausência ao trabalho.

    • Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local. • Elaborar o Mapa de Riscos sobre o layout da empresa, indicando na legenda de riscos

    ambientais:– o grupo a que pertence o risco, de acordo com as cores que constam na tabela 6.1;– o número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro da

    legenda;– a especificação do agente, como químico (gasolina, ácido) ou ergonômico (repetiti-

    vidade, ritmo excessivo), deve ser anotada dentro da legenda;– a intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, deve ser repre-

    sentada por círculos de tamanhos diferente. 3) Grupo 1: Verde – riscos físicos; Grupo 2: Vermelho – riscos químicos; Grupo 3: Marrom – riscos biológicos; Grupo 4: Amarelo – riscos ergonômicos; Grupo 5: Azul – riscos de acidentes.

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    4)

    Grupo 1:

    Verde

    Grupo 2:

    Vermelho

    Grupo 3:

    Marrom

    Grupo 4:

    Amarelo

    Grupo 5:

    Azul

    Riscos físicosRiscos químicos

    Riscos biológicos

    Riscos ergonômicos Riscos de acidentes

    Ruídos Poeiras Vírus Esforço físico intenso Arranjo físico inadequado

    Vibrações Fumos BactériasLevantamento e trans-porte manual de peso

    Máquinas e equipamen-tos sem proteção

    Radiações ionizantes

    Névoas ProtozoáriosExigência de postura inadequada

    Ferramentas inadequa-das ou defeituosas

    Radiações não ionizantes

    Neblinas FungosControle rígido de produtividade

    Iluminação inadequada

    Frio Gases ParasitasImposição de ritmos excessivos

    Eletricidade

    Calor Vapores BacilosTrabalhoemturnoenoturno

    Probabilidade de incên-dio ou explosão

    Pressões anormais

    Substâncias, compostos ou produtos quími-cos em geral

    Jornadasdetrabalhoprolongadas

    Armazenamento inadequado

    Umidade Monotonia e repetitividade

    Animaispeçonhentos

    Outras situações causadoras de stress físico e/ou psíquico

    Outras situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes

    5)

    Ruído

    Vibração

    Ventilação

    Umidade

    Temperatura

    Poeiras e fumaças

    Gases e vapores

    Substâncias químicas

    Iluminação

    Radiação

    Riscos relacionados ao ambiente de trabalho

    Riscos relacionados à atividade

    Posição incômoda Situação de emergência

    Trabalhoemgrandevelocidade

    Trabalhonãocriativo

    Pressãodachefia

    Não poder conversar com os colegas

    Não poder realizar atividades de defesa coletiva

    Alta exposição

    Médiaexposição

    Esforço físico pesado

    Intervalosehorasextras

    Trabalhoperigoso

    Atenção constante

    Monotonia e repetitividade

    Risco de acidentes

    Turno rotatório ou de revezamento

    Permanência no posto detrabalho Baixa exposição

  • 21

    Segurança do Trabalho

    6) As principais medidas de controle dos riscos ambientais referem-se ao ambiente ou ao pessoal, são: a substituição do produto tóxico; a mudança do processo ou do equipa-mento; o enclausuramento ou o confinamento; a ventilação; a umidificação; a segregação; a boa manutenção; a conservação; a ordem e a limpeza.

    7) As medidas relativas ao pessoal são: os Equipamentos de Proteção Individual; a limitação de exposição e o controle médico.

    8) Nem todo produto ou agente presente no ambiente de trabalho causa, obrigatoriamente, dano à saúde. Para que isso ocorra, é preciso que haja uma interrelação entre os seguintes fatores: o tempo de exposição, a concentração do contaminante no ambiente, o grau de toxidade da substância, a forma em que o contaminante se encontra e a possibilidade de as pessoas absorverem as substâncias.

    9) A critério do aluno.

    Capítulo 7

    Respostas – página 731) A sinalização de segurança é importante porque por meio da identificação com cores em

    locais de trabalho, a fim de indicar e advertir acerca dos riscos existentes, se torna mais uma fonte de prevenção de acidentes.

    2) A sinalização de segurança, assunto tratado na NR-26, tem por objetivo fixar cores que devem ser usadas em locais de trabalho para a prevenção de acidentes, a fim de identifi-car equipamentos de segurança, delimitar áreas, identificar canalizações empregadas em indústrias para a condução de líquidos e gases e, consequentemente, advertir contra riscos de acidentes.

    3) A ABNT NBR 7195: cores para segurança; a ABNT NBR 13434: sinalização de segu-rança contra incêndios e pânico; a ABNT NBR 6493: emprego de cores para identificação de tubulações; a ABNT NBR 14725: ficha de informações de seguranças de produtos químicos; a ABNT NBR 7500: símbolos de risco e manuseio para o transporte e arma-zenamento de materiais; a IT-20: sinalização de emergência – Instrução Técnica do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo e a Portaria nº 204/1997 do Ministério dos Transportes – instruções complementares ao regulamento do transporte rodoviário de produtos perigosos.

    4) A critério do aluno.

    5) A NR-2 estabelece as condições e os critérios para a solicitação de inspeção prévia ao Ministério do Trabalho e Emprego das instalações nos estabelecimentos comerciais e industriais, a fim de assegurar que iniciem suas atividades livre de riscos de acidentes e/ou doenças do trabalho. A NR-26 tem por objetivo fixar as cores que devem ser usadas nos locais de trabalho para a prevenção de acidentes, identificando os equipamentos de segurança, delimitando áreas, etc. Um dos critérios estabelecidos pela NR-2 para que os comércios e indústrias iniciem suas atividades é o cumprimento da NR-26.

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    6) A critério do aluno.

    7) A critério do aluno.

    8) a. Vermelho – deve ser usado para distinguir e indicar equipamentos e aparelhos de pro-teção e combate a incêndio.

    b. Amarelo – em canalizações, deve-se utilizar o amarelo para identificar gases liquefeitos, como o gás liquefeito de petróleo (GLP) e o gás de cozinha.

    c. Verde – é a cor que caracteriza segurança.

    d. Laranja – significa alerta.

    e. Preto – é empregado para indicar as canalizações de inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade, óleo lubrificante, asfalto, etc.

    f. Alumínio – é utilizado em canalizações contendo gases liquefeitos, inflamáveis e com-bustíveis de baixa viscosidade, óleo diesel, etc.

    9) No rótulo devem constar os seguintes tópicos:

    • nome técnico do produto;

    • indicações de risco;

    • palavra de advertência, designando o grau de risco;

    • medidas preventivas, abrangendo aquelas a serem tomadas em caso de acidentes;

    • primeiros socorros;

    • informações para médicos, em caso de acidentes;

    • instruções especiais em caso de fogo, derrame ou vazamento, quando for o caso.

    10) A critério do aluno.

    Capítulo 8

    Respostas – página 891) Considera-se Equipamento de Proteção Individual (EPI) todo dispositivo de uso indivi-

    dual destinado a proteger a integridade física do trabalhador.

    2) Os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) dizem respeito à proteção coletiva dos trabalhadores. Deve-se também proteger, além dos riscos individuais, todos os trabalha-dores expostos a determinados riscos de acidentes do trabalho enquanto um grupo realiza determinada tarefa ou atividade no ambiente de trabalho.

    3) a. Do empregador:

    • adquirir o EPI adequado à atividade do empregado;

    • fornecer ao empregado somente o EPI aprovado pelo Ministério do Trabalho (MTE);

    • treinar o trabalhador sobre o uso adequado do EPI;

    • tornar obrigatório o uso do EPI;

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    Segurança do Trabalho

    • substituir o EPI, imediatamente, quando danificado ou extraviado;

    • responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica do EPI;

    • comunicar ao TEM qualquer irregularidade observada no EPI adquirido.

    b. Do funcionário:

    • utilizar o EPI apenas para a finalidade a que se destina;• responsabilizar-se por guardar e conservar o EPI;• comunicar ao empregador qualquer alteração que torne o EPI

    impróprio para uso. c. Do fabricante:

    • comercializar somente EPI com Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho (CA);

    • renovar o CA, quando vencido o prazo de validade estipulado pelo Ministério do Trabalho;

    • requerer novo CA, quando houver alteração das especificações do equipamento aprovado.

    4) O Artigo 166 da CLT: A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gra-tuitamente, equipamento de proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados.

    5) O CA é o Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho. Sua importância está em garantir que o EPI passou por testes de qualidade e que irá proteger o trabalhador de forma satisfatória.

    6) Os EPIs são para proteção da cabeça, dos olhos e da face, do aparelho auditivo, do tronco, das vias respiratórias, dos membros superiores e inferiores, do corpo inteiro e contra quedas com diferença de nível. Por exemplo, os EPIs para a proteção da cabeça são o capacete que protege contra impactos de objetos sobre o crânio e choques elétricos, o crânio e a face dos riscos provenientes de fontes geradoras de calor nos traba-lhos de combate a incêndio; e também há o capuz que protege o crânio e o pescoço contra riscos de origem térmica e respingo de produtos químicos.

    7) Sugestão de resposta: o aluno pode escolher qualquer um dos EPIs apresentados no livro.

    Óculos de segurança para a proteção dos olhos contra: • impactos de partículas volantes; • luminosidade intensa; • radiação ultravioleta; • radiação infravermelha; • respingos de produtos químicos.

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    Máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra:

    • impactos de partículas volantes;

    • radiação ultravioleta;

    • radiação infravermelha;

    • luminosidade intensa.

    Protetor auditivo:

    • Circum-auricular;

    • De inserção, tipo plug;

    • Semiauricular.

    Creme Protetor:

    • de segurança para proteção dos membros superiores contra agentes químicos.

    Braçadeira:

    • para proteção do antebraço contra agentes cortantes.

    8) Sinalizadores, placas de sinalização, correntes, cones, extintores, etc.

    9) • Classe A – assim é identificado o fogo em materiais sólidos que deixam resíduos, como madeira, papel, tecido e borracha. Pode ser combatido por meio de pó químico (só para pequenos incêndios), gás carbônico (só para pequenos incêndios), compostos halogenados (só no início), espuma mecânica e água.

    • Classe B – ocorre quando a queima acontece em líquidos inflamáveis, graxas e gases combustíveis. Pode ser combatido com espuma química ou mecânica, pó químico, gás carbônico e compostos halogenados.

    • Classe C – classe de incêndios em equipamentos elétricos energizados. A extinção deve ser feita por agente extintor que não conduza eletricidade, como: pó químico, gás carbônico e compostos halogenados.

    10) De acordo com a redação da IT-21 do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, são definições de agentes extintores:

    • Pó Químico – quebra a reação em cadeia, interrompendo o processo de combustão. Há várias composições de pós, divididas em tipo BC (líquidos inflamáveis e energia elétrica); ABC (múltiplo uso, polivalente, para fogo em sólidos, líquidos inflamáveis e eletricidade); e D (metais combustíveis).

    • Compostos Halogenados – compostos químicos que provocam a quebra da reação em cadeia. Também agem por abafamento. Não danificam equipamentos eletrônicos sensíveis.

    • Gás Carbônico (CO2) – age por abafamento e por resfriamento em ação secundária. É um gás sem cheiro, sem cor e não conduz eletricidade, sendo recomendado na extin-ção de fogo classe B e C. É asfixiante e, por isso, deve-se evitar seu uso em ambientes pequenos e fechados.

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    • Espuma Mecânica – age primeiro por abafamento e por resfriamento. Quando a espuma é do tipo AFFF, o líquido drenado forma um filme aquoso na superfície do combustível, dificultando a reignição.

    • Água – age inicialmente por resfriamento. Sua ação por abafamento ocorre devido à sua capacidade de transformação em vapor, na razão de 1 litro de água para 1 500 litros de vapor.

    Capítulo 9

    Respostas – página 981) O PCMSO é o Programa de Controle Médico Ocupacional e tem como objetivo a

    promoção e a preservação da saúde do conjunto dos trabalhadores de uma empresa.

    2) O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos, con-forme segue:

    • admissional;

    • periódico;

    • de retorno ao trabalho;

    • de mudança de função;

    • demissional.

    3) São intervalos mínimos de tempo para a realização dos exames médicos:

    • para trabalhadores expostos a riscos ou a situações de trabalho que impliquem o desen-cadeamento ou agravamento de doença ocupacional, ou, ainda, para aqueles que sejam portadores de doenças crônicas. Os exames deverão ser repetidos em caráter anual, ou a intervalos menores, a critério do médico encarregado, ou se notificado pelo médico agente da inspeção do trabalho, ou, ainda, como resultado de negociação coletiva de trabalho.

    • para os demais trabalhadores deve ser anual, quando menores de 18 anos e maiores de 45 anos de idade, e a cada dois anos para os trabalhadores entre 18 anos e 45 anos de idade.

    4) Para cada exame médico realizado, o médico emitirá o ASO, que é o Atestado de Saúde Ocupacional. O ASO deverá, no mínimo, conter:

    • o nome completo do trabalhador, o número da identidade e sua função;

    • os riscos ocupacionais específicos existentes;

    • indicação dos procedimentos médicos a que foi submetido o trabalhador, incluindo os exames complementares e a data em que foram realizados;

    • o nome do médico coordenador, quando houver, com respectivo número de inscrição no Conselho Regional de Medicina (CRM);

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    • definição de apto ou inapto para a função específica que o trabalhador exercerá, exerce ou exerceu;

    • nome do médico encarregado do exame e endereço ou forma de contato;

    • data e assinatura do médico encarregado do exame e carimbo con-tendo seu número de inscrição no CRM.

    5) São considerados insalubres, os ambientes avaliados qualitativamente por laudos específicos, isto é, de acordo com o tipo de agente de risco, sob responsabilidade técnica de um engenheiro de segurança ou médico do trabalho, que apresentem níveis capazes de oferecer danos à saúde dos trabalhadores.

    6) Há 3 graus de insalubridade: máximo, médio e mínimo, que asseguram aos trabalhadores um adicional no salário profissional correspondente a 40%, 20% e 10%, respectivamente, desde que não seja possível a elimi-nação ou neutralização da insalubridade por meios preventivos.

    7) São consideradas atividades ou operações perigosas aquelas que, por sua natureza, impliquem no contato permanente do trabalhador com infla-máveis, explosivos e energia elétrica em condições de risco acentuado.

    8) A CLT, no seu Art. 7º, Inciso IX, estabelece que são direitos dos traba-lhadores, além de outros, remuneração do trabalho noturno superior à do diurno. Tem direito ao adicional noturno o empregado que trabalha no período entre 22 horas de um dia e 5 horas do dia seguinte. O valor adicional noturno a ser acrescido ao salário é de 20%, pelo menos, sobre a hora diurna.

    9) A CIPA é a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, é composta meio a meio de representantes indicados da empresa e de representan-tes eleitos pelos trabalhadores em voto secreto. A CIPA representa um importante papel na defesa da saúde dos trabalhadores nos locais de tra-balho, por meio de seu papel preventivo.

    10) As principais atribuições preventivas da CIPA são:

    • identificar os riscos do processo de trabalho e elaborar o Mapa de Riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver;

    • elaborar um plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e saúde no trabalho;

    • participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho;

    • realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando à identificação de situações que venham trazer ris-cos para a segurança e saúde dos trabalhadores;

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    Segurança do Trabalho

    • realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;

    • divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e à saúde no trabalho;

    • participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à segurança e à saúde dos trabalhadores;

    • requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina ou setor no qual considere haver risco grave e iminente à segurança e à saúde dos trabalhadores;

    • colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros programas relacionados à segurança e à saúde no trabalho;

    • divulgar e promover o cumprimento das Normas Reguladoras, bem como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relati-vas à segurança e à saúde no trabalho;

    • participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas identificados;

    • requisitar ao empregador, e analisar, as informações sobre questões que tenham interferido na segurança e saúde dos trabalhadores;

    • requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas;

    • promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT;

    • participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção de Doenças.

    Capítulo 10

    Respostas – página 1111) Pode-se definir a gestão de segurança como um conjunto de medidas

    planejadas, e efetivamente tomadas, para evitar a ocorrência de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais em empresas.

    2) Os riscos quanto à natureza são classificados em:

    • Constantes – são aqueles que mantêm suas características de iden-tificação inalteráveis, como equipamentos fixos, máquinas de serrar, etc.

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    Segu

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    • Variáveis – são aqueles que apresentam alterações substanciais por influência de fatores externos, como incêndios de bosques, que variam de acordo com a estação do ano, e acidentes de trânsito, variáveis de acordo com faixa de período.

    • Progressivo – são aqueles que apresentam maior potencialidade à medida que transcorre o tempo, como riscos decorrentes da idade avançada.

    3) Administração correta, conscientização dos trabalhadores e empresários quanto a segurança, e ao trabalho, atuação na área de risco e atendimento de acidentados.

    4) Incompetência, irresponsabilidade, excesso de confiança, falta de con-fiança, problemas pessoais e incompatibilidade.

    5) A critério do aluno.

    6) É um referencial normativo internacional que permite as organizações programarem um sistema de gestão de saúde e segurança, dotando-as das ferramentas necessárias para controlar os riscos e melhorar o seu desempenho.

    7) • Melhorar a eficiência e reduzir acidentes e custos associados.

    • Aumentar o controle dos perigos, reduzindo os riscos por meio da definição de objetivos, metas e responsabilidades.

    • Estimular e/ou manter a motivação dos colaboradores.

    • Evidenciar a conformidade legal.

    • Aumentar a confiança de clientes, comunidade e demais partes inte-ressadas da organização.

    • Reduzir prêmios de seguro;

    • Consolidar uma estratégia de desenvolvimento sustentado;

    • Melhorar e encorajar uma efetiva comunicação interna e externa.

    8) A Teoria de Maslow é conhecida como uma das mais importantes teorias de motivação. Para ele, as necessidades dos seres humanos obedecem a uma hierarquia, ou seja, uma escala de valores a serem transpostos. Isto significa que no momento em que o indivíduo realiza uma necessidade, surge outra em seu lugar, exigindo sempre que as pessoas busquem meios para satisfazê-la. Poucas, ou nenhuma pessoa, procurarão reco-nhecimento pessoal e status se suas necessidades básicas estiverem insatisfeitas. Está relacionada com o sistema de gestão de segurança do trabalho referente a Segurança do Trabalhador que é a garantia de um estado satisfatório de bem-estar físico e mental do empregado, no traba-lho para a empresa e, se possível, fora do ambiente dela, como em uma viagem de trabalho, no lar, no lazer, etc.

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    Segurança do Trabalho

    9) A Lei de Murphy preconiza que: se alguma coisa pode dar errado, com certeza dará. Dessa forma, sua relação com a Segurança do Trabalho está nas seguintes conclusões:

    • Qualquer operação pode ser feita de forma errada, não importando quão remota seja essa possibilidade, algum dia será feita de modo errado.

    • Não importa o quanto é difícil danificar um equipamento, alguém vai achar um jeito de fazê-lo.

    • Se algo pode falhar, essa falha deve ocorrer no momento mais ino-portuno e com o máximo de dano.

    • Mesmo na execução da mais perigosa e complicada operação, as ins-truções poderão ser ignoradas.

    10) A critério do aluno.