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EDITAL Nº 001 EDITAL DE CHAMAMENTO PARA IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE ACOLHIMENTO EM PROGRAMA FAMÍLIA ACOLHEDORA O Município de Iguaba Grande, por intermédio da Secretaria Municipal de Trabalho e Ação Social - SETAS, no uso de suas atribuições legais, e atendendo à Lei Municipal nº 1235 de 29 de maio de 2017, vem tornar pública a realização do Chamamento, para processo de inscrição e seleção de famílias, para implantação do Programa Municipal de Acolhimento Provisório de Crianças e Adolescentes, denominado “Programa Família Acolhedora”, que será prestado na Central de Atendimento, localizada à Rua Antelim Teixeira de Carvalho nº 140. Considerando a Resolução CNAS nº 109/2009 que aprova a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais, o Programa Família Acolhedora é considerado um Serviço de Proteção Social Especial de Alta Complexidade. 1. DO OBJETIVO O chamamento, regido por este Edital, tem por finalidade selecionar até 05 (cinco) famílias do Município de Iguaba Grande com mais 05 (cinco) em cadastro de reserva, interessadas em participar do Serviço de Acolhimento “Família Acolhedora”, destinadas ao atendimento de crianças e/ou adolescentes, de ambos os sexos, em situação de risco pessoal e social, em medida protetiva, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA Lei nº 8.069/90. 2. DO SERVIÇO 2.1- O Serviço de Família Acolhedora organiza o acolhimento de crianças e/ou adolescentes afastados temporariamente da família de origem mediante medida

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EDITAL Nº 001

EDITAL DE CHAMAMENTO PARA IMPLANTAÇÃO DO

SERVIÇO DE ACOLHIMENTO EM PROGRAMA FAMÍLIA

ACOLHEDORA

O Município de Iguaba Grande, por intermédio da Secretaria Municipal de Trabalho e

Ação Social - SETAS, no uso de suas atribuições legais, e atendendo à Lei Municipal nº

1235 de 29 de maio de 2017, vem tornar pública a realização do Chamamento, para

processo de inscrição e seleção de famílias, para implantação do Programa Municipal de

Acolhimento Provisório de Crianças e Adolescentes, denominado “Programa Família

Acolhedora”, que será prestado na Central de Atendimento, localizada à Rua Antelim

Teixeira de Carvalho nº 140.

Considerando a Resolução CNAS nº 109/2009 que aprova a Tipificação Nacional de

Serviços Socioassistenciais, o Programa Família Acolhedora é considerado um Serviço

de Proteção Social Especial de Alta Complexidade.

1. DO OBJETIVO

O chamamento, regido por este Edital, tem por finalidade selecionar até 05 (cinco)

famílias do Município de Iguaba Grande com mais 05 (cinco) em cadastro de reserva,

interessadas em participar do Serviço de Acolhimento “Família Acolhedora”, destinadas

ao atendimento de crianças e/ou adolescentes, de ambos os sexos, em situação de risco

pessoal e social, em medida protetiva, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente

- ECA Lei nº 8.069/90.

2. DO SERVIÇO

2.1- O Serviço de Família Acolhedora organiza o acolhimento de crianças e/ou

adolescentes afastados temporariamente da família de origem mediante medida

protetiva, conforme decisão judicial, em residência de famílias acolhedoras. O

acolhimento deve ocorrer paralelamente ao trabalho com a família de origem, com

vistas à reintegração familiar.

3. DA INSCRIÇÃO

3.1- Antes de efetuar a inscrição, a família interessada deverá tomar conhecimento do

disposto neste Edital, certificar-se de que preenche os requisitos exigidos para participar

do Serviço de Acolhimento na modalidade Família Acolhedora e ter disponibilidade

para participar do processo de capacitação, bem como das reuniões estipuladas pela

equipe técnica do serviço.

3.2- A inscrição implica, desde logo, no conhecimento e na aceitação, pela família

interessada, das regras e condições estabelecidas neste Edital e na lei que criou o serviço

(anexo VI do edital), das quais não poderá alegar desconhecimento.

3.3- A etapa de inscrição terá início em 03/04/18 sem previsão de término por se

caracterizar um serviço de prestação continuada, das 08h00 às 17h00, na sede da

Secretaria de Trabalho e Ação Social, situada na Rua Antelim Teixeira de Carvalho nº

140 mediante a entrega da Ficha de Cadastro (ANEXO II), devidamente preenchida.

3.4- A Ficha de Cadastro, juntamente com o comprovante da Inscrição (ANEXO III)

ficará disponível no endereço eletrônico www.iguaba.rj.gov.br para que a família

interessada faça seu preenchimento prévio, devendo entregá-los junto com a

documentação exigida.

3.5- A inscrição das famílias interessadas no acolhimento de crianças e/ou adolescentes

será gratuita e feita mediante preenchimento da Ficha de Cadastro do Programa e

apresentação dos documentos abaixo relacionados:

I - Carteira de Identidade - RG;

II - Cadastro de Pessoas Físicas - CPF;

III - Certidão de Nascimento ou Casamento;

IV - Comprovante de Residência no município;

V - Certidão Negativa de Antecedentes Criminais na esfera Estadual e Federal;

VI – Declaração de rendimento da família.

3.6. A inscrição da Família Acolhedora será realizada pela equipe técnica do Programa

e condicionada à apresentação dos documentos supracitados de todos os membros do

núcleo familiar maiores de 18 anos.

3.7. A diferença de idade entre o responsável pela família acolhedora e o acolhido

deverá ser de no mínimo 16 anos;

3.8. Os responsáveis pelo acolhimento não poderão ter nenhuma pendência com a

documentação requerida;

3.9. Em caso de documentação eventualmente pendente dos outros membros da família,

a equipe técnica deverá avaliar cada situação.

3.10. Poderá ser família acolhedora aquela que preencha os seguintes requisitos:

I - residir no Município de Iguaba Grande há mais de 02 (dois) anos, sendo vedada a

mudança de domicílio;

II - ser maior de 21 (vinte e um) anos, mantendo uma diferença de idade entre a criança

e o adolescente, pelo menos de 16 (dezesseis) anos;

III - apresentar idoneidade moral, boas condições de saúde física e mental e demonstrar

que estejam interessadas em ter sob sua responsabilidade crianças e adolescentes,

zelando pelo seu bem estar;

IV - não apresentar problemas psiquiátricos ou de dependência de substâncias

psicoativas;

V - possuir disponibilidade para participar do processo de habilitação e das atividades

do serviço;

VI - não estar inscrita no cadastro de adoção e não manifestar interesse por adoção da

criança e do adolescente participante do Programa Família Acolhedora;

VII – existir a concordância de todos os membros da família acolhedora com o

acolhimento;

VIII - ter espaço físico adequado para acolher a criança ou o adolescente;

IX – apresentar estabilidade familiar vinculada a um estudo socioeconômico;

§ 1º Deverá ser promovido o encaminhamento da criança ou adolescente com

possibilidade de retornar para a família natural, nuclear ou extensa.

§ 2º A família acolhedora não poderá ser a família natural ou extensa do acolhido.

3.11. A família interessada deverá apresentar declaração de não ter interesse em adoção.

3.12. As informações prestadas na Ficha de Cadastro são de inteira responsabilidade da

família interessada, dispondo a equipe técnica do Serviço Família Acolhedora o direito

de excluir da seleção, se o preenchimento for feito com dados incorretos, bem como se

constatado serem inverídicas as referidas informações.

3.13. Não será permitida a realização de inscrição extemporânea, nem por procuração,

via fax, via postal ou correio eletrônico.

3.14. Será indeferida a inscrição que estiver em desacordo com as disposições deste

Edital.

3.15. É de inteira responsabilidade da família interessada, acompanhar as publicações

dos atos relativos à seleção das famílias no endereço eletrônico www.iguaba.rj.gov.br

4. DAS RESPONSABILIDADES

4.1- Caberá à Prefeitura Municipal de Iguaba Grande por meio da Secretaria de

Trabalho e Ação Social:

4.1.1- Realizar o processo de inscrição e seleção das famílias interessadas;

4.1.2- Realizar o acompanhamento das crianças e /ou adolescentes;

4.1.2.1- Preparar e acompanhar as crianças e/ou adolescentes no processo de

transferência para a moradia da família acolhedora, bem como durante o período em que

residirão com a mesma;

4.1.2.2- Preparar e acompanhar as crianças e/ou adolescentes após o retorno às famílias

de origem durante o período de adaptação mútua por no mínimo 6 (seis) meses.

4.1.3- Realizar o acompanhamento das famílias acolhedoras:

4.1.3.1- Capacitar as famílias selecionadas, para receber a criança e/ou adolescente que

ficará sob sua guarda;

4.1.3.2- Acompanhar as Famílias Acolhedoras por meio de procedimentos técnicos e

visitas domiciliares regulares, que identifiquem eventuais alterações na dinâmica

familiar a partir da guarda; possíveis conflitos e suas resoluções; condições de moradia

e situação emocional das crianças e/ou adolescentes, etc;

4.1.3.3- Preparar as Famílias Acolhedoras para o desligamento da criança e/ou

adolescentes;

4.1.3.4- Construir o Plano Individual de Atendimento com a contribuição da Família

Acolhedora conforme os §§ 4º e 5º do Artigo 101 do ECA.

4.1.4- Realizar acompanhamento das Famílias de Origem:

4.1.4.1- Conhecer a história das famílias por meio de relatórios e reuniões com os

técnicos do serviço de alta complexidade, da Vara da Infância e da Juventude e do

Conselho Tutelar, identificando os motivos que levaram ao acolhimento, construindo

um plano de ação para o retorno da criança e/ou adolescente ao lar;

4.1.4.2- Acompanhar e trabalhar as famílias por meio de procedimentos técnicos e

visitas domiciliares, desenvolvendo as diferentes capacidades dos seus integrantes,

propiciando ganhos de autonomia e melhoria sustentável da qualidade de vida;

4.1.4.3- Inserir as famílias, conforme o caso, em programas da rede de proteção e

inclusão social, das demais secretarias afins e em recursos da comunidade;

4.1.4.4- Preparar as famílias para o retorno das suas crianças e/ou adolescentes ao lar;

4.1.4.5- Acompanhar a família de origem a partir do retorno das crianças e/ou

adolescentes, durante o período necessário a Adaptação Mútua.

4.1.5- A família acolhedora tem a responsabilidade familiar pelas crianças e

adolescentes acolhidos enquanto estiverem sob sua proteção, responsabilizando-se pelo

que se segue:

4.1.5.1. Assumir todos os direitos e responsabilidades legais reservados ao guardião,

obrigando-se à prestação de assistência material, moral e educacional à criança e ao

adolescente, nos termos do artigo 33 do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA;

4.1.5.2. Acolher, quando for o caso, grupo de irmãos para evitar a ruptura dos vínculos

familiares;

4.1.5.3. Assinar o Termo de Adesão após emissão de parecer psicossocial favorável à

inclusão no serviço com a entrega por todos os membros da família maiores de 18 anos,

os seguintes documentos:

I – cópia autenticada da carteira de identidade – RG;

II – cópia autenticada do cadastro de pessoas físicas – CPF;

III – comprovante de residência atualizado;

IV – atestado de antecedentes criminais;

V – atestado de saúde física e mental;

VI - número da conta bancária do membro designado no Termo de Guarda para o

crédito da bolsa auxílio.

4.1.5.4. Participar do processo de preparação, formação e acompanhamento, inclusive

das capacitações e encontros a serem marcados pela equipe técnica do serviço;

4.1.5.5. Participar de Serviços e Programas da Assistência Social desenvolvidos pelo

Município e de atividades comunitárias, conforme orientação da equipe técnica;

4.1.5.6. Receber a equipe técnica do serviço em visita domiciliar;

4.1.5.7. Comunicar a equipe do serviço todas as situações de enfrentamento, de

dificuldades que observem durante o acompanhamento, seja sobre a criança, seja sobre

a própria família acolhedora e a família de origem;

4.1.5.8. Prestar informações sobre a situação da criança acolhida aos profissionais que

estão acompanhando a situação;

4.1.5.9. Manter todas as crianças e/ou adolescentes regularmente matriculados e

frequentando assiduamente as unidades educacionais, desde a pré-escola até concluírem

o ensino médio;

4.1.5.10. Contribuir na preparação da criança ou adolescente para o retorno à família de

origem, sempre sob orientação técnica dos profissionais do Serviço Família Acolhedora;

4.1.5.10.1. Nos casos de não adaptação, a família procederá à desistência formal da

guarda, responsabilizando-se pelos cuidados da criança e/ou adolescente acolhido até

novo encaminhamento, o qual será determinado pela autoridade judiciária;

4.1.5.10.2. A transferência para outra família deverá ser feita de maneira gradativa e

com o devido acompanhamento.

5. DA REGULAMENTAÇÃO DO SERVIÇO

5.1- O Serviço em Família Acolhedora organiza o acolhimento, em residência de

famílias cadastradas, de crianças e/ou adolescentes, na faixa etária de 00 (zero) a 18

(dezoito) anos incompletos, afastadas do convívio familiar, por meio de medida

protetiva aplicada pelo judiciário, de acordo com o ECA, art. 101, em função de

abandono, ou cujas famílias ou responsáveis encontrem-se, temporariamente,

impossibilitados de cumprir sua função de cuidado e proteção.

5.2- O tempo de acolhimento da criança ou adolescente na família acolhedora será de:

I- 01 (um) dia até 01 (um) mês, nos casos de acolhimento emergencial;

II- 01 (um) mês até 03 (três) meses, nos casos de acolhimento de curta permanência;

III- 03 (três) meses até 06 (seis) meses, nos casos e acolhimento de média permanência;

IV- 06 (seis) meses até 01 (um) ano, nos casos de acolhimento de longa permanência.

5.3- O acolhimento em Família Acolhedora deve procurar preservar o vínculo entre

grupo de irmãos e respeitar os princípios da diversidade cultural e equidade de gênero.

5.4- A Família Acolhedora selecionada ficará em Cadastro de Reserva, e dependendo da

demanda para o Serviço receberá uma ajuda de custo enquanto durar o acolhimento das

crianças e/ou adolescentes pela família.

6. DO RECEBIMENTO DOS RECURSOS PREVISTOS NESSE EDITAL

6.1- O início dos trabalhos previstos nesse edital está condicionado à seleção das

famílias, que terá sua execução, conforme previsto no respectivo documento.

6.2- A Secretaria de Trabalho e Ação Social que executará o Programa Família

Acolhedora fica autorizada a conceder às famílias acolhedoras, uma bolsa auxílio

mensal para cada criança ou adolescente acolhido, durante o período que perdurar o

acolhimento, no valor de 01 (um) salário mínimo, devido a partir da expedição de Guia

de Acolhimento ou decisão judicial, verificando a dotação orçamentária para aquele

exercício.

6.2.1 - Será acolhida uma criança ou adolescente por família, salvo se forem irmãos ou

outro motivo justificado.

6.2.2 - Em casos de crianças ou adolescentes com deficiência ou com demandas

específicas de saúde, devidamente comprovadas com laudo médico, o valor será de 1 ½

(uma e meia) bolsa auxílio.

6.2.3 - Em caso de acolhimento, pela mesma família, de mais de uma criança ou

adolescente, o valor da bolsa auxílio será proporcional ao número de crianças e

adolescentes.

6.2.4 - Nos casos em que o acolhimento familiar for inferior a 1 (um) mês, a família

acolhedora receberá bolsa auxílio proporcional ao tempo do acolhimento, não sendo

inferior a 25% (vinte e cinco por cento) do valor mensal.

6.3 - O valor da bolsa auxílio será repassado por meio de depósito em conta bancária,

em nome do membro designado no Termo de Guarda.

6.4 - A família acolhedora que tenha recebido a bolsa auxílio e não tenha cumprido as

disposições desta Lei fica obrigada a promover o ressarcimento da importância recebida

durante o período da irregularidade, sem prejuízo das demais obrigações fiscais,

inclusive com a devolução dos valores devidamente atualizados.

6.5 - As famílias acolhedoras prestarão serviço de caráter voluntário e sem vínculo

empregatício com o Município.

7. DO CHAMAMENTO ÀS FAMÍLIAS

7.1- O Chamamento das famílias acolhedoras será realizado em duas fases:

7.1.1 - 1ª FASE – Análise da Documentação:

7.1.1.1- Análise da Documentação: Avaliação dos documentos apresentados pelas

famílias, para fins de verificar a procedência e o cumprimento dos critérios

estabelecidos nesse edital. Caso a família participante não apresente os documentos em

consonância com o exigido, será eliminada.

7.1.1.2- No dia 04/06/18, será efetuada a publicação, no endereço eletrônico

www.iguaba.rj.gov.br, da primeira listagem das famílias consideradas aptas para a 2ª

fase, tendo em vista o processo continuado do Serviço de Acolhimento em Família

Acolhedora.

7.1.1.3- Na publicação do resultado da 1ª fase, serão designados data, hora e local para a

realização da 2ª fase.

7.1.2 - 2ª FASE – Avaliação Técnica (psicossocial): de caráter classificatório e

eliminatório, aplicada somente para as famílias consideradas aptas na 1ª fase.

7.1.2.1 - Avaliação Técnica (psicossocial): Avaliação para verificação de que família

habilitada na 1ª fase preenche os requisitos necessários à função. Nesta etapa, as

famílias deverão ser submetidas a um estudo psicossocial, que será realizado por meio

de:

1. Entrevista individual;

2. Visita domiciliar. A equipe técnica avaliará cada fase da etapa. Somente as famílias

aprovadas na primeira fase participarão desta etapa, cuja aprovação se dará em parecer

da equipe técnica do Programa Família Acolhedora.

7.1.2.2- A Administração Pública reserva o direito de chamar somente o quantitativo

necessário para atender à necessidade existente e estabelecida neste Edital, de acordo

com o início da execução do serviço de acolhimento na modalidade Família

Acolhedora.

8. DA CLASSIFICAÇÃO

8.1- Primeira Fase: Eliminatória.

8.2 - Segunda Fase: Eliminatória.

8.3 - Será considerada apta a família que obtiver parecer favorável da equipe técnica em

ambas as fases, a classificação se dará de acordo com a observância dos aspectos

psicossociais, mediante relatório técnico elaborado pela equipe multidisciplinar do

Serviço Família Acolhedora.

8.4 - Serão selecionadas para o cadastro de reserva de Acolhimento Familiar até 05

(cinco) famílias.

9. DO RESULTADO FINAL

9.1- O resultado final do Chamamento das famílias será divulgado no dia 29/09/2018,

sendo atualizado a cada 06 (seis) meses, tendo em vista o processo continuado de

inscrição para o Serviço de Acolhimento “Programa Família Acolhedora” com a

publicação no Site Oficial da Prefeitura de Iguaba Grande com o endereço eletrônico:

www.iguaba.rj.gov.br.

9.2- Não haverá fornecimento de informações individuais às famílias candidatas.

10. DOS RECURSOS

10.1- Serão aceitos recursos, para a 1ª Fase (Análise da Documentação), por escrito (ver

modelo no ANEXO V), que deverão ser preenchidos, impressos e assinados pela

família candidata e entregues, em caráter improrrogável, do dia 04/06/18 a 08/06/18, na

sede do Serviço no horário das 8h às 17h.

10.2- A Equipe Técnica do Família Acolhedora avaliará os recursos interpostos da 1ª

fase e fará pelo endereço eletrônico www.iguaba.rj.gov.br o pronunciamento até

11/06/2018.

10.3- Serão aceitos recursos para a 2ª fase, por escrito (ver modelo no ANEXO V), por

que deverá ser preenchido e entregue, em caráter improrrogável, do dia 17/08/18 a

21/08/18, na sede do Serviço no horário das 8h às 17h.

10.4- A Equipe Técnica do Família Acolhedora avaliará os recursos interpostos da 2ª

fase e fará pelo endereço eletrônico www.iguaba.rj.gov.br o pronunciamento até

29/08/18.

11. DA HOMOLOGAÇÃO

11.1- O resultado final do Chamamento será homologado e publicado no Site Oficial da

Prefeitura de Iguaba Grande, com o endereço eletrônico www.iguaba.rj.gov.br, até o dia

29/09/18.

12. DA COLOCAÇÃO DA CRIANÇA EM FAMÍLIA ACOLHEDORA

12.1- O acolhimento em Família Acolhedora será realizado conforme a demanda

encaminhada pela Vara da Infância e da Juventude, considerando o Cadastro de Reserva

de Acolhimento Familiar, bem como o perfil de cada família cadastrada e da criança

e/ou adolescente a ser acolhida.

13. DA EXTINÇÃO DO CONTRATO

13.1- Nos casos de inadaptação, a família procederá a desistência formal da guarda,

responsabilizando-se pelos cuidados da criança e/ou adolescente acolhido até novo

encaminhamento, o qual será determinado pela autoridade judiciária.

13.2- A transferência para outra família deverá ser feita de maneira gradativa e com o

devido acompanhamento.

13.3- A equipe técnica, diante do não cumprimento das responsabilidades pela Família

Acolhedora, poderá solicitar o desligamento desta do Serviço.

13.4- As famílias poderão solicitar o afastamento do serviço por um período de até seis

meses. Após este período, haverá cancelamento do cadastro.

14. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

14.1- A Equipe Técnica do Serviço Família Acolhedora terá amplos poderes para

orientação, realização e fiscalização dos atos necessários à efetivação de todo o certame;

14.2- A família candidata que, comprovadamente, usar de meios fraudulentos para

concorrer ao chamamento, atentando contra a disciplina ou desacatando a quem quer

que esteja investido de autoridade para supervisionar, coordenar ou fiscalizar as etapas

de seleção, será automaticamente excluída, sem prejuízo das demais penalidades legais;

14.3- A família candidata que omitir ou falsificar alguma informação essencial será

excluída do processo ou terá o seu contrato rescindido, se a apuração desta

irregularidade ocorrer depois de encerrado o certame;

14.4- A Coordenação do Serviço Família Acolhedora, poderá caso julgue necessário,

solicitar a SETAS equipe de apoio/trabalho para colaborar na análise de documentos,

entrevista e pela classificação final das famílias candidatas, bem como pelo

fornecimento de todas as informações referentes ao processo de seleção;

14.5- Não haverá justificativa para o não cumprimento pela família candidata dos

prazos determinados neste edital;

14.6- Serão de inteira responsabilidade da família candidata as declarações incompletas,

erradas ou desatualizadas do seu endereço;

14.7- Incorporar-se-ão a este Edital, para todos os efeitos, as disposições e instruções,

bem como editais complementares, retificações do Edital e resoluções referentes ao

processo de chamamento de famílias que vierem a ser expedidos;

14.8 – Todas as etapas e fases descritas no ANEXO I terão o caráter continuado por

conta da natureza do serviço prestado, sendo assim o cronograma será atualizado a cada

6 meses no endereço eletrônico www.iguaba.rj.gov.br.

14.9- Os casos omissos ou que gerarem dúvidas serão resolvidos pela Comissão

designada para coordenar a realização do Processo de Chamamento de Famílias;

14.10- O Cronograma (ANEXO I), a Ficha de Inscrição (ANEXO II), o comprovante de

inscrição de família Acolhedora candidata (ANEXO III), o modelo de Declaração

(ANEXO IV), o modelo de Recurso e protocolo (ANEXO V) e são partes integrantes

deste Edital.

14.11- Este Edital, em sua íntegra, será publicado no Site Oficial da Prefeitura de

Iguaba Grande, com o endereço eletrônico www.iguaba.rj.gov.br.

SECRETARIA MUNICIPAL DE TRABALHO E AÇÃO SOCIAL, Iguaba Grande -

RJ, ao 3º dia do mês de abril de 2018.

ANEXO I

CHAMAMENTO PARA IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE

ACOLHIMENTO EM PROGRAMA FAMÍLIA ACOLHEDORA

ETAPAS DATAS

Publicação do Edital de seleção 02/04/2018

Inscrição Famílias Acolhedoras 03/04/18

Avaliação das Famílias pela Equipe Técnica

Acolhida e avaliação documental – 1ª

fase

21/05/18

Divulgação das famílias aprovadas – 1ª

fase

04/06/18

Recurso 1ª fase 04/06/18 a 08/06/18

Resultado dos recursos 1ª fase 11/06/2018

Entrevista Individual -2ª fase 11/06/18 a 22/06/18

Visita Domiciliar -2ª fase 25/06/18 a 13/07/18

Análise dos Relatórios das Visitas pela equipe

Técnica

16/07/18 a 03/08/18

Divulgação das famílias aprovadas - 2ª

fase

13/08/2018

Recursos 2ª Fase 17/08/18 a 21/08/18

Resultado dos Recursos 29/08/18

Publicação do Resultado Final do site da PMIG 29/09/18

Capacitação inicial das Famílias selecionadas 03/09/18

Acompanhamento das famílias selecionadas Contínuo

NOTA: A PARTIR DO DIA 03/09/18 SERÁ ATUALIZADA A CADA 06 MESES A

LISTAGEM DE FAMILIAS APTAS NO SITE: www.iguaba.rj.gov.br

ANEXO II

FICHA DE CADASTRO DE FAMÍLIA ACOLHEDORA CANDIDATA

DATA: / Nº DA INSCRIÇÃO:

Nome do Responsável:

Data de Nascimento: Natural de:

CPF: RG: Órgão Emissor:

Estado Civil: ( ) solteiro(a) ( ) casado (a) ( ) união estável ( ) divorciado (a)

( ) viúvo(a)

Endereço: nº:

Bairro: Complemento:

Cidade: UF: CEP:

Ponto de Referência:

Tels: Residencial: Celular: Comercial:

Sugestão de horário para Visita Domiciliar:

Com quem mora: ( )sozinho ( )Família, quantas pessoas incluindo você? ______

( ) Amigos, quantas pessoas incluindo você? ______

Possui filhos: ( ) sim ( ) não Se sim, quantos _______

Como soube do serviço: ( ) TV ( ) Rádio ( ) Jornal ( ) Cartaz ( ) Internet

( ) Outros. Especificar: __________________________________

Como surgiu o interesse em participar do Programa:

OBSERVAÇÕES:

Perfil da família candidata

Possui alguma deficiência: ( ) sim ( ) não Se sim, qual? __________________

Nível de Escolaridade: ( ) Ens. Fund. Incomp. ( ) Ens. Fund. Completo

( ) Ens. Médio Incomp. ( ) Ens. Médio Completo

( ) Ens. Superior Incomp. ( ) Ens. Superior Completo

O candidato ou família recebe algum benefício de Programa do Governo:

( ) sim ( ) não. Se sim, qual? _______ R$: _________

Profissão:

Local de Trabalho:

Renda Familiar Declarada:

( ) Menos de 1 Salário Mínimo

( ) De 1 a 2 Salários Mínimos

( ) De 3 a 5 Salários Mínimos

( ) Mais de 5 Salários Mínimos

Declaro para os fins de direito, que estou de acordo com as regras estabelecidas no

edital para Chamamento do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora do município

de Iguaba Grande - RJ e que as informações por mim prestadas correspondem à

realidade.

___________________________________________________

ASSINATURA DO RESPONSÁVEL PELA INSCRIÇÃO

ANEXO III

COMPROVANTE DE INSCRIÇÃO DE FAMÍLIA ACOLHEDORA

CANDIDATA

Data da Inscrição: Nº da Inscrição:

Nome da candidata (o):

Data de Nasc: Sexo: ( ) M ( ) F Idade:

____________________________________ Assinatura do Responsável pela Inscrição

ANEXO IV

DECLARAÇÃO DE DESINTERESSE EM ADOÇÃO – FAMÍLIA

ACOLHEDORA

Eu,__________________________________________________________________,

portador do RG nº____________, emitido por___________, CPF nº___________,

residente e domiciliado no município de Iguaba Grande - RJ, declaro, pelo presente

instrumento e para o fim de comprovação no Processo Seletivo Simplificado, de que

trata o Edital para Chamamento do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora,

que não sou postulante à adoção, não estando inscrito no cadastro nacional de adoção a

que se refere o art. 50 do ECA (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE -

LEI N.º 8.069 DE 13 DE JULHO DE 1990), bem como não possuo interesse em adotar.

Por ser verdade, dato e assino a presente Declaração.

Iguaba Grande,_____ de __________de 2018.

____________________________________

Assinatura da (o) candidata (o)

ANEXO V

MODELO DE RECURSO

Data da Inscrição: Nº da Inscrição:

Nome da Candidata (o):

Data de Nasc: Sexo: ( ) M ( ) F Idade:

Data e hora do recebimento do recurso: dd/mm/aaaa às: h

Justificativa para o pedido de revisão:

_________________________________________________

Assinatura da candidata (o) recorrente

COMPROVANTE DE PROTOCOLO DE RECURSO

Data da Inscrição: Nº da inscrição:

Nome da candidata (o):

Data de nasc: Sexo: ( ) M ( ) F

Data e Hora do recebimento do recurso: dd/mm/aaaa às 0h

______________________________________

Nome e Assinatura legível do recebedor

ANEXO VI

LEI Nº 1235, DE 29 DE MAIO DE 2017

DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO DO SERVIÇO FAMÍLIA ACOLHEDORA E DÁ

OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

LEI Nº 1235/2017

DE 29 DE MAIO DE 2017

“INSTITUI O PROGRAMA MUNICIPAL DE ACOLHIMENTO PROVISÓRIO DE

CRIANÇAS E ADOLESCENTES, DENOMINADO 'PROGRAMA MUNICIPAL

ACOLHEDORA', E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.”

A PREFEITA DO MUNICÍPIO DE IGUABA GRANDE,

ESTADO DO RIO DE JANEIRO faz saber que a CÂMARA MUNICIPAL aprovou e

eu sanciono a seguinte LEI:

CAPÍTULO I – DO PROGRAMA FAMÍLIA ACOLHEDORA

Art. 1º Fica instituído o “Programa Família Acolhedora” no Município de Iguaba

Grande, de que trata o art. 227, § 3º, VI da Constituição da República Federativa do

Brasil e o art. 101, VIII da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 e suas alterações, como

parte integrante da política de atendimento à criança e ao adolescente do Município de

Iguaba Grande.

Parágrafo único. – O Serviço de Acolhimento em Programa Família Acolhedora tem

como objetivos:

I – organizar o atendimento, em residências de famílias acolhedoras cadastradas, de

crianças e adolescentes de 0 (zero) a 18 (dezoito) anos de idade, afastados do convívio

familiar por meio de medida protetiva, em função do abandono ou da impossibilidade

temporária da família ou responsáveis de cumprir suas funções de cuidadores e

protetores, até que seja viabilizado o retorno ao convívio com a família de origem, ou na

sua impossibilidade, o encaminhamento para adoção;

II – propiciar à criança e ao adolescente, o atendimento em ambiente familiar,

garantindo atenção individualizada e convivência, permitindo a continuidade da sua

socialização.

Art. 2º O Programa Família Acolhedora tem os seguintes objetivos:

I – ofertar cuidados individualizados em ambiente familiar;

II – promover a reconstrução de vínculos familiares e comunitários;

III – promover a garantia do direito à convivência familiar e comunitária;

IV – oferecer atendimento às crianças e adolescentes de 0 (zero) a 18 (dezoito) anos de

idade, em situação de risco pessoal e social, por meio de trabalho psicossocial em

conjunto com as demais políticas sociais, visando preferencialmente o retorno da

criança e do adolescente de forma protegida para a família natural, nuclear ou extensa,

ou, não sendo possível a reintegração familiar, para a colocação em família substituta,

não implicando em privação de liberdade;

V – contribuir para o rompimento do ciclo de violência e de violação de direitos em

famílias socialmente vulneráveis;

VI – promover a inserção e o acompanhamento sistemático na rede de serviços, visando

à proteção integral da criança e adolescente e de sua família;

VII – contribuir na superação da situação vivida pelas crianças e adolescentes com

menor grau de sofrimento e perda, preparando-os para a reintegração familiar ou

colocação em família substituta.

Art. 3º As crianças e os adolescentes de 0 (zero) a 18 (dezoito) anos de idade somente

serão incluídos no Programa Família Acolhedora por meio de determinação da

autoridade competente, considerando:

I – a existência de vagas;

II – a possibilidade de reinserção na família natural, nuclear ou extensa, ou

excepcionalmente de adoção.

Parágrafo único – Será acolhida uma criança ou adolescente por família, salvo se forem

irmãos ou outro motivo justificado.

CAPÍTULO II – DOS ÓRGÃOS ENVOLVIDOS E DA EXECUÇÃO

Art. 4º A gestão do Programa Família Acolhedora ficará vinculada à Secretaria

Municipal de Trabalho e Ação Social e sua execução se dará por intermédio de

parcerias estabelecidas com a rede de serviços do território municipal, tendo como

principais parceiros:

I - Poder Judiciário;

II - Ministério Público;

III - Conselho Tutelar;

IV - Delegacia policial;

V - Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do

Adolescente;

VI - Conselho Municipal de Assistência Social;

VII - Secretaria Municipal de Saúde;

VIII - Secretaria Municipal de Educação;

Art. 5º A equipe multidisciplinar executora do Programa Família Acolhedora, deverá

seguir as Orientações Técnicas do Serviço de Acolhimento para criança e adolescente e

deverá ser composta, no mínimo, pelos seguintes profissionais, conforme a Norma

Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS-NOB-RH/SUAS:

I - Coordenador;

II - Assistente Social;

III - Psicólogo.

§ 1º Ao Coordenador compete:

I – gerir e supervisionar o funcionamento do serviço;

II – divulgar o serviço e mobilizar as famílias acolhedoras;

III – organizar as informações das crianças e adolescentes e respectivas famílias;

IV – aplicar as diretrizes de políticas de assistência social no âmbito do Serviço de

Acolhimento em Família Acolhedora do Município;

V – planejar, implementar, monitorar e avaliar as ações do Serviço de Acolhimento em

Família Acolhedora;

VI – participar do processo de seleção de pessoal e supervisionar os trabalhos

desenvolvidos;

VII – articular com a rede intersetorial - Sistema Único de Saúde – SUS, Sistema Único

de Assistência Social – SUAS, Educacional, Sistema de Garantia de Direitos da Criança

e do Adolescente e demais políticas públicas;

VIII – atender à Secretaria Municipal de Trabalho e Ação Social – SETAS – na

elaboração de relatórios mensais;

IX – realizar reuniões periódicas com a equipe técnica para discussão dos casos e

avaliação das atividades desenvolvidas;

X – encaminhar à autoridade judiciária, no máximo a cada 06 (seis) meses, relatório

circunstanciado elaborado pela equipe multidisciplinar acerca da situação de cada

criança ou adolescente acolhido, para fins da reavaliação prevista no § 1º do art. 19 da

Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990 e suas alterações;

XI – acompanhar o pagamento da bolsa auxílio às famílias acolhedoras;

XII – elaborar, em conjunto com a equipe técnica e demais colaboradores, o Projeto

Político-Pedagógico do Serviço;

XIII - participar das audiências concentradas, quando requisitado pelo juízo competente;

XIV – desenvolver outras atividades afins, no âmbito de sua competência.

§ 2º À equipe técnica do Programa Família Acolhedora, composta pelo Assistente

Social e pelo Psicólogo, compete:

I – acolher, avaliar, selecionar, capacitar, acompanhar, e supervisionar as famílias

acolhedoras;

II – articular com a rede de serviços e Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do

Adolescente;

III – realizar a preparação e o acompanhamento psicossocial das famílias naturais,

nucleares e extensas com vistas à reintegração familiar;

IV – organizar as informações de cada caso atendido, na forma de prontuário individual;

V – encaminhar, discutir e planejar em conjunto com outros atores da Rede de Serviços

e do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente, as intervenções

necessárias ao acompanhamento das crianças e adolescentes e suas famílias;

VI - elaborar, encaminhar e discutir com a autoridade judiciária e membros do

Ministério Público os relatórios, com frequência bimestral ou semestral, sobre a

situação de cada criança e adolescente, apontando:

a) a possibilidade de reintegração familiar;

b) a necessidade de aplicação de novas medidas;

c) a necessidade de encaminhamento para adoção quando esgotados os recursos de

manutenção na família de origem;

VII – preparar a criança e o adolescente, bem como a família acolhedora para o

desligamento;

VIII – mediar o processo de aproximação e fortalecimento ou construção do vínculo

com a família natural, nuclear ou extensa e a adotiva, quando for o caso;

IX – inserir e manter atualizadas as informações da criança e do adolescente no Sistema

de Informações de Atendimento, ou equivalente, para registro contínuo e recuperação

de dados;

X – desenvolver outras atividades afins, no âmbito de sua competência.

§ 3º As atividades a serem desenvolvidas pela equipe técnica de que trata o § 2º deste

artigo deverão respeitar as normas relativas às atividades privativas definidas pelos

respectivos conselhos profissionais.

Art. 6º Para a execução do serviço oferecido pelo Programa Família Acolhedora, a

Secretaria de Trabalho e Ação Social disponibilizará a infraestrutura que deverá ser

composta de no mínimo:

I - 01 (uma) sala para equipe multidisciplinar;

II - 01 (uma) sala de coordenação;

III - 01 (uma) sala de atendimento;

IV - 01 (uma) sala para reuniões.

CAPÍTULO III – DOS REQUISITOS, DA INSCRIÇÃO E DA SELEÇÃO DAS

FAMÍLIAS CANDIDATAS AO ACOLHIMENTO FAMILIAR

Art. 7º Compete à equipe que compõe o Programa Família Acolhedora:

I - selecionar e capacitar às famílias ou indivíduos que serão habilitados como família

acolhedora, que tenha condições de acolher a criança e/ou adolescente;

II - receber a criança ou o adolescente para a oferta do serviço, devidamente

encaminhada pela Vara da Infância e Juventude;

III - acompanhar sistematicamente o desenvolvimento da criança e do adolescente na

família acolhedora, preparando para o retorno à família natural, nuclear ou extensa, ou

excepcionalmente para família substituta;

IV - acompanhar sistematicamente as famílias acolhedoras;

V - atender e acompanhar sistematicamente a família de origem, visando à reintegração

familiar;

VI - garantir que a família natural, nuclear ou extensa, ou substituta mantenha vínculos

com a criança ou o adolescente, nos casos em que não houver proibição do Poder

Judiciário.

Art. 8º São requisitos para que as famílias participem do Programa Família Acolhedora:

I - residir no Município de Iguaba Grande há mais de 02 (dois) anos, sendo vedada a

mudança de domicílio;

II - ser maior de 21 (vinte e um) anos, mantendo uma diferença de idade entre a criança

e o adolescente, pelo menos de 16 (dezesseis) anos;

III - apresentar idoneidade moral, boas condições de saúde física e mental e demonstrar

que estejam interessadas em ter sob sua responsabilidade crianças e adolescentes,

zelando pelo seu bem estar;

IV - não apresentar problemas psiquiátricos ou de dependência de substâncias

psicoativas;

V - possuir disponibilidade para participar do processo de habilitação e das atividades

do serviço;

VI - não estar inscrita no cadastro de adoção e não manifestar interesse por adoção da

criança e do adolescente participante do Programa Família Acolhedora;

VII – existir a concordância de todos os membros da família acolhedora com o

acolhimento;

VIII - ter espaço físico adequado para acolher a criança ou o adolescente;

IX – apresentar estabilidade familiar vinculada a um estudo socioeconômico;

§ 1º Deverá ser promovido o encaminhamento da criança ou adolescente com

possibilidade de retornar para a família natural, nuclear ou extensa.

§ 2º A família acolhedora não poderá ser a família natural ou extensa do acolhido.

Art. 9º. A inscrição das famílias interessadas em participar do Programa Família

Acolhedora será gratuita, realizada por meio do preenchimento de Ficha de Cadastro do

Programa, cuja disponibilização será divulgada nos veículos de comunicação sendo que

o edital ou aviso será publicado no Diário Oficial do Município, com a apresentação,

por todos os membros da família maiores de 18 (dezoito) anos de idade, dos

documentos abaixo indicados:

I - carteira de identidade – RG;

II - cadastro de pessoas físicas - CPF;

III - certidão de nascimento ou casamento;

IV - comprovante de residência atualizado;

V - certidão negativa de antecedentes criminais na esfera

Estadual e Federal;

VI – Declaração de rendimento da família.

Art. 10. A seleção das famílias inscritas ocorrerá por meio de estudo psicossocial de

responsabilidade da equipe multidisciplinar do Programa Família Acolhedora.

§ 1º O estudo psicossocial envolverá todos os membros da família e será realizado por

meio de visitas domiciliares, entrevistas, contatos, atividades em grupo, observação das

relações familiares e comunitárias, bem como outros instrumentos que os profissionais

da equipe técnica julgarem necessários.

§ 2º Após a emissão de parecer psicossocial favorável à inclusão da família no

Programa, será formalizada sua inscrição, mediante assinatura em um Termo de

Adesão, com a entrega por todos os membros da família maiores de 18 (dezoito) anos

de idade dos seguintes documentos:

I – cópia autenticada da carteira de identidade – RG;

II – cópia autenticada do cadastro de pessoas físicas – CPF;

III – comprovante de residência atualizado;

IV – atestado de antecedentes criminais;

V – atestado de saúde física e mental;

VI - número da conta bancária do membro designado no Termo de Guarda para o

crédito da bolsa auxílio.

Art. 11 O Programa Família Acolhedora atenderá até 05 (cinco) crianças e adolescentes,

podendo este número ser aumentado de acordo com a demanda local, mediante

autorização legislativa.

CAPÍTULO IV – DO ACOMPANHAMENTO, DAS RESPONSABILIDADES E DO

DESLIGAMENTO

Art. 12 A família acolhedora, sempre que possível, será previamente informada com

relação à previsão de tempo do acolhimento da criança ou adolescente, considerando as

disposições do art. 19 da Lei nº 8.069, de 1990 e suas alterações, devendo ser

comunicada que a duração do acolhimento pode variar de acordo com a situação

apresentada.

Art. 13. Em regra o tempo de acolhimento da criança ou adolescente na família

acolhedora será de:

I - 01 (um) dia até 01 (um) mês, nos casos de acolhimento emergencial;

II - 01 (um) mês até 03 (três) meses, nos casos de acolhimento de curta permanência;

III - 03 (três) meses até 06 (seis) meses, nos casos de acolhimento de média

permanência;

IV - 06 (seis) meses até 01 (um) ano, nos casos de acolhimento de longa permanência.

Art. 14. As famílias selecionadas para participar do Programa Família Acolhedora

receberão acompanhamento e preparação contínua por meio da equipe multidisciplinar,

sendo orientadas sobre os objetivos do Programa, a recepção, a manutenção e o

desligamento das crianças e adolescentes.

Art. 15. O acompanhamento das famílias cadastradas para o

Programa Família Acolhedora será efetuado por meio de:

I - orientação direta às famílias nas visitas domiciliares e entrevistas;

II - participação obrigatória nos encontros de estudos e trocas de experiências com todas

as famílias, com abordagem do Estatuto da Criança e do Adolescente, questões sociais

relativas à família de origem, relações intrafamiliares, guarda, papel da família

acolhedora e outras questões pertinentes;

III - supervisão e visitas periódicas da equipe multidisciplinar do Programa Família

Acolhedora.

Art. 16. A família acolhedora tem a responsabilidade familiar pelas crianças e

adolescentes acolhidos e por todos os direitos e responsabilidades legais reservados ao

guardião, responsabilizando-se ainda por:

I – prestar assistência material, moral e educacional à criança e ao adolescente;

II - participar do processo de preparação, formação e acompanhamento;

III - prestar informações sobre a situação da criança ou adolescente acolhido aos

profissionais que estão acompanhando a situação;

IV - contribuir na preparação da criança ou adolescente para o retorno à família de

origem, sempre sob orientação técnica dos profissionais do Programa Família

Acolhedora;

V - proceder à desistência formal da guarda e da participação do Programa Família

Acolhedora, nos casos de inadaptação, responsabilizando-se pelos cuidados da criança

ou adolescente acolhido até novo encaminhamento, o qual será determinado pela

autoridade judiciária.

Art. 17. A família será desligada do serviço de acolhimento nas seguintes situações:

I - por determinação judicial, atendendo aos encaminhamentos pertinentes ao retorno à

família natural, nuclear ou extensa, ou colocação em família substituta;

II - no caso de inobservância de quaisquer dos requisitos previstos no art. 10 desta Lei

ou descumprimento das obrigações e responsabilidades de acompanhamento;

III - por solicitação escrita da própria família;

IV- quando houver desistência da guarda sem justificativa plausível.

Art. 18. Em caso de desligamento da criança e do adolescente serão realizadas pela

equipe multidisciplinar do Programa Família Acolhedora as seguintes medidas:

I - acompanhamento psicossocial à família natural, nuclear ou extensa;

II - orientação e supervisão do processo de visitas entre a família acolhedora e a família

natural, nuclear ou extensa que recebeu a criança ou o adolescente, visando à

manutenção do vínculo, quando a equipe multidisciplinar e os envolvidos avaliarem

como pertinente.

CAPÍTULO V – DA BOLSA AUXÍLIO

Art. 19. A Secretaria de Trabalho e Ação Social que executará o Programa Família

Acolhedora fica autorizada a conceder às famílias acolhedoras, uma bolsa auxílio

mensal para cada criança ou adolescente acolhido, durante o período que perdurar o

acolhimento, no valor de 01 (um) salário mínimo, devido a partir da expedição de Guia

de Acolhimento ou decisão judicial, verificando a dotação orçamentária para aquele

exercício.

§ 1º Em casos de crianças ou adolescentes com deficiência ou com demandas

específicas de saúde, devidamente comprovadas com laudo médico, o valor será de 1 ½

(uma e meia) bolsa auxílio.

§ 2º Em caso de acolhimento, pela mesma família, de mais de uma criança ou

adolescente, o valor da bolsa auxílio será proporcional ao número de crianças e

adolescentes.

§ 3º Nos casos em que o acolhimento familiar for inferior a 1 (um) mês, a família

acolhedora receberá bolsa auxílio proporcional ao tempo do acolhimento, não sendo

inferior a 25% (vinte e cinco por cento) do valor mensal.

Art. 20. O valor da bolsa auxílio será repassado por meio de depósito em conta bancária,

em nome do membro designado no Termo de Guarda.

Art. 21. A família acolhedora que tenha recebido a bolsa auxílio e não tenha cumprido

as disposições desta Lei fica obrigada a promover o ressarcimento da importância

recebida durante o período da irregularidade, sem prejuízo das demais obrigações

fiscais, inclusive com a devolução dos valores devidamente atualizados.

CAPÍTULO VI – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 22. A família acolhedora prestará serviço de caráter voluntário não gerando, em

nenhuma hipótese, vínculo empregatício ou profissional com o órgão gestor ou executor

do Programa Família Acolhedora.

Art. 23. A família cadastrada no Programa Família Acolhedora, em nenhuma hipótese,

poderá ausentar-se do Município de Iguaba Grande com a criança ou o adolescente

acolhido sem prévia comunicação à equipe multidisciplinar do Programa.

Art. 24. Fica o Município de Iguaba Grande por intermédio da Secretaria Municipal de

Trabalho e Ação Social, autorizado a celebrar convênios com entidades de direito

público ou privado, a fim de desenvolver atividades complementares relativas ao

Programa Família Acolhedora e subsidiar os custos para a formação continuada das

equipes multidisciplinares do Programa Família Acolhedora, dentro da disponibilidade

orçamentária.

Art. 25. Para atender as despesas desta Lei, nos termos do art. 43 da Lei Federal nº

4.320, de 17 de março de 1964 e suas alterações, serão utilizados recursos oriundos das

dotações orçamentárias ________________ e ______________________;

Art. 26. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Gabinete da Prefeita, 29 de maio de 2017.

GRASIELLA MAGALHÃES

PREFEITA