CARTILHA

Mariana - MG

Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora

MARIANA, 2019

1ª EDIÇÃO

Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora

Ficha Técnica:

1ª edição - 2019

Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e CidadaniaJuliano Magno Barbosa - Secretário

Coordenação da Proteção Social Especial Maria Cristina Pereira Elaboração e organização Juliana de Souza Ramos - Psicóloga Renata Gracielle Vieira Magalhães Teixeira - Assistente Social

Projeto Gráfico: Tiago Magalhães Rosa

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ..................................................................................... 6

1. O que é o Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora?................................................................................................................. 8

2. Quais são os objetivos do Serviço? ................................................ 8

3. Qual a idade dos acolhidos? ........................................................... 8

4. Por que crianças e adolescentes são acolhidos? ......................... 9

5. O acolhimento familiar substitui o acolhimento institucional? 9

6. Como funciona o Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora em Mariana?...................................................................... 9

7. Quais as atribuições da equipe técnica do Serviço? ................. 10

8. Quais são os requisitos para participar do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora? ............................................. 11

9. Parentes da criança ou do adolescente podem ser família acolhedora? ......................................................................................... 12

10. Qual a documentação necessária para a inscrição das famílias no Serviço? ........................................................................................... 12

11. Como ocorre o processo de seleção das famílias inscritas no Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora? ......................... 13

12. O que acontece a partir do momento em que a família é selecionada? ........................................................................................ 13

13. O que acontece a partir do momento em que a família é habilitada no Serviço? ........................................................................ 14

14. Quanto tempo dura o acolhimento familiar? .......................... 14

15. A família acolhedora recebe a guarda da criança ou do adolescente? ........................................................................................ 14

16. A família de origem da criança ou do adolescente pode visitá-lo? .......................................................................................................... 14

17. Quais são as responsabilidades da família acolhedora? ........ 15

18. Quantas crianças ou adolescentes cada família pode acolher? ................................................................................................ 16

19. Qual o valor do subsídio financeiro “Bolsa Auxílio” a ser recebido pela família acolhedora? ............................................ 16

20. Como será feito o repasse do subsídio financeiro “Bolsa Auxílio” para a família acolhedora? ................................................ 16

21. Qual a finalidade do subsídio financeiro “Bolsa Auxílio”?............................................................................................................... 17

22. O acontece em caso de descumprimento da utilização adequada do subsídio financeiro? .................................................... 17

23. Família acolhedora é um emprego? .......................................... 17

24. A família pode ser desligada do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora? .................................................................... 18

25. A família acolhedora pode adotar? ........................................... 18

26. E se o adolescente não puder retornar para a família de origem e não houver interessados em sua adoção? ...................... 19

APRESENTAÇÃO

Família Acolhedora

No momento em que se implementa o Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora no município de Mariana, esta publicação se inscreve como uma importante contribuição da Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania – SEDESC, por meio da Proteção Social Especial de Alta Complexidade, para tornar mais efetivos os pressupostos da proteção integral da criança e do adolescente e do direito a convivência familiar e comunitária. Considerando a família em seus múltiplos arranjos, como a base fundamental para o desenvolvimento, bem-estar e proteção da infância e da adolescência, as normativas nacionais e internacionais destacam a necessidade de proteger crianças e adolescentes contra as violências, a negligência, os maus tratos e as mais variadas formas de violações. Para isso, cabe ao Estado a responsabilidade de oferecer cuidados alternativos para as crianças e adolescentes afastados do convívio familiar. “Às vezes, tudo que uma criança e/ou um adolescente precisa para superar uma tempestade em sua vida familiar é encontrar um lar provisório, uma família que a/o acolha por um tempo até que a sua própria família se reorganize para recebê-la (lo) de novo”. Essa é a proposta do Serviço de Acolhimento de Família Acolhedora, que cumpre também um relevante papel de potencializar a família da criança e do adolescente na sua função de cuidado e no processo de reconstrução de redes de proteção que exigem um investimento de diferentes políticas sociais.

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Neste sentido, é importante que o Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora seja não somente implementado no município, mas consolidado como política pública de direitos. Para tanto, é imprescindível a mobilização, a orientação e o envolvimento dos diferentes atores da rede de proteção, com destaque para a sociedade civil. A proposta desta Cartilha é, assim, trazer informações sobre o Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora, por meio de respostas para perguntas básicas, como “O que é?” “Como funciona?” “Quem pode ser uma família acolhedora?”, assim como orientações técnicas que possam auxiliar na reflexão sobre habilitar-se ou não como uma família acolhedora.

Mariana, 20 de fevereiro de 2019

Renata Gracielle V. Magalhaes Juliana de Souza Ramos Assistente Social Psicóloga

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1. O que é o Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora? Trata-se de um Serviço que oferece a modalidade de acolhimento provisório em residências de famílias acolhedoras, previamente cadastradas, para crianças e adolescentes afastados de suas famílias de origem, por decisão judicial, devido à violação de seus direitos. Nessa perspectiva, a família acolhedora tem como uma de suas funções acolher e dispensar cuidados individualizados até que a criança ou o adolescente possa retornar ao convívio de seus familiares ou ser adotada (o).

2. Quais são os objetivos do Serviço?

• Garantir o acolhimento, por famílias acolhedoras, às crianças e aos adolescentes que necessitem de proteção, respeitando o seu direto à convivência em ambiente familiar e comunitário, e à sua individualidade.

• Fortalecer a função protetiva da família de origem, extensa e/ou ampliada.

• Apoiar o retorno da criança e/ou do adolescente à família de origem, e/ou encaminhamento para família extensa ou ampliada, ou para adoção.

3. Qual a idade dos acolhidos? O acolhimento familiar se destina às crianças (de 0 a 11 anos) e aos adolescentes (de 12 a 18 anos de idade incompletos).

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4. Por que crianças e adolescentes são acolhidos?

Porque se encontram em situação onde há grave risco à integridade física e/ou psíquica, a exemplo de violências, negligência, abandono, maus tratos, etc. Nesses casos, o acolhimento familiar representa uma medida de proteção, de caráter excepcional e provisório, prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente em seu artigo 101, VIII.

5. O acolhimento familiar substitui o acolhimento institucional? Não. As duas modalidades de serviço não são concorrentes. Ambas têm suas especificidades e seu lugar na política de garantia de direitos das crianças e dos adolescentes, porém, em 2009, com as alterações introduzidas pela Lei 12.010, o acolhimento familiar foi reconhecido como medida protetiva preferencial (art.34, § 1º, do ECA). As razões dessa preferência são muitas, dentre as quais se destacam o s r e s u l t a d o s d e pesquisas ao demonstrarem que para o desenvolvimento da criança e do adolescente a convivência familiar traz inúmeros benefícios se comparada à experiência de se viver em uma instituição.

6. Como funciona o Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora em Mariana? O serviço de acolhimento em família acolhedora é uma prática mediada por uma equipe composta por assistente social e psicólogo, a quem compete acompanhar a criança/o adolescente, a família de origem e a família acolhedora, conforme política pública estabelecida.

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Nessa modalidade de acolhimento, crianças e adolescentes, cuja avaliação da equipe técnica indique, são encaminhados para famílias devidamente cadastradas, selecionadas e capacitadas para esta função. Acolher uma criança e/ou um adolescente em acolhimento familiar não significa integrá-la (o) como filha (o). A família acolhedora assume o papel de parceira na preparação para o retorno da criança/do adolescente à família de origem, e/ou encaminhamento para família extensa ou ampliada, ou para adoção. O acompanhamento é sistematicamente informado à Vara da Infância e Juventude da Comarca de Mariana.

7. Quais as atribuições da equipe técnica do Serviço? À equipe técnica compete:

I. Acolher, avaliar, selecionar, capacitar, acompanhar, desligar e supervisionar as famílias acolhedoras;

II. Articular com a rede de serviços e Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente;

III. Realizar a preparação e o acompanhamento psicossocial das famílias de origem, nuclear e extensa com vistas à reintegração/integração familiar;

IV. Acompanhar as crianças e os adolescentes; V. Organizar as informações de cada caso atendido, na

forma de prontuário individual; VI. Construir com a participação da família de origem e

serviços da rede de proteção um plano de acompanhamento da família de origem, nuclear ou extensa;

VII. Encaminhar, discutir e planejar em conjunto com outros atores da Rede de Serviços e do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente, as intervenções necessárias ao acompanhamento das crianças e dos adolescentes e suas famílias;

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VIII. Elaborar, encaminhar e discutir com a autoridade judiciária e membros do Ministério Público os relatórios, sobre a situação de cada criança e adolescente;

IX. Preparar a criança e o adolescente, bem como a família acolhedora para a inserção no Serviço e para o desligamento;

X. Mediar o processo de aproximação e fortalecimento ou construção do vínculo com a família de origem, nuclear ou extensa e a adotiva, quando for o caso;

XI. Acompanhar a família de origem após a reintegração da criança/do adolescente, por um período de seis meses;

XII. Orientar a família acolhedora para intensificar a preparação da criança e do adolescente para o retorno à família de origem;

XIII. Realizar encontros com a família acolhedora com foco no desligamento da criança e do adolescente e na experiência de separação, oferecendo apoio psicossocial;

XIV. Intermediar e orientar a família acolhedora com relação à manutenção de vínculos com a criança e o adolescente e sua família após a reintegração familiar, respeitando o desejo de todos os envolvidos e avaliando a pertinência ou não da manutenção desse contato;

XV. Desenvolver outras atividades afins, conforme previsto no documento intitulado como “Orientações Técnicas: Serviços de acolhimento para crianças e adolescentes”, respeitando as normas relativas às atividades privativas definidas pelos respectivos conselhos profissionais.

8. Quais são os requisitos para participar do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora?

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I. Residir no Município de Mariana há mais de dois anos e nele permanecer durante todo o período de acolhimento;

II. Ser maior de 21 (vinte e um) anos, mantendo uma diferença de idade entre a criança e o adolescente de pelo menos de 16 (dezesseis) anos;

III. Não possuir antecedentes criminais, comprometimento psiquiátrico e dependência alcoólica ou de substâncias psicoativas;

IV. Possuir disponibilidade de tempo, tanto nos cuidados com a criança e com o adolescente, bem como para participar das atividades e intervenções do Serviço;

V. Não estar inscrito no Cadastro Nacional de Adoção (CNA) e não manifestar interesse em adoção, sendo necessária assinatura de declaração de desinteresse em adoção;

VI. Existir a concordância dos membros da família acolhedora com o acolhimento.

9. Parentes da criança ou do adolescente podem ser família acolhedora? Não. A família acolhedora não poderá ser a família natural ou extensa da criança e/ou do adolescente.

10. Qual a documentação necessária para a inscrição das famílias no Serviço? Deverão ser apresentados os seguintes documentos de todos os membros da família residentes no domicílio:

I. Carteira de identidade – RG;

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I. Cadastro de pessoas físicas – CPF; II. Certidão de casamento (se houver); III. Comprovante de residência atualizado; IV. Certidão negativa de antecedentes criminais; V. Atestado de saúde física e mental dos

responsáveis legais; VI. Comprovante de rendimentos.

11. Como ocorre o processo de seleção das famílias inscritas no Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora? A seleção ocorre por meio de estudo psicossocial, cujo objetivo é identificar os aspectos que qualificam ou não a família para sua habilitação como família acolhedora. O referido estudo se realiza por meio de entrevistas individuais e coletivas, dinâmicas de grupo, visitas domiciliares, dentre outros instrumentos, envolvendo todos os membros do núcleo familiar. Além da avaliação quanto à compatibilidade com a função de acolhimento, indica o perfil da criança e/ou adolescente que cada família está habilitada a acolher. Sendo o parecer psicossocial favorável, a inclusão da família no Serviço é formalizada mediante assinatura do Termo de Adesão.

12. O que acontece a partir do momento em que a família é selecionada? As famílias selecionadas são preparadas para acolher, o que ocorre por meio de palestras, oficinas e atividades em grupos. Esses encontros tem o intuito de instrumentalizar as famílias nos quesitos: legislação, metodologia, processo de acompanhamento, questões relativas ao apego e desapego, desenvolvimento infanto-juvenil, entre outros.

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13. O que acontece a partir do momento em que a família é habilitada no Serviço? É muito variável. Inicialmente a família passa a integrar um cadastro de habilitados e aguarda até que haja a indicação, pela equipe técnica, para o acolhimento.

14. Quanto tempo dura o acolhimento familiar? Não há um prazo certo. O acolhimento pode ser de alguns dias como também pode ser até 18 meses, conforme previsto no ECA. Sempre que possível a família acolhedora será informada com relação à previsão de tempo do acolhimento.

15. A família acolhedora recebe a guarda da criança ou do adolescente? Sim. A guarda é muito importante e incumbe à família acolhedora as responsabilidades legais previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente, obrigando-a a prestação de assistência material, moral e educacional à criança e ao adolescente.

16. A família de origem da criança ou do adolescente pode visitá-lo? Sim, desde que não se tenha proibição judicial. Um dos objetivos do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora é a preservação dos vínculos da criança e do adolescente com a família de origem, salvo determinação judicial em contrário. Assim, as visitas são permitidas e

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até estimuladas, sendo realizadas normalmente na sede do Serviço. Somente quando a família acolhedora autorizar e a equipe técnica se manifestar favoravelmente é que as visitas podem ser realizadas na casa da família acolhedora.

17. Quais são as responsabilidades da família acolhedora?

I. Participar do processo de preparação, formação e acompanhamento da criança e do adolescente;

II. Comunicar à equipe técnica todas as situações de enfrentamento de dificuldades que observem durante o acolhimento, seja sobre a criança e o adolescente, seja sobre a própria família acolhedora ou a família de origem;

III. Contribuir na preparação da criança ou adolescente para o retorno à família de origem, sempre sob orientação técnica dos profissionais do Serviço;

IV. Preservar o vínculo e a convivência entre irmãos e parentes quando o acolhimento for realizado por famílias diferentes;

V. Responsabilizar-se pelas atividades cotidianas e rotineiras dos acolhidos, cabendo à equipe técnica auxiliar na obtenção de atendimentos necessários;

VI. Utilizar os recursos da bolsa auxílio no atendimento das demandas e necessidades da criança e do adolescente acolhido;

VII. Proceder à desistência formal da guarda e da participação no Serviço, nos casos de inadaptação, responsabilizando-se pelos cuidados da criança ou adolescente acolhido até novo encaminhamento, o qual será determinado pela autoridade judiciária.

VIII. Comunicar, previamente, a equipe técnica antes de se ausentar do município de Mariana com a criança ou com o adolescente.

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18. Quantas crianças ou adolescentes cada família pode acolher?

Uma criança ou um adolescente por família, salvo se forem irmãos ou outro motivo justificado.

19. Qual o valor do subsídio financeiro “Bolsa Auxílio” a ser recebido pela família acolhedora? O valor da “Bolsa Auxílio” mensal é de 60% do salário mínimo vigente para cada criança ou adolescente acolhido, durante o período que perdurar o acolhimento.

• Em casos de crianças ou adolescentes com deficiência ou com demandas específicas de saúde, devidamente comprovadas com laudo médico, o valor será de 01 (um) salário mínimo vigente para cada criança ou adolescente acolhido.

• Em se tratando de acolhimento de duas ou mais crianças ou adolescentes pela mesma família, o subsídio financeiro será limitado ao máximo de: a) 1,2 salários mínimos para duas crianças ou adolescentes acolhidos; b) 1,8 salários mínimos, quando igual ou maior que três crianças ou adolescentes acolhidos.

20. Como será feito o repasse do subsídio financeiro “Bolsa Auxílio” para a família acolhedora? O valor da bolsa auxílio será repassado por meio de depósito em conta bancária, em nome do membro designado no Termo de Guarda.

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21. Qual a finalidade do subsídio financeiro “Bolsa Auxílio”? O subsídio financeiro deve ser utilizado no atendimento das demandas da criança ou do adolescente acolhido, cabendo à família acolhedora assinar o Termo de responsabilidade e compromisso com a utilização dos recursos.

22. O acontece em caso de descumprimento da utilização adequada do subsídio financeiro? A família acolhedora fica obrigada a promover ressarcimento da importância recebida durante o período da irregularidade, sem prejuízo das demais obrigações fiscais e legais, inclusive com a devolução dos valores devidamente atualizados.

23. Família acolhedora é um emprego? Não. Família acolhedora é um trabalho voluntário prestado por pessoa da comunidade com disponibilidade para o cuidado e para as atividades relativas ao Serviço. No processo de habilitação, as famílias assinam um termo de ciência de que o serviço prestado como família acolhedora é de caráter voluntário e espontâneo, não gerando em quaisquer hipóteses vínculo empregatício, profissional ou direito adquirido e quaisquer indenizações com o órgão ou entidade gestora/executora do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora.

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24. A família pode ser desligada do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora? Sim, nas seguintes situações:

I. Devido à determinação judicial, atendendo aos encaminhamentos pertinentes ao retorno à família natural, nuclear ou extensa, ou encaminhamento para adoção;

II. No caso de inobservância de quaisquer das

atribuições da família acolhedora ou descumprimento das obrigações e responsabilidades previstas no acompanhamento;

III. Por solicitação escrita da própria família;

IV. Quando houver desistência da guarda sem

justificativa plausível.

25. A família acolhedora pode adotar? Não. Aqueles que estão habilitados para a adoção ou que desejam adotar não podem ser família acolhedora. O acolhimento é temporário e excepcional; portanto, assim que a criança ou o adolescente estiver em condições de retornar para a sua família, ela será reintegrada. Não sendo possível o retorno, os pais serão destituídos do Poder Familiar e a criança ou adolescente será encaminhado para a adoção. As famílias acolhedoras não podem competir com as famílias de origem. E o acolhimento familiar também não é um atalho para a adoção, que tem critérios e requisitos próprios.

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26. E se o adolescente não puder retornar para a família de origem e não houver interessados em sua adoção? Nesses casos, o adolescente será acompanhado e preparado para a vida independente, em especial, para a profissionalização.

Para mais informações, entre em contato com a equipe do

Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora:

(31) 3558-2854

Rua Dois de Outubro. S/N - Vila Maquiné. Mariana – MG

Sede do Recriavida

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Proteção Social Especial de Alta Complexidade

Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Cidadania

Realização:

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