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Edição 05 ‐ Maio
Manoela Oliveira E-mail: [email protected] Tel: (31) 3915-8603 - Belo Horizonte/MG Balança Comercial
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Exportações
As exportações do agronegócio mineiro totalizaram US$ 2,3 bilhões, no acumulado de janeiro a abril de 2016, retração de 3,6% no valor e acréscimo de 45,39% no volume, frente ao resultado do acumulado do ano anterior. 153 países compraram de Minas Gerais. A China mantém o posto mais alto no ranking dos principais compradores, somando US$ 415,4 milhões.
O grupo “Café e seus derivados” continuou na liderança dos produtos mais vendidos, com US$ 1,1 bilhão. Em relação ao volume, foram comercializadas 7,1 milhões de sacas, variação positiva de 8,1%, em relação ao mesmo período de 2015. A Alemanha comprou US$ 213,3 milhões, o que representou 20,0% das compras desse item.
O grupo “Complexo Soja” obteve grande destaque no acumulado do ano, tendo em vista que saltou da 5ª para a 2ª posição do ranking de principais produtos vendidos. Foram obtidos US$ 372,7 milhões e 1,0 milhão de toneladas, representando acréscimo de 95,9% e 128,7%, respectivamente. As compras chinesas foram responsáveis por 80,7% do montante total, gerando divisas de US$ 300 milhões.
O grupo “Carnes” ocupou o terceiro lugar com US$ 260,4 milhões e obteve forte recuperação nas vendas de todas as principais carnes comercializadas por Minas Gerais. A carne bovina registrou US$ 132,4 milhões, valorização de 20,9%, frente ao comercializado no acumulado de janeiro a abril de 2015. O bom desempenho das vendas de carne bovina pode ser explicado pelo retorno ao posto de principal comprador de Hong Kong, superando a China, e obtendo US$ 29,3 milhões.
“Complexo Sucroalcooleiro” ocupou o quarto lugar no ranking dos produtos mais vendidos, alcançando US$ 222,7 milhões, acréscimo de 13,7,0% no valor, em comparação com o mesmo período de 2015.
“Produtos Florestais” ocupou a quinta posição com US$ 198,9 milhões, referente principalmente às vendas de celulose, com US$ 195,8 milhões.
Importações
As importações de produtos do agronegócio somaram US$ 152,9 milhões, decréscimo de 4,8% em comparação ao acumulado de janeiro a abril de 2015. As compras externas do setor representaram 6,8% das importações de todos os setores da economia mineira. Os principais mercados de origem dos produtos desembarcados em Minas Gerais foram: Argentina, Paraguai e Holanda. As vendas argentinas atingiram US$ 53,0 milhões. Os principais produtos advindos desta parceria foram as preparações para alimentação infantil e chocolate.
O grupo “Cereais, Farinhas e Preparações” foi o principal item importado por Minas Gerais, com valor de US$ 52,4 milhões. Em sequência, configuraram: “Cacau e seus Produtos”, com montante de US$ 19,4 milhões; “Produtos Hortícolas, Leguminosas, Raízes e Tubérculos” com valor de US$ 17,0 milhões e “Pescados”, com montante de US$ 11,3 milhões.
Saldo da balança comercial
A diferença entre as exportações e as importações do agronegócio de Minas Gerais foi de US$ 2,1 bilhões, retração de 3,45% ante o valor apurado de janeiro a abril de 2015.
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Agroclimatologia
Lucíola Murta E-mail: [email protected] Tel: (31) 3915-8603 – Belo Horizonte/MG
ALGODÃO
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Pib do
Agronegócio
‐1,00%
‐0,50%
0,00%
0,50%
1,00%
1,50%
2,00%
Insumos Básico Indústria Serviços Agronegócio
Pecuária Agricultura Agronegócio total
O Produto Interno Bruto do agronegócio mineiro, estimado pelo Centro de estudos Avançados em
Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, com apoio da Secretaria de Estado da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), da Federação da Agricultura e Pecuária de
Minas Gerais (Faemg) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Administração Regional
de Minas Gerais (Senar-AR/MG), está estimado para o ano em R$ 185,66 bilhões (a preços
2016). Desse montante 38,9% concentram nos segmentos básico, 30,8% serviços, 24,4%
industrial e 5,9% insumos. A estimativa da geração de riqueza do agronegócio, em 2016, é 0,78%
superior ao alcançado em 2015. Nessa expectativa R$ 92,46 bilhões ou 49,8% se referem ao
ramo da agricultura e R$ 93,20 bilhões ou 50,2%, da à pecuária.
O ramo agrícola, formado pelo conjunto das cadeias produtivas da agricultura, apresentou
crescimento de 1,67% em janeiro de 2016. Esse resultado é reflexo das elevações nos
segmentos de insumos (0,84%), básico (1,42%), indústria (1,86%) e serviços (1,75%). Já para a
pecuária, a projeção apontou retração de 0,09% em janeiro de 2016, com alta registrada apenas
no segmento de insumos (0,32%) e queda nos demais segmentos: básico (-0,03%), que tem
maior participação no PIB do ramo, indústria (0,46%) e serviços (0,17%), tendo sido considerada
apenas variações nos preços para algumas atividades do ramo, devido à indisponibilidade das
variações de volumes.
O PIB do agronegócio de Minas Gerais, com base em cálculos de janeiro/16, passa a ter uma
participação de 13,72% no PIB brasileiro do agronegócio. Entre os setores, todos apresentaram
elevação de participação na comparação com os segmentos no contexto nacional. Insumos ficou
com 12,17%; básico, 15,21%; indústria, 12,21% e serviços, 13,71%. No ambiente econômico,
2016 teve um início conturbado em meio ao campo de incerteza provocado pela crise em âmbitos
político e macroeconômicos. O mercado prevê redução de 3,88% do PIB brasileiro, elevação da
dívida líquida do setor público, taxa de câmbio elevada e índices de preço em patamares
elevados. A taxa de desocupação tem sido crescente e atingiu 9% no último trimestre de 2015,
segundo dados do IBGE. A combinação de pressão inflacionária, desemprego crescente e as
taxas de juros elevadas vêm deteriorando o poder de compra dos consumidores, prejudicando
investimentos e, consequentemente, setores ligados às cadeias do agronegócio, notadamente os
mais dependentes de consumo interno.
TaxadecrescimentodoPIBdoagronegóciomineiroemjaneirode2016(%)
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PIBdoagronegóciodeMinasGeraisde2002a2016(R$milhõesde2016) AGRONEGÓCIO
INSUMO BÁSICO INDÚSTRIA SERVIÇOS TOTAL 2002 5.843 36.073 20.832 27.393 90.141
2003 6.690 37.302 22.797 29.087 95.876
2004 7.214 44.486 22.209 31.432 105.342
2005 7.306 38.924 23.549 30.320 100.098
2006 7.117 44.586 28.559 35.342 115.603
2007 8.087 47.174 29.856 37.583 122.700
2008 10.735 53.687 30.276 40.370 135.068
2009 9.754 49.087 31.924 39.541 130.306
2010 9.092 55.252 38.939 46.150 149.434
2011 10.819 65.346 39.903 50.348 166.417
2012 10.994 58.858 38.697 47.102 155.651
2013 10.221 66.011 41.860 52.201 170.292
2014 10.380 73.024 42.698 55.717 181.818
2015 10.819 71.990 44.736 56.678 184.222
2016 10.879 72.259 45.381 57.139 185.658
AGRICULTURA INSUMO BÁSICO INDÚSTRIA SERVIÇOS TOTAL
2002 2.769 14.142 16.829 15.009 48.750
2003 3.205 13.595 18.673 15.923 51.396
2004 3.518 15.601 17.863 16.136 53.119
2005 3.397 14.946 18.997 16.588 53.928
2006 3.176 14.774 24.101 19.586 61.636
2007 3.887 14.143 24.374 19.530 61.933
2008 5.389 17.339 24.364 20.637 67.729
2009 4.507 15.701 26.347 21.254 67.809
2010 3.972 18.479 32.954 26.181 81.586
2011 4.732 22.116 33.918 28.025 88.791
2012 4.870 22.571 33.014 27.641 88.095
2013 4.429 20.273 35.055 28.064 87.821
2014 4.578 19.511 34.998 27.765 86.851
2015 4.878 20.206 36.778 29.074 90.936
2016 4.919 20.493 37.461 29.583 92.455
PECUÁRIA INSUMO BÁSICO INDÚSTRIA SERVIÇOS TOTAL
2002 3.074 21.931 4.003 12.384 41.392
2003 3.485 23.707 4.124 13.164 44.480
2004 3.696 28.885 4.346 15.296 52.223
2005 3.909 23.978 4.552 13.732 46.170
2006 3.941 29.812 4.458 15.756 53.966
2007 4.201 33.031 5.482 18.053 60.767
2008 5.346 36.348 5.912 19.733 67.339
2009 5.247 33.385 5.578 18.287 62.497
2010 5.120 36.774 5.985 19.969 67.848
2011 6.087 43.231 5.985 22.324 77.626
2012 6.124 36.287 5.683 19.461 67.555
2013 5.792 45.738 6.805 24.137 82.472
2014 5.802 53.514 7.700 27.952 94.967
2015 5.941 51.784 7.957 27.604 93.286
2016 5.960 51.766 7.920 27.557 93.203
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José Alberto de Ávila Pires E-mail: [email protected] Fone: (031) 3349 8116 / Belo Horizonte - MG BOI
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PRESSÃO DE BAIXA Pressão de baixa para os preços da arroba do boi gordo em Minas Gerais, na semana de 28 de
abril a 04 de maio, segundo o levantamento da EMATER/MG. Maioria dos negócios a R$
140,00/142,00 por arroba.
O Gráfico 1 mostra a evolução dos preços pagos pela arroba do boi gordo, no Estado de São
Paulo, de 2.014 a 2.016 (até 13 de maio).
Para Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da ESALQ, Piracicaba, São
Paulo, do dia 05 de maio/2.016, “os preços do boi gordo estão em queda no mercado interno
neste início de maio. Entre 27 de abril e 4 de maio, o Indicador do boi ESALQ/BM&FBovespa caiu
1,7%, fechando a R$ 153,15 no dia 04/maio. No mercado atacadista de carne, os valores também
estão em queda. Em sete dias, a carcaça casada do boi negociada no mercado atacadista da
Grande São Paulo se desvalorizou 1,88%, indo para R$ 9,77/kg”. Segundo SAFRAS & Mercado
(04/maio), “os preços do boi gordo ficaram de estáveis a mais baixos no mercado físico brasileiro.
Os preços seguem com viés de baixa. A oferta de animais terminados ainda cresce em bom ritmo,
sinal que os preços de balcão tendem a ceder ainda mais, mesmo durante a primeira quinzena do
mês, período que tradicionalmente conta com maior apelo ao consumo. O clima seco e frio
acelera a deterioração das pastagens, situação que impossibilita a retenção dos animais no
pasto". Cotações do boi gordo, prazo (30 dias), no dia 04/maio: São Paulo, R$154, /155,00 por
arroba; Minas Gerais, em Uberaba e Unaí, R$144,00; Mato Grosso do Sul, R$140, /141,00;
Goiás, R$138,00; e Mato Grosso, R$134, / 136,00.
Jan. / 14Fev.
Mar.Abr.
Mai.Jun.
Jul.Ago.
Set.Out.
Nov.Dez.
Jan. / 15Fev.
Mar.Abr.
Mai.Jun.
Jul.Ago.
Set.Out.
Nov.Dez. / 15
Jan. / 16Fev.
Mar.Abr.
Mai.
112
117
122
127
132
137
142
147
152
157
GRÁFICO 1 - COTAÇÕES ARROBA BOI GORDO - 2.014 A 2.016
Indicador Preço Boi Gordo ESALQ/BM&FBovespa (Estado de São Paulo)
MES / ANO
R$
/ A
RR
OB
A
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BEZERRO DE CORTE
O Gráfico 2 mostra a evolução dos preços do bezerro de corte no período de 2.014 a 2.016, até o
dia 13 de maio de 2.016, segundo o Indicador ESALQ / BM&FBovespa do Bezerro, para o Mato
Grosso do Sul.
A exemplo do que vem ocorrendo com os preços da arroba do boi gordo observou-se uma
“pressão de baixa” para os preços deste para um bezerro Nelore de 6-8 meses de idade com 195
Kg de peso vivo (6,5 arrobas). Para um valor médio em maio/16 de R$1.396,49 por bezerro, a
cotação na primeira quinzena de maio de 2.016 caiu para R$1.372,79 (menos 1,70%). Mas,
considerado um bezerro de 195 Kg de peso vivo (6,5 arrobas), uma cotação de R$211,00 por
arroba de bezerro.
E este preço do bezerro, considerado alto, tem sido apontado por analistas de mercado, como o
fator que evita quedas dos preços da arroba do boi gordo. A relação de troca boi gordo / bezerro
que já foi de 1 boi gordo (17 arrobas) comprando de 2,5 a 3,0 bezerros (6,5 arrobas), atualmente
(maio/2.016) é de 1,9. (17@ x R$154,00 = R$2.618,00 / R$1.372,79 = 1,9) Para que haja “ajuste”
desta relação de troca, ou o preço da arroba do boi gordo aumenta, ou o preço do bezerro de
corte diminui. Mas, como há falta de bezerros no mercado, o que leva aos altos preços do bezerro
de corte, e como também não há “espaço” para aumento do preço da arroba, o boi acaba ficando
retido no pasto. Este tem sido o grande impasse atual no mercado do boi gordo.
Jan. / 14Fev.
Mar.Abr.
Mai.Jun.
Jul.Ago.
Set.Out.
Nov.Dez.
Jan. / 15Fev.
Mar.Abr.
Mai.Jun.
Jul. Ago.
Set.Out.
Nov.Dez. / 15
Jan. / 16Fev.
Mar.Abr.
Mai.
860
910
960
1010
1060
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1210
1260
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GRÁFICO 2 - COTAÇÕES BEZERRO DE CORTE - 2.014 a 2.016
Indicador Preço Bezerro de Corte ESALQ/BM&FBovespa (Estado do Mato Grosso do Sul)
MES / ANO
R$
/ B
EZ
ER
RO
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CENÁRIO 2016 (Maio a Novembro)
O gráfico 3 mostra a “tendência” da evolução dos preços da arroba do boi gordo, para o segundo
semestre de 2.016, de acordo com os negócios realizados no dia 13 de maio / 2.016 no Mercado
Futuro de Boi Gordo da BM&FBovespa, cotações previstas para o Estado de São Paulo.
Para este Mercado Futuro do Boi Gordo da BM&FBOVESPA, o aumento da oferta de animais
terminados no mercado interno segue como principal fator de baixa no curto prazo, consequência
do avanço das escalas de abate. Já os vencimentos mais distantes da liquidação se baseiam em
torno do elevado custo para confinar, e as projeções, no dia 13 de maio, foram de R$167,00 por
arroba para outubro/novembro, uma recuperação de R$ 13,00 por arroba (8,44%) em relação aos
preços atuais de R$ 154,00 por arroba, no Estado de São Paulo.
ESALQ (1) MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO152
154
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160
162
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166
168
GRÁFICO 3 - MERCADO FUTURO BOI GORDO - ANO 2.016
Cotações do dia 13 de Maio 2.016 - Base Estado de São Paulo
MES
R$
/ A
RR
OB
A
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Luiz Fernando Chaves Mendes e-mail: luiz [email protected] Fone: (38) 3223-2130 Montes Claros – MG
Frangos e Ovos
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Balanço das exportações de carne de frango em 12 meses Nos 12 meses encerrados em abril de 2016 o volume de carne de frango exportado pelo Brasil
aumentou pouco mais de 11%. Mas como o preço médio dos quatro itens exportados recuou
acima de 17%, a receita cambial daí proveniente continuou negativa, apresentando redução
superior a 8%.
Nesse processo de redução de preço (e, por decorrência, de receita – que o aumento de volume
ainda não conseguiu reverter), o que mais chama a atenção é o retrocesso experimentado pelos
cortes de frango: 22,66% a menos, contra, por exemplo, redução de apenas 5,71% do frango
inteiro. O que faz com que, na média dos 12 meses analisados, os cortes alcancem valor médio
4% inferior ao do frango inteiro – fato inusitado na história das exportações, mas que vem se
repetindo nos últimos tempos.
O efeito disso só não é pior porque o maior crescimento nas vendas (+16%) vem recaindo sobre
os cortes, fazendo com que representem perto de 60% do volume total exportado (o frango inteiro
fica com quase 33% e industrializados e carne salgada com cerca de 4% cada um).
Mas em função do preço menor, a participação dos cortes na receita cambial da carne de frango
atinge índice ligeiramente menor, de 56%. O frango inteiro responde por 32% da receita total e
cortes e carne salgada pelos 12% restantes.
Detalhe: nos dois últimos meses (março e abril), após 10 meses consecutivos de preços
inferiores, os cortes voltaram a registrar preço superior ao do frango inteiro. É uma tendência que
deve se firmar, mas que, por ora, ainda é incipiente: diferença, a mais, para os cortes, de apenas
4%, quando a média histórica aponta valores próximos de 20% e picos com diferenças não muito
distantes dos 40%.
AviSite
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Desempenho federativo brasileiro na exportação de carne de frango
Os dados da SECEX/MDIC relativos ao primeiro quadrimestre de 2016 apontam que, no período,
o Paraná, estado líder na produção e exportação de carne de frango, respondeu por mais de um
terço do volume e da receita cambial do setor. E, junto com Santa Catarina e Rio Grande do Sul,
garantiu que volume e receita da Região Sul continuassem correspondendo a 75% do total
nacional.
Mesmo assim, o Sul foi, na prática, a única região brasileira a fechar o quadrimestre com recuo na
receita cambial. No Sudeste a receita apresentou redução de apenas 0,21%, mantendo-se
praticamente estável, enquanto nas demais regiões foram registrados crescimento.
Minas Gerais está no 5º lugar com uma produção de 72,988 mil toneladas o equivalente a 5,08%
do total, correspondente a 113,333 milhões de dólares.
Mercado de ovos brancos começa a ter dificuldade na colocação do produto
Segundo a Jox Assessoria Agropecuária a cadeia de comercialização começa a ter dificuldade na
colocação do produto. O cenário é de preocupação pela chegada do período de retração no
consumo devido a menor capacidade de aquisição do consumidor.
Por ora, o preço praticado se encontra 17% acima do alcançado no início do mês. Embora a
evolução seja bem inferior a do ano passado (21%), permanece bem acima da média histórico no
período 2008 a 2015. Mas isso tem pouca relevância diante do altíssimo custo de produção.
O mercado indica que dificilmente será alcançada a evolução do ano passado. Assim, a
manutenção da atual cotação já será muito bem aceita pelo setor.
VARIAÇÃO NAS COTAÇÕES DE FRANGOS E OVOS – 16/05/16
PRODUTO ATACADO FOB. GRANJA (R$/Kg)
Frango Abatido Resfriado/Atacado 4,50
Frango Vivo com ICMS Média Mercado 2,50
OVOS VALOR R$/CX/30 Dz – CEASA –MG
Ovos Extra Grandes 90,00
Ovos Grandes 89,00
Ovos Médios 87,00
Ovos Pequenos 83,00
Ovos Vermelhos Extra 95,00
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Safra da laranja é estimada em 245,74 milhões de caixas
Produção será 18% menor que no ano passado, segundo levantamento do Fundecitrus
A safra de laranja 2016/17 do principal parque citrícola do Brasil - que engloba 349 municípios de São Paulo e Minas Gerais - deverá ser de 245,74 milhões de caixas de 40,8 kg, segundo estimativa do Fundecitrus - Fundo de Defesa da Citricultura, anunciada nesta terça-feira (10).
A produção estimada é 18% menor do que a da safra 2015/16, na qual foram colhidas 300,65 milhões de caixas de laranja. A quebra se deve, principalmente às altas temperaturas na época da florada, que causaram a queda das flores e chumbinhos (frutinhos).
As variedades mais atingidas foram as tardias que terão um volume 20% menor do que na safra anterior. Do total, cerca de 9,59 milhões de caixas deverão ser colhidas no Triângulo Mineiro, principal região produtora de Minas Gerais. A produtividade média por árvore diminuiu em 19% na safra atual com a estimativa de 1,40 caixas/árvore, contra 1,73 caixas/árvore na safra passada.
O número médio de frutos por árvore em abril de 2016, sem considerar a queda que ocorrerá ao longo da safra, foi mensurado em 430 frutos por árvore, 14% menor em comparação com abril/2015, e a taxa média de queda estimada é de 15% até o final da safra.
A Pesquisa de Estimativa de Safra foi realizada de 28 de março a 28 de abril de 2016, por meio da derriça (colheita total) de 2.200 árvores distribuídas em todo parque citrícola, de acordo com idade, variedade e região. O trabalho é realizado pelo Fundecitrus em cooperação com a Markestrat, Unesp e FEA/RP-USP.
Ao mesmo tempo há o lançamento de uma campanha ”Qualidade na mesa é sinônimo de qualidade de vida para o consumidor”. Recentemente lançada pela ABCM, a campanha “H1 Nenhum” estimula os brasileiros a consumirem mais citros, principalmente nas épocas do ano mais propensas a surtos de gripe. Isso porque, as frutas cítricas possuem alta concentração de vitamina C, que reforça a imunidade do corpo. Aproveitando o momento para incentivar as pessoas a consumirem suco de laranja e as frutas cítricas, como sendo uma forma de propiciar uma resistência maior ao vírus.
Consequentemente Parque citrícola encolhe 6%, maior região produtora de citros do Brasil, que engloba 349 municípios de São Paulo e Minas Gerais - encolheu 27,8 mil hectares no último ano, segundo o levantamento feito pelo Fundecitrus - Fundo de Defesa da Citricultura. Os dados foram juntamente com a estimativa da safra de laranja 2016/2017.
A área com pomares de laranja, incluindo todas as variedades, é de 416 mil hectares, 6% menor em comparação com 2015.
As variedades que somam 97% dos pomares totalizam 192 milhões, 3% menos que há um ano quando foi realizado o censo da citricultura. Dessas 175 milhões são produtivas, um aumento de 0,8 % em relação à última safra 2015/16. As árvores plantadas a partir de 2014 são consideradas improdutivas.
Mais de 90% do cinturão citrícola são formados por quatro variedades: Pera Rio, que lidera com 35% das árvores, seguida de Valência (29%), Hamlin (12%) e Natal (11%).
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Fonte: Fundecitrus, Cepea e Agrolink
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O período de entressafra do leite começa agora em maio e o Centro de Estudos Avançados em Economia
Aplicada – CEPEA – ESALQ/USP já acusa algo próximo de 7,35% de queda na captação do leite em todo
o país. Minas Gerais registrou a maior queda, em torno de 8,8%, seguido por Goiás (8,36%) e pelo Paraná
(7,66%). Devido a isto, o valor do leite recebido pelo produtor teve aumento expressivo em abril, acusando
a maior alta mensal dos últimos seis anos. Contabilizando frete e impostos, o preço bruto teve média de
R$1,21/litro em abril, 5,72% acima dos preços de março. Segundo o CEPEA, no acumulado deste ano o
aumento já chega a 12%.
Além da queda na produção, que elevou ainda mais a competição entre os laticínios na busca da matéria
prima, os valores pagos aos produtores de leite também subiram em decorrência dos elevados custos,
especialmente do concentrado. A queda na produção pode, também, ser resultado da saída de produtores
da produção do leite. Isto tem acontecido em todas as regiões produtoras.
Em pesquisa encomendada pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), no mercado atacadista
e de laticínios em São Paulo, é visto que as cotações dos derivados lácteos também mantiveram o
movimento de alta em abril. No acumulado do ano, o preço do leite UHT já registra alta de 23,3% e o
queijo muçarela, de 13%.
Como agravante para o momento, nos últimos cinco meses o mercado de Belo Horizonte viu o preço do
leite subir em 17,3%, segundo dados da prefeitura municipal. Este aumento, segundo fontes consultadas,
é consequência de altas de custos na produção, processamento e distribuição de leite e derivados.
Situação em Minas Gerais
Em Minas, a pesquisa mostra que o preço liquido do leite variou entre R$1,19 na Região do Rio Doce a
R$1,00 na Região Sul/sudoeste. Os preços praticados na região do Triângulo também alcançaram a média
de R$1,19. A menor variação mensal aconteceu no Sul/Sudoeste, com menor valorização se comparada
com as demais regiões.
Tendências
Para os meses vindouros, as expectativas são de que os preços praticados sigam em alta, ainda
impulsionados pela oferta restrita no período. Nenhum dos atores envolvidos no negócio leite estima queda
de preços para o mês de maio.
Fonte: CEPEA/FAEMG/SEAPA-MG
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