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PROCESSO DE INSOLVÊNCIA EDIGAIA – IMOBILIÁRIA, S.A. PLANO DE INSOLVÊNCIA artigo 192º e seguintes do CIRE RUI CASTRO LIMA Administrador da Insolvência

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PROCESSO DE INSOLVÊNCIA

EDIGAIA – IMOBILIÁRIA, S.A.

PLANO DE INSOLVÊNCIA

artigo 192º e seguintes do CIRE

RUI CASTRO LIMA

Administrador da Insolvência

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[ INDÍCE ]

1. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

2. CONTEÚDO DO PLANO DE INSOLVÊNCIA

2.1 Introdução

2.2 Finalidade do plano de insolvência

2.3 Descrição situação patrimonial, financeira e reditícia do devedor

3. PROPOSTA DE EXECUÇÃO DO PLANO = ACTIVO a ACTIVO - IMÓVEIS

3.1 Garagem = Mafamude - Vila Nova de Gaia

3.2 Garagem = S. Félix Marinha - Vila Nova de Gaia

3.3 Prédio Rústico = Bustelo - Penafiel

3.4 Prédio Urbano = Sandim - Vila Nova de Gaia

3.5 Lugares de Garagem + Arrumos - Edifício Império da Prelada = Porto

3.6 Lojas - Edifício Progresso = Espinho

3.7 Empreendimento = Rio Meão - Santa Maria da Feira

3.8 Empreendimento - Edifício Santa Cruz = Gandra - Paredes

3.9 Empreendimento - Gaia Park Office = Vila Nova de Gaia

3.10 Empreendimento - Quinta do Sardão = Oliveira Douro - Vila Nova de Gaia

4. PROJECÇÕES DE REEMBOLSO DO PASSIVO

4.1 Passivo a reembolsar por classe de credor

4.2 Passivo a reembolsar por natureza de crédito

5. DESPESAS E RECEITAS = MASSA INSOLVENTE

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

+

Listagem - ANEXOS

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1. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

FIRMA / DENOMINAÇÃO

EDIGAIA – IMOBILIÁRIA, S.A.

NIF / NIPC / MATRÍCULA

501 536 973

CONSERVATÓRIA

Conservatória do Registo Comercial de Vila Nova de Gaia

SEDE SOCIAL

Rua António Luís Gomes, nº 138 C, freguesia de Mafamude, concelho de Vila Nova de Gaia

OBJECTO

Promoção imobiliária, compra e venda de bens imóveis e revenda dos adquiridos para esse fim, bem como

arrendamento e administração de imóveis, construção civil.

NATUREZA JURÍDICA

Sociedade anónima

CAPITAL SOCIAL

5.400.000,00 Euros

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO (à data da sentença de insolvência)

José dos Santos Oliveira (presidente)

Idília Alzira Alves Pereira Oliveira (vogal)

José Domingos Pereira Oliveira (vogal)

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2. CONTEÚDO DO PLANO DE INSOLVÊNCIA

2.1 INTRODUÇÃO

Realizado um estudo muito mais detalhado da realidade da sociedade insolvente EDIGAIA – IMOBILIÁRIA, S.A. (a

seguir apenas abreviadamente designada por EDIGAIA), consubstanciado no aprofundamento do seu histórico de

actividade e societário, contabilístico e económico-financeiro, na aferição da verdadeira e ajustada composição,

situação e valorização dos seus activos, na análise e ponderação do passivo reclamado e do contencioso judicial

pendente, só agora é finalmente possível, em cumprimento da deliberação da assembleia de credores de apreciação

do relatório, apresentar uma proposta de plano de insolvência tendente à liquidação (com transformação parcial) dos

activos da empresa insolvente, já definitivamente consolidados – como resultado final das diligências de arrolamento

vide AUTO DE APREENSÃO DE BENS | IMÓVEIS que se junta ao presente plano e dele faz parte integrante como

ANEXO 1

Da complexidade do trabalho,

Salienta-se, desde já, que apesar de todo o esforço e trabalho entretanto desenvolvidos, face à enorme complexidade

e densidade do presente processo de insolvência, demonstrou-se humana e tecnicamente impossível concluir a

elaboração deste plano de insolvência dentro do prazo deliberado na Assembleia de Credores de 04/10/2011.

A elaboração deste documento veio mesmo a revelar-se uma tarefa ainda muito mais densa, árdua e demorada do

que já se estimava aquando da realização dessa Assembleia de Credores ou mesmo da posterior reunião com a

Comissão de Credores em 20/10/2011.

O reporte testemunhal que foi sendo prestado por antigos funcionários do grupo empresarial e a análise muito mais

aprofundada de todo o arquivo administrativo, documental e contabilístico da insolvente, e o estudo comparativo com

e das reclamações de créditos apresentadas e a análise aprofundada do teor das mesmas, e ainda, o conhecimento, a

obtenção e/ou acesso tardio a diversa documentação, e mesmo as acusações ditadas por uma carta anónima

entretanto junta ao processo em tribunal,

Foram (todos) factores que (entre outros) não só fortemente destabilizaram o trabalho em curso como também

obrigaram a uma análise muito mais aprofundada, complexa e demorada de toda a situação reditícia, financeira,

empresarial e/ou de envolvência societária da EDIGAIA.

Reitera-se igualmente o enunciado no anterior relatório (artigo 155º do CIRE) de que, apesar do sucessivo adiamento

ou retardamento na entrega de muita informação (e outro tipo de incidentes que não importará agora aqui detalhar,

mas que obrigaram a um esforço adicional) cedo se foi percebendo do difícil e árduo trabalho a desenvolver neste

processo, quer por força das inúmeras diligências e tarefas a realizar, quer pela muito extensa, contraditória,

diferenciada e tecnicamente complexa documentação a analisar e tramitar.

Das intervenções periciais,

Assim, na primeira reunião conjunta com os membros da Comissão de Credores realizada em 20/10/2011, foi

amplamente discutida toda a situação da insolvente e deliberada a imprescindibilidade da contratação de três

assessorias periciais coadjuvantes - contabilística, de engenharia e jurídico-contenciosa.

Face ao já reportado e conhecido desaparecimento de parte da contabilidade e dos fortes indícios de falta de

credibilidade da contabilidade da insolvente, foi necessário contratar uma empresa técnica especializada para

proceder à recuperação desde Janeiro de 2009 (com a consequente entrada em funções de um novo Técnico Oficial

de Contas), para proceder à peritagem da contabilidade da insolvente e para apoio à gestão do processo a nível de

projecção financeira, sendo que,

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Dessa peritagem técnica contabilística, foram resultando inúmeras situações (muitas adicionais ao que já tinha sido

reportado (e anexado) no Relatório do Administrador da Insolvência do artigo 155º do CIRE que, pela sua relevância

e/ou aparente gravidade, já foram ou ainda serão comunicadas às autoridades fiscais e/ou criminais competentes,

sendo que algumas ainda carecem de melhor indagação, aprofundamento e/ou esclarecimento – sobre toda esta

factualidade vide RELATÓRIO DE PERITAGEM CONTABILÍSTICA que se junta ao presente plano e dele faz parte

integrante como ANEXO 2

Face à elevada quantidade e diversidade de activos imobiliários da insolvente foi também necessário proceder à

contratação de uma assessoria técnica de engenharia que (inicialmente) coadjuvou no arrolamento, apreensão e

vistoria dos imóveis da insolvente e (mais tarde) na aferição da sua situação técnica e administrativa (projectos),

estimativa dos respectivos custos de conclusão e avaliação (por activo) do seu valor comercial de mercado – sobre

esta factualidade vide RELATÓRIOS DE AVALIAÇÃO que se juntam ao presente plano e dele fazem parte integrante

como ANEXOS 3 a 12

Fruto da intervenção de engenharia realizada conseguiu-se atingir um ponto de partida para o presente plano, pois foi

possível identificar os imóveis da insolvente no seu actual estado, ter uma opinião técnica e isenta sobre o seu possível

valor e conhecer de outras problemáticas técnicas ainda adjacentes a cada um desses activos.

Por último, considerou-se ainda necessário contratar uma assessoria jurídico-contenciosa que pudesse coadjuvar em

todas as problemáticas jurídicas do processo ao nível dos seus activos e do seu passivo (reclamações de créditos,

contratos, etc.) e que pudesse acompanhar e/ou representar (se necessário) a Massa Insolvente nos processos

judiciais em que a EDIGAIA seja parte ou nas acções cuja propositura será necessário equacionar no âmbito da

execução do presente plano.

Nesse sentido, para além da cooperação na análise e decomposição de todas as reclamações de créditos apresentadas

e consequente fixação do passivo reconhecido e não reconhecido, revelou-se essencial obter uma solução doutrinária

e jurisprudencialmente fundamentada para uma definitiva tomada de posição sobre a problemática subjacente ao

valor (sinal em singelo ou sinal em dobro?) e à natureza (garantido por direito de retenção ou comum?) dos créditos a

reconhecer aos promitentes-compradores reclamantes no presente processo de insolvência,

E ainda, desenvolver/aprofundar as questões controvertidas subjacentes quer ao Empreendimento da ABERBITA sito

em Águas Santas, Maia (objecto de contrato celebrado entre a EDIGAIA e a “Aberbita - Imobiliária e Construções, Lda”)

quer aos contratos de cessão de créditos e compensação e de compra e venda de acções e transmissão singular de

dívida outorgados pela EDIGAIA com pessoas singulares e colectivas com ela especialmente relacionadas – sobre todas

estas factualidades vide PARECERES JURÍDICOS que se juntam ao presente plano e dele fazem parte integrante como

ANEXOS 13 a 15

Da solução preconizada,

Assim, à medida que as intervenções periciais coadjuvantes foram aprofundando e reportando os resultados do seu

trabalho, logo se foi percebendo que muito mais difícil se ia tornando a possibilidade de encontrar e/ou

consubstanciar uma solução imediata e consensual para os diferentes activos da insolvente, nomeadamente, por força

dos resultados que paralelamente se iam consolidando da análise do avultado passivo reclamado.

Tal não só permitiu abandonar definitivamente a opção inicialmente configurada pela própria empresa de uma

possível recuperação - sendo que o Administrador da Insolvência deixou de acreditar nessa solução e passou a

direcionar o seu trabalho exclusivamente no sentido da liquidação,

Como também, trouxe a descoberto situações verdadeiramente indiciárias de práticas irregulares e/ou ilícitas que,

foram (ou ainda serão) oportunamente comunicadas às autoridades competentes para o devido impulso de

investigação fiscal e/ou criminal.

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No entanto, nunca se deixou de acreditar na necessidade de elaboração de um plano de insolvência que encerrasse

uma proposta de liquidação controlada dos activos, sendo para tal imprescindível encontrar uma solução credível para

o destino e/ou para a conclusão dos empreendimentos arrolados e uma posição inequívoca sobre a real e verdadeira

situação dos créditos sobre a insolvente.

Continua-se assim a considerar que, quanto aos activos da insolvente EDIGAIA, uma alternativa de liquidação imediata

(em contraposição ao esforço de elaboração e apresentação de um plano de insolvência clarificador e exequível)

comportará certamente o arrastamento no tempo (da liquidação) dos presentes autos de insolvência, face à venda

forçada de activos inacabados e/ou à não resolução de inúmeros interesses jurídicos conflituantes entre diferentes

créditos reclamados.

Por outro lado, foi tomada uma posição objetiva sobre os passivos reclamados, ressalvando-se que o reconhecimento

de créditos realizado é o que resulta de uma leitura absolutamente racional e objetiva de todas as reclamações de

créditos (e correspectivas provas) apresentadas, em confrontação com os saldos resultantes da contabilidade da

insolvente (validada pela recuperação realizada).

Ainda no que diz respeito ao passivo da insolvente (que agora aqui se quantifica num total de 40.792.446,93 Euros de

créditos reclamados ou contabilizados, sendo que 31.177.881,65 Euros foram reconhecidos e 10.440.165,96 Euros

não foram reconhecidos, ex vi artigo 129º do CIRE) além da normal tramitação das reclamações de créditos recebidas,

foi necessário encetar um profundo e minucioso trabalho de análise jurídica e contabilístico-financeira, para se ir

consubstanciando a informação contabilística com a informação jurídica (por exemplo, quanto aos contratos

promessa compra-venda ou escrituras).

ALGUMAS CLARIFICAÇÕES ADICIONAIS IMPORTANTES,

Empreendimento - ABERBITA | Águas Santas - Maia:

Face ao resultado das diligências de arrolamento e inventariação realizadas e considerando o facto de terem sido

apresentadas neste processo de insolvência algumas reclamações de créditos que têm por objecto fracções

autónomas que integram este empreendimento (concretamente, oito), revelou-se fundamental proceder a uma

análise contabilística e jurídica deste empreendimento e também da sua situação de facto, de cujas conclusões

(constantes dos respectivos relatórios e parecer anexos ao plano) resulta que estes bens não são um activo da

sociedade insolvente, sendo antes propriedade da sociedade ABERBITA - IMOBILIÁRIA E CONSTRUÇÕES, LDA com

NIPC 502.314.451, não havendo incumprimento (ou possibilidade jurídica de cumprimento) nem dívida da EDIGAIA

perante os reclamantes.

Todos os créditos e situações relativas a este empreendimento terão então que ser reclamados e/ou resolvidos

junto da (ainda) proprietária deste empreendimento – empresa ABERBITA.

E, como a própria insolvente EDIGAIA é credora da referida sociedade ABERBITA, está ainda em análise a

possibilidade da (aqui) massa insolvente vir a requerer a insolvência dessa empresa, para tentativa de

ressarcimento do seu crédito.

Participações Financeiras - Resoluções de Contratos:

Do estudo aturado e das correspondentes averiguações sobre a situação patrimonial e financeira da EDIGAIA, foi

ainda possível apurar e aprofundar, através das respectivas análises contabilística e jurídica, a outorga de contratos

com incidência nas participações sociais e investimentos financeiros da insolvente.

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Em concreto, o contrato de cessão de créditos e compensação de 05/08/2010, celebrado entre a sociedade

Gaiahotel – Sociedade Hoteleira de Gaia, Lda., a EDIGAIA e José dos Santos Oliveira e o contrato de compra e venda

de acções e transmissão singular de dívida de 06/09/2010, celebrado entre a EDIGAIA, a sociedade Quinta de S.

Salvador – Investimentos Imobiliários e Turísticos, S.A. e José dos Santos Oliveira.

Tendo como ponto de partida as conclusões constantes quer da peritagem contabilística quer do parecer jurídico

que lhe sucedeu (constantes dos respectivos relatório e parecer agora anexos ao plano), para a total exequibilidade

deste plano considera-se substancial proceder-se à resolução desses negócios em benefício da massa insolvente,

sendo que já foi produzida um conjunto de ajustamentos e/ou reclassificações (incluindo outras sociedades

participadas e participações financeiras) que reduzirão os activos financeiros e, por consequência, também os

capitais próprios da sociedade.

Promitentes - Compradores:

No decurso de todo o trabalho aqui desenvolvido e supra descrito e do resultado da perícia contabilística realizada,

surgiram fortes indícios de que uma parte dos contratos promessa que serviram de base às reclamações de

créditos apresentadas (concretamente, dez reclamações que têm por objecto fracções autónomas e/ou moradias

no Empreendimento Quinta do Sardão) possam ser, no todo ou em parte, ficcionados e/ou simulados.

Esta questão, entre outras, não ficando definitivamente esclarecida e encerrada a este nível cível (em concreto, na

tramitação do apenso de reclamação de créditos da insolvência), terá que ser devidamente investigada pelas

autoridades criminais e fiscais competentes.

Bens Móveis - Imobilizado:

Não obstante terem sido oportunamente inventariados (no Inventário do artigo 153.º do CIRE anexo ao Relatório)

alguns bens móveis propriedade da insolvente – equipamento administrativo e informático e um carro de golfe,

marca EZGO MG5 K49 – verifica-se relativamente a estes que:

o carro de golfe encontra-se no Empreendimento Quinta do Sardão, estando afecto ao uso exclusivo da

Comissão de Moradores face à dimensão das áreas comuns do loteamento,

o equipamento administrativo (armários) e informático (computador) alberga o arquivo administrativo e

contabilístico da empresa que foi objecto de apreensão, sendo tudo equipamentos obsoletos,

o valor venal de todos estes bens é bastante reduzido, constando da contabilidade (após ajustamentos) como

avaliados contabilisticamente no total em 409,75 Euros.

A conjugação destes três factores determinou ser opção deste plano deixar estes bens fora da liquidação do activo.

Terreno Rústico - Miramar:

No imobilizado contabilístico da insolvente (único bem imóvel aí descrito) e, consequentemente, no Inventário

anexo ao Relatório ex vi artigo 153.º do CIRE oportunamente apresentado neste processo, constava elencado como

sendo propriedade da EDIGAIA um terreno rústico para construção com área de 660m2, sito nos lugares de Mira e

Praia de Miramar, freguesia de Arcozelo, concelho de Vila Nova de Gaia, descrito na Conservatória sob o número

419 e inscrito na matrícula sob o artigo 5169.

Verificou-se posteriormente que este imóvel estaria indevidamente contabilizado no imobilizado da EDIGAIA, pois

foi vendido por escritura datada de 03-08-2005, pelo valor de 17.118,74 Euros (valor patrimonial) à sociedade

Quinta de S. Salvador – Investimentos Imobiliários e Turísticos, S.A., NIF 501.981.500, não sendo já propriedade da

insolvente.

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Viaturas:

A peritagem contabilística registou também a indicação de existência no Mapa de Amortizações de uma viatura de

marca Toyota, matrícula 70-14-NG, na rubrica de equipamentos de transporte, tendo a mesma sido “abatida” na

contabilidade pelo valor de 35.542,24 Euros, já no exercício de 2009, por venda/compensação a António Carlos

Vieira da Rocha, NIF 127.629.637.

Razão pela qual, se considera que tal veículo já não é propriedade da EDIGAIA, não sendo objecto de apreensão no

presente processo.

E, no Inventário (previsto no artigo 153.º do CIRE) anexo ao Relatório anteriormente apresentado neste processo,

constava ainda relacionada o veículo automóvel de marca Land Rover, modelo Range Rover, matrícula 63-FB-22.

Porém, verificou-se que este bem, não só pertence à sociedade CREDIBOM – IFIC, S.A. (NIF 503.533.726) estando

locado à EDIGAIA ao abrigo do contrato n.º 80002984041, como também foi objecto de furto (em data anterior à

declaração de insolvência), desconhecendo-se o estado actual desta viatura ou sequer o seu paradeiro.

Pelo que, também este bem não foi objecto de apreensão nos presentes autos.

Pagamentos aos Credores:

Torna-se essencial deixar aqui desde já clarificado que, sendo este um plano de insolvência de liquidação e ainda

que sejam entretanto vendidos bens nos termos das propostas apresentadas e no âmbito da respectiva execução,

nenhum credor será pago pelo produto desses vendas (que ficará em depósito na massa insolvente) sem o trânsito

em julgado da sentença de verificação e graduação de créditos ou sem despacho judicial transitado em julgado a

autorizar tal pagamento.

2.2 FINALIDADE DO PLANO DE INSOLVÊNCIA

O presente plano de insolvência visa a liquidação e/ou transformação e/ou comercialização faseada dos activos da

insolvente EDIGAIA, com o primordial objectivo do reembolso (possível) dos créditos sobre a insolvência, mediante um

plano de pagamento diferenciado para credores privilegiados / garantidos / comuns – sempre com observância do

princípio de igualdade dos credores previsto no artigo 194º do CIRE.

O processo de insolvência não deve ser visto de forma restritiva, ou seja, apenas como um procedimento de mera

liquidação forçada, imediata e obrigatória do património de um devedor e de simples distribuição do respectivo

produto pelos credores.

Actualmente, o objectivo de qualquer processo de insolvência é a satisfação, pela forma mais eficiente possível, dos

direitos dos credores, para o que a lei lhes confere o poder de afastar a tramitação legal supletiva da liquidação e de

decidir qual a melhor forma de serem ressarcidos, designadamente, através da aprovação de um plano de insolvência.

Assim, a finalidade deste plano de insolvência assenta nos seguintes VECTORES ESTRATÉGICOS:

Ajustamento ou adequação do procedimento de liquidação - activo a activo - a um modelo antecipadamente

projectado de graduação dos créditos (e consequentes reembolsos) - sempre passível de possível alteração e/ou

ajustamento face aquele que vier a ser o resultado final da verificação e graduação de créditos por decisão

judicial

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Eficiência do reembolso proposto através da valorização (por transformação) pela massa insolvente ou pelo

próprio credor hipotecário de alguns activos, por contraposição ao resultado expectável com a sua venda

imediata ou forçada, da qual certamente resultariam maiores prejuízos para credores

Faseamento da liquidação, face à necessidade temporal forçosamente exigida para a conclusão de certos activos

e para a possível resolução prévia de algumas problemáticas adjacentes

Exequibilidade do plano tendo vista uma maximização da capacidade de reembolso do passivo reconhecido ou

que vier a ser considerado como legitimamente reclamado

A bondade da solução preconizada, norteada pelo estrito cumprimento das regras legais, mas com especial

enfoque no desígnio de encontrar uma solução pacífica, justa, equilibrada e, principalmente, conciliadora dos

diferentes interesses (concorrenciais) assumidos pelos credores no âmbito da defesa estrita dos seus próprios

créditos, aplicando-se critérios de racionalidade no reconhecimento dos créditos, no suporte e orçamentação

dos custos provisionados da massa insolvente, no pragmatismo da estimativa (conservadora) dos proveitos

projectados.

Análise e proposta (possível) casuística - activo a activo - para uma venda imediata, uma liquidação controlada ou

uma outra solução mitigada.

Os valores de avaliação da peritagem de engenharia foram fixados com base num critério comercial - no entanto,

face à actual dinâmica volátil do mercado imobiliário e aos valores (cada vez mais próprios) das vendas realizadas

no âmbito dos processos de insolvência (vulgo mercado falimentar), optou-se neste plano pela fixação de valores

(activo a activo) muitas vezes independentemente da peritagem de engenharia, por se considerarem os mesmos

divergentes da actual procura de mercado para esse tipo activos e/ou em resultado de prospecção entretanto

produzida e/ou face às características intrínsecas de cada um dos activos

Mas não se pode deixar de realçar individualizadamente aquela que, a partir de determinada altura e por força da

dinâmica do próprio processo, passou a ser provavelmente uma das situações mais marcantes para o plano e seu

futuro desenvolvimento, ou seja,

O plano (de liquidação) apresentado está naturalmente consubstanciado numa opção absolutamente racional,

alicerçada num critério de total objectividade e equidade adoptado no reconhecimento dos créditos reclamados.

Conforme consta do relatório de peritagem contabilística anexo a este plano «face aos elementos já apurados, podemos confirmar que estamos perante uma contabilidade [da EDIGAIA] anómala, com algumas incidências que certamente extravasarão a esfera contabilístico-fiscal», Constando ainda desse mesmo relatório que «não descurando, assim, a legitimidade das reclamações produzidas (…) importa justificar a complexidade do trabalho desenvolvido, que considerando a inconsistência do tratamento contabilístico, a falta de rigor das reclamações efectuadas – essencialmente na anexação do comprovativo/prova de pagamentos – e o eventual ficcionar de um conjunto de documentos e movimentações financeiras (reafirmando que não cabe ao presente relatório não mais do que identificar as questões contabilisticamente não conformes), não permite chegar a um conjunto de conclusões, sem que antes se venha a obter mais “meios de prova” e justificativos que permitam clarear e corrigir eventuais desvios cuja análise tout court pode suscitar».

Assim sendo, face a tal descredibilização da contabilidade da EDIGAIA, não se podiam considerar como válidas simples

declarações de quitação da insolvente que (na sua esmagadora maioria) nem sequer tinham qualquer reflexo na

contabilidade (da própria EDIGAIA) ou que não se encontram suportados em (in)fluxos financeiros e que quase nunca

fazem referência ao meio de pagamento utilizado.

Acontece que, quase todos os promitentes-compradores apresentaram as suas reclamações de créditos suportadas

documentalmente (meio prova) nesse tipo de declarações de quitação.

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A par disto, resultou como fortemente indiciário da recuperação da contabilidade e da peritagem contabilística

realizadas, e ainda, como já supra se aflorou, d reporte testemunhal que foi sendo prestado por antigos funcionários

do grupo empresarial da EDIGAIA e da análise muito mais aprofundada de todo o arquivo administrativo, documental

e contabilístico da insolvente, da existência de contratos promessa simulados ou ficcionados (cujos créditos

reclamados são superiores a 3 milhões e 400 mil euros) cuja futura investigação fiscal e/ou criminal caberá às

autoridades competentes.

Ora, mesmo que o Administrador da insolvência (fruto de todo o estudo realizado) possa ter uma opinião e/ou

convicção formada sobre a diferenciação clara entre aqueles que serão promitentes-compradores verdadeiros e reais

e aqueles que serão promitentes-compradores simulados ou ficcionados, nunca poderia ser um critério opinativo e

subjectivo a presidir ao reconhecimento de todos esses créditos.

Assim, face à ausência de prova suficiente na reclamação de créditos, espera-se que em sede própria de contraditório,

i.e., na tramitação subsequente de impugnação de créditos e saneamento judicial do passivo controvertido prevista

no CIRE, consigam os verdadeiros credores (promitentes) fazer prova cabal e definitiva de todos os seus direitos,

fazendo-se assim a devida justiça.

No entanto, como este plano pretende servir como uma espécie de base negocial para busca de uma solução final

verdadeira e consensual, sem violação do princípio de igualdade de tratamento de credores, optou-se já por

diferenciar no plano (por razões objectivas) estes dois tipos de promitentes, com o lançamento de um intervalo de

valores de possível reconhecimento para os primeiros e o total provisionamento do crédito reclamado para os

segundos, pois considerou-se imperioso desde já diferenciar as duas situações, acabando esta por funcionar como

uma verdadeira nota de isenção e imparcialidade.

2.3 DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO PATRIMONIAL, FINANCEIRA E REDITÍCIA DO DEVEDOR

Nos termos constantes do relatório de peritagem contabilística limitada aos balanços dos exercícios de 2008 a 2010 e até Maio de 2011 (anexo a este plano) resumem-se e/ou realçam-se agora os seguintes factos que quanto a esta matéria consideramos mais pertinentes:

A demonstrações financeiras da EDIGAIA não estão isentas de distorções materialmente relevantes, sendo ainda necessário proceder à recolha de extractos de contas detalhados e documentos de suporte para um conjunto significativo de movimentos junto de terceiros

Revela-se necessário a circularização da informação adicional para concluir a peritagem contabilística e de forma a obter “consistência” à contabilidade da insolvente

Face aos elementos já apurados, podemos confirmar que estamos perante uma contabilidade anómala, com algumas incidências que certamente extravasarão a esfera contabilístico-fiscal

Apesar de todo o trabalho já desenvolvido, ainda não possível aferir na totalidade quanto a eventuais pleitos judiciais ou extrajudiciais e demais responsabilidades contingentes que venham a resultar do processo de reconhecimento do passivo reclamado ou quaisquer outros factos que de qualquer modo possam afectar a contabilidade da insolvente no período em análise, em particular no necessário esclarecimento e resolução dos valores movimentados/contabilizados por caixa e na conta do Sr. José Santos Oliveira, enquanto administrador da EDIGAIA

Realça-se a existência de um conjunto de contratos-promessa identificados no arquivo da insolvente, não espelhados/reflectidos na contabilidade apesar desses mesmos contratos darem como quitados os pagamentos de sinais (e assim darem como recebidos pela EDIGAIA).

De igual modo suscitam dúvidas outros negócios (definitivamente escriturados) que espelham/indiciam, por si, a venda por verbas parcialmente identificados como recebidas por terceiros e/ou por verbas acima do próprio valor do negócio

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A EDIGAIA é sujeito passivo abrangido pelo regime especial de tributação dos grupos de sociedades (RETGS) previsto no artigo 63º (actual artigo 69º) do IRC, o qual consiste na tributação do lucro do grupo, calculado pela sociedade dominante, QUINTA S. SALVADOR – INVESTIMENTOS TURÍSTICOS E IMOBILIÁRIOS, S.A., NIF 501981500, através da soma algébrica dos lucros tributáveis e dos prejuízos fiscais apurados nas declarações periódicas individuais de cada uma das sociedades pertencentes ao grupo conforme determina o artigo 64º do Código do IRC

A insolvente encontra-se colectada (desde o exercício de 2002) para o exercício de actividade principal de “construção de edifícios (residenciais e não residenciais) ” CAE 41200 Rev.3 e como actividade secundária de “compra e venda de bens imobiliários” CAE 68100 Rev.3, tendo enquadramento para efeitos de tributação de IVA, na isenção do artigo 9.º do Código do IVA (CIVA) desde 01-01-1989.

A insolvente não dispunha de um cadastro de imobilizado corpóreo actualizado que permita identificar, de forma clara e inequívoca, a totalidade dos bens que são sua propriedade

A EDIGAIA não utilizava o sistema de fundo fixo de caixa, nem apresenta qualquer controlo formalizado nos movimentos registados nesta rubrica

Ao proceder-se à recuperação da contabilidade estes movimentos foram ajustados e não foram considerados por não terem qualquer justificação - não se identificando fonte e destino dos valores

Muitos dos movimentos são elaborados por Notas Internas de Contabilidade sem qualquer documento de suporte que possa ser considerado válido

Contudo, tendo em conta a referida falta de informação (e porque se tratam de valores materialmente relevantes) ainda não possível quantificar todos os valores movimentados por conta de administração ou relativos a despesas não documentadas, à excepção do montante já apurado de € 1.988.850,00 (um milhão novecentos e oitenta e oito mil e oitocentos e cinquenta euros) relativo a valores de escrituras efectivamente outorgadas pela EDIGAIA e cujo destino de tal dinheiro ainda não se conseguiu identificar (sendo que não ficou na sociedade)

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3. PROPOSTA DE EXECUÇÃO DO PLANO = ACTIVO a ACTIVO - IMÓVEIS

A seguir passa-se a apresentar proposta deste plano de insolvência para liquidação da massa insolvente activo a activo,

ou seja, para cada imóvel da insolvente foi pensada uma solução diferenciada, seja de venda imediata, liquidação

controlada e faseada (com possível transformação do activo) ou até uma solução mista, sendo que estas propostas

foram quase todas projectadas para um prazo de início de execução consubstanciado no trânsito em julgado da

(possível futura) sentença homologatória do plano, que aqui se prevê como possível vir a ocorrer no decurso do mês

de Outubro/2012.

3.1 GARAGEM | MAFAMUDE - VILA NOVA DE GAIA

Caracterização:

Verba 381 do Auto de Apreensão de Bens = vide ANEXO 1

Garagem individual fechada, com área bruta privativa de 20 m2, localizada na cave de um edifício (piso -4) do

empreendimento “Quinta das Corgas” = vide ANEXO 3

Fracção identificada pela letra “O”

Observações:

Opta-se neste caso por um valor de avaliação diferente da peritagem de engenharia, por se considerar o

mesmo muito elevado face à actual procura de mercado para este activo e face a alguma prospecção

entretanto produzida

Esta garagem estava a ser utilizada com a permissão da insolvente por um proprietário de um apartamento

no empreendimento, possível interessado na sua aquisição

Proposta:

Venda imediata à melhor proposta recolhida, dando preferência ao referido utilizador

Valor base de venda = 4.000,00 Euros = vide ANEXO 17

Prazo estimado = a partir de Outubro/2012

3.2 GARAGEM | S. FÉLIX MARINHA - VILA NOVA DE GAIA

Caracterização:

Verba 382 do Auto de Apreensão de Bens = vide ANEXO 1

Garagem individual localizada no exterior do edifício, com a área bruta privativa de 62 m2, funcionando como

espécie de anexo, com envolvente sobretudo urbana, mas apresentando ainda uma percentagem elevada de

terrenos rústicos = vide ANEXO 4

Fracção identificada pela letra “S”

Observações:

Opta-se neste caso por um valor de avaliação diferente da peritagem de engenharia, por se considerar o

mesmo muito elevado face à actual procura de mercado para este activo e face a alguma prospecção

entretanto produzida

Proposta:

Venda imediata à melhor proposta recolhida

Valor base de venda = 7.800,00 Euros = vide ANEXO 17

Prazo estimado = a partir de Outubro/2012

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3.3 PRÉDIO RÚSTICO | BUSTELO - PENAFIEL

Caracterização:

Verba 383 do Auto de Apreensão de Bens = vide ANEXO 1

Terreno rústico com uma área de 2.500m2 = vide ANEXO 5

Artigo matricial 1430 - Bustelo, Penafiel

Observações:

Não foi possível localizar o imóvel, nem proceder à respectiva avaliação

O antigo proprietário foi contactado no sentido de auxiliar na determinação da localização, no entanto,

também não sabe a localização exacta

Foram realizadas diligências ao local e abordados alguns residentes, ainda sem resposta

Os proprietários dos terrenos confrontantes descritos na Caderneta Predial não são conhecidos ou já

faleceram

Proposta:

Dispensa de liquidação

3.4 PRÉDIO URBANO | SANDIM - VILA NOVA DE GAIA

Caracterização:

Verba 380 do Auto de Apreensão de Bens = vide ANEXO 1

Terreno urbano, com área de 503 m2, destinado a armazém e actividade industrial, com edifício implantado

com área bruta de 443 m2 = vide ANEXO 5

Artigo matricial 676 - Moinhos de Lobel, Sandim, Vila Nova de Gaia

Conservatória Registo Predial Vila Nova de Gaia sob nº 60

Observações:

Não foi possível localizar o imóvel, nem proceder à respectiva avaliação

Os funcionários e antigos dirigentes da Edigaia desconheciam a existência do terreno ou não o sabiam

identificar

O bem encontra-se onerado com hipoteca registada a favor da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Costa

Verde, CRL

A hipoteca foi constituída para garantia de uma dívida contraída pessoalmente por José dos Santos Oliveira e

Mulher (administradores da insolvente)

Proposta:

Dação em pagamento à Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Costa Verde, CRL

Valor da dação = 102.659,92 Euros = vide ANEXO 17

Prazo estimado = a partir de Outubro/2012

Dos créditos reclamados e reconhecidos:

Reclamante: Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Costa Verde, CRL

Valor: 102.659,92 €

Natureza: garantido - hipoteca

Nota: crédito peticionado e verificado por sentença - apenso D

Do plano de reembolso de créditos:

Não aplicável - face à dação em pagamento pelo valor integral do crédito reclamado e reconhecido

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3.5 LUGARES GARAGEM + ARRUMOS - EDIFÍCIO IMPÉRIO DA PRELADA | PORTO

Caracterização:

Verbas 332 a 379 do Auto de Apreensão de Bens = vide ANEXO 1

30 arrumos e 18 lugares garagem / estacionamento coberto (tudo fracções autónomas) na cave do

empreendimento composto por edifícios multifamiliares denominado “Império da Prelada” = vide ANEXO 6

Observações:

Garagens e arrumos concluídos e disponíveis para venda imediata

Dispõem de autorização de utilização

Não abrangidas pela certificação energética

Optou-se por um valor de avaliação diferente da peritagem de engenharia, por se considerar o mesmo muito

elevado face à actual procura de mercado para este tipo activo e face à prospecção entretanto produzida

Sendo a zona onde estes activos se inserem carenciada ao nível do estacionamento e uma vez que a maioria

dos residentes tem um só lugar de garagem, mesmo tendo mais que um carro, será expectável o eventual

interesse dos proprietários dos apartamentos na compra de lugares de garagem e arrumos

Condomínio do empreendimento possivelmente interessado na aquisição das fracções

Proposta:

Venda imediata à melhor proposta recolhida, dando preferência a uma proposta global do Condomínio

Valores base de venda = vide ANEXO 18:

o lugares de garagem = 2.000,00 € / 3.000,00 €

o arrumos = 500,00 € / 1.000,00 €

Prazo estimado = a partir de Outubro/2012

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3.6 LOJAS - EDIFÍCIO PROGRESSO | ESPINHO

Caracterização:

Verbas 327 a 331 do Auto de Apreensão de Bens = vide ANEXO 1

5 Lojas de utilização comercial integrantes do denominado “Edifício Progresso” que correspondem às fracções

autónomas com as letras “A”, “B”, “C”, “D” e “E” = vide ANEXO 7

Observações:

A Loja A foi objecto de contrato-promessa de compra e venda celebrado pela insolvente com a sociedade

agora denominada “Yes Family, Lda” pelo preço de 3.250.000,00 € e encontra-se onerada com hipoteca

registada a favor do Banco Santander Totta, S.A.

A Loja B foi objecto de contrato de locação financeira outorgado entre a insolvente e o Finibanco, S.A.

(actualmente, Caixa Económica Montepio Geral), sendo propriedade desta instituição financeira

As Lojas C, D e E estão disponíveis para venda imediata (faltando unicamente as certificações energéticas) e

encontram-se oneradas com hipoteca registada a favor da Fazenda Nacional para garantia de dívidas da

sociedade “Metro Cúbico, S.A.” (do grupo EDIGAIA) no âmbito de execuções fiscais

Proposta:

Loja A:

optar pelo cumprimento do contrato promessa de compra e venda celebrado entre a insolvente e a

sociedade “Yes Family, Lda” (actual detentora da loja onde exerce a sua actividade comercial),

ajustando (se necessário) o respectivo preço final – neste caso apenas com o acordo prévio do credor

hipotecário Banco Santander Totta

solicitar a esta promitente compradora o imediato pagamento, por depósito na conta da massa

insolvente a indicar pelo Administrador da Insolvência, do valor relativo a todos os reforços de sinal

(contratualmente previstos) vencidos (e não pagos) desde a declaração de insolvência da EDIGAIA e

dos vincendos (mensalmente) até outorga do respectivo contrato definitivo

valor de venda: valor de aquisição do imóvel, deduzido do montante total de sinal em singelo que

comprovadamente tiver sido pago pela promitente à insolvente, e ainda, com possível ajustamento

face à posição que vier a ser assumida pelo credor hipotecário Banco Santander Totta

Loja B:

valor reclamado pela entidade locadora relativo ao contrato de locação desta loja: 519.718,54 €

valor de venda imediata (segundo peritagem/avaliação de engenharia): 235.440,00 €

feita a análise comparativa entre o valor ainda a pagar à locadora e a receita expectável com a venda,

logo se percebe que terá massa insolvente de optar pelo não cumprimento do contrato de locação

financeira (pois o saldo é absolutamente negativo) entregando o imóvel à entidade locadora

Lojas C + D + E:

Venda imediata à melhor proposta recolhida

Valores base de venda:

o Fracção C = 171.600,00 Euros

o Fracção D = 135.600,00 Euros

o Fracção E = 102.480,00 Euros

Prazo estimado = a partir de Outubro/2012

Em alternativa, poderá vir configurar-se a possibilidade de uma dação em pagamento destas lojas à

Fazenda Nacional, pelo valor da dívida (ainda desconhecido por não reclamado)

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Para toda a proposta supra= vide ANEXO 19

Dos créditos reclamados e reconhecidos:

Loja A

Yes Family, Lda

Crédito reclamado: 380.000,00 Euros de sinal em dobro + 450.000,00 Euros de obras e benfeitorias +

17.198,94 Euros de juros

Natureza: garantido por direito de retenção

Reconhecido: 80.000,00 Euros de sinal (reflectido na contabilidade recuperada e validada) em dobro

+ reconhecido como garantido por direito de retenção + como condicionado à opção pelo não

cumprimento do contrato promessa

Banco Santander Totta, S.A.

Crédito reclamado e reconhecido: 1.121.057,14 Euros - contrato de mútuo

Natureza: garantido por hipoteca

Loja B:

Finibanco, S.A. (actualmente, Caixa Económica Montepio Geral)

Crédito reclamado e reconhecido: 519.718,54 Euros

Natureza: crédito comum

Lojas C + D + E:

Não aplicável

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3.7 EMPREENDIMENTO | RIO MEÃO - SANTA MARIA DA FEIRA

Caracterização:

Verbas 320 a 326 do Auto de Apreensão de Bens = vide ANEXO 1

7 fracções autónomas destinadas a habitação integrantes do empreendimento denominado “Rio Meão” que

correspondem às fracções com as letras “A”, “C”, “F”, “M”, “T”, “U” e “AX”, sendo que inclui lugar de

garagem = vide ANEXO 8

Observações:

As garagens estão concluídas, mas terão sido trocadas, isto é, os lugares de garagem que estão afectos às

fracções supra não corresponderão agora à propriedade horizontal – problema a resolver previamente

São fracções que estão disponíveis para venda imediata pois já dispõem de autorização de utilização, faltando

unicamente obter as certificações energéticas, fichas técnicas da habitação, possíveis relatórios de avaliação

acústica e as certidões prediais

Todas estas fracções encontram-se oneradas com hipoteca registada a favor do Banco Santander Totta, S.A.

No entanto,

A Fracção A foi objecto de contrato-promessa de compra e venda celebrado pela insolvente com José

Fernando de Amorim Henriques e Francelina Pereira de Azevedo (reclamantes neste processo de insolvência)

pelo preço de 59.856,00 Euros

A Fracção T estará supostamente ocupada por Maria Páscoa (não reclamante) eventualmente ao abrigo de

um possível contrato de arrendamento (situação que ainda não se conseguiu inequivocamente apurar)

desconhecendo-se o pagamento de qualquer renda – problema a resolver previamente

A Fracção U foi vendida pelo Serviço de Finanças de Vila Nova de Gaia 3 no Processo de Execução Fiscal n.º

3964201001048724 e apensos, tendo sido já solicitada junto desta entidade a entrega à massa insolvente

(por apreensão) do respectivo produto de 26.050,00 Euros, solicitação que ainda não teve resposta

A Fracção AX estará supostamente ocupada por Adão Oliveira Pinto (não reclamante) sem título que legitime

a sua ocupação (mera detenção - situação que ainda não se conseguiu inequivocamente apurar), sendo que

este terá sido notificado pela EDIGAIA para outorga de escritura e nunca compareceu – problema a resolver

previamente

Proposta:

Fracção A:

Cumprimento do contrato promessa de compra e venda celebrado entre a insolvente e os

reclamantes José Fernando de Amorim Henriques e Francelina Pereira de Azevedo pelo preço

acordado no contrato promessa e já integralmente pago à EDIGAIA de 59.856,00 Euros (crédito

reconhecido) deixando estes, com a outorga da escritura, de serem credores no processo de

insolvência

Fracção F:

Dação em pagamento ao Banco Santander Totta

Fracção U:

Tentar obter a efectiva entrega à massa insolvente do produto da venda efectuada pelo Serviço de

Finanças de Vila Nova de Gaia 3, já apreendido por comunicação datada de 29/07/2011

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Fracções C + M + T + AX:

Desocupação (se necessário coerciva) das Fracções T e AX pelos possíveis actuais ocupantes, para

dação em pagamento ao Banco Santander Totta

ou, em alternativa,

venda imediata à melhor proposta recolhida, com possível notificação da arrendatária da Fracção T

para possível exercício do direito de preferência e possível notificação do ocupante da Fracção AX

para outorga da escritura

valores base de venda:

o Fracção T = 38.280,00 Euros

o Fracção AX = 35.640,00 Euros

+

dação em pagamento ao Banco Santander Totta das restantes fracções, e ainda, destas últimas

(casos os possíveis arrendatários e/ou ocupantes não as pretendam adquirir) pelos valores de

avaliação do relatório de peritagem

Para toda a proposta supra= vide ANEXO 20

Dos créditos reclamados e reconhecidos:

Fracção A:

José Fernando de Amorim Henriques e Francelina Pereira de Azevedo: Reclamado e reconhecido: 119.712,00 Euros = sinal (preço integral) em dobro Natureza: garantido por direito de retenção

Fracções A + C + F + M + T + U + AX:

Banco Santander Totta:

Reclamado e reconhecido: 287.024,09 Euros = contrato de mútuo

Natureza: garantido por hipoteca

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3.8 EMPREENDIMENTO - EDIFÍCIO SANTA CRUZ | GANDRA - PAREDES

Caracterização:

Verbas 294 a 319 do Auto de Apreensão de Bens = vide ANEXO 1

Edifício constituído em propriedade horizontal, formado por 26 fracções de utilização residencial = vide ANEXO 9

Edifício multifamiliar de gama média dotado de uma arquitectura comercial

Tipologia das fracções = T1 a T3

Percentagem de obra realizada = cerca de 90%

Montante estimado para conclusão da obra = 201.740,00 Euros + 22.218,90 Euros de custos administrativos

Prazo estimado para conclusão da obra = 6 a 9 meses

Observações:

Prazo da licença construção termina a final de Julho de 2012

Existem algumas Fracções habitadas e concluídas que aguardam alvará de licença de utilização para formalizarem escrituras

O edifício necessita de algumas intervenções de limpeza e manutenção Problemáticas:

Do total das 26 Fracções, 6 estarão ainda ocupadas

Existem 2 reclamações de créditos sobre contratos promessa de compra e venda relativos a 5 Fracções,

sendo que 2 dessas Fracções estão ocupadas (Fracções A e D) e 3 estarão livres (Fracções B + G + J)

As Fracções ocupadas (e não reclamadas) são as Fracções M + N + Q + AC

+

Concluiu-se ainda sobre as Fracções:

o Fracções A e D = habitadas por Liliana Nascimento Almeida, reclamante no processo de insolvência

o Fracções B + G + J = livres mas reclamadas no processo de insolvência por Américo Casimiro

Guimarães Ferreira da Silva - permutante sobre eventual anterior contrato promessa em nome da

sociedade CONSTRUÇÕES MENDES & FILHOS, LDA

o Fracção M = não reclamada no processo de insolvência, mas presumidamente ocupada por Maria

José F. Lopes Silva – problema a resolver previamente

o Fracção N = não reclamada no processo de insolvência, mas presumidamente ocupada sob eventual

contrato promessa de 29-10-2009, no valor de 92.500,00 Euros, outorgado por Rute Marina Oliveira

Silva – problema a resolver previamente

o Fracção Q = não reclamada no processo, mas ocupada (e aparentemente habitada) sem qualquer

título por Manuel Costa Resende e Patrícia da Costa Resende – problema a resolver previamente

o Fracção AC = não reclamada no processo, mas ocupada sem qualquer título por Artur Pereira

Cardoso e Aldina Leão de Sá Sanguedo – problema a resolver previamente

o Fracção O = livre e não reclamada no processo, mas Adérito Pires terá contrato promessa com a

EDIGAIA, não tendo chaves (fracção por concluir) – aguardar possível reclamação

o Fracção X = livre e não reclamada no processo, mas Pedro Miguel F. Teixeira terá contrato promessa

com a EDIGAIA, não tendo chaves (fracção terminada) – aguardar possível reclamação

Proposta:

Conclusão do empreendimento pela massa insolvente e/ou credor hipotecário BANCO SANTANDER TOTTA

(mas sempre com o financiamento deste, como despesa da massa insolvente)

Subsequente venda imediata à melhor proposta recolhida

Valores base de venda imediata = vide ANEXO 21

Prazos estimados:

o Obra = a partir de Junho/2012 (para assegurar manutenção do alvará de construção)

o Venda = a partir de Outubro/2021

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Em alternativa, configura-se a venda ou dação em pagamento das Fracções livres ao credor hipotecário pelo

valor da sua dívida garantida, sempre com a salvaguarda do depósito dos montantes suficientes e/ou

necessários que garantam o pagamento de custas e despesas da massa insolvente e o pagamento de outros

créditos graduados antes deste credor.

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3.9 EMPREENDIMENTO - EDIFÍCIO GAIA PARK OFFICE | MAFAMUDE - VILA NOVA DE GAIA

Caracterização:

Verbas 82 a 293 do Auto de Apreensão de Bens = vide ANEXO 1

Prédio urbano com 1. 052 m2 de área coberta, 372 m2 quadrados de logradouro e 419,15 m2 de terreno cedido ao domínio público = vide ANEXO 10

Localizado na Travessa do Agueiro - perpendicular à Avenida da República de Vila nova de Gaia (perto do

GAIAHOTEL)

Edifício de escritórios e parque de estacionamento com 13 pisos, sendo que 4 estão abaixo da cota de soleira

e 9 acima do solo

Todo o edifício com hipoteca BANCO SANTANDER TOTTA, S.A.

+

Neste empreendimento pode-se distinguir 3 módulos distintos com fases diferenciadas de acabamento e

situações jurídicas distintas:

Pisos -4 a 2 = estão destinados a estacionamento (7 pisos de garagens) e contêm um total de 161

fracções autónomas / lugares de garagem (A a K) + 6 arrumos (S + AS + BS + CS + EM + FK), tudo

devoluto:

o Percentagem de obra realizada = cerca de 77 %

o Montante estimado para conclusão da obra = 255.587,77 Euros + 37.678,63 Euros de custos administrativos

o Prazo estimado para conclusão da obra = 3 meses

Pisos 3 a 7 = compostos por 59 fracções de escritórios, estando 19 já escrituradas (HG + HF + HC + GE

+ GJ + GK + GL + GU + GT + GS + GR + GQ + GP + GO + GN + GM + HR + HN e HJ) à CONSTROMEGA no

âmbito de um contrato promessa de venda da totalidade dos escritórios, sendo que as restantes 40

fracções de escritórios devolutas:

o Percentagem de obra realizada = cerca de 99 %

o Montante estimado para conclusão da obra = 44.270,04 Euros + 37.393,50 Euros de custos administrativos

o Prazo estimado para conclusão da obra = 3 meses

Piso 8 = composto por 5 fracções escritórios livres (HS + HW + HV + HU + HT) devolutas:

o Percentagem de obra realizada = cerca de 82 %

o Montante estimado para conclusão da obra = 107.029,92 Euros + 9.749,50 Euros de custos administrativos

o Prazo estimado para conclusão da obra = 3 meses

Observações:

Conflito entre 2 direitos de retenção reclamados = direito de retenção (reconhecido) à empresa (agora

também já insolvente) construtora do edifício (Massa Insolvente de) FIB – CONSTRUÇÕES, S.A. + direito de

retenção (não reconhecido) à empresa (promitente compradora de diversos escritórios) CONSTROMEGA –

INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS, LDA

Concurso entre alegado(s) direito(s) de retenção (construtora e promitente compradora) e crédito hipotecário

do BANCO SANTANDER TOTTA

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Processo 635/10.3TYVNG - 2º Juízo - Tribunal do Comércio de Vila Nova de Gaia | insolvência de EDIGAIA - IMOBILIÁRIA, S.A.

Problemáticas:

Provável opção da massa insolvente pelo não cumprimento do contrato promessa com a CONSTROMEGA

Inundação dos pisos de estacionamento (subterrâneos) antes da insolvência (situação já entretanto resolvida

pela empresa construtora FIB) com os inerentes danos, cuja resolução se estima em cerca de 260.000,00

Euros + cerca de 37.000,00 Euros de despesas administrativas, cuja responsabilidade terá de ser apurada no

âmbito do reconhecimento da posse e guarda do imóvel

Conhecimento de recente intrusão de terceiros (desconhecidos) no edifício com a prática de alguns actos de vandalismo, com custos de reposição ainda a orçamentar

Assim, além de algumas intervenções de limpeza geral e manutenção + o edifício necessita ainda de reparações extraordinárias que aqui se estima num valor total de 23.094,58 Euros

Necessário ainda suportar um custo adicional de 51.870,75 Euros relativos à parte de projectos e responsabilidades técnicas da empresa ENGAIA

Proposta:

Conclusão do empreendimento pela massa insolvente e/ou credor hipotecário BANCO SANTANDER TOTTA

(mas sempre com o financiamento deste, como despesa da massa insolvente)

Subsequente venda imediata de todas as fracções devolutas à melhor proposta recolhida

Valores base de venda imediata = valores constantes da peritagem/avaliação de engenharia

Prazos estimados:

o Obra = a partir de Junho/2012

o Venda = a partir de Outubro/2021

Em alternativa, poderá vir a configurar-se a possibilidade de uma venda ou dação em pagamento das Fracções

livres ao credor hipotecário pelo valor da sua dívida garantida, sempre com a salvaguarda do depósito dos

montantes suficientes e/ou necessários que garantam o pagamento de custas e despesas da massa insolvente

e o pagamento de outros créditos graduados antes deste credor

Para toda a proposta supra = vide ANEXOS 22 a 24

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3.10 EMPREENDIMENTO - QUINTA DO SARDÃO | OLIVEIRA DO DOURO - VILA NOVA DE GAIA

Caracterização:

Verbas 1 a 81 do Auto de Apreensão de Bens = vide ANEXO 1

O empreendimento localizado em Oliveira do Douro, Vila Nova de Gaia, a 2 kms da Avenida da República e

confinante com o conhecido Colégio do Sardão = vide ANEXO 11

O empreendimento denominado “Quinta do Sardão” resultou do destaque de duas parcelas dum terreno

propriedade das Irmãs Doroteias, proprietárias do referido Colégio do Sardão

Em cada parcela foi realizada uma operação de transformação urbanística

Numa delas foi realizado um loteamento com o alvará de loteamento n.º 20/04 de 13 de Agosto e na outra

foi constituída uma Propriedade Horizontal, homologada por despacho de 27/10/08

O terreno afecto ao loteamento tem uma área total de 35.529,00 m2 e é constituído por 30 lotes, por áreas

privadas de utilização pública e zonas condominiais

A área total dos lotes é de 18.550,00 m2 o que corresponde a 52,2% da área total

Os lotes 1 a 29 destinam-se exclusivamente a construção de habitação unifamiliar de cave, rés-do-chão,

andar e sótão, podendo ainda ser construída piscina no interior do lote)

O lote 30 destinava-se a um equipamento de lazer (Clube)

O terreno associado aos edifícios multifamiliares (apartamentos) tem uma área total de 21.284,00m2

Nele estão implantados 6 blocos de apartamentos com cave comum e portaria

A área de implantação é de 4.066,00m2, pelo que os restantes 17.218,00m2 correspondem áreas relativas a

arruamentos interiores do condomínio, lugares de estacionamento, passeios, zonas de acesso pedonal,

logradouros, zonas ajardinadas e uma área futuramente a destacar, com vista á construção de um

equipamento.

O prédio está constituído em propriedade horizontal formada por 67 fracções autónomas e independentes

Das 67 fracções 59 dizem respeito a apartamentos de tipologia T4 com garagens fechadas e 8 a garagens

fechadas localizadas no piso-1

Todos os blocos têm uma cércea equivalente a três pisos (piso 0, 1 e 2)

Os blocos de apartamentos têm a seguinte formação:

o Bloco B = 8 habitações duplex

o Bloco C = 12 habitações duplex

o Bloco D = 12 habitações duplex

o Bloco E = 6 habitações

o Bloco F = 9 habitações

o Bloco G = 12 habitações

+

Este empreendimento tem uma baixa densidade construtiva, grandes espaços verdes e vegetação frondosa o

que lhe confere uma qualidade ambiental inegável e exclusividade

Não existe nenhuma oferta comparável no concelho de Gaia

Era um empreendimento destinado à classe média/alta, com um conceito adjacente de condomínio fechado.

Apesar da oferta de produtos de nesta gama se concentrar na Orla Litoral e Foz do Douro, as características

intrínsecas do empreendimento conferem-lhe grande atratividade

+

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Este empreendimento tem então a seguinte composição global:

29 Lotes de Moradias, estando:

o 8 Escriturados

o 10 Reclamados como prometidos

o 11 Livres por não prometidos

59 Apartamentos, estando:

o 8 Escriturados

o 11 Reclamados como prometidos

o 40 Livres por não prometidos

8 Garagens, sendo:

o 1 Escriturada

o 7 Livres por não prometidas

Observações:

Concurso entre alegados direitos de retenção (promitentes compradores) e o crédito hipotecário do BBVA

Possibilidade de construção de um equipamento alternativo ao Clube num terreno (bloco A não autorizado)

que permite a construção de um equipamento social/lazer

Possibilidade de reformulação do loteamento, transformando o lote 30 em quatro novos lotes

Problemáticas:

Existência de fortes indícios de que uma parte dos contratos promessa que serviram de base às reclamações

de créditos, possam ser, no todo ou em parte, ficcionados e/ou simulados

Provável opção da massa insolvente pelo não cumprimento (ou mesmo por impossibilidade de cumprimento)

de alguns contratos promessas (por exemplo, pela existência de permutas)

Um valor superior a 6,7 milhões euros de créditos não reconhecidos a alegados promitentes-compradores,

(por ausência ou insuficiência de prova bastante) com a inerente problemática de alguns desses imóveis

serem efectivamente habitados e/ou reclamado o direito à sua retenção

Impossibilidade de construção do Clube projectado como Lote 30 + com conhecimento de anterior notificação

à EDIGAIA pela Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia para proceder à demolição do que nesse lote já está

edificado (8%)

Necessidade de proceder a uma limpeza e manutenção geral e a uma requalificação / reabilitação da imagem

de todo este empreendimento (custo diluído, por fracção, na orçamentação global de obra)

Necessário ainda suportar um custo adicional de 64.379,25 Euros relativos à parte de projectos e responsabilidades técnicas da empresa ENGAIA (sem alterações de projecto)

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Proposta:

I - Quanto aos imóveis livres (por não prometidos):

Conclusão desses imóveis pela massa insolvente e/ou pelo credor hipotecário BBVA

(mas sempre com o financiamento deste, como despesa da massa insolvente)

Subsequente venda imediata de todos esses imóveis à melhor proposta recolhida

Valores base de venda = ANEXOS 27 + 30 + 31

Prazos estimado de obra = 18 meses

ou

Em alternativa, configura-se a possibilidade da sua venda ou dação em pagamento (no seu actual estado) ao

credor hipotecário BBVA partindo do valor actual do bem e até ao limite da sua dívida garantida, sempre com

a salvaguarda do depósito dos montantes suficientes e/ou necessários que garantam o pagamento de custas

e despesas da massa insolvente e o pagamento de outros créditos graduados antes deste credor

II - Quanto aos imóveis reclamados como prometidos:

Opção (ou não) pelo cumprimento pela massa insolvente dos contratos promessa, nos termos da solução que,

em cada caso, seja decidida e/ou alcançada no apenso de reclamação de créditos e caso tal venha a revelar-se

adequado para a massa insolvente

+

Se possível ou aplicável, conclusão destes imóveis pela massa insolvente e/ou pelo credor hipotecário BBVA

(mas sempre com o financiamento deste, como despesa da massa insolvente)

Valores base de venda = ANEXOS 25 + 26 + 28 + 29

Prazos estimado de obra = máximo de 12 meses (sendo que alguns imóveis já estão concluídos)

ou

Em alternativa e só para os imóveis que vierem a ficar livres (por definitivo não reconhecimento da promessa)

configuram-se as duas possibilidades previstas no ponto I supra

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4. PROJECÇÕES DE REEMBOLSO DO PASSIVO

4.1 PASSIVO A REEMBOLSAR POR CLASSE DE CREDOR

reclamado reconhecidoreconhecido sem

condiçãosob condição subordinado não reconhecido

(1) TRABALHADORES 468.197,37 € 351.976,07 € 351.976,07 € - € 48.600,00 € 116.221,30 €

privilégio mobiliário geral e imobiliáro especial 213.481,61 € 168.117,52 € 168.117,52 € - € - € 45.364,09 €

privilégio mobiliário geral 185.799,44 € 135.258,55 € 135.258,55 € - € - € 50.540,89 €

subordinado 68.916,32 € 48.600,00 € 48.600,00 € - € 48.600,00 € 20.316,32 €

(2) ESTADO 277.636,31 € 1.044.147,49 € 1.044.147,49 € - € 162,15 € - €

(2.1) Fazenda Nacional - DGCI 200.934,84 € 963.090,92 € 963.090,92 € - € - € - €

privilégio mobiliário geral e imobiliário especial (IMI + IMT + IS) 178.113,48 € 510.834,74 € 510.834,74 € - € - € - €

privilégio mobiliário e imobiliário geral (IRS + IRC) 8.221,16 € 429.057,99 € 429.057,99 € - € - € - €

privilégio mobiliário geral (IVA) - € 4.172,78 € 4.172,78 € - € - € - €

comum (Coimas e Custas) 14.600,20 € 19.025,41 € 19.025,41 € - € - € - €

(2.2) Instituto de Segurança Social, I.P. 70.292,74 € 73.970,04 € 73.970,04 € - € 162,15 € - €

privilegiado 30.621,87 € 34.299,17 € 34.299,17 € - € - € - €

comum 39.670,87 € 39.670,87 € 39.670,87 € - € 162,15 € - €

(2.3) I.G.F.I.J., I.P 6.408,73 € 7.086,53 € 7.086,53 € - € - € - €

comum 6.408,73 € 7.086,53 € 7.086,53 € - € - € - €

(3) PROMITENTES 11.664.108,56 € 2.111.182,86 € 80.000,00 € 2.031.182,86 € - € 9.612.011,70 €

(3.1) Espinho "Loja A" garantido direito de retenção 847.198,94 € 80.000,00 € 80.000,00 € - € - € 767.198,94 €

(3.2) Rio Meão garantido direito de retenção 119.712,00 € 119.712,00 € - € 119.712,00 € - € - €

(3.3) Gandra-Paredes 317.998,72 € - € - € - € - € 317.998,72 €

(3.4) Gaia Park Office comum 939.178,82 € 241.046,70 € - € 241.046,70 € - € 698.132,12 €

(3.5) Quinta do Sardão 8.351.816,26 € 1.670.424,16 € - € 1.670.424,16 € - € 6.740.478,10 €

garantido direito de retenção 2.591.165,43 € 1.470.424,16 € - € 1.470.424,16 € - € 1.120.741,27 €

comum 400.000,00 € 200.000,00 € - € 200.000,00 € - € 200.000,00 €

totalmente não reconhecidos/reclamados como garantidos ou não 5.360.650,83 € - € - € - € - € 5.419.736,83 €

(3.6) ABERBITA (não activo) 469.711,32 € - € - € - € - € 469.711,32 €

(3.7) CEND (não activo) 161.492,50 € - € - € - € - € 161.492,50 €

(3.8) Moradia Vilar do Paraíso (não activo) 457.000,00 € - € - € - € - € 457.000,00 €

(4) BANCOS 26.266.365,86 € 26.266.365,41 € 23.261.511,50 € 3.004.853,91 € - € 3,95 €

(4.1) BBVA hipoteca Quinta do Sardão 16.263.334,64 € 16.263.334,64 € 16.263.334,64 € - € - € - €

(4.2) FINIBANCO Leasing Loja "B" Espinho 538.735,71 € 538.735,71 € 19.017,17 € 519.718,54 € - € 3,50 €

(4.3) SANTANDER TOTTA 9.361.635,59 € 9.361.635,14 € 6.876.499,77 € 2.485.135,37 € - € 0,45 €

garantido 6.920.552,29 € 6.920.551,84 € 6.876.499,77 € 44.052,07 € - € 0,45 €

comum 2.441.083,30 € 2.441.083,30 € - € 2.441.083,30 € - € - €

(4.4) CCAM hipoteca terreno Sandim 102.659,92 € 102.659,92 € 102.659,92 € - € - € - €

(5) FORNECEDORES 1.576.865,65 € 1.136.431,92 € 1.136.431,92 € - € - € 440.433,73 €

garantido direito de retenção 1.194.546,40 € 983.173,47 € 983.173,47 € - € - € 211.372,93 €

comum 219.569,25 € 153.258,45 € 153.258,45 € - € - € 66.310,80 €

totalmente não reconhecidos/reclamados como comuns ou não 162.750,00 € - € - € - € - € 162.750,00 €

(6) OUTROS CREDORES 335.409,08 € 63.913,80 € 63.913,80 € - € - € 271.495,28 €

comum 335.409,08 € 63.913,80 € 63.913,80 € - € - € 271.495,28 €

(7) CRÉDITOS CONTABILÍSTICOS - € 203.864,10 € 203.864,10 € - € 6.652,81 € - €

comum - € 203.864,10 € 203.864,10 € - € 6.652,81 € - €

TOTAL (1+2+3+4+5+6+7) 40.588.582,83 € 31.177.881,65 € 26.141.844,88 € 5.036.036,77 € 55.414,96 € 10.440.165,96 €

Passivo a reembolsar por classe de credor

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4.2 PASSIVO A REEMBOLSAR POR NATUREZA DE CRÉDITO

reclamado reconhecidoreconhecido sem

condiçãosob condição subordinado não reconhecido

(8) PRIVILÉGIO MOBILIÁRIO GERAL E IMOBILIÁRIO ESPECIAL 363.912,92 € 646.093,29 € 646.093,29 € - € - € 50.540,89 €

trabalhadores 185.799,44 € 135.258,55 € 135.258,55 € - € - € 50.540,89 €

fazenda nacional (IMI + IMT + IS) 178.113,48 € 510.834,74 € 510.834,74 € - € - € - €

(9) DIREITO DE RETENÇÃO 4.752.622,77 € 2.653.309,63 € 1.063.173,47 € 1.590.136,16 € - € 2.099.313,14 €

promitentes Quinta do Sardão 2.591.165,43 € 1.470.424,16 € - € 1.470.424,16 € - € 1.120.741,27 €

construtor Gaia Park Office 1.194.546,40 € 983.173,47 € 983.173,47 € - € - € 211.372,93 €

promitente "Loja A" Espinho 847.198,94 € 80.000,00 € 80.000,00 € - € - € 767.198,94 €

promitente Rio Meão 119.712,00 € 119.712,00 € - € 119.712,00 € - € - €

(10) GARANTIDO HIPOTECA 16.365.994,56 € 16.365.994,56 € 16.365.994,56 € - € - € - €

(10.1) BBVA sob Quinta do Sardão 16.263.334,64 € 16.263.334,64 € 16.263.334,64 € - € - € - €

(10.2) CCAM sob terreno Sandim 102.659,92 € 102.659,92 € 102.659,92 € - € - € - €

(10.3) Santander Totta 6.920.552,29 € 6.920.551,84 € 6.876.499,77 € 44.052,07 € - € 0,45 €

Gandra - Paredes 1.615.271,61 € 1.615.271,16 € 1.615.271,16 € - € - € 0,45 €

Gaia Park Office 3.881.932,01 € 3.881.932,01 € 3.837.879,94 € 44.052,07 € - € - €

"Loja A" Espinho 1.121.057,14 € 1.121.057,14 € 1.121.057,14 € - € - € - €

Rio Meão 287.024,09 € 287.024,09 € 287.024,09 € - € - € - €

Operacional (DO) 15.267,44 € 15.267,44 € 15.267,44 € - € - € - €

(11) PRIVILÉGIO MOBILIÁRIO E IMOBILIÁRIO GERAL 8.221,16 € 429.057,99 € 429.057,99 € - € - € - €

fazenda nacional (IRS + IRC) 8.221,16 € 429.057,99 € 429.057,99 € - € - € - €

(12) PRIVILÉGIO MOBILIÁRIO GERAL 244.103,48 € 206.589,47 € 206.589,47 € - € - € 45.364,09 €

(12.1) Trabalhadores 213.481,61 € 168.117,52 € 168.117,52 € - € - € 45.364,09 €

(12.2) Estado 30.621,87 € 38.471,95 € 38.471,95 € - € - € - €

fazenda nacional (IVA) - € 4.172,78 € 4.172,78 € - € - € - €

segurança social 30.621,87 € 34.299,17 € 34.299,17 € - € - € - €

(13) COMUM 5.252.492,53 € 3.907.522,72 € 505.674,18 € 3.401.848,54 € 6.652,81 € 1.553.940,42 €

(13.1) Estado 60.517,65 € 65.620,66 € 65.620,66 € - € - € - €

fazenda nacional (Coimas e Custas) 14.600,20 € 19.025,41 € 19.025,41 € - € - € - €

segurança social 39.508,72 € 39.508,72 € 39.508,72 € - € - € - €

6.408,73 € 7.086,53 € 7.086,53 €

(13.2) Promitentes 1.657.177,54 € 441.046,70 € - € 441.046,70 € - € 1.216.130,84 €

promitente Gaia Park Office 939.178,82 € 241.046,70 € - € 241.046,70 € - € 698.132,12 €

promitentes Quinta do Sardão 400.000,00 € 200.000,00 € - € 200.000,00 € - € 200.000,00 €

promitentes Gandra-Paredes 317.998,72 € - € - € - € 317.998,72 €

(13.3) Bancos 2.979.819,01 € 2.979.819,01 € 19.017,17 € 2.960.801,84 € - € 3,50 €

Finibanco 538.735,71 € 538.735,71 € 19.017,17 € 519.718,54 € - € 3,50 €

Santander Totta 2.441.083,30 € 2.441.083,30 € - € 2.441.083,30 € - € - €

(13.4) Fornecedores 219.569,25 € 153.258,45 € 153.258,45 € - € - € 66.310,80 €

(13.5) Outros Credores 335.409,08 € 63.913,80 € 63.913,80 € - € - € 271.495,28 €

(13.6) Créditos Contabilísticos - € 203.864,10 € 203.864,10 € - € 6.652,81 € - €

(14) SUBORDINADOS 69.078,47 € 48.762,15 € 48.762,15 € - € 48.762,15 € 20.316,32 €

trabalhador 68.916,32 € 48.600,00 € 48.600,00 € - € 48.600,00 € 20.316,32 €

segurança social 162,15 € 162,15 € 162,15 € - € 162,15 € - €

SUB - TOTAL (8+9+10+11+12+13+14) 33.976.978,18 € 31.177.881,65 € 26.141.844,88 € 5.036.036,77 € 55.414,96 € 3.769.475,31 €

(15) PROVISÃO DE CRÉDITOS NÃO RECONHECIDOS 6.611.604,65 € - € - € - € - € 6.670.690,65 €

TOTAL DE CRÉDITOS 40.588.582,83 € 31.177.881,65 € 26.141.844,88 € 5.036.036,77 € 55.414,96 € 10.440.165,96 €

Passivo a reembolsar por natureza de crédito

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Processo 635/10.3TYVNG - 2º Juízo - Tribunal do Comércio de Vila Nova de Gaia | insolvência de EDIGAIA - IMOBILIÁRIA, S.A.

5. DEPESAS E RECEITAS – MASSA INSOLVENTE

Face à proposta genérica apresentada neste plano, foi elaborado um resumo de exploração da massa insolvente, para

um período decorrido entre 01/06/2012 e 31/12/2013, contemplando a orçamentação das despesas massa insolvente

e os gastos inerentes a cada imóvel, e ainda, as eventuais receitas face às soluções aqui projectadas - vide QUADRO

que se junta ao presente plano e dele fazem parte integrante como ANEXO 16

Como desenvolvimento desse quadro – resumo de exploração da massa insolvente, foram também elaborados outros

complementares de venda / liquidação e de custos de incorporação de cada imóvel e que já foram supra indicados na

análise individualizada activo a activo - vide QUADROS que se juntam ao presente plano e dele fazem parte integrante

como ANEXOS 17 a 31

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta proposta de plano de insolvência trata-se de uma solução especializada e que, do ponto de vista racional e

económico-financeiro, se considera a melhor solução (possível) na perspectiva de uma defesa abrangente e imparcial

dos diferentes interesses (em alguns casos, necessariamente conflituantes) de todos os credores.

É também certo que esta se tornou uma tarefa de elevada complexidade e morosidade processual atendendo às

situações e dificuldades já amplamente referenciadas e a todo o contexto financeiro e operacional da EDIGAIA,

esperando-se agora que todo o longo trabalho desenvolvido pelos diversos intervenientes venha a ser

suficientemente esclarecedor e potenciador de uma solução final.

Ressalva-se, contudo, que o presente plano foi definido como um ponto de partida para uma solução global e

consensual a atingir, tendo agora que necessariamente tramitar a fase impugnação dos créditos, para se obter a

consolidação da proposta aqui projectada.

Trata-se em abstracto de um plano de liquidação (e não de recuperação), através do qual se acredita que, fruto de

uma liquidação diferente da prevista no regime supletivo legal, se logrará obter resultados muito mais satisfatórios

para os credores, quer por um desenvolvimento muito mais regular e planeado do processo de transformação e

venda dos activos, quer pelo melhor resultado final que se perspectiva para satisfação dos créditos.

Concluindo, reitera-se o já recorrentemente transmitido noutros processos: o trabalho técnico está feito e

apresentado, cabendo agora aos credores (principais interessados e figuras centrais deste processo) a decisão final

sobre o melhor destino da presente insolvência.

Aveiro, 14 de Maio de 2012

O Administrador da Insolvência,

Inscrito na LISTA OFICIAL - D.R. 50 II SÉRIE 11/03/2005

Rua Combatentes Grande Guerra, nº 29, 1º andar, 3810-087 Aveiro

Tel. 234 429 192 | Fax 234 383 811 | [email protected]

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Processo 635/10.3TYVNG - 2º Juízo - Tribunal do Comércio de Vila Nova de Gaia | insolvência de EDIGAIA - IMOBILIÁRIA, S.A.

[ Listagem - ANEXOS ]

ANEXO 1 = AUTO DE APREENSÃO DE BENS - IMÓVEIS

ANEXO 2 = RELATÓRIO DE PERITAGEM CONTABILÍSTICA

ANEXO 3 = RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO = Garagem = Mafamude - Vila Nova de Gaia

ANEXO 4 = RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO = Garagem = S. Félix Marinha - Vila Nova de Gaia

ANEXO 5 = RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO = Activos Não Avaliados:

. Prédio Rústico = Miramar - Vila Nova de Gaia

. Prédio Rústico = Bustelo - Penafiel

. Prédio Urbano = Sandim - Vila Nova de Gaia

ANEXO 6 = RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO = Lugares de Garagem + Arrumos - Edifício Império da Prelada = Porto

ANEXO 7 = RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO = Lojas - Edifício Progresso = Espinho

ANEXO 8 = RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO = Empreendimento = Rio Meão - Santa Maria da Feira

ANEXO 9 = RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO = Empreendimento - Edifício Santa Cruz = Gandra - Paredes

ANEXO 10 = RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO = Empreendimento - Gaia Park Office = Vila Nova de Gaia

ANEXO 11 = RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO = Empreendimento - Quinta do Sardão = Oliveira Douro - Vila Nova de Gaia

ANEXO 12 = RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO = Empreendimento - Aberbita = Águas Santas - Maia

ANEXO 13 = PARECER JURÍDICO = Empreendimento - Aberbita

ANEXO 14 = PARECER JURÍDICO = Participações Financeiras - Resoluções de Contratos

ANEXO 15 = PARECER JURÍDICO = Promitentes - Compradores

ANEXO 16 = QUADRO = RESUMO EXPLORAÇÃO = MASSA INSOLVENTE

ANEXO 17 = QUADRO = LIQUIDAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS = Mafamude + S. Félix da Marinha + Bustelo + Sandim

ANEXO 18 = QUADRO = LIQUIDAÇÃO PRELADA

ANEXO 19 = QUADRO = LIQUIDAÇÃO LOJAS ESPINHO

ANEXO 20 = QUADRO = LIQUIDAÇÃO RIO MEÃO

ANEXO 21 = QUADRO = LIQUIDAÇÃO EMPREENDIMENTO GANDRA - PAREDES

ANEXO 22 = QUADRO = LIQUIDAÇÃO GAIA PARK OFFICE = Estacionamento

ANEXO 23 = QUADRO = LIQUIDAÇÃO GAIA PARK OFFICE = Escritórios - Piso 3 a 7

ANEXO 24 = QUADRO = LIQUIDAÇÃO GAIA PARK OFFICE = Escritório - Piso 8

ANEXO 25 = QUADRO = LIQUIDAÇÃO QUINTA DO SARDÃO = Lotes 1 + 3+ 16 + 18 + 20 + 25

ANEXO 26 = QUADRO = LIQUIDAÇÃO QUINTA DO SARDÃO = Lotes 5 + 19 + 27 + 28 + (30)

ANEXO 27 = QUADRO = LIQUIDAÇÃO QUINTA DO SARDÃO = Lotes Livres

ANEXO 28 = QUADRO = LIQUIDAÇÃO QUINTA DO SARDÃO = Apartamentos Z + AH + AK + AL + AP + AS + BC + BE + BK

ANEXO 29 = QUADRO = LIQUIDAÇÃO QUINTA DO SARDÃO = Apartamentos X + AA + AB + AJ + BJ

ANEXO 30 = QUADRO = LIQUIDAÇÃO QUINTA DO SARDÃO = Apartamentos Livres

ANEXO 31 = QUADRO = LIQUIDAÇÃO QUINTA DO SARDÃO = Garagens