edição presstem 37
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ano X I I junho/juLho 2010 nº37
PRESSTEMPREStaÇÃO DE SERVIÇOS ESPEcIalIzaDOS
EVENTOS: Portaria agiliza e acaba com burocracia de contratos temporários
INDICADORES: Números mostram que país está preparado para crescer
MIRANTE: Trabalho Temporário se desenvolve no mundo e dobra em dez anos
João Doria Jr.UM EMPREENDEDOR EM BUSca DE QUalIDaDE NOS PaRcEIROS
ESPECIAL: CIETT BRASILCapital e Trabalho debatem futuro da
Terceirização e do Trabalho Temporário
PRESSTEM
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Na posse, a defesa do setor
O sucesso do CIETT 2010
Doria, ênfase nas parcerias
CARTA DO PRESIDENTEVander Morales
COORDENADORIAS
DIRETORIAS REGIONAIS
CEBRASSE NEWS
TENDÊNCIASE TECNOLOGIA
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REALIZAÇÕES E PARCERIAS
MIRANTE Hélio Zylberstajn
EVENTOS
HUMOR CORPORATIVO
ENCARTEASSERTTEM NOTÍCIAS
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ÍNDICE
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ção Capa
QUEM SABE FAZ BEM FEITOÀ frente de vários negócios, João Doria Jr. destaca os atributos que considera fundamentais para o êxito empresarial, entre os quais a
importância de escolher os parceiros certos >> pág. 08
EDIÇãO 37
Razão Social: CNPJ:
End.:
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direToriA eXecUTivAVander Morales – Presidentefernando Barbosa Calvet – Vice-Presidenteaugusto César Calado da Costa – diretor administrativo financeiroPaulo Magalhães – Vice-diretor administrativo financeiroJismália de oliveira alves – diretora de Comunicações e eventosevando freitas de sousa – Vice-diretor de Comunicações e eventosJacob luiz Magnus – diretor de assuntos legaisflávio Nascente – diretor de expansão RegionalJosé Roberto scalabrin – diretor de Relações institucionais e Governamentais
direToriA reGioNAlMárcia Costantini – Rio de Janeiro José Carlos teixeira – Minas Geraisdanilo Padilha – Paraná Jismália de oliveira alves – Guarulhossérgio silas Gallati – Vale do Paraíbaozéas Correia da silva – NordesteRobert Cabrera – Rio Grande do sul
coNselho deliBerATivosilvio Roberto alaimo Martins – Presidenteedson ferreiraelza CrivelaroJosé antonio GregórioMarcelo augusto scalabrin
coNselho FiscAleunice da silva Gomes Cunha- Presidenteana Maria da silvaJosé Viana limasuélia luz de oliveira
siNdicATo dAs empresAs de presTAção de serviços A Terceiros, colocAção e AdmiNisTrAção de mão de oBrA e de TrABAlho Temporário No esTAdo de são pAUloav. são luís, 258 – 18° andarCeP: 01046-915 – são Paulo – sPtel.: (11) 3215-8250fax: (11) 3215-8277assessoria Jurídica: 0800-701 2449www.sindeprestem.com.br – e-mail: [email protected]
diRetoRia exeCutiVaPresidente – Vander Moralesfernando Barbosa Calvet – Vice-Presidenteaugusto César Calado da Costa – diretor administrativo financeiroJismália de oliveira alves – diretora de ComunicaçãoJacob luiz Magnus – diretor Jurídicosonia Regina de souza – diretora de formação e eventosdaniel simões do Viso – diretor de Relações sindicaisNilza tavoloni – diretora de RegionaisGeraldo Magela Ribeiro – diretor de setorizaçãoademir de souza – diretor suplenteedson ferreira – diretor suplente
diRetoRia ReGioNalGeraldo P. Russomano Veiga – Ribeirão PretoJismália de oliveira alves – GuarulhosJosé Renato Quaresma – Baixada santistaluiz simões da Cunha – CampinasMaria olinda Maran longuini – aBCNilza tavoloni – americanasérgio silas Gallati – Vale do ParaíbaWalter Rosa Junior – sorocabaCláudio d. de almeida – alto tietê
CoNselho CoNsultiVoPaulo Magalhães – PresidenteJosé antônio Gregóriosílvio Roberto alaimo MartinsMaviael Vicente de Moura JúniorJan WiegerinckReinaldo finocchiaro filho – suplente
CoNselho fisCaleunice da silva Gomes Cunha José Viana limasezi inoueedmilson luiz formentini Jackson tadeu Ninno soares – suplenteMarcos fernando franco teixeira – suplente
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EM FOcO Jan Wiegerinck, Presidente do SindeprestemcaRta DO PRESIDENtE
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coNselho FiscAleunice da silva Gomes Cunha- Presidenteana Maria da silvaJosé Viana limasuélia luz de oliveira
// Sem educação de
qualidade, não há como
dispor dos trabalhadores
de que o país necessita
Vander Morales, presidente do Sindeprestem e da Asserttem
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acabamos de promover, em São Paulo, o principal evento mundial do setor: o CIETT 2010 Brasil. O Congresso foi um êxito sob todos os aspectos. Reuniu número superior a 500 inscritos, dentre os quais representantes de mais de 20 países, e sua Feira de Negócios recebeu expressivo público – o que significa que foi o segundo maior evento já realizado pelo CIETT no mundo.
Mais do que os números, contudo, a iniciativa que promovemos propiciou uma ampla circulação de ideias, novos conceitos, prospecção de negócios e a indicação das perspectivas e tendências da Terceirização e do Trabalho Temporário aqui e no mundo. Evidentemente, os participantes trouxeram informações que refletem a peculiaridade de cada uma de suas nações. Mas, se é possível resumir o evento em uma frase, diria que a Terceirização e o Trabalho Temporário no Brasil já são uma realidade reconhecida internacionalmente e, a cada dia, comprometida com a empregabilidade. São atividades irreversíveis no mundo da produção, sob o contexto das relações de trabalho contemporâneas.
Isso tudo, porém, não pode servir de pretexto para considerarmos encerrada nossa luta. Ao contrário, nossos êxitos mostram claramente que devemos nos preparar para novas jornadas – agora, depois do Congresso, com uma visão mais precisa do setor tanto no Brasil como no âmbito internacional.
Quero dizer com isso que, embora fique cada vez mais claro que a prestação de serviços especializados é um fato consolidado, há muito ainda por fazer.
Todos nós devemos ter orgulho, pois vencemos incontáveis batalhas. Os números levantados pela 4ª edição da Pesquisa Setorial do Sindicato e da Associação são de monstrações irrefutáveis do nosso avanço.
Na frente de lutas, a principal é que, apesar de nossos esforços, ainda não contamos em
nosso país – e também em vários outros países – com uma lei que regulamente moderna e adequadamente a Terceirização. Essa é uma meta prioritária. Há outras também relevantes.
A recente pesquisa a que me referi demonstrou até onde chegamos. Entre empresas de Trabalho Temporário e de serviços terceirizáveis já somamos mais de 32,6 mil, responsáveis por 22,2% dos empregados com carteira assinada ou cerca de 9% da população economicamente ativa brasileira. Não é exagero afirmar, portanto: o setor tornouse hoje uma das principais trincheiras no combate à informalidade. Não é pouco. E isso só foi possível porque soubemos nos manter unidos, aprofundando as lições que aprendemos nas últimas décadas.
Essa é a estratégia que nos fará avançar ainda mais. Evidentemente, temos sérias divergências com várias lideranças de trabalhadores – algumas muito complexas, como é natural. Mas estamos progredindo no terreno da articulação. Empreendedores e trabalhadores têm em comum o fato de que o desenvolvimento do Brasil depende da elevação do nível de competitividade e empregabilidade.
E não conseguiremos esse objetivo sem um olhar amplo, com foco no ciclo que estamos vivendo. Urge aproveitálo para solucionar de vez os entraves que ainda impendem o desenvolvimento sustentável da economia brasileira. Os obstáculos para que isso ocorra estão mais do que mapeados: alta carga tributária, escassez de poupança interna, recursos humanos sem condições de absorver tecnologias a cada dia mais sofisticadas...
De todos esses impedimentos, um salta aos olhos: a educação no Brasil, que ainda é muito precária. Sem educação de qualidade, não há como dispor dos trabalhadores de que o país necessita. O ciclo de recuperação que o Brasil experimenta já esbarra na falta de trabalhadores qualificados. A questão é que tomadores e prestadores de serviços necessitam cada vez mais de trabalhadores qualificados e especializados.
A melhoria da educação deve necessariamente unir trabalhadores e empresários. Estamos entrando em uma quadra na qual os brasileiros se preparam para definir seus governantes e legisladores. Não podemos perder esta chance. Temos de, juntos, examinar cada projeto de campanha, cada proposta, cada compromisso para assegurarmos de que são coerentes com a necessidade do Brasil de se equiparar aos seus competidores internacionais, sobretudo na questão educacional. Eis uma boa lição de casa para todos nós.
Nossa lição de casa
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QUEM SaBE Faz BEM FEItOQUEM SaBE Faz BEM FEItO
// Procurar empresas especializadas é a forma de otimizar resultados e tempo de nossa equipe. Buscamos a melhor combinação de talentos. Funciona muito bem
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Por Giovanna Zanaroli
Aos 52 anos, o paulistano João Doria Jr. é considerado um dos empresários
de comunicação mais influentes do Brasil e do mundo, segundo a revista IstoÉ.
Anualmente, entre outras iniciativas, reúne as mais representativas lideranças do
cenário nacional na Ilha de Comandatuba, na Bahia, no Fórum de Líderes Empresariais
(Lide). O debate de temas relevantes para o desenvolvimento do país, com a presença de
altos empresários e executivos de grandes corporações, é realizado num ambiente
de confraternização.
João Doria Jr. começou cedo a sua trajetória profissional. Ainda muito jovem entrou no
mercado de trabalho para ajudar a família, que havia perdido todos os recursos após o
golpe militar, em 1964. O pai, deputado federal, precisou compulsoriamente deixar o
país. Vendeu o patrimônio que restava e partiu para o exílio na França.
De volta ao Brasil, Doria percebeu que a realidade à qual estava acostumado havia
mudado radicalmente. Do tradicional colégio Rio Branco, em São Paulo, onde estudava,
foi para a escola pública. Do refrigerante passou para o suco caseiro. E do motorista
particular para o transporte público. Da época, porém, o empresário não guarda
ressentimentos, apenas aprendizado.
O primeiro emprego foi aos 13 anos, numa renomada agência de publicidade, como
assistente de rádio, TV e cinema. Depois disso, e após mais alguns anos, sua carreira
deslanchou. Jornalista e publicitário, preside hoje o Grupo Doria, um conglomerado com
atuação nas áreas de comunicação, marketing e eventos.
É vice-presidente do São Paulo Convention & Visitors Bureau, diretor do Masp, fundador
e presidente do Lide – Grupo de Líderes Empresariais. Também é acionista e presidente
do Conselho da CASA COR, o maior evento de arquitetura e decoração das Américas
e o segundo maior do mundo. Trabalha 17 horas por dia, mas encontra tempo para
apresentar dois programas na televisão, curtir a esposa e os dois filhos.
Devido ao seu espírito empreendedor e suas conquistas, João Doria Jr. é reconhecido e
admirado. Com evidente prazer pela profissão, é referência para muitos empresários.
Nesta entrevista, fala sobre empreendedorismo e a prestação de serviços
especializados, destacando que, em suas atividades, optar pela Terceirização e pelo
Trabalho Temporário é uma forma de otimizar resultados.
JOÃO DORIa JR.:
QUalIDaDE É O PRINcIPal Na ESPEcIalIzaÇÃO
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QUEM SaBE Faz BEM FEItOQUEM SaBE Faz BEM FEItO
Presstem – O fato de desenvolver uma série de ativi-dades e ainda ter tempo para apresentar programas de TV é uma postura empreendedora?
João Doria – Um bom empreendedor precisa ser disciplinado e organizado. Conciliar seu tempo entre reuniões, família e viagens é uma questão de disciplina e disposição física e mental. Todo empreendedor precisa disso para inovar, conquistar e vencer.
P – Considera-se um empreendedor nato? JD – Sou um trabalhador. Gosto de fazer e apren der.
Não tenho medo do risco, mas sei agir com cautela.
P – Quais as principais qualidades de um empreen-dedor?
JD – Para ser um bom empreendedor é preciso saber trabalhar em grupo, ter humildade, paciência e muita dedicação.
P – Há quem diga que, para ser bem-sucedida a pessoa deve ter sorte em primeiro lugar, estar no lugar certo em segundo e, por último, ter talento. O senhor concorda?
JD – Em primeiro lugar trabalho, em segundo trabalho e em terceiro trabalho. A sorte vem depois. Não acredito em sorte para quem não se empenha. Quanto mais eu me dedico, mais sorte tenho. Não é interessante? Mas é preciso também ter foco e objetividade. A ousadia e o talento fazem parte da fórmula.
P – Quais são os fatores principais para o sucesso? Comprometimento, entusiasmo e disciplina são os mais importantes?
JD – Comprometimento, entusiasmo e disciplina são fatores que favorecem o sucesso. Mas eu incluiria também a humildade, o planejamento e uma estratégia bem definida.
P – O senhor costuma dizer que todo sucesso tem um preço. No seu caso, qual é o preço? O pouco tempo livre que lhe resta?
JD – Sou apaixonado por aquilo que faço. Com disciplina pessoal e empresarial você encontra tempo para cumprir uma agenda mais ampla. Procuro conciliar minha vida familiar à minha rotina de 17 horas diárias de trabalho, com qualidade. Com a família o que vale é ser intenso, verdadeiro, carinhoso e sincero.
P – Em suas empresas há contratação de Serviços Terceirizados e Trabalho Temporário?
JD – Contratar serviços terceirizados, para uma empresa de eventos, faz parte das nossas tarefas habituais. Recorremos a essa modalidade como maneira eficaz de contratar serviços especializados e sazonais. Na Doria Associados sempre buscamos a melhor combinação de talentos.
P – Como são escolhidos seus fornecedores? As parcerias são duradouras?
JD – Procuramos avaliar, sobretudo, a qualidade dos serviços prestados. As parcerias costumam ser bastante duradouras e muitas vezes surgem amizades que permanecem a vida inteira. A cada evento nossos parceiros adquirem mais knowhow em relação às necessidades de nossos públicos e às nossas experiências.
P – Quais características são imprescindíveis para a contratação de um prestador de serviços?
JD – Os principais fatores são a qualidade e especialização dos serviços prestados. Mas também ficamos atentos a outros pontos, como honestidade, pontualidade, atendimento impecável, disciplina, preocupação com detalhes, organização e preço justo.
P – Em sua opinião, buscar empresas especializadas para desempenhar determinada função otimiza os resultados?
JD – Sim. Buscar empresas especializadas é uma forma de otimizar resultados e tempo de nossa equipe. Quando recorremos aos serviços terceirizados, nossa equipe acompanha cada etapa do trabalho para garantir o padrão de qualidade na entrega. Funciona muito bem.
P – O senhor acredita que não está longe o dia em que as pessoas verão a Terceirização e o Trabalho Temporário como uma opção de carreira, como acontece no exterior?
JD – Há pessoas que optam por esse tipo de contratação e há aquelas que preferem o trabalho permanente. O mais importante é ter mercado de trabalho. Hoje existe demanda. E vai crescer. A oferta tem que acompanhar.
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EMcIEtt 2010 - BRaSIlESPEcIal cIEtt 2010 – BRaSIl
Durante dois dias, e pela
primeira vez, o Brasil recebeu os
mais renomados especialistas
e profissionais das áreas de
emprego e recursos humanos no
cenário nacional e internacional
para o congresso Mundial
de terceirização e trabalho
temporário (cIEtt 2010). com
mais de 500 participantes, este
foi o segundo maior evento
realizado pela confederação
Mundial da atividade
Por Danielle Borges, Giovanna Zanaroli e Camila Vasconcellos
Participaram do Congresso, realizado no WTC, em São Paulo, representantes de mais de 20 países que compartilharam experiências e práticas de sucesso na gestão de negócios. Paralelamente, ocorreu o 1º Fórum Brasil de Relações do Trabalho, que reuniu empresários, governo e trabalhadores em debates abordando as exigências de modernização das atuais relações de trabalho.
Para Vander Morales, presidente da Asserttem e do Sindeprestem, entidades promotoras do evento, os principais objetivos foram alcançados: promover a interlocução sobre as tendências do emprego no mundo, além de aprofundar o debate sobre Terceirização entre representantes dos trabalhadores e das empresas do setor. “Nossa expectativa é que, agora, e aqui no Brasil, possamos melhor desenvolver a atividade, por meio do diálogo, além de alcançar a regulamentação de que necessitamos para a prestação de serviços especializados.”
Na avaliação do vicepresidente das duas entidades, Fernando Calvet, a presença das Centrais Sin dicais avançou principalmente na direção de se regulamentar a Terceirização no Brasil. “A participação dos representantes dos trabalhadores esquentou as discussões sobre a necessidade da legislação, diluindo equívocos”, sintetizou.
terceirização e trabalho temporário confirmam seu potencial
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Morales acredita que, com isso, as discussões sobre o tema ganharam novo fôlego, o que pode fazer o Brasil integrar a Convenção, hoje apenas com 23 signatários.
Durante a abertura do evento, o argentino Horácio De Martini, presidente da Confederação Internacional de Empresas de Trabalho Temporário (CIETT), ressaltou o setor como atividade fundamental no combate à informalidade e o desemprego. “Atualmente, há cerca de 45 milhões de pessoas desempregadas no mundo por causa da crise. Só nossa atividade emprega, em média, 10 milhões de pessoas ao ano em vários países. Os números comprovam que somos, portanto, um canal eficiente para a recuperação da economia.”
O evento recebeu visitantes de países de senvolvidos e emergentes, entre eles Estados Unidos, Suíça, Alemanha, Portugal, Bélgica, Espanha, Áustria e Itália, além de Colômbia, Argentina, Uruguai e México – estes últimos representados pela Confederação LatinoAmericana das Empresas de Trabalho Temporário e Terceirização (Clett&A), cujo presidente, Omar Ávila, proferiu palestra detalhando as realidades específicas de cada uma das nações integrantes da entidade. A reunião oficializou também a entrada da Austrália no CIETT.
O conceito de trabalho livre foi tema recorrente, ou seja, conceder ao cidadão o direito de passar por diferentes experiências de trabalho sem abrir mão de direitos. A tendência de valorização do trabalhador temporário e especializado também fixou consenso no evento.
A realização do CIETT abriu caminho para a ratificação pelo país da Convenção 181, da Or ganização Internacional do Trabalho (OIT), que dispõe sobre questões relativas ao Trabalho Temporário. Vander
// Vander, na abertura: o emprego formal bateu recorde nos primeiros quatro meses de 2010, com 305 mil vagas. o que poucos sabem é que muitas dessas vagas foram abertas a partir do indiscutível avanço da Ter ceirização e do Trabalho Temporário – setor que é uma porta de entrada para o mercado, não apenas para os jovens em situação de primeiro emprego, como para desempregados mais maduros
horácio De martini, presidente do Ciett: setor
combate a informalidade e o desemprego
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ESPEcIal cIEtt 2010 – BRaSIl
ExPOSItORESEditora QualityMark
Sindeprestemcard
Page Personal
Editora Segmento
cebrasse
Grupo GR
Editora ltR
l2 Propaganda
People trust
lJM
Planinvesti
Rhadar
Feira de negócios
Paralela ao congresso, a Feira de Negócios recebeu cerca de 500 congressistas e um número expressivo de visitantes que circularam durante dois dias pelos estandes para conhecer produtos e serviços oferecidos pelas empresas
PatROcINaDORESallis
GInfor
Sindeepres
Protex
Webfopag
Sebrae (patrocínio especial)
a Feira possibilitou ao
público intercâmbio de
informações e negócios,
além de propiciar
aos visitantes ver de
perto as novidades dos
patrocinadores do evento e
dos expositores
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A Terceirização e o Trabalho Tem porário estão contribuindo para a recuperação de muitas nações, sobretudo aquelas que sofreram mais com a crise econômica e seus impactos no emprego e na produção. Durante o encontro, cada participante apresentou um relatório sobre a situação do setor na economia de seu país, ressaltando fatores como índice de inflação, taxa de desemprego e nível salarial.
O Brasil se destacou com o melhor desempenho nos negócios. Só a Terceirização soma hoje quase 9% da população economicamente ativa. Quanto ao Trabalho Temporário, o candidato é efetivado pela empresa tomadora em percentual de 37%, de acordo com a 4ª Pesquisa Setorial Asserttem/Sindeprestem.
Cada país mostrou uma particularidade. A África do Sul, por exemplo, conseguiu atenuar efeitos da crise sobre o emprego com a Copa do Mundo. No Japão, a demanda por trabalhadores temporários ainda é baixa, mas há sinais de melhora no curto prazo em alguns setores. Na China e na Coreia
cIEtt 2011 E 2012 – HOlaNDa E INGlatERRa
a próxima edição do congresso será em
Roterdã, na Holanda, de 18 a 20 de maio.
Promovido pela associação Holandesa de
agências de trabalho temporário (aBU), o cIEtt
2011 vai comemorar os 50 anos da entidade,
informou o representante holandês, aart van
der Gaag. Durante a assembleia da entidade
foi antecipada a sede do cIEtt 2012: londres,
cidade, aliás, que será também sede dos Jogos
Olímpicos no mesmo ano.
emprego no mundoverificase um crescimento contínuo da atividade.
Países como Bélgica, Holanda, República Checa e França preveem um crescimento de até 15% na criação de empregos ainda este ano, resultado de possível retomada. Em Portugal, as indústrias de automóveis, construção e manufatura foram fortemente afetadas com a crise mundial, o que fez a produção no país cair 25%. A recuperação começou apenas após o primeiro trimestre deste ano, quando os níveis précrise foram retomados. Na Espanha há um grande número de Trabalhadores Temporários, embora haja expectativa de maior demanda por parte das tomadoras, caso também da Terceirização.
Tom Hadley, diretor de Relações Exteriores da REC, explicou que a situação ainda é complexa para o setor de recrutamento na maior parte dos países. “No entanto, podemos esperar uma forte recuperação na maioria das nações durante o próximo ano. E essa troca de experiências que temos aqui impulsiona os negócios em nível global.”
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Inteiramente dedicado ao debate franco, o painel que deu início ao segundo dia do Congresso cumpriu efetivamente com seu papel social e político no que diz respeito à busca por um ponto de equilíbrio, capaz de impulsionar a Terceirização rumo ao futuro e reduzir os entraves existentes. Esse complexo diálogo poderia ser sintetizado em uma frase. A Terceirização não existe se não for apoiada nos pilares: trabalhadores, prestadores e tomadores de serviços, convivendo e prosperando com base em lei que beneficie a todos.
Foi partindo dessa realidade que representantes de cada um desses setores foram convidados a participar de um espaço democrático, no qual predominou a troca de ideias. Nesse ambiente, Denise Mota, secretária nacional de Relações de Trabalho da Central
Única dos Trabalhadores (CUT), contextualizou a evolução das relações de trabalho desde a década de 70. “Em determinado momento, a Terceirização deixou de ser uma atividade de apoio e passou a ser estratégica”, enfatizou.
Segundo a secretária da CUT, o surgimento de um mercado de trabalho heterogêneo ocasionou a transferência do foco da contratação de terceiros pela especialização do serviço para a mera redução de custos, algo bastante criticado pelas Centrais Sindicais na ocasião.
Embora as prestadoras de serviços es pecializados desempenhem importante função social, por meio da empregabilidade formal de milhões de trabalhadores anualmente em todo o Brasil, as dificuldades enfrentadas devido à ausência de regulamentação foram apontadas pelos palestrantes como o principal obstáculo
Trabalhadores, empresas e prestadores de serviços:diálogo em busca de denominador comumEsforço conjunto procura o ponto de equilíbrio para o desenvolvimento do setor
Jantar de confraternização recepciona público do Congresso
Jantar e confraternização
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que deve ser enfrentado por trabalhadores e empresas.
Para o presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), o advogado Cláudio Montesso, o emprego de terceiros com o intuito de burlar a contratação regular, atitude praticada por em
presas fraudulentas e despreocupadas com o trabalhador, existe e precisa ser repelido. “A visão do Poder Judiciário tem sempre como referência a violação da lei, pois são inúmeros os casos que vão a julgamento”, explicou.
Contudo, durante palestra no dia anterior, outro magistrado, o ministro do Tribunal
Diálogo social em debate
Participantes brasileiros e representantes dos países associados ao cIEtt foram
recep cionados pelo Sindeprestem com jantar no dia da abertura do evento. Em seguida,
assistiram a um show musical. O jantar foi encerrado pela escola de samba Rosas de
Ouro, que animou particularmente os visitantes estrangeiros
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Superior do Trabalho (TST), Pedro Paulo Manus, já havia questionado qual seria a porcentagem de prestadoras, dentro do total das empresas da mesma categoria, com algum problema na Justiça do Trabalho. A resposta foi dada pelo próprio ministro. “Uma parcela semelhante à dos outros setores da economia. É preciso separar o joio do trigo”, disse referindose à atuação ilícita de alguns que, segundo ele, nada têm em comum com os empresários sérios da Terceirização.
RESPONSaBIlIDaDE A tomadora de serviços deve ser responsável,
no momento da contratação de uma prestadora, por verificar sua confiabilidade e conformidade com os padrões legais e de qualidade. Segundo Magnus Apostólico, superintendente de Relações do Trabalho da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), quem firma o contrato tem consciência de que qualquer incoerência poderá acarretar prejuízos. Para ele, a Terceirização deve ser vista como uma estratégia de negócios. “O setor propicia parcerias entre empresas com os mesmos
interesses e permite o acesso de trabalhadores a grandes organizações”, defendeu.
Emerson Casali, gerente executivo de Relações do Trabalho da Confederação Nacional da Indústria (CNI), fez questão de ressaltar o contexto econômico atual, do qual a Terceirização faz parte e confirma ser indispensável para a permanência competitiva das empresas no mercado.
A abertura do mercado, a partir da década de 90, propiciou significativa mudança na política de preço. Antes, o custo de produção era repassado integralmente ao preço final. Hoje, afirmou, o preço é dado pelo mercado e, por isso, há a necessidade de administrar o custo para não deixar que o preço ultrapasse os valores praticados pela concorrência. “Empresas lucrativas empregam mais pessoas e favorecem a economia, pois o consumo aumenta”, defendeu Casali.
REGUlaMENtaÇÃO A urgência de uma legislação que regu
la mente especificamente a Terceirização foi tema debatido em profundidade durante o
O consultor e administrador de empresas Max Gehringer foi o primeiro palestrante do CIETT, destacando o futuro nas relações de trabalho. Para ele, o conceito de emprego está mudando, principalmente devido à tecnologia. “Cada vez mais os processos são simplificados, o que contribui para a redução de postos de trabalho.” Como exemplo, citou a produção de automóveis: na década de 60, eram necessários 18 mil homens/hora para a produção de uma unidade e, hoje, o mesmo produto demanda apenas 2,2 mil homens/hora.
Futuro do trabalho: dignidade com sustentabilidadeDesafio é entender que o mundo mudou muito nos últimos anos
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EMpainel. Sergio Luiz Leite, secretário da Força Sindical, admitiu que existe consenso entre a classe trabalhadora e a classe empresarial em alguns pontos, como a luta pela redução da informalidade e a proteção dos direitos do trabalhador, por exemplo. “As Centrais estão dispostas à negociação. O debate é amplo e pode até ir ao confronto, o que não é necessariamente improdutivo”, ponderou Leite.
A existência de uma regulamentação para o setor contemporânea e adequada à realidade que
empresas e trabalhadores vivem é também uma aspiração no exterior, conforme relato de palestrantes e representantes de entidades e empresas presentes ao Congresso. “Os países têm firmado acordos de cooperação para mostrar o quão importante são a ratificação da Convenção 181, a qualificação e treinamento de pessoas e o combate a condições precárias de trabalho”, resumiu Giedre Lelyte, da Union Global (UNI), Federação suíça composta de 900 sindicatos e atuação globalizada.
Além disso, os processos de fusão entre empresas também resultam em desemprego, situação agravada pela entrada no mercado de jovens de 18 a 25 anos em situação de primeiro emprego. “O grande desafio é perceber que, com as mudanças dos últimos 20 anos, o emprego para a vida toda não existe mais”, resume. No Brasil, apontou, as escolas técnicas são os grandes gargalos do emprego. “Criouse a cultura da universidade como garantia de emprego. Resultado: temos muitos bacharéis e poucos tecnólogos.”
No país, as pequenas e microempresas somam 92% do total. Juntas, elas empregam 86% dos trabalhadores. Segundo Gehringer, grande parte dessas organizações está no setor de prestação de serviços. “Há um progresso que nos trouxe até aqui e que é irreversível. Por essa razão é que a legislação trabalhista precisa ser revista, sem ignorar a Terceirização.”
max Gehringer recebe os cumprimentos de
vander morales e lívio Giosa
Representantes de lideranças empresariais e dos trabalhadores dispostos a discutir divergências
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O primeiro painel de debates abordou a ratificação da Convenção 181 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), de 1997, como a mais indicada para unificar a garantia de direitos trabalhistas entre países. Como o Trabalho Temporário e a Terceirização estão entre as melhores práticas para atender às necessidades de empresas e trabalhadores, o reconhecimento das normas da OIT poderia aperfeiçoar esse relacionamento. O painel foi mediado pela jornalista alemã Conny Czymoch.
O CIETT segue a orientação da Convenção, que aplica os mesmos critérios de organização para as duas atividades. No Brasil, cada setor é ainda visto separadamente. Donna Koeltz, da OIT, defendeu a ratificação e disse que, além das 23 nações atuais, outras 36 estão em fase de aprovação. “A Eslováquia ingressou recentemente e, em breve, a Tunísia e o Egito também farão parte da lista”, exemplificou.
Segundo ela, a ratificação da Convenção 181 legitima o papel das agências privadas de emprego – porta de entrada para jovens no mercado de trabalho. “Pesquisas comprovam que muitos preferem experimentar trabalhos temporários antes de se estabelecerem em emprego fixo”, lembrou, afirmando que aderir às normas “é uma forma eficaz de filtrar as empresas irregulares”.
Interpretando a visão das empresas, o diretor de negócios da Manpower na Inglaterra, David Arkless, corroborou a noção de que a Convenção 181 representa segurança jurídica. “O objetivo é dar oportunidade de trabalho íntegro e contribuir para as economias dos mercados emergentes, além de dar credibilidade às empresas sérias.” Segundo ele, maior tempo de desemprego significa maior
dificuldade de recolocação. “Um sistema como o da OIT facilita a inserção dos trabalhadores no mercado. Além disso, sem uma política de emprego séria é a informalidade, o desrespeito e o abuso que preenchem essa lacuna”, alertou.
Regulamentação internacional pela Convenção 181 da oitProposta unifica direitos e aproxima agências de emprego públicas e privadas
Donna Koeltz, da oit,
defendeu a ratificação da
Convenção 181
David arkless: Convenção
facilita inserção de
trabalhadores
a jornalista alemã Conny Czymoch mediou os debates
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A urgência da aprovação de uma legislação específica para a atividade, como o Projeto de Lei n°4.302, foi tema recorrente nos debates e palestras do CIETT 2010. Visto como regulamentação que pode reduzir os conflitos e afastar as dificuldades enfrentadas pelo setor, o debate sobre o tema alcançou um consenso durante o evento: com a legislação aprovada, o benefício viria para trabalhadores e empresas sérias, uma vez que inibiria a concorrência desleal e ilegal feita por empresas de fachada que precarizam o trabalho e aviltam preços.
Segundo a advogada e mestre em direito do trabalho pela Universidade de São Paulo Sonia Mascaro, hoje a Terceirização é respaldada pela lei, embora de forma precária. Além da Súmula 331 do
Tribunal Superior do Trabalho (TST), utilizada pela Justiça como base para decisões devido à ausência de legislação específica, o Código Civil admite a prática da atividade. “O PL 4.302 está de acordo com o Código Civil e com a realidade. Não adianta criar uma lei impossível de ser praticada”, explicou ela, referindose à tentativa de projeto apresentada ao Ministério do Trabalho pelas Centrais Sindicais e que não prosperou.
FIScalIzaÇÃO Vários palestrantes reiteraram que somente o
comprometimento dos órgãos responsáveis pela
aprovação do Pl 4.302, um dos temas principais do congresso
No Brasil, a necessidade de regulamentar o setor
ministro do tst, pedro paulo manus, recebe prêmio top da terceirização
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fiscalização poderá coibir a atuação de empresas inidôneas no mercado, que prejudicam a imagem do setor perante a sociedade e acabam por criar a generalização errônea de que a Terceirização precariza as relações de trabalho.
Pedro Paulo Manus, ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), resumiu a posição da grande maioria dos participantes do Congresso ao defender a regulamentação da Terceirização em lei moderna e adequada à realidade brasileira atual, assim como medidas fiscalizadoras mais rígidas. Para ele, essa é a solução para o setor ser reconhecido pela contribuição que dá à economia do país, como, por exemplo, o emprego formal de milhões de pessoas. “A fiscalização eficiente será a garantia para a atividade se desenvolver corretamente”, disse o ministro, que foi agraciado com o prêmio Top da Terceirização durante jantar de confraternização realizado na primeira noite do Congresso.
José Roberto de Melo, superintendente regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTSP), corroborou a análise do ministro. Ele afirmou ainda que no Ministério do Trabalho é significativo o decréscimo no número de auditores. Segundo ele, há uma tendência natural por parte do empresariado em comemorar a ausência de fiscais, sem se ater ao detalhe de que isso gera concorrência predatória e, consequentemente, malefícios ao setor. “Aumentar a fiscalização é o ponto de partida para evitar a má prestação de serviços”, afirmou o superintendente durante o painel do qual participou.
REcONHEcIMENtO PaRa a tERcEIRIzaÇÃO
Além de destacar a necessidade de regula men
tação para a Terceirização no Brasil, a advogada Vilma Dias, vicepresidente do Instituto Brasileiro de Relações do Trabalho (Ibret) e assessora da Superintendência Regional do Trabalho do Estado de São Paulo, enfatizou a importância de ratificar a Convenção 181. Para ela, o conceito de prestação de serviços especializados surgiu nos Estados Unidos, mas hoje é realidade em todo o mundo.
“No Brasil, a Terceirização ganhou fôlego na década de 90 como necessidade das empresas de concorrer em um novo mercado de alta competitividade. Hoje, já representa 22% do total da mão de obra. Mas, na época, como não havia legislação sobre o tema, o governo achou que deveria impor limites e o fez com a Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho.”
Para Vilma, as discussões que impedem a aprovação de uma norma definitiva e moderna são inúteis. “Só atrasam o processo. Não há como separar o que é atividade fim e meio. Sempre que uma empresa puder fracionar sua cadeia produtiva para terceirizar na busca por qualidade e competitividade, deve fazer.” Quanto à responsabilidade, a assessora entende que a subsidiária é mais adequada. “Com a solidária será praticamente impossível que empresas tomadoras consigam contratar com segurança. Mas chegamos a um momento em que a lei se faz urgente”, finalizou.
sonia mascaro: terceirização precisa
ser regulamentada
para vilma Dias, país precisa de lei
definitiva para o setor
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“O que a Terceirização faz é melhorar a qualidade das atividades e processos.” A afirmação, de Peter Drucker, um dos mais respeitados estudiosos da globalização na economia, foi o ponto de partida para a exposição de Lívio Giosa, presidente do Centro Nacional de Modernização Empresarial (Cenam), sobre a inserção do processo de Terceirização nas tomadoras de serviços.
No Brasil, a Terceirização se enquadra, conceitualmente, como uma moderna prática de gestão que agrega diferencial competitivo à empresa e possibilita a retomada do desenvolvimento econômico e social. “Não se deve aderir a modismos. É necessário verificar a viabilidade e en carar o processo como um meio para administrar melhor”, lembrou Giosa, referindose à importância de não considerar apenas a redução dos custos.
Planejamento adequado e envolvimento da área de Recursos Humanos como gestora da implantação do processo de Terceirização dentro
das organizações foram os pontos ressaltados por Marcos Cominato, diretor de RH da Mangels, como essenciais para o sucesso da estratégia.
É de competência da área o acompanhamento de todas as etapas da Terceirização, desde a análise detalhada da prestadora de serviços a ser contratada até a definição das estratégias e políticas internas que serão praticadas. “O RH precisa estar completamente envolvido para poder lidar com as mudanças organizacionais trazidas pela participação de terceiros na cadeia produtiva”, argumentou Cominato.
Conhecer o modelo de recursos humanos utilizado pela prestadora de serviços para lidar com seus funcionários é importante para que a empresa contratante esteja preparada para recebêlo. “A tomadora precisa estar ciente de que são funcionários parceiros com características diferenciadas, mas que, mesmo assim, precisam ser inseridos no ambiente organizacional”, disse o diretor.
o envolvimento do rh no processo da TerceirizaçãoSucesso depende de entrosamento em todas as etapas
lívio Giosa: setor contribui para o desenvolvimento econômico e social do país
marcos Cominato: envolvimento do rh é essencial
para construir parcerias de sucesso
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O painel sobre fidelização de clientes foi conduzido por Daniel Orlean, diretor da Affero, empresa voltada à gestão de pessoas e planejamento organizacional. “Como o mercado evolui rapidamente e as demandas são diferentes a cada dia, é preciso treinar os colaboradores com frequência. Prova disso é que os dez postos que mais demandarão profissionais em 2010 nem sequer existiam em 2004”, exemplificou.
Para ele, alinhamento de objetivos e competências, sensibilidade para contratar as pessoas certas e treinálas adequadamente, além de avaliar periodicamente o desempenho da equipe, formam o conjunto que “faz da fidelização de clientes uma consequência natural, com garantia de retorno financeiro”.
Orlean apontou fatores que influenciam na efi cácia da prestação de serviços. “O passo mais importante é o alinhamento de valores: 37% do potencial de uma estratégia é perdido por problemas nessa fase”, afirmou. Manter um programa de monitoramento do desempenho individual também
Fidelização de clientes em tempo de alta competitividadePensar em preço como atrativo demonstra falta de estratégia
é importante. E envolvimento é fundamental. “Manter um bom relacionamento, consultar o nível de satisfação, estar aberto a sugestões faz com que o cliente se sinta parte do processo. Focar no preço mais baixo não fideliza, ao contrário, denuncia a falta de uma estratégia competitiva”, finalizou.
na sua apresentação, Daniel orlean demonstrou a velocidade com que as mudanças estão ocorrendo no mercado de trabalho
para o diretor da affero tomadores e prestadores têm que estar alinhados
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Conceito europeu que reconhece a importância para o trabalhador de sentir que mantém sua empregabilidade, o Flex Security tem o objetivo de orientar um serviço sob medida com a garantia de relações mais flexíveis sem abdicar de condições igualitárias de salários, benefícios e treinamento. O modelo também traz vantagens para as empresas: elas ganham mobilidade de escolha da mão de obra mais adequada para seu negócio.
Annemarie Muntz, presidente da Confederação Europeia de Trabalho Temporário (EuroCiett), explicou que a tendência mundial com relação ao emprego é a flexibilidade. “Os profissionais querem diferentes experiências durante a carreira. O Flex Security é uma proposta que pretende diminuir a distância entre as pessoas e as oportunidades de colocação.” Segundo ela, países da Europa se saíram melhor quando aplicaram o conceito. “O desafio é ajustar a oferta da mão de obra com a demanda do mercado.”
PERSPEctIVaS DE tRaBalHaDORES E DE PROFISSIONaIS DE RH
“Os sindicatos serão sempre a favor do emprego
permanente e direto, mas entendemos que o cenário mudou.” Essa foi a visão que Giedre Lelyte, da UNI Global Union, organização mundial fundada há dez anos e que representa 900 sindicatos no mundo e 15 milhões de trabalhadores no setor de serviços em 150 países, levou ao evento. “A maior bandeira da entidade é o combate ao desemprego entre os jovens”, explicou ela ao defender que “mais países deveriam adotar conceitos semelhantes ao Flex Security”.
A valorização do trabalho no Brasil foi apresentada por Leyla Nascimento, presidente da ABRH Nacional, entidade do setor de Recursos Humanos que representa mais de 15 mil associados em 23 estados brasileiros há 45 anos. Segundo ela, no Brasil
Flex security: mais que uma nova cultura, um valorPrincípio de segurança em grupo para trabalhadores e mobilidade para empregadores
annemarie: reduzir distâncias para aumentar oportunidades
Giedre: priorizar o combate ao desemprego entre os jovens
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“as pessoas crescem com a perspectiva de sucesso profissional, mas nosso sistema educacional não acompanha as necessidades do mercado, criando uma lacuna entre esses dois pontos”.
Leyla afirmou que, com o setor de Terceirização em ascensão no mundo, a área de Recursos Humanos das empresas ganhou uma nova responsabilidade: de oferecer o complemento na formação dos profissionais com as universidades corporativas. “O problema é que ainda enfrentamos, no Brasil,
dificuldades como a falta de regulamentação do setor.”De acordo com a ABRH Nacional, criar uma
cultura de flexibilidade próxima ao modelo europeu significa contar com fornecedores confiáveis, buscar instrumentos para salários e lucro justos, sem prejuízo ao empregado, além de investir em comunicação e transparência entre trabalhador e empresa. Leyla concluiu alertando para a necessidade de propostas a governo e sindicatos sobre políticas de tributação saudáveis para todos.
Para Carlos Marcelo AldaoZapiola, doutor em ciências jurídicas e sociais, sociologia do trabalho e jurisprudência, “estudar é o único caminho para atingir os objetivos”. Ele fala com propriedade: concluiu mestrados nas universidades de Bolonha, Cornell, MIT, além de centros de formação em Tóquio e Dublin. Atualmente, começa seu oitavo mestrado.
Há 35 anos atuando no setor de desenvolvimento de negócios em Recursos Humanos e Relações de Trabalho em grandes empresas, o especialista mostrou aspectos socioeconomicos mundiais que, em suas palavras, “estão ficando cada vez mais assustadores”. Em alguns anos, afirmou, “somente 47% dos jovens terão acesso aos estudos, 13% buscarão trabalho e 50% não terão contrato formal de trabalho – além disso, os salários serão menores”.
Para o advogado Andrés Yurén, a competitividade das empresas deve se basear em valores humanos para prosperar. Nomeado especialista sênior pela OIT para a região da América Latina, onde é responsável pela integração entre as principais entidades empresariais de Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai e a instituição internacional, Yurén acredita que uma política empresarial que estimule o desenvolvimento do fun cionário, “de maneira contínua e visando o longo prazo, permite que ele se sinta parte daquele organismo de sucesso e queira fazer a empresa crescer cada vez mais”.
Educação e trabalho flexível
aldao-zapiola: caminho é valorizar a educação
ValORIzaR O tRaBalHaDORaUMENta cOMPEtItIVIDaDE
Yurén: desenvolvimento do funcionário é essencial
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Especialista em tributação, o advogado e professor Cássio Mesquita Barros enfatizou que o acúmulo de débitos de natureza previdenciária é o principal desencadeador da decadência das empresas. “É inegável o peso da alta carga tributária brasileira nas empresas e quanto isso afeta seu desempenho e desenvolvimento. Além disso, há constantes alterações na legislação, fator que impede qualquer planejamento eficaz”, constatou.
Ricardo Oliveira Godoi, advogado e consultor em planejamento empresarial na área de direito tributário, ressaltou que não há fórmulas para pagar menos imposto. Também assessor jurídico da Confederação Nacional de Serviços (CNS) e do Sindeprestem, Godoi disse que é preciso entender o sistema e a importância da carga tributária na composição dos preços para não cair em armadilhas. “Principalmente as empresas menores, que ainda não assimilaram a importância da contabilidade.”
O especialista defendeu a Terceirização de ser
estratégias competitivas com gestão competente de tributos
viços como uma alternativa para superar momentos difíceis resultantes de crises econômicas. “Para o tomador, do ponto de vista fiscal e tributário, a prestação de serviços especializados pode ser muito vantajosa, pois o exime de diversas obrigações acessórias”, ressaltou.
ricardo Godoi, Wolnei tadeu e Cássio mesquita barros analisaram o peso da carga tributária na retomada do desenvolvimento sustentável do brasil
ricardo Godoi: planejamento na
administração de tributos
auxilia a superar dificuldades em
momentos de crise econômica
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Nos próximos anos, o Trabalho Temporário tende a continuar em ascensão e cada vez mais incorporado ao universo empresarial, uma vez que as relações de trabalho de longo prazo serão fortemente reduzidas. A escassez de mão de obra especializada se tornará uma realidade benéfica para o setor, pois ampliará o campo de atuação das prestadoras de serviços.
As afirmações foram feitas durante o painel “Cenário até 2015 sobre inovações nas empresas pres tadoras de serviços” por representantes de renomadas instituições internacionais, que expuseram impressões e análises sobre o que esperar para o setor daqui a cinco anos.
Para que as economias mundiais possam sobreviver no futuro, a flexibilização das relações de trabalho foi apontada como sendo inevitável por Carl Camdem, Chief Executive Officer (CEO) da Kelly Services, uma das quatro maiores agências privadas de emprego do mundo.
John Nurthen, gerente da Staffing Industry Analysts (SIA), empresa norteamericana de pes quisa focada em Trabalho Temporário, concordou. Segundo ele, se a Europa não implantar a mobilidade no mercado de trabalho, a previsão para os próximos anos será duvidosa. “Recentemente o
continente perdeu 5% de sua competitividade em relação aos Estados Unidos por conta da ausência dessa flexibilidade”, exemplificou.
Quanto à previsão de escassez de mão de obra qualificada, algo que já pode ser sentido no Brasil no ramo da construção civil, por exemplo, a situação fará com que a demanda por profissionais qualificados aumente ainda mais. Nesse momento, as agências privadas de emprego serão mais ainda solicitadas para atender às necessidades das empresas.
Para Camdem, o Trabalho Temporário acarretará significativa evolução das relações trabalhistas. Por ser uma modalidade de contratação que proporciona a melhor combinação de talentos numa empresa, haverá uma espécie de seleção natural, no futuro. Somente os menos qualificados se contentarão em ter um emprego caracterizado pelo contrato de longo prazo. “Profissionais bem qualificados e graduados nas melhores universidades serão temporários por opção”, previu.
O britânico Tom Hadley, diretor de Relações Exteriores da Recruitment & Employment Confederation (REC), órgão de comércio do Reino Unido, também acredita, com base na evolução do cenário atual, que nos próximos anos o trabalhador preferirá ter flexibilidade e autonomia
o futuro do trabalho Temporário no mundo
Carl Camdem: futuro está na flexibilização das relações do trabalho, combinada com a demanda por
profissionais cada vez mais qualificados
em sua palestra, John nurthen mostrou as projeções positivas do trabalho temporário nos
próximos cinco anos
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para desempenhar suas funções. “Recrutar pessoas ficará cada vez mais difícil, pois o nível de exigência será gradualmente elevado a patamares superiores”, explicou.
PERSPEctIVaS O ano de 2015 será bastante positivo para o
Trabalho Temporário. Inserido num ambiente econômico favorável, desfrutará de plena evolução tecnológica, segundo a análise de John Nurthen. As previsões para a América Latina também são otimistas. “A região toda experimentará rápido crescimento agregado e o setor estará bastante saudável”, disse o pesquisador durante o Congresso.
Giovanni Giovannelli, CEO da Allis, relembrou que, no Brasil, o Trabalho Temporário e a Terceirização ainda precisam de uma estrutura legal e formal para atuar com segurança. “A informalidade no país é muito grande. Somente 30% das pessoas têm seus contratos de Trabalho Temporário regidos pela lei 6.019/74.” Nos Estados Unidos e na Europa, ressaltou, “isso também existe, mas sob um contexto um pouco melhor do que no Brasil”.
Embora as perspectivas sejam boas, as empresas deverão se preparar para o que está por vir. “O ano de 2015 trará uma série de desafios para as empresas, mas a legislação tende a melhorar e o setor reagirá bem”, concluiu Nurthen, da SIA.
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Luiz Ciocchi, consultor especializado em gestão de recursos humanos e executivo da TGestiona, empresa do Grupo Telefônica, direcionou sua participação no Fórum para detalhar aspectos de composição de custos e preço final. “Quando o objetivo principal é o custo mínimo, a exemplo da administração pública, que utiliza o pregão eletrônico, o resultado é a má contratação”, explicou Ciocchi. No Brasil, segundo estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 91% das organizações privilegiam a redução de custos para terceirizar. Melhorias na qualidade do serviço (86%) e o emprego de novas tecnologias (75%) aparecem em segundo e terceiro lugares.
treinamento e procedimentos que orientem os gestores quanto aos riscos de uma terceirização mal administrada”, ressaltou.
Os tomadores, segundo ele, precisam ter por norma verificar a legitimidade dos documentos que comprovam o cumprimento de obrigações trabalhistas, fiscais e previdenciárias. Durante o debate, também foram lembradas as propostas para regulamentação da Terceirização no Brasil. Para Ciocchi, o PL 4.302, que tramita no Legislativo, “é o mais avançado e já deveria ter sido aprovado”.
cONtROlE Na PRÁtIca Ainda durante o painel, Flavio Garcia, inte
grante do grupo JR Faap, detalhou o funcionamento de uma planilhamodelo que está em fase de desenvolvimento pela consultoria estudanteempresa daquela universidade, em parceria com o Sindeprestem, e que, em breve, será disponibilizada na internet para os associados do Sindicato.
Jismália ressaltou que os custos têm peso em qualquer atividade e a iniciativa de criar a planilhamodelo busca o objetivo de contribuir para a melhor gestão dos negócios. De acordo com uma pesquisa recente da entidade, 79% das empresas pretendem continuar terceirizando. “O setor de Terceirização vem crescendo bastante e queremos contribuir para que os resultados sejam cada vez melhores”, finalizou.
palestras do 1º Fórum brasil de relações do trabalho
preço ou diferenciação: decisão de posicionamento estratégicoBrasileiro precisa mudar a cultura de querer sempre pagar menos por bons serviços
Jismália de Oliveira Alves, diretora de Comunicação da Asserttem e do Sindeprestem, foi mediadora do painel e questionou até que ponto é correto o prestador se submeter à pressão do cliente por preços mais baixos na renovação de contrato. “Todos temos impostos, encargos sociais e salários a pagar. Não é possível reduzir tanto os preços sem sonegar ou prejudicar o trabalhador. Quem faz isso não é sério”, afirmou.
Ciocchi concordou, acrescentando que muitas das empresas que terceirizam algum tipo de serviço apresentam deficiência ou inexistência de controle sobre a gestão dos contratos com as prestadoras e recursos humanos envolvidos. “A atividade carece de normas específicas e políticas de
Flavio Garcia, Faap desenvolve planilha-modelo para auxiliar
na gestão dos negócios
luiz Ciocchi, buscar só menor preço pode levar à má
contratação
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empresas profissionalizadas, resultados diferenciadosPartilhar processos decisórios e buscar expertise profissional é caminho de sucesso
Em sua palestra, José Cláudio dos Santos, diretor de administração e finanças do Sebrae Nacional, responsável por áreas como Gestão de Pessoas, Finanças, Orçamento e Tecnologia da In formação, exemplificou como a gestão profis sionalizada pode diminuir a taxa de mortalidade das empresas. “No ano 2000, a taxa de falência no Brasil para empresas com menos de dois anos de existência era de 60%. Hoje, essa taxa caiu para 35%”, assegurou José Cláudio, que também é responsável pelo Projeto de Modernização de Gestão da Empresa da entidade. Para ele, isso se deve à maturidade atingida pelas empresas quando se trata de competência de gestão.
José Cláudio foi diretor de Desenvolvimento de Pessoal e de Qualidade e de Recursos Humanos em grandes empresas no Brasil, nos EUA, na Europa e na América Latina. Ele afirma que o grande sucesso de uma empresa depende do quanto ela é assistida desde o seu nascimento. “A análise de mercado que o empresário faz antes de criar sua empresa e a partilha de processos decisórios com um conselho de profissionais qualificados em suas expertises permite que essa empresa prospere muito”, finaliza. José Cláudio dos santos
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Durante os meses de abril e maio, o Sindeprestem realizou, juntamente com o Sindicato dos Empregados em Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros, Colocação e Administração de Mão de Obra, Trabalho Temporário, Leitura de Medidores e Entrega de Avisos do Estado de São Paulo (Sindeepres), uma série de reuniões para negociar a Convenção Coletiva do Trabalho 2010/2011 para os trabalhadores do setor.
Foi fixado reajuste de 8% nos salários da categoria e aumento de 25% no valerefeição desmembrado do aumento salarial, ao contrário do ocorrido nas últimas convenções , além de cesta básica no valor de R$ 45. O acordo também prevê a continuidade dos serviços odontológicos prestados pelo Sindeepres aos seus associados desde que as empresas forneçam, mensalmente, a listagem de terceirizados que fazem regularmente a manutenção odontológica.
Vander Morales, presidente do Sindeprestem, destacou a união e a ampla participação dos empresários
do setor para chegar ao acordo. “A presença maciça dos associados nas reuniões e na Assembleia Geral mostrou o quanto o setor está unido. Os empresários reuniram os dados, votaram e aprovaram o acordo tendo em vista priorizar o avanço da atividade”. Para Genival Beserra Leite, presidente do Sindeepres, “o acordo é um exemplo de que a categoria dos trabalhadores vem percorrendo uma trajetória de conquistas, possibilitada pelo progresso que a prestação de serviços alcançou no país”.
De acordo com Daniel Simões do Viso, diretor de Relações Sindicais do Sindeprestem, o setor atingiu maturidade para entender que um aumento da capacidade do trabalhador diante da sociedade eleva suas oportunidades de se qualificar. “Hoje, quem terceiriza e quem busca serviços terceirizados quer qualificação e especialização. Como o setor tem trabalhadores em diversos segmentos, deve equilibrar a remuneração e oferecer serviços e cada vez mais oportunidade de profissionalização.”
Sindicatos patronal e laboral se reúnem e assinam Convenção Coletiva 2010/2011
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// Genival Beserra:
acordo é resultado do avanço da Terceirização e do Trabalho Temporário no país
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// Daniel do Viso: Tomadores querem trabalhadores cada vez mais especializados e qualificados
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Por Camila Vasconcellos
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Com empenho e dedicação, as Diretorias Regionais cumprem o planejamento estratégico que tem o objetivo de estudar detalhadamente as regiões do estado de São Paulo abrangidas pelo Sindeprestem, para depois redimensionálas e indicar novas diretorias de acordo com a necessidade do empresariado local.
Os resultados obtidos a partir dessa análise inicial permitiram identificar os cinco primeiros municípios com potencial para receber uma base de representação do Sindicato: BarueriAlphaville, Bauru, Jundiaí, Presidente Prudente e São José do Rio Preto.
Segundo Nilza Tavoloni, diretora de Regionais, além do mapeamento que continua sendo feito nas cidades, outras ações serão empreendidas para consolidar a aproximação das empresas com o Sindicato e valorizar a presença dos diretores regionais nas localidades onde atuam. “Estamos agindo em parceria com as Diretorias de Formação e Eventos e Setorização para obtermos melhores resultados”, explica.
Outra medida adotada para facilitar a comunicação foi a implantação de canais específicos para esse fim, como telefone e email, para que o empresário tenha contato direto com o diretor local. “É de extrema relevância o Sindeprestem construir uma identidade nos locais onde é representado”, diz Nilza.
RIBEIRãO PRETO
A cidade do interior de São Paulo tem como principal atividade econômica o agronegócio, essencialmente usinas de álcool e canadeaçúcar. É referência como polo comercial da região. Tais características a transformam num significativo mercado de atuação para a prestação de serviços especializados e Trabalho Temporário.
Geraldo Russomano, diretor regional de Ribeirão Preto, acredita que a aproximação dos empresários locais ao Sindeprestem, por meio das iniciativas que vêm sendo postas em prática, contribuirá positivamente para que o setor se unifique em todo o estado. “Estamos apostando nessa ideia”, diz.
No dia 15 de março, Russomano foi entrevistado pela afiliada da Rede Globo, a EPTV, sobre a Portaria do MTE que simplificou a prorrogação dos contratos temporários. Para Nilza Tavoloni, quanto mais integradas estiverem as Regionais, mais sólidos serão os resultados. “Uma de nossas metas é ampliar a participação dos diretores regionais como fonte de informação para empresários e instituições locais e também para a imprensa”, explica. Veja ao lado como contatar os diretores.
Estratégias para aumentar a visibilidade no estadoPor Giovanna Zanaroli
DIREtORIaS REGIONaIS
ALTO DO TIETÊClaudio Donizeti de Almeida(11) [email protected]
RIBEIRãO PRETOGeraldo P. Russomano Veiga(16) [email protected]
AMERICANANilza Tavoloni(19) 3405-7914 [email protected]
ABCMaria Olinda Maran Longuini(11) [email protected]
GUARULHOSJismália de Oliveira Alves(11) 2408-4420 [email protected]
VALE DO PARAÍBASérgio Silas Gallati(12) [email protected]
SOROCABAWalter Rosa Junior(15) [email protected]
CAMPINASLuiz Simões da Cunha(19) [email protected]
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Líder do governo na Câmara Federal visita a entidade
2010: foco na regulamentação da terceirização
A agenda da CEBRASSE no mês de março envolveu a presença de deputados federais convidados para a d i s c u s s ã o d e t e m a s relevantes, notadamente a questão da regulamentação da terceirização.
Líder do governo na Câmara Federal, o deputado Cândido Vacarezza (PT/SP) esteve na entidade no dia 19, e
Na segunda-feira, dia 22, os deputados José Aníbal (PSDB) e José Eduardo Cardozo (PT) estiveram em encontro promovido pela Central e pelo Pensamento Nacional das Bases Empresariais (PNBE), debatendo projetos para o Brasil, num encontro realizado na sede da Maricato Advogados.
C a r d o z o d e s t a c o u programas sociais, o desempenho de bancos oficiais brasileiros durante a crise econômica mundial e ainda o papel de liderança de Lula no cenário mundial como fatores que levaram o chefe do Executivo brasileiro ao patamar de 80% de aprovação popular. Disse ainda que o programa da candidata Dilma Rousseff será de continuidade ao da atual gestão presidencial.
O tucano José Aníbal salientou a necessidade de melhor desempenho dos parlamentares e de urgentes reformas política e tributária. A redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas, “é outra medida a ser avaliada com objetividade para se saber se vai ou não gerar empregos, se será ou não positiva para a economia”, avaliou. Sobre a lei trabalhista, disse ser “uma calamidade que precisa ser mudada no Brasil”.
Os objetivos da entidade em 2010 foram discutidos nas reuniões da Diretoria Nacional, em janeiro e março. Entre as deliberações, a criação de grupo de trabalho para finalizar o planejamento das ações da Central e a instituição da “Comissão de Negociação da Terceirização” para articular iniciat ivas em torno do assunto. “Tomamos mais corpo
Deputados Cardozo e Aníbal debatem projetos para o Brasil
CENTRAL SINDICAL DO EMPREENDEDOR
ouviu as preocupações dos empresários sobre a tramitação do projeto de lei 4.302/98 que regulamenta a modalidade de contratação e que conta com total com apoio dos empresários.
Compreendendo as inúmeras razões apresentadas pelos membros da diretoria da Cebrasse na defesa desse projeto, Vacarezza orientou-os a ampliar contatos com demais parlamentares, para que a discussão do tema ocorra numa pauta legislativa que considere os interesses de todos. Otimista, Vacarezza lembrou a origem sindicalista do presidente Lula, “que é sensível à observação de todo os lados”.
e nos preparamos cada vez mais para defender interesses, ao unir forças das entidades que representamos nacionalmente”, declarou o presidente Paulo Lofreta.
Nos três encontros, foi reafirmada a prioridade dos empresários em todo o Brasil: apoio total ao projeto 4.302, relatado pelo deputado Sandro Mabel, por ser o que mais atende as necessidades dos trabalhadores e dos prestadores e tomadores de serviços, na regulamentação da terceirização.
Alameda Santos, 880, 9º, cjto. 92 – Cerqueira César, São Paulo/SP – CEP 01418-100(11) 3251.0669 e 3253.1864 – www.cebrasse.org.br
Antonio Marangon (Fenacom), Aldo de Avila (SEAC-SP), deputado Cândido Vacarezza, Paulo Lofreta, presidente da Cebrasse. João Diniz (Sesvesp), Vander Morales (Sindeprestem), Rui Monteiro (SEAC-SP), Percival Maricato, diretor jurídico da Cebrasse; Reiner Leite (CNC), Ermínio Lima (Sindeprestem), Maristela Nogueira (Sindicomis e ACTC) e Fernando Calvet (Sindeprestem).
Morales, Diniz, Lima, Loiola, Arruda, Fortuna, Ferreira, Calvet, Avila, Amábile, Galea, Félix, Maricato, Monteiro e Alencar, em 03 de março - expressiva participação nacional
Senador Suplicy na platéia do encontro.
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tENDÊNcIaS E tEcNOlOGIa
// Negócios temporários
Por Camila Vasconcellos
No inverno de campos do Jordão, vendas aquecidas com clientes em férias
A sazonalidade não está mais presente apenas na contratação de mão de obra. A tendência de que os negócios também podem ser temporários completa 15 anos com sucesso consolidado. No verão, algumas empresas abrem espaços temporários para oferecer seus produtos também no litoral. No inverno, o oposto dá o tom no varejo: as empresas sobem as serras para atender o cliente que passa suas férias no frio de algumas estâncias.
Exemplo dessa tendência é o shopping montado em Campos do Jordão, no estado de São Paulo. Com
// Pregão no e-mail ou no celularServiço informa empresário sobre licitações e amplia oportunidades de negócios
Diariamente, o governo, em seus três níveis, compra e vende toda espécie de produtos, equipamentos e serviços para a administração e para o desenvolvimento e manutenção da saúde pública, da educação, da infraestrutura e de tantos outros setores do país. São contratações feitas por meio de licitações e concorrências públicas e é fundamental para o empresário estar atento a prazos e exigências dos editais. Só assim é possível preparar a empresa para a prestação de serviços aos órgãos públicos.
Deixar o cliente atualizado é o compromisso da RCC Licitações, que emite boletins diários via email e celular (wap) sobre pregões, leilões, índices de reajustes, tabelas de preços, cotações, dataslimite, certidões
exigidas, premissas de editais e outras informações sobre as oportunidades de negócios existentes nas administrações federal, estaduais e municipais.
As licitações são coletadas em convênios com mais de 12 mil órgãos públicos de todo o país. “Fazemos um acompanhamento completo nos principais jornais e diários oficiais, além de termos pesquisadores que percorrem os órgãos públicos das principais capitais do país para coletar cartasconvite”, conta Ana Gleide, coordenadora de Promoção e Marketing da empresa. Além disso, empresas públicas e leiloeiros enviam regularmente licitações para a elaboração dos serviços e têm à sua disposição a lista de fornecedores cadastrados na RCC.
quase 90 espaços, é o maior shopping sazonal do Brasil, onde os milhares de turistas, atraídos anualmente para a temporada de inverno, aproveitam para comprar, passear ou degustar as comidas nos mais de dez restaurantes da praça de alimentação.
Além disso, mais de 40 lojas de presentes e roupas, livrarias, drogarias, lojas de materiais de construção, concessionárias de veículos, bancos e alguns espaços institucionais, como rádios, editoras, cafés e outros, ficam à disposição dos turistas até 1° de agosto.
Div
ulga
ção
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EMINDIcaDORES
Pronto para crescerapesar da crise e das questões de regulamentação que ainda impedem seu desenvolvimento pleno, o setor soube mostrar seu vigor, agilidade e dinamismo. É o que revelam os números da 4ª Pesquisa Setorial, levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Manager (Ipema) para o Sindeprestem, com o apoio da asserttem
2009/10 % 2008/09 %
Temporários 902.000 2,45 849.000 2,48
Terceirizados 1.639.000 4,45 1.542.000 4,51
totais 2.541.000 6,91 2.391.000 6,99
TOTAL DE TRABALHADORES NO SETOR
2009/10 2008/09
Sudeste 33,0 bilhões 31,2 bilhões
Sul 15,0 bilhões 13,7 bilhões
Nordeste 6,8 bilhões 6,1 bilhões
Norte 3,7 bilhões 3,4 bilhões
Centro-oeste 3,8 bilhões 3,2 bilhões
totais 62,3 bilhões 57,6 bilhões
INSS RECOLHIDOr$ 6,0 bilhões/ano ante R$ 5,0 bilhões/ano
MASSA SALARIAL PAGA PELO SETORr$ 28,0 bilhões/ano ante R$ 25,1 bilhões/ano
FGTS RECOLHIDOr$ 3,4 bilhões/ano ante R$ 2,1 bilhões/ano
impostos
TOTAL DE EMPRESAS32.640 ante 31.807
números Do setorFATURAMENTO ANUAL (EM R$)
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O período avaliado nesta edição da pes quisa coin cide com o impacto da crise na economia brasileira, mas reflete também a rapidez com que a atividade revela sua capacidade de recuperação. Embora tenha sofrido com os efeitos negativos da crise, a Terceirização emprega hoje, segundo o estudo, um total aproximado de 8,2 milhões de pessoas em seus diversos segmentos, o que corresponde a 22,2% dos trabalhadores com carteira assinada no Brasil e a 2,2% dos terceirizados no mundo. Além disso, o número de empresas de Terceirização e Trabalho Temporário aumenta, em média, cerca de 2,5%, com faturamento que cresceu de R$ 57,6 bilhões para R$ 62,3 bilhões entre 2008 e 2010.
Essas empresas pagam uma massa salarial que alcança R$ 28 bilhões anuais. E recolhem, também anualmente, R$ 6 bilhões de INSS e R$ 3,4 bilhões de FGTS aos seus trabalhadores, números significativamente superiores aos registrados pelo Ipema na edição da pesquisa de 2008/09: R$ 5 bilhões de INSS e R$ 2,1 bilhões de FGTS.
Em relação especificamente ao Trabalho Temporário, que tem forte impulso nas datas sazonais da econo
mia brasileira, como Natal, Dia das Mães e Páscoa, entre outras, os dados da pesquisa também são animadores. De acordo com as projeções do Ipema, chegaremos à média de mais de 920 mil empregados pela atividade, superando em cerca de 4% o número registrado na pesquisa que captou os dados de 2008/09 (886 trabalhadores temporários/dia).
Esses dados confirmam o potencial de empregabilidade formal das ocupações temporárias, bem como sua característica de porta de entrada para efetivação no mercado de trabalho, não somente para jovens em situação de primeiro emprego, portanto, sem experiência anterior, como, igualmente, para profissionais que, embora mais maduros, se encontram na situação de desemprego.
E mais: o total de Trabalhadores Temporários registrados no levantamento anterior já nos colocava na quarta colocação no ranking mundial desta atividade, abaixo apenas de Estados Unidos, com 2,6 milhões, Japão (1,4 milhão) e Reino Unido (pouco mais de 1,2 milhão). Pela tendência que a 4ª Pesquisa Setorial aponta, não será surpresa se o Brasil avançar em breve mais uma colocação na classificação internacional da atividade.
BASE DE REMUNERAÇãO (MENSAL) r$ 918,00 ante R$ 878,00
TOTAL DE TRABALHADORES1.639.000/mês ante 1.542.000/mês
FATURAMENTO DO SETOR r$ 43,3 bilhões/ano ante R$ 40,6 bilhões/ano
MASSA SALARIAL PAGA PELO SETORr$ 18,0 bilhões/ano ante R$ 16,2 bilhões/ano
terCeirização
impostosINSS RECOLHIDOr$ 3,6 bilhões/ano ante R$ 3,2 bilhões/ano
FGTS RECOLHIDOr$ 1,53 bilhão/ano ante R$ 1,37 bilhão/ano
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EMINDIcaDORES
O Brasil em seu momento de oportunidadeNúmeros da indústria, do comércio, do setor de serviços e trabalhadores formais
mostram que a economia brasileira alcançou um ponto que pode significar o início
da resolução de problemas estruturais do país, inaugurando, finalmente, o tão
almejado círculo virtuoso de seu desenvolvimento
Por Camila Vasconcellos
MÊS 2009/10 2008/09
JAN 792.000 745.000
FEV 813.000 765.000
MAR 865.000 814.000
ABR 1.075.000 1.012.000
MAI 1.102.000 1.037.000
JUN 922.000 867.000
JUL 820.000 772.000
AGO 903.000 850.000
SET 863.000 812.000
OUT 865.000 814.000
NOV 886.000 834.000
DEZ 921.000 866.000
MÉDIA DE TEMPORáRIOS/DIA
BASE DE REMUNERAÇãO MENSAL r$ 903,00 em 2009/10 ante R$ 870,00 em 2008/09
INSS RECOLHIDO
r$ 1,99 bilhão/ano ante R$ 1,77 bilhão/ano
MASSA SALARIAL PAGA PELO SETORr$ 9,97 bilhões/ano ante R$ 8,86 bilhões/ano
FGTS RECOLHIDO
r$ 847,4 milhões/ano ante R$ 753,1 milhões/ano
trabalho temporário
impostos
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Alguns dos principais indicadores
elaborados nacionalmente convergem para uma
tendência: a chance de retrocesso no crescimento
econômico do país está cada vez mais distante. São
levantamentos e pesquisas de credibilidade, feitos por
instituições da indústria, do comércio e do próprio
governo. E que estão alinhados em suas promissoras
estatísticas às pesquisas elaboradas para as atividades
de Terceirização e Trabalho Temporário.
Os números que revelam a economia brasileira
em seu atual nível de estabilidade e com seu merca
do interno fortalecido não podem, porém, servir de
pretexto para que se esqueça: um crescimento verda
deiramente sustentável não ocorrerá sem que, afinal,
o país tenha a coragem de enfrentar de vez seus pro
blemas e gargalos – já exaustivamente diagnosticados.
Só assim a tendência que as pesquisas apontam será
de fato concretizada.
INDÚSTRIA: CRESCIMENTO SUPEROU O ESPERADO
De acordo com o Informe Conjuntural, estudo da
Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado
em maio, o ritmo de crescimento brasileiro superará
os 4,2% previstos para a economia mundial e a indús
tria será, neste ano, o setor que mais contribuirá para
o desempenho da economia nacional.
Segundo o estudo, os dados referentes ao primei
ro trimestre do ano não só confirmam a tendência de
crescimento como também indicam aceleração do rit
mo de expansão da atividade econômica, o que levou
a entidade a elevar a estimativa do PIB total brasileiro
para 6% em 2010. Em dezembro último, a previsão da
CNI era de uma expansão de 5,5%.
Já a projeção da entidade para o PIB industrial foi
elevada de 7% em dezembro para 8% e a expectativa
dos empresários industriais, captada em abril para os
próximos seis meses, é de aumento na demanda, in
clusive com otimismo em relação às exportações.
A CNI também reviu para cima a projeção para o con
sumo das famílias. Segundo o Informe, esse componente
do PIB, que foi fundamental para a economia brasileira
se recuperar dos efeitos da crise pela sua estreita relação
com a expansão do mercado interno, ganhará impacto
ainda maior para a sustentabilidade da expansão econô
mica brasileira nas suas próximas etapas.
ATIVIDADE ECONÔMICA: REVISãO PARA CIMA
Conforme o Índice de Atividade Econômica do
Banco Central (IBCBR), a economia brasileira cres
ceu 9,85% no primeiro trimestre deste ano em relação
ao mesmo período do ano. O percentual ficou acima
dos 8% que a maioria dos analistas de mercado e do
Ministério da Fazenda projetava.
Uma das interpretações do BC, porém, é a de que
será necessário agir para evitar que o alto nível de ativi
dade comprometa sua política de manter a inflação sob
controle – o que explica por que o Comitê de Política
Monetária (Copom) do organismo aumentou o juro bá
sico em 0,75%, invertendo as últimas decisões de fazer
reduzir a taxa.
EMPREGO RECORDE
O Brasil bateu recorde de geração de empregos com
carteira assinada no primeiro quadrimestre de 2010.
No período, as contratações superaram em 962,32 mil
o número de demissões. Só no mês de março, o Ca
dastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged),
do Ministério do Trabalho, registrou a criação de 266
mil vagas com carteira assinada e o país também teve
o melhor resultado para os meses de abril, quando
305,06 mil novas vagas foram abertas.
Com o mercado de trabalho aquecido, o ministro
do Trabalho e Emprego (MTE), Carlos Lupi, anunciou
aumento da previsão de geração líquida de empregos
formais este ano de 2 milhões para 2,5 milhões. Para
ele, o primeiro quadrimestre deste ano teve forte gera
ção de emprego porque houve recuperação das vagas
fechadas em 2009 por causa dos efeitos da crise.
Além de obter o melhor abril da história, a abertura
de novas vagas no mês passado é a segunda maior da
série histórica do Caged, iniciada em 1992. Os setores
que mais contribuíram para o recorde daquele periodo
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O SEtOR Na aMÉRIca latINa
Omar Avila, presidente da Clett&A (Confederação LatinoAmericana das Empresas de Trabalho Temporário e Terceirização), afirmou que, para os trabalhadores, é necessário que os países latinos se unam por uma lei mais completa. “Lutamos para referendar a Resolução 181 da OIT, assinada e em fase de implementação apenas no Uruguai”, lamenta o representante da entidade formada por Brasil, Argentina, Colômbia, Uruguai, Chile e Peru. Durante o CIETT 2010, a Clett&A distribuiu livro com dados, informações e números recentes do setor nesses países.
COMÉRCIO
O aumento de contratações de trabalhadores resultou
em efeito positivo também no comércio: as vendas estão
em alta e a inadimplência em queda. E as estimativas são
ainda mais otimistas para o fim do ano. Segundo a Confe
deração Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), as vendas
do Dia das Mães surpreenderam os comerciantes e, para a
entidade, esse é só um sinal do que ainda está por vir. Isso
porque o segundo semestre, historicamente, apresenta re
sultados melhores do que os da primeira metade do ano.
Com isso, a expectativa é que as vendas cresçam mais de
10% em 2010 em relação ao ano passado.
INDIcaDORES
foram serviços (96,5 mil novas vagas) e indústria de
transformação (83 mil).
Mas foram os setores de comércio e construção ci
vil os que registraram os maiores recordes de geração
líquida de emprego no mês. Segundo o Cadastro, fo
ram abertas 40,72 mil vagas no comércio e 38,41 mil
na construção civil. São Paulo liderou a geração de
empregos, com 119,8 mil novas vagas no mês.
Estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Esta
tística (IBGE) constatou também a aceleração na in
dústria, que, no mês de março, teve aumento de 2,4%
em relação ao mesmo mês de 2009 e representou a
maior expansão mensal desde agosto de 2008.
O SEtOR Na EUROPa E NOS EUa
No CIETT 2010, Michael Freytag, secretário político e representante da Confederação Internacional de Empresas de Trabalho Temporário (CIETT), adiantou alguns dados que serão lançados em breve pela entidade. Nesse estudo, a Confederação avalia os impactos da crise mundial em empregos temporários e na Terceirização na Europa e nos EUA. Segundo Michael, o setor, que teve queda de 35% em 2008 e 2009 e viu a crise exercer grande influência na empregabilidade norteamericana, já mostra relevante recuperação.
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REalIzaÇÕES E PaRcERIaS
Por Danielle Borges
Depoimentos de usuários e parceiros do cartão comprovam benefícios
Criado para diminuir a distância entre compradores e vendedores, o cartão fidelidade tem como critério para cadastramento de fornecedores as necessidades das empresas ligadas ao Sindeprestem. “Realizamos um levantamento junto às associadas para verificar quais os segmentos a serem trabalhados”, explica Fernando Vidal, consultor de negócios da empresa Isenção Planejamento, Assessoria e Administração, integrante do Grupo Raduan e responsável pela gestão operacional do SindeprestemCard.
Os primeiros fornecedores foram da área de assistência médica, odontológica, saúde ocupacional e seguro de vida. Depois, foram incluídas empresas de uniforme, gráfica, contabilidade e gestão de softwares. Lançado em agosto de 2009, o SindeprestemCard está disponível para que empresas associadas, filiadas e sindicalizadas possam usufruir das vantagens do grupo de compras composto de mais de 20 fornecedores de diversas áreas, incluindo escritórios de advocacia, gestão em recursos humanos, hotéis, valerefeição e valetransporte.
PARCERIAS DE SUCESSOMarcelo Feijó Felipe é gerente financeiro da A. Casting
Serviços Efetivos e Temporários, empresa com foco em marketing promocional e associada ao Sindeprestem há quatro anos. Para ele, a iniciativa do grupo de compras tem sido muito vantajosa, pois permite a consulta direta a fornecedores que já passaram pelo crivo do Sindicato.
“O atendimento é realmente diferenciado. E o filtro funciona de fato. Desde que aderimos, não tivemos problema com os fornecedores”, afirma Felipe, que recebeu o cartão na primeira fase da implantação. Como sugestão para novos parceiros, ele acrescenta que seria interessante poder contar também com atacadistas de material de escritório e equipamentos de informática.
Eduardo Correa da Silva, sócio do escritório Correa, Porto Advogados Associados, especializado na área tributária e parceiro do SindeprestemCard há cerca de quatro meses, também comprova as vantagens do cartão. Para ele, participar do grupo de afinidades facilita na prospecção de novos negócios. O advogado explica que, como estratégia de abordagem, seu plano de ação inclui palestras de orientação tributária aos associados do Sindicato.
“É uma via de mão dupla em que as empresas recebem a informação de que necessitam e nós temos a oportunidade de conquistar mais clientes. Nesse caso, a mediação do Sindeprestem foi fundamental”, constata Silva.
Para José Valentim Contato, sócio do escritório Contato & Dicono Advogados Associados, especializado nas áreas trabalhistas, previdenciária e empresarial, a iniciativa do Sindeprestem é valiosa, pois coloca fornecedores diretamente em contato com clientes em potencial.
Com dez anos de experiência nas atividades nas quais atua, o advogado conta que a parceria com o SindeprestemCard é recente, mas revela que já trabalhou no setor de serviços e por isso conhece bem as necessidades das empresas do segmento.
“Pretendemos enviar periodicamente boletins informativos aos associados com orientações sobre legislação que, apesar de antiga, esconde particularidades muitas vezes desconhecidas dos empresários”, afirma.
SEM INTERMEDIáRIOSO SindeprestemCard é entregue gratuitamente no
endereço de cadastro da empresa. As compras e os serviços são realizados diretamente entre cliente e fornecedor sem a intervenção do Sindeprestem. Para ter acesso às promoções basta informar o número do cartão.
Para mais informações sobre o grupo de afinidades e seus benefícios, acesse www.sindeprestemcard.com.br. Se sua empresa ainda não recebeu o cartão ou se quer fazer parte do grupo de fornecedores, envie email para [email protected] ou entre em contato com Fernando Vidal pelo telefone (11) 31887313. No site também há um formulário para précadastro. “Para aderir ao programa, basta apresentar uma proposta diferenciada que atenda às necessidades do grupo”, informa Vidal.
sindeprestemCard aproxima fornecedores e clientes
NOVOS PARCEIROS
• BANSTUR
Cartão para desconto em hotéis
• CORREA, PORTO ADVOGADOS ASSOCIADOS
Consultoria tributária
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EMMIRaNtE Por Hélio Zylberstajn
trabalho temporário no mundoRelatório Econômico do cIEtt, edição de 2010: havia em 2008, em todo o mundo, 9,5 milhões de trabalhadores em jornada integral-equivalente, praticamente o dobro do número existente em 1998. Na Europa, os temporários representavam 1,7% do total de trabalhadores. Na américa do Sul era 0,9%, nos Estados Unidos 2,2% e no Japão 1,7%.
centrais 1: Divisão do boloEm 2010, a parcela da Contribuição Sindical distribuída
para as Centrais Sindicais chegará a R$ 100 milhões. Seis Centrais Sindicais dividem o bolo e recebem de acordo com dois critérios: representatividade na respectiva atividade econômica e participação no recolhimento da Contribuição Sindical. A CUT tem mais representatividade, mas grande parte dos seus trabalhadores é funcionário público que não recolhe a Contribuição. A Força Sindical é menos representativa, mas, como praticamente todos os seus representados recolhem a Contribuição, seu pedaço é proporcionalmente maior que o da CUT. Veja o gráfico e saiba como o bolo é dividido.
centrais 2: Conflitos à vistaAté este ano, para participar da distribuição da
receita da Contribuição Sindical, a Central precisa ter como associados pelo menos 5% dos trabalhadores nas respectivas atividades nas quais tenha filiados. A partir de 2011, a taxa de sindicalização mínima passará para 7%. Se esse percentual fosse aplicado hoje, duas Centrais perderiam direito a participar da distribuição: NCST e CGTB. A ameaça está aumentando a disputa por mais sindicatos e por mais trabalhadores associados entre as Centrais. A tal ponto que chega a criar situações de conflito, com respingos para as empresas.
creche temporáriaÉ bom anotar, pois pode ser mais uma frente de opor
tunidades. Recente estudo da OIT mostrou que a creche para filhos de empregados é um benefício em expansão, devido à crescente participação da mulher no mercado de trabalho. O mesmo estudo mostrou que empresas que oferecem esse benefício utilizam serviços de creches temporárias, quando a creche contratada não pode atender.
Melhor que alegar litigância de má-fé
Cresce o número de empresas brasileiras que acionam empregados e exempregados por danos morais. Reclamações trabalhistas infundadas, atos ilícitos, desvios de conduta, perda de clientes por mau atendimento, comentários prejudiciais à imagem da empresa, tudo isso pode gerar ações na Justiça do Trabalho, nas quais o empregador pede ressarcimento por danos morais. A Justiça do Trabalho começa a aceitar a tese e tem tomado decisões favoráveis às empresas.
Fonte: MTE e Valor Econômico
Receita R$ milhões
Representatividade %
38,7%
33,1%
Cut
7,6%
5,7%
Ctb
7,2%
16,9%
uGt
8,3%
nCst
7,9%
CGtb
17%
28%
Força sindical
Centrais sinDiCais representativiDaDe e partiCipação na
reCeita Da Contribuição sinDiCal – 2009
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zari
fe a
ssi
HÉlIO zYlBERStaJN é professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP e presidente do Ibret (Instituto Brasileiro de Relações de Emprego e Trabalho)
Reforma trabalhista: Mais uma
Foram tantas, que perdemos a conta de quantas já foram instituídas. Mas todas resultaram em pouca coisa de prático. Mais uma comissão para a reforma trabalhista acaba de ser instituída pela Portaria 528, de 31 de março, do Ministério da Justiça. Objetivo: “Avaliar, debater e elaborar propostas para subsidiar os devidos Ministérios e órgãos do Governo Federal, visando o aprimoramento e modernização da legislação material e processual do trabalho”. Prazo para concluir os trabalhos: 180 dias, prorrogáveis por mais 180. Prazo para implementar as medidas: não revelado.
Jornada parcial: Saída só para alguns?
Nos países que fizeram reformas para facilitar esse tipo de contrato, a jornada parcial representa parcela considerável do crescimento do emprego. O campeão é a Alemanha: entre 1998 e 2008, as contratações em tempo parcial cresceram 37 vezes mais que as contratações em tempo integral. Áustria, Holanda e Coreia do Sul seguem os germânicos na preferência por jornadas parciais. O Brasil está no grupo dos países que preferem o crescimento via empregos de jornada integral. Entre nós, o emprego em jornada parcial cresceu metade do crescimento do emprego em jornada integral. Veja o gráfico.
terceirização: Continua a gangorra no TST
A insegurança jurídica continua. A tendência do TST está longe de se definir. Em recente julgamento, a 4ª Turma do TST reconheceu o vínculo empregatício de um trabalhador terceirizado com a Oi, na função de instalador de linhas telefônicas. No ano passado, a Seção de Dissídios Individuais manifestouse contrária à Terceirização nas atividades de construção e reforma de redes de concessionárias de energia elétrica por serem atividadesfim. Nos últimos dias, a 7ª Turma do TST considerou o serviço de call center de concessionária de telefonia como atividademeio, portanto, passível de Terceirização. Está mais do que na hora de chegar a uma conclusão.
2010: Pressão nos saláriosAs datasbase mais importantes são as do segundo se
mestre. Mas o primeiro semestre costuma ser um ensaio geral do que estará por vir a partir de setembro. Até o momento, os trabalhadores têm conseguido aumentos reais nas negociações com os patrões: em seis datasbase no estado de São Paulo, o aumento real médio foi de 1,94%. Emprego em expansão e pressão salarial forte à vista.
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3,62,7 2,3 2,2 2,0 1,6 0,9 0,9 0,8 0,6 0,6 0,5 0,5 0,3
1,0
Jornada parcial cresce MAIS que jornada integral
Jornada parcial cresce MENOS que jornada integral
Fonte: OECD e RAIS (Brasil)
taxa anual méDia De CresCimento Do empreGo - JornaDa parCial x JornaDa
inteGral - oeCD (1998/2008)
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EMEVENtOS
Desde o dia 15 de março, a prorrogação de um contrato temporário ficou mais simples. O ministro Carlos Lupi compareceu a um jantar promovido pelo Sindeprestem exclusivamente para assina tu ra da Portaria nº 550, antiga reivindicação do setor para facilitar os pedidos de autorização junto ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O processo, antes lento e burocrático, passa agora a ser feito inteiramente pela internet. Por meio do Sistema de Registro de Empresas de Trabalho Temporário (Sirett), disponibilizado no portal do MTE, a prestadora de serviços pode solicitar a extensão do contrato com até dois dias de antecedência de seu vencimento.
Além disso, segundo o ministro Lupi, o prazo para aprovação foi reduzido de 45 dias, em média, para 72 horas. “O Ministério emite a liberação pela internet para que o temporário continue por mais três meses na empresa. A autorização pode ser impressa em qualquer lugar do Brasil”, detalhou.
Antes de a portaria vigorar era preciso que a prestadora de serviços monitorasse as datas de vencimento de cada contrato e avaliasse, junto com a tomadora, o interesse em estender a validade por mais três meses. Isso tinha de ser feito entre 15 e 20 dias antes de a data expirar. A documentação necessariamente deveria ser entregue pela prestadora de serviços a uma Delegacia Regional do Trabalho e ficava aguardando o deferimento ou não do MTE.
Em muitos casos, devido à demora excessiva do processo,
Portaria do governo facilita prorrogação de contratos temporários
ação do sindicato eliminou morosidade do processo
Por Giovanna Zanaroli
a empresa e o trabalhador acabavam prejudicados pela impossibilidade de manter o contrato temporário sem antes receber o aval do Ministério.
Para Vander Morales, a portaria assinada pelo ministro é uma medida que irá contribuir para o crescimento da economia do país. “O Brasil tem hoje cerca de 1 milhão de trabalhadores temporários ao dia. A expectativa é que esse número aumente em 30%. E o Trabalho Temporário, por sua flexibilidade, tem papel fundamental na retomada da economia brasileira. Dar agilidade ao processo, portanto, é fundamental,” afirma o presidente do Sindeprestem.
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encontro nacional das empresas de asseio e conservaçãoCongresso reúne especialistas para debater o futuro da terceirização no setor
Por Danielle Borges
Entre 7 e 11 de abril, foi realizada em Natal (RN) a quinta edição do Encontro Nacional das Empresas de Asseio e Conservação (Eneac). O evento foi promovido pelo Sindicato das Empresas Prestadoras de Serviços e de Locação de Mão de Obra do Rio Grande do Norte (Sindprest) e reuniu cerca de mil pessoas. Entre os palestrantes e debatedores, estiveram os senadores Marco Maciel e Garibaldi Alves e o professor Gabriel Chalita.
A diretoria do Sindeprestem participou do painel sobre Terceirização, no qual o presidente Vander Morales criticou a alta tributação para as empresas do segmento. “Se não fosse preciso empregar tanto tempo na resolução de questões legais, os empresários poderiam investir mais tempo no desenvolvimento do negócio e, assim, contribuir com a economia do país”, afirmou.
Morales falou sobre a necessidade da regulamentação da Terceirização no Brasil e pediu a união de todos. Também sugeriu uma revisão do Enunciado 331 do TST para sua atualização, com o objetivo de eliminar interpretações divergentes, isso enquanto a atividade não tiver um marco regulatório.
De acordo com a diretora de Comunicação da entidade,
Jismália de Oliveira Alves, ficou definido durante o evento que a Confederação Nacional do Comércio, por meio da Câmara Brasileira de Serviços Terceirizáveis, ficará responsável por reunir sugestões das entidades interessadas. “O texto final deverá ser encaminhado até fim de julho para o ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Pedro Paulo Manus, que também participou do painel sobre Terceirização.”
Fazem parte do grupo para sugestões o Sindeprestem, o Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação no Estado de Pernambuco (Seac), o Sindicato das Empresas de Segurança Privada no Estado de São Paulo (Sesvesp) e a Central Brasileira de Serviços (Cebrasse).
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tRaNSFORMaNDO IDEIaS EM aÇÕESPainel sobre terceirização aborda tendências do setor e formas de contratação
Por Danielle Borges
Com o tema “O essencial é visível aos olhos”, o evento teve como objetivo a reflexão sobre o que impede ou dificulta empresas e pessoas de transformar ideias em ações. Os participantes debateram o que deve ser mudado para atingir maior coerência entre o que se fala e o que se faz. O Congresso e a Feira de Negócios promovidos pela ABRHRio foram realizados de 8 a 10 de junho, no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro, para profissionais ligados à área de Recursos Humanos.
Vander Morales, presidente do Sindeprestem e da Asserttem, um dos palestrantes, discorreu sobre “A hora e a vez da Terceirização do Brasil”, apresentando o cenário do setor no país, com base na Pesquisa Setorial 2010, recentemente lançada pelas entidades. Segundo o levantamento, o Brasil tem hoje mais de 30 mil empresas de serviços terceirizáveis, a maioria em São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro. O faturamento do setor gira em torno de R$ 43 bilhões ao ano, com mais de 8 milhões de trabalhadores empregados.
Os participantes do painel sobre Terceirização, organizado pela diretora regional da Asserttem no Rio de Janeiro, Márcia Costantini, foram informados sobre o que fazer depois da decisão de contratar um serviço especializado. Segundo Morales, na hora de escolher o prestador de serviços, a empresa deve aplicar os mesmos critérios utilizados para contratar um funcionário próprio. “É fundamental o contato pessoal para conhecer a estrutura de trabalho da prestadora, seus objetivos e seu grau de comprometimento”, recomendou.
TERCEIRIZAÇãO CONSCIENTE
O presidente do sindicato e da entidade do setor lembrou ainda que um prestador de serviços, quando contratado, passa a fazer parte do negócio da empresa. Por isso, para ele, manter a sintonia entre prestadora de
CONGRESSO ABRH-RIO 2010
serviços e tomadora é um dos principais aspectos para o sucesso da atividade. “Pensar que a Terceirização de um serviço se resume apenas à apresentação de certidões negativas de débito é um erro grave. Isso nunca foi garantia de bons resultados”, enfatizou.
Quanto à regulamentação da Terceirização no Brasil, Morales informou que o projeto de lei nesse sentido está em andamento no Congresso, mas que, independentemente da aprovação do marco regulatório, o setor continuará em ascensão. “O importante é que os empresários saibam avaliar as possibilidades de Terceirização e estejam amparados por profissionais competentes para gerir o projeto de forma adequada”, concluiu.
Para Vander, tomadores e prestadores são parceiros de negócio
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HUMOR cORPORatIVOHUMOR cORPORatIVO
Apreciador de pássaros encontra um ambulante vendendo três papagaios, pousados num poleiro, juntos. O possível comprador pergunta:
– Qual o preço desses papagaios?O vendedor diz:– O primeiro da fila é R$ 500.O sujeito assustase:– Puxa, por que tão caro?– Ah, porque este sabe operar computador e é ótimo digitador.– Sei. E o segundo, quanto...?– Este é um pouco mais caro, custa R$ 1.000.Incrédulo, o interessado pergunta:– Mas tudo isso? E o que ele faz de tão especial?– Bom, além de operar computador ele sabe tudo de internet. – Hum... E o terceiro quanto custa?– R$ 5.000.O sujeito ficou indignado.– Pô, você está querendo me tapear? Diz aí: o que esse papagaio faz de tão especial para custar esse absurdo?– Olha, pra dizer a verdade, eu nunca vi ele fazer nada, mas os outros dois chamam ele de chefe...
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