edição nº 141

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MERCADO & NEGÓCIOS Estado oferece 2.249 vagas de emprego esta semana Capital EMpRESa JORNalÍStiCa ltDa ►08 a 14 de JaNeIRO de 2013 Ano 5 nº 141 www.jornalcapital.jor.br R$1 Atualidade Duque de Caxias ganha novo deputado na Alerj ►PÁGINA 2 Indicadores / Câmbio Compra Venda % Fechamento: 07 de JaneIRo de 2013 ►PÁGINA 2 ►PÁGINA 8 ►PÁGINA 8 ►PÁGINA 7 Camelôs estão proibidos de trabalhar no centro de Caxias Rio poderá ter R$ 47 bilhões em investimentos nos próximos 3 anos Criador do bairro da Lapa reeleito 1º secretário na Câmara do Rio Modernização de aeroportos A presidenta Dilma Rousseff destacou nesta segunda-feira (7) que o país precisa investir “mais do que nunca” na ampliação e na modernização de seus aero- portos. O assunto foi comentado no programa semanal "Café com a Presidenta". ►PÁGINA 5 Wilson Dias/ABr Punição para trabalho escravo A Caixa Econômica Federal anunciou a suspensão da con- cessão de novos fi- nanciamentos à MRV Engenharia. A decisão foi tomada depois que o Ministério do Traba- lho e Emprego incluiu a construtora na lista de empregadores que mantêm relação tra- balhista em condições análogas à escravidão. ►PÁGINA 2 Brasil pode ir à OMC contra embargo à carne A informação é da ministra interina do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Tatiana Prazeres. ►PÁGINA 8 Valter Campanato/ABr Dolar Comercial 2,026 2,027 0,39 Dólar turismo 1,940 2,080 2,80 ibovespa 61.932,54 0,94 Começa a demolição de casas em Xerém A prefeitura de Du- que de Caxias começou a demolir as casas localizadas em áreas de risco em Xerém. O prefeito Alexandre Cardoso e outras autoridades do município e do Estado participaram de entre- vista coletiva na tar- de desta segunda-feira (7), fazendo um ba- lanço das ações desen- volvidas por diversos órgãos. Mais 30 edi- ficações deverão ser derrubadas nos próxi- mos dias, anunciou o prefeito. ►PÁGINA 3 Repórter Vladimir Platonow/ABr

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Jornal Capital - Edição nº 141

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Page 1: Edição nº 141

MERCADO & NEGÓCIOS

Estado oferece 2.249 vagas

de emprego esta semana

Capital EMpRESa JORNalÍStiCa ltDa ● ►08 a 14 de JaNeIRO de 2013

Ano 5 ● nº 141www.jornalcapital.jor.br

R$1

Atualidade

Duque de Caxias ganha novo deputado na Alerj►PÁGINA 2

Indicadores / Câmbio Compra Venda %

Fechamento: 07 de JaneIRo de 2013

►PÁGINA 2

►PÁGINA 8

►PÁGINA 8

►PÁGINA 7

Camelôs estão proibidos detrabalhar no

centro de Caxias

Rio poderá ter R$ 47 bilhões em investimentos nos próximos 3 anos

Criador do bairro da Lapa reeleito 1º secretário na Câmara do Rio

Modernização de aeroportos

A presidenta Dilma Rousseff destacou nesta segunda-feira (7) que o país precisa investir “mais do que nunca” na ampliação e na modernização de seus aero-

portos. O assunto foi comentado no programa semanal "Café com a Presidenta". ►PÁGINA 5

Wilson Dias/ABr

Punição

para

trabalho

escravo

A Caixa Econômica Federal anunciou

a suspensão da con-cessão de novos fi-nanciamentos à MRV Engenharia. A decisão foi tomada depois que o Ministério do Traba-lho e Emprego incluiu a construtora na lista de empregadores que mantêm relação tra-balhista em condições análogas à escravidão.

►PÁGINA 2

Brasil pode ir à

OMC contra

embargo à carne

A informação é da ministra interina do

Desenvolvimento, Indústria e Comércio

Exterior (Mdic), Tatiana Prazeres.

►PÁGINA 8

Valter Campanato/ABr

Dolar Comercial 2,026 2,027 0,39Dólar turismo 1,940 2,080 2,80ibovespa 61.932,54 0,94

Começa a demolição de casas em XerémA prefeitura de Du-

que de Caxias começou a demolir as casas localizadas em áreas de risco em Xerém. O prefeito Alexandre Cardoso e outras autoridades do município e do Estado participaram de entre-vista coletiva na tar-de desta segunda-feira (7), fazendo um ba-lanço das ações desen-volvidas por diversos órgãos. Mais 30 edi-ficações deverão ser derrubadas nos próxi-mos dias, anunciou o prefeito.

►PÁGINA 3

Repórter Vladimir Platonow/ABr

Page 2: Edição nº 141

2 ►08 a 14 de Janeiro de 2013MERCADO & NEGÓCIOS

Cambio

Moeda Compra (R$) Venda (R$) Variação %

Dolar Comercial 2,026 2,027 0,39

Dólar turismo 1,940 2,080 2,80

Moeda Compra (U$) Venda (U$) Variação %

Coroa Dinamarca 5,685 5,690 0,31

Dólar austrália 1,050 1,050 0,24

Dólar Canadá 0,985 0,985 0,11

Euro 1,312 1,312 0,41

Franco Suíça 0,921 0,921 0,35

iene Japão 87,750 87,830 0,36

libra Esterlina inglaterra 1,611 1,6911 0,27

peso Chile 470,680 471,580 0,39

peso Colômbia 1.769,000 1.772,000 0,00

peso livre argentina 4,895 4,945 0,20

peso México 12,764 12,771 0,23

peso Uruguai 19,180 19,380 0,00

Bolsa

Valor Variação %

ibovespa 61.932,54 0,94

iBX 22.369,85 1,00

Dow Jones 13.384,29 0,38

Nasdaq 3.098,81 0,09

Merval 2.993,23 0,10

Commodities

Unidade Compra US$ Venda US$ Variação %

petróleo - Brent barril 113,840 113,860 0,07

Ouro onça troy 1.646,900 1.647,900 0,01

prata onça troy 30,100 30,180 0,07

platina onça troy 1.553,500 1.558,500 0,16

paládio onça troy 666,500 671,500 0,15

indicadores

poupança 08/01 0,500

tR 07/01 0,000

Juros Selic meta ao ano 7,25

Salário Mínimo (Federal) R$ 678,00

MERCADO & NEGÓCIOS

Na internet: www.jornalcapital.jor.br

Filiado À ADJORI - Associação de Jornais do Interior Capital Empresa Jornalística LtdaCNPJ 11.244.751/0001-70

Av. Governador Leonel Brizola (antiga Presidente Kennedy), 1995 - Sala 804Edifício Sul América - Centro, CEP 25.020-002 - Duque de Caxias, Rio de Janeiro

Telefax: (21) 2671-6611Endereços eletrônicos:

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TIRAGEM: 10.000 exemplares(assine o Capital: 21 2671-6611)

IMPRESSÃO: ARETÉ EDITORIAL S/ACNPJ 00.355.188/0001-90

Departamento Comercial:(21) 2671-6611 / 8400-0441 / 7854-7256 ID 8*21653

Diretor Geral: Marcelo CunhaDiretor de Redação: Josué Cardoso ([email protected])

Colaboradores: Alberto Marques, Arthur Salomão, Carlos Erbs, Dilma Rousseff, Geiza Rocha,

Moreira Franco, Priscilla Ricarte,Roberto Daiub e Rodrigo de Castro.

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

Ponto de Observação

alberto marques

Impunidade garantida sem constrangimento

A Lei de Responsabi-lidade Fiscal, que

imos limites aos gastos governamentais - despe-sas só nos limites da Lei Orçamentária - está tiran-do o sono de governado-res e dos parlamentares que sonham em governar seus estados de origem (ou adoção). Ela impõe limites às despesas cor-rentes com pessoal, bem como proíbe que gover-nadores e prefeitos dei-xem contratos de obras para seus sucessores pa-garem.

Num rápido balanço das administrações mu-nicipais eleitas em 2008, descobri mos que muitos prefeitos foram cassados ou pelas respectivas Câ-maras, ou pela ação do Ministério Publico, ten-do em comum um fato assustador: o desvio de recursos públicos para uso e gozo pessoal e de parceiros da última cam-

panha política. Uma das formas mais utilizadas para desviar os recursos do Te-souro para bolsos privile-giados são, além de obras e serviços superfaturados, a coleta de lixo, que no Es-tado do Rio já causou pelo menos uma morte, até hoje não esclarecida em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. E as chuvas da última semana só izeram agravar o estado de calami-dade pública na Baixada, principalmente o transbor-damento de rios por dois fatores: a falta de drena-gem e proteção de suas margens e o lançamento de lixo nas vias públicas, que acabam tendo como desti-nos os cursos d’água.

O Congresso Nacional tem a responsabilidade pela má aplicação da Lei de Responsabilidade Fiscal ao não prevê mecanismos que impeçam o governante, em im de mandato, abandone a Administração à própria sorte, passando ao seu su-cessor um município ou es-tado com o Caixa a Zero e

ruas e praças tomadas pelo lixo, como ocorreu em Du-que de Caxias, Nova Igua-çu e Belford Roxo, na Bai-xada Fluminense.

A mudança da data de posse do dia 31 de janeiro para o dia 1º de janeiro do ano subsequente às elei-ções, impediu, por exem-plo, que o governante em im de mandato mas com orçamento novo bloqueas-se a futura administração através da antecipação de compras e contratos. O término do mandato coin-cidindo com o im do Exer-cício Fiscal (31 de dezem-bro) impede, por exemplo, a contratação de obras ou admissão de pessoal que não estarão nos planos do futuro governante.

Outro problema grave é a interpretação corrente de que o vereador deve ser um apenas um despachante, ou tocador de obras. Nas dé-cadas de 80/90, o então ve-reador Zito , por exemplo, madrugava na garagem da Prefeitura para reservar caminhões, máquinas e

outros equipamentos que iriam atender aos bairros onde pretendia capturar novos votos. E ele fazia questão de ocupar o lugar de co-piloto das moto--niveladoras, usadas para tapar buracos em ruas de terra, ou das pás mecâ-nicas, necessárias para obras de aterro, uma for-ma de mostrar que estava trabalhando pelo Povo.

Ao deixar de punir a empresa Locanty, por descumprir (desde se-tembro de 2011) o con-trato de varrição e coleta de lixo, o ex-prefeito jo-gou literalmente no lixo a chance de ser reeleito para um quarto mandato. Como punição ao elei-toral que o rejeitou, Zito simplesmente abdicou do seu dever de governante e foi descansar em alguma cidade praiana.

Os desabamentos em Xerém e outras localida-des foram apenas um avi-so de que precisamos mu-dar, para melhor, a Lei de Responsabilidade Fiscal.

(*) Fechamento: 07 de JaneIRo de 2013

Trabalho escravo:

Construtora não terá

novos inanciamentos

A Caixa Econômica Federal suspendeu a

concessão de novos inan-ciamentos à MRV Enge-nharia. A decisão foi toma-da depois que o Ministério do Trabalho e Emprego incluiu a construtora na lista de empregadores que mantêm relação trabalhis-ta em condições análogas à escravidão. A Caixa in-formou que os contratos já irmados serão manti-dos. “Os empreendimen-tos já contratados terão seu curso normal, tanto no que diz respeito à libe-ração das parcelas, quanto ao inanciamento para os adquirentes das unidades habitacionais”, diz nota da instituição.

O Banco do Brasil (BB) também se pronunciou dia 2, em nota, sobre o assunto, mas não conirmou oicial-mente se suspendeu novos contratos de inanciamento com a construtora. O banco alegou que as relações da instituição com os clientes são protegidas pelo sigilo bancário e comercial. Mas a instituição informou que

cumpre rigorosamente o estabelecido na Portaria Interministerial n° 2, de 12 de maio de 2011, que tra-ta da inclusão de empresas infratoras no cadastro. O BB acrescentou que tam-bém é signatário do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo no Brasil.

Em comunicado ao mercado, a MRV disse que a inclusão no cadastro do ministério decorre de is-calização feita em 2011, em que foram identiica-das supostas irregularida-des promovidas por uma empresa terceirizada. De acordo com a construto-ra, a empresa terceirizada não trabalha mais para a companhia desde 2011. A MRV acrescentou que está tomando todas as medidas e ações para retirar o nome do cadastro e prestar os es-clarecimentos necessários aos órgãos competentes e ao mercado.

Marco Figueiredo assume

novo mandato na AlerjL

íder político no 3º dis-trito de Duque de Ca-

xias, Marco Figueiredo (PSC) assumiu mais um mandato de deputado es-tadual no último dia 2. Fi-gueiredo disse que conta com a experiência adqui-rida em três mandatos para trabalhar, principalmente, na iscalização do atendi-mento oferecido pela Com-panhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae). “Pre-tendo fazer uma comissão para trabalhar junto com a sociedade civil organizada e os prefeitos na avaliação do serviço da Cedae. Essa será minha grande batalha: defender o direito à água, à vida”, anunciou o parla-mentar, que ocupa a vaga

deixada pelo ex-deputado Sabino, eleito prefeito de Rio das Ostras. Marco Fi-gueiredo também já esteve à frente da Secretaria de Estado de Desenvolvimen-to da Baixada e da Região Metropolitana.

O deputado é muito querido na região, sendo responsável pela conquista de inúmeras obras nas áre-as de saneamento básico e pavimentação, de seguran-ça pública e qualiicação proissional, entre outras. Essas conquistas, segundo líderes comunitários da re-gião, começaram em 1992, quando foi eleito verea-dor. Outras iniciativas de Marco Figueiredo foram a inauguração de um DPO

e da primeira Delegacia Legal de Duque de Caxias - a 62ª - e a implantação da maior Faetec da Baixa-da, em 2000, também em

Imbariê. “Até hoje foram cerca de 80 mil alunos for-mados em vários cursos”, lembrou Figueiredo ao Capital.

Divulgação

Marco Figueiredo na cerimônia de posse,

com o presidente da Alerj, Paulo Melo

Page 3: Edição nº 141

3►08 a 14 de Janeiro de 2013MERCADO & NEGÓCIOS

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+ conteúdo no site

Aumenta a coniança do comércio na economia

Pesquisa em capitais registra redução da inlação

Conversa com a Presidentaencaminhe perguntas para a Presidenta

dILma RoUSSeFF:

[email protected] ou

[email protected]

CLAUDIO J. DA SILVA, 31 anos, professor no Rio de Janeiro (RJ) - Presidenta Dilma, a minha

preocupação, como educador, é com a miséria e

a pobreza no Brasil. O governo trata essas duas

realidades de forma diferente, combatendo miséria

e pobreza com ações especíicas? Presidenta Dilma - Claudio, o programa Brasil sem

Miséria tem ações especíicas para combater a pobreza extrema e, em 2012, conseguimos tirar 16,4 milhões

de brasileiros dessa condição. Crianças e jovens têm nossa atenção especial, pois 42% dos que vivem

na extrema pobreza têm menos de 15 anos de idade. E a educação é prioritária nessas ações. No Bolsa

Família, por exemplo, os alunos beneiciários precisam ter frequência escolar superior a 85% na faixa etária dos 6 aos 15 anos e de 75% para 16 e 17 anos, e 97% dos matriculados frequentam regularmente a escola.

A Ação Brasil Carinhoso, que integra o Brasil Sem

Miséria, complementa a renda das famílias com ilhos de até 15 anos para que elas superem o limite de R$ 70 por pessoa, e também ampliará vagas em creches públicas ou conveniadas destinadas às crianças extremamente pobres. O Programa Mais Educação – Escola Integral prioriza o período integral nas

escolas com maioria de alunos atendidos pelo Bolsa

Família e já conta com a adesão de mais de 32 mil escolas. O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) realizou mais de 260

mil matrículas em 2012 somente para beneiciários do Brasil sem Miséria, em 356 tipos de cursos. Com medidas assim, Claudio, estamos criando condições

para que as pessoas exerçam a cidadania plena e

ampliando o acesso às oportunidades.

INÊS SANTANA BRAZ, 55 anos, professora de Santo Antonio de Jesus/BA - Como conselheira do

CMDM-SAJ-BA, gostaria de saber quais são os

projetos para nós, mulheres, nesses dois anos de

governo que lhes restam.

Presidenta Dilma - Inês, na última década

implantamos várias políticas para apoiar as brasileiras na luta por mais cidadania e autonomia, e vamos

reforçá-las até 2014. Continuaremos, por exemplo,

consolidando a Lei Maria da Penha, lutando para

julgar os agressores. A rede de proteção, que já conta com 975 serviços de atendimento à mulher em situação de violência, será ampliada em 30% e chegará a 500 municípios até o inal de 2014. As mulheres são titulares de 93% dos cartões do Bolsa Família, o que lhes dá autonomia para gerir os recursos, e os contratos no

Minha Casa Minha Vida são feitos preferencialmente

em seus nomes. Incentivamos a participação feminina

nos cursos do Programa Nacional de Acesso ao

Ensino Técnico e Emprego, o Pronatec. O Rede Cegonha tem adesão de todos os Estados e de 4,9 mil municípios, cobrindo 2 milhões de gestantes, 90% das que são atendidas pelo SUS. As ações de prevenção e

redução dos cânceres do colo de útero e mama foram

intensiicadas, inclusive, para enfrentar o último, com o Programa de Mamograia Móvel, para áreas remotas. São muitas as nossas conquistas, Inês, mas precisamos

ainda, governo e sociedade, fazer muito mais para a

valorização plena da mulher brasileira.

JOANNA REBELO, 41 anos, professora de Curitiba (PR) - Ando pelas ruas e sempre vejo CDs e DVDs

piratas. Será que isso não é coisa de quadrilha, de

organização criminosa? O governo precisa agir.Presidenta Dilma - Joanna, você tem razão, quem

fornece um DVD pirata a um vendedor desatento ou

a um consumidor desavisado pode atuar também no tráico internacional de drogas, de armas, de pessoas e de produtos piratas. Por isso, temos o Plano Nacional

de Combate à Pirataria. Em 2012, apenas a Polícia Rodoviária Federal apreendeu nas estradas mais de 2 milhões de DVDs e CDs. O Plano também realiza ações estratégicas, como o projeto Cidade Livre de Pirataria, coordenado pelo Ministério da Justiça, que incentiva

prefeituras a criarem mecanismos de prevenção e

repressão a esse crime. Sete cidades já aderiram - Curitiba (PR), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE), Osasco (SP) e Vitória (ES), além de Brasília – e queremos que todas as

cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 participem.

Também criamos há um ano e meio o Plano Estratégico de Fronteiras, que já desarticulou 42 organizações criminosas, com mais de 20 mil prisões. Combatemos as práticas ilegais, Joanna, porque esta ação, além de ser

um imperativo ético da sociedade, é parte fundamental

de nosso compromisso com o crescimento econômico,

com superação da extrema pobreza e com a criação de empregos e de oportunidades para todos os brasileiros e brasileiras.

Casas em situação de risco

em Xerém são demolidasA Defesa Civil de Duque

de Caxias interditou 22 casas às margens do Rio Cachoeira de Xerém, atin-gidas por uma enxurrada na semana passada. Mais 400 casas, a pedido de mo-radores, devem ser vitoria-das nos próximos dias. A prefeitura começou a de-molir aquelas em situação de risco e pagar aluguel social às famílias. Segundo o secretário de Defesa Ci-vil do município, coronel Marcello Silva da Costa, os imóveis interditados i-cam na localidade de Café Torrado, próximo a Xe-rém, e foram atingidas por uma avalanche de pedras e lama. Em entrevista coleti-va na tarde desta segunda--feira (7), ao lado da Secre-tária de Assistência Social Claudia Peixoto e outras autoridades municipais e estaduais, o prefeito Ale-xandre Cardoso, falou so-bre a demolição dos 10 pri-meiros imóveis. Segundo

ele, outras 30 ediicações deverão ser derrubadas nos próximos dias. Antes da entrevista, Cardoso visto-riou locais mais afetados pelas chuvas, como Café Torrado, Cachoeira e Ve-nâncio, ao lado de mem-bros do Ministério Público Estadual e do Instituto Es-tadual do Ambiente (Inea).

Antes de serem conde-

nadas, as residências rece-bem a visita de um enge-nheiro para a realização de laudo técnico avaliando as condições para demolição. As ações de demolição e de assistência social, incluin-do o pagamento de aluguel social para as famílias de-sabrigadas, mais uma ajuda de R$ 5 mil para compra de eletrodomésticos, foram

detalhadas em entrevista coletiva concedida na tar-de de ontem (7) pelo pre-feito Alexandre Cardoso. Por causa do temporal da semana passada, mil pes-soas icaram desalojadas em Duque de Caxias. Mais 100 pessoas estão desabri-gadas e duas morreram em decorrência da enxurrada, segundo a prefeitura.

Marcelo Cunha

Secretaria faz emissão gratuita de documentos

Os moradores contam com um mutirão da

Secretaria Municipal de Assistência Social para emissão, gratuita, de do-cumentos de identidade e certidões de nascimento e casamento poerdidos pe-las chuvas. A Prefeitura vai solicitar ao Ministério da Integração Nacional o pagamento de aluguel so-cial para, pelo menos, 150 famílias atingidas, no va-

lor de R$ 500. Na última sexta-feira (4), o prefeito se reuniu com o governa-dor Sérgio Cabral e com o ministro da integração nacional, Fernando Bezer-ra, para deinir as ações de apoio à população de Xe-rém. Na reunião, foi dei-nido que a primeira ação a ser feita será a recuperação de pontes, estradas, dispo-nibilização de maquinário e aluguel social para os

desabrigados. Toda a verba para estas ações será forne-cida pelo Governo Federal. Também será oferecida pelo estado uma bolsa in-denizatória no valor R$ 5 mil para cada uma das 300 famílias que perderam tudo com a chuva. O levanta-mento dos beneiciados está sendo feito pela Secre-taria de Assistência Social. O dinheiro deve ser libera-do no prazo de 30 e 60 dias.

O Governo do Estado montou um centro de hi-dratação contra a dengue no posto de saúde de Xe-rém. O centro conta com 12 cadeiras para hidratação e terá capacidade para aten-der 300 pessoas por dia. O estado entregará ainda o segundo kit calamidade a Caxias, alem de três mil comprimidos de antibióti-co para intervenção preco-ce contra leptospirose.

Cidade agora se prepara para enfrentar doenças

Pacientes com sinto-mas de doenças que

aparecem após enchen-tes, como leptospirose, dengue e hepatite A, es-tão recebendo tratamento diferenciado. Preocupada com o acúmulo de lixo na cidade, que sofre com a falta de coleta seletiva há

três meses, a Secretaria Estadual de Saúde tem orientado os moradores sobre o surgimento das doenças desde dezembro. No domingo (6), foi ins-talado um Centro de Hi-dratação de Dengue no 4º Disrtrito., De acordo com o superintendente de Vi-

gilância Epidemiológica e Ambiental da secreta-ria, Alexandre Chieppe, o centro tem capacidade para atender 300 pacien-tes por dia e está “pro-positalmente superdi-mensionado para o pior cenário”. "Ainda não es-tamos no período de pico

de transmissão das doen-ças, que deve ser no final da semana”, informou.

Para as demais doen-ças, foi estabelecida uma triagem diferenciada nos postos de saúde, que re-ceberam 3 mil antibióti-cos para medicação pre-coce contra leptospirose.

Prefeito faz balanço das ações em entrevista

Durante a coletiva de imprensa, o prefeito

fez um balanço das ações que a Prefeitura vem re-alizando na região. Parti-ciparam da coletiva a pre-sidente do Inea, Marilene Ramos, o secretário esta-dual de Ação Social, Za-queu Teixeira, o secretário estadual de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, re-presentantes da secretaria de Saúde, Light, Cedae e

parte do secretariado muni-cipal envolvido nas ações.

- Desde o primeiro momento o governador Sérgio Cabral tem se mos-trado um grande parceiro de nossa administração, ao incentivar todas as se-cretarias a colaborarem com o nosso trabalho em Xerém. Também é preciso destacar a ação da Light que não poupou recursos e pessoal. Estas parcerias

têm sido fundamentais neste momento. Ainal, sabemos que as pessoas esperam por soluções ime-diatas. Elas querem ruas limpas rapidamente, lixo recolhido, energia elétrica, água e tudo aquilo que têm direito. A Prefeitura vem trabalhando para atender todas as necessidades des-tes moradores. Entretanto, não podemos atender a to-dos em um tempo tão curto

quanto gostaríamos de fa-zer”, airmou o prefeito.

Durante o balanço, o prefeito revelou que já fo-ram retirados 450 cami-nhões com lama e volumo-sos (móveis jogados nas ruas pelos moradores que tiveram a casa inundada). A ponte que foi derrubada pela água do Rio Capivari deverá estar em funciona-mento no máximo na quar-ta-feira”, garantiu Cardoso.

Page 4: Edição nº 141

4►08 a 14 de Janeiro de 2013MERCADO & NEGÓCIOS

Todos os anos nos deparamos com cenas cho-cantes causadas pelas chuvas que ou enchem

os rios que carregam as casas construídas irregular-mente nas suas margens ou iniltram os morros pro-vocando queda de encostas onde as casas também irregulares. Este embate do homem com a natureza não permite “jeitinhos”, como estamos acostuma-dos, muito menos burocracia. Sempre que ambos entram, é o homem quem perde.

Por isso mesmo que precisamos fazer algo per-manente. Monitorar, conter, retirar as famílias das áreas de risco e colocá-las em segurança oferecen-do opções de moradia dignas. Ainda não reagimos bem à transição entre situação de risco e calamidade e retomada da vida normal. Parece que sempre que esta transição ocorre, deixamos diminuir o ritmo das atividades até cessar. E o grande culpado disso é sempre a burocracia. Buscar formas de acessar os recursos destinados pela União para remediar o que ocorreu e impedir novas tragédias é fundamental. É preciso, ainda, responsabilidade e autoridade. Não podemos mais permitir que se construa em locais de risco.

Mas mais do que isso, temos que uniicar infor-mações, reunir os diversos estudos de áreas de risco para que os dados sejam cruzados e encaminhados às autoridades competentes para a tomada de deci-são. Não é possível descobrirmos que todo mundo já sabe, mas não tomou as medidas necessárias para que as tragédias acontecessem. Na medida em que possuirmos um observatório, ica mais fácil disse-minar as informações, fazer com que elas se trans-formem em ação. E mais do que isso, torna possível que a sociedade se envolva e cobre soluções antes das próximas chuvas.

GeIZa Rocha é jornalista e secretária-geral

do Fórum Permanente de desenvolvimento

estratégico do estado do Rio de Janeiro

ornalista Roberto marinho. www querodiscutiromeuestado.rj.gov.br

Fórum Permanente de DesenvolvimentoEstratégico do EstadoJornalista Roberto Marinho

Vigiar e agir

Poupança registra maior

captação líquida da história

Os depósitos em pou-pança superaram os

saques em R$ 49,719 bi-lhões em 2012, de acordo com dados do Banco Cen-tral (BC), divulgados nes-ta segunda-feira (7). Foi a maior captação líquida re-gistrada na série histórica do BC, iniciada em 1995. Em 2011, o resultado i-cou em R$ 14,186 bilhões e a maior captação líquida da poupança foi registra-da em 2010: R$ 38,681 bilhões. Para o professor de inanças da Faculdade

de Informática e Admi-nistração Paulista (Fiap), Marcos Crivelaro, uma das explicações para o resulta-do recorde foi a mudança na regra de remuneração da poupança, em maio do ano passado. A medida estimulou os poupadores a manterem os depósitos antigos nas contas, por re-derem mais do que aplica-ções novas. “Ficou como um investimento de longo prazo para as pessoas que não precisam retirar”, diz Crivelaro.

O governo deiniu que os depósitos feitos até 3 de maio continuariam a ser remunerados pelas regras antigas - Taxa Referencial (TR) mais 0,5% ao mês. Os depósitos feitos a partir de 4 de maio de 2012 só têm a mesma regra de remunera-ção quando a taxa básica de juros, a Selic, for superior a 8,5% ao ano. Atualmen-te, a Selic está em 7,25% ao ano. Assim, a remunera-ção, pela nova regra, é 70% da Selic mais a TR. No site do BC, é possível conferir

a remuneração da poupan-ça de acordo com a data de aniversário da poupança.

No mês passado, os depósitos icaram em R$ 121,846 bilhões e as retira-das, em R$ 112,640 bilhões. Os rendimentos creditados chegaram a R$ 2,174 bi-lhões e o saldo icou em R$ 496,719 bilhões. Em todo o ano passado, os depósitos somaram R$ 1,232 trilhão e os saques foram R$ 1,182 trilhão. Os rendimentos creditados chegaram a R$ 26,583 bilhões.

Receita libera consulta ao

primeiro lote da malha inaA Receita Federal libera

nesta terça-feira (8) a consulta ao primeiro lote de restituições do Impos-to de Renda Pessoa Física 2012 da malha ina. A con-sulta estará disponível no site da Receita. Serão libe-radas também declarações dos exercícios de 2011, 2010, 2009 e 2008. O di-nheiro será depositado no banco no dia 15 de janeiro de 2013. Para o exercício de 2012, serão creditadas restituições a um total de 79.484 contribuintes, com correção de 6%. Do exer-cício de 2011, serão credi-tadas restituições para um total de 11.513 contribuin-tes, com correção de 16,75 %. De 2010, serão 6.781 restituições, com corre-ção de 26,9% e de 2009, o número chega a 4.613

, corrigidas em 35,36%. Do exercício de 2008, se-rão creditadas restituições para um total de 4.703 contribuintes, com corre-ção de 47,43%.

Para saber se teve a de-claração liberada, o contri-buinte deverá acessar a pá-gina da Receita na internet, ou ligar para o Receitafo-ne, 146. Outra alternativa para as pessoas físicas, in-formou a Receita, é utilizar

um aplicativo para tablets e smartphones que permite, entre outras coisas, a con-sulta das restituições desde 1999 e a situação cadastral de inscrição no CPF.

A Receita lembra que a restituição icará disponí-vel no banco durante um ano. Se o contribuinte não izer o resgate nesse pra-zo, deverá requerê-la por meio da internet, median-te o Formulário Eletrôni-

co. Caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá procurar qualquer agência do Banco do Bra-sil ou ligar para a Central de Atendimento do banco por meio do telefone 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (deicien-tes auditivos), para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em qualquer banco.

Banco de Imagens

Inscrições para o

Sisu já estão abertas

O Sistema de Seleção Uniicada (Sisu) abriu

nesta segunda-feira (7) as inscrições para os estudan-tes que prestaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O sistema oferece 129.279 vagas em 3.751 cursos oferecidos em 101 instituições públicas de en-sino superior. As inscrições podem ser feitas até sexta--feira (11). Podem concor-rer às vagas todos os alunos que izeram o Enem e tive-ram nota maior que zero na redação. É preciso entrar no site do sistema, para fazer a inscrição. Cada estudante pode selecionar até duas opções de cursos, especii-cando a ordem de preferên-cia, o nome das instituições e o turno. Além disso, será possível também escolher a modalidade de concor-rência. O Sisu se adequará à Lei de Cotas, de agosto

de 2012. As inscrições são gratuitas e as instituições de ensino devem ofertar acesso à internet aos estu-dantes interessados.

De acordo com o crono-grama do Sisu, publicado no Diário Oicial da União do último dia 26, as inscrições serão feitas exclusivamen-te pela internet, no portal do Sisu. Para a seleção no primeiro semestre de 2013, vale a nota do Enem 2012, divulgada pelo Ministério da Educação (MEC) no úl-timo dia 28. O resultado da primeira chamada do Sisu será divulgado no dia 14 de janeiro e da segunda cha-mada, no dia 28 de janeiro, no site do Sisu e das insti-tuições. As matrículas serão feitas nas instituições nos dias 18, 21 e 22 de janeiro para a primeira chamada e dias 1º, 4 e 5 de fevereiro para a segunda.

Preços do material escolar vão

subir, segundo economistas da FGV

Apesar de os produtos que compõem a cesta

de material escolar terem subido menos que a in-lação acumulada no ano passado, a expectativa dos economistas do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV) é que os pre-ços vão experimentar uma alta acentuada este mês. De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da FGV, o material

escolar, excluindo livros, subiu 5,31% entre janeiro e dezembro de 2012, en-quanto a inlação no perí-odo alcançou 5,74%. “Em termos reais, os preços não subiram tanto”, disse nesta segunda-feira (7) à Agên-cia Brasil o economista André Braz, do Ibre. Braz disse, entretanto, que isso não vai evitar uma alta dos preços dos artigos escola-res em janeiro, “decido ao aquecimento da demanda”.

Segundo Braz, esse é o grande desaio que os pais vão ter que enfrentar no mês. Ele dá algumas dicas para economizar na com-pra de materiais escolares. Uma delas é os responsá-veis se associarem para comprar os produtos em uma loja de atacado. “Pela quantidade, eles vão icar mais baratos”. Depois, faz--se um rateio. “No rateio, a parte de cada um vai ser menor do que se cada um

comprasse no varejo”. Ou-tra dica é veriicar na escola se há possibilidade de com-pra do material mais barato. O economista disse que, em geral, nos últimos anos, o preço do material escolar não vem ganhando da in-lação. No início do ano, entretanto, a tendência é que hajam aumentos fortes nesse tipo de artigo. “Esses aumentos não se sustentam. Só vigoram mesmo nesse período de maior procura”.

Garantia-Safra sobe para R$ 760 e terá mulheres como titulares

A Secretaria de Agri-cultura Familiar do

Ministério do Desenvolvi-mento Agrário aumentou de R$ 680 para R$ 760 anuais o Garantia-Safra e determinou que, a par-tir deste ano, as mulheres passem a ser titulares do benefício. As duas deci-sões foram publicadas no Diário Oicial da União

desta segunda-feira (7). Os beneiciários já inscritos serão orientados a mudar a titularidade no momento de revisão do benefício ou quando houver alteração dos cadastros na gestão do programa nos municípios.

O Garantia-Safra será pago em cinco parcelas, uma de R$ 140 e quatro de R$ 155. Os recursos que i-

nanciam o programa saem do Fundo Garantia-Safra, e os agricultores cadastrados precisam contribuir com R$ 9,50, enquanto a União repassa R$ 190, os estados, R$ 57, e os municípios, R$ 28,50. Para a safra de 2012/2013, foram disponi-bilizados 1,072 milhão de benefícios.

O programa tem o obje-

tivo de fortalecer a agricul-tura familiar no Nordeste e no norte de Minas Gerais e do Espírito Santo, em mu-nicípios na área de atuação da Superintendência de De-senvolvimento do Nordeste (Sudene). Os agricultores recebem o benefício quan-do a seca ou o excesso de chuvas causa perdas de ao menos 50% da produção.

Contribuinte poderá alterar banco

para ressarcimento de impostos

O contribuinte pode-rá alterar o nome do

banco indicado para res-sarcimento de impostos da Receita Federal. Segundo a Receita, a alteração não vale para quem fez a decla-ração do Imposto de Renda das pessoas físicas e quer mudar os dados bancários. De acordo com o Ato De-claratório nº 1 publicado

nesta segunda-feira (7) no Diário Oicial da União, será incluído, no Centro Virtual de Atendimento (e--CAC), o serviço Alteração de Dados Bancários para Restituição e Ressarcimen-to.

De acordo com a Recei-ta, o acesso às informações poderá ser feito pelo pró-prio contribuinte.

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5►08 a 14 de Janeiro de 2013MERCADO & NEGÓCIOS

Dilma destaca investimentos na

modernização de aeropostos

A presidenta Dilma Rousseff destacou

nesta segunda-feira (7) que o país precisa investir “mais do que nunca” na ampliação e na moderniza-ção de seus aeroportos. Ao comentar os investimentos no setor anunciados em de-zembro, ela destacou que o movimento de passageiros mais que dobrou nos últi-mos dez anos, chegando a 180 milhões no ano passa-do. No programa semanal Café com a Presidenta, Dil-ma lembrou que o pacote anunciado pelo governo fe-deral prevê investimentos de R$ 7,3 bilhões em 270 aeroportos regionais. “Um país do tamanho do Brasil precisa ter bons e moder-nos aeroportos nas grandes metrópoles, mas também precisa de uma rede de ae-roportos que atenda bem as cidades do interior, as pe-quenas e as médias”, ava-liou.

De acordo com a presi-denta, o objetivo do gover-no é aumentar o número de rotas entre as cidades e

melhorar a qualidade dos serviços prestados aos pas-sageiros, garantindo o de-senvolvimento regional e a mobilidade de populações, como a da Amazônia Le-gal. “Decidimos que os ae-roportos que estão fora das capitais e que movimentem até 1 milhão de passagei-ros por ano não vão mais cobrar as tarifas aeroportu-árias, que são as chamadas tarifas de embarque”, des-

tacou.Outra medida avaliada

por Dilma como importante trata do subsídio a ser pago pelo governo federal para a implantação e a manuten-ção das rotas regionais. “O governo vai pagar até a me-tade dos assentos vazios, limitado a 60 assentos por aeronave. E quanto mais aquela linha crescer, me-nos ela dependerá da ajuda do governo”, explicou. Ao

Wilson Dias/ABr

inal do programa, a presi-denta voltou a airmar que os aeroportos de Conins (MG) e do Galeão (RJ) se-rão concedidos à iniciativa privada. A previsão do go-verno federal é que o edital de licitação seja publicado em agosto de 2013 e que o leilão ocorra em setembro. As empresas vencedoras deverão investir em torno de R$ 11 bilhões em ambos os terminais.

Anfavea prevê aumento

de até 4,5% no mercado

de automóveis

Apesar de ter fechado o ano com a produ-

ção em baixa, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) prevê aumento de 3,5% a 4,5% no merca-do de veículos em 2013. De acordo com dados divul-gados nesta segunda-feira (7), na capital paulista, a produção de automóveis caiu 1,9%, com 3.342.617 novas unidades saindo das montadoras, enquanto em 2011 esse número chegou a 3.407.861. Segundo o vice--presidente da Anfavea, Luiz Moan Yabiku Júnior, a que-da na produção está ligada ao fato de que os cinco pri-meiros meses do ano foram muito desfavoráveis para o setor, com queda de quase 5% na comparação com o mesmo período do ano ante-rior. “Mas, com as medidas de redução do IPI [Imposto sobre Produtos Industriali-zados], conseguimos recu-perar. Não só compensamos a queda de quase 5%, mas crescemos 5%”.

Yabiku ressaltou que a redução do IPI sobre os ve-ículos resultou em um au-mento de 30,6% na média diária de vendas no segun-

do semestre na comparação com o primeiro. Para ele, mesmo com a volta da co-brança do imposto, o mer-cado deve continuar aque-cido. “A formula adotada pelo governo de aumentar o IPI gradualmente no pri-meiro semestre mostra uma atitude bastante coerente com o nosso mercado”. Os dados mostram ainda que a venda de veículos cres-ceu 4,6% no ano de 2012, chegando a 3.802.071 uni-dades, ante 3.633.248 ven-didas em 2011. Já as expor-tações também registraram queda de 20,1%. Em 2012, foram comercializadas no mercado externo 442.075 unidades, contra 553.334 no ano anterior.

Yabiku disse ainda que acredita em um equilíbrio entre o mercado de carros novos e seminovos, porque as lojas de carros usados têm todos os mecanismos para comercializar esses veículos, além de os ban-cos terem disponibilidade para crédito. “Quando fa-lamos em seminovos, não há nenhuma diiculdade ou conlito com o mercado de novos. Há conlito quando o veículo é muito antigo”.Brasil e África vão intensiicar

relações em 2013A relação do Brasil com

os países da África deve se intensiicar em 2013 devido a uma série de parcerias e aos esfor-ços para estimular o cres-cimento econômico com inclusão social. Segundo o subsecretário-geral polí-tico para África e Oriente Médio do Ministério das Relações Exteriores, em-

baixador Paulo Cordeiro de Andrade Pinto, o Brasil é uma espécie de exemplo a ser seguido, pois assim como a maioria dos países africanos também foi um território colonizado.

A presidenta Dilma Rousseff tem pelo menos duas viagens ao longo do ano previstas para a re-gião. Em fevereiro, ela

deve participar da Cúpu-la América do Sul-Áfri-ca, no Malabo, na Guiné Equatorial. Em março, a presidenta deve fazer par-te das reuniões da Cúpu-la Brics (Brasil, Rússía, Índia, China e África do Sul), em Durban, na Áfri-ca do Sul.

De acordo com Paulo Cordeiro, os países afri-

canos aumentaram os interesses em relação à cooperação nas áreas de serviços, tecnologias, saú-de, programas de transfe-rência de renda e agricul-tura, assim como ciência, tecnologia e educação. Segundo o embaixador, os africanos tem se inte-ressado cada vez mais em estudar no Brasil.

Peru e Líbano suspendem

compra de carne brasileira

O Peru e o Líbano sus-penderam a compra

de carne bovina do Brasil. O Ministério da Agricul-tura conirmou no último dia 3 que o país latino pu-blicou em seu Diário Oi-cial a decisão de suspen-der as importações por 90 dias. A Embaixada do Lí-bano no Brasil informou sobre a suspensão de com-pras da carne do Paraná, por tempo indeterminado. O governo brasileiro não

recebeu comunicado for-mal de nenhum dos dois países. Até agora nove países impuseram restri-ção às compras da carne brasileira. Além de Peru e Líbano, Coréia do Sul, Arábia Saudita, Japão, África do Sul, Taiwan, Jordânia e Chile. A Jordâ-nia suspendeu as compras do gado exportado pelo estado do Paraná, e o Chi-le de farinha de carne e ossos do rebanho bovino

brasileiro.O motivo da paralisa-

ção das importações é a conirmação de um caso de encefalopatia espongi-forme bovina (EEB) em um animal morto no Para-ná em 2010. O ministério divulgou a morte no dia 7 de dezembro e informou a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Até o momento, o organismo mantém a classiicação de risco da carne brasilei-

ra como “insigniicante” para a doença denomina-da vaca louca.

De acordo com o mi-nistério, o caso é uma ocorrência não clássica da doença e, por isso, não oferece risco aos consumi-dores da carne. O governo brasileiro está apresentan-do o resultados de exames aos países importadores de carne a im de esclarecê--los de que não houve ma-nifestação da doença.

Fluxo cambial foi negativo em

US$ 6,755 bilhões até o dia 28

As saídas de dólares do país superaram as en-

tradas, em dezembro, até a última sexta (28), em US$ 6,755 bilhões, informou o Banco Central (BC), no dia 3. Os dados de todo o mês de dezembro, com o acrés-cimo do último dia útil do ano (31), serão divulgados pelo BC nesta quarta-feira (9).

O saldo negativo maior veio do luxo comercial (operações relacionadas a exportações e impor-tações), com US$ 4,276 bilhões. O inanceiro (in-vestimentos em títulos, remessas de lucros e divi-

dendos ao exterior e inves-timentos estrangeiros dire-tos, entre outras operações) registrou saldo negativo de US$ 2,479 bilhões, no mês passado, até o dia 28.

De janeiro a 28 de de-zembro, o luxo cambial icou positivo em US$ 16,753 bilhões, contra US$ 65,279 bilhões registrados nos 12 meses de 2011. De acordo com o dado par-cial, o luxo inanceiro i-cou positivo em US$ 8,380 bilhões, neste ano até 28 de dezembro. O comer-cial também teve resultado positivo, de US$ 8,373 bi-lhões.

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6►08 a 14 de Janeiro de 2013MERCADO & NEGÓCIOS

Atualidade

País

Internacional Autoridades brasileiras não veem motivos para

apreensão sobre ordem democrática na Venezuela

Autoridades do go-verno brasileiro

afastam o temor de rom-pimento da ordem demo-crática na Venezuela. As ameaças são levantadas devido à incerteza cau-sada pelo agravamento do estado de saúde do presidente reeleito, Hugo Chávez, hospitalizado há quase um mês em Hava-na, Cuba, para tratamento contra o câncer. Desde o começo do mês passado, ele não é visto em públi-co. Na semana passada, o assessor especial da Presidência para Assun-tos Internacionais, Mar-co Aurélio Garcia, foi a Havana e conversou com autoridades venezuelanas e cubanas sobre o estado de saúde de Hugo Chá-

vez. Garcia é apontado como um dos principais interlocutores do governo brasileiro com autoridades de Cuba e da Venezuela.

A cerimônia de posse para o quarto mandato de Chávez está marcada para quinta-feira (10). O pre-sidente interino venezue-lano, Nicolás Maduro, e o presidente reeleito da As-sembleia Nacional (Parla-mento), Diosdato Cabello, sinalizaram que a data da posse pode ser alterada. Mas não deiniram quando. Há ainda a possibilidade de que Chávez seja empossa-do em Havana, onde ele se encontra há quase um mês.

Depois da visita a Ha-vana, que durou um dia, o assessor especial da Pre-sidência conversou com o

ministro das Relações Ex-teriores, Antonio Patriota, e fez um relato completo sobre as reuniões em Ha-vana. Garcia já está em Brasília, depois de passar os últimos dias de férias no México e de ir a Cuba.

No último dia 11, o pre-sidente venezuelano foi submetido a uma cirurgia para a retirada de um tumor maligno na região pélvica. Em 18 meses, foram quatro cirurgias. Nos últimos dias, aumentaram os rumores

sobre o agravamento do estado de saúde. As ilhas e o irmão Adám Chávez estão em Ha-vana para acompanhar o tratamento.

O presidente em exercício da Venezue-la, Nicolás Maduro, pediu apoio da popu-lação e criticou o que chamou de “guerra psicológica” que se ba-seia nos rumores sobre o estado de saúde do presidente.

Banco de Imagens

Argentina compra

menos 20% do Brasil

A desaceleração da economia na Ar-

gentina fez as expor-tações brasileiras ao país caírem 20,7% em 2012, segundo consul-torias econômicas de Buenos Aires. Entre os setores mais afetados estão os de autopeças, máquinas agrícolas e eletrônicos. Em 2012, quando a economia ar-gentina cresceu menos de 2%, Buenos Aires importou US$ 18 bi-lhões em mercadorias do Brasil. O ano ante-rior, o montante havia

sido de US$ 22,7 bilhões, segundo o economista ar-gentino Maurício Clave-ri, da consultoria Abeceb.

O comércio entre os dois países caiu de US$ 39,6 bilhões em 2011 para US$ 34,4 bilhões no ano passado. Para o economista Matías Ca-rugati, da consultoria Management & Fit, "o maior crescimento argen-tino sempre resultou em maior importação". "O menor crescimento ar-gentino signiica conse-quências negativas para a economia brasileira."

Estado tem 2.465

pessoas desalojadas

O boletim divulga-do no im da tarde

desta segunda-feira (7) pelo governo sobre as vítimas das chuvas no estado informa que os desalojados das chuvas no estado são 2.465 e 706 os desabrigados. Em Angra dos Reis, no litoral sul, aumentou 65 para 320 a quantidade de pessoas desalojados. O município tem ainda 160 desabrigados. Em Mangaratiba, o número de desalojados passou de 90 para 500, além de 90 desabrigados.

Em Duque de Ca-

xias, a quantidade de ca-sas destruídas pelo tem-poral passou de 45 para 200. As residências dani-icadas passaram de 200 para 300. Os desabrigados da enchente cresceram de 276 para 478, em Xerém. O abastecimento de água deve ser retomado total-mente nesta terça-feira (8). O prefeito Alexandre Cardoso disse que toda a vacinação necessária está sendo feita e que não foi registrado até agora casos de diarreia. Segundo ele, “tem uma quantidade de casas enorme totalmente comprometidas”.

Secretaria do Trabalho do Estado oferece

2.249 vagas de emprego esta semana

A Secretaria de Traba-lho e Renda do ESta-

do dispõe esta semana de 2.249 vagas de emprego. Uma das áreas que mais chama a atenção é a cons-trução civil, em razão dos grandes eventos, como Copa das Confederações, este ano, Copa do Mun-do-2014 e os Jogos Olím-picos-2016, além do setor de serviços, também por conta da Jornada Mundial da Juventude e do Rock in Rio. O candidato pode comparecer a um dos 62 postos do Estado do Rio, das 8h30min às 16h, para fazer o seu cadastro e ser encaminhado para entre-vista nas empresas.

Além do salário, o tra-balhador (dependendo da empresa), terá direito ain-da a assistência médica e

odontológica, vale-trans-porte, auxílio refeição e alimentação. O pessoa que possuir cursos de qualiica-ção tem chances de entrar no mercado com mais ra-pidez. Mas para determi-nadas funções a demanda é grande, como pedreiro, marceneiro, ajudante e ser-vente de obras, basta ter concluído o Ensino Funda-mental.

A Região Metropolitana é que mais oferece oportu-nidades: são 1.026 vagas de emprego. Somente no pos-to de Niterói são 172 vagas disponíveis esta semana, sendo 45 para operador de telemarketing, com salário inicial de R$ 672,00; e 30 para estocador, pedreiro e ladrilheiro, com salário de R$ 1.250,00. No setor da construção civil, o que

mais se destaca na Região Metropolitana é a opor-tunidade para pedreiros, com média salarial de R$ 1.250,00. Há ainda ofer-tas no mesmo setor para marceneiro e serralheiro, ambos com um salário de R$1.300,00, e servente de obras, ganhando R$ 952,00. Para o atendimento aos tu-ristas, a função de garçom também estará em alta, com salário em torno de R$ 780,00, além de benefícios.

Também na Região da Baixada Litorânea (572 vagas no total), há chances para pedreiro, servente de obras e ajudante de obras, com salários que variam entre R$680,00 (ajudante de obras) e R$ 1.062,00 (pedreiro). Existem ainda 225 oportunidades para atendente de telemarke-

ting, em Casimiro de Abreu, com um salário de R$ 670,00, sendo esta uma ótima opção para o primeiro empre-go, já que não exige experiência.

Já a Baixada Flu-minense possui 89 ofertas, em que 30 são para recepcionista de crediário e 20 para auxiliar de estoque e em ambas as funções a média de salário é de R$730,00.No Norte e Noroeste Fluminense, 83 vagas são disponi-bilizadas. Para Cam-po dos Goytacazes, 10 são para auxiliar de limpeza, ganhando R$800,00, e em Itape-runa, 50 para auxiliar de linha de produção, recebendo R$ 750,00.

Especialistas alertam para riscos de desequilíbrio

nutricional de crianças e adolescentes no período das férias

Acordar mais tarde, mudar o horário

das refeições, comer em lanchonetes fast food no shopping, exagerar nas guloseimas. Essas são só algumas das atividades adotadas nas férias que al-teram a rotina alimentar da família da professora Pilar Maldonado. "A gente aca-ba icando sem horário. O café, que acontecia às 7 horas, ica para as 9h ou 10h. O almoço, às vezes, é no shopping às 14h e, no jantar, a gente pede pizza. Fica tudo meio atrapalha-do, desregrado", relata a professora que é mãe de Mateus, 11 anos, Clara, 14 anos, e Natália, 16 anos. Assim como ela, muitos pais relaxam na orienta-ção alimentar dos ilhos

neste período, o que pode provocar um desequilíbrio nutricional de crianças e adolescentes. Especialistas do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo, que desenvol-vem o projeto Meu Pratinho Saudável, alertam para os riscos da obesidade infan-til, além de outras doenças, como o diabetes, colesterol alto e a hipertensão.

- Neste período os horá-rios icam irregulares, mas nem por isso os pais devem descuidar da alimentação. Essas outras enfermidades não atingem mais só adultos, a gente observa muito em crianças", destaca a nutri-cionista do projeto, Míriam Furtado. Ela reforça que drásticas alterações na rotina alimentar durante as férias

podem diicultar o retorno a uma alimentação mais re-gular e saudável no período de aulas. "Se sai muito [da rotina], para voltar depois é mais difícil, principalmente para as crianças pela ques-tão da adaptação às regras", explica.

Apesar de abrir algumas concessões ao que os ilhos comem no recesso escolar, Pilar tem que estar sempre alerta. Há seis anos, os três ilhos apresentaram níveis elevados de coles-terol. "O do Mateus ainda está um pou-q u i n h o acima do n o r m a l . Então não

pode ser tudo tão à von-tade. Se tem fast food hoje, no resto da sema-na não vai ter mais esse tipo de comida. Mesmo estando mais livre, tem a preocupação controlar a gordura, os açúcares", pondera.

Mais informações sobre o projeto Meu Pratinho Saudável es-tão disponíveis no site www.meupratinhosau-davel.com.br.

Novo diretor artístico do Theatro Municipal

O maestro Isaac Ka-rabtchevsky é o

novo diretor artístico do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. O anúncio foi feito em nota oicial divulgada nesta segunda-feira (7) pela Fundação Theatro Municipal, vinculada à Secretaria Estadual de Cultura. O maestro Silvio Viegas, que res-pondia pela direção ar-tística, permanecerá na instituição, trabalhando ao lado do novo titular e na função de regente da Orquestra Sinfôni-

ca do Theatro Municipal (OSTM). Com mais de quatro décadas de car-reira, Karabtchevsky, 78 anos, é considerado um ícone da regência no Brasil. Foi diretor artís-tico da Orquestra Sin-fônica Brasileira (OSB) de 1969 a 1994 e, desde 2004, dirige a Orquestra Petrobras Sinfônica. Ao longo de 25 anos esteve à frente do Projeto Aqua-rius, iniciativa de difusão da música clássica que promove concertos em espaços públicos, reunin-do milhares de pessoas.

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Page 7: Edição nº 141

7►08 a 14 de Janeiro de 2013MERCADO & NEGÓCIOS

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Balança comercial fecha 2012

com pior resultado em dez anos

A balança comercial brasileira encerrou o

ano de 2012 com superávit de US$ 19,438 bilhões, in-formou dia 2 o Ministério do Desenvolvimento, In-dústria e Comércio Exte-rior (Mdic). O resultado é o pior desde 2002, quan-do o saldo icou em US$ 13,1 bilhões. Com relação a de 2011, quando houve superávit de US$ 29,794 bilhões, o saldo recuou 34,7%. As exportações no ano passado icaram em US$ 242,58 bilhões con-tra importações de US$ 223,142 bilhões. Na mé-dia diária por dia útil, as vendas externas sofreram queda de 5,3% em 2012 e o volume importado caiu 1,4%.

No resultado anual das exportações, caíram as vendas de produtos semi-

manufaturados (8,3% ante 2011), básicos (7,4%) e manufaturados (1,7%). En-tre os semimanufaturados, podem ser citados como exemplos de queda, o fer-ro fundido e a celulose. A soja, o café (em grão) e o minério de ferro são alguns dos produtos básicos cujas vendas externas caíram. Quanto aos manufaturados, produtos com maior grau de industrialização, houve queda no comércio de au-tomóveis, açúcar reinado e autopeças. Nas importa-ções, caíram as compras de combustíveis e lubrii-cantes (2,4%), matérias--primas (2,2%) e de bens de consumo (1,8%). As compras de bens de capital cresceram, registrando in-cremento de 1,5%.PARCEIROS - A China e os Estados Unidos lidera-

ram o ranking de principais parceiros comerciais do Brasil no ano passado. O país asiático comprou US$ 41,2 bilhões em produtos brasileiros e os norte-ame-ricanos, US$ 26,8 bilhões. Em terceiro lugar, icou a Argentina, com a compra de US$ 18 bilhões em pro-dutos, seguida pelos Países Baixos, que compraram US$ 15 bilhões, e o Japão, US$ 8 bilhões.

Os dados mostram, no entanto, que o Brasil per-deu vendas para alguns dos principais compradores em 2012. As exportações para a Argentina caíram 14,1% no ano e as para a China recuaram 7%. Houve alta somente nas vendas para os Estados Unidos, de 3,5%. Segundo o ministério, isso deveu-se à compra por par-te dos norte-americanos

de produtos siderúrgicos, etanol, aeronaves e partes, eletroeletrônicos, químicos orgânicos, pedra, madeira, automóveis e partes, fumo, obras de ferro fundido, couro, peles e cereais.

No mês de dezembro, as exportações superaram as importações em US$ 2,250 bilhões. No último mês do ano, as vendas para o exterior atingiram US$ 19,749 bilhões e as com-pras de importados icaram em US$ 17,499 bilhões. Na média diária por dia útil, as exportações caíram 1,8% em comparação as de de-zembro de 2011, e 3,5% em relação as de novembro de 2012. Já as importações registraram crescimento de 5% ante as de dezembro de 2011, mas caíram 15,3% na comparação com no-vembro de 2012.

Dr. Jairinho reeleito

1º Secretário na

Câmara do Rio

O Vereador Dr. Jairinho (PSC) foi reeleito pe-

los vereadores da Câmara Municipal do Rio como Primeiro-Secretário da Mesa Diretora, na manhã do dia 1º. A eleição ocorreu em sessão extraordinária no plenário da Casa onde foram eleitos também to-dos os parlamentares que comporão a Mesa, no bi-ênio 2013-2014. O quarto vereador mais votado, Dr. Jairinho teve 43.181 votos. Este será o segundo perío-do legislativo que ele exer-cerá a função, sendo a pri-meira vez nos anos de 2011 e 2012.

Neste período, ele im-plementou importantes ações para aumentar o con-trole e dar mais transparên-cia aos gastos da Câmara. Uma delas foi a criação da Controladoria da Câmara,

diretoria que, desde janei-ro de 2012, acompanha a aplicação do orçamento da instituição. Outra iniciativa relevante foi a criação do Portal da Transparência, sistema online que, desde 2011, passou a divulgar na internet todos os gastos feitos pelo Legislativo Mu-nicipal, a partir de 2011. Outros dois projetos de destaque foram a criação do bairro da Lapa e estabe-lecimento de normas gerais para a realização de con-cursos públicos.

Previdência complementar terá prazo

mínimo para investimentos de seguradoras

O Conselho Monetário Nacional (CMN) ins-

tituiu, por meio de reso-lução, prazo mínimo para os investimentos feitos pelos fundos de previdên-cia complementar aberta. A intenção é promover a substituição das carteiras de investimentos vinculadas às taxas de juros de um dia (DI/Selic) pelas de longo

e médio prazo, mais ade-quadas ao peril desse tipo de fundo. De acordo com a resolução, os gestores das seguradoras e entidades de previdência complementar terão até 31 de dezembro de 2015 para adaptarem suas carteiras ao peril de longo e médio prazo, com duração média de três anos.

Além disso, a partir de 31

de maio deste ano, as enti-dades não poderão encurtar os prazos das carteiras. A resolução foi adotada duran-te reunião extraordinária do CMN em 27 de dezembro, mas só foi divulgada hoje (2). “A gente tem vários incentivos tributários razo-áveis para [o investidor] se manter em longo prazo no plano de previdência. O ges-

tor estava pegando o recur-so e botando em papéis de curto prazo”, explicou Pablo Fonseca, secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda. De acordo com ele, até março de 2012, de R$ 300 bilhões de ativos dos fundos de pre-vidência aberta, 60% esta-vam vinculados às taxas de juros de um dia.

FGTS terá orçamento de R$ 48,9 bilhões este ano

A Caixa Econômica Federal publicou cir-

cular no Diário Oficial da União com a distribuição por áreas dos recursos do orçamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). No to-tal, são R$ 48,9 bilhões previstos para este ano. Desses recursos, R$ 20 bilhões estão destinados à concessão de financia-mentos a pessoas físicas

e empresas, que benefi-ciem famílias com renda mensal bruta de R$ 3.275 enquadradas no Progra-ma Minha Casa, Minha Vida.

A circular estabelece também que R$ 5,345 bi-lhões serão destinados à produção ou aquisição de imóveis novos do progra-ma. Além disso, R$ 120 milhões irão para o finan-ciamento de imóveis do

Minha Casa, Minha Vida situados em áreas rurais e mais R$ 1 bilhão para financiamentos que não estão enquadrados em programas específicos. O orçamento também prevê a destinação de até R$ 4,4 bilhões para o saneamen-to básico, em financia-mentos concedidos aos governos regionais. Pelo texto publicado hoje, R$ 800 milhões serão para

operações de crédito com mutuários do setor priva-do.

Na área de infraestru-tura urbana, até R$ 6 bi-lhões vão para operações de crédito para projetos de mobilidade urbana do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2. Até R$ 1 bilhão, alocados em nível nacional, vão para a execução de ações não inseridas no PAC.

Oposição questiona o

governo durante recesso

O ano legislativo come-çará daqui a um mês,

mas os partidos de oposi-ção se empenham na pre-paração de uma ofensiva contra o governo no Con-gresso. Na Câmara, o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), protocolou nesta segunda-feira (7) re-querimento na Comissão Representativa do Con-gresso Nacional para que o Ministério da Fazenda preste esclarecimentos so-bre vários fatos envolven-do o Banco do Brasil (BB). A comissão faz uma espé-cie de plantão parlamentar durante o recesso.

Em matéria publica-da esta semana, a revista “Veja” traz denúncia de que a ex-chefe de gabinete da presidência da Repúbli-ca em São Paulo, Rosema-ry Noronha, teve inluência na escolha de dirigentes do BB e do fundo de previ-dência dos funcionários do banco (Previ). Além disso, ela teria, segundo a revista,

participado das negocia-ções para a compra, pelo Banco do Brasil, da Nos-sa Caixa. Bueno quer que a comissão representativa do Congresso peça escla-recimentos ao ministério da Fazenda, ao qual o BB é subordinado.

No Senado, é o PSDB que comanda uma tentati-va de convocar o ministro Guido Mantega (foto), e a ministra do Planejamento, Míriam Belchior, na Co-missão de Assuntos Eco-nômicos (CAE), tão logo os trabalhos da Casa sejam retomados. Os oposicio-nistas querem explicações sobre o procedimento con-tábil adotado pelo governo, no último dia do ano, para garantir o cumprimento da meta iscal e do superávit primário. A aprovação do requerimento para con-vocar o ministro deverá aguardar o início dos traba-lhos legislativos e a eleição de novos membros e do presidente da CAE.

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Page 8: Edição nº 141

8 ►08 a 14 de Janeiro de 2013MERCADO & NEGÓCIOS

Brasil pode ir à OMC

contra embargo à carneA ministra interina do

Desenvolv imento , Indústria e Comércio Ex-terior (Mdic), Tatiana Pra-zeres, disse que o Brasil pode recorrer à Organiza-ção Mundial de Comércio (OMC) contra os países que anunciaram embargo à carne brasileira em razão da suspeita de contamina-ção pela encefalopatia es-pongiforme bovina (EEB), conhecida como mal da vaca louca. Segundo Tatia-na Prazeres, na avaliação do governo não há justi-icativa para as barreiras aos produtos brasileiros. A ministra interina comentou o assunto durante a divul-gação dos resultados da ba-lança comercial em 2012, no último dia 2.

A possibilidade de ir à OMC já havia sido le-vantada pelo secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimen-

to (Mapa), Ênio Marques Pereira. No último mês, o secretário disse que o go-verno dará prazo até março de 2013 para que os países que suspenderam as com-pras da carne brasileira retirem o embargo. Desde que os primeiros países anunciaram o embargo, o Brasil tem feito esforço para tentar reverter a sus-pensão, prestando esclare-cimentos sobre a doença.

De acordo com o Mapa, o caso conirmado no Pa-raná de um animal que morreu em 2010 é uma ocorrência não clássica da doença. De acordo com o órgão, apesar da presença do agente causador da EEB não houve manifestação da doença da vaca louca. As informações oiciais do Mi-nistério da Agricultura são que, até o momento, Coreia do Sul, Arábia Saudita, Ja-pão, África do Sul, Taiwan, Jordânia e Chile adotaram

o embargo. A Jordânia sus-pendeu as compras apenas do Paraná, e o Chile so-

mente de farinha de carne e ossos do rebanho bovino brasileiro.

Banco de Imagens

Camelôs estão proibidos de

trabalhar no centro de Caxias

Trabalhadores infor-mais que atuam no

centro de Duque de Caxias não poderão trabalhar nas próximas duas semanas. Eles se disseram surpresos com a proibição a eles co-municada no início desta segunda-feira (7) por parte do serviço de iscalização da Secretaria Municipal de Serviços Públicos. Cer-ca de três pessoas atuam no comércio ambulante no centro da cidade, número este não conirmado pela

Prefeitura.A Secretaria de Ser-

viços Públicos, através da Secretaria de Comu-nicação, Relações Insti-tucionais e Cerimonial, conirmou ao Capital a suspensão do trabalho dos informais durante 15 dias, para um melhor or-denamento das atividades. Acrescentou que nesse período a Prefeitura fará reuniões com os grupos de trabalhadores cadastrados e não cadastrados.

Estado do Rio estima

R$ 47 bilhões em

investimentos até 2016

A Companhia de Desen-volvimento Industrial

(Codin) fechou 2012 com um balanço positivo para o Estado do Rio de Janeiro. Em carteira existem hoje pelo menos 145 empreen-dimentos sendo implemen-tado no Estado, com pre-visão de serem concluídos até 2016. No total, esses empreendimentos somam investimentos de R$ 47 bilhões. O levantamento considera base nos projetos produtivos em andamento ou prospecção no território luminense. Se forem 100% conirmados, esses empre-endimentos deverão gerar 76.456 empregos no estado.

- Fornecemos aos poten-ciais investidores orienta-ção tributária, informações sobre terrenos, logística e até inanciamento. Por isso, quase toda empresa que vem para o Rio passa pela Codin - diz Concei-ção Ribeiro, presidente da companhia., subordinada à Secretaria estadual de De-senvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Servi-ços (Sedeis). O Secretário de Desenvolvimento Eco-

nômico, Julio Bueno, des-taca que os investimentos da Petrobras não integram o mapeamento da Codin, porque não passam pelo governo do Rio. “Os pro-jetos listados pela Codin são basicamente das áreas industrial e de logística”, ressalta ele, lembrando que pelo estudo anual desen-volvimento pela Firjan, há expectativa de serem in-vestidos no Rio de Janeiro um volume ainda maior, de R$ 211,5 bilhões.

No levantamento, ela-borado pela Codin, a in-dústria naval lidera em volume de investimentos (R$ 13,488 bilhões) e gera-ção de empregos (37.230), como mostra a tabela abai-xo. Ainda de acordo com a Codin, as regiões Norte luminense, Médio Para-íba, Metropolitana e Bai-xada concentram 97% dos investimentos. Dois terços vão para as duas primei-ras, polos das indústria de petróleo e gás e automoti-va, respectivamente. Nas contas da Codin, R$ 430 milhões ainda não têm des-tino geográico deinido.

Divulgação/SCERJ

IGP-DI fecha o ano de 2012 com inlação de 8,1%

A inlação medida pelo Índice Geral de Preços

– Disponibilidade Interna (IGP-DI) fechou 2012 com taxa de 8,1%. O índice é superior aos 5% registra-dos em 2011, de acordo com dados divulgados nes-ta segunda-feira (7) pela Fundação Getulio Vargas

(FGV). Entre os três su-bíndices que compõem o IGP-DI, a principal alta foi observada pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação de preços no atacado. Em 2012, o subíndice registrou inlação de 9,13%, mais do que o dobro registrado em

2011 (4,12%).Já os outros dois subín-

dices, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), re-gistraram, em 2012, taxas inferiores às observadas em 2011. O IPC, que havia tido uma inlação de 6,36%

em 2011, fechou o ano pas-sado com taxa de 5,74%. Já o INCC passou de 7,49% para 7,12% no período.

Em dezembro, o IGP--DI registrou inlação de 0,66%. O índice é calcula-do com base nos preços co-letados entre os dias 1º e 31 do mês de referência.

Vendas de carros e comerciais

leves cresceram mais de 6%

As vendas de carros e veículos comerciais

leves (como vans e fur-gões) no mercado interno cresceram 6,11% em 2012 em comparação as do ano anterior. Segundo balanço divulgado no último dia 3 pela Federação Nacional da Distribuição de Veícu-los Aumotores (Fenabra-ve), foram comercializadas 3.634.421 unidades no acu-mulado do ano passado, va-lor maior que as 3.425.270

unidades vendidas em todo o ano de 2011.

Considerando automó-veis, veículos comerciais leves, caminhões e ônibus, as vendas em 2012 subiram 4,65% em 2012 em relação ao ano anterior, com a co-mercialização de 3.801.859 unidades. Para 2013, a Fe-nabrave projeta crescimen-to de 2,82% nas vendas de veículos (automóveis, co-merciais leves, caminhões, ônibus e motos).