edição nº 125

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MERCADO & NEGÓCIOS Inscrições gratuitas para curso de Sistemas de Aquecimento Solar Capital EMpRESa JORNalÍStiCa ltDa ►11 a 17 setembro de 2012 Ano 4 nº 125 www.jornalcapital.jor.br Indicadores / Câmbio R$1 Atualidade Compra Venda % Fechamento: 10 de SetemBRo de 2012 ►PÁGINA 2 Copom descarta reajuste da gasolina ►PÁGINA 4 Comércio também quer desconto na energia elétrica Cai o número de pedidos de falência em agosto O presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior, disse que o setor varejista também quer o benefício da redução anunciada pela presidenta Dilma. ►PÁGINA 3 Wilson Dias-ABr Balança tem saldo superior a US$ 1 bilhão A balança comercial brasileira registrou saldo de US$ 1,028 bilhão na primeira semana de setem- bro. O resultado é fruto de exportações no valor de US$ 4,445 bilhões e de importações equivalentes a US$ 3,417 bilhões, segundo números divulgados nesta se- gunda-feira (10) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). No acumulado do ano, o superávit comercial soma US$ 14,198 bilhões - resultado da diferença entre as vendas externas de US$ 165,043 bilhões e compras internacionais de US$ 150,845 bilhões. Houve queda de 30% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o saldo comer- cial registrado somou US$ 20,3 bilhões. ►PÁGINA 2 Conab estima recorde na produção de café A produção de café no Brasil deverá chegar a 50,48 milhões de sacas este ano, um crescimento de 16,1% na comparação com a safra anterior (43,48 milhões de sacas). De acordo com a Compa- nhia Nacional de Abas- tecimento (Conab), o bom desempenho deve- rá resultar em safra re- corde e se deve aos in- vestimentos feitos pelos produtores ►PÁGINA 7 Banco de Imagens Entrada e saída de dólares tem saldo negativo de US$ 896 milhões Tesouro Nacional capta US$ 1,35 bilhão nos EUA, Europa e Ásia Deputada de Duque de Caxias representa a Alerj em encontro da ONU Burocracia atrapalha competição entre a maioria das empresas BB e Caixa reduzem taxas de juros de cartões de crédito O fluxo cambial, resultado de entrada e saída de dólares, fechou agosto negativo em US$ 896 mi- lhões, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC). É a segunda vez no ano que o fluxo cambial fecha um mês negativo. Em maio, o saldo negativo foi US$ 2,691 bilhões. ►PÁGINA 2 O Banco do Brasil (BB) informou que reduziu as taxas de juros para o parcelamento das faturas dos cartões Ourocard em ►PÁGINA 3 ►PÁGINA 4 ►PÁGINA 8 Dolar Comercial 2,039 2,041 0,10 Dólar turismo 1,940 2,080 0,95 ibovespa 58,404,10 0,14 cerca de 30%. Segundo o BB, as taxas saíram do patamar de 2,88% a 5,7% ao mês para o intervalo de 1,94% a 3,94% ao mês. A Caixa Econômica Fede- ral também anunciou re- dução das mesmas taxas, após anúncio feito pelo Banco do Brasil. Segun- do a Caixa, a redução na taxa anual do rotativo dos cartões de crédito, por exemplo, chega a até 52%. ►PÁGINA 3

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Jornal Capital - Edição nº 125

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Page 1: Edição Nº 125

MERCADO & NEGÓCIOS

Inscrições gratuitas para curso

de Sistemas de Aquecimento Solar

Capital EMpRESa JORNalÍStiCa ltDa ● ►11 a 17 setembro de 2012

Ano 4 ● nº 125www.jornalcapital.jor.br

Indicadores / Câmbio

R$1

Atualidade Compra Venda %

Fechamento: 10 de SetemBRo de 2012

►PÁGINA 2

Copom descarta reajuste da gasolina►PÁGINA 4

Comércio também querdesconto na energia elétrica

Cai o número

de pedidos de

falência em agosto

O presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior, disse que o setor varejista também quer o benefício da redução anunciada pela presidenta Dilma. ►PÁGINA 3

Wilson Dias-ABr

Balança tem saldo

superior a US$ 1 bilhão

A balança comercial brasileira registrou saldo de US$ 1,028 bilhão na primeira semana de setem-

bro. O resultado é fruto de exportações no valor de US$ 4,445 bilhões e de importações equivalentes a US$ 3,417 bilhões, segundo números divulgados nesta se-gunda-feira (10) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). No acumulado do ano, o superávit comercial soma US$ 14,198 bilhões - resultado da diferença entre as vendas externas de US$ 165,043 bilhões e compras internacionais de US$ 150,845 bilhões. Houve queda de 30% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o saldo comer-cial registrado somou US$ 20,3 bilhões.

►PÁGINA 2

Conab estima recorde na produção de café

A produção de café no Brasil deverá

chegar a 50,48 milhões de sacas este ano, um crescimento de 16,1% na comparação com a safra anterior (43,48 milhões de sacas). De acordo com a Compa-nhia Nacional de Abas-tecimento (Conab), o bom desempenho deve-rá resultar em safra re-corde e se deve aos in-vestimentos feitos pelos produtores

►PÁGINA 7

Banco de Imagens

Entrada e saída de

dólares tem saldo negativo

de US$ 896 milhões

Tesouro Nacional capta US$ 1,35 bilhão nos EUA, Europa e Ásia

Deputada de Duque de Caxias representa a Alerj

em encontro da ONU

Burocracia atrapalha

competição entre a

maioria das empresas

BB e Caixa reduzem taxas de

juros de cartões de créditoO fluxo cambial, resultado de entrada e saída de

dólares, fechou agosto negativo em US$ 896 mi-lhões, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC). É a segunda vez no ano que o fluxo cambial fecha um mês negativo. Em maio, o saldo negativo foi US$ 2,691 bilhões.

►PÁGINA 2

O Banco do Brasil (BB) informou que reduziu

as taxas de juros para o parcelamento das faturas dos cartões Ourocard em

►PÁGINA 3

►PÁGINA 4

►PÁGINA 8

Dolar Comercial 2,039 2,041 0,10Dólar turismo 1,940 2,080 0,95ibovespa 58,404,10 0,14

cerca de 30%. Segundo o BB, as taxas saíram do patamar de 2,88% a 5,7% ao mês para o intervalo de 1,94% a 3,94% ao mês. A

Caixa Econômica Fede-ral também anunciou re-dução das mesmas taxas, após anúncio feito pelo Banco do Brasil. Segun-

do a Caixa, a redução na taxa anual do rotativo dos cartões de crédito, por exemplo, chega a até 52%. ►PÁGINA 3

Page 2: Edição Nº 125

2 ►11 a 17 de Setembro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

MERCADO & NEGÓCIOS

Na internet: www.jornalcapital.jor.br

Filiado À ADJORI - Associação de Jornais do Interior Capital Empresa Jornalística LtdaCNPJ 11.244.751/0001-70

Av. Governador Leonel Brizola (antiga Presidente Kennedy), 1995 - Sala 804Edifício Sul América - Centro, CEP 25.020-002 - Duque de Caxias, Rio de Janeiro

Telefax: (21) 2671-6611Endereços eletrônicos:

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TIRAGEM: 10.000 exemplares(assine o Capital: 21 2671-6611)

IMPRESSÃO: ARETÉ EDITORIAL S/ACNPJ 00.355.188/0001-90

Departamento Comercial:(21) 2671-6611 / 8400-0441 / 7854-7256 ID 8*21653

Diretor Geral: Marcelo CunhaDiretor de Redação: Josué Cardoso ([email protected])

Colaboradores: Alberto Marques, Arthur Salomão, Carlos Erbs, Dilma Rousseff, Geiza Rocha,

Moreira Franco, Priscilla Ricarte,Roberto Daiub e Rodrigo de Castro.

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

Ponto de Observação

alberto marques

Recrutas terão qualificação profissional do Senai-RJ

Cerca de 3 mil re-crutas das Forças

Armadas que entram e saem a cada ano do ser-viço militar no Estado do Rio de Janeiro serão beneiciados com progra-mas de qualiicação pro-issional do Serviço Na-cional de Aprendizagem Industrial-Senai-RJ. O ministro da Defesa, Celso Amorim, e o presidente da Federação das Indús-trias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Gouvea Vieira, acaba,de assinar proto-colo de intenções com esse objetivo.“Estamos colocando à disposição do ministério a capacida-de do Senai do Rio para qualiicar os jovens que estavam engajados nas Forças Armadas de algu-ma forma”, disse Gouvea Vieira, lembrando que a entidade já promove ser-

viço similar para as forças de segurança Civil e Mili-tar do estado. “E queremos estender isso para as For-ças Armadas, aqui no Rio”. O objetivo é preparar esses jovens e seus parentes para o mercado de trabalho, in-formou a diretora de Edu-cação da Firjan, Andrea Marinho.

Celso Amorim obser-vou que o convênio com a Firjan irá se somar ao Pro-grama Soldado Cidadão, que também já presta ser-viços aos militares no cam-po da qualiicação prois-sional. “Os brasileiros que prestam serviço militar vão se beneiciar muito. Essa oportunidade de aperfeiço-amento, especialmente no Rio de Janeiro, eu acho de grande valia”, declarou. O presidente da Firjan desta-cou o papel “histórico e de fundamental importância” exercido pelas Forças Ar-madas no processo de pa-ciicação de comunidades

populares no Rio de Janei-ro, em parceria com as for-ças de segurança estaduais e com o setor privado.

Programas de cidadania implementados pelo Sis-tema Firjan nessas comu-nidades preveem totalizar 350 mil atendimentos até o inal deste ano. Andrea Ma-rinho enfatizou que a meta é promover a qualiicação especíica para os jovens recrutas, de modo que eles possam “ser incorporados e incluídos no crescimento econômico do estado”. Ela propôs ao ministro Celso Amorim que as Forças Ar-madas ofereçam, em con-trapartida ao programa, es-paços e oicinas existentes nos quartéis para a prática pedagógica por professores do Senai-RJ. Por meio de contatos com os próprios quartéis, já foram identi-icadas áreas de interesse para formação dos recrutas na construção civil, setor automotivo, eletricidade,

refrigeração, paniica-ção, informática, entre outras.

Essa guinada das For-ças Armadas no sentido de preparar o jovem re-servista para o merca-do de trabalho signiica que o Governo deixará de preparar “soldados” para atuar como “mão de obra qualiicada” do tráico de drogas e ar-mas. É comum a prisão de recrutas que, na fal-ta de qualiicação para disputar o mercado de trabalho, “aceita ser ar-meiro ou “segurança” das quadrilhas que agem no Estado do Rio.Com essa parceria Firjan-Mi-nistério da Defesa, tere-mos mais proissionais qualiicados a serviço do desenvolvimento da economia luminense, ao mesmo tempo que corta-mos o “suprimento” de mão de obra barata para os bandidos.

(*) Fechamento: 10 de SetemBRo de 2012

Cai o número de pedidos

de falência em agostoOs pedidos de falência

registrados em agosto caíram para 192. Em julho, 200 empresas izeram esse tipo de pedido, segundo in-formações do Indicador Se-rasa Experian de Falências e Recuperações. Em agos-to de 2011, 170 empresas pediram falência. Entre as organizações que izeram o pedido de falência em

agosto de 2012, 118 eram micro e pequenas empresas, 50 médias e 24 empresas de grande porte. No acumula-do do ano, foram 1.367 pe-didos contra 1.214 no mes-mo período do ano passado.

De acordo a Serasa Ex-perian, na comparação mês-mês, os números indi-cam sinais de recuperação, apesar de ainda haver um

grande volume de empre-sas que precisam reverter prejuízos. Já com relação ao acumulado do ano pas-sado, houve estagnação da atividade econômica que iniciou um período crítico para as inanças das empre-sas.

Os economistas da Sera-sa Experian apontam que a redução dos juros tem sido

positiva, assim como os benefícios iscais que con-tribuem para a volta gra-dual dos consumidores às compras. “Nessa direção, pode-se destacar o setor automotivo, que conta com a redução do IPI [Imposto sobre Produtos Industria-lizados] para veículos no-vos”, dizem os economis-tas da entidade.

Entrada e saída de dólares

tem saldo negativo de

US$ 896 milhões

O luxo cambial, re-sultado de entrada e

saída de dólares, fechou agosto negativo em US$ 896 milhões, segundo da-dos divulgados dia 5 pelo Banco Central (BC). É a segunda vez no ano que o luxo cambial fecha um mês negativo. Em maio, o saldo negativo foi US$ 2,691 bilhões. No mês pas-sado, o segmento inan-ceiro (investimentos em títulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior e investimentos estrangeiros diretos, entre outras ope-rações) apresentou saldo negativo de US$ 222 mi-lhões. O luxo comercial (operações relacionadas a

exportações e importações) também icou negativo, em US$ 674 milhões.

De janeiro a agosto, no entanto, o luxo cam-bial está positivo em US$ 22,989 bilhões, ante US$ 59,813 bilhões registrados em igual período do ano passado. Nos oito meses deste ano, o luxo inancei-ro icou positivo em US$ 3,929 bilhões, e o comer-cial em US$ 19,06 bilhões. O BC também informou que os bancos fecharam agosto em posição compra-da (o que indica expectati-va de alta do dólar) de US$ 1,881 bilhão. Em julho, a posição comprada icou em US$ 2,679 bilhões.

Banco de Imagens

Receita libera consulta ao quarto lote de restituições

Além de liberar, nesta terça-feira (11), a con-

sulta ao quarto lote de resti-tuição do Imposto de Renda deste ano, a Receita Federal disponibilizará, no mesmo dia, consulta aos lotes de 2008, 2009, 2010 e 2011. De acordo com a Receita, na

segunda-feira seguinte (17), serão creditadas, simulta-neamente, as restituições referentes ao quarto lote de 2012 e às residuais dos anos de 2008, 2009, 2010 e 2011. Será feito depósito bancário de R$ 1,8 bilhão para 1,958 milhão de contribuintes. A

maior parte dos pagamentos refere-se a este exercício, cujo aporte totalizará R$ 1,7 bilhão destinados a 1,928 milhão de contribuintes.

Os contribuintes que não entraram nas relações de restituição liberadas até o momento devem veriicar

no extrato da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2012 se existem pen-dências ou outros motivos para a retenção em malha ina. O documento está dis-ponível no Centro Virtual de Atendimento ao Contribuin-te (e-Cac).

Cambio

Moeda Compra (r$) Venda (r$) Variação %

Dolar Comercial 2,039 2,041 0,10

Dólar turismo 1,940 2,080 0,95

Moeda Compra (U$) Venda (U$) Variação %

Coroa Dinamarca 5,840 5,843 0,48

Dólar austrália 1,033 1,033 0,48

Dólar Canadá 0,977 0,977 0,06

Euro 1,275 1,275 0,46

Franco Suíça 0,945 0,946 0,19

iene Japão 78,230 78,310 0,08

libra Esterlina inglaterra 1,598 1,599 0,15

peso Chile 474,550 475,450 0,18

peso Colômbia 1.796,950 1.797,510 0,20

peso livre argentina 4,625 4,675 0,00

peso México 13,077 13,087 0,73

peso Uruguai 21,250 21,450 0,00

bolsa

Valor Variação %

ibovespa 58,404,10 0,14

IbX 20.875,92 0,02

Dow Jones 13.254,29 0,39

Nasdaq 3.104,02 1,03

Merval 2.371,61 0,43

Commodities

Unidade Compra US$ Venda US$ Variação %

Petróleo - brent barril 113,580 113,600 0,18

Ouro onça troy 1.725,900 1.726,900 0,01

prata onça troy 33,320 33,380 0,06

platina onça troy 1.586,500 1.596,500 0,00

paládio onça troy 666,500 671,500 0,15

indicadores

poupança 11/09 0,500

tR 10/09 0,000

Juros Selic meta ao ano 7,50

salário mínimo (Federal) r$ 622,00

Page 3: Edição Nº 125

3►11 a 17 de Setembro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Conversa com a Presidentaencaminhe perguntas para a Presidenta

dILma RoUSSeFF:

[email protected] ou

[email protected]

CANDICE RENNER, 29 anos, professora de Macaé (RJ) - Tenho uma dúvida quanto às plataformas

de petróleo que existem no litoral brasileiro. Nós, brasileiros, já construímos plataformas? Já temos plataformas fabricadas aqui no Brasil?

Presidenta Dilma – Sim, Candice, nós temos plataformas construídas no Brasil e estamos construindo muitas mais. A primeira plataforma de perfuração de petróleo construída no Brasil foi a P-I (Petrobras I), que entrou em operação em 1968, em Sergipe. Mas na década de 90 nossa indústria naval quase deixou de existir, pois comprávamos todas as plataformas prontas no exterior. Em 2003, o presidente Lula determinou que nossas plataformas passassem a ser construídas no Brasil, para recuperar nossa indústria naval e para gerar emprego e renda no país. Como resultado desta política, a primeira plataforma integralmente construída no Brasil, a P-51, com mais de 75% de conteúdo local, saiu do Estaleiro BrasFels, em Angra dos Reis (RJ). Destinada a águas profundas, desde janeiro de 2009 ela produz petróleo e gás no campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos (RJ). Os estaleiros brasileiros estão com encomendas de 21 plataformas de produção e 30 sondas de perfuração. Tudo isso representa geração de emprego e renda no Brasil e mais impulso à nossa indústria naval.

ERNO WALTER SCHMIDT, 55 anos, agricultor de Navegantes (SC) - Sou agricultor e gostaria de

saber o que é a política de preços mínimos e como é

que isso beneicia a nós, agricultores.Presidenta Dilma – Erno, a Política de Garantia

de Preços Mínimos (PGPM) é um instrumento para ajudar o produtor rural a vender sua produção por um preço que remunere seu trabalho - mesmo quando os preços agrícolas estão excessivamente baixos - e também para regular os preços pagos pelos consumidores, evitando os efeitos de altas excessivas. Isso acontece de duas formas: o governo federal, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), compra a produção e a destina para estoques estratégicos e a programas sociais ou emergenciais, ou complementa, para o produtor, a diferença entre o preço mínimo e o que ele receber vendendo seu produto no mercado. Hoje, a PGPM é aplicada a 64 produtos estratégicos para o abastecimento e que precisam de estímulos do governo federal. Entre eles está o milho, o arroz, o feijão e a mandioca. Desde 2011, o governo tem uma linha especíica da PGPM para a agricultura familiar. Para entender melhor como funciona a PGPM, veja o exemplo do milho que, neste ano, foi afetado pela estiagem e teve os preços no mercado aumentados para até R$ 35 a saca de 60 quilos. Para não prejudicar os produtores de suínos, aves e leite que usam milho na ração animal, o governo vendeu a saca de milho a R$ 21 no Sul e a R$ 18,10 no Nordeste. Por outro lado, se o preço icar muito baixo, o governo pode comprar pelo preço mínimo estabelecido pela PGPM. Desta forma, Erno, a política beneicia tanto os produtores quanto os consumidores.

CARLOS ALBERTO E SILVA, 54 anos, gerente no Rio de Janeiro (RJ) - Presidenta, como está a nossa pauta de exportações? Pretendemos crescer?

Presidenta Dilma - Carlos, temos uma pauta de exportações diversiicada. Vendemos desde produtos primários, como minerais e alimentos, até produtos industrializados - de alimentos processados a aparelhos eletroeletrônicos e aviões. Neste ano, as exportações brasileiras somaram US$ 160,6 bilhões até agosto, valor próximo ao recorde histórico de US$ 166,7 bilhões, alcançado entre janeiro e agosto de 2011. Trabalhamos para aumentar este valor, ampliar o conjunto de bens que exportamos e conquistar novos mercados, especialmente na Ásia, na África, na América Latina e na Europa Oriental. O Plano Brasil Maior trouxe várias medidas para elevar a competitividade dos produtos brasileiros, sobretudo dos industrializados. Fizemos várias reduções de tributos que, em 2012, representarão um montante de R$ 43,4 bilhões. São benefícios que envolvem a folha de pagamento de diversos setores e estímulos às micro e pequenas empresas, entre outros, gerando incentivos às exportações. Também aprimoramos os mecanismos de defesa dos interesses dos produtores brasileiros nos fóruns internacionais e investimos em tecnologia, inovação e segurança sanitária. Estas ações estão garantindo que, mesmo diante de um cenário internacional adverso, o Brasil tenha bons resultados na balança comercial e continue com nossa economia crescendo.

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Faperj investe mais em instituições de pesquisas

Cresce a produção de lores no estado do Rio de Janeiro

Comércio também quer redução

de tarifas de energia elétrica

O presidente da Con-federação Nacional

de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizza-ro Junior, disse que o setor varejista considera posi-tiva a medida de redução das tarifas de energia elé-trica anunciada dia 6 pelo governo. No entanto, rei-vindica que o comércio também seja contemplado com o benefício, por en-quanto destinado apenas à indústria e aos consumido-res residenciais. De acordo com Pellizzaro, na última quarta-feira (5), a CNDL enviou correspondência ao Ministério da Fazenda so-bre o assunto.

- É uma boa iniciativa, vai impactar positivamen-te as empresas e famílias. A gente apenas gostaria

que fosse estendida a to-dos. Traria melhorias na capacidade de investimen-to dos varejistas - airmou o presidente da CNDL. A presidenta Dilma Rousseff anunciou, em seu pronun-

ciamento por ocasião do Sete de Setembro, a in-tenção de reduzir a tarifa de energia em 28% para a indústria e em 16,2% para as residências. Os detalhes da medida serão anuncia-

José Cruz-ABr

dos nesta terça-feira (11). O preço menor deve passar pela diminuição ou extin-ção de encargos setoriais cobrados atualmente, que representam cerca de 10% do preço da energia.

Presidenta quer estimar a competitividade

A redução do preço da energia deve passar

pela diminuição ou extin-ção de alguns dos dez en-cargos setoriais cobrados atualmente, que represen-tam cerca de 10% do pre-ço da energia. O governo também deverá anunciar a renovação das conces-sões do setor elétrico que

começam a vencer a partir de 2015, como hidrelé-tricas e linhas de trans-missão. A diminuição do preço da energia faz parte da estratégia do governo para reativar a economia, que, segundo Dilma, já está se recuperando dos efeitos da crise inanceira internacional. A medida,

segundo a presidenta, vai agregar o fator competi-tividade ao tripé do atual modelo de desenvolvi-mento do Brasil, baseado em estabilidade, cresci-mento e inclusão. Dilma explicou ainda que a di-minuição para o setor pro-dutivo será maior porque os custos de distribuição

da energia são menores, já que as indústrias ope-ram em alta tensão. Além de avanços na infraestru-tura, a presidenta também defendeu a manutenção da tendência de queda de juros e de diminuição da carga tributária para que o país continue a gerar em-pregos.

A presidenta participou da solenidade de comemoração de 7 de Setembro

BB e Caixa reduzem taxas de juros

para parcelamento de cartões

O Banco do Brasil (BB) informou que reduziu

as taxas de juros para o par-celamento das faturas dos cartões Ourocard em cerca de 30%. Segundo o BB, as taxas saíram do patamar de 2,88% a 5,7% ao mês para o intervalo de 1,94% a 3,94% ao mês. Segundo o BB, o parcelamento das faturas já alcançou volume de R$ 500 milhões contra-tados no período de abril (lançamento do Programa Bom Pra Todos, de redução de juros) a agosto deste ano - crescimento de 34%, em

relação ao mesmo período do ano passado. As novas

taxas valem para as faturas com vencimento a partir de 17 de setembro e já cons-tam das que passaram a ser enviadas ontem para os clientes do banco.

Já a Caixa Econômica Federal também reduziu as taxas de juros dos cartões

de crédito, após anúncio feito pelo Banco do Brasil. Segundo a Caixa, a redução na taxa anual do rotativo dos cartões de crédito, por exemplo, chega a até 52%. “As alterações nas taxas do rotativo beneiciam todos os clientes e se estendem até dezembro de 2012”, in-

formou o banco. No caso do cartão Nacional, a taxa anual saiu de 200,67% para

95,17%. O cartão com taxa mais barata, o Platinum, teve redução de 84,22% para 73,84%. O cartão In-ternacional/Universitário teve redução de 179,03% para 95,17%. O Gold passou de 146,58% para 73,84%. No parcelamento de fatura, a Caixa fez uma redução na taxa anual de até 36,87%. As novas ta-xas estão disponíveis para as compras realizadas em setembro, lançadas nas fa-turas a partir de outubro. O prazo de parcelamento é de até 36 vezes.

Tesouro capta US$ 1,35 bilhãonos EUA, Europa e Ásia

O Tesouro Nacional anunciou dia 6 o re-

sultado da emissão de títu-los do governo brasileiro, conhecidos como bônus da República, com vencimen-to em 5 de janeiro de 2023.

O volume vendido chegou a US$ 1,35 bilhão, sendo que US$ 1,25 bilhão foram destinados aos mercados europeu e norte-america-no, e US$ 100 bilhões, ao mercado asiático.

A emissão de títulos foi liderada pelos bancos Deutsche Bank e BTG Pac-tual. Os papéis foram emi-tidos com cupom de juros de 2,625% ao ano, e a taxa de retorno para o investidor

icou em 2,686% ao ano. O dinheiro estará nas reservas internacionais em 12 de se-tembro, e os cupons serão pagos nos dias 5 de janeiro e 5 de julho de cada ano, até o vencimento em 2023.

Page 4: Edição Nº 125

4 ►11 a 17 de Setembro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

RodRIGo de caStRo é

jornalista e pós-graduado em

marketing e comunicação empresarial

pela Universidade Federal de Juiz de Fora (mG)

Bastidoresda ALERJ

O risco Freixo mexe até com Lula

O até aqui razoável desempenho de Marcelo Freixo (Psol) na disputa pela Prefeitura do Rio tem reforçado os ar-

gumentos de membros do PT que querem a candidatura do senador Lindbergh ao governo estadual em 2014. Para os petistas, o partido corre risco de perder seu espaço junto ao eleitorado carioca de esquerda se mantiver sua subordinação ao PMDB. Até mesmo o seu “líder maior”, o ex-presidente Lula, já estaria inclinado a aceitar a ideia.

Já corre nos bastidores que caso o governador Sérgio Ca-bral renuncie ao mandato para permitir que seu vice, Pezão, dispute a eleição já à frente do cargo, o PT deixaria a aliança. Para o PT, não seria razoável participar do eventual governo de Pezão caso Lindbergh venha a enfrentá-lo nas urnas.

Com o possível aval de Lula a candidatura de Lindber-gh, Sérgio Cabral se mexe para tentar salvar a parceria. Já gravou participação no programa de TV e fez caminhadas ao lado do candidato do PT a Prefeitura de Niterói, Rodrigo Neves. Vale lembrar que por lá, os outros dois candidatos (Sérgio Zveiter e Felipe Peixoto) também eram secretários de estado do governo Cabral.

E não é somente na esfera estadual que o PT caminha dividido. Em Duque de Caxias, os petistas ligados a Cabral marcham sem timidez com Washington Reis (PMDB) e o grupo ligado a Lindbergh apóia Alexandre Cardoso (PSB).

Por falar em Freixo...O Ministério Público questionou o show de apoio ao

candidato a prefeito do Rio, Marcelo Freixo (Psol) ideali-zado por Chico Buarque e Caetano Veloso. Para a procura-doria eleitoral, mesmo que o candidato não esteja presente, o evento se caracteriza como “showmício”, que é proibido pelo TRE.

A estratégia fazia parte de um plano audacioso de arreca-dação de fundos para a campanha que já se iniciou através de doações online pelo site oicial de campanha e pretendia dar fôlego para Freixo continuar subindo nas pesquisas de intenção de votos.

Deputada Claise Maria participa de

encontro internacional da ONUOrganizado pelo Es-

critório Regional do Alto Comissariado das Na-ções Unidas para os Direi-tos Humanos, juntamente com a Secretaria Estadu-al de Assistência Social e Direitos Humanos (SEAS-DH) e o Conselho Estadu-al de Defesa dos Direitos Humanos, foi realizada na quinta-feira (6) a abertura do 1º Encontro Internacio-nal sobre Planos de Ação em Direitos Humanos, na sede do Ministério Público do Estado do Rio de Janei-ro, que reuniu representan-tes de vários países, espe-cialmente os da América Latina, que compartilham experiências dos governos nacionais e subnacionais na elaboração de Diagnós-ticos e Planos de Direitos Humanos nas suas regiões. Presidente da Comissão de Assuntos da Criança, Adolescente e Idoso, a de-putada Claise Maria Zito (PSD) representou a Alerj na cerimônia, em que tam-bém estavam presentes a ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos, o Secretário es-tadual de Assistência So-cial e Direitos Humanos, Antonio Claret e Amerigo Incalcaterra, representante regional para América do Sul do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

O encontro faz parte de um acordo de cooperação assinado no ano passado

entre a ONU e a SEAS-DH, para que o organismo internacional pudesse dar apoio técnico, inclusive oferecendo capacitações na área dos Direitos Huma-nos. O Plano de Direitos Humanos é um importan-te instrumento para deinir prioridades e estratégias, usando como base o que é identiicado pela sociedade como violação dos Direi-tos Humanos. É diretriz da ONU que todos os Estados Nacionais tenham seus pla-nos de Direitos Humanos. A ONU, inclusive, incen-tiva a troca de experiên-cias entre países para que todos possam elaborar o seu. "Este evento é de ex-trema importância para o fortalecimento dos Direi-tos Humanos no Estado e

no Brasil e também por ter reunido representantes de outros países que vieram compartilhar suas experi-ências. Desenvolver um plano é necessário para o fortalecimento da demo-cracia e, consequentemen-te, para o progresso econô-mico e social e a garantia de direitos de todos", assi-nalou a deputada.

A ministra Maria do Rosário, por sua vez, ex-plicou: “O Estado do Rio de Janeiro está construin-do o seu segundo Plano Estadual de Direitos Hu-manos e tem metas claras para atingir todos os se-guimentos, inclusive com iniciativas relacionadas à superação da miséria, avaliando seus impactos e produzindo resultados, que

são também veriicados no âmbito dos Direitos Hu-manos. As metas, inclusi-ve a de produzir os planos de Direitos Humanos não são apenas do Estado do Rio, mas contamos com o governo e com a socie-dade luminense para en-frentarmos juntos os casos de violação dos Direitos Humanos. Sabemos que essas violações acontecem em todo o mundo, mas não podemos nos acomo-dar. Temos que continuar lutando para oferecer dig-nidade humana a todos" comentou. Ela adiantou que adiantou a criação, até o inal de 2012, de um sistema de monitoramento que produzirá indicadores sobre as iniciativas na área dos Direitos Humanos.

Divulgação

Copom descarta reajuste nos

preços da gasolina e do gás

O Comitê de Política Monetária (Copom)

do Banco Central (BC) manteve a projeção de que não haverá reajuste nos preços da gasolina e do botijão de gás este ano. Também foi mantida a es-timativa de redução nas tarifas de telefonia ixa

em 1%. No caso da eletri-cidade, a expectativa inal-terada é reajuste de 1,4%, em 2012. A projeção de reajuste para os preços ad-ministrados por contrato e monitorados foi mantida em 3,6%, neste ano. Para 2013, foi mantida a proje-ção de 4,5%.

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Apoio:

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5►11 a 17 de Setembro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Governo quer garantir qualidade da banda largaA presidenta Dilma

Rousseff disse segun-da-feira (10) que o governo pretende garantir a qua-lidade da internet banda larga no país. Ao comentar medidas anunciadas pela Agência Nacional de Tele-comunicações (Anatel) so-bre o assunto, a presidenta destacou que o país regis-tra atualmente 78 milhões de conexões banda larga, sendo 59 milhões de inter-net portátil. No programa semanal “Café com a Pre-sidenta”, Dilma lembrou

que um decreto publicado em outubro do ano passado determinava que a Anatel deinisse critérios para ava-liar e monitorar os serviços de internet prestados no Brasil. “Muitos consumi-dores estavam reclamando da velocidade e da estabi-lidade das conexões. Re-clamavam que pagavam e não recebiam pelo serviço pago. Em muitos casos, os consumidores recebiam apenas 10% da velocidade da internet que eles tinham contratado com as empre-

sas prestadoras desse ser-viço”, ressaltou. Durante o programa, a presidenta reforçou que, a partir de outubro, as operadoras com mais de 50 mil usuá-rios deverão entregar, em média, por mês, uma velo-cidade mínima de conexão de 60% da anunciada.

Pouco mais de uma se-mana do início do cadas-tramento de usuários para testar a qualidade da ban-da larga ixa no país, apro-ximadamente 32 mil pes-soas se inscreveram para

participar da medição, que será feita por uma entida-de aferidora selecionada pela Anatel. Os dados co-letados serão divulgados mensalmente pela Anatel e servirão para que o ór-gão avalie se as empresas estão cumprindo as metas de qualidade estabeleci-das. No caso de descum-primento, a agência pode-rá estabelecer prazos para que o problema seja resol-vido, aplicar multas ou até determinar a proibição de vendas.

▼Queixas contra operadoras de celular passam de 800 mil

A punição recente apli-cada pela Agência

Nacional de Telecomuni-cações (Anatel) às opera-doras de telefonia celular não resolveu um problema que deixa os consumido-res reféns das empresas. A agência, porém, não fornece aos usuários in-formações claras e objeti-vas sobre o desempenho das operadoras. Somen-te no ano passado, foram 843.090 reclamações re-cebidas pelo call center da Agência. A TIM tem o maior número de reclama-ções: 262.046 (31% das queixas), seguida da Claro, com 239.814 (28,4% do to-tal). Em todas, a cobrança é o principal problema.

Na avaliação de especia-listas, as medidas anuncia-das pela Anatel não vão pôr

im ao martírio dos consu-midores, pois o problema continua sendo a falta de informações. No Procon do Rio, foram 7.640 recla-mações nos oito primeiros meses, ante 5.200 entre ja-

neiro e agosto do ano pas-sado, uma alta de 47%. O presidente da Anatel, João Rezende, airma que o órgão sabe quem são as melhores e as piores empresas. Mas re-conhece que existe um pro-

blema de divulgação. Para Rezende, é preciso um apri-moramento dos indicadores, dos sistemas e dos relatórios, para que ique tudo à dispo-sição na página da agência na internet.

Wilson Dias-ABr

João Rezende disse que a Anatel "sabe quem são as melhores e piores empresas"

Valor da publicidade R$ 600,00

Brasileiros mudam de banco

se taxas forem menores

Quase 59% dos brasilei-ros mudariam de banco

se o concorrente oferecesse taxas de juros menores. Foi o que revelou uma sonda-gem feita pelo instituto de pesquisa Data Popular, es-pecializado em abordagens com público de baixa renda ou pertencente à nova classe média. A pesquisa, realizada no segundo trimestre com 5.182 entrevistados de todo o país, também revelou que

mais da metade dos brasilei-ros (53% do total dos entre-vistados) acreditam que as instituições públicas ofere-cem a menor taxa de juros. “O consumidor está muito mais propenso a ir para as instituições públicas do que para os privadas, principal-mente por causa dos juros”, disse Wagner Sarnelli, só-cio-diretor do Data Popular. Segundo Sarnelli, o grande destaque da pesquisa foi de-

monstrar que o consumidor tem a percepção de que os juros bancários estão bai-xando, principalmente nos bancos públicos. “A grande informação é que, deinitiva-mente, o consumidor captou que os bancos públicos estão fazendo um movimento para fornecer taxas de juros me-nores e que os bancos priva-dos ainda não conseguiram passar a percepção de que estão trabalhando para isso.”

Há uma boa parcela da população, cerca de 35%, que não sabe ainda distin-guir um banco privado de um banco público e qual deles oferece juro menor. Outro dado interessante é que mais da metade dos entrevistados reclamaram que se sentem prejudicados por sua instituição bancária e 71,7% deles disseram ser mal atendidos quando vão ao banco.

Interditadas empresas

que poluem rio em

Caxias

As empresas Nero 20 e Leusado, que traba-

lham com reciclagem de óleo, querosene e thinner, no bairro Pilar, foram in-terditadas na quinta-feira (6), por crime ambiental em Duque de Caxias. Seus res-ponsáveis foram detidos e encaminhados à Delegacia de Meio Ambiente por des-pejo irregular de produtos poluentes no Rio Calombé, que chega até a pegar fogo tal a quantidade de agentes inlamáveis em seu leito. A Transmar, no mesmo bair-ro, também foi penalizada por descartar óleo de forma contínua nas águas pluviais e recebeu notiicação do Governo do Estado.

A megaoperação contou com 40 homens da Secre-taria Municipal de Meio Ambiente, do INEA, do Batalhão da Polícia Flo-restal, da Polícia Civil e da Coordenação Integrada de Combate aos Crimes aos

Crimes Ambientais do Es-tado (CICCA). Os respon-sáveis pelas empresas terão até 60 dias para se adequar as normas ambientais, não podem funcionar durante este período e suas multas podem chegar até R$ 50 milhões. “Montamos uma força tarefa com a parti-cipação de vários órgãos com a inalidade de prote-ger o meio ambiente e as famílias desta região ribei-rinha”, disse o secretário Samuel Maia.

Carlos Minc, secretá-rio Estadual do Ambiente, disse que a forma como estas empresas agiam equi-valiam a um ato de homi-cídio. “Essas empresas cometeram crime contra o meio ambiente e contra os moradores desta região. Os responsáveis podem pegar até 20 anos de cadeia. Elas não podem burlar a lei e icarem impunes”, senten-ciou Minc.

PMDC-Marcio Leandro

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6 ►11 a 17 de Setembro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Atualidade

País

Internacional

Faetec abre inscrições para curso inédito

de Sistemas de Aquecimento Solar

A Fundação de Apoio à Escola Técnica

(Faetec), da Secretaria de Ciência e Tecnolo-gia, investe em um novo segmento do mercado de trabalho. A partir desta segunda-feira (10), es-tão abertas as inscrições para o curso inédito de Instalador de Sistemas de Aquecimento Solar. As oportunidades fazem par-te do pacote de 15 mil va-gas oferecidas pela Faetec em qualiicações gratuitas nos Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs) e Centros de Educação Tec-nológica e Proissionali-zante (Ceteps).

Para o curso de Siste-mas de Aquecimento So-lar, serão disponibiliza-das 160 vagas, sendo 80

no CVT Correios, em Ben-ica, e as demais no Centro Vocacional Parque Muísa, em Duque de Caxias. A capacitação, voltada para alunos com formação no curso de Encanador Insta-lador Predial, irá atender às exigências de instalações e manutenção das casas do programa Minha casa Minha Vida, que utilizam tecnologia de aquecimento

solar.- A grande novidade

desta rodada de oferta de vagas dos cursos de For-mação Inicial e Continu-ada (FIC) da Faetec é a qualiicação em Instalação e Manutenção de Siste-ma de Aquecimento Solar. Trata-se de uma tecnologia limpa e barata, que pode-rá ser usada na construção de casas populares. Essa

é uma ação realmente eiciente em prol da sustentabilidade - disse o secretário de Ciência e Tecnologia, Luiz Ed-mundo da Costa Leite.

As inscrições para o curso que ensina a importância da utiliza-ção de energia limpa e conceitos de educação ambiental e cidadania podem ser realizadas através do site www.faetec.rj.gov.br. O sor-teio público das vagas será feito em 25 de setembro, a partir das 10h. Após a publica-ção, os candidatos sor-teados terão até o dia 2 de outubro para efeti-var a matrícula. As au-las começam em 6 de outubro.

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Agência internacional defende atenção

maior para riscos de acidentes nucleares

Um ano e meio depois dos acidentes radio-

ativos na Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Nordeste do Japão, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Yukiya Amano, disse nesta segunda-feira (10) que é fundamental manter a atenção sobre os cuidados com a segurança no setor. Em dezembro, as autoridades japone-sas e estrangeiras avalia-rão as medidas adotadas após as explosões e os vazamentos ocorridos na usina. “Não devemos re-laxar nem abrir a guarda e perder de vista o obje-tivo inal, que é o de tor-nar a energia nuclear tão

segura enquanto estiver ao alcance humano em todo o mundo e para restaurar a coniança do público”, dis-se o diretor-geral da Aiea, na reunião de governado-res da agência, em Viena, na Áustria.

Amano disse que foi feita uma revisão sistemá-tica dos padrões de segu-rança da Aiea para analisar as lições obtidas a partir dos acidentes no Japão e o que deve ser feito para evi-tá-los. Segundo ele, as me-

didas se baseiam em aumentar a segurança dos reatores e dos re-servatórios de com-bustíveis, assim como a transparência na área de comunicação.

Em julho de 2013, a agência promoverá a Conferência Inter-nacional sobre Segu-rança Nuclear. Em 11 de março de 2011, um terremoto seguido de tsunami provocou uma série de explosões e vazamentos na Usina de Fukushima. Os aci-dentes nucleares leva-ram ao isolamento da área e à proibição da venda e do consumo de produtos da região.

Banco de Imagens

Plano para reprimir pesca ilegal deve ser concluído até dezembro

O Ministério da Pesca e Aquicultura deve

concluir, até o inal deste ano, um plano nacional de prevenção e repressão à atividade pesqueira ile-gal no país. A informação foi divulgada pelo minis-tro Marcelo Crivella, du-rante cerimônia de entre-ga de 16 lanchas-patrulha à Marinha nesta segunda--feira (10) no Rio de Ja-neiro. A previsão é que as cinco lanchas já estejam em operação até o inal deste mês. Segundo Cri-vella, o texto ainda está sendo preparado em par-ceria com órgãos como o Instituto Brasileiro do

Meio Ambiente e dos Re-cursos Naturais Renováveis (Ibama), a Polícia Federal, a Marinha e autoridades am-bientais estaduais.

- Andando pelo Brasil, pelas colônias de pesca, todos se queixam da pesca ilegal. A pesca da lagosta, por exemplo, neste ano não está nada boa. Eles recla-mam que, durante o defeso [período de reprodução das espécies, em que a ativida-de é proibida], existe a pes-ca ilegal. E mesmo agora, durante a pesca, eles colo-cam suas gaiolas e aí vai outro pescador, com um compressor, e rouba a la-gosta - disse Crivella.

Uma das propostas do plano é identiicar as áreas onde mais ocorre a pesca ilegal. “Em muitos locais inclusive há o uso de di-namites na pesca. Precisa-mos saber, por exemplo, de onde vem essa bomba. Para isso, precisamos da

ajuda de órgãos como o Exército, que iscali-za os explosivos. Uma ação conjunta vai nos dar, com certeza, a se-gurança de que a pes-ca no Brasil só será praticada legalmente”, acrescentou o ministro.

Tânia Rêgo-ABr

Dilma indica novo

ministro para o Supremo

O presidente do Supremo Tri-

bunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, disse nesta segunda--feira(10), em plená-rio, que foi “muito boa a indicação” de Teori Zavascki para ocupar a vaga aberta na Corte com a saída de Cezar Peluso. A presidenta Dilma Rousseff indi-cou o juiz do Superior Tribunal de Justiça (STJ) nesta e o nome dele será publicado

terça-feira (11) no Diário Oicial da União. “Claro que todos nós recebemos a indicação com agrado, porque se trata de um ministro conhecido, no ofício judicante, pela competência, pela expe-riência. É um acadêmico, é um professor, um escri-tor jurídico”, disse Britto.

O presidente do STF disse que foi comunica-do da indicação por vol-ta das 15h, pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Mais ações para a

prevenção do suicídio

No Dia Mundial de Prevenção ao

Suicídio, lembrado segunda-feira (10), a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu mais ações na preven-ção de casos de pesso-as que tiram a própria vida. A estimativa é que quase 3 mil pesso-as cometam suicídios todos os dias no mundo - um a cada 40 segun-dos. Segundo a entida-de, essas iniciativas são de responsabilidade coletiva e devem ser

lideradas por governos e sociedade civil. Apesar de prevenível, o suicídio res-ponde como uma das três principais causa de morte entre pessoas economi-camente ativa com idade entre 15 e 44 anos e como a segunda maior causa de morte entre pessoas de 15 a 19 anos. Os idosos, de acordo com a OMS, tam-bém apresentam alto risco de cometer suicídio.

As recomendações in-tegram o documento lan-çado para incentivar deba-tes pela passagem da data.

Começa o 9º Festival

Nacional deTeatroTerá início nesta

sexta-feira (14) o 9º Festival Nacional de Teatro de Duque de Ca-xias, que será realizado até o dia 30 de setem-bro, no Teatro Munici-pal Raul Cortez, com entrada franca. A ini-ciativa é da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo e organização do Centro de Pesquisas Teatrais (CPT).

Serão oferecidos prêmios em dinheiro ao primeiro, segundo e ter-ceiro melhores espetá-culos (respectivamente R$ 5.000, R$ 2.500 e

R$ 1.500), além de tro-féus ao melhor diretor, melhor ator, melhor atriz, melhor ator coadjuvante, melhor atriz coadjuvante, melhor igurino, melhor maquiagem e melhor ce-nograia.

Segundo o ator Gue-des Ferraz, diretor do CPT, foram inscritos 89 trabalhos, de grupos de diversos estados como Rio de Janeiro, São Pau-lo, Ceará, Minas Gerais e Goiás. Desses, foram selecionados 31. Mais in-formações pelo telefone (21) 2671-3056, no horá-rio comercial.

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7►11 a 17 de Setembro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Conab estima recorde na produção de café

A produção de café no Brasil deverá chegar a

50,48 milhões de sacas em 2012, um crescimento de 16,1% na comparação com a safra anterior (43,48 mi-lhões de sacas). De acordo com a Companhia Nacio-nal de Abastecimento (Co-nab), o bom desempenho deverá resultar em safra re-corde e se deve aos investi-mentos feitos pelos produ-tores e ao fato de 2012 ser ano de “bienalidade positi-va” - termo técnico usado para os anos em que o solo favorece a produção. Cada saca equivale a 60 quilos do produto. A expectativa é que mais da metade da produção tenha como des-tino o mercado externo. “Entre 28 e 29 milhões de

sacas deverão ser exporta-das”, disse o secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Gerardo Fontelles. Segun-do ele, em um primeiro momento, os produtores estão retendo o café de me-lhor qualidade, “esperando os melhores preços”.

Conirmadas as ex-pectativas quanto ao total produzido, o Brasil deve-rá registrar novo recorde na produção de café, su-perando a marca de 48,48 milhões de toneladas, obti-da na safra 2002/2003. Na comparação com a safra do último ano de alta bienali-dade (2010), o crescimen-to é 4,96%. A produção do café tipo arábica está esti-mada em 37,95 milhões de

sacas, o que corresponde a 75,2% da produção total. O café da espécie conilon (ou robusta) tem uma es-timativa de 12,54 milhões de sacas produzidas – pou-co menos de 25% da pro-dução nacional. Em termos

de área plantada, a Conab registra 2,34 milhões de hectares, um aumento de 2,7% na comparação com os 2,27 milhões de hecta-res da safra 2011 (que con-tabilizou pouco mais de 65 milhões de hectares).

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Safra de grãos chega a 165,9 milhões de toneladas

O 12º levantamento da safra de grãos rea-

lizado pela Companhia Nacional de Abasteci-mento (Conab) conirmou as expectativas positivas anteriores e chegou a um recorde histórico, com a estimativa de produção de 165,9 milhões de toneladas para o período 2011/2012. Na comparação com a sa-fra 2010/2011, quando a produção foi de 162,8 mi-lhões de toneladas, o cres-cimento chega a 1,9%. O milho, como era previsto, foi o destaque da produção - registrando crescimento de 73%, o equivalente a 16,4 milhões de toneladas, na comparação com a safra

anterior, de 22,46 milhões de toneladas - atingindo a marca de 38,86 milhões de toneladas.

Se, por um lado, a pro-dução de milho aumentou, por outro a de soja e a de arroz devem registrar re-tração. No caso da soja, a produção diminuiu em 8,9 milhões de toneladas; na de arroz, a redução chegou a 2 milhões. De acordo com a Conab, apesar da queda na produção de soja, foi iden-tiicado “aumento na pro-dutividade” por área plan-tada. “Parte da redução da produção se deve às con-dições climáticas desfavo-ráveis, principalmente nas fases de desenvolvimento

das culturas [de soja e ar-roz] na Região Sul, em par-te do Sudeste e no Sudoes-te de Mato Grosso do Sul”, disse o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Sílvio Porto. A es-tiagem que atingiu estados nordestinos também con-tribuiu para a queda.

Os preços dessas com-modities, segundo Porto, têm sofrido inluência dire-ta do cenário norte-ameri-cano, mas a tendência é de retomada para um patamar mais normal de preços. “O que acontece hoje [alta de preço do milho devido à especulação de preços após a estiagem e a seca dos rios por onde a produção

norte-americana é escoa-da], em termos de preço no mercado, é consequência do preço de Chicago, que está descolado da realida-de.” “Mas a expectativa é a de melhores condições climáticas [tanto para os Estados Unidos como para o Brasil]. Por isso, suge-rimos cautela ao produtor brasileiro na hora de deinir em que produção investir”, disse Porto. “Nossa reco-mendação é diversiicar a produção”, acrescentou.

Quanto à área, a Conab estima crescimento de 2% (982,9 mil hectares) em comparação aos 49,87 mi-lhões de hectares da safra 2010/11.

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Fábrica do Leite de Rosas na Mangueira

será reativada

A empresa carioca Leite de Rosas está voltan-

do para casa, na Manguei-ra, no Rio de Janeiro. Três anos após fechar as portas, a fábrica da loção de emba-lagem cor de rosa está apro-veitando os bons ventos da paciicação para retomar suas atividades no comple-xo da Rua Ana Neri. Com a reabertura, ex-funcionários estão sendo recontratados e moradores da comunida-de ganhando oportunidades de emprego. O laboratório deve voltar a funcionar ain-da este ano. A expectativa do diretor industrial Heral-do Ribas é de que, em dois anos, todos os setores de produção estejam funcio-nando a pleno vapor. Isso signiica uma geração de 400 vagas, que serão prio-ritariamente destinadas aos ex-colaboradores e os mo-radores da Mangueira.

- Voltamos para cá pela necessidade de logística e de resgatar os valores da empresa. A Leite de Ro-sas faz parte da tradição da cidade. Esse retorno tam-bém tem a ver com a pa-

ciicação da comunidade. Dos cerca de 480 funcio-nários que tínhamos, 80% eram moradores da região. Quando souberam que es-távamos aqui, começamos a receber currículos e tele-fonemas - disse Ribas, neto do fundador da marca. Se-gundo ele, a meta é produ-zir por mês em média de 5 milhões de frascos de Leite de Rosas. Conseguir apoio e patrocínios para projetos da comunidade também é uma das metas da empresa. “Queremos voltar a ajudar em projetos na comunida-de, como fazíamos antes, com a escola de artes. É importante recuperarmos esse elo”, disse Ribas.

Segundo o governo do estado, problemas de ges-tão provocaram o fecha-mento da empresa, aberta em 1929, quando o farma-cêutico Francisco Olympio de Oliveira criou a loção na garagem de casa, em Laranjeiras, bairro da Zona Sul do Rio. Desde 2009, a Leite de Rosas estava fun-cionando apenas em Ara-caju, Sergipe.

SCERJ/ClariceCastro

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8 ►11 a 17 de Setembro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

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Burocracia atrapalha competição

entre a maioria das empresas

O excesso de burocracia prejudica a competiti-

vidade de 92% das indús-trias brasileiras, além de elevar os custos, desviar re-cursos das atividades pro-dutivas e atrapalhar os in-vestimentos. A avaliação é da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que fez a Sondagem Especial Bu-rocracia, divulgada nesta segunda-feira (10). Na son-dagem, realizada entre 2 e 17 de abril, foram ouvidos 2.388 industriais em todo país. Desses, 1.835 são da indústria de transformação, 116 da extrativa e 437 da construção. Para mais da metade dos entrevistados (52%), o impacto da buro-cracia na empresa é alto.

Entre as diiculdades apontadas pelos setores industriais está o número excessivo de obrigações legais, com 85% das res-

postas. Em segundo lugar, vem a complexidade das obrigações legais, com 56% das opiniões, e, em terceiro, com 41% das res-postas, os entrevistados citaram a alta frequência das mudanças. Segundo a CNI, procedimentos ex-cessivamente burocráticos complicam a obtenção de licenças e alvarás. Para 76% dos entrevistados, é alto o grau de burocracia na emissão de certiicados e licenças ambientais. Na avaliação de 70%, a buro-cracia é excessiva na le-gislação trabalhista e 66% fazem a mesma considera-

ção em relação à emissão de certiicados e licenças sanitárias.

A participação em pro-cessos de licitação é consi-derada burocrática por 93% dos empresários. Os proce-dimentos para obtenção de inanciamento público são complicados para 96% de-les. Dos empresários, 95% reclamaram das obrigações contábeis e 88% dos pro-cedimentos para pagamen-to dos tributos. De acordo com a sondagem, quanto maior a empresa, maior é a percepção de que os proces-sos burocráticos atrapalham a competitividade dos ne-

gócios. A maioria, 95% das médias e 94% das grandes indústrias, é afetada pelo excesso de burocracia.

Na opinião dos empre-sários, o governo deve in-vestir no combate à buro-cracia. A prioridade para 73% deve ser a área traba-lhista. Em segundo lugar, como opção mais citada - foi possível apresentar mais de uma resposta por entrevistado -, aparece, com 55%, o combate à burocra-cia na legislação ambien-tal. Os empresários citaram ainda sugestões para que o governo elimine procedi-mentos para o pagamento dos tributos (42%), dimi-nua as obrigações contábeis (41%), facilite o trâmite em torno da Previdência Social (39%) e facilite a obtenção de licença de funcionamen-to, alvará de construção ou habite-se (36%).

Reprodução

Ferrovias: ANTF conia no esforço do governo para cumprir prazos

O presidente executivo da Associação Nacio-

nal dos Transportadores Fer-roviários (ANTF), Rodrigo Vilaça, disse que o setor es-pera que o governo determi-ne ações mais rápidas para garantir o cumprimento do prazo de cinco anos para a

implantação de 10 mil qui-lômetros de ferrovias, anun-ciada pelo governo no dia 15 de agosto. “A partir do momento em que a ideia é lançada e há um somatório de agentes envolvidos, eu acredito que a presidenta [Dilma Rousseff] vai deter-

minar ações mais rápidas que possam dar essa segu-rança”, disse Vilaça, no en-cerramento do evento Brasil nos Trilhos, promovido pela ANTF. Em relação ao licen-ciamento ambiental para os novos empreendimentos, Vilaça acredita que o diá-

logo com os órgãos do go-verno pode garantir o cum-primento do prazo para as obras. Para Vilaça, o Plano de Investimento em Logísti-ca, que prevê investimentos de R$ 91 bilhões nos próxi-mos anos, é um rompimento de paradigmas.