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Junho 20072

Postos & Serviços é uma publicação mensaldo Sindicato do Comércio Varejista deDerivados de Petróleo, Lava-rápidos eEstacionamentos de Santos e Região (Resan).Rua Manoel Tourinho, 269Macuco - Santos/SP - 11015-031Tel: (13) [email protected]

PresidenteJosé Camargo HernandesJornalista responsável, textos e editoraçãoeletrônicaChristiane Lourenço(MT b. 23.998/SP)[email protected]ção: Thiago ChichorroImpressão: Demar GráficaTiragem: 1.600 exemplaresDistribuição Gratuita

As opiniões emitidas em artigos assinadossão de total responsabilidade de seusautores. Reprodução autorizada desde quecitada a fonte. O Resan e os produtores darevista não se responsabilizam pelaveracidade das informações e qualidade dosprodutos e serviços divulgados em anúnciosveiculados neste informativo.

EDIÇÃO JUNHO / 2007

EDITORIAL

A tradição é a alma do negócio ....3

CLONAGEM

Prejuízos com fraudes chegama R$ 2,6 bilhões .....................5

ARTIGOS

Texto de jornal europeu mos-tra situação de postos lá...6 e 7

CETESB

Resan visita empresa químicade destinação de resíduos..10

LUBRIFICANTE

ANP responde ao Resan .....11

AGENTES DE TURISMO

Estado estuda projeto parafrentistas e postos ...............14

FECOM BUSTÍVEIS

Eleita nova diretoria ............15

INDICADORES

Ranking de preços ..............17

ANIVERSÁRIO

Confira nomes da 2ª quinzena demaio e 1ª de junho..................18

INTERNET

Portal Resan tem mais de 34 milacessos em 5 meses..............17

CARTÕES DE CRÉDITO

ENTRE PAIS E FILHOS

Página 8

Projeto no Senado reabre discussãosobre altas taxas cobradas no Brasil

Cerca de 90% das empresas no Bra-sil são familiares. Veja o que dizemconsultores sobre postos dce com-bustíveis.

Páginas 12 e 13

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Junho 2007

Q

EDITORIAL

JOSÉ CAMARGO HERNANDES

3

A TRADIÇÃO É A ALMA DO NEGÓCIONossa credibilidade não vale alguns centavos a mais

/ Quando não houver saída // Quando não houver mais solução // Ainda há de haver saída // Nenhuma idéia vale uma vida // Quando não houver esperança // Quando não restar nem ilusão // Ainda há de haver esperança // Em cada um de nós, algo de umacriança // Enquanto houver sol, enquantohouver sol // Ainda haverá // Enquanto houver sol, enquantohouver sol /

Com a licença dos Titãs, a músicaEnquanto Houver Sol se encaixaperfeitamente na situação que nósrevendedores vivemos atualmente. Aomesmo tempo em que autoridades,entidades representativas do setor decombustíveis como os sindicatos e afederação e os próprios consumidoresbrigam por ver um mercado sadio,nós - varejistas - somos literalmentelançados às trevas pela mídia. Bastaver qualquer apresentador de TV oumesmo um texto publicado em jornalquando se refere às fraudes descober-tas em blitze: eles nunca falam de umrevendedor ou de um posto. Aliás,esses golpistas, sonegadores e adulte-radores não têm sequer cara ou nome.Não me lembro de ter visto a imagemde um deles na TV. No entanto, todosnós, honestos ou não, somos coloca-dos na mesma vala comum, nomesmo patamar baixo, desonrado. Édesanimador.

Num evento da BR Distribuidoraocorrido em São Paulo no final domês passado, muitos empresáriosficaram espantados com as cifrasmilionárias que acompanham asfraudes no setor de combustíveis. Oprejuízo estimado é de R$ 2,6 bilhões

por ano decorrente de adulteração,sonegação e outros golpes. Osespecialistas acreditam que a perdaseja ainda maior já que a soma exata éimpossível de ser apurada diante daclandestinidade das operações.

Só no mercado de álcool, 60% dovolume de hidratado comercializadoapresentam algum tipo de sonegação.Nossa esperança se renovou com asnovas resoluções aprovadas pelaANP. Agora, resta à mesma agência,aos estados e polícias aplicar o rigorda lei. Para nós, revendedores, sobrauma tarefa inglória, que é convencernossos clientes de que nesse merca-do há gente séria, correta, quetrabalha duro...

Imagine o que pensam de nossacategoria os motoristas paulistanos,por exemplo, que em apenas um anogastaram R$ 117 milhões paraconsertar seus carros depois deabastecê-los com combustíveisbatizados! É contra todo esse cenáriodesfavorável que temos que noserguer, estufar o peito e brigar parasermos reconhecidos como empresá-rios do bem.

Ao nosso lado, temos as grandesdistribuidoras, a ANP e também osfiscos estaduais e federal. Mas,contra nós está a opinião pública, quenão sabe discernir o que é um postoclonado. O motorista vai lá, abastece,tem problemas e depois culpa todomundo. Ele não sabe do drama que éuma ação judicial para fechar umposto pirata e do prejuízo que cadaum de nós tem sempre que um postovizinho começa a trabalhar commargens baixas, só possíveis a partirde alguma falcatrua.

Nessa edição de Postos & Servi-ços fizemos questão de trazer uma

matéria sobre empresas familiares,que tradicionalmente tem dominado arevenda de combustíveis. Infelizmen-te há poucos anos testemunhamos aentrada de forasteiros nesse segmen-to. Todos vieram depois da aberturado mercado. Hoje temos mais de 34mil postos e 261 distribuidoras noPaís. Para mim, que trago na minhaempresa a história de meu pai e játrabalho ao lado de meus filhos, étriste ver nos jornais que organiza-ções criminosas, redutos de trafican-tes, estão comprando postos paralavar dinheiro.

Por isso, meus amigos, nós quevivemos da revenda de combustíveis,que temos a honra de nossos paispara proteger e queremos deixar aosnossos filhos um legado, somos osúnicos aliados nessa luta entredesiguais. A nossa vantagem é acredibilidade. Nunca deixe que umaproposta tentadora, por maior queseja, comprometa seu passado. Àsvezes é melhor ganhar um poucomenos do que vender sua alma. Até omês que vem!!

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A

CLONAGEM ENGANAATÉ EXPERTS DO SETORA adulteração, sonegação de impostos e ou-tras fraudes que envolvem o setor de com-bustíveis são responsáveis por um prejuízode R$ 2,6 bilhões por ano no Brasil. Os da-dos foram apresentados pela presidente daBR, Maria da Graça Foster, durante o semi-nário Distribuição de Combustíveis: Pontoscruciais para a moralização do setor, reali-zado em São Paulo no último dia 23 de maio,que reuniu ainda a ANP, Sindicom, aFecombustíveis e as secretarias de Fazendados estados. A adulteração de combustíveisgera um prejuízo de R$ 1 bilhão, que se somaa mais R$ 1 bilhão de sonegação e outros R$600 milhões oriundos de golpes diversos.

A extensão dos prejuízos causados pelasmáfias de combustíveis é incalculável. Anual-mente 300 mil carros, ou 5,2% da frota da Ci-dade de São Paulo, precisam de reparos porcausa do uso de combustível adulterado, o quecorresponde a perdas de R$ 117, 6 milhões. No

Brasil, a adulteração é responsável por 94,69%dos veículos que buscam reparos em oficinas.Em média, o valor do conserto fica em R$300,00”, informou a assessoria da BR.

Durante a mesa redonda, os cerca de250 executivos do setor – entre elesrevendedores e representantes daFecombustíveis – foram surpreendidos comuma pegadinha. Desde o início, todo o se-minário sobre a moralização do setor foi iden-tificado por banners e até por crachás usa-dos pelos convidados com a logomarca dapatrocinadora do evento. O que ninguémesperava e nem notou é que o logotipo nãoera da BR mas de sua pior concorrente, arede I3R. O anúncio da pegadinha foi feitopela presidente da empresa, que ressaltou afacilidade com que o consumidor é ludibria-do nas ruas e estradas.

Dados do setor, divulgados durante oseminário, indicam que em todo o estado deSão Paulo, existem atualmente mais de 200postos clones, dos quais pelo menos 100copiam indevidamente a imagem da BR.

A sonegação de ICMS por esses postoschega a mais de R$ 91 milhões por ano. Paraas distribuidoras idôneas, representa umaperda no faturamento de R$ 597 milhões porano, além de um achatamento anual na mar-gem de lucro da ordem de R$ 294 milhões.

“Vocês estão aqui há 5 horas e não per-ceberam a diferença”, disse a executiva aos250 convidados – a maioria experts em com-bustíveis. A BR é a distribuidora mais clonadano País e uma das que têm mais ações judi-ciais contra a pirataria de sua marca porparte de redes e postos de bandeira branca.

ÁLCOOLOutro dado considerado alarmante para

o setor é que atualmente 60% do volume deálcool hidratado são comercializados comalgum tipo de sonegação, levando a uma perdade arrecadação estimada em R$ 1 bilhão porano. Até 2010, a estimativa é que esse valorchegue a R$ 6 bilhões. Entre os fatores quefacilitam as fraudes e a sonegação estão asdiferentes alíquotas de ICMS nos estados ea tributação diferenciada para o álcool anidro,o hidratado, a gasolina e solventes.

“Somos líderes de mercado eo braço comercial da

Petrobras e, portanto, temos aobrigação de estimular a

reflexão e de buscar as melho-res soluções para um impor-tante segmento econômico,que gera milhares de empre-

gos e responde por importanteparcela da arrecadação de

impostos no país”Maria da Graça Foster, presidente da BR

Seminário da BR aponta prejuízos milionários causados por fraudes

R$ 91milhões

é a estimativade sonegação

de ICMS por anopelos 200 postos

clonadosexistentes em SP

R$ 597milhões

é o montante queas distribuidoras

acreditam deixar defaturar ano a ano

em função dospostos clones

300mil carros

da Capital vão pararnas oficinas por

conta da adulteração

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Em apenas sete anos, o número de pos-tos bandeira branca atuando no mer-cado varejista passou de 8,20%, em2000, para 40,55%, segundo dados daANP atualizados até março deste ano.Exatos 13.910 estabelecimentos sembandeira compõem o mercado forma-do por 34.300 postos. Embora a gran-de parte não seja adepta às malandra-gens, as autoridades estão preocupa-das com o “mercado sem barreiras”,segundo análise feita pelo diretor deDefesa da Concorrência do Sindicom,Hélvio Rebeschini, que apresentou umestudo durante a realização do seminá-rio Mercado de Distribuição –Moralização do Setor.

Ele cita a importância da ResoluçãoANP 07/2007, “que protege o consu-midor, dá segurança ao investidor e res-tringe a evasão fiscal porque veda acomercialização de combustíveis pelodistribuidor ao revendedor varejista queoptou por exibir a marca comercial deoutro distribuidor”. Na prática, as gran-des distribuidoras querem uma fiscali-zação rigorosa contra a infidelidade àbandeira. Em miúdos, o recado é o se-guinte: ostentou uma marca, obrigato-riamente o revendedor tem quecomercializar o produto distribuído poraquela companhia.

Rebeschini também falou da restri-ção à evasão fiscal a partir da Resolu-ção 07 à medida que ela limita acomercialização de combustíveis entredistribuidoras ao máximo de 5% sobrea média das compras efetuadas nos trêsmeses anteriores, por produto.

Se cumprida à risca, a Resolução07 eliminaria as distribuidoras “barrigade aluguel” e a venda fraudulenta entredistribuidoras por meio de liminares,além de facilitar o rastreamento dacomercialização de produtos. Entretan-to, até agora cinco distribuidoras con-seguiram liminares judiciais que as isen-tam de cumprir a Resolução 07, embo-ra uma delas já tenha sido cassada eoutra em que o mérito nem chegou aser julgado pela desistência da ação.

BANDEIRA BRANCA REPRESENTA 40,5% DOS POSTOS

Prejuízos ao consumidorValor do reparo causado por gasolina adulterada

Valor médio atualizado por carro:R$ 300,00

Seminário da BR, Sindicom e ANP teve a participação de mais de250 empresários do setor, entre eles líderes sindicais

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C

PELO MUNDO AFORA

ESCOLHER ENTRE PÃO E GASOLINA

Com 278 postos de gasolina bel-gas da Texaco e 156 da Jet, pelomenos 13% dos postos de nossopaís estão prestes a mudar dedono. A distribuidora israelenseDelek está prestes a assumir arede Texaco na Bélgica, bemcomo em Luxemburgo e naHolanda. Ontem, porém, a Texacoassegurou que as negociaçõesainda estão em curso. Em novem-bro do ano passado, a própriaDelek anunciou estar negociandocom a Texaco a compra de todosos postos da Benelux. Ao mes-mo tempo nosso país espera parasaber o destino da rede Jet (a an-tiga Seca). A Lukoil russa deveriaassumir seu controle, que hojeestá nas mãos da profícua com-panhia americana Conoco Philips,mas até agora esta transação nãofoi confirmada.

A explicação para tal vendanão é simples, declarou CrisHoste que durante anos foi exe-cutivo da Q8 belga. Ele salientaque a exploração de um postode gasolina é um desafio cadavez maior em nosso país. Háalguns anos os donos de pos-tos estão enfrentando uma es-tagnação na venda de gasolinae agora também na de diesel.

Para lidar com essa situaçãoe, ao mesmo tempo, com osinvestimentos necessários paraa abertura de um posto, queaumentam mais a cada dia,nada resta a fazer além de ven-der cada vez mais combustívelou aumentar o faturamento atra-vés da exploração de uma lojade conveniência.

O custo de um posto de ga-solina aumentou consideravel-mente devido ao estreitamentosensível das normas de segu-rança e do meio ambiente nosanos 90. Elas iam desde a ins-

talação de um tanque de parede du-pla até sistemas de sucção para pren-der os vapores.

Para ser lucrativo, um postoprecisa vender anualmente entre3 e 4 milhões de litros de combus-tível. Nos anos 80, esse valor fica-va entre 1 e 1,4 milhões de litros.Para os postos pequenos, os in-vestimentos e a meta eram quaseimpossíveis de serem atingidos. Apartir dos anos 90, as atividadesminguaram aos montes.

Cris Hoste, agora, parte do princí-pio que o fechamento de postos che-gou ao seu fim. Mas ainda não signi-fica que os que restaram se livraramde vez dos problemas. A concorrên-cia continua graças aos novatos queestão investindo em novos postos,muitas vezes totalmente automáti-cos, sem operador algum.

Quem mais chama atenção é aDats24, uma divisão da Colruyt (super-mercado barato, tipo Mundial).

O grupo de distribuição abrede 5 a 6 novos postos automáti-cos por ano nas proximidades desuas lojas . “Agora temos 67 postos,mas não vou contar à concorrênciaqual será a meta.”, declara Filip VanLandegem da Dats24. A Dats24 cer-tamente tem cartas na manga parachegar ao preço mais barato. Masnão é só a Dats24 que opera postostotalmente automatizados. Diversosvendedores independentes seguiramo mesmo caminho, se arriscando, talcomo a Dats24, na construção denovos postos.

Tal fato não espanta Hoste. No-vos condomínios de escritórios e no-vas estradas fazem com que umamudança nos fluxos de trânsito este-ja ocorrendo, tornando interessantea construção de novos postos numdeterminado lugar, declara.

Distribuidores independentes estãoapostando nisso. Thierry Demeulder, daUnião Belga de Petróleo, está conven-

cido que devido a essa situação a faixado mercado dos independentes aumen-tará de maneira significante nos próxi-mos anos. Demeulder, entretanto,acrescenta que os independentes,membros de sua organização, e aDats24 não se bicam. “Nós vivemos dis-so, enquanto a Dats24 com suas mar-gens de lucro mínimas só quer atrairclientes para seus supermercados.”

Será então que as grandescompanhias de petróleo não es-tariam na defensiva? A primeiravista parece que sim. Todas asgrandes marcas, exceto a Total,estão tentando vender gasolina ediesel mais barato em postosautomatizados sem operadores.Há porém, uma grande diferença: namaioria das vezes, trata-se de refor-mar um posto com operadores em umsem operadores.

O ponto fraco das grandes marcasde petróleo é que na maioria das ve-zes a rentabilidade da venda de com-bustível fica atrás de outras atividadescomo a exploração e a produção.

Hoje, as grandes companhias depetróleo preferem investir na expan-são da produção de óleo e gás por-que são muitos mais rentáveis. Masessa não é a única justificativa. Hosteaponta uma evolução contraditória,porque paralelo ao crescimento dospostos automatizados dos grandesmercados petrolíferos, também seinveste pesadamente na reforma depostos de gasolina com pequenaslojas de conveniência. “Os dois ex-tremos estão se desenvolvendo po-sitivamente”, constata.

No fim, é a Total que está total-mente na contramão. Ela opta porpostos com operadores com preçode gasolina mais alto. Em troca, osmotoristas têm ajuda de graça quan-do seus carros enguiçam e com com-bustíveis com os quais pode-se diri-gir mais quilômetros.

Tradução do artigo De Standaard, da Bélgica

Artigos de jornal da Bélgica mostram a dura realidade do setor de combustíveis naEuropa. Os textos a seguir foram traduzidos na íntegra e servem como alerta geralpara donos de postos de todo o mundo. “Aqui, no Brasil, o setor varejista só não caminhoupara o mesmo fim por conta do trabalho dos sindicatos e da Fecombustíveis contra aproposta do self service e em defesa de tantas outras conquistas do revendedorbrasileiro”, ponderou José Camargo Hernandes, presidente do Resan. Os artigos foramapresentados aos sindicatos pelo presidente licenciado da Federação, Gil Siuffo.

”Junho 20076

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CComo em muitos setores, tambémno setor dos postos uma consolida-ção foi notável. A quantidade de pos-tos de gasolina teve uma queda fortee especialmente os postos pequenose independentes tiveram que cederterreno para os maiores. Em 1993,por exemplo, os motoristas aindapodiam escolher entre 6.200 postosdiferentes para abastecer seus car-ros. Esse número ainda aumenta umpouco até atingir o pico em 1997. Atéentão, existiam em nosso país 7.200postos de gasolina.

A partir daí começou o declínio.Um ano mais tarde restavam somen-te 5.200, em 2002 meros 3.800, em2005 sobraram 3.663. O númerocontinuou caindo até 3.263 postosno dia 1º de janeiro deste ano.

Quase 60% deles estão nasmãos de sete grandes grupos. Omaior distribuidor de postos em nos-so país é a Total com 477 postos.Depois disso vem a Q8 com 350postos. Os números três, quatro ecinco estão todos perto uns dosoutros. A Shell tem 285 postos, o

PELO MUNDO AFORA

PARA OS PEQUENOS:ABASTECER OU AFOGAR

Em poucos anos, aquantidade de postosde gasolina teve um

regresso significativo

número quatro é a Texaco com 278postos, seguido pela Esso com 273postos. Depois vem uma nova bre-cha, a Jet segue em sexto lugar com156 pontos de venda e a Dats (licen-ciada pela rede de supermercadosColruyt) com 67 postos.

A União Belga de Petróleo estimaque todos os mencionados acimafiquem com mais ou menos 70% dovolume total de vendas em nossopaís. Os 30% restantes se dividementre pequenos distribuidores inde-pendentes e cadeias locais como aPower, a Octa+ ou a Gabriëls. Alémdisso, algumas dessas cadeias lo-cais já têm mais do que cem postosem sua rede, o que significa que nãosão tão pequenas assim.

Enquanto isso os pequenos pos-tos independentes foram perdendo aexclusividade de serem os mais bara-tos. Quem antigamente queria abas-tecer mais barato tinha que ser maisseletivo, mas os tempos mudaram.Os maiores, faz algum tempo, já brin-cam com o preço, especialmente nospostos automatizados que crescem

feitos cogumelos. A primeira ca-deia que tenta ser “a mais barata”foi a Jet, que em 2001 começou ase posicionar. Logo sendo seguidapela Dats, a Esso (com seus pos-tos automatizados Esso Express),a Q8 (com a Q8 Easy) e a Shell(Shell Express).

Aos poucos, a corrida para sero fornecedor mais barato foi adqui-rindo a dimensão de uma guerra depreços. Os pequenos independen-tes olham passivamente enquantoos grandes cedem descontos de10 ou até mesmo de 15% deeurocentavo por litro. Dando, as-sim, toda sua margem de distribui-ção. Essa margem, estipulada porlei, é com relação ao diesel algoem torno de quinze eurocentavospor litro. A lei define os preços má-ximos da bomba levando em contao preço do óleo, os custos normaisde distribuição e armazenamento,taxas indiretas nos produtos e astaxas comuns.

Tradução do artigo De Standaard, da Bélgica”

O Resan e o Sindicato dos Em-pregados firmaram o acordo co-letivo em abril passado. O pro-cesso de negociação foi demo-crático e contou com a participa-ção de vários revendedores nasreuniões preliminares em que foianalisada a pauta de reivindica-ções dos frentistas. Um dos en-contros para a discussão que en-

volveu sindicatos de todo o Estadode São Paulo foi realizado na sededo Resan, em Santos.Assim, o piso salarial da categoria para220 horas semanais de trabalho, retro-ativo a 1º de março de 2007, que é adata base, passou a ser de R$ 551, 20,tendo sido reajustado em 4%. O auxí-lio refeição gratuito, por dia de traba-lho, ficou ficado em R$ 6,80.

ATUALIZE SEU CONTADOR QUANTO AOS ACORDOS COLETIVOS

Assembléia, no Resan, reuniu revenda elíderes dos frentistas de todo o Estado

MOTORISTASA partir de 1º de maio, os motoris-tas de empreas de transporte decargas também receberam aumen-to de 4%, segundo negociaçãoentre o Sindisan e o Sindicato dosTrabalhadores em TransportesRodoviários de Santos e Região. Omotorista de carreta passa a tersalário base de R$ 814,65.

FRENTISTASPiso salarial (período diurno)

Piso R$ 521,2030% periculosidade R$ 165,36Total R$ 716,56

Piso salarial (período noturno)Piso R$ 551,2030% periculosidade R$ 165,3620% adicional noturno R$ 110,24Total R$ 826,80

CAMINHONEIROSMotorista de carreta R$ 814,65Motorista de Truck R$ 741,57

Diárias & PernoitesDentro da base

do SindisanFora da basedo Sindisan

AlmoçoJantar

Pernoite

R$ 6,14R$ 6,14

R$ 10,92

R$ 7,80R$ 7,80

R$ 11,96

Participação nos lucros (2 parcelas de R$ 135,00, umaem outubro/07 e outra em março/08); cesta básica novalor de R$ 25,00; horas-extras com acréscimo de 50%sobre a hora normal, até o limite de 30 horas semanaise as que excederem sofrerão acréscimo de 75%.

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U

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Uma longa briga da revenda decombustíveis contra as altas taxascobradas pelas administradoras decartões de crédito chegou ao Senado. Osenador Adelmir Santana (PFL-DF)acaba de apresentar um projeto de lei queé resultado de um amplo dossiê em quesão apontados abusos como a cobrançade até 4% de taxas de administração pelasprincipais operadoras do Brasil. Elas sãoaté 70% superiores às taxas norte-americanas e européias, hoje em tornode 2,2%. Na Austrália, por exemplo, elasnão passam de 1% e na Argentina nãochega a 3%. Aqui, de cada R$ 100vendidos pelo comerciante, até R$ 4 sãoempenhados para o custeio dos cartões.

O objetivo do senador, que tambémé presidente da Federação do Comérciodo Distrito Federal e do ConselhoDeliberativo Nacional do Sebrae, alémde exercer a vice-presidência daConfederação Nacional do Comércio(CNC), é suscitar o debate parapermitir que o empresário possa cobrarpreço diferenciado para o pagamentocom cartão em relação ao preço à vista.

Apresentado no dia 27 de abril, oprojeto – que já ganhou repercussãona mídia – aguarda a sua distribuiçãopara a Comissão de Assuntos Econô-micos da Casa. A próxima etapa será arealização de uma audiência pública.

O senador lembrou em seu discur-so que as administradoras estão sendoalvos de muitos processos mundo afo-ra. Só o governo americano tem maisde 50 ações por abuso de poder eco-nômico e o próprio Senado americanoestá investigando as empresas.

Aldemir Santana está enviandodossiês para os órgãos de defesa doconsumidor para mostrar que o preçoúnico para cartão ou pagamento em di-nheiro não é um benefício para o con-sumidor em geral. Isso porque as taxascobradas pelos cartões estão embutidasno preço final. Como na maioria dasvezes quem tem cartão de crédito temum poder aquisitivo maior, o senador

condena o subsídio cruzado entre aspessoas de mais baixa renda para as depoder aquisitivo mais alto.

“Lembramos que duas empresas - Visae Mastercard - detinham, no final de 2005,96,65% do mercado de cartões de crédi-to no Brasil, segundo estudo detalhado daFundação Getúlio Vargas”, disse o sena-dor durante a apresentação do projeto.“Talvez essa concentração explique, emparte, o elevadíssimo nível das taxas dedesconto praticadas no país, que chegamem média a 4%, segundo um diagnósticoelaborado pelo Banco Central. Isso aforatodos os outros custos indiretos que ocredenciamento trás, como o aluguel dosequipamentos e o dilatado prazo para oefetivo recebimento dos valorestransacionados”.

A compensação dos créditos, aliás,é o outro ponto polêmico. No Brasil oprazo de pagamento é de 30 dias, en-quanto nos Estados Unidos, por exem-

plo, é de apenas 48 horas. Aqui, os lon-gos prazos comprometem o capital degiro de pequenas empresas. Mesmo nasoperações com cartões de débito, por-tanto à vista, o comerciante só recebeo valor 48 ou 72 horas depois, enquan-to o consumidor é debitado na hora.

“Em todos os setores produtivos, osganhos de escala são traduzidos emcustos menores para os consumidores.A informática é um grande exemplo dis-so. Hoje temos equipamentos maismodernos e que custam frações do quecustavam há uma década. No segmen-to de cartões de crédito,inexplicavelmente, os ganhos de escalaparecem não chegar ao consumidor, jáque as taxas estão nos mesmos pata-mares há anos, o que sugere que possahaver um comportamento, no mínimo,colusivo entre os agentes econômicos”.

O senador cita um estudo da Se-cretaria de Acompanhamento Econô-mico, do Ministério da Fazenda,intitulado “A Regulação do Mercado deCartões de Crédito no Brasil”, que de-monstra que o consumidor de baixarenda acaba subsidiando, através des-se mecanismo, o consumidor maisabastado, portador do cartão.

SENADOR INICIA BRIGA CONTRA ALTAS TAXASCARTÕES DE CRÉDITO

Projeto do senador autoriza acobrança de preço diferenciado para

pagamento com cartão de crédito

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O dossiê elaborado pelo senador AldemirSantana traz detalhes dos embatesjurídicos travados entre asadministradoras de cartões e governosde vários países. Nos Estados Unidos, apartir de 2005, diversas ações - em tornode 50 - foram ajuizadas por associaçõesde empresários contra Visa, Mastercarde diversas instituições financeiras que ascompõem, acusando-as de formação decartel para a determinação de taxas eabuso de poder econômico.

Os processos ainda estão emcurso, mas já mobilizaram ações doSenado norte-americano, cujoSubcomitê Permanente sobreInvestigações iniciou no último dia 7de março uma série de audiências sobrepráticas relativas a cartões de créditoque têm preocupado os consumidores,empresários e autoridades do país. NaNova Zelândia: a Comissão deComércio, em novembro de 2006,iniciou ação contra a Visa, Mastercarde 11 instituições financeiras, acusando-as de práticas anticompetitivas.

Na União Européia, em junho de2006, a Comissão Européia apresentoudiversas objeções à MasterCard,questionando sua determinação de

taxas nas transações em nove países,“deixando clara sua disposição deutilizar plenamente seus poderes paralidar com tais barreiras”.Na Austrália,o Banco Central vem tentando coibirabusos no estabelecimento das taxase, dentre outras medidas, passou apermitir expressamente a cobrança depreços diferenciados nas comprasfeitas com cartão. Essa medida foitambém utilizada por países comoSuécia, México e Holanda, na tentativade proteger o consumidor que nãoutiliza cartões de crédito.

CURIOSIDADES

� � O Brasil tem hoje 81 milhõesde cartões de crédito em circulação.

� � Estudo da Itaucard mostraque 50,2% do total de cartõesestão nas mãos das mulheres,que deverão consumir em 2007R$ 86,4 bilhões em compras como chamado dinheiro de plástico.

� � 45% do faturamento daindústria de cartões de crédito vêmde compras feitas por mulheres

� � Apenas em maio, o setorfaturou R$ 15,5 bilhões, crescimen-to de 18,4% em relação a 2006

� � Os supermercados represen-tam os maiores gastos com cartões.Quando as compras são divididaspor sexo, as mulheres consomemmais com vestuário, compras portelefone, cosméticos e drogarias.

� � Os homens gastam mais comrestaurantes, companhias aéreas,turismo, postos de gasolina eacessórios para veículos.

O Resanreativou osplantões dequartas esextas-feirasdo departa-mento jurí-dico paraconsultas aprocessoscíveis, tribu-tários e fis-

cais. Os agendamentos devem ser fei-tos na secretaria do sindicato pelo tele-fone 3222-3535. A advogada LucianaMarcondes de Moura Neves Abdalla(foto), que passou a integrar a equipe daRCL Advocacia, será responsável pelosplantões feitos na sede do Resan.

De acordo com o convênio do sindi-

cato, a consultoria gratuita inclui esclare-cimentos tributários sobre PIS/Confins,ICMS, entre outros impostos, e, ainda, aelaboração de notificações extrajudiciaispara fins de denúncia de contrato de com-

pra e venda mercantil e defesas exclusi-vamente administrativas referentes aosautos de infração lavrados pela ANP, Ipem,Ibama e Procon. Eventuais custas relati-vas ao envio de notificações e protocolosde defesas e/ou recursos administrativoscorrerão por conta dos associados.

REATIVADOS OS PLANTÕES JURÍDICOS

BRASIL TEM UMA DAS MAIORES TAXAS DO MUNDO

Senador Aldemir Santana, do PFL/DF

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A

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A estopa usada pelos frentistas vira umagrande massa de pano triturado que agecomo se fosse lenha para a combustãode fornos de fábricas de cimento. An-tes disso, o óleo combustível existentena estopa, nas embalagens, na terra oumesmo nos filtros retirados dos pos-tos é extraído na sua totalidade eredirecionado para as próprias empre-sas fabricantes do produto.

É desta forma que os resíduos ge-rados na atividade diária de seu postoserão tratados a partir do contrato queo Resan estuda firmar com a SupplyService, empresa química localizada emTapiraí, cidade distante 60 quilômetrosde Juquiá.

O serviço atenderá às exigências dalei Conama 273 de destinação de resí-duos sólidos, cujo cumprimento é fis-calizado pela Cetesb.

O descarte desses produtos nanatureza gera contaminação do solo,subsolo, corpos d´água e lençolfreático. No entanto, a tecnologiaempregada no sistema de reciclagempermite que o parque industrial daSupply esteja encravado no meio daMata Atlântica, numa demonstra-ção de que os resíduos que repre-sentam risco de contaminação aomeio ambiente são reinseridos nacadeia produtiva, sem descartesprejudiciais à natureza.

A água contaminada com resíduosé tratada e volta para uma unidade daSabesp em São Paulo onde será sub-metida a um tratamento secundárioantes de ser reincorporada aos rios.

Do re-refino do óleo – que permite

o re-encaminha-mento das sobras àsindústrias – tambémsão extraídos resí-duos que servemcomo combustívelpara fábricas de ci-mento. Neste mes-mo processo sãoreciclados plásticos,papéis, panos, terra e serragem conta-minados com óleo.

“O processo consiste na decompo-sição dos resíduos para o seureaproveitamento”, detalha Paulo CésarGonçalves, gerente da unidade deTapiraí, que recebeu uma comitiva doResan na segunda quinzena de maio parauma visita ao complexo industrial.

O avanço tecnológico adotado é ta-manho que a Supply está prestes a ini-ciar a transformação do plástico conta-minado com óleo em matéria prima paraa fabricação de tapetes e magueiras.

Os filtros, por sua vez, são desmon-tados e os metais, tecidos e papéis im-pregnados com óleo são decompostospor etapas. A terra oriunda das caixasseparadoras também é destinada paraa indústria de cimento.

E NO POSTO?

Os revendedores que optarempelo contrato com a Supply atravésdo Resan não terão a rotina diária al-terada bruscamente nos postos. Gon-çalves explica que um kit com trêstambores é colocado nos postos paraa seleção dos resíduos por tipo. Ca-minhões da empresa são responsáveis

EXIGÊNCIAS LEGAIS

Como esses resíduos são classifi-cados como perigosos, há neces-sidade de solicitação junto àCETESB do CADRI - Certificadode Aprovação para Destinação deResíduo Industrial, que é o instru-mento que aprova o encaminha-mento de resíduos industriais alocais de tratamento ou disposiçãofinal. Além do CADRI, quando hou-ver movimentação de resíduosperigosos para fora da unidadegeradora, os postos, transportado-res e as unidades receptoras deresíduos perigosos deverão, obri-gatoriamente, utilizar o Manifestode Transporte de Resíduos (MTR),de acordo com critérios estabele-cidos pela Lei Estadual 12.300/06,e institui a Política de ResíduosSólidos e dá providências.

pela coleta do lixo tóxico.Mais informações sobre custos e

como aderir ao contrato devem ser fei-tas pelo telefone (13) 3222-3535, nasecretaria do sindicato.

ACERTADO DESTINO DOS RESÍDUOS

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EO

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O Resan recebeu algumas recla-mações de seus associados quan-to ao prejuízo gerado pela fisca-lização dos agentes do Institutode Pesquisas Tecnológicas (IPT)que estavam exigindo a entregade quatro embalagens de um litrode cada tipo de óleo lubrificantevendido no posto para análise, se-gundo a Resolução 29, de 26 deoutubro do ano passado. Por es-tar em desacordo com a lei, o sin-dicato fez uma consulta formal àsuperintendente de Qualidade daAgência Nacional de Petróleo(ANP), Maria Antonieta de Sou-za e recebeu como resposta queo correto é que o agente recebado revendedor apenas uma em-balagem de um litro do produtosolicitado.

A informação foi prestada ao Resanpela química e especialista emRegulação de Petróleo e Derivados,Maria da Conceição de Paiva Franca.

Segundo ela, “tão logo recebemos aconsulta entramos em contato com oIPT e chamamos a atenção, no sentidode que revejam seu procedimento decoleta e determinem aos coletores a re-tirada de apenas um litro de óleo lubrifi-cante por estabelecimento comercial”.

O Programa de Monitoramento daQualidade dos Lubrificantes, regula-mentado pelo artigo 4º da ResoluçãoANP 29, é diferente da fiscalização doscombustíveis porque é feito não ape-nas nos postos revendedores, mas tam-bém em lojas de autopeças, oficinas,supermercados, concessionárias,supertrocas, etc...

O PODER DEUM CLIENTE !

Eu sou o homem que vai a um res-taurante, senta-se à mesa e pacien-temente espera, enquanto o garçomfaz tudo, menos o meu pedido.

Eu sou o homem que vai a umaloja e espera calado, enquanto osvendedores terminam suas conver-sas particulares.

Eu sou o homem que entra numposto de gasolina e nunca toca abuzina, mas espera pacientementeque o empregado termine a leiturado seu jornal.

Eu sou o homem que, quandoentra num estabelecimento comerci-al, parece estar pedindo um favor,ansiando por um sorriso ou esperan-do apenas ser notado.

Eu sou o homem que entra numbanco e aguarda tranqüilamente queas recepcionistas e os caixas termi-nem de conversar com seus ami-gos, e espera.

Eu sou o homem que explicasua desesperada e imediata neces-sidade de uma peça, mas não recla-ma pacientemente enquanto os fun-cionários trocam idéias entre si ou,simplesmente abaixam a cabeça efinge não me ver.

Você deve estar pensando quesou uma pessoa quieta, paciente,do tipo que nunca cria problemas.Engana-se. Sabe quem eu sou ?

EU SOU O CLIENTE QUENUNCA MAIS VOLTA !!!

Divirto-me vendo milhões sendogastos todos os anos em anúnciosde toda ordem, para levar-me denovo à sua empresa. Quando fui lá,pela primeira vez, tudo o que deviamter feito era apenas a pequena genti-leza, tão barata, de me dispensarum pouco mais de CORTESIA.

Clientes podem demitir todos deuma empresa, do alto executivopara baixo, simplesmente gastandoseu dinheiro em algum outro lugar.Pense nisso!!

“Embora o artigo 4º determine umlitro de cada lubrificante por agenteeconômico, adotamos como critério noprocedimento de coleta apenas um li-tro de lubrificante por estabelecimentoa fim de evitar transtornos para osmesmos”, disse Maria da Conceição.

As amostras devem ser entreguesmediante preenchimento de documen-tação apresentada pelo IPT, autoriza-ção de coleta, recibo e declaração doresponsável, seguido de emissão denota fiscal de doação para a ANP.

RESULTADOS

O monitoramento de lubrifican-tes está no segundo ano de atuaçãoe até agora já foram feitas cerca de1.500 análises. Um alto índice denão-conformidade foi registrado,em torno de 47%.

O Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, estáconcorrendo à eleição das sete maravilhas domundo moderno. O monumento é um dos 21finalistas do concurso internacional criado pelafundação suíça “New Seven Wonders” que vaiescolher o conjunto das maravilhas do mundo. Paravotar, basta acessar o site www.new7wonders.com.

VOTE NO CRISTO REDENTOR

ANP DIZ QUE REVENDEDOR SÓ DEVEDAR UMA AMOSTRA DE LUBRIFICANTE

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MERCADO VAREJISTA

FAMILIAR POR VOCAÇÃOPostos de combustíveis seguem a tendência nacional de gestão familiar. A tradição de muitos

anos nas mãos de pais, filhos e netos dão credibilidade ao negócio

Pai rico, filho nobre e neto pobre.Esse é um dos ditados populares quemais aterrorizam pequenos e médiosempresários que sonham em perpe-tuar seus negócios. No Brasil, 90%das empresas são familiares, indepen-dente do tamanho e do setor em queatuam. De acordo com o BNDES, decada 100 negócios que se iniciam,30% chegam à segunda geração eapenas 5% à terceira.

Os postos de combustíveis sãoexemplos clássicos de pequenas em-presas estritamente familiares, cujaadministração passa de pai para filho.Grande parte dos associados do Resanfaz parte deste cenário, estando na se-gunda geração da linha sucessória.

Segundo Domingos Ricca, PhD emadministração, professor de graduaçãoe pós-graduação e um dos principaisconsultores em empresas familiares doPaís, o diferencial de um fundador quequer ver sua empresa prosperar estácalcado na profissionalização que elemesmo impôs aos seus herdeiros. Asucessão perfeita também depende davontade dos filhos e netos de partici-par do negócio.

“Nem sempre o meu sonho é o so-nho do meu filho”, diz Ricca, apontan-do esse dilema como um dos grandesproblemas na sucessão. “Às vezes o paiconstrói um império pensando nos fi-lhos e eles não querem seguir o seu ca-minho”. O que fazer? Existem, sim, al-ternativas que não caminham exclusi-vamente para a venda da empresa.

Acordar muito cedo, lidar com opúblico, trabalhar até muito tarde equase sempre aos finais de semana nãoé uma rotina que agrade muita gente.As tarefas diárias de um revendedorde combustíveis são árduas e aindasofrem a interferência de desgastescomo a concorrência desleal e a des-confiança dos consumidores.

Por isso, Ricca fala que o comer-ciante não pode ser mais encaradocomo um aventureiro. “O sucessor

tem que estar prepara-do. É uma questão desobrevivência. O mer-cado está se enxugan-do, muitas empresasestão se unindo e quemnão se profissionalizarvai ser superado pelosgrandes”, continua.

Os filhos que foremassumir o negócio de-vem se preparar paraisso. Não há maiscomo permitir que seuestágio na empresa en-quanto filho do dono ocredencie para assumiras rédeas. A gradua-ção, uma especializa-ção e um curso de ges-tão ou mesmo pós-gra-duação são tidos comofundamentais para ofuturo da empresa.

“Carisma e lideran-

Todo o empresário chega a algummomento da vida e se faz a pergun-ta “e quando eu me aposentar?”. Al-gumas vezes a resposta é natural econsiste em passar o comando daempresa para os filhos. Mas nemsempre isso ocorre. Alguns herdei-ros não querem ou não sonham emcuidar dos negócios do pai. No pas-

sado, a transição era automática jáque os filhos aprendiam a rotina doposto no dia-a-dia do trabalho ao ladoda família.Ultimamente esse quadro vem se mo-dificando. O acesso a profissões dis-tintas e até mesmo a falta de interes-se de alguns jovens no negócio do paiacabaram rompendo essa tradição. Éo caso de Gilson Abril Dutra (foto), pro-prietário do posto Via Nébias. “Minhafilha se formou em Direito porque elanão se identificava com o comércio”,diz. E a tão sonhada aposentadoria?“Quando eu me aposentar, vou ter quevender o posto, não vai ter jeito. Porenquanto não penso nisso”, completaGilson.

E QUANDO EU ME APOSENTAR?Muitos revendedores vivem dilema

ça não se transfere. O pai acha que ofilho deve ser igual a ele, mas é preci-so que o futuro diretor chegue ao topo

da empresa não como o filho do dono.O empresário tem que fazer com que ofilho crie sua própria liderança”.

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E

Mas e quando não hámesmo jeito de atrair o

interesse de seu herdeiro?

É aí que se encaixa a figura de umgerente ou o conceito de “governançacorporativa”, que nada mais é do que“o controle e gestão dos negócios fa-miliares através de um conselho deadministração” que assegure aos do-nos o direito de se afastar, paulatina-mente, das operações, sem compro-meter a performance e a continuidadeda empresa.

Neste caso, os filhos que preferi-ram seguir outras carreiras se com-prometem a fazer parte do conselhogestor, que se reúne uma vez por mês,para estarem sempre informados doandamento do negócio.

“A governança também pressupõeo treinamento dos sucessores atravésde suas participações no conselho,proporcionando mais chances de es-tabilidade à empresa e aos negócios”,complementa Domingos Ricca.

O gerente também é uma saída emcasos de conflitos entre herdeiros. Omaior risco para a perpetuação da em-presa se traduz nas brigas pelo poder,em que “todo mundo quer comandar”.Ricca explica que o gestor não podemisturar problemas da família e daempresa. “Ele tem que ter na cabeçaque é contratado pela empresa e nãopelas pessoas. Primeiro ponto é pen-sar no sucesso do negócio”.

Ricca: há alternativas além da venda

CONVENIÊNCIA É NOTÍCIACONVENIÊNCIA É NOTÍCIACONVENIÊNCIA É NOTÍCIACONVENIÊNCIA É NOTÍCIACONVENIÊNCIA É NOTÍCIAPor Cláudio Correra, diretor da MPP Marketing e professor da PUC/SP ([email protected])

CARAVANA RESAN ESTÁ DE VOLTAA Caravana Resan volta a percorrer a basedo sindicato neste mês. Três encontrosreunirão a revenda do Vale do Ribeira, doLitoral Sul e da Baixada Santista. No dia14, os diretores, colaboradores eprestadores de serviços do sindicato es-tarão em Pariquera-Açu. No dia 21 é avez de Itanhaém e, dia 28, o encontroserá na sede do Resan, em Santos.

Desta vez ao invés de falar, a dire-toria quer ouvir o que os associados

têm a dizer. As reuniões são informais,descontraídas, onde ambas as partesexpõem suas opiniões. A partir das in-formações obtidas junto à base, seráestruturada a linha de atuação do Resanpara os próximos meses.

O Resan irá oferecer o transportepara o Vale do Ribeira e Litoral Sul, comsaída da Rua Manoel Tourinho, 269.Mais informações e adesões podem serfeitas pelo telefone (13) 3222-3535.

A secretária do Resan, Helena Pintoda Silva, recebeu uma homenagem dadiretoria e colaboradores do sindicatono último dia 31 de maio, data em quedeixou suas atividades profissionaisem função da tão esperada aposenta-doria. Helena esteve no Resan pormais de 12 anos, sendo uma dasprimeiras funcionárias.

HELENA SE APOSENTA E RECEBE HOMENAGEM

Por mais que possamos resistir os consumi-dores estão a cada dia melhor e mais informa-dos e certamente sabem mais sobre os pro-dutos e preços do que tem interesse em com-prar que muitos vendedores. Em se tratandode produtos de maior valor agregado ou du-ráveis, como uma impressora para computa-dor por exemplo, podemos comprar numa lojade shopping, mas não antes de navegar nainternet, conhecer as vantagens, consumo deenergia, garantia, comparar preços e formasde pagamento.

Essa atitude já demonstra que o consumi-dor quer estar bem informado para fazer umaboa compra, mas ainda não dispensa de ver,tocar, experimentar, saber como funciona,como se instala, etc... Nesse momento se ovendedor não conhecer mais que o clienteestiver preparado para negociar a loja certa-mente perderá a venda.

Ao ler este artigo você estará pensando,mas como isso poderá afetar o meu negócio.Caro revendedor, acredite, já afetou e poucosse deram conta. Quanto já se perdeu de trocade óleo nos postos para as concessionárias,lojas especializadas, supermercados, etc.,quanto se perde de volume de vendas porproblemas de credibilidade no produto. Nainternet circula todos os dias a lista de postosautuados, interditados e fechados, por produ-tos e outras situações fora da lei, quantos clien-

tes ganhamos ou perdemos por comentáriosfeitos pelos mecânicos, e vai por ai afora.

O consumidor bem informado e antenadoprocura por pontos de venda que lhes tragamboas “experiências de compras”, que ofere-çam os produtos que lhes interessa com garan-tia de qualidade, preços justos, ambiente limpoe confortável, atendimento rápido e gentil, aponto de despertar a vontade de sair do carropara ir até a loja, ou mesmo acreditar no frentistaquando lhe diz que precisa completar o óleo.

A interatividade chegará se já não chegoude outras formas como o conhecimento doconsumidor maior e mais profundo que dofrentista ou o promotor da loja, naquilo quelhes interessa: qualidade dos produtos e ser-viços, preço, atendimento e no ponto de ven-da que lhe ofereça diferenciais e facilite desdeo abastecimento até a compra na loja de con-veniência, saque ou pagamento de contas nobanco eletrônico, farmácia, lavanderia, bancade jornal, vídeo locadora, enfim tudo que pos-sa representar para os clientes facilidades emenos perda de tempo.A chamada “experiência de compra” para ocliente se traduz em prazer de comprar e per-manecer do ponto de venda por mais tempo, enão o que meu amigo Verano, ex-gerente devendas da Shell dizia: as pessoas só entramnum posto de gasolina, cemitério, delegacia ehospital porque são obrigadas.

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Q

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Que os frentistas são os profissio-nais mais requisitados por motoris-tas na hora de pedir informações nãoé nenhuma novidade. A notícia ficapor conta de um projeto desenvol-vido pela Secretaria de Turismo doEstado que quer transformar algunsdesses profissionais em agentes deturismo. A informação foi dada comexclusividade à revista Postos & Ser-viços pelo presidente da Federaçãodos Frentistas do Estado de SãoPaulo, Luiz de Souza Arraes, quetem sido o interlocutor da categoriajunto ao Estado.

A proposta envolve também orevendedor proprietário de postos emlocais estratégicos e mesmo de regi-ões turísticas. Chamado de PostoAmigo do Turista, o projeto exploramelhor a característica do frentistade sempre indicar o melhor caminho,a localização de ruas, hotéis e tam-bém de pontos turísticos.

A parceria entre Estado e pos-tos ocorrerá primeiramente na Ca-pital. Segundo Arraes, a segundaregião a contar com o projeto – ain-da em formatação – seria a Baixa-da Santista. Além de folders (pan-fletos) dos principais atrativos dacidade e de hotéis, por exemplo, osfrentistas serão submetidos a umaespécie de workshop onde recebe-rão informações detalhadas sobre comoajudar o turista e também detalhes doslocais mais visitados e procurados.

O DIA-A-DIA

“Muitos turistas pedem informaçõesprincipalmente nos finais de semana eferiados prolongados. O que mais elesquerem saber é onde fica o Aquário e oOrquidário. Se tivéssemos um incenti-vo, como algum curso, poderíamos darinformações mais precisas aos motoris-tas que param no posto”, diz ValmirRocha, de 35 anos, que há 12 trabalhacomo frentista no Auto Posto ViaNébias. A vantagem para o posto, se-

gundo Rocha, é que além da informa-ção eles acabam abastecendo o veículo.

Cerca de 25 pessoas por dia passamno posto onde Aroldo Alves de Souzatrabalha para pedir informações. “Amaioria acaba abastecendo, quando re-cebe um bom atendimento”, garante. NoAuto Posto Clean Car, em Santos, osfrentistas têm até um guia para consul-tar e garantir a informação correta. “Ospontos mais procurados são oOrquidário, Aquário e a Vila Belmiro”,confirma Aroldo, que diz ainda usar de

muita simpatia ao convidar o turista - esobretudo cliente - para conhecer a lojade conveniência e tomar um café.

SANTOS

O Resan apoia toda e qualquer ini-ciativa para desenvolver o turismo. Emmaio, o vice-presidente Flávio Ribas deSouza participou de um evento realiza-do pelo Santos e Região Convention &Visitors Bureau quando foi apresenta-do um projeto de circuito turístico daCosta da Mata Atlântica.

AGENTES DE TURISMO, SIM, SENHOR!!Secretaria de Turismodo Estado tem projetopioneiro para frentistas

Aroldo Alves de Souza (foto 1) e Valmir Rocha (2) dizem que Orquidário eAquário são endereços mais questionados em Santos. Luiz Arraes e Vanderlei

dos Santos (foto 3), da Federação dos Frentistas do Estado de SP

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Paulo Miranda assumiu o comando daFecombustíveis no último dia 15 demaio após a eleição da diretoria em queGil Siuffo foi reeleito presidente da en-tidade, mas optou pelo seu afastamen-to imediato para se dedicar integralmen-te à vice-presidência da ConfederaçãoNacional do Comércio (CNC).

Ao ocupar o cargo, Miranda disse quepretende profissionalizar a Federação,criando um corpo técnico que possa daro suporte necessário para a entidade. “Aprimeira área que devemos investir é omeio ambiente. Precisamos de um cor-po técnico para trabalhar em prol dosrevendedores”, disse ele. Em seguida,Miranda afirmou que outras áreas tam-bém ganharão técnicos, como a do GNV,GLP e das lojas de conveniência. “Querotrabalhar para tornar a Fecombustíveismais ágil para poder atender a todos ossindicatos com eficiência”.

A vice-presidência da Federação fi-cou com Roberto Fregonese, presidenteSindicombustíveis do Paraná, que terácomo companheiros de cargo WalterTannus Freitas (Bahia), José FernandoChaparro (Mato Grosso), Mário Luiz Pi-nheiro Melo (Pará) e Antônio GregórioGoidanich (Rio Grande do Sul). O 1º se-cretário eleito é Emílio Roberto Martins,do Recap, enquanto a 2ª secretaria passaa ser ocupada por José CamargoHernandes, presidente do Resan.

SIUFFO

Depois de ter sido eleito pela oitavavez consecutiva na presidência da Fe-deração, Gil Siuffo se afastou definiti-vamente da presidência. Como Siuffojá tinha acordado no início do proces-

so de sucessão, ele indicou como seusucessor o seu 1° vice, Paulo MirandaSoares, cujo nome foi aprovado portodos os conselheiros.

“Depois de 20 anos de dedicação àFecombustíveis me afasto do meu car-go para que a renovação seja comple-tada”, disse Siuffo.

O afastamento de Siuffo havia sidocogitado antes das eleições. “Na ver-dade, Gil queria sair do cargo, mascomo gostaríamos muito que ele per-manecesse, sugerimos que ele ficassena cabeça da chapa e se afastasse de-pois. Com isso, continuaríamos tendoo Gil vinculado com a nossa entidadepara que assim sempre possamos con-tar com ele”, disse Paulo Miranda.

Gil Siuffo, num discurso emociona-do, se despediu de todos os conselheirospresentes durante a reunião, posterior àcontagem de votos, dizendo que sempreestará com a Fecombustíveis comorevendedor e como vice-presidente Fi-nanceiro e de Relações Institucionais daCNC (Confederação Nacional do Comér-cio). Ele foi presidente da Fecombustíveispor 20 anos.

DIRETORIA EXECUTIVA

Luiz Gil Siuffo Pereira – Presidente licenciadoPaulo Miranda Soares – Presidente (MG)Roberto Fregonese – 2º Vice-presidente (PR)Walter Tannus Freitas - 3º Vice-Presidente (BA)José Fernando Chaparro - 4º Vice-Presidente (MT)Mário Luiz Pinheiro Melo - 5º Vice-Presidente (PA)Antônio Goidanich - 6º Vice-Presidente (RS)Emílio Martins – 1º Secretário (SP/Campinas)José Camargo Hernandes – 2º Secretário (SP/Santos)Hidelbrando Batista – 3º Secretário (GO)Ricardo Lisboa Vianna – 1º Tesoureiro (RJ/Estado)Manuel Fonseca da Costa – 2º Tesoureiro (RJ/Município)Maria Aparecida Siuffo Schneider – 3º Tesoureiro(RJ/Município)

PAULO MIRANDA INVESTIRÁ EM CORPO TÉCNICOJosé Camargo Hernandes, do Resan, continua ocupando cargo na diretoria executiva da Fecombustíveis

Paulo Miranda: “profissionalização”

Luiz Gil Siuffo deixou a Federação

Diretoriaexecutivatem 13membros

Hernandes, do Resan, é o 2º secretário

Manoel Fonse-ca da Costa,Hernandes eJoão Batista,diretor de MeioAmbiente daFederação

Paulo Mirandae RobertoFregonese,presidente evice-presidên-cia daFecombustíveis

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DESPAÇO DEMOCRÁTICOLoja de roupas femininas em loja de conveniência conquista público em Praia Grande

Depois das lojas de conveniência, deagências lotéricas ou dos Correios, umanova experiência mostra como um pos-to de combustíveis pode ser versátil nosnegócios agregados à atividade princi-pal. Em Praia Grande, o Auto PostoXixová inovou com a destinação departe de sua estrutura para abrigar nadamais, nada menos do que uma boutiquede roupas femininas. Sob o comandode Kátia Roberta Fernandes, mulher dorevendedor João Luiz, o Portal da Modavem conquistando um público seleto.

No início foram as amigas de Kátia,familiares e clientes do posto que mo-vimentaram a loja. Agora, a curiosida-de de quem passa é o maior atrativo. Oresultado tem sido satisfatório e já ani-ma a dona do Portal da Moda.

“A idéia de uma loja de roupa numposto de gasolina assusta. As clientesachavam que iam ver um monte de coi-sas feias. Mas, depois que entram,vêem que trabalhamos com boas mar-

cas e peças de muito bom gosto”, dizKátia, que se encarrega pessoalmentedas compras em São Paulo e faz con-tatos com revendedores até de outrosestados.

Gostar de trabalhar com roupasfoi o primeiro passo para o negócio,que também surgiu em função doespaço disponível. A loja tem 50metros quadrados, fica ao lado daentrada para o prédio administrativoe já gerou frutos para a economiaformal, com a criação de um empre-go para uma vendedora.

“O nosso perfil é o de modinha, temde tudo um pouco para agradar a to-dos os gostos. A cada 15 dias traze-mos novidades em jeans, malha, cami-sas, roupas para festas e acessórios”,completou Kátia, que convidada a to-dos para conhecer o novo negócio.

Muitas clientes se surpreendem com abeleza e qualidade das roupas

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Confira os índices máximose mínimos e as variações depreços e custos de combus-tíveis, segundo dados ofici-ais da Agência Nacional dePetróleo (ANP).Os índices citados são refe-rentes à média nacional, doEstado de São Paulo e decinco cidades da BaixadaSantista (Santos, São Vicente,Praia Grande, Itanhaém,Cubatão e Guarujá) e de-vem ser utilizados apenascomo fonte de informaçãopara o gerenciamento dospostos revendedores.

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INDICADORES

RANKING DE CUSTOS E PREÇOSABRIL X MAIO

METODOLOGIA:O Levantamento de Preços e de Margens de Comercialização de Combustíveis abrange GasolinaComum, Álcool Etílico Hidratado Combustível e Óleo Diesel Comum, pesquisados em 411 municípiosem todo o Brasil, inclusive Estado de São Paulo e as cidades de Santos, São Vicente, PraiaGrande, Itanhaém, Cubatão e Guarujá. O serviço é realizado pela empresa Polis Pesquisa LTDA.,de acordo com procedimentos estabelecidos pela Portaria ANP Nº 202, de 15/08/00. O trabalhoparalelo desenvolvido pelo Resan consiste em compilar os dados e calcular as médias de preços ecustos praticados pela revenda e pelas distribuidoras, sempre com base nos dados fornecidos pelosite da ANP. Mais informações pelo www.anp.gov.br ou pelo 0800-900267.

CONFIRA OS VALORES DE FORMAÇÃODOS PREÇOS DA GASOLINA E DIESEL

Fonte: Fecombustíveis(*) Valores médios estimados

ABRIL (1)Semana 22 A 28

MAIO (2)Semana 20 A 26

PREÇO AO CONSUMIDOR PREÇO DA DISTRIBUIDORA

PREÇO AO CONSUMIDOR PREÇO DA DISTRIBUIDORA

VARIAÇÕES (2-1)Média

ConsumidorMédia

Distribuidora

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SAÚDE OCUPACIONAL

MAIO

Dados fornecidos pela secretaria do Resan: Helena Pinto da Silva -

secretária; Marize Albino Ramos - Central de Dados e Documentação;

Maria do Socorro G. Costa - Telemarketing

2ª QUINZENA DE JUNHO

17 Bruno TascaPosto JB 4 Irmãos - JacupirangaAuto Posto Búfalo do Vale - Pariquera-açu

19 Adriano Gomes de BarrosAuto Posto Bem Bom Service Car - PG

22 Luís Fernando Dias PenhaAuto Posto Fulgor - Santos

23 Dirceu VieiraAuto Posto Umuarama - •SantosMarciano Francisco FrancoCentro Aut Gov. Mário Covas - Santos

24 Archides GiovanellaComércio de Combustíveis GiovanellaBarra do Turvo

25 Karim Ibrahim HejaziAuto Posto Savoy - Juquiá

26 Luiz Roberto FavorettoAuto Posto Iberá - Itanhaém

28 Manuel Fernando Saraiva AmaralAuto Posto Tamburello - Santos

1 Alberto José de Carvalho NetoFase Quattro Comércio de CombustíveisJuquiáJoão Ferreira Monte AlegreAuto Posto Umuarama - SantosJosé Camargo HernandesAuto Posto Jardim Anchieta - SantosAuto Posto Arrastão - Santos

2 Rita Santana OliveiraAuto Posto Avalanche - São Vicente

2ª QUINZENA DE JUNHO

1ª QUINZENA DE JULHO1ª QUINZENA DE JULHO

3 Arthur SchorAuto Posto Vila Nova - CubatãoJoão Francisco Peralta ChibanteAuto Posto Vila Mirim - Praia GrandeOnisvaldo da Costa RibeiroPosto Alvorada de Miracatu - MiracatuPosto Laridany - Miracatu

4 Wagner CugiSuper Posto 500 Milhas - Santos

6 Ivete Kalaes StortiAuto Posto Praia do Forte - PG

9 Dulce Antunes AmadoAuto Posto Ferreira Amado - SVVilmar GavazzoniPosto de Abastecimento 137 - MiracatuAuto Posto Lambari - MiracatuMorada do Sol Auto Posto - Miracatu

10 Josué Leite de PaulaAuto Posto Filadélfia de PeruíbeMônica Fente Diaz GarciaPosto Santo Antônio - Santos

12 Almor Fernandes MoraisAuto Posto Malibu - São VicenteMaria Esther Eiras RodriguezAuto Posto Itanhaém - Itanhaém

14 Ítalo Orlando Ciarlini JúniorAuto Posto Atlântico Sul - SantosPaulo Marciano FrancoCentro Automotivo Gov. MárioCovas - Santos

15 Armando Augusto RibeiroSuper Posto 200 Milhas - Santos

02 Entrevista para a RevistaVarejo Shell;04 Solenidade de Posse daDiretoria do RESAN – Triênio

2007/2010, em Santos;12 Reunião com a empresa Supply Servicesobre coleta de resíduos, representado pelodiretor Flávio Ribas e pelos assessoresAvelino Morgado e Luiz Alberto, em Santos;Reunião com o advogado Dr. Dennis Fiúza,em Santos;15 Reunião Ordinária do Conselho de Repre-sentantes da Fecombustíveis, no Rio deJaneiro;Reunião do GT da PN-031a: Armazenamentode Líquidos Inflamáveis e Combustíveis Parte1 – Operação de Posto Revendedor Veicularde Combustíveis Líquidos, no Rio de Janeiro;18 Solenidade e Coquetel em Homenagemaos 60 anos do Senac/Santos, acompanha-do pelo diretor Flávio Ribas e pelos assesso-res Avelino Morgado e Luiz Antônio;23 Seminário da Petrobras: Distribuição deCombustíveis – Pontos Cruciais para aMoralização do Setor, em São Paulo;24 Reunião com o Sindicato Sindminériospara negociação de acordo coletivo, repre-sentado pelo diretor Ricardo Araújo e peloassessor Avelino Morgado, em Santos;25 Jantar Dançante Beneficente em comemo-ração aos 15 anos da Associação de Amigosdo Lar do Menor Assistido (ALMA), acompa-nhado pelos diretores Artur Schor, RicardoAraújo e Adriano Barros e pelo assessorAvelino Morgado, no Guarujá;26 Solenidade de Posse da Nova Diretoria doSindicato dos Odontologistas, em Santos;29 Cerimônia de Assinatura do convênio,lançamento e apresentação do projeto “Cir-cuito Turístico da Região da Costa da MataAtlântica” do Santos e Região Convention &Visitors Bureau, representado pelo diretorFlávio Ribas, em Santos;30 Reunião Ordinária do Conselho Regionaldo Senac, em São Paulo.

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Junho 2007 19

D

EEm apenas quatro anos, o Portaldo Resan na internet se transfor-mou numa das principais fontesde informação sobre a revenda.Consultado por navegadores detodos os estados brasileiros e atépor pessoas do exterior, o sitewww.resan.com.br recebeu en-tre janeiro e o dia 28 de maio pas-sado, 35 mil acessos individuais,numa média de 230 navegantesdiários. O número correspondea acessos a partir de cada com-putador, independente do núme-ro de vezes que cada usuário seconecta ao site naquele dia. Nes-se mesmo período, 99.502 pági-nas foram visitadas.

A preferência dos visitantes épelo clipping de notícias que dia-riamente é colocado no portal,com os principais destaques en-volvendo o setor de combustí-veis e assuntos correlatos. Asmatérias inseridas no portal sãopublicadas nos principais jornaisdo País, inclusive os da mídia re-gional. De janeiro ao final demaio, cerca de 27 mil pessoasacessaram o clipping. O usuáriotambém pode se cadastrar parareceber o conteúdo via e-mail.

Também por diversas vezesao dia o site recebe atualizaçãocom notícias enviadas por órgãosgovernamentais, de fiscalização,dos sindicatos que representam

a categoria, as distribuidoras,entre outros órgãos importan-tes para as empresas do setor.Esse serviço despertou a aten-ção de 22,5 mil usuários.

NOVO PORTAL

O Resan já trabalha na ela-boração de um novo portal, maisdinâmico, moderno e voltado àsnecessidades mais imediatas dorevendedor e também de autori-dades e consumidores. A atuali-zação deverá ser finalizada nospróximos dois meses. Uma dasmudanças já acertadas será adisponibilização da revista Pos-tos & Serviços na versão online.

A legislação sobre combus-tíveis, meio ambiente e outrosquesitos de interesse do asso-ciado também continuarão dis-poníveis. Este ano, mais de2.300 acessos foram feitos ape-nas para a consulta às leis queregem o setor.

A Cartilha do Consumidor deCombustíveis, editada peloResan há 3 anos, continua sen-do instrumento de pesquisa so-bretudo para clientes dos postosde combustíveis que acessam osite do sindicato. Foram 1.454acessos no período.

Enfim, se você tem algumasugestão para melhorar nossoportal pode enviá-la para o e-mail [email protected].

‘PORTAL RESAN’ RECEBEU 35 MILACESSOS DESDE JANEIRO DESTE ANO

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