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Page 1: Resan fev 07 fileJornalista responsável, textos e editoração eletrônica Christiane Lourenço (MT b. 23.998/SP) imprensa@resan.com.br Colaboração: Roberta Torre e Luiz Alberto
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Fevereiro 20072

Postos & Serviços é umapublicação mensal doSindicato do Comércio Varejistade Derivados de Petróleo, Lava-rápidos e Estacionamentos deSantos e Região (Resan).Rua Manoel Tourinho, 269Macuco - Santos/SP11015-031Tel: (13) [email protected]

PresidenteJosé Camargo Hernandes

Jornalista responsável, textos eeditoração eletrônicaChristiane Lourenço(MT b. 23.998/SP)[email protected]

Colaboração: Roberta Torree Luiz Alberto CarvalhoImpressão: Demar GráficaTiragem: 1.600 exemplaresDistribuição GratuitaFotos: Divulgação e Resan

As opiniões emitidas emartigos assinados são de totalresponsabilidade de seusautores. Reproduçãoautorizada desde que citada afonte. O Resan e osprodutores da revista não seresponsabilizam pelaveracidade das informações equalidade dos produtos eserviços divulgados emanúncios veiculados nesteinformativo.

EDIÇÃO FEVEREIRO / 2007

Comece fazendo oque é necessário,

depois o que épossível,

e de repente vocêestará fazendo o

impossível

(São Francisco de Assis)

SUPERMERCADOS

TURISMOAUMENTA VENDA

DE COMBUSTÍVEIS

Apenas entre o Natale Réveillon, cerca deum milhão deveículos desceram aSerra em direção aoLitoral.

Confira pesquisa queaponta gastos comcombustíveis emviagens de turismo

Quatro dos sete postos de supermer-cados na região desrespeitam a lei

estadual que obriga a diferenciação dainscrição estadual da atividade principal

Páginas 10 e 11

EDITORIAL

Começo de ano movimentado ....3

AMOSTRA-TESTEMUNHA

ANP anuncia o fim da

obrigatoriedade.................4 e 5

IPEM

Aumenta fiscalização do trans-

porte de produtos perigosos ....5

CONSULTORIA

Ex-superintendente da ANP fala

do alto preço da gasolina.....6 e 7

RESÍDUOS

Resan forma grupo para

gerenciamento coletivo...........9

COMPORTAMENTO

Confira depoimentos de reven-

dedores que ‘madrugam’.....12

REELEIÇÃO

Associados reelegem diretoria

do Resan para mais 3 anos ...13

IMPOSTOSUnisempre propõe Refis ao

prefeito de Santos..................14

LICENÇA-MATERNIDADE

Saiba mais sobre a lei .............15

SAIU NA IMPRENSA

Seae muda método para investi-

gar cartel e arquiva processos...15

COLUNA

Cláudio Correra ....................16

INDICADORES

Ranking de preços ..............17

ANIVERSÁRIO

Confira nomes da 2ª quinzena de

fevereiro e 1ª de março.........18

Circulares e agenda

RECICLAGEM

As boas idéias ......................19

Com a crise na aviação, muitagente optou pela viagem de carro.

As vendas de combustíveis naregião cresceram acima de 30%

neste período.Páginas 8 e 9

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U

EDITORIAL

JOSÉ CAMARGO HERNANDES

3

COMEÇO DE ANO MOVIMENTADOA vinda de um milhão de veículos entre o Natal

e o Réveillon para o Litoral e a crise dosaeroportos ajuda na alavancar as vendas

Continuaremosa honrar cadaassociado que

compõe arevendaregional

Embora a mudan-ça acabe com asmultas, é mais doque recomendá-

vel que nós conti-nuemos a manter

as amostras-testemunhas

como forma denos proteger

Uma boa notícia para nós,revendedores, é que o brasileiroanda viajando mais de carro e, comisso, consumindo mais combustí-vel. É fato que a classe média, hojeesmagada por tantos impostos, jánão viaja mais como há algunsanos, mas – quando planeja sair decasa – compõe o gasto de mais deR$ 4 bilhões com com-bustíveis, segundo umlevantamento realizadopelo IBGE. O assunto épertinente no momentoem que a crise dos aero-portos nacionais fez comque nossas vendas au-mentassem. Aqui no lito-ral, temos revendedores que chega-ram a comercializar 50% mais deproduto durante as festas de fim deano. Pudera!! Quase um milhão deveículos desceu a Serra em direçãoas praias entre o Natal e oRéveillon.

Bom, a notícia nos faz pensar emcomo é importante o bom atendi-mento, a qualidade do produto ven-dido e, sobretudo, a capacidade deconquistar o cliente.

Antes de me estender sobre tantosoutros assuntos importantes que tra-zemos nesta edição, quero agradecer aconfiança depositada por cada um devocês, associados, na gestão destadiretoria à frente do Resan. A nossareeleição representa a continuidade deum programa de gestão que estamosaperfeiçoando a cada ano, sempre embusca do fortalecimento do mercadovarejista de combustíveis. Tenhamcerteza de que continuaremos a hon-rar cada associado que compõe a re-venda regional e, acima de tudo, re-

presentando a nossaregião nas esferas esta-dual e nacional, marcan-do posição e reforçandoas reivindicações danossa base.

Um dos assuntosque mais tempo jános tomou é justa-

mente odos postosem super-mercados,em funçãoda concor-rênciadesleal que

eles representam. As-sim como no Interiordo Estado, na regiãode Campinas, consta-tamos que aqui naBaixada Santista qua-tro dos sete postos operados peloCarrefour e pelo grupo Pão deAçúcar continuam a ter a mesmainscrição estadual que os super-mercados. A lei, no entanto, queobrigou as empresas a terem ca-dastros individuais, concedia pra-zo até 30 de abril do ano passadopara a regularização.

A participação ativado Resan em audiênci-as públicas da ANPnos tem permitido le-var sugestões às auto-ridades do setor. Foi oque fizemos num últi-mo evento da Agênciaem que foi apresentadaa revisão de uma por-taria que acabará com

a obrigatoriedade das amostras-tes-temunhas. Sugiro que leiam a maté-ria que abre esta edição com aten-ção. Embora a mudança acabe comas multas para os revendedoresflagrados sem as coletas de produ-tos, é mais do que recomendável quenós continuemos a manter as amos-tras sempre guardadas como forma

de nos proteger de pro-blemas na qualidade docombustível. A diferençaé que não teremos a es-pada da fiscalização nacabeça.

Espero que gostem doresultado desta revista,que traz muitas opiniõesde revendedores, algunscom larga experiência novarejo.

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N

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FIM DAOBRIGATORIEDADE

Revendedor optará por coletar ounão a única prova sobre a qualidade

do combustível depositado nos tanques

Nenhum revendedor em território na-cional poderá mais ser multado por nãomanter à disposição de fiscais amos-tras-testemunhas de produtos vendidosnas bombas. A novidade foi anunciadano dia 17 de janeiro durante audiênciapública realizada pela Agência Nacio-nal de Petróleo (ANP) para apresentarao setor as mudanças previstas para aPortaria 248, de 2000, que trata docontrole de qualidade do combustívelautomotivo líquido adquirido pelorevendedor varejista paracomercialização.

Segundo as explicações dadaspela superintendente de Qualidade daAgência, Maria Antonieta Andrade deSouza, a coleta e a guarda da amos-tra-testemunha nos postos seráopcional. Entretanto, apesar da rei-vindicação antiga dos postos paraacabar com a obrigatoriedade previs-ta em lei, Maria Antonieta advertiuque o posto não disporá mais de umaprova para sua defesa. “Se não guar-dar a amostra-testemunha, vai ter queaceitar como bom o (combustível)que vier da distribuidora”.

Estabelecer a amostra-testemu-nha como facultativa não é a únicamudança na portaria. A ANP garan-te que irá incrementar as ferramen-tas de controle de qualidade doscombustíveis, de forma a aumentara credibilidade do processo.

A partir da publicação das novasregras, as garrafas PETs usadas paraarmazenar as amostras-testemunhasserão substituídas por frascos de vi-dros de um litro, na cor âmbar, queserão acondicionados em envelopesde segurança.

Assim, os revendedores que opta-rem por manter as amostras estarãomais protegidos contra acusações deviolação da embalagem plástica. O la-boratório da ANP chegou a demons-

trar que o lacre poderia ser removidomediante o simples aquecimento ou,então, o produto ser substituído poroutro a partir de uma seringa de agu-lha extrafina.

Caberá aos postos o custo dos fras-cos de vidro que irão guardar o com-bustível. As distribuidoras deverão - acontragosto - fornecer os envelopesde segurança. À revenda caberá aindaa manutenção de local apropriado paraguardar os envelopes com as amos-tras-testemunha, que devem ser man-tidos lacrados, em lugar arejado, semincidência de luz e suficientemente dis-tante de fontes de calor.

POLÊMICA

O gerente de informaçõessetoriais do Sindicom, César Guima-rães, garantiu que a resistência dasdistribuidoras em ceder os envelo-pes não tem a ver com custos mascom questões operacionais. “Nãosabemos quando o revendedor vaiquerer ou não guardar uma amostra-testemunha, por isso vamos ter queimplementar sistemas de controle, jáque os motoristas muitas vezes nãovoltam no mesmo dia para as basese é preciso impedir que o envelopesuma no meio do caminho”.

O presidente do Resan, JoséCamargo Hernandes, sugeriu que a dis-tribuidora forneça para o posto umaquantia estipulada de envelopes, medi-ante recibo. “Os envelopes ficariamsob a guarda da revenda, mas aindaseriam de responsabilidade da distri-buidora”, explicou.

Para a superintendente de Qualida-de, uma forma de resolver essa ques-tão seria estabelecer que, no momentodo pedido, o revendedor já diga se vaiou não necessitar da amostra. A pedi-do das distribuidoras, o envelope nãomais precisará ter a logomarca da em-

AMOSTRA-TESTEMUNHA

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presa, mas a Agência manteve a exi-gência de numeração/código dos enve-lopes, além da necessidade de constarimpresso, na parte exterior do envelo-pe, as instruções de uso para orevendedor.

NÃO-CONFORMIDADE

É importante lembrar ainda que aResolução reforça a obrigação dorevendedor de recusar o recebimentodo produto, caso apure qualquer não-conformidade na análise realizada naamosta-testemunha, devendo comuni-car o fato à ANP num prazo máximode 24 horas por meio do CRC (Centrode Relações com o Consumidor).

CAMINHÃO-PRÓPRIO

Um ponto nebuloso na nova porta-ria é como será feita a coleta da amos-tra-testemunha por revendedores quepossuem caminhão-próprio (FOB) eque querem manter em seu poder as

provas de qualidade do combustível. AANP sugere que isso seja resolvido viaacordo comercial entre revendedorese distribuidoras.

A polêmica é que na hora em que ocarregamento sai da distribuidora, nemsempre há uma homogeneização ade-quada, com a mistura sendo finalizadapelo balanço do caminhão, ao longo dotrajeto. Os postos que ficam muito pró-ximo das bases sofrem mais com esteproblema porque a mistura ainda nãoestá homogênea, causando variações nopercentual de álcool na gasolina C, porexemplo. A expectativa é que com obiodiesel misturado no diesel a dificul-dade seja ainda maior, em meio à maiordensidade do combustível de origemvegetal. Além disso, não existem testessimples que permitam ao revendedorcertificar-se quanto ao teor de biodieselno diesel.

Um acordo entre as partes é um ris-co, segundo explicou José Hernandesdurante a audiência. Cada distribuidorapode ter um tipo de procedimento, o quedificultaria o dia-a-dia dos postos. Elelembra que, na hora do pedido do com-bustível, o revendedor já comunica seele mesmo vai retirar o carregamento.“Nesse momento o revendedor já avi-saria se quer o carregamento com ousem amostra-testemunha”, destacou opresidente do Resan, lembrando a im-portância da amostra. “É o único ins-trumento para o posto revendedor ter agarantia de que o produto estava ou nãoconforme, afinal os testes feitos no postonão são completos, não são suficientespara detectar irregularidades, com ex-ceção do teor alcoólico”, ressaltou.

IMPASSE

Outro problema apontado por CésarGuimarães, representante do Sindicom,é que as bases de distribuição não es-tão preparadas para realizar coleta deamosta-testemunha. “O Sindicom en-tende o direito da revenda, mas não vêcomo resolver operacionalmente essaquestão”, afirmou.

(A editora-assistente da Revista Combustíveis, MorganaCampos, acompanhou a audiência pública como repre-sentante da Fecombustíveis, cedendo as informações paraa revista Postos & Serviços).

Da esquerdapara direita, José Luiz Mota Afonso,presidente do Sindcomb; JoséCamargo Hernandes, presidente doResan; e Ricardo Lisbôa Vianna, presi-dente do Sindestado

A nova portaria acaba-rá com as multas, masé importante que orevendedor continuea manter as amos-tras-testemunhasque são a únicaprova da qualida-de do produtovindo da distri-buidora

Segundo levantamento do Insti-tuto de Pesos e Medidas do Esta-do de São Paulo (Ipem), aumen-tou em 30% o número de veícu-los em situações precárias trans-portando substâncias perigosasnas estradas no ano passado.

O índice de apreensões doCertificado de Inspeção para oTransporte de Produtos Perigo-sos (CIPP), documento obrigató-rio para a circulação destes pro-dutos nas rodovias, aumentoupara 52%. Dentre os 2.200 veí-culos fiscalizados, 720 possuíamalguma irregularidade.

Em 11% dos casos foramencontradas outras irregularida-des como pontos de vazamentoda carga, muitas vezes causadospor corrosões no tanque ou fa-lhas nas válvulas de descarga, oque é considerável gravíssimopor se tratar de produtos quími-cos e tóxicos.

As blitze do Ipem, em parceriacom a Polícia Rodoviária, estãocada vez mais frequentes nasrodovias da região

AUMENTA ÍNDICE DEAPREENSÕES DECAMINHÕES EM SP

Divulgação / Ipem

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A gasolina no Brasil é cara? Comocomparar preços sem cometer a in-justiça de desprezar fatores impor-tantes como câmbio, cotaçãointerncaional, investimentos em ex-ploração, prospecção, tecnologia equalidade? Postos & Serviços en-trevistou o ex-superintendente daANP e consul tor em petró leo,Adriano Pires. Para ele, a Petrobrasteria condições de reduzir o preçoda gasolina nas refinarias em até15%. Os impostos, que represen-tam até 50% do preço final, nem sãoo maior vilão da história, na suaopinião, até porquena Europa há paísesque taxam os deri-vados de petróleoem até 80% do cus-to ao consumidor.

Pires foi superin-tendente das áreas deImportação e Expor-tação e Abasteci-mento da ANP entre 1998 e 2000 e éatual coordenador do Centro Brasilei-ro de Infra-estrutura, que oferececonsultoria nesta área para grandesempresas.

Segundo ele, independente da ne-cessidade de correções na política depreços da Petrobras, o mercado va-rejista de combustíveis está passan-do por uma reformulação que deveráreduzir o número de postos e baixara participação dos chamados bandei-ra branca para menos de 25% do to-tal de estabelecimentos.

O interesse de Postos & Servi-ços pela entrevista com Pires sur-giu depois de veiculadas algumasreportagens na grande imprensa so-bre o preço da gasolina no Brasilestar até 40% superior ao dos Es-tados Unidos (EUA). O aumento dopreço interno está diretamente re-lacionado à redução da cotação do

barril de petróleo no mercado in-ternacional.

Nos EUA, a gasolina sem impos-tos e margens de lucro da revenda edistribuição, ou seja, aquela vendidanas refinarias, foi cotada em mea-dos de janeiro a US$ 0,36 (R$ 0,78),enquanto no Brasi l o preço daPetrobras estava em US$ 0,47 (R$1). Já o diesel estaria, em média,14% mais alto do que nos EUA [US$0,48 (R$ 1,03)], contra US$ 0,55(R$ 1,18) no Brasil.

“Não estou dizendo que temos quebaixar a gasolina nacional em 40%, mas

que a discrepância émuito grande. Hoje,a Petrobras poderiatranquilamente dimi-nuir o preço de 12%a 15%”, defende.

E por que issonão acontece? Por-que o Brasil nãosegue a tendência

do mercado internacional. Apesar davolatilidade do preço do barril, desde2005 a estatal não mexe nos preçosdo diesel e da gasolina. O GLP, porexemplo, não muda de preço desde2003.

MAS ISSO NÃO É BOM?

Não. É ruim não seguir a ten-dência do mercado internacionalporque o consumidor e as distribui-doras não sabem qual a lógica queestá por trás da formação de pre-ços no Brasil. “Sempre pode haversurpresas. Essa política não incen-tiva a importação de combustíveispor outras empresas. Hoje, porexemplo, está interessante impor-tar, mas as distribuidoras têm medoporque a Petrobras pode baixar opreço a qualquer momento. Comonão se sabe qual é a lógica, o riscode importar é grande”.

“ A PETROBRAS PODERIA DIMINUIR OPREÇO DA GASOLINA DE 12% A 15%”Ex-superintendente da ANP e consultor em petróleo, Adriano Pires, falatambém sobre a remodelação do mercado varejista de combustíveis

Pires diz que Brasil terá “menos postos”

“ Hoje 40% dospostos no Brasil

são bandeira branca.A tendência

é que isso caiapara algo em torno

de 20 a 25% ”

Petrobras nãoacompanha preçointernacional dopetróleo para evitara volatilidade

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Sobre o varejo, Pires fala que com ofim as liminares e o maior controle so-bre a adulteração, o mercado está maisdisciplinado. Entretanto, ele acreditanuma remodelação a partir do fecha-mento de mais da metade das distribui-doras, da redução do número de pos-tos de abastecimento e da diminuiçãodo percentual de bandeiras brancas atu-ando no setor.

“Teremos as distribuidoras nacio-nais e as regionais. Mas, no máximo,elas serão 50 ou 60”. Ele também falado alto número de postos – perto de 30mil em todo o País: “Hoje 40% dospostos no Brasil são bandeira branca.A tendência é que isso caia para algoem torno de 20 a 25%. A quantidade depostos também cairá. É muito poucopara um posto trabalhar com umalitragem de 120 mil litros. A média de-verá ficar próxima de 200 mil litros”.

QUAIS OUTROS RISCOS?

De 2005 para cá, a Petrobras sem-pre vendeu gasolina mais barata do queno mercado internacional. Em 2005,as refinarias da Ipiranga e Manguinhos

fecharam porque não compensava pro-duzir combustível. “Essa política nãoincentiva e nem dá condições de o in-vestidor abrir refinarias”, complementa.

O QUE FAZER?

Pires diz que a estatal deveria se-guir o modelo adotado para os ou-tros derivados de petróleo, comoquerosene de aviação e óleo com-bustível, cujos preços variam se-gundo a cotação internacional e ataxa de câmbio. “Não falta legisla-ção. O que falta é um entendimentoaté por parte do Governo e da com-panhia de que gasolina e diesel sãocomodities e precisam flutuar o pre-ço para que recebam incentivos deempresas privadas, para que seconstrua refinarias, e existam maisimportadores”.

PORQUE DOIS PESOS E DUASMEDIDAS?

“A Petrobras diz que não quervolatilidade do mercado internacionalvenha para cá”.

VAREJO DEVERÁ SERREMODELADO EMFUNÇÃO DA DEMANDA

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OO medo de literal-mente dormir nosaeroportos fezcom que os aviões- preferidos nasviagens de férias -fossem substituí-dos pelos carros epor quilômetrosrodados em rodo-

vias. Resultado: a venda de combustí-veis nos postos varejistas aumentou até50%, principalmente aqui no litoralpaulista. Nas estradas, segundo a Po-lícia Rodoviária, o movimento de veí-culos foi 30% maior, dobrando em diasde pico. Os feriados prolongados doNatal, Réveillon e aniversários da Ca-pital e dos municípios da BS, tambémcontribuíram para reforçar as vendas.

Postos que vendem tradicionalmente 7mil litros por dia chegaram a comercializar25 mil litros de combustíveis. Há outroscuja média mensal de 120 mil litros au-mentou em 60 mil litros em função dosturistas que “invadiram a nossa praia”.

A forte demanda por combustíveischegou a provocar a falta do produtono Litoral Sul, onde os congestiona-mentos nas rodovias transformaramviagens de pouco mais de duas horasem maratonas de até oito horas. Se-gundo a Ecovias, concessionária queadministra o Sistema Anchieta-Imi-grantes, 964 mil veículos desceram aSerra entre Natal e o Réveillon. EmMongaguá, no dia 3 de janeiro, postosamanheceram sem gasolina.

O proprietário do Auto Posto VeraCruz, em Mongaguá, Fernando Anto-nio Geraldini, confirma o “movimentosurpreendente”. Nesta temporada, asvendas ficaram 30% acima do mesmoperíodo do verão 2005/06. “A criseaérea foi diretamente responsável peloacréscimo no movimento”, defende,lembrando, ainda, que o bom tempo eos feriados prolongados também auxi-liaram no faturamento extra.

Mônica MariaFernandes, do AutoPosto Xixová, emPraia Grande, é maisuma revendedora queconfirma os recordesalcançados nos pos-tos em função doapagão aéreo. Osferiados prolongadosde Natal e de AnoNovo ajudaram a ele-var as vendas em50% em relação aoano anterior.

Também na PraiaGrande, o reven-dedor Rui MarcioLeal sentiu a diferen-ça. “O número depessoas que vierampara o litoral foi aci-ma do esperado”. Asvendas de Rui au-mentaram 60% nes-te final de ano, en-quanto as de BasílioEiras Rodrigues,do Auto PostoItanhaém, ultrapas-saram em 20% amédia mensal.

D I N H E I R OVIVO

Em Peruíbe asestatísticas não fo-ram diferentes. È oque confirma o pro-prietário do AutoPosto Barra de Peruíbe, Pedro Rosa,que chegou a contabilizar 60 mil litrosvendidos a mais no mês. Entretanto,ele faz um comentário interessante: “Opoder aquisitivo das pessoas aumen-tou, pois a movimentação de dinheirovivo foi muito maior. Aproximadamente30% a mais de pagamentos foram fei-tos em dinheiro”.

CRISE NOS AEROPORTOS AUMENTA MOVIMENTONAS ESTRADAS E SOBE VENDA DE COMBUSTÍVEIS

Revendedores garante aumento no volume de vendas de até 50% em algumas cidades, como PG

Em todo o ano passado,mais de 30 milhões de

veículos desceram aSerra para o Litoral

Paulista. Apenas entre oNatal e o Réveillon, cerca

de um milhão deveículos chegaram

à região

Fotos Divulgação / Ecovias

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Cerca de 25% do que obrasileiro gasta com via-gens não-rotineiras sereferem a despesas comcombustíveis. O dadoconsta da recém-lançadapesquisa Economia doTurismo, realizada peloIBGE e que tem comoobjetivo descobrir qual oimpacto do turismo naeconomia nacional. Aliás,os combustíveis lideram alista de principais gastosem viagens, seguidos pelaalimentação com 22%.

Segundo o levantamen-to, o brasileiro em viagemde turismo gastou R$ 4bilhões 220 millhões emcombustíveis. Os dados doestudo são de 2003. Nototal, o valor total de des-pesas com viagens, R$17,096 bilhões, represen-

tou 1,7% dos gastos dasfamílias brasileiras entre2002 e 2003.

Além dos combustíveis,outros dois produtos tive-ram destaque na estruturade gastos em viagens não-rotineiras: alimentação epassagens de ônibusintermunicipal. Os trêsitens, em conjunto,totalizavam R$ 9,670 bi-lhões e representavam56,6% do gasto total.

Os paulistas são os quemais viajam, representando27,78%, seguidos pelosmineiros (12,51%), cariocas(10,19%), gaúchos (7,93%)e paranaenses ( 6,92%). SãoPaulo representa 43,38% dareceita bruta de serviçosgerados a partir do turismo,num total de R$ 34 bilhões708 milhões.

BRASILEIROS GASTAM MAIS DE R$ 4 BILHÕESEM COMBUSTÍVEIS COM VIAGENS DE CARROS

viajaram ao litoralpaulista nessa época.Em 2004, o movimentoregistrado foi de 909 milveículos.

O movimento intensodo final do ano fez comque a Ecovias regis-trasse, em 2006, o maiorvolume de tráfego de suahistória. Mais de 30,5milhões de veículospassaram pelas estra-das, superando o recor-de do ano passado,quando 29,8 milhões deveículos utilizaram asrodovias do SAI.

Sistema Anchieta-Imigrantes recebe quase1 milhão de veículos entre Natal e Ano-Novo

Movimento do ano passado superou os 30 milhõesde veículos e foi o maior desde 1998, quando a

Ecovias assumiu a administração do SAI Os associados interessadosem integrar um grupo depostos para fazer ogerenciamento coletivo dosresíduos sólidos, emcumprimento à legislaçãoambiental, deverão seinscrever na secretaria dosindicato para viabilizar oestudo de custos e oplanejamento das atividades.

O Resan está analisandopropostas de algumasempresas, entre elas aMarim Gerenciamento deResíduos.

A vantagem paragrupos é a possibilidade dedivisão de custos do Cadri,

que é o Certificado deDestinação de ResíduoIndustrial, expedido pelaCetesb a um custo de R$996,10 e que pode benefi-ciar até 50 empresas sobcada certificação.

A proposta da Marim,apresentada aos associadosem reunião na sede dosindicato, consiste nainstalação de bombonas de200 litros para o depósitode estopas, filtros, papéis,borras oleosas e embala-gens plásticas e no trans-bordo e destinação finaldos resíduos por co-processamento.

RESAN CONVOCA ASSOCIADOSPARA ESTUDO DE PROPOSTAS DE

GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

EEntre os dias 21 dedezembro, quandocomeçou a contagempara o feriado de Natal,e 1º de janeiro desteano, 964 mil veículospassaram pelo SistemaAnchieta-Imigrantes(SAI) em direção aolitoral. Somente noferiado de Ano Novo,686 mil automóveisdesceram a serra, emdireção às praias daBaixada Santista. Omovimento foi o maiordos últimos três anos.Em 2005, 914 mil

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Na Baixada Santista, dos sete super-mercados que operam postos de com-bustíveis, quatro estão desrespeitandoo decreto estadual 50.698/06 e a lei11.929/2005 que os obrigam a ter ins-crição estadual diferenciada da atividadeprincipal do estabelecimento varejista,acabando com qualquer chance decompensação de créditos de ICMS.

O decreto, assinado pelo governadorCláudio Lembo, concedeu prazo até 30de abril de 2006 para que as empresasregularizassem a documentação.

Entretanto, Postos & Serviços saiuem busca de cupons fiscais de artigoscomo café e biscoitos comprados nossupermercados e da gasolina abastecidanos postos mantidos nos pátios destesestabelecimentos para comparar asinscrições na Fazenda de São Paulo.

O Carrefour, de São Vicente, as duaslojas do Extra, em Santos e PraiaGrande, e do CompreBem, em Guarujá,mantêm a mesma inscrição estadual,conforme reproduções dos cupons quepodem ser conferidas nesta página.

O posto do Makro, em Praia Gran-de, e os dois estabelecimentos maisrecentes do Grupo Pão de Açúcar naregião (Pão de Açúcar e Extra de SãoVicente) já têm inscrições distintas.

Segundo informações obtidas por

P&S, os postos que estão em situaçãoregular foram abertos após 2005. Istoporque a ANP deixou de autorizar ofuncionamento de novas lojas que nãotenham inscrição individual. Os maisantigos, no entanto, continuam a des-respeitar a legislação.

Funcionando no estacionamento dossupermercados, os postos com documen-tação irregular não receberam uma únicamulta neste período, segundo informaçõesda Delegacia Regional Tributária de San-tos. De acordo com Maria Regina de Car-valho, assistente do delegado substitutoLuiz Antônio Morone Amorin, responsá-vel pelos processos dos postos dehipermercados, as empresas aguardam aemissão do registro de revendedor vare-jista pela ANP para regularizar a situaçãocom o fisco paulista (lei matéria anexa).

MAIS CASOS

A situação verificada em Santos tam-bém se confirma em outras regiões doEstado, como Campinas. Lá, o Recap,sindicato-irmão do Resan, também apu-rou as condições de funcionamento dosestabelecimentos e constatou que de setepostos existentes nas cidades de Cam-pinas, Jundiaí, Piracicaba, Itatiba eAtibaia, apenas o posto do HipermercadoBig, em Piracicaba, tinha a inscrição

estadual e o CNPJ individuais. Lá, odesrespeito à legislação também ocorrepor parte do Carrefour e da CompanhiaBrasileira de Distribuição (Extra eCompreBem).

DESDE 2006

O Resan vem denunciando odescumprimento da legislação tributáriapaulista desde o ano passado. No dia 3de março de 2006, um requerimento as-sinado pelo advogado Cléucio SantosNunes foi enviado à Secretaria da Fa-zenda Estadual solicitando providências.

QUATRO SUPEDA REGIÃO DES

O Carrefour/SV é o maisantigo postoemhipermercadoda da regiãoe continuacom a mesmainscrição paraas duasatividades

O posto doCompreBem, emGuarujá, tambéminfringe a leiestaduale continua emfuncionamento

MAIS DE 9 MESES DEPOIS DA LEI,POSTOS EM SUPERMERCADOSCONTINUAM IRREGULARES

Carrefour e 3 postos do Grupo Pão de Açúcar em Guarujá,Santos e Praia Grande continuam com a mesma inscrição

estadual dos supermercados

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A Delegacia Regional Tributária daSecretaria da Fazenda do Estado con-firmou que quatro postos em super-mercados operam com a mesma ins-crição estadual. O problema seria aburocracia. No levantamento feito apedido de Postos & Serviços, Ma-ria Regina de Carvalho, assistente dodelegado Luiz Morone, explicou queas empresas já têm novo cadastro,mas que estão cassados.

A emissão da nova inscrição es-tadual teria sido feita em caráter pro-visório apenas para que os postosrequeressem o registro de revendedorvarejista junto à ANP. Imediatamenteapós a concessão da nova inscrição,ela foi colocada na condição de inap-ta até que a Agência conceda a auto-rização para o funcionamento.

Na verdade, segundo o apurado porP&S, as inscrições diferenciadas exis-tem, mas não podem ser usadas até quea ANP dê o registro de funcionamento.

“A ANP não fornece o registro senão tiver a inscrição estadual. O PostoFiscal, por sua vez, não dá a inscriçãose não tiver o documento da ANP. Pararesolver esse impasse, concedemos anova inscrição e a cassamos imediata-mente”, explica.

Na condição de cassado, a empresanão obtém a Autorização para Impres-são de Documento Fiscal (AIDF) e nemmesmo o Emissor de Cupom Fiscal(ECF). Por isso, continuaria a utilizar ainscrição da atividade principal.

Maria Regina diz que o CompreBemde Guarujá está com a inscrição cassa-da desde 16 de dezembro de 2005, en-quanto o cadastro do Extra de Santos eCarrefour de São Vicente foi suspensoem agosto de 2006.

“Há situações em que temos que tercautela para evitar mandados de segu-rança. Ninguém está sonegando; des-de dezembro 2005 não se pode maister crédito do ICMS”, argumenta.

O advogado do Resan Cléucio SantosNunes não concorda com artifícioscomo esses concedidos aos postos daregião. “A única exceção prevista noartigo 2° do Decreto Estadual n°50.698/06, que diz respeito ao contri-buinte autônomo que realiza atividadesde revenda de combustíveis e outrosderivados de petróleo, determina queele regularize sua situação de inscriçãono Cadastro de Contribuintes de ICMSaté 30 de abril de 2006. Prazo queexpirou há mais de 10 meses”.

Quanto ao argumento da Fazenda,

de que as empresas ainda estão regu-larizando suas situações de acordocom o determinado na Legislação,mas não se utilizam mais do créditotributário incidente sobre combustí-veis para compensação com o ICMSdos demais produtos, Cléucio Nunesdiz que não poderia ser diferente. “Ocrédito de ICMS com os demais pro-dutos está proibido desde a publica-ção do Decreto Estadual 50.268/06(conforme art. 1º, III). O decretopreviu inclusive a produção de efeitosretroativos a 13.12.05”.

“Sabemos que a compensação tri-butária está suspensa desde dezembrode 2005, mas a lei deve ser cumprida.O próprio decreto estabelece prazo (até30 de abril de 2006) para a regulariza-ção”, diz José Camargo Hernandes,presidente do Resan.

Postos & Serviços acionou as as-sessorias de imprensa da CompanhiaBrasileira de Distribuição e do Carrefourpara que as empresas se posicionassemdiante da denúncia. Entretanto, até ofechamento desta edição nenhuma res-posta foi encaminhada.

HISTÓRICOA polêmica envolvendo os postos de supermercados teve início em 2004. Mas foi apenasem 30 de outubro do ano seguinte que a Assembléia Legislativa aprovou o projeto de lei775/04, que entre outras medidas como cassação da inscrição de postos fraudadores(por sonegação e adulteração), também obrigava os supermercados a apurar e recolher oICMS de forma individualizada, sem compensação com os valores apurados em outro esta-belecimento pertencente ao mesmo titular. O então governador Geraldo Alckmin vetou oartigo 8º. da lei, que falava justamente da compensação tributária praticada pelos super-mercados. Em dezembro de 2005, o veto foi derrubado pelos deputados. Em janeiro do anopassado, a Secretaria da Fazenda do Estado editou a CAT 01/06 proibindo a compensaçãotributária de créditos gerados no comércio de combustíveis. A regulamentação da CAT veioem 6 abril de 2006, com o decreto 50.698/06, publicado no Diário Oficial do Estado.

ERMERCADOSSCUMPREM A LEI

Em Santos, oExtra - que

também nãose adequou à

lei - mantémuma política

de concorrên-cia desleal

com ospostos de rua

O quarto posto emfuncionamento

apesar de não terinscrição estadual

individual é o doHipermercado Extra,

em Praia Grande

Prazo expirou em 30 de abril, diz advogado

Fazenda de SP diz que postos aguardamdocumentação da ANP para regularização

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O ‘DEUS AJUDA QUEMCEDO MADRUGA’

O ditado popular ‘Deus ajuda quem cedomadruga’ deveria ser adotado como re-gra número 1 na rotina de qualquerempesário. Não é o fato de acordar cedoque interfere na produtividade ou no su-cesso do empreendimen-to, mas é fato que a pre-sença do dono na pista nohorário de maior movi-mento atrai a confiançado cliente. Se recorrer-mos a outra máxima po-pular, vale lembrar que jádiziam os mais velhosque é ‘o olho do dono queengorda o gado’.

Muitos revendedorescriaram rotinas de traba-lho em que raras são asvezes que chegam aospostos depois das 7 horas. Para eles,é a chance de se dedicar às tarefasadministrativas sem deixar de corte-jar os clientes.

O proprietário do Auto Posto J.B 4Irmãos, em Jacupiranga, Luciano JairOngarato, diz que acordar cedo já setornou um hábito. “É um costume quepassou de pai para filho”. Ele chega aoposto por volta da 6h30 e assim tudoo que acontece está sob sua supervisão.Isso sem falar do contato com o clientee do controle total do escritório desde oinício do dia. “Acordo cedo desde queassumi o posto. Nos dias em que meatraso (que são raros) me sinto mal eacho que está tudo errado”.

Assim como Ongarato, VilmarGavazzoni, do Auto Posto Morada doSol, em Miracatu, possui o costume delevantar cedo há 30 anos. “Meu dia ficade ponta cabeça quando chego tarde”.

Por falar em problemas, segundo orevendedor Napoleão Fernandes Morais,do Auto Posto Oceano Atlântico, em San-tos, que começa a trabalhar às 6 horas,posto de gasolina sempre tem algum“probleminha” para resolver ou algo paraser ajustado logo no início do expedien-te. Além disso, Napoleão gosta de deixartudo organizado e preparado para quan-do o movimento começar. “Quando che-go cedo, posso adiantar a parte financei-ra, separar troco, arrumar a papelada eajudar a limpar a pista. Agora, quandome atraso e chego depois das 8 horas, odia não rende e fica péssimo”.

Além de todos os benefícios apontadospelos revendedores, o proprietário doAuto Posto Vila Nova, em Cubatão, ArturSchor garante que não há nada melhor emais importante do que o contato diretocom o consumidor. Ele faz questão detomar café no posto na companhia declientes. “A necessidade desse contatoacaba sendo o fator determinante na horade optar por acordar cedo”, diz Artur.

Américo Ichihashi, do Auto PostoItariri, conta que os clientes já estãoacostumados com sua companhia logocedo e, quando ele tem algum com-promisso neste horário, é cobrado nodia seguinte. “O cliente gosta de verque estamos presentes”. Américo abree fecha o posto, brinca que acordacedo por hábito, mas que depois de uma

“Estar presente na pista etomar café com os clientes

reforça o hábito de acordar cedo”

“Meu dia fica deponta cabeça quando

chego tarde”

certa idade até perdeu o sono.“Tenho que estar aqui. Sete horas da

manhã já tem cliente querendo falar co-migo”, complementa Napoleão, do Oce-ano Atlântico. O revendedor possui diver-sas empresas em carteira e muita vezesrecebe algum representante logo cedo.Além disso, ele também não dispensa umbom bate-papo acompanhado de um cafécom os freqüentadores da manhã.

FOLGA

“Eu chegava cedo para reforçar a equi-pe”, revela Ricardo Rodriguez Lopez, doSantour, que diariamente chega ao postoantes das 6h30. Hoje, o hábito reverte emseu favor, na qualidade de vida: “sobratempo para fazer outras coisas, como ca-minhar na praia no final da tarde”.

O CAFÉ E A CLIENTELA MATINALArtur SchorVilmar Gavazzoni

Rawi Nazareth, gerente do AutoPosto Mion, em São Vicente, divide amesma opinião. Ele é adepto do quechama de “pré-planejamento” das ati-vidades. “Posso fazer mudanças commais facilidade, tomar as devidas pro-vidências caso algum funcionário te-nha faltado e me ajustar à qualquer si-tuação inesperada”. Rawi sempre estácom tudo pronto antes das 7h30, quan-do o movimento aumenta.

“Sete horas já tem clientequerendo falar comigo”

Napoleão Morais

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José Camargo Hernandes foi eleito paramais um triênio (2007/2010) comopresidente do Resan. Aclamada pelosassociados, a chapa única inscrita noprocesso eleitoral reconduz a maioriados diretores executivos e conselhei-ros fiscais que já participam da atualdiretoria. A solenidade de posse acon-tecerá em abril.

Este será o sexto mandato consecu-tivo de Hernandes à frente do Resan. Agestão de três anos é para que a próximaeleição aconteça no mesmo ano do plei-to para presidente da República e gover-nadores, segundo orientação da Confe-deração Nacional do Comércio (CNC).

Em seu agradecimento à confiançadepositada pelos associados, ele fez umresumo das atividades desenvolvidasnos últimos anos, o que inclui a luta dacategoria tem sido contra a concor-rência desleal provocada por postos emsupermercados, por comercializaçãode produtos adulterados e pela vendailegal de produtos fora da rede varejis-ta (PA’s, entre outros).

O destaque ficou para a participa-ção do Resan em comissões nacionaiscomo as da ABNT (Associação Brasi-leira de Normas Técnicas) e nas audi-ências públicas realizadas pela Agên-cia Nacional de Petróleo,Biocombustíveis e Gás Natural (ANP).

DIRETORIA

A diretoria eleita tem como vice-presidente Ricardo Rodriguez Lopez,que junto com Hernandes ocupa o car-go de conselheiro da Federação Naci-onal de Revendedores de Combustí-veis e Lubrificantes (Fecombustíveis),além de Flávio Ribas de Souza, JoséQueiroz, Gilson Abril Dutra, RicardoEugênio Meirelles de Araújo e ArthurSchor. Os suplentes são FernandoAntônio Geraldini, Adriano Gomes deBarros e Ítalo Orlando Ciarlini Júnior.No Conselho Fiscal estão Ernesto dosSantos Nunes, Aurélio LopesRodrigues e Luiz Carlos Matte. Ossuplentes são Napoleão FernandesMoraes e Renato Tadeu Goldoni.

ASSOCIADOS RECONDUZEM HERNANDES PARAMAIS UM MANDATO À FRENTE DO RESAN

1 Os associados presentesà assembléia para eleição

da nova diretoria aclamaramos membros da chapa única,numa demonstração de total confian-ça no trabalho desenvolvido pelogrupo que está à frente do Resan

2 José Camargo Hernandes fezuma rápida explanação da atua-

ção do Resan junto à ANP e nas lutasem defesa do mercado varejista

3 O conselheiro Ernesto Nunes foichamado à Mesa na condição de

revendedor mais antigo. Os trabalhosforam coordenados pelo assessorAvelino Morgado

4 Representantes da MarimGerenciamento de Resíduos

estiveram na reunião para apresentaro projeto de remoção e destinaçãofinal de resíduos como estopas,embalagens de óleo, filtros, borrasoleosas, etc...

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empresas e atéde pessoasfísicas parapagarem asdívidas, mas oprazo precisaser ampliado. Aproposta épara que op r e f e i t oimplante um Refis com prazo de 150meses para quitação dos débitos. Ogrupo aceitaria uma contrapropostacomo 80, 90 ou 100 meses.

Os empresários defendem que oparcelamento seja estendido parapessoas f ís icas e prof issionaisautônomos.

Hernandes explica que em casosde ações de cobrança já ajuizadas noFórum a ação seria suspensa, em-bora poderia voltar a ser executadacaso as parcelas deixassem de serpagas. O grupo ainda não obteveuma resposta do Prefeito, que teriase mostrado favorável à proposta einformado que irá discuti-la com osresponsáveis pela Secretaria Muni-cipal de Finanças.

A Unisempre, entidade que congrega29 sindicatos da região e cujo Resancompõe a atual diretoria, esteve com oprefeito de Santos, João Paulo TavaresPapa, no último dia 9 de janeiro, parapropor a criação de uma espécie deRefis Municipal (Programa deRefinanciamento Fiscal implantado peloGoverno Federal), ou seja, um planode financiamento de dívidas deimpostos e tributos como IPTU e ISS.

A comitiva da Unisempre foicomposta pelo presidente da entidade,Salvador Gonçalves Lopes, atual vice-presidente do Sindicato dos Hotéis,Restaurantes, Bares e Similares daregião; José Camargo Hernandes,secretário da Unisempre e presidentedo Resan; Marcelo Marques da Rocha,presidente do Sindicato das Empresasde Transporte Comercial de Cargas doLitoral Paulista (Sindisan); e presidentedo Sindicato dos Odontólogos daregião, Mário Roberto Leite Augusto.

Além do IPTU e ISS, também estãona lista de dívidas financiáveis as taxasde licença e alvarás de funcionamento.

Em comum, os líderes de váriossindicatos falam da disposição de

Segundo informações do Diáriodo Comércio, a Receita Federaldisponibilizará em seu site, até odia 16 de fevereiro, a DeclaraçãoPaex, que possibilita às pessoasjurídicas que optaram peloParcelamento Excepcional (Paex)— conhecido como Refis 3 — aconfissão de débitos relativos atributos administrados pelaReceita Federal para fins deinclusão nesse parcelamento. Adeclaração deverá ser preenchidae apresentada diretamente napágina da Receita na Internet.Essa declaração foi instituídapela Portaria Conjunta PGFN/SRF nº 1, de 3 de janeiro de2007, publicada no Diário Oficialda União do dia 5 de janeiro de2007, e se refere às modalidadesde parcelamento autorizadaspelos arts. 1º (130 meses) e 8º(120 meses) da medida provisórianº 303, de 29 de junho de 2006.Os débitos já declarados àReceita Federal e em cobrança,desde que abrangidos peloparcelamento solicitado pelocontribuinte, serãoautomaticamente considerados,não sendo necessário serinformados novamente naDeclaração Paex. Caso ainda nãoconstituídos, os débitos deverãoser confessados, de formairretratável e irrevogável

A Unisempre foifundada comobjetivo debuscar soluçõespara problemascomuns dediversas catego-rias profissio-nais

UNISEMPRE PROPÕE A PREFEITO DE SANTOSA IMPLANTAÇÃO DE “REFIS MUNICIPAL”

RECEITA FEDERALMANTÉM REFIS 3EM VIGOR

COLCOLCOLCOLCOLUNUNUNUNUNA DO LEITA DO LEITA DO LEITA DO LEITA DO LEITOROROROROR

Tive acesso à edição de janeiro/2007 darevista e, lendo a matéria sobre trabalhode adolescentes em lojas de conveniên-cia, pergunto:1 - Se é definido que a venda de Bebi-das alcoólicas em lojas de conveniên-cia classifica o estabelecimento como“...ambiente que prejudica a sua mo-ral...” porque então eles trabalham emlanchonetes e supermercados onde ocomércio de bebidas e cigarros ocorreda mesma forma?2 - Entendo que os menores de idadedeveriam ter toda a infância para sededicar ao estudo e às brincadeiras maso que vemos hoje são os “menores” seenvolvendo com drogas, bebidas, van-dalismo e engravidando mais cedo... jáouviram o dito de que “... mente ociosa,oficina do “diabo”...”?

ADOLESCENTES

Sem falar que as famílias brasileiras,em sua maioria não conseguem sobre-viver com salário mínimo e brasileiro fazfilho pra caramba o que gera um gastomensal bem superior do que é estima-do nas pesquisas.3 - Alguém já perguntou aos menoresque optam por trabalhar antes da maio-ridade? Se eles querem ajudar a famí-lia a ter uma vida melhor e aumentar opoder aquisitivo para viverem de modomais decente, quem somos nós ou osjuristas para dizer “NÃO”?4 - Selecionar o tipo de trabalho que elespoderiam executar é uma coisa. Proibi-losde tentar ajudar os pais é ultrajante.Não escrevi isso em defesa de postosde combustiveis ou querendo estimulartrabalho infantil mas apenas para colo-car meu “desabafo” com colocaçõesque às vezes mais prejudicam do queajudam os brasileiros.Pensem nisso. ObrigadoSerjei A., por e-mail

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Antonio Lourenço Pancieri, servidor decarreira do Instituto de Pesos e Medi-das do Estado de São Paulo (Ipem)desde 1982, foi nomeado pelo atualsecretário da Justiça, Luiz AntonioMarrey para ocupar o cargo de superin-tendente do órgão. Pancieri exerceu afunção de ouvidor nos últimos trêsanos. Desde outubro, no entanto, eleestava à frente do OrganismoCertificador de Produtos e do Centrode Gerenciamento da Qualidade.

Dos R$ 31,5 bilhões arrecadados com aContribuição de Intervenção no DomínioEconômico (Cide) entre os anos de 2002e 2005, apenas R$ 5,4 bilhões foram apli-cados na infra-estrutura de transportes.Os R$ 26,1 bilhões restantes destinaram-se a formar o superávit primário e a pa-gar despesas gerais dos ministérios. Ainformação foi dada pelo presidente doFórum Nacional de Secretários dosTransportes do Brasil e secretário deTransportes do Paraná, Rogério Tizzot.

NOMEADO NOVOPRESIDENTE DO IPEM

voltando a ser de responsabilidadeda empresa o pagamento do benefí-cio, mediante compensação com orecolhimento da contribuição socialsobre a folha de pagamento.

Durante o período do afastamen-to, mantém-se a plena contagem dotempo de serviço da funcionária paratodos os fins (gratificações, se hou-ver; 13º. salário; período aquisitivo deférias, etc.). Preserva-se também, aobrigação empresarial de realizar de-pósitos de FGTS na conta vinculadada empregada no período da licença.

LICENÇA PATERNIDADE

Com relação a licença paternida-de, o trabalhador tem direito a 5 (cin-co) dias de folga, segundo a Consti-tuição Federal/88 em seu artigo 7º,XIX e art. 10, § 1º, do Ato das Dis-posições Constitucionais Transitóri-as, o que até então era de 1 (um) diaconforme estabelecia o artigo 473,III da CLT.

A contagem da licença-paternida-de deve iniciar-se em dia útil a partirda data do nascimento da criança. Diaútil porque é uma licença remunerada,na qual o empregado poderá faltar aotrabalho sem implicações trabalhistas,conforme determina o artigo 473, IIIda CLT, não existindo coerência nainsistência em iniciar a licença-pater-nidade em dia não útil, na qual o em-pregado não teria da mesma formaprejuízo no seu salário.Fonte: Advogado Rodrigo Julião, doescritório Julião e Freitas Advogacia

LICENÇA MATERNIDADE

OO salário maternidade é o benefícioprevisto na Constituição Federal noArtigo 201, inc. II, suportado pelaPrevidência Social, nos termos dosArtigos 71 a 73 da Lei 8.213, Arti-gos 93 a 103 do Decreto 3.048 e daLei nº 10,710 de 05/08/2003.

É um benefício concedido à se-gurada gestante em razão do parto,durante 120 dias, a partir de 28 diasantes do parto e 91 dias depois desua ocorrência.

Em casos excepcionais, os perí-odos de repouso antes e depois doparto podem ser aumentados em maisduas semanas, comprovados por mé-dico do SUS (Sistema Único de Saú-de) ou da empresa. Dessa forma, énecessário entender-se que a lei fixao início do benefício a contar de 28dias antes do parto, mas não impedeque venha a ocorrer em data diferen-te. Assim, é possível a mulher traba-lhar até a data do parto, o que equi-vale dizer que receberá o benefíciopor 120 dias a partir daí.

À empregada grávida tam-bém é garantida a dispensado horário de trabalho pelotempo necessário para a

realização de, no mínimo, seisconsultas médicas e demais

exames complementares.

A responsabilidade pelo pagamentodo salário maternidade, foi modifica-da pela Lei nº 10.710 de 05/08/2003,

Secretaria de Acompanhamento Econômi-co (Seae) do Ministério da Fazenda con-cluiu uma nova sistemática para a investi-gação de cartéis na revenda de combustí-veis e o resultado é que está arquivando amaior parte das denúncias contra o setorpara focar as atenções nos casos em queexistem indícios claros de acordos de pre-ços. O que poderia parecer um contra-sen-so - desistir de apurar cartéis num dos se-tores mais propensos a este tipo de práti-ca e com forte impacto na inflação - é, naverdade, uma constatação pragmática dasautoridades: há um excesso de denúnci-as contra postos de gasolina e poucos ca-sos levam a condenações.

A novidade é que a Seae criou umametodologia estritamente econômica paraanalisar se há ou não um cartel entre pos-tos de gasolina numa determinada região.Como é muito difícil as autoridades dedefesa da concorrência receberem provasconcretas de cartel no setor - como fitasgravadas e atas de reunião de donos depostos -, os técnicos da Fazenda verificamse existem incentivos econômicos para aformação de acordos de preços entre osconcorrentes. Se não existirem esses in-dícios, a denúncia é arquivada. (...)

A ANP encaminhou às autoridadesde defesa da concorrência 550 pedidosde investigação contra cartéis na reven-da de combustíveis nos últimos dezanos, pois há várias cidades com pre-ços iguais e reajustes próximos.

Este excesso de denúncias trouxe umdesafio para as autoridades de defesa daconcorrência. “Recebemos 80 denúncias decartel de combustíveis em menos de umano”, revelou o secretário Marcelo Saintive.

A solução foi criar um “filtro” para anali-sar as acusações. A Seae faz três testeseconômicos para definir se levará adianteuma denúncia de cartel. Primeiro, a secre-taria analisa a margem de lucro dos pos-tos nas cidades. Se há muita oscilaçãonessa margem de lucro, não há cartel. Emseguida, a Seae verifica a relação entre oslucros dos postos e os preços que elescobram. Se a margem de lucro dos pos-tos aumentar e os preços ficarem iguais,há indícios de cartel. Se os lucros caírem eos preços forem mantidos, não há cartel.E, por fim, a Seae faz uma comparaçãoentre as margens de lucro no município eno Estado. Se, num município, os postosacompanham os preços cobrados no Es-tado, são menores os indícios de cartel.

(Valor Econômico)

SAIU NASAIU NASAIU NASAIU NASAIU NAIMPRENSASeae mudamétodo parainvestigar cartel

SETOR DE TRANSPORTESRECEBEU MENOS DE 10% DA CIDE

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CONVENIÊNCIA É NOTÍCIACONVENIÊNCIA É NOTÍCIACONVENIÊNCIA É NOTÍCIACONVENIÊNCIA É NOTÍCIACONVENIÊNCIA É NOTÍCIAPor Cláudio Correra, diretor da MPP Marketing e professor da PUC/SP ([email protected])

Atendimento

Sempre ouço que estamos viven-do uma crise de atendimento novarejo. Isso não é verdade absolu-ta, ocorre que esquecemos que trei-nar os colaboradores e esperamosque cheguem “prontos”, sejam pró-ativos, e comecem a produzir assimque vão para a loja.Mesmo em dias de falta de empre-go, os melhores estão bem colo-cados e nem sempre estão dispos-tos a trocar de empresa. Portan-to, resta o caminho de selecio-nar e recrutar bem e treinar onovo colaborador antes de inici-ar o trabalho, para não mostraraos clientes as deficiências noatendimento é preciso capacitar,reciclar e motivar o tempo todo.

Como treinar

O primeiro passo é uma conversafranca e objetiva, sobre o que es-pera do novo colaborador, definirsuas funções, responsabilidades eo seu papel no atendimento e nocumprimento de metas. Como nãose vive somente de obrigações,deixe claro seus direitos e regras decomportamento profissional deseja-da como; horário de trabalho esca-la de folgas, uso de uniforme, usode telefone, compras na loja, pos-

tura, dentre outros.Explique com clareza, na linguagemque ele entenda, cada passo doseu trabalho diário, por mais sim-ples que possa parecer, trate comprofissionalismo o novo colabora-dor, para que não aprenda com oserros dos outros.

PráticaTreinamento ombro-a-ombro”

Praticar é a melhor forma deapreender. Comece pela limpe-za, reposição de produtos e ar-rumação da loja para que conhe-ça todos os itens ofertados atéchegar ao balcão de comidas –Fast food, que necessita de cui-dados especiais. Essa fase devedurar no mínimo um dia de tra-balho/treinamento.No dia seguinte pratique cadapasso do atendimento, do mo-mento que o cliente entra na loja,abordagem, atendimento e oagradecimento ao final, sem dei-xar de lado a oferta de itens quepossam complementar a compra,a chamada “venda sugestiva”, amelhor forma de treinar na loja éa do teatro, onde um faz o papelde comprador e o outro de cola-borador (treinando).Por fim acompanhe sua formade trabalho, oriente, coloque-o

em situações deconflito com cli-ente, cr iandocenas que jáaconteceram naloja, e observeas reações ecomo se com-por ta f rente auma situação di-fícil.Ao final de cadatarefa, avalie eor iente comodeve se compor-tar, consideran-

do que em muitas dessas situa-ções estará sozinho na loja.

Avaliar e motivar

Para manter a excelência doatendimento é preciso criar me-tas para equipe e individuais eavaliar os resultados assim queo mês termina, nesse momentose promove ajustes e táticas paramelhorar resultados de vendas,perdas, lucro etc.A avaliação pessoal deve ser feitaa cada três a quatro meses, emcontato com o colaborador, ondeserão observados os pontos posi-tivos e negativos da sua atuaçãoprofissional, os principais pontosavaliados devem ser registradospara orientar a próxima conversa.

Resultados

Para obter resultados é precisose organizar e manter uma polí-tica de recursos humanos sadiae participativa, com rigor quan-do se fala de resultados e de-sempenho na “Excelência noatendimento”. A relação com oscolaboradores quando profissio-nal reduz conflitos, aumenta a sa-tisfação dos clientes, diminuidesperdíc ios na operação eminimiza custos pela baixarotatividade de pessoal.No trato com a equipe se apreen-de todos os dias, onde oscomprovadamente maus devemser sacrificados e bons premia-dos, para o bem do negócio.

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Confira os índices máximose mínimos e as variações depreços e custos de combus-tíveis, segundo dados ofici-ais da Agência Nacional dePetróleo (ANP).Os índices citados são refe-rentes à média nacional, doEstado de São Paulo e decinco cidades da BaixadaSantista (Santos, São Vicente,Praia Grande, Itanhaém,Cubatão e Guarujá) e de-vem ser utilizados apenascomo fonte de informaçãopara o gerenciamento dospostos revendedores.

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INDICADORES

RANKING DE CUSTOS E PREÇOSDEZEMBRO X JANEIRO

METODOLOGIA:O Levantamento de Preços e de Margens de Comercialização de Combustíveis abrange GasolinaComum, Álcool Etílico Hidratado Combustível e Óleo Diesel Comum, pesquisados em 411 municípiosem todo o Brasil, inclusive Estado de São Paulo e as cidades de Santos, São Vicente, PraiaGrande, Itanhaém, Cubatão e Guarujá. O serviço é realizado pela empresa Polis Pesquisa LTDA.,de acordo com procedimentos estabelecidos pela Portaria ANP Nº 202, de 15/08/00. O trabalhoparalelo desenvolvido pelo Resan consiste em compilar os dados e calcular as médias de preços ecustos praticados pela revenda e pelas distribuidoras, sempre com base nos dados fornecidos pelosite da ANP. Mais informações pelo www.anp.gov.br ou pelo 0800-900267.

CONFIRA OS VALORES DE FORMAÇÃODOS PREÇOS DA GASOLINA E DIESEL

Fonte: Fecombustíveis(*) Valores médios estimados

DEZEMBRO (1)Semana 24 A 30/12

JANEIRO (2)Semana 21 A 27

PREÇO AO CONSUMIDOR PREÇO DA DISTRIBUIDORA

PREÇO AO CONSUMIDOR PREÇO DA DISTRIBUIDORA

VARIAÇÕES (2-1)Média

ConsumidorMédia

Distribuidora

Consulte linha completa: www.leone.equipamentos.com.br

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Fevereiro 2007

ANIVERSARIANTES

Variedades

PARA ANUNCIAR,LIGUE (11) 5641-4934OU (11) 9904-7083

18

Dados fornecidos pela secretaria do Resan: Helena Pinto da Silva - secretária; Marize Albino Ramos - Central de Dados e

Documentação; Maria do Socorro G. Costa - Telemarketing

AV. ANA COSTA, 136 - VILA MATHIAS - SANTOSTELEFAX (013): 3233-2877

www.labormed-sso.com.br - e-mail: [email protected]

ESTACIONAMENTO PARA CLIENTES NO LOCAL

SAÚDE OCUPACIONAL

2ª QUINZENA DE FEVEREIRO17 Dorival Franco da Silva

Auto Posto Cid. Náutica - São VicenteIsabel Cristina de Oliveira CholbyAuto Posto Baleia - Guarujá

18 Clayton José Rigo JúniorGarage Reo Central - SantosJoana Mendes de Paula TeixeiraJ. Teixeira & Companhia - SantosJoão Jorge Gonçalves GuedesAuto Posto Tamburello - Santos

19 Manuel dos Santos GadanhaAuto Posto Silverstone - Santos

22 Maria das Graças Santos BentoAuto Posto Bom Amigo - Guarujá

25 Marcelo Rodrigues PerdigãoManuel R. Perdigão & Cia - Itanhaém 26Antônio Carlos Ferreira dos SantosAuto Posto Japuí - São Vicente

27 Carlos Celso CarricoAuto Posto Pôr do Sol - Itanhaém

2ª QUINZENA DE FEVEREIRO

1 Américo IchihashiAuto Posto Itariri - Itariri

2 Anderson Aparecido dos SantosAuto Posto S. Jorge de CubatãoGilson Abril DutraAuto Posto Via Nébias - SantosRicardo Rodriguez LopezAuto Posto Santour - SantosPosto Gaivota - Santos

3 Ibrahim Fayes HejaziAuto Posto Savoy - JuquiáMaria Emília Carvalho GonçalvesPosto Independência Santos -SantosVítor Manuel Leal OsórioAuto Posto Tamburello - Santos

1ª QUINZENA DE MARÇO1ª QUINZENA DE MARÇO

SINDICATOS

4 Yoko Iwamura MonmaAuto Posto Cajati - Cajati

5 Eduardo Moreira SbranaAuto Posto Adriana - São VicenteMaria de Jesus Fiuza WitkowskiAuto Posto Beira Mar de ItanhaémMaria de Lourdes A. M. RibeiroAuto Posto Pedro Lessa - Santos

6 Ana Paula de Brito FerreiraAuto Posto São Jorge de Cubatão

7 Maria Helena Geraldini TorresAuto Posto Vera Cruz Mongaguá

8 Cristiane M. de Oliveira RosendoAuto Posto Pedro de ToledoMateus Ferreira Amado NetoAuto Posto Ferreira Amado - SV

9 Hélio IchihashiAuto Posto Itariri - Itariri

10 Hélio Del PoenteCentro Automotivo 1500 - Guarujá

11 Leandro KalaesAuto Posto Maria Martha - SantosLeandro KalaesAuto Posto Lunar - Santos

12 Adalberto Rodriguez PereiraAuto Posto Pariquera-açuPariquera-açu

13 Abel Antônio DuquePosto de Serv. Vereda TropicalGuarujáPatrícia Kalaes Storti de SouzaAuto Posto Praia do Forte - Praia Grande

14 Lílian Lúcia de Gouveia HamamotoCarvalho & Hamamoto - Santos

13/03 - José Olavo Leal DantasSind Ceará

JANEIRO

01 Eleições no RESAN;

- Coleta de Resíduos Líqui-

dos e Sólidos.

09 Audiência

com o Prefei-

to Municipal

de Santos, Sr. João Pau-

lo Tavares Papa, acom-

panhado da diretoria da

UNISEMPRE;

17 Participação na Au-

diência Pública nº 17/

2006 da ANP, no Rio de

Janeiro;

18 Reunião com a em-

presa Marim Gerencia-

mento de Resíduos,

acompanhado pelo dire-

tor Ricardo Araújo e pe-

los assessores Avelino

Morgado e Luiz Alberto;

23 Reunião na ANP

com o superintendente

de Fiscal ização,

Jefferson Paranhos San-

tos, e com a superinten-

dente de Qualidade, Ma-

ria Antonieta Andrade de

Souza, no Rio de Janei-

ro;

31 Reunião Ordinária do

Conselho Regional do

Senac, em São Paulo.

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Fevereiro 2007

LLatas, embalagens plásticas e papéis di-versos viraram sinônimos de ganhosextras num posto de Santos. Vendidopara ferros-velhos da Cidade, o lixoreciclável gera até R$ 150,00 mensais.O dinheiro vai para uma “caixinha” des-tinada aos próprios funcionários, quesão os responsáveis pelo programa dereciclagem desde a coleta, seleção e ne-gociação do lixo.

A idéia surgiu dos frentistas, entre elesEduardo Lopes Ribeiro (foto abaixo), quetrabalha no Auto PostoSantour há quatro anoscomo encarregado-chefe. Segundo ele, a‘poupança’ é usadasempre que um funci-onário passa por algu-ma dificuldade, comona compra de medica-mentos. O que sobravai para um sorteio fei-to no final do ano.

Recentemente, umauxiliar de limpeza per-deu o pai e enfrentou di-ficuldades financeiras. Em consenso, oscolegas decidiram doar a ‘caixinha’ parao rapaz, que recebeu o equivalente à ven-da do lixo por quatro meses (R$ 600,00).

O proprietário do posto garante queo relacionamento entre os funcionári-os melhorou consideravelmente depoisda implantação do sistema dereciclagem. “Quem tem o trabalho deorganizar e reciclar são os próprios fun-cionários, que sabem que um dia po-derão contar com aquele dinheiro para

uma necessidade qualquer”, disseRicardo Lopez.

Há outros exemplos de postos decombustíveis da região que tambémpossuem uma consciência ambientalaguçada. Emir Michalichen, gerente doAuto Posto Glicério Santista, no Canal2, em Santos, desenvolve um projetode incentivo à reciclagem.

A idéia, implantada há quatro me-ses, foi do sócio Albino da ConceiçãoPadeiro. Eles instalaram no posto ces-

tos específicos parareciclagem com o pro-pósito de incentivar apopulação a fazer acoleta seletiva. “O ob-jetivo é conscientizaras pessoas da impor-tância da reciclagem”.Panfletos são distribu-ídos não só para os cli-entes do posto, mastambém para a popu-lação.

De acordo comMichalichen, por se-

mana saem do posto, em média, doissacos de cada tipo de materialreciclado. Lá, o lixo não é vendido,mas coletado pela empresa de lim-peza urbana aos sábados.

Outro revendedor ‘ecologi-camente correto’ é RogérioGuzenski, do Auto Posto Antô-nio Emmerich, em São Vicente,que faz a separação do lixoembora a cidade não tenhaserviço de coleta seletiva.

CONVÊNIO FUTURO

É exatamente com a finalidade depreservar o meio ambiente e alertar apopulação sobre a importância da cons-ciência ambiental que o Resan aceitouconvite da Secretaria do Meio Ambien-te de Santos, por intermédio do titularda pasta, Flávio Rodrigues Correa (fotoacima), para estudar a futura implanta-ção de um projeto de reciclagem nos

postos de combustíveis.t

AS BOAS IDÉIASAS BOAS IDÉIASAS BOAS IDÉIASAS BOAS IDÉIASAS BOAS IDÉIASDA RECICLDA RECICLDA RECICLDA RECICLDA RECICLAGEMAGEMAGEMAGEMAGEM

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