edição especial - juventude

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www.brasildefato.com.br Uma visão popular do Brasil e do mundo Circulação Nacional A ousadia da juventude brasileira A JORNADA NACIONAL de lutas da juventude brasileira, promovida por organizações dos movimentos estu- dantil, sindical e popular do campo e da cidade, representa um avanço na articulação das forças progressistas no país. A atividade – que começou em 25 de março e segue até o dia 11 de abril – teve um grande ato no centro de São Paulo (SP), com a participação de cerca de mil jovens. A jornada articula mais de 30 organizações, em torno de uma plataforma ampla e avançada, que conjuga demandas reivindicatórias e pautas políticas. Ainda serão realizadas atividades em pelo menos 15 estados. A juventude demonstra maturida- de e ousadia em suas reivindicações, demonstradas nos eixos da jornada, ao tratarem de questões funda- mentais para o conjunto da classe trabalhadora, especialmente para os jovens. Um dos temas abordados pela jornada é a denúncia da violência do Estado, sobretudo contra a ju- ventude negra. Essa questão é fun- damental porque aflige milhares de famílias nas periferias das grandes cidades em todo o país. Em São Paulo, de 2006 a 2010, 2.262 pessoas foram assassinadas após supostos confrontos com Polí- cia Militar. A PM de São Paulo ma- tou quase nove vezes mais do que a polícia dos EUA. A bandeira da ampliação do in- vestimento público em educação, por meio da garantia de 10% do PIB, 50% do fundo social e 100% dos royalties do petróleo, tem a capacidade de articular diversos se- tores da sociedade. Além disso, essa luta pressiona o governo a mudar as prioridades no orçamento, que ain- da utiliza a maior parte dos recursos no pagamento de juros da dívida e no superávit primário. A luta por mais investimentos em educação ganha ainda mais impor- tância diante da ofensiva dos setores neoliberais, que pressionam o gover- no a aumentar os juros e reduzir os gastos públicos. A juventude trabalhadora sofre a cada dia com a maior intensidade do trabalho. No Brasil, cerca de 700 mil casos de acidentes de trabalho são registrados em média todos os anos, de acordo com o Ministério da Previdência. Maquinário velho e desprotegido, mobiliário inadequa- do, ritmo acelerado, assédio moral, cobrança exagerada e desrespeito a diversos direitos são algumas das causas desses acidentes. Assim, a defesa do trabalho decen- te e da redução da jornada de traba- lho para 40 horas semanais sem re- dução de salários é um instrumento de resistência à superexploração da força de trabalho. A democratização do sistema de comunicação é, a cada dia, uma necessidade mais evidente para a sociedade brasileira. Um estudo da Unesco, publicado em 2011, con- cluiu que a mídia brasileira é domi- nada por 35 grupos, que controlam 516 empresas. Uma única rede, as Organizações Globo, detém 51,9% da audiência nacional. Nunca será democrática uma so- ciedade com esse nível de concen- tração dos meios de comunicação. Ainda mais quando esses mesmos meios de comunicação passam a chantagear e ameaçar a imprensa alternativa, como no caso da conde- nação pela Justiça do Rio do Janei- ro do jornalista Luiz Carlos Azenha, do blog Viomundo, em processo aberto pelo diretor da TV Globo, Ali Kamel. Mais uma pauta da jornada da juventude é a realização de uma reforma política, por meio do finan- ciamento público das campanhas e da regulamentação do artigo 14 da Constituição Federal, que trata dos referendos e plebiscitos, importan- tes para a participação da sociedade. A desmoralização do Congresso Nacional e da prática política escon- de que, por trás do sistema político no Brasil, estão os interesses do grande capital, que financia a can- didatura de parlamentares, governa- dores e presidentes, tutelando a sua atuação após as eleições. A reforma agrária, que está pa- rada, é uma bandeira central para criar condições para a juventude permanecer no campo, ter melho- res condições de vida e perspectiva de futuro. Além disso, é urgente mudar o modelo agrícola no país, porque o agronegócio tem expulsado as famí- lias do meio rural para concentrar ainda mais as terras e produzir mo- noculturas para exportação com a utilização excessiva de agrotóxicos. A manutenção e ampliação dessa articulação renderá frutos e poderá contribuir para envolver na luta social o conjunto da juventude bra- sileira. Parte importante dos jovens tem referência em organizações relacionadas à identidade negra, à defesa dos direitos dos homossexu- ais, à campanha por mudanças na organização das grandes cidades e na matriz de transporte urbano, à defesa do meio ambiente, às novas tecnologias e redes sociais e à área da cultura, música, artes plásticas e teatro. Assim, a juventude poderá voltar à cena política e cumprir um papel importante na construção do Projeto Popular para o Brasil, na realização de lutas de massas e na construção de forças sociais para enfrentar os interesses do grande capital e do imperialismo, para empreender as mudanças estruturais necessárias para garantir a soberania nacional e o controle democrático do Estado pela sociedade brasileira. A manutenção e ampliação dessa articulação renderá frutos e poderá contribuir para envolver na luta social o conjunto da juventude brasileira editorial Ano 11 • Número 527 Abril de 2013 EDIÇÃO ESPECIAL – JUVENTUDE Unir a juventude brasileira Unir a juventude brasileira Pág. 4 Pág. 4

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Jornada Nacional de Lutas da Juventude Brasileira

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Page 1: Edição especial - Juventude

www.brasildefato.com.br

Uma visão popular do Brasil e do mundoCirculação Nacional

A ousadia da juventude brasileiraA JORNADA NACIONAL de lutas da juventude brasileira, promovida por organizações dos movimentos estu-dantil, sindical e popular do campo e da cidade, representa um avanço na articulação das forças progressistas no país.

A atividade – que começou em 25 de março e segue até o dia 11 de abril – teve um grande ato no centro de São Paulo (SP), com a participação de cerca de mil jovens. A jornada articula mais de 30 organizações, em torno de uma plataforma ampla e avançada, que conjuga demandas reivindicatórias e pautas políticas. Ainda serão realizadas atividades em pelo menos 15 estados.

A juventude demonstra maturida-de e ousadia em suas reivindicações, demonstradas nos eixos da jornada, ao tratarem de questões funda-mentais para o conjunto da classe trabalhadora, especialmente para os jovens.

Um dos temas abordados pela jornada é a denúncia da violência do Estado, sobretudo contra a ju-ventude negra. Essa questão é fun-damental porque aflige milhares de famílias nas periferias das grandes cidades em todo o país.

Em São Paulo, de 2006 a 2010, 2.262 pessoas foram assassinadas

após supostos confrontos com Polí-cia Militar. A PM de São Paulo ma-tou quase nove vezes mais do que a polícia dos EUA.

A bandeira da ampliação do in-vestimento público em educação, por meio da garantia de 10% do PIB, 50% do fundo social e 100% dos royalties do petróleo, tem a capacidade de articular diversos se-tores da sociedade. Além disso, essa luta pressiona o governo a mudar as prioridades no orçamento, que ain-da utiliza a maior parte dos recursos no pagamento de juros da dívida e no superávit primário.

A luta por mais investimentos em educação ganha ainda mais impor-tância diante da ofensiva dos setores neoliberais, que pressionam o gover-no a aumentar os juros e reduzir os gastos públicos.

A juventude trabalhadora sofre a cada dia com a maior intensidade do trabalho. No Brasil, cerca de 700 mil casos de acidentes de trabalho são registrados em média todos os anos, de acordo com o Ministério da Previdência. Maquinário velho e desprotegido, mobiliário inadequa-do, ritmo acelerado, assédio moral, cobrança exagerada e desrespeito a diversos direitos são algumas das causas desses acidentes.

Assim, a defesa do trabalho decen-te e da redução da jornada de traba-lho para 40 horas semanais sem re-dução de salários é um instrumento de resistência à superexploração da força de trabalho.

A democratização do sistema de comunicação é, a cada dia, uma necessidade mais evidente para a sociedade brasileira. Um estudo da Unesco, publicado em 2011, con-cluiu que a mídia brasileira é domi-nada por 35 grupos, que controlam 516 empresas. Uma única rede, as Organizações Globo, detém 51,9% da audiência nacional.

Nunca será democrática uma so-ciedade com esse nível de concen-tração dos meios de comunicação. Ainda mais quando esses mesmos meios de comunicação passam a chantagear e ameaçar a imprensa alternativa, como no caso da conde-nação pela Justiça do Rio do Janei-ro do jornalista Luiz Carlos Azenha, do blog Viomundo, em processo aberto pelo diretor da TV Globo, Ali Kamel.

Mais uma pauta da jornada da juventude é a realização de uma reforma política, por meio do finan-ciamento público das campanhas e da regulamentação do artigo 14 da Constituição Federal, que trata dos referendos e plebiscitos, importan-tes para a participação da sociedade.

A desmoralização do Congresso Nacional e da prática política escon-de que, por trás do sistema político no Brasil, estão os interesses do grande capital, que financia a can-didatura de parlamentares, governa-dores e presidentes, tutelando a sua atuação após as eleições.

A reforma agrária, que está pa-rada, é uma bandeira central para criar condições para a juventude permanecer no campo, ter melho-res condições de vida e perspectiva de futuro.

Além disso, é urgente mudar o modelo agrícola no país, porque o agronegócio tem expulsado as famí-lias do meio rural para concentrar ainda mais as terras e produzir mo-noculturas para exportação com a utilização excessiva de agrotóxicos.

A manutenção e ampliação dessa articulação renderá frutos e poderá contribuir para envolver na luta social o conjunto da juventude bra-sileira. Parte importante dos jovens tem referência em organizações relacionadas à identidade negra, à defesa dos direitos dos homossexu-ais, à campanha por mudanças na organização das grandes cidades e na matriz de transporte urbano, à defesa do meio ambiente, às novas tecnologias e redes sociais e à área da cultura, música, artes plásticas e teatro.

Assim, a juventude poderá voltar à cena política e cumprir um papel importante na construção do Projeto Popular para o Brasil, na realização de lutas de massas e na construção de forças sociais para enfrentar os interesses do grande capital e do imperialismo, para empreender as mudanças estruturais necessárias para garantir a soberania nacional e o controle democrático do Estado pela sociedade brasileira.

A manutenção e ampliação dessa articulação renderá frutos e poderá contribuir para envolver na luta social o conjunto da juventude brasileira

editorial

Ano 11 • Número 527

Abril de 2013

EDIÇÃO ESPECIAL – JUVENTUDE

Unir a juventude brasileiraUnir a juventude brasileira Pág. 4Pág. 4

Page 2: Edição especial - Juventude
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juventudeabril de 20134

Editor-chefe: Nilton Viana • Editores: Aldo Gama, Renato Godoy de Toledo • Subeditor: Eduardo Sales de Lima • Repórteres: Marcio Zonta, Michelle Amaral, Patricia Benvenuti • Correspondentes nacionais: Maíra Gomes (Belo Horizonte – MG), Pedro Carrano (Curitiba – PR), Pedro Rafael Ferreira (Brasília – DF) • Correspondentes internacionais:

Achille Lollo (Roma – Itália), Baby Siqueira Abrão (Oriente Médio), Claudia Jardim (Caracas – Venezuela) • Fotógrafos: Carlos Ruggi (Curitiba – PR), Douglas Mansur (São Paulo – SP), Flávio Cannalonga (in memoriam),João R. Ripper (Rio de Janeiro – RJ), João Zinclar (in memoriam), Joka Madruga (Curitiba – PR), Leonardo Melgarejo (Porto Alegre – RS), Maurício Scerni (Rio de Janeiro – RJ) • Ilustradores: Latuff, Márcio Baraldi, Maringoni • Editora de Arte – Pré-Impressão: Helena Sant’Ana • Revisão: Jade Percassi • Jornalista responsável: Nilton Viana – Mtb 28.466 • Administração: Valdinei Arthur Siqueira • Programação: Equipe de sistemas • Assinaturas: Francisco Szermeta • Endereço: Al. Eduardo Prado, 676 – Campos Elíseos – CEP 01218-010 – Tel. (11) 2131-0800/ Fax: (11) 3666-0753 – São Paulo/SP – [email protected] • Gráfi ca: S.A. O Estado de S. Paulo • Conselho Editorial: Angélica Fernandes, Alipio Freire, Altamiro Borges, Aurelio Fernandes, Bernadete Monteiro, Beto Almeida, Camila Dinat, Cleyton W. Borges, Dora Martins, Frederico Santana Rick, Igor Fuser,José Antônio Moroni, Luiz Dallacosta, Marcela Dias Moreira, Marcelo Goulart, Maria Luísa Mendonça, Mario Augusto Jakobskind, Milton Pinheiro, Neuri Rosseto, Paulo Roberto Fier, Pedro Ivo Batista, René Vicente dos Santos, Ricardo Gebrim, Rosane Bertotti, Sávio Bones, Sergio Luiz Monteiro, Ulisses Kaniak, Vito Giannotti • Assinaturas: (11) 2131– 0800 ou [email protected] • Para anunciar: (11) 2131-0800

JORNADA De 25 de março a 11 de abril de 2013Unir a juventude brasileira:“Se o presente é de luta, o futuro nos pertence”!

Che Guevara

AS ENTIDADES ESTUDANTIS, as juventudes do movimento social, dos trabalhadores/as, da cidade, do campo, as feministas, as juventudes partidárias, religiosas, LGBT, dos cole-tivos de cultura e das periferias se unem por um ideal: avançar nas mudanças e conquistar mais direitos para juventude.

É preciso denunciar o extermínio da juventude negra e das periferias a quem o estado só se apresenta através da violência. O mesmo abandono se dá no campo, que alimenta a cida-de e segue órfão da Reforma Agrária e dos investimentos necessários à permanência da ju-ventude no campo, de onde é expulsa devido à concentração de terras, à ausência de políti-cas de convívio com o semiárido. Já na cidade, a juventude encontra a poluição, a precari-zação no trabalho, a ausência do direito de organização sindical, os mais baixos salários e o desemprego, fatores ainda mais graves no que diz respeito às jovens trabalhadoras.

Essa é a dura realidade da maioria da População Economicamente Ativa no país, e não as mentiras da imprensa oligopolizada, que foi parceira da ideologia do milagre brasileiro e cúmplice da ditadura, ao encobrir torturas e assassinatos e sendo benefi ciária da monopo-lização ainda vigente. É coerente que ela se oponha à verdade e à justiça, que se cale ante as torturas e ao extermínio dos pobres e negros dos dias de hoje, que busque confundir e do-par a juventude, envenenando a política, vendendo-nos inutilidades, reproduzindo os va-lores da violência, da homofobia, do machismo e da intolerância religiosa. Mas eles não fa-lam mais sozinhos: estamos aqui pra fazer barulho.

Queremos cidades mais humanas em vez de racismo, violência e intolerância. Queremos as garantias de um estado laico, democrático, inclusivo, que respeite os Direitos Humanos fundamentais, inclusive aos nossos corpos, à liberdade de orientação sexual e à identidade de gênero, num ambiente de liberdade religiosa.

Queremos reformas estruturais que garantam um projeto de desenvolvimento social e que abram caminhos ao socialismo. Lutamos por um desenvolvimento sustentável, soli-dário, que rompa com os valores do patriarcado, que assegure o direito universal à edu-cação, ao trabalho decente, à liberdade de organização sindical, à terra para quem nela trabalha e o direito à verdade e à justiça para nossos heróis mortos e desaparecidos.

Para enfrentar a crise é preciso incorporar a juventude ao desenvolvimento do país. In-cluir o bônus demográfi co atual exige uma política econômica soberana que valorize o tra-balho, a produção, o investimento e as políticas sociais, e não a especulação. Esse é o me-lhor cenário para tornar realidade os direitos que queremos aprovados no estatuto da ju-ventude.

Iniciamos aqui uma caminhada de unidade e luta por reformas estruturais que enterrem o neoliberalismo e resguardem a nossa democracia dos retrocessos que pretendem impor os monopólios da mídia, ou golpes institucionais como os que ocorreram no Paraguai e em Honduras.

Desde essa histórica Plenária Nacional, unidos e cheios de esperança, convocamos a ju-ventude a tomar em suas mãos o futuro dos avanços no Brasil, na luta pelas seguintes ban-deiras consensualmente construídas:

1. Educação: fi nanciamento público da educação1.1. 10% PIB para Educação Pública1.2. 100% dos royalties e 50% do fundo social do Pré-sal para Educação Pública1.3 2% do PIB para Ciência, Tecnologia e Inovação1.4 Por uma política permanente de valorização das bolsas de pesquisa1.5 Democratização do acesso e da permanência na universidade1.6 Pela expansão e a qualidade da educação do campo1.7 Cotas raciais e sociais nas universidades estaduais1.8 Curricularização da extensão universitária1.9 Regulação e ampliação da qualidade, em especial, do setor privado

2. Trabalho – trabalho decente2.1 Redução da jornada de trabalho sem redução de salário! 40 horas já!2.2 Condições dignas de trabalho decente

2.3 Políticas que visem a conciliação entre trabalho, estudos e trabalho doméstico2.4 Direito de organização sindical no local de trabalho2.5 Contra a precarização promovida pela terceirização2.6 Pela igualdade entre homens e mulheres no trabalho e entre negros/as e não negros/

as

3. Por avanços na democracia brasileira –Reforma Política3.1 Pela Reforma política3.2 Combate às desigualdades sociais e regionais3.3 Contra a judicialização da politica e a criminalização dos movimentos sociais3.4 Pela auditoria da Divida Publica3.5 Contra o avanço do capital estrangeiro na aquisição de terras e na Educação3.6 Reforma agrária3.7 Aprovação do Estatuto da Juventude

4. Diretos sociais e humanos: Chega de violência contra a juventude4.1 Contra o extermínio da juventude negra4.2 Contra a redução da maioridade penal4.3 Garantia do direito à Memória, à Verdade e à Justiça e pela punição dos crimes da

Ditadura4.4 Garantia dos direitos sexuais e reprodutivos, como à autonomia sobre o próprio cor-

po e o combate à sua mercantilização, em especial das jovens mulheres4.5 Pelo fi m da violência contra as mulheres4.6 Pela mobilidade urbana e o direito à cidade4.7 Pelo direito da juventude à moradia4.8 Desmilitarização da policia4.9 Respeito à diversidade sexual, aos nomes sociais e criminalização da homofobia4.10 Apoio à luta indígena e quilombola e das comunidades tradicionais4.11 Contra a internação compulsória e pelo tratamento da dependência química através

de uma política de redução de danos4.12 Pelo direito ao lazer à cultura e ao esporte, inclusive com a promoção de esportes ra-

dicais

5. Democratização da comunicação de massas5.1. Universalização da internet de banda larga no campo e na cidade5.2 Políticas públicas para grupos e redes de cultura5.3. Apoio público para os meios de comunicação da imprensa alternativa5.4. Apoio ao movimento de software livre

Assinam este documento:ABGLT, ANPG, APEOESP, Associação Cultural B, Centro de Estudos Barão de Itararé,

CONAM, CONEM, Consulta Popular, ECOSURFI, Enegrecer, FEAB, Federação Paulista de Skate, Fora do Eixo, Juventude da CTB, Juventude da CUT, Juventude do PSB, Juventu-de do PT, Juventude Pátria Livre, Levante Popular da Juventude, Marcha Mundial das Mu-lheres, MST, Nação Hip Hop Brasil, Pastoral da Juventude, PJMP, PCR, REJU, REJUMA, UBES, UBM, UJS, UNE, UPES, Via Campesina Brasil.

Manifesto da jornada de lutas

São Paulo (SP) Porto Alegre (RS)

Fortaleza (CE)

Brasília (DF)