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Quarenta e um anos depois do 25 de Abril assinalamos a data com uma capa alusiva aos jornais da época.

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2 VIVACIDADE ABRIL 2015

Editorial

Caros Leitores,

Quarenta e um anos depois do 25 de Abril assinalamos a data com uma capa alusiva aos jornais da época.

O Vivacidade prossegue o seu ca-minho de liderança regional na zona em que se insere. Os nossos meios virtuais são cada vez mais utilizados pelos nossos leitores, pois estamos quase a chegar às 20 mil visualizações no nosso website e temos crescimento registado em todas as semanas.

O projeto da sociedade de co-municação Vivacidade ficou recen-temente muito mais forte com o lançamento do nosso novo título Vi-vaDouro. O VivaDouro é um jornal regional para a região do Douro, mas que comunga dos mesmos princípios e metodologias do Vivacidade, tendo a diferenciá-lo na primeira edição os presidentes dos Municípios que fa-zem parte da CIM Douro.

Trata-se de um projeto muito de-safiante pois cobre uma área geográ-fica muito grande com pouca popula-ção, que valoriza muito o modelo de funcionamento do Vivacidade o que auspicia que terá um enorme sucesso.

Um sucesso que já temos garan-tido do ponto de vista da equipa que está a produzir este novo jornal do grupo, que já está bem envolvida no espírito Vivacidade, neste caso no Vi-vaDouro.

Visite o website e veja a edição em PDF deste novo projeto:

www.vivadouro.org n

José Ângelo PintoAdministrador da Vivacidade, S.A.Economista e Docente Universitário

Registo no ICS/ERC 124.920Depósito Legal:250931/06

Diretor:Augusto Miguel Silva Almeida (TE-873)Redação:Ricardo Vieira Caldas (CP-9828)Pedro Santos Ferreira (CP-10017)Departamento comercial:Serafim RibeiroTel.: 910 600 079Paginação:José VazAdministração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A.Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 1974435-778 Baguim do MonteAdministrador: José Ângelo da Costa PintoDetentores com mais de 10% do capital social: Lógica & Ética, Lda.Sede de Redação: Rua do Niassa, 133, Sala 1 4250-331 PORTOTel.: 910 600 078 / 919 275 934Colaboradores: Alcina Cunha, Ana Gomes, Ana Portela, André Campos, Andreia Sousa, António Costa, António Valpaços, Catarina Martins, Diana Ferreira, Domingos Gomes, Elisabete Castro, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Resende, Joana Simões, João Paulo Rodrigues, João Pedro Sousa, José António Ferreira, José Luís Ferreira, José Pedro Oliveira, Luís Alves, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Margarida Almeida, Michael Seufert, Paulo Amado, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rui Nóvoa, Rui Oliveira, Salomé Ferreira e Sandra Neves.

Impressão: UnipressTiragem: 10 mil exemplaresSítio na Internet: www.vivacidade.orgFacebook: www.facebook.com/vivacidadegondomarE-mail: [email protected]: [email protected]

Sumário:

BrevesPágina 4

SociedadePáginas 6 a 20

Reportagem VivacidadePáginas 8 e 9

CulturaPáginas 21 a 26

DestaquePáginas 28 e 29

PolíticaPáginas 30 a 40

DesportoPáginas 41 a 44

Empresas & NegóciosPágina 45 a 48

OpiniãoPáginas 49 a 51

LazerPáginas 52 e 53

EmpregoPágina 54

Próxima Edição 28 de maio

Um dos fenómenos sociais que mais se tem intensificado nos últimos anos é o das caminhadas, individuais ou em grupo. E nun-ca é demais enaltecer esta prática que, afinal de contas, é o exercício físico mais simples, mais demo-crático e mais económico de to-dos os que existem.

De uma maneira geral, os Municípios estão particular-mente atentos às vantagens que decorrem da adesão maciça às caminhadas, e, por isso, de norte a sul do país têm sido construídas centenas de quilómetros de vias pedonais e velocipédicas.

O concelho de Gondomar não é exceção. Mas, em bom ri-gor, só dispõe de uma pista pedo-nal de excelência. Trata-se do pas-seio da beira-rio, entre o Freixo e Gramido. É certo, porém, que o executivo municipal demonstra uma particular atenção ao fenó-meno, e tem investido em alter-nativas inteligentes, aproveitando as vias de maior dimensão para integrar nelas pistas pedonais e velocipédicas. O caso mais visível é o da Avenida da Conduta, entre outras…

Importa reconhecer que este

é o caminho certo, qualquer que seja a frente de análise. Por um lado, porque é o processo mais económico; por outro, e não menos importante, porque esta solução acaba com o conceito de vias de alta velocidade automóvel, conferindo a estas vias uma ima-gem muito mais urbana e amiga do cidadão.

Ora, é nesta linha de observa-ção que devem ser vistas as altera-ções que foram feitas à estrada D. Miguel, a mais longa do concelho. De facto, a Câmara de Gondomar reestruturou aquela mortífera artéria, conferindo-lhe muito mais segurança, já que em gran-de parte reduziu as faixas duplas para uma única faixa de rodagem, dividiu a via com a implantação de pilaretes de sinalização central, introduziu baías de estaciona-mento nas zonas habitacionais, e desenhou vias velocipédicas de um lado e de outro.

A estrada D. Miguel passou a ser uma via muito mais urba-na e segura em relação ao que era. Mas é possível ir mais longe, logo que haja uma nova fase de reconfiguração. Simplesmente introduzindo vias pedonais, de forma a fomentar longas cami-nhadas, desde o Alto da Serra, em Baguim, até à beira-rio.

Todos sabemos que para concretizar este projeto, o ideal seria construir uma via sobree-

levada, do tipo passeio de largas dimensões. Mas essa solução se-ria extraordinariamente dispen-diosa, e não se justificaria face ao estrangulamento financeiro do Município. É possível conseguir o objetivo apenas através de criação de um corredor lateral, assinala-do por pintura de pavimento, e separado por guias de betão in-termitentes ao longo do percurso.

Em grande parte do traçado da via é possível fazer isto, sim-plesmente prosseguindo com a eliminação dos troços que ainda têm duas faixas de rodagem, ab-solutamente desnecessários e pe-rigosos. Onde a largura não per-mita esta solução, devem então sobreporem-se as vias pedonais e velocipédicas.

Finalmente, bom seria que a iluminação pública da via fosse recuperada, pois encontra-se em estado muito degradado, com cerca de metade das luminárias apagadas. Com estas melhorias, Gondomar passaria a dispor de mais uma via pedonal de grande procura e relevância. Hoje tal não acontece porque as pessoas não se sentem protegidas do tráfego, e conferem à estrada o estatuto principal de circulação automó-vel. Esperemos que o executivo prossiga neste caminho de tornar as nossas vias mais amigas do ci-dadão. Os automóveis já têm re-galias suficientes… n

Importa fomentar as vias pedonais...

Bisturi

Henrique Villalva

POSITIVOA Junta de Freguesia de Rio Tinto iniciou no início de abril o levantamento dos bancos de jardim em do-mínio público, em estado degradado, para após a re-paração voltarem a ser reco-locados no mesmo local. A 13 de abril foram colocados os primeiros bancos na rua António Aleixo, obra que será ainda completada e alargada a outros jardins da freguesia onde existem este tipo de mobiliário.

NEGATIVO

O cruzamento da rua de Perlinhas com a rua de S. Mamede e rua de S. Cristóvão, em Rio Tinto, é um lo-cal de passagem diária de milhares de viatu-ras. Os grandes bura-cos existentes na via danificam os veículos e põe em causa a segu-rança dos condutores.

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para [email protected]

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4 VIVACIDADE ABRIL 2015

Breves

O Centro Ciclista de Gondomar volta a or-ganizar o 3.º Grande Prémio Gondomar no dia 25 de abril. A competição começa às 9h30 com a prova de cadetes de paraciclismo e cerca das 11h tem lugar a Taça de Portugal de paraciclis-

mo, uma prova com um traçado de 4km, com 10 voltas. Durante a tarde a competição é re-servada às atletas de ciclismo feminino. Às 14h competem as juniores e às 16h começa a Taça de Portugal feminina, na Avenida da Conduta.

A equipa de futebol feminino da União Desportiva Sousense garantiu a 12 de abril o 3.º lugar no Campeonato de Promoção Femi-nino – Série B. As atletas garantiram 43 pontos,

num total de 20 jogos, em que conseguiram 14 vitórias. O Viseu 2001 sagrou-se vencedor do escalão com um total de 56 pontos conquista-dos.

O Núcleo Sportinguista de Gondomar so-freu uma tentativa de assalto na madrugada de 17 de abril. “Não passou de uma tentativa porque temos alarmes, vizinhos que são nos-sos conhecidos, diretores que moram a metros

do Núcleo e câmaras voltadas para o exterior. A queixa será apresentada e deixamos uma observação: as fotos ficaram razoavelmente bem...”, pode ler-se em comunicado publicado no Facebook do Núcleo Sportinguista.

A Associação Dignidade e Futuro de Gondomar celebrou a 17 de abril o seu quin-to aniversário. A festa decorreu na Quinta da Azenha de Baixo, em Valbom, num jantar

que teve também como objetivo a angaria-ção de fundos para a construção do Lar de Idosos - S. Francisco De Assis.

A artista Maria Lisboa, autora da música “Tira a Mãozinha Daí”, finalizou as gravações da sua mais recente música na Igreja Matriz de São Pedro da Cova, a 13 de abril. “Assim ter-minei as minhas gravações do meu vídeo de Nossa Senhora de Fátima”, escreveu a artista na página oficial do Facebook.

Uma sessão solene e concerto de aniversá-rio foi o que o Grupo Coral de Baguim ofere-ceu a quem esteve presente no 17.º aniversário da instituição que decorreu no Centro Social e

Paroquial de Baguim, a 18 de abril. A atuação ficou a cargo do conjunto da casa e do Grupo de Castanholas de Freamunde – Pedaços de Nós.

O CINDOR recebeu a 14 de abril a visi-ta de um grupo de alunos da escola Kathe--Kollwittz-Hauptschule. A visita ocorreu no âmbito do projeto eTwinning com a comuni-dade de escolas da Europa. O intercâmbio de

culturas e experiências permitiu aos alunos experimentarem atividades ligadas à ourive-saria e descobrirem o património cultural de Gondomar.

O Museu Mineiro de São Pedro da Cova in-tegra, desde o dia 8 de abril, o mapa do site de

viagens TripAdvisor. O site fornece informações e opiniões de utilizadores sobre locais a visitar.

Centro Ciclista organiza 3.º Grande Prémio Gondomar

Futebol feminino da UD Sousense obtém 3.º lugar

Núcleo Sportinguista de Gondomar assaltado

Cinco anos de “dignidade” para Gondomar

Maria Lisboa grava videoclip na Igreja de São Pedro da Cova

Grupo Coral de Baguim do Monte sopra 17 velas

Escola alemã visitou CINDOR

Museu Mineiro integra mapa do TripAdvisor

A Associação de Solidariedade Social “O Amanhã da Criança” celebrou, a 12 de abril, 40 anos de vida. A atividade da instituição serve atualmente três freguesias (Rio Tinto, Pedrou-ços e Águas Santas). “O Amanhã da Criança” dispõe de um berçário/creche para 75 crian-

ças, jardim-de-infância para 115 crianças, CATL para mais 75, centro de estudos para 35 crianças e jovens, centro de dia da 3.º idade para 50 idosos , serviço de apoio domiciliário para outros tantos e desporto para cerca de 200 crianças, jovens e adultos.

“O Amanhã da Criança” celebrou 40.º aniversário

O Gabinete de Inserção Profissional da Associação Amigos do Padre Moura, de Ba-guim, dinamizou, a 9 de abril, um workshop de empreendedorismo na Junta de Fregue-sia do Bonfim, através de uma parceria com

o “Projet’Arte”. O workshop apresentou pla-nos de negócios e estratégias de marketing para jovens à procura do primeiro emprego e desempregados.

Asssociação Amigos do Padre Moura levou empreendedorismo à Junta do Bonfim

Um incêndio ocorrido a 18 de abril num conjunto habitacional da Lomba fez um ferido. A Junta de Freguesia local, em parceria com a Câmara de Gondomar, colocou de imediato

uma equipa no terreno a remover os destroços e a efetuar a limpeza do local. As obras de re-cuperação da habitação iniciaram a 20 de abril.

Incêndio em conjunto habitacional na Lomba

A Topázio marcou presença na exposição “Handmade”, organizada pela revista britânica Wallpaper, em Milão. A empresa de Valbom foi escolhida pelo designer Sam Baron para criar

uma coleção de cinco peças a serem apresen-tadas em Itália. O designer francês foi um dos convidados pela Topázio na coleção comemo-rativa dos 140 anos da marca.

Topázio marcou presença na “Handmade”, em Milão

Mais de uma dezena de trabalhadores da Câmara de Gondomar foram distinguidos pelo executivo municipal, que continua a homena-gear o trabalho e dedicação dos colaboradores

que, recentemente, se aposentaram. Aos refor-mados o executivo entregou um brasão do Mu-nicípio personalizado com o nome de cada um dos colaboradores.

Executivo municipal distingue ex-trabalhadores da Câmara

O Eurobol 2015 – Torneio Europeu de Vo-leibol Juvenil, realizado entre os dias 2 e 4 de abril, reuniu mais de 1000 atletas e elementos de equipas técnicas, num total de 62 equipas de in-fantis, iniciados, cadetes, juvenis femininos, sub 14, sub17 e 20 equipas de minis. O torneio orga-nizado pela Ala de Nun´Álvares de Gondomar, foi disputado em quatro recintos do concelho: Multiusos de Gondomar, Pavilhão da Ala, EB 2/3 de Gondomar e Colégio Paulo VI.

Eurobol 2015 contou com mais de mil atletas

Os Bombeiros Voluntários de Gondomar (BVG) vão organizar a 26 de abril um passeio de jeeps em beneficência da corporação. O programa contempla a concentração dos veí-culos na parada dos BVG, pelas 8h. Por volta

das 9h inicia-se o passeio e às 14h realiza-se um almoço, junto ao Minipreço de Jovim. Às 15h está prevista a abertura da pista de obstá-culos para os participantes.

BVG organiza VIII Passeio Off-road

O FIDES Gondobasket organizou a 28 de março, pela oitava vez, o Gondostreetbasket, ini-ciativa programada pelo clube para as férias da

páscoa. O evento decorreu durante todo o dia no Largo do Souto, em São Cosme.

VIII Gondostreetbasket cativou jovens atletas

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Com uma tiragem de 10 mil exemplares, distribuição gratuita e design em tudo idêntico ao Vi-vacidade, o VivaDouro lançou a sua primeira edição a 16 de abril. O objetivo principal é informar os 19 concelhos da Comunidade Intermunicipal do Douro [Vila Real, Lamego, Mesão Frio, Alijó, Armamar, Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Murça, Peso da Régua, Moimenta da Bei-ra, Penedono, S. João da Pesqueira, Sernancelhe, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, Tabuaço, Tarouca, Torre de Moncorvo e Vila Nova de Foz Côa]. A equipa inclui duas jornalistas, dois comerciais e um designer gráfico.

Miguel Almeida, diretor do Grupo Vivacidade explica a ori-gem do projeto. “A ideia surgiu no final de 2014, numa conversa que tivemos com um vereador da Câmara Municipal de S. João da Pesqueira que me fez perceber que existia uma carência, em termos de informação, na Região do Douro”, afirma. “O VivaDouro não é neces-sariamente uma réplica do Vivaci-dade”, acrescenta o diretor, já que “o Vivacidade abrange um único concelho, enquanto este projeto, que agora dá os primeiros passos, tem como objetivo a cobertura de 19 concelhos.” “Logo aí existe uma diferença muito grande entre o Vi-vacidade e o VivaDouro. No entan-to, a génese será idêntica. No Viva-Douro teremos todos os meses um grande destaque com um(a) presi-dente de Câmara. Teremos igual-

mente oportunidade de mostrar aos habitantes de um determinado concelho o que de melhor existe no seu Município”, esclarece. O principal objetivo será a implanta-ção deste Órgão de Comunicação Social (OCS) numa região que, na opinião de Miguel Almeida, “está mal servida em termos de infor-mação.” “Senão vejamos: temos vários concelhos que não possuem qualquer OCS – como Penedono, Armamar e S. João da Pesqueira – e pretendemos com este projeto levar às populações uma informa-ção sobre o que se passa no seu concelho”, elucida. Quanto a possi-bilidades de nova expansão o dire-tor é claro: “Primeiro pretendemos cimentar este projeto nesta região. A médio prazo podemos pensar nisso”, assegura.

Na equipa do VivaDouro, Salo-mé Ferreira acredita neste “projeto diferente”. “A região do Douro é uma zona com muito potencial e na minha opinião estava a precisar de um meio de comunicação que abrangesse todas as áreas num só jornal. Foi este o principal motivo que me fez aceitar esta proposta, aliado ainda ao facto de gostar de novos desafios que me permitam aprender e crescer enquanto jor-nalista e penso que no VivaDouro tenho todas as condições para isso”, explica ao Vivacidade. “Enquanto jornalista pretendo praticar um jornalismo que se rege pelos cri-térios de rigor, isenção e objetivi-dade, sempre com o cumprimento das normas éticas e deontológicas

inerentes à profissão”, acrescenta. Para a sua colega de profissão,

Ana Portela, é necessário que o VivaDouro “chegue não só aos centros de cada concelho mas também àqueles que são menos povoados, mas que merecem de igual forma ter acesso ao nos-so jornal”. Quanto ao feedback da primeira edição, Ana Portela confirma que foi “extremamen-te positivo”. “Sinceramente não esperava nesta primeira edição, por ser um projeto totalmente novo que as pessoas ainda não conheciam. Mas ver pessoas a andar na rua com o VivaDouro debaixo do braço foi sem dú-vida alguma algo gratificante e que me deu ainda mais forças e vontade de fazer sempre o melhor pelo projeto”, conta.

A próxima edição do Vi-vaDouro sai para as bancas a 14 de maio. n

VivaDouro é o novo jornal do Grupo Vivacidade para a Região do DouroA primeira edição, totalmente a cores, já saiu para as bancas e promete rigor e isenção nos conteúdos. O VivaDouro nasce no Grupo Vivacidade para cobrir a Comunidade Intermunicipal do Douro e abrange quatro distritos – Bragan-ça, Guarda, Vila Real e Viseu.

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Sociedade

VIVACIDADE ABRIL 2015

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> Ana Portela, Bruno Duque e Salomé Ferreira compõem a equipa do VivaDouro

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O Parque de Jogos Fernando Pedrosa, campo do Clube Atlético de Rio Tinto, vai ter um novo tapete na próxima época. A obra finan-ciada pela Câmara de Gondomar contempla a instalação de um rel-vado sintético com sistema de rega, a construção de um muro atrás de uma das balizas e a colocação de mais dois postes de iluminação.

“Sempre acreditei que esta obra podia concretizar-se e agora que co-meçou julgo que já não pode parar”, afirma Alberto Claro, presidente do clube riotintense.

O responsável mostra-se sa-tisfeito com o decorrer das obras no terreno e espera dar “um novo ar à casa” com o há muito recla-

mado sintético. “Este novo tapete vem dar melhores condições aos atletas e ajuda-nos a servir melhor a freguesia e o concelho, porque a nossa principal dificuldade é cap-tar atletas em fase de formação que preferem treinar em clubes com melhores condições”, confessa ao Vivacidade.

O presidente do Atlético de Rio Tinto admite que o antigo pelado vai deixar saudades aos sócios e adeptos do clube “pelas vitórias, su-bidas de divisão e jogadores profis-sionais que o pisaram”, mas a equipa e direção já só pensam na próxima época para estrear o novo relvado.

“Na próxima época vamos ter melhores condições. Os nossos ad-versários ficam admirados com o nosso campo de jogos mas diziam sempre que já merecíamos um ta-pete melhor”, refere Alberto Claro.

A equipa tem treinado proviso-riamente no Estádio Municipal de Valbom, onde prepara as últimas três jornadas da 1ª Divisão – Série 2 da Associação Futebol do Porto (AFP).

“Embora os jogadores sejam amadores temos que cumprir o nosso objetivo que é a manutenção. Para isso temos que conseguir bons resultados nas últimas jornadas. Ainda vamos ter um jogo em casa mas o local não está definido”, expli-ca o presidente.

No final do mês de junho a dire-ção espera ter a obra concretizada, apesar do atraso de duas semanas no prazo inicial previsto.

O Clube Atlético de Rio Tinto ocupa atualmente a 11ª posição da 1ª Divisão – Série 2 da AFP, com um total de 29 pontos conquistados em 27 jogos.

Sintéticos em marcha no Clube Atlético de Rio Tinto e Gens Sport Clube Presidentes dos clubes gondomarenses confessam a ambição de estrear novo “tapete” na próxima épocaAs obras já decorrem nos campos de jogos do Clube Atlético de Rio Tinto e Gens Sport Clube. Ao Vivacidade, os presidentes dos clubes gondomarenses falam num sonho concretizado que “só pode beneficiar as equipas e a prática da modalidade”.

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Reportagem Vivacidade

VIVACIDADE ABRIL 2015

Texto: Pedro Santos Ferreira

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> Na foto: Nuno Fonseca, presidente da Junta de Rio Tinto, e Alberto Claro

> Em Rio Tinto, as obras começaram com duas semanas de atraso > Trator da Junta de Rio Tinto no terreno

> O Parque de Jogos Fernando Pedrosa vai ter um relvado sintético na próxima época

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“O Gens vai sair benefi-ciado com o novo relvado”

Em Foz do Sousa, no Parque Desportivo de Gens, o cenário é se-melhante. Segundo Pedro Ferreira, presidente do clube, “falta recolher o entulho e começa a instalar-se o sintético”. No campo estão já ins-taladas as tubagens do sistema de rega do relvado, um sinal que ani-ma o dirigente.

“Esperamos chamar mais miú-

dos para as camadas jovens depois desta remodelação. A nível sénior o clube tem crescido bastante mas precisávamos desta ajuda para cres-cer ainda mais”, afirma Pedro Fer-reira.

Nascido e criado em Gens, o presidente do clube, recorda gran-des jogos no pelado mas admite que as memórias são para guardar, “agora vamos passar para melhor e contamos ter novas conquistas com

os pés bem assentes na terra”.A remodelação tem despertado

o interesse da comunidade que vi-sita diariamente o campo de jogos para observar as obras. Pedro Fer-reira chama-lhe “uma conquista di-fícil” e admite que chegou a temer que a “obra não se realizasse”. No entanto, após a promessa da Câ-mara de Gondomar, não duvidou da autarquia e o trabalho está a ser realizado.

“Tinha sonhado jogar no sinté-tico ainda esta época mas já percebi que não vai ser possível. Os jogado-res estão tristes porque têm andado com a casa às costas, mas na próxi-ma temporada vamos voltar a ter o fator casa que nos permitiu chegar até aqui”, refere.

A equipa do Gens tem joga-do provisoriamente no Estádio 1.º de Dezembro, casa da União Des-portiva Sousense, e Pedro Ferreira agradece ao clube conterrâneo “a solidariedade demonstrada”.

Na Divisão Elite Pro-Nacional faltam disputar sete jornadas, uma

“reta final complicada” que não causa medo ao dirigente do Gens, confiante na manutenção, principal objetivo do clube para esta época.

“Até aqui tivemos três subidas de divisão seguidas mas este ano tínhamos noção que havia mais exigência competitiva numa pro-va muito longa, com 20 equipas a competir entre si”, conclui Pedro Ferreira.

O Gens Sport Clube é 13.º clas-sificado da Divisão Elite Pro-Na-cional da AFP com um total de 36 pontos conquistados em 31 jogos disputados. n

Sintéticos em marcha no Clube Atlético de Rio Tinto e Gens Sport Clube Presidentes dos clubes gondomarenses confessam a ambição de estrear novo “tapete” na próxima épocaAs obras já decorrem nos campos de jogos do Clube Atlético de Rio Tinto e Gens Sport Clube. Ao Vivacidade, os presidentes dos clubes gondomarenses falam num sonho concretizado que “só pode beneficiar as equipas e a prática da modalidade”.

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Reportagem Vivacidade

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> Entrada do Parque Desportivo de Gens > As tubagens do sistema de rega já estão instaladas

> Pedro Ferreira, presidente do Gens Sport Clube > A área técnica e a bancada vão ser remodeladas

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Sociedade

VIVACIDADE ABRIL 2015

“Um grupo unido pelo amor aos animais”. É assim que se de-finem os fundadores do Grupo Amigos dos Animais de Fânze-res (GAAF), criado no final de 2014, com o intuito de ajudar os animais abandonados nas ruas de Gondomar.

“O que nos preocupa mais são os animais abandonados na rua. Estes casos existem sobretudo nas proximidades das urbaniza-ções, mas felizmente há pessoas que tratam deles e alimentam-

-nos”, explica Pedro Barbosa. O dinamizador do projeto, li-

cenciado em gestão desportiva, convidou Ana Carvalho, estudante de Enfermagem, e Sofia Macedo, estudante de marketing e funcio-nária numa loja de roupa, também elas amantes dos animais.

“O verão está a chegar e esta-mos a contar encontrar mais ca-sos de animais ao abandono, mas vamos estar no terreno e espera-mos que isso não aconteça”, refere Ana Carvalho ao Vivacidade.

Em dezembro, o GAAF foi para a rua e contactou pela pri-meira vez com famílias e pessoas carenciadas que alimentam ani-mais abandonados. O grupo re-petiu a experiência na Páscoa e foi bem acolhido pela população. “A população e o CROAG (Cen-tro de Recolha Oficial de Animais de Gondomar) acolheram-nos muito bem, mas uma vez estava a alimentar um animal subnutri-do e fui muito criticado porque disseram que assim o cão nunca mais ia embora dali. Felizmente isto foi uma minoria”, afirma Pe-dro Barbosa.

O GAAF tem página no Fa-cebook com mais de 580 gostos e espera apresentar-se publica-mente durante o mês de maio. “Já recebemos alguns contactos por Facebook para sabermos se tínhamos animais para adotar. Agora estamos à procura de pes-soas que tenham animais para dar”, conta Sofia Macedo.

Entretanto o Grupo Amigos dos Animais de Fânzeres prome-te continuar a organizar rallys solidários “sempre que possível” e promete não circunscrever-se à freguesia de Fânzeres, tendo já visitado São Pedro da Cova, Rio Tinto, São Cosme e Valbom.

“Neste momento somos sim-plesmente um grupo de amigos e para já não faz sentido avançar como associação, mas possivel-mente vai surgir essa hipótese”, conclui Pedro Barbosa.

“Queremos organizar campanhas de vacinação e esterilização”

O GAAF tem sinalizado os polos de animais abandonados em Gondomar e tem registado “casos de pessoas que não comem para alimentar os animais aban-donados”. O grupo quer ajudar estas famílias e propõe-se a orga-

nizar campanhas de vacinação e esterilização através de parcerias estabelecidas com clínicas veteri-nárias e lojas de animais. “Vamos tentar obter coleiras antiparasitas através de protocolos. Além disso, estamos disponíveis para contac-tar com associações de Gondo-mar e fora do concelho”, admite Pedro Barbosa. n

Grupo Amigos dos Animais de Fânzeresquer ajudar animais abandonadosEm dezembro do ano passado, Pedro Barbosa, Ana Carvalho e Sofia Macedo uniram-se para criar o Grupo Amigos dos Animais de Fânzeres, com o objetivo de “sensibilizar as pessoas e alertar consciências” para os animais abandonados em Gondomar.

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> Na foto: Ana Carvalho, Pedro Barbosa e Sofia Macedo

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A Ourindústria 2015 foi inau-gurada a 26 de março e durante quatro dias foi a principal mon-tra de ourivesaria do país. Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, acom-panhado pelo executivo muni-cipal e convidados da autarquia, abriu o certame que contou com 85 expositores e milhares de visi-tantes profissionais do setor e pú-blico em geral.

Nos dias 27 e 28 de março a Ourindústria foi exclusiva para profissionais e teve como desta-que o desfile de jóias, que cativou o interesse de profissionais, inte-ressados e curiosos.

Em discurso, José Fernan-do Moreira, vereador das Feiras, Mercados e Eventos Promocio-

nais do Município, salientou a qualidade alcançada pelos ourives gondomarenses e valorizou o em-preendedorismo dos expositores.

“Este certame abrirá certa-mente novos horizontes na nos-sa difícil economia. É de valo-rizar cada vez mais os audazes empreendedores que através da inovação e da criatividade con-tinuam a acreditar nesta indús-tria gondomarense. Enquanto responsáveis pela autarquia de Gondomar, acreditamos que o crescimento neste setor só se ob-tém com novos contactos e com a internacionalização da ourive-saria gondomarense. Queremos garantir esse futuro para a Ourin-dústria”, finalizou José Fernando Moreira. n

Ourindústria 2015 abriu horizontesa pensar na internacionalizaçãoEntre os dias 26 e 29 de março, a 27.ª edição da Ourindústria trouxe milhares de pessoas ao Multiusos de Gondo-mar. A ourivesaria e os ourives foram o destaque do certame que deu mais um passo para a internacionalização.

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Sociedade

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> O Desfile de Jóias voltou a animar a Ourindústria

> Marco Martins e José Fernando Moreira cumprimentaram os expositores

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A saída da anterior direção dei-xou o Clube Gondomarense numa situação muito complica-da. Em que estado estava a asso-ciação quando tomaram posse?

A anterior direção não conse-guiu encontrar substitutos para assumir a direção do Clube e de-cidiu entregar a chave desta ins-tituição à Câmara de Gondomar. Bateram com a porta sem ter o cuidado de dar continuidade ao Clube e muitos sócios afastaram--se. Eu sou frequentador desta Associação desde pequeno e sen-ti-me na obrigação de participar nesta fase difícil. Reuni sete pes-soas e tomamos posse no dia das eleições porque era urgente re-solver esta situação. Assumimos a direção e estamos a tentar dar solução aos problemas que fica-ram por resolver. Entretanto de-sapareceram muitos sócios, quer pela indiferença com que foram tratados quer pela falta de cari-nho e sensibilidade.

Tiveram que lidar com uma si-tuação difícil?

Não tínhamos a noção se ía-mos conseguir um concessionário para o bar e não tínhamos bases para fazer um orçamento. Feliz-mente conseguimos.

O edifício do Clube Gondoma-rense esteve fechado durante cerca de um mês. Foi uma pági-na negra na história da coletivi-dade?

O Clube esteve fechado desde 27 de dezembro até 31 de janeiro. Foi um período para esquecer da gestão do Clube Gondomarense. Ainda não encontramos a melhor forma de dinamizar a coletivida-de mas os associados começam a regressar às nossas instalações.

Quantos sócios tem atualmente o Clube?

Esta coletividade tinha apenas 20 a 25% dos sócios que estavam registados. Esta casa é dos sócios e o espaço deve ser deles e para eles. Neste momento o clube tem cerca de 200 sócios a contribuir mensalmente, mas ainda estamos a avaliar este número.

Rejuvenescer a coletividade é um dos objetivos?

É um dos objetivos, mas é di-fícil de atingir. Temos que cativar os interessados. Agora temos uma

página nova no Facebook e espe-ramos atrair mais pessoas.

Quais as principais obras que o Clube necessita?

O nosso grande problema é a deterioração do nosso patrimó-nio. Ao longo dos anos surgiram várias oportunidades de arranjar o telhado mas pensou-se sempre numa obra de grande dimensão, que nunca foi feita. Esta casa precisa de ser redimensionada e não aumentada. Neste momento o importante é preservar o que temos e a nossa biblioteca, que é

única em Gondomar. As nossas instalações têm uma localização fantástica e o nosso passado é his-tórico.

O edifício é uma das mais valias do Clube?

Esta casa teve o primeiro tea-tro/cinema de Gondomar. O nos-so salão tinha capacidade para 350 pessoas e chegou a ser cedi-do a coletividades do Porto que faziam aqui as suas iniciativas. Tínhamos condições fora do co-mum e estamos neste edifício à 105 anos.

Como conseguiram este edifí-cio?

O edifício foi conseguido com a contribuição dos sócios e muito amor à causa. Este era o local cen-tral da tertúlia e do debate políti-co em Gondomar.

Neste momento estão a decorrer algumas obras de conservação...

Exatamente, com o precioso apoio da União de Freguesias de Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim.

Tiveram sempre a necessidade de servir a comunidade?

Sentimos sempre esse apelo e estamos sempre empenhados em servir a comunidade e ser cívicos. Realizamos muitas atividades de apoio ao ensino e chegamos a ter uma escola com professores pa-gos pelos sócios. A nossa bibliote-ca era o principal atrativo.

A biblioteca é formada por li-vros cedidos pelos sócios?

Temos muitos livros cedidos pelos nossos sócios. Grande parte da biblioteca não está ainda devi-damente arrumada e preparada, mas temos obras riquíssimas e muito cobiçadas. Também temos jornais de Gondomar muito an-tigos e edições especiais de livros

históricos.

Os livros estão disponíveis para consulta?

Eventualmente podemos ar-ticular uma parceria com a Bi-blioteca Municipal de Gondomar, mas é uma questão que tem que ser levada à Assembleia do Clube Gondomarense.

Tem esse objetivo?Só com uma proposta bem es-

truturada é que podemos avaliar. Estamos disponíveis para avançar com um alargamento da utiliza-ção da nossa biblioteca.

Já estabeleceram parcerias com outras instituições e associações do concelho?

Temos uma parceria com o Instituto de Emprego e Forma-ção Profissional (IEFP). Também queremos ceder o nosso salão para aulas de música. Para nos tornarmos sustentáveis temos que criar um salão polivalente com atividades procuradas e que tragam rendimento para o clube, sem descurar o ensino e forma-ção.

Há atividades planeadas para os próximos tempos?

No mês de maio vamos ter várias iniciativas culturais. Desde o dia 3 de maio vamos celebrar mais um aniversário do Clube Gondomarense, com o hastear da bandeira. No dia 22 de maio realiza-se a sessão solene e no dia 31 de maio vamos ter uma sessão de poesia. Já não se faziam aqui eventos há muito tempo.

O que espera fazer até 2017?Não quero falar em 2017, pre-

firo pensar em 2015 que está a ser uma dor de cabeça muito grande. Para já queremos tornar o Clube sustentável e criar condições para atrair mais pessoas. n

Manuel Rosas: “Os associados começama regressar às nossas instalações”

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Sociedade: Clube Gondomarense

O Clube Gondomarense viveu no final do ano passado uma das páginas mais negras da sua história secular. A anterior direção fe-chou as portas da coletividade que só reabriram a 31 de janeiro, com a tomada de posse de uma nova direção, liderada por Manuel Rosas. Ao Vivacidade, o novo presidente do Clube Gondomarense promete pôr ordem na casa e dar nova dinâmica ao Clube. Para concretizar esta missão, Manuel Rosas espera contar com o apoio de todos os sócios da associação.

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Texto: Pedro Santos Ferreira

> Manuel Rosas, presidente do Clube Gondomarense

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Segundo o Público, o vice-pre-sidente do grupo parlamentar do PSD Miguel Santos anunciou no dia 13 de Abril que “há unidades de cuidados de saúde primários que estão em diferentes fases de desenvolvimento, encontrando-se em fase mais adiantada as de São Martinho do Campo (Santo Tirso), e de Argoncilhe (Santa Maria da Feira) já em construção. Deste pa-cote, há ainda três que já viram os concursos públicos publicados em Diário da República (em Martim, Barcelos, outra em Braga e uma última em Vilar de Andorinho, em

Vila Nova de Gaia).”O presidente da Junta de Fre-

guesia de Baguim do Monte, Nuno Coelho, já havia confirmado a obra anteriormente e apontado o início da construção para dezembro de 2014 mas só agora o Governo con-firma o lançamento do concurso num “espaço de um mês e meio”.

Ao Vivacidade, Nuno Coelho afirma que não chegou à Junta “confirmação oficial” mas que foi “informado por um dos adminis-tradores da Administração Re-gional de Saúde que o Centro de Saúde vai avançar em breve”. “Sei

que poderá arrancar a obra até ao verão no terreno assinalado para o efeito”, confirmou ainda o au-tarca. Quanto ao orçamento pre-visto para a obra inicialmente, o presidente admite que o mesmo “baixou ligeiramente”. “Um dos entraves registados foi o último orçamento apresentado ser ligei-ramente mais elevado por metro quadrado para este tipo de cons-truções. O Ministério pediu para reformular mediante o preço do metro quadrado para construções similares. Houve essa revisão que já foi aprovada”, disse.

Questionado sobre se a obra estaria pronta até ao final do seu mandato, Nuno Coelho responde: “Acredito que o Centro de Saú-de poderá estar construído até ao final do mandato. Caso não seja com este Governo tenho a certeza que a obra ficará concluída com António Costa. No entanto, creio que o atual Governo quer iniciar esta obra ao fim de 10 anos de con-versações e burocracias. A obra é fundamental para a freguesia.”

De acordo com a informação divulgada pelo Público, Miguel Santos acredita que, “em média,

os centros de saúde em causa vão servir entre quatro a cinco mil utentes e têm um tempo médio de construção de seis meses a um ano, variando, por isso, o ponto em que deverão estar terminadas as obras.” “Destacava aqui sobre-tudo a capacidade que o Governo, através da ARS-N, teve de mobili-zar um plano de investimentos de 13 milhões de euros para a cons-trução de unidades de cuidados de saúde primários fundamentais e que muitas delas se encontravam na gaveta há algumas décadas”, disse ainda o deputado. n

Governo confirma construção doCentro de Saúde de Baguim do MonteObras deverão arrancar até ao VerãoEstá confirmado. O Estado Português vai investir um total de 13 milhões de euros, provenientes do Orçamento do Estado, na construção de 11 novos centros de saúde nos distritos de Aveiro, Braga e Porto, alguns dos quais ficarão concluídos ainda este ano. A informação foi avançada pelo jornal Público e o Centro de Saúde de Baguim do Monte está na lista dos investimentos previstos pelo Governo.

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A União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova assi-nalou o Dia Mundial do Autismo com a apresentação do livro de Miguel Correia, intitulado “Autis-mo e Atraso de Desenvolvimento – um estudo de caso”, resultado de um trabalho efetuado no âmbito da pós-graduação em Educação Especial – Domínio Cognitivo e Motor, na Escola Superior de Edu-

cação de Paula Frassinetti. “Fiz um estudo de caso sobre

o meu filho, também ele autista, que apresenta um caso leve que tem tido melhorias substanciais. O livro é o resultado final do traba-lho de pós-graduação com alguns apontamentos posteriores”, come-çou por explicar Miguel Correia ao público presente na Biblioteca de Fânzeres.

A apresentação decorreu no Dia Mundial de Consciencializa-ção do Autismo, data definida pela ONU, em 2007, para consciencia-lizar a população mundial para “uma forma muito particular de ser”.

“Esta data ganha cada vez mais notoriedade no mundo. O último estudo internacional aponta que apenas 1% da população mundial tem autismo, mas é cada vez mais necessário ajudar os autistas”, afir-mou o professor de educação es-pecial.

“O autismo é das mais difíceis perturbações de definir e intervir porque advém de uma causa neu-robiológica no desenvolvimento pré-natal da criança”, referiu o au-tor do livro.

Miguel Correia abordou ainda os principais sintomas do distúr-

bio neurológico e alertou para os casos de “excessiva apatia ou irri-tabilidade” das crianças.

O debate com o público cen-trou-se nas necessidades de apoio à educação das crianças e dos jovens que sofrem de autismo. Miguel Correia lançou críticas à política atual do Ministério da Educação e falta de apoio às esco-las e professores.

Daniel Vieira, presidente da União das Freguesias de Fânze-res e São Pedro da Cova, Andreia Pinto, vogal do executivo da Jun-ta, e Jorge Ascenção, presidente da Federação das Associações de Pais do Concelho de Gondomar (FAPAG), marcaram presença na inciativa.

No final foi feita uma largada simbólica de balões azuis. n

Autismo esteve em debate na Biblioteca de FânzeresMiguel Correia apresentou a 2 de abril o livro “Autismo e Atraso de Desenvolvimento – um estudo de caso”, na Biblioteca de Fânzeres. A apresentação realizou-se no Dia Mundial do Autismo.

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> Andreia Pinto, Miguel Correia e Daniel Vieira

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A visita da congénere galega SOGAMA à LIPOR marcou o iní-cio da cooperação entre as duas entidades para os próximos anos.

As instalações de Baguim do Monte acolheram esta nova par-ceria, que avançou numa primeira fase com a celebração de um acor-do formal de cooperação e resulta de uma iniciativa do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial Galícia-Norte de Portugal (AECT--GNP) que tem vindo a trabalhar com empresas dos dois lados da fronteira, com o objetivo de iden-tificar áreas de cooperação que permitam aumentar a qualidade de vida dos cidadãos e aumentar a competitividade da Euroregião.

A realização de visitas de Co-nhecimento Mútuo, Encontros Anuais de dirigentes e chefias para análise de casos e formação con-junta e desenvolvimento conjunto de Produtos e Serviços, como por exemplo jogos, contos ou campa-nhas são exemplos de propostas para projetos futuros entre as duas instituições.

Temática ambiental “une ambas as regiões”

À AECT-GNP caberá - atra-vés da Comissão de Coordenação

e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) - ajudar na pre-paração de candidaturas a futuros projetos conjuntos. Em declara-ções à Agência Lusa, por altura da visita à LIPOR, o vice-presidente da CCDR-N, Carlos Neves, avan-çou que não se tratará de projetos infraestruturais, mas sim mais do âmbito do conhecimento, divul-gação, investigação e formação. “Estamos a identificar sinergias numa fase em que está a iniciar--se um novo ciclo de fundos euro-peus. A sustentabilidade é um dos domínios temáticos do Portugal 2020, como deve ser naturalmen-te na Galiza e em Espanha”, refe-riu Carlos Neves que vincou que a temática ambiental “une ambas as

regiões”, sendo considerada “im-portante” sobretudo porque “tem que ver com o futuro coletivo de todos”.

Os galegos da SOGAMA retri-buíram hoje a visita feita à Galiza, em novembro de 2014, por respon-sáveis do LIPOR.

Da parte espanhola, o respon-sável da SOGAMA, Javiel Do-minguez, avançou que uma das suas prioridades nesta “troca de conhecimentos” é “perceber como funciona” a plataforma de compos-tagem da LIPOR, uma vez que está prestes a iniciar-se na Galiza um projeto idêntico visando o trata-mento de 15 mil toneladas de lixo por ano, num investimento de 32 milhões de euros. n

LIPOR e Sociedade Galega do Meio Ambiente formalizam parceriaEntidades estudam candidaturas conjuntas a fundos europeus

O Serviço de Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto (LIPOR) e da Sociedade Galega do Meio Ambiente (SOGAMA) formaliza-ram, no dia 15 de abril, uma parceria que poderá resultar em candidaturas conjuntas a fundos europeus.

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1 – A cerca de cinco meses das eleições legislativas, que se deverão realizar no último do-mingo de setembro, pouco se tem falado das propostas polí-ticas que cada partido pretende apresentar aos eleitores. Aliás, esta nem parece ser, sequer, uma preocupação dos diretórios po-líticos, inclusive do Partido So-cialista, que tudo tem feito para adiar a divulgação do seu pro-grama eleitoral, ainda em fase de elaboração.

Do lado dos partidos do Governo a situação não é muito diferente, ainda que os efeitos, esses sim, possam ser muito distintos. PSD e CDS tudo têm feito para adiar a divulgação de um acordo conjunto, que há-de servir de base à consagração da coligação pré-eleitoral. De facto, nem PSD nem CDS têm inte-resse em apressar um tal acor-do, utilizando cada partido este tempo para ir testando o sentir do eleitorado.

2 – Sabendo-se que o uni-verso político é avesso a toda a forma de “vazio” gera-se assim o que se chama “retórica de opor-tunidade”, estufa de ocasião pro-pícia à criação de epifenómenos políticos. Esta é a explicação técnica para o aparecimento de sucessivos candidatos a candi-datos presidenciáveis, que nas últimas semanas têm ocupado o espaço mediático de uma forma particularmente intensa.

Pergunta-se: e vem daí al-

gum mal? Objectivamente, NÃO. Mas no subconsciente dos portugueses estes fenóme-nos contribuem para desacredi-tar ainda mais o nosso sistema político, e para a banalização das instituições democráticas, nomeadamente a função presi-dencial, criando a ideia de que, afinal, querer ser Presidente da República é tão banal como as-pirar a ser presidente de uma comissão de moradores.

3 – Sejamos claros: o desfi-le de alegados presidenciáveis não é mais do que, em muitos casos, um truque de marketing pessoal, ou de indireto ajuste de contas entre políticos de quinta linha, que, em algum momen-to, enfrentaram problemas no interior das suas famílias ideo-lógicas. Trata-se, pois de uma tentativa de recuperar no espaço público a notoriedade perdida no interior dos seus partidos…

O mais grave de tudo isto é constatar que a imprensa não só acolhe estes epifenómenos como lhe dá ênfase e projeção, por vezes parecendo que aceita como coisa séria o que não pas-sa também de uma óbvia for-ma de instrumentalização dos órgãos de comunicação social. Porque bastaria que os media ignorassem quem gosta de an-dar em bicos de pé, e o desfile de candidatos a candidatos de-sapareceria da “passerelle” das vaidades pessoais, e dos pelou-rinhos imaginários. n

Posto de Vigia

Manuel Teixeira

Jornalista e Professor Universitário

Quem alimenta a feira das vaidades dos candidatos “presidenciáveis”

Opinião

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> O grupo galego da SOGAMA visitou a congénere portuguesa, LIPOR

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Sociedade

Maria Lisboa, Saúl, Nelo Silva, Renata Gonçalves, Maria do Sameiro, Nuno Portu-gal e OSNOFA são alguns dos músicos con-vidados para animar o ‘Gondomar Solidário’.

O custo da entrada é um euro, permite o acesso ao recinto, bar e restaurante e reverte a favor da Associação Vai Avante. O início do espetáculo será pelas 14h30 e está previsto terminar pelas 24h, sem interrupções.

“Esta é a segunda edição do Gondomar Solidário e fazem parte do espetáculo gran-des artistas. Vamos ter um momento dedi-cado ao 25 de Abril, promovido pelo grupo musical OSNOFA e ainda um flashmob com a participação de grupos de dança do con-celho com cerca de 900 jovens”, explica ao Vivacidade Fernando Duarte, presidente da IPSS. “Baseado no tema do voluntariado,

temos ainda algumas empresas do concelho que irão expor os seus produtos e serviços e iremos também promover serviços de restauração, bar e petiscos”, confirma ainda o dirigente associativo. “O investimento da associação ronda os 5000 euros. Os fundos recolhidos destinam-se a apoiar os nossos equipamentos sociais, no sentido da sua me-lhoria, ao nível dos equipamentos e instala-ções”, finaliza Fernando Duarte. n

Gondomar Solidário trazMaria Lisboa, Saúl e váriosoutros artistas ao Multiusos O ‘Gondomar Solidário’ está de volta ao Pavilhão Multiusos no dia 25 de Abril. Pelo segundo ano consecutivo, a Associação Vai Avante, de S. Pedro da Cova, traz dezenas de artistas a Gondo-mar pela causa social.

O objetivo é que o próximo ano letivo da Universidade Sénior de Rio Tinto (USRT) seja já no Centro Cultural e para isso o espa-ço vai entrar, de imediato, em obras de bene-ficiação e de adaptação. A partir do próximo ano letivo, a Universidade terá vários espaços no Centro Cultural Amália Rodrigues, ago-ra denominado Condomínio das Artes. A USRT tem neste momento mais de 150 alu-

nos e entrou em funcionamento no dia 3 de novembro.

Para Nuno Fonseca, Presidente do Con-selho Executivo da Universidade Sénior de Rio Tinto, a celebração do contrato foi a con-cretização de uma ideia inicial da instituição e ainda de uma “conjugação de vontades”, visto que o Município manifestou total dis-ponibilidade. n

Universidade Sénior de Rio Tintooficialmente sediada no Centro Cultural A 16 de abril, a instituição e a Câmara Municipal de Gondo-mar assinaram o contrato de comodato e a sede da USRT passa a ser o Centro Cultural.

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> Broa de Mel no Gondomar Solidário 2014

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O gabinete do Arquivo Municipal e do Património Cultural do Município associou-se ao Dia Internacional dos Mo-numentos e Sítios através da realização de uma visita gratuita que percorreu alguns dos pontos com interesse histórico e patri-monial do concelho.

A comitiva conheceu a Capela de San-to Isidoro, no Monte Crasto, a Quinta da Bandeirinha, atual sede da União de Fre-guesias de Melres e Medas, a Casa Branca

de Gramido, o Museu Mineiro de São Pe-dro da Cova, a Igreja Matriz de Rio Tinto e a estação de caminhos-de-ferro riotinten-se.

A divulgação dos monumentos e sítios históricos do concelho esteve inserida nos 50 anos de existência do Conselho Inter-nacional dos Monumentos e Sítios.

Segundo a organização, a visita guiada foi “muito positiva” para os participantes e poderá ser repetida periodicamente. n

Gondomar associou-seao Dia Internacionaldos Monumentos e SítiosNo dia 18 de abril celebrou-se em Gondomar o Dia Internacio-nal dos Monumentos e Sítios.

O debate “Rio Tinto: Passado, Presente, Futuro” decorreu, no dia 2 de abril, no Salão Nobre da Junta de Freguesia de Rio Tinto e foi apenas mais uma das diversas iniciativas englobadas na comemoração do Dia do Rio. A sessão contou com a presença da professo-ra Teresa de Jesus, da Universidade Fernando Pessoa, que apresentou, com três alunos da Licenciatura em Engenharia do Ambiente, os resultados do estudo da monitorização do Rio Tinto. O estudo foi também apoiado pela LIPOR, enquanto promotora do projeto “Rio Tinto”, e pelas Águas e Municípios dos con-celhos abrangidos pelo rio. De acordo com a professora Teresa de Jesus, a qualidade do rio Tinto conheceu melhorias ligeiras, mas con-tinua a variar entre os níveis “insuficiente” e

“mau”. No entanto, já foram identificadas as principais fontes de poluição e a professora está esperançosa de que as condições do rio Tinto melhorem ainda mais. Também a Dra. Diana Nicolau, em representação da LIPOR, deu provas da luta que é travada para a me-lhoria da qualidade do rio Tinto, lembrando que “periodicamente são organizadas reu-niões em que se tenta perceber que acções podem ser levadas a cabo”. Após a apresenta-ção do estudo, o presidente da Junta de Fre-guesia de Rio Tinto, Nuno Fonseca, felicitou o trabalho desenvolvido pelas coordenado-ras e agradeceu também a presença de Paulo Silva, em representação do Movimento de Rio Tinto, e de José Moreira, vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Gondo-mar. O debate findou com questões levan-tadas por diversos cidadãos que encheram o Salão, o que mostra que estão disponíveis para apoiar a causa. n

Novo estudo sobre o rio Tintofoi apresentado na Juntade Freguesia A Junta de freguesia de Rio Tinto e o Movimento em Defesa do Rio Tinto realizaram, no dia 2 de abril, o debate “Rio Tinto: Passado, Presente, Futuro”, em que foram expostos os resulta-dos do novo estudo sobre as condições do rio.

Texto: João Pedro Sousa

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Cultura

“A liberdade não é fazer o que nos pas-sa pela cabeça mas sermos capazes de dar um destino à nossa vida”, referiu José Barata Moura, numa das suas intervenções no Mu-seu Mineiro de S. Pedro da Cova.

Daniel Vieira, presidente da União das Freguesias, abriu o debate agradecendo a presença do ex-reitor da Universidade de Lisboa. “Hoje convidamos para este encon-tro o José Barata Moura que não necessita de apresentação. O objetivo é que este en-contro possa ser uma conversa entre o con-vidado e o público presente. Ele é um dos mais prestigiados filósofos portugueses”, rematou o autarca.

José Barata Moura é professor catedrá-tico, filósofo, e conhecido, entre outras coi-sas, por ter popularizado um conjunto de canções infantis como “Joana come a papa” e “Fungagá da bicharada”.

O convite seria para falar de um percur-so de 41 anos pós 25 de Abril mas o convi-

dado optou por se centrar na revolução e na liberdade.

“Eu não me lembro da data em concre-to mas seguramente há uns 40 anos estive aqui numa iniciativa”, começou por dizer, referindo-se a uma visita que fez à freguesia em 1974/75.

Na opinião de José Barata Moura, ain-da há muito para lutar. “O fundamental não é perceber ao que isto chegou mas sim onde nós somos capazes de levar isto. Por-que uma revolução é sempre alguma coisa que tem a luta lá dentro e à volta também”, refletiu. “Mais do que nós lacrimejarmos acerca da miséria em que estamos, a ques-tão fundamental é o que fazer e como é que somos capazes de resgatar - com a ex-periencia histórica que temos - aquilo que é fundamental na liberdade”, comentou o filósofo.

O público lotou o auditório do Museu Mineiro e fez várias questões ao professor. n

José Barata Mourafalou de liberdade,em S. Pedro da CovaFoi mais um Encontro promovido pela União das Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova. O Museu Mineiro e a autarquia aco-lheram, no dia 10 de abril, o filósofo, autor de “Joana come a papa” e “Fungagá da bicharada” para mais uma tertúlia, desta vez inse-rida nas Comemorações do 41.º aniversário do 25 de Abril.

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Concerto de Páscoa do Orfeão de Rio Tintolotou Igreja Matriz A Igreja Matriz de Rio Tinto encheu-se de pessoas, no dia 11 de abril, para assistir ao Concerto de Páscoa do Orfeão de Rio Tinto (ORT) que, este ano, contou também com a participação do Coral Juvenil Sinfonietta.

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Cultura

Uma Sinfonia Concertante de W. A. Mozart abriu o Concerto de Páscoa do Orfeão de Rio Tinto que, este ano decorreu no dia 11 de abril na principal igreja da freguesia.

“Já é habitual realizarmos o concerto da Páscoa e o de Natal na nossa igreja. Este concerto tem uma outra roupagem porque conta com o apoio incondicional da Câmara de Gondomar”, explicou ao Vivaci-dade Maria Alice Dias, presidente do Orfeão de Rio Tinto.

Do Coral Juvenil Sinfonietta, João Rodrigues, presidente da dire-ção da Orquestra confirmou que é a primeira vez que o grupo atua em Gondomar. “É a primeira vez que vamos atuar nesta Igreja e nesta ci-dade. Este é um trabalho desenvol-vido em conjunto com o Orfeão de

Rio Tinto e vai ser apresentado hoje e no dia 16 de maio no Auditório do Hospital Escola Fernando Pessoa. Será o mesmo programa”, referiu.

Ao todo atuaram no Concer-to de Páscoas mais de 100 artistas, num evento que lotou a nave prin-cipal da Igreja Matriz.

Espaço do Orfeão de Rio Tinto sofre alargamento no Centro Cultural

À margem do concerto do ORT, Maria Alice Dias confirmou ao Vivacidade que a instituição vai ter direito a mais uma sala nas suas instalações, no interior

do Centro Cultural de Rio Tinto. A presidente mostrou-se também satisfeita com as notícias mais recentes, que dão conta da cria-ção de um ‘Condomínio das Ar-tes’ no edifício. “É a nossa casa e gostamos de saber que vamos ser oficialmente um centro de artes.

Vamos ter um alargamento das nossas instalações com mais uma sala para ensaios. Ao sábado não tínhamos espaço para ensaiar”, contou. “A cultura é interação e gostamos de estar em parceria com outras coletividades e insti-tuições”, acrescenta. n

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Com encenação de João Gomes, o fes-tival deste ano arrancou com o Grupo de Teatro Renascer, que levou ao palco a co-média “Entre Anjos e Rosmaninho” no dia 11 de abril. No dia 18, foi a vez de “Ratos e Homens”, de John Steinbeck, se apresentar ao público uma encenação de Pedro Miguel

Dias para os Plebeus Avinteses. A Escola Dramática e Musical Valboense

abre-se, assim, ao teatro até 6 de junho com uma programação extensa.

Para além das peças já referidas a EDMV recebe no dia 1 de maio, o “Carnaval Infer-nal”, pelo Teatro Passagem de Nível, no dia 9 “Cantigas de uma noite de Verão”, pelos gon-domarenses In Skené e no dia 16 “O Triunfo das personagens”, pelo Teatro Olimpo.

Já a 23 de maio, é a vez do Grupo Dra-mático e Recreativo da Retorta apresentar “Óculos de Sol” e uma semana depois – a 30 de maio – “Isto vai acabar mal”, pela Compa-nhia Teatral de Ramalde.

O encerramento do FETAV fica a cargo dos Contacto - Companhia de Teatro Água Corrente de Ovar – com a peça “Cousas de Deus e do Diabo”, no dia 6 de junho. n

Grupo de Teatro Renascer inaugura 31.º FETAV O Festival de Teatro Amador de Valbom (FETAV) inaugurou mais uma edição no dia 11 de abril. O palco foi o habitual – a Escola Dramática e Musical Valboense – e o responsável pela abertura da 31ª edição foi o Grupo de Teatro Renascer.

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O arquiteto Souto de Moura visitou a 4 de abril o Centro Cultural de Rio Tinto – Amália Rodrigues com o objetivo de pre-parar uma exposição de parte da sua obra. A visita, organizada a convite da ADIRT, deu a conhecer o espaço e potencialidades do centro cultural riotintense.

A obra do arquiteto encontra-se ex-posta na Alemanha e deverá seguir depois para Rio Tinto, onde ficará exposta du-rante dois meses. Ao Vivacidade, Maria José Guimarães, presidente da direção da

ADIRT, destaca o interesse e satisfação do arquiteto premiado com o Pritzker, em 2011.

“Quanto à data ainda não podemos anunciar, pois o arquiteto ainda não deci-diu o dia. No entanto, nos contactos entre a Câmara de Gondomar e a ADIRT, a ex-posição irá ocorrer a partir de meados de setembro”, refere Maria José Guimarães.

A iniciativa da associação insere-se no objetivo de promover o “desenvolvimento cultural e social da cidade”. n

Arquiteto Souto de Moura vai expor em Rio TintoO arquiteto português Eduardo Souto de Moura foi convida-do pela Associação de Desenvolvimento Integrado de Rio Tinto (ADIRT) para expor a sua obra no Centro Cultural de Rio Tinto.

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> O arquiteto visitou recentemente o Centro Cultural de Rio Tinto

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O objetivo foi, como já é habi-tual, “dar a conhecer o trabalho do Orfeão de Silveireinhos”, garantiu o presidente da instituição, João Fer-nando Martins.

Na 12ª edição do encontro as atuações ficaram a cargo do Coral Polifónico Cantate Lubilo, Orfeão

de Águeda e Orfeão da Associação Social Estrelas Silveirinhos.

Como se tratou de um evento de Abril, o reportório incluiu temas ligados à Revolução dos Cravos. “Apresentaram temas de Zeca Afon-so e do Lopes Graça, mas também vamos ter outros temas” explicou

o presidente da Associação Social Estrelas Silveirinhos. “Por norma, convidamos sempre grupos de fora do concelho para darmos a conhe-cer o que fazemos”, acrescentou João Fernando Martins, que admitiu que o seu orfeão recebe “vários convites por ano” para atuações. n

Associação SocialEstrelas de Silveirinhosdinamizou 12.º Encontro de OrfeõesO auditório da Junta de Freguesia de S. Pedro da Cova acolheu, a 12 de abril, mais um Encontro de Orfeões dinamizado pela Associação Social Estrelas de Silveirinhos e inserido nas Comemorações do 25 de Abril.

As faturas correspondentes à prestação dos serviços de ele-tricidade, gás ou água devem ser conservados, no mínimo, por 6 meses, período este em que o pagamento dos consumos pode ser exigido.

Na verdade, volvido esse prazo, contado da prestação do serviço, os valores estão prescri-tos, devendo os consumidores evocar esse fundamento por es-

crito. Também é de seis meses, a contar da prestação do serviço, o prazo dado às entidades para proporem ações judiciais contra os consumidores por falta de pagamento.

De notar que estas regras le-gais são aplicáveis aos serviços públicos essenciais, nos quais se incluem igualmente os serviços postais e as comunicações ele-trónicas. n

Quanto tempo devemos guardar os com-provativos de pagamento e as respetivas faturas, de serviços como a água, a ele-tricidade ou o gás, é uma dúvida muito recorrente entre os consumidores e que importa esclarecer.

Opinião

Para qualquer pedido de informação ou apoio pararesolução de conflitos de consumo e situações desobre-endividamento, dirija-se à DECO([email protected]) ou ao Gabinete de Defesado Consumidor da Câmara Municipal de Gondomar.A autarquia dispõe de um protocolo de colaboraçãocom a DECO, Associação Portuguesa para a Defesado Consumidor e presta apoio gratuito aos munícipes. Contactos: [email protected]: 224 660 536 (ext. 2036)

“O grupo regressou aos pal-cos 10 anos depois. Esteve pa-rado e decidimos voltar agora porque as pessoas passaram a estar disponíveis e o FIDES de-cidiu reativar a secção de teatro”, explica ao Vivacidade Fernando

Vieira, presidente da associação.A Igreja Matriz juntou deze-

nas de pessoas que assistiram à peça de Henry Ghéon protagoni-zada pelo grupo Valboense.

O FIDES aposta agora no teatro para crianças e jovens e,

paralelamente, possui uma aca-demia de música e artes, com ensino de guitarra, violino, pia-no e ballet. “Também temos dois Orfeões, o adulto e o infantil. Na parte desportiva temos o clube de basquetebol”, complementa o presidente.

FIDES ambiciona uma “casa maior” no 30.º ani-versário

Com o aumento de valências que oferece aos associados, a ins-tituição começa a sentir neces-sidade de alargar o seu espaço. “Este ano celebramos 30 anos de FIDES. Apesar de termos um es-paço diminuto tentamos apostar na cultura e no desporto. Dentro das necessidades iremos tentar dar respostas. Queremos ter uma

casa maior mas somos realistas e sabemos que não podemos fa-zer grandes reivindicações. No entanto, estamos atentos e se al-guma escola de Valbom for desa-tivada seria o espaço ideal para nós”, comenta Fernando Vieira.

Quanto ao teatro: “não este-ve tão bem como gostaríamos, mas faz parte da ansiedade dos 10 anos de espera. Foi com bom gosto e vontade que se fez a peça”, admitiu o dirigente asso-ciativo. n

Grupo do Teatro do FIDES regressa 10 anos depois “O Caminho da Cruz” foi a última peça representada pelo Grupo de Teatro da Academia de Música e Artes FIDES há 10 anos. Agora, a 10 de abril, o espetáculo regressou aos palcos e o grupo ao ativo. A atuação decorreu na Igreja Matriz de Valbom.

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Cultura

VIVACIDADE ABRIL 2015

Abril, águas mil. Será? Não sei, sei que não é este provérbio que vai retirar-nos o espírito pri-maveril. E por falar em prima-vera, nada a simboliza melhor do que as cores e os padrões, embora pareça particularmen-te complicado usar diferentes padrões ao mesmo tempo sem

cair no ridículo. Mas porque é que deveríamos usar em si-multâneo diferentes padrões? Porque é divertido, muito atual e confere muita energia e viva-cidade à nossa imagem. Bem, quando digo diferentes padrões, estou a falar de dois diferentes, nada mais que dois se não aí é que a confusão se instala, por isso vamos começar por dois e depois logo se vê.

Para começarmos a experi-mentar de forma mais confian-te é sempre bom termos alguns truques que nos orientem. O truque mais óbvio é a combina-ção das cores, ou seja, padrões diferentes mas compostos pela mesma paleta cromática. Esta conjugação não choca e confere uma harmonia rápida ao outfit.

De todos os padrões, as riscas são as que melhor com-binam com praticamente tudo. Desde flores, bolas, cornucó-

pias, outras riscas, a imaginação é o limite. O truque? O mesmo. Usar a mesma paleta cromática. Se o segundo padrão for muito confuso e possuir, por exemplo, um azul cobalto pelo meio que se destaca, tente que o padrão das riscas tenha exatamente o mesmo azul cobalto, assim o

outfit não fica confuso. Também fica muito engra-

çado combinar peças com o mesmo padrão mas em tama-nhos diferentes. Lembre- se que o padrão maior vai conferir mais volume na zona que o usar, por isso jogue um pouco com os tamanhos.

Em todas as combinações tem que haver uma peça des-taque, nesse caso, um padrão principal, por isso faça com que o segundo seja menos chamati-vo. Tenha também em atenção os acessórios que conjugar. Me-nos é mais.

Depois de se sentir bem confortável a conjugar padrões com estes truques, vá-se esque-cendo lentamente deles. Crie as suas próprias regras, junte mais padrões e dê asas à imaginação. Mostre ao mundo a sua criativi-dade e dê mais alegria aos seus dias. n

Viva Moda

Alcina Cunha

Consultora de Imagem

Vamos misturar padrões?

Opinião

A 29 de abril de 1988, Salguei-ro Maia falava ao Jornal Ilustrado sobre um outro “herói” do 25 de Abril. “Então o brigadeiro [que co-mandava as forças fiéis ao regime] vira-se para o alferes e diz “dispare sobre aquele homem” [...] o alferes recusou-se a disparar. O brigadei-ro diz-lhe “você já desgraçou a sua vida, está preso”, o alferes sai da torre e é efetivamente preso pela Polícia Militar. Então o brigadeiro grita para o cabo apontador “Dis-para!” e o cabo apontador não diz nada. “Dispara!” e o cabo aponta-dor continua a não disparar. Aqui é que se ganhou o 25 de Abril”, lê--se na entrevista.

Agora, 41 anos depois, Alfre-do Cunha e Adelino Gomes trou-xeram a Gondomar, através da Câmara Municipal, o cabo apon-tador, um dos responsáveis pela ausência de derramamento de san-gue na revolução da liberdade. A apresentação do livro e exposição, decorrida a 18 de abril na Bibliote-ca Municipal, levou algumas deze-nas de pessoas a assistir às imagens e testemunhos exclusivos dos ho-mens - oficiais, sargentos e praças - que estiveram frente a frente no 25 de Abril.

“As fotografias de Alfredo

Cunha e as entrevistas conduzidas por Adelino Gomes levam-nos a (re)viver aquelas horas e a perce-bermos as dúvidas, os receios, a ansiedade, a tensão, a esperança,

as alegrias vividas por cidadãos que, depois desse dia, regressaram, na maior parte dos casos, ao ano-nimato. E a conhecer, também, o olhar que esses homens têm sobre o país, mais de 40 anos depois”, re-velou a Câmara Municipal.

A cerimónia contou com a presença e testemunho do ex-fur-riel Manuel Correia da Silva, que conduziu a chaimite “Bula” e que levou Marcelo Caetano do Lar-go do Carmo até à Pontinha e do cabo apontador José Alves Costa. Luís Filipe Araújo, vice presiden-te do Município de Gondomar e vereador da Cultura proferiu algu-mas palavras de agradecimento a Alfredo Cunha e Adelino Gomes bem como aos testemunhos con-vidados para a apresentação. n

“Os rapazes dos tanques”lembraram outros heróisdo 25 de AbrilO Carmo e Terreiro do Paço foram o centro da Revolução do 25 de Abril, em 1974. “Os rapazes dos tanques”, o livro e a exposição, foram apresentados a 18 de abril na Biblioteca Municipal de Gondomar e trouxeram ao concelho os autores – Alfredo Cunha e Adelino Gomes – e outros convidados.

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Destaque

Luís Filipe de Araújo(Vice-presidente)

“Abril é o cravo na la-pela, o sorriso rasgado e a vontade férrea de viver a liberdade e de exercer a de-mocracia todos os dias. O 25 de Abril é o perguntar por mim (muitas vezes), na letra do José Niza. 25 de abril, Sempre!”

Gondomar não esquece a Revolução de AbrilUm pouco por todo o concelho, mul-tiplicam-se as iniciativas alusivas aos 41.º aniversário do 25 de Abril. Liberdade é o mote para recordar a revolução, através das sessões so-lenes e hastear das bandeiras, or-ganizadas pelas Juntas e Uniões de Freguesias e Município , espetáculos de música, apresentações de livros e entregas de prémios. O Vivacida-de procurou a opinião dos eleitos do poder local e recolheu testemunhos de todas as forças políticas repre-sentadas na autarquia.

Baguim do Monte:25 de abril:Hastear das bandeiras 9h30, na Junta de Freguesia

Sessão Solene, com entrega de prémios do concurso de “Cravos de Abril”10h15, na Junta da Freguesia

Apresentação do livro “Olhar o Passado”, de Fátima Silva11h, na Junta de Freguesia

Câmara Municipal de Gondomar:24 de abril:Conversas de Abril, com Fernando Gomes21h30, na Biblioteca Municipal de Gondomar

25 de abril:Entrega dos prémios dos cartazes, contos e poemas de Abril11h, na Câmara Municipal de Gondomar

Sessão Solene e Evocativa dos 41 Anos do 25 de Abril11h30, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Gondomar

Fânzeres e São Pedro da Cova:24 de abril:OSNOFA – Espetáculo da Liberdade21h, na Cripta da Igreja de São Pedro da Cova

25 de abril:Içar das Bandeiras, com participação dos Escuteiros de Fânzeres, Grupo de Cantares do Centro de Convívio José Martins, e Sessão Solene9h, na Junta de Freguesia de Fânzeres

Içar das Bandeiras, com participação do Orfeão de São Pedro da Cova, e Entrega de Prémios às Escolas Participantes nas Ini-ciativas “Somos Livres” e “Abril e os Cravos”11h, na Junta de Freguesia de São Pedro da Cova

Aurora Vieira(Vereadora da Educação)

“Lembro-me das ima-gens e da música, dos tanques e o bater do ritmo. Associo a data à festa e à Liberdade. Fiz a minha primeira interven-ção numa RGA e terá sido o início deste meu percurso de vida, que me permitiu ser uma Mulher verdadeiramen-te livre. Não está concretiza-da a Democracia da equidade e da esperança, como grande conquista nunca acabada, pelo que temos a obrigação de a cuidar e elevar.”

Carlos Brás(Vereador doDesenvolvimentoEconómico)

“Vivi com a alegria o 25 de Abril de 1974 pela ale-gria que via no rosto dos adultos. E entusiasmei-me porque percebi de imediato que tinha acontecido algo de absolutamente fantástico na vida das pessoas.”

José Fernando Moreira(Vereador do Ambiente)

“Vivi o 25 de abril de 1974 no colo do meu pai e com um cravo na mão, na Avenida dos Aliados, no Porto. Não tinha noção do que estava a acontecer, na-turalmente, mas recordo as movimentações militares e, sobretudo, a explosão de alegria estampada no rosto das pessoas.”

Sandra Brandão(Vereadora do Desportoe Juventude)

“O 25 de Abril é, para mim, sinónimo de Liber-dade, a liberdade que nos permite enfrentar as dificul-dades com uma alegria res-ponsável. O 25 de Abril é o cravo vermelho, é a alegria, a festa do povo.”

Marco Martins(Presidente da Câmara Municipal de Gondomar)

“O 25 de abril de 1974 é uma data marcante na história do nosso país e, como tal, gostaria de ter tido 25 anos nessa altura, porque teria tido uma participação ativa num período que é da nossa História. De qualquer modo não esqueço que é a liberdade obtida com o 25 de abril que permite que hoje eu possa ser Presidente da Câmara Municipal de Gondomar.”

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Gondomar não esquece a Revolução de AbrilUm pouco por todo o concelho, mul-tiplicam-se as iniciativas alusivas aos 41.º aniversário do 25 de Abril. Liberdade é o mote para recordar a revolução, através das sessões so-lenes e hastear das bandeiras, or-ganizadas pelas Juntas e Uniões de Freguesias e Município , espetáculos de música, apresentações de livros e entregas de prémios. O Vivacida-de procurou a opinião dos eleitos do poder local e recolheu testemunhos de todas as forças políticas repre-sentadas na autarquia.

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Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim:25 de abril:Hastear das bandeiras, com participação da Associação Cultural e Recreativa da Fanfarra de Gondomar9h em Jovim; 9h30 em Valbom; 10h em Gondomar;

Melres e Medas:25 de abril:Hastear da Bandeira, com participação do Rancho Folclórico de Medas, Rancho Folclórico de Melres e Douro Encanto14h30

Jantar da Liberdade20h, na Escola de Cimo da Vila

Rio Tinto:24 de abril:Sessão Solene das Comemorações do 41-º Aniversário do 25 de Abril;21h30, no Salão Nobre da Junta de Freguesia

Canções de Abril e Momento de Poesia, com participação do Orfeão de Rio Tinto Universidade Sénior de Rio Tinto:23h, no Jardim da Junta de Freguesia

25 de abril:Hastear da bandeira, com participação da Banda de S. Cristóvão de Rio Tinto9h30, no Jardim da Junta de Freguesia

Concerto da Banda de S. Cristóvão de Rio Tinto (juvenil e sénior)10h, no Largo do Mosteiro

Hélder Figueiredo(Vereador das Tecnologias de Informação)

“Ainda não era nascido a 25 de Abril de 1974, pelo que me guio pelos relatos de alegria que me chegaram sobre aquele dia fantástico, assim como pelas histórias de fome e miséria de antiga-mente. É o mais lindo episó-dio na história da luta pela liberdade em Portugal. Sem ele eu não podia estar aqui a expressar-me deste modo.”

Maria João Marinho(Vereadora sem Pelouro [PSD])

“Foi um dia que lembro com nitidez na minha me-mória, atendendo que o meu avô paterno foi um membro ativo no movimento de in-satisfação que se vivia, tendo inclusive estado em várias reuniões com o General Humberto Delgado e ter sido interrogado pela PIDE. Este dia foi celebrado com um misto de sentimentos como Liberdade, vitória, mudança mas também medo.”

Rui Quelhas(Vereador sem Pelouro [PSD])

“Para mim, o 25 de Abril representa a liberdade de expressão, o nascimento Serviço Nacional de Saúde e Sistema de Segurança So-cial Coletivo. Ao nível da Economia Pública, as autar-quias com o mesmo nível de investimento, conseguiram retornos económicos dez vezes superiores que os do Estado Central e o respetivo setor empresarial.”

Sofia Martins(Vereadora sem Pelouro [PSD])

“Representa a Liberdade e a Democracia! Eu sempre vivi em Democracia, não conheço, felizmente, outro regime. É certo que, os fes-tejos de Abril, têm um sig-nificado ainda maior para quem viveu em ditadura, mas nós somos resultado da nossa História e portanto festejar Abril é preservar as nossas memórias e manter viva a nossa história.”

Joaquim Barbosa(Vereador sem Pelouro [CDU])

“Sobre o 25 de Abril em quatro linhas, só mes-mo com a genialidade dos poetas: Esta é a madrugada que eu esperava / O dia ini-cial inteiro e limpo / Onde emergimos da noite e do silêncio / E livres habitamos a substancio do tempo. 25 de Abril, de Sophia de Mello Breyner Andresen”

Marco Martins(Presidente da Câmara Municipal de Gondomar)

“O 25 de abril de 1974 é uma data marcante na história do nosso país e, como tal, gostaria de ter tido 25 anos nessa altura, porque teria tido uma participação ativa num período que é da nossa História. De qualquer modo não esqueço que é a liberdade obtida com o 25 de abril que permite que hoje eu possa ser Presidente da Câmara Municipal de Gondomar.”

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Política: Conversas de Abril

Joana Amaral Dias e Rui Rio estiveram em Gondomarpara debater o 25 de AbrilFernando Gomes sucede na lista de convidados já dia 24, na Biblioteca de GondomarA líder do grupo político “Agir” e ex-deputada do Bloco de Esquerda, Joana Amaral Dias, e o antigo presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio, integraram, a 6 e 13 de abril, respetivamente, o painel de convidados para as ‘Conversas de Abril’, dinamizadas pela Câmara Municipal de Gondomar para celebrar o 41.º aniversário da Revolução dos Cravos. O também ex-edil da autarquia do Porto, Fernando Gomes é o convidado que se segue, num colóquio a realizar-se no dia 24 de abril, pelas 21h30, na Biblioteca Municipal.

Joana Amaral Dias: “Temos que refletir a necessidade de fa-zer um outro 25 de Abril”

Joana Amaral Dias confessou, no dia 6 de abril, ao Vivacidade, a “necessidade de se fazer um outro 25 de Abril”. A líder do grupo político “Agir”, que recentemente se coligou com o Partido Trabalhista Portu-

guês numa candidatura às próximas elei-ções legislativas, abriu as “Conversas de Abril” numa sessão que teve lugar na Casa Branca de Gramido. O debate foi modera-do pelo jornalista Rogério Gomes.

“O 25 de Abril tem significado especial para os que nasceram depois da Revolu-ção dos Cravos, especialmente para uma política que tem criticado muito estes 40 anos de democracia. A Revolução trouxe--nos a escola pública, o Sistema Nacional de Saúde e da Segurança Social e foi muito importante para o contributo dos partidos para a democracia portuguesa, sobretudo para nós que tivemos o privilégio de nas-cer em democracia”, refletiu Joana Amaral Dias na abertura da sessão. “Antes da Re-volução o país estava muito atrasado face à Europa e por isso temos que agradecer aos capitães de abril e a todos os que lutaram por esse dia. No entanto, temos assistido a uma degradação das instituições e do es-paço público. Na minha opinião tem ha-

vido um enfraquecimento da nossa demo-cracia. As pessoas deixaram de ir votar e de participar na política do nosso país. Há partidos políticos que acham que são do-nos e senhores da democracia portuguesa. A democracia tem que ser uma via verde da participação das pessoas”, admitiu ain-da a ex-deputada do Bloco de Esquerda.

À margem da iniciativa Joana Amaral Dias manifestou, ao Vivacidade, “a neces-sidade de fazer um outro 25 de Abril”. “Te-mos que devolver os instrumentos políti-cos às pessoas. Por exemplo, para propor um referendo à AR são necessárias 75 mil assinaturas, mas para ser candidato às elei-ções autárquicas da Câmara de Lisboa são necessárias 20 mil assinaturas”, explicou a comentadora política da RTP.

O presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins marcou pre-sença na cerimónia inaugural das “Con-versas de Abril” – onde também esteve presente o vice-presidente, Luís Filipe Araújo – e agradeceu a Joana Amaral Dias por abrir o evento. “É com muita honra que recebemos aqui a Joana Amaral Dias para nos falar da democracia. Esta é a se-gunda vez que se comemora o 25 de abril em Gondomar, nos últimos 20 anos. A ex-pectativa é alta, tendo em conta o tema”, referiu Marco Martins.n

Rui Rio debateu democracia e presidenciais em Gondomar

O social-democrata Rui Rio foi o convi-dado da segunda sessão da iniciativa “Con-versas de Abril”, no dia 13 de abril, organi-zada pela Câmara Municipal de Gondomar, na comemoração do 41.º aniversário da Re-volução dos Cravos. À chegada ao Hospi-

tal Escola Fernando Pessoa, o autarca não se pronunciou sobre as eleições legislativas nem sobre as presidenciais e recusou ser um “D. Sebastião”. “Não vou falar de elei-ções, há poeira a mais no ar. Conhecem-me já há muitos anos e não entro nessa poeira”, disse o social-democrata à comunicação social.

Já em palco, ao lado de Marco Martins, presidente da Câmara de Gondomar, num debate moderado por Domingos Andrade, diretor executivo do Jornal de Notícias, o ex-presidente da Câmara do Porto, insistiu na necessidade do presidente da República promover consensos políticos para refor-mar o regime. “Gostaria que o próximo Presidente da República fomentasse con-sensos políticos. Devem organizar-se alte-rações e reformas que levem à confiança na política”, disse Rui Rio.

Questionado pelo moderador e pelo público o ex-autarca nunca admitiu a possibilidade de ser candidato às eleições presidenciais de 2016. Durante o debate o social-democrata abordou vários temas da atualidade e falou sobre a reforma da justi-

ça e da comunicação social.

Marco Martins: “Cada vez mais vivemos uma ditadura sem rosto”

Para o presidente da Câmara de Gondo-mar há cada vez mais “uma ditadura sem rosto” que determina as ações políticas. Marco Martins admitiu também a neces-

sidade de reforçar os poderes presidenciais e apontou como exemplo o sistema presi-dencialista francês. Sobre a possível candi-datura de Rui Rio às eleições presidenciais, o autarca gondomarense admitiu que a vida política do ex-presidente do Município do Porto “ainda não acabou”.

O próximo convidado do Município é o ex-presidente da Câmara Municipal do Porto, Fernando Gomes, que debate num colóquio a realizar-se dia 24 de abril, pelas 21h30, na Biblioteca Municipal. n

Inicialmente previsto para o dia 20 de abril, o coló-quio com Fernando Gomes foi adiado para o dia 24 “por motivos de força maior”, comunicou a Câmara Municipal.

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> Na foto: Joana Amaral Dias e Rogério Gomes

> Na foto: Rui Rio, Domingos Andrade e Marco Martins

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Para Daniel Vieira, da União das Freguesias, o importante agora é “perceber o plano do Ministério do Ambiente e da CCDR-N para resolver o problema”. “Estavam estimadas 88 mil toneladas e no concurso público foram salvaguar-dados mais 20%, mesmo assim o desvio é maior. A informação ofi-cial foi-nos comunicada hoje. Ao longo do processo de remoção re-gistamos uma disparidade constan-te entre os números anunciados ao longo dos anos. Nos últimos dias fizeram-nos chegar uma denúncia que apontava a existência de des-vios elevados em relação à quanti-dade de resíduos existente no local”, explica ao Vivacidade.

“O processo continua a ser prioritário para o Ministério do Ambiente”, garante Daniel Vieira, mas vai ser promovida uma outra reunião com o secretário de Estado. “Achamos necessário um compro-misso do Ministério, porque pode ser necessário um novo concurso público e não podemos ter apenas uma parte dos resíduos removidos. A requalificação da área fica afetada pela existência de mais resíduos no local”, indica o autarca.

Na reunião promovida pela CCDR-N foi confirmada à autar-quia local que “durante os meses de maio e junho haveria novos elementos sobre essa matéria”. “Vamos questionar todas as au-toridades competentes para per-cebermos o que podemos fazer”, acrescenta o presidente de S. Pedro da Cova.

À Lusa, o presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, con-firmou que o Governo reconheceu que houve uma “subquantificação

do volume de resíduos deposita-dos”. Ambos os autarcas vincaram a importância da remoção “não ficar a meio”, tendo Carlos Neves, que citou as explicações dadas pelo Go-verno na reunião, apontado que a solução poderá passar pelos fundos do Portugal 2020, através do Pro-grama Operacional da Sustentabi-lidade e Eficiência no Uso dos Re-cursos (POSEUR). Marco Martins procurou “não especular sobre no-vas datas e quantidades” de forma a evitar “alarme”, mas não esqueceu que o espaço “deve ser recuperado e reabilitado” para que a população seja “compensada”.

PCP questionou Governo para “apurar responsabili-dades”

Ao Vivacidade, a deputada do Partido Comunista Português da Assembleia da República, Diana Ferreira, confirmou que o partido já questionou o Governo sobre o assunto. “O PCP teve conhecimen-

to da existência de mais resíduos perigosos do que aqueles que fo-ram inicialmente detetados e da existência de resíduos fora da área de intervenção. Já questionamos o Governo no sentido de apurar responsabilidades que entendemos fundamentais. Além disso, enten-demos ser urgente tratar com ce-leridade da remoção dos resíduos que restam e compensar a popula-ção pelos prejuízos que têm tido”, disse em entrevista. Para já, indica Diana Ferreira, “ainda não existe nenhum compromisso da parte do Governo e da CCDR-N” mas as sete perguntas já seguiram para a administração central.

“O PCP insiste na necessidade de apuramento de todas as respon-sabilidades políticas e criminais neste que é, seguramente, um dos piores atentados ambientais do distrito do Porto e do país”, lê-se no documento enviado aos Minis-térios do Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local. n

Há mais resíduos perigosos depositados em S. Pedro da CovaGoverno admite haver mais toneladas. PCP e Junta querem “resolução urgente” do problema“Efetivamente, há mais resíduos do que aqueles que se estimaram que existia. Portanto, o processo em curso só irá remover uma parte dos resíduos. Está já a ser feita uma avaliação rigorosa”, confirmou o vice-presidente da Comissão de Coordenação e De-senvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), Carlos Neves, à Agência Lusa, após uma reunião que decorreu a 21 de abril e juntou representantes do Ministério do Ambiente, Câmara de Gondomar, União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, Agên-cia Portuguesa do Ambiente (APA) e o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).

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32 VIVACIDADE ABRIL 2015

Política

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Texto: Ricardo Vieira Caldas

> Está agora confirmada a existência de mais do que as 105.600 toneladas de resíduos estimados até aqui

> Visita do Governo ao local da remoção dos resíduos

> PCP está atento ao problema

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Após uma manhã agitada de exames médicos, José António Macedo, presidente da União de Freguesias de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim, recebe a equipa do Vivacidade no gabinete

presidencial da Junta de São Cos-me. Felizmente tudo estava bem. “Se não me tivessem avisado não tinha ido, mas assim não consegui evitar e tive que fazer os exames médicos. Ainda tive tempo de vir para a Junta para fazer uns despa-chos”, explica o autarca após um almoço rápido.

Diariamente o presidente da

União de Freguesias percorre uma rota traçada entre São Cosme, Val-bom e Jovim para detetar os pro-blemas locais, mas a confiança nas “várias equipas no terreno” agili-zam a resolução dos problemas si-nalizados pelos fregueses.

“Chego sempre por volta das 9h e gosto de fazer uma visita às três freguesias porque já o fazia en-quanto presidente da Junta de Fre-guesia de S. Cosme. É um hábito que tenho”, afirma Macedo.

Em conversa, o autarca destaca os espaços inaugurados desde a to-mada de posse deste mandato: Loja Social de Valbom, espaços internet nas Juntas de Valbom e Jovim, o novo parque operacional e o mais recente alojamento para os sem--abrigo, projeto integrado numa candidatura à SIC Esperança.

“No passado não tínhamos as delegações de competências por isso tínhamos mais preocupações sociais. Diariamente aparecem-nos muitos casos de desespero indivi-dual e familiar”, refere.

A visita começa na Universi-dade Sénior de Gondomar (USG), uma instituição que completou recentemente o 9.º aniversário e que conta com mais de 330 alunos inscritos. Enquanto cumprimenta alunos e professores das disciplinas de pintura, informática e guitarra clássica, Macedo aprecia os traba-lhos dos formandos. “Vamos ter uma bonita exposição”, comenta,

referindo-se aos quadros desen-volvidos pelas alunas da USG. No mesmo edifício, está situada a Loja Social de Gondomar, um projeto que em 2014 arrecadou cerca de quatro mil euros em roupa, calça-do e outros produtos em segunda mão. “Aqui está tudo arrumadi-nho e temos cada vez mais gente a visitar este espaço, sobretudo nos

dias de feira. Eu próprio já trago roupa para aqui”, confessa. À porta da USG está já um carro da União das Freguesias pronto para visitar a Horta Comunitária que deverá ser inaugurada até ao final do mês de abril. O projeto tem 70 lotes dispo-níveis para os cidadãos e conta com 50 inscritos que terão uma forma-ção agrícola intensiva da Lipor.

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Política: Um dia com o presidente de Junta

José António Macedo:“Sinto-me realizado enquanto presidente da União de Freguesias de São Cosme, Valbom e Jovim”José António Macedo viu as suas responsabilidades territoriais alargadas após as últimas eleições autárquicas e passou a presidir as freguesias de Valbom e Jovim, a par de Gondomar (São Cosme). Na opinião do autarca as delegações de competências facilitaram as bu-rocracias e gestão autárquica e uniram as populações das três freguesias. Ao Vivacidade, Macedo confessa-se “feliz e realizado” com o cargo que ocupa.

Texto: Ricardo Vieira Caldas Pedro Santos Ferreira

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> José António Macedo percorre diariamente as três freguesias

> Universidade Sénior de Gondomar

> Horta Comunitária > Multibanco em Jovim > Gabinete de Enfermagem de Jovim

> Equipa técnica da União de Freguesias no alojamento para os sem-abrigo

> José António Macedo com os responsáveis pelas secretarias

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José António Macedo:“Sinto-me realizado enquanto presidente da União de Freguesias de São Cosme, Valbom e Jovim”José António Macedo viu as suas responsabilidades territoriais alargadas após as últimas eleições autárquicas e passou a presidir as freguesias de Valbom e Jovim, a par de Gondomar (São Cosme). Na opinião do autarca as delegações de competências facilitaram as bu-rocracias e gestão autárquica e uniram as populações das três freguesias. Ao Vivacidade, Macedo confessa-se “feliz e realizado” com o cargo que ocupa.

Política: Um dia com o presidente de Junta

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“Jovim ainda não tinha multibanco”

Em Jovim, a primeira para-gem é junto ao campo de jogos do Clube Recreativo Ataense, onde foi recentemente inaugu-rado o primeiro multibanco da freguesia, apesar de existir outro terminal no interior de um dos hipermercados de Jovim. “Este multibanco foi um pedido regis-tado na Assembleia de Freguesia e desde a sua instalação tem vindo aqui muita gente levantar dinhei-ro e pagar as suas contas”, subli-nha o autarca. Desde a sua inau-guração o equipamento já foi alvo de um assalto.

No centro da freguesia, a Junta é talvez um dos únicos locais que congrega alguns serviços para a população. O Espaço Internet, recentemente inaugurado, e o Ga-binete de Enfermagem são desta-cados por José António Macedo, como duas das mais valias que o espaço oferece à população. “Em Jovim não existe Centro de Saúde, por isso sentimos necessidade de ter aqui um médico e uma enfer-meira a atender a população”, ex-plica ao Vivacidade.

José Macedo espera concreti-zar o desejo de alargar o conceito da Loja Social a Jovim e quer dar nova vida ao edifício da antiga Junta, onde deseja instalar “um centro de convívio e uma biblio-teca para jovens”.

Valbom é central de ar-quivos das três freguesias

O edifício da Junta de Valbom dispõe igualmente do Espaço In-ternet, assim como um Centro de Convívio, Loja Social, e estação dos Correios. O autarca decidiu apro-veitar o espaço disponível do so-tão para armazenar toda o arquivo “morto” da União das Freguesias. “Está a decorrer neste momento um trabalho de monografia, lide-rado por Rui Vieira, que será apre-sentado mais tarde. Congregamos aqui toda a documentação dispo-nível das três freguesias porque é importante preservar a nossa his-tória”, assume Macedo.

Ainda em Valbom, o presi-dente visita o mais recente espa-ço social que aloja atualmente seis sem abrigo, auxiliados diariamente pelas assistentes sociais da Junta. Parte do edifício foi cedido, em regime de comodato, por uma proprietá-ria alemã solidária com as necessida-des da freguesia. “Vamos investir aqui o dinheiro do projeto SIC Esperança e es-peramos que es-tas pessoas possam participar no projeto da Horta à Porta”, afir-ma José Macedo.

“Este cargo per-mite-me ajudar muita gente”

Habitualmente, o dia do presidente termina cerca das 20h30, após o balan-ço diário das várias equipas que estão no terreno. Ao Vivacida-de, o autarca mostra-se satisfeito com o

cargo que ocupa e com a respos-ta dada aos principais problemas das freguesias. “Tenho sempre o anseio de querer fazer mais e me-lhor mas sinto-me realizado en-quanto presidente da União das Freguesias de S. Cosme, Valbom e Jovim. Fico satisfeito quando sei que posso ajudar, porque a obra que deixamos é o nosso único legado da política”, conclui José

António Macedo. n

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> Gabinete de Enfermagem de Jovim > Loja Social de Valbom > Centro de Convívio de Valbom

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Política

“Pulmão Verde” recebeu aprovação unânimedo Conselho MetropolitanoO projeto “Pulmão Verde” foi apresentado e aprovado a 10 de abril na última reunião do Conselho Metropolitano do Porto, no Museu e Arquivo Municipal, em Valongo.

A apresentação do projeto “Pulmão Verde”, que vai unir o território das Serras de Santa Justa,

Pias e Castiçais, foi um dos pontos da ordem de trabalhos da última reunião do Conselho Metropolita-

no do Porto.Os presidentes dos Municípios

de Valongo, José Manuel Ribeiro,

de Gondomar, Marco Martins, e de Paredes, Celso Ferreira, for-malizaram a 9 de abril de 2014 o grupo de trabalho intermunicipal responsável pelo projeto e assis-tiram à explicação detalhada da professora Teresa Andresen, que tem vindo a liderar os trabalhos no terreno.

“Este já é o segredo mais guardado do Porto. Durante es-tes seis meses com a colaboração dos técnicos dos três Municípios detetamos vários fatores de geo-diversidade e biodiversidade que poderão proporcionar a criação de uma paisagem protegida e muitas formas de recreio apelativas”, co-meçou por dizer a líder do projeto.

Em causa está uma ideia com “interesse para toda a Área Metro-politana do Porto” que, segundo Teresa Andresen, remonta a 1952, no “Plano Regulador da Cidade do Porto” de Antão de Almeida Gar-ret.

Teresa Andresen destacou a possibilidade de “fazer uma via-gem no tempo” ao percorrer as serras com cerca de 300 milhões de anos da história geológica da Terra, banhadas pelos rios Sousa e Ferreira, numa extensão onde ficou registada a existência de tri-lobites.

Os autarcas dos três Municí-

pios querem ver implementada uma intervenção que valorize a paisagem protegida através de um programa de promoção de ativida-des económicas orientadas para o recreio, o turismo, os produtos lo-cais e a conservação patrimonial.

Na proposta apresentada na reunião do Conselho Metropolita-no do Porto estão previstas quatro entradas no parque, com as re-qualificações dos eixos de Centro de Interpretação Ambiental/Santa Justa, Senhora do Alto/Alvre, Foz do Sousa/Foz do Ferreira e São Pe-dro da Cova, incluindo a área mi-neira, a zona desportiva e a zona agrícola.

“Nem tudo é perfeito. Du-rante os últimos anos, assistimos a uma eucaliptização profunda desta zona, à construção de novas autoestradas e o problema da re-moção dos resíduos perigosos de São Pedro da Cova, que todos co-nhecem”, alertou Teresa Andresen durante a apresentação.

O projeto “Pulmão Verde” vai englobar ainda um estudo do complexo mineiro aurífero roma-no e a valorização das concessões mineiras do território abrangido.

Na reunião ficou aprovada a formação de uma equipa técnica para a implementação de um pro-grama de ação. n

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> O projeto visa unir as serras de Santa Justa, Pias e Castiçais

> A reunião realizou-se em Valongo, no Museu e Arquivo Municipal

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Política

Quase duas dezenas de pes-soas compuseram o auditório da Junta de Freguesia de Baguim do Monte para assistir a mais um debate promovido pela Carave-la – Associação para a Cidadania Europeia. O tema - “O poder local e a cidadania” – levou Carlos Brás, vereador da Câmara, eleito pelo PS, responsável pelos pelouros de Desenvolvimento Económico e Empreendedorismo, Turismo, Comunicação, Património e Fi-nanças e Contabilidade, e Joaquim

Barbosa, vereador sem pelouro e eleito pela CDU a analisarem al-gumas ideias, mediadas por Mário Tavares, presidente da associação.

A primeira parte do debate foi liderada pelos dois convidados que procederam à explanação do seu entendimento sobre o tema em análise. Carlos Brás optou por uma análise histórica do poder local abordando, no entanto, as-petos mais recentes. Já Joaquim Barbosa salientou a génese mais clássica. A audiência apesar de

pouco numerosa revelou-se ativa, colocando diversas questões aos intervenientes e suscitando a par-tilha de ideias e opiniões por parte destes.

Mário Tavares, moderador do debate e presidente da Caravela, encerrou a sessão cerca de duas horas depois do seu começo, dei-xando “a promessa de continuar com este modelo de debates du-rante 2015, contando para tal com a colaboração do poder autárqui-co de Gondomar.” n

“O poder local e Cidadania”em debate em Baguim do Monte

A Caravela – Associação para a Cidadania Europeia – promoveu, no dia 10 de abril, um debate na Junta de Freguesia de Baguim do Monte com o objetivo de discutir o tema “O poder local e a cidadania”. Os oradores foram os vereadores da Câmara Municipal de Gondomar, Carlos Brás e Joaquim Barbosa.

Numa constante investiga-ção de novas armas terapêuti-cas, surge a ozonoterapia, graças à produção de equipamentos que tornam possível injetar este gás medicinal em determinadas zonas do corpo humano após manipulação adequada e agora possível.

Patologias como as lombal-gias, vulgarmente designadas dores nas costas, podem hoje ver ampliadas a suas possibi-lidades de tratamento, que a par de outros métodos já co-nhecidos, como a acupunctura ou a fisioterapia adequada e de qualidade, podem ser eficazes. Hérnias discais lombares, po-dem ser tratadas também por estes métodos de ozonoterapia, evitando-se em muitos casos o tratamento cirúrgico, que deve ser, deste modo, restrito aos ca-sos clínicos que se mostrem de mais difícil tratamento.

A ozonoterapia, a par de ou-tras técnicas de tipo regenera-tivo molecular, tem assim uma ampla aplicação na medicina, tais como tratamento de artro-ses de várias articulações como o joelho ou tornozelo. Outro tipo de tratamentos regenerati-vos, tais como fatores de cres-cimento plaquetário, estão ao nosso alcance para podermos potenciar os tratamentos de vá-rias patologias em especial do foro ortopédico.

É na investigação médica que está a solução para muitas patologias e para melhorar o tratamento das mesmas. Sendo a ozonoterapia, uma técnica que não sendo recente, torna-se hoje mais adequada a sua utilização graças ao desenvolvimento da bio-engenharia, que na produ-ção de aparelhagem sofisticada, torna mais fácil a aplicação de tratamentos mais eficazes. n

Ozonoterapia,uma nova tecnologia na medicina

Opinião

Viva Saúde

Paulo Amado

Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia

Diretor Clínico daCLINICA RIO TINTO +

Coordenador da Unidade deMedicina Desportiva e Artroscopia Avançada do Hospital Lusíadas Porto.

Nesta esquadra estão 29 agen-tes que servem as zonas de Valbom, Gondomar, Rio Tinto, Ermesinde e Baguim do Monte.

No comunicado enviado às re-dações o PCP afirma que os agentes da PSP enfrentam “más condições de trabalho, tais como a ausência

de locais para tomar banho ou co-mer, da frota automóvel envelheci-da e da falta de computadores pes-soais, entre outros equipamentos.”

“Esta situação coloca em causa a resolução de vários problemas de criminalidade e é consequência dos cortes orçamentais brutais im-

postos pelo Governo, motivo pelo qual o PCP irá questionar a tute-la – através de pergunta a entregar na Assembleia da República – so-bre as medidas que tenciona tomar para obstar a tão flagrante carência de meios”, indica ainda o comuni-cado. n

PCP preocupado com“falta de meios humanose materiais” da PSP de Rio TintoUma delegação composta pelo deputado do PCP na Assembleia da República, Jorge Machado, e por dirigentes da Direção da Organização Regional do Porto (DORP) do PCP, visitou, no dia 13 de abril, a 4ª Esquadra de Investigação Criminal da PSP de Rio Tinto, a braços com “uma preocupante falta de meios humanos e materiais.”

No dia 2 de abril os Municípios de Gondomar e Baião uniram--se para debater as tendências do próximo quadro geoestratégico, na Biblioteca Municipal de Gon-domar.

A conferência foi inaugurada por José Luís Carneiro, presidente da autarquia de Baião, que subli-nhou a importância da presença do professor Bernard Soulage, membro do Comité de Regiões

da União Europeia. “Queremos ficar a perceber mais sobre o fi-nanciamento do desenvolvimento de redes de transportes inseridos no QREN 2020 e queremos perce-ber como Portugal pode integrar a rede europeia de transportes e como pode ser financiada”, afir-mou o autarca.

Para Marco Martins, a inicia-tiva permitiu saber mais sobre “as oportunidades de financiamen-

to para o alargamento da rede de transportes na Área Metropolitana do Porto”.

A iniciativa contou com convi-dados especializados nas temáticas em debate: importância das redes transeuropeias, desenvolvimento regional, os transportes e a coo-peração transfronteiriça. Bernard Soulage, Rio Fernandes, Mário Sil-va e Francisco Assis foram os con-vidados da organização. n

Gondomar e Baião debateramas tendências do quadro geoestratégicoO auditório da Biblioteca Municipal de Gondomar foi palco do debate Tendên-cias do Quadro Geoestratégico, organizado pela Câmara de Gondomar em cola-boração com a Câmara de Baião.

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A redução de 10% imposta por lei do endividamento da autarquia, que foi lar-gamente superada [o mínimo legal era de quase 3 milhões de euros quando a redução foi de 6,3 milhões de euros], o aumento de 65% [4,3 milhões de euros] das provisões para riscos e encargos, por força das sen-tenças condenatórias, e a taxa de 87,13% de execução orçamental são as notas domi-

nantes do relatório, que assinala a equilibra-da gestão dos recursos.

Na reunião de 15 de abril foi também aprovada, com três abstenções do PSD, a ce-dência de seis lojas no Mercado da Areosa à Cooperativa de Solidariedade Social dos Povos de Gondomar, CRL, que ali pretende efetuar um investimento de cerca de 75 mil euros para dinamizar várias valências, todas de índole social, relacionadas com assistên-cia médica, desportiva, formativa, cultural, comercial, profissional e tecnológica, e re-vitalizar a zona com a instalação, no espaço exterior, de uma feira franca, aos sábados à tarde, de uma feira de produtos biológicos, às quartas-feiras, e animação cultural e cívi-ca na estrutura existente. n

Câmara aprova Relatório de Gestão e Prestação de Contas de 2014 O Relatório de Gestão e Prestação de Contas do ano de 2014 do Município de Gondomar foi aprovado a 15 de abril, com quatro abstenções dos vereadores do PSD e da CDU, em reunião de Câ-mara Municipal. O documento vai agora ser remetido à Assem-bleia Municipal para discussão e votação.

Política

39VIVACIDADE ABRIL 2015

A nova solução permite à autarquia, des-de o dia 14 de abril, melhorar vários aspetos, nomeadamente na prestação de serviços ao cidadão, através do aumento da rapidez da co-municação interna, da promoção da eficiên-cia dos serviços prestados e da consequente redução dos custos de contexto.

“A modernização administrativa é o único caminho para a eficiência da gestão dos nos-sos recursos e para a melhoria da qualidade dos serviços prestados aos munícipes. É uma aposta que estamos a fazer gradualmente com o objetivo de remodelar aquilo que é a es-trutura orgânica da Câmara de Gondomar e poupar dinheiro ao Município”, refere Marco Martins, presidente da autarquia.

A implementação do ‘MyDoc’ na Câmara de Gondomar permite não só, a definição e implementação de mecanismos automáticos

de encaminhamento dos pedidos e de in-formação, devidamente integrados no siste-ma de informação da autarquia, dando uma resposta adequada às reais necessidades do munícipe, como ainda desmaterializar toda a documentação possibilitando a gestão global e eficaz dos processos, com o rápido acesso eletrónico a todos os conteúdos documentais.

Numa fase posterior, prevê-se a imple-mentação de uma solução de balcão único de atendimento e de serviços municipais online, integrado com a nova gestão documental e de processos. n

Solução “MyDoc” chegou ao Município de GondomarA Câmara Municipal de Gondomar deu mais um passo na mo-dernização administrativa com a implementação da solução de gestão documental e de processos ‘MyDoc’, desenvolvida pela AIRC (Associação de Municípios).

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Com a presença dos deputados comunistas da Assembleia da Re-pública, Diana Ferreira e Jorge Ma-chado, e de vários outros membros do PCP regional e local – incluindo o presidente da União das Fregue-sias de Fânzeres e S. Pedro da Cova, Daniel Vieira – o pavilhão da Esco-la Secundária de S. Pedro da Cova

acolheu, no dia 19 de abril, cerca de 500 militantes e simpatizantes do Partido Comunista Português e o seu secretário-geral, Jerónimo de Sousa.

“Celebramos hoje dois aconte-cimentos que ficaram inscritos na nossa história: os 41 anos da Re-volução de Abril e os 40 anos da

eleição para a Assembleia Cons-tituinte”, começou por referir o comunista. “40 anos de uma revo-lução original que, a partir de um levantamento militar, tem a adesão e o apoio imediato do povo por-tuguês, criando uma aliança ope-racional e original do povo com o Movimento das Forças Armadas”, continuou o dirigente.

Na opinião de Jerónimo de Sousa “o país não está a dar a volta e este não é seguramente o caminho de Abril.” “Este é o aprofundar do caminho das injustiças e da explo-ração, do retrocesso social e civili-zacional, empobrecimento e mu-tilação do regime democrático, da abdicação dos interesses nacionais, da regressão e do declínio nacional ao qual é necessário dizer basta”, afirmou. “É cada vez mais o tem-

po de defender e afirmar Abril! É tempo de respeitar, cumprir e fazer cumprir a Constituição da Repú-blica e não de a subverter”, alertou.

“Se podemos afirmar que a Re-volução de Abril é um momento maior da nossa história, devemos também afirmar com toda a con-fiança que o melhor do caminho

histórico de Abril ainda está para vir e que, mais tarde ou mais cedo, a luta dos trabalhadores e do povo, a luta dos democratas, a luta de to-dos os que sabem que a história está longe de ter chegado ao fim concre-tizará finalmente o que ficou entre-tanto inacabado”, declarou, por fim, Jerónimo de Sousa. n

Jerónimo de Sousa esteve em S. Pedro da Cova para celebrar41 anos da Revolução de Abril e 40 da eleição para a Assembleia ConstituinteO secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, esteve em S. Pedro da Cova, no dia 19 de abril, para um almoço-convívio regional, com o objetivo de comemorar os 41 anos do 25 de Abril e os 40 da eleição para a Assembleia Constituinte.

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Política

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Shao Jieni: “Estou muito contente e ansiosa por jogar por Portugal”Em 2010, Shao Jieni passou a representar a equipa de ténis de mesa da Ala Nun´Álvares de Gondomar. A atleta veio da China com 16 anos – atualmente tem 21 - e passou a morar em Gondomar, sem saber falar português ou inglês. Cinco anos depois Shao é uma das grandes promessas do ténis de mesa nacional e espera competir nos próximos Jogos Olímpicos de 2016, por Portugal. Em entrevista ao Vivacidade, a atleta contou com a ajuda do treinador Mário Pedro Couto para confessar a ambição que tem em jogar pelo país que a adotou.

Como começou a tua carreira no ténis de mesa?

Shao Jieni (SJ): Comecei a jo-gar ténis de mesa com seis anos porque queria praticar desporto e gostei da modalidade.

Vieste para Gondomar em 2010, como foste recebida?

SJ: Não conhecia Gondomar, nem sabia falar português ou in-glês. Nos primeiros dias foi difícil mas gostei das pessoas e ajudaram--me muito. Estou a aprender a falar português e é cada vez mais fácil.

Já te sentes uma gondomarense?SJ: Sim, e gosto de viver em

Gondomar.

A tua classificação no ranking mundial – 39ª em sub 21 e 113ª em seniores femininos - é uma grande responsabilidade? Obri-ga-te a ser melhor?

SJ: Quero ser sempre melhor e conseguir uma classificação mais elevada. Só consigo atingir esse pa-tamar com o treino e um dia gosta-va de ser a melhor do mundo.

O processo de naturalização já está em curso. A Shao está mais próxima de jogar por Portugal?

Mário Pedro Couto (MPC): Não sendo ainda uma garantia a Federação Portuguesa de Ténis de Mesa (FPTM) diz-nos que até ao

final do mês de agosto o processo poderá estar concluído.

Querias muito jogar por Portu-gal?

SJ: Sim, era muito importante.

Caso o processo de naturalização fique concluído em agosto vais competir por Portugal no Cam-peonato da Europa, em setembro. Já estás a treinar para atingir esse objetivo?

SJ: Vai ser difícil porque é o meu primeiro Campeonato da Eu-ropa.

MPC: Essa é a perspetiva da FPTM. Nem põem outra hipótese. A Shao vai competir nas categorias individual, pares e equipas por Por-tugal.

A primeira prova internacional por Portugal vai ser especial?

SJ: Estou muito contente e an-siosa por jogar por Portugal. Sinto--me confiante. É a primeira vez que vou competir a este nível e caso corra mal vou ter mais oportuni-dades.

Esta época tem sido importante para a tua carreira?

SJ: Tenho feito jogos muito bons. Agora tenho que jogar cada vez melhor, quer em Portugal quer em França, no Etival-Raon.

MPC: A Shao compete no cam-peonato português e no campeona-to francês. No campeonato francês teve uma derrota e em Portugal ainda não perdeu. Para além destas

competições regulares tem tam-bém participado nas provas World Tour e este é um ano em que a Shao está a dar um passo importante na sua carreira internacional.

As provas World Tour têm sido exigentes?

SJ: Tenho defrontado grandes atletas e são provas que servem para integrar o circuito mundial da modalidade.

MPC: Estas provas são impor-tantes para chegarmos fortes ao Campeonato da Europa. Além dis-so, contam para o ranking mundial, que também classifica os atletas para os Jogos Olímpicos de 2016. Neste momento, a Shao representa Portugal nessas provas individuais.

Já pensas nos Jogos Olímpicos?SJ: Sim, treino todos os dias

duas vezes e descanso um dia por semana. Pen-so muito nos Jogos Olímpicos.

A fase de qualifi-cação começa em abril de 2016, em Is-tambul. A Shao está pre-p a r a d a para esses jogos?

MPC: A fase de quali-ficação euro-

peia qualifica 11 atletas. É muito difícil ela conseguir a classificação nessa prova mas a Shao pode ga-rantir a classificação através do ranking mundial, caso fique entre as 22 melhores atletas do mundo. No entanto, vão sobrar vagas por-que só se classificam duas atletas por cada país e a Shao pode ga-rantir a classificação para os Jogos Olímpicos, caso esteja entre as 70 melhores atletas mundiais.

Como avalias o ténis de mesa em Portugal?

SJ: Há bons jogadores em Por-tugal. O Marcos Freitas é um dos melhores jogadores mundiais e es-pero que venha a ter a melhor atleta do mundo quando o meu processo de naturalização ficar concluído

[risos].

O Marcos Freitas serve de inspiração?

SJ: É muito bom joga-dor. Na China todos conhe-cem o Marcos e é um joga-dor temido a nível mundial.

Na China há mais adeptos da mo-dalidade. Sen-tiste essa dife-rença?

SJ: Sim, em Portugal há poucas pessoas a assistir aos jogos. Na Euro-

pa as pessoas não ligam tanto ao ténis de mesa.

Na China o ténis de mesa é o desporto

mais praticado e as televisões trans-mitem os jogos importantes.

Qual é o teu ídolo?SJ: É a Ding Ning, a atleta nú-

mero 1 do ranking mundial femi-nino. Tenho um estilo de jogo pa-recido com o dela que também é esquerdina. Gosto muito de a ver jogar. n

Desporto

41VIVACIDADE ABRIL 2015

Mário Pedro Coutosobre Shao Jieni:

O que podemos esperar da Shao Jieni?

MPC: A Shao tem um po-tencial enorme e caso tenha os apoios institucionais e financei-ros a seu favor, podemos ter aqui uma atleta de grande nível europeu. Nos próximos anos vamos ouvir falar muito desta atleta.

Como caracteriza o estilo de jogo da Shao?

MPC: É uma jogadora ofen-siva, muito rápida e com um top-spin de direita muito forte. Em jogo aberto é fortíssima.

Os Jogos Olímpicos são a próxima meta. Como têm preparado essa competi-ção?

MPC: Temos necessidade de competir contra atletas de alto nível. Temos a sorte de ter excelentes atletas em Gondo-mar e um grupo de trabalho de grande nível. Falta-nos a capaci-dade orçamental para participar em mais estágios e competições internacionais.

Texto: Pedro Santos Ferreira

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42 VIVACIDADE ABRIL 2015

Desporto: Lomba

Cancelado “Rali Gondomar é D’Ouro” A quinta edição do Rali “Gondomar é D’Ouro” na Lomba foi cancelada devido a um parecer negativo do Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente da GNR. A prova era para se realizar a 19 de abril e a Câmara, Junta e Comissão Organizadora não compreendem a decisão da Guarda Nacional Republicana.

O Rali “Gondomar é D’Ouro”, a contar para o ‘Masters Ralis Sprint Norte’ e ‘Troféu CIN do TeamBaia’ deveria ter ocorrido a 19 de abril. A competição, a rea-lizar pela quinta vez no mesmo local, teve parecer negativo do Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR e foi, por isso, cancelada.

De acordo com o SEPNA, “o Plano de Ordenamento da Albu-feira de Crestuma-Lever (POA-CL) incide sobre o plano de água e respetiva zona de proteção com uma largura de 500m contados a partir do nível de pleno armaze-namento e medida na horizontal, encontrando-se a sua área de in-tervenção repartida pelos Mu-nicípios de Castelo de Paiva, de Cinfães, de Gondomar, de Mar-

co de Canaveses, de Penafiel, de Santa Maria da Feira e de Vila Nova de Gaia” inviabilizando por isso a concretização do Rali.

A Comissão Organizadora do Rali “Gondomar é D’Ouro” lamenta a decisão e agradece o apoio da autarquia local e Câ-mara Municipal. “Agradecemos

à Câmara Municipal de Gon-domar, na pessoa do Presiden-te Marco Martins, o empenho na tentativa de resolução deste

problema. Salientamos que esta legislação reporta a 2007 e esta seria a quinta edição do Rali no mesmo trajeto. Não somos fun-damentalistas, mas todos sabe-

mos que o rali na Lomba é um dos maiores fatores de dinamiza-ção económica onde anualmen-te acorrem milhares de pessoas. Agradecemos à população da Lomba e à TeamBaia pela forma que nos acolheram, ao longo dos anos em que se realizou esta pro-va e agradecemos também aos 46 inscritos a sua disponibilidade e contamos como sempre com eles nos nossos próximos eventos”, lê--se num comunicado divulgado pelos organizadores.

Da parte da Junta da Lomba, o executivo também mostrou al-guma indignação com a decisão da Guarda Nacional Republica-na. “Este ano, lamentavelmente, a GNR através da sua brigada do Ambiente, SEPNA, deu parecer negativo à realização da prova

baseada numa legislação de 2007 que regula o POACL. Relem-bramos que esta seria a quin-ta edição do Rali “Gondomar é D`Ouro” no mesmo trajeto. Esta decisão surpreendeu a Comissão Organizadora. A Câmara Muni-cipal de Gondomar e a Junta de Freguesia, enquanto entidades parceiras da Comissão organi-zadora empenharam todos os esforços na resolução deste pro-blema, no entanto não obtivemos parecer favorável. Agradecemos o empenho de todas as Associa-ções envolvidas e outros elemen-tos que se disponibilizaram para abrilhantar este evento que atrai um número significativo de pes-soas à nossa freguesia”, explicou o executivo da Lomba, também através de um comunicado. n

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Todos pela A. Desportiva S. Pedro da CovaMais de 400 pessoas uniram-se numa caminhada pela coletividadeO Estádio do Laranjal, em S. Pedro da Cova, recebeu, no dia 12 de abril, mais de 400 pessoas numa ação solidária pela Associação Desportiva que se encontra numa grave situação financeira.

“A ideia surgiu porque estamos a passar uma fase muito difícil. Um grupo de jovens entendeu realizar este evento para unir a população à coletividade, para bem da fre-guesia. Temos cerca de 500 cami-solas e temos confirmadas cerca de 400 pessoas. Cada pessoa compar-ticipa com três euros na compra da t-shirt”, explica ao Vivacidade, Carlos Rodrigues, presidente da Associação Desportiva de S. Pe-dro da Cova. O dirigente confessa que está “sempre à espera de más notícias.” “O estádio está penho-rado pelas finanças de Gondomar e estamos sempre à espera de um novo leilão. Temos receio de ver alguém a adquirir este património de dois milhões e meio de euros, por apenas um euro. A única en-tidade que podia salvar o S. Pedro da Cova era a Câmara de Gondo-mar, através de um acordo com as Finanças. Para salvaguardar o pa-trimónio. A Câmara diz-nos que não pode adquirir um bem doado mas temos quem nos diga que isso é possível”, informa o presidente. Arnaldo Aguiar, um dos organiza-

dores da caminhada solidária, vai mais longe. “Este problema extra-vasa a direção. O clube representa a freguesia e a freguesia tem que unir-se por ele. Tem cerca de 170 atletas de formação e é preciso fa-zer alguma coisa”, afirma.

Da parte da Câmara Munici-pal de Gondomar (CMG), o ve-reador José Fernando Moreira, que também marcou presença na ação reconhece a importância da associação no concelho mas re-jeita a hipótese da aquisição do estádio por parte da autarquia. “A CMG está consciente que o S. Pedro da Cova é um clube a ter em conta, porque dignificou esta freguesia e o Município. O S. Pe-dro tem problemas financeiros muito graves que complicam a atribuição de subsídios. A CMG tem feito um grande esforço para apoiar o novo clube, com a en-trega de um subsídio de cinco mil euros e posteriormente um de 7.500 euros. Estamos sempre de portas abertas. Fazemos ques-tão de marcar presença, porque estamos atentos. Isto não vai ser

resolvido facilmente, mas tem fi-cado demonstrado que o S. Pedro da Cova é para continuar”, refere o vereador. Quanto à aquisição do estádio “nunca esteve em cima da mesa”, esclarece o autarca.

Desaparecimento do clube seria “uma perda enorme para a freguesia”

“Um perda enorme para a fre-guesia” é como Daniel Vieira, pre-sidente da União das Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova, define a possível ausência do clu-be da região. “O S. Pedro da Cova foi e continua a ser um dos clubes que mais pessoas traz ao seu está-dio e isso prova que a população está identificada com o clube. Se-ria uma perda enorme para a fre-guesia. Os problemas são públicos e todas as iniciativas que visam contribuir financeiramente e o en-volvimento da população são im-portantes”, indica o presidente. No que diz respeito à caminhada soli-dária, o autarca diz que “a adesão mostra que a população reconhece a importância e representatividade

desta instituição para a fregue-sia.” “É uma equipa com história e com um trabalho importante pelo

envolvimento dos jovens na ativi-dade desportiva”, explica Daniel Vieira. n

Desporto

43VIVACIDADE ABRIL 2015

Pinheirense não evitou descida de divisãoO Unidos Pinheirense acompanha o Póvoa Futsal na descida ao segundo escalão do futsal português. A descida de divisão ficou garantida a 11 de abril, após derrota no terreno do SL Olivais, por 8-5, na mesma jornada em que o Cascais derrotou o Boavista. Os valboenses já só pensam no regresso à 1ª divisão.

Na próxima época o Pinhei-rense volta a disputar a 2ª Divi-são de Futsal, após ter garantido a subida à principal competição da modalidade, na época passada. Segundo Marco Vigário, presi-dente do clube de Valbom, a falta de experiência ditou a descida de divisão. “Na primeira volta ape-nas conseguimos conquistar três pontos e na segunda volta já con-seguimos 18 pontos. Admitimos que o ajuste do plantel foi tardio e sofremos as consequências disso”, refere o presidente.

Contudo, Marco Vigário en-cara a descida de divisão como

um obstáculo que o clube vai ter que superar para voltar ao maior escalão do futsal português já em 2016/2017. “Queremos voltar à 1ª Divisão já na próxima época. Já renovamos com o nosso trei-nador Pedro Henriques por mais uma temporada e vamos tentar manter a nossa equipa para atin-girmos os objetivos”, sublinha o responsável.

Recorde-se que o Unidos Pi-nheirense conquistou um total de 21 pontos em 26 jogos da Liga SportZone. O SL Benfica foi o 1.º classificado da fase regular do campeonato com 72 pontos. n

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> O clube valboense não conseguiu a manutenção na 1ª divisão

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Desporto

Sport Clube de Rio Tinto organiza Grande Noite de FadoCom Bruno Brás na viola, Mário Henriques na guitarra e Lumini no contrabaixo, o Sport Clube de Rio Tinto vai juntar, a 30 de abril, 14 fadistas nacionais numa Grande Noite de Fado. Objetivo? Dar a conhecer o clube e angariar fundos.

Nelson Duarte, Maria do Sa-meiro, Maria Amélia Rego, José António e Alda Branco são al-guns dos fadistas convidados para a Grande Noite de Fado or-ganizada pelo clube. A eles jun-tam-se Gisela Afonso, Rogério Lourenço, Cátia Oliveira, Lur-des Ribeiro, Fernando Oliveira Costa, Cristina Gonçalves, Kiko, Manuel Granja e Cristina Baptis-ta para uma noite de animação.

“É uma noite de fados para dar a conhecer o clube a algumas pes-soas de Rio Tinto, porque o clube não é só futebol. Queremos que conheçam a nossa coletividade e as nossas instalações”, afirma Jorge Pina, presidente do Sport Clube de Rio Tinto. “Vão atuar muitos artistas, gratuitamente. O objetivo é angariarmos fundos para o SC Rio Tinto”, acrescenta o dirigente.

“O preço é simbólico”, refere Jorge Pina, 12,50 euros. A seguir

ao jantar começa a noite de fa-dos. n

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EquipaFamalicãoVarzimFafeSC Salgueiros 08SousenseCesarenseMirandelaLusitano FCV

Pontos2320171211766

CNS - Fase SubidaZona Norte

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1011121314151617181920

EquipaS. MartinhoVarzim BRebordosaOliv. DouroValadares de GaiaVila MeãSC Rio TintoAliados de LordeloLixaAliança de GandraCandalAD GrijóGensPerafitaSerzedoS. Pedro da CovaLeçaParedesPadroenseUD Valonguense

Pontos6654545454525149454039373636353131302927

Divisão Pro-EliteNacional - AF Porto

Tabela Classificativade Futebol/Futsal

P.123456789

1011121314

EquipaBenficaSC BragaSportingSL OlivaisAD FundãoModicusBurinhosaLeões Porto SalvoRio AveBelenensesBoavistaCascaisUnidos PinheirensePóvoa Futsal

Pontos7265624140353432272624232117

Liga SportZone - Futsal

Ala Nun’ Álvares de Gondomarapurada para a final do play-offA Ala Nun´Álvares de Gondomar bateu, a 11 de abril, o ADC Ponta do Pargo por 4-1 no 2.º jogo da meia-final do play-off do Campeonato Nacional da 1ª Divisão Feminina e garantiu presença na final, onde irá defrontar o CTM Mirandela.

Após derrotar o ADC Ponta do Pargo por 1-4 no jogo da 1ª mão e por 4-1 no jogo da 2ª mão, em Gondomar, a Ala Nun´Álvares prepara-se agora para defrontar o CTM Mirandela, na final do play--off do Campeonato Nacional da

1ª Divisão Feminina, no dia 3 de maio, em Mirandela.

“Vamos jogar contra a equipa mais forte do ténis de mesa femi-nino em Portugal. Vai ser um jogo muito difícil mas a nossa ambição é grande. Vamos causar-lhes difi-

culdades e ter chegado aqui já é um grande feito para a nossa equi-pa”, diz Mário Pedro Couto, em entrevista ao Vivacidade.

O treinador da equipa gondo-marense mostra-se satisfeito pelo percurso, que registou uma derro-

ta em 14 jogos da fase regular da competição.

“A nossa única derrota foi com o CTM Mirandela, mas tínhamos ganho em casa deles por isso con-seguimos garantir o 1.º lugar”, re-fere o treinador. n

P.12345678

EquipaGondomarSC CoimbrõesCinfãesSobradoFC Pedras RubrasLusitânia LourosaMoimenta da BeiraSp. Espinho

Pontos3531282219191615

CNS - Fase Manutenção - Série C

FOTO

: DR

> Na foto: Equipas titularers da 2ª mão da meia-final

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45VIVACIDADE ABRIL 2015

Empresas & Negócios

Rio Tinto acolhe novo cabeleireiro e estéticaunissexo com conceito francês inovadorA grande inauguração foi no dia 16 de abril e o novo salão de cabeleireiro e estética unissexo já está de portas abertas. O grupo francês Discount decidiu abrir um novo espaço em Portugal, desta vez na Venda Nova, e aposta agora em técnicas diferentes e inovadoras para cativar clientes.

Lurdes Rodrigues é a responsá-vel pelo novo espaço Discount em plena rua Infante D. Henrique, nos números 675 e 695, em Rio Tinto. O cabeleireiro pertence ao grupo francês e é precisamente nas téc-nicas francesas que Lurdes quer

apostar. “Vamos tentar que seja um cabeleireiro diferente do que existe habitualmente, com técnicas fran-cesas adaptadas aos portugueses. Queremos primar por essa dife-rença. Para além do serviço normal de cabeleireiro e da parte estética

também vamos ter as formações para cabeleireiro e estética que se-rão dadas pelos franceses”, afirma a responsável pela loja. Quanto às formações serão dadas para os pro-fissionais e também para iniciantes e serão dadas no local, em salas próprias para esse efeito.

“Também vamos apostar na venda de produtos para profissio-nais e para particulares. Os pro-dutos são espanhóis, na área de cabeleireiro, e franceses, na área de cosmética”, refere ainda Lurdes Ro-drigues. O salão Discount dispõe de um espaço amplo com zona para cabeleireiro, salas de estética e um espaço para a venda de produtos. A responsável garante: “os nossos pre-ços vão ser mais acessíveis porque

não temos intermediários, é venda direta. Os produtos de estética são de alta gama com preços atrativos”. O Cabeleireiro Discount fará ainda a venda de produtos para o exterior, através de um comercial.

O estabelecimento da Venda

Nova foi inaugurado no dia 16 de abril e juntou algumas dezenas de pessoas, entre as quais o vereador do Desenvolvimento Económico e Empreendedorismo da Câmara Municipal de Gondomar, Carlos Brás. n

inaugura nova loja em Gaia A Expo Laranjeiras, a loja de mobiliário de cozinhas de Baguim do Monte, inaugurou, no dia 11 de abril, mais um estabeleci-mento, desta vez em Vila Nova de Gaia. A abertura do novo espaço contou com a presença de várias personalidades políticas de Gondomar e do presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues.

Francisco Laranjeira é o pro-prietário da Expo Laranjeiras em Baguim do Monte. A loja da rua D. António Castro Meireles conta com mais de 38 anos de experiên-cia da família Laranjeira na área do mobiliário de cozinhas. Agora é tempo de apostar também nou-tros concelhos e Francisco decidiu

começar por Vila Nova de Gaia. “Espero que esta loja tenha suces-so”, disse ao Vivacidade na inau-guração do estabelecimento. “Tí-nhamos muitos clientes em Gaia e sentimos a necessidade de abrir uma loja. Agora os clientes não tem que deslocar-se até Baguim do Monte. Somos conhecidos em

muitos concelhos do Grande Por-to”, referiu ainda.

A Expo Laranjeiras só trabalha com clientes particulares e aposta sobretudo no mercado nacional. “Temos alguma exportação, mas não é significativo”, acrescenta La-ranjeira.

A diferença é marcada pelos anos de experiência neste negócio, “uma grande honestidade com o cliente e um designer com muito conhecimento”. “Todos os anos te-mos novos desenhos de cozinha. Atualmente procura-se uma cozi-nha bonita, barata e boa. Aconse-lhamos sempre equipamentos de baixo consumo e temos grande procura nesse aspeto”, explicou Francisco Laranjeira.

A inauguração da nova loja na rua Ernesto Gonçalves, em Seixe-zelo (Vila Nova de Gaia), contou

com a presença de dezenas de clientes e amigos, que incluíram os deputados da Assembleia da Re-pública, Renato Sampaio e Isabel Santos, e o presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Ví-tor Rodrigues.

Após a bênção das instalações, pelo reverendo Augusto Batista, o

edil camarário dedicou algumas palavras à nova Expo Laranjeiras. “Para Vila Nova de Gaia é um or-gulho ter uma empresa como esta porque cria mais negócio e creio que têm coisas muito positivas para oferecer. Desejo-vos que te-nham sorte”, referiu Eduardo Vítor Rodrigues. n

> Na foto: presidente de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues eReverendo Augusto Batista

> Nuno Coelho, presidente da J.F. Baguim do Monte,Francisco Laranjeira, proprietário da Expo Laranjeiras, e Fontes

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46 VIVACIDADE ABRIL 2015

Empresas & Negócios

Tentação das Bifanas:“Já somos uma referência em Baguim do Monte”Maio é mês de festa na Tentação das Bifanas de Baguim do Monte. O espaço comemora o 2.º aniversário no primeiro dia do mês e prepara-se para ter “casa cheia e muito trabalho”, segundo João Silva, responsável pela Tentação das Bifanas. Na Maia as bifanas fazem furor desde a abertura de portas, a 18 de dezembro de 2014.

No dia 1 de maio a Tentação das Bifanas de Baguim do Monte está de parabéns. Em 2013, João Silva, baguinense de gema, decidiu arriscar e aproveitou a experiência profissional adquirida para melho-rar a arte de fazer bifanas. “Essa é a receita do sucesso”, confessa ao Vivacidade.

“Até essa data não havia esta oferta em Baguim e o nosso artigo contagiou os clientes porque é muito agradável”, con-ta João Silva.

Daí até ao alargamento do espaço foi um pequeno passo. Hoje a Tentação das Bifanas de Baguim tem capacidade para acolher mais de 50 pessoas e o propr i e t ár i o m o s t r a - s e

satisfeito com o crescimento do negócio.

“Nunca imaginei ter duas casas em dois anos. O objetivo é conti-nuar neste caminho, o mais difícil é conseguir arranjar as pessoas certas para me acompanharem.

Quero uma equipa coesa e capaz de agradar a todas as vontades do cliente. Felizmente não tenho nota-do a crise porque a casa agrada aos

clientes e crescemos cada vez mais”, refere.

Para o dia de aniversário, o

proprietário reserva uma an i m a ç ã o

para os clientes, com música a solo e animações para as crianças. “Também vamos oferecer alguns brindes aos clientes para celebrar a data”, conclui.

“Nunca imaginei ter duas casas em dois anos”

O sucesso da Tentação das Bi-fanas expandiu-se para a Maia a 18 de dezembro do ano passado. Após a promessa de expansão feita ao Vivacidade, João Silva avançou para um novo espaço localizado no centro da Maia. “A nossa casa já era conhecida e o nome que temos já pesa em todas as zonas nos arredo-res de Baguim. Na Maia temos um

espaço diferente, harmonioso e bem localizado”, desta-

ca o proprietário. n

> As bifanas são a “receita do sucesso” > Em Baguim, a Tentação já é uma referência

> Na Maia, o cliente dispõe de um espaço harmonioso

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47VIVACIDADE ABRIL 2015

Empresas & Negócios

Empresário de Baguim abre nova pastelaria em Rio TintoFamosos croissants do “Divino Gosto” estão garantidosAo todo são quatro as pastelarias que Henrique Pinto, empresário baguinense, abriu nos últimos anos. De Amarante a Gondomar, passando pelo Porto, o empresário já deixou marca no setor da restauração, através dos croissants que confeciona. A aposta mais recente foi a abertura da pastelaria ‘Pérola Doce’ na Venda Nova, em Rio Tinto.

“Não era a minha área prefe-rencial. Sou natural de Nespereira, concelho de Cinfães, e vinha de uma família com poucas posses, já os meus irmãos trabalhavam quando terminei o 9.º ano. Decidi terminar os estudos e arranjei tra-balho no Porto, na hotelaria. Até aos 18 anos trabalhei como em-pregado, depois surgiu o convite para ir para motorista de uma cor-poração de bombeiros, em Cin-fães, depois fui trabalhar para a Suíça”, começa por contextualizar o empresário Henrique Pinto ao Vivacidade. Quando regressou da Suíça, Henrique enveredou final-mente pela restauração, adquirin-do uma confeitaria no Porto, onde trabalhou durante nove anos. “En-tretanto vendi o negócio, com o meu sócio, e apostei em Baguim do Monte, onde moro, e comprei o ‘Divino Gosto’ [confeitaria que vendeu recentemente], onde esti-ve a trabalhar durante sete anos”, continua a explicar o empresário.

Atualmente, Henrique Pinto já soma quatro pastelarias: a ‘Di-

vino Gosto 2’, no Hospital-Escola da Universidade Fernando Pessoa, em Gondomar, a ‘Divino Gosto 3’, no Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, em Amarante, a mais recen-te, a ‘Pérola Doce’, na Venda Nova, em Rio Tinto e a ‘Doce D’ Avenida’, [em sociedade com Jorge Pereira], na Avenida Fernão de Magalhães, no Porto. “Esta última é a casa mãe que fornece para todas as outras”, explica o proprietário.

Matéria-prima são essen-ciais para a qualidade dos famosos croissants

“Tenho funcionários que estão há 14 anos comigo e confio ple-namente neles”, admite Henrique Pinto ao Vivacidade. A qualidade dos bolos que confeciona na sua pastelaria valem-lhe a fama que tem com os seus croissants. O segredo está nos fornos e na “matéria prima”. “Temos que apostar na qualidade e em bons fornos onde se cozem. O essencial é a matéria prima. Neste momento os croissants são todos feitos aqui. Para além do aspeto,

aqui os bolos, em geral, têm grande qualidade. Pode reparar-se nisso na escrita dos bolos, um trabalho que é muito preciso”, revela Henrique Pin-to. “Quando comprei o Divino Gos-to tinha terminado uma sociedade pouco rentável e ninguém acreditou que ia conseguir impor-me. Mas foi em Baguim que tive muito sucesso, especialmente com os croissants. Isto não é sinónimo de ganharmos muito dinheiro, mas consegui criar emprego e tenho hoje 17 funcioná-rios. Só com grande dedicação é que conseguimos este sucesso. Posso di-zer que não tenho férias há 18 anos”, acrescenta o empresário.

Quanto a novas expansões, o gestor admite ser possível mas quer “dar um passo de ada vez”. “Gos-taria de expandir mais mas o di-nheiro não dá para muito. Por en-quanto vamos estabilizar o negócio e vamos dar um passo de cada vez. O mercado está cada vez mais difí-cil mas acredito no trabalho. Neste momento sinto-me realizado ape-sar de ter muito trabalho para gerir estes estabelecimentos”, conclui. n

> Pérola Doce, em Rio Tinto

> Doce D’ Avenida, no Porto

> Divino Gosto 2, em Gondomar

> Divino Gosto 3, em Amarante

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48 VIVACIDADE ABRIL 2015

Empresas & Negócios

“O meu trabalho é melhorar a eficácia das empresas”Em 2012, Renato Cardoso saiu da Sonaecom e fundou a sua própria empresa de consultoria de gestão, a MDR – Management Drawer – Consultoria de Gestão, Lda. Três anos depois a empresa continua a crescer e conta com vários trabalhos em diferentes setores do mercado. O fundador e sócio-gerente espera agora despertar o interesse dos gondomarenses para a necessidade da me-lhoria da gestão empresarial.

A MDR – Management Drawer chegou ao mercado em 2012 com um objetivo: melhorar o desempe-nho e a competitividade empresa-rial. A empresa de Renato Cardoso, consultor de gestão com 20 anos de experiência profissional, está sedia-da em Gondomar e quer despertar os empresários gondomarenses para a necessidade de “fazer mais, melhor e de ser mais competitivo no merca-do”.

Nos projetos de certificação “Identificamos o que é necessário considerando a norma de referên-cia e a legislação em vigor. O nosso propósito é trabalhar em processos que assegurem o cumprimento dos requisitos normativos e, estabelecer mecanismos que automaticamen-te desafiem a melhorar a eficácia e eficiência todos os dias”, começa por dizer Renato Cardoso.

Ao Vivacidade, o responsável pela MDR identifica as pequenas e médias empresas como público-al-vo. Objetivo? Ajudar os empresários a crescer através de uma utilização de boas práticas de gestão. “O teci-do empresarial português sabe fazer o seu produto mas as empresas não estão otimizadas ao nível da gestão e por vezes não decidem pelos melho-res processos. É fácil reconhecer a necessidade de um contabilista, ad-vogado, designer ou outra especiali-dade mais tradicional. A consultoria

de gestão, como os projetos de cer-tificação, otimização dos processos, redução de custos, é apenas reco-nhecida em determinados momen-tos do ciclo de desenvolvimento de uma empresa: quando os empresá-rios pretendem crescer e solicitam ajuda para definir layouts, redimen-sionar capacidade produtiva; quan-do é exigida pelos clientes ou; quan-do os empresários pretendem maior reputação e credibilidade para a marca da sua empresa. É difícil ven-der estas ideias aos empresários mas a verdade é que elas proporcionam melhorias imediatas”, afirma o con-sultor de gestão.

A empresa de consul-toria de gestão celebra o

terceiro aniversário em maio e conta com trabalhos na indústria de calça-do, puericultura, telecomunicações, sistemas de informação, metalome-cânica, construção civil, piscinas, entre outros . “Estamos a crescer e queremos transmitir aos empresá-rios a experiência que temos. Não é por acaso que os projetos de investi-mento Portugal 2020, incentivam a melhoria da gestão empresarial e co-financiam os sistemas de gestão da qualidade conforme a norma ISO 9001”, alerta Renato Cardoso.

O fundador da MDR lança o desafio aos empreendedores: “Este ano e nos próximos existem condi-

ções económicas e políticas muito favoráveis aos investimentos sendo apoiados na maioria dos casos em mais de 50%. Os serviços da MDR que promovem eficácia dos proces-sos, são despesas elegíveis nos pro-gramas operacionais em vigor”.

Entre as principais falhas de-tetadas no tecido empresarial por-tuguês, Renato Cardoso destaca a competência das pessoas. “Os por-tugueses sabem fazer e têm uma grande capacidade de trabalho, mas muitas empresas portuguesas não têm uma clara descrição de funções e objetivos, há colaboradores com demasiado trabalho não quantifica-

do e outros que tem muita coisa quantificada e pouco produ-zem. É necessário decidir ten-do por base factos e não outras

motivações, por isto é que, uma ges-tão com abordagem por processos privilegia, em primeiro lugar, os in-teresses da organização”, refere.

A MDR conta com uma vasta experiência nas áreas da qualida-de, ambiente, responsabilidade corporativa, sistemas de informa-ção, investigação, desenvolvimento e inovação, higiene e segurança no trabalho e segurança alimentar. A empresa oferece aos clientes um conjunto de serviços que vão desde a consultoria, à gestão de sistemas, formação, certificação de produtos e serviços, auditorias e organização de inspeções.

“Nós entramos dentro das em-presas, desenhamos os processos e construímos os indicadores de de-sempenho que têm de atingir atra-vés da implementação de um plano de melhoria”, explica o fundador da MDR.

Por último, Renato Cardoso desafia a Associação Comercial e Industrial de Gondomar (ACIG) a “dinamizar mais o associativismo e organizar projetos de investimento conjuntos que fomentem as compe-tências setoriais e os recursos locais existentes, nomeadamente ourivesa-ria, mobiliário, agricultura e o turis-mo repensando estrategicamente a margem do Douro aproveitando o crescimento de turistas na área me-tropolitana do Porto”. n

Escola Profissional de Gondomar organizou Dia AbertoA Escola Profissional de Gondomar promoveu, no dia 9 de abril, uma iniciativa denominada ‘Dia Aberto’, onde abriu as suas portas a todos aqueles que pretendiam contactar e entender as especificidades e as características que melhor identificam o Ensino Profissional. Caraterísticas estas que o transformam num ensino mais prático, dinâmico e mais atrativo para os alunos.

Neste contexto, a EPG deu a conhecer a sua oferta formativa para o próximo ano letivo, dando um enfoque às componentes téc-nicas dos cursos através da reali-zação de atividades práticas e da apresentação dos trabalhos desen-volvidos, bem como, os projetos de fim de curso dos seus alunos.

O objetivo central foi pro-

porcionar o conhecimento do ambiente vivido na escola, per-mitindo aos visitantes trocar im-pressões e esclarecer dúvidas com professores e futuros colegas. Os visitantes foram convidados a co-nhecer, experimentar e explorar a EPG, através de divertidas expe-riências laboratoriais, jogos e ex-posições.

Organizados em várias salas, todos os cursos da Escola Pro-fissional de Gondomar tiveram o seu espaço de demonstração que pretendeu ser interativo com os visitantes.

O encerramento contou com a sessão de entrega dos prémios relativos ao Concurso de Selfies EPG”. n

> Renato Cardoso e Paula Santos

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Opinião: Vozes da Assembleia da República

49VIVACIDADE ABRIL 2015

No âmbito da promoção da na-talidade – tema que o Partido Social Democrata colocou na agenda da sua ação e trouxe para a primeira linha do debate nacional -, os partidos da maioria apresentaram e aprovaram, esta semana, um conjunto alargado e transversal de recomendações com vis-ta a aprofundar a proteção das crianças e das famílias e, assim, promover a na-talidade em Portugal. Considerando que este tema deve ser encarado como um objetivo estratégico nacional, e dadas as suas abrangência e transver-salidade, entendem que isso implica a articulação e coordenação de políticas públicas em vários setores da governa-ção. Das várias iniciativas quer a nível fiscal, da educação, realço as iniciativas no âmbito do trabalho e da proteção das crianças e jovens. Assim, com o objetivo de dissuadir as empresas da prática de ações ilegais e, em concreto, do despedimento ilegal de trabalhado-ras que, em virtude da sua condição pessoal, merecem proteção especial é criado um mecanismo adicional para proteção das trabalhadoras grávidas,

puérperas e lactantes que visa a inibi-ção da possibilidade de empresas que usem práticas discriminatórias serem também em simultâneo, beneficiadas por subsídios e subvenções públicas. Essas empresas que nos dois anos an-teriores à candidatura a subsídios ou subvenções públicas, tenham sido condenadas por sentença transitada em julgado por despedimento ilegal de grávidas, puérperas ou lactantes, ficam impedidas de serem beneficiárias dos mesmos. Haverá obrigatoriedade, dos tribunais, comunicar à Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Empre-go as condenações por despedimento ilegal e registo de todas as sentenças condenatórias por aquela entidade. As entidades que procedam à análise de candidaturas a subsídios ou subven-ções públicos são obrigadas a consultar a Comissão para a Igualdade no Traba-lho e no Emprego sobre a existência de condenação por despedimento ilegal de grávidas, puérperas ou lactantes relativamente a todas as entidades con-correntes. Um outro contributo para a implementação de políticas públicas de

apoio às famílias e ao respetivo exercí-cio da parentalidade e para a criação de mecanismos que confiram uma maior proteção às crianças, é criada uma nova modalidade de horário de trabalho na Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, designada por meia jornada que consiste num período re-duzido em metade do período normal de trabalho a tempo completo, sem prejuízo da contagem integral do tem-po de serviço para efeito de antiguida-de. Não pode ter duração inferior a um ano e implica a fixação do pagamento de remuneração correspondente a 60% do montante total auferido em regime de prestação de trabalho em horário completo. A perspetiva será sempre a de favorecer a conciliação da vida familiar e laboral, da igualdade de gé-nero e da proteção das crianças. Tem igualmente em consideração um justo equilíbrio entre os diversos interesses presentes na legislação laboral: os dos trabalhadores e suas famílias, os das entidades patronais e os superiores interesses nacionais. Assim, serão fei-tas alterações nos âmbitos: da licença

parental, do trabalho a tempo parcial, do teletrabalho, da flexibilidade dos horários, da adaptabilidade e banco de horas grupal. Ao nível das contraorde-nações haverá um agravamento das co-minações para a falta de cumprimento de deveres ligados à parentalidade. Além das medidas já mencionadas é também relevante um conjunto de medidas de reforço ao apoio à criança e à família das quais destaco algumas, como seja, o papel das instituições do setor social na prevenção de situações de risco com crianças e jovens; a possi-bilidade da Comissão Nacional de Pro-teção das Crianças e Jovens em Risco (CNPCJR) poder protocolar técnicos de apoio, com as entidades da comu-nidade e a recomendação para que se promova a revisão do atual quadro legislativo relativo à adoção, de modo a desburocratizar e agilizar processos, tornando-os mais simples, mais cla-ros e mais céleres, de forma que cada procedimento não ultrapasse, nas suas várias fases, um ano, sem prejuízo da exigência e do rigor que um processo desta sensibilidade exige… n

Assinalamos estes dias duas vezes o 25 de Abril: os 41 anos do de 1974 e 40 redondos anos do de 1975. O golpe que depôs o regime do Estado Novo e as eleições para a Assembleia Constituinte, um ano depois, foram dois passos necessários – muito ne-cessários – ainda que não suficientes para que Portugal hoje possa contar--se entre as nações democráticas. Fazemos bem em os assinalar ainda que muitas vezes as memórias sejam bastante seletivas.

Basta olhar para os manuais da escola dos nossos filhos. Esquece-se que não bastou depor o antigo regi-

me para garantir que Portugal se tor-nasse uma democracia. Que nos dias, pelo menos, até ao 25 de Novembro de 1974, Portugal esteve à beira de passar da ditadura da União Nacio-nal para outra igual ou pior, lidera-da pelos que cantavam os amanhãs das ocupações, das nacionalizações e da legitimidade revolucionária. Compreende-se que não desse muito pelas eleições: mal o povo, em 1975, pôde votar deitou por terra qualquer sonho de transformar Portugal na Cuba da Europa – os portugueses mostraram muito mais sabedoria do que alguns achavam possível.

E foi mesmo depois das eleições – por verem que não levariam a sua avante pela via democrática – que os setores radicais apostaram forte na agitação. O Verão Quente colocou portugueses contra portugueses e fez temer o pior. Felizmente não acabá-mos com uma ditadura comunista – recordemos que ainda a tinham de suportar boa parte dos países do Les-te da Europa – e devemo-lo a homens como Jaime Neves ou, aqui mais à mão, o General Pires Veloso, que morreu no ano passado. Homens que às vezes a história esquece, e é pena.

Portugal vive, 40 e 41 anos de-

pois, com a Constituição que saiu dessa Assembleia eleita há 40 anos. E sendo certo que não existe uma “questão constitucional” ou uma crise constitucional, é verdade que a Constituição não nos livrou de três bancarrotas e, sobretudo, falha na proteção do direito dos portugueses a não serem contraídas dívidas em seu nome. Um governo hoje pode deixar um rol de dívidas para o se-guinte que, como se vê com este, vê a sua liberdade de ação altamente coarctada pelas ações dos anterio-res. Talvez fosse tempo de olhar para isso. n

Promoção da Natalidade e Proteção das Crianças e Famílias

Pensar em Abril

Margarida AlmeidaPSD

Há quarenta anos atrás os portu-gueses saíram à rua para participar nas primeiras eleições livres e universais e responderam em massa naquela que foi a maior participação registada, até hoje, num ato eleitoral- 91%.

Portugal tinha acabado de pôr termo a um período negro de 48 anos de ditadura e o povo acusava, de uma forma ímpar, a responsabilidade de responder ao desafio da construção de um Portugal livre, moderno e demo-crático.

Quiseram as voltas do destino que, exatamente no ano em que se assinala este aniversário, os portugueses sejam chamados mais uma vez às urnas num momento particularmente exigente da

nossa vida coletiva. Num quadro em que a comunica-

ção social se encontra cada vez mais depauperada, acrítica e dependente dos grandes grupos económicos e a hegemonia partidária dos espaços de comentário televisivo atinge limites absolutamente inaceitáveis, a maioria PSD-PPD/CDS-PP prossegue a de-senfreada marcha de aplicação do pro-grama ideológico com que tem vindo a condenar o país.

O Programa de Estabilidade apre-sentado pelo Governo, para o qual proponho o título Para lá da Troika, depois da Troika, veio colocar definiti-vamente a nu o tipo de propostas com que nos vão confrontar no próximo

ato eleitoral: a continuação da redu-ção dos salários dos trabalhadores da Administração Pública e da sobretaxa do IRS até ao final da próxima legisla-tura; a redução definitiva das pensões futuras; a redução da TSU do lado das empresas.

Enfim, a continuação da destrui-ção do estado social, da desvalorização do fator trabalho e do esmagamento da classe média explicados com ar-gumentos altamente contraditórios e irracionais como acontece, por exem-plo, quando se justifica a necessidade de diminuição das pensões com base na necessidade de conferir sustentabi-lidade à Segurança Social e, ao mesmo tempo, se reduz a TSU que vem provo-

car a sua descapitalização. Ao contrário do que também é dito esta medida não vai promover mais emprego, compen-sando esta perda com mais descontos porque a descida da TSU tem um im-pacto praticamente nulo nos custos com mão-de-obra das pequenas e mé-dias empresas. Esta diminuição apenas serve os grandes grupos geradores de precariedade laboral e o projeto de fra-gilização da Segurança Social pública com vista à sua privatização.

Diante disto, parafraseando Sal-gueiro Maia, atrevo-me a dizer que apenas nos resta pôr termo ao “estado a que chegamos” e construir a mudan-ça através do voto, dizendo, de novo: Abril sempre! n

Abril sempre!

Michael SeufertCDS-PP

Isabel SantosPS

Page 50: Edição de abril de 2015

Os portugueses andam há quatro anos a ouvir falar de “sinais positi-vos”, da “luz ao fundo do túnel”, de “milagres económicos” e do “ago-ra é que vai ser”, “agora é que é”. O Governo diz que a recuperação eco-nómica tem sido notória. A estabi-lidade política, social e económica está agora à “prova de fogo” anun-cia o primeiro-ministro, lá longe, no Oriente, talvez pensando que tais “verdades” não cheguem cá. Os cofres estão cheios, diz a Ministra das Finanças, numa insólita postura de abastança, perante a indignação de milhares de pessoas que passam grandes privações materiais no nos-

so País. De repente, desligamos a televisão e afinal a economia conti-nua parada, o desemprego continua a subir, a pobreza continua a atingir cada vez mais pessoas, nas famílias, o dinheiro para o mês acabou antes do fim da terceira semana e os cofres… estão vazios. O dinheiro não é nosso. Afinal os cofres estão cheios mas com dinheiro da dívida. Mas pior, porque essa almofada financeira implica um custo com juros que o Governo ain-da não divulgou. De facto, como esse dinheiro, obviamente, não está nos cofres, mas sim depositado, significa que, pelo menos no que se refere ao que está depositado a juros negativos,

como sucede com o que está deposi-tado no BCE (- 0,02%), nós estamos, não só a pagar juros pelo emprésti-mo que pedimos e que “enchem os cofres do Governo”, mas também a pagar juros pelo depósito de dinheiro que não é nosso. Como o Governo continua sem dizer nada, ainda que, sobre o assunto, tenha sido por nós confrontado no plenário da Assem-bleia da República, continuamos sem saber quanto é que nos está a custar esta almofada. O que sabemos se-gundo as notícias, é que em finais de janeiro deste ano, o Governo portu-guês teria praticamente metade dessa almofada, cerca de 20 mil milhões de

euros, depositados no BCE que como se sabe está a praticar taxas negativas, o que significa que estamos a pagar para ter esse montante depositado no BCE. Ora, a estes custos que estamos a suportar para ter o dinheiro, que não é nosso, depositado no BCE, te-remos de somar o que estamos a pa-gar de juros da dívida. São entre sete a oito mil milhões de euros de juros que anualmente estamos a pagar pela dívida. Um montante superior ao Or-çamento anual do Serviço Nacional de Saúde e o dobro do que foi o in-vestimento público em 2014, cerca de quatro mil milhões de euros, o mais baixo das duas últimas décadas. n

Os cofres cheios do Governo

Opinião: Vozes da Assembleia da República / Vozes da Assembleia Municipal

Nesta altura, a maioria dos gondo-marenses já saberá que a nossa Câmara foi condenada a devolver mais de dez milhões de euros de fundos comunitá-rios que, segundo o Tribunal Adminis-trativo e Fiscal do Porto, foram usados indevidamente sob um esquema de faturação irregular. Em causa, está a construção da ETAR do rio Ferreira, e alguma da rede de saneamento do concelho, entre os anos de 1996 e 2001. O Tribunal entende que houve um es-quema de faturas falsas, e que os fundos recebidos não foram utilizados na obra em questão. É uma deliberação que hi-poteca grande parte do futuro do nosso Município, pelo que o atual executivo irá recorrer para o Supremo Tribunal

de Justiça, para além de garantir que vai apurar as “responsabilidades civis, cri-minosas e pessoais deste processo”. Para além da devolução da verba referida, a autarquia é obrigada a suspender todos os projetos iniciados, o que “vai obrigar a reprogramar toda a estratégia defini-da para este mandato e para o futuro e recusar todos os projetos, incluindo aqueles que já estão em curso”. Muitos deles eram opção estratégica deste exe-cutivo, como os parques urbanos, o ter-minal de cruzeiros no Douro e a criação do “Pulmão Verde” da Área Metropoli-tana, um projeto que tinha como ob-jetivo unir os territórios das serras de Santa Justa, Pias e Castiçal. De realçar ainda, que a condenação vai impedir a

Câmara de aceder aos Programas Ope-racionais Portugal 2020, não podendo inclusive candidatar verbas e ter fundos para abrir concursos. É confrangedor a quantidade de dívidas, processos e irre-gularidades que esta Câmara herdou do executivo anterior, e que infelizmente vem condicionar e limitar a ação desta nova equipa que tanto luta diariamen-te para elevar Gondomar. A verdade é que, para além desta condenação em março, na reunião pública da Câmara Municipal de Gondomar realizada no dia 1 de abril, foram apresentados os resultados de um relatório preliminar de uma auditoria reportada a 31 de ou-tubro de 2013, e que demonstra que a dívida municipal poderá ser superior

a 141 milhões de euros. Felizmente, o atual executivo já demonstrou inúme-ras vezes a sua capacidade de trabalho, de iniciativa e de renovação, o que nos faz confiar que mesmo com todos os constrangimentos, será sempre feito o melhor para o Município. Conta tam-bém com a solidariedade institucional de todas as Juntas de Freguesia, que assumiram o compromisso de raciona-lização de intervenções que impliquem custos para o Município. E no que ao Partido Socialista diz respeito, a Assem-bleia Municipal tudo fará para lutar ao lado dos gondomarenses, no sentido de não deixar que a herança do passado limite o progresso e o desenvolvimento da nossa terra. Contem connosco. n

Dura herança

50 VIVACIDADE ABRIL 2015

José Luís FerreiraPEV

Catarina MartinsBE

“Nós temos de conseguir ser mais atrativos para o investimento, não apenas no que respeita à fiscalidade sobre o rendimento das empresas, mas também no que respeita ao custo do trabalho para as empresas” anunciou Passos Coelho. Ou seja, Passos Coelho identifica como obstáculos ao investi-mento, - que tem vindo sempre a des-cer e já recuou mais de duas décadas -, a excessiva fiscalidade e os elevados custos do trabalho para as empresas. Mas será assim? Vejamos o que acon-teceu com a fiscalidade: o IRC, impos-to sobre o lucro das empresas, desceu já duas vezes. Enquanto isso o IRS, im-posto sobre o rendimento das pessoas, subiu 30%. Passos Coelho sugere ago-ra uma terceira redução do IRC sem

que tenha qualquer investimento pro-dutivo para mostrar como fruto das anteriores reduções. A verdade é que a fiscalidade das empresas já baixou e o prometido investimento não che-gou. E quanto aos custos de trabalho? Lembramo-nos da proposta de 2012 de cortar na TSU das empresas, au-mentando as dos trabalhadores no sa-lário. A conta era simples: um salário por ano entregue pelos trabalhadores aos patrões. O país saiu à rua nesse se-tembro e o governo voltou atrás. Mas não voltou atrás no corte dos custos do trabalho. Dias feriados passaram a dias de trabalho não remunerado, reduziram-se férias e pagamento de horas extraordinárias, aumentou o horário de trabalho sem que o salário

aumentasse. Desemprego e precarie-dade a subir, e cortes nos salários da função pública, serviram de convite à baixa geral de salários. Hoje, o salário médio dos novos contratos está abaixo dos 600 euros. E mesmo assim Passos Coelho regressa à proposta de baixar a TSU das empresas, desta vez, prome-te, sem aumentar a dos trabalhadores. Ora a TSU é o financiamento da segu-rança social; cortá-la põe em causa as pensões e a proteção social. O governo sabe disto e diz que o corte será com-pensado com criação de emprego. Diz, mas não mostra as contas. Baixar a TSU em dois pontos percentuais exige a criação de 320 mil novos empregos. Alguém acredita que seja possível? Entendamo-nos, o corte nos custos do

trabalho foi a reforma em que o go-verno mais se empenhou e tudo o que conseguiu foi destruir meio milhão de postos de trabalho. Os custos do trabalho em Portugal são metade dos da Espanha, menos de metade da mé-dia da zona euro. Nunca foi aqui que esteve o problema do investimento. Atrair investimento exige investimen-to público para inverter o ciclo da cri-se, mais salário e emprego para puxar pela economia, mais qualificação para responder às exigências do futuro. Tudo isto foi negado pelo fanatismo de um governo que apostou tudo na redução da fiscalidade e dos custos do trabalho para as empresas. Um cami-nho que apenas serviu a transferência de recursos entre trabalho e capital. n

A reforma que foi feita

Joana ResendePS

Decorreu, em São Pedro da Cova, um almoço comemorativo dos 41 anos do 25 de Abril, com mais de 500 participantes, no qual esteve presente Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP. Abril é liberdade de expres-são, de manifestação, de organização política e sindical. É liberdade de imprensa, igualdade de direitos, elei-ções livres e direito a voto. É salário mínimo nacional, subsídio de férias e Natal, direito a férias e férias remune-radas. É contratação coletiva e proibi-ção de despedimentos sem justa cau-sa. É direito ao trabalho e ao trabalho com direitos, direito à Habitação, à Cultura e ao Desporto, à Saúde e Edu-

cação, à Segurança Social e proteção social. É Reforma Agrária e Serviços Públicos. São direitos, liberdades e garantias individuais e coletivas, re-sultantes da heroica luta do povo por-tuguês em aliança com o MFA, com tradução na Constituição da Repúbli-ca Portuguesa – que tem vindo a ser atropelada por sucessivos governos, em especial o atual, e ignorada por um conivente Presidente da Repúbli-ca. 41 anos depois de Abril e das suas conquistas libertadoras, Portugal vive um dos mais graves períodos da sua história – o mais difícil desde os ne-gros anos do fascismo. Um período no qual a direita “ajusta contas” com o

25 de Abril e com tudo quanto repre-sentou de conquistas, de realizações e profundas transformações sociais. Agrava-se a exploração dos trabalha-dores e a degradação dos seus direitos laborais e sociais; empobrece o País e empobrece-se a trabalhar; mais de um milhão de portugueses foram em-purrados para o desemprego e mais de 400 mil atirados para uma emigra-ção forçada; cortam-se salários, refor-mas e pensões; atacam-se as funções sociais do Estado, limitando e negan-do o acesso à Saúde, à Educação e à proteção social; tira-se aos jovens o sonho de serem felizes no seu país e aqui construírem a sua vida. Mas ao

caminho que tem sido imposto ao povo português por PSD, CDS e PS, e “vendido” como inevitável, existe uma alternativa. Uma alternativa cre-dível, patriótica e de esquerda, com-prometida com os valores de Abril e um património de trabalho, honesti-dade e competência. Uma alternativa que defende os interesses e os direitos dos trabalhadores e do Povo, e a so-berania e independência nacionais, rejeitando as submissões ao desman-dos do grande capital e da banca e aos ditames da União Europeia. A CDU tem soluções para o país e está pronta para todas as responsabilidades que o Povo português lhe queira confiar. n

Cumprir Abril: Soluções para uma vida melhor

Diana FerreiraPCP

Page 51: Edição de abril de 2015

António ValpaçosCDU

Face à sentença do Tribunal Ad-ministrativo e Fiscal do Porto que condenou a Câmara Municipal de Gondomar (CMG) ao reembolso de fundos comunitários que, acres-cidos de juros e custas totalizarão cerca de 11 milhões de euros, a CDU foi a única força política do concelho que tomou uma posição pública. A CDU afirmou que sem-pre denunciou e condenou as ilega-lidades e arbitrariedades da gestão camarária de Valentim Loureiro. Além disso, a CDU requereu toda a informação e o cabal esclarecimento dos factos que deram origem a uma condenação de enorme gravida-de para as finanças do Município e para os gondomarenses e defendeu

que sejam pedidas responsabilida-des civis e criminais aos autores das ilegalidades cometidas. Contudo, relembre-se, a primeira condenação do Município relativo a este proces-so remonta a 2006, sendo que, evi-dentemente era uma possibilidade que a decisão condenatória se man-tivesse pelo que não se compreende, de todo, a forma dramática como o presidente da CMG apresentou esta decisão aos meios de comunicação social, antes mesmo de dar conheci-mento aos vereadores da oposição e, em última instância, aos deputados municipais.

Após a reunião pública da CMG e face à persistência do presidente da Câmara em manter uma postura

de “dramatização”, “vitimização” e também a falta de competência de-monstrada pelo executivo municipal em lidar com este processo, a CDU referiu em comunicado “No pres-suposto de que se inteirou de todos os processos judiciais em curso à data da sua tomada de posse, como era seu dever, a CDU estranha que o atual presidente da Câmara tenha aguardado pelo desfecho de um pro-cesso de execução fiscal fundamen-tado, ao que parece, na exigência de reembolso de fundos comunitários, para denunciar a existência de “fac-turas falsas”! Não seria sua obriga-ção comunicar um facto tão grave ao Ministério Público e às autoridades competentes, mal teve conhecimen-

to do mesmo?”.As declarações catastróficas en-

tretanto proferidas pelo presidente da CMG dão uma péssima imagem do Município perante todos. Afir-mar que a CMG entrará em incum-primento com as suas obrigações e absurdamente afirmar que a dívida poderá ir até aos mil milhões de eu-ros, aliado a uma permanente pos-tura de lamento e de resignação não augura nada de bom para quem pro-meteu mudar a imagem do concelho de Gondomar.

Para a CDU é cada vez mais cla-ro: o executivo municipal continua a não apresentar qualquer visão estra-tégica e estruturada para o desenvol-vimento do concelho. n

Ainda sobre a condenação dos 11 milhões de euros –Da “suposta” surpresa às premonições de catástrofe

Rui NóvoaBE

Há dias os portugueses foram brindados pela ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, ao afirmar que Portugal tinha os cofres cheios, dando-se ao luxo de antecipar o pa-gamento dos juros ao FMI, o oásis estava de volta!

Mas eis que, no debate quinzenal no Parlamento, Passos Coelho deitou tudo por terra. Afinal a austeridade é para continuar até 2019 se tudo correr bem, logo, para que as coisas corram bem há que aplicar novos cortes nos do costume que é como quem diz, nos que trabalharam uma vida e em vez de terem alguma qualidade de vida são empurrados para a pobreza.

Conforme o Bloco de Esquerda disse no debate parlamentar, o que a senhora ministra das Finanças nos apresentou ontem, e o que o sr. pri-meiro-ministro nos veio dizer é que, aquilo que fizeram falhou.

Não são só as medidas de austeri-dade que vão continuar, como ainda por cima vamos ter uma austeridade redobrada, pois haverão novamente mais medidas de austeridade.

Passos Coelho chegou ao Parla-mento com a trajetória de crescimen-to dizendo que, quer cortar mais 600 milhões de euros nas pensões, valor próximo daquele que foi chumbado em 2013 pelo Tribunal Constitucio-

nal.Perante isto, a pergunta que os

portugueses fazem é a seguinte: então em que é que se distingue o país dos cofres cheios do país dos cofres vazios?

É nos bolsos das pessoas, no que conta ao respeito pela dignidade de quem trabalhou toda uma vida e que a única resposta que tem do Governo PSD/CDS é voltar a cortar nas já mui-to magras reformas.

Onde anda o partido do Dr. Paulo Portas que, tanto falava dos reforma-dos mas que, uma vez no poder, logo se esqueceu deles, apoiando o gover-no em mais cortes?! Não nos venham dizer que os sacrifícios são para to-

dos, ainda agora Passos Coelho e Paulo Portas vieram propor a descida de duas sobretaxas e a que é paga por quem trabalha desce 25% mas a que é paga pelas grandes empresas de ener-gia, essa desce 50%.

Não vê aqui o PSD/CDS, nenhu-ma desigualdade na distribuição des-ses sacrifícios, pois para este Governo o privilégio é o salário.

A realidade deste governo é que cada vez que faz uma promessa às empresas, faz uma ameaça a quem vive do trabalho. Nos próximos dias 25 de abril e 1 de maio o povo por-tuguês tem de dar-lhes um enorme cartão vermelho! n

Cofres cheios à custa de mais austeridade

Pedro OliveiraCDS-PP

Abril é um mês particular para todos os portugueses. Representa, de facto, o princípio da emancipação do país e a sua definitiva integração como membro da comunidade de-mocrática internacional, readquirin-do o respeito dos seus pares e a cre-dibilidade e protagonismo devidos a uma nação tão antiga como quase milenar.

O 25 de Abril de 1974 não foi contudo, apenas mais uma revo-lução política. A revolução portu-guesa significou o princípio do fim dos regimes totalitários na Europa, seguindo-se-lhe a Espanha, a Grécia e, mais tarde todos os países de leste. Aos portugueses, a revolução acabou com 48 inadvertidos anos de dita-

dura fascista, em que apenas alguns tinham direito ao desenvolvimento e modernidade, atirando o âmago da sociedade para o mais completo provincianismo obscurantista.

Por assim ser, isto é, por ter sido o momento do reerguer da esperan-ça de todos os portugueses, o “25 de Abril” a todos pertence também, não podendo ser capturado pelos interesses estratégicos de quaisquer forças políticas sejam de que qua-drante for. Esta tendência que temos quase que desde sempre observado, de a esquerda se fazer proprietária dos ideais de Abril como se fosse sua dileta filha ou herdeira, mais não corresponde a uma natural repercus-são do obscurantismo e falta de edu-

cação democrática a que, por tanto tempo, estiveram votados os seus apaniguados. Mais de 40 anos após a sua verificação o “25 de Abril” con-tinua a não ser entendido por mui-tos pretensos pensantes políticos do nosso país. Na verdade continuam tantos a invocar o acontecimento para legitimarem a forma enviesada e tendenciosa com que querem ur-dir certos resultados, privilegiando interesses pessoais ou corporativos sempre em desfavor dos estruturan-tes e multiplicadores anseios do todo comunitário.

Os portugueses, apesar da apren-dizagem democrática em curso e de alguns impropérios acontecidos ao longo destes últimos 40 anos, têm

contudo sabidamente gerido o seu destino comum granjeando o reco-nhecimento da comunidade inter-nacional, sendo portanto tempo de a verdadeira cultura democrática se impor na consciência dos cidadãos, por forma a que a opinião política de cada um se baste em si própria e não inquine a prevalência das maiorias manifestadas.

Em mais este aniversário impor-ta que saibamos melhor perceber a vertente comunitária/nacional da revolução, e que cada um tenha a suficiente capacidade de moldar os seus interesses individuais em prol da dignificação do país, porque so-mos todos Portugal. Viva o “25 de Abril”. n

25 de Abril

Opinião: Vozes da Assembleia Municipal

51VIVACIDADE ABRIL 2015

Page 52: Edição de abril de 2015

52

Lazer

VIVACIDADE ABRIL 2015

VIVA PREVENIDO

Ingredientes:• 1 polvo com cerca de 1 kg• 200g de arroz agulha• Azeite• 1 cebola picada• ½ pimento verde• 3 dentes de alho picados• 2 folhas de louro• 2 tomates maduros cortados em cubos• 60 ml de vinho branco• 2 ovos• 120g de farinha de trigo Tipo 65 sem fermento• 60 ml de leite• Sumo de limão• Coentros picados• Sal q.b.• Pimenta q.b.• Óleo para fritar

Preparação:

Cozer o Polvo na panela de pressão. (45 minutos). Retirar e deixar arrefe-cer. Corte as pontas e o restante polvo em pedaços e reserve. Parta os ovos para uma tigela e mexa com uma vara de arames. Misture o leite. Tempere com sal, pimenta e sumo de limão. Misture tudo. Junte a farinha e mexa muito bem com uma colher. Misturar à massa um pouco de preparado (cebola, alho, pimento e azeite que refugaram um pouco numa frigideira). Juntar pedaços de Polvo e coentros picados. Retificar temperos. Num tacho leve ao lume o restante azeite, a restante cebola, alhos e folha de louro.Mexa e deixe refogar sem deixar alou-rar. Adicione o tomate. Mexa e deixe refogar até que o tomate comece a desfazer-se. Junte o arroz e tempere com sal, pimenta e adicione o vinho branco. Mexa e deixe ferver durante al-guns segundos até que o álcool evapo-re. Junte a água de cozer o polvo. Tape e deixe ferver em lume médio durante 10 minutos. Passados os 10 minutos, junte o polvo e coentros picados.Mexa, tape, apague o lume e deixe re-pousar durante 5 minutos. Entretanto, frite colheradas de massa, não muito grandes em óleo quente.Deixe fritar as pataniscas de ambos os lados.

RECEITA CULINÁRIA VIVACIDADE

Chef João Paulo Rodrigues* docente na Actual Gest

Pataniscas de polvocom Arroz do mesmo

Era uma vez dois amigos. Um estava de um lado do rio e gritava para o outro, que estava do outro lado do rio:- Como passaste para o outro lado?- Não sejas burro, tu já estás do outro lado!

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SOLUÇÕES:

A atividade física apresenta benefícios em todas as idades, para além de contribuir significa-tivamente para a saúde mental e qualidade de vida de todas as pes-soas, chegando mesmo a aumentar a esperança média de vida em 3 a 5 anos. Nunca é tarde para iniciar uma atividade física regular; esta é importante para um envelheci-mento saudável, contribuindo para melhorar e manter a qualidade de vida e a independência. Para além dos benefícios relacionados com a prevenção de doenças crónicas, a atividade física nas pessoas idosas melhora o seu equilíbrio, a força

muscular, a coordenação, a flexi-bilidade, a resistência, o controlo motor, as funções cognitivas e a saúde mental. Caminhar é sempre um excelente exercício que pode melhorar a sua saúde, o seu bem--estar físico, nutricional, emocio-nal, social, previne a obesidade e mantém a sua independência, aju-dando-o ainda a melhorar a quali-dade do sono. Caminhe pelo menos 30 minutos por dia com sapatos confortáveis e roupa adequada; se não é habitual caminhar, aumente a sua duração de forma gradual (comece por fazer pequenas cami-nhadas diárias de 10 minutos e vá

aumentando progressivamente). Não se esqueça de beber água, mesmo que não sinta sede, para evitar desidratar-se. Mantenha-se sempre ativo: use as escadas em vez de usar o elevador; execute tarefas domésticas, limpe a casa, despeje o lixo, lave o carro, pas-seie o cão; estacione o carro mais longe dos locais que costuma fre-quentar; no centro comercial esco-lha o caminho mais longo para a loja à qual se dirige; quando chove pode andar pela sua casa; organize um grupo para fazer caminhadas, é mais divertido, seguro e aumenta as oportunidades de convívio.

Mantenha-se ativo!

Elisabete CastroMédica, Interna de Medicina Geral e Familiar na Unidade de Saúde Familiar de Fânzeres

Amor: Sentir-se-á muito nostálgico durante este mês. Seja mais otimista! Pratique o pensamento positi-vo e as ações construtivas agora!

Saúde: lembre-se que o desânimo se reflete ne-gativamente na saúde. Tenha pensamentos positivos e verá que se sentirá melhor.

Dinheiro: Evite precipitar-se, dê um passo de cada vez.

Amor: Pense bem antes de se envolver numa nova relação. Desenvolva a sua clareza mental, emocional e espiritual.

Saúde: Mês estável e cheio de energia positiva.Dinheiro: É um bom momento para negócios, pro-

pício à venda de imóveis.

Amor: É uma boa altura para os nativos solteiros iniciarem um relacionamento estável.

Saúde: O descanso e o exercício físico são fun-damentais.

Dinheiro: Planifique a sua vida profissional.

Amor: Deixe o seu orgulho de lado e opte por con-versar calmamente com a sua cara-metade. Abra o seu coração e seja fiel ao que ele lhe transmite.

Saúde: Possíveis problemas respiratórios. Dinheiro: Avance com a abertura de um negócio

próprio, mas informe-se bem antes de o fazer.

Amor: Evite pensamentos negativos. Adote uma postura mais descontraída perante a vida. Descubra a força imensa que traz dentro de si!

Saúde: Tendência para apanhar uma pequena constipação.

Dinheiro: Acontecimentos inesperados farão com que seja promovido mais cedo do que julga.

Amor: Poderá viver uma aventura de grande im-portância para si. Mostre toda a sua força, determina-ção e criatividade, e ponha em prática os seus projetos com paixão.

Saúde: Dê mais atenção às dores de cabeça.Dinheiro: Não seja tão materialista, pois só tem a

perder com isso.

Amor: Tenha uma atitude de confiança para com a pessoa amada. Abra o seu coração, e isso trará um novo sentido ao seu relacionamento.

Saúde: Possíveis dores de ouvidos. Dinheiro: Cuidado com as finanças. Vigie melhor

as suas despesas.

Amor: O companheirismo é a base de qualquer re-lação. Fale sobre o que é necessário e seja carinhoso.

Saúde: Combata a tendência para se isolar e re-fletir demasiado.

Dinheiro: Algo inesperado poderá acontecer e co-locar em causa a sua competência.

Amor: Procure ser mais compreensivo com quem o rodeia. Procure dizer coisas boas, a palavra tem muita força!

Saúde: Ao longo deste mês poderá ser incomodado por alguns problemas de coluna.

Dinheiro: Acredite nas suas capacidades profissio-nais.

Amor: Uma data muito importante aproxima-se, não se esqueça dela. Exercitar a arte de ser feliz é mui-to divertido!

Saúde: Proteja-se, não ingira nada que seja nocivo para o seu organismo.

Dinheiro: Uma viagem de trabalho irá obrigá-lo a ausentar-se durante mais tempo do que o previsto.

Amor: Deixe o orgulho de lado e peça desculpa sempre que errar. Se quer ser verdadeiramente vitorio-so, vença-se a si próprio!

Saúde: Proteja-se do frio, ou pode ser surpreendi-do por uma constipação.

Dinheiro: Cuidado com os gastos supérfluos.

Amor: Surgirá um novo interesse romântico na sua vida. Procure intensamente sentimentos sólidos e dura-douros, espalhando em seu redor alegria e bem-estar!

Saúde: Regular. Sem nada de grave a assinalar. Dinheiro: Prosperidade para a vida financeira.

Maria HelenaSocióloga, tarólogae apresentadora

210 929 [email protected]

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A aplicação eFatura não é nova mas tem vindo a melhorar e numa altura em que os portugueses cumprem o prazo de entrega do IRS pode ser uma grande ajuda. A eFatura possibilita ao utilizador a consulta das suas faturas e a inserção e correção de faturas que estão por validar no portal e-fatura.

Recorde-se que o Dec. Lei n.º 198/2012, que entrou em vigor no dia 1 de janeiro de 2013, criou medidas de controlo da emissão de faturas as-sociado a um incentivo de natureza fiscal. Desta forma, a aplicação eFatura veio facilitar a consulta das faturas e benefício fiscal do utilizador, através de um conjunto de funcionalidades úteis, como por exemplo, o backup de faturas, através da ga-leria do smartphone ou conta pessoal do Dropbox.

Em modo offline também é possível aceder à informação do valor benefício estimado, remoção de faturas inseridas pelo utilizador e informação sobre os valores totais faturados. Em 2014, a apli-cação passou a integrar o sorteio da fatura da sor-te e a gestão de faturas duplicadas.

O prazo de validação das faturas relativas ao ano passado terminou a 28 de fevereiro, mas caso instale esta aplicação poderá começar já hoje a preparar o seu próximo IRS.

53VIVACIDADE ABRIL 2015

Lazer

LELO e ZEZINHA

eFatura: Uma ajudaindispensável para o IRS

VIVA TECExposições:

- Até 3 de maio, “Mário Américo”, ex-posição antológica, de desenho, na Fundação Júlio Resende

- Até 9 de maio, “A Carvão e Água”, aguarelas de Ferreira da Silva, no Mu-seu Mineiro de São Pedro da Cova

- Até 9 de maio, Pintura de António Teixeira, na Casa da Juventude de Rio Tinto

- Até 10 de maio, “O Feminino”, da co-leção do espólio de Arte do Município de Gondomar

Música:

- 11h, 25 de abril – Música com Bebés e Papás, na Casa Branca de Gramido

- 21h30, 30 de abril – Noite de Fados do SC Rio Tinto, no Estádio Cidade de Rio Tinto

Cinema:

- 21h30, 30 de abril – Ciclo de Ci-nema e o Porto: “Aniki Bóbó”, na Biblioteca Municipal de Gondomar

Desporto:

- 10h, 28 de março – VII Gondostree-tbasket, no Largo do Souto

Teatro:

- 21h30, 24 de abril – “O Caminho da Cruz”, de Henry Ghéon, na Igreja Nossa Sra. Mãe dos Homens (Capu-chinhos) de S. Cosme

- Sábados às 21h30, até 6 de junho – 31.º Festival de Teatro Amador de Valbom, na Escola Dramática e Musi-cal Valboense

Diversos:

- 21h30, 24 de abril – “Conversas de Abril”, com Fernando Gomes, na Bi-blioteca Municipal de Gondomar 14h, 25 de abril – Casting de modelos “Há moda na casa”, na Casa da Ju-ventude de Rio Tinto

- 14h30, 25 de abril – Gondomar Soli-dário, no Multiusos de Gondomar

AGENDA CULTURAL VIVACIDADE

VIVA FOTO Gramido, Valbom

Rui Duarte Silva, Fotojornalista no Jornal Expresso - www.ruiduartesilva.com

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54 VIVACIDADE ABRIL 2015

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Costureira

588530263

Tempo completo. Contrato a termo

S. Cosme

Com experiência em ponto corrido e corte e cose

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Instalador Ar Condicionado

588530888

Tempo completo. Contrato sem termo

S. Cosme

Com muita experiência na montagem/insta-lação de ar condicionado

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Operador Máquinas CNC

588509983

Tempo completo. Contrato sem termo

Foz do Sousa

Operador fresadora CNC. Experiência 2 anos.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Empregado Escritório

588531163

Tempo completo. Contrato a termo

Jovim

Com conhecimentos de inglês, francês e informática

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Canalizador

588534668

Tempo completo. Contrato a termo incerto

Baguim do Monte

Com experiência em colocação de louça sani-tária/reparações

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Técnico de Telecomunicações

588530052

Tempo completo. Contrato a termo

Baguim do Monte

Com experiência em fibra óptica/rede clien-te. Medida Estimulo Emprego

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Motorista pesados

588527603

Tempo completo. Contrato a termo

Valbom

Com experiência. Medida Estimulo Emprego

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Empregado escritório

588532477

Tempo completo. Contrato sem termo

Rio Tinto

Conhecimentos SAGE. Medida Estimulo Emprego

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Serralheiro Civil

588534907

Tempo completo. Contrato sem termo

Foz do Sousa

Experiência em montagem de estruturas metálicas.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Operador Máquinas de meter elástico

588533531

Tempo completo. Contrato sem termo

Rio Tinto

Com experiência

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Motorista de Pesados de Mercadorias

588535153

Tempo completo. Contrato a termo incerto

Jovim

Com experiência mínima de 2 anos (semi--reboque)

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Ajudante jardinagem

588531236

Tempo parcial (2 dias/semana)

Foz do Sousa

Com curso de formação e experiência profis-sional em jardinagem

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) as-sociada a cada oferta de emprego.Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização e a sua publicação.

Centro de Emprego de Gondomar

Telefone 224 662 510R. Padre Augusto Maia, 26 / 4420 - 225 Gondomar

E-mail: [email protected]

Emprego

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