edição 7

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1 www.revistamista.com.br 2011 Nº07 distribuição gratuita Fone de Ouvido Atualidades Cultura Popular Conheça a banda Cartolas! Os idosos correspondem a maior parte da população brasileira. Nação Tarja Preta O Grafite, o Rap e o Hip Hop Feita para você! Cresce o número de pessoas que se medicam de forma inadequada com ansiolíticos e antidepressivos no Brasil

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revista edição 7

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www.revistamista.com.br

2011 Nº07

distrib

uiçã

o

g ra tu i ta

Fone de Ouvido

Atualidades

Cultura Popular

Conheça a banda Cartolas!

Os idosos correspondem a maior parte da populaçãobrasileira.

Nação Tarja Preta

O Grafite, o Rap e o Hip Hop

Feita para você!

Cresce o número de pessoas que se medicam de forma inadequada com ansiolíticos e antidepressivos no Brasil

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Mis

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Feita

par

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cê!

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4 | www.revistamista.com.br | nº 07 | 201106 | www.revistamista.com | junho 2010

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6 | www.revistamista.com.br | nº 07 | 2011

A Revista Mista chega à sua 7ª edição com grandes motivos para comemorar. Hoje, nossa publicação é tida como um diferencial na imprensa de Governador Valadares e Região. O que só foi possível em função do conteúdo informativo, dinâmico e contextualizado, que vai de encontro com as expectativas dos nossos leitores.

Tendo em vista o aumento do uso incorreto de medicamentos controlados, e diante da importância de abordar este tema, a matéria principal desta edição busca alertar os leitores sobre os riscos da automedicação. Para aprofundar o tema, nossa equipe ouviu especialistas que explicaram todos os efeitos destes medicamentos no corpo e na mente de quem os utiliza.

Destaca-se ainda a interação que a Revista Mista tem com seus leitores, se fazendo presente nas principais redes sociais, entre elas orkut, twitter e facebook. Mantendo-se conectada ao mundo virtual e criando vínculos com os leitores 2.0, vale lembrar que o portal da Revista Mista possui além de conteúdo impresso, conteúdo inédito, gerando debates, opiniões e informação local na rede.

É com muito orgulho que a cada edição nossa Revista conquista novos públicos em cidades vizinhas, entre elas: Itamarandiba, Peçanha, Engenheiro Caldas, Itanhomi, Tarumirim, Santa Maria do Suassuí e Conselheiro Pena. É muito gratifi cante ver nosso trabalho se expandir, daí nossa preocupação em sempre publicar matérias que acrescentem aos nossos leitores.

Boa leitura!

Inte

rativ

idad

e

editorial

Para falar conosco mande seu e-mail para [email protected] ou [email protected] também o nosso site:www.revistamista.com.br, que traz notícias atualizadas, de uma forma descontraída e perspicaz.

@arianegv: @revistamista Bom dia! A revista já saiu...cadê a minha? aguardo

bjs

@brunaofaria: @RevistaMista Aeee!!! Bem vinda novamente, @RevistaMista

!!!!!

@may_alanna: Parabéns a toda a equipe da @revistamista que sempre inova

trazendo conteúdo de qualidade para Valadares e região de forma gratuita.

do Leitor

Expediente | Jornalista Responsável Ana Elisa Oliveira, [email protected] | Jornalistas da Redação Mariana Muller, Thabata do Bem, Fábio F. Monteiro, Rossana Andrade | Colunistas Brunno Barbosa, Cássia Emanuely, Lucas Del Peloso, Nilton Porcaro, Ricardo Costa, Priscilla Radd, Charles Couto | Designer: Elizabeth Ribeiro | Publicidade Rafaela Bravim, [email protected] | Correção Ortográfi ca Bianca Struncky |Site Apiki - Revista digital www.revistamista.com.br | Comercial [email protected] | Rede Social Twitter: Twitter.com/revistamista | Orkut: Revista Mista | Facebook: facebook.com/revistamista | Fale Conosco [email protected] | [email protected] | + 55 (33) 3275-3524 | Tiragem 6.000 exemplares |Periodicidade Bimestral | Abrangência Governa-dor Valadares, Vale do aço, Mantena, Itabirinha, Peçanha, Engenheiro Caldas, Itamarandiba, Peçanha, Itanhomi, Tarumirim, Santa Maria do Suassuí e Conselheiro Pena | Editora Publicar CNPJ: 11.750.135/0001-90

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A Revista Mista chega à sua 7ª edição com grandes motivos para comemorar. Hoje, nossa publicação é tida como um diferencial na imprensa de Governador Valadares e Região. O que só foi possível em função do conteúdo informativo, dinâmico e contextualizado, que vai de encontro com as expectativas dos nossos leitores.

Tendo em vista o aumento do uso incorreto de medicamentos controlados, e diante da importância de abordar este tema, a matéria principal desta edição busca alertar os leitores sobre os riscos da automedicação. Para aprofundar o tema, nossa equipe ouviu especialistas que explicaram todos os efeitos destes medicamentos no corpo e na mente de quem os utiliza.

Destaca-se ainda a interação que a Revista Mista tem com seus leitores, se fazendo presente nas principais redes sociais, entre elas orkut, twitter e facebook. Mantendo-se conectada ao mundo virtual e criando vínculos com os leitores 2.0, vale lembrar que o portal da Revista Mista possui além de conteúdo impresso, conteúdo inédito, gerando debates, opiniões e informação local na rede.

É com muito orgulho que a cada edição nossa Revista conquista novos públicos em cidades vizinhas, entre elas: Itamarandiba, Peçanha, Engenheiro Caldas, Itanhomi, Tarumirim, Santa Maria do Suassuí e Conselheiro Pena. É muito gratifi cante ver nosso trabalho se expandir, daí nossa preocupação em sempre publicar matérias que acrescentem aos nossos leitores.

Boa leitura!

Inte

rativ

idad

eeditorial

Para falar conosco mande seu e-mail para [email protected] ou [email protected] também o nosso site:www.revistamista.com.br, que traz notícias atualizadas, de uma forma descontraída e perspicaz.

@arianegv: @revistamista Bom dia! A revista já saiu...cadê a minha? aguardo

bjs

@brunaofaria: @RevistaMista Aeee!!! Bem vinda novamente, @RevistaMista

!!!!!

@may_alanna: Parabéns a toda a equipe da @revistamista que sempre inova

trazendo conteúdo de qualidade para Valadares e região de forma gratuita.

do Leitor

Expediente | Jornalista Responsável Ana Elisa Oliveira, [email protected] | Jornalistas da Redação Mariana Muller, Thabata do Bem, Fábio F. Monteiro, Rossana Andrade | Colunistas Brunno Barbosa, Cássia Emanuely, Lucas Del Peloso, Nilton Porcaro, Ricardo Costa, Priscilla Radd, Charles Couto | Designer: Elizabeth Ribeiro | Publicidade Rafaela Bravim, [email protected] | Correção Ortográfi ca Bianca Struncky |Site Apiki - Revista digital www.revistamista.com.br | Comercial [email protected] | Rede Social Twitter: Twitter.com/revistamista | Orkut: Revista Mista | Facebook: facebook.com/revistamista | Fale Conosco [email protected] | [email protected] | + 55 (33) 3275-3524 | Tiragem 6.000 exemplares |Periodicidade Bimestral | Abrangência Governa-dor Valadares, Vale do aço, Mantena, Itabirinha, Peçanha, Engenheiro Caldas, Itamarandiba, Peçanha, Itanhomi, Tarumirim, Santa Maria do Suassuí e Conselheiro Pena | Editora Publicar CNPJ: 11.750.135/0001-90

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sum

ário

A Revista Mista agradece a todos os colaboradores desde a equipe de edição, aos anunciantes e aos leitores que com sua colaboração, tornaram esta publicação possível.A Revista Mista não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressam apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção da Revista. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.A Revista não possui assinatura e venda unitária. A distribuição é gratuita! É proibida a comercialização ou reprodução, sem autorização da empresa.Todos os direitos reservados.

12 CapaCresce o uso descontrolado de medicamentos tarja preta no Brasil

08

18

25

10

22

20

Atualidades

Política

Solidariedade

Leitor Escritor

Direito

Tecnologia

Os idosos correspondem à grande parcela da população brasileira

Entenda um pouco mais sobre ética

Ajudar o próximo sem esperar nada em troca

Enfrentando um dia agitado com bom humor

A venda casada é um crime contra o consumidor

A tecnologia da informação é essencial para o sucesso da sua empresa

12

29

18

58

17 ComportamentoPratique o desapego, já!

52

36

57

29

56

Cultura Popular

Gatronomia

Moda

Preserve

Dica pra Viagem

44

50

54

59

40

42

48

61

34

33

Fone de Ouvido

Turismo de A à Z

Balada Mista

Casa, lar e urbanismo

Esporte

Nutrição

Saúde

Na Mira

História

Profissão

Conheça um pouco sobre o samba rock e a banda Cartolas

Se encante pelas belezas de Milho Verde

DJ Fabiano Sales e a Celebration 3

A acessibilidade espacial é um desafio da inclusão social

O Rio Doce é cenário perfeito para a prática da canoagem

A busca pelo corpo perfeito volta com tudo neste verão

O câncer tem tirado o sono de muitos cientistas

Conheça Joilson Lana

O Cinema Brasileiro é fonte de entretenimento e cultura

Ser professor é prioridade ou última opção? O grafite, o rap e o hip hop lutam por um lugar ao sol

Conheça mais sobre a Gastronomia Molecular

Confira as tendências para o inverno

Conheça o papel semente

Os erros mais comuns quando viajamos

5418

58

26 BichosSe encante com as calopsitas

46 ContabilidadeFisco aperta cerco contra os contribuintes

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sum

ário

A Revista Mista agradece a todos os colaboradores desde a equipe de edição, aos anunciantes e aos leitores que com sua colaboração, tornaram esta publicação possível.A Revista Mista não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressam apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção da Revista. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.A Revista não possui assinatura e venda unitária. A distribuição é gratuita! É proibida a comercialização ou reprodução, sem autorização da empresa.Todos os direitos reservados.

12 CapaCresce o uso descontrolado de medicamentos tarja preta no Brasil

08

18

25

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22

20

Atualidades

Política

Solidariedade

Leitor Escritor

Direito

Tecnologia

Os idosos correspondem à grande parcela da população brasileira

Entenda um pouco mais sobre ética

Ajudar o próximo sem esperar nada em troca

Enfrentando um dia agitado com bom humor

A venda casada é um crime contra o consumidor

A tecnologia da informação é essencial para o sucesso da sua empresa

12

29

18

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17 ComportamentoPratique o desapego, já!

52

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Cultura Popular

Gatronomia

Moda

Preserve

Dica pra Viagem

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61

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Fone de Ouvido

Turismo de A à Z

Balada Mista

Casa, lar e urbanismo

Esporte

Nutrição

Saúde

Na Mira

História

Profissão

Conheça um pouco sobre o samba rock e a banda Cartolas

Se encante pelas belezas de Milho Verde

DJ Fabiano Sales e a Celebration 3

A acessibilidade espacial é um desafio da inclusão social

O Rio Doce é cenário perfeito para a prática da canoagem

A busca pelo corpo perfeito volta com tudo neste verão

O câncer tem tirado o sono de muitos cientistas

Conheça Joilson Lana

O Cinema Brasileiro é fonte de entretenimento e cultura

Ser professor é prioridade ou última opção? O grafite, o rap e o hip hop lutam por um lugar ao sol

Conheça mais sobre a Gastronomia Molecular

Confira as tendências para o inverno

Conheça o papel semente

Os erros mais comuns quando viajamos

5418

58

26 BichosSe encante com as calopsitas

46 ContabilidadeFisco aperta cerco contra os contribuintes

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atualidades

idosos cresce no Brasilpor Ana Eliza Oliveira

População de

O número de idosos vem crescendo em grandes proporções no Brasil. Isso porque a participação das pessoas com 25 anos ou mais, no total da população

brasileira, vem aumentando ano a ano entre 2004 (53,7%) e 2009 (58,4%). Na população de 60 anos ou mais, o cres-cimento foi de 697 mil pessoas entre 2008 e 2009, o que representou aumento de 3,3% contra elevação de 1% no total da população residente do país. Mas será que o Brasil está preparado para dar suporte a essa parcela de brasileiros?

Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) apontam que a população de pessoas com até 24 anos de idade, caiu de 46,3% para 41,6% no mesmo período. Na comparação entre 2008 e 2009, houve redução de 642 mil pessoas na população até 24 anos de idade, enquanto a faixa etária de 25 a 59 anos aumentou em 1,8 milhão de pessoas.

Em 2009, 11,3% dos brasileiros tinham 60 anos ou mais, frente a 11,1% em 2008 e 9,7% em 2004. A região Norte seguiu com as maiores concentrações relativas nos grupos etários mais jovens, sobretudo de pessoas de 5 a 14 anos de idade, 21,4% em 2009. As regiões Sul e Sudeste apresentaram os maiores percentuais na faixa de 40 a 59 anos, 25,6% e 26,2% respectivamente; na faixa de 60 anos ou mais, 12,7% e 12,3%.

Qualidade de vida e direitos

Com os dados pode-se perceber que a população de idosos no Brasil nunca foi tão grande. Mas e os direitos à saúde, ao transporte, ao lazer e à habitação dos idosos têm sido respeitados? A qualidade de vida tem melhorado com o passar dos anos? Nas ruas, as opiniões divergem.

Para a aposentada Geralda Sardinha, de 67 anos, a qualidade de vida dos idosos melhorou nos últimos anos. “Creio que esse último governo avançou demais em relação às melhorias na qualidade de vida”.

O aposentado Othir Ribeiro, de 75 anos, discorda. Ele afi rma que não são todos os aposentados que têm boa qualidade de vida. “A qualidade de vida está inteiramente ligada à renda dos idosos. De modo geral, ela é ruim. Hoje em dia, por exemplo, os idosos que dependem da saúde pública estão praticamente abandonados”.

Opinião confi rmada pela coordenadora da Coordenadoria de Apoio e Assistência ao Idoso (CAAI) de Governador Valadares, Edith Marques. “O que vemos hoje é que a lei não é cumprida. Os direitos dos idosos ainda são desrespeitados. A popula-ção ainda não é educada, é uma questão de cultura. Faltam campanhas educativas para educar a população”, explica.

Ainda de acordo com a coordenadora, o poder público também deixa a desejar, assim como os idosos que não conhecem os seus direitos. “Muitos idosos colocam na cabeça que não servem mais para nada. Esse pensamento é errado, pois eles passam sabedoria para os mais novos. Por isso, eles devem ser respeitados e valorizados”.

idosos cresce no BrasilPopulação de

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atualidades

idosos cresce no Brasilpor Ana Eliza Oliveira

População de

O número de idosos vem crescendo em grandes proporções no Brasil. Isso porque a participação das pessoas com 25 anos ou mais, no total da população

brasileira, vem aumentando ano a ano entre 2004 (53,7%) e 2009 (58,4%). Na população de 60 anos ou mais, o cres-cimento foi de 697 mil pessoas entre 2008 e 2009, o que representou aumento de 3,3% contra elevação de 1% no total da população residente do país. Mas será que o Brasil está preparado para dar suporte a essa parcela de brasileiros?

Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) apontam que a população de pessoas com até 24 anos de idade, caiu de 46,3% para 41,6% no mesmo período. Na comparação entre 2008 e 2009, houve redução de 642 mil pessoas na população até 24 anos de idade, enquanto a faixa etária de 25 a 59 anos aumentou em 1,8 milhão de pessoas.

Em 2009, 11,3% dos brasileiros tinham 60 anos ou mais, frente a 11,1% em 2008 e 9,7% em 2004. A região Norte seguiu com as maiores concentrações relativas nos grupos etários mais jovens, sobretudo de pessoas de 5 a 14 anos de idade, 21,4% em 2009. As regiões Sul e Sudeste apresentaram os maiores percentuais na faixa de 40 a 59 anos, 25,6% e 26,2% respectivamente; na faixa de 60 anos ou mais, 12,7% e 12,3%.

Qualidade de vida e direitos

Com os dados pode-se perceber que a população de idosos no Brasil nunca foi tão grande. Mas e os direitos à saúde, ao transporte, ao lazer e à habitação dos idosos têm sido respeitados? A qualidade de vida tem melhorado com o passar dos anos? Nas ruas, as opiniões divergem.

Para a aposentada Geralda Sardinha, de 67 anos, a qualidade de vida dos idosos melhorou nos últimos anos. “Creio que esse último governo avançou demais em relação às melhorias na qualidade de vida”.

O aposentado Othir Ribeiro, de 75 anos, discorda. Ele afi rma que não são todos os aposentados que têm boa qualidade de vida. “A qualidade de vida está inteiramente ligada à renda dos idosos. De modo geral, ela é ruim. Hoje em dia, por exemplo, os idosos que dependem da saúde pública estão praticamente abandonados”.

Opinião confi rmada pela coordenadora da Coordenadoria de Apoio e Assistência ao Idoso (CAAI) de Governador Valadares, Edith Marques. “O que vemos hoje é que a lei não é cumprida. Os direitos dos idosos ainda são desrespeitados. A popula-ção ainda não é educada, é uma questão de cultura. Faltam campanhas educativas para educar a população”, explica.

Ainda de acordo com a coordenadora, o poder público também deixa a desejar, assim como os idosos que não conhecem os seus direitos. “Muitos idosos colocam na cabeça que não servem mais para nada. Esse pensamento é errado, pois eles passam sabedoria para os mais novos. Por isso, eles devem ser respeitados e valorizados”.

idosos cresce no BrasilPopulação de

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... Quando olhou para o relógio, já era próximo da meia noite.Desligou o computador.Um dia daqueles curtos, com tantas coisas para se fazer, ansiedade

do cão corroendo cada pedacinho do seu estômago.Deixou seus pensamentos e preocupações lá no PC, para aproveitar

melhor a noite de sono.“Como dividir o tempo entre o escritório e as infi nitas idéias de textos,

para logo serem digitalizados?” Vivia se perguntando.Apagou.Seis horas da manhã, soa a música de abertura do Jô Soares.“Vou matar minha fi lha por estar vendo TV uma hora dessa e ainda

nessa altura.” Pensou, tentando abrir os olhos. Lembrou que era o seu despertador.

Deu uma gargalhada e rapidamente mudou de humor.Ao lavar o rosto, viu o quanto estava pálida e, pior que isso, tinha

enormes olheiras. Parecia o urso panda.“Nossa! Estou virando um unicórnio!” Disse espantada vendo aquela

gigante espinha próximo ao nariz, junto ao olho direito.“Culpa sua, dona Denise. Pegou pesado com a pimenta e com o

amendoim esta semana e ainda não descarregou sua ansiedade na corrida matinal.” Era sua mente gritando com ela.

Fez uma careta para o espelho, terminou de se trocar, colocou um mega óculos para esconder aquele tiranossauro rex do rosto e foi.

Voltou outra para casa.Tomou um chá, comeu umas fatias de manga e subiu para tomar uma

ducha fria.Era tudo o que precisava para arriscar ir de salto ‘12’ para o trabalho.“Suzi! Ganhei de você hoje!” Lembrou de um comentário da amiga

sobre o salto ‘8’ que ela havia usado uma vez.Saiu toda perfumada, deixando rastros pela rua.Resolveu pegar até outro atalho para evitar andar feio, já que por onde

costumava ir era cheio de buracos e ela não era muito de usar sapato alto com frequência.

Não tinha um que não a reparava.“Como é bom se arrumar um pouquinho de vez em quando!”

Pensou enchendo o peito de orgulho por ter se tornado uma mulher independente, comunicativa e agradável.

CRACK!Quebrou o salto.Olhou para o lado e para o outro, segurou para não rir de si mesma e

não conseguiu pensar em nada naquele segundo.Quebrou o outro salto.“Agora está melhor.” Pensou, dando gargalhadas.“Eu estava indo de scarpin e agora estou de sapatilhas.”Continuou linda e fi na, louca para chegar ao serviço e contar para sua

chefe, que com certeza iria rir horrores.“O que teria sido de mim sem ‘O pique de Nova York?’ Se perguntou

lembrando de uma cena parecida.“Teria ido descalça de volta para casa.”

leitor escritor

Por Gabriella Corrêa Lima

O S

ALT

O

A mulher não nasce feita: ela se faz mulher.Simone de Beauvoir

Estudante de Pedagogia

12

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... Quando olhou para o relógio, já era próximo da meia noite.Desligou o computador.Um dia daqueles curtos, com tantas coisas para se fazer, ansiedade

do cão corroendo cada pedacinho do seu estômago.Deixou seus pensamentos e preocupações lá no PC, para aproveitar

melhor a noite de sono.“Como dividir o tempo entre o escritório e as infi nitas idéias de textos,

para logo serem digitalizados?” Vivia se perguntando.Apagou.Seis horas da manhã, soa a música de abertura do Jô Soares.“Vou matar minha fi lha por estar vendo TV uma hora dessa e ainda

nessa altura.” Pensou, tentando abrir os olhos. Lembrou que era o seu despertador.

Deu uma gargalhada e rapidamente mudou de humor.Ao lavar o rosto, viu o quanto estava pálida e, pior que isso, tinha

enormes olheiras. Parecia o urso panda.“Nossa! Estou virando um unicórnio!” Disse espantada vendo aquela

gigante espinha próximo ao nariz, junto ao olho direito.“Culpa sua, dona Denise. Pegou pesado com a pimenta e com o

amendoim esta semana e ainda não descarregou sua ansiedade na corrida matinal.” Era sua mente gritando com ela.

Fez uma careta para o espelho, terminou de se trocar, colocou um mega óculos para esconder aquele tiranossauro rex do rosto e foi.

Voltou outra para casa.Tomou um chá, comeu umas fatias de manga e subiu para tomar uma

ducha fria.Era tudo o que precisava para arriscar ir de salto ‘12’ para o trabalho.“Suzi! Ganhei de você hoje!” Lembrou de um comentário da amiga

sobre o salto ‘8’ que ela havia usado uma vez.Saiu toda perfumada, deixando rastros pela rua.Resolveu pegar até outro atalho para evitar andar feio, já que por onde

costumava ir era cheio de buracos e ela não era muito de usar sapato alto com frequência.

Não tinha um que não a reparava.“Como é bom se arrumar um pouquinho de vez em quando!”

Pensou enchendo o peito de orgulho por ter se tornado uma mulher independente, comunicativa e agradável.

CRACK!Quebrou o salto.Olhou para o lado e para o outro, segurou para não rir de si mesma e

não conseguiu pensar em nada naquele segundo.Quebrou o outro salto.“Agora está melhor.” Pensou, dando gargalhadas.“Eu estava indo de scarpin e agora estou de sapatilhas.”Continuou linda e fi na, louca para chegar ao serviço e contar para sua

chefe, que com certeza iria rir horrores.“O que teria sido de mim sem ‘O pique de Nova York?’ Se perguntou

lembrando de uma cena parecida.“Teria ido descalça de volta para casa.”

leitor escritor

Por Gabriella Corrêa Lima

O S

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O

A mulher não nasce feita: ela se faz mulher.Simone de Beauvoir

Estudante de Pedagogia

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14 | www.revistamista.com.br | nº 07 | 2011

capa

Nação TARJA PRETApor Ana Eliza Oliveira

S abe aquele dia em que dá vontade de sumir? O trabalho está estressante, a faculdade não deixa você respirar, o encanamento da casa

precisa ser trocado, os filhos te exigem muitos cui-dados, o namoro já não vai muito bem... Você está prestes a surtar. De repente, durante uma conver-sa com sua melhor amiga, aparece uma luz no fim do túnel. Ou melhor, uma pílula: o Rivotril. Além de deixá-lo calmo e aliviar a ansiedade, o remédio faz você esquecer os problemas durante um tempo. Você chega a pensar que as dificuldades se resol-verão por si só. O que você não sabe é que, com o passar dos meses, o remedinho que antes parecia tão inofensivo e sem pretensões, poderá se tornar um grande vilão em sua vida.

Os dados são alarmantes. O Rivotril é um ansio-lítico que pertence à família dos benzoadizepíni-cos, no dito popular se trata de um calmante. No ranking dos medicamentos mais vendidos no Bra-sil, de acordo com a IMS Health, ele ocupa o se-gundo lugar. Perde apenas para o anticoncepcional Microvlar. Estima-se que cerca de 14 milhões de brasileiros consumam o remédio. O que mais cha-ma atenção é que o fármaco é tarja preta, ou seja,

só é vendido com receita médica. Afinal, por que o remédio é tão consumido? Qual o efeito dele no corpo?

Especialistas afirmam que o principal motivo que leva as pessoas a buscar os ansiolíticos são as co-branças de produtividade e as pressões do dia a dia. “Na pós-modernidade, as pessoas não podem ser infelizes. A sociedade cobra que você seja feliz o tempo todo e produza muito”, afirma a psicóloga especialista em saúde mental e mestre em ciências da educação, Solange Nunes Leite Batista Coelho.

O Rivotril é um medicamento que age no Sistema Nervoso Central. Quando estamos sobre grande pressão, algumas áreas do cérebro passam a tra-balhar mais, o que provoca crises de ansiedade. A ação dele é justamente desacelerar esta atividade, deixando o indivíduo mais calmo. O remédio tam-bém cria a sensação de prazer e estimula o sistema de recompensa do cérebro.

O fármaco é altamente viciante. Isso acontece porque a adaptação do sistema nervoso frente à pílula acontece de forma muito rápida. Quando o organismo percebe que o uso do ansiolítico está constante, começa a criar certa resistência à sua ação. Assim, para voltar a sentir a sensação de alívio que a pílula oferecia, é preciso aumentar a

dosagem. Criando, assim, um ciclo vicioso.A especialista em psicofarmacologia e análises

toxicológicas, Gabriella Freitas Ferreira Correia, alerta que o uso prolongado do remédio pode cau-sar vários efeitos no organismo. “O uso dos ansio-líticos em longo prazo podem gerar dependência química, tolerância, falta de coordenação motora e reflexo, confusão, amnésia e efeito sedativo duran-te o dia”, explica. Por esses e outros motivos, o me-dicamento é altamente contraindicado em idosos e pessoas que operam máquinas. No caso de mulhe-res férteis, é preciso ter cautela, pois o ansiolítico pode causar retardo do crescimento.

Devido a aspectos genéticos ou se ingerido com bebidas alcoólicas, em alguns pacientes, os ben-zodiazepínicos podem provocar reações contrárias. Neste caso, os sintomas são fala acelerada, agita-ção, insônia, irritabilidade e aumento da atividade motora.

A Receita

A grande problemática do Rivotril não pode ser atribu-ída à sua fórmula, mas ao modo como ela é administra-da. É importante lembrar que por se tratar de um remé-dio tarja preta, o medicamento só é vendido com receita médica. Então, por que mesmo sabendo dos efeitos do remédio, os médicos o indicam?

Nação TARJA PRETA

Quando são receitados pelos clínicos gerais, o tempo de tratamento com o ansiolítico deveria ser de no máxi-mo três meses. Este é o prazo recorde para que o corpo humano não fi que viciado no fármaco. Porém, o que acontece é bem diferente. Muitas vezes a indicação do remédio vem de algum amigo ou familiar que faz uso do Rivotril. Alguns também conseguem comprar o remédio de forma ilegal em farmácias, gerando um tratamento feito de forma inadequada. Isso porque, para surtir o efeito esperado, é necessário o acompanhamento de um psiquiatra ou psicólogo junto ao paciente.

Infelizmente, o acesso da população a estes pro-fi ssionais ainda é restrita, devido aos altos custos da consulta. O valor de cada sessão com o psicólogo sai por cerca de R$ 120 e, com o psiquiatra, R$ 250. São valores que não condizem com a situação fi nanceira da maioria dos brasileiros. Informação confi rmada pela psicóloga especialista em saúde mental e mestre em ciências da educação, Solange. “O acesso aos psicólo-gos ainda é restrito a um número pequeno de pessoas. O atendimento ainda é caro para a população e faltam profi ssionais que atuem na área”.

Outra problemática do remédio diz respeito à sua administração pelo paciente. “A prescrição correta dos ansiolíticos prevê que eles sejam introduzidos e retira-dos de forma lenta. Para isso acontecer, é necessário o acompanhamento de um médico. Caso contrário, a pessoa corre o risco de depender do medicamento pela vida inteira”, esclarece o psiquiatra e psicoterapeuta José Adão F. Leal.

Rivotril: o novo Soma?

Os amantes da boa fi cção, com certeza já leram a obra de Aldous Huxley intitulada “Admirável Mundo Novo”. O livro conta basicamente a história de um Planeta Terra totalmente diferente do que existe hoje. Neste “novo mun-do”, os seres humanos são confeccionados em massa, divididos por casta e estão sempre felizes. Para isso, con-tam com a ajuda de uma droga que é legalizada e ingeri-da por todos: o Soma. No formato de uma pílula, a droga induz à euforia e ao esquecimento. Seria então o Rivotril o Soma da sociedade atual?

De certa forma pode-se dizer que sim. Todas as pesso-as que buscam os ansiolíticos querem aliviar algum tipo de ansiedade e buscam alguma compensação. Algo que dê prazer e alívio imediato. Por isso a pílula é tão vendi-da. “As pessoas buscam uma solução rápida. Mas para resolver de fato o problema, o tratamento com o psicólogo acontece em longo prazo. Isso porque a solução de certos problemas implica escolhas e até mudanças de atitudes, para o que muitas vezes as pessoas não estão prepara-das para isso”, afi rma a psicóloga e especialista em saúde mental, Solange.

A ansiedade de forma exagerada, muitas vezes, pode ser sinônimo de depressão. Existe também a possibili-dade de não ser a doença em si, mas apenas o que os psicólogos chamam de humor deprimido. Sendo assim, o ansiolítico funciona apenas como um paliativo, não re-solvendo a causa do problema. “Pílula nenhuma resolve problema. Quando a pessoa se recusa a tratar a real cau-sa desse, ele tende a se agravar ainda mais. Por isso é indispensável o acompanhamento de um psicólogo”.

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capa

Nação TARJA PRETApor Ana Eliza Oliveira

S abe aquele dia em que dá vontade de sumir? O trabalho está estressante, a faculdade não deixa você respirar, o encanamento da casa

precisa ser trocado, os filhos te exigem muitos cui-dados, o namoro já não vai muito bem... Você está prestes a surtar. De repente, durante uma conver-sa com sua melhor amiga, aparece uma luz no fim do túnel. Ou melhor, uma pílula: o Rivotril. Além de deixá-lo calmo e aliviar a ansiedade, o remédio faz você esquecer os problemas durante um tempo. Você chega a pensar que as dificuldades se resol-verão por si só. O que você não sabe é que, com o passar dos meses, o remedinho que antes parecia tão inofensivo e sem pretensões, poderá se tornar um grande vilão em sua vida.

Os dados são alarmantes. O Rivotril é um ansio-lítico que pertence à família dos benzoadizepíni-cos, no dito popular se trata de um calmante. No ranking dos medicamentos mais vendidos no Bra-sil, de acordo com a IMS Health, ele ocupa o se-gundo lugar. Perde apenas para o anticoncepcional Microvlar. Estima-se que cerca de 14 milhões de brasileiros consumam o remédio. O que mais cha-ma atenção é que o fármaco é tarja preta, ou seja,

só é vendido com receita médica. Afinal, por que o remédio é tão consumido? Qual o efeito dele no corpo?

Especialistas afirmam que o principal motivo que leva as pessoas a buscar os ansiolíticos são as co-branças de produtividade e as pressões do dia a dia. “Na pós-modernidade, as pessoas não podem ser infelizes. A sociedade cobra que você seja feliz o tempo todo e produza muito”, afirma a psicóloga especialista em saúde mental e mestre em ciências da educação, Solange Nunes Leite Batista Coelho.

O Rivotril é um medicamento que age no Sistema Nervoso Central. Quando estamos sobre grande pressão, algumas áreas do cérebro passam a tra-balhar mais, o que provoca crises de ansiedade. A ação dele é justamente desacelerar esta atividade, deixando o indivíduo mais calmo. O remédio tam-bém cria a sensação de prazer e estimula o sistema de recompensa do cérebro.

O fármaco é altamente viciante. Isso acontece porque a adaptação do sistema nervoso frente à pílula acontece de forma muito rápida. Quando o organismo percebe que o uso do ansiolítico está constante, começa a criar certa resistência à sua ação. Assim, para voltar a sentir a sensação de alívio que a pílula oferecia, é preciso aumentar a

dosagem. Criando, assim, um ciclo vicioso.A especialista em psicofarmacologia e análises

toxicológicas, Gabriella Freitas Ferreira Correia, alerta que o uso prolongado do remédio pode cau-sar vários efeitos no organismo. “O uso dos ansio-líticos em longo prazo podem gerar dependência química, tolerância, falta de coordenação motora e reflexo, confusão, amnésia e efeito sedativo duran-te o dia”, explica. Por esses e outros motivos, o me-dicamento é altamente contraindicado em idosos e pessoas que operam máquinas. No caso de mulhe-res férteis, é preciso ter cautela, pois o ansiolítico pode causar retardo do crescimento.

Devido a aspectos genéticos ou se ingerido com bebidas alcoólicas, em alguns pacientes, os ben-zodiazepínicos podem provocar reações contrárias. Neste caso, os sintomas são fala acelerada, agita-ção, insônia, irritabilidade e aumento da atividade motora.

A Receita

A grande problemática do Rivotril não pode ser atribu-ída à sua fórmula, mas ao modo como ela é administra-da. É importante lembrar que por se tratar de um remé-dio tarja preta, o medicamento só é vendido com receita médica. Então, por que mesmo sabendo dos efeitos do remédio, os médicos o indicam?

Nação TARJA PRETA

Quando são receitados pelos clínicos gerais, o tempo de tratamento com o ansiolítico deveria ser de no máxi-mo três meses. Este é o prazo recorde para que o corpo humano não fi que viciado no fármaco. Porém, o que acontece é bem diferente. Muitas vezes a indicação do remédio vem de algum amigo ou familiar que faz uso do Rivotril. Alguns também conseguem comprar o remédio de forma ilegal em farmácias, gerando um tratamento feito de forma inadequada. Isso porque, para surtir o efeito esperado, é necessário o acompanhamento de um psiquiatra ou psicólogo junto ao paciente.

Infelizmente, o acesso da população a estes pro-fi ssionais ainda é restrita, devido aos altos custos da consulta. O valor de cada sessão com o psicólogo sai por cerca de R$ 120 e, com o psiquiatra, R$ 250. São valores que não condizem com a situação fi nanceira da maioria dos brasileiros. Informação confi rmada pela psicóloga especialista em saúde mental e mestre em ciências da educação, Solange. “O acesso aos psicólo-gos ainda é restrito a um número pequeno de pessoas. O atendimento ainda é caro para a população e faltam profi ssionais que atuem na área”.

Outra problemática do remédio diz respeito à sua administração pelo paciente. “A prescrição correta dos ansiolíticos prevê que eles sejam introduzidos e retira-dos de forma lenta. Para isso acontecer, é necessário o acompanhamento de um médico. Caso contrário, a pessoa corre o risco de depender do medicamento pela vida inteira”, esclarece o psiquiatra e psicoterapeuta José Adão F. Leal.

Rivotril: o novo Soma?

Os amantes da boa fi cção, com certeza já leram a obra de Aldous Huxley intitulada “Admirável Mundo Novo”. O livro conta basicamente a história de um Planeta Terra totalmente diferente do que existe hoje. Neste “novo mun-do”, os seres humanos são confeccionados em massa, divididos por casta e estão sempre felizes. Para isso, con-tam com a ajuda de uma droga que é legalizada e ingeri-da por todos: o Soma. No formato de uma pílula, a droga induz à euforia e ao esquecimento. Seria então o Rivotril o Soma da sociedade atual?

De certa forma pode-se dizer que sim. Todas as pesso-as que buscam os ansiolíticos querem aliviar algum tipo de ansiedade e buscam alguma compensação. Algo que dê prazer e alívio imediato. Por isso a pílula é tão vendi-da. “As pessoas buscam uma solução rápida. Mas para resolver de fato o problema, o tratamento com o psicólogo acontece em longo prazo. Isso porque a solução de certos problemas implica escolhas e até mudanças de atitudes, para o que muitas vezes as pessoas não estão prepara-das para isso”, afi rma a psicóloga e especialista em saúde mental, Solange.

A ansiedade de forma exagerada, muitas vezes, pode ser sinônimo de depressão. Existe também a possibili-dade de não ser a doença em si, mas apenas o que os psicólogos chamam de humor deprimido. Sendo assim, o ansiolítico funciona apenas como um paliativo, não re-solvendo a causa do problema. “Pílula nenhuma resolve problema. Quando a pessoa se recusa a tratar a real cau-sa desse, ele tende a se agravar ainda mais. Por isso é indispensável o acompanhamento de um psicólogo”.

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16 | www.revistamista.com.br | fevereiro 201016 | www.revistamista.com.br | novembro 2010

Tornei-me tolerante e, por mais que quisesse diminuir a dose, ela não fazia mais efeito. Em algumas ocasiões, devido ao estresse, cheguei a ingerir cinco comprimidos diários de 2 mg, totalizando 10 mg.Daniel Gomes Souza Ramos , 25 anos

“ “

DIÁRIO DE UM ADOLESCENTEA IRREAL BUSCA DA PAZ

Talvez seja esse o motivo que fez com que Daniel Go-

mes Souza Ramos, de 25 anos, tivesse acesso ao Rivo-tril pela primeira vez. “Comecei a tomar o remédio devido ao diagnóstico de Síndrome do Pânico com agravamen-to de Agorafobia, que é o isolamento em casa e medo de qualquer situação externa à sua zona de conforto”.

Além das crises, Daniel afi rma que tinha um medo ter-rível de ambientes fechados e de andar de ônibus. Inco-modado com a situação, foi à procura de atendimento médico. Assim, conseguiu a primeira receita: 0,5 miligra-mas de Rivotril e um antidepressivo à base de fl uoxetina.

Sem o acompanhamento de um psicólogo ou psiquiatra, as crises de pânico não foram aliviadas, o que fez com que Daniel aumentasse, por conta própria, a dosagem do medicamento. “Em 20 dias aumentei a do-sagem do Rivotril para 0,5 mg de manhã e 0,5 á noite. Fiz isso porque durante o dia eu passava mal devido ao pânico”.

Com o aumento da dosagem, os comprimidos aca-baram mais rapidamente. O medo de fi car sem o medi-camento era grande e fez com que Daniel buscasse as pílulas de forma ilegal. “Uma tia que trabalhava no Siste-ma Público de Saúde começou a conseguir as receitas

e passei a me automedicar com doses de 2 mg pela ma-nhã, a mesma dosagem depois do almoço e novamente à noite. Desta forma, demorou pouco para a facilidade em adquirir as receitas me viciarem no remédio. Tornei-me tolerante e, por mais que quisesse diminuir a dose, ela não fazia mais efeito. Em algumas ocasiões, devido ao estresse, cheguei a ingerir cinco comprimidos diários de 2 mg, totalizando 10 mg”, confessou.

Durante o tempo em que usa o Rivotril, Daniel afi rma que já tentou parar com os comprimidos. Sem sucesso. “A abstinência é algo desesperador, é pior que o pro-blema a que o remédio é indicado para tratar. Além dos sintomas característicos do pânico, vem uma depressão suicida. Delírios, tremores, faltas de ar, dores de cabeça e zumbidos no ouvido. Isso pode durar mais de um mês dependendo das doses que o adicto usava antes de pa-rar abruptamente”.

Numa das últimas perguntas da entrevista, questiono se Daniel se considera um viciado. A resposta é categórica. “Sim, considero-me viciado, mas de uma maneira diferente da dependência química. Minha de-pendência é psicológica devido aos efeitos confortáveis que o Rivotril me oferece frente às crises de ansiedade”.

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Tornei-me tolerante e, por mais que quisesse diminuir a dose, ela não fazia mais efeito. Em algumas ocasiões, devido ao estresse, cheguei a ingerir cinco comprimidos diários de 2 mg, totalizando 10 mg.Daniel Gomes Souza Ramos , 25 anos

“ “

DIÁRIO DE UM ADOLESCENTEA IRREAL BUSCA DA PAZ

Talvez seja esse o motivo que fez com que Daniel Go-

mes Souza Ramos, de 25 anos, tivesse acesso ao Rivo-tril pela primeira vez. “Comecei a tomar o remédio devido ao diagnóstico de Síndrome do Pânico com agravamen-to de Agorafobia, que é o isolamento em casa e medo de qualquer situação externa à sua zona de conforto”.

Além das crises, Daniel afi rma que tinha um medo ter-rível de ambientes fechados e de andar de ônibus. Inco-modado com a situação, foi à procura de atendimento médico. Assim, conseguiu a primeira receita: 0,5 miligra-mas de Rivotril e um antidepressivo à base de fl uoxetina.

Sem o acompanhamento de um psicólogo ou psiquiatra, as crises de pânico não foram aliviadas, o que fez com que Daniel aumentasse, por conta própria, a dosagem do medicamento. “Em 20 dias aumentei a do-sagem do Rivotril para 0,5 mg de manhã e 0,5 á noite. Fiz isso porque durante o dia eu passava mal devido ao pânico”.

Com o aumento da dosagem, os comprimidos aca-baram mais rapidamente. O medo de fi car sem o medi-camento era grande e fez com que Daniel buscasse as pílulas de forma ilegal. “Uma tia que trabalhava no Siste-ma Público de Saúde começou a conseguir as receitas

e passei a me automedicar com doses de 2 mg pela ma-nhã, a mesma dosagem depois do almoço e novamente à noite. Desta forma, demorou pouco para a facilidade em adquirir as receitas me viciarem no remédio. Tornei-me tolerante e, por mais que quisesse diminuir a dose, ela não fazia mais efeito. Em algumas ocasiões, devido ao estresse, cheguei a ingerir cinco comprimidos diários de 2 mg, totalizando 10 mg”, confessou.

Durante o tempo em que usa o Rivotril, Daniel afi rma que já tentou parar com os comprimidos. Sem sucesso. “A abstinência é algo desesperador, é pior que o pro-blema a que o remédio é indicado para tratar. Além dos sintomas característicos do pânico, vem uma depressão suicida. Delírios, tremores, faltas de ar, dores de cabeça e zumbidos no ouvido. Isso pode durar mais de um mês dependendo das doses que o adicto usava antes de pa-rar abruptamente”.

Numa das últimas perguntas da entrevista, questiono se Daniel se considera um viciado. A resposta é categórica. “Sim, considero-me viciado, mas de uma maneira diferente da dependência química. Minha de-pendência é psicológica devido aos efeitos confortáveis que o Rivotril me oferece frente às crises de ansiedade”.

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18 | www.revistamista.com.br | nº 07 | 201118 | www.revistamista.com.br | Setembro 2010

comportamento

por Mariana Muller

Nesses dias de “faxina” muitas recordações surgirão. É bom relembrar, mas não é preciso, para isso, de coi-sas materiais. As lembranças estão dentro de cada um, no máximo estampadas em fotografi as. No entanto, vale cultivar apenas boas recordações e jogar as ruins no lixo junto às quinquilharias: todos os arrependimentos, ran-cores e mágoas também devem ir embora.

Saldo: gavetas e armários com mais espaço, caridade em dia, mudança de ener-gia, mente mais limpa e casa organizada. Afi nal onde não há ordem não há progresso!

apegodo

Uma das discussões mais levantadas no momento é a questão: o que é, de fato, necessário ter para viver bem? Depois de uma crise fi nanceira, nada

mais natural que a proposta cabível seja viver com me-nos. Antes de pensar com quão menos você conseguiria viver, que tal refl etir sobre o que você anda acumulando? Isso mesmo, estas coisas paradas, ocupando lugares nas gavetas e armários e que, segundo alguns princí-pios, como o Feng Shui, não ajudam em nada na circu-lação de energia. Será que essas coisas são realmente imprescindíveis?

No livro “Jogue 50 Coisas Fora”, a autora Gail Blanke sustenta a ideia de que o lixo material e o lixo mental po-dem não ser tão inofensivos como parecem. Ela propõe o exercício de jogar 50 coisas fora em duas semanas. Se você pensou que duas semanas é tempo demais e que você não guarda tanta coisa inútil assim, prepare-se para surpresas. O ser humano tem uma capacidade impressionante de guardar coisas vãs, fora e dentro dele.

A princípio parece difícil, as pessoas apresentam vá-rias razões para não se desfazerem desse e daquele objeto. Vai que um dia precisem... de pilhas velhas?! Canetas sem carga? Carregadores de celulares que nem mais existem? Brinco sem par? Coleção de um monte de coisas que não se coleciona?

O guarda-roupa está que não cabe mais nada e você fazendo rodízio com as mesmas seis peças. Guardando uma blusa da tia que faleceu há anos e nunca vestiu. O apego o fez deixar essa peça no fundo da gaveta in memorian. Isso, se não foi o ter simplesmente por ter.

Desapegue-se! Doe tudo que está parado! Igre-jas, instituições de caridade, centros espíritas, sempre fazem bazar para ajudar famílias mais necessitadas. Arrumam as roupas e as que não podem ser vendidas são doadas às famílias assisti-das. Faça o mesmo com os livros que você não precisa mais, doe às bibliotecas municipais ou das escolas. É estranho o sentimento de guardar tanta coisa que pode ser útil para muita gente.

Liberte-se

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comportamento

por Mariana Muller

Nesses dias de “faxina” muitas recordações surgirão. É bom relembrar, mas não é preciso, para isso, de coi-sas materiais. As lembranças estão dentro de cada um, no máximo estampadas em fotografi as. No entanto, vale cultivar apenas boas recordações e jogar as ruins no lixo junto às quinquilharias: todos os arrependimentos, ran-cores e mágoas também devem ir embora.

Saldo: gavetas e armários com mais espaço, caridade em dia, mudança de ener-gia, mente mais limpa e casa organizada. Afi nal onde não há ordem não há progresso!

apegodo

Uma das discussões mais levantadas no momento é a questão: o que é, de fato, necessário ter para viver bem? Depois de uma crise fi nanceira, nada

mais natural que a proposta cabível seja viver com me-nos. Antes de pensar com quão menos você conseguiria viver, que tal refl etir sobre o que você anda acumulando? Isso mesmo, estas coisas paradas, ocupando lugares nas gavetas e armários e que, segundo alguns princí-pios, como o Feng Shui, não ajudam em nada na circu-lação de energia. Será que essas coisas são realmente imprescindíveis?

No livro “Jogue 50 Coisas Fora”, a autora Gail Blanke sustenta a ideia de que o lixo material e o lixo mental po-dem não ser tão inofensivos como parecem. Ela propõe o exercício de jogar 50 coisas fora em duas semanas. Se você pensou que duas semanas é tempo demais e que você não guarda tanta coisa inútil assim, prepare-se para surpresas. O ser humano tem uma capacidade impressionante de guardar coisas vãs, fora e dentro dele.

A princípio parece difícil, as pessoas apresentam vá-rias razões para não se desfazerem desse e daquele objeto. Vai que um dia precisem... de pilhas velhas?! Canetas sem carga? Carregadores de celulares que nem mais existem? Brinco sem par? Coleção de um monte de coisas que não se coleciona?

O guarda-roupa está que não cabe mais nada e você fazendo rodízio com as mesmas seis peças. Guardando uma blusa da tia que faleceu há anos e nunca vestiu. O apego o fez deixar essa peça no fundo da gaveta in memorian. Isso, se não foi o ter simplesmente por ter.

Desapegue-se! Doe tudo que está parado! Igre-jas, instituições de caridade, centros espíritas, sempre fazem bazar para ajudar famílias mais necessitadas. Arrumam as roupas e as que não podem ser vendidas são doadas às famílias assisti-das. Faça o mesmo com os livros que você não precisa mais, doe às bibliotecas municipais ou das escolas. É estranho o sentimento de guardar tanta coisa que pode ser útil para muita gente.

Liberte-se

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A seguir trataremos brevemente cada um desses temas. Em relação ao primeiro, devemos, antes de tudo,

defi nir o seu conceito. Para os fi lósofos de todas as épocas, a ética é uma ciência: a ciência do comportamento humano. Esse conceito é similar ao de moral. Na ver-dade, ética e moral acabam tratando da mesma coisa, pois etimologicamente ética vem do grego ethos, enquanto que moral tem sua raiz no latim mores, signifi cando tanto ethos como mores a mesma coisa: costumes.

Sendo assim, para esses fi lósofos era impossível dissociar a teoria da prática. Tudo o que era assimilado pelo intelecto deveria ser colocado em ação e se trans-formar em costumes. Essa concepção de Filosofi a é um pouco diferente da que temos atualmente. Hoje, para que uma pessoa seja considerada fi lósofa, basta que conheça a teoria. Mas, tradicional-mente, “fi lósofo” é aquele que se propõe a melhorar constantemente a sua forma de viver por meio da aplicação prática da teoria. Nesse sentido ele é um líder, um líder de si próprio. Ser fi lósofo, portanto, é uma opção de vida. Para diferenciar es-sas duas formas de entender a questão,

por Charles Cesar Couto Psicólogo

política

O líder e a vocação

propõe-se a utilização do conceito “Filosofi a à Ma-neira Clássica” - que corresponde à tradicional forma de encarar a Filosofi a como uma atividade eminen-temente prática.

Nos últimos anos, muito se tem fala-do em ética, seja no âmbito público ou privado. Defende-se que, desde as pes-soas que dirigem instituições públicas até os funcionários que trabalham em organizações privadas devem ter ética. O fato é que se sabe muito pouco sobre essa ciência. Sendo assim, tudo o que se relaciona a ela acaba migrando para o âmbito da subjetividade. E esse é um grande problema, pois a ética pode e deve ser tão objetiva quanto qualquer ciência, que pode ser ensinada e ava-liada sistematicamente. Não se trata de utopia, mas sim de História, pois temos exemplos que comprovam esses argumentos, como é o caso da Magna Grécia.

Na Grécia, desde o séc. VII a.C., as pessoas eram formadas em éti-ca. Ao completarem sua formação, eram certifi cadas, condição que lhes permitia participar de uma sé-

Ao falar de liderança, começaremos abordando a Filosofi a e sua importância. Qual seu valor? Afi nal, para que ela serve?

• O desenvolvimento da ética;

• A questão da vocação;

• O desenvolvimento da inteligência estratégica.

Há três objetivos que se relacionam com essa resposta:

20 | www.revistamista.com.br | nº 07 | 2011

Concluindo, ética não é uma questão de querer, mas de saber e poder. Portanto, uma questão de sabedoria. Não se trata, simplesmente, de opiniões, mas sim, an-tes de tudo, da própria Natureza. Ou seja, de reproduzir em termos individuais e coletivos aquilo que pode ser identifi cado no próprio comportamento natural. Pois, se observarmos bem, na Natureza não há arbitrariedade: as coisas são feitas com muita inteligência para que sobrevivam e se relacionem de forma harmônica. Nela não há destruição com maldade, violência humana,

caos social ou miséria, e o comportamento ético em uma sociedade é capaz de reproduzir nes-

se âmbito as condições de harmonia que a natureza promove entre os seres que dela

fazem parte.Quanto a isso, a sociedade precisa

receber uma cultura adequada, que lhe permita ter cidadãos éticos. E uma das funções da educação é fomentar essa cultura, de maneira a possibilitar que os

alunos recebam, no fi nal do período de for-mação, o seu diploma de ética e tenham con-

dições não apenas de querer, mas de poder ser éticos, porque sabem como fazê-lo. Esse patrimô-

nio da Humanidade que permite ao ser humano ser ético pode ser encontrado na Filosofi a. É ela que dá subsídios aos futuros líderes.

rie de atividades na sociedade. Ou seja, ao receber o seu diploma de ética, a pessoa adquiria um conjunto de direitos e deveres, incluindo o direito de participar do demos, que é a origem da palavra democracia. Para tanto, havia professores que ensinavam o que era ética e promoviam que os alunos fossem capazes de colocar os interesses coletivos acima dos individuais, condição necessária para qualquer indivíduo assumir um cargo público e para ser um líder.

Este processo de avaliação continha provas práticas. A formação do cidadão ético grego incluía testes que serviriam para avaliar, dentre outras coisas, qual a índole do candidato, seu tempera-mento e seu caráter.

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A seguir trataremos brevemente cada um desses temas. Em relação ao primeiro, devemos, antes de tudo,

defi nir o seu conceito. Para os fi lósofos de todas as épocas, a ética é uma ciência: a ciência do comportamento humano. Esse conceito é similar ao de moral. Na ver-dade, ética e moral acabam tratando da mesma coisa, pois etimologicamente ética vem do grego ethos, enquanto que moral tem sua raiz no latim mores, signifi cando tanto ethos como mores a mesma coisa: costumes.

Sendo assim, para esses fi lósofos era impossível dissociar a teoria da prática. Tudo o que era assimilado pelo intelecto deveria ser colocado em ação e se trans-formar em costumes. Essa concepção de Filosofi a é um pouco diferente da que temos atualmente. Hoje, para que uma pessoa seja considerada fi lósofa, basta que conheça a teoria. Mas, tradicional-mente, “fi lósofo” é aquele que se propõe a melhorar constantemente a sua forma de viver por meio da aplicação prática da teoria. Nesse sentido ele é um líder, um líder de si próprio. Ser fi lósofo, portanto, é uma opção de vida. Para diferenciar es-sas duas formas de entender a questão,

por Charles Cesar Couto Psicólogo

política

O líder e a vocação

propõe-se a utilização do conceito “Filosofi a à Ma-neira Clássica” - que corresponde à tradicional forma de encarar a Filosofi a como uma atividade eminen-temente prática.

Nos últimos anos, muito se tem fala-do em ética, seja no âmbito público ou privado. Defende-se que, desde as pes-soas que dirigem instituições públicas até os funcionários que trabalham em organizações privadas devem ter ética. O fato é que se sabe muito pouco sobre essa ciência. Sendo assim, tudo o que se relaciona a ela acaba migrando para o âmbito da subjetividade. E esse é um grande problema, pois a ética pode e deve ser tão objetiva quanto qualquer ciência, que pode ser ensinada e ava-liada sistematicamente. Não se trata de utopia, mas sim de História, pois temos exemplos que comprovam esses argumentos, como é o caso da Magna Grécia.

Na Grécia, desde o séc. VII a.C., as pessoas eram formadas em éti-ca. Ao completarem sua formação, eram certifi cadas, condição que lhes permitia participar de uma sé-

Ao falar de liderança, começaremos abordando a Filosofi a e sua importância. Qual seu valor? Afi nal, para que ela serve?

• O desenvolvimento da ética;

• A questão da vocação;

• O desenvolvimento da inteligência estratégica.

Há três objetivos que se relacionam com essa resposta:

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Concluindo, ética não é uma questão de querer, mas de saber e poder. Portanto, uma questão de sabedoria. Não se trata, simplesmente, de opiniões, mas sim, an-tes de tudo, da própria Natureza. Ou seja, de reproduzir em termos individuais e coletivos aquilo que pode ser identifi cado no próprio comportamento natural. Pois, se observarmos bem, na Natureza não há arbitrariedade: as coisas são feitas com muita inteligência para que sobrevivam e se relacionem de forma harmônica. Nela não há destruição com maldade, violência humana,

caos social ou miséria, e o comportamento ético em uma sociedade é capaz de reproduzir nes-

se âmbito as condições de harmonia que a natureza promove entre os seres que dela fazem parte.

Quanto a isso, a sociedade precisa receber uma cultura adequada, que lhe permita ter cidadãos éticos. E uma das funções da educação é fomentar essa cultura, de maneira a possibilitar que os

alunos recebam, no fi nal do período de for-mação, o seu diploma de ética e tenham con-

dições não apenas de querer, mas de poder ser éticos, porque sabem como fazê-lo. Esse patrimô-nio da Humanidade que permite ao ser humano ser ético pode ser encontrado na Filosofi a. É ela que dá subsídios aos futuros líderes.

rie de atividades na sociedade. Ou seja, ao receber o seu diploma de ética, a pessoa adquiria um conjunto de direitos e deveres, incluindo o direito de participar do demos, que é a origem da palavra democracia. Para tanto, havia professores que ensinavam o que era ética e promoviam que os alunos fossem capazes de colocar os interesses coletivos acima dos individuais, condição necessária para qualquer indivíduo assumir um cargo público e para ser um líder.

Este processo de avaliação continha provas práticas. A formação do cidadão ético grego incluía testes que serviriam para avaliar, dentre outras coisas, qual a índole do candidato, seu tempera-mento e seu caráter.

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tecnologia

Afinal, o que é Tecnologia da Informação?por Ana Eliza Oliveira

Nos tempos de hoje um dos assuntos mais dis-cutidos entre as empresas e profi ssionais da computação está relacionado com a Tecnologia

da Informação (TI). A TI se tornou a base de qualquer segmento de negócio, por isso se faz indispensável. Em um conceito simples, a Tecnologia da Informação é o conjunto de recursos computacionais disponíveis para a entrada, processamento, armazenamento e saída de informações que são primordiais para as organizações. O principal objetivo é trazer ferramentas que ajudem o empresário a aumentar o número de operações de sua empresa sem que isso signifi que um problema para ele.

O bem mais precioso de uma empresa são as suas informações, seus dados fi nanceiros. Uma empresa pode perder tudo em um incêndio, mas se o dono tiver condições fi nanceiras ou um bom seguro, ele conse-gue restabelecer sua estrutura. Mas e se a empresa perder o servidor que opera as informações de todos os clientes? Pode ser que ela nunca mais consiga se reestabelecer. É para evitar que tais ocorrências aco-metam estas organizações, que surge a Tecnologia da Informação.

Os recursos referentes a TI estão relacionados aos equipamentos como hardwares, softwares, recursos de telecomunicações e os modelos de gestão de infor-mação. Telecomunicações e gestão são recursos que foram inseridos há pouco tempo no universo da Tec-nologia da Informação. A gestão pela importância das informações para tomada de decisão e a telecomuni-cação devido a uma tendência natural de comunicação entre os seres humanos, e por estarem conectados ao mundo digital. Devido a esse fato, a TI passa pela trans-formação inevitável de TI para Tecnologia da Informa-ção e Comunicação.

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Além de estar ligada a comunicação, a TI trouxe a área da administração para mais próximo da Tecnologia da In-formação. É fundamental para as organizações terem as suas informações melhor gerenciadas, é um fator compe-titivo em um mercado cada vez mais concorrido. Sem con-tar o fato de que as organizações que detém informação gerenciada têm o poder da decisão mais acertada para o problema ou para um plano estratégico de crescimento e melhorias.

Diante de tantos motivos, agora vocês devem entender o motivo da necessidade da adoção da TI como prática comum nas empresas. Não que isso ajudará a empresa a crescer dando a impressão de segurança tecnologicamen-te falando. “Mas porque atualmente o conceito de empresa local está perdendo para a empresa virtual. Para disponi-bilizar estas informações de forma inteligente, precisamos mais do que digitadores: é preciso pensar estrategicamen-te. O profi ssional de TI ajuda tanto na questão da alocação dos dados de forma redundante e segura, como também atua na escolha das tecnologias adotadas para a dispo-nibilização do conteúdo”, explica o consultor em redes e servidores, Álvaro Gomes da Silva.

Crescimento da TI

O avanço da Tecnologia da Informação é tão expressivo que às vezes nos assusta. Pensar que há pouco tempo o acesso à tecnologia era algo custoso e não tão necessário, mas que hoje se tornou algo primordial.

O professor do curso de Sistema de Informação da Uni-versidade vale do Rio Doce (Univale), Rodrigo Santos de Oliveira, propõe o seguinte pensamento para que saiba-mos de que forma estamos dependentes da TI: imagine se a internet desaparece por algumas horas, dias, meses. Certamente o caos se instalaria por todo mundo, por que cada vez mais as pessoas estão tendo acesso a essa tec-nologia. “Já parou para pensar há quanto tempo você não pega uma caneta e escreve uma carta? Eu não me lembro da última vez que fi z isso. Hoje a TI fornece todos os re-cursos necessários para melhorias contínuas em nossas vidas. O fato é que estamos dependentes de tudo que en-volve Tecnologia da Informação”, afi rma.

Por isso, precisamos nos informar cada vez mais e es-tarmos conectados com o que há de novo em tecnologia no mercado. Ainda de acordo com Oliveira, “estamos ca-minhando para um cenário em que se a TI parasse de fun-cionar, reaprender seria a solução. Teríamos que apren-der novamente a nos comunicar sem computadores, sem internet e conseqüentemente com menos velocidade. A realidade é que hoje não dá para pensar um mundo sem tecnologia, sem informação e sem comunicação”.

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tecnologia

Afinal, o que é Tecnologia da Informação?por Ana Eliza Oliveira

Nos tempos de hoje um dos assuntos mais dis-cutidos entre as empresas e profi ssionais da computação está relacionado com a Tecnologia

da Informação (TI). A TI se tornou a base de qualquer segmento de negócio, por isso se faz indispensável. Em um conceito simples, a Tecnologia da Informação é o conjunto de recursos computacionais disponíveis para a entrada, processamento, armazenamento e saída de informações que são primordiais para as organizações. O principal objetivo é trazer ferramentas que ajudem o empresário a aumentar o número de operações de sua empresa sem que isso signifi que um problema para ele.

O bem mais precioso de uma empresa são as suas informações, seus dados fi nanceiros. Uma empresa pode perder tudo em um incêndio, mas se o dono tiver condições fi nanceiras ou um bom seguro, ele conse-gue restabelecer sua estrutura. Mas e se a empresa perder o servidor que opera as informações de todos os clientes? Pode ser que ela nunca mais consiga se reestabelecer. É para evitar que tais ocorrências aco-metam estas organizações, que surge a Tecnologia da Informação.

Os recursos referentes a TI estão relacionados aos equipamentos como hardwares, softwares, recursos de telecomunicações e os modelos de gestão de infor-mação. Telecomunicações e gestão são recursos que foram inseridos há pouco tempo no universo da Tec-nologia da Informação. A gestão pela importância das informações para tomada de decisão e a telecomuni-cação devido a uma tendência natural de comunicação entre os seres humanos, e por estarem conectados ao mundo digital. Devido a esse fato, a TI passa pela trans-formação inevitável de TI para Tecnologia da Informa-ção e Comunicação.

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Além de estar ligada a comunicação, a TI trouxe a área da administração para mais próximo da Tecnologia da In-formação. É fundamental para as organizações terem as suas informações melhor gerenciadas, é um fator compe-titivo em um mercado cada vez mais concorrido. Sem con-tar o fato de que as organizações que detém informação gerenciada têm o poder da decisão mais acertada para o problema ou para um plano estratégico de crescimento e melhorias.

Diante de tantos motivos, agora vocês devem entender o motivo da necessidade da adoção da TI como prática comum nas empresas. Não que isso ajudará a empresa a crescer dando a impressão de segurança tecnologicamen-te falando. “Mas porque atualmente o conceito de empresa local está perdendo para a empresa virtual. Para disponi-bilizar estas informações de forma inteligente, precisamos mais do que digitadores: é preciso pensar estrategicamen-te. O profi ssional de TI ajuda tanto na questão da alocação dos dados de forma redundante e segura, como também atua na escolha das tecnologias adotadas para a dispo-nibilização do conteúdo”, explica o consultor em redes e servidores, Álvaro Gomes da Silva.

Crescimento da TI

O avanço da Tecnologia da Informação é tão expressivo que às vezes nos assusta. Pensar que há pouco tempo o acesso à tecnologia era algo custoso e não tão necessário, mas que hoje se tornou algo primordial.

O professor do curso de Sistema de Informação da Uni-versidade vale do Rio Doce (Univale), Rodrigo Santos de Oliveira, propõe o seguinte pensamento para que saiba-mos de que forma estamos dependentes da TI: imagine se a internet desaparece por algumas horas, dias, meses. Certamente o caos se instalaria por todo mundo, por que cada vez mais as pessoas estão tendo acesso a essa tec-nologia. “Já parou para pensar há quanto tempo você não pega uma caneta e escreve uma carta? Eu não me lembro da última vez que fi z isso. Hoje a TI fornece todos os re-cursos necessários para melhorias contínuas em nossas vidas. O fato é que estamos dependentes de tudo que en-volve Tecnologia da Informação”, afi rma.

Por isso, precisamos nos informar cada vez mais e es-tarmos conectados com o que há de novo em tecnologia no mercado. Ainda de acordo com Oliveira, “estamos ca-minhando para um cenário em que se a TI parasse de fun-cionar, reaprender seria a solução. Teríamos que apren-der novamente a nos comunicar sem computadores, sem internet e conseqüentemente com menos velocidade. A realidade é que hoje não dá para pensar um mundo sem tecnologia, sem informação e sem comunicação”.

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direito

por Ricardo Costaadvogado

O brasileiro, por ser um povo pacífi co, é alvo fácil dos mandos e desmandos dos grandes grupos econômicos. Tal situação se confi rma

pelas diversas medições feitas pelos Procons, onde estas grandes empresas aparecem como maiores violadoras dos direitos dos consumidores.

Como os indicadores econômicos apontam para o aumento do consumo, com o crescimento histórico da classe média, aliado à pequena estrutura dos órgãos estatais de defesa do consumidor geram um quadro plenamente favorável aos grandes grupos econômicos que, sem fi scalização efi caz e efi ciente, violam sem pudor as leis consumistas, em assente desrespeito à ordem econômica brasileira.

O fato é que, se você leitor, já se dirigiu a uma grande loja de departamento para efetuar a compra de um produto e, além de comprar o que desejava, gastou com algum outro produto ou tipo de serviço ofereci-do, mesmo sem desejar adquiri-lo, você foi vítima da “Venda Casada”.

É assim que estas empresas de grande porte fazem para obrigar o consumidor a gastar além do desejado. Em muitas destas vendas casadas é observado que a empresa fornecedora se utiliza de um produto/ser-viço de aceitação maciça, para alavancar a venda de outros pouco vendidos ou novos no mercado.

Certamente, os fornecedores se aproveitam da fragilidade dos consumidores que, em sua grande maioria, não conhecem seus direitos. Aproveitam-se

ainda da ingenuidade do brasileiro, que em muitos casos acredita estar adquirindo um produto/ serviço e recebendo outro de brinde.

É fácil encontrar um anúncio publicitário em que uma loja oferece um computador e, gratuitamente uma impressora. É claro que o custo do “brinde” já está embutido no valor ofertado. O fornecedor se aproveita desta prática para promover a venda de artigos, que certamente estão parados no estoque da loja.

O marketing em torno de uma “Venda Casada” é tido como ilegal, pois o fornecedor se utiliza de um produto/serviço existente no mercado para lançar outro. Por exemplo, um fabricante de cereais, já estabelecido no mercado, resolve lançar um cereal em barra, então junta os dois produtos numa oferta única, obrigando o consumidor do cereal antigo a experimentar o novo por meio da venda conjugada, o que pode acontecer em qualquer lugar ou situação, mas os bancos e as grandes lojas de departamentos são os grandes vilões desta prática criminosa.

Está cada vez comum lojas oferecerem um produto parcelado em vários pagamentos e sem juros. Quando o consumidor procura a loja para efetivar a compra, é obrigado a adquirir um cartão de crédito para obtenção do fi nanciamento desejado. Também é prática corriqueira dos bancos exigirem do correntista que pretende um empréstimo, que ele adquira um seguro de vida para liberação do dinheiro.

A Venda Casada é expressamente proibida pelo Código de Defesa do Consumidor (art. 39, I), constituindo inclusive crime contra as relações de consumo (art. 5º, II, da Lei n.º 8.137/90), e infração de ordem econômica (art. 21, XXIII da Lei nº 8.884/94). Tem-se ainda a Resolução do Banco Central nº 2.878/01 que proíbe a contratação de quaisquer operações bancárias condiciona-das ou vinculadas à realização de outras.

O consumidor não pode ser compelido a adquirir aquilo que não quer, e deve exigir a venda do produto ou a prestação do serviço de acordo com o que deseja.

Caso o fornecedor se recuse a vender o item desejado sem o outro indicado, o consumidor deve recorrer à Justiça, ação que poderá ser civil ou criminal.

Em suma, a “Venda Casada” não é tida apenas como uma infração penal, mas é também uma prática abusiva pela legislação consumerista e infração à ordem econômica, configurando-se, inclusive, como concorrência desleal.

• Concessionárias de veículos ou revendedoras que obrigam a contratação de seguro automó-vel, para a liberação do finan-ciamento.

• Provedores de Internet que ofe-recem conexão rápida (banda larga) e, para isso, condicionam a oferta de seus serviços à con-tratação de um segundo prove-dor de acesso.

• Compra de determinados produtos que são condicionados à aquisição de duas ou mais unidades. Por exemplo: iogurtes, xampu + condicionador, sem a opção de venda separada; sopas instantâneas + xícaras.

• Escolas que exigem exclusividade para compra de material escolar.

Outros casos típicos desta prática ilegal

O que diz A LEI

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direito

por Ricardo Costaadvogado

O brasileiro, por ser um povo pacífi co, é alvo fácil dos mandos e desmandos dos grandes grupos econômicos. Tal situação se confi rma

pelas diversas medições feitas pelos Procons, onde estas grandes empresas aparecem como maiores violadoras dos direitos dos consumidores.

Como os indicadores econômicos apontam para o aumento do consumo, com o crescimento histórico da classe média, aliado à pequena estrutura dos órgãos estatais de defesa do consumidor geram um quadro plenamente favorável aos grandes grupos econômicos que, sem fi scalização efi caz e efi ciente, violam sem pudor as leis consumistas, em assente desrespeito à ordem econômica brasileira.

O fato é que, se você leitor, já se dirigiu a uma grande loja de departamento para efetuar a compra de um produto e, além de comprar o que desejava, gastou com algum outro produto ou tipo de serviço ofereci-do, mesmo sem desejar adquiri-lo, você foi vítima da “Venda Casada”.

É assim que estas empresas de grande porte fazem para obrigar o consumidor a gastar além do desejado. Em muitas destas vendas casadas é observado que a empresa fornecedora se utiliza de um produto/ser-viço de aceitação maciça, para alavancar a venda de outros pouco vendidos ou novos no mercado.

Certamente, os fornecedores se aproveitam da fragilidade dos consumidores que, em sua grande maioria, não conhecem seus direitos. Aproveitam-se

ainda da ingenuidade do brasileiro, que em muitos casos acredita estar adquirindo um produto/ serviço e recebendo outro de brinde.

É fácil encontrar um anúncio publicitário em que uma loja oferece um computador e, gratuitamente uma impressora. É claro que o custo do “brinde” já está embutido no valor ofertado. O fornecedor se aproveita desta prática para promover a venda de artigos, que certamente estão parados no estoque da loja.

O marketing em torno de uma “Venda Casada” é tido como ilegal, pois o fornecedor se utiliza de um produto/serviço existente no mercado para lançar outro. Por exemplo, um fabricante de cereais, já estabelecido no mercado, resolve lançar um cereal em barra, então junta os dois produtos numa oferta única, obrigando o consumidor do cereal antigo a experimentar o novo por meio da venda conjugada, o que pode acontecer em qualquer lugar ou situação, mas os bancos e as grandes lojas de departamentos são os grandes vilões desta prática criminosa.

Está cada vez comum lojas oferecerem um produto parcelado em vários pagamentos e sem juros. Quando o consumidor procura a loja para efetivar a compra, é obrigado a adquirir um cartão de crédito para obtenção do fi nanciamento desejado. Também é prática corriqueira dos bancos exigirem do correntista que pretende um empréstimo, que ele adquira um seguro de vida para liberação do dinheiro.

A Venda Casada é expressamente proibida pelo Código de Defesa do Consumidor (art. 39, I), constituindo inclusive crime contra as relações de consumo (art. 5º, II, da Lei n.º 8.137/90), e infração de ordem econômica (art. 21, XXIII da Lei nº 8.884/94). Tem-se ainda a Resolução do Banco Central nº 2.878/01 que proíbe a contratação de quaisquer operações bancárias condiciona-das ou vinculadas à realização de outras.

O consumidor não pode ser compelido a adquirir aquilo que não quer, e deve exigir a venda do produto ou a prestação do serviço de acordo com o que deseja.

Caso o fornecedor se recuse a vender o item desejado sem o outro indicado, o consumidor deve recorrer à Justiça, ação que poderá ser civil ou criminal.

Em suma, a “Venda Casada” não é tida apenas como uma infração penal, mas é também uma prática abusiva pela legislação consumerista e infração à ordem econômica, configurando-se, inclusive, como concorrência desleal.

• Concessionárias de veículos ou revendedoras que obrigam a contratação de seguro automó-vel, para a liberação do finan-ciamento.

• Provedores de Internet que ofe-recem conexão rápida (banda larga) e, para isso, condicionam a oferta de seus serviços à con-tratação de um segundo prove-dor de acesso.

• Compra de determinados produtos que são condicionados à aquisição de duas ou mais unidades. Por exemplo: iogurtes, xampu + condicionador, sem a opção de venda separada; sopas instantâneas + xícaras.

• Escolas que exigem exclusividade para compra de material escolar.

Outros casos típicos desta prática ilegal

O que diz A LEI

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Virtude sem caridade NÃO PASSA DE NOME

dre Roberto José Lettieri, a entidade tem como prin-cípios a Adoração ao Santíssimo Sacramento e o cuidado dos “Irmãos de rua”, como são chamados todos que habitam o espaço público.

Hoje, a estrutura da entidade conta com 66 casas espalhadas pelo Brasil, duas no Equador e uma em Portugal. A Toca de Assis é composta por religio-sos que formam dois institutos de vida consagrada: os Filhos e Filhas da Pobreza do Santíssimo Sacra-mento; e pelos leigos que experimentam o carisma, acompanhando de perto os trabalhos da Toca de Assis e os irmãos de rua acolhidos, que são parte fundamental desta família.

Em Governador Valadares a Toca de Assis aco-lhe cerca de 30 homens que antes viviam vagan-do pelas ruas da cidade. Para manter a entidade funcionando, os gastos são enormes e as doações imprescindíveis. Por isso, toda ajuda é bem-vinda. Alimentos perecíveis e não-perecíveis, materiais de limpeza ou mesmo valores em dinheiro. Para os in-teressados em fazer doações e conhecer um pouco mais do trabalho da Toca de Assis anote o contato na página 64.

A judar o próximo sem esperar nada em troca é um princípio que quase passa despercebi-do no dia a dia repleto de atividades. Em um

mundo competitivo que está sempre nos exigindo mais, o individualismo parece ser a opção mais fácil. Desta forma, as obras sociais que já não recebem nenhuma ajuda do poder público ficam desampara-das também pela sociedade civil. Para reverter essa situação, é preciso apenas boa vontade.

Muitos já experimentaram essa sensação. A doa-ção nos deixa mais leves. Para cada pessoa, existe um tipo de doação que melhor convém. Alguns se sentem bem pelas doações materiais, que aliviam a fome ou as necessidades imediatas do ser huma-no. Outros, por não ter muitos recursos financeiros a partilhar, preferem agir com serviços prestados aos mais necessitados. Existe também a doação espi-ritual, quando você se disponibiliza em orações e interseções às pessoas que precisam de paz espi-ritual.

Nesse sentido, algumas pessoas se organizam e criam entidades que têm como objetivo unicamente ajudar o próximo. A Fraternidade de Aliança Toca de Assis é uma delas. Fundada em 1994, pelo Pa-

por Ana Eliza Oliveira

solidariedade

(Isaac Newton)

“ “

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Virtude sem caridade NÃO PASSA DE NOME

dre Roberto José Lettieri, a entidade tem como prin-cípios a Adoração ao Santíssimo Sacramento e o cuidado dos “Irmãos de rua”, como são chamados todos que habitam o espaço público.

Hoje, a estrutura da entidade conta com 66 casas espalhadas pelo Brasil, duas no Equador e uma em Portugal. A Toca de Assis é composta por religio-sos que formam dois institutos de vida consagrada: os Filhos e Filhas da Pobreza do Santíssimo Sacra-mento; e pelos leigos que experimentam o carisma, acompanhando de perto os trabalhos da Toca de Assis e os irmãos de rua acolhidos, que são parte fundamental desta família.

Em Governador Valadares a Toca de Assis aco-lhe cerca de 30 homens que antes viviam vagan-do pelas ruas da cidade. Para manter a entidade funcionando, os gastos são enormes e as doações imprescindíveis. Por isso, toda ajuda é bem-vinda. Alimentos perecíveis e não-perecíveis, materiais de limpeza ou mesmo valores em dinheiro. Para os in-teressados em fazer doações e conhecer um pouco mais do trabalho da Toca de Assis anote o contato na página 64.

A judar o próximo sem esperar nada em troca é um princípio que quase passa despercebi-do no dia a dia repleto de atividades. Em um

mundo competitivo que está sempre nos exigindo mais, o individualismo parece ser a opção mais fácil. Desta forma, as obras sociais que já não recebem nenhuma ajuda do poder público ficam desampara-das também pela sociedade civil. Para reverter essa situação, é preciso apenas boa vontade.

Muitos já experimentaram essa sensação. A doa-ção nos deixa mais leves. Para cada pessoa, existe um tipo de doação que melhor convém. Alguns se sentem bem pelas doações materiais, que aliviam a fome ou as necessidades imediatas do ser huma-no. Outros, por não ter muitos recursos financeiros a partilhar, preferem agir com serviços prestados aos mais necessitados. Existe também a doação espi-ritual, quando você se disponibiliza em orações e interseções às pessoas que precisam de paz espi-ritual.

Nesse sentido, algumas pessoas se organizam e criam entidades que têm como objetivo unicamente ajudar o próximo. A Fraternidade de Aliança Toca de Assis é uma delas. Fundada em 1994, pelo Pa-

por Ana Eliza Oliveira

solidariedade

(Isaac Newton)

“ “

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animais, não encontrará nenhuma difi culdade em criar uma calopsita.

São aves muito brincalhonas, mas exigem grande atenção e afeto. Para os estudiosos destas espécies, o comportamento da ave é sua maior forma de comunicação, juntamente com sua voz. O pássaro se comunica utilizando-se da linguagem corporal. Uma das mais evidentes é quando se utiliza do movimento de sua crista. Quando está alarmado ou assustado, tende a esticá-la bem alto. Imagine a cena: é quase como um ser humano elevando as sobrancelhas e arregalando os olhos quando surpreso.

Em seu primeiro contato com uma calopsita na casa de um amigo, a dona de casa Rita de Cássia Lauar, encantou-se com o pássaro. “Achei as calop-sitas muito dóceis, mansas e muito bonitas. Sem contar que são super apegadas aos donos e muito afetivas. Há seis anos comprei minha primeira ave, e desde então as crio e as comercializo”, conta.

Se você procura um companheiro para alegrar suas tardes monótonas, que dê menos trabalho que um cachorro e que possua habilidade para

o canto, você acaba de encontrar. Trata-se de uma ave, que tem um nome um pouco estranho: Calopsita. Conhecida no reino animal por ser muito inteligente e sociável, este pássaro é um excelente animal de estima-ção. Os donos que já se renderam aos encantos da ave garantem que, mesmo quem nunca teve experiência com

bichos

por Ana Eliza OliveiraCalopsitas

28 | www.revistamista.com.br | nº 07 | 2011

O sexo das calopsitasUma dúvida constante entre os

criadores é em relação ao sexo das calopsitas. A maior difi culdade ocorre por não haver uma diferença peculiar entre o macho e a fêmea. “Esse é um fato curioso para quem cria as calopsitas. Eu mesmo já me confundi várias vezes ao nomear as aves”, conta dona Rita.

O professor da UFMG dá dicas de como diferenciar o macho da fêmea. “De uma maneira geral, a bola vermelha na face das aves é mais acentuada nos machos, que também têm um assovio diferente das fêmeas. Nas aves de cor cinza, a parte inferior da cauda é cinza-chumbo nos machos, e riscada de amarelo nas fêmeas”, fi naliza Viana.

Para manter o pássaro saudável, é preciso alguns cuidados. Primeiramente, é muito importante que a ave tenha alimentação balanceada, para que não lhes falte nutrientes e para que não os ganhe em excesso. Quando se alimentam de forma inadequada, as calopsitas podem fi car obesas e propensas a doenças. Geralmente, os alimentos mais comuns na dieta das aves são sementes e rações encontradas em supermercados. “Um dos principais cuidados dos donos deve ser com a alimentação. As calopsitas se alimentam de semen-tes, grit mineral, farinhada e de alguns agrados, como verduras e maçã. A água deve ser trocada diariamente”, explica o professor da escola vete-rinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Fernando A. Bretas Viana.

O professor também alerta que, como os demais psitací-deos, as calopsitas não de-vem receber comida caseira e, especialmente, abacate e choco-late, que são tóxicos para esse tipo de ave.

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animais, não encontrará nenhuma difi culdade em criar uma calopsita.

São aves muito brincalhonas, mas exigem grande atenção e afeto. Para os estudiosos destas espécies, o comportamento da ave é sua maior forma de comunicação, juntamente com sua voz. O pássaro se comunica utilizando-se da linguagem corporal. Uma das mais evidentes é quando se utiliza do movimento de sua crista. Quando está alarmado ou assustado, tende a esticá-la bem alto. Imagine a cena: é quase como um ser humano elevando as sobrancelhas e arregalando os olhos quando surpreso.

Em seu primeiro contato com uma calopsita na casa de um amigo, a dona de casa Rita de Cássia Lauar, encantou-se com o pássaro. “Achei as calop-sitas muito dóceis, mansas e muito bonitas. Sem contar que são super apegadas aos donos e muito afetivas. Há seis anos comprei minha primeira ave, e desde então as crio e as comercializo”, conta.

Se você procura um companheiro para alegrar suas tardes monótonas, que dê menos trabalho que um cachorro e que possua habilidade para

o canto, você acaba de encontrar. Trata-se de uma ave, que tem um nome um pouco estranho: Calopsita. Conhecida no reino animal por ser muito inteligente e sociável, este pássaro é um excelente animal de estima-ção. Os donos que já se renderam aos encantos da ave garantem que, mesmo quem nunca teve experiência com

bichos

por Ana Eliza OliveiraCalopsitas

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O sexo das calopsitasUma dúvida constante entre os

criadores é em relação ao sexo das calopsitas. A maior difi culdade ocorre por não haver uma diferença peculiar entre o macho e a fêmea. “Esse é um fato curioso para quem cria as calopsitas. Eu mesmo já me confundi várias vezes ao nomear as aves”, conta dona Rita.

O professor da UFMG dá dicas de como diferenciar o macho da fêmea. “De uma maneira geral, a bola vermelha na face das aves é mais acentuada nos machos, que também têm um assovio diferente das fêmeas. Nas aves de cor cinza, a parte inferior da cauda é cinza-chumbo nos machos, e riscada de amarelo nas fêmeas”, fi naliza Viana.

Para manter o pássaro saudável, é preciso alguns cuidados. Primeiramente, é muito importante que a ave tenha alimentação balanceada, para que não lhes falte nutrientes e para que não os ganhe em excesso. Quando se alimentam de forma inadequada, as calopsitas podem fi car obesas e propensas a doenças. Geralmente, os alimentos mais comuns na dieta das aves são sementes e rações encontradas em supermercados. “Um dos principais cuidados dos donos deve ser com a alimentação. As calopsitas se alimentam de semen-tes, grit mineral, farinhada e de alguns agrados, como verduras e maçã. A água deve ser trocada diariamente”, explica o professor da escola vete-rinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Fernando A. Bretas Viana.

O professor também alerta que, como os demais psitací-deos, as calopsitas não de-vem receber comida caseira e, especialmente, abacate e choco-late, que são tóxicos para esse tipo de ave.

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Apoio:

Voce conhece o PAPEL SEMENTE?

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Apoio:

Voce conhece o PAPEL SEMENTE?

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Imagine um papel que você pode usar e depois plantar? Isso mesmo que

você está lendo, um papel que pode ser plantado e cuidando corretamente, suas sementes são germinadas e se trans-formam em hortaliças como cenoura, rúcula e agrião. Pois é, essa é a novidade sustentável que tem brota-do por aí o “Papel Semente”, um papel artesanal e 100% biodegradável.

Voce conhece oPAPEL SEMENTE?

32 | www.revistamista.com.br | nº 07 | 2011

Durante sua produção, fibras de bananeira são selecionadas, cortadas, fervidas e depois entram num processo que gera a pasta que é desenvolvida o papel. Em seguida, as semen-tes das hortaliças são colocadas na pasta que se transformam em folhas de papel após serem prensadas e secas ao sol.

O papel semente é um novo conceito de sustentabilidade, mas ainda são poucas as empresas que têm investido na produção deste material. Por outro lado, muitas empre-sas aproveitam a novidade para usarem o papel como forma de marketing. Pois são inúmeras as possibilidades de uso desse papel, desde convites e envelopes, até peças que podem ser criadas, desenvolvidas e customizadas com o papel. A ideia é de que quem receber uma carta, por exemplo, após a leitura, pique o papel em pedacinhos e plante para ver crescer as hortaliças ou flores que foram embutidas no papel.

E para nós que pensamos no futuro do planeta essa é uma ótima notícia e que deve ser trabalhada principalmente com as crianças, pois é uma proposta de mudar a relação com o meio ambiente e de darmos um destino certo ao papel que usamos.

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Imagine um papel que você pode usar e depois plantar? Isso mesmo que

você está lendo, um papel que pode ser plantado e cuidando corretamente, suas sementes são germinadas e se trans-formam em hortaliças como cenoura, rúcula e agrião. Pois é, essa é a novidade sustentável que tem brota-do por aí o “Papel Semente”, um papel artesanal e 100% biodegradável.

Voce conhece oPAPEL SEMENTE?

Durante sua produção, fibras de bananeira

são selecionadas, cortadas, fervidas e depois entram num processo que gera a pasta que é desenvolvida o papel. Em seguida, as semen-tes das hortaliças são colocadas na pasta que se transformam em folhas de papel após serem prensadas e secas ao sol.

O papel semente é um novo conceito de sustentabilidade, mas ainda são poucas as empresas que têm investido na produção deste material. Por outro lado, muitas empre-sas aproveitam a novidade para usarem o papel como forma de marketing. Pois são inúmeras as possibilidades de uso desse papel, desde convites e envelopes, até peças que podem ser criadas, desenvolvidas e customizadas com o papel. A ideia é de que quem receber uma carta, por exemplo, após a leitura, pique o papel em pedacinhos e plante para ver crescer as hortaliças ou flores que foram embutidas no papel.

E para nós que pensamos no futuro do planeta essa é uma ótima notícia e que deve ser trabalhada principalmente com as crianças, pois é uma proposta de mudar a relação com o meio ambiente e de darmos um destino certo ao papel que usamos.

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Como plantar seu Papel Semente!

1 - Pique e molhe o papel;

2 - Plante em um vaso com uma leve camada de terra fértil por cima;

3 - Regue diariamente, mantendo sempre úmido, sem encharcar;

Simples assim! Em até 10 dias, sua planta irá germinar!

Uma bela colheita!

Mais informações acesse http://www.papelsemente.com.br/

34 | www.revistamista.com.br | nº 07 | 2011

Com a crescente evolução do mundo e as revolu-ções sociais que se fazem sentir, um fenômeno tem chamado nossa atenção: o número de jovens

que procura uma universidade não tem escolhido as li-cenciaturas, restando poucos candidatos, os quais, ao que parece, fazem parte de uma privilegiada casta de idealistas. O fato tem levado alguns analistas das ques-tões educacionais a constatarem ser crítica a situação futura, pois sem o professor, como existirão as demais profi ssões? E embora todos saibam da importância do mestre e de terem consciência de que sem ele não ha-verá sobrevivência para outras escolhas profi ssionais, pouco se tem feito para que se mude o quadro atual.

Como comprovação do que se afi rma, pode-se dizer que a categoria é tão desvalorizada que em 15

de outubro, data escolhida para se refl etir sobre o educador, a mídia e outras instituições se preocuparam em destacar o dia do médico com ante-

cedência, esquecendo-se do professor e seu papel

na sociedade.A situação

educacional

é mal resolvida, mesmo nas escolas particulares, em-bora cerca de 82% da categoria esteja na rede públi-ca, dependendo do Estado para que suas reais con-dições de vida melhorem, ocupando o lugar merecido. Em épocas de eleições, a educação é colocada pelos políticos como meta número um de suas bandeiras e depois o vazio das promessas é a resposta para esses discursos, fazendo com que o quadro vergonhoso con-tinue, conduzindo os educadores ao desgaste de en-frentar salários baixos, agressões de alunos e pais mal preparados. Apesar de a educação fi gurar como a mais importante entre os grupos sociais, há uma profunda constatação de que a profi ssão é a menos valorizada na estrutura social em que nos situamos. Em Minas Ge-rais, mais de 60% da categoria recebe até R$935,00, de acordo com a Sind UTE/MG.

Se o mundo mudou, o professor continua como um indivíduo escravizado pelas circunstâncias, tal qual os velhos mestres gregos. Quando se trata dos interesses da categoria, ele é mal ouvido, mal articulado e desu-nido. Deve-se destacar que no quadro social brasileiro qualquer profi ssional que tente se valorizar é escutado, mas não o educador, porque dele se espera que seja um idealista que viva apenas dos deveres, não de seus direitos. Além disso, o Estado não investe em políticas públicas em prol do professor e as poucas existentes são insufi cientes para que a dignidade da profi ssão se evidencie.

Como conseqüência ocorre uma escola mutilada por um professor desiludido, cuja consciência é essa que aí estamos vendo: fuga de vestibulandos, que não mais procuram o magistério. Com as pressões econômicas e culturais, torna-se fato comum o professor apresentar-se com a síndrome de Birnault e os consultórios médi-cos podem atestar que é grande o número de profi ssio-nais do ensino com depressão e angústia existencial

crônica, levando-os a desejarem fugir da escola. De-ve-se, entretanto, colocar-se em destaque o sen-

timento nobre que alimenta a alma da maioria que vive para a educação: o amor aos

alunos, o desejo de lhe ensinar algo. Isso porque trazem ainda um fi o de esperança de que as coisas mudem e que não seja o professor lembrado apenas nos discursos e promessas vazias de candidatos em época de eleições.

profissão

por Antônia Izanira Lopes de Carvalho

O perfil do educador no sistema atual

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Como plantar seu Papel Semente!

1 - Pique e molhe o papel;

2 - Plante em um vaso com uma leve camada de terra fértil por cima;

3 - Regue diariamente, mantendo sempre úmido, sem encharcar;

Simples assim! Em até 10 dias, sua planta irá germinar!

Uma bela colheita!

Mais informações acesse http://www.papelsemente.com.br/

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Com a crescente evolução do mundo e as revolu-ções sociais que se fazem sentir, um fenômeno tem chamado nossa atenção: o número de jovens

que procura uma universidade não tem escolhido as li-cenciaturas, restando poucos candidatos, os quais, ao que parece, fazem parte de uma privilegiada casta de idealistas. O fato tem levado alguns analistas das ques-tões educacionais a constatarem ser crítica a situação futura, pois sem o professor, como existirão as demais profi ssões? E embora todos saibam da importância do mestre e de terem consciência de que sem ele não ha-verá sobrevivência para outras escolhas profi ssionais, pouco se tem feito para que se mude o quadro atual.

Como comprovação do que se afi rma, pode-se dizer que a categoria é tão desvalorizada que em 15

de outubro, data escolhida para se refl etir sobre o educador, a mídia e outras instituições se preocuparam em destacar o dia do médico com ante-

cedência, esquecendo-se do professor e seu papel

na sociedade.A situação

educacional

é mal resolvida, mesmo nas escolas particulares, em-bora cerca de 82% da categoria esteja na rede públi-ca, dependendo do Estado para que suas reais con-dições de vida melhorem, ocupando o lugar merecido. Em épocas de eleições, a educação é colocada pelos políticos como meta número um de suas bandeiras e depois o vazio das promessas é a resposta para esses discursos, fazendo com que o quadro vergonhoso con-tinue, conduzindo os educadores ao desgaste de en-frentar salários baixos, agressões de alunos e pais mal preparados. Apesar de a educação fi gurar como a mais importante entre os grupos sociais, há uma profunda constatação de que a profi ssão é a menos valorizada na estrutura social em que nos situamos. Em Minas Ge-rais, mais de 60% da categoria recebe até R$935,00, de acordo com a Sind UTE/MG.

Se o mundo mudou, o professor continua como um indivíduo escravizado pelas circunstâncias, tal qual os velhos mestres gregos. Quando se trata dos interesses da categoria, ele é mal ouvido, mal articulado e desu-nido. Deve-se destacar que no quadro social brasileiro qualquer profi ssional que tente se valorizar é escutado, mas não o educador, porque dele se espera que seja um idealista que viva apenas dos deveres, não de seus direitos. Além disso, o Estado não investe em políticas públicas em prol do professor e as poucas existentes são insufi cientes para que a dignidade da profi ssão se evidencie.

Como conseqüência ocorre uma escola mutilada por um professor desiludido, cuja consciência é essa que aí estamos vendo: fuga de vestibulandos, que não mais procuram o magistério. Com as pressões econômicas e culturais, torna-se fato comum o professor apresentar-se com a síndrome de Birnault e os consultórios médi-cos podem atestar que é grande o número de profi ssio-nais do ensino com depressão e angústia existencial crônica, levando-os a desejarem fugir da escola. De-

ve-se, entretanto, colocar-se em destaque o sen-timento nobre que alimenta a alma da maioria

que vive para a educação: o amor aos alunos, o desejo de lhe ensinar algo. Isso porque trazem ainda um fi o de esperança de que as coisas mudem e que não seja o professor lembrado apenas nos discursos e promessas vazias de candidatos em época de eleições.

profissão

por Antônia Izanira Lopes de Carvalho

O perfil do educador no sistema atual

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36 | www.revistamista.com.br | nº 07 | 2011

Cinema Brasileiro

Por Ana Eliza Oliveira

história

Inventado em 1895 pelos irmãos Lumière, o cinema revelou-se peça fundamental do imaginário coletivo do século XX. De pouco a pouco, o mecanismo foi se desenvolvendo e ganhando espaço como fonte de

entretenimento e divulgação cultural da sociedade. Hoje, o cinema possui fi éis admiradores, críticos e é motivo de estudo nas universidades. No Brasil, ele ganhou até uma data especial, comemorada em novembro. Como muitos não conhecem a história do cinema brasileiro, vamos fazer um resgate histórico deste

que é chamado por muitos de sétima arte.O primeiro fi lme brasileiro foi rodado em 1898. Realizado

por Afonso Segretto, o termo dirigido não é correto uma vez que na época a fi gura do diretor não estava consolidada, o fi lme tratava-se de um “natural”. O gênero era muito comum na época, e consistia na fi lmagem de uma paisagem do local onde estava o cinegrafi sta. Os registros de viagem, chamados de “travelogs” e o registro de eventos, chamados de “atualidades”, também eram gêneros muito praticados. Só depois vieram os proto-documentários, mais tarde chamados de documentários.

Em 1912, vieram também as produções nacionais “Os Três Irmãos” e “Na Primavera da Vida”, do cineasta

Humberto Mauro. Mas somente em 1929 foi que a sonoriza-ção começou a dar o ar da graça nas produções brasileiras.

O primeiro fi lme com passagens sonorizadas foi “Ganga Bruta”,

de Humberto Mauro. Mesmo assim, muito antes de 1929, o Brasil já

tinha os “cantantes”, gênero de fi lmes em que os personagens eram dublados ao vivo por atores e cantores. “O fi lme sonoro demorou um pouco para emplacar no Brasil, devido a problemas de infraestrutura de produção. Era um sistema caro”, explica o professor de cinema do Instituto de Artes e Design e do Mestrado em Comunicação da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora, Alfredo Luiz Suppia.

No começo da história do cinema, não existia muita originalidade nas produções. Isso porque tudo que era produzido ao redor do mundo, naquela época, era copiado pelo restante. O plágio e a pirataria cor-riam soltos. O que se rodava na França era refi lmado na Inglaterra ou nos Estados Unidos, e vice-versa. A cópia e o remix eram freqüentes. No Brasil, como no resto do mundo, copiava-se muito a Europa.

Diferenças entre o Cinema Brasileiro e o Internacional

De acordo com o professor de cinema do Instituto de Artes e Design e do Mestrado em Comunicação da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora, Alfredo Luiz Suppia, uma das principais diferenças entre o cinema brasileiro e o internacional estão ligadas a economia. “A Europa tem uma tradição industrial de cinema que o Brasil nunca teve. Mas mesmo assim deve muito a subsídios governamentais para manter vivo seu cinema, assim como ocorre no Brasil”.

De acordo com o professor, o cinema europeu sempre teve muita influência sobre o cinema brasileiro mais elitizado, bem como sobre as escolas brasileiras de cinema. “Ao contrário do cinema popular brasileiro, freqüentemente, paródico e espelhado em gêneros cinematográficos norte-americanos. O cinema brasileiro mais autoral sempre considerou o cinema de autor europeu. Esse pensamento foi muito influente sobre a crítica brasileira especializada e o meio acadêmico”, afirma Alfredo Luiz Suppia.

O professor também decide a ideia de que é necessário que se avance mais, no que diz respeito às produ-ções brasileiras. “O cinema brasileiro pode e deve avançar mais no terreno da democratização da produção, distribuição e acesso. Mais investimentos são necessários para que os realizadores consigam trabalhar, sa-las de cinema que exibam filmes brasileiros e mais cidadãos tenham acesso às salas de cinema, com ingres-sos mais acessíveis. Em muitas regiões do Brasil, cinema ainda é coisa de rico, não é uma diversão popular”.

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Cinema Brasileiro

Por Ana Eliza Oliveira

história

Inventado em 1895 pelos irmãos Lumière, o cinema revelou-se peça fundamental do imaginário coletivo do século XX. De pouco a pouco, o mecanismo foi se desenvolvendo e ganhando espaço como fonte de

entretenimento e divulgação cultural da sociedade. Hoje, o cinema possui fi éis admiradores, críticos e é motivo de estudo nas universidades. No Brasil, ele ganhou até uma data especial, comemorada em novembro. Como muitos não conhecem a história do cinema brasileiro, vamos fazer um resgate histórico deste

que é chamado por muitos de sétima arte.O primeiro fi lme brasileiro foi rodado em 1898. Realizado

por Afonso Segretto, o termo dirigido não é correto uma vez que na época a fi gura do diretor não estava consolidada, o fi lme tratava-se de um “natural”. O gênero era muito comum na época, e consistia na fi lmagem de uma paisagem do local onde estava o cinegrafi sta. Os registros de viagem, chamados de “travelogs” e o registro de eventos, chamados de “atualidades”, também eram gêneros muito praticados. Só depois vieram os proto-documentários, mais tarde chamados de documentários.

Em 1912, vieram também as produções nacionais “Os Três Irmãos” e “Na Primavera da Vida”, do cineasta

Humberto Mauro. Mas somente em 1929 foi que a sonoriza-ção começou a dar o ar da graça nas produções brasileiras.

O primeiro fi lme com passagens sonorizadas foi “Ganga Bruta”,

de Humberto Mauro. Mesmo assim, muito antes de 1929, o Brasil já

tinha os “cantantes”, gênero de fi lmes em que os personagens eram dublados ao vivo por atores e cantores. “O fi lme sonoro demorou um pouco para emplacar no Brasil, devido a problemas de infraestrutura de produção. Era um sistema caro”, explica o professor de cinema do Instituto de Artes e Design e do Mestrado em Comunicação da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora, Alfredo Luiz Suppia.

No começo da história do cinema, não existia muita originalidade nas produções. Isso porque tudo que era produzido ao redor do mundo, naquela época, era copiado pelo restante. O plágio e a pirataria cor-riam soltos. O que se rodava na França era refi lmado na Inglaterra ou nos Estados Unidos, e vice-versa. A cópia e o remix eram freqüentes. No Brasil, como no resto do mundo, copiava-se muito a Europa.

Diferenças entre o Cinema Brasileiro e o Internacional

De acordo com o professor de cinema do Instituto de Artes e Design e do Mestrado em Comunicação da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora, Alfredo Luiz Suppia, uma das principais diferenças entre o cinema brasileiro e o internacional estão ligadas a economia. “A Europa tem uma tradição industrial de cinema que o Brasil nunca teve. Mas mesmo assim deve muito a subsídios governamentais para manter vivo seu cinema, assim como ocorre no Brasil”.

De acordo com o professor, o cinema europeu sempre teve muita influência sobre o cinema brasileiro mais elitizado, bem como sobre as escolas brasileiras de cinema. “Ao contrário do cinema popular brasileiro, freqüentemente, paródico e espelhado em gêneros cinematográficos norte-americanos. O cinema brasileiro mais autoral sempre considerou o cinema de autor europeu. Esse pensamento foi muito influente sobre a crítica brasileira especializada e o meio acadêmico”, afirma Alfredo Luiz Suppia.

O professor também decide a ideia de que é necessário que se avance mais, no que diz respeito às produ-ções brasileiras. “O cinema brasileiro pode e deve avançar mais no terreno da democratização da produção, distribuição e acesso. Mais investimentos são necessários para que os realizadores consigam trabalhar, sa-las de cinema que exibam filmes brasileiros e mais cidadãos tenham acesso às salas de cinema, com ingres-sos mais acessíveis. Em muitas regiões do Brasil, cinema ainda é coisa de rico, não é uma diversão popular”.

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38 | www.revistamista.com.br | fevereiro 2011

A primeira revolução alimentar na história do homem aconteceu na era primata com a descoberta do fogo. A

comida então deixou de ser uma satisfação fisiológica e passou a ser sinônimo de ma-

nifestações sociais, culturais e políticas. Ao longo de todos estes séculos, o homem evoluiu suas técnicas de cocção, inventou uma linha infinita de utensílios e adotou etiquetas para degustar e apreciar a gastronomia.

No começo de século XXI, que sem dúvi-da será o século das maiores transformações gastronômicas modernas, não se fala em ou-tra coisa. O mundo todo tenta compreender o novo fenômeno chamado de “Gastronomia Molecular”.

Termo criado em 1988, quando um físico da universidade de Oxford, Nicolas Kurt, e um químico francês, Hervé Thís, se reuniram para estudar e explicar to-dos os fenômenos físicos e químicos que acorrem durante o ato de cozinhar. Após as pesquisas Herve This escreveu seu Best-seller “Um Cientista na Cozinha“. O livro mostra que por trás dos muitos truques e segredos passados de gera-ção para geração, existem explicações científicas.

Após a grande colaboração destes cientistas, a gastronomia passou a ser não só uma arte, mas, também, uma ciência, chamada “Gastronomia Molecular”. Como ciência, ela tem como maior objetivo identificar e explicar todos os processos que ocor-rem durante o preparo e o manuseio dos alimentos.

Até então, isso era conversa de cientistas. Eis que um belo dia o chefe espanhol Ferran Adrià teve a

gastronomia

por Lucas Del Peloso

GastronomiaMolecular

Gastronomiagenial ideia de transformar sua cozinha em um laboratório onde físicos, químicos e cozinheiros trabalhassem juntos na ten-tativa de elaborar novos padrões gastronômicos.

Surgiu assim a cozinha molecular, em que todos os alimentos podem ser desconstruídos por meio de técnicas avançadas e equipamentos ultra-modernos. A equipe de Adrià conseguiu criar novas consistências para os alimentos. O tomate, por exemplo, se transforma em espuma, o cappelletti explode na boca e vira sopa, a sopa é crocante, a gelatina é quente, a paella se transforma em cápsula, o espaguete é feito com Agár-Agár e o caviar é feito com suco de frutas.

O sucesso do chefe espanhol lhe rendeu o título de melhor do mundo, hegemonia que man-tém há cinco anos consecutivos. Seu restaurante, o “El Bulli”, tem fila de espera de um ano e é o mais cobiçado restaurante do mundo.

No Brasil, a gastronomia molecular ainda não é difundida. Apenas alguns restaurantes seguem a linha devido aos altos custos com equipamen-tos e mão de obra qualificada. Contudo, todas as principais capitais do país já contam com restau-rantes que trabalham com alguns elementos da gastronomia molecular.

A única certeza que fica é a de que a nova gastro-nomia do século XXI veio para mudar os padrões e desconstruir tudo o que já existe. Ótimo para o pú-blico que aprecia novas sensações gastronômicas.

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A primeira revolução alimentar na história do homem aconteceu na era primata com a descoberta do fogo. A

comida então deixou de ser uma satisfação fisiológica e passou a ser sinônimo de ma-

nifestações sociais, culturais e políticas. Ao longo de todos estes séculos, o homem evoluiu suas técnicas de cocção, inventou uma linha infinita de utensílios e adotou etiquetas para degustar e apreciar a gastronomia.

No começo de século XXI, que sem dúvi-da será o século das maiores transformações gastronômicas modernas, não se fala em ou-tra coisa. O mundo todo tenta compreender o novo fenômeno chamado de “Gastronomia Molecular”.

Termo criado em 1988, quando um físico da universidade de Oxford, Nicolas Kurt, e um químico francês, Hervé Thís, se reuniram para estudar e explicar to-dos os fenômenos físicos e químicos que acorrem durante o ato de cozinhar. Após as pesquisas Herve This escreveu seu Best-seller “Um Cientista na Cozinha“. O livro mostra que por trás dos muitos truques e segredos passados de gera-ção para geração, existem explicações científicas.

Após a grande colaboração destes cientistas, a gastronomia passou a ser não só uma arte, mas, também, uma ciência, chamada “Gastronomia Molecular”. Como ciência, ela tem como maior objetivo identificar e explicar todos os processos que ocor-rem durante o preparo e o manuseio dos alimentos.

Até então, isso era conversa de cientistas. Eis que um belo dia o chefe espanhol Ferran Adrià teve a

gastronomia

por Lucas Del Peloso

GastronomiaMolecular

Gastronomiagenial ideia de transformar sua cozinha em um laboratório onde físicos, químicos e cozinheiros trabalhassem juntos na ten-tativa de elaborar novos padrões gastronômicos.

Surgiu assim a cozinha molecular, em que todos os alimentos podem ser desconstruídos por meio de técnicas avançadas e equipamentos ultra-modernos. A equipe de Adrià conseguiu criar novas consistências para os alimentos. O tomate, por exemplo, se transforma em espuma, o cappelletti explode na boca e vira sopa, a sopa é crocante, a gelatina é quente, a paella se transforma em cápsula, o espaguete é feito com Agár-Agár e o caviar é feito com suco de frutas.

O sucesso do chefe espanhol lhe rendeu o título de melhor do mundo, hegemonia que man-tém há cinco anos consecutivos. Seu restaurante, o “El Bulli”, tem fila de espera de um ano e é o mais cobiçado restaurante do mundo.

No Brasil, a gastronomia molecular ainda não é difundida. Apenas alguns restaurantes seguem a linha devido aos altos custos com equipamen-tos e mão de obra qualificada. Contudo, todas as principais capitais do país já contam com restau-rantes que trabalham com alguns elementos da gastronomia molecular.

A única certeza que fica é a de que a nova gastro-nomia do século XXI veio para mudar os padrões e desconstruir tudo o que já existe. Ótimo para o pú-blico que aprecia novas sensações gastronômicas.

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40 | www.revistamista.com.br | nº 07 | 2011

Entr

ada

Prat

o pr

inci

pal

Camarão ao Mel e Gengibre

1 colher de sopa de gengibre ralado4 colheres de sopa de azeite de oliva800 g de camarão VG limpo2 limões1 colher de chá de cebola picada100 ml de vinho branco seco300 ml de creme de leite sem soro50 ml de mostarda1 colher e 1/2 de sopa de mel1 colher de sopa de salsinha picadinhaSal a gosto

Para 4 pessoas

Ceviche é um prato de origem peruana baseado em peixe cru marinado em suco de limão ou outro citrico. O essencial é que o pescado seja branco (sem muita gor-dura, nem músculo vermelho, como o atum). Camarão, lagosta ou mesmo polvo podem também ser usados.

PREPARO: Essa etapa é uma dica para deixar o gengi-bre menos picante. Será preciso colocar o gengibre ralado para cozinhar por 30 minutos em uma mistura de 300 ml de água, 100 ml de vinagre comum e 2 colheres de sopa de açúcar cristal. Escorra o gengibre e reserve-o para a receita a seguir.

*Tempere os camarões com sal, limão e metade do azei-te. Enquanto os camarões descansam no tempero, leve uma frigideira ao fogo alto com o restante do azeite e re-

Ceviche de Peixe:

300 gramas de fi lé de peixe branco3 limões1 colher de sopa de cebola roxa bem picadinha2 colheres de Sopa de salsinha picada4 colheres de sopa de azeite extra virgem1 colher de chá de pimenta calabresa Sal a gosto

Para: 4 pessoas

Preparo: Corte o peixe em cubinhos de aproximada-mente meio centímetro e passe para uma vasilha. Em seguida esprema os limões, acrescente o azeite e tem-pere com a cebola e o sal. Deixe descansar por pelo menos uma hora na geladeira. Após o descanso, some à mistura a salsinha picadinha e a pimenta calabresa. Mexa bem e sirva com torradas.

fogue a cebola até murchar. Acrescente os camarões e o gengibre que foi reservado. Mantenha no fogo alto por 3 minutos mexendo de vez em quando. A seguir, acrescente o vinho branco e espere o álcool evaporar. Junte ao preparo o creme de leite, a mostarda e o mel. Quando o molho levan-tar fervura prove e corrija o tempero acrescentando sal se preciso. Aguarde de três a cinco minutos até que o molho adquira consistência. Desligue o fogo e acrescente a salsi-nha picada. Sirva bem quente com arroz branco ou risoto.

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Camarão ao Mel e Gengibre

1 colher de sopa de gengibre ralado4 colheres de sopa de azeite de oliva800 g de camarão VG limpo2 limões1 colher de chá de cebola picada100 ml de vinho branco seco300 ml de creme de leite sem soro50 ml de mostarda1 colher e 1/2 de sopa de mel1 colher de sopa de salsinha picadinhaSal a gosto

Para 4 pessoas

Ceviche é um prato de origem peruana baseado em peixe cru marinado em suco de limão ou outro citrico. O essencial é que o pescado seja branco (sem muita gor-dura, nem músculo vermelho, como o atum). Camarão, lagosta ou mesmo polvo podem também ser usados.

PREPARO: Essa etapa é uma dica para deixar o gengi-bre menos picante. Será preciso colocar o gengibre ralado para cozinhar por 30 minutos em uma mistura de 300 ml de água, 100 ml de vinagre comum e 2 colheres de sopa de açúcar cristal. Escorra o gengibre e reserve-o para a receita a seguir.

*Tempere os camarões com sal, limão e metade do azei-te. Enquanto os camarões descansam no tempero, leve uma frigideira ao fogo alto com o restante do azeite e re-

Ceviche de Peixe:

300 gramas de fi lé de peixe branco3 limões1 colher de sopa de cebola roxa bem picadinha2 colheres de Sopa de salsinha picada4 colheres de sopa de azeite extra virgem1 colher de chá de pimenta calabresa Sal a gosto

Para: 4 pessoas

Preparo: Corte o peixe em cubinhos de aproximada-mente meio centímetro e passe para uma vasilha. Em seguida esprema os limões, acrescente o azeite e tem-pere com a cebola e o sal. Deixe descansar por pelo menos uma hora na geladeira. Após o descanso, some à mistura a salsinha picadinha e a pimenta calabresa. Mexa bem e sirva com torradas.

fogue a cebola até murchar. Acrescente os camarões e o gengibre que foi reservado. Mantenha no fogo alto por 3 minutos mexendo de vez em quando. A seguir, acrescente o vinho branco e espere o álcool evaporar. Junte ao preparo o creme de leite, a mostarda e o mel. Quando o molho levan-tar fervura prove e corrija o tempero acrescentando sal se preciso. Aguarde de três a cinco minutos até que o molho adquira consistência. Desligue o fogo e acrescente a salsi-nha picada. Sirva bem quente com arroz branco ou risoto.

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42 | www.revistamista.com.br | nº 07 | 2011

Canoagemesporte

por Ana Eliza Oliveira

O Brasil é um país privilegiado no que diz respeito à água. É dono da maior reserva de água doce do mundo, aproximadamente 12%.

Essa característica peculiar favo-rece a prática de um esporte, que no país do futebol, não recebe a atenção que merece:

a canoagem. Governador Valadares é agraciada com

vários quilômetros do Rio Doce, fator primordial para que a cidade con-quistasse vários adeptos

do esporte.A canoagem começou no

Brasil em meados de 1930. Em Valadares, os primeiros praticantes foram surgin-do em 1980. Na época, a canoagem nem era pratica-da como esporte, mas por diversão. Foi só em 1985 que começou a ser levado mais a sério. Assim, foi fun-

dada a Associação Vala-darense de Canoagem

(Avaca), e organi-zadas as primeiras competições.

Desde então, várias etapas de

eventos importantes foram sediadas em Valadares. Para os praticantes do esporte, o que mais favoreceu a prática da canoagem é o fato da cidade ser banha-da pelo Rio. Hoje, segundo levantamentos da Avaca, existem 55 canoístas na cidade, com idades entre 13 e 45 anos. “Desde a nascente até o fi m do Rio Doce, são cerca de 900 quilômetros de corredeiras. Valada-res é cercada pelo Rio Doce, o que é muito propício para o esporte”, afi rma o presidente da Avaca, Helmer Cândido Nogueira.

Modalidades

O Rio Doce também possibilita que os atletas disputem todas as modalidades do esporte. E quantas modalida-des: velocidade, slalom, paracanoagem, descida, ma-ratona, oceânica, onda, pólo, rafting e até rodeio. Cada categoria tem sua peculiaridade. Geralmente, as mais praticadas no Brasil são de velocidade, slalom e rafting.

A velocidade é uma modalidade essencialmente de competição. É praticada em rios ou lagos de águas calmas com nove raias demarcadas nas distâncias de mil, 500 e 200 metros. Iniciam-se com eliminatórias que classifi cam os barcos semifi nalistas e fi nalistas.

Já na categoria slalom, o atleta deve remar através de um percurso em corredeira, defi nido por balizas, sem cometer penalidades, no menor tempo possí-vel. Para os adeptos da canoagem num estilo mais radical, existe o rafting, que consiste na descida de

rios em botes infl áveis. Os integrantes da embarcação remam sob o comando de um instrutor, responsável pela orientação do grupo durante o percurso.

A prática dessa e de outras categorias da canoagem implicam conceitos de solidariedade, união, liderança, trabalho em equipe e percepção sensorial, muito impor-tantes no relacionamento interpessoal. “Pratico canoa-gem há 12 anos, já competi e hoje só a tenho como hobby. É um esporte muito seguro e saudável, as pessoas que o praticam são muito unidas”, afi rma Nogueira.

Benefícios para o corpo

Todos os esportes trazem benefícios à saúde e ao bem-estar de quem os pratica. Para isso, é impor-tante ter bem claros os objetivos e a regularidade com quem é praticado. “O remo, especifi camen-te, pode contribuir para o fortalecimento da massa muscular e melhora da capacidade pulmonar. Pode ser considerado, também, o fato de ser realizado em contato direto com a natureza, o que proporciona ao pra-ticante a sensação de bem-estar, melhora da autoestima e reduz sintomas depressivos e de ansiedade”, explica o professor e coordenador do curso de Educação Física da Universidade Vale do Rio Doce, João Batista Rodrigues da Silva Filho.

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Canoagemesporte

por Ana Eliza Oliveira

O Brasil é um país privilegiado no que diz respeito à água. É dono da maior reserva de água doce do mundo, aproximadamente 12%.

Essa característica peculiar favo-rece a prática de um esporte, que no país do futebol, não recebe a atenção que merece:

a canoagem. Governador Valadares é agraciada com

vários quilômetros do Rio Doce, fator primordial para que a cidade con-quistasse vários adeptos

do esporte.A canoagem começou no

Brasil em meados de 1930. Em Valadares, os primeiros praticantes foram surgin-do em 1980. Na época, a canoagem nem era pratica-da como esporte, mas por diversão. Foi só em 1985 que começou a ser levado mais a sério. Assim, foi fun-

dada a Associação Vala-darense de Canoagem

(Avaca), e organi-zadas as primeiras competições.

Desde então, várias etapas de

eventos importantes foram sediadas em Valadares. Para os praticantes do esporte, o que mais favoreceu a prática da canoagem é o fato da cidade ser banha-da pelo Rio. Hoje, segundo levantamentos da Avaca, existem 55 canoístas na cidade, com idades entre 13 e 45 anos. “Desde a nascente até o fi m do Rio Doce, são cerca de 900 quilômetros de corredeiras. Valada-res é cercada pelo Rio Doce, o que é muito propício para o esporte”, afi rma o presidente da Avaca, Helmer Cândido Nogueira.

Modalidades

O Rio Doce também possibilita que os atletas disputem todas as modalidades do esporte. E quantas modalida-des: velocidade, slalom, paracanoagem, descida, ma-ratona, oceânica, onda, pólo, rafting e até rodeio. Cada categoria tem sua peculiaridade. Geralmente, as mais praticadas no Brasil são de velocidade, slalom e rafting.

A velocidade é uma modalidade essencialmente de competição. É praticada em rios ou lagos de águas calmas com nove raias demarcadas nas distâncias de mil, 500 e 200 metros. Iniciam-se com eliminatórias que classifi cam os barcos semifi nalistas e fi nalistas.

Já na categoria slalom, o atleta deve remar através de um percurso em corredeira, defi nido por balizas, sem cometer penalidades, no menor tempo possí-vel. Para os adeptos da canoagem num estilo mais radical, existe o rafting, que consiste na descida de

rios em botes infl áveis. Os integrantes da embarcação remam sob o comando de um instrutor, responsável pela orientação do grupo durante o percurso.

A prática dessa e de outras categorias da canoagem implicam conceitos de solidariedade, união, liderança, trabalho em equipe e percepção sensorial, muito impor-tantes no relacionamento interpessoal. “Pratico canoa-gem há 12 anos, já competi e hoje só a tenho como hobby. É um esporte muito seguro e saudável, as pessoas que o praticam são muito unidas”, afi rma Nogueira.

Benefícios para o corpo

Todos os esportes trazem benefícios à saúde e ao bem-estar de quem os pratica. Para isso, é impor-tante ter bem claros os objetivos e a regularidade com quem é praticado. “O remo, especifi camen-te, pode contribuir para o fortalecimento da massa muscular e melhora da capacidade pulmonar. Pode ser considerado, também, o fato de ser realizado em contato direto com a natureza, o que proporciona ao pra-ticante a sensação de bem-estar, melhora da autoestima e reduz sintomas depressivos e de ansiedade”, explica o professor e coordenador do curso de Educação Física da Universidade Vale do Rio Doce, João Batista Rodrigues da Silva Filho.

Page 44: edição 7

O verão se aproxima e o número de pessoas que se esforça para recuperar o tempo per-dido e alcançar o corpo perfeito para esta

época do ano é cada vez maior. Neste período que antecede o início do verão, a quantidade de alunos nas academias e centros esportivos triplica e o ape-lo para dietas mirabolantes é enorme. Estas dietas, na maioria das vezes, fazem grandes restrições ca-lóricas, resultando em uma perda de peso expres-siva em pouco tempo. Entretanto, com a eliminação do peso, perdem-se também saúde e qualidade de vida. A possibilidade de recuperar em pouco tempo o peso inicial é enorme, afi nal, ninguém aguenta passar fome por muito tempo, tornando se grande a chance de voltar a comer e engordar tudo de novo.

Desconfi e sempre de dietas ou produtos que pro-metem resultados fantásticos em pouco tempo, isto

porque não existem milagres! Para emagrecer e manter a saúde, é necessário uma perda de peso gradual, sem reduções bruscas e que se adapte aos seus hábitos alimentares e ao seu estilo de vida. Para isso, um acompanhamento nutricional é essencial. O nutricionista é o profi ssional ideal para fazer um pla-nejamento alimentar adequado e individualizado, de acordo com suas necessidades nutricionais.

Seguindo as orientações de um profi ssional aliado à prática de exercícios moderados, você chegará ao seu objetivo e com certeza terá um verão mais magro e com muito mais saúde, podendo desfrutar de toda a beleza da estação mais esperada do ano.

Para desfi lar um corpo perfeito não apenas du-rante o verão, mas durante o ano inteiro, a reeduca-ção alimentar é ponto-chave. Muitas pessoas fazem grandes restrições alimentares e, depois que o peso desejado é alcançado, acabam se acomodando e co-mendo de forma exagerada novamente, recuperando o peso rapidamente.

Portanto, não adianta se esforçar para emagrecer até o verão e depois se esbaldar, o resultado disso você já conhece, o famoso efeito sanfona! A partir do momento que você aprende a comer bem, e co-mer bem não signifi ca comer muito, mas comer com qualidade, respeitando as necessidades do seu or-ganismo, você conseguirá não apenas perder peso, mas mantê-lo durante o ano todo, sem ter que passar fome ou se esconder com a chegada do verão.

A busca pelo corpo

PERFEITOPor Cássia Emanuelly

nutrição

Nutricionista CRN 9718/P

44 | www.revistamista.com.br | nº 07 | 2011

O equilíbrio é fundamental em vários quesitos da vida e, na alimentação, não seria diferente. A

alimentação equilibrada é essencial para alcançar uma vida mais saudável e, consequentemente,

mais feliz. Evite exageros! É preciso ter em mente que você come para viver, não viver para comer!

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O verão se aproxima e o número de pessoas que se esforça para recuperar o tempo per-dido e alcançar o corpo perfeito para esta

época do ano é cada vez maior. Neste período que antecede o início do verão, a quantidade de alunos nas academias e centros esportivos triplica e o ape-lo para dietas mirabolantes é enorme. Estas dietas, na maioria das vezes, fazem grandes restrições ca-lóricas, resultando em uma perda de peso expres-siva em pouco tempo. Entretanto, com a eliminação do peso, perdem-se também saúde e qualidade de vida. A possibilidade de recuperar em pouco tempo o peso inicial é enorme, afi nal, ninguém aguenta passar fome por muito tempo, tornando se grande a chance de voltar a comer e engordar tudo de novo.

Desconfi e sempre de dietas ou produtos que pro-metem resultados fantásticos em pouco tempo, isto

porque não existem milagres! Para emagrecer e manter a saúde, é necessário uma perda de peso gradual, sem reduções bruscas e que se adapte aos seus hábitos alimentares e ao seu estilo de vida. Para isso, um acompanhamento nutricional é essencial. O nutricionista é o profi ssional ideal para fazer um pla-nejamento alimentar adequado e individualizado, de acordo com suas necessidades nutricionais.

Seguindo as orientações de um profi ssional aliado à prática de exercícios moderados, você chegará ao seu objetivo e com certeza terá um verão mais magro e com muito mais saúde, podendo desfrutar de toda a beleza da estação mais esperada do ano.

Para desfi lar um corpo perfeito não apenas du-rante o verão, mas durante o ano inteiro, a reeduca-ção alimentar é ponto-chave. Muitas pessoas fazem grandes restrições alimentares e, depois que o peso desejado é alcançado, acabam se acomodando e co-mendo de forma exagerada novamente, recuperando o peso rapidamente.

Portanto, não adianta se esforçar para emagrecer até o verão e depois se esbaldar, o resultado disso você já conhece, o famoso efeito sanfona! A partir do momento que você aprende a comer bem, e co-mer bem não signifi ca comer muito, mas comer com qualidade, respeitando as necessidades do seu or-ganismo, você conseguirá não apenas perder peso, mas mantê-lo durante o ano todo, sem ter que passar fome ou se esconder com a chegada do verão.

A busca pelo corpo

PERFEITOPor Cássia Emanuelly

nutrição

Nutricionista CRN 9718/P

O equilíbrio é fundamental em vários quesitos da vida e, na alimentação, não seria diferente. A

alimentação equilibrada é essencial para alcançar uma vida mais saudável e, consequentemente,

mais feliz. Evite exageros! É preciso ter em mente que você come para viver, não viver para comer!

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46 | www.revistamista.com.br | nº 07 | 2011

O samba rock é um movimento criativo, disto não restam dúvidas. O estilo surgiu em meados dos anos 60, nos bailes e salões de dança da perife-

ria de São Paulo. Hoje, quatro décadas depois, o estilo musical caiu no gosto popular e se espalhou pelo Brasil. E foi justamente pensando em lançar no mercado um som inovador e de características próprias, que surgiu a banda “Cartola Samba Clube”. Fugindo totalmente do eixo sertanejo e axé, que predominam no interior minei-ro, o grupo de Ipatinga se destaca pelas composições próximas e releituras de clássicos do samba.

A banda ainda é recente, foi criada em março de 2009. A fi nalidade é tocar o melhor do samba rock e suas ver-tentes, com muita originalidade e arranjos próprios. As infl uências são muitas. Samba, rock, blues, jazz, soul, funk e ritmos populares brasileiros. Devido à variação de estilos e instrumentos, a formação é composta por sete integrantes sendo: Diego Sales na guitarra, violão e cavaquinho, Sauer Vidigal no baixo, Kuieiter Martins na bateria, Thiago Foguim na percussão e Jucimar no sax e fl auta. Nos vocais o grupo conta com Gustavo Sa-les e Laura Neves, que também toca pandeiro. “A idéia sempre foi fazer o diferente. Desde as músicas ao estilo de roupas e acessórios. O samba rock não era um som muito conhecido no mercado e nas casas de shows do Vale do Aço. Queríamos inovar”, conta a vocalista.

No Vale do Aço e região, por onde passa a banda não deixa ninguém parado. Os shows acontecem nas

fone de ouvido

por Ana Eliza Oliveira

Samba Rock

de dos frequentadores dos bailes em casas de família e salões da periferia de São Paulo, fi nal da década de sessenta e começo da década de setenta.

- Na primeira metade da década de setenta fora cha-mado por diversos nomes: sambalanço, swing, rock samba, e fi nalmente samba rock, por causa do lança-mento da primeira coletânea que continham músicas tocadas nos bailes de samba rock e re-gravadas espe-cialmente para esses bailes.

- A primeira coletânea lançada em 1977 que se cha-ma “Samba Rock o Som dos Black`s” foi que deu início a uma nova era para o samba rock onde eram re-gra-vados vários sucessos de bailes da época fazendo com que fosse mais fácil o acesso a essas músicas que ate então eram músicas fora de catálogo e difíceis de se encontrar Tornando assim o Sambarock mais conheci-do na grande São Paulo e outros estados.

melhores festas e casas de shows da região e do in-terior mineiro, tendo sempre presente o público mais badalado da região. Com o amadurecimento, a banda lançou recentemente seu primeiro álbum de divulgação. O Cd traz como música de trabalho a canção “Samba todo mundo”, resultado de uma parceria com um dos maiores compositores regionais, Felipe Casnun. Como não poderia deixar de ter, o disco conta ainda com re-leituras de hits de Jorge Bem Jor, Jair Rodrigues, Seu Jorge, Tim Maia, Cartola e Lulu Santos. “A aceitação e admiração pela banda está cada vez maior. O reconhe-cimento profi ssional e os shows cada vez mais anima-dos. Com o passar do tempo o público buscou e teve a curiosidade de conhecer melhor o samba rock, e isso esta refl etindo em nosso trabalho”.

Saiba mais...- O Samba rock é uma dança que surgiu da criativida-

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O samba rock é um movimento criativo, disto não restam dúvidas. O estilo surgiu em meados dos anos 60, nos bailes e salões de dança da perife-

ria de São Paulo. Hoje, quatro décadas depois, o estilo musical caiu no gosto popular e se espalhou pelo Brasil. E foi justamente pensando em lançar no mercado um som inovador e de características próprias, que surgiu a banda “Cartola Samba Clube”. Fugindo totalmente do eixo sertanejo e axé, que predominam no interior minei-ro, o grupo de Ipatinga se destaca pelas composições próximas e releituras de clássicos do samba.

A banda ainda é recente, foi criada em março de 2009. A fi nalidade é tocar o melhor do samba rock e suas ver-tentes, com muita originalidade e arranjos próprios. As infl uências são muitas. Samba, rock, blues, jazz, soul, funk e ritmos populares brasileiros. Devido à variação de estilos e instrumentos, a formação é composta por sete integrantes sendo: Diego Sales na guitarra, violão e cavaquinho, Sauer Vidigal no baixo, Kuieiter Martins na bateria, Thiago Foguim na percussão e Jucimar no sax e fl auta. Nos vocais o grupo conta com Gustavo Sa-les e Laura Neves, que também toca pandeiro. “A idéia sempre foi fazer o diferente. Desde as músicas ao estilo de roupas e acessórios. O samba rock não era um som muito conhecido no mercado e nas casas de shows do Vale do Aço. Queríamos inovar”, conta a vocalista.

No Vale do Aço e região, por onde passa a banda não deixa ninguém parado. Os shows acontecem nas

fone de ouvido

por Ana Eliza Oliveira

Samba Rock

de dos frequentadores dos bailes em casas de família e salões da periferia de São Paulo, fi nal da década de sessenta e começo da década de setenta.

- Na primeira metade da década de setenta fora cha-mado por diversos nomes: sambalanço, swing, rock samba, e fi nalmente samba rock, por causa do lança-mento da primeira coletânea que continham músicas tocadas nos bailes de samba rock e re-gravadas espe-cialmente para esses bailes.

- A primeira coletânea lançada em 1977 que se cha-ma “Samba Rock o Som dos Black`s” foi que deu início a uma nova era para o samba rock onde eram re-gra-vados vários sucessos de bailes da época fazendo com que fosse mais fácil o acesso a essas músicas que ate então eram músicas fora de catálogo e difíceis de se encontrar Tornando assim o Sambarock mais conheci-do na grande São Paulo e outros estados.

melhores festas e casas de shows da região e do in-terior mineiro, tendo sempre presente o público mais badalado da região. Com o amadurecimento, a banda lançou recentemente seu primeiro álbum de divulgação. O Cd traz como música de trabalho a canção “Samba todo mundo”, resultado de uma parceria com um dos maiores compositores regionais, Felipe Casnun. Como não poderia deixar de ter, o disco conta ainda com re-leituras de hits de Jorge Bem Jor, Jair Rodrigues, Seu Jorge, Tim Maia, Cartola e Lulu Santos. “A aceitação e admiração pela banda está cada vez maior. O reconhe-cimento profi ssional e os shows cada vez mais anima-dos. Com o passar do tempo o público buscou e teve a curiosidade de conhecer melhor o samba rock, e isso esta refl etindo em nosso trabalho”.

Saiba mais...- O Samba rock é uma dança que surgiu da criativida-

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As pessoas jurídicas e físicas devem fi car atentas para as mudanças de foco que acontecem com os governos federal, estadual e municipal, respon-

sáveis pela arrecadação tributária no Brasil. A transpa-rência, os registros contábeis e fi scais, os controles adequados dos documentos que retratam a prática de atos e fatos administrativos e fi scais, bem como a estrita observância das normas e procedimentos que regram o ordenamento jurídico-tributário, terão que ser um dos objetivos do empreendedor.

Neste cenário, os três entes vêm aperfeiçoando seus sistemas e metas para controlar e receber de todos os contribuintes o que lhes é devido. Quer os valores espontaneamente declarados pelo devedor, quer aqueles gerados e, por conseguinte, devidos, mas, por qualquer motivo, não denunciados pelos

contribuintes, os quais serão apurados por meio de rigorosa auditoria virtual e, sendo tidos como devidos,

serão cobrados da forma mais rigorosa possível. Obvia-mente sem desprezar ou prejudicar os direitos individuais

de cada contribuinte devedor, como previsto na Constitui-ção Federal.

O grande fator negativo é que os tributos e contri-buições apurados como devidos e não informados espontaneamente pelos contribuintes devedores es-tarão sujeitos a altíssimas penas civis. As multas po-dem elevar o valor principal em até 150%, com juros com base na variação da taxa Selic.

Para o empreendedor e para as pessoas físicas é fundamental agir sempre com responsabilidade, or-ganizando-se e procurando se informar com uma boa assessoria em assuntos contábeis e fi scal-tributário. É importante ter como um dos objetivos de seu negó-cio o pleno cumprimento das obrigações legais, tanto das acessórias, quanto das principais, como paga-mento regular dos impostos, taxas e contribuições.

A fi scalização está tão rigorosa e aperfeiçoada, que todos devem começar a acertar sua situação com o Leão. Neste ano o fi sco começa a cruzar mais informações e, no máximo em dois anos, estará cru-zando praticamente todas as informações que envol-vam CPF ou CNPJ on-line com:

por Nilton PorcaroContador, Perito contábil e Economista

contabilidade

O fisco aperta o cerco contra os contribuintes

ATENÇÃO:

operações do dia a dia.Acredita-se que muito em breve a prática da informa-

lidade tende a diminuir, e muito! A recomendação é que as empresas se esforcem cada vez mais no sentido de acertarem os detalhes que faltam para minimizar pro-blemas com o FISCO.

O acompanhamento e controle da vida fi scal dos indi-víduos e das empresas fi carão tão aperfeiçoados, que a Receita Federal passará a oferecer a declaração de Imposto de Renda já pronta, para validação do contri-buinte, o que poderá ocorrer dentro de dois anos.

Para completar, já foi aprovado um instrumento de penhora on-line das contas correntes. O cidadão pode-rá requerer ao juiz a decretação instantânea, por meio eletrônico, da indisponibilidade de dinheiro ou bens do contribuinte submetido a processo de execução fi scal.

Todo cuidado é pouco, procure um profi ssional contá-bil para mais informações.

A Instrução Normativa RFB nº 811/2008 criou a De-claração de Informações sobre Movimentação Finan-ceira (DIMOF), pela qual as instituições fi nanceiras têm de informar a movimentação de pessoas físicas, se a mesma superar a ínfi ma quantia de R$ 5 mil no semes-tre, e das pessoas jurídicas, se a movimentação supe-rar a bagatela de R$ 10 mil/semestre. A primeira DIMOF foi apresentada em 15 de dezembro de 2008.

Hoje, a Receita Federal tem diversos meios de con-trole para acompanhar a movimentação fi nanceira das pessoas. Além da DIMOF, há a DIRPF, DIRPJ, DA-CON, DCTF, DITR, DIPI, DIRF, RAIS, DIMOB etc. São diversas as fontes de informações.

Este cruzamento das informações deve, em breve, se estender a um número muito maior de contribuintes, pois o resultado foi “muito lucrativo” para o governo, e não há como esquecer a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), que já está acontece pelo cotidiano em boa parte das

CARTÓRIOS: checar os bens imóveis: terrenos, casas, apartamentos, sítios, construções

DETRANS: registro de propriedade de veículos, motos, barcos, Jet-skis etc.

BANCOS: cartões de crédito, débito, aplicações, movimentações, financiamentos

EMPRESAS EM GERAL: além das operações já rastreadas (folha de pagamentos, FGTS, INSS, IRRF etc.), passam a ser cruzadas as operações de compra e venda de mercadorias e serviços em geral, incluídos os básicos (luz, água, telefone, saúde), bem como os financiamentos em geral. Tudo por meio da Nota Fiscal Eletrônica. Isso nos âmbitos Municipal, Estadual e Federal, amarrando pessoa física e pessoa jurídica nestes cruzamentos e podendo, ainda, fiscalizar os últimos cinco anos.

(com informações da http://www.receita.fazenda.gov.br/)

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As pessoas jurídicas e físicas devem fi car atentas para as mudanças de foco que acontecem com os governos federal, estadual e municipal, respon-

sáveis pela arrecadação tributária no Brasil. A transpa-rência, os registros contábeis e fi scais, os controles adequados dos documentos que retratam a prática de atos e fatos administrativos e fi scais, bem como a estrita observância das normas e procedimentos que regram o ordenamento jurídico-tributário, terão que ser um dos objetivos do empreendedor.

Neste cenário, os três entes vêm aperfeiçoando seus sistemas e metas para controlar e receber de todos os contribuintes o que lhes é devido. Quer os valores espontaneamente declarados pelo devedor, quer aqueles gerados e, por conseguinte, devidos, mas, por qualquer motivo, não denunciados pelos

contribuintes, os quais serão apurados por meio de rigorosa auditoria virtual e, sendo tidos como devidos,

serão cobrados da forma mais rigorosa possível. Obvia-mente sem desprezar ou prejudicar os direitos individuais

de cada contribuinte devedor, como previsto na Constitui-ção Federal.

O grande fator negativo é que os tributos e contri-buições apurados como devidos e não informados espontaneamente pelos contribuintes devedores es-tarão sujeitos a altíssimas penas civis. As multas po-dem elevar o valor principal em até 150%, com juros com base na variação da taxa Selic.

Para o empreendedor e para as pessoas físicas é fundamental agir sempre com responsabilidade, or-ganizando-se e procurando se informar com uma boa assessoria em assuntos contábeis e fi scal-tributário. É importante ter como um dos objetivos de seu negó-cio o pleno cumprimento das obrigações legais, tanto das acessórias, quanto das principais, como paga-mento regular dos impostos, taxas e contribuições.

A fi scalização está tão rigorosa e aperfeiçoada, que todos devem começar a acertar sua situação com o Leão. Neste ano o fi sco começa a cruzar mais informações e, no máximo em dois anos, estará cru-zando praticamente todas as informações que envol-vam CPF ou CNPJ on-line com:

por Nilton PorcaroContador, Perito contábil e Economista

contabilidade

O fisco aperta o cerco contra os contribuintes

ATENÇÃO:

operações do dia a dia.Acredita-se que muito em breve a prática da informa-

lidade tende a diminuir, e muito! A recomendação é que as empresas se esforcem cada vez mais no sentido de acertarem os detalhes que faltam para minimizar pro-blemas com o FISCO.

O acompanhamento e controle da vida fi scal dos indi-víduos e das empresas fi carão tão aperfeiçoados, que a Receita Federal passará a oferecer a declaração de Imposto de Renda já pronta, para validação do contri-buinte, o que poderá ocorrer dentro de dois anos.

Para completar, já foi aprovado um instrumento de penhora on-line das contas correntes. O cidadão pode-rá requerer ao juiz a decretação instantânea, por meio eletrônico, da indisponibilidade de dinheiro ou bens do contribuinte submetido a processo de execução fi scal.

Todo cuidado é pouco, procure um profi ssional contá-bil para mais informações.

A Instrução Normativa RFB nº 811/2008 criou a De-claração de Informações sobre Movimentação Finan-ceira (DIMOF), pela qual as instituições fi nanceiras têm de informar a movimentação de pessoas físicas, se a mesma superar a ínfi ma quantia de R$ 5 mil no semes-tre, e das pessoas jurídicas, se a movimentação supe-rar a bagatela de R$ 10 mil/semestre. A primeira DIMOF foi apresentada em 15 de dezembro de 2008.

Hoje, a Receita Federal tem diversos meios de con-trole para acompanhar a movimentação fi nanceira das pessoas. Além da DIMOF, há a DIRPF, DIRPJ, DA-CON, DCTF, DITR, DIPI, DIRF, RAIS, DIMOB etc. São diversas as fontes de informações.

Este cruzamento das informações deve, em breve, se estender a um número muito maior de contribuintes, pois o resultado foi “muito lucrativo” para o governo, e não há como esquecer a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), que já está acontece pelo cotidiano em boa parte das

CARTÓRIOS: checar os bens imóveis: terrenos, casas, apartamentos, sítios, construções

DETRANS: registro de propriedade de veículos, motos, barcos, Jet-skis etc.

BANCOS: cartões de crédito, débito, aplicações, movimentações, financiamentos

EMPRESAS EM GERAL: além das operações já rastreadas (folha de pagamentos, FGTS, INSS, IRRF etc.), passam a ser cruzadas as operações de compra e venda de mercadorias e serviços em geral, incluídos os básicos (luz, água, telefone, saúde), bem como os financiamentos em geral. Tudo por meio da Nota Fiscal Eletrônica. Isso nos âmbitos Municipal, Estadual e Federal, amarrando pessoa física e pessoa jurídica nestes cruzamentos e podendo, ainda, fiscalizar os últimos cinco anos.

(com informações da http://www.receita.fazenda.gov.br/)

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a doença do século XXI?

saúde

por Ana Eliza Oliveira

Câncer:

50 | www.revistamista.com.br | nº 07 | 2011

muito gordurosos, tudo isso contribui”, explica Vieira.As internas são, na maioria das vezes, genetica-

mente pré-determinadas, e estão ligadas à capaci-dade do organismo de se defender das agressões externas. Esses fatores causais podem interagir de várias formas, aumentando a probabilidade de trans-formações malignas nas células normais.

De acordo com o Inca, cerca de 80% a 90% dos cânceres estão associados a fatores ambientais. Al-guns deles são bem conhecidos: o cigarro pode cau-sar câncer de pulmão, a exposição excessiva ao sol pode causar câncer de pele, alguns vírus podem cau-sar leucemia; outros estão em estudo, como alguns componentes dos alimentos que ingerimos; e muitos ainda são completamente desconhecidos.

Formas de tratamento da doença

O recurso mais utilizado no tratamento do câncer é a radioterapia que consiste em uma modalidade tera-pêutica que utiliza a radiação ionizante para destruir as células que formam os tumores. Ela é dividida em duas submodalidades: a Teleterapia e a Braquitera-pia.

A primeira consiste em tratamentos loco-regionais, em que a fonte radioativa fi ca afastada do paciente e irradia uma área previamente estabelecida. Para este tipo de tratamento são utilizados aparelhos como o “Acelerador Linear de Partículas” ou as “Bombas de Cobalto 60”.

A segunda incide em tratamentos localizados, em que a fonte radioativa fi ca em contato direto com o tumor, irradiando pequenas áreas de interesse. Para este tipo de tratamento são utilizadas fontes de Ce-sium, Radium, Iridium e sementes radioativas de Ouro ou Iodo.

Para os pacientes que não necessitam do trata-mento com radiação, existe a quimioterapia, modali-dade terapêutica que utiliza medicamentos para des-truir o tumor. “Todos os tumores são potencialmente curáveis desde que seu diagnóstico seja precoce. De um modo geral, independente do estágio clínico, 50% dos tumores são curáveis. No entanto, tumores em estágio inicial têm chance de cura de 80% a 100%, dependendo do tipo celular e de sua localização. Por isso, quanto mais cedo é feito o diagnóstico, maior a possibilidade de cura”, explica.

De tempos em tempos, surgem doenças que ti-ram o sono de muitos médicos e cientistas, que não se dão por satisfeitos enquanto não acham

a cura ou algum tratamento paliativo. No século pas-sado, por exemplo, pode-se dizer que a Aids foi a grande vilã. Agora, no começo do século XXI, qual doença pode ser considerada a mais temível pela hu-manidade? Muitos apostam que seja o câncer. Por isso, constantemente, cientistas do mundo todo bus-cam formas de aprimorar o tratamento da doença.

Os dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) são alarmantes. Só no estado de Minas Gerais, em 2010 surgiram cerca de 22.840 novos casos de cân-cer em homens. O tipo de câncer mais diagnosticado foi o da próstata, cerca de 5.350 casos.

Nas mulheres, forão diagnosticados algo em torno de 23.790 casos. O câncer de mama ainda é o lí-der de incidência, com 4.250 casos. O que chama a atenção é que o número de novas manifestações em mulheres foi maior que em homens. Mas o que, necessariamente, isso signifi ca?

Para o oncologista José Pedro Vieira, o aumento nos números de casos diagnosticados não é motivo para grande alarde. “Hoje, devido aos avanços tec-nológicos, as formas de diagnósticos da doença são maiores. Por isso, são diagnosticados mais casos. No caso do câncer de próstata, ele tornou-se mais diagnosticado porque o homem procurado com maior freqüência as formas de prevenção e tratamento”.

Em relação ao maior número de diagnósticos em homens do que em mulheres, o oncologista afi rma que é importante levar em consideração que a po-pulação feminina no Brasil é maior que a masculina. Outro fator apontado pelo especialista que favorece a descoberta de novos casos é o acesso da população à informação sobre a doença.

O câncer é um conjunto que engloba mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desor-denado de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se para outras regiões do corpo.

As causas de câncer são variadas, podendo ser externas ou internas ao organismo, estando ambas inter-relacionadas. As causas externas se referem ao meio ambiente e aos hábitos ou costumes próprios de ambientes social e cultural. “Podemos perceber uma mudança muito grande nos hábitos sociais da popu-lação. As pessoas fumam demais, comem alimentos

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a doença do século XXI?

saúde

por Ana Eliza Oliveira

Câncer:muito gordurosos, tudo isso contribui”, explica Vieira.

As internas são, na maioria das vezes, genetica-mente pré-determinadas, e estão ligadas à capaci-dade do organismo de se defender das agressões externas. Esses fatores causais podem interagir de várias formas, aumentando a probabilidade de trans-formações malignas nas células normais.

De acordo com o Inca, cerca de 80% a 90% dos cânceres estão associados a fatores ambientais. Al-guns deles são bem conhecidos: o cigarro pode cau-sar câncer de pulmão, a exposição excessiva ao sol pode causar câncer de pele, alguns vírus podem cau-sar leucemia; outros estão em estudo, como alguns componentes dos alimentos que ingerimos; e muitos ainda são completamente desconhecidos.

Formas de tratamento da doença

O recurso mais utilizado no tratamento do câncer é a radioterapia que consiste em uma modalidade tera-pêutica que utiliza a radiação ionizante para destruir as células que formam os tumores. Ela é dividida em duas submodalidades: a Teleterapia e a Braquitera-pia.

A primeira consiste em tratamentos loco-regionais, em que a fonte radioativa fi ca afastada do paciente e irradia uma área previamente estabelecida. Para este tipo de tratamento são utilizados aparelhos como o “Acelerador Linear de Partículas” ou as “Bombas de Cobalto 60”.

A segunda incide em tratamentos localizados, em que a fonte radioativa fi ca em contato direto com o tumor, irradiando pequenas áreas de interesse. Para este tipo de tratamento são utilizadas fontes de Ce-sium, Radium, Iridium e sementes radioativas de Ouro ou Iodo.

Para os pacientes que não necessitam do trata-mento com radiação, existe a quimioterapia, modali-dade terapêutica que utiliza medicamentos para des-truir o tumor. “Todos os tumores são potencialmente curáveis desde que seu diagnóstico seja precoce. De um modo geral, independente do estágio clínico, 50% dos tumores são curáveis. No entanto, tumores em estágio inicial têm chance de cura de 80% a 100%, dependendo do tipo celular e de sua localização. Por isso, quanto mais cedo é feito o diagnóstico, maior a possibilidade de cura”, explica.

De tempos em tempos, surgem doenças que ti-ram o sono de muitos médicos e cientistas, que não se dão por satisfeitos enquanto não acham

a cura ou algum tratamento paliativo. No século pas-sado, por exemplo, pode-se dizer que a Aids foi a grande vilã. Agora, no começo do século XXI, qual doença pode ser considerada a mais temível pela hu-manidade? Muitos apostam que seja o câncer. Por isso, constantemente, cientistas do mundo todo bus-cam formas de aprimorar o tratamento da doença.

Os dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) são alarmantes. Só no estado de Minas Gerais, em 2010 surgiram cerca de 22.840 novos casos de cân-cer em homens. O tipo de câncer mais diagnosticado foi o da próstata, cerca de 5.350 casos.

Nas mulheres, forão diagnosticados algo em torno de 23.790 casos. O câncer de mama ainda é o lí-der de incidência, com 4.250 casos. O que chama a atenção é que o número de novas manifestações em mulheres foi maior que em homens. Mas o que, necessariamente, isso signifi ca?

Para o oncologista José Pedro Vieira, o aumento nos números de casos diagnosticados não é motivo para grande alarde. “Hoje, devido aos avanços tec-nológicos, as formas de diagnósticos da doença são maiores. Por isso, são diagnosticados mais casos. No caso do câncer de próstata, ele tornou-se mais diagnosticado porque o homem procurado com maior freqüência as formas de prevenção e tratamento”.

Em relação ao maior número de diagnósticos em homens do que em mulheres, o oncologista afi rma que é importante levar em consideração que a po-pulação feminina no Brasil é maior que a masculina. Outro fator apontado pelo especialista que favorece a descoberta de novos casos é o acesso da população à informação sobre a doença.

O câncer é um conjunto que engloba mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desor-denado de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se para outras regiões do corpo.

As causas de câncer são variadas, podendo ser externas ou internas ao organismo, estando ambas inter-relacionadas. As causas externas se referem ao meio ambiente e aos hábitos ou costumes próprios de ambientes social e cultural. “Podemos perceber uma mudança muito grande nos hábitos sociais da popu-lação. As pessoas fumam demais, comem alimentos

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turismo de A à Z

MILHO VERDE

Milho Verde é um distrito que fi ca nas vertentes da Serra do Espinhaço, bem próxima a nascente do

Jequitinhonha, entre Diamantina e Serro em Minas Gerais. O local é conhecido por ter um povo tranquilo e acolhedor. Lugar de ver a vida passar sem pressa, tomando um banho de cachoeira ou contemplando suas belas paisagens. De respirar o ar puro das montanhas e sentir o cheiro da comida feita no fogão a lenha. De entrar no ritmo de seus habitantes e cumprimentar com um sorriso os que passam pelas ruas. É um lugar que abriga um tesouro de belezas naturais.

Quanto ao nome do distrito, existem duas versões: uma faz referência a um certo português de nome Rodrigo Milho Verde, que durante muitos anos teria morado no local. A outra versão conta que

os primeiros bandeirantes que alcançaram a região

encontraram uma comunidade indígena e esta lhes teria oferecido uma grande quantidade de milho verde.

O distrito tem cerca de 1,4 mil habitantes na região, o desenvolvi-mento econômico das famílias que ali moravam era dedicado à pe-cuária e agricultura de subsistência, mais tarde, à colheita de fl ores sempre-vivas e atualmente vivem praticamente do turismo. A região de Milho Verde possui cerca de 140 nascentes, cujas águas alimen-tam o Rio Jequitinhonha. Ir até lá, é um programa perfeito para quem quer se refrescar.

O lugar também é conhecido pelo famoso festival de inverno que acontece desde 2000, sempre no mês de julho, em uma semana com atividades educativas e artísticas que são propostas à população lo-cal, às comunidades vizinhas e aos visitantes. Sua fi nalidade é pro-porcionar uma alteração no cotidiano da população milhoverdense, desprivilegiada do acesso ao contexto artístico e cultural que o festival traz, possibilitando também a apresentação da riqueza humana e am-biental do lugar aos visitantes. Para saber mais sobre Milho Verde acesse http://www.milhoverdemg.com.br/.

Um lugar de belíssimas cachoeiras, paisagens inesquecíveis, paz e tranqüilidade

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turismo de A à Z

MILHO VERDE

Milho Verde é um distrito que fi ca nas vertentes da Serra do Espinhaço, bem próxima a nascente do

Jequitinhonha, entre Diamantina e Serro em Minas Gerais. O local é conhecido por ter um povo tranquilo e acolhedor. Lugar de ver a vida passar sem pressa, tomando um banho de cachoeira ou contemplando suas belas paisagens. De respirar o ar puro das montanhas e sentir o cheiro da comida feita no fogão a lenha. De entrar no ritmo de seus habitantes e cumprimentar com um sorriso os que passam pelas ruas. É um lugar que abriga um tesouro de belezas naturais.

Quanto ao nome do distrito, existem duas versões: uma faz referência a um certo português de nome Rodrigo Milho Verde, que durante muitos anos teria morado no local. A outra versão conta que

os primeiros bandeirantes que alcançaram a região

encontraram uma comunidade indígena e esta lhes teria oferecido uma grande quantidade de milho verde.

O distrito tem cerca de 1,4 mil habitantes na região, o desenvolvi-mento econômico das famílias que ali moravam era dedicado à pe-cuária e agricultura de subsistência, mais tarde, à colheita de fl ores sempre-vivas e atualmente vivem praticamente do turismo. A região de Milho Verde possui cerca de 140 nascentes, cujas águas alimen-tam o Rio Jequitinhonha. Ir até lá, é um programa perfeito para quem quer se refrescar.

O lugar também é conhecido pelo famoso festival de inverno que acontece desde 2000, sempre no mês de julho, em uma semana com atividades educativas e artísticas que são propostas à população lo-cal, às comunidades vizinhas e aos visitantes. Sua fi nalidade é pro-porcionar uma alteração no cotidiano da população milhoverdense, desprivilegiada do acesso ao contexto artístico e cultural que o festival traz, possibilitando também a apresentação da riqueza humana e am-biental do lugar aos visitantes. Para saber mais sobre Milho Verde acesse http://www.milhoverdemg.com.br/.

Um lugar de belíssimas cachoeiras, paisagens inesquecíveis, paz e tranqüilidade

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54 | www.revistamista.com.br | fevereiro 2011

Cultura Rap, Hip Hop e Grafite

cultura popular

por Ana Eliza Oliveira

Uns gostam de axé, outros gostam de samba. For-ró, sertanejo, tango, os gêneros são tantos. Mas há também aqueles que querem expressar o que

sentem, contar suas histórias e experiências de vida, através de um ritmo mais alternativo: o rap ou hip-hop. Aliados a estas formas de expressão alternativas, está também o grafi te que muito se difere de pichações. In-felizmente, por falta de conhecimento, muitas pessoas ainda discriminam estas manifestações artísticas.

O rap é originalmente importado para o Brasil dos Es-tados Unidos. A música é um discurso rítmico com rimas e poesias, que surgiu no fi nal do século XX entre as co-munidades negras dos Estados Unidos. Geralmente são interpretados a capella com um som musical de fundo, chamado beatbox.

No nosso país, o grupo de rap e hip-hop alternativo mais conhecido é os “Racionais MC’s”. O grupo tem como principal ideologia divulgar a desigualdade social e racial no Brasil. Através de letras que falam sobre a reali-dade das periferias urbanas brasileiras, discutindo sobre o crime, pobreza, preconceito social e racial, drogas e consciência política.

Por ser uma manifestação com origem no gueto, a linguagem usada nas canções são da periferia, com expressões típicas das comunidades pobres. Com a lin-guagem mais próxima da comunidade, o rap tem como objetivo se comunicar de forma mais efi caz com o públi-co jovem de baixa renda. As letras dos grupos de rap e hip hop, fazem um discurso contra a opressão à popula-ção marginalizada na periferia e procuram passar uma

pedem passagem“E a cada dia me vejo mais distante, confi ante, melhorAh, e para quem oportunidade pedi para viver dignamenteNeste mundo mesquinho e covarde,Já aprendi a viver nele, nele sei me sair,E hoje são eles que pedem oportunidades a mimMas não para aprenderem, sim para sugar, o que no mundo colhiE nem nego, e nem vou negar,Pois minha fonte de vitória é Deus E esta fonte amigo, nunca vai secar”.(Letra da canção “Desabafo”, por Don Gaspar)

” Com a depredação de patrimônios públicos e também particulares, acaba que quem não tem nada haver com a história também fi ca prejudicado. Nesse caso, os graffi teiros profi ssionais. “Ainda há muito preconceito, que sempre se resume à questão de graffi te e picha-ção, arte ou vandalismo. Não existe uma forma de se-parar o graffi te da pichação, os dois nasceram lado a lado e vão sempre permanecer cúmplices. A questão é o ponto de vista de quem se sente apto a defi nir o que é arte e o que é vandalismo ou depredação”, opina o designer fotográfi co e graffi teiro, Júlio César Gonçal-ves, de 22 anos.

Além do preconceito, a falta de apoio e incentivo do poder público, são grandes difi cultadores para quem graffi ta. “O crescimento do grafi tte é notável e a ten-dência é crescer ainda mais nos próximos anos. Mas a falta de lugares, projetos e oportunidades para a execução dos trabalhos nos prejudicam muito”, afi rma Júlio César.

Cultura Rap, Hip Hop e Grafite

postura contra a submissão e a miséria. E foi exatamente esse sentimento que motivou o ra-

pper Fernando Esteves Costa, mais conhecido como Gaspar, de 29 anos, a se expressar através do rap. A história de vida do rapaz de origem humilde é longa e emociona. Resumindo: dos sete aos 23 anos, Gaspar morou em várias cidades em abrigos, casas de amigos e outras famílias. Aos 11 anos de idade tirou seu primeiro documento de identidade e só aos 15 anos entrou numa escola pela primeira vez. “Quando aprendi a ler e escre-ver, percebi que eu poderia me expressar através do rap. Contar minha vida, minhas experiências e minhas supe-rações. Através da minha música procuro passar para as pessoas que mesmo quem vem de baixo tem a opção de

A arte: GRAFITARVocê que anda pela cidade já está acostumado a

ver desenhos ou frases pichados nas paredes. Muitas vezes, se trata de um amontoado de

coisas sem nexo, feitos de forma totalmente amadora. Mas com certeza, você já deve ter visto também, dese-nhos bem elaborados, feitos da mesma tinta daqueles rabiscos feios. Essa é a diferença entre pichações e graffi te. O primeiro se restringe a mera poluição visual e vandalismo, o segundo é manifestação de arte.

Grande parte das críticas feitas ao graffi te deve-se às inúmeras fachadas, monumentos, igrejas e todo um conjunto de locais pichados indiscriminadamente. Ge-ralmente, estas pichações estão relacionadas a confl i-tos entre grupos rivais, e esse tipo de comportamento dos pichadores tem diversas conseqüências negativas para as cidades. Uma delas é a depredação de obras de arte e cenários históricos, o que causa prejuízo imediato ao turismo.

E os prejuízos deste vandalismo não param por aí.

se tornar uma pessoa boa”.Mas logo que começou a investir na sua carreira, Gas-

par conheceu a face do preconceito em relação ao rap. “O som vem das periferias. Por isso, muita gente acha a música incita a criminalidade, mas não é assim que funciona. O rap é acima de tudo mobilização social, é mensagem e realidade”, desabafa.

Mesmo com o preconceito o rapper não desiste. Afi nal para Gaspar, a manifestação de cultura através do rap, é uma demonstração de arte. “Sem a poesia, nem posso respirar, meu viver, vira vegetar; o quarto, uma prisão do-miciliar; a mente, um labirinto com saída para todo lugar; as portas abertas começam a se fechar; vou em várias direções, sem saber chegar”.

Para ouvir o som do rapper Gaspar é só acessar o www.myspace.com/gasparpdf.

“O grafi te é arte e expressão defi nida por um ponto de vista distorcido do padrão”, defi ne o designer fotográfi co e graffi teiro, Júlio César Gonçalves, que assina seus trabalhos como ArteCore.

“”

Page 55: edição 7

Cultura Rap, Hip Hop e Grafite

cultura popular

por Ana Eliza Oliveira

Uns gostam de axé, outros gostam de samba. For-ró, sertanejo, tango, os gêneros são tantos. Mas há também aqueles que querem expressar o que

sentem, contar suas histórias e experiências de vida, através de um ritmo mais alternativo: o rap ou hip-hop. Aliados a estas formas de expressão alternativas, está também o grafi te que muito se difere de pichações. In-felizmente, por falta de conhecimento, muitas pessoas ainda discriminam estas manifestações artísticas.

O rap é originalmente importado para o Brasil dos Es-tados Unidos. A música é um discurso rítmico com rimas e poesias, que surgiu no fi nal do século XX entre as co-munidades negras dos Estados Unidos. Geralmente são interpretados a capella com um som musical de fundo, chamado beatbox.

No nosso país, o grupo de rap e hip-hop alternativo mais conhecido é os “Racionais MC’s”. O grupo tem como principal ideologia divulgar a desigualdade social e racial no Brasil. Através de letras que falam sobre a reali-dade das periferias urbanas brasileiras, discutindo sobre o crime, pobreza, preconceito social e racial, drogas e consciência política.

Por ser uma manifestação com origem no gueto, a linguagem usada nas canções são da periferia, com expressões típicas das comunidades pobres. Com a lin-guagem mais próxima da comunidade, o rap tem como objetivo se comunicar de forma mais efi caz com o públi-co jovem de baixa renda. As letras dos grupos de rap e hip hop, fazem um discurso contra a opressão à popula-ção marginalizada na periferia e procuram passar uma

pedem passagem“E a cada dia me vejo mais distante, confi ante, melhorAh, e para quem oportunidade pedi para viver dignamenteNeste mundo mesquinho e covarde,Já aprendi a viver nele, nele sei me sair,E hoje são eles que pedem oportunidades a mimMas não para aprenderem, sim para sugar, o que no mundo colhiE nem nego, e nem vou negar,Pois minha fonte de vitória é Deus E esta fonte amigo, nunca vai secar”.(Letra da canção “Desabafo”, por Don Gaspar)

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Com a depredação de patrimônios públicos e também particulares, acaba que quem não tem nada haver com a história também fi ca prejudicado. Nesse caso, os graffi teiros profi ssionais. “Ainda há muito preconceito, que sempre se resume à questão de graffi te e picha-ção, arte ou vandalismo. Não existe uma forma de se-parar o graffi te da pichação, os dois nasceram lado a lado e vão sempre permanecer cúmplices. A questão é o ponto de vista de quem se sente apto a defi nir o que é arte e o que é vandalismo ou depredação”, opina o designer fotográfi co e graffi teiro, Júlio César Gonçal-ves, de 22 anos.

Além do preconceito, a falta de apoio e incentivo do poder público, são grandes difi cultadores para quem graffi ta. “O crescimento do grafi tte é notável e a ten-dência é crescer ainda mais nos próximos anos. Mas a falta de lugares, projetos e oportunidades para a execução dos trabalhos nos prejudicam muito”, afi rma Júlio César.

Cultura Rap, Hip Hop e Grafite

postura contra a submissão e a miséria. E foi exatamente esse sentimento que motivou o ra-

pper Fernando Esteves Costa, mais conhecido como Gaspar, de 29 anos, a se expressar através do rap. A história de vida do rapaz de origem humilde é longa e emociona. Resumindo: dos sete aos 23 anos, Gaspar morou em várias cidades em abrigos, casas de amigos e outras famílias. Aos 11 anos de idade tirou seu primeiro documento de identidade e só aos 15 anos entrou numa escola pela primeira vez. “Quando aprendi a ler e escre-ver, percebi que eu poderia me expressar através do rap. Contar minha vida, minhas experiências e minhas supe-rações. Através da minha música procuro passar para as pessoas que mesmo quem vem de baixo tem a opção de

A arte: GRAFITARVocê que anda pela cidade já está acostumado a

ver desenhos ou frases pichados nas paredes. Muitas vezes, se trata de um amontoado de

coisas sem nexo, feitos de forma totalmente amadora. Mas com certeza, você já deve ter visto também, dese-nhos bem elaborados, feitos da mesma tinta daqueles rabiscos feios. Essa é a diferença entre pichações e graffi te. O primeiro se restringe a mera poluição visual e vandalismo, o segundo é manifestação de arte.

Grande parte das críticas feitas ao graffi te deve-se às inúmeras fachadas, monumentos, igrejas e todo um conjunto de locais pichados indiscriminadamente. Ge-ralmente, estas pichações estão relacionadas a confl i-tos entre grupos rivais, e esse tipo de comportamento dos pichadores tem diversas conseqüências negativas para as cidades. Uma delas é a depredação de obras de arte e cenários históricos, o que causa prejuízo imediato ao turismo.

E os prejuízos deste vandalismo não param por aí.

se tornar uma pessoa boa”.Mas logo que começou a investir na sua carreira, Gas-

par conheceu a face do preconceito em relação ao rap. “O som vem das periferias. Por isso, muita gente acha a música incita a criminalidade, mas não é assim que funciona. O rap é acima de tudo mobilização social, é mensagem e realidade”, desabafa.

Mesmo com o preconceito o rapper não desiste. Afi nal para Gaspar, a manifestação de cultura através do rap, é uma demonstração de arte. “Sem a poesia, nem posso respirar, meu viver, vira vegetar; o quarto, uma prisão do-miciliar; a mente, um labirinto com saída para todo lugar; as portas abertas começam a se fechar; vou em várias direções, sem saber chegar”.

Para ouvir o som do rapper Gaspar é só acessar o www.myspace.com/gasparpdf.

“O grafi te é arte e expressão defi nida por um ponto de vista distorcido do padrão”, defi ne o designer fotográfi co e graffi teiro, Júlio César Gonçalves, que assina seus trabalhos como ArteCore.

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56 | www.revistamista.com.br | nº 07 | 2011

Se você curte a noite, e as coisas boas que ela pode proporcionar, essa coluna foi feita pra você. Aqui, vamos mostrar um pouquinho das festas que tem agitado a noite Mineira. E pra começar com o pé direito, nada melhor que ser recebida pelos amigos. E no sábado dia 19/02, o anfi trião foi meu querido amigo, DJ Fabiano Sales que, juntamente com a Boite Monalisa promoveu a Celebration 3.A Celebration nasceu da idéia de fazer uma festa na data do aniversário do DJ, e como em toda festa que se preze, rola open bar, música boa e gente bonita. E o melhor, nessa festa é o anfi trião que te presenteia com um CD cuidadosamente remixado por ele. A noite foi pra lá de quente, e as boas vindas fi caram por conta do DJ Baleia.Logo após, foi a vez do anfi trião levantar a galera e estremecer a pista de dança, em seguida, tocou o DJ Sky residente da Boate Sala Vip de Teófi lo Otoni e pra encerrar a noite, ou melhor, dar as boas vindas ao dia, o DJ Robinho da Transamérica veio com tudo e levou todos ao delírio.

Em entrevista com o DJ, Fabiano relembrou sua trajetória e contou os planos para 2011. O DJ que já atuou no Trecho Prive (G.V), Sputnik (T.O), Underground (C.F), nas boates itinerantes Dakota e Taj Mahal, Festa da Fantasia e no Trio Elétrico do GV Folia, atualmente é o DJ residente na Monalisa Jump Bar (G.V). Fabiano Sales compara sua parceria com a Boite Monalisa com uma história de amor. E revela que as portas da Monalisa se abriram num momento muito importante, quando decidiu largar a vida nômade e voltar para Governador Valadares.Dentre os muitos profi ssionais da música, ele citou com muito carinho alguns amigos que sempre estão presentes, como DJ Juninho do Chalezinho de BH, DJ Baleia a quem considera um irmão, Fabiano Ravani, DJ Bisk de Goiânia, Maskote de SP, DJ Edwilhian, Didi Campos, DJ Fábio Costa e seu amigo Everthon. O DJ diz ser agradecido pelo respeito e carinho que recebe, e ressalta: “Hoje, essas são as pessoas mais próximas”.

Noite Mista Fabiano Sales também nos contou que em relação

à Celebration, pode sim ter sido a última festa, mas

que a decisão fi nal será anunciada nas redes sociais

em breve. O DJ que está terminado um curso de

especialização em música eletrônica, também anuncia

um novo projeto, o FSLIVE05. Inicialmente o projeto

volta pro Progressive House, uma linha de som mais

pesada, onde não se trabalha os vocais. E pra quem já

estava triste com o possível fi m da Celebration, Fabiano

divulga que deve lançar em Junho sua track, e que o

lançamento será inesquecível.

Quando volto no assunto da Celebration, Fabiano se

emociona: “Quero muito agradecer a todos que com-

pareceram as três edições, foi a melhor balada open

bar de GV”. E as mais de 750 pessoas presentes na

Celebration 3, o DJ Fabiano Sales agradece: “A

Celebration foi SURREAL, obrigado a todos por fazer

da minha festinha, a melhor balada open bar de música

eletrônica de Valadares, Valeu!”.

Quem foi certamente quer mais! (mais no site).

Eu fi co por aqui, confi ra as fotos da Galera Mista

presente no evento. Na próxima edição estou de

volta, mostrando o melhor da noite mineira. Sua festa é

boa e sua galera é Mista? Então entre e contato com a

gente, e a sua balada pode ser a próxima!

A Celebration

3 foi SURREAL!

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Se você curte a noite, e as coisas boas que ela pode proporcionar, essa coluna foi feita pra você. Aqui, vamos mostrar um pouquinho das festas que tem agitado a noite Mineira. E pra começar com o pé direito, nada melhor que ser recebida pelos amigos. E no sábado dia 19/02, o anfi trião foi meu querido amigo, DJ Fabiano Sales que, juntamente com a Boite Monalisa promoveu a Celebration 3.A Celebration nasceu da idéia de fazer uma festa na data do aniversário do DJ, e como em toda festa que se preze, rola open bar, música boa e gente bonita. E o melhor, nessa festa é o anfi trião que te presenteia com um CD cuidadosamente remixado por ele. A noite foi pra lá de quente, e as boas vindas fi caram por conta do DJ Baleia.Logo após, foi a vez do anfi trião levantar a galera e estremecer a pista de dança, em seguida, tocou o DJ Sky residente da Boate Sala Vip de Teófi lo Otoni e pra encerrar a noite, ou melhor, dar as boas vindas ao dia, o DJ Robinho da Transamérica veio com tudo e levou todos ao delírio.

Em entrevista com o DJ, Fabiano relembrou sua trajetória e contou os planos para 2011. O DJ que já atuou no Trecho Prive (G.V), Sputnik (T.O), Underground (C.F), nas boates itinerantes Dakota e Taj Mahal, Festa da Fantasia e no Trio Elétrico do GV Folia, atualmente é o DJ residente na Monalisa Jump Bar (G.V). Fabiano Sales compara sua parceria com a Boite Monalisa com uma história de amor. E revela que as portas da Monalisa se abriram num momento muito importante, quando decidiu largar a vida nômade e voltar para Governador Valadares.Dentre os muitos profi ssionais da música, ele citou com muito carinho alguns amigos que sempre estão presentes, como DJ Juninho do Chalezinho de BH, DJ Baleia a quem considera um irmão, Fabiano Ravani, DJ Bisk de Goiânia, Maskote de SP, DJ Edwilhian, Didi Campos, DJ Fábio Costa e seu amigo Everthon. O DJ diz ser agradecido pelo respeito e carinho que recebe, e ressalta: “Hoje, essas são as pessoas mais próximas”.

Noite Mista Fabiano Sales também nos contou que em relação

à Celebration, pode sim ter sido a última festa, mas

que a decisão fi nal será anunciada nas redes sociais

em breve. O DJ que está terminado um curso de

especialização em música eletrônica, também anuncia

um novo projeto, o FSLIVE05. Inicialmente o projeto

volta pro Progressive House, uma linha de som mais

pesada, onde não se trabalha os vocais. E pra quem já

estava triste com o possível fi m da Celebration, Fabiano

divulga que deve lançar em Junho sua track, e que o

lançamento será inesquecível.

Quando volto no assunto da Celebration, Fabiano se

emociona: “Quero muito agradecer a todos que com-

pareceram as três edições, foi a melhor balada open

bar de GV”. E as mais de 750 pessoas presentes na

Celebration 3, o DJ Fabiano Sales agradece: “A

Celebration foi SURREAL, obrigado a todos por fazer

da minha festinha, a melhor balada open bar de música

eletrônica de Valadares, Valeu!”.

Quem foi certamente quer mais! (mais no site).

Eu fi co por aqui, confi ra as fotos da Galera Mista

presente no evento. Na próxima edição estou de

volta, mostrando o melhor da noite mineira. Sua festa é

boa e sua galera é Mista? Então entre e contato com a

gente, e a sua balada pode ser a próxima!

A Celebration

3 foi SURREAL!

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Viajar é sempre uma delícia. Mas tanto os via-jantes de primeira viagem, quanto os marujos de longa data, sempre esbarram em pequenos

erros que no fi m podem ser chatos. Em geral, o sim-ples fato de observar a bagagem e concentrar só no necessário, olhar o horário da passagem e chegar com antecedência, ou fazer uma mini checklist, com certeza já tornariam esse processo um pouco mais fácil. Para te ajudar ou você ajudar um amigo a se organizar melhor para uma viagem, seguem algumas dicas que podem ser muito úteis.

Um fator comum é você ter aquela viagem tão so-nhada e decidir comprar uma mala nova, com a cor da moda, ou de um material não maleável. Mas antes de colocar seu novo objeto de desejo em uso, pense com cuidado se você quer mesmo isso. Seja numa viagem de ônibus ou avião, os carregadores não as tratam com tanto carinho como os donos, ou seja, sua mala pode voltar sem uma rodinha, com um arranhão, suja e etc. E quanto às viagens de carro...sabe aquela mala sua ultra grande? Então, ela em algum momento será um problema na hora de colocar no porta-malas e dividir espaço com as de outros passageiros.

Ainda nas malas, em especial as mulheres sempre carregam mais do que deveriam. A dica é em viagens longas, colocar peças chaves que possam ser repetidas e em viagens curtas, levar o necessário para as ativida-des que irá fazer no decorrer do passeio. É importante também retirar o “peso-morto”, como são chamados as embalagens de shampoo, sabonete, cremes, e evitar levar produtos que podem ser comprados no lugar de destino. Bagagem pesada te deixa mais impaciente, cansado e suscetível a brigas ou chateações.

Antes de separar as roupas, dê uma olhada em si-tes que informam a temperatura do local, como por exemplo: Climatempo ou Weather Channel. Ser sur-preendido por aquela chuva na praia, ou por um frio despreparado, é terrível! Saber como está o clima no destino ajuda a escolher o que levar e evita surpresas desagradáveis.

Querer fazer tudo ao mesmo tempo, ir em todas as festas, conhecer todos os lugares e não fazer um itine-rário, resulta em: você não fazer nem metade do que gostaria. Então, priorize, pegue mapas e marque os lo-cais que deseja conhecer, faça cronogramas, peça re-ferência no hotel em que está hospedado e claro, tome nota de quanto está gastando. Nada pior do que fi car com dívidas por causa de um momento que deveria ser de diversão e no fi m acabou estourando o cartão de crédito e virou dor de cabeça.

Fuja dos excessos como por exemplo: comer exage-radamente aquela comida exótica local, fi car por horas tomando um solzinho na beira da praia, ir naquela ba-lada maluca e beber como se não houvesse amanhã...Tais atitudes podem atrapalhar a viajem, pois ninguém quer fi car de ressaca ou passando mal no dia seguinte por algo que poderia ser evitado. Sem contar que você corre o risco de perder dias de viajem em um quarto se recuperando.

Viajar é ter novas experiências, conhecer pessoas. Ter atraso no vôo, sentar do lado de alguém que ronca, ter um garçom que te tratou mal, uma fi la imensa no show da sua vida, ou o hotel que não era aquilo que es-tava no folheto, são coisas que podem vir a acontecer. Por isso, busque tranquilidade e aproveite da melhor forma sua viagem e descanso!

De novo e de novoOs erros mais comuns

que cometemos quando viajamos

por Rafaela Bravim

dica pra viagem

Nós estamos em pleno verão, mas nos bastido-res do “mundo fashion” o assunto principal é a es-tação outono/inverno 2011. O que usar? Quais

tecidos? Modelagens? Cores? Todo mundo quer saber as tendências da próxima estação. E quem

não pôde estar presente na semana de moda do Brasil, que aconteceu no Rio de Janeiro e de-

pois em São Paulo, não tem problema, veícu-los de comunicação de todo o Brasil fi zeram cobertura dos mais diversos desfi les e agora você pode conferir aqui na REVISTA MISTA

um balanço das principais tendências.

Tecidos, cores e modelos

Já adiantamos que várias peças usa-das no verão, vão continuar com tudo no inverno. Isso porque o inverno no Brasil não é dos mais rigorosos, e aí os estilistas aproveitam para trabalhar mo-delos com tecidos leves e esvoaçantes. Chamois, seda, lurex e moletom são as novidades em tecidos, que convivem com a renda e ganha uma leve transparência nas peças. Quanto às cores, quem pen-sou que viria tudo preto, cinza e grafi te está muito enganado, nos principais desfi les muitas peças nos tons de mel, caramelo,

bege cor de avelã e vários tons de marrom. O verde pinheiro, violeta, azul navy e até

vermelhos compõem a paleta de cores pra quebrar um pouco a ideia do “pretinho bási-co” que sempre predomina na estação. Já os modelos, o destaque maior é para as saias lon-gas que já estão por todos os lados neste verão e é a peça que muitos estilistas apostam para ser a “queridinha” da próxima estação.

Tendências para o

inverno 2011

moda

Confira as cores, modelos e penteados da próxima estação

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Viajar é sempre uma delícia. Mas tanto os via-jantes de primeira viagem, quanto os marujos de longa data, sempre esbarram em pequenos

erros que no fi m podem ser chatos. Em geral, o sim-ples fato de observar a bagagem e concentrar só no necessário, olhar o horário da passagem e chegar com antecedência, ou fazer uma mini checklist, com certeza já tornariam esse processo um pouco mais fácil. Para te ajudar ou você ajudar um amigo a se organizar melhor para uma viagem, seguem algumas dicas que podem ser muito úteis.

Um fator comum é você ter aquela viagem tão so-nhada e decidir comprar uma mala nova, com a cor da moda, ou de um material não maleável. Mas antes de colocar seu novo objeto de desejo em uso, pense com cuidado se você quer mesmo isso. Seja numa viagem de ônibus ou avião, os carregadores não as tratam com tanto carinho como os donos, ou seja, sua mala pode voltar sem uma rodinha, com um arranhão, suja e etc. E quanto às viagens de carro...sabe aquela mala sua ultra grande? Então, ela em algum momento será um problema na hora de colocar no porta-malas e dividir espaço com as de outros passageiros.

Ainda nas malas, em especial as mulheres sempre carregam mais do que deveriam. A dica é em viagens longas, colocar peças chaves que possam ser repetidas e em viagens curtas, levar o necessário para as ativida-des que irá fazer no decorrer do passeio. É importante também retirar o “peso-morto”, como são chamados as embalagens de shampoo, sabonete, cremes, e evitar levar produtos que podem ser comprados no lugar de destino. Bagagem pesada te deixa mais impaciente, cansado e suscetível a brigas ou chateações.

Antes de separar as roupas, dê uma olhada em si-tes que informam a temperatura do local, como por exemplo: Climatempo ou Weather Channel. Ser sur-preendido por aquela chuva na praia, ou por um frio despreparado, é terrível! Saber como está o clima no destino ajuda a escolher o que levar e evita surpresas desagradáveis.

Querer fazer tudo ao mesmo tempo, ir em todas as festas, conhecer todos os lugares e não fazer um itine-rário, resulta em: você não fazer nem metade do que gostaria. Então, priorize, pegue mapas e marque os lo-cais que deseja conhecer, faça cronogramas, peça re-ferência no hotel em que está hospedado e claro, tome nota de quanto está gastando. Nada pior do que fi car com dívidas por causa de um momento que deveria ser de diversão e no fi m acabou estourando o cartão de crédito e virou dor de cabeça.

Fuja dos excessos como por exemplo: comer exage-radamente aquela comida exótica local, fi car por horas tomando um solzinho na beira da praia, ir naquela ba-lada maluca e beber como se não houvesse amanhã...Tais atitudes podem atrapalhar a viajem, pois ninguém quer fi car de ressaca ou passando mal no dia seguinte por algo que poderia ser evitado. Sem contar que você corre o risco de perder dias de viajem em um quarto se recuperando.

Viajar é ter novas experiências, conhecer pessoas. Ter atraso no vôo, sentar do lado de alguém que ronca, ter um garçom que te tratou mal, uma fi la imensa no show da sua vida, ou o hotel que não era aquilo que es-tava no folheto, são coisas que podem vir a acontecer. Por isso, busque tranquilidade e aproveite da melhor forma sua viagem e descanso!

De novo e de novoOs erros mais comuns

que cometemos quando viajamos

por Rafaela Bravim

dica pra viagem

Nós estamos em pleno verão, mas nos bastido-res do “mundo fashion” o assunto principal é a es-tação outono/inverno 2011. O que usar? Quais

tecidos? Modelagens? Cores? Todo mundo quer saber as tendências da próxima estação. E quem

não pôde estar presente na semana de moda do Brasil, que aconteceu no Rio de Janeiro e de-pois em São Paulo, não tem problema, veícu-los de comunicação de todo o Brasil fi zeram cobertura dos mais diversos desfi les e agora você pode conferir aqui na REVISTA MISTA

um balanço das principais tendências.

Tecidos, cores e modelos

Já adiantamos que várias peças usa-das no verão, vão continuar com tudo no inverno. Isso porque o inverno no Brasil não é dos mais rigorosos, e aí os estilistas aproveitam para trabalhar mo-delos com tecidos leves e esvoaçantes. Chamois, seda, lurex e moletom são as novidades em tecidos, que convivem com a renda e ganha uma leve transparência nas peças. Quanto às cores, quem pen-sou que viria tudo preto, cinza e grafi te está muito enganado, nos principais desfi les muitas peças nos tons de mel, caramelo,

bege cor de avelã e vários tons de marrom. O verde pinheiro, violeta, azul navy e até

vermelhos compõem a paleta de cores pra quebrar um pouco a ideia do “pretinho bási-co” que sempre predomina na estação. Já os modelos, o destaque maior é para as saias lon-gas que já estão por todos os lados neste verão e é a peça que muitos estilistas apostam para ser a “queridinha” da próxima estação.

Tendências para o

inverno 2011

moda

Confira as cores, modelos e penteados da próxima estação

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Cabelos

Assim como as cores e as roupas, os penteados também são formas de expressar e mudam a cada estação. Os que mais apareceram nos desfi les foram os coques estilo bailarina, que podem ser usados no dia a dia com tiaras, mais bagunçadinhas ou mais sério com ar luxuoso para a noite. As tranças que vieram com tudo neste verão, continuam, seja ela tradicional, de lado ou embutida. O rabo de cavalo também voltou pra fi car, então, opção é o que não falta, basta ter criatividade e não ter medo de ousar na sua escolha.

Bolsas e acessórios

Pra fi nalizar as tendências da próxima estação, não podemos esquecer de falar das bolsas, qual mulher não tem vontade de ter uma pra cada dia da semana? Pois é, e dessa vez as grifes capricharam nas apostas, e as que ganharam destaques foram as bolsas de mão, independente do tamanho, é ela que vai reinar. Já os acessórios voltam com aquele ar vintage do inverno passado. As pulseiras continuam com tudo, mas agora menos coloridas, mais rústicas e com pedrarias, dando lugar para as peças que são “bem a cara da vovó”. Uma delas é o crochê que foi super tendência no verão e apareceu em vários desfi les do inverno.

casa, lar e urbanismo

Por Priscilla Radd

Acessibilidade espacial: um desafio da inclusão social

Esta matéria não tem a pretensão nem esgota a temática sobre “Acessibilidade no Espaço Físico Urbano e Edificado”, mas contribui para

fomentar a discussão e a reflexão sobre a realida-de do Portador de Necessidades Especiais (PNE), referenciando-se aos aparatos legais existentes, e sinalizando que o espaço pode e deve ser recriado, objetivando romper barreiras e construir acessos.

A acessibilidade é um direito e uma questão cul-tural. A falta dela é fruto não de uma incapacidade do indivíduo, mas de um meio deficiente, que limita e segrega pessoas com diferentes condições físicas e sensoriais.

Ao assumir que a dita “necessidade especial” in-tegra os diversos tipos de dificuldades ou limitações que atingem o ser humano, fica evidenciado que existe a necessidade de ampliar a acessibilidade a todo em qualquer espaço, seja ele urbano ou edi-ficado. Essa ampliação traduz, para o portador de

necessidades especiais, a possibilidade de usufruir do espaço, conforme suas

demandas, sem barreiras arquitetô-nicas.

Nesse sentido, pode-se assegu-rar a conquista da inclusão social do portador como estratégia para

expandir sua

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Cabelos

Assim como as cores e as roupas, os penteados também são formas de expressar e mudam a cada estação. Os que mais apareceram nos desfi les foram os coques estilo bailarina, que podem ser usados no dia a dia com tiaras, mais bagunçadinhas ou mais sério com ar luxuoso para a noite. As tranças que vieram com tudo neste verão, continuam, seja ela tradicional, de lado ou embutida. O rabo de cavalo também voltou pra fi car, então, opção é o que não falta, basta ter criatividade e não ter medo de ousar na sua escolha.

Bolsas e acessórios

Pra fi nalizar as tendências da próxima estação, não podemos esquecer de falar das bolsas, qual mulher não tem vontade de ter uma pra cada dia da semana? Pois é, e dessa vez as grifes capricharam nas apostas, e as que ganharam destaques foram as bolsas de mão, independente do tamanho, é ela que vai reinar. Já os acessórios voltam com aquele ar vintage do inverno passado. As pulseiras continuam com tudo, mas agora menos coloridas, mais rústicas e com pedrarias, dando lugar para as peças que são “bem a cara da vovó”. Uma delas é o crochê que foi super tendência no verão e apareceu em vários desfi les do inverno.

casa, lar e urbanismo

Por Priscilla Radd

Acessibilidade espacial: um desafio da inclusão social

Esta matéria não tem a pretensão nem esgota a temática sobre “Acessibilidade no Espaço Físico Urbano e Edificado”, mas contribui para

fomentar a discussão e a reflexão sobre a realida-de do Portador de Necessidades Especiais (PNE), referenciando-se aos aparatos legais existentes, e sinalizando que o espaço pode e deve ser recriado, objetivando romper barreiras e construir acessos.

A acessibilidade é um direito e uma questão cul-tural. A falta dela é fruto não de uma incapacidade do indivíduo, mas de um meio deficiente, que limita e segrega pessoas com diferentes condições físicas e sensoriais.

Ao assumir que a dita “necessidade especial” in-tegra os diversos tipos de dificuldades ou limitações que atingem o ser humano, fica evidenciado que existe a necessidade de ampliar a acessibilidade a todo em qualquer espaço, seja ele urbano ou edi-ficado. Essa ampliação traduz, para o portador de

necessidades especiais, a possibilidade de usufruir do espaço, conforme suas

demandas, sem barreiras arquitetô-nicas.

Nesse sentido, pode-se assegu-rar a conquista da inclusão social do portador como estratégia para

expandir sua

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62 | www.revistamista.com.br | 07 - 2011

participação na sociedade em todos os setores da mesma. Rei-tero que a inclusão é um processo ao qual a sociedade precisa se adaptar, visando possibilitar o acesso sem restrições, que na área da arquitetura corresponde ao rompimento de frontei-ras. Desta forma, o PNE pode equacionar problemas e conviver com seus limites ou dificuldades com reduzida imposição do que se considera como “padrão de normalidade”.

A acessibilidade como componente da arquitetura sem fron-teiras significa para o PNE a conquista da autonomia e da

independência que expressam ca-racterísticas de cidadania, pois a di-minuição de barreiras visíveis pode vir a contribuir para a diminuição das barreiras invisíveis. Esta modalida-de constitui uma forma possível de arquitetura, não uma modalidade es-pecial e paralela. Incorpora a acessi-bilidade ambiental e ainda, o objetivo implícito de proporcionar aos usuá-rios ambiente não estigmatizado em relação à restrição físico-motora. Nesse ambiente, os elementos es-pecíficos para atender as diferentes características do PNE ocorrem de modo harmonioso com o restante da estrutura físico-espacial.

Reforço que a arquitetura sem bar-reiras oferece ambientes que podem favorecer ao portador de necessida-des a realização de atividades, re-alçando suas capacidades e poten-cialidades, contribuindo para reduzir suas limitações. A intenção é prover

ao ser humano alternativas de utilização do espaço e dos ser-viços conforme suas necessidades, procurando se incluir de acordo com suas habilidades e possibilidades, não o fazendo sentir-se desafiado pelo ambiente.

Acredito que é dever ético e moral dos profissionais da área de arquitetura contribuir para o descortinar de uma mesma re-alidade para todos, sem limites físicos obstrutivos e desagre-gadores. Este oficio é a arte de projetar espaços, humanizar, formar e mudar opiniões. O arquiteto tem por produto final de seu trabalho a organização do espaço, que, por sua vez, tem o poder de mexer com o comportamento humano ao garantir ou restringir o acesso do ser humano ao espaço que deseja estar.

Revista Mista _ Como começou sua trajetória empresarial?Joilson Lana _ Bom, eu comecei antes de mais nada conhecendo o mundo; Tive uma pequena experiência nos Estados Unidos, Europa e um tempo maior na Austrália, onde vivi por sete anos,

local inclusive onde realmente cresci muito, devido aos rela-cionamentos que tive a benção de desfrutar. Minha carreira

na área do ensino de idiomas iniciou-se imediatamente após o meu retorno ao Brasil em 1998. Após algumas tentativas frustradas de trabalho com ensino em Go-vernador Valadares, fui para Belo Horizonte e comecei a dar aulas de inglês em um curso de idiomas, onde adquiri uma larga experiência, sendo promovido por várias vezes, até chegar a Diretoria.

RM _ Foi nessa época que você iniciou o trabalho com franquias?

Joilson _ Sim. Em 2004 adquiri a minha primeira franquia dessa mesma rede em Ipatinga, onde

comecei a desenvolver meu primeiro trabalho como franqueado e alcancei o número de três franquias. No início de 2009 criamos a Lumynus, a empresa começou com duas

unidades próprias e até o momento estamos com um total de 12 unidades, sendo nove franquias

e três unidades próprias. Estamos atualmente em Ipatinga, Coronel Fabriciano, Timóteo, Governador Valadares, Belo horizonte e com contratos de franquia assinados para: Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro e Santos.

Joilson Lana “Visão empreendedora e coragem”

na mira

Empreendedorismo, essa certamente é a palavra de ordem no mercado. Os empreendedores são homens e mulheres com visão inovadora e que

enxergam em pequenas oportunidades grandes chances de negócios. Conhecendo um pouco sobre o perfi l do empreendedor, a Revista Mista nesta edição apresenta uma entrevista com Joilson Lana. Diretor Presidente do Grupo Lumynus, esse valadarense de 39 anos formado em Administração e que atualmente reside em Ipatinga, enxergou em sua trajetória pessoal a grande chance profi ssional de sua vida.

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participação na sociedade em todos os setores da mesma. Rei-tero que a inclusão é um processo ao qual a sociedade precisa se adaptar, visando possibilitar o acesso sem restrições, que na área da arquitetura corresponde ao rompimento de frontei-ras. Desta forma, o PNE pode equacionar problemas e conviver com seus limites ou dificuldades com reduzida imposição do que se considera como “padrão de normalidade”.

A acessibilidade como componente da arquitetura sem fron-teiras significa para o PNE a conquista da autonomia e da

independência que expressam ca-racterísticas de cidadania, pois a di-minuição de barreiras visíveis pode vir a contribuir para a diminuição das barreiras invisíveis. Esta modalida-de constitui uma forma possível de arquitetura, não uma modalidade es-pecial e paralela. Incorpora a acessi-bilidade ambiental e ainda, o objetivo implícito de proporcionar aos usuá-rios ambiente não estigmatizado em relação à restrição físico-motora. Nesse ambiente, os elementos es-pecíficos para atender as diferentes características do PNE ocorrem de modo harmonioso com o restante da estrutura físico-espacial.

Reforço que a arquitetura sem bar-reiras oferece ambientes que podem favorecer ao portador de necessida-des a realização de atividades, re-alçando suas capacidades e poten-cialidades, contribuindo para reduzir suas limitações. A intenção é prover

ao ser humano alternativas de utilização do espaço e dos ser-viços conforme suas necessidades, procurando se incluir de acordo com suas habilidades e possibilidades, não o fazendo sentir-se desafiado pelo ambiente.

Acredito que é dever ético e moral dos profissionais da área de arquitetura contribuir para o descortinar de uma mesma re-alidade para todos, sem limites físicos obstrutivos e desagre-gadores. Este oficio é a arte de projetar espaços, humanizar, formar e mudar opiniões. O arquiteto tem por produto final de seu trabalho a organização do espaço, que, por sua vez, tem o poder de mexer com o comportamento humano ao garantir ou restringir o acesso do ser humano ao espaço que deseja estar.

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Revista Mista _ Como começou sua trajetória empresarial?Joilson Lana _ Bom, eu comecei antes de mais nada conhecendo o mundo; Tive uma pequena experiência nos Estados Unidos, Europa e um tempo maior na Austrália, onde vivi por sete anos,

local inclusive onde realmente cresci muito, devido aos rela-cionamentos que tive a benção de desfrutar. Minha carreira

na área do ensino de idiomas iniciou-se imediatamente após o meu retorno ao Brasil em 1998. Após algumas tentativas frustradas de trabalho com ensino em Go-vernador Valadares, fui para Belo Horizonte e comecei a dar aulas de inglês em um curso de idiomas, onde adquiri uma larga experiência, sendo promovido por várias vezes, até chegar a Diretoria.

RM _ Foi nessa época que você iniciou o trabalho com franquias?

Joilson _ Sim. Em 2004 adquiri a minha primeira franquia dessa mesma rede em Ipatinga, onde

comecei a desenvolver meu primeiro trabalho como franqueado e alcancei o número de três franquias. No início de 2009 criamos a Lumynus, a empresa começou com duas

unidades próprias e até o momento estamos com um total de 12 unidades, sendo nove franquias

e três unidades próprias. Estamos atualmente em Ipatinga, Coronel Fabriciano, Timóteo, Governador Valadares, Belo horizonte e com contratos de franquia assinados para: Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro e Santos.

Joilson Lana “Visão empreendedora e coragem”

na mira

Empreendedorismo, essa certamente é a palavra de ordem no mercado. Os empreendedores são homens e mulheres com visão inovadora e que

enxergam em pequenas oportunidades grandes chances de negócios. Conhecendo um pouco sobre o perfi l do empreendedor, a Revista Mista nesta edição apresenta uma entrevista com Joilson Lana. Diretor Presidente do Grupo Lumynus, esse valadarense de 39 anos formado em Administração e que atualmente reside em Ipatinga, enxergou em sua trajetória pessoal a grande chance profi ssional de sua vida.

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RM _ E como surgiu a ideia de criação da Lumynus?Joilson _ A Lumynus surgiu do desejo de desenvolver um trabalho onde houvesse mais interação e proximi-dade com o aluno, mais ênfase no que diz respeito a “falar inglês” em um curto espaço de tempo, com o com-promisso de não se perder o foco na qualidade desse ensino.

RM _ Explique um pouco sobre a metodologia da escola.Joilson _ A Lumynus é uma empresa voltada para um publico adulto, seja ele empresários, executivos, profi ssionais liberais, universitários, enfi m, pessoas que realmente necessitam falar Inglês fl uentemente, e atra-vés de um método diferenciado com foco no discurso, apoio visual e áudio e com material didático próprio de-senvolvido sob a mesma metodologia que proporciona falar Inglês em um curto espaço de tempo. No nosso caso em apenas 18 meses.

“A minha família é o segredo do meu sucesso.”

Joilson Lana

RM _ Quais suas expectativas quanto ao mercado valadarense e da região?Joilson _ Percebo que o mercado de Governador Valadares e região têm uma lacuna para esse tipo de ensino, e estamos investindo em nossa expansão nes-sa região, onde tivemos uma grande receptividade, o que me deixa especialmente feliz, pois sou nascido em Governador Valadares.

RM _ Com tantas escolas de idioma; Qual o diferencial da Lumynus?Joilson _ Nosso diferencial é principalmente o nosso método exclusivo, onde se desenvolve fl uência em um curto espaço de tempo e com qualidade de ensino.

RM _ A Lumynus é um projeto único ou o Grupo desenvolve outros projetos?Joilson _ A Lumynus é um grupo, e dentro deste grupo temos também outras marcas voltadas para o público adolescente C e D. Nós entendemos que todos podem ter acesso a um ensino diferenciado e objetivo. Desen-volvemos também intercâmbios para qualquer lugar do mundo, excursões, e, como não podia deixar de ser, temos alguns novos projetos em andamento.

RM _ Você é casado, é pai. Às vezes é preciso se dividir em dois, ou você já descobriu como conciliar bem família e carreira? Joilson _ Sou casado há 13 anos, e tenho um fi lho de sete. Eu e ele fazemos aula de violão e natação juntos. A minha família, é o segredo do meu sucesso. Eu acre-dito que o Joilson pessoal e o Joilson empresário estão sempre juntos e que não há dois momentos, inclusive esse é um segredo que todo aquele que persegue o sucesso deve aprender: apaixonar-se pelo que faz e fazê-lo sem que seja trabalhoso ou cansativo.

RM _ Para você. Qual é a grande qualidade do empreendedor?Joilson _ Visão e coragem. Acredito que não tem como alcançar sucesso sem essas duas características.

PAULA FERNANDES “AO VIVO”

Com mais de cinco músicas como temas de novelas e participações especiais em vários programas de TV, essa cantora mineira que roubou a cena no especial de fi m de ano de Roberto Carlos, promete ser uma

das grandes apostas musicais em 2011. Nesse álbum ao vivo, a cantora conta com participações especiais de Leonardo, Marcus Viana e Victor & Léo e sucessos como “Pássaro de fogo” e “Quando a chuva passar”.

tendências

LEGIÃO URBANA

“PERFIL”

Diante do sucesso da coleção, a série perfi l homenageia umas da melhores bandas que o Brasil já teve. Através de votação em 2010, milhares de legionários defi niram o repertório. São 14 faixas contendo o melhor do Legião Urbana, o que inclui as canções: “Vento no litoral”, “Pais e fi lhos”, “Eduardo e Mônica” dentre outras.

ESTEVEN JAY SCHNEIDER

“1001 FILMES PARA VER ANTES DE MORRER ”

Traduzido para diversas línguas, esse livro inclui obras de mais de 30 países. Nesta edição atualizada, que conta com sucessos recentes, mais de 50 críticos selecionaram 1001 fi lmes e os reuniram neste guia para todos os apaixonados pela sétima arte. O livro é todo ilustrado e traz lado a lado obras de todos os gêneros. Organizado por ordem cronológica, este livro pode ser usado para aprofundar seus conhecimentos sobre um fi lme específi co ou simplesmente para escolher o que assistir hoje à noite.

“BRUNA SURFISTINHA”DIRETOR: MARCUS BALDINI

O fi lme que promete ser sucesso nacional conta a polêmica história de Raquel, fi lha de classe média paulistana que um dia sai de casa e toma uma decisão surpreenden-te: virar garota de programa. Em pouco tempo, Raquel se transforma em Bruna Surfi stinha e passa a ser uma celebridade nacional, contando sua rotina em um blog na internet.

“CISNE NEGRO”DIRETOR: DARREN ARONOFSKY

Indicado a cinco estatuetas do Oscar, o longa-metragem que é dirigido por Darren Aronofsky passeia por críticas e elogios. O papel rendeu a Natalie Portman o Oscar de melhor atriz, e premia-ções no Globo de Ouro e no Screen Actors Awards. Portman interpreta a doce Nina, membro de uma compa-nhia de balé nova-iorquina que luta pelo papel principal do espetáculo “Lago dos cisnes”. DAVID KIRKPATRICK

“O EFEITO FACEBOOK”

O que começou como uma novidade entre estudantes, em pouco tempo tranformou-se em uma empresa com mais de 500 milhões de usuários. À medida que o facebook conquista usuários, cria efeitos e já foi, inclusive, usado para a mobilização de mani-festações e protestos políticos. David Kirkpatrick contou com cooperação dos principais executivos do facebook para essa pesquisa com o objetivo de produzir esta narrativa sobre a história da empresa e seu impacto na vida de seus usuários.

Mús

ica,

livr

os e

cin

ema

Livros

Música

Cinema

Fontes: Saraiva.com.br, Leitura.com, G1, Google, Bagarai.com.br

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RM _ E como surgiu a ideia de criação da Lumynus?Joilson _ A Lumynus surgiu do desejo de desenvolver um trabalho onde houvesse mais interação e proximi-dade com o aluno, mais ênfase no que diz respeito a “falar inglês” em um curto espaço de tempo, com o com-promisso de não se perder o foco na qualidade desse ensino.

RM _ Explique um pouco sobre a metodologia da escola.Joilson _ A Lumynus é uma empresa voltada para um publico adulto, seja ele empresários, executivos, profi ssionais liberais, universitários, enfi m, pessoas que realmente necessitam falar Inglês fl uentemente, e atra-vés de um método diferenciado com foco no discurso, apoio visual e áudio e com material didático próprio de-senvolvido sob a mesma metodologia que proporciona falar Inglês em um curto espaço de tempo. No nosso caso em apenas 18 meses.

“A minha família é o segredo do meu sucesso.”

Joilson Lana

RM _ Quais suas expectativas quanto ao mercado valadarense e da região?Joilson _ Percebo que o mercado de Governador Valadares e região têm uma lacuna para esse tipo de ensino, e estamos investindo em nossa expansão nes-sa região, onde tivemos uma grande receptividade, o que me deixa especialmente feliz, pois sou nascido em Governador Valadares.

RM _ Com tantas escolas de idioma; Qual o diferencial da Lumynus?Joilson _ Nosso diferencial é principalmente o nosso método exclusivo, onde se desenvolve fl uência em um curto espaço de tempo e com qualidade de ensino.

RM _ A Lumynus é um projeto único ou o Grupo desenvolve outros projetos?Joilson _ A Lumynus é um grupo, e dentro deste grupo temos também outras marcas voltadas para o público adolescente C e D. Nós entendemos que todos podem ter acesso a um ensino diferenciado e objetivo. Desen-volvemos também intercâmbios para qualquer lugar do mundo, excursões, e, como não podia deixar de ser, temos alguns novos projetos em andamento.

RM _ Você é casado, é pai. Às vezes é preciso se dividir em dois, ou você já descobriu como conciliar bem família e carreira? Joilson _ Sou casado há 13 anos, e tenho um fi lho de sete. Eu e ele fazemos aula de violão e natação juntos. A minha família, é o segredo do meu sucesso. Eu acre-dito que o Joilson pessoal e o Joilson empresário estão sempre juntos e que não há dois momentos, inclusive esse é um segredo que todo aquele que persegue o sucesso deve aprender: apaixonar-se pelo que faz e fazê-lo sem que seja trabalhoso ou cansativo.

RM _ Para você. Qual é a grande qualidade do empreendedor?Joilson _ Visão e coragem. Acredito que não tem como alcançar sucesso sem essas duas características.

PAULA FERNANDES “AO VIVO”

Com mais de cinco músicas como temas de novelas e participações especiais em vários programas de TV, essa cantora mineira que roubou a cena no especial de fi m de ano de Roberto Carlos, promete ser uma

das grandes apostas musicais em 2011. Nesse álbum ao vivo, a cantora conta com participações especiais de Leonardo, Marcus Viana e Victor & Léo e sucessos como “Pássaro de fogo” e “Quando a chuva passar”.

tendências

LEGIÃO URBANA

“PERFIL”

Diante do sucesso da coleção, a série perfi l homenageia umas da melhores bandas que o Brasil já teve. Através de votação em 2010, milhares de legionários defi niram o repertório. São 14 faixas contendo o melhor do Legião Urbana, o que inclui as canções: “Vento no litoral”, “Pais e fi lhos”, “Eduardo e Mônica” dentre outras.

ESTEVEN JAY SCHNEIDER

“1001 FILMES PARA VER ANTES DE MORRER ”

Traduzido para diversas línguas, esse livro inclui obras de mais de 30 países. Nesta edição atualizada, que conta com sucessos recentes, mais de 50 críticos selecionaram 1001 fi lmes e os reuniram neste guia para todos os apaixonados pela sétima arte. O livro é todo ilustrado e traz lado a lado obras de todos os gêneros. Organizado por ordem cronológica, este livro pode ser usado para aprofundar seus conhecimentos sobre um fi lme específi co ou simplesmente para escolher o que assistir hoje à noite.

“BRUNA SURFISTINHA”DIRETOR: MARCUS BALDINI

O fi lme que promete ser sucesso nacional conta a polêmica história de Raquel, fi lha de classe média paulistana que um dia sai de casa e toma uma decisão surpreenden-te: virar garota de programa. Em pouco tempo, Raquel se transforma em Bruna Surfi stinha e passa a ser uma celebridade nacional, contando sua rotina em um blog na internet.

“CISNE NEGRO”DIRETOR: DARREN ARONOFSKY

Indicado a cinco estatuetas do Oscar, o longa-metragem que é dirigido por Darren Aronofsky passeia por críticas e elogios. O papel rendeu a Natalie Portman o Oscar de melhor atriz, e premia-ções no Globo de Ouro e no Screen Actors Awards. Portman interpreta a doce Nina, membro de uma compa-nhia de balé nova-iorquina que luta pelo papel principal do espetáculo “Lago dos cisnes”. DAVID KIRKPATRICK

“O EFEITO FACEBOOK”

O que começou como uma novidade entre estudantes, em pouco tempo tranformou-se em uma empresa com mais de 500 milhões de usuários. À medida que o facebook conquista usuários, cria efeitos e já foi, inclusive, usado para a mobilização de mani-festações e protestos políticos. David Kirkpatrick contou com cooperação dos principais executivos do facebook para essa pesquisa com o objetivo de produzir esta narrativa sobre a história da empresa e seu impacto na vida de seus usuários.

Mús

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Livros

Música

Cinema

Fontes: Saraiva.com.br, Leitura.com, G1, Google, Bagarai.com.br

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66 | www.revistamista.com.br | nº 07 | 2011

Colunistas

Cássia Emanuely

Graduada em nutrição. (33) [email protected]

Nilton Porcaro

Contador, perito contábil e economista.(33) 3271-1995 - (33) [email protected]. Brasil, 2915, Centro.

Lucas Del PelosoGraduado em Gastronomia. Chefe do La Isla Ecoresort na Costa das Baleias (BA).

Priscilla Radd

Contatos

Arquiteta e Urbanista(33) 9119 - [email protected]. Minas Gerais, 700, Sl. 905, Centro.

Toca de Assis (33) 3273-4578R. Regino de Oliveira Rosa, 213 - Jardim Alice

Monalisa Jump Bar(33) 3271-8120R. Israel Pinheiro, 2369, Centro

Mariana [email protected]

Charles CoutoPsicologo e Filosofo(33) 3271-1094 - (33) 8807-0657www.nova.acropole.org.brAv. Minas Gerais, 1667, Nossa Senhora das Graças

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Colunistas

Cássia Emanuely

Graduada em nutrição. (33) [email protected]

Nilton Porcaro

Contador, perito contábil e economista.(33) 3271-1995 - (33) [email protected]. Brasil, 2915, Centro.

Lucas Del PelosoGraduado em Gastronomia. Chefe do La Isla Ecoresort na Costa das Baleias (BA).

Priscilla Radd

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Toca de Assis (33) 3273-4578R. Regino de Oliveira Rosa, 213 - Jardim Alice

Monalisa Jump Bar(33) 3271-8120R. Israel Pinheiro, 2369, Centro

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Charles CoutoPsicologo e Filosofo(33) 3271-1094 - (33) 8807-0657www.nova.acropole.org.brAv. Minas Gerais, 1667, Nossa Senhora das Graças

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