edição 4

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Laércio Albino Cezar, Vice-Presidente Executivo e CIO do Bradesco, confirma em entrevista exclusiva a sua constante preocupação em se antecipar às necessidades e aos anseios dos clientes e revela a visão do banco sobre os assuntos mais discutidos nas rodas tecnológicas do mercado bancário SUSTENTABILIDADE Companhia lança revitalização de ATMs e meio ambiente agradece HOBBY Símbolo de liberdade, motos continuam seduzindo gerações SERVIDORES Servidores Diebold atendem às demandas corporativas e socioambientais Diebold Brasil Diebold Brasil Ano 1 |Edição 4 | Novembro de 2010 Uma publicação Magazine “VEJO NAS REDES SOCIAIS UMA OPORTUNIDADE ÍMPAR PARA O BANCO CONHECER O QUE PENSAM E O QUE FALAM OS CLIENTES E NÃO CLIENTES E TIRAR MUITO PROVEITO DISSO” Laércio Albino Cezar, Vice-Presidente Executivo e CIO do Bradesco, confirma em entrevista exclusiva a sua constante preocupão em se antecipar às necessidades e aos anseios dos clientes e revela a visão do banco sobre os assuntos mais discutidos nas rodas tecnológicas do mercado bancário SUSTENTABI LI DADE Companhia laa revitalização de ATMs e meio ambiente agradece HOBBY Símbolo de liberdade, motos continuam seduzindo gerações SERVIDORES Servidor es Diebold atendem às demandas corporativas e socioambientais Ano 1 |Edição 4 | Novembro de 2010 Uma publicação “VEJO NAS REDES SOCIAIS UMA OPORTUNIDADE ÍMPAR PARA O BANCO CONHECER O QUE PENSAM E O QUE FALAM OS CLIENTES E NÃO CLIENTES E TIRAR MUITO PROVEITO DISSO

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Laércio Albino Cezar, Vice-Presidente Executivo e CIO do Bradesco, confi rma em entrevista exclusiva a sua constante preocupação em se antecipar às necessidades e aos anseios dos clientes e revela a visão do banco sobre os assuntos mais discutidos nas rodas tecnológicas do mercado bancário. Companhia lança revitalização de ATMs e meio ambiente agradece. Símbolo de liberdade, motos continuam seduzindo gerações. Servidores Diebold atendem às demandas corporativas e socioambientais

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Laércio Albino Cezar, Vice-Presidente Executivo e CIO do Bradesco, confi rma em

entrevista exclusiva a sua constante preocupação em se antecipar às necessidades

e aos anseios dos clientes e revela a visão do banco sobre os assuntos mais

discutidos nas rodas tecnológicas do mercado bancário

SUSTENTABILIDADECompanhia lança revitalização de

ATMs e meio ambiente agradece

HOBBYSímbolo de liberdade,

motos continuam

seduzindo gerações

SERVIDORESServidores Diebold atendem

às demandas corporativas e

socioambientais

Diebold BrasilDiebold BrasilAno 1 |Edição 4 | Novembro de 2010

Uma publicação Magazine

“VEJO NAS REDES SOCIAIS UMA OPORTUNIDADE ÍMPAR PARA O BANCO CONHECER O QUE PENSAM

E O QUE FALAM OS CLIENTES E NÃO CLIENTES E TIRAR MUITO PROVEITO DISSO”

Laércio Albino Cezar, Vice-Presidente Executivo e CIO do Bradesco, confi rma em

entrevista exclusiva a sua constante preocupação em se antecipar às necessidades

e aos anseios dos clientes e revela a visão do banco sobre os assuntos mais

discutidos nas rodas tecnológicas do mercado bancário

SUSTENTABILIDADECompanhia lança revitalização de

ATMs e meio ambiente agradece

HOBBYSímbolo de liberdade,

motos continuam

seduzindo gerações

SERVIDORESServidores Diebold atendem

às demandas corporativas e

socioambientais

Ano 1 |Edição 4 | Novembro de 2010

Uma publicação

“VEJO NAS REDES SOCIAIS UMA OPORTUNIDADE ÍMPAR PARA O BANCO CONHECER O QUE PENSAM

E O QUE FALAM OS CLIENTES E NÃO CLIENTES E TIRAR MUITO PROVEITO DISSO”

A Diebold, líder em automação bancária no Brasil e a

principal fornecedora de urnas eletrônicas para as eleições

nacionais, dedica-se ativamente ao planeta. Desde 2008,

possui um programa de revitalização e reciclagem de

equipamentos. De lá para cá, já revitalizou mais de 7 mil

ATMs, destinou corretamente 23 mil ATMs e 82 mil urnas

eletrônicas, totalizando 17 mil toneladas de equipamentos

desmontados. Em nosso leque de soluções, essa é uma das

que mais nos orgulham.

Saiba mais sobre as soluções Diebold:

www.diebold.com.br

Do projeto ao descarte responsável.Para a Diebold, uma solução só é completa quando abrange tudo isso.

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DIE12061006-AnSustentabilidade_RevComputerWorld.indd 1 8/13/10 2:58:55 PM

EDITORIAL

É muito bom ser portador de boas

notícias. Como última edição do ano,

queremos aproveitar para anunciar

um fato extremamente relevante: tudo

indica que 2010 será o melhor ano da

história da Diebold no País. Tivemos,

em 2008, um crescimento acentuado

e uma performance incrível em todos

os sentidos e achávamos difícil repetir

essa façanha, mas conseguimos. Os

detalhes de como isso se tornou

possível você poderá conferir na próxima

edição da revista, mas já vamos deixar

aqui registrado nosso agradecimento

e reconhecimento a esse fortíssimo

time brasileiro que voltou a se superar.

Parabéns e obrigado!

Essa edição é especial também porque

destaca um dos nossos maiores

parceiros de tecnologia, o Bradesco.

Tudo o que entregamos para o banco

é feito a quatro mãos. Laércio Albino

Cézar, VP Executivo e CIO, fala, entre

outros assuntos, sobre uma equipe que

o banco mantém e que está sempre

em busca das melhores soluções

para os correntistas e para o banco.

Toda essa dedicação do Bradesco

ajudou a aperfeiçoar os mecanismos

de segurança e biometria que

encontramos nas suas ATMs. Nada é

commodity por lá e nem poderia ser. É

realmente uma instituição admirável e

um celeiro de inovação.

Temos ainda assuntos relevantes como

nossa nova oferta de revitalização de

ATMs. Trata-se de uma séria disposição

da companhia em contribuir com as

políticas de sustentabilidade de seus

clientes. Na seção Negócios, falamos

sobre os servidores que estamos

entregando para o Banco do Brasil e

sobre como pudemos ampliar nossa

parceria com o Tribunal Superior

Eleitoral (TSE), passando também a

fornecer os serviços de manutenção

das urnas eletrônicas em todo o País.

Tivemos, ainda, a chance de comemorar

os 25 anos de empresa no Brasil, e

também 25 anos de trabalho na empresa

de seis talentosos colaboradores da

Diebold. Eles começaram junto com

a Procomp, em 1985, e permanecem

fi éis e sempre motivados até hoje. Eles

representam bem o espírito incansável

da Diebold.

Tomara que você também tenha vivido

um excelente 2010 e possa celebrar e se

alegrar agora no fi nal de mais esse ano!

ABRAÇOS,

JOÃO ABUD JUNIOR

PRESIDENTE DIEBOLD BRASIL

ESPÍRITO INCANSÁVEL

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116

1420

NegóciosBanco do Brasil terá

servidores Diebold

TecnologiaBiometria –

caminho sem volta

EntrevistaLaércio Albino Cézar, VP e CIO do

Bradesco, fala sobre a evolução e o

futuro dos canais de atendimento

28ServiçosCompanhia assume contrato de

manutenção das urnas eletrônicas

30ArtigosProfessora Elza Veloso fala

sobre a responsabilidade individual

na gestão da carreira

NotasPrata da casa –

25 anos depois

ServiçosNova oferta estimula

reutilização de ATMs

HobbyPaixão por velocidade

e aventura

SocioambientalVida saudável e

responsabilidade social

Diebold pelo MundoAmérica Latina intensifi ca uso da

automação bancária

ProdutoCriando produtos inéditos,

em tempo recorde

Diebold Brasil

Presidente

Vice-pressidente de Marketing e Vendas

Vice-presidente de Operações

Vice-presidente de Tecnologia

Endereço

Coordenação Geral

Revisão

Produção de Conteúdo

Jornalista Responsável

Fotos

Projeto GGráfi co e Editoração Eletrônica

Tiragem

Diebold Brasil Magazine é uma publicação trimestral da Diebold

Brasil dirigida aos seus clientes, parceiros e colaboradores.

João Abud Junior

Juarez Sant’Anna

Antonio Galvão

Carlos Pádua

Avenida Dr. Gastão Vidigal, 2.001

Vila Leopoldina – São Paulo – SP

05314-000 – Tel.: (011) 3643-3000

www.diebold.com.br

David Melo, Gerente de

Marketing & Comunicação

Elaine Dellafl ora,

Analista de Marketing

GAD Comunicação www.gadcom.com.br

(011)3846-9981

Mônica Vendrame – MTB 24.632

Arnaldo Pereira

DPTO. www.dpto.com.br

4.500 exemplares

DIEBOLD Brasil Magazine

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Arnaldo Pereira

GARCIA –Clientes já recebem

servidores com pacote

de software instalado

e testado

Negócios

COMPANHIA INVESTE NO DESENVOLVIMENTO DE SERVIDORES E VENCE PREGÃO DO BANCO DO BRASIL

O consumidor final dificilmente encontrará um PC da marca Diebold para comprar em um grande magazine, mas colaboradores dos maiores

bancos do País já estão acostumados a utilizar estações de trabalho da companhia. “A Diebold fabrica PCs e servidores há mais de 15 anos e já forneceu computadores para grandes projetos de inclusão digital do governo e para dezenas de bancos e empresas. Agora, estamos trabalhando para ganhar importantes fatias desse segmento no mercado, dentro e fora do nicho de automação bancária”, afirma Juarez Sant’Anna, vice-presidente de Marketing e Vendas da Diebold Brasil.

O discurso do executivo é baseado em ações concretas da área de PCs da empresa. Por exemplo, todos os servidores da Diebold são fabricados obedecendo as mais importantes normas desse mercado, como a RoHS, que restringe o uso de substâncias nocivas ao meio ambiente, como chumbo, mercúrio, cádmio, cromo hexavalente etc. Além disso, a companhia já conquistou certificações, como a Microsoft HCL Cluster – específica para servidores cuja montagem garanta uma melhora significativa na disponibilidade

da máquina – e a certificação 80 Plus, que proporciona economia no consumo de energia.

Toda essa preocupação com o meio ambiente, a eficiência energética e, no final, com a produção de máquinas mais potentes faz da Diebold uma fornecedora diferenciada, especialmente pelo seu custo-benefício. O mais recente negócio fechado pela empresa foi a venda de 2.500 servidores para o Banco do Brasil. A compra foi realizada através de pregão eletrônico na modalidade de registro de preço. Isso significa que outros órgãos do governo poderão aderir a essa ata e adquirir os mesmos equipamentos. Na fase de proposta, a empresa concorreu com a Dell, a HP e a IBM. Segundo Sant’Anna, o banco está adquirindo os servidores para equipar sua rede de agências espalhadas por todo o território nacional.

“Os pregões eletrônicos chegaram para garantir os melhores preços de compra. Entretanto, muitas vezes os fornecedores sequer conseguem entregar a mercadoria e, quando conseguem, não têm condições de prestar assistência técnica em todo o País. No caso da Diebold, além de preços competitivos, temos impor tante valor agregado”,

reflete o VP de Marketing e Vendas.

Domingos Garcia Ré, coordenador de Produtos PC da Diebold, explica que o valor dos servidores que a empresa desenvolve vai muito além do hardware. Trata-se de uma solução completa, que atende às necessidades operacionais e de responsabilidade socioambiental do cliente. “Os servidores Diebold podem ter fonte redundante ou não, porém sempre de alta eficiência. Aliado a um conjunto de ventiladores redundantes e hot swap, configuramos um produto de alta confiança e disponibilidade”, afirma. Segundo o coordenador, no caso do Banco do Brasil, trata-se de um servidor para montagem em rack de 19”, com 1 U de altura, fonte simples de 260 W – com PFC e certificação 80 Plus – e processador Xeon Quad Core 2.

Garcia revela que a prioridade da Diebold é que o cliente seja bem atendido em todos os detalhes, recebendo o equipamento com o enxoval de softwares e aplicativos já instalado e testado de fábrica. “A assistência técnica espalhada pelo Brasil e o suporte técnico oferecido por um time de altíssima capacidade completam esse quadro de sucesso da área de PCs. O segredo está no trabalho conjunto das equipes”, avalia.

DIVÃ SOBRE RODASMUITOS SÃO OS ESTILOS, AS IDADES, AS TRIBOS, MAS UMA COISA OS AMANTES DE MOTOCICLETA TÊM EM COMUM: A ETERNA BUSCA PELA AVENTURA E PELA LIBERDADE

as motos – uma Harley-Davidson FLH

e uma Hydra Gl ide. Até hoje,

a moto é um símbolo de l iberdade

e evoca cer ta rebeldia e resistência.

Por essa e por inúmeras outras

razões, a verdadeira paixão de muitos

brasileiros não é o futebol, mas o

motociclismo. Segundo mapeamento

do Depar tamento Nacional de Trânsito

(Denatran), 46% dos municípios

têm uma frota em que as motos são

majoritárias. Claro que grande par te

as utiliza como meio de transpor te

para o trabalho, mas muitos sabem

usufruir com responsabilidade o

melhor que essas máquinas podem

oferecer: a aventura e a sensação

de liberdade.

São pessoas apaixonadas pelo vento no

rosto ou até mesmo pelos desafi os de

atravessar uma mata fechada usando

como estratégia somente o instinto

aventureiro. E isso, José Guilherme

Ribeiro, diretor de Infraestrutura em

Tecnologia Educacional do Ministério

da Educação (MEC), e Fernando Cúrcio,

diretor industrial da Diebold, sabem bem.

Nessa matéria, esses profissionais

da área de tecnologia da informação,

acostumados a ter uma rotina

intensa de trabalho, vão mostrar

como a moto, se utilizada com

responsabilidade, pode se tornar uma

atividade prazerosa e apaixonante.

COMICHÃOResponsável pela implementação e

pela infraestrutura da tecnologia de

todas as escolas públicas do País,

José Guilherme Ribeiro encontra

no banco de sua Honda VTX 1800

um divã, em que ele pode relaxar

e liberar as tensões de sua rotina

de trabalho, sempre de reuniões e

decisões impor tantes.

Adepto das motocicletas desde os

14 anos, José Guilherme teve todos

“Mantenha o motor l igado,

encare a estrada procurando

aventura... Nós nascemos

para ser selvagens. Eu não

quero mor rer nunca...”

Esse é um trecho da música Born

to Be Wild, da banda de rock

Steppenwolf, que foi tema de Easy

Rider, um clássico obrigatório

para todos os que gostam de um

bom filme, mas também para os

apaixonados por motocicletas.

Estrelado por Peter Fonda, Dennis

Hopper e Jack Nicholson, o filme

conta a história de dois jovens

que rodam a América em suas

motocicletas. Eles saem em busca

de aventura e liberdade, mas se

deparam com a dura realidade do

mundo, das ruas, das drogas.

Easy Rider marcou a história do

cinema de contracultura, mas seu

impacto não teria sido o mesmo sem

Hobby

DIEBOLD Brasil Magazine

8 | 9

os estilos de motos. Sua primeira

foi uma Puch. Depois, dos 17 aos

28 anos, pilotou somente motos de

trilha. “Também tive uma passagem

rápida pelas motos espor tivas. Mas

logo parei, porque nesse tipo de moto

quanto mais você anda, mais você

quer correr. Por isso, troquei por uma

Custom e esse é o estilo que piloto até

hoje, aos 47 anos”, comenta.

A paixão por motos é compar tilhada

com sua esposa, que optou por uma

Honda 1000. O casal faz par te do

motoclube “Comichão”, exclusivo

para motos Custom e localizado

na Asa Nor te, em Brasília/DF. “O

clube tem esse nome devido à

inquietude presente em cada um

dos par ticipantes do grupo. Traduz

a vontade incessante de encontrar

a estrada e sentir o vento e o ronco

dos motores”, explica Guilherme.

O clube tem cerca de 30 integrantes

que há dez anos se reúnem todas

as quintas-feiras. Anualmente, o

grupo organiza mais de dez longas

viagens pelo País e, sempre que

pode, José Guilherme também leva

seus dois filhos adolescentes.

“Par ticipo de cinco dessas viagens

por ano e sempre tento levar

meus filhos para os eventos de

moto em Brasília. O mais velho

está se preparando para comprar

sua primeira moto. Com os pais

apaixonados incentivando, não tinha

como ele evitar”, conta.

A ESTRADA ME ESPERAUma das viagens mais aguardadas

pelo grupo é para Tiradentes,

em Minas Gerais. Mais de 10 mil

motoqueiros de todo o País se

encontram na cidade. Além das

exposições de motos antigas,

acessórios, vestuários, peças e

shows musicais, nessa reunião os

par ticipantes encontram pessoas

que nutrem a mesma paixão pela

sensação de liberdade que a moto

transmite. “Revemos velhos e

bons amigos nessa ocasião. Essa

integração fez desse encontro um dos

maiores do Brasil”, comenta.

Guilherme explica que a vantagem de

fazer par te de um motoclube é que

seus integrantes têm o privilégio de

andar de moto somente por lazer.

“Não corremos tantos riscos como

os motoboys, que trabalham mais

de oito horas por dia em cima de

uma moto, costurando as avenidas”,

explica. Ele vai ao trabalho de moto,

no máximo, duas vezes por semana.

“Brasília é o verdadeiro paraíso para

os motociclistas, porque a cidade fica

de quatro a cinco meses sem chuva”,

comenta.

Motociclista experiente, Guilherme deixa suas dicas para quem quer participar de um motoclube:

1 Pesquise sobre o grupo antes

de ingressar.

2 Pesquise quantos acidentes já

aconteceram com o grupo.

3 Participe apenas de grupos que respeitam as leis de trânsito. Respeito às regras é fundamental, uma vez que qualquer erro pode ser mortal.

4 Verifique se os participantes seguem

as regras do comboio, pois o certo é

que todos se posicionem corretamente

para proteger uns aos outros.

5 É impor tante utilizar todos os

equipamentos de segurança. Existem

vários estilos, mas todos têm de estar

devidamente equipados, com jaqueta,

proteção de pernas, capacetes e

protetores de coluna.

6 O medo é impor tante. Tenha medo

e respeito pela estrada. Isso ajuda

a evitar acidentes.

7 “Viva cada quilômetro...”

José Guilherme e sua fi lha Natália –

duas gerações unidas pela mesma paixão

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esso

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Assim como José Guilherme, Fernando Cúrcio começou

a pilotar motos na adolescência. O tempo passou e

no período em que trabalhou nas fábricas da Diebold,

em Manaus/AM, entre 2001 e 2008, acabou descobrindo o

prazer de percorrer trilhas com a moto no meio da selva.

“Enquanto vivia em Florianópolis, meu hobby era mergulho,

mas com a mudança fiquei impedido de praticá-lo e acabei

descobrindo um novo prazer sobre rodas”, revela.

Ele conta que nos fins de semana um grupo de amigos

sempre se reunia com a família para fazer churrasco e,

antes do almoço, todos os homens saíam para fazer trilha

de moto. “Eu era o único que não fazia trilha e tinha que

ficar, junto com as esposas, cuidando do churrasco até

o grupo voltar”, lembra. “Foi então que decidi aderir à

trilha, para cur tir com os amigos. Sempre andei de moto,

me identifiquei de imediato com esse estilo. A sensação

não tem preço”, afirma.

A primeira moto que Fernando usou para percorrer uma

trilha era emprestada. Despreparado, fez o percurso sem

os equipamentos de proteção e se machucou bastante. “É

fundamental a utilização de capacete, botas e protetores

para pernas, braços e peito. Depois que passei a usá-

los, raras vezes me machuquei”, conta. “Com o tempo,

comprei a minha primeira moto de trilha, uma Yamaha DT.

Hoje, tenho uma Honda CRF”.

PARA QUEM GOSTA DE DESAFIOS, SURPRESAS E LAMAA principal característica da trilha é que ela não tem

regras ou percursos marcados, como o motocross. Neste,

os competidores são avaliados pelo desempenho em

saltos e curvas, em uma pista que já conhecem. A trilha é

diferente, e o diretor da Diebold explica: “Em um dia, os

pilotos passam por uma estrada e ela está seca. No outro,

ninguém consegue passar, porque tem um rio em seu

lugar. Bem diferente do motocross, a trilha é marcada por

surpresas ao longo de todo o trajeto”.

Os percursos em Manaus eram feitos no meio da selva,

onde tudo pode acontecer. Ele conta que, cer ta vez,

sua moto quebrou e ele ficou cerca de quatro horas

procurando o caminho de volta porque já havia anoitecido

e a moto estava sem farol. “Na escuridão da mata, você

perde a referência. Nesse dia, fui socorrido por um

morador que passava de jipe”, lembra.

Para quem quer praticar o hobby, Fernando diz que a

primeira dica é experimentar uma moto de trilha antes de

comprá-la. “Faça percursos antes de se decidir. Muitas

pessoas não gostam do imprevisível ou de se sujar de

lama”, diz. Ele revela que, depois que você adquire a

moto, o espor te não se torna tão caro. “Uma moto nova

de trilha custa a par tir de 10 mil reais é preciso levar em

consideração os equipamentos de proteção. Fora isso, a

pessoa vai gastar, basicamente, com gasolina e manutenção

da moto, porque a trilha é feita em locais públicos”.

Fernando voltou a trabalhar em São Paulo, mas sua moto

ficou em Manaus. “Estou há alguns meses sem andar de

moto porque não tinha encontrado pessoas que cur tissem

fazer trilha e não me sinto seguro andando no trânsito

daqui”, comenta. Para sua alegria, entretanto, encontrou

em Alphaville/SP, há pouco tempo, um grupo que faz

trilhas na região. “Já estou providenciando o retorno de

minha moto para São Paulo. Quem começa, não para”.

ACELERANDO NA SELVA

Fernando com sua Honda ao fi nal

de um percurso na selva, em Manaus

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DIEBOLD Brasil Magazine

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Serviços

O SEGUNDO “R”

LEVADO A SÉRIODiebold oferece serviço pioneiro de revitalização de ATMs

“Quando uma ATM entra em nossa linha de revitalização, ela é totalmente reformada,

pintada e sai com aparência de nova.

Tem gente que troca de celular como troca de roupa. Ainda daria para usá-lo por muito tempo, mas todo mundo gosta de um gadget novinho em folha. Agora, a despeito das preferências consumistas, a onda é reutilizar, ou seja, “prolongar a vida útil dos produtos em sua função original ou adaptada”.

Pensando nisso e para atender ao anseio de alguns bancos que estão acelerando suas ações de sustentabilidade, a Diebold lançou uma nova oferta de serviços: a revitalização de ATMs. Antônio Galvão, vice-presidente de Operações da companhia, informa que o serviço consiste em reformar caixas eletrônicos com cerca de sete anos de uso, substituindo todos os módulos já desgastados com o tempo de uso e restaurando, de forma quase artesanal, as partes que podem ser reaproveitadas. “Trata-se de um trabalho minucioso, pois a restauração nem sempre é simples, devido à condição em que as peças se encontram, mas vale a pena”, afirma.

David Melo, gerente de Marketing e líder do Comitê Socioambiental da Diebold, explica que o mercado

bancário leva a sério os três Rs: reduzir, reutilizar e reciclar. “Ao invés de mandar para o lixo, os bancos agora decidiram prolongar a vida das ATMs”, diz. Para ele, essa modalidade atende aos bancos, mas também mostra o firme propósito da Diebold de atender aos apelos de sustentabilidade.

O novo serviço vem sendo oferecido aos bancos desde meados de 2010 e a empresa já revitalizou cerca de

2.000 terminais de autoatendimento. O primeiro banco a procurar por esse tipo de serviço foi a CAIXA, até porque suas ações de responsabilidade socioambiental estão bastante adiantadas. O Mercantil do Brasil foi o segundo banco a aderir à nova ofer ta, mas ao contrário da CAIXA, cujo trabalho foi feito em laboratório, a renovação das máquinas foi feita em campo.

Galvão explica que a nova ofer ta inclui a renovação dos componentes que não estão mais em condição de uso e a manutenção de outros.

“O painel frontal é de poliuretano e não é reutilizável. Vai para o descarte ecologicamente correto. As peças plásticas, como o gabinete do monitor, são recicladas. Já o dispensador de cédulas, que é o coração da ATM, é totalmente reaproveitado; apenas as peças já desgastadas e ressecadas são substituídas. Ao final, fica muito próximo de um mecanismo novo”, detalha.

O vice-presidente revela que o valor de uma ATM revitalizada é até 40% mais barato que uma nova e atenderá bem

aos correntistas por mais quatro ou cinco anos. “Quando uma ATM entra em nossa linha de revitalização, ela é totalmente reformada, pintada e sai com aparência de nova. Nesse processo, reaproveitamos tudo o que é possível, mas o que não serve é enviado para o descarte ecologicamente correto. Assim, evitamos muito desperdício. Então, não se trata apenas de economia em termos de investimento, mas da otimização de recursos naturais já empregados. É um belo gesto para com o meio ambiente”, pondera.

Para representar todos os 300 homenageados da noite, João Abud Junior, presidente da Diebold Brasil e anfitrião da cerimônia, chamou ao palco Paulo Monteiro, Ar tur Scudeler, Gerson Castanho, Ednei Molina, Ademir Ber tacini e Antônio Gil – todos com 25 anos de empresa e que começaram suas bem-sucedidas carreiras com a Procomp e seus fundadores. “São os dinossauros da Diebold”, orgulhou-se Abud.

Para se ter uma ideia da relevância de todo esse tempo de vida profissional, quando eles começaram, em 1985, a internet era – se é que era – assunto acadêmico e o fenômeno das redes sociais era algo inimaginável. Aquele foi o ano do lançamento do Atari e do computador pessoal Commodore Amiga. Também foi o ano da criação da Procomp. Nem faz tanto tempo assim, mas eles testemunharam o advento de todos os principais avanços computacionais do fim do século

passado, e ajudaram a desenhar o que, hoje, é a automação bancária brasileira e a construir a maior democracia eletrônica do mundo. É um legado e tanto!

Com um discurso de aber tura recheado de emoção e bom humor, Abud afirmou: “A Diebold Brasil só existe por sua causa. Cada um de vocês entrega um pouco de si; entrega seu jeito, seu sotaque, sua garra, sua disposição, par te do seu cérebro e de sua vida.

O mais incrível, no entanto, é que essas mesmas pessoas, depois de tanto tempo, continuem a ter a mesma pegada de 10, 15, 20, 25 anos atrás. Todo mundo aqui continua com a mesma gana de fazer sempre o melhor e com excelência. Isso transpira, aparece, vem à tona... Tem dúvida? Os nossos clientes não têm. Os nossos concorrentes também não... Muitos já me ouviram dizer que somos, de longe, a melhor empresa de TI do Brasil e eu realmente acredito nisso.”

A VIDA COMEÇA AOS 25A inquieta geração “Y” não sabe o que é isto, e nem quer saber: permanecer por

25 anos trabalhando na mesma empresa. Hoje, diferentemente do século passado,

pega bem trocar de emprego a cada seis meses. O mais difícil de entender, para

os “Ys”, é como manter uma rotina por anos a fio sem se entediar ou perder o

desejo, o estímulo e a adrenalina. Para homenagear essa outra geração, aquela

que fica feliz e se sente realizada com os inúmeros desafios que encontra na

mesma empresa por décadas, a Diebold preparou um evento especial para os

colaboradores que completaram 10, 15, 20 e 25 anos de casa. O evento aconteceu

no último dia 1o de outubro, em São Paulo, e reuniu cerca de 600 pessoas.

O QUE ELES ESTÃO

DIZENDO 25 ANOS DEPOIS

“Parece que foi ontem que o Eric Roorda (um dos fundadores da Procomp) nos convidou para visitar o laboratório dentro do Bamerindus (primeiro cliente da Procomp). Quando chegamos lá, fi camos impressionados com o terminal de rede local brasileiro desenvolvido por eles e recebemos o convite para representar comercialmente a empresa. Lembro muito bem que o Eric tinha o compromisso de fazer tudo corretamente. Ele atendia da mesma forma todos os bancos. Cada pessoa que ele contratava encaixava-se direitinho na empresa. Também carregamos muitas máquinas nos nossos carros. Tudo valeu a pena, mas só durou porque executivos como o Abud (presidente da Diebold Brasil) conseguiram dar continuidade a esse incrível projeto.”

Ademir Bertacini

Diretor de contas

Notas

DIEBOLD Brasil Magazine

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“Sinto prazer em sair de casa para trabalhar. O ambiente não tem igual.”

Gerson Castanho

Gerente de Engenharia de Produto

“Trabalhar na Diebold é uma continuação e um aperfeiçoamento do trabalho que iniciamos na Procomp. A gente sofre pressões, perde noites de sono, mas nunca pensamos em parar ou desistir. O time é vencedor e gostamos de jogar juntos. A equipe, aliás, é fantástica. Tenho grandes amigos na Engenharia, na área de Produto, na Manutenção e sou muito grato a todos.”

Antônio Gil

Diretor de contas

“Vinte e cinco anos são uma vida e deu certo porque se estabeleceu uma grande confi ança e amizade

“Não é tão difícil entender por que fi camos 25 anos nessa empresa. Basta ver o seguinte: éramos nove quando começamos e, hoje, somos 3.200. Comecei como responsável pelo desenvolvimento de parte do primeiro sistema de automação bancária da Procomp. Depois, entramos na fase do autoatendimento; também estive à frente da Mecaf, entre outras posições, e, após dez anos, voltei para a Engenharia, na época em que os sócios se desligaram da empresa. É como se tivesse trocado de empresa várias vezes, pelos diferentes desafi os que encarei. Também é incrível como todo mundo sabe da importância dos projetos e se preocupa em ver o sucesso do produto e dos clientes.”

Paulo Monteiro

Diretor de Engenharia de Hardware

entre todas as pessoas da empresa; todo mundo trabalha duro e todos desejaram esse crescimento. O maior segredo foi a Diebold manter a cultura local, foi a continuidade de um belo trabalho iniciado em 1985.”

Ednei Molina

Diretor de contas

“A Procomp foi meu segundo emprego. Também foi uma aposta, porque saímos de uma grande corporação como a Sid para ingressar em uma empresa que estava nascendo. Oito anos depois do início, já dava para perceber que a chance de sucesso era grande. Durante esses 25 anos, empreendi vários papéis e esse dinamismo me fez permanecer.”

Ar tur Scudeler

Diretor de Engenharia de Software

Da esq. para a dir.: Ednei Molina, Paulo Monteiro,

Gerson Castanho, João Abud Junior, Antônio Gil,

Ademir Bertacini e Arthur Scudeler

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MATHEUS MARCONDES NETO*

* Matheus Marcondes Neto é gerente de Produtos

de Autoatendimento na Diebold Brasil. Engenheiro

eletrônico pela Escola Politécnica da USP, com MBA

em Gestão e Engenharia de Produtos (Poli-USP) e

MBA em Gestão Empresarial (FIA-USP). É também

Lead Assessor Auditor pela P–E Batalas.

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Biometria – muitas opções, nenhuma padronização

Tecnologia

DIEBOLD Brasil Magazine

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Biometria vem do grego bios (vida) e metron (medida) e, segundo o dicionário, significa

o ramo da ciência que estuda a mensuração dos seres vivos.

Sob o ponto de vista histórico, consta que a biometria era utilizada desde a dinastia Tang, em 800 d.C., na China, onde impressões digitais eram desenhadas no barro para confirmar a identidade de indivíduos em operações comerciais. Entretanto, foi o antropólogo inglês Francis Galton, em 1892, quem publicou a primeira classificação de impressão digital utilizada até hoje.

Antes de falarmos, porém, sobre o aspecto científico desse assunto, vamos pensar em fatos corriqueiros que têm a ver com a biometria. Quando nascemos, não sabemos nos expressar, mas sabemos reconhecer quem cuida de nós, principalmente os nossos pais. Gestos singelos – por exemplo, quando

o bebê aperta o dedo da mão da mãe – representam o reconhecimento dos nossos semelhantes. Então, pode-se dizer que desde pequenos começamos a conhecer o ambiente que nos cerca pela medição. É a tal da biometria sendo utilizada em sua forma latente no ser humano.

A ciência nada mais fez do que atribuir a função de identificação, que o ser humano é capaz de fazer com a utilização dos seus sentidos, a uma máquina, um computador ou sensor.

A impressão digital é a forma mais comum e difundida de reconhecimento

biométrico. O “carimbo” que é retirado dos nossos dedos é formado por linhas conhecidas como minúcias e este dedo é o conjunto da pele externa com as minúcias, os receptores do sistema nervoso, as veias que banham as células, as glândulas de suor que auxiliam na regulação da temperatura, as glândulas sebáceas que secretam óleos que mantêm a nossa pele hidratada e protegida, os folículos e muitos outros elementos. Estes elementos são únicos em cada ser humano.

A biometria é comumente utilizada para controles de acesso e na identificação criminal ou em fronteiras. O seu principal uso é reconhecer um indivíduo de maneira segura. Na automação bancária, sua aplicação é óbvia e necessária, mas seu uso vem sendo difundido ainda de maneira paulatina. No Brasil, o banco mais adiantado na sua adoção é o Bradesco, que optou

pela tecnologia de reconhecimento de padrão vascular da mão. As ATMs Diebold da linha Opteva já contam com sensores biométricos que variam de acordo com o projeto de cada banco. Nesse sentido, um problema que se identifica é a falta de padronização. Cada instituição bancária está desenhando uma solução e optando por diferentes dispositivos biométricos.

No caso da automação eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral escolheu a identificação dos eleitores pelas digitais e, nessas últimas eleições, em 60 cidades os eleitores já tiveram sua primeira experiência com biometria.

A biometria é comumente utilizada para controles de acesso e na identifi cação criminal ou em fronteiras.

DNA – Ácido Desoxirribonucleico

O DNA é um composto orgânico que contém as instruções genéticas que garantem o funcionamento e o desenvolvimento de todos os seres vivos. É o método mais preciso de identificação de um indivíduo, entretanto é muito caro e demorado de realizar. Atualmente é utilizado em testes de paternidade e em processos criminais.

Apesar de todas essas opções, ainda

existem dúvidas, controvérsias e

discordâncias sobre o tipo mais

aderente, mais eficaz e com menor

índice de erro. O fato é que biometria

é a melhor forma de autenticação e

também será no futuro. O que pode

ajudar a adiantar e disseminar o uso

dessa tecnologia será a escolha e

padronização para algumas aplicações,

como a bancária. Nesse caso, será

mais fácil para os desenvolvedores

desses sistemas investirem no

aperfeiçoamento de seus mecanismos

e assim melhorar, em todos os

aspectos, o seu uso. A massificação

só se dará mesmo à medida que o

usuário passar a confiar na tecnologia.

Bibliografi a:

Novo Aurélio Século XXI, o dicionário da língua

Portuguesa / Aurélio Buarque de Holanda

Ferreira. 3a edição. Rio de Janeiro: Nova

Fronteira, 1999

Reconhecimento da íris

A íris é um músculo do olho que começa a se desenvolver no terceiro mês de gestação e se completa no oitavo mês. O seu desenvolvimento não segue nenhum padrão genético e se forma de maneira aleatória. Por este motivo, a íris do olho esquerdo de um indivíduo é diferente da do olho direito do mesmo indivíduo. Um dos métodos mais precisos e caros de identificação biométrica consiste em ler a forma da íris, garantindo assim a sua precisão e unicidade. O problema desse tipo de sistema é a sensação de que a leitura da íris pode causar, no longo prazo, algum tipo de dano à visão. O que não é verdade.Há alguns anos, em uma das edições do Ciab/Febraban foi possível ver demonstrações de autenticação para transações em ATMs com leitura de íris, mas a ideia não vingou. Talvez o maior obstáculo seja mesmo o cuidado excessivo com o olho.

Reconhecimento por odor

Desenvolvido pela empresa Mastiff Electronic Systems, utiliza um sensor extremamente sensível que imita o sentido do olfato humano para detectar partículas de odor liberadas por indivíduo.

Reconhecimento de

padrão vascular

Esse tipo de sistema biométrico cria uma imagem digital do padrão das veias. Pode ser da palma da mão ou dos dedos. As veias situam-se dois ou três milímetros abaixo da epiderme e constituem um código muito preciso de identificação, sendo este perene durante a vida.

Impressão digital

É o método mais difundido, onde sensores medem os picos e vales que existem nos dedos dos indivíduos, criando modelos matemáticos que possibilitem a sua utilização como identificação a posteriori.

Reconhecimento da geometria

da palma da mão

Como o próprio nome diz, consiste em um método biométrico de reconhecimento da forma da mão do indivíduo. Sensores montam e depois reconhecem um modelo em 2D ou em 3D da mão de um indivíduo.

Reconhecimento de voz

Método biométrico comportamental que consiste em identificar padrões vocálicos de timbre e ressonância da voz dos indivíduos.

Reconhecimento facial em 2D

ou em 3D

Método biométrico que consiste em análise da geometria da face dos indivíduos. É pouco invasivo, de baixo custo, mas não muito preciso. O sistema também monta um modelo matemático em 2D ou em 3D da face do indivíduo.

Reconhecimento de assinatura

É uma biometria classificada como comportamental, pois pode variar de acordo com o humor do indivíduo e consiste no reconhecimento da velocidade, do ângulo de ataque e da maneira como um indivíduo imprime a sua assinatura.

AS TECNOLOGIAS BIOMÉTRICAS MAIS CONHECIDAS SÃO:

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CORRER, ANDAR E PENSARA Corrida e Caminhada Socioambiental reúne mais de 450 participantes, em São Paulo e Manaus, em uma ação pró-saúde, de colaboração e conscientização.

A equipe Diebold de Corrida arrecadou três toneladas de alimentos e três mil fraldas, no primeiro semestre, para doação.

No dia 16 de outubro último, a BBC noticiou – e tuitou para o mundo inteiro – dados alarmantes: uma em cada cinco espécies de plantas está ameaçada de extinção e 80% da população mundial corre risco de ficar sem água potável. A questão mais irônica nessas notícias é que o responsável por todas as desgraças e calamidades, e também por qualquer forma de restauração e redenção, é sempre o mesmo. Adivinhe de quem estamos falando? Não! Não é Deus!Sabedores da pouca autocrítica nativa do ser humano,

inicialmente as ONGs e, agora, as empresas estão tentando estabelecer uma consciência primordial: a de que somos todos responsáveis! No Brasil, esse assunto ainda é tão ignorado que até lixo andaram despejando aqui, vindo de navio, dentro de contêineres. Nesse caso, todo mundo ficou indignado, mas a maioria ainda continua ignorando suas responsabilidades individuais dentro de sua própria casa.Há pouco mais de um ano, a Diebold Brasil criou seu Comitê Socioambiental para estabelecer diretrizes e ações concretas de responsabilidade social. O grande trabalho, agora já se sabe, é “trazer à consciência”. Dirigido por David

Melo, gerente de Marketing da companhia, a tarefa árdua do Comitê não foi implantar a coleta seletiva ou preparar uma corrida e caminhada comemorativa, mas quebrar paradigmas. “É fácil entender o que é responsabilidade social. Olhe ao redor! O que tiver para fazer, faça! Pegue um papel do chão, não se conforme com a mendicância, feche a torneira, recicle, use sacolas retornáveis, denuncie tráfico de animais e plantas. Há uma infinidade de pequenas ações. Dá para começar hoje!”, analisa o gerente.

Nessa jornada de mudança de cultura e de conscientização, a ação mais visível e com maior adesão dos colaboradores e parceiros é a Corrida e Caminhada Socioambiental que a companhia realiza há dois anos. “Juntamente ao Comitê, nasceu a ideia de realizarmos uma Corrida e Caminhada Socioambiental como par te do Programa Ação pelo Amanhã. O objetivo principal, além de desper tar uma consciência socioambiental em nossos colaboradores, clientes e familiares, é estimular a prática de espor tes para uma vida mais saudável”, afirma Melo.

“É fácil entender o que é responsabilidade social. Olhe ao redor! O que tiver para fazer, faça!

Arnaldo Pereira

Socioambiental

Mente sã...A Corrida e Caminhada promovida pela Diebold Brasil também tem um cunho social. “A corporação nos pediu uma ação ambiental e a Diebold Brasil expandiu isso para uma ação social dupla. Nós acreditamos veementemente que funcionários saudáveis trabalham melhor”, informa o gerente. O valor arrecadado com as taxas de inscrições é sempre doado para uma entidade beneficente localizada nos arredores da empresa. Nesse ano, o valor foi direcionado para o projeto Nossa Turma, que atende crianças carentes que vivem ao redor do Ceasa, São Paulo. Melo explica que a decisão de apoiar esse projeto foi tomada através da observação do trabalho realizado com as crianças. “Acreditamos que investir na educação das crianças é a coisa cer ta a se fazer. A proximidade física com a empresa também foi impor tante, pois queremos começar a mudar e a investir na região da cidade onde estamos e, acredite, só ali os problemas sociais já são bem grandes”, comenta.

Corrida conscienteA segunda Corrida e Caminhada Socioambiental contou com a participação conjunta da Equipe Diebold de Corrida. Formada há sete anos, já possui cerca de 70 participantes. Trata-se

de um caso de sucesso em relação às iniciativas corporativas por uma vida mais saudável e de responsabilidade social. Os colaboradores uniram o desejo de praticar alguma atividade física com a consciência social e formataram um programa eficiente nos dois sentidos.

Enquanto a Diebold patrocina a assessoria esportiva para o treinamento do grupo, cada um dos participantes doa mensalmente cestas básicas e fraldas descartáveis. Assim, entre janeiro e agosto de 2010, foram arrecadadas mais de 3 toneladas de alimentos e 3 mil fraldas, que são distribuídas mensalmente para três entidades, entre elas, o Serviço de Atendimento Especializado em DST/Aids.

A equipe também vem conquistando posições cada vez mais importantes nos circuitos de corrida, como o Corpore e o Circuito das Praias. Neste, na prova de revezamento Bertioga-Maresias, o grupo ficou em segundo lugar na formação mista e na equipe feminina.

“Acreditamos que investir na educação das crianças é a coisa certa a se fazer.

Suando a camisa – Ação do Comitê Socioambiental da

Diebold reuniu cerca de 200 pessoas na Universidade de

São Paulo e destacou a importância das atividades físicas

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Evento acontece, simultaneamente,em Manaus Com largada no estacionamento do Bosque da Ciência – INPA (Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia), em Manaus (AM), no dia 16 de outubro, a 2a Caminhada Socioambiental Diebold, que reuniu colaboradores das unidades fabris da companhia, passou por importantes pontos turísticos do Bosque, como o Peixe-boi, o Parque da Ariranha, a Casa do Índio, o Museu e acabou no Lago do Jacaré. Aproximadamente 250 pessoas participaram do evento e o destaque ficou por conta do resultado: foram arrecadados, além de alimentos, R$ 4.480,00 com inscrições, que serão doados para o Lar Batista Janell Doyle, entidade que atende crianças de 0 a 12 anos para adoção.

Além de um dia de atividades físicas e de convívio na comunidade Diebold, os colaboradores (efetivos e terceiros) inscritos receberam camiseta e brindes – uma toalha Diebold, uma eco-bag e um lanche natural bem saudável. Ao final do percurso, os esportistas se refrescaram com um picolé.

Arn

aldo P

ere

ira

O Programa Ação pelo Amanhã, que engloba todas as diversas

iniciativas ligadas ao terceiro setor da Diebold Brasil, está

fi rmado em três pilares: social, ambiental e bem-estar dos

colaboradores. As ações sociais benefi ciam a sociedade como

um todo e combatem as práticas que representem risco a

um grupo social. As práticas de responsabilidade ambiental

procuram desenvolver produtos de forma consciente e que não

prejudiquem o meio ambiente, trazendo para a empresa a visão

da sustentabilidade. No caso do bem-estar dos funcionários,

além do incentivo à prática de esportes, a Diebold preocupa-se

em estimular e informar aos colaboradores sobre programas

importantes, como a transformação de óleo de cozinha em

biodiesel, a reciclagem, a redução da emissão de carbono etc.

Ace

rvo D

iebold

“O CANAL DE AUTOATENDIMENTO NO BRADESCO JÁ FEZ 40 ANOS!”O Bradesco construiu uma história surpreendente no País e, hoje, está presente em

todos os 5.565 municípios brasileiros. São mais de 45 mil pontos de atendimento,

disponibilizados aos 22,5 milhões de correntistas. Tem, inclusive, a inusitada agência

fl uvial do Amazonas, um barco que percorre cerca 1.600 quilômetros por rios atendendo

uma infi nidade de comunidades ribeirinhas. Instalou agências também na Rocinha

(RJ) e Heliópolis (SP), provando seu vínculo e comprometimento com a população.

Laércio Albino Cezar,

Vice-Presidente Executivo e CIO do Bradesco

DBM: Qual o canal de atendimento que

mais cresce no Bradesco? É também o

Internet Banking?

A internet vem sendo cada vez mais utilizada pelos clientes. Este serviço cresce cerca de 20% ao ano, mas o autoatendimento ainda é o canal mais ativo, com maior demanda. O Bradesco Dia e Noite (BDN) realiza hoje cerca de 8 milhões de transações/dia em suas 32 mil máquinas, incluindo todo tipo de serviço, como aplicações, investimentos, saques, consultas, depósito etc. Aliás, o autoatendimento é um canal maduro. No Bradesco, nasceu em 1981, quando foi instalada a primeira ATM do banco, sucessora da máquina SOS, de 1970.

Nas duas situações, o banco foi pioneiro. Nos antecipamos ao mercado. O nosso autoatendimento, portanto, já tem 40 anos; então é natural que tenha hoje uma maior demanda. Já o internet banking é de 1996, que também lançamos, na época, em caráter pioneiro aqui no Brasil, sendo o quinto banco no mundo a oferecer serviços nesse canal para seus clientes. Estamos falando de apenas 14 anos de utilização, o que explica o menor volume de transações em relação ao autoatendimento, cuja utilização vem se estabilizando na marca de 8 milhões por dia, com oscilações para cima ou para baixo, enquanto o Internet Banking cresce de forma bem mais acelerada.

DBM: E quanto ao número de transações

desse canal?

Hoje alcançamos em torno de 2,8 milhões de transações/dia no internet banking. Além disso, através do internet banking é possível fazer transações em lote, ou seja, o cliente ou a empresa pode, por exemplo, transmitir um arquivo que em uma única transação transfere mil, três mil, cinco mil ou mais títulos para registro, simultaneamente. Considerando esse tipo de transação em lote, chegamos a quantias muito maiores, alcançando no dia números até superiores aos do autoatendimento, mas o transacional efetivo é de 2,8 milhões.

Entrevista

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Arn

aldo P

erei

ra

“Quando Ali Babá diz: ‘Abre-te Sésamo!’,

está usando um recurso biométrico”

Conforme falei anteriormente, as máquinas de autoatendimento têm 40 anos de história e o internet banking, 14 anos. No caso do mobile banking, nós lançamos em 1998 um modelo com reduzido cardápio de serviços e bem incipiente para a época. Depois, em 2000, lançamos outro modelo com tecnologia WAP e, de lá para cá, estamos sempre fazendo novas incursões por esse canal.

Mas, em relação à internet e ao autoatendimento, o celular ainda é um canal muito jovem. E como todo canal novo, leva certo tempo para amadurecer. Nós temos hoje um “Bradesco Celular” muito completo, com grande variedade de transações disponíveis para nossos clientes. Mas sua utilização ainda é modesta se comparada aos demais canais de atendimento.

Além de novo, também existem algumas outras razões para que o celular, como canal de atendimento, não tenha evoluído satisfatoriamente. O primeiro aspecto ainda é a confiança na sua segurança. Embora os celulares tenham hoje recursos de segurança de última geração, percebemos que há ainda alguma resistência na sua utilização como canal transacional.

Outro aspecto é a questão tecnológica. Existe uma variedade muito grande de tecnologias disponíveis. Isto também dificulta que os aplicativos alcancem os aparelhos indistintamente. Por essa razão é que o celular ainda não decolou completamente. Precisaríamos ter, de um lado, tecnologia mais padronizada e segurança absolutamente

DBM: Apesar dessa evolução de volume

de atendimento dos canais eletrônicos,

há a presença nas comunidades. Qual

é a visão do Bradesco em relação

ao atendimento eletrônico versus o

atendimento físico?

Estar presente em comunidades, como a Rocinha (RJ) ou Heliópolis (SP), demonstra efetivamente que a presença física é muito importante para o banco, principalmente para o Bradesco, que teve sua origem no varejo. As agências e os postos de atendimento são pontos importantes para que as pessoas possam interagir com o banco, abrir suas contas, tomar crédito e fazer negócios. É ali que conseguimos fortalecer uma relação de longo prazo com nossos clientes. É claro que a maior parte das operações bancárias pode ser feita nos canais alternativos, o que é bom e econômico, mas a representação através de um ponto físico ainda é fundamental. Exemplo disso é a curva ascendente da presença física dos bancos. Todo ano, centenas de agências bancárias são inauguradas e, se considerarmos os últimos anos, vamos constatar um crescimento substancial de novas unidades em todo o Brasil. Nós, por exemplo, abrimos, só no ano passado, 178 agências. Neste ano, o nosso projeto é da ordem de 175 inaugurações. O sistema financeiro segue essa rota.

DBM: E isso tem a ver com a

bancarização da população brasileira...

Sim, claro, e também com a estabilidade econômica. Estamos com uma economia bem fundamentada, o que quer dizer que a renda do brasileiro está crescendo e as classes menos favorecidas estão ascendendo socialmente. Tudo isso, certamente, faz com que novos usuários ingressem no sistema financeiro e apostem nos seus serviços. Aí tem espaço não só para a agência física, como também para os canais de autoatendimento. Nós estamos crescendo nesse segmento e abrindo novos pontos continuamente.

DBM: E em relação ao banco pelo

celular? Quando isso deve decolar?

acreditada pelos usuários; de outro lado, ter algo fundamental no uso de qualquer dispositivo, que é a usabilidade.

O celular, em comparação com outros canais, apresenta ainda, para muitos, dificuldade em sua usabilidade, sendo os jovens hoje o público de maior aderência. Então, ainda temos um grande desafio pela frente para consolidar o uso desse dispositivo. Acreditamos que, em alguns anos, ele estará tão consolidado quanto os demais canais de autoatendimento e será, na minha visão, mais uma excepcional alternativa de atendimento ao cliente. Vejo, portanto, espaço para mais essa opção, sem prejuízo dos demais canais em uso.

DBM: Outro assunto sem nenhuma

padronização é a biometria. Os

bancos estão caminhando para

uma padronização?

Na verdade, a biometria não é nova, mas uma forma de identificação bastante antiga. Se você observar bem a fábula Ali Babá e os 40 ladrões, quando ele dizia “Abre-te Sésamo!” e a montanha se abria (risos), estava usando um recurso biométrico, o reconhecimento da voz.

O Bradesco, desde 1970, estuda a biometria. Desde aquela época já prevíamos que a assinatura ou qualquer outra forma de identificação seria substituída por outras ainda mais seguras.

A assinatura pode, eventualmente, ser copiada e, às vezes, com muita perfeição. A senha eletrônica pode também, eventualmente, ser obtida por meio de filmagem ou de outros dispositivos de captura. Daí a nossa busca incessante por uma tecnologia que atuasse contra essas possibilidades. Olhamos, nessas últimas décadas, a impressão digital, a leitura de íris, o reconhecimento da voz , o contorno da face, entre outras. Enfim, analisamos inúmeras alternativas e, todas estas que eu citei, por uma razão ou outra, foram descartadas. As pessoas podem ter modificações na voz em função de uma gripe, por exemplo, e isso dificultaria

“Já em 1945, dois anos depois de sua fundação, o Bradesco, sentindo as necessidades do mercado, abriu as portas para o recebimento de contas de consumo, como água, luz etc., que hoje são serviços oferecidos por todos os bancos.”

Entrevista

DIEBOLD Brasil Magazine

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o reconhecimento. A face também sofre modificações com o passar dos anos. A impressão digital também pode ser copiada. Além disso, o reconhecimento da digital nem sempre é bem-sucedido. Quem já passou pela experiência de utilizá-lo em aeroportos, academias e condomínios, sabe que falhas de leituras acontecem com frequência. Qualquer alteração na pele do dedo também pode provocar a não leitura, além do aspecto de higiene, pela frequência de toques por pessoas diferentes, em um mesmo dispositivo. É ineficiente do ponto de vista de segurança e, no banco, não se pode deixar o cliente “na mão”. Não podemos adotar recursos que não oferecem a qualificação de segurança e a assertividade de uso. No caso da íris, houve rejeição por se tratar de método de identificação intrusivo.

Mas, há quatro anos, surgiu a oportunidade de usar a leitura das veias da palma da mão. Um banco japonês estava utilizando essa tecnologia e, então, mandamos nossas equipes técnicas ao Japão para avaliar. De fato, descobrimos que estávamos diante de uma oportunidade que oferecia tudo o que buscávamos e que, até então, não tínhamos encontrado. Identificamos que o nível de acerto da leitura é muito alto. O nível de coincidências – falso positivo – é muito baixo. A probabilidade é de 8 para 10 milhões, ou seja, 0,00008% de chances de duas mãos serem iguais. De outro lado, o nível de probabilidade de uma pessoa não ser reconhecida pelo dispositivo – falso negativo – é de 1 para cada 10 mil tentativas, o que significa 0,01%. Então, a probabilidade de alguém estar, por exemplo, em um aeroporto, em um supermercado e não conseguir sacar o dinheiro, é mínima.

Outra característica importante do reconhecimento biométrico pelas veias da palma da mão é que, após os seis anos de idade, ela não muda mais. Essas são peculiaridades que nos moveram nessa direção. É por isso que optamos por esse tipo de biometria para substituir todas as formas de identificação que temos hoje. A própria senha deverá ceder lugar para a

biometria. Estamos nos preparando para isso e, brevemente, iremos oferecer a opção de uso da biometria como única identificação de senha para nossos clientes, em substituição aos demais mecanismos de identificação, seja a própria senha, cartões de segurança – tokens e tan codes – e outros mais.

DBM: Você acredita no fi m do dinheiro

de papel?

No curto prazo, não. Há ainda uma cultura muito forte e enraizada de seu uso. As pessoas, habitualmente, ao viajar, por exemplo, levam cartão de crédito e, geralmente, algum recurso em dinheiro na carteira. No longo prazo, é outra história: daqui 30, 40 ou mais anos, é possível que o dinheiro em papel desapareça por completo, mas tem de haver uma mudança nos hábitos e nos meios de pagamento.

DBM: Ainda dentro da automação

bancária, vamos falar sobre truncagem.

Você acredita que com essa defi nição

do Banco Central será possível, no curto

prazo, ter a automação do depósito?

Na verdade, não só por causa da truncagem, que é mais um elemento no aproveitamento da tecnologia de imagem, mas pela forte tendência da gestão de conteúdo (ECM – Enterprise Content Management). Temos que fazer um retrospecto, porque a imagem, para nós, começou em 1997, no Rio de Janeiro. Naquele ano, criamos um processo de filmagem dos cheques que transitavam naquela praça, tanto os que vinham da compensação quanto os recebidos nos caixas das agências. E, através disso, já naquela época, na cidade do Rio de Janeiro, o cliente podia acessar a imagem do cheque no internet banking.

Estamos, agora, avançando nisso. As tecnologias de imagem disponíveis na época não eram suficientemente maduras. O custo também era muito elevado e, por outro lado, tínhamos dificuldade de comunicação, ou seja, os meios de comunicação não permitiam um tráfego que suportasse grandes volumes de transações com imagens. Mas isso foi se resolvendo ao longo do tempo e, em 2006, adotamos, aqui no Bradesco, o processo de

digitalização de imagem de cheques para todo o País. Aquilo que fizemos em 1997 no Rio acabou, em 2007, tornando-se uma rotina. Todos os cheques passaram a ser filmados e disponibilizados em nosso internet banking de forma pioneira.

Para você ter uma ideia da representação desse serviço, hoje temos mais de um milhão de consultas/mês aos cheques emitidos. Há cliente que consulta o cheque para confirmar dados de seu interesse, como emissão, compensação; às vezes extrai cópias – o que também é possível – para o seu uso, eliminando a necessidade de ir até uma agência bancária para ter esse tipo de serviço.

Com o avanço da tecnologia de imagem, meios de comunicação mais robustos, mais fortes, propiciou-se que o sistema financeiro, seguindo as regras do Banco Central, aplicasse o processo de imagem na truncagem de cheques. Assim, em março do ano que vem, esse serviço deve entrar oficialmente no País. E o Bradesco já está, desde 2006, se preparando para isso. É claro que alguns novos investimentos foram necessários para fazer adaptações visando atender a novos requisitos do sistema. E não paramos por aí. Trabalhamos passo a passo: na esteira da primeira iniciativa, agora temos em andamento um grande projeto de Gestão Corporativa de Conteúdo. Esse projeto visa, não somente capturar e guardar as imagens de cheques, mas também armazenar qualquer documento de transação com o cliente, como contratos, fichas de contabilidade e outros documentos que irão permitir ganhos substanciais em agilidade e no uso intensivo da certificação digital. Isto está em curso no banco.

Então, depois da truncagem de cheque – para a qual já estamos prontos e que entrará em funcionamento em março de 2011 – continuaremos avançando no nosso projeto de captura, armazenamento e disponibilização de imagens. Documentos não mais transitarão. Aí entrarão máquinas, também de autoatendimento, preparadas para essa finalidade. Isso virá na esteira.

DBM: Atualmente, só se fala em

computação em nuvem, mas alguns

bancos já se manifestaram contrários

ou devem usá-la parcialmente. Qual

é a visão do Bradesco?

A nossa visão é que a computação em nuvem ainda está verde. É ainda “nebulosa” e há muitas dúvidas sobre sua real efetividade. Nós não temos, no momento, nenhuma intenção de usar esse recurso nas nossas atividades. Na verdade, consideramos a computação na nuvem uma tendência incipiente. Existem vários pontos que não estão devidamente claros para nós, por exemplo: como gerir a segurança de dados que estarão em lugar incerto? Como fazer a gestão disso? Como tratar dados vitais de clientes, como contas correntes, cartões e empréstimos em local onde não temos nenhum domínio? Há, naturalmente, dados e informações que precisam estar debaixo de nossos olhos. Essa questão não é confortável para nós, principalmente o que diz respeito aos aspectos de segurança. E, sem segurança, em dados vitais, não tem negócio. Esse é um assunto ainda absolutamente fora do nosso radar.

DBM: E quais são as iniciativas do Banco

com relação à TI verde?

Destacaria o nosso CTI, prédio que abriga os nossos computadores, que foi inaugurado em 2007. O prédio foi totalmente construído dentro das melhores práticas de TI verde, com tecnologias voltadas para a reutilização de água de chuva e condições de infraestrutura interna desenvolvidas para um melhor aproveitamento da refrigeração e da luz natural.

Um outro grande projeto contemplou a troca de estações de trabalho nas agências por tecnologias que consomem muito menos energia. O banco também reduziu de 27,5 mil para cerca de 13 mil as impressoras na rede de agências, diminuindo o consumo de toner. Todos os cartuchos utilizados em impressoras são remanufaturados. Compramos apenas 5% para contemplar os que realmente precisam ser trocados. Monitores de vídeo das estações de trabalho

foram substituídos por novos que consomem 30% menos energia. Trocamos mais de 10 mil roteadores de comunicação das agências por novos switches, com redução também de 30% no consumo de energia. Os resíduos tecnológicos dispensados por todas as áreas do banco são reciclados, respeitando procedimentos estabelecidos por entidades e autoridades especializadas no assunto. Nossas próprias máquinas de autoatendimento são fabricadas com recursos que restringem o uso de substâncias nocivas, como o chumbo e cádmio. Recentemente, inauguramos uma agência em São Paulo construída com materiais recicláveis, inclusive com o uso de iluminação natural. O verde predomina na agência.

DBM: E como você imagina uma agência

daqui dez anos?

É difícil imaginar, porque a tecnologia evolui tão rapidamente que aquilo que se fala hoje pode não ser verdade daqui a dez anos. Mas, olhando para frente, imaginamos o banco em qualquer lugar que o cliente esteja, atendendo todas as suas necessidades, dando a ele conforto e comodidade. É um caminho extraordinário que devemos trilhar nos próximos anos. Eu vejo, também, o banco tendo, nas suas agências físicas, uma mudança muito forte de comportamento. Agências voltadas mais para o relacionamento de negócios e aproveitamento de oportunidades. Vejo agências com máquinas muito mais inteligentes e interativas. Eu citei a solução em que o cheque é capturado, transmitido, compensado e contabilizado com o mínimo de intervenção humana e, às vezes, até sem. Nesse sentido, temos para o futuro grandes desafios. E, também, a web como um veículo que seria, talvez, o centro desse universo.

Vejo a necessidade de evoluirmos de um canal que fale para milhares de pessoas, sem distingui-las, para um que fale diretamente para cada uma delas, que aprenda a lidar com cada um individualmente, não substituindo profissionais, como os atendentes, os gerentes e os homens de negócios, mas que possa interpretar as

pessoas em seus anseios e necessidades.

Vejo, ainda, nas redes sociais uma oportunidade ímpar para o banco conhecer o que pensam e o que falam os clientes e não clientes, e tirar muito proveito disso.

DBM: O que a tecnologia ainda não fez

pelos correntistas?

Trabalhamos passo a passo, sempre pensando no que é importante e investigando com muito cuidado, assertividade e ousadia o que acontece no mundo em termos de tecnologia bancária. Temos equipes de técnicos voltadas para escutar, pesquisar, prospectar, saber o que se passa aqui e nos principais mercados do mundo, para nos mantermos na liderança tecnológica. E as provas estão aí. O banco tem marcado a sua trajetória por pioneirismo. Já em 1945, dois anos depois de sua fundação, o Bradesco, sentindo as necessidades do mercado, abriu as portas para o recebimento de contas de consumo, como água, luz etc., que hoje são serviços oferecidos por todos os bancos. Achamos tão óbvio, mas não era assim.

O pioneirismo vem sempre no sentido de apoiar a sociedade e oferecer o melhor para os clientes. Foram nossas equipes técnicas que identificaram a biometria e têm identificado centenas de oportunidades que são avaliadas pelo banco, algumas aproveitadas e outras não. Essas equipes, às vezes, até fazem pequenas invenções. Nós registramos nos últimos anos 20 patentes de produtos criadas dentro da casa. Uma delas, inclusive, é bem recente. É um sensor que, colocado na máquina de autoatendimento, permite identificar a presença de qualquer objeto superposto no terminal. Já temos 40% das máquinas de nosso parque com esse dispositivo. Quero dizer que estamos sempre correndo atrás para atender ao correntista em seus anseios por novos produtos e serviços. Ter a preocupação de manter profissionais dedicados nessa atividade de pesquisa e inovação atesta o nosso compromisso de prestar o melhor serviço para nossos clientes.

Entrevista

DIEBOLD Brasil Magazine

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Diebold pelo Mundo

AUTOMAÇÃO

AVANÇA NA

AMÉRICA LATINA

Presente em toda a região, a Diebold atua for temente na entrega de soluções

de automação bancária e eleitoral, desenvolvendo inovações sob medida para

as nações localizadas entre o Rio Grande (México) e a Patagônia (Argentina);

o Brasil, por seu tamanho e potencial, é considerado uma região independente

e serve como polo desenvolvedor para atender toda a região latino-americana

Terra fértil para tecnologia, a América Latina caminha a passos

largos para um novo cenário em termos de automação bancária.

Consciente das enormes oportunidades da região, a Diebold conta com um timeespecializado em cada país ; o objetivo é garantir a implementação de soluções para atender as demandas de cada geografi a. “Metaforicamente, enxergo a América Latina como se estivesse situada sobre uma

enorme jazida de ouro. Alguns países já estão explorando intensamente o seu potencial, ampliando seus mercados e volume de negócios, outros no entanto, necessitam de

soluções capazes de atingir seus mercado emergentes”, comenta Jarbas Cruz, consultor da Diebold. “Nosso papel é fornecer aos bancos,

corporações e governos a solução exata que lhes permita atingir os seus objetivos.”

Segundo Cruz, além do Brasil, a Diebold tem uma presença na região, atuando diretamente

em 17 países. “Estamos presentes do México à Patagônia, com mais

de 2.000 colaboradores, nas áreas de Serviços Profi ssionais, Vendas e Manutenção.

“Quando os clientes necessitam de projetos que saiam da

Segundo Cruz, a Diebold é uma presença forte em toda a

região, atuando em cerca de 30 países da América Latina.

“Estamos no Caribe, na América Central e na América do Sul.”

Mercado de ATMs na América Latina ainda deve

crescer bastante. México tem apenas 10% do

volume de caixas eletrônicos instalados no Brasil

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linha tradicional dos produtos globais, o time de engenheiros da Diebold Brasil é convidado a criar soluções ou produtos especiais”, detalha Cruz.

O carro-chefe da companhia em toda a região, em termos de automação bancária, é a família de ATMs Opteva e os sistemas de segurança eletrônica. A empresa destaca-se, também, por oferecer soluções avançadas para terminais de depósitos, pagamentos, consultas e de correspondentes bancários.”

Oportunidades no Peru

A economia peruana vem crescendo em um ritmo muito alto nos últimos quatro anos e grandes transformações estão ocorrendo no atendimento bancário, algumas inspiradas no modelo brasileiro: a instalação de grandes salas de autoatendimento e nas redes de correspondentes bancários.

Usando como referência nossos modelos, os bancos peruanos criaram seus próprios modelos de correspondentes bancários, otimizando o fl uxo fi nanceiro com soluções bastante criativas.

Região conta com 20 mil

terminais Diebold

Para Cruz, os 20 mil ATMs e terminais Diebold instalados em vários bancos da América Latina, fora o Brasil, comprovam sua liderança nesse setor. “Mais do que fornecer as ATMs, em grande parte desta rede nós também nos encarregamos de gerenciar esses equipamentos, abastecê-los, atualizar o seu software e garantir a segurança dos pontos de atendimento”, explica. Esse modelo de negócio opera, hoje, em países como Venezuela e Colômbia.

A Venezuela, por outro lado, é um dos locais com maior demanda por soluções de correspondentes bancários. “Recentemente, atendemos uma grande demanda de

terminais, que serão instalados em pequenos estabelecimentos comerciais, para que possam atuar como correspondentes bancários “

Microcrédito na Bolívia e ATMs

nas lojas Telmex no México

Grande conhecedor de toda a região, Cruz aponta algumas peculiaridades desses mercados. “Na Colômbia, chama a atenção o estágio avançado de soluções de automação de depósitos em dinheiro e cheques, eliminando-se o uso dos envelopes. O Equador, por outro lado, destaca-se pela extrema modernidade de suas agências bancárias, com algumas das soluções mais recentes do mercado global.”

Segundo o consultor da Diebold, a Bolívia é outro país com soluções criativas. “Eles contam com uma enorme rede de agentes de microcrédito e microbancos, voltada à população não bancarizada, atuando nos espaços não atendidos pelo sistema fi nanceiro tradicional.

O México é um mercado com enorme potencial. A gigante Telmex criou um modelo de autoatendimento em suas lojas, permitindo que grande parte das transações, antes atendidas apenas nos guichês de caixa, possa ser efetuada em ATMs. Este modelo vem sendo adotado no Equador, com bastante êxito, integrando as transações de arrecadação tradicionais com transações bancárias e até com a dispensa de cartões SIM em ATMs.

“O México tem, hoje, metade da população do Brasil; o número de ATMs desse mercado, no entanto, é cerca de 10% do que temos atualmente aqui . Esse é um sinal claro de que ainda há muito a fazer em relação ao crescimento do mercado fi nanceiro da região e à possibilidade de levar a toda população serviços bancários automatizados, seguros e de alto nível.”

Quando se é um especialista...Desempenho das novas urnas

nas eleições 2010 supera as expectativas

Diebold conquistou também

contrato de manutenção do TSE

O brasileiro já está bem acostumado com as eleições eletrônicas e craque em operar a urna. Mesmo em uma eleição como a do último dia 3 de outubro,

quando cada eleitor teve que digitar os números de seis candidatos para diferentes cargos públicos, o pleito transcorreu tranquilamente. A expectativa era por grandes fi las, o que não se confi rmou. Crédito para os brasileiros e para a máquina.

De acordo com balanço do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no 1º turno, apenas 0,54% das cerca de 450 mil urnas tiveram que ser substituídas por equipamentos de reserva e apenas seis tiveram que passar para o voto manual. No 2º turno, esse número caiu para 40%. No caso das seções em que o eleitor foi identifi cado através do sistema biométrico, 93,5% dos eleitores foram bem-sucedidos no reconhecimento das suas impressões digitais contra 6,5% que não foram identifi cados. Os motivos apontados pelo TSE para o não reconhecimento das digitais incluíram falta de treino dos mesários, falha no sistema e impressões digitais gastas.

De qualquer maneira, ainda que o sistema de votação eletrônica esteja consolidado no País, toda eleição é um momento importante para a tecnologia Diebold. Neste ano, por exemplo, com a fabricação de quase 200 mil novas urnas, 50% do parque foi renovado e a expectativa era alta. “Ganhamos essa licitação com um equipamento moderno e extremamente confi ável, mas o dia da eleição mexe muito com toda a companhia. É o momento da coroação do nosso trabalho”, diz Carlos Alberto Pádua, vice-presidente de Tecnologia da Diebold Brasil.

Apesar da responsabilidade e da expectativa, até que a Diebold Brasil poderia descansar sobre os louros, afi nal são 12 anos fabricando urnas eletrônicas. Assim, não tem como não ser

especialista. Também não dá para ser tão modesto, pois fabricar urnas neste País está longe de ser apenas uma consistente integração de componentes. Por aqui, tudo é continental, por isso estamos falando da arte de movimentar 35 milhões de componentes em 258 embarques aéreos e marítimos, além de organizar uma logística de entrega e distribuição em mais de 600 viagens. Foi assim que a Diebold fabricou 195 mil urnas eletrônicas para as eleições de 2010, de abril a setembro.

“Não é fácil fazer, mas a gente faz!”, simplifi ca Antônio Galvão que, como vice-presidente de Operações, coordenou o processo fabril e de suporte técnico às urnas. Por toda essa expertise e coragem, a Diebold acabou ampliando os trabalhos para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e passou a realizar, também, a manutenção das urnas eletrônicas de

23 unidades da federação. É que a empresa que venceu a licitação para a realização de serviços de manutenção não cumpriu as exigências do contrato e a Diebold, como segunda colocada na licitação, foi chamada para assumir o trabalho. O contrato envolve a manutenção de 245.564 urnas, modelos 2000, 2004 e 2006, durante 13 meses.

Para Osmar Pereira da Silva, gerente de Negócios da companhia para automação eleitoral, a retomada desse contrato de manutenção mostra que a tarefa é para poucos. “Sem sombra de dúvida, somos a empresa com a maior experiência em automação eleitoral. Conhecemos todas as fases do processo, desde o desenvolvimento e a logística até a distribuição. Nossas fi liais também ganharam muita experiência e estão preparadas para oferecer esse suporte técnico em todo o País. Todo o nosso desempenho, desde a licitação, passando pela entrega de todas as quase 200 mil urnas, até o fechamento das seções de votação, às 17 horas do dia 3 de outubro, provou que esse empreendimento é mesmo coisa para especialistas”, comemora.

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“De qualquer maneira, ainda

que o sistema de votação

eletrônica esteja consolidado

no País, toda eleição é um

momento importante para a

tecnologia Diebold.”

Serviços

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Especial

Arn

aldo P

erei

raNos últimos anos, a Diebold vem sendo desafi ada a fazer o que ninguém fez. E ainda por cima, em tempo recorde. Os projetos, sobretudo aqueles que

são lançados ao mercado de forma desafi adora através de um edital de licitação, têm sido marcados por exigências, como o desenvolvimento de protótipos complexos e em um curtíssimo prazo. Mas, apesar do grau de difi culdade, a velocidade e a pontualidade das equipes de engenharia da Diebold têm impressionado até mesmo a concorrência.

Mas como explicar o sucesso

na entrega de produtos inéditos?

Com uma equipe de 118 funcionários, entre as unidades de São Paulo/SP e Manaus/AM, e cerca de 75 projetos em andamento, o diretor da área de Engenharia de Hardware, Paulo Monteiro, acredita que a resposta está mais na fi losofi a de trabalho do que no modo como ele é feito. “A Diebold tem uma cultura voltada para gerar soluções inovadoras”, comenta. Pedro Kazuo, diretor da área de Produtos, complementa explicando que todos os projetos passam por um processo bastante dedicado de entender o problema do cliente e tentar criar a solução adequada. “A área de Produtos vai até o cliente e discute, em conjunto, a melhor solução. Nossa integração com a engenharia também ajuda a analisar mais rapidamente o problema e desenvolver a solução”, afi rma.

Simplificação das etapas

de desenvolvimento

Uma das principais características da empresa é a tomada rápida de decisões que envolvem investimentos e direcionamento estratégico do projeto. “Isso é possível porque as pessoas responsáveis têm uma visão muito nítida da empresa”, afi rma Monteiro. “Como ponto de partida, ter experiência na área é bom, mas o essencial é ter uma ótima visão do cliente, do mercado e dos concorrentes. A questão é enxergar o cenário e pensar como aquele produto pode chegar mais competitivo ao mercado”, explica.

Monteiro conta que o processo de desenvolvimento de projetos na Diebold Brasil foi bastante simplifi cado. “As pessoas envolvidas não têm como objetivo apenas cumprir

as tarefas de uma cadeia de atividades. Elas estão focadas em atingir os resultados esperados para um determinado negócio”, argumenta. Para tentar explicar o segredo do time de engenharia, o diretor invoca Henry Ford. “O famoso engenheiro e fundador da Ford, certa vez, fez uma pergunta a dois dos seus funcionários: ‘O que vocês estão fazendo aqui?’ O primeiro respondeu: ‘Estou apertando um parafuso. Não tenho certeza se esse procedimento está certo, mas foi o que me mandaram fazer’. Então, Henry repetiu a pergunta ao outro, a que ele respondeu: ‘Estou fazendo um carro!’.” Para Monteiro, na Diebold, as pessoas exercem suas atividades sabendo claramente que suas ações afetam o resultado fi nal. “Focamos mais na inteligência, na capacidade, na autonomia e na competência do que no engessamento dos processos”, afi rma. Outra característica importante comentada pelo diretor é que todas as decisões em sua área são compartilhadas de forma dinâmica, minimizando os riscos individuais. “Não gastamos tempo justifi cando os erros, usamos a nossa energia para fazer certo”, afi rma.

Em um projeto, várias etapas, normalmente, deveriam seguir de forma sequencial para garantir que a seguinte seja iniciada após a aprovação da anterior. No caso da área de Engenharia de Hardware da Diebold, muitas dessas etapas são feitas paralelamente para redução de tempo. “Conscientemente, assumimos certo risco de até perder tempo ou algum recurso, mas essa iniciativa tem se mostrado efi ciente, uma vez que o nosso histórico demonstra que a taxa de acertos é bem maior”, fi naliza.

“Estamos fazendo carros!”O segredo da inovadora engenharia de hardware da Diebold está em simplifi car as etapas

de desenvolvimento, compartilhar decisões e assumir riscos trabalhando com pessoas

competentes que não têm medo de ousar

Quem cuida da sua carreira?

Elza Veloso*

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No Brasil, por muito tempo, ter carteira de trabalho assinada por longo período era a prova de que o dono daquele documento era trabalhador. A fidelidade significava muito para profissionais e empresas que, por sua vez, procuravam manter quadros funcionais estáveis, recompensar a permanência e oferecer progressões de carreira a seus empregados. Mas será que essa realidade ainda persiste?

A partir dos anos 90, a exemplo do que acontecia no resto do mundo, houve o acirramento da concorrência em vários setores da economia. Empresas, obrigadas a reduzir custos, não suportavam mais quadros funcionais muito inchados. Foi a época da reengenharia, do downsizing, da terceirização e de outras medidas que visavam a sobrevivência da empresa no mundo corporativo. Baixa qualificação educacional, a partir dessa época, criava dificuldades aos profissionais para se manterem no mercado de trabalho. A palavra empregabilidade ganhou força, diminuindo a responsabilidade das empresas em oferecer empregos de longo prazo. O trânsito de pessoas entre organizações passou a ser aceitável e até desejável.

Essas mudanças não significam que as empresas, atualmente, não têm responsabilidades sobre a carreira de seus empregados. Toda organização é importante parceira da escalada profissional das pessoas. Os trabalhadores, porém, devem cuidar pessoalmente da própria carreira, que deve ser tratada, hoje, como se fosse sua propriedade. Em outras palavras, é preciso investir na carreira para que o valor do profissional seja reconhecido pelo mercado. Esculpir sua vida

profissional, a partir de referências pessoais, passou a ser dever de cada trabalhador, fato que envolve, inclusive, sua família.

Para gerenciar a própria carreira, pessoas devem tomar atitudes, sempre condizentes com seus critérios de sucesso profissional. Porque: o que é trabalho interessante para alguns pode não ser compatível com as expectativas de outros. Portanto, decidir o nível de remuneração esperado, a jornada de trabalho, além do tipo de ambiente profissional em que se deseja atuar é decisão individual. Tais escolhas não dispensam o desenvolvimento de competências, válidas para cada momento do mercado de trabalho, que podem ser adquiridas tanto por educação formal, como pela vida em sociedade ou por meio da própria atuação profissional. É essencial também a atualização do profissional quanto às suas possibilidades de movimentação, tanto na empresa onde trabalha, quanto em outras empresas. Sem esquecer as expectativas sobre trabalhos independentes. Neste ponto, formação e manutenção de redes de relacionamento favorecem e apoiam a mobilidade profissional.

Reconhecer a importância do gerenciamento pessoal da carreira, incentivar seus trabalhadores a se planejarem, mesmo correndo riscos de perder bons profissionais, é hoje obrigação da empresa. A recompensa maior da organização que age desse modo é contar com um corpo funcional mais contributivo, com pessoas que, enquanto permanecerem como parceiras, serão capazes de agregar valor constante ao negócio.

*Elza Veloso é doutora em administração pela FEA-USP.

Atualmente é professora na pós-graduação da FIA e do

Mackenzie, além de ser coordenadora de pesquisas do

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Artigo

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