edicao 29 05 15

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www.tribunafeirense.com.br R$ 1 ANO XVI - Nº 2.535 FEIRA DE SANTANA, SEXTA-FEIRA 29 DE MAIO DE 2015 ATENDIMENTO (75)3225-7500 7 10 4 Presos controlam o presídio regional, segundo a polícia O delegado regional, João Uzzum e o comandante da Polícia Militar, Adelmário Xavier, concordam: os presos dominam o presídio, tudo entra com facilidade e há muitas falhas de segurança no lugar onde nove homens foram mortos esta semana, um deles decapitado. Luiz Tito A rebelião iniciada no domingo se prolongou até a manhã do dia seguinte, mas não houve tentativa de fuga Vladimir Aras vê estrutura insuficiente para o combate à corrupção 5 Sérgio Carneiro agora é ronaldista Fluminense a uma vitória da volta à elite No mesmo mês em que saiu do PT, o ex-deputado Sérgio Carneiro tornou-se mais um integrante do grupo político do prefeito José Ronaldo. Nomeado secretário, o novo aliado terá a missão de buscar recursos em tempo de crise. Segundo o prefeito, o ex-petista não tem interesse em ser candidato Se ganhar domingo, o tricolor volta à Primeira Divisão. A venda de ingressos e camisas está a todo vapor.

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jornal Tribuna Feirense, Feira de Santana, Bahia

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Page 1: Edicao 29 05 15

www.tribunafeirense.com.br R$ 1ANO XVI - Nº 2.535FeIRA de SANtANA, SeXtA-FeIRA 29 de MAIO de 2015

AteNdIMeNtO (75)3225-7500

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Presos controlam o presídio regional, segundo a polícia

O delegado regional, João Uzzum e o comandante da Polícia Militar, Adelmário Xavier, concordam: os presos dominam o presídio, tudo entra com facilidade e há muitas falhas de segurança no lugar onde nove homens foram mortos esta semana, um deles decapitado.

Luiz Tito

A rebelião iniciada no domingo se prolongou até a manhã do dia seguinte, mas não houve tentativa de fuga

Vladimir Aras vê estrutura insuficiente para o combate à corrupção 5Sérgio Carneiro agora é ronaldista

Fluminense a uma vitória da volta à elite

No mesmo mês em que saiu do PT, o ex-deputado Sérgio Carneiro tornou-se mais um integrante do grupo político do prefeito José Ronaldo. Nomeado secretário, o novo aliado terá a missão de buscar recursos em tempo de crise.

Segundo o prefeito, o ex-petista não tem interesse em ser candidato

Se ganhar domingo, o tricolor volta à Primeira Divisão. A venda de ingressos e camisas está a todo vapor.

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2 Feira de Santana, sexta-feira 29 de maio de 2015

LEIA E ASSINEO JORNAL

TRIBUNA FEIRENSE(75) 3225-7500

Adilson Simas

Feira OntemMe inclua fora, excelência

Clériston Andrade em campanha

O palanque de Roque

Ironia de precisão cirúrgica “Aliás, se Chomsky tivesse queda para o negócio,

passaria a exibir nos seus livros a frase promocional: “Um dos autores favoritos de Osama bin Laden”. Há direitos de autor que merecem ser respeitados.”

João Pereira Coutinho

ReformaO abate do distritão, fim das coligações e a cláusula

de barreira, ainda que meia boca, foram avanços desta reforma.

Financiamento públicoNa prática, através do fundo partidário e do horário

gratuito já financiamos boa parte da política. Portanto, o financiamento público de campanha é uma destas teses que vão bem ao coração, mas não à realidade. Por outro lado com o dinheiro entregue aos partidos os líderes irão escolher quem deve ser ajudado. É melhor que as doações privadas sejam legalizadas e que regras sejam estabelecidas. O que é preciso que seja transparente. O que cada um recebe deve ser exposto e o eleitor vota naquele candidato se quiser. O resto é querer fazer campanha com nosso dinheiro e cobrar das privadas para o próprio bolso.

@ O problema do PT é a overdose de discurso com a penúria da competência técnica

@ Não espere grandes sinais, o desamor se manifesta, na maioria das vezes, em pequenas renúncias silenciosas e desacontecimentos

@ Espero que a investigação sobre os ferry-boat comprados em um salão de beleza em Portugal pelo governo da Bahia não encalhe

@ Recusando a delação premiada os deputados e o tesoureiro transferidos para o presídio no Paraná correm o risco de descobrir a dilatação premiada

tuiter: cesaroliveira10

SigiloReveste-se de especial importância a decisão da

Primeira Turma do STF de obrigar o BNDES a entregar ao TCU os dados do financiamento de R$ 8 bilhões ao grupo Friboi. Independente de haver irregularidades, ou não, a grande vitória desde já é que a Justiça obrigou o governo a ser transparente com os recursos públicos. O STF recolocou as normas legais nos trilhos, afinal, já passou da hora de botar este contrato no espeto da claridade.

FBI1x0 Corruptos A única surpresa é ter demorado tanto. Poucos

ambientes, talvez o tráfico, é tão corrupto, sujo, e cheio de negociatas como o futebol. O esporte que encanta o torcedor e o ilude é o mesmo que desvia recursos e usa o estado para construir suas arenas superfaturadas e jogadas sujas. A queda de Marin, um ladrão de medalhas, sucessor do mais suspeito de todos os presidentes - Ricardo Teixeira - purifica o ambiente esportivo.

FBI 2xO Corruptos Evidente que o chefe maior da FIFA, Blatter, apesar

de apelar pra o mantra Lulista do “eu não sabia” não tem como ficar isento de responsabilidade. Seja por cumplicidade, seja por incompetência, não pode manter-se no cargo.

FBI 3X0 Corruptos Felizmente a Justiça americana está fazendo o que a

Justiça brasileira, de tão poucos Mouros, não conseguiu. Fosse aqui se apelaria para a idade do criminoso, alegação de doença, se acusaria a imprensa e ele iria para casa. E a gente ainda fala mal dos americanos.

FBI 4x0 CorruptosDisposto a encarar o jogo bruto, Romário partiu pra

área e conseguiu assinaturas para instalar a CPI da CBF. É outra partida da qual não se sabe quantos jogadores em campo vão sobrar, mas é uma necessidade inadiável.

FBI 5x0 CorruptosCom a revelação de que Teixeira, Marin e Del Nero

repartiram propinas, a permanência deste último como presidente da CBF torna-se insustentável. O respeito ao torcedor não pode ser chutado pra escanteio.

Fim da reeleiçãoEmbora seja partidário da reeleição, sem direito a

novo mandato executivo após os oito anos, reconheço que com nossas frágeis instituições, ela foi ruim. Não é a raiz de todo mal, mas é um elemento dos mais nocivos e que fez um sorbônico mal ao país! Deve-se sua existência à vaidade e ambição de FHC - bom não esquecer - que sempre foi acusado de comprar a emenda com deputados adquiridos no shopping parlamentar por R$300 mil. Valeu, Eduardo Cunha, que Deus me perdoe.

Crise e ApatiaTodos os movimentos de rua regrediram. Nem o caos

econômico, com o desemprego, foi capaz de manter o cidadão nas ruas, defendendo seu dinheiro. Fala sempre mais alto o conformismo silencioso. O brasileiro, exceto se houver anúncio do apocalipse – e na última hora -, não consegue manter uma mobilização contínua. No máximo, reagimos ocasionalmente. Falta-nos a noção de participação construtiva, a consciência de que os governos são os responsáveis e que temos o direito de cobrar. Que não somos cidadãos pra ficar chamando político de excelência enquanto ele age de forma incompetente. Acordem, não estamos deitados em berço esplêndido.

AglutinadorNão se pode negar a habilidade política de Ronaldo.

Atraiu Tourinho, herdeiro do grupo Falcão; atraiu Colbert Filho, herdeiro do grupo colberzista; agora, atrai Sérgio Carneiro, um dos herdeiros de João Durval. Seja qual for que sobreviva, todos vão passar por seu aval.

Seu Jorge, morador de Los Angeles, sem querer se envolver

“Favela não é lugar para ninguém. Favela não é legal. Não tem segurança, não tem saneamento, não tem hospital, não tem porra nenhuma. Favela só sofre preconceito. Eu quis sair mesmo. Eu não quis ficar enterrado na favela. Nasci lá, mas não quis ficar enterrado lá. Favela não é meu mundo, meu tudo, porra nenhuma. A favela é o abandono que o governo deixou pra gente. E hoje eu não quero tocar na favela para não me envolver com tudo que está errado lá dentro.”

Expiação em causa própriaNo Brasil, o melhor branco só consegue ser um bom

sinhozinho Eliane Brum, no El Pais

Pra não dizer que não falei das flores

O exímio piloto do avião de Luciano Huck, que caiuO desempenho do Fluminense de Feira, na era

GerinaldoA queda no preço das passagens aéreasAs pavimentações contínuas de ruas, pela prefeitura

Ninguém tinha mais dúvidas que as eleições municipais de 1980 seriam adiadas para 1982, quando aconteceria a coincidência dos mandatos e a volta das disputas para governador. Mesmo assim o vereador Zé Pinto na sessão de quarta-feira, 7 de junho de 1979, foi à tribuna para falar da eleição que não ocorreria no ano seguinte.

Braços abertos, exaltou a Arena por ter “grandes nomes” para o embate eleitoral e começou a enumerá-los: José da Costa Falcão, Cícero Freitas de

Carvalho, Jonathas Teles de Carvalho, Antonio Navarro Silva, Adessil Guimarães e outros. Ao ouvir a citação do seu nome, o vereador Adessil Guimarães sem apartear o orador correligionário, pediu em voz alta:

- Excelência, me deixa fora desse tiro no escuro...

Já em campanha para o governo da Bahia pelo PDS, no domingo 12 de julho de 1982, Clériston Andrade, presidente do Baneb, veio a esta cidade inaugurar um posto do banco no Detran.

Clériston disputava com Mário Kertesz a indicação dos convencionais, e aqui foi recebido pelo deputado Augusto Matias, vereadores Roberto Pitombo e Dival Machado, o presidente do partido, Antônio Navarro, além de Cícero Carvalho, Ângelo Mário Silva e outras lideranças.

Inaugurado o posto do banco, o candidato cumpriu intensa agenda não oficial. Quando

os repórteres, no dia seguinte, procuraram saber quais foram os outros compromissos na cidade, um membro da equipe, nascido em Feira, disse, pedindo off:

- Houve reunião política na residência de Pipiu Bahia e comes e bebes na de Manuel (Filhinho) Nascimento, no Sobradinho

Os emedebistas estavam rachados para as eleições proporcionais de 1978, inclusive com a possibilidade de serem criados dois palanques para o partido. Entrevistado pelo jornal Feira Hoje de domingo, 6 de agosto de 1978, Roque Aras, que era o presidente regional do MDB, ao ser entrevistado desconversou quando abordado sobre o racha municipal.

Mas à Lei Falcão, que permitia apenas a foto, o nome e a legenda na propaganda em rádio e televisão, Aras fez duras críticas. Terminou dando sugestão aos candidatos

de todos os partidos: - Com essa “Lei

Falcão” acho que cada candidato deveria sair com uma caixa de querosene e sobre ela falar para o povo por aí afora...

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Feira de Santana, sexta-feira 29 de maio de 2015 3

Glauco Wanderley [email protected]

ASSIM

FA

LOU

CÍNtIA MACHAdO, corregedora da Câmara

Ninguém respeita a Corregedoria. E por isso fica aqui se degladiando, inventando mentiras, não respeita o colega. Por isso que eu também sofri um problema aqui nessa Casa e nem vou entrar na Corregedoria, vou logo pra justiça comum, porque lá eu sei que terá efeito”.A vereadora diz que faz o que pode, mas para a Corregedoria funcionar, teria que mudar o regimento

Presidente da Câmara tratora líder do governoDurante votação

de projeto de sua autoria, que obriga a avisar ostensivamente potenciais motoristas infratores da existência de radar, o presidente da Câmara, Ronny, humilhou politicamente o líder do governo, José Carneiro.

Não se sabe se por iniciativa própria ou orientação do governo, José Carneiro não queria a aprovação do projeto. Alegou que era inconstitucional por criar despesa.

Ronny, que apresentou o projeto em 2014, tinha pressa. Conseguiu segunda-feira que a comissão de Constituição e Justiça, por meio de Isaías de Digo, desse um parecer verbal para o projeto entrar em votação.

Na terça, Zé Carneiro conseguiu oito vereadores

para apresentar uma emenda de maneira que a votação seria adiada. Mas a emenda não foi considerada. Primeiro Pablo Roberto pediu para retirar a assinatura. Carneiro insistiu: “Ainda tem sete”, esticando a folha de papel com a emenda em direção à Mesa. Mas Cíntia Machado e Eli Ribeiro também retiraram e com menos de sete adesões a emenda não pode tramitar.

O líder do governo se indignou e perdeu a calma. Disse que Ronny ameaçou os colegas que desistiram, o que o presidente negou, invocando o testemunho dos três. Ronny também pediu o registro em ata das palavras do líder e que a corregedoria ficasse atenta, ao que Zé Carneiro disse não dar a mínima, porque “coisas piores aconteceram e

a corregedoria nao fez foi [pausa para engolir o palavrão e encontrar outro termo] ... bulhufas (Mais tarde Cíntia confirmou que a Corregedoria - que está sob o comando dela - não serve para nada se não houver mudança no regimento e que ela mesma, que se sentiu ofendida na semana anterior pela colega Eremita, ia recorrer à justiça comum).

Depois de ter menosprezado a função de Cíntia, Zé Carneiro soltou os cachorros em cima de Isaías de Diogo, chamando-o de puxa-saco, por ter dado parecer verbal na véspera.

Completou dizendo a Ronny que não tinha medo de ameaça. Os dois ensaiaram um bate-boca mais intenso, de maneira que Carlito do Peixe e Marcos Lima intervieram

para acalmar os ânimos.Ao discursar em

defesa do projeto, Ronny acabou batendo no governo, chamando os radares de máquinas de multa e dizendo que os vereadores só servem para o Executivo para aprovar aumento de imposto. “O resto tudo é inconstitucional. Não pode. E tudo que pode é contra o povo”. E deu exemplos: “TIP, aumento de energia, aumento de IPTU, temos que aprovar. Aí nada é inconstitucional”.

Durante a votação, na qual só Zé Carneiro ficou contra o projeto, Ronny gargalhava triunfante na tribuna e debochava tanto da derrota quanto do nervosismo do oponente.

Se continuar assim, o líder não aguenta o cargo ou perde a condição de comandar os governistas.

Sem noçãoO engraçado é como os vereadores - inclusive o líder

do governo que ficou contra o projeto apenas porque criava despesa - falam como se fosse a coisa mais natural e correta do mundo que o motorista seja avisado, com alarde, de que ali naquele trecho não pode infringir a lei, para não ser multado.

Fica implícito que onde não houver radar, é pisar fundo (se os buracos e quebra-molas deixassem).

Aí fica difícilQuando chove e alaga tudo, a prefeitura lança matérias

dizendo que o descarte irregular de lixo é que entope bueiros. Mas quando estamos na estiagem, não há fiscalização nem punição a quem suja, nem campanhas educativas.

Tráfico não é problemade polícia também?

Há anos a polícia adotou um discurso que, nas entrelinhas, insinua que os muitos homicídios que ocorrem em Feira de Santana não importam tanto, porque as vítimas são pessoas envolvidas com drogas: viciados, devedores, concorrentes.

E o crime aumenta. E os traficantes se fortalecem. E o presídio explode em rebelião com nove mortos. E os agentes penitenciários dizem que uma fuga em massa pode ocorrer.

Mas é só o tráfico.

João, prefeito de Feira?

A coluna política Satélite, do jornal Correio, provocou sustos no último sábado, ao noticiar que o ex-prefeito de Salvador, João Henrique, articulava regresso ao PDT, para ser candidato a prefeito de Feira de Santana. Acredita ele que a rejeição a seu nome na cidade não é como na capital.

Só que a rejeição ao seu nome já começa pelo PDT, pois no dia seguinte o mesmo jornal publicou veementes negativas do presidente do partido na Bahia, Félix Mendonça Júnior, lembrando que nunca foi digerida a troca do PDT pelo PMDB em 2007, quando João Henrique resolveu se aliar a Geddel e ser candidato à reeleição em Salvador pelo PMDB.

Foi nomeada em decreto publicado no jornal Folha do Estado de sábado (23), uma comissão especial de acompanhamento e fiscalização das obras do BRT.

A prefeitura ainda não anunciou quando pretende dar início às obras, mas desde abril ficou definido que será executada pela empresa Via Engenharia, que venceu a licitação. Os recursos apresentados no dia da licitação em março, pela outra concorrente, a Terrabrás, foram rejeitados pela Procuradoria municipal.

O grupo que o

prefeito José Ronaldo nomeou sábado é composto pelos servidores Alfredo Rego Neto, engenheiro (e presidente da comissão), Everaldo Cerqueira, arquiteto, Raimundo Lopes Pereira, arquiteto, José Marconi Paulo de Souza, engenheiro (que era secretário de Planejamento quando o projeto do BRT concorreu em carta consulta apresentada ao Ministério das Cidades durante o governo Tarcízio Pimenta) e Rosemary Cidade Almeida (o cargo exercido no município não foi especificado no decreto).

DEFENSORIAA Defensoria Pública

do Estado, que contestou diversos pontos da proposta de implantação do BRT e sugeriu o adiamento do projeto, ainda não apresentou conclusão sobre as respostas que recebeu da prefeitura, após um ofício de 28 páginas em que pediu esclarecimentos.

O defensor Fábio Aguiar disse ontem à Tribuna Feirense que o assunto está sob análise e que é provável que a Defensoria peça diligências de técnicos para esclarecer alguns aspectos. Não há prazo para conclusão destas análises.

Prefeitura cria comissãopara fiscalizar obra do BRT

troca de favoresQuando a

UTC vence a concorrência - sendo a única interessada - para colocar em funcionamento e gerenciar o aeroporto de Feira, não me parece que esteja recebendo um privilégio, como fez parecer matéria publicada na Folha de São Paulo, alicerçada no parentesco entre o diretor da Agerba, Eduardo Pessoa e o dono da UTC, aspirante a delator premiado Ricardo Pessoa (são primos).

Me parece que a UTC está é fazendo um favor aos amigos no governo do estado. Botou o aeroporto para funcionar, ainda que

com as dificuldades que são notórias. Dinheiro não está ganhando ali, é claro. Como a concessão dura 25 anos, quem sabe até lá poderá ganhar. Mas primeiro será preciso gastar R$ 50 milhões. Diz a própria matéria da Folha que já gastou R$ 8 milhões. Em um aeroporto que tem cinco voos por semana, vai demorar muito, muito, se der retorno.

Obviamente não somos inocentes de não imaginar que a empresa tem a expectativa de ganhar em outros negócios com o Estado o que eventualmente perder aqui.

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4 Feira de Santana, sexta-feira 29 de maio de 2015

GLAuCO WANDERLEy

O ex-deputado Sérgio Carneiro aderiu ontem (28) ao grupo político comandado por José Ronaldo e foi anunciado como secretário de Relações Interinstitucionais, cargo criado no governo Tarcízio para Nivaldo Vieira e que estava vago desde que o atual prefeito iniciou o governo, em 2013.

Ronaldo explicou que conta com o ex-petista para obter recursos, em função do conhecimento que ele possui, sobretudo em Brasília. “Quero usar dos seus conhecimentos e amizade extra Feira de Santana, no sentido de buscar, angariar, futucar, correr atrás ou na frente, para conseguir nos ajudar em alguns órgãos dos governos, com algumas instituições”, discursou o prefeito, ao recepcionar o novo aliado, a quem fez diversos elogios,

Senhor Glauco Wanderley,

Uso o direito de resposta para fazer considerações sobre o texto “Humberto escrito, falado e televisionado”, da edição da sexta-feira, dia 22 de maio, no jornal Tribuna Feirense. Texto, por sinal, carregado de um reprovável sentimento contido nos “sete pecados capitais”, a inveja - quinto pecado que estabelece “o desejo exagerado por posses, status, habilidades e tudo que outra pessoa tem e consegue”. “O invejoso ignora tudo o que é e possui para cobiçar o que é do próximo”, é sabido.

Defendo que eu não sou “falado”. Falam sobre mim porque me entrego incondicionalmente às coisas que dizem respeito a Feira de Santana, exercitando a prática política, e, dentro de instituições de grande valor para a sociedade. Tenho opiniões claras, contundentes e não me deixo quedar por qualquer tipo de poder. Isso incomoda!

No escrito, a intenção não foi informar ao leitor, mas, de forma perversa,

Sérgio Carneiro, ex-Pt, vira secretário de Relações Interinstitucionais de Ronaldo

retrocedendo à época em que Sérgio era presidente da Interurb, órgão estadual (quando o pai, João Durval era governador), até chegar às passagens do novo aliado pela Câmara Federal, onde sempre se destacou entre os melhores e mais influentes

parlamentares.Sérgio vem de uma

temporada de 15 anos no PT (mas sua carreira política foi iniciada no grupo de ACM, quando João Durval se elegeu governador da Bahia com o apoio do falecido cacique

baiano, em 1982). Ele afirma que foi convidado pelo prefeito quando deixou o PT no início do mês e justifica a mudança reclamando que “o lado em que eu estava me negou os espaços”. Sérgio garante que não queria sair, mas

considera que se ficasse, “morreria de inanição”, o que não deseja, pois pretende continuar na política.

Mesmo entrando no grupo ronaldista, Sérgio afirma que sua filiação partidária não está definida, pois depende do que ficar estabelecido pelo Congresso, que começou a votar esta semana as regras para a próxima eleição.

Em entrevistas ontem o prefeito disse que não há pressa na definição de um partido porque Sérgio disse a ele que não pretende ser candidato em 2016. O próprio Sérgio confirmou em seguida que não é uma preocupação imediata a escolha de um partido. Não confirmou que vá mesmo ficar de fora da disputa do ano que vem, mas descartou uma candidatura a prefeito. “É óbvio que não vou ser um traidor, um deselegante, um ingrato. Vou retribuir com o melhor do meu

trabalho, mas sobretudo me engajando para que ele possa renovar seu mandato”, prometeu.

Devolvendo os elogios recebidos, Sérgio avaliou que “neste momento, com a crise que o Brasil está passando, com o governo do estado quebrado, a prefeitura está em muito boas mãos, em mãos experientes, com um administrador já testado”.

Ele ressaltou que a ida para o grupo de Ronaldo não implica em mudar de ideias e que vai continuar defendendo e pregando aquilo que advoga há muito tempo, como o aproveitamento econômico do entorno do lado de Pedra do Cavalo. Segundo Sérgio, o fato de ele e o prefeito terem militando tanto tempo em campos diferentes pode levar um “acréscimo de ideias” ao governo municipal.

Humberto Cedraz responde nota da edição anteriorlevantar dúvidas sobre processos licitatórios, que são abertos a qualquer empresa que queira participar e, como no caso, participaram. Infelizmente, o veículo que o senhor faz parte e é um dos principais executivos sequer participou de qualquer deles. Talvez porque o senhor perdesse o seu tempo me colocando na sua mira, esquecendo de cuidar dos negócios da sua empresa.

Aliás, ainda nesse ano foi publicada, no seu jornal, uma matéria que dizia que o Folha do Estado foi o jornal que mais recebeu recursos de publicações da Prefeitura de Feira de Santana. Diferente do que manda o bom jornalismo, convenientemente não foi observado, para composição do texto, que o Folha tem seis edições semanais e os outros veículos congêneres da cidade, todos respeitáveis, têm apenas uma edição. Deveria ter dito, entretanto, que foi o Tribuna Feirense que recebeu o maior volume de recursos, por edição, na prática das publicações,

15% acima do segundo colocado, que foi o Folha do Norte e não o nosso.

A respeito do meu cargo na Câmara, afirmo que não tem qualquer influência sobre as licitações. O pregoeiro e os demais membros são servidores efetivos da Casa. A licitação foi realizada pelo Pregão Presencial, o qual permite que os competidores possam baixar o preço inicialmente ofertado após abertura do processo – foi o que aconteceu com a Rede Geral, empresa que dentre os donos não estou incluído.

A empresa não está apenas registrada em nome dos meus filhos, ela é deles, dos quais, inclusive, muito me orgulho. Ao fazer a “colagem”, como se fossem oportunistas, o senhor quis deixar transparecer que a empresa estava apenas em nome deles. Ao contrário, eles são e sempre foram os donos. A Rede Geral não é uma empresa constituída recentemente, ela existe há mais de sete anos.

Quando o senhor não coloca o nome dos proprietários, mas faz ligação familiar de forma imprópria, é porque,

possivelmente por ser um homem solitário e não ter relação com filhos, se é que os tem, não sabe os valores que são dados a eles pelos pais, que os criam como pessoas individuais, que tem CPF e RG próprios, para seguirem vidas próprias.

A boa informação manda - e o senhor deveria ter aprendido isso enquanto passou pela redação do nosso jornal - que o interesse está na notícia precisa. Na sua nota foi exposto o preço do certame vencedor, mas, com a má vontade de quem não quer informar bem, o senhor não elogiou o poder Legislativo Municipal, que economizou R$ 43 mil, por ano, com o novo contrato. Se acaso fosse mantido o contrato anterior, o valor pago teria um acréscimo de 6,41%. Ao contrário do senhor, o diretor principal do jornal, médico Cézar Oliveira, no bloco “para não dizer que não falei das flores” da sua coluna, pontua e elogia a capacidade do Poder Legislativo de economizar.

Sou um político “fraco de votos”, e nisso o senhor está certo, porque nunca os comprei. No entanto, com os poucos que tive, me

elegi vereador e deputado estadual. Embora nos períodos dos mandatos não fosse proibida a contratação de parentes, nunca contratei familiares meus para trabalharem nos gabinetes. Comecei a trabalhar desde os 13 anos de idade, sem

apadrinhamentos políticos, mas sempre alicerçado em amigos e colaboradores que me conhecem e sabem a minha história de luta para vencer na vida, com retidão.

Humberto Cedraz

NOtA dO edItOR Há diversos pontos da resposta de Humberto

Cedraz que eu poderia contestar, mas acredito que ao leitor seria aborrecido este detalhamento.

Me parece necessário esclarecer apenas que não tenho qualquer função na Tribuna Feirense além das que estão relacionadas ao jornalismo. E não há como reconhecer em Humberto Cedraz autoridade para dar lições de jornalismo (muito menos de, vamos chamar de ética familiar).

Restringindo-me ao jornalismo, chamo atenção para o fato de que a nota contestada contém informações, fatos que não há como (nem porque) negar. Aliás, qualquer leitura desapaixonada permitirá ver que – ao contrário da resposta desmedida – nada existiu na nota de ofensivo nem incorreto (basta consultar a edição anterior no papel ou fazer uma busca no site na internet). Ao contrário, afirma-se que não há ilegalidade.

O meu trabalho e o da Tribuna Feirense é dar informação. É claro que sempre nos deparamos com situações que muitos queriam que não fossem divulgadas e este é só mais um caso. Mas o jornalismo existe para informar.

Glauco Wanderley

A adesão teve ares de grande acontecimento político, com presença maciça da equipe de governo e da imprensa

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Feira de Santana, sexta-feira 29 de maio de 2015 5

Considerando o grau de corrupção que se percebe no país, que diferença todo esse processo da operação Lava Jato na Petrobras pode fazer?

Na verdade, eu prefiro verificar um processo histórico. Um processo histórico que se verifica com a redemocratização, com a liberdade de imprensa, com o fortalecimento do Ministério Público, com ampliação da consciência da sociedade quanto ao fenômeno da corrupção e da importância que há em eleger bons representantes. E aí vem a lei da ficha limpa, com a transparência do serviço público, com esses portais de transparência, com lei de responsabilidade fiscal. Ou seja, estamos diante de um grande processo histórico que na verdade não é só brasileiro, porque no contexto internacional também se ampliou a percepção de que é preciso combater e lutar contra a corrupção.

O caso Lava Jato tem esse diferencial por ser muito impactante, porque as cifras são vultosas e o número de pessoas envolvidas também é muito grande. Mas se insere num quadro evolutivo em que pouco a pouco a sociedade brasileira e a sociedade global vão fortalecendo suas estruturas para

Falta imprensa livre, falta juiz, falta estrutura contra corrupção nos pequenos municípios, diz Vladimir Aras

O Procurador da República Vladimir Aras chegou a Feira de Santana ainda como promotor no Ministério Público. Foi em meio aos turbulentos anos de Clailton Mascarenhas, vice-prefeito que assumiu o comando do município com a morte do titular José Falcão em 2007. O governo municipal foi alvo de diversas denúncias da promotoria, que quase levaram à perda do mandato. Mas Aras deixou a cidade sem ver os processos chegarem ao fim. Acabou virando um expert no tema da corrupção.

Já no Ministério Público Federal participou das investigações relacionadas ao Banestado (Banco do Estado do Paraná), quando trabalhava em Foz do Iguaçu e atualmente participa da força tarefa da operação Lava Jato.

O procurador falou ao editor da Tribuna Feirense, Glauco Wanderley, sobre o difícil trabalho de combate à corrupção.

prevenir ou reprimir esse tipo de conduta. Um processo histórico em que se reduz a tolerância a esse tipo de prática deletéria que lesa os cofres públicos e em último grau prejudica a todos nós, porque esse dinheiro poderia ter sido usado para escola, saúde, construção de rodovias e vai parar nas mãos e bolsos de criminosos corruptos.

Por que são denunciados poucos casos de corrupção em estados e municípios? Será que a honestidade é maior nestas esferas?

Não acho que seja muito diferente do que existe em outros segmentos do Estado brasileiro.Tendo sido promotor de justiça na Bahia durante quase dez anos, verifiquei que há muita corrupção nos municípios, mas ela é de pequena monta. Os municípios são muito pobres e quando não são pobres, ainda assim a corrupção é disseminada, em todo o país, mas não chega a números assustadores. O que não temos nas pequenas cidades e às vezes nas médias cidades do país, é uma imprensa livre, capaz de denunciar e por à luz esses fatos. E muitas vezes não temos

a estrutura adequada do Ministério Público ou do próprio Judiciário. Há muitas comarcas sem juiz, sem promotor e isso naturalmente prejudica a identificação dessas condutas e a punição delas.

Já que os órgãos de controle não alcançam os municípios, o que o cidadão, ou a sociedade, pode fazer?

Os órgãos de controle mais importantes do país são federais. Os estaduais ainda não conseguiram, pelo menos na maior parte do país, repetir os êxitos que por exemplo a Controladoria Geral da União tem tido (e o Tribunal de Contas da União, em alguns casos). É importante que nessa ausência ou deficiência de atenção em algumas localidades, ou inexistência de órgãos de controle em vários municípios, o Ministério Público seja buscado pela sociedade como principal parceiro da população para investigação de crimes e práticas corruptas. O Ministério Público dos Estados e o Federal.

Se a cultura nacional é de corrupção e os órgãos de controle não conseguem dar conta de cada unidade da federação, que esperança se pode ter?

Não vejo que a cultura nacional seja de corrupção. O fato é que já foi pior. Temos hoje uma consciência maior de que é preciso observar a lei e não permitir práticas corruptas, sejam as pequenas sejam as grandes. Há uma necessidade de coesão entre a sociedade e o Estado para que este tipo de conduta, especialmente aquelas que lesam os cofres públicos sejam reprimidas e evitadas.

As convenções internacionais que tratam do tema da corrupção sempre recomendam uma parceria entre o setor público e o privado, ou seja, entre a sociedade, empresas privadas, povo em geral e o Estado. De modo que haja uma coesão de esforços, para prevenir, reprimir, este mal da corrupção.

Quem quer encontrar casos de corrupção na esfera municipal e estadual deve seguir qual pista?

Sinais exteriores de riqueza são a melhor pista. Os corruptos em geral quando se apropriam de dinheiro público ou recebem dinheiro de criminosos para permitirem condutas ilícitas, acabam deixando sinais exteriores, que revelam que aquilo que eles ganham é inferior ao

patrimônio que têm. Por isso que é importante que tenhamos a criminalização do tipo penal de enriquecimento ilícito. Há um projeto de lei antigo,da época do ministro Jorge Hage que pretende criar esse novo crime, introduzindo no Código Penal. Está no Congresso o projeto. Os sinais de riqueza são a pista mais usual, mais útil para que se identifiquem casos de corrupção. Obviamente também é preciso fiscalizar os repasses feitos pelos estados e pelo governo federal aos municípios e verificar realmente foram transformados em obras públicas.

Ao longo da Lava Jato certa vez o advogado de Fábio Baiano, Mario Oliveira Filho, declarou à Folha de São Paulo que “pode pegar qualquer empreiteirinha e prefeitura do interior do país. Se não fizer acerto, não coloca um paralelepípedo no chão”. O senhor concorda?

Não sei se eu concordo com a afirmação mas de fato há muitas situações em que há conluio entre agentes públicos

de todas as esferas, com empresas que são contratadas sem licitação ou com licitação viciada, inclusive nos pequenos municípios. Basta um rápido levantamento nos casos de inquéritos civis públicos conduzidos pelo Ministério Público nos estados ou pelo Ministério Público Federal e se verá que não são poucas as situações em que isso acontece.

O senhor, quando era do Ministério Público Estadual fez, com o colega Valmiro Macedo, denúncias de grande repercussão contra agentes políticos em Feira de Santana. Alguma ação chegou ao fim? Houve alguma condenação?

Muitos dos casos prescreveram, o que é um problema da legislação brasileira, a prescrição. Os prazos são muito rápidos e o sistema recursal é muito complexo, muito lento, o que faz com que os casos, demorando, em juízo e nos tribunais, acabem prescrevendo. Ainda assim houve algumas condenações por improbidade em razão daquelas investigações feitas pelo Ministério Público Estadual em Feira de Santana, de 98 a 2002. Mas foi muito aquém do que nós esperávamos.

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6 Feira de Santana, sexta-feira 29 de maio de 2015

Sandro PeneluMais dicas culturais em: [email protected]

Cultura e Lazer

SHOWS AO VIVO

CCAAm recebe o espetáculo Fora de ordem

encarceradas continua no teatro do Cuca

A Cia Baiana de Patifaria se prepara para cair na estrada, com a turnê nacional 2015, do espetáculo “Fora da ordem”, primeiro solo do ator Lelo Filho. A turnê nacional, que inclui a estreia em São Paulo no segundo semestre, terá início em Feira de Santana, com três únicas apresentações no Centro Cultural Amélio Amorim, de 29 a 31 de maio, às 20h.

O espetáculo é ganhador do Prêmio Myriam Muniz

2013, da FUNARTE e é inspirado numa canção homônima de Caetano Veloso, que gravou especialmente para o espetáculo um trecho de ‘Haiti’.

Fora da ordem mistura teatro e cinema no palco e através das projeções acaba reunindo participações especiais de atores de várias gerações do teatro baiano. Ditadura, racismo, homofobia, violência, guerras santas, intolerância

de vários tipos são temas abordados, misturando ficção e realidade.

O que se verá no palco muito tem a ver com o momento de transformação que o país atravessa nos últimos meses. Uma espécie de retomada de consciência do poder que uma nação tem ao reivindicar mudanças.

Ingressos no local: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia).

Seguem as apresentações do espetáculo teatral Encarceradas, no Teatro Universitário do Cuca, neste sábado e domingo, às 20h.

A trama mostra

no palco a vida de mulheres presas, seus conflitos, anseios e problemas enfrentados dentro da prisão. A peça é baseada em pesquisas realizadas no presídio feminino de Feira de

Santana. O espetáculo convida o público a se emocionar, rir, chorar e refletir sobre essa realidade pouco conhecida.

Ingressos no local, R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)

SEXTA-FEIRA 29/05

ATRAÇÃO LOCAL HORA ENDEREÇO

CELLY NOBLAT Quiosque dos Amigos 18 Praça Duque de Caxias*”COLUNISMO SOCIAL FEIRENSE” (Lançamento / livro)

Shopping Boulevard 19h Av. João Durval

ALAN OLIVEIRA Arpoador 22 Capuchinhos

DR. ED Cidade da Cultura 21 Conjunto João Paulo

DENIS Frango na Brasa 20 Conjunto Jomafa

JOSAS ALMEIDA Paradinha Pastelaria 21 Rua São Domingos

GELIVAR SAMPAIO E SEU GRUPO Bengos Bar 21 Estação Nova

URI BECHEN Quiosque do Mazinho 21 Praça de Alimentação

ALAN EMANOEL Piee Bar 21 Av. Getúlio Vargas

NUNO BAIA Filozophia 21 Rua São Domingos

SÁBADO 23/05ATRAÇÃO LOCAL HORA ENDEREÇO

GRUPO CHORINHO ENTRE AMIGOS Bate Papo 12 Av. Maria Quitéria

GRUPO AUDÁCIA PURA Bar Novo Arte 17 Serraria Brasil

ELIOMAR SANTOS Quiosque dos Amigos 18 Praça Duque de Caxias

BANDA ROSA DE SARON Prime Music 20 Av. Presidente Dutra

GELIVAR SAMPAIO E SEU GRUPO Bengos Bar 21 Estação Nova

”HOJE EU NÃO TÔ BOA” (Comédia) Hotel Ibis 20 Próximo ao Boulevard

SANDRO PENELÚ Saigon Restaurante 21Rua José Pereira de Mascarenhas – Próximo ao Cortiço

JOSAS ALMEIDA Paradinha Pastelaria 21 Rua São Domingos

GENIVAN DE LEDA Quiosque do Mazinho 21 Praça Gilson Pedreira – Av. Getúlio Vargas

ALAN OLIVEIRA Boteco Vip 21 Av. Getúlio Vargas

DOIS CUMPADIS Cidade da Cultura 21 Conjunto João Paulo

TIAGO LIMA E BALANEJOS Piee Bar 21 Av. Getúlio Vargas

TIRULLIPA SHOW (Comédia) Ville Gourmet 20 Av. João Durval

VALDÔMIO E OS PÉ QUENTES DO FORRÓ AABB 21 Jardim Cruzeiro

PEPITA DO ACORDEON E PEDRINHO DO ACORDEON Espaço Ária 21 Av. Presidente Dutra

Última apresentação de A flauta de Pã, no domingo tem teatro

O espetáculo “A flauta de Pã” encerra sua temporada, neste domingo, dia 31, no projeto “Domingo tem Teatro”, com início às 10h30min.

O espetáculo é inspirado em personagens da mitologia grega e conta a história de um dos seres mais cativantes da floresta, Pã, o filho do céu e da terra, que nasce com vontade de descobrir o mundo. 

Conscientizado pela velha Montanha a buscar o “caminho do coração” e contando com a ajuda dos novos amigos que conquistou na floresta

(Sereia, Ninfa, Fonte, Bambu, Sonho, Bonança), o alegre personagem da mitologia grega desvenda os mistérios do Bosque Sagrado e descobre a flauta

mágica, um brinquedo que faz as plantas alegres, os bichos felizes e os homens amigos.

Ingressos no local a R$ 12,00 (meia para todos)

Luzes no Caminho

[email protected]

Arcebispo Metropolitano

Itamar Vian

Violência nunca maisQue caminhos o Brasil poderia trilhar para reverter o atual

quadro de violência? Estamos todos amedrontados diante do aumento de crimes hediondos em nosso país, sensibilizados pela dor de uma sociedade onde são assassinadas 109 pessoas por dia. A segurança é um direito humano do cidadão.

“É NECESSÁRIO e urgente implantar a cultura da paz no coração de todas as pessoas. Nossos corações querem gritar em alta voz: “Violência nunca mais! Essas palavras, do Papa Francisco, expressam muito bem o desejo de todos nós, que assistimos assustados à escalada de violência em Feira de Santana, na Bahia e no Brasil.

A VIOLÊNCIA se agrava com a miséria. A fome é uma grande forma de violência. No mundo a cada sete segundos morre uma criança de fome. Calcula-se que cada dia morrem cem mil pessoas de fome ou de suas conseqüências. No entanto, a violência é mais profunda do que os efeitos da miséria. Ela está ligada ao ódio, à vingança, à cobiça de riquezas, ao dinheiro, à disputa pelo poder, a filmes, novelas e seriados violentos que ensinam a roubar, matar e agredir.

UM BRASIL de mais paz depende de nós. Literalmente, depende de nós. A resposta para esta situação de violência depende da força de nossas convicções e da influência que possamos exercer em nossas respectivas comunidades. Desta forma, o modo mais eficaz para diminuir a violência é a formação para o respeito à vida humana, presente de Deus. Essa atitude requer, em especial, o zelo na educação das crianças, que são as principais vítimas da violência.

CRIMINOSOS e seqüestradores são capazes de explodir bancos, criar pânico, extinguir vidas humanas, mas eles não têm o poder de destruir a esperança de paz. É preciso mais policiamento, é preciso cobrar medidas necessárias por parte do nosso governo, mas, em última análise, cada um deve fazer a sua parte para educar seus filhos, seus alunos, para conscientizar a sua comunidade de que o Brasil pode se tornar um dia um país mais humano.

O PROFETA Isaías adverte que “a verdadeira paz é obra da justiça” (Is 32,17). Portanto, a defesa da vida e da justiça passa pelo emprego, direito à terra, à saúde, à educação e a moradia. Passa pelo combate à praga da corrupção. E tudo isso dentro de uma cultura do diálogo, do perdão e da consciência do valor do ser humano. Jesus nos diz: “Felizes os que promovem a paz porque serão chamados filhos de Deus”. (Mt 5,9). “Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz” (Jo. 14, 27).

 

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Feira de Santana, sexta-feira 29 de maio de 2015 7

Rua Quintino Bocaiuva - 701 - Ponto Central - CEP 44075-002 - Feira de Santana - PABX (75)3225.7500/3021.6789

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Editor - Glauco Wanderley Diretor - César OliveiraEditoração eletrônica - Maria da Piedade dos Santos

A rebelião que resultou em 9 presos mortos, um deles decapitado, 4 feridos e 49 pessoas reféns (dentre elas 41 mulheres , 7 crianças e 1 homem) dentro do Presídio Regional de Feira de Santana no último domingo (24), tem levantado questionamentos sobre a eficácia e segurança do conjunto penal da cidade. O Coronel Adelmário Xavier, que está à frente do Comando de Policiamento da Regional Leste (CPRL), e o coordenador regional de polícia civil, o delegado João Uzzum, apontam graves falhas no sistema prisional feirense.

Entre os motivos apresentados para justificar o motim ocorrido entre os presos, está a briga entre facções criminosas, pelo poder de pontos de vendas de drogas na cidade. Mas o coronel Adelmário aponta que também há briga por influência dentro do próprio presídio. “Foram duas gangues rivais, um grupo extorquia o outro para garantir algumas regalias, cobravam até mesmo para que detentos do outro grupo tivessem direito a visitas intimas, entre outras coisas. Ninguém falou hora alguma em fuga, mas apenas em obter o poder pelo espaço”, afirmou.

O delegado Uzzum adianta que o mando dos crimes veio de fora do presídio, através do uso de telefones celulares. “Foram apreendidos centenas de aparelhos destruídos dentro somente do pavilhão 10, a gente pode observar que telefone celular não é um problema alí dentro”, complementa Uzzum.

Sobre a entrada de armas de fogo, armas brancas (facas), e até mesmo de celulares no presídio, o comandante da Polícia Militar afirmou que a facilidade com que estes materiais entram é grande, e em sua maioria por causa de corrupção. “Fazemos a revista no presídio sempre que o diretor nos solicita, mas sabemos que isso não adianta, porque se voltamos

O diretor do conjunto penal de Feira, Clériston Leite, afirma que a instituição está contribuindo com a polícia civil para que todas as investigações sejam realizadas,

e disse esperar as conclusões da polícia para emitir informações concretas acerca do que motivou a rebelião e o motim e a razão da entrada de armas e celulares

O presídio de Feira de Santana atualmente tem 13 pavilhões, um deles feminino e 5 masculinos em funcionamento. Os demais pavilhões e um “mini presídio” aguardam inauguração pela Secretaria de Segurança Pública do Estado.

Com capacidade para 664 detentos, abrigava até o dia da rebelião 1497 presos, a maioria deles homens, cerca de 1376. De acordo com a administração penitenciária, existem cerca de 1000 presos provisórios (os que aguardam julgamento presos) e 450 sentenciados.

O coordenador da Pastoral Carcerária de Feira de Santana, Demerval Nunes afirmou em entrevista à Tribuna Feirense, que a situação do presídio de Feira é de descaso, e lembra que vem alertando às autoridades competentes sobre esta situação há muito tempo.

A pastoral emitiu uma nota pública, lembrando que há meses, numa assembléia na cidade de Serrinha, foi lançado o documento “Carta de Serrinha” onde se diz que “os dirigentes do Poder Executivo destes dois Estados {Bahia e Sergipe]

Armas e celulares entram fácil no presídio e presos brigam pelo comando da unidade

Pastoral acusa falta de vontade política

ainda não realizam políticas públicas que verdadeiramente tornem o sistema prisional menos gerador de violência. A falta de vontade política dos dirigentes dos nossos Estados conduz e mantém o sistema prisional cada dia mais obsoleto e arcaico: com algumas poucas exceções.

Segundo a pastoral “a superlotação, a falta de assistência à saúde dos detentos tanto física como psiquiátrica, o grande número de presos em cadeias públicas, as precárias condições estruturais de muitas prisões, o tratamento ainda mais desumano para as mulheres presas, o baixíssimo número de presos trabalhando e ou estudando, conduzem ao altíssimo índice de reincidência criminal dos egressos. Chega-se ao absurdo de os Estados receberem recursos para aplicação em políticas públicas no sistema prisional – como para instalação de unidades de saúde em presídios e até mesmo de construção de presídios – e estes não serem usados e serem devolvidos à União.”

diretor do presídio vê problema nacionaldentro do presídio.

Ele nega que exista pagamento por privilégios e disputa pelo comando de pavilhões. “O que a gente sabe não oficialmente é que por conta de um preso que saiu, o Rafael, ele mandou ocorrer as execuções e patrocinou estas armas, e estamos aguardando as investigações se concluírem para sabermos de que forma entraram aqui”, comenta.

Clériston explica que

“as vistorias são feitas pelos agentes penitenciários. São eles quem revistam e metem a mão, quando fazemos revistas dos presos e celas. Nós solicitamos a ajuda da Polícia Militar apenas para garantir a segurança desta revista.

A facilidade para entrada do que não poderia entrar no presídio de Feira é similar ao que ocorre em outros, na opinião dele. “A gente vem tentando coibir através de detector de

metal, mas infelizmente esta é uma realidade em todo o Brasil. Em todo o sistema penitenciário encontramos esta realidade. Quando encontramos armas e celulares, nós abrimos sindicâncias internas e também levamos para a polícia para abertura de inquéritos, mas infelizmente esta é uma situação nacional, não é somente em Feira”, conclui.

em 15 dias encontramos tudo de novo lá dentro. As armas entram, ou de maneira criminosa, que é a corrupção, ou por causa de displicência”, declara.

João Uzzum detecta graves falhas na segurança do presídio e na facilidade com que as pessoas entram no local, sem protocolos de revista. “Existem falhas sob a ótica estrutural, pois não se tem, por exemplo, detector de metais, não tem escâner corporal, não tem câmeras de filmagem em ponto nenhum do presídio, não há procedimentos pelo qual adentra o funcionário na unidade, pois ele entra de qualquer jeito e sai da mesma forma, não é revistado. Não existe um protocolo de segurança para o ingresso de funcionários e em locais como estes, todas as pessoas devem ser submetidas a revistas, todas as pessoas devem passar por detectores de metais. Isso tem que ser uma rotina e não existe absolutamente nada disso no presídio em Feira de Santana. A facilitação está óbvia e não há duvida de que a motivação mais lógica para a entrada seja a corrupção”, afirma.

Para apurar sobre as armas encontradas dentro do presídio durante a rebelião, foi aberto o inquérito n° 130, na delegacia de homicídios para elucidar o motivo da chacina. O prazo para conclusão é de 30 dias a contar da data do ocorrido. “Nós

já temos a identificação das respectivas autorias, já sabemos quem foram os presos que executaram os outros detidos, nós já temos as motivações que foi a questão da guerra entre facções criminosas em especial a facção liderada por Romilson Oliveira de Jesus, conhecido como Rafael, que é o líder da facção dos ‘caveiras’ que atua em Feira e em Salvador. Nós já realizamos todas as perícias necessárias que o caso requer, e estamos também investigando a forma pela qual adentraram no conjunto penal de Feira as armas de fogo e dezenas de facas encontradas lá dentro, somente no pavilhão 10”, declarou o delegado João Uzzum.

O coordenador de polícia explica que o problema de Rafael foi diretamente com o Haroldo de Jesus Brito, o Haroldinho. “Eles já foram

comparsas, já responderam a processo por roubo em Utinga em 2010. Roubaram o Banco do Brasil lá. Mas eles se distanciaram e se tornaram inimigos, por motivos pessoais, mas também por disputa por pontos de venda de droga, isso fez com que chegasse a esse ponto”, afirma.

Rafael, que cumpria pena por tráfico, já havia progredido e estava indo para prisão domiciliar quando foi liberado da prisão pelo Tribunal de Justiça da Bahia há 30 dias. No entanto havia uma sentença condenando-o a mais de 10 anos de prisão pela comarca de Utinga em razão ao assalto ao Banco do Brasil. A sentença é de 30 de março de 2015. “Suponho que a soltura tenha sido em razão do advogado ter apelado desse processo da sentença. Enquanto não transita em julgado, se pressupõe a inocência dele”.

Durante a rebelião, os presos deixaram corpos espalhados no pátio e fizeram visitantes de reféns

Luiz Tito

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8 Feira de Santana, sexta-feira 29 de maio de 2015

Projeto leva atendimento e dicas de prevenção cardiovascular aos bairros

Medidas de pacientes são conferidas nas Baraúnas Edval Gomes atendendo na Fraternidade

Um educador físico orienta como fazer exercícios

Múltiplos serviços são oferecidos pelo Projeto

LANA MAttOS

Se o povo não consegue ir ao médico, devido aos percalços do SUS, o médico vai até o povo. Assim se dá no pioneiro “Projeto SBC nos Bairros”, de autoria da Sociedade Brasileira de Cardiologia - Regional Feira e Santana (SBC-Feira). “Trata-se de um projeto itinerante de prevenção cardiovascular”, resume Edval Gomes, presidente da regional.

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte na cidade, conforme o Ministério da Saúde. Em 2014, foram 2.308 internações por doenças do aparelho circulatório com 335 mortes. As mais comuns em Feira são insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, e o infarto do miocárdio.

Uma equipe multiprofissional de voluntários percorre os bairros da cidade, com palestras educativas e atendimento cardiológico, explica Edval, que é especialista em Cardiologia pela Fundação Bahiana de Cardiologia e mestre em Medicina e Saúde pela Ufba. Geralmente são dois ou três cardiologistas, um educador físico, um nutricionista,

um fisioterapeuta, um enfermeiro e dois estudantes da área de saúde.

75% das doenças cardiovasculares podem ser evitadas com a prevenção, cujas medidas são baratas, simples e podem mudar o cenário atual, “que é de uma verdadeira epidemia de doenças cardiovasculares”, declara Gomes. “A SBC-FSA pretende divulgar amplamente este conceito para o público leigo e fortalecer a implementação das medidas preventivas em nosso município”, garante

O que motivou a enfermeira da emergência do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), Ligiane Nascimento, a participar do projeto foi “ajudar os pacientes que têm dificuldades de acesso a um

cardiologista”.O projeto teve início

ano passado, contemplando seis bairros em duas semanas. Uma localidade é visitada na segunda, outra na quarta e a última na sexta-feira. Neste ano serão três semanas. Uma ocorreu em abril. A outra será em julho e a última no mês de outubro, totalizando nove bairros.

Em 2014, os bairros prestigiados na primeira edição foram George Américo, Baraúnas e Queimadinha; a segunda etapa atendeu Jussara, Fraternidade e o distrito de Jaguara.

Em abril deste ano, a iniciativa chegou até Viveiros, Rua Nova e Aviário. A ideia é “circular todos os bairros de Feira,

priorizando os mais periféricos e com baixa assistência”, adianta o médico, que também é professor do curso de medicina da Uefs.

O passo-a-passo, segundo explica o presidente da regional, se dá da seguinte forma:

inicialmente a SBC-Feira se reúne com a prefeitura, sugerindo alguns bairros e identificando, através da Secretaria de Saúde, aqueles com mais dificuldade de atenção cardiológica; a SBC se reúne também com a equipe do Posto de Saúde da Família (PSF) do bairro e solicita à enfermeira e agentes de saúde que identifiquem cardiopatas (doentes do coração) para atendimento. Na véspera, carros de som divulgam o evento, com as palestras previstas.

Em média 200 pessoas

prestigiam a atividade, que começa 8 horas com as palestras, em forma de um bate-papo informal entre profissionais e comunidade, onde as pessoas podem tirar dúvidas.

Paralelamente, os cardiologistas realizam consultas. Cada médico

atende entre dez a 15 pessoas. Ou seja, havendo dois cardiologistas voluntários, serão de 20 a 30 consultas; se forem três especialistas, de 30 a 45 atendimentos, aproximadamente.

“Considerando que o município disponibiliza apenas duas consultas de cardiologia por mês em cada bairro, em média, conseguimos, em uma manhã, atender o equivalente a um e meio a dois anos de atendimentos convencionais, via posto”, festeja Edval. Cada

evento se estende até aproximadamente 1 da tarde.

“Com isso, tornamos a questão íntima do grande público”, assegura Edval, já que o objetivo “é informar à população sobre a importância da prevenção cardiovascular, incluindo a prática de exercícios regulares, alimentação saudável, diagnóstico dos fatores de risco como hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, obesidade etc., e a importância do correto tratamento”, explica.

Ligiane, que é especialista em Urgência e Emergência em Enfermagem pela FTC, participou do projeto em novembro, no bairro Fraternidade, verificando pressão arterial, glicemia e orientando a população. “Não encontrei nenhuma dificuldade, toda a equipe

do PSF do bairro facilitou tudo para que o paciente tivesse uma consulta de qualidade, além da orientação de toda a equipe do projeto”, comenta.

A SBC-FSA também fez uma parceria com o Ambulatório de Cardiologia da Uefs. Os pacientes com cardiopatia confirmada, que necessitam de tratamento, são encaminhados para atendimento no ambulatório.

As datas e locais da quarta edição do SBC nos Bairros ainda serão definidos.

JOSÉ RONALDO DE CARVALHOPREFEITO MUNICIPAL

MARIO COSTA BORGESCHEFE DE GABINETE DO PREFEITO

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Feira de Santana, sexta-feira 29 de maio de 2015 9

JOSÉ RONALDO DE CARVALHOPREFEITO MUNICIPAL

MARIO COSTA BORGESCHEFE DE GABINETE DO PREFEITO

DECRETO INDIVIDUAL Nº 257/2015

O Prefeito Municipal de Feira de Santana, Estado da Bahia, no uso de suas atribuições, considerando o que dispõe o parágrafo único, do art. 7º, da Lei Complementar Nº 056/2011, RESOLVE reconduzir ARIVALDO RANGEL DE OLIVEIRA, ao cargo de Corregedor da Guarda Municipal, da Secretaria Municipal de Prevenção à Violência e Promoção dos Direitos Humanos, símbolo DA-2, com vigência a partir de 11 de junho de 2015.

Gabinete do Prefeito Municipal, 27 de maio de 2015.

SECRETARIA MUNICIPAL DE SERVIÇOS PÚBLICOS

EDITAL Nº 10/2015

Processo Administrativo nº 019/2015 NFAutos de Infração nº 1594/2015Autuado: IGNORADOAutuante: Prefeitura Municipal de Feira de SantanaSecretaria Municipal de Serviços Públicos Núcleo de Fiscalização

Dada a impossibilidade de intimação através de outros meios legais, posto que desconhecido o endereço do(a) infrator(a) ou sua recusa de recebimento, intimamos o(a) Sr. (Srª.) IGNORADO, proprietário(a) do imóvel situado na RUA ANTONIO CARLOS MAGALHÃES, Nº 1509 – JOÃO PAULO II (Inscrição Física: 01.08.133.0406-001), nesta cidade, para CONSTRUIR O PASSEIO E REALIZAR A LIMPEZA PERIÓDICA DO IMÓVEL, haja vista a violação dos arts. 4º, 7º E 14º da Lei Municipal nº 3245/11.Fica o(a) Autuado(a) ciente do prazo de dez dias, a contar da data desta publicação, para apresentar defesa (art. 343, Lei Municipal nº 1613/92), e sanar a citada irregularidade, sob pena da aplicação de penalidade pecuniária (art. 290 do referido Diploma Municipal). A não apresentação de impugnação no prazo mencionado alhures, provocará a tramitação do presente feito em regime de revelia (art. 344, Lei Municipal nº 1613/92), e aplicação de outros instrumentos legais cabíveis.

Publique-se

Feira de Santana, 28 de maio de 2015.

SECRETARIA MUNICIPAL DA FAZENDA

EDITAL DE NOTIFICAÇÃO Nº 18/2015

O Prefeito Municipal de Feira de Santana, no uso de suas atribuições em conformidade com o art. 2º da Lei nº 9.452/97, vem notificar a Câmara de Vereadores, os Partidos Políticos, os Sindicatos de Trabalhadores, as Entidades Empresariais e a quem interessar possa, com sede neste Município, que recebemos em, 18/05, 19/05, 20/05, 21/05, 22/05 os seguintes Recursos Federais:

Banco Conta Histórico Data ValorBanco do Brasil S/A 77363-8 PMFS SNA SIMPLES NACIONAL 18/05 21.431,65Banco do Brasil S/A 72846-2 PMFS FEB FUNDO EDUC BASICA 18/05 8.732,17Banco do Brasil S/A 77363-8 PMFS SNA SIMPLES NACIONAL 19/05 32.251,56Banco do Brasil S/A 72846-2 PMFS FEB FUNDO EDUC BASICA 19/05 312.269,61Banco do Brasil S/A 77363-8 PMFS SNA SIMPLES NACIONAL 20/05 112.913,83Banco do Brasil S/A 72846-2 PMFS FEB FUNDO EDUC BASICA 20/05 1.235.054,82Banco do Brasil S/A 71722-3 PMFS FPM FPM 20/05 524.133,59Banco do Brasil S/A 74033-0 PMFS INCRA INCRA 20/05 872,85Banco do Brasil S/A 77363-8 PMFS SNA SIMPLES NACIONAL 21/05 139.621,70Banco do Brasil S/A 72846-2 PMFS FEB FUNDO EDUC BASICA 21/05 9.196,51Banco do Brasil S/A 77363-8 PMFS SNA SIMPLES NACIONAL 22/05 663.992,53

Gabinete do Prefeito Municipal, 28 de maio de 2015.

JOSE RONALDO DE CARVALHOPREFEITO

JUSTINIANO OLIVEIRA FRANÇASECRETÁRIO MUNICIPAL DE SERVIÇOS PÚBLICOS

ANTONIO FRANCISCO ROSADIRETOR DO DEPARTAMENTO DE LIMPEZA PÚBLICA

PAI MATEUS FILHO DE CACHOEIRA DE SÃO FÉLIX

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ALOÍSIO ARAÚJO DE OLIVEIRA, Oficial do Cartório de Registro de Imóveis da Comarca de Valente-Bahia, na forma da Lei.

Faz público. Para ciência dos interessados, em cumprimento ao art.19, Inciso 3°, da Lei n° 6.766, de 19/12/1979, que DIOGO RESEDÁ OLIVEIRA, depositou neste Cartório, Localizado na Rua Everaldino Antônio da Cunha, o projeto e demais documentos relativos ao imóvel de sua propriedade, situado nesta Cidade, nos terrenos da Fazenda Pau de Cedro, as margens da Rodovia BA 120, neste município de Valente-Bahia, hoje denominado de LOTEAMENTO INTERLAGOS, com área total de 159.820m2, conforme aprovação da Prefeitura Municipal de Valente-Bahia, dado e passado nesta Cidade de Valente-Bahia, em 25 de Maio de 2015.

ALOÍSIO ARAÚJO DE OLIVEIRAOficial do Cartório de Registro de

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MAURO DE OLIVEIRA MORAESSECRETÁRIO MUNICIPAL DE PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA

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10 Feira de Santana, sexta-feira 29 de maio de 2015

O momento é de euforia no Centro de Treinamento Noide Cerqueira – e não poderia ser diferente. O Fluminense está a um triunfo da classificação para a primeira divisão do futebol estadual no próximo ano, e a partida acontece justamente no Joia da Princesa, no domingo à tarde. O adversário será o Ypiranga, com quem trava uma batalha por uma das vagas.

Líder da segundona, se vencer, o Touro do Sertão chega aos 15 pontos e não mais pode ser alcançado pelo terceiro colocado, justamente o seu adversário na sexta rodada. O triunfo garante a vaga com duas rodadas de antecipação.

Portanto, a partida de domingo será a mais importante do ano para o Fluminense. O triunfo garante a festa. Mas o empate acende a luz amarela e uma derrota embola toda a ponta da tabela.

O resultado adverso nesta rodada não tiraria o tricolor da liderança. Mas o deixa apenas com um ponto de vantagem sobre os outros concorrentes às duas vagas (o Flamengo de Guanambi tem 11 pontos, mas já fez seis partidas). E com a obrigação de vencer os dois jogos que lhes restam para depender apenas das pernas e talento dos seus jogadores: contra o Itabuna, no sul do estado, dia 7 de junho, e, fechando sua participação no dia 14, contra o Atlético de Alagoinhas, em casa. Nestes jogos, haveria a possibilidade de ambas equipes estarem desmotivadas pela desclassificação.

Os jogadores devem controlar a ansiedade pré-partida decisiva. O que se espera é que o jogo de domingo seja disputado, com os times jogando para a frente – pelo menos enquanto o placar estiver empatado. E ambos os treinadores sabem o que o triunfo representa para as pretensões dos seus clubes. Para o Flu a classificação e para o Ypiranga a chance de continuar na luta por uma das vagas.

As estatísticas estão favoráveis. É uma campanha bem diferente da realizada no ano passado, quando o time

feirense chegou à sexta rodada com 11 pontos e em toda competição ganhou apenas 12. Nas seis partidas de 2014 o time marcou sete gols e oito no geral, contra uma dúzia na campanha deste ano.

São números que turbinam e motivam a torcida, que voltou a apoiar o time. O Fluminense registra uma das melhores médias de público no Joia da Princesa nos últimos anos, com a presença de 3,5 mil pessoas, por partida. Juntos, Bahia de Feira e o Feirense, representantes locais na Primeirona, somaram apenas 1.280 torcedores nas partidas disputadas na cidade, quatro vezes menos do que o registrado nas catracas quando o Flu enfrentou o Grapiúna.

A diretoria conta com suporte financeiro, mesmo que a folha de pagamento seja considerada extremamente baixa para os padrões nacionais. Mensalmente, a prefeitura repassa R$ 40 mil – o valor final chegará a R$ 120 mil, e outros parceiros, como o Grupo Nobre, entram com verbas que chegam a R$ 10 mil, mensais.

Outra fonte de renda é a torcida, mesmo com ingressos a preços populares. Para aumentar a receita que vem das arquibancadas, a diretoria colocou mil kits – camisa mais ingresso, por R$ 20. As vendas mostram que os torcedores estão confiantes. Apenas na manhã de quarta-feira mais de 600 camisas tinham sido vendidas. Pela demanda, conclui-se que subdimensionaram a disposição da torcida em ir ao Joia no domingo vestida com a camisa do Flu.

Os custos fixos e variáveis oscilam entre R$ 80 e R$ 85 mil, mensalmente – cerca de R$ 60 mil apenas com a folha de pagamento dos jogadores, comissão técnica e funcionários. Percebe-se que o caixa não é superavitário. De acordo com o presidente Gerinaldo Costa, o ‘bicho’ oferecido ao elenco por triunfo é de apenas R$ 3,5 mil - se dividir por todos cabe pouco mais de R$ 100 para cada um, valor que justificadamente deve ser aumentado nestas partidas finais.

J. Setúbal lança novo CDO músico J. Setúbal está lançando o cd Perfil, que celebra os 45 anos de carreira. Atualmente evangélico,

ele passou muitos anos tocando em trabalhos solo e com músicos do axé, como J. Morbeck, Luiz Caldas e Cid Gurreiro, além da participação em trios com Banda Eva e outros.

Convertido à igreja evangélica há alguns anos, Setúbal incluiu no CD participações do coral infantil PIB Kids e do coral adolescente Hope, ambos da Primeira Igreja Batista de Feira de Santana, que é a igreja que o artista freqüenta.

O pré-lançamento será no dia 31 às 18 horas na Primeira Igreja Batista e o lançamento no dia 20 de junho na Igreja Batista Central.

A folha com os atletas é baixa, mas dentro da realidade financeira do clube que garimpou atletas entre as equipes que foram desclassificadas no

Fluminense a um passo do retorno à Primeira Divisão

Campeonato Baiano. No elenco do tricolor constam nomes que se destacaram no certame deste ano, como o goleiro Leo, do Bahia de Feira, que foi considerado o

melhor da posição no campeonato, Peixoto, Marcelo Pano e Dadai. O técnico Paulo Sales trabalhou com algumas dezenas de atletas para chegar ao grupo

que considerou ideal para a caminhada rumo à Primeira Divisão. E a expectativa é de que no domingo o Joia receba um grande público que poderá rir e chorar de alegria.

Para domingo, são esperados até 10 mil torcedoresA diretoria

do Fluminense já solicitou uma nova remessa de ingressos para a venda antecipada visando o jogo de domingo diante do Ypiranga. Foram solicitados inicialmente oito mil bilhetes, mas a carga pode chegar a 10 mil.

Os primeiros mil ingressos de R$ 10 e dois mil de R$ 5, se esgotaram no final da manhã de ontem na sede do clube, na rua Geminiano Costa. Novos lotes serão trazidos para venda.

O kit com camisa e ingresso está sendo comercializado somente na sede e o torcedor ainda pode participar de outra promoção:

ao adquirir a camisa oficial do Fluminense, na Casa Esportiva, ganha um ingresso para o jogo decisivo diante do Ypiranga.

“A vitória diante do Juazeiro criou uma grande expectativa na cidade, o torcedor está motivado e lógico está na hora de da gente realmente

mostrar a nossa força na arquibancada com um grande público, já que fizemos dois jogos em casa e colocamos quase 10 mil pessoas nos dois confrontos. A gente espera que a nossa torcida compareça porque será um momento importante para todos nós”, afirmou

o presidente Gerinaldo Costa.

Os pontos de venda de ingressos são: na sede do clube, na rua Geminiano Costa-323; no balcão do jornal Folha do Estado no Shopping Boullevard e na Casa Esportiva. A partida será no próximo domingo às 16 horas.

Movimentação intensa na sede do Fluminense, um dos pontos de venda