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Porto Alegre, fevereiro de 2013 - 1 a quinzena Ano XVIII - Edição N o 627 - R$ 2,00 IMPRESSO ESPECIAL CONTRATO N o 9912233178 ECT/DR/RS FUNDAÇÃO PRODEO DE COMUNICAÇÃO CORREIOS Traga um amigo para este mutirão. Assine o Jornal Solidário Nossos telefoNes: (51) 3093.3029 e (51) 3211.2314 JorNal Solidário Na iNterNet: www.JorNalsolidario.com.br solidario@portoweb.com.br http://facebook.com/ JorNalsolidario Tecnodependência: droga da cultura moderna As tecnologias de informação são úteis e facilitadoras da vida atual. Cada vez mais telefo- nes móveis inteligentes, pranchetas eletrônicas, computadores de colo e várias outras geringonças eletrônicas se incorporam no nosso cotidiano. Mas elas, as TIs, não passam de ferramentas: não são boas nem más. Depende de nós que as usamos. Até que ponto deixamo-nos dominar por elas, tornando-nos seus reféns através de sedutores programas e fazendo-nos viver apenas uma vida fictícia, virtual? Até que ponto elas di- ficultam que vivamos nossa vida real, que inclui o contato pessoal, a conversa presencial, o olho no olho e o sorriso nos lábios, o afago e o abraço real? Até que ponto deixamos de saborear a vida de verdade? Página 6 Fraternidade e Juventude, tema da Campanha da Fraternidade 2013 Seu lema é “Eis me aqui, envia-me”, Isaías, 6,8. A 50 a edição da Campanha da Fraternidade, iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, será lançada na Quarta Feira de Cinzas, 13 de fevereiro corrente. A escolha da temática "juventude" tem como objetivo lem- brar também da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), a ocorrer em julho próximo na cidade do Rio de Janeiro. Bento XVI: a família é pai, mãe e filhos Em longo discurso de apre- sentação de votos natalícios, em dezembro último, o Papa defendeu, enfaticamente, o modelo de família natural, denunciando o aforismo de Simone de Beauvoir de que ‘Não se nasce mulher; a gente se torna mulher’. Em sua exposição, Ratzinger valeu-se de tratado do rabino-chefe da França, Gilles Bernheim, que também defende a forma autêntica da família, consti- tuída por pai, mãe e filhos e que é vilmente desconstituída por certa filosofia da sexualidade da cultura atual. “De acordo com tal filosofia, o sexo já não é um dado originário da natureza que o homem deve aceitar e preencher pessoalmente de signi- ficado, mas uma função social que cada qual decide autonomamente, enquanto até agora era a sociedade quem a decidia. Salta aos olhos a profunda falsidade desta teoria e da revolução antropológica que lhe está subjacente”. “Dessa maneira, disse o Papa, o homem “nega a sua própria natureza, decidindo que esta não lhe é dada como um fato pré-constituído, mas é ele próprio quem a cria”. E, citando o Gênesis, Raztzinger lembra que "Ele os criou homem e mulher" (Gn 1, 27). Isto deixou de ser válido, para valer que não foi Ele que os criou homem e mulher; mas teria sido a sociedade a determiná-lo até agora, ao passo que agora somos nós mesmos a decidir sobre isto”. Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando um adulto tem medo da luz (Platão). Embora próximas fisicamente, as pessoas estão se habituando à solidão interior a que são levadas pelas sedutoras tecnologias de informação Laura Leavell/sxc.hu

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Porto Alegre, fevereiro de 2013 - 1a quinzena Ano XVIII - Edição No 627 - R$ 2,00

IMPRESSO ESPECIALCONTRATO No 9912233178

ECT/DR/RSFUNDAÇÃO PRODEODE COMUNICAÇÃO

CORREIOS

Traga um amigo para este mutirão. Assine o Jornal Solidário

Nossos telefoNes:(51) 3093.3029 e (51) 3211.2314

JorNal Solidário Na iNterNet:

www.JorNalsolidario.com.br

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http://facebook.com/JorNalsolidario

Tecnodependência: droga da cultura

moderna

As tecnologias de informação são úteis e facilitadoras da vida atual. Cada vez mais telefo-nes móveis inteligentes, pranchetas eletrônicas, computadores de colo e várias outras geringonças eletrônicas se incorporam no nosso cotidiano. Mas elas, as TIs, não passam de ferramentas: não são boas nem más. Depende de nós que as usamos. Até que ponto deixamo-nos dominar por elas, tornando-nos seus reféns através de sedutores programas e fazendo-nos viver apenas uma vida fictícia, virtual? Até que ponto elas di-ficultam que vivamos nossa vida real, que inclui o contato pessoal, a conversa presencial, o olho no olho e o sorriso nos lábios, o afago e o abraço real? Até que ponto deixamos de saborear a vida de verdade?

Página 6

Fraternidade e Juventude, tema daCampanha da Fraternidade 2013

Seu lema é “Eis me aqui, envia-me”, Isaías, 6,8. A 50a edição da Campanha da Fraternidade, iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, será lançada na Quarta Feira de Cinzas, 13 de fevereiro corrente. A escolha da temática "juventude" tem como objetivo lem-brar também da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), a ocorrer em julho próximo na cidade do Rio de Janeiro.

Bento XVI: a família é pai, mãe e filhosEm longo discurso de apre-

sentação de votos natalícios, em dezembro último, o Papa defendeu, enfaticamente, o modelo de família natural, denunciando o aforismo de Simone de Beauvoir de que ‘Não se nasce mulher; a gente se torna mulher’. Em sua exposição, Ratzinger valeu-se de tratado do rabino-chefe da França, Gilles Bernheim, que também defende a forma autêntica da família, consti-tuída por pai, mãe e filhos e que é vilmente desconstituída por certa filosofia da sexualidade da cultura atual. “De acordo com tal filosofia, o sexo já não é um dado originário da natureza que o homem deve aceitar e preencher pessoalmente de signi-ficado, mas uma função social que cada qual decide autonomamente, enquanto até agora era a sociedade quem a decidia. Salta aos olhos a profunda falsidade desta teoria e da revolução antropológica que lhe está subjacente”. “Dessa maneira, disse o Papa, o homem “nega a sua própria natureza, decidindo que esta não lhe é dada como um fato pré-constituído, mas é ele próprio quem a cria”. E, citando o Gênesis, Raztzinger lembra que "Ele os criou homem e mulher" (Gn 1, 27). Isto deixou de ser válido, para valer que não foi Ele que os criou homem e mulher; mas teria sido a sociedade a determiná-lo até agora, ao passo que agora somos nós mesmos a decidir sobre isto”.

Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando um adulto tem medo da luz (Platão).

Embora próximas fisicamente, as pessoas estão se habituando à solidão interior a que são levadas pelas sedutoras tecnologias de informação

Laura Leavell/sxc.hu

Fevereiro de 2013 - 1a quinzenaFevereiro de 2013 - 1a quinzena Fevereiro de 2013 - 1a quinzenaA RTIGOS 2

Fundação Pro Deo de Comunicação

Conselho DeliberativoPresidente: Agenor Casaril

Vice-presidente: Jorge La RosaSecretário: Marcos Antônio Miola

CNPJ: 74871807/0001-36

Voluntários Diretoria Executiva

Diretor Executivo: Adriano Eli Vice-Diretor: Martha d’Azevedo

Diretores Adjuntos: Carmelita Marroni Abruzzi, Elisabeth Orofino e

Ir. Erinida GhellerSecretário: Elói Luiz ClaroTesoureiro: Décio Abruzzi

Assistente Eclesiástico: Pe.Attílio Hartmann sj

RedaçãoJorn. Luiz Carlos Vaz - Reg. 2255 DRT/RS

Jorn. Adriano Eli - Reg. 3355 DRT/RSRevisão

Ronald Forster e Pedro M. Schneider (voluntários)

Administração Elisabete Lopes de Souza e Norma Regina Franco Lopes

Impressão Gazeta do Sul

Rua Duque de Caxias, 805 Centro – CEP 90010-282

Porto Alegre/RSFone: (51) 3093.3029 – E-mail:

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Conceitos emitidos por nossos colabora-dores são de sua inteira responsabilidade,

não expressando necessariamente a opinião deste jornal.

Conselho Editorial Presidente: Carlos AdamattiMembros: Paulo Vellinho,

Luiz Osvaldo Leite, Renita Allgayer, Beatriz Adamatti e Ângelo Orofino

Diretor-Editor Attílio Hartmann - Reg. 8608 DRT/RS

Editora Adjunta Martha d’Azevedo

EditorialVoz do Pastor

Dom Dadeus GringsArcebispo Metropolitano de P. Alegre

Recentemente, lancei uma nova car-tilha que visa ao encantamento diante de dez maravilhas com que nos depa-ramos. Estamos cercados delas e elas têm o condão de preencher os vazios e proporcionar satisfação.

Estas dez maravilhas visam chamar atenção para uma busca primordial. Em primeiro lugar, encontramos Jesus Cris-to. Por Ele e para Ele foram feitas todas as coisas. Ele preenche plenamente as aspirações mais profundas da vida. Ele, por si só, basta. Quem o conhece, sabe. Merece um amor acima de todas as coi-sas. Nossos antepassados nos legaram esta fé apresentando-o como Salvador. E se sentiram felizes porque nós aco-lhemos seu testemunho, assumindo a fé que eles nos legaram como herança mais preciosa.

Nem sempre nos damos conta de nossas capacidades nem dos objetos va-liosos que atingimos. Além da acolhida de Jesus Cristo, temos consciência de sermos inteligentes. Isso nos credencia à descoberta da verdade. A humanidade progrediu enormemente no aprimo-ramento desta faculdade, ampliando sua capacidade, bem como alargando o campo das verdades pesquisadas. Merece ocupar o segundo lugar das maravilhas. Empregamos muito tempo para aprimorá-la. Passamos a vida in-teira aprendendo, identificando a vida e o aprendizado: vivendo e aprendendo.

Se a inteligência, com a conquista da verdade, é estupenda, mais admirável ainda é a vontade, que nos situa frente à bondade. É maravilhoso perceber como

As dez mArAvilhAs dA nAturezA

Vivemos num mundo em que nada mais parece encantar. Acostumamo-nos às normas técnicas e à busca da objetividade. Pergunta-se mais pelo que algo serve do que pelo que é. Privilegia-se o ter sobre o ser.

Acontece, contudo, que a vida é mais rica que o conhecimento. Existe também uma consciência de si, uma intersubjetividade com os outros e a fé em Deus. O ser humano é relação. Para viver bem necessita conviver com os outros, com o mun-do e com Deus. Deve, pois, encantar-se. Só assim sua vida se torna plena e feliz.

toda a criação se reveste desta proprie-dade, a ponto de se dizer, no Gênesis, que Deus, ao contemplar cada uma de suas obras, viu que era boa. Vale, pois, a pena, à semelhança do Criador, deter-se na contemplação da bondade espalhada pelo universo.

Destaquemos ainda a beleza que nos extasia: beleza na natureza, nas paisa-gens, nas flores, nos animais; beleza na arte, na pintura, na escultura, na música... Sua apreciação é a melhor terapia. Pro-porciona harmonia interior através do sentido estético.

Lembremos o mistério da sexualida-de, com o sentido da paternidade e da maternidade. Transmite a vida de um modo tão misterioso que os pais se vejam a si mesmos nos filhos e neles descubram o valor mais profundo da existência hu-mana.

A humanidade dedicou-se, com es-pecial afinco, a outras três maravilhas que aguçam sua curiosidade: a matéria, a ponto de muitos, de tão absortos, se qualificarem de materialistas; o espaço a desafiar a imaginação, deixando-a de sobressalto pela imensidão e expansão; e o tempo, levando a olhar para o passado, cada vez mais longínquo, e para o futuro, tentando vislumbrar um fim.

As dez maravilhas que exponho na cartilha do encantamento visam encantar-nos na entrada de novo ano, proclamado o ano da fé, o ano da juventude, o ano da nova evangelização, dos 50 anos do Concílio Vaticano II. Que tenhamos todos um ano encantado por tantas maravilhas. Feliz 2013!

Vidas Vazias

O verdadeiro sabor da vida não passa pelas tecno-logias. Por quê? Porque as tecnologias não têm corpo nem coração, não abraçam nem sentem,

não choram nem riem, não têm alma, não têm Vida. E a designação mais apropriada para as modernas e sempre novas Tecnologias da Informação (TIs) é ferramenta. Sim, são ferramentas. Úteis, sem dúvida, quase ne-cessárias no viver e atuar atuais. Imprescindíveis? Até certo ponto ou dependendo de quem as utiliza. Uma das coisas e atitudes mais difíceis deste nosso tempo é saber relativizar o uso das tecnologias, colocando-as no seu lugar de servidoras das nossas relações e de nossas atividades, nunca donas ou dominadoras. Não é exagero dizer que sempre mais pessoas estão cada dia mais tecnodependentes. A tecnodependência se inscre-ve, hoje, no amplo quadro da drogadicção moderna.

Desde a já quase “domesticada” e inculturada tele-visão, as atuais TIs incluem, no seu crescente e sempre mais sofisticado mundo de inovações, exigindo uma constante substituição, smartfones, PDAs, celulares, leitores de mp3, livros eletrônicos, tablets (prancheta eletrônica), note e net books, etc... A tecnodependência atinge todas as idades, não apenas as gerações mais jovens. Há estudos que afirmam que crianças e jovens são até mais imunes a esta dependência do que as gera-ções anteriores, de 40 anos ou mais. Para as gerações “maduras” há o componente do fascínio diante destas tecnologias e as quase infinitas possibilidades que abrem, o que não seria o caso das novas gerações, que já nascem na era tecnológica.

Não vamos fazer a clássica pergunta: “Aonde va-mos parar!?” Nossa pergunta é outra: até que ponto as novas tecnologias ajudam ao ser humano a ser mais humano ou conservar sua “humanidade”? Não seriam elas parte de uma ansiosa e compulsiva busca de feli-cidade e preenchimento de vidas vazias de sentido, do tédio existencial, identificado pelo jesuíta Teilhard de Chardin como inimigo número um do verdadeiro hu-manismo? O que é facilmente verificável é a crescente impossibilidade do convívio real entre as pessoas, até e, paradoxalmente, entre as pessoas que nos são mais próximas, na família, na comunidade social e religiosa.

Ilhas que somos cercados de tecnologias de infor-mação e comunicação por todos os lados, é urgente rea-prendermos a saborear a vida, recuperando os pequenos e simples gestos cotidianos de afago, de bem-querer, de rir e chorar, de emocionar-nos, de ir até a esquina puxar um papo com os vizinhos, de convidar e atender um convite para um “chá de fraldas”, um aniversário, uma roda de mate, uma visita a um conhecido enfermo, a levar solidariedade à família de um amigo que partiu... Numa palavra, saborear a vida com tudo o que ela tem e traz. Porque, isso é viver, isso é ser humano, isso é ser gente. ([email protected])

Fevereiro de 2013 - 1a quinzena Fevereiro de 2013 - 1a quinzena FAMÍLIA &SOCIEDADE 3

O corpo é fonte de impureza?As posturas que se tem em relação ao corpo

são o resultado de uma determinada apreciação que dele se tem. Herdeiros da filosofia pagã, os próprios padres da Igreja transmitiram a noção de corpo e de tudo o que é sensível como fonte de im-pureza e pecado, embora, por outro lado, tenham ensinado que toda a criação procede de Deus e não pode ser má. O próprio texto evangélico que exprime a essência da fé cristã afirma: “O Verbo se fez carne”. Ora, se Deus se fez corpo e se tudo provém de Deus não há a mínima possibilidade de se pensar o corpo e tudo o que a ele se relaciona como algo menos bom, ou inferior.

Valorização e comercialização do corpoEntre os vários fenômenos contraditórios da

era atual destaca-se o da valorização do corpo ao lado de seu esmagamento e comercialização.

As revistas que falam do corpo alcançam sucesso. As mídias divulgam o “culto do corpo”. O corpo vem associado a produtos de todos os gêneros na comercialização, inclusive na banali-zação do sexo.

Valorizar o corpo não significa cair na tirania do corpo. O corpo é o lugar do prazer, mas também da dor, do sofrimento, do amor, da fidelidade e da esperança, experiências estas que me mostram como um ser aberto para o outro. Reduzir meu corpo ou o corpo do outro a objeto é tirar-lhe toda a dignidade.

Na realidade atual, a reapropriação do corpo é um fenômeno que passa por várias formas de contestação. São inúmeras as situações atuais em que o corpo humano é violentado: desde o tráfico de crianças e de órgãos humanos com a finalidade do lucro, jovens assassinados, violên-cias nos corpos de terceira idade, de deficientes físicos, nas guerras, no uso dos computadores, na engenharia genética. Para cúmulo, apenas um pequeno número de privilegiados tem acesso aos bens que favorecem a saúde do corpo, um direito de todos.

Corporeidade. Cuidado essencial. Ternura. Carícia“Corporeidade” é um termo que visa ultra-

passar a dicotomia entre “alma” e “corpo”. É um conceito que exprime a totalidade do ser humano como parte integrante da vida do planeta.

Qual a experiência-base da vida humana? Não é o pensar, mas o sentir. Sinto, logo existo. Embora nossa cultura se fundamente na razão, não temos

Corpo e corporeidadeDeonira L. Viganó La Rosa

Terapeuta de Casal e Família. Mestre em Psicologia

O corpo é elemento essencial à pessoa humana. “Eu não me sirvo de meu corpo, eu sou meu corpo” (Gabriel Marcel). Não posso afirmar que meu corpo seja algo que eu possuo, ao contrário, somente um ser corpóreo pode possuir algo, pois para isso se supõe a mediação necessária do corpo. Definitivamente, o homem está imerso no mundo

através de seu corpo. Ser pessoa é realizar, através do corpo, e em união com o mundo, um projeto fundamental de vida. Tenho um rosto e apareço diante dos outros justamente porque sou meu corpo.

dúvidas de que o sentimento, o afeto e o cuidado constituem a experiência básica da vida humana.

A existência é uma “co-existência” afetada pelo cuidado e pela responsabilidade com os outros. Como diz Clarice Lispector: “Nasci in-cumbida”.

As estruturas básicas da existência humana circulam em torno da afetividade, do cuidado, do Eros, da paixão, da compaixão, do desejo, da ter-nura, da simpatia e do amor. O pensamento vem do coração, como disse Pascal. Primeiro sente o coração, depois reage o pensamento. E é o cora-ção que nos leva à gentileza, à nobreza de trato, à elegância de gestos.

Os hominídeos de milhões de anos atrás se tornaram “humanos” na medida em que partilha-vam entre si os resultados da coleta e da caça e compartilhavam seus afetos. A própria linguagem, que caracteriza o ser humano, surgiu no interior desse dinamismo de amor e partilha.

A competição é anti-social, porque implica a recusa da partilha e do amor. A sociedade moderna neoliberal, especialmente o mercado, se baseia

na competição. Por isso é excludente, inumana e portadora de destruição para a humanidade e para a Terra.

O órgão da carícia é, fundamentalmente, a mãoA ternura irrompe quando o sujeito se des-

centra de si mesmo, sai na direção do outro e deixa-se tocar pela sua história de vida. Mas posso interessar-me pelo outro porque assim me sinto melhor, porque apareço como compassivo, porque a carência do outro sublinha a minha bondade. Ao contrário, a ternura essencial interessa-se pelo outro, não pelas sensações que tem, mas por amor e pelo apreço de sua diferença.

A ternura se expressa pela carícia. O órgão da carícia é, fundamentalmente, a mão: a mão que toca, que afaga, que estabelece relação, que acalenta, que aquieta. A carícia essencial confere repouso e confiança. E ninguém dá e nem recebe carícia, sem corpo.

Texto elaborado sobre documento escrito por Olga de Sá – doutora em Comunicação

Da Vinci

Fevereiro de 2013 - 1a quinzenaFevereiro de 2013 - 1a quinzena Fevereiro de 2013 - 1a quinzenaO PINIÃO 4

O tempo não se constitui um ciclo implacável e cansativo, mas é uma oportunidade especial ofe-recida por Deus a seus filhos. A Igreja celebra no ciclo natalino algumas festas e realidades marcantes, correspondentes à ação amorosa de Deus, que nos enviou seu Filho como Salvador e Redentor.

No Natal, o nascimento do Menino Jesus deixou o mundo extasiado. O Filho de Deus, Deus verda-deiro e Homem verdadeiro, é alguém que chegou, passou pela magnífica e desafiadora realidade da família. Entrou nas estruturas do mundo. Participou de tudo, menos do pecado, justamente porque veio para salvar do pecado e da morte toda humanidade.

Logo após o Natal, a liturgia nos apresentou a Sagrada Família de Nazaré, a Festa da Mãe de Deus no Dia Mundial da Paz, os pastores que acorrem a Belém, e, enfim, os Magos que vieram de longe para desvendar o mistério suscitado pela Estrela. É a destinação final de tudo o que se celebra na Igreja neste tempo, isto é, abrir os espaços, para que to-dos reconheçam Jesus Cristo, Filho de Deus e nele creiam. As festas da Epifania (06/01) e o Batismo do Senhor (13/01) são manifestações do Salvador com significado universal.

No Ano Novo que começa, a Palavra de Deus nos pede atitudes novas, mudança de roupa. Ao povo de ontem e de hoje, pede que se tome a veste da justiça, da verdade e da paz. Toda nossa sociedade é chamada a se abrir para Deus, para a verdade e para a paz. Como diz a Bíblia: “Justiça e paz se abraçarão”. A paz trazida por Jesus Cristo só se estabelece onde houver justiça, liberdade, respeito pela vida, fraternidade, igualdade e solidariedade. Nossa sociedade, usando o argumento de uma laici-dade levada ao extremo, contribuiu para a separação da fé e vida. Com isso as pessoas ficam sem fé e sem vida digna.

Com o Ano Novo 2013, Ano da Fé, das indul-gências especiais e Ano da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro com a presença do Papa Bento XVI, auguramos que toda a humanidade tenha um ritmo de Ano Novo na fé, na justiça, na solidariedade e na paz.

Agradecemos ao Deus Uno e Trino tudo o que pessoal e comunitariamente recebemos no ano que terminou. As graças foram muitas. Pedimos perdão pelos nossos erros. Ao mesmo tempo colocamos nas mãos divinas o novo ano promissor que teremos. Que seu amor nos conserve, nos proteja e nos faça crescer na aventura do verdadeiro amor, da paz e do bem estar de toda sociedade e humanidade.

Na quarta-feira de Cinzas (13 de fevereiro), abriremos a CF 2013 com o tema sobre a juventude. Todos somos convidados a continuar nosso Projeto de Evangelização marcando presença ou ligando a Rede Vida de TV nos dias 18/01 e 15/02, às 18 hs, para o Terço da Medianeira e nos dias 21/01 e 18/02, às 9 horas, para a Santa Missa diretamente do Santuário Basílica da Medianeira.

Feliz e abençoado 2013 e boas férias!

Em ritmo dE ano noVoDom Hélio Adelar Rubert

Arcebispo de Santa Maria

A sabedoria da Igreja conhece o ritmo humano da vida e o preen-che com o que existe de melhor.

Oferece-nos o mistério de Cristo vivido no tempo. É por isso que nossa vida, nossos passos e nossas festas ganham sentido novo. O final de ano trouxe consi-go o convite à renovação de vida, exame de consciência, desejo de recomeçar e propósitos novos. Na mudança de calen-dário, para os cristãos, não há qualquer perspectiva mágica. Como pessoas de fé, somos chamados à renovação contí-nua pela graça de Deus, na medida em que o mistério de Cristo é celebrado e acolhido, com progressiva consciência.

Hoje, a restauração dessas catedrais conta com os mo-dernos processos de construção, e com todos os aparatos e maquinários que facilitam a realização das obras. Mas, e na época em que foram construídas? Não havia nada disso. Como os homens conseguiram chegar às alturas, para construir as torres e agulhas dessas catedrais? E não se tratava de simples torres, não! Eram obras-primas de esculturas rendadas, projetando-se para o infinito!

A torre da Catedral de Strassbourg, na França, por exemplo, eleva-se sobre a cidade e de muito longe a gente a vê sobre casas e edifícios. Toda a catedral é uma obra de arte. Suas paredes, internas e externas, esculpidas, seus vitrais e seu relógio astronômico. Suas colunas internas ostentam imagens elaboradas por grandes escultores da época.

Estivemos em várias dessas catedrais: elas impres-sionam por sua grandiosidade e altura de suas naves. Nem todas apresentam obras de escultura ou pintura, mas sempre são únicas, algumas com a beleza de arquitetura gótica. Entretanto, nem todas essas catedrais despertam em nós uma sensação de paz e recolhimento: muito gran-des e escuras, muito antigas com seu cheiro de ambientes

igrejAs e CAtedrAis dA europACarmelita Marroni Abruzzi

Professora universitária e jornalista

As recentes notícias sobre as comemorações dos 850 anos da Catedral de Notre Dame de Paris, em 2013 (foi iniciada em 1163. Seus novos sinos serão inaugurados em fevereiro deste ano), levaram-me a refletir sobre esses templos, alguns dos quais

levaram séculos para serem construídos e chegaram até nós nas edificações que conhe-cemos. Notre Dame levou 180 anos para ser construída e agora receberá seus novos sinos da torre norte, elaborados por um processo em que a antiga fundição de bronze se aliará aos recursos tecnológicos atuais, para encontrar o timbre perfeito que nos encantará.

fechados, algumas delas parecem, às vezes, nos oprimir e entristecer, num primeiro momento. Entretanto, essa sensação se transforma, quando as luzes se acendem e a música de seus órgãos invade o silêncio, nos encanta e provoca sentimentos de reverência e alegria.

A origem de muitas catedrais pode recuar no tempo há mais de 1000 anos, quando se iniciaram em modes-tas igrejas ou capelas. Entretanto, até hoje estão de pé, como testemunho do trabalho de homens que, embora sabendo que não as veriam concluídas, não desanimaram e contagiavam com seu ideal as gerações seguintes, que continuavam a obra.

E foi graças a essa fé que as grandes obras do passado chegaram ao Século XXI. Cabe a nós, cristãos desse século, manter viva a tocha dessa fé nos templos. Conservá-los, sim, mas, principalmente, permitir que essa fé informe nossa vida, transcenda as construções de pedras e dirija-se a todos os homens. Mas, ao mesmo tempo, poderemos ter sempre presente o Salmo 26, que se encontra num postal da Catedral de Rouen: “Senhor, amo a beleza de tua casa”.([email protected])

Um brinquedo geralmente traz consigo algu-mas implicações afetivas, históricas, emocionais, culturais e, sobretudo de sociabilidade. Por estas razões cria aquele espírito de fascínio que arrebata – ou pelo menos arrebatava – as crianças.

Eu lembro que na primeira fase da minha infância, lá pelos idos da década de 40, os brin-quedos não eram sofisticados, havia carrinhos de madeira ou de lata, e coisas mais simples como piões, cordas de pular e joguinhos de armar, etc. A gente era criança e gostava de brincar. Depois, vieram os brinquedos melhores, os trens elétricos, bolas de futebol, raquetes, bicicletas, livros, jogos, etc. E para as meninas havia bonecas temáticas, artefatos de cozinha, balanços, etc. Naquele tempo os brinquedos divertiam as crianças, tinham uma característica associativa e participavam de sua construção psicossocial. No passado, os pais ater-rorizavam as crianças com cantigas do tipo “bicho-papão”. Agora, os filhos alarmam os pais com a materialização dos monstros dos playstation. Os psiquiatras americanos apontam a violência desses “jogos mortais” como motivação para as chacinas.

Hoje, os objetivos associativos e psicossociais foram para o espaço. Não existem mais crianças. Pais e educadores idealizaram uma faixa etária dos 10 aos 20 anos, a que chamam de adolescentes. Deste modo, fica complicado dar um presente

os brinquedos dAs CriAnçAsAntônio Mesquita Galvão

Filósofo e doutor em Teologia Moral

O efeito de um brinquedo sempre teve um toque mágico sobre o imagi-nário de todas as crianças. Qual o adulto hoje não se deslumbrou dian-te de um pacote color ido que antevia o prazer de um presente?

para um desses nerds. Se você der um joguinho ele vai olhar com cara de desprezo, colocar de lado e nunca vai abrir a caixa. Eu recordo que costumava presentear meu filho e afilhados com bolas de futebol, raquetes de tênis e livros. Coisas em desuso hoje. O que eles gostam hoje é tênis, de marca, caríssimos e equipamentos eletrônicos, obsoletos a cada dois meses. Já escutei alguém chamar esses sabichões de “anões intelectuais” que pensam saber tudo, mas esquecem o essencial, que é conviver. Dez em técnica e zero em humanismo. As famílias dividem a culpa com a mídia.

Os jovens de hoje – que não gostam de ser chamados de crianças – têm fixação pelos celulares de última geração, que além de telefone, englobam máquina fotográfica, GPS, acesso à internet, jogos (em geral com programas ruidosos e violentos) além de sintonizadores de tevê e música (MP3, MP4 e outros). Aonde você for há um jovem, ou uma tribo deles, todos de aparelhos na mão, ligados naquilo que eles chamam de “tecnologia da comunicação”, embora não se comuniquem uns com os outros, nem com as famílias. Essa “tecnologia” está criando pessoas solitárias e indiferentes que imaginam que tudo cai do céu, ou melhor, dos tais aparelhinhos. Onde andam os brinquedos das crianças? Que resposta dará essa geração, no futuro?

Fevereiro de 2013 - 1a quinzena Fevereiro de 2013 - 1a quinzena EDUCAÇÃO &PSICOLOGIA 5

Ana Lúcia LouroProfessora da UFSM

Um olhar para os pobres na aula de música inspirado em experiências na Igreja

São muitas as fontes de aprendizado das pessoas que buscam refletir sobre a caminhada da vida. As minhas reflexões são informadas pelo meu trabalho como formadora de professores de música na UFSM e, da mesma forma, enquanto atuante na Igreja Católica, tocando minha música e como membro da Renovação Carismática Católica (RCC). Nesta

ocasião, me deparo com as ponderações que surgiram a partir de uma monografia de conclusão do curso de Licenciatura Plena em Música do aluno Jair dos Santos Gonçalves, defendida em junho de 2012. A maneira como Jair discorre sobre a sua atuação como professor de música surpreendeu a muitos de nós, seus professores, a mim também, mas tive surpresa

maior em pensar que sua perspectiva estava mergulhada em sua experiência na Igreja Católica. Por que mostrar as pesso-as que moram na rua, e sua música, para as crianças na escola? Da onde vem esta preferência especial pelos mais pobres?

Na rua, na escola, na igreja: músicas e cidadania

Cenas musicais de rua como parte da aula de música

Em seu trabalho, a partir de diários de aula escritos sobre suas aulas, Jair conta como foi desafiado nas Escolas em Ijuí a ensaiar bandas marciais. Da importância de ir além do ensaio, e fazer com que os alunos aprendam a ouvir mú-sicas novas, e sobre a relevância neste contexto das cenas com moradores de rua, as quais ele gravou e expôs aos alunos. Jair argumenta que, mesmo para os alunos de condição econô-mica menos favorável, é necessário a conscientização de que existem pessoas mais pobres que precisam ser visíveis para a sociedade. Ele pondera que ouvir a música que estas pessoas que moram nas ruas fazem nos ajuda não só a aprender a escutar músicas diferentes, mas a enxergar que estas pessoas existem, numa sociedade que, muitas vezes ensina os homens e as mulheres a olharem somente para si.

Música da vivência cotidiana na rua enquanto arte

Entretanto, para além das questões estéticas, pois as sonoridades foram questionadas em rela-ção ao seu valor de apreciação, ao que Jair pon-derou: o “valor” em arte já foi objeto de muitas controvérsias da ampliação daquilo que pode ser considerado artístico; existia a questão humana de aprender a enxergar a manifestação musical de pessoas em situação de risco social. Este aspecto me fascinou neste trabalho. Ao conversar com Jair, perguntando de onde vinha esta vontade de mostrar os mais pobres, ele respondeu “Cantei e toquei violão na Pastoral da Juventude da Igreja Católica por muitos anos e aprendi a me preocupar com as pessoas mais pobres”. Percebi novamente, assim como em outros alunos meus, a Igreja ensinando a professores de música os caminhos de formação.

A Igreja como instituição formadora de cidadãos

Em outros artigos que escrevi aqui no Soli-dário, refleti de que maneira a Igreja pode ser uma instância formadora. Porém, acredito ser in-teressante retornar a este tema também no que se refere à monografia do Jair. Sinto-me pessoalmente desafiada a pensar esta relação entre “estarmos juntos” como Igreja para louvar a Deus e buscar-mos transformar as “estruturas de pecado” da so-ciedade. Considero importante tanto olhar para os pobres, conforme fez Jair, quanto olhar para nossas próprias vidas e buscar cada vez mais a presença de Deus nas situações cotidianas, fácil ou difícil. Que possamos ter consciência de que formamos cidadãos, além de pessoas que apenas vão à Igreja, para que possamos assumir a responsabilidade que esta conscientização nos trás.

Imagens: Divulgação

Fevereiro de 2013 - 1a quinzenaFevereiro de 2013 - 1a quinzena Fevereiro de 2013 - 1a quinzenaTEMA EM FOCO 6

Pelo que, cabe então perguntar: está a humani-dade se tornando cada vez mais tecnodependente, juntando dinheiro para comprar esses aparelhos? Embora facilitem em muitas coisas, são tão ne-cessários para sua vida? Seria apenas expressão de comportamento infantil para um 'parque de diversões' na palma da mão? Ou até mesmo so-mente a necessidade de aparência? Ou a busca da felicidade e preenchimento de suas vazias vidas e tédio, já identificado como o inimigo número um do mundo moderno por Teilhard de Chardin?

Desaprendizado de convívio real, solidão e desumanização

Da internet para a TV; da TV para o compu-tador portátil ou para o celular; do celular para o tablet. É essa a rotina de muitos, mesmo durante as férias. "Ah, preciso conferir meus e-mails, preciso dar uma 'espiadinha' na rede social, no 'face', no meu twitter, preciso saber como anda o mundo, a política, a bolsa de valores, preciso estar disponível para chat, por isso meus aplicacativos – Facebook, Instagram, Agentto, Foursquare, Twitter – ficam sempre abertos. Se o semáforo demora para abrir, dou uma espiadinha".

As desculpas são as mais variadas. Enquanto isso, a família, os filhos, a esposa ou esposo, os amigos... Deus, ficam a esperar por momentos de convívio e estreitamento afetivo que não foram possíveis durante o ano. Nem tempo sobra para lembrar que somos apenas criaturas passageiras da Terra.

E troca-se a qualidade presencial pela quan-tidade virtual, a relação social real pela relação social virtual da internet tal qual refúgio em vida imaginária num constante empobrecimento e desaprendizado de convívio real, resultando em solidão e desumanização. Onde ficaram os gestos, o tom de voz, a expressão facial, a troca de olhar e o afago?

Estar ocupado: nova síndrome do século 21

A geração 'z', dizem, já nasce com o dedo no teclado. São os adolescentes de hoje. Os jovens, até 30 anos, seriam os da geração 'y' e ficam co-nectados o tempo todo por seu modelo de vida online. Na faixa entre os 30 e 45 anos, são os da geração 'x'. Acima dos 46 anos, são os 'babyboo-mers'. Todos – em menor ou menor grau – podem sucumbir – e quanto sucumbem! – à dependência tecnologógica e tem dificuldade – muita dificul-dade – de desconectar totalmente, incluindo em

Tecnodependência e isolamento do mundo real

A corrida pela liderança mundial de venda de produtos entre a americana Apple e a sul-coreana Samsung põe à luz o quanto a tecnologia de informação está incorporada na cultura atual. Considerando apenas o telefone móvel inte-ligente, mais conhecido como smartfone, a empresa sul-coreana vendeu quase 20 mihões de aparelhos somente no

último trimestre de 2012, contra um pouco menos da empresa norte-americana. Estamos falando apenas de um único pro-duto e de apenas dois fabricantes. Existem no mínimo outras doze marcas de smartfones e várias dezenas de fabricantes de gadgets eletrônicos (geringonça, em tradução livre) isto é, PDAs, celulares, leitores de mp3, livros eletrônicos, tablets (pren-

cheta eletrônica), note e net books, etc...

sua bagagem de viagem de férias, além de trajes de banho, algum livro, DVD, também o tablet, o smartphone, o laptop, etc. Os adolescentes e jovens 'precisam' continuar na 'rede'. Já os da faixa acima de 30 anos, dizem 'precisar' estar co-nectados ao seu 'trabalho': sofrem da síndrome de abstinência profissional. São reféns da tecnologia. Levantamentos recentes apontam que mais de 10 por cento dessa faixa – especialmente executivos – se sentem culpados por não estarem trabalhando durante as férias.

Estar ocupado! Seria essa mais uma nova síndrome do século 21, na qual as pessoas ficam ansiosas quando não estão trabalhando?

Desconectar ao menos nas férias: como?

Levantamentos recentes apontam que mais de 50 por cento dos brasileiros não conseguem ficar desconectados nas férias. Estão trabalhando e não desgrudam de smartphones, tablets ou net e notebooks, enviando e-mails, fazendo ligações, mesmo de folga. São os empregados 24/7 - 24 horas, sete dias da semana.

Especialistas de terapia 'desocupacional' apon-tam 10 erros comuns que dificultam desligar-se nas férias:

1 - Não planejar adequadamente; 2. Não trei-nar um substituto; 3. Não confiar no substituto; 4. Não comunicar os envolvidos; 5. Levar o “kit empresa” na viagem; 6. Tirar um período muito curto de férias; 7. Ficar sintonizado em projetos; 8.

Ler livros ligados ao trabalho; 9. Manter a rotina; e 10. Voltar das férias direto para o trabalho.

Em vez disso: avise que estará offline e que urgências poderão ser resolvidas por telefone; avise em sua rede social que ficará meio offline nesse período de férias; deixe o celular de lado nas atividades; não pense tirar foto de tudo e curta o momento; use o celular para falar com as pessoas e não para postar em redes sociais, descobrindo que é muito gostoso ouvir a voz das pessoas, rir, contar novidades e tudo mais. Proporcione um contato mais humano.

Desintoxicação digital e a busca do equilíbrio

Parece que a humanidade de hoje não mais consegue viver sem os constantes 'ruídos' no seu entorno, proporcionados pela incrível parafernália tecnológica. Não encontra mais tempo para curtir o silêncio, a paisagem. Ou até um bate-papo com o vizinho, com o passageiro ao lado no ônibus ou na fila de espera. Que pensa que precisa saber de tudo que rola do Oiapoque ao Japão, mesmo que seja com a profundidade de um pires. E parece gostar da vigilância do Big Brother, vislumbrado por George Orwell. Parece gostar de ser localizado e localizar imediatamente a quem quer que seja através de um desses brinquedinhos de bolso.

Seria incapacidade de conviver consigo mesmo? No silêncio e paz de sua existência! Na contemplação de toda a criação e de seu Criador!

Nevit Dilmen/sxc/hu

Fevereiro de 2013 - 1a quinzena Fevereiro de 2013 - 1a quinzena AÇÃOSOLIDÁRIA 7

"Recebo graças e graças"

Férias sem TI, com Deus e com quem sofre

As modernas tecnologias de informação, as denominadas TI, disponibilizam facilidades nunca vividas pelos humanos. Intrinsicamente, não são más nem boas: nós, seus usuários, definimos seu uso. E há – felizmente ainda a maioria – que sabe usá-las para seu bem e do próximo. Não sucumbiu à sua escravidão e ainda são capazes de ter tempo para con-

templar... e agir. Que, mesmo tendo quase tudo ao alcance do poder do dinheiro, buscam um sentido para a vida e tentam abrir portas para a experiência de Deus. Um Deus que é simples e que pode ser encontrado no próximo, especialmente se esse próximo está no leito de um hospital. A doença, uma vez instalada, não tira férias. O doente não tem direito a férias e

espera pelo olhar e atenção de quem está com saúde. É assim que pensam e agem muitos anônimos bons samaritanos que, diariamente, transitam pelas enfermarias e quartos dos hospitais. Falamos com dois deles.

É assim como se sente o cirurgião-dentista Eduardo Eugênio Casagrande, 53 anos, casado com Lúcia e pai de Lucas, 22, Maria Elisa, 16 e Mateus, com 15 anos.

Solidário - Desde quando e onde atua como ministro extraordinário da Eucaristia?

Eduardo Casagrande – Recebi o mandato de Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão há um ano e dois me-ses. Atuo no Hospital Moinhos de Vento, Hospital Militar de Porto Alegre, nas residências e na paróquia (Sagrado Coração de Jesus).

S - O que o levou a essa atividade extra-profissional e voluntária? Ela lhe gratifica?

Casagrande - Recebi com surpresa a indicação da comunidade através do nosso pároco, pois nunca havia pensado em tal serviço por me julgar indigno e achava que não teria tempo para este chamado. Desde que iniciei este serviços me sinto extremamente grato, a Deus que me escolheu e capacitou, e aos irmãos que me recebem como um instrumento do amor de Deus. Como profissional da saúde, lido com a doença e a dor diariamente e tento resta-belecer a saúde e autoestima dos meus pacientes. Porém, como ministro, levo Cristo Vivo, o Senhor que vem trazer

a cura e a paz da alma. Rezo para que eu seja sempre dócil e manso ao Espírito Santo. A alegria e a satisfação quando saio do Hospital é imensa. Vejo no rosto de cada doente que comunga a transformação que a Eucaristia realiza.

S - Sabendo que também participa na escala de assis-tência espiritual e eucarística junto a hospital, recorda de algum caso que muito o emocionou? Poderia resumi-lo em breves linhas?

Casagrande - Quando fazia a minha assistência no hos-pital, encontrei um jovem esposo na capela, chorando muito, pois sua esposa tinha acabado de dar à luz a sua primeira filhinha. No parto, a mãe teve complicações neurológicas, corria risco de vir a óbito. Rezei por esta família, o esposo com muita fé comungou "pelos dois", usando suas próprias palavras. No mês seguinte, o esposo estava muito feliz: sua esposa estava se recuperando aos poucos e, pela primeira vez, tomaria sua filhinha em seus braços no dia da festa de Corpus Christi. Então, mostrou as fotos de sua filhinha. Disse que se chamava Maria Isabel e que ele também era ministro extraordinário da Sagrada Comunhão. Então, to-mou a comunhão em sua mão e falou para a esposa: 'Jesus veio nos visitar'.

"Instrumento de Deus"

É o que assegura o porto-alegrense, representante comercial Flávio Luiz Damm, 57 anos, casado, pai de duas jovens e que é ministro extraordiário da Eucaristia desde 2005. E, desde final de 2012, também é ministro da Esperança com atuação no Cemitério S. João de Porto Alegre.

"Não me aposento enquanto tiver saúde. Quero estar sempre a serviço do irmão, achando uma brecha nos meus compromissos profissionais. Nessa dedicação, re-cebo graças e graças, muitas graças.... O retorno sempre é maior do que a doação. Ao ajudar estou sendo ajudado pelo que está sendo ajudado".

Solidário - Como tudo começou?Damm - Durante a catequese de primeira comunhão

para minhas filhas, que hoje têm 22 e 23 anos. O padre da paróquia - Coração de Jesus do Bairro Higienópolis - convidou-me para fazer uma leitura durante a missa. Foi aí que conheci a palavra, a Igreja e a comunidade.

S - Quem mais participa nessa atividade junto a doentes?

Damm - Inicialmente, atuei no Hospital Militar. Depois, passei ao Moinhos de Vento, onde mais atuo.

Lá, somos cinco colegas. Cito o Paulo Martins e a Mirna Wiltgen, professora aposentada. Tenho colegas que atuam nas geriatrias – que também não pararam nas férias, pois a idade e os asilos não tiram férias. O Orlando Catito Moreira, da Paróquia Auxiliadora, é um deles.

S - Fale mais sobre esse trabalho. Damm - É maravilhoso! Gratificante para o paciente

e muito mais para nós. Faça pelos outros que acabas fa-zendo para ti. Ali está o irmão, num leito de hospital. Sua gratidão quando chegamos, nos comove. Essa alegria, devoção, e identificação com as nossas convicções reli-giosas nos tocam de maneira ainda mais intensa. Quando o paciente é do interior – muitas vezes meio esquecido especialmente nas férias dos parentes, nossa visita com a eucaristia traz muitas vezes uma alegria maior ainda. Somos, aí, representantes da Igreja. Antes de ministrar a eucaristia, fazemos breve questionário – nome, paróquia, nome do pároco, etc. Isso mexe com as raízes de sua espiritualidade que pode ter ficado num passado distante.

S - Quando tira férias?Damm - Não tiro férias. Minhas férias se resumem

aos domingos, para a família e leituras espirituais.

Flávio Luiz Damm

Eduardo Casagrande e família

Fevereiro de 2013 - 1a quinzenaFevereiro de 2013 - 1a quinzena Fevereiro de 2013 - 1a quinzenaSABER VIVER 8

Visa e Mastercard

Irmã Jurema Borges - 05/02Miriam Souza - 06/02João C. Nedel - 07/02

Lezith Rodrigues Correa - 08/02Rodolfo Pfitscher - 09/02

Martha G. A. D'Azevedo - 10/02Maria de Lourdes Pinheiro - 12/02

Odete Gonçalves - 13/02

Desde o dia 31 de agosto, conforme a Resolução 1995, do Conselho Federal de Medicina (CFM), qualquer pessoa, desde que maior de idade e plena-mente consciente, pode definir junto ao seu médico quais os limites terapêuticos para a fase terminal. Mas o bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ), Dom Antônio Augusto Dias Duarte, alerta para que, sob o nome de ortotanásia, não se aplique eutanásia pela falta de distinção entre tratamentos com meios terapêuticos propor-cionais e tratamentos com meios terapêuticos desproporcionais. “Tem que distinguir muito bem quais são os meios terapêuticos proporcionais e os meios tera-pêuticos desproporcionais.(...) Essa Diretiva Antecipada de Vontade ou Testamento Vital, conforme o CFM, não me parece que seja um avanço na relação médico-paciente, não me parece que seja um progresso, porque esse procedimento pode não estar diretamente relacionado à ortotanásia. Pode estar di-retamente ligado à eutanásia. Porque a ortotanásia é a pessoa manifestar o seu desejo de não ter meios desproporcionais, do ponto de vista tecnológico, medicamentoso ou econômico, diante de uma morte iminente, na evolução de uma doença que sabe que não vai mais conseguir deter, porque essa patologia leva à morte. Agora, qualquer coisa que você faça sobre aquela pes-soa que vai antecipar a morte, isso é, propriamente dito, euta-násia, embora alguns queiram manipular a opinião pública dizendo que isso é ortotanásia.

Ortotanásia ou Eutanásia?Não é. Ortotanásia é interrupção de meios desproporcionais. Eu-tanásia é interrupção de meios proporcionais. O Código de Ética Médica, em vigor desde abril de 2010, explicita que é ve-dado ao médico abreviar a vida, ainda que a pedido do paciente ou de seu representante legal (eutanásia). Mas, atento ao com-promisso humanitário e ético, prevê que nos casos de doença incurável, de situações clínicas irreversíveis e terminais, o médico pode oferecer todos os cuidados paliativos disponíveis e apropriados (ortotanásia). O bispo adverte que entender o que são meios proporcionais e desproporcionais ajuda a não confundir ortotanásia com eutanásia, já que, com a Dire-tiva Antecipada de Vontade, o paciente poderá definir, com a ajuda de seu médico, os procedi-mentos considerados pertinentes e aqueles aos quais não quer ser submetido em caso de ter-minalidade da vida, por doença crônico-degenerativa. Será pos-sível, por exemplo, expressar se não quer procedimentos de ventilação mecânica (uso de respirador artificial), tratamento medicamentoso ou cirúrgico do-loroso ou extenuante ou mesmo a reanimação, na ocorrência de parada cardiorrespiratória. “Por exemplo, se eu sou uma pessoa que não tem os meios econômi-cos necessários e há em outros países uma medicina mais avan-çada, um remédio mais caro, eu não tenho obrigação moral de procurar esses meios, que a mim são desproporcionais porque a minha condição econômica não me permite. (...) O segundo

exemplo é um caso em que, já com a evolução da doença, com um juízo bem fundamentado por parte dos médicos de que realmente aquele tratamento não está sendo suficiente para deter a evolução da enfermidade ou para curá-la, de forma que a morte é, então, iminente, eu não tenho a obrigação de usar meios desproporcionais para poder manter uma esperança que não existe de que aquela doença será curada. Sendo assim, eu tenho a liberdade de dizer: ‘não, esses meios desproporcionais eu não quero’ e, ao tomar essa decisão, eu não estou sendo a favor da eutanásia e nem estou deixando de cuidar da saúde. Porque eu já sei que, com esses tratamentos desproporcionais, não vai haver uma melhora de qualidade, não vai ter uma cura da doença. Simplesmente vai ter um prolongamento do tempo, com resultados nulos. Então, eu posso suspender esse possível tratamento desproporcional, não aceitá-lo. Essa minha decisão chama-se ortotanásia.

Como pode ser feita a Diretiva Antecipada de

Vontade?Pela Resolução 1.995/2012

do Conselho Federal de Medici-na (CFM), o registro da Diretiva Antecipada de Vontade pode ser feito pelo médico na ficha médica ou no prontuário do pa-ciente, desde que expressamente autorizado por ele. Para tal, não são exigidas testemunhas ou assinaturas, pois o médico – pela sua profissão – possui fé pública e seus atos têm efeito legal e jurídico. No texto, o objetivo deverá ser mencionado pelo médico de forma minuciosa, esclarecendo que o paciente está lúcido, plenamente consciente de seus atos e compreende a decisão tomada. Também deverá constar o limite da ação terapêu-tica estabelecido pelo paciente. Neste registro, se considerar necessário, o paciente poderá nomear um representante legal para garantir o cumprimento

de seu desejo. Caso o paciente manifeste interesse, poderá re-gistrar sua Diretiva Antecipada de Vontade também em cartório. Contudo, este documento não será exigido pelo médico de sua confiança para cumprir sua von-tade. O registro no prontuário será suficiente. Independente-mente da forma – se em cartório ou no prontuário - essa vontade não poderá ser contestada por familiares. O único que pode alterá-la é o próprio paciente. A Diretiva Antecipada de Vontade é facultativa e pode ser feita em qualquer momento da vida, mes-mo por quem goza de perfeita saúde, e pode ser modificada ou revogada a qualquer momento.

Dever vs DireitoPara dom Antônio, é neces-

sário também ter atenção para que não se confunda o que é dever de cada um e nem se trans-forme o que hoje é um direito num direito arbitrário, no futuro. “É um dever do médico propor-cionar a saúde ao seu paciente e, quando não consegue obter a total saúde para ele, deve, pelo menos, aliviar o seu sofrimento. Assim como a própria pessoa tem o dever de cuidar da sua saúde e os seus familiares tam-bém têm o dever de fazer com que essa pessoa seja tratada. É só quando está comprovado cientificamente que não existe nenhum tratamento que vai im-pedir a evolução da doença, que está caminhando para a morte iminente, é que se pode abrir mão do tratamento terapêutico, porque, neste caso, é despro-porcional. Agora, conceder às pessoas, com essa resolução, o direito absoluto sobre a vida humana, é um direito que pode transformar-se depois num di-reito arbitrário, porque você co-meça com um paciente e depois o árbitro dessa vida pode ser o médico ou seus familiares. (...) Então, esse Testamento Vital, nome utilizado nos EUA e nos países da Europa e que aqui tem o nome de Diretiva Antecipada de Vontade, é querer registrar

um desejo expresso pelo pa-ciente em um documento, que vai permitir que a equipe que o atenda tenha um suporte legal, que dizem ético, mas não existe suporte ético para cumprir o que prescreve o paciente”, disse. De acordo com o bispo auxiliar do Rio de Janeiro, não existe suporte ético para cumprir o que prescreve o paciente porque esta orientação aos médicos dá à pessoa o direito absoluto sobre a sua vida no momento em que está fragilizada pelo sofrimento: “A pessoa, mesmo que esteja com uma doença terminal com morte iminente, não pode dizer: ‘me mate agora, porque eu vou morrer semana que vem’. (...) Os estudos da psicologia médica demonstram que num paciente com uma doença grave, mesmo que não exista a morte iminente, o sofrimento é de tal ordem que a pessoa em sua reação pede: ‘eu quero morrer’, e isso é normal no desenvolvimento de doenças mais graves. Mas esse pedido de querer morrer é, justamente dentro de uma psicologia bem estudada pelos especialistas nessa matéria, o desejo de ser cuidada, de ter alguém que aju-de a suportar e a aliviar aquele sofrimento. E isso é o papel da Medicina, que a ética prescreve, que é ter as medidas dos cuida-dos paliativos, proporcionando uma equipe médica multidisci-plinar, para ajudar realmente a pessoa a morrer com dignidade. E não morrer por omissão dos meios proporcionais de cuidar da pessoa até o momento final.

FiscalizaçãoDom Antônio, assim como o

fez o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Raymundo Damasceno Assis, chama a atenção para que a fiscalização à aplicação da resolução seja feita pelo Conselho Federal de Medicina para garantir os recur-sos básicos para os pacientes em casos terminais. “Se o paciente quer morrer com dignidade e deseja que seja em casa, e não numa Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), no meio de aparelhos que estão apenas pro-longando o sofrimento, então os médicos têm o dever de manter os cuidados paliativos, no sen-tido de diminuir a dor, manter os cuidados higiênicos, os cui-dados básicos alimentares, a hidratação que a pessoa precise receber... Esses cuidados palia-tivos são o outro lado da moeda dessa decisão de interromper o tratamento desproporcional”, orientou.

Rio de Janeiro - Arquidio-cese do Rio de Janeiro/SIR.

Fevereiro de 2013 - 1a quinzena Fevereiro de 2013 - 1a quinzena ESPAÇO LIVRE 9

Humor Sem FronteirasMartha Alves D´Azevedo

Comissão Comunicação Sem Fronteiras

Leonard

O Livro da Família 2013 e o Familienka-lender 2013 estão disponíveis para ven-da. Faça seu pedido na Livraria Padre Reus, em Porto Alegre. Adquira também na nossa filial, no Santuário Sagrado Co-ração de Jesus, em São Leopoldo.

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RESERVE O SEU EXEMPLAR

Fé E Vida

Os representantes das Conferências Episcopais da América Central, reuniram-se na última se-mana de novembro de 2012 na cidade do Pa-

namá, para refletir sobre os problemas entre Fé e Vida.

Na Assembleia Geral do Secretariado Episcopal da Amé-rica Central, SEDAC, os representantes das Conferências Episcopais da Guatemala, de Honduras e de El Salvador, concordaram sobre a falta de coerência dos cristãos entre fé e vida, especialmente nas áreas da economia, da empresa e da política. Destacaram a necessidade de compromisso dos po-líticos e dos empresários com a Democracia, a Justiça Social, os Direitos Humanos, a proteção do ambiente e uma visão de desenvolvimento comprometida com estes valores.

O arcebispo salvadorenho, monsenhor Escobar, informou que, há 30 anos do martírio de sacerdotes, religiosos e leigos centro-americanos pela vigência dos valores do Evangelho, a Igreja não pode se sentir vitoriosa pois subsistem os mesmos problemas de desigualdade e corrupção, que exigem o com-promisso com os mais pobres na construção do Reino de Deus. Junto a ele, o prelado guatemalteco, monsenhor Sagastume, informou que a opção violenta da juventude, expressada nas “maras”, e a migração constante de centro-americanos para os Estados Unidos, muitas vezes de maneira ilegal e perigosa, são expressões da injustiça social que vive a região.

Finalmente, o bispo hondurenho, monsenhor Garachana, fez um chamado, não aos políticos, e sim aos católicos, que pensam que a fé não tem nada a ver com a política, assinalando que uma vivência intimista da fé é contrária ao cristianismo, que nos chama a ser luz e sal no mundo, e fermento do Reino em nossa sociedade. Monssenhor José Luis Escobar, arcebispo de São Salvador, monsenhor Bernabé Sagastome, secretário geral da Conferência Episcopal Salvadorenha e monsenhor Ángel Garachana Pérez, vice-presidente da Conferência Episcopal Hondurenha, refletiram em torno da vigência do Concílio Vati-cano II nas suas respectivas comunidades eclesiais e os desafios para enfrentar o que segue solicitando o Concílio na hora atual.

Dia 28 de novembro, os bispos assistiram à abertura do Ano Jubilar 2012-2013 pelos 500 anos da primeira diocese em terra firme do continente, Santa Maria, a Antigua.

Fé e Vida devem estar unidas e são preocupação da Igreja. ([email protected]).

OCLACC (Organização Católica Latinoamericana e Caribenha de Comuni-cação), com informação da Oficina de Comunicação da

Arquidiocese do Panamá.

Três homens esta-vam discutindo qual era a profissão mais antiga do mundo. O marceneiro perguntou: - Quem vocês acham que fez a Arca de Noé? O jardineiro re-bateu: - E quem vocês acham que regou o Jardim do Éden? Finalmente, o eletricista falou: - Quan-do Deus disse "Faça-se a luz!", quem vocês acham que passou a fiação?

xxx

Uma mulher desce do trem e um passageiro gri-ta: - Ei! A senhora esque-ceu um pacote no assento. - Eu sei, ela respondeu. - Mas a senhora não vai levá-lo? - Não, meu filho. Estou deixando sanduí-che para meu marido. É que ele trabalha na seção "Achados e Perdidos".

xxx

Pouco antes do casa-mento, o pai se aproxima do noivo e pergunta: - Meu rapaz, o senhor tem condições de sustentar uma família? - É claro! - ele respondeu. Todo feliz, o pai retrucou: - Ótimo! Somos em nove.

xxx

O médico pergunta ao paciente: - O senhor tomou o remédio que eu lhe receitei? O paciente responde: - Impossível, doutor. O vidro tinha um rótulo que dizia: "Conser-ve fechado"...

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Religiosas emitemos votos perpétuos

Duas jovens optam por viver no seguimento radical a Jesus Cristo pobre, humilde e crucificado.

No dia 7 de janeiro, Irmã Carla Danielle de Lira Porfírio, da Congrega-ção das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora Aparecida, na Comunidade São Dimas, em Manaus-AM, confirmou sua opção pela Vida Religiosa Consagrada emitindo Votos Perpétuos. A cerimônia realizou-se na Paróquia São Jorge, Comunidade São Dimas, em Manaus/AM. Ir. Carla é natural de Manaus/AM. Atualmente, Ir. Carla reside em Campo Grande/MS, cursa faculdade de Psicologia e dedica-se ao Serviço de Animação Vocacional.

Irmã Fatima Chaparro fará sua Profissão definitiva no dia 2 de feve-reiro, na paróquia São Pedro, em Bonito/MS. Ela reside em Porto Alegre/RS. Cursa a faculdade de Administração e trabalha na Escola Especial para Surdos Frei Pacífico.

Primeira ProfissãoApós dois anos de Noviciado, realizado na Betânia Madre Clara, em

Porto Alegre/RS, as jovens Géssica da Rosa Oliveira, natural de Costa Rica/MS, e Maria Raimunda da Rocha Mar, natural de Novo Aripuanã/AM, farão sua Primeira Profissão Religiosa, emitindo os Votos de Pobreza, de Obediência e Castidade, na Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora Aparecida.

A celebração ocorreu em Porto Alegre, no dia 20 de janeiro. A partir de fevereiro, Ir. Maria Mar estará a serviço do povo e do Reino de Deus, em Porto Esperidião/MT e Ir. Géssica estará a serviço do Reino de Deus junto aos jovens na Animação Vocacional, em Porto Alegre/RS.

Ingresso ao NoviciadoJá as jovens Andréia Müller, natural de Arroio do Tigre/RS; Julianne

da Silva Costa, natural de Manacapuru/Am e Josane dos Santos Garcia, natural de Manaus/AM, após terem concluído o Curso Sequencial de Te-ologia na ESTEF, em Porto Alegre/RS e o tempo de caminhada formativa no postulado, solicitarão ingresso à etapa do Noviciado na Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora Aparecida.

O ingresso está marcado para o dia 9 de fevereiro e marcará a continui-dade do processo formativo para Vida Religiosa Consagrada. O Noviciado é um período de profunda reflexão e oração e de prática intensa de vida fraterna no espírito da Congregação. É o tempo apropriado para aprofundar o conhecimento do Senhor e intensificar o convívio na sua intimidade.

Fátima e Carla Josane, Andrea e Julianne

Géssica e Maria

Psicosul ClínicaAlbano L. Werlang - CRP/07-00660 Marlene Waschburger - CRP/07-15.235 Jôsy Werlang Zanette - CRP/07-15.236

Vig. José Inácio, 263/113, Centro, P. Alegre3224-5441 // 9800-1313 // 9748-3003

Fevereiro de 2013 - 1a quinzenaFevereiro de 2013 - 1a quinzena Fevereiro de 2013 - 1a quinzenaIGREJA &CCOMUNIDADE 10

CatequeseSolidário Litúrgico

Cor: roxa17 de fevereiro - 1o Domingo da Quaresma

10 de fevereiro - 5o Domingo do Tempo ComumCor: verde

a importância da rEunião dE pais E catEquistas

Pe. Jorge Sampaio, C. Ss. R.

A reunião dos catequistas com os pais exige cuidado e preparação, pois é sempre um espaço privilegia-do de evangelização e não pode ser improvisada.

Nos dias de hoje, muitos adultos necessitam passar por uma nova catequese, e talvez seja por isso que muitos não conseguem ser presença viva na educação da fé das crianças e adolescentes. Portanto, essa reunião não deve ser apenas para tratar dos assun-tos práticos de como será a celebração do batismo, da eucaristia ou da crisma, mas é bom que seja um momento formativo para que os pais entendam o significado dos sacramentos para os quais seus filhos se preparam. É uma grande oportunidade para também catequizá-los.

Aqui vai minha sugestão para essa reunião:— primeiramente, o convite deve ser feito a todos os pais,

de preferência por escrito, pois muitos não participam das cele-brações na comunidade;

— deve ser enviado com certa antecedência, de preferência a reunião deve ser marcada em dia e horário da semana que possa reunir um grande número de participantes;

— um detalhe importante no convite é determinar o horário de início e fim da reunião.

Tomados esses cuidados, o grupo de catequistas deve reunir-se para a distribuição das tarefas:

— organização do local que comporte todos os participantes;— alguém que se encarregue da acolhida aos pais;— dinamizar a oração inicial que tenha preferencialmente

cânticos populares para que todos possam cantar juntos;— alguém que dirija a reunião em seu conjunto e alguém

para conduzir a conversa sobre os detalhes práticos, quando a reunião se destina à preparação próxima da primeira eucaristia, ou crisma.

Alguém do grupo poderia aplicar com os pais uma dinâmica sobre algum tema que foi tratado com os catequizandos, como, por exemplo:

— "A pessoa de Jesus e seu projeto de vida"; ou ainda— "A Igreja, povo de Deus, somos todos nós";e somente depois o dirigente da reunião provoca a partilha,

colocando de modo claro aos pais a pergunta:— "Para vocês, pais, qual a importância do Batismo de seus

filhos? " (ou outra pergunta relacionada ao tema desenvolvido com os pais).

O ideal é permitir que todos deem sua opinião e, no final, se poderá fazer uma síntese dessa partilha.

Participação na comunidadeUma reunião assim poderá ajudar muitos de nossos pais a to-

mar consciência da importância da participação na comunidade, ao invés de reduzir esse momento apenas ao flash das máquinas fotográficas e à agitação.

Que essa dica possa contribuir para uma maior dinamicidade na catequese em nossa comunidade. Revista de Aparecida

1a leitura: Livro do Deuteronômio (Dt) 26,4-10

Salmo: 90(91),1-2.10-11.12-13.14-15 (R/. cf 15b)

2a leitura: 1a Carta de S. Paulo aos Romanos (Rm) 10,8-13

Evangelho: Lucas (Lc) 4,1-13Comentário: Iniciamos, neste domin-

go, o tempo muito especial que vai na contra-mão do pensar e do agir da maioria das pessoas: o tempo da Quaresma, tempo de reflexão e de conversão. Isso, tomar um tempo para refletir e se converter para o outro, para o bem, para Deus, é o que a maioria das pessoas menos quer e até rejeita como sendo tempo inútil, sem sentido prático, sem cabida neste nosso tempo em que “tempo é dinheiro. E di-nheiro é o que importa”.

Neste primeiro domingo da Quaresma vamos, com Jesus, ao deserto. Humano, como qualquer um de nós, Jesus sofre as mesmas tentações que nós sofremos: a tentação do prazer pelo prazer, a tentação do ter pelo ter, a tentação do poder pelo poder. São as mesmas grandes tentações do tempo de Jesus e do nosso tempo também: o prazer, o ter e o poder, trans-formados em ídolos, em projetos de vida,

1a leitura: Livro do Profeta Isaias (Is) 6,1-2a.3-8

Salmo: 137(138), 1-2a.2bc-3.4-5.7c-8 (R/.1c)

2a leitura: 1a Carta de S. Paulo aos Corín-tios (1Cor) 15,1-11

Evangelho: Lucas (Lc) 5,1-11Comentário: Estamos às margens do

lago de Genezaré. Uma multidão cerca Jesus para ouvir aquela Palavra nova, diferente, consoladora, que valoriza as pessoas e faz de sua vida o centro da pregação. Ali perto, um grupo de pescadores profissionais está lavan-do as redes. Estão tristes, abatidos: enfim, a pesca era o seu sustento e o sustento de suas famílias. Haviam trabalhado toda a noite sem nenhum resultado: os barcos estavam vazios. Jesus entra numa das barcas, a de Pedro, e pede que se afaste um pouco da margem. E deste “púlpito” improvisado, ele continua ensinando. Depois, diz a Pedro: Avancem para águas mais profundas e lancem as redes (5,4). Pedro deve ter pensado: o que é que o Mestre quer ensinar a nós, profissionais do ramo, ele que de pesca não entende nada! Ainda mais naquela hora do dia, nem pensar que vai dar peixe... Embora meio contrariado, Pedro atende a Jesus e lança as redes. E a pesca foi tão abundante que encheram os dois

barcos até a borda. Quando Pedro pede que Jesus se afaste dele, reconhecendo-se peca-dor, Jesus define a futura missão de Pedro e seus companheiros: Não tenham medo; vocês serão pescadores de homens (cf 5,10).

Para “pescar homens” é preciso ir até onde os homens estão. Sem medo, avan-çar para águas mais profundas, revoltas, contraditórias, perigosas. Em grande parte, a Igreja tem praticado uma “pastoral de manutenção”. Resultado: grande parte de cristãos, vivendo uma fé sem compromisso, instalados nas águas rasas, tranquilas, onde apenas há “marolinhas”, nunca ondas fortes e desafiadoras; mas o cristão, que se deixa ficar aí, “numa boa”, acomodado na sua fé de consumo e manutenção, não deve chamar-se, nem discípulo, muito menos missionário do Senhor Jesus. O seguimento de Jesus sempre traz consigo deixar algo, assumir compro-missos, enfrentar riscos. Há dois mil anos, aqueles pescadores deixaram suas redes, seus barcos, suas famílias e seguiram a Jesus (cf 5,11). Fica a pergunta que cada um de nós deve fazer a si mesmo: O que devo deixar, de que me devo desapegar, que devo assu-mir para ser, hoje, um verdadeiro discípulo/missionário de Jesus de Nazaré? Sem medo de ser cristão, sem medo de ser feliz!

em deuses e colocados no lugar de Deus. No imaginário “diálogo” de Jesus

com o diabo, o tentado rejeita a tentação e retruca ao tentador, restabelecendo a verdadeira hierarquia de valores e de serviço: o prazer do “pão” é bom e ne-cessário, mas como meio para um viver humano digno; o ter é bom e necessário, mas como meio para a prática de um amor solidário que privilegia os mais necessitados da sociedade; o poder é bom e necessário, mas sempre visando o bem comum, o bem do outro, o bem da co-munidade. Numa sociedade que endeusa o prazer, o ter e o poder, este tempo da Quaresma nos convida, como cristãos, a retirar-nos a um tempo de silêncio em nosso “deserto interior”. Ali, no silêncio interior, vamos refletir sobre os valores que orientam nossa prática religiosa e nossa vida e converter-nos para Deus, Pai/Mãe de Jesus Cristo, que sempre é uma conversão aos nossos irmãos e irmãs de caminhada. Esta reflexão nos levar a orar e dizer: “Senhor, não nos deixes cair na tentação do prazer, do ter e do poder e converte-nos para o bem-querer de todos aqueles que tu colocas em nossa vida”. ([email protected])

Fevereiro de 2013 - 1a quinzena Fevereiro de 2013 - 1a quinzena ESPAÇO DAARQUIDIOCESE Coordenação: Pe. César Leandro Padilha

11Jornalista responsável: Magnus Régis - ([email protected])Solicita-se enviar sugestões de matérias e informações das paróquias. Contatos pelo fone (51)32286199 e [email protected] Acompanhe o noticiário da Pascom pelo twitter.com/arquidiocesepoa

Facebook: Arquidiocese de Porto Alegre

Neste início de 2013, a Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Viamão, registrou, novamente, o avanço nas obras de restau-ração das paredes internas da igreja. Na entrada, já foi removida uma parte do reboco, sendo aplicada a nova camada que é feita somente de cal e areia.

Também foi registrado os contornos que vão ganhando forma da obra de acessibilidade junto à lateral da igreja, desde a porta que dá acesso à nave, até à porta da sacristia onde está sendo concluída a escada. Em frente a igreja, está praticamente pronto o novo cal-çamento que foi feito com as pedras ordenadas e bem alinhadas.

Estas são etapas importantes que vão dando a configuração ao todo da restauração da Igreja e deixando cada vez mais perto da conclusão final.

Ainda falta muito, mas com certeza vamos avançando neste pro-jeto que sistematicamente nestes últimos anos está em andamento.

Pe. José Antônio Heinz-mann é o novo reitor do Seminário Menor São José de Gravataí. Transferido da Paróquia Santa Rosa de Lima, na zona norte de Porto Alegre, o presbítero foi nomeado pelo arcebispo metropolitano, Dom Dadeus Grings, e apresentado aos seminaristas ainda em de-zembro de 2012.

O novo reitor assume em substituição ao Pe. Edison Stein, que foi cedido para Arquidiocese de Pelotas. Pe. José Antônio destaca que sua função, como reitor, "é zelar pela formação, pelos seminaristas, bem como pela administração do Seminá-rio". O reitor conta ainda com auxilio de uma equipe de formadores, o Pe. José Loinir Flach, mestre do Pro-pedêutico, Pe. Ângelo José

Seminaristas participam de Experiência Missionária na Arquidiocese de Porto Velho

Café da Manhã entre Políticos e IgrejaNo sábado, dia 12 de janeiro, o Vicariato de Guaíba realizou um

Café da Manhã entre Políticos e Igreja. O encontro teve a finalidade de mostrar as afinidades entre a Política e a Igreja. Participaram lideranças católicas, as Irmãs de São José, padres e políticos. Re-presentantes da Escola do Bem Comum, do Vicariato da Cultura, lançou o convite para a participação do Curso sobre a Doutrina Social da Igreja, em Porto Alegre. Pela troca de ideias, ficou claro que estes encontros devem ter continuidade.

Novos integrantes no Seminário de Viamão O mês de dezembro é especial para o Seminário Maior de

Viamão porque marca a festa das ordenações de novos padres e o ingressos de ex-propedeutas como Seminaristas Maiores. Seis novos jovens, que na caminhada vocacional buscam o sacerdócio, foram acolhidos no seminário. São eles: Kassius Kirsten - Paróquia Nossa Senhora da Conceição - São Jerônimo (Vicariato de Guaíba); Neimar da Rosa - Catedral Metropolitana - Porto Alegre (Vicariato de Porto Alegre); Andrei Subtil Doberstein - Paróquia Santo Iná-cio de Loyola - Esteio (Vicariato de Canoas); Deivid Alexandre Garcias Possani - Paróquia Divino Espírito Santo - Cachoeirinha (Vicariato de Gravataí); Pedro Henrique Castro - Paróquia Santo Inácio de Loyola - Esteio (Vicariato de Canoas); Darton Calsing Junior - Paróquia Nossa Senhora de Fátima - Gravataí (Vicariato de Gravataí)

Rádio Aliança para celularPara espalhar o Amor de Deus cada vez com mais qualidade,

estamos lançando os Aplicativos para celular da Rádio Aliança. Inicialmente está disponível em duas plataformas: iOS, iPhone/iPad/iPod Touch a partir da versão 3gs com iOS 5, - Android - A partir da versão 2.3. Para fazer o download, basta acessar a loja de aplicativos direto do celular (App Store para iOS e Google Play para Android) e buscar por Rádio Aliança. Com o aplicativo e uma conexão de internet, o usuário poderá ouvir a Rádio ao vivo, rezar o terço conosco, enviar pedidos de oração, acompanhar a programação e também as nossas redes sociais (twitter e facebook).

Pe. Heinzmann, novo Reitor do Seminário S. José, em Gravataí

Bohn, diretor espiritual e seminarista Lucas Matheus Mendes, assistente dos se-minaristas menores.

O histórico Seminário Menor São José de Gravataí acolhe, atualmente, os semi-naristas menores que cursam

o Ensino Médio e também os jovens propedêutas, que na fidelidade ao bom pastor se preparam espiritual e intelec-tualmente para ingressarem no Seminário Maior Nossa Senhora da Imaculada Con-ceição, de Viamão.

Antes de ser nomeado como reitor do Seminário Menor São José, Pe. José Antônio Heinzmann atuou por nove anos como pároco da Igreja de Santa Rosa de Lima, Rubem Berta, em Porto Alegre. Em mensagem, os paroquianos expressaram o carinho e gratidão pela missão exercida: "Seu lema: 'seguir o povo de Deus com alegria'. Durante estes nove anos de Paróquia fez jus ao seu lema, sempre disponível para servir. Muito obrigado, Pe. José, que Deus te conceda todas as graças e bênçãos".Pe. José Antônio Heinzmann

Entre os dias 28 de dezembro de 2012 e 21 de janeiro de 2013, a Arquidiocese de Porto Velho (Rondônia) promoveu a 1a Experiência Missionária, envolvendo semi-naristas e religiosos de diversas partes do Brasil. Acreditando na Missão como eixo de formação, a Arquidiocese de Porto Alegre enviou os seminaristas Tiago Ávila Camargo e Luiz Eduardo Dias Lima como missionários e representantes do Rio Grande do Sul.

A 1a Experiência Missionária da Arqui-diocese de Porto Velho reuniu cerca de 60 missionários de 11 estados brasileiros que atuaram em uma região de 250 quilômetros de extensão, onde estão 64 comunidades na divisa de Rondônia com os estados do Acre, Amazonas e a Bolívia. Nesta área, há 5 se-tores e os representantes gaúchos estiveram no Setor 2 – União Bandeirantes – que com-preende 20 comunidades.

Segundo o arcebispo metropolitano de Porto Velho, Dom Esmeraldo Farias, a base

do trabalho foi a Palavra de Deus, inspirado no segundo capítulo da Carta aos Efésios, enfatizando a misericórdia de Deus. Por isso, o lema da missão será “Jesus é a nossa Paz”.

A missão consistiu, na visita às famílias, no trabalho com os grupos como casais, jovens, crian-ças e na realização de celebrações eucarísticas.

O seminarista Tiago Ávila Camargo des-tacou que a ação missionária atraiu pessoas que, por algum motivo, estavam afastadas das comunidades. Este resultado alegrou os missionários: "Nossa missão foi testemunhar, com a vida, o Cristo que vive em nós e, ao mesmo tempo, fazermos uma experiência com o mesmo Cristo que vive no outro, no ser, na humanidade e na realidade de outro ", destacou.

Após concluídas as atividades de visitas na área urbana e no interior da região, os mis-sionários realizaram atividades de avaliação e de retiro espiritual para concluir a Experiência Missionária.

Avança o restauro da Igreja de Viamão

Seminaristas em Porto Velho, Rondônia

Imagens: Pascom

Porto Alegre, fevereiro de 2013 - 1a quinzena

Leitor assinanteAo receber o doc, renove a assinatura: é presente para sua

família. No Banrisul, a renovação pode ser feita mesmo após o vencimento. E se não receber o jornal, reclame, trata-se de serviço terceirizado. Fones: (51) 3211.2314 e (51) 30.93.3029.

Os participantes da 138a Festa dos Navegantes de Porto Alegre encontrarão o Santuário – em estilo neogótico simpli-ficado – revitalizado, graças à iniciativa de uma indústria de tintas. O templo foi escolhido pelo projeto dessa indústria pela importância histórica, arquitetônica e relevância para a comunidade porto-alegrense. “Sustentabilidade, Navegantes apoia

esta causa. Venha com a gente!Ӄ o tema da maior e mais popular festa

religiosa do Rio Grande do Sul. A edição de 2013 começou no dia 20 de janeiro último, com o translado da imagem para o Santuário Nossa Senhora do Rosário, no centro de P. Alegre. A Festa terá seu

Igreja Católica no mundoOs dados, divulgados em janeiro deste ano pela

Agência Fides, são de dezembro de 2010. Éramos, então, 1.195.671.000 católicos; bispos: 5.104, dos quais, 3.871 diocesanos e 1.233 religiosos; sacerdotes: 412.236, dos quais, 277.009 diocesanos e 135.277 religiosos; diáconos permanentes: 39.564; missionários leigos: 335.502; esco-las católicas: 70.544, frequentadas por 6.478.627 alunos; 92.847 escolas fundamentais, com 31.151.170 alunos; 43.591 institutos secundários, com 17.793.559 alunos; 304.171 alunos de escolas superiores e 3.338.455 estudan-tes universitários; 5.305 hospitais; 547 leprosários;17.223 casas para idosos, doentes crônicos e portadores de defici-ência; 9.882 orfanatos; 11.379 jardins de infância; 15.327 consultórios matrimoniais; 34.331 centros de educação ou reeducação social e 9.391 instituições de outros tipos.

Dois bilhões de toneladas de comida para o lixo por anoÉ a estarrecedora informação contida em relatório da Global

Food; Waste not, Want not (Alimentos Globais; Não Desperdice, Não Queira, em tradução livre), preparado pela Institution of Mecha-nical Engineers, organização que representa engenheiros mecânicos e reúne cem mil membros no Reino Unido. Dois bilhões de tonela-das, a metade da comida produzida no mundo, para o lixo, enquanto milhões de seres humanos não têm o que comer e passam fome!

Quem e por que desperdiçamO relatório aponta alguns motivos: condições inadequadas de

armazenamento e a adoção de prazos de validade demasiadamente rigorosos; preferência dos consumidores por alimentos com formato ou cor específicos (os supermercados seduzem os consumidores, apresentando alimentos visualmente perfeitos); promoções de ‘compre um, leve outro grátis’, fazendo com que levem para casa mais do que precisam. O estudo diz ainda que até 30 por cento das frutas, verduras e legumes plantados na Grã-Bretanha sequer são colhidos por causa de sua aparência. Nos Estados Unidos e na Eu-ropa, metade da comida que é comprada acaba sendo jogada fora.

ÁguaO desperdício de alimentos também implica desperdício de

recursos usados para a produção deles, como água: atualmente ,550 bilhões de metros cúbicos de água estão sendo desperdiçados na produção de alimentos que vão para o lixo. Em 2050, o consumo anual de água no mundo chegará a 13 trilhões de metros cúbicos para a produção de alimentos. Isso representa até 3,5 vezes o total de água consumido atualmente pela humanidade e gera o temor de mais escassez do recurso no futuro.

Alimento para mais três bilhões em 60 anos A ONU prevê que até 2075 a população mundial chegue a

9,5 bilhões de pessoas, um acréscimo de três bilhões em relação à população atual, o que reforça a necessidade de se adotar uma estratégia para combater o desperdício de alimentos e, assim, tentar evitar o aumento da fome no mundo.

Festa de Navegantes com Santuário restaurado

ápice em 2 de fevereiro, com procissão de retorno da imagem à sua igreja de origem, acompanhada por dezenas de milhares de devotos da Santa das Águas, e encerra-mento com celebração de Missa Campal em frente ao Santuário, localizado na zona norte de P. Alegre.

Segundo os organizadores, coerentes ao tema, neste ano não terá foguetório após o término de cada dia da novena em Navegantes e também foi suspenso o grande foguetório que ocorria na chegada da Imagem ao Largo dos Navegantes no dia 2 de fevereiro. Ainda, coerente com o tema da Festa, foram substituídas as lâmpadas no Complexo Navegantes por outras, ecologicamente corretas.

Procissão é o grande evento religioso da cidade

Imagem:CNBB